Família que perdeu casa de 4 quartos em Angra agora se aperta para dormir

ter, 31/08/10
por carolina.lauriano |
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Família vivendo em AngraDona Olívia Nunes dos Santos morava em uma casa de quatro quartos, varanda grande, além espaço para criar cachorro, no Morro da Carioca, em Angra dos Reis. Depois da chuva do réveillon, o local foi interditado e o casarão, no qual ela gastou todas as economias, foi demolido pela Defesa Civil. Atualmente, ela vive com os filhos, as netas e o genro em uma casa em frente ao local da tragédia, de dois quartos, onde todos se apertam para dormir.

A família de dona Olívia é apenas uma das cerca de 1.300 que vivem com o aluguel social dado prefeitura.

“Eu ainda tive tempo de tirar as minhas coisas, mas a minha filha perdeu tudo o que tinha”, conta ela, que chegou a morar em outros dois bairros da cidade depois do deslizamento.

A filha dela, a dona de casa Jucilene Nunes dos Santos, de 26 anos, contou que até hoje não conseguiu recuperar nada do que perdeu na noite do réveillon, quando sua casa foi soterrada.

“Saímos todos com a roupa do corpo, a roupa da festa. Foi o pior ano que passei na minha vida. Meu sogro ficou soterrado, mas meu marido conseguiu tirar ele a tempo. Essa imagem não sai da minha cabeça”, lamenta ela.

Para Jucilene, o mais justo seria as famílias receberem uma indenização em vez do apartamento que será doado pelo governo do estado.

“Meu marido viu o tamanho, disse que é muito pequeno, nossa casa era espaçosa. E para quem sempre viveu em casa, se mudar para um apartamento assim muito é difícil”, contesta.

A família disse ainda que os preços dos aluguéis subiram muito desde a tragédia e que o os R$ 510 do aluguel social não dá para pagar. “Pago R$ 700 nessa casa aqui, minha sogra paga R$ 650 na dela, você não encontra mais barato do que isso”, reclama.

Alessandra dos Santos Lara, de 27 anos, neta de dona Olívia, conta que no seu caso a casa também foi demolida, como a da avó, mas não houve tempo para retirar os móveis.

“Eu estava correndo atrás de casa para alugar, porque meu marido não queria ficar em abrigo, e quando cheguei à noite estava tudo no caminho na porta da minha casa. Tive que tirar tudo no escuro”, lembra ela.

O receio da família é que o apartamento para onde irão os desabrigados seja retirado das pessoas quando algum ente morrer. “Isso não vai ficar no nosso nome. Eu quero um imóvel em meu nome, com meus direitos, quero pagar meu IPTU”, revoltou-se dona Olívia.

De frente para o morro onde houve o deslizamento, Alessandra desabafa: “às vezes eu paro ali e aprece que ainda estou dormindo, parece que estou no inferno”.

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Estrada para Angra ainda está tomada por obras de contenção de encostas

ter, 31/08/10
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foto-carol-angra-km-450-300-x-225A Rio-Santos, estrada que leva à Angra dos Reis, na Costa Verde do estado do Rio, ainda está tomada por obras de contenção de encosta. São dezenas de placas, ao longo de toda a rodovia, indicando queda de barreira, desde as chuvas de janeiro.

Na segunda-feira (30), três trechos da estrada estavam no esquema siga e pare, pois só uma pista funcionava.

Mas de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), esses trechos dependem do serviço que está sendo executado no dia e, com isso, eles podem variar. Nesta terça-feira (31), por exeplo, são dois os trechos da rodovia que estão com apenas uma pista liberada: o km 450 e o km 455,5.

foto-carol-angra-km-455,5-300-x-225O Dnit informou ainda que estão sendo executadas obras de contenção de encosta em 14 pontos da Rio-Santos. A rodovia sofreu 44 deslizamentos entre o km 445 e km 594 devido às chuvas de janeiro, fevereiro e abril

Cerca de R$ 103 milhões foram investidos até o momento. Segundo o Dnit, a previsão é que as obras estejam concluídas no final de outubro.

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Moradores contestam tamanho de apartamento construído para desabrigados

ter, 31/08/10
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Foto-Angra-Carol-300-x-225O tamanho dos 800 apartamentos que estão sendo construídos para os desabrigados da chuva de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, é contestado pelos futuros moradores. Eles afirmam que a metragem dos quartos não é suficiente para comportar um jogo de cama de casal e armário.

O projeto fere o código de obras do município, que afirma que o mínimo de um quarto tem que ser de 9 metros quadrados. “Nesse apartamento, o quarto tem 8 metros quadrados. Falta espaço. Além disso, acima de três pavimentos tem que ter um elevador. Lá o prédio é de cinco andares e só tem escada,” contestou um membro da Associação dos Moradores Atingidos pela Tragédia em Angra (Amata).

Segundo a prefeitura de Angra, os apartamentos têm cerca de 45 metros quadrados, com dois quartos, sala, banheiro, cozinha e varanda. As obras são realizadas em três áreas da cidade: Japuíba, Areal e Pousada da Glória.

As 800 unidades habitacionais estão previstas para serem entregues em dezembro.

A construção é de responsabilidade do governo estadual, com recursos do governo federal.

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Dilma pode enfrentar teste antecipado de liderança, diz agência

ter, 31/08/10
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Untitled-1Uma análise divulgada nesta terça-feira (31) pelo serviço internacional em inglês da agência de notícias Reuters diz que a candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, pode enfrentar um teste de liderança tão logo se confirmem os dados das pesquisas eleitorais que a colocam à frente na preferência popular.

Leia o texto completo em inglês

“A atenção está se voltando para o quão bem ela pode administrar os aliados que já estão disputando uma posição no novo governo”, diz a análise, que é assinada por Raymond Colitt. “Uma vitória esmagadora a daria um mandato forte e uma maioria mais ampla no Congresso para levar adiante as reformas tributária e de pensões que ela propôs para tornar o país mais competitivo.”

A Reuters diz que Dilma nunca foi eleira para um mandato político e que não tem a popularidade e o carisma de Lula, “que o ajudaram a administrar uma coalizão diversa com 10 partidos”, diz.

O texto diz ainda que em um comício em Salvador, o mestre de cerimônias precisava interromper o público para pedir que eles gritassem o nome da candidata do PT no lugar do nome do presidente Lula.

Muro de contenção no Morro da Carioca terá 300 metros

ter, 31/08/10
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IMG_4648_300Um gigantesco muro de contenção está sendo erguido no Morro da Carioca, em Angra dos Reis, onde 20 pessoas morreram soterradas após as chuvas da virada do ano.  Serão 300 metros de extensão, cerca de 10 metros de altura e 5 metros de largura. Para isso, a prefeitura já demoliu mais de 600 casas interditadas pela Defesa Civil e ainda pretende derrubar outras dezenas.

O objetivo é evitar novos deslizamentos e proteger as casas que ficam abaixo. A obra está sob a responsabilidade do governo do estado.

De acordo com secretário municipal de Meio Ambiente de Angra, Marco Aurélio Vargas, o projeto do muro foi realizado a partir de laudos geotécnicos.

O gasto total da obra, segundo a prefeitura, será de R$ 14 milhões. Ainda de acordo com a prefeitura, a previsão é de que o muro fique pronto em dezembro. Entretanto, o secretário afirmou que não é possível estabelecer um prazo de entrega porque é uma obra complexa.

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Desabrigados do Morro da Carioca criam blog para lutar por justiça

ter, 31/08/10
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IMG_4644_300Os desabrigados do Morro da Carioca, onde 20 pessoas morreram após o deslizamento durante o réveillon de Angra dos Reis, se uniram e criaram um blog, denominado “Desabrigados de Angra dos Reis”, para divulgar a luta das vítimas das chuvas.

O presidente da Associação dos Moradores Atingidos pela Tragédia em Angra (Amata), Bruno Marques, contou que a organização foi criada no dia 7 de agosto e que desde então já realizaram caminhadas de protesto e também diversas reuniões com autoridades. “O maior receio dos moradores daqui é a pressão psicológica de novas chuvas, já que a estação das águas está se aproximando,” disse ele.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, os candidatos a deputado estadual e federal da região têm prometido buscar verbas para ajudar a prefeitura no processo de recuperação dos pontos atingidos, especialmente para projetos de habitação, já que muitos moradores ainda estão em áreas de risco e não têm para onde ir.

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Mais de mil famílias de Angra ainda vivem de aluguel social

ter, 31/08/10
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IMG_4640_300Cerca de 1.300 famílias afetadas pelas chuvas de Angra dos Reis ainda vivem com o aluguel social, dado pela prefeitura, no valor de R$ 510. A informação é da própria prefeitura de Angra.

O produtor cultural Bruno Marques teve sua casa, no Morro da Carioca, interditada em janeiro, após a tragédia do réveillon. Dois meses depois, o imóvel dele e mais outras três casas de seus familiares vieram abaixo, com a chuva que atingiu a cidade em março.

Ninguém ficou ferido. Desde então, Bruno e toda a família vivem de aluguel social.

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Pousada Sankay será demolida, diz prefeitura

ter, 31/08/10
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IMG_4609_300Será demolida a pousada Sankay, que ficou conhecida após o grande deslizamento que ocorreu no réveillon na Enseada do Bananal, em Ilha Grande, e que matou a filha dos donos do estabelecimento, Yumi Faraci.

A afirmação foi feita pelo secretário de Meio Ambiente de Angra dos Reis, Marco Aurélio Vargas.

Segundo empresários do Bananal, Geraldo e Sônia Faraci, os donos da Sankay, se mudaram da ilha. Cláudio Uheara, dono de uma pousada no Bananal, contou que o casal autorizou a demolição e também já vendeu objetos e materiais de construção da Sankay, como telhas.

“A pousada está assim hoje, só com destroços, porque eles tiraram tudo. Mas só uma pequena parte é que foi atingida pela chuva,” explicou ele.

A prefeitura informou que ainda não há uma data para a demolição.

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Empresários do Bananal querem reflorestamento de orla devastada por chuva

ter, 31/08/10
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IMG_4603_300A principal reivindicação de moradores e donos de pousadas da Enseada do Bananal, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, é a obra que será realizada na orla onde ocorreu o deslizamento. Os entulhos continuam no local e a imagem negativa prejudica ainda mais a vida tanto dos empresários quanto de quem vive ali. Eles afirmam que a prefeitura da cidade prometeu reflorestamento e a construção de um muro.

“Ficaram de consertar, reflorestar, mas está paralisado. Está muito feio, precisa de obra urgente. Foi prometida para julho, mas até agora nada. A imagem é muito ruim para os turistas,” disse Cláudio Uheara, da pousada Onikawa. A pousada Satiko, que fica próxima ao deslizamento e é da irmã de Cláudio, não teve mais um hóspede sequer desde o réveillon.

“Precisam arrumar aquilo, tinha que fazer alguma coisa bonita. Até para os moradores ficou muito triste aquela imagem,” afirma Sigueko Hadama, da pousada Casa Nova.

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De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Angra dos Reis, Marco Aurlio Vargas, a continuidade da obra só depende de uma decisão da Justiça, pois o dono de uma das casas que precisam ser demolidas conseguiu uma liminar impededindo que sua casa venha a baixo. O secretário afirmou ainda que pretende construir um memorial das vítimas do deslizamento no local.

“Todas as edificações existentes – a pousada Sankay, a casa do doutor Luís e a do senhor Manuel – elas virão abaixo, mas eles têm o direito de ir à Justiça. Nós estamos orientados em cima de um laudo técnico e aquelas casa têm que ser demolidas,” disse o secretário.

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Movimento em praia de Angra cai mais de 80% desde o réveillon

ter, 31/08/10
por carolina.lauriano |
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Os donos das pousadas na Enseada do Bananal, em Ilha Grande, na Costa Verde do Rio de Janeiro, são unânimes ao afirmar que o ano de 2010 está sendo o pior da história deles. A movimentação de turistas caiu mais de 80% e os prejuízos depois da chuva do dia 1o são imensos.

“A gente já estava com os meses de janeiro, fevereiro e março com a pousada lotada e foi tudo cancelado depois do réveillon. Depois disso, o movimento caiu cerca de 80%,” conta Cláudio Uehara, mais conhecido como Dinho, dono da pousada Okinawa, que tem mais de 13 anos. Todo o dinheiro que já havia sido depositado pelos turistas, como o sinal, teve que ser devolvido.

Uma das grandes dificuldades dos empresários da Enseada do Bananal é mudar a imagem da praia que ficou conhecida pela morte de 33 pessoas e o desabamento de parte da pousada Sankay. “Com as notícias que saíram, parecia que a Sankay toda tinha demolido, mas ficou tudo em pé. Se tivesse perigo, eu seria o primeiro a sair daqui,” desabafou Dinho, em sua pousada, que fica longe das encostas.

A mulher dele e também proprietária da pousada, Mitsue Uheara, com a mão no peito, diz que apesar de todo o prejuízo financeiro, a maior dor ainda é a da perda dos amigos. Eles conheciam os moradores que morreram no deslizamento. “Coisa material a gente perdeu, mas a gente trabalha e consegue recuperar. O que deixa a gente mais triste são os moradores que perdemos. Éramos muito amigos de todos, inclusive da Yumi,” diz ela, lembrando da filha dos donos da Sankay, que morreu soterrada.

IMG_4596_300“Diminuiu muito, quase 90% praticamente,” afirma Sigueko Hadama, uma das sócias da pousada Casa Nova. Ela conta que desde a tragédia não consegue retomar o fluxo de turistas. “Sem dúvida foi o pior ano que já passei. Não está dando nem para pagar conta de luz,” disse ela, que teve que cortar gastos. O cunhado dela perdeu o filho de 23 anos na tragédia.

“O Ano Novo aqui vai ser complicado, a gente estava acostumado a reunir todo mundo e não tem mais como comemorar a virada como a gente fazia, só para os hóspedes mesmo. Para nós é muito difícil e muito triste,” disse.

Outro empresário que está sofrendo até hoje com os prejuízos da chuva é Cezar Augusto dos Santos, dono da pousada Recreio da Praia, que está no Bananal há mais de 20 anos. “Trataram as notícias como se a ilha toda tivesse caído. Dá a impressão de que a ilha só tem três coqueiros e uma pousada. Empresas quebraram. Estamos passando o pior ano,” desabafou ele.

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Feitas com PVC, casas populares em Paraitinga devem sair em setembro

seg, 30/08/10
por carolina.iskandarian |
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Cidade devastada pela chuva terá 151 casas populares (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Cidade devastada pela chuva terá 151 casas populares (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

A expectativa é grande e, em um dos acessos a São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, estão enfileiradas as 151 casas populares que o governo deve entregar aos desabrigados em setembro. A cidade foi bastante destruída pelas chuvas de janeiro e, quase oito meses depois, ainda há famílias morando em tetos improvisados.

“Nossa casa é diferente. Tem fôrma de PVC com concreto dentro. É um processo mais rápido por ser uma obra emergencial”, explica Samoel Sousa Silva, coordenador da parte administrativa da Royal do Brasil, responsável pela construção dos imóveis. Os telhados são convencionais, mas há placas neles para uso de energia solar. Segundo Silva, os moradores receberão 45 casas e 106 sobrados. “As casas já estão prontas. Nosso prazo é entregar tudo em 15 de setembro e estamos trabalhando para isso”, afirma.

Casas têm revestimento em PVC (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Casas têm revestimento em PVC (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Em comum, há uma sala, banheiro e cozinha. Mas, enquanto os sobrados têm 46m2 e dois quartos, as casas são maiores: 65 m2 e três dormitórios.

O G1 teve acesso a uma das casas prontas. As portas e frisos das janelas também são de PVC. “É um material térmico e antichama, fácil de limpar”, diz Silva. A promessa também é de jardim na frente e quintal nos fundos.

No canteiro de obras, há uma enorme placa da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do governo do estado de São Paulo, anunciando o investimento de R$ 9 milhões para a construção das moradias populares. Mais R$ 7 milhões são anunciados para obras de infraestrutura, como terraplanagem do terreno (fica a cargo de outra empresa).

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Paraitinga tem corrida para tirar 2ª via do título eleitoral

seg, 30/08/10
por carolina.iskandarian |
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Paraitinga tem 39 urnas eletrônicas (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Paraitinga tem 39 urnas eletrônicas (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Às vésperas das eleições de outubro, os moradores de São Luiz do Paraitinga correm para tirar a segunda via do título eleitoral. “Devido à enchente, muita gente perdeu o documento. A procura (para tirar novamente) tem sido bem grande”, explica a técnica judiciária Ismália Garcia, de 40 anos. O cartório eleitoral da pequena cidade do Vale do Paraíba, devastada pelas chuvas de janeiro deste ano, fica no prédio do Fórum, que também precisou ser reformado após a cheia.

Em São Luiz do Paraitinga, votam 9.112 eleitores, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ismália conta que existem 39 seções de votação, divididas em seis escolas – três em Paraitinga, duas em Lagoinha (cidade vizinha) e uma em Catuçaba (distrito de Paraitinga). As três regiões formam a 128ª Zona Eleitoral.

Nem todos os luizenses estão acostumados à tecnologia, como internet e computadores, pois praticamente a metade da população mora na zona rural. Para que ninguém “trave” na hora de votar na urna eletrônica, uma delas será colocada à disposição da população “nos próximos dias”, como prevê Ismália. “O eleitor pode treinar. Temos nomes de candidatos fictícios”, diz a funcionária do cartório eleitoral.

Ao todo, são 39 urnas eletrônicas. Duas ficam de reserva no dia da votação oficial, em outubro, caso alguma dê defeito e precise de substituição. Segundo Ismália, os moradores têm até 23 de setembro para tirar o título de eleitor levado pela tempestade do primeiro dia de 2010.

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Após enchente, comércio em Paraitinga ainda se recupera

seg, 30/08/10
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Adriana gastou R$ 4o mil para refomar o salão

Adriana gastou R$ 4o mil para refomar o salão (Foto: Carolina Iskandarian/G1)

A tempestade que destruiu parte de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, completa oito meses em setembro. Desde então, os comerciantes buscam retomar as vendas, atrair a clientela novamente. Nas ruas, algumas portas ainda estão fechadas e não se sabe quando abrirão. “Hoje, 70% a 80% do comércio voltou a funcionar. Considero (o percentual) bom pelo tamanho do estrago que tivemos”, conta José Roberto da Silva, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Luiz de Paraitinga.

Ele lembra a dificuldade enfrentada pelos donos de estabelecimentos comerciais quando a cheia danificou mercadorias e destruiu imóveis. Até hoje, alguns estão endividados. “Muita gente desistiu, despediu funcionários. Parou tudo porque o comércio estava prejudicado”, diz Silva, dono do restaurante Cantinho dos Amigos.

Ele revela que também teve prejuízo com a enchente, mas conseguiu reabrir o negócio, localizado no centro histórico, em “30, 35 dias” depois da tragédia. De acordo com Silva, os comerciantes prejudicados puderam pegar empréstimo no banco e vão começar a pagar somente no ano que vem. “É dinheiro para capital de giro, para as reformas. Nós ficamos carentes de tudo.” Cada caso foi analisado e o financiamento do dono do restaurante foi de R$ 35 mil. “Para mim, foi suficiente.”

Sem dívida

A cabeleireira Adriana Guimarães Paiva, de 37 anos, tem um salão na mesma rua do restaurante Cantinho dos Amigos. Ela conta que perdeu parte do imóvel e o que estava dentro com a enchente, agravada pela cheia do Rio Paraitinga. Apesar do prejuízo, Adriana  diz que já retomou a clientela e se mostrou aliviada por não precisar do dinheiro do banco. “Graças a Deus meu pai me ajudou. Não precisei de empréstimo, mas a maioria precisou e conheço gente que está endividada.”

Segundo a comerciante, a reforma do estabelecimento custou R$ 40 mil. “Não tive ajuda nem do governo nem da prefeitura. Perdi também uma loja de cosméticos, mas não quero mais trabalhar com isso. Vou ficar só com o salão.”

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Desabrigados permanecem em pousada em Paraitinga

seg, 30/08/10
por carolina.iskandarian |
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Maria Aparecida cozinha para 72 pessoas todos dia (Foto: Carolina Iskandarian/G1)

Maria Aparecida cozinha para 72 pessoas todo dia (Foto: Carolina Iskandarian/G1)

O G1 volta a São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, sete meses depois da chuva que destruiu parte da cidade. A enchente que tomou conta da cidade de cerca de dez mil habitantes destruiu casas (algumas históricas), obrigando muitos moradores a procurar outro lugar para morar. Desde fevereiro, 17 famílias, com crianças, adultos e idosos, estão provisoriamente na pousada Caravelas, localizada junto à rodoviária e próxima do Centro.

No quintal, roupas no varal, bicicletas encostadas, um berço com brinquedos dentro. A responsável por alimentar a “tropa” de 72 pessoas é Maria Aparecida dos Santos Pereira Pinto, de 43 anos. “Todos os dias são dez quilos de arroz. Cinco quilos no almoço e mais cinco no jantar”, conta ela, rindo. Para a refeição do meio-dia desta segunda, Maria Aparecida preparou macarrão com frango, salsicha, arroz e feijão.

Cassilda perdeu a casa onde morava e hoje vive na pousada (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Cassilda perdeu a casa onde morava e hoje vive na pousada (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

Ela conta que a rotina mudou radicalmente depois que as famílias chegaram na pousada, em fevereiro – antes, estavam em escolas da cidade. “Algumas pessoas não se conheciam. Agora, virou uma grande família”, diz Maria Aparecida. Segundo ela, a comida e os produtos de limpeza ainda vêm de doações. Cada “hóspede” ali paga parte de sua estadia com o dinheiro que recebe do governo com o auxílio-aluguel. “O auxílio é de R$ 300. Essas pessoas perderam suas casas, não têm mais nada”, diz a cozinheira.

Todos esperam as moradias populares que o governo paulista e a Prefeitura de Paraitinga prometeram. A expectativa é que a mudança comece a partir de setembro. A dona de casa Cassilda dos Santos não vê a hora de ter sua própria casa.

Ela morava de favor na residência da irmã, que foi destruída pela chuva. Agora, divide um quarto da pousada com as duas filhas. “A chuva cobriu a casa, estragou tudo”, diz Cassilda. Apesar do sofrimento, ela se diverte com os companheiros de tragédia. “Fiz muitos amigos aqui.”

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Para Bloomberg, fundo alavanca candidatura de Dilma

seg, 30/08/10
por Mundo G1 |

header eleições vistas de forapalocciO site da Bloomberg publicou nesta segunda-feira (30) um texto em que diz que o ex-ministro Antonio Palocci deve agradecer ao fundo de investimentos Pimco por ajudá-lo a abrir caminho para a eleição de Dilma. O fundo – o maior do mundo em compra de títulos de dívida pública – tem os papéis brasileiros como seus favoritos entre os mercados emergentes. De acordo com a notícia, foi a mão firme de Palocci que levou os títulos brasileiros a essa posição, e é o reconhecimento da Pimco que leva os mercados a acreditarem na austeridade econômica de um eventual governo Dilma.

Site de TV árabe destaca eleição

seg, 30/08/10
por Mundo G1 |

header eleições vistas de foraO site da rede de TV árabe Al-Jazeera publicou neste sábado (28) um artigo analisando a eleição presidencial brasileira e os cenários das disputas em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. O texto cita a última pesquisa do Ibope que aponta Dilma com 51% e Serra com 27% e diz que, nessas eleições, ‘um voto para Dilma é um voto para Lula’.

Eleições vistas de fora

seg, 30/08/10
por Giovana Sanchez |

header eleições vistas de foraAs eleições brasileiras não são só destaque por aqui. Em diversos países do mundo, jornais e revistas destacam nosso pleito, com análises e cenários futuros. A partir desta segunda-feira (30), o G1 publica diariamente os destaques da mídia internacional sobre o tema. Acompanhe no Blog da Redação a série ‘Eleições vistas de fora’.

À espera de uma nova casa

seg, 30/08/10
por carolina.iskandarian |
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Simone mostra o que restou de sua casa (Foto: Carolina Iskandarian)

Simone mostra o que restou de sua casa (Foto: Carolina Iskandarian)

O G1 volta a São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, sete meses depois da chuva que destruiu parte da cidade. Para alguns moradores, a vida parece não ter tido grandes avanços. O colchão em que a balconista Simone Aparecida dos Santos, de 29 anos, dorme cheira a mofo. No quarto pequeno que ela divide com o marido não há espaço para uma cama.

“Eu durmo no chão gelado. Coloco tapete e papelão embaixo e ainda fica frio”, conta a balconista, que espera uma casa nova. Simone é uma das vítimas da enchente. Até o teto novo ser entregue – ela aguarda uma das casas populares construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) –, a balconista e o marido vivem no quarto de uma pousada, utilizada por muitas famílias que ainda não têm para onde ir.

Simone no quarto improvisado (Foto: Carolina Iskandarian)

Simone no quarto improvisado (Foto: Carolina Iskandarian)

A casa onde Simone morava, no bairro Bernardo Joaquim Dias, perto do Centro, “partiu ao meio”, como a moça diz, e o tamanho das rachaduras justifica a interdição determinada pela Defesa Civil. O lugar está condenado e, a cada vez que Simone vai lá, se surpreende com o estrago. “Reviraram tudo, levaram muitas coisas”, diz.

Ela deixou a casa que construiu há nove anos na madrugada de 2 de janeiro, quando começou a ouvir estalos. “Minha sogra (que mora no mesmo terreno) me acordou às 4h. Saí com água na cintura”, lembra Simone. “Só salvei a geladeira e algumas roupas. A sensação é horrível porque você não tem o que fazer. E agora fica essa expectativa se vou conseguir a casa nova. Já passou muito tempo, está demorando.”

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