Saturno também é ‘pop art’
Auroras são bem comuns na Terra. São produto da interação de partículas carregadas vindas do Sol que atingem a magnetosfera terrestre seguindo pelas linhas de campo magnético em direção aos polos do planeta. Esse fenômeno é cada vez mais frequente durante os períodos de máxima atividade solar, quando as tempestades solares são mais intensas e ocorrem com maior assiduidade.
Mas esse não é um fenômeno exclusivo da Terra. Júpiter e Saturno também têm auroras. Em um fantástico trabalho de mineração de banco de dados, liderado por Tom Stallard, a equipe do magnetômetro da sonda Cassini apresentou essas imagens fantásticas de Saturno. De um total de 7 mil imagens, umas mil foram usadas para compor esse painel e algumas sequências animadas que mostram o comportamento da alta atmosfera em Saturno.
As cores das imagens do painel são codificadas de modo que a luz refletida do Sol em 2 mícrons está em azul, em verde a luz refletida em 3 mícrons e em vermelho a radiação térmica emitida por Saturno em 5 mícrons. As nuvens em alta altitude na atmosfera de Saturno refletem luz em 2 e 3 mícrons, mas não em 5, de modo que as manchas azuis e verdes parecem envolver as partes vermelhas que vêm de regiões mais baixas.
Nessas quatro imagens, os traços quase circulares em verde são as auroras registradas em Saturno. As imagens foram garimpadas do arquivo agora, mas havia sido obtidas no dia 24 de maio de 2007. Todo esse esforço tem o objetivo de tentar entender melhor não só as auroras em Saturno, mas também as auroras terrestres, que têm origem semelhante e são, ambas, fenômenos complexos.
E além de tudo, são imagens dignas de Andy Warhol!