Reuters

30/01/2014 21h20 - Atualizado em 30/01/2014 21h33

Líbia vai eleger Assembleia Constituinte em 20 de fevereiro

Impasse dura mais de dois anos após da revolta que derrubou ditador.
Novo Exército luta para se afirmar contra ex-rebeldes

Da Reuters

A Líbia vai eleger uma assembleia em 20 de fevereiro para elaborar uma Constituição a fim de fazer avançar a transição para a democracia e romper o impasse político mais de dois anos depois da revolta que derrubou Muammar Kadhafi.

O país do norte da África está tomado pelo caos, com um impasse no Congresso entre islamitas e um partido nacionalista líder, enquanto o novo Exército luta para se afirmar contra ex-rebeldes indisciplinados, grupos tribais e militantes islâmicos.

Horas antes da decisão do Congresso, homens armados sequestraram o filho do comandante das forças especiais da Líbia em Benghazi, exigindo mais tarde que o coronel retire as tropas em troca da libertação de seu filho, disse a agência estatal de notícias Lana.

Pelo menos um soldado foi morto, disseram fontes médicas e de segurança, depois que as tropas entraram em confronto com homens armados na cidade oriental. Militantes do grupo islâmico linha-dura Ansar al-Sharia têm combatido tropas lá.

Definir a data para a votação foi um pequeno passo para uma transição que tem frustrado os líbios desde a queda de Kadhafi, com um governo frágil muitas vezes à mercê de bandos rivais de ex-rebeldes que se recusam a aceitar a autoridade de Trípoli.

"Queremos que todas as pessoas da Líbia e grupos se reconciliem e apoiem estas eleições", disse o presidente do Congresso Geral Nacional, Nouri Abusahmain, após o anúncio da data da votação nesta quinta-feira.

Uma vez que a Assembleia Constituinte de 60 membros seja eleita, terá 120 dias para elaborar uma nova Carta, que seria, então, submetida a um referendo popular. Se o documento for aprovado, uma eleição para um Parlamento será realizada no fim de 2014.

Mas esse processo de elaboração poderá ser complicado devido às diversas exigências e interesses de grupos tribais, regionais e étnicos que já disputam influência sobre o governo de Trípoli.

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