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  • Pobres pagam dívidas; ricos dão calote

    Um dos diretores da Schwab Foundation é do paquistanês Mohammad Yunus, fundador do Grameen Bank. Yunus teve uma idéia simples e genial: ao invés de dar esmola, fazia empréstimos mínimos, em torno de 10 ou 20 dólares (chamados micro-créditos) as pessoas que lhe pediam dinheiro na rua. Embora não pedisse qualquer garantia, as pessoas usavam este dinheiro para criar algo, e logo pagavam o empréstimo, com juros pequenos.

    Roshaneh Zafar utilizou a inspiração do Grameen Bank (hoje em dia uma instituição enorme, mas que ainda se mantém fiel aos seus princípios), e oferece em média 75 dólares para aqueles que precisam abrir um novo negócio. Como o pobre sempre é honesto e paga o que deve, a Fundação Kashf já tem aproximadamente 45.400 clientes originários de áreas pobres do Paquistão; apenas uma minoria insignificante deixou de honrar seus compromissos.

  • Da impunidade para os direitos humanos

    Halidou Ouedraogo trabalhou durante muitos anos como advogado em Burkina Faso, até entender que a justiça estava servindo apenas para proteger a impunidade dos ricos.

    Consciente disso criou a União Interafricana dos Direitos do Homem: mas entendendo que não bastava apenas uma outra organização de defesa dos direitos humanos, tratou em seguida de estender seus laços com diversas entidades européias.

    Seu próximo passo foi filiar-se a outras entidades de direitos humanos africanas, e desta maneira diluir uma eventual pressão que pudesse ser exercida pelas autoridades locais.

    Em virtude da seriedade do seu trabalho, conseguiu iniciar um sistema de arrecadação de fundos, que hoje já reúne mais de 50 mil doadores.

    Até a data que escrevo esta coluna, milhares de africanos, antes detidos sob os mais diversos e arbitrários pretextos, já foram libertados. 

  • Uma hora de angústia para cada minuto de paz

    O amor é uma força selvagem. Quando tentamos controlá-lo, ele nos destrói. Quando tentamos aprisioná-lo, ele nos escraviza. Quando tentamos entendê-lo, ele nos deixa perdidos e confusos.

    Esta força está na Terra para nos dar alegria, para nos aproximar de Deus e do nosso próximo: e mesmo assim, da maneira que amamos hoje, temos uma hora de angústia para cada minuto de paz.

    O sofrimento nasce quando esperamos que os outros nos amem da maneira que imaginamos, e não da maneira com que o amor deve se manifestar – livre, sem controle, nos guiando com sua força, nos impedindo de parar.

    Concluindo  com uma frase do jesuíta Teillard de Chardin, o mesmo que disse que nosso mundo estava envolto por uma camada de amor: "Já dominamos a energia do vento, dos mares, do sol. Mas  no dia em que o homem souber dominar a energia do amor, será algo tão importante como a descoberta do fogo".

  • Vale a pena pagar para ver

    A leitora Soraia envia a seguinte história, que pensa ter sido publicada no New York Times. Eu tenho minhas dúvidas, mas como sempre achei que vale a pena pagar para ver, resolvi transcrevê-la aqui.
    "Uma pessoa fez o seguinte anúncio no jornal The New York Times: Vendo Mercedes Benz, pouquíssimo uso, preto, turbo. Preço US$ 85,00; Tratar com Carolinne, Tel: xxxxxxxxx
    Os que leram o anúncio pensaram que, por um erro gráfico, ao invés de US$ 85.000,00 imprimiram apenas US$ 85,00. Outros acharam que era uma espécie de trote, e acabaram não telefonando.
    Até que Joseph Smith, em sua ingenuidade, resolveu ligar para Carolinne e esta lhe confirmou o preço. Quis saber se era algum acessório, ou uma miniatura - e a mulher lhe informou que não, tratava-se do próprio automóvel.
    Mais do que depressa Joseph correu para a casa de Carolinne com os US$ 85,00 e - para seu espanto - lá estava Mercedes, lindo e reluzente na garagem.
    Depois de ter pago, e já com o recibo nas mãos, perguntou:
    - Senhora, fechamos o negócio e o carro é meu, mas por que o vendeu tão barato?
    - Bem, meu marido faleceu recentemente. Em seu testamento, pediu que o automóvel fosse vendido, e o valor destinado a Anny, sua secretária. Como sempre desconfiei que era sua amante, eu, como inventariante, estou executando seu desejo – mas à minha maneira".

  • O coração do defensor Jorge Amado

    As palavras de Christina não podiam ser mais acertadas: o coração puro. E Jorge, o escritor brasileiro mais conhecido no exterior, era (e é) a grande referência do que acontecia em nossa literatura.
    Um belo dia, porém, “O Alquimista”, escrito por outro brasileiro, entra na lista dos mais vendidos da França, e em poucas semanas chega ao primeiro lugar.
    Dias depois, recebo pelo correio um recorte da lista, junto com uma carta afetuosa sua, me cumprimentando pelo feito. Jamais entraria, no coração puro de Jorge Amado, sentimentos como o ciúme.
    Alguns jornalistas – brasileiros e estrangeiros - começam a provocá-lo, fazendo perguntas maldosas. Jorge, em nenhum instante, se deixa levar pelo lado fácil da crítica destrutiva, e passa a ser meu defensor em um momento difícil para mim, já que a maior parte dos comentários sobre meu trabalho era muito dura.  

Autores

  • Paulo Coelho

    Imortal da Academia Brasileira de Letras e Mensageiro da Paz da ONU, autor do fenômeno literário “O Alquimista”, livro brasileiro mais vendido de todos os tempos.

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Imortal da Academia Brasileira de Letras e Mensageiro da Paz da ONU, autor do fenômeno literário “O Alquimista”, livro brasileiro mais vendido de todos os tempos.