01/05/2015 19h26 - Atualizado em 01/05/2015 20h19

Em 4 meses de 2015, RJ tem 177% mais casos de dengue que todo 2014

Estado aposta em nova lei que obriga que pneus fiquem em áreas cobertas.
Cinco pessoas morreram no estado em 2014, metade que no ano anterior.

Do G1 Rio

O número de casos suspeitos de dengue nestes primeiros meses de 2015 no Rio de Janeiro já é muito maior do que o registrado em todo o ano anterior. Agora, no entanto, uma nova lei pode ajudar a combater um dos principais criadouros do aedes aegypt: os pneus. As informações são do RJTV.

Uma lei sancionada nesta quinta-feira (30) pelo governador Luiz Fernando Pezão determina que borracharias, ferros-velhos, garagens de ônibus e recauchutadoras serão obrigados a ter uma cobertura para evitar a proliferação dos mosquitos. Quem não cumprir a norma será multado.

A ideia é que a lei ajude a diminuir o número de casos de dengue no estado. Nesses quatro primeiros meses de 2015, foram registrados 21.706 casos suspeitos: 177% mais do que todo o ano passado (7.819 casos). Cinco pessoas morreram este ano, o que significa metade das mortes de 2014.

 

Uma borracharia no Centro já dá o exemplo. O gato Tufão tem 3 anos e algumas pulgas, mas mesmo se os felinos fossem vulneráveis à dengue, ele e as pessoas que trabalham nesta borracharia teriam poucas chances de pegar a doença. Na a oficina, os pneus seminovos e os que não têm mais uso e vão ser descartados ficam em lugar coberto. Pode chover à vontade que não acumulam água e não viram criadouros do mosquito da dengue.

“Não pega chuva, não pega nada. Só pega chuva quando sai daqui o caminhão leva, aí um vai virar asfalto ou vai virar pneu-rebote”, explica o gerente Mateus Cardoso.

Apesar da nova lei, a guerra contra a dengue segue dependendo da ajuda da população para ser vencida. É preciso evitar jogar lixo, móveis e pneus nas ruas, como mostra um vídeo, gravado pelo Vinícius Navarro, em Campo Grande, na Zona Oeste (veja na reportagem acima).

“Eu passo aqui todo dia, está essa água podre aí, foco de dengue, Vocês viram aqueles pneus cheios de água. Do lado da estação de Augusto de Vasconcelos, aqui em Campo Grande”, narra.

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