Preço de banana?

ter, 09/10/12
por Zeca Camargo |
categoria Todas

Fingindo que estava em 2003, este fim de semana resolvi comprar uns CDs. Isso mesmo. Sei que muitos podem ficar chocados com essa informação – ou mesmo não entenderem alguma parte dela (com dúvidas do tipo: “como se faz para comprar um CD?”; ou ainda, “o que é um CD?”). Mas tomado de uma nostalgia involuntária, enquanto estava em uma livraria – que, ironicamente, é o último lugar onde você pode encontrar uma boa variedade de música “física” para comprar -, resolvi visitar a seção de discos e deixar, como faço sempre nesses estabelecimentos pelo mundo (que, cá e lá, resistem à extinção), minha intuição me guiar entre nomes conhecidos e descobertas inusitadas. Apesar de estampados em números pequenos no plástico das embalagens, não dei muita atenção aos preços – até chegar ao caixa e perceber que o total a ser pago era um valor, hum, inesperado: pelos sete CDs que estava levando, eu deveria desembolsar R$ 244,00 (para não haver dúvidas, aqui vai por extenso: duzentos e quarenta e quatro reais!).

Os bons de conta (que não é o meu caso) já calcularam que isso dá um pouco mais de R$ 36,00 por CD. Mas essa é a média. Como comprovo na foto que ilustra a abertura do post de hoje, um deles (o novo do Pet Shop Boys, “Elysium”) custava a bagatela de R$ 46,10. Quarenta e seis reais e dez centavos! Por um CD! Com a credibilidade de quem, como você confere por aqui, está sempre viajando (e comprando música, até para dividir com você neste espaço), lanço a pergunta: você conhece algum lugar no mundo onde um CD custa 23 dólares?

Eu não conheço. Nos EUA – ou, pelo menos em Nova York, que é onde eu tive a oportunidade de conferir mais recentemente, a média é de 10/11 dólares. Isso quando você não acha algo em promoção – inclusive lançamentos. Na Europa, por exemplo, na FNAC (uma loja que já conferi não só em Paris, mas também em Madri e Lisboa), uma novidade como “Coexist” (The xx), sai por 11,99 euros (cerca de R$ 29,00, R$ 15,00 a menos que o do Pet Shop Boys aqui no Brasil) – e quando a gente dá a sorte de estar marcado com uma “etiqueta verde”, ainda tem um desconto! O mesmo CD, na Sister Ray, minha loja favorita em Londres, custa 9,99 libras esterlinas – o que dá mais ou menos R$ 32,50, cerca de 30% mais barato do que nessa “ilha de prosperidade econômica” que é o Brasil!

Agora imagine: se eu sou um fã de Pet Shop Boys e quero ouvir seu novo trabalho, quantas vezes eu devo pensar antes de desembolsar quase R$ 50 reais por ele? Ou, colocando de outra maneira: quanto tempo eu levo antes de decidir se gasto essa pequena fortuna ou baixo o disco ilegalmente na internet?

Estou pegando “Elysium” como meu exemplo principal, mas os outros discos que comprei não ficavam muito atrás. Um relançamento comemorativo dos 20 anos de “Achtung baby” – que é do ano passado – custou mais de R$ 70,00 (é um disco duplo, edição especial, mas mesmo assim…). A trilha sonora de “Avenida Brasil” – comprei duas – saiu por R$ 38,00 cada uma (lembrando, certa de 19 dólares!). Os mais baratinhos (mas ainda assim, em torno dos R$ 30,00) eram discos de artistas desconhecidos – um deles, de um cara que eu não tinha cruzado até então, chamado Pethit (muito bom), mas com um preço capaz de espantar qualquer curioso acidental que queira experimentar se aventurar em novos sons…

Você certamente tem histórias de “horror” como essa para contar – produtos culturais que você quis consumir mas desistiu quanto viu o preço (os livros não ficam longe disso – e vou falar deles já já). De quem é a culpa? Da loja em que comprei esses discos, por querer ganhar muito em cima do preço que vem das gravadoras? Das gravadoras, que impotentes diante da revolução digital, querem tirar o último centavo de um modelo antigo, como Nero tocando sua lira no meio de Roma incendiada? Do “sistema”, nos sentido de uma legislação maior, que não permite que o consumidor brasileiro compre legalmente música digital de fora do Brasil (e não deixa outra opção para o fã de uma determinada banda que ainda não estourou a não ser pirateá-la)?

Às vezes sinto que, de certa maneira, estamos de volta aos meus anos 80, quando minha curiosidade musical explodiu, e eu não conseguia comprar as músicas que eu só ouvia em raros programas de rádio alternativo – ou lia sobre elas em ainda mais raros exemplares do “NME” encontrados em improváveis bancas de revista no centro de São Paulo. Naquele tempo, se alguém queria uma coisa alternativa – digamos, um maxi single do Everything But The Girl (“Mine”) – tinha de fazer fila na pequena loja de discos importados chamada “Bossa Nova”, no fundo de uma galeria ali na rua 7 de abril, onde o estoque era alimentado por secretos carregamentos trazidos por comissários de bordo que também amavam a música alternativa (como o saudoso Pardal). O paralelo é justamente o da “ilegalidade”: impossibilitados de importar discos (e estamos falando, claro, de vinil), fãs de música recorriam ao “contrabando semi-legal”. E hoje, cercados de um lado por preços absurdos do produto nacional e um protecionismo anacrônico no que diz respeito à música digital estrangeira, esse mesmo fã precisa ser muito “consciente” para não cair em tentação e baixar alguma coisa ilegalmente.

Com os livros, pelo menos existe uma fresta – isto é, para quem lê em inglês e tem um smartphone ou um computador. É possível, por enquanto, baixar legalmente um livro de uma amazon.com ou barnesandnoble.com por valores que não chegam a R$ 20,00 (mesmo para lançamentos) – e com isso não só driblar os incertos escolhas das editoras por aqui, mas também as tributações que encarecem a chegada de um livro importado no Brasil. Falo de livros importados porque, como você mesmo pode conferir numa livraria grande (física ou virtual), muitas vezes ele é mais barato do que a edição brasileira – mesmo viajando de outro país para cá. Sério! Novamente, procurar um culpado por isso é entrar num labirinto de perguntas repetidas. É culpa das livrarias? Das editoras? Dos impostos?

Essa é uma questão que me acompanha desde os meus tempos de faculdade (e estamos falando novamente do começo dos anos 80!), quando eu não tinha exatamente um salário folgado para dispor de uma verba para livros. O dinheiro era meio contado nessa época – mas mesmo com preços que eu já achava exagerados, eu sempre priorizava os livros… E só não doía mais no bolso, claro, porque a recompensa da leitura era sempre maior. Mas para muito gente, naquele tempo assim como hoje, esse é um gasto que precisa ser avaliado – e muitas vezes, em prejuízo da cultura, suprimido. Hoje mesmo, me diga: quem é que gasta cerca de R$ 40,00 ou R$ 50,00 num livro sem pensar?

Há casos extremos. Outro dia, por exemplo, ao procurar por “A descoberta da Europa pelo Islã”, de Bernard Lewis (Perspectiva) – um livro que eu já tinha, mas que precisei de outro exemplar em cima da hora para preparar uma aula -, deparei-me com o seguinte preço: R$ 95,00. Isso! Noventa e cinco reais – e não pense que se trata de um volume fartamente ilustrado com iluminuras orientais… São 432 páginas de texto, eventualmente intercaladas com um ilustração em branco e preto. Um livro “sofisticado”, ou específico demais – você pode achar. Vamos pegar então um exemplo mais popular: “50 tons de cinza”, o enorme sucesso independente da escritora E L James (um pseudônimo). Comecemos pelo mundo físico: nas estantes que pesquisei (na internet), o livro, aqui editado pela Intrínseca, sai por R$ 31,00 (depois do desconto, já que o preço original é R$ 39,90). Numa amazon da vida: R$ 19,50 (U$ 9,57), com desconto – preço original, R$ 32,40 (U$ 15,95). A diferença de preços é significativa também para a versão digital: R$ 24,90 no Brasil, e R$ 20,11 (U$ 9,90) nas livrarias virtuais americanas.

Minha triste conclusão, depois de anos como consumidor de cultura, é que ainda continuamos a pagar muito caro por ela. Minha pesquisa, reconheço, tem uma amostra pequena. (E olha que eu nem entrei na questão do “truque da meia entrada” para cinema e espetáculos, que ao contrário do que se pensa, significa bons negócios para os produtores culturais). Mas se você por acaso achar histórias para me contradizer, por favor, mande em forma de comentário. Aliás, pode mandar também outros absurdos, no que diz respeito a preços de produtos culturais que você encontra por aí. Tenho certeza de que não faltam histórias assim…

Por que isso acontece com a gente? Eu realmente gostaria de entender. Esse é um mistério tão grande quando a nossa própria perseverança em querer ler, ouvir e ver tudo de maravilhoso que as mentes mais criativas do mundo teimosamente insistem em nos oferecer. E, com um pouco de sorte, nos encantar.

O refrão nosso de cada dia

“OK”, Tulipa Ruiz – extraída de um dos discos que mais tenho ouvido recentemente: “Tudo tanto”. Estou guardando para falar dele de maneira especial em breve, mas aqui vai esse aperitivo – aliás, fina iguaria…

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107 Comentários para “Preço de banana?”

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  1. 107
    Eduardo:

    Algum tempo depois acho que vamos continuar debatendo esse assunto.
    Sou um grande consumidor de música/dvds/blu-rays/cds/vinil, porém realmente os preços praticados no Brasil são exorbitantes. Já cheguei a importar cerca de uns 4 cds dos Stones da Argentina, pois achei os discos em torno dos 23 reais, sendo que aqui nas principais Mega Stores que conhecemos nao saem por menos de 40 reais. Salve aquela coletanea impressa em papel de má qualidade vendida a 32 reais, é o que tem acontecido com discos classicos que estao sendo prensados atualmente, só pegar o acervo a venda na lojas americanas, a qualidade de impressão é absurda, não vou nem entrar em questão com as midias importadas, mas exemplo daqui de dentro mesmo, comprei um definitely Maybe do Oasis por volta de 1995, primeira prensagem, na época disco dificil de achar aqui, ediçao nacional, do encarte ao cd, comparados com essa versão que se vende atualmente chamada BEST PRICE, estao prensando isso em papel higienico para pagar o que? o mesmo preço de uma edição americana do CD. Mas enfim, o governo nunca deu importancia a isso, ouvi boatos que haveria o corte de 40% de impostos cobrados em produtos culturais, mas ja faz um tempo e parece que foi engavetado novamente. Continuarei importando meus discos pq é a unica maneira de adquirir o que gosta a preço justo.

  2. 106
    Rafaella:

    Não li todos os comentários, então não posso dizer no geral… mas eu compro livros de 40, 50 reais sem nem pensar… livros fazem parte do meu dia a dia… parte da minha vida… E, se não fossem os preços absurdos, com certeza eu teria uma biblioteca muito maior em casa…

  3. 105
    Vaucemir Endlich:

    Comprei o Elysium dos Pet Shop Boys(Duplo) no site ofifical em Libras e paguei aproximadamente R$ 56,00, isto com imposto incluído. O mesmo album duplo no Brasil quando encontrado em lojas brasileiras, sai por aproximadamente R$ 130,00 isto é um absurdo.
    Atualmente só compro no site oficial dos Pet Shop Boys é bem mais em conta.

    Quanto ao album lançado no Brasil, concordo com o Zeca, é um absurdo o preço que pagamos, por isso que quando viajo pra fora do país trago um montão de cd’s, sai mais barato do que comprar aqui, sem falar na pirataria que as pessoas acabam recorrendo.

    Queremos preço mais justo em nosso pais.

  4. 104
    Cleber Augusto:

    Olá Zeca Camargo, infelizmente com os atuais preços dos Cds só me dirigo à uma loja para comprar algo somente dos Pet Shop Boys para aumentar minha coleção!! Em tempo: o que achou da faixa-single “Leaving” do álbum Elysium? abraços!

  5. 103
    Nelson:

    Elysium do Pet Shop Boys tá por R$ 34,90 na Saraiva aqui em Salvador. :)

  6. 102
    Márcio Araujo:

    Pois é, Zeca, os CDs estão caros mesmo. Mas, acho que você sabe que fã compra o que vir pela frente. Por sorte, hoje podemos não só comprar os álbuns das nossas “bandas” do coração”, como também conseguimos trazer ou encomendá-los de fora do país. No meu caso acontece muito, porque, como você sabe, não há no Brasil a cultura do consumo de “singles”, sendo assim, a facilidade da internet não nos deixa mais nas mãos de lojas como a saudosa Modern Sound, em Copacabana. Comprei muitos “singles” lá, ou versões limitadas de várias bandas.
    Não há como deixar de reparar que você comprou o “Elysium”, do Pet Shop Boys, minha “banda do coração”. Gosto de muitas outras coisas também, mas, vi o PSB nascer, sou de 65, então, conheço a banda desde seu nascimento.
    Li num outro post seu uma possível comparação do PSB com a Saint Lou Lou (aliás muito legal sua dica, gostei bastante), mas, sinceramente, não vi muita similaridade não, a não ser, óbvio, pela questão eletrônica, mas, o PSB me parece mais bem equilibrado no que diz respeito à letra e música. Não sei, é só uma opinião. E outro ponto que você tocou, sobre “reinvenção”… Você acha sinceramente que alguém quer ouvir uma banda sempre se reinventando? Não acredito muito nisso. Me soa um tanto quanto “marqueteiro”. Acho que muitas bandas nascidas na mesma época que o PSB até tentaram esse caminho, mas, não sei, não rolou. Veja, por exemplo, o Simply Red. Não me parece que tenham se reinventado, mas, quem não gosta da voz maravilhosa do Mick Hucknall. Já outras bandas, que provavelmente decidiram se “reinventar”, como Tears for Fears, Simple Minds e tantas outras, acabaram se perdendo.
    É, talvez essa “reinvenção”, tenha sido “inventada” pela Madonna, que vende essa ideia, apesar de adorar o som dela, confesso que pra mim a imagem já não está batendo com a sonoridade. Talvez seja muito romântico para acreditar na “reinvenção” de uma banda, ou, talvez, o que eu queira mesmo é ouvir uma boa balada do PSB, como “Invisible”, onde eu poderia chutar que eles apostaram na “maturidade” e não na reinvenção. “Elysium” me passou essa sensação, de ter apostado na maturidade das composições, e não da novidade de uma reinvenção em prol da “marquetirice”. “Leaving” é a minha favorita do álbum, bem PSB, mas, não pense que gostei de tudo, tenho lá minhas críticas a respeito de algumas faixas, mas, espero que você goste do álbum, afinal tudo é questão de gosto. Ah, só mais uma coisa, temos um amigo em comum, o Carmo.
    Abraço!

  7. 101
    Adriana Jorge:

    Oi Zeca,

    Não sei se vai ler essa mensagem, mas quando você escreveu sobre esse tema eu estava com uma tala gessada na mão direita e só agora foi retirada.

    Também não sei se vai concordar comigo, mas penso um pouco diferente. Eu penso que quando um livro é bom, ele vale sim o preço. Não sou o tipo consumista, mas por esses ” pequenos “, acho que vale. Eu amo livros. Minha paixão, apesar de ter lido pouco este ano, gosto de ler. Tudo de bom. Quanto ao preço, às vezes são caros sim, mas se for parar para pensar, será que o valor desses preciosos não estão de acordo? Tem alguns que eu acho que o valor não deve pagar nem a impressão dele, e tem transporte, o autor, a loja, os impostos… Essas livrarias que insistem em ficar abertas para mim são verdadeiras ” lutadoras de MMA “, tem que ser guerreiro para sobreviver em uma época tão tecnológica…

    Quanto a isso de ler via computador, tablet ou sei lá o quê, eu não gosto. Para mim, nada melhor do que ter um momento para eu folhear meu livro, pensar no que estou lendo, ou apenas relaxar… Acho que sou muito ultrapassada, não sei.

    Fui numa loja Americanas outro dia aquí em Guarujá e ví 3 livros da Agatha Christie por r$ 20,00. Não achei caro, muito pelo contrário, pela escritora que é, não paga nem a impressão, nem um livro dela sequer.

    Beijos.

    Adriana Jorge.

  8. 100
    Taissa:

    Oi Zeca!
    Eu também tenho que pensar duas, três, quatro vezes antes de desembolsar 40 reais por um livro ou cd.
    Quanto à importação de livros, não há imposto para o envio para o Brasil, mas se você for comprar em uma Amazon ou na Barnes and Nobles, por exemplo, o frete fica quase o valor do livro. Uma alternativa que eu consegui, surfando por comunidades de apreciadores de livros, é a britânica Book Depository. Os livros costumarm ser de um a três dólares mais caros que os preços da Amazon, mas o frete é grátis, independente da quantidade de livros.
    Bem, como dizem atualmente, “fica a dica”.
    Aproveitando, vou reforçar que adoro seu blog!!!
    Beijos!

  9. 99
    Leonardo Lence Barbosa:

    Nao sei se alguém já comentou mas o disco novo do pet shop boys na itunes store nacional está custando 9,99 dólares formato deluxe.

    Eu já desisti de comparar esses preços. nas lojas virtuais sempre são mais em conta.

    confesso que sinto ainda vontade de ter o formato fisico, principalmente das bandas que mais gosto, mas a tendencia é adquirir musica em formato digital somente.

  10. 98
    Lucas Bettoni:

    Gostaria de fazer uma pequena correção, uma vez que li em alguns comentários as pessoas se questionando o pq de apesar de os livros serem imunes de impostos, eles sejam tão caros no Brasil. Na verdade, pelo que sei, apenas o papel é imune de impostos, quando este é destinado em sua fabricação para a produção de livros e periódicos. Mas o livro em si, enquanto produto final, não está imune da nossa pesada carga tributária. O que é uma pena, pq muitas vezes importar determinado livro pagando o frete, do que adquiri-lo em uma livraria no Brasil. Enfim, muitas coisas tem que mudar ainda neste país….

  11. 97
    Ana Cecília Neiva Gondim:

    Zeca, é o chamado “custo Brasil”! Não é apenas o preço dos produtos culturais que é irreal, mas também o preço dos carros, das roupas, da gasolina! Como pode um país produtor como o Brasil ter uma gasolina tão cara! É só ver a discrepância na fronteira com a Venezuela! Roupas, maquiagens, etc, então, hoje é melhor comprar uma passagem para Miami e comprar tudo lá do que comprar num shopping no Brasil. Mesmo as próprias marcas nacionais, até de produção local, estão com preços inflacionados. E a minha conclusão é a seguinte: se vende caro porque tem quem compre! E talvez seja melhor e mais cômodo vender 1 livro com o preço “caro” do que 2 com o preço mais barato e manter a falsa ilusão de que esse produtos devem ser acessíveis somente a uma pequena elite!

  12. 96
    jane sampaio:

    Pois é Zé.
    Caro mesmo é o preço do quilo de tomate por aqui. R$ 4,50.

  13. 95
    Samuel:

    Hey, Zeca.

    Só para sanar a sua curiosidade, eu sou de Uberlândia, em MG.
    Abraço.

  14. 94
    Henrique Justini:

    Saudades de visitar seu blog Zeca, eu teria vários exemplos para dar sobre isso (sou um consumidor ferrenho do que se costuma chamar cultura), mas vou dar apenas dois recentes, vamos lá:
    Recentemente adquiri Dom Quixote completo, para Kindle via Amazon. Paguei quatro dólares, pela versão em Português!
    Comprando de um site norte-americano, de uma banda desconhecida chamada A Wilhelm Scream, o álbum Career Suicide, paguei 11 dólares.
    Acho que a questão é não se deixar levar pelo “hype”.
    Um abraço.

  15. 93
    Andréia:

    Hi Zeca!!

    “Perfect” ;-)

    A big hug!

  16. 92
    Beto Fiori:

    Olá, Zeca.

    Não retiro uma vírgula do seu texto, concordo com tudo que ali foi falado.
    Sabe o que eu te digo? Aí está um bom material para ser discutido num futura reportagem
    para o programa que você apresenta.

    Um grande abraço!

  17. 91
    Joseudes Almeida:

    Zeca, apesar dos absurdos descritos por você, dessa relação produto/prazer, fico feliz que você tenha descoberto a música de Thiago Pethit e da Tulipa Ruiz, da nova safra de bons cantores e compositores de SP – espero um bom texto dessas suas novas descobertas musicais, lembrando também que você deve ouvir Tiê, com os CDs “Sweet Jardim” e A Coruja e o Coração” e o da Céu “Caravana Sereia Bloom”. Sucesso para você, sempre!

  18. 90
    Walleska Oliveira:

    Duas palavrinhas mágicas
    Impostos, Lucro, Resumem
    Nessa grande panela de pressão ne nhuma industria que vender seus produtos a preço de banana
    mesmo para vender a preços baixo, seria um grande risco para pouco lucro que mal daria para pagar as despesas gerais (administrativas, operacionais)…
    Ambos são absurdos, ambos são abusivos. Mas enquanto houver quem pague, haverá quem cobre.

    Simples assim…

  19. 89
    Alex G Romero:

    Tá caro, tá caro. Uma coisa que não entendo, o livro no Brasil é imune de impostos e o preço aqui é quase sempre maior que o mesmo livro nos EUA (e já comparei traduções brasileiras lançadas lá, livros de lá traduzidos aqui, é quase sempre mais caro). E deveriam estender esse benefício aos CDs e filmes pela mesma razão dos livros. Esse é um protecionismo idiota, diifundir cultura é sempre bom.
    Vc falou do iParcel, ainda não peguei. Sei que a amazon americana está cobrando os impostos antecipadamente, o que tem dado muito problema, o pedido chega aqui e a nossa gloriosa Receita também tributa. Aí a amazon devolve o dinheiro. Na FNAC francesa vc tem que dar o CPF e o pedido sempre vem via UPS, e ele acaba sendo tributado aqui.

    Resposta do Zeca – fala Alex! Pois é… E depois falam que o livro é isento de tributo… Um abração!

  20. 88
    Cesar Marx:

    Pois e Zeca.
    Nao entendo mesmo o preco tao alto de livros e cd`s ai no Brasil.
    No meu caso eh um pouco pior, Pq apesar de ler em ingles, Gosto de ter o livro em portugues, E compro do Basil(Atraves da minha irma)e Pago frete Pra ca.Cd`s compro por aqui mesmo Na Target e Amazon, (Dia desses comprei “Wasting Light-Foo Fighters Por U$ 2.99). E uma pena nao termos incentivo do Governo para Consumir Cultura. Quem sabe isso muda um Dia?
    No mais, Excelente Post as Always.
    Abraco e continuo Seu Fa.

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