29/03/2015 07h37 - Atualizado em 29/03/2015 07h37

450 ANOS: 'estrangeiros-cariocas' declaram seu amor ao Rio; veja vídeo

Catorze cidadãos de todo o mundo dão opiniões e parabenizam a cidade.
Histórias mostram o encontro de suas culturas com a do Brasil.

Cristina BoeckelDo G1 Rio

Estrangeiros falam de seu amor pelo Rio (Foto: Reprodução / G1)

A cidade do Rio de Janeiro sempre teve a maciça presença de estrangeiros. Desde os colonizadores, nas disputas entre portugueses e franceses, até se tornar um dos principais destinos turísticos do mundo. Mas nem todo "gringo" é turista por aqui. Alguns vieram para ficar, trabalhar e, consequentemente, se apaixonar. No mês do aniversário dos 450 anos, o G1 entrevistou 14 estrangeiros radicados no Rio para ouvir o que têm a dizer sobre a Cidade Maravilhosa: das críticas às declarações de amor. Veja abaixo as respostas.

ARGENTINA

Juanky é argentino da cidade de Rosário e vive no Rio de Janeiro há quatro anos. Veio para o Brasil por causa do filme “Rio”, tem uma tatuagem escrito “samba” e se considera “da gema”. O hermano jura que está disposto a contribuir para melhorar a cidade e critica os serviços público. Mas a lista de elogios é maior.

"Eu gosto do samba que tem em cada esquina nessa cidade", elogia. "Gosto das pessoas que não têm problemas, você vê uma mulher velha na comunidade descendo 800 degraus com um sorriso enorme (...) Amo essa cidade."


BOLÍVIA

José Luís Guzmán é da cidade de Ururo, na Bolívia. Formou-se engenheiro e trabalhou em grandes obras de infraestrutura no país. Além disso, escreveu mais de 15 livros. Chegou ao Rio em 1957, para visitar o irmão, foi ajudado por um desconhecido logo em seu primeiro dia, se encantou e decidiu ficar. Hoje tem quatro filhos brasileiros.

"A amabilidade com que se portou essa pessoa foi um cartão de visita do carioca. Então, foi uma das grandes razões para eu ficar", conta.


PORTUGAL

Pedro Coelho nasceu na cidade do Porto, em Portugal. Largou tudo e veio para o Rio há mais de quatro anos para conhecer a esposa, que conheceu pela internet. Ele gosta da culinária, das pessoas e do clima. O que menos gosta na cidade é a desigualdade social.

"Feliz aniversário para a cidade do Rio de Janeira", parabeniza.


PARAGUAI

Nilda Bejerano de Ecard é de Assunção, no Paraguai. Chegou ao Rio em 1979 e ama tanto a cidade que não volta para a sua terra natal há 20 anos. Jura que foi amor à primeira vista: se apaixonou pela cidade desde o primeiro momento em que chegou.

"Desde o primeiro momento que eu cheguei ao Rio eu gostei. Me apaixonei", declara-se.


ESTADOS UNIDOS

Nancy Hartstein é de Los Angeles. Esteve várias vezes no Brasil antes de se estabelecer no Rio de Janeiro, em 1982. Considera os serviços públicos ruins, é encantada com o Jardim Botânico – "um lugar sagrado" – e considera os cariocas extremamente generosos.

"Acho muito difícil ter um outro lugar no planeta que chegando bem adulto, como imigrante, como eu cheguei, mesmo sendo casada, teria feito amigos tão íntimos como eu fiz no Brasil."


EGITO

Mohamed Zinhom Abdiem é do Cairo e mora no Rio há 22 anos. Presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro, diz que se sente na Cidade Maravilhosa da mesma maneira que em sua terra natal.

"Muita coisa é muito bonita. Pena que tem algumas coisas erradas, como a segurança, a segurança, como todo mundo já sabe. É o único que não gosto."


ROMÊNIA

Miguel Plopschi chegou ao Rio na década de 60, vindo da cidade de Bucareste, na Romênia. Aqui, fez carreira como músico da banda The Fevers e foi executivo de algumas das principais gravadoras cariocas. Ama a beleza e a alegria das pessoas.

"Me apaixonei por essa cidade. A cidade mais bonita do mundo", diz. "Amo muito o Rio de Janeiro."


ITÁLIA

Mario Presta é da cidade de Paola, na província de Cozenza. Chegou ao Brasil de navio, em 1960. Adora as paisagens, as praias e as mulheres brasileiras. Detesta a violência.

"Feliz aniversário, 450 anos do Rio de Janeiro", parabeniza.


SUÉCIA

Lars Berggren, da Suécia, é administrador de empresas e se casou com uma brasileira que conheceu em Paris. Acredita que o Rio é a cidade mais bonita do mundo. Lars crê que os brasileiros devem lutar cada vez mais pelos seus direitos.

“Eu gosto bastante daqui, já tive épocas que eu quis voltar para o meu país, mas eu gosto muito de morar no Rio de Janeiro. O que eu gosto mais são as paisagens naturais. O Rio realmente é a cidade mais linda do mundo, sem sombra de dúvida.”


CUBA

A cubana Eva Taquechel chegou ao Brasil em 1962, fugindo da revolução. Morou por dez anos em São Paulo e depois veio com a família para o Rio de Janeiro, onde vive até hoje.

“Gosto muito do Rio, é uma cidade muito alegre, com um clima maravilhoso. Está faltando um pouco mais de educação e menos violência”, comenta.


FRANÇA

O chef francês Claude Troigros chegou ao Rio em 1979 e diz que o Rio o permitiu construir sua vida pessoal e seus negócios. Destaca que tem atualmente o estilo de vida que sempre sonhou, onde pode unir trabalho e diversão com facilidade.

“Encontrei uma cidade feliz. Uma cidade que me deu oportunidade, primeiramente, de construir meus negócios. Hoje em dia, 40 anos depois, eu tenho sete restaurantes aqui no Rio. É uma cidade que me deu oportunidade de poder construir minha vida”, revela o chef.


JAPÃO

Ayako Tamura é de Kumamoto, no Japão. Vive no Rio há cinco meses pra aprender português, mas já morou na cidade dez anos atrás. Como ponto positivo, destaca que as pessoas são gentis e alegres. Como lado negativo, aponta o lixo espalhado por ruas e praias.

“Eu vim ao Brasil para estudar português. Na verdade, eu morei no Brasil por três anos há 10 anos. Eu gostei muito do Rio, queria voltar e estudar português. Por isso eu vim aqui para o Brasil. O que eu gosto mais no Rio de Janeiro são as pessoas.”


ESPANHA

Antônio Alcaraz veio para o Rio há 14 anos, para trabalhar. O que mais gosta é da felicidade e da atitude positiva do povo diante da vida. Mas ele acredita que é ruim quando o “jeitinho” passa da criatividade para uma maneira de resolver os problemas de modo precipitado.

“Eu cheguei a primeira vez aqui no Rio há 14 anos, cheguei por motivos de trabalho e, desde o primeiro momento, decidi que essa cidade era o lugar onde eu queria morar.”


MOÇAMBIQUE

Ali Momade, de Moçambique, acredita que o Rio é uma cidade muito acolhedora com os estrangeiros, pois oferece opções de trabalho e diversão para todos. O africano também ressaltou que o clima favorável e as belas paisagens favorecem o turismo.

"É uma cidade muito acolhedora e oferece muitas oportunidades para quem tem certos objetivos. Apesar de ser estrangeiro, eu encontrei essas oportunidades.”

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