Minutos antes do discurso em que deve anunciar oficialmente a retirada da sua pré-candidatura à presidência, ninguém atende ao telefone no comitê central do ex-senador John Edwards.
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Em entrevista ao G1, o professor Thomas Steinfatt, da Universidade de Miami, explicou que, com sua desistência, Edwards pode definir para qual dos pré-candidatos ainda na disputa vai o apoio do total de 62 delegados que ele conquistou até o momento.
“A relevância desses delegados leais a Edwards vai depender do quanto apertada vai ser a disputa entre Hillary Clinton e Barack Obama após a Super Terça (5), quando é possível que já se saiba quem vão ser os candidatos dos dois partidos. É preciso saber se seus votos podem fazer alguma diferença”, disse.
Em Miami, membros de grupos sindicais, que são a base da campanha eleitoral de Edwards, dizem ter uma forte rejeição aos Clinton, por causa da política econômica do ex-presidente. Essa base pode pressionar Edwards a não apoiar Hillary.
Esta também é a opinião de Steinfatt, que acredita que Barack Obama deve receber o apoio de Edwards na convenção do partido, e mesmo numa possível campanha presidencial. Ele não acredita, entretanto, que os eleitores de Edwards sejam 100% leais a ele.
“Ele não deve conseguir direcionar todo o apoio que recebeu dos eleitores. Ele deve conseguir levar consigo cerca de 50% a 60% dos votos que teria nacionalmente”, disse o professor.
No blog oficial da sua campanha (de onde a foto acima é reproduzida), não há nenhuma referência a sua saída da disputa, mas um post “misterioso” abre espaço para os leitores mandarem suas mensagens. A maioria tem tom de despedida.
Por David Butter, do G1, em Miami