Viu cenas curiosas no Street View Brasil? Mande para o G1

qui, 30/09/10
por Leopoldo Godoy |
categoria Tech & Games


O Google Street View, serviço que permite fazer passeios virtuais por mapas de cidades ao redor do mundo, chegou nesta quinta-feira ao Brasil. Para acessar estas imagens, entre no site maps.google.com.

Se você, como boa parte dos internautas brasileiros, estiver “circulando” por São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro (ou qualquer um dos municípios brasileiros incluídos nesta primeira leva) e encontrar alguma cena curiosa ou engraçada, mande para o G1. Deixe sua mensagem e o link para o local na área de comentários do Blog da Redação do G1.

Na imagem acima, os carros do Google flagraram um homem levando um tombo na Zona Leste de São Paulo. Na foto abaixo, em Belo Horizonte, funcionários do Google aguardam a passagem do carro ostentando faixas e bandeiras de clubes de futebol.

Na Rua Bento de Andrade, em São Paulo:

“Quase-topless” no Rio de Janeiro:

Sincronismo em São Paulo:

Homem aparece na frente da câmera na Rua Avaré, em São Paulo:

Na Alameda Ribeirão Preto, São Paulo, uma falha na colagem das imagens mostra um “homem duplo”:

“Zé Pilintra” na Rua Duque de Caxias, em Santos (SP):

Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, registrado em pleno Carnaval:

Folha atrapalha visão de câmera em Duque de Caxias, no Rio.

Escândalo atrapalha campanha de ‘protegida de Lula’, diz ‘NY Times’

ter, 21/09/10
por Produto |

Escândalos envolvendo a ministra da Casa Civil atrapalham a campanha da candidata do PT à presidência e ameaçam levar a eleição para um segundo turno e sujar a imagem do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo reportagem do jornal americano “The New York Times”.

Leia a íntegra do texto, em inglês

O jornal explica que a campanha de Dilma Roussef  parecia estar se encaminhando para uma vitória no primeiro turno, graças à popularidade do presidente, mas que o escândalo político envolvendo Erenice Guerra, “ex-braço-direito de Roussef”, pode mudar o resultado da votação.

Segundo a reportagem, analistas admitem que isso pode ter efeito sobre a votação, e empurrar a eleição para um segundo turno, apesar de haver muitos eleitores que não entendem o que aconteceu.

Lula e sua candidata a presidente atacam a imprensa, diz agência

seg, 20/09/10
por |

A agência de notícias MercoPress, especializada em notícias do Mercosul e baseada no Uruguai, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, acusam a imprensa de “difamação” por ligar a ex-ministra a irregularidades durante seu tempo como chefe da Casa Civil.

Leia íntegra da reportagem, em inglês

Segundo a agência, uma reportagem publicada nesta segunda (20) “levanta suspeitas sobre uma empresa criada em 1992 aparentemente com o objetivo de ganhar uma concorrência no estado do Rio Grande do Sul”, onde Rousseff era secretária de Minas e Energia. “Anos depois, a mesma companhia firmou contratos com o governo federal, quando Rousseff era ministra de Lula”.

“Visivelmente irritada, a candidata a presidente acusou a reportagem de cometer uma ‘distorção escandalosa’ ao omitir que seu sigilo bancário foi auditado e aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado, descartando qualquer irregularidade”, diz o texto. A agência também menciona que, durante o fim de semana, em comício, Lula acusou os principais veículos de mídia de apoiaram o principal candidato da oposição, José Serra.

‘El País’ destaca ‘surpreendente queda de José Serra’

seg, 20/09/10
por Mundo G1 |

O jornal espanhol “El País” traz na edição desta segunda-feira (20) um texto da enviada especial ao Brasil, que diz que apesar de ser  uma ‘tarefa difícil’ competir com a herdeira de Lula, o opositor José Serra está cometendo equívocos que podem levar a uma ‘derrota humilhante’ nas eleições.

Leia a íntegra do texto, em espanhol

De acordo com a autora, isso poderia dar ao Partido dos Trabalhadores uma enorme porção do poder, o que preocupa dirigentes da oposição. Entre os equívocos mencionados pelo texto estão a dificuldade de Serra em transmitir otimismo, a opção por não enfrentar Lula diretamente e a preferência por uma campanha ‘suave’, considerada ‘totalmente errada’.

Eleição de Dilma parece ‘milagre’, diz ‘Telegraph’

sáb, 18/09/10
por Produto |

A edição deste sábado do jornal Britânico “Telegraph” traz um perfil da candidata petista à Presidência, Dilma Roussef. A publicação diz que a candidata do governo adquiriu uma força “imparável” e deve ganhar a eleição no primeiro turno.

Leia o texto original, em inglês.

“Se ela conseguir isso, parecerá um milagre para a ‘apparatchik’ que nunca foi eleita para nenhum cargo político e que era desconhecida da maior parte dos 192 milhões de brasileiros até poucos meses atrás”. Isso tudo, segundo o jornal, é por causa de quem está “atras do volante”, se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o “presidente mais populara da história do Brasil, que não é elegível para um terceiro mandato e deu a Roussef, sua ex-assessora, apoio total”.

A reportagem fala do passado “guerrilheiro” de Dilma, que lutou contra a ditadura no Brasil. Ele diz que Dilma recebeu uma maquiagem da sua campanha para deixar de lado a imagem de “tecnocrata” e assumir o papel de “mãe do Brasil”

O jornal fala também de escândalos e ataques da oposição à campanha.

Escândalos não enfraquecem a ‘Iron Lady’ Dilma, diz ‘Washington Post’

ter, 14/09/10
por Produto |

Dois escândalos de capa de jornais e ataques “amargos” do seu oponente não conseguiram enfraquecer a candidata do partido governista à Presidência do Brasil, Dilma Roussef, segundo o jornal americano “Washington Post”. A publicação cita as últimas pesquisas de intenção de voto para dizer que a candidata petista tem 51% da preferência dos eleitores, contra 26% de José Serra (PSDB), que antes estava empatado com ela.

Leia a reportagem original, em inglês

O jornal da capital americana diz que a “imensa popularidade do mentor político dela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afundou qualquer preocupação sobre a revelação de que membros do partido dela ilegalmente acessaram registros do Imposto de Renda da filha de Serra”.

“Os escândalos não vão ter nenhuma força antes da eleição”, diz ao “Post” Riordan Roett, brasilianista da Universidade Johns Hopkins. “O público brasileiro é imune a esses escândalos, já que aparecem tantos”, complementa.

A reportagem diz que o apelido de Dilma é “Iron Lady”, tradução para dama de ferro, e menciona que ela foi presa e torturada por ter sido parte de uma “guerrilha armada”  durante a ditadura.

Para Dilma, acusações contra ex-assessora querem atingir sua campanha, diz Bloomberg

ter, 14/09/10
por Produto |

“A líder da corrida presidencial brasileira, Dilma Rousseff, disse que as acusações de tráfico de influência contra sua ex-assessora mais próxima na Casa Civil querem atingir sua campanha, diz o site da americana Bloomberg nesta segunda-feira (13).

Leia a reportagem original, em inglês

O texto afirma que a ex-ministra, no debate transmitido no domingo (12), disse que a ex-assessora Erenice Guerra, que a sucedeu na Casa Civil em março, continua a ter o seu “maior respeito”. E recupera as acusações, publicadas primeiro pela revista “Veja”, de que o filho de Erenice, Israel Guerra, teria feito lobby em favor de uma empresa aérea num contrato com os Correios.

O site reproduz falas de Dilma durante o debate, como as de que as denúncias devem ser “rigorosamente investigadas” e que as acusações são “contra o filho dela”. O texto menciona ainda que Erenice “negou qualquer transgressão” e anunciou que “iria processar a revista” e “entregar às autoridades seus sigilos fiscal, bancário e telefônico para esclarecer quaisquer dúvidas sobre suas ações”.

Escândalo é ‘colete salva-vidas’ de Serra, diz Bloomberg

qui, 09/09/10
por Produto |

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, está usando o escândalo do vazamento de dados sigilosos como “colete salva-vidas” para impedir uma vitória esmagadora de Dilma Roussef (PT), segundo uma reportagem publicada nesta quinta-feira (9), na agência de economia Bloomberg.

Leia a reportagem original, em inglês

A agência diz que o candidato tucano “aumentou os ataques” a Dilma depois que a Polícia Federal começou uma investigação sobre os vazamentos de dados de pessoas ligadas a ele. A reportagem diz que a ofensiva veio junto com o aumento da vantagem de Dilma Roussef nas pesquisas eleitorais.

‘Quem gostava de chuva agora não gosta mais’, diz moradora do Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Loja também foi atingida por enchente

A enchente que durou meses no Jardim Romano traumatizou os moradores a ponto de eles terem receio de chuva mesmo quando o tempo está seco – como ocorreu nas últimas semanas em São Paulo. “Ninguém nem gosta mais de chuva aqui. Tem que ser fraquinha, só para tirar a poeira. Quem gostava de chuva agora não gosta mais”, disse Gislene Cavalcante Cabral, de 21 anos.

A mãe da jovem, a comerciante Ana Maria da Conceição Cabral, de 54 anos, tem uma loja de roupas na Rua Manoel Félix de Lima, uma das mais afetadas. Após ver a água invadir sua casa – o que nunca havia ocorrido – em menos de meia hora de chuva, ela agora vive em alerta. “Perdi muita coisa da outra vez. Se encher de novo, vamos ter que tirar tudo novamente.”

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Com casas vizinhas demolidas, moradora vive seu último dia no Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Família vive pelo último dia no Jardim Romano

Esta terça-feira (7) será o último dia da dona de casa Maria Valda de Jesus, de 55 anos, no Jardim Romano. A mulher, que vive no bairro com o marido e o filho mais novo, de 26 anos, vai deixar o local nesta quarta-feira (8), e sua casa será demolida. Ela será a última de um trecho do bairro a sair de seu imóvel. Ao lado de sua casa, há apenas terra e entulhos.

A moradia da dona de casa fica às margens do Rio Tietê. Na época da enchente, a água alcançou quase um metro dentro de casa, e inundou o imóvel por um mês. “Ficamos na parte de cima, mas não dava para subir o fogão, não dava para cozinhar. Ficamos comendo pão e café”, contou a mulher.

Apesar de ter recebido R$ 50 mil de indenização para sair do local, ela se disse triste e apreensiva, sem ainda ter definido seu futuro. “Por enquanto vou ficar na casa dos meus outros filhos. Quero comprar uma casa com escritura, e com esse dinheiro não consigo”, disse a mulher. Ela se disse preocupada com seu filho – que tem síndrome de Down – quando ela não estiver mais por perto. “Eu gostava daqui. Mas se Deus me ajudar vou conseguir um lugar melhor.”

Casa é a única que restou em trecho de rua

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Casas ganham 2º andar contra enchentes no Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Casa ganhou segundo andar após enchentes

Ao caminhar pelas ruas do Jardim Romano, é possível ver diversas casas com um segundo andar ainda em construção, com tijolos à mostra e reboco por fazer. Em alguns desses casos, a construção começou depois das enchentes do fim do ano passado, quando aqueles que tinham apenas um andar em suas casas perderam tudo e não tiveram um lugar seco para ficar.

É o caso do vigilante Geraldo Barros, de 43 anos. O segundo andar de sua casa ainda não está pronto, mas já foi coberto – por isso, ele se diz um pouco mais aliviado em relação a uma futura enchente. “A água subiu 50 centímetros, perdi muita coisa. Depois das enchentes, quando vi que futuramente poderia passar por essa humilhação de novo, resolvi construir outro andar.”

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Propaganda política segue devagar no Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Propaganda eleitoral está em poucos pontos do Jardim Romano

A campanha eleitoral parece caminhar a passos lentos no Jardim Romano. Pelas ruas da bairro, são poucas as propagandas de políticos que pleiteiam cargos nas eleições a serem realizadas em outubro. Apenas em algumas casas aparecem cartazes de candidatos.

De acordo com os moradores, não houve muita campanha no bairro. “Ontem ouvi um carro de som de um candidato, mas não tenho visto muita coisa. Eles deixam para vir na última semana pedir votos”, conta o pedreiro Saulo Ferreira.

A dona de casa Simone Gouveia se diz apreensiva com a troca de governos no fim do ano. “Está sendo feita muita coisa aqui no bairro, mas não sei se tudo vai ser realmente concluído. Não vai dar tempo de terminar antes das eleições”, disse ela. “Estou procurando com muito cuidado em quem vou votar.”

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Nove meses após enchente, família ainda tem sala de casa vazia

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

A sala de Maria Aparecida está vazia há 9 meses

A parte de baixo do sobrado onde a família de Maria Aparecida dos Santos Cruz, de 47 anos, ficou duas semanas com cerca de 50 centímetros de água durante as enchentes que atingiram o Jardim Romano. Após perder sofá, parte dos armários da cozinha , além de outros móveis, a família entrou com uma ação contra a Prefeitura por indenização, e resolveu não mobiliar a sala novamente, com medo de novos alagamentos.

“Nunca tinha entrado água na minha casa dessa forma. A gente fica insegura, apesar das obras. Será que vai ocorrer novamente. Quando chove, fico com medo. Por isso minha sala está vazia até agora”, conta a mulher, que trabalha com inclusão de crianças com deficiência.

Portas dos armários foram destruídas pela água

Na sala da família, além do espaço vazio, chama a atenção as marcas da enchente nas paredes, que sofreram inundações. Na cozinha, os armários estão sem portas, perdidas pela água. Eles esperam o resultado da ação, feita com o auxílio da Defensoria Pública, para poder fazer os reparos necessários na casa.

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Basta chover pouco para rua no Jardim Romano ter pequeno alagamento

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Homem passa de bicicleta por pequeno alagamento

Quem mora na Rua Manoel Félix de Lima, no Jardim Romano, convive desde dezembro do ano passado com o temor de enchentes. Parte da via ficou debaixo d’água por cerca de três meses entre o fim de 2009 e o início de 2010. Após a água ser drenada, basta chover um pouco para que um pequeno alagamento se forme novamente. Nesta terça-feira (7), a chuva que atingiu a capital paulista nesta manhã fez com que 20 metros da via fossem tomados por cerca de 10 centímetros de água.

“Estava há dois meses sem chover aqui. Na primeira chuvinha que deu hoje já encheu este pedaço”, contou o vigilante Douglas Aquino da Silva, de 35 anos. Em dezembro, a água chegou a um metro de altura dentro das casas. “Fiquei morando na parte de cima da minha casa, e tinha que enfrentar a água para entrar e sair.”

O vigilante e outros moradores da rua, que vivem há muito tempo no local, estão otimistas com as obras feitas no Rio Tietê. “Estou feliz com as obras, o piscinão vai receber a água daqui, o dique vai conter a água do rio. Temos esperança de melhorias para poder continuar aqui”, disse o vendedor Salatiel Lima, de 38 anos.

Apesar de ter aparecido rapidamente, o ponto de alagamento também dava sinais de que sumiria rápido. Em cerca de 15 minutos que a reportagem do G1 ficou no local, alguns metros de asfalto antes cobertos pela água voltaram a aparecer.

Rua ficou cerca de três meses alagada no início do ano

Juliana Cardilli, do G1 SP

Basta chover pouco para rua no Jardim Romano ter pequeno alagamento

Quem mora na Rua Manoel Félix de Lima, no Jardim Romano, convive desde dezembro do ano passado com o temor de enchentes. Parte da via ficou debaixo d`água por cerca de três meses entre o fim de 2009 e o início de 2010. Após a água ser drenada, basta chover um pouco para que um pequeno alagamento se forme novamente. Nesta terça-feira (7), a chuva que atingiu a capital paulista nesta manhã fez com que 20 metros da via fossem tomados por cerca de 10 centímetros de água.

“Estava á dois meses sem chover aqui. Na primeira chuvinha que deu hoje já encheu este pedaço”, contou o vigilante Douglas Aquino da Silva, de 35 anos. Em dezembro, a água chegou a um metro de altura dentro das casas. “Fiquei morando na parte de cima da minha casa, e tinha que enfrentar a água para entrar e sair.”

O vigilante e outros moradores da rua, que vivem há muito tempo no local, estão otimistas com as obras feitas no Rio Tietê. “Estou feliz com as obras, o piscinão vai receber a água daqui, o dique vai conter a água do rio. Temos esperança de melhorias para poder continuar aqui”, disse o vendedor Salatiel Lima, de 38 anos.

Apesar de ter aparecido rapidamente, o ponto de alagamento também dava sinais de que sumiria rápido. Em cerca de 15 minutos que a reportagem do G1 ficou no local, alguns metros de asfalto antes cobertos pela água voltaram a aparecer.

Juliana Cardilli, do G1 SP

Moradores querem preço justo por casas antes de sair do Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Márcia ao lado de seu vizinho, Santos Calixto: valor justo pelas casas

Márcia ao lado de seu vizinho, Santos Calixto: valor justo pelas casas

Após a enchente no Jardim Romano, a Prefeitura de São Paulo ofereceu auxílio-aluguel e encaminhou diversas famílias para moradias populares – visando, além de retirá-las de uma área de risco, desapropriar a área de várzea. Entretanto, a retirada das famílias esbarrou no valor dos auxílios, considerado insuficiente para muitas pessoas.

É o caso da dona de casa Márcia de Fátima Pereira, de 45 anos. Moradora do bairro há 20 anos, onde construiu seu imóvel de dois andares, ela diz só sair se receber um preço justo por sua casa. “Não tive condições de sair ainda porque eles ofereceram muito pouco. Se precisarem da área e chegar a um preço que dê para eu construir uma casa igual à minha, eu saio”, conta a mulher.

A Rua Capachós, onde fica o CEU, ficou completamente alagada

Na casa dela, a água alcançou cerca de 20 centímetros, destruindo imóveis. A um quarteirão, a enchente passou de um metro, o que dificultava a saída de casa. “Ficamos 15 dias sem luz. Vimos pais de família saindo de manhã no escuro e na água para ir trabalhar. Eu construí um vínculo com o Romano, minha vida está aqui, meus vizinhos, não quero sair”, diz a moradora.

Ela reclama das afirmações do governo de que a área é de várzea e invadida. “Se é de várzea, por que construíram o CEU e os predinhos [habitações populares]? Por que deixou por 25 anos assim? Tem água, tem esgoto, e nós pagamos tudo. Nós compramos esse terreno de alguém, temos os recibos, não somos invasores.”

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Após enchentes, moradores convivem com obras no Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Obra no Rio Tietê visa conter novos alagamentos

Antes um bairro calmo, com bastante silêncio e pouco movimento, hoje o Jardim Romano, Zona Leste de São Paulo, é parcialmente um canteiro de obras. Durante os dias úteis, os moradores convivem com a passagem constante de caminhões, deixando como reflexo a poeira nos dias secos e a lama nos dias de chuva, como nesta terça-feira (7). Entretanto, o transtorno é por uma boa causa: o movimento faz parte das obras de construção de um dique no Rio Tietê.

“Antes aqui era um silêncio, hoje só tem barulho. Mas sabemos que temos que aguentar isso para poder melhorar”, conta a dona de casa Felícia dos Santos, de 39 anos.

A obra, logo ao lado do CEU Três Pontes, um dos símbolos da enchente por ficar em uma das ruas mais atingidas, a Capachós, visa conter as águas do rio para que uma nova tragédia não aconteça no período de chuvas. Com ela, os moradores têm a previsão de um verão mais tranquilo. “Tenho certeza que não vão deixar a água chegar de novo. Tem muito dinheiro nessa obra, não vai acontecer de novo”, disse a moradora.

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Famílias vivem ao lado de casas demolidas no Jardim Romano

ter, 07/09/10
por juliana.cardilli |
categoria Eleições 2010

Terrenos vazios ocupam espaços onde antes havia casas

Terreno vazio era antes ocupado por casa

A recusa de alguns moradores de sair do Jardim Romano - seja por não considerar a ajuda dada pelo governo suficiente, por medo de deixar sua casa ou por apego ao bairro - fez com que quem ficou passasse a conviver casas demolidas e entulhos como vizinhos. Parte dos imóveis desocupados já foi colocada abaixo – tanto para as obras do dique no Rio Tietê, quanto para a futura implantação de um parque no local.

“A gente se sente um pouco inseguro sem ter outra casa ao lado. Agora aqui já está limpo, mas em outros lugares ainda tem muito entulho, sujeira, que atrai bichos”, diz o carpinteiro Felix Santos. Apesar de ter perdido móveis na enchente – e ainda procurar uma forma de conseguir uma reparação da Prefeitura – ele não quer deixar o bairro. “Vai ser difícil sair daqui. E acredito que não vai alagar de novo não, com essas obras que estão sendo feitas”, afirma ele.

Ainda há entulho de casas demolidas

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Juliana Cardilli, do G1 SP

Bolsão de pobreza de Agudo tem voto em Dilma e em Serra

seg, 06/09/10
por Política G1 |
categoria Eleições 2010

Esgoto a céu aberto na Vila Caiçara, bairro pobre de Agudo (Fotos: Thiago Guimarães/G1)

Embora em menor escala, Agudo (RS) não difere de outras cidades brasileiras no que se refere à carência em setores básicos como saneamento e moradia.

Se moradores da Vila Caiçara, bairro pobre da cidade, não sofreram tanto com as chuvas de janeiro de 2010, por viverem longe do rio Jacuí, vivem em meio a problemas permanentes: esgoto a céu aberto, moradias de madeira puída.

O morador da Vila Caiçara Diego Esperidião, 20, eleitor de José Serra (PSDB)

Natural de Agudo, Diego Esperidião, 20, vive com a esposa no bairro. Ambos trabalham em lavouras de fumo, de onde fazem R4 45 por dia em época de plantação e R$ 50/dia na colheita.

Esperidião colhia fumo na época das últimas chuvas. Lembra que a calha de esgoto que passa diante de sua casa entupiu, agravando a situação.

O rapaz declara voto em José Serra (PSDB) para presidente. “Estamos precisando de muita saúde aqui. O posto só atende uma vez por semana. Seria bom que ele ganhasse para mudar isso tudo”, justifica.

Beneficiário de uma cesta básica mensal da prefeitura, Espiridião diz que muitos vizinhos recebem o Bolsa Família, do governo federal. Ao todo, 784 famílias ganham o benefício na cidade.

O eleitor de Dilma Rousseff (PT) Naudelino D'Ávila, 57, morador de região carente de Agudo

A poucos metros dali, o jardineiro Naudelino D’Ávila, 57, cortava a grama em frente de casa. Também nascido em Agudo, dizia que seu voto para presidente será em Dilma Rousseff (PT).

“Porque Lula fez um bom governo. Fazia anos que não tinha um presidente para os pobres, e pelo menos o alimento nunca foi tão barato”, dizia.

Thiago Guimarães, enviado especial do G1

Cheia foi a maior em três gerações, diz rizicultor de Agudo

seg, 06/09/10
por Política G1 |
categoria Eleições 2010

O rizicultor Verner Muller, 49, diante de área ainda danificada de sua propriedade em Agudo (Foto: Thiago Guimarães/G1)

Há três gerações, a família de Verner Muller, 49, vive da produção de arroz na região de Agudo (284 km de Porto Alegre). Mas enchente como a do último verão, nem nas histórias dos antepassados alemães.

Muller é um dos rizicultores de Agudo que perderam quase tudo na cheia. O prejuízo alcançou 80% de sua área cultivada, de 53 hectares. Resultado: perda estimada em R$ 500 mil.

Hoje, às vésperas da semeadura da nova safra, os agricultores recorrem a empréstimos para tocar seus negócios. “Estamos empurrando as dívidas até onde dá.”

Nivel da água chegou a poucos centímetros do topo das árvores (Foto: Thiago Guimarães/G1)

E não é preciso andar muito para descobrir novos casos de agricultores em problemas.

Enquanto conversava com a reportagem do G1, Muller recebeu a visita do cunhado, também rizicultor, que lhe pedia para ser avalista em um empréstimo.

O arroz é produzido sob uma lâmina d’água de 5 a 10 centímetros. Em algumas áreas, contudo, o nível da água chegou a sete metros em janeiro passado, arrasando as plantações.

E a água chegou forte justamente quando o arroz estava prestes a florescer, a cerca de um a dois meses da colheita. O arroz rende ao produtor cerca de R$ 25 por saca de 50 kg.

Com o prejuízo, Muller teve que dispensar um dos dois funcionários que o ajudavam na lavoura ao lado da mulher. E ainda tem muito trabalho pela frente até preparar o solo para a semeadura, que deve ser feita até o final de setembro: drenar áreas alagadas, corrigir canais de irrigação danificados.

De políticos e das eleições vindouras Muller pouco espera. “A decepção é muito grande. Ninguém cumpre nada.”

Thiago Guimarães, enviado especial do G1

Reconstrução de ponte em Agudo (RS) envolve gente de todo o Brasil

seg, 06/09/10
por Política G1 |
categoria Eleições 2010

O engenheiro Romes Ferrarez, 28, ao lado da ponte que ajuda a erguer em Agudo (Foto: Thiago Guimarães/G1)

A construção da nova ponte sobre o rio Jacuí envolve pessoas de todos os cantos do Brasil, que até então nunca haviam ouvido falar da pequena cidade da região central do Rio Grande do Sul.

Como o engenheiro civil Romes Melito Júnior, de Belo Horizonte (MG), um dos responsáveis pela obra. Há dois meses sem visitar a família em Minas, ele diz sentir falta da agitação da capital mineira. “Aqui não tem nada [pra fazer].”

A obra conta ainda com operários de estados do Nordeste, como Bahia e Paraíba. Todos vivem na cidade, em casas alugadas pelas empresas responsáveis pela construção.

O marinheiro João Caminha, 35, opera a balsa que supre a ausência da ponte (Foto: Thiago Guimarães/G1)

Balsa
A cerca de 500 metros da obra, funciona a balsa gratuita que opera 24 horas para fazer a travessia de veículos e pessoas entre as duas margens do Jacuí. São até 2.500 veículos por dia.

Toda a equipe que trabalha na operação da balsa é de Taquari, cidade gaúcha a 180 km de Agudo. Duas equipes de nove funcionários se revezam em turnos de 12 horas.

Entre os funcionários está João Lucas Caminha, 35, que também não conhecia Agudo. Passa dez dias trabalhando e cinco em casa. E já se acostumou com a vida às margens do Jacuí – a casa em que vive fica na beira do rio. “O lugar é tranquilo, acho bom.”

Thiago Guimarães, enviado especial do G1



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