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Por Guilherme Balza, Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Globonews


Galípolo deixa o Palácio do Planalto após reunião

Galípolo deixa o Palácio do Planalto após reunião

O Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda e pelo Banco Central (BC) decidiu manter a meta de inflação em 3% para os próximos anos, mas o grupo decidiu pela mudança no sistema de metas de inflação.

O sistema era o chamado "ano-calendário", que analisa a inflação de janeiro até dezembro. Foi decidido que vai virar um sistema de "meta contínua", em que vai se analisando continuamente se a meta está dentro do que foi definido, se a inflação está dentro da meta definida.

O decreto do presidente Lula (PT) deve sair nesta quarta-feira (26) após reunião do CMN, o que, do ponto de vista técnico da parte do governo, é necessário para trazer credibilidade maior para a meta de 3%.

Lula define meta contínua de inflação e decreto sai nesta quarta

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O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que é o mais cotado para ser o substituto de Campos Neto, foi ao Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira (25) para participar da reunião para definir o novo sistema de meta de inflação com Lula. Além do presidente, na reunião estavam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Miriam Belchior.

Galípolo entrou e saiu pela porta da frente do Palácio.

A ida de Galípolo ao Planalto mostra que ele continua próximo de Lula e, portanto, o mais cotado, hoje, para o cargo de presidente do BC, embora o petista não tenha batido o martelo -- atual comandante do BC, Campos Neto tem mandato até dezembro.

Mas a visita também abre discussão sobre a independência dele, na semana seguinte em que votou com os diretores do BC pela manutenção da taxa de juros com o objetivo de se mostrar independente do Executivo.

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Nesta terça-feira, o presidente Lula fez uma reunião no Palácio do Planalto para definir as questões sobre a mudança no sistema de meta de inflação no país.

A decisão pela mudança no sistema de meta contínua de inflação é importante porque ajuda, inclusive, a chegada de Gabriel Galípolo ao comando do BC porque ele vem respaldado pela própria decisão da ata do Copom na semana passada, que teve aval do Ministério da Fazenda. Não foi um aval explícito, mas é um aval implícito. Assim, o governo deixa Galípolo ficar mais livre para ganhar credibilidade.

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