Preparando a defesa

seg, 30/04/12
por Cristiana Lôbo |
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    Ao mesmo tempo em que o PSDB avalia a possibilidade de expulsá-lo do partido, o deputado Carlos Alberto Leréia,  que aparece em conversas com o bicheiro Carlos Cachoeira solicitando o número do cartão de crédito para efeturar compras, diz que irá se defender de todas as acusações. Mas não nega a amizade antiga com Cachoeira.

      – Meu advogado está analisando as conversas divulgadas e outras pois há conversas de muitos anos atrás e outras de alguns meses. Eu vou me defender – disse Leréia, refutando a possibilidade de pedir desligamento do partido para se antecipar a eventual punição.

      Carlos Alberto Leréia está no segundo mandato de deputado federal e aparece em várias gravações em conversas com Carlos Cachoeira.

Brizola Neto no Trabalho

seg, 30/04/12
por Cristiana Lôbo |
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Depois de conversar com o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, a presidente Dilma mandou chamar ao Palácio do Planalto o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que deve ser anunciado nesta segunda (30) como novo ministro do Trabalho.

O cargo estava com o secretário-executivo do ministério desde que Lupi deixou a função, no fim do ano passado, em meio a denúncias de irregularidades na pasta.

Devagar com o andor…

dom, 29/04/12
por Cristiana Lôbo |
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Pelo que já vazou até aqui da Operação Monte Carlo, o PT já está satisfeito: diálogos comprometedores entre o bicheiro Cachoeira e o senador Demóstenes Torres e as ligações com o governador de Goiás, Marconi Perillo.

A orientação do partido à CPI é clara: circunscrever a investigação a esses dois casos – se possível. Se não for, vai avançar também em relação ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

Os funcionários da CPI já foram avisados que não vão entrar na sala do cofre (onde estarão os documentos recebidos) e em todas as salas só poderão ir sem celular (sem câmeras).

Como a investigação envolve a empresa Delta, a idéia da CPI é limitar a investigação ao braço dela no Centro-Oeste. O que está ficando cada vez mais difícil com as fotos divulgadas do governador Sérgio Cabral com o ex-presidente da empresa, Fernando Cavendish.

Luxo só!

dom, 29/04/12
por Cristiana Lôbo |
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São milhares os diálogos em Cachoeira e o senador Demóstenes Torres grampeados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Parece que falavam todos os dias, uma, duas ou mais vezes por dia. Então, tem de tudo nas conversas que revelam intimidade e até mesmo uma parceria.

De um lado, Cachoeira pedia a interferência de Demóstenes para muitas coisas. Ora para ter uma certa proteção a seu negócio mais rentável, os jogos de azar, ora para nomeações, seja no governo de Goiás, no governo federal e até no governo de Minas. Houve até um caso em que Demóstenes foi destacado para ir a Florianópolis estar com um representante do setor de jogos da Argentina!

Para tanto trabalho, que ocupava parte de seu tempo como senador por Goiás, Demóstenes também tinha sua contrapartida. Se não está muito claro pelas gravações se tinha alguma sociedade efetiva com Cachoeira (falam numa faculdade em Minas), Cachoeira era o fornecedor de luxos para o senador e sua mulher, Flávia. Pelos diálogos, Demóstenes nem precisava pedir. Era só falar:

- Meu iPad deu pau! -avisou Demóstenes.

- Vou mandar outro procê - prontificou Cachoeira.

O empresário também achoude resolver um problema de Demóstenes: comprar uma mesa em Buenos Aires que a mulher dele, Flávia, havia gostado. Coisa de US$ 18 mil. E o mais difícil: transportar a peça da Argentina para cá.

Mas o principal luxo de Demóstenes que Cachoeira bancava foi sendo, aos poucos, conhecido em Brasília: o gosto por vinhos caros. Muita gente chegou a participar da “confraria” do Senado, onde, dizem, os integrantes chegaram a servir o famosíssimo Petrus. Uns negam, outros não viram, mas, pelas gravações da Polícia Federal, ficou comprovado que Demóstenes gosta (ou gostava) de vinhos cargos.

Há um diálogo em que ele pede para fechar a compra de um lote de cinco garrafas de Blanc Chèval, safra 1947 por algo como US$ 14 mil. Diz-se até que havia vinhos de R$ 30 mil!

A adega de Demóstenes em Brasília foi se tornando conhecida pela sofisticação e requinte. Ele mantinha garragas raras, vinhos exclusivos e caros que chamava a atenção – não só de parlamentares, mas também de juízes com os quais alimentava uma relação próxima… Agora se sabe!

Quem conheceu Demóstenes desde o primeiro mandato de senador (2002 a 2010) fica tentando identificar quando foi o momento em que ele mudou os gostos, aprimorou o paladar e passou a servir vinhos caros aos amigos. Até então, ninguém sabia que eram bancados pelo amigo bicheiro.

 

Razão

dom, 29/04/12
por Cristiana Lôbo |
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Perdão, a todos.

Fiquei fora estes dias por uma razão até prosaica: a internet em casa caiu.

Restabelecida a conexão, volto.

 

A primeira parceria

qua, 25/04/12
por mariana.oliveira |
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Uma parceria pareceu selada neste primeiro dia de funcionamento da CPI do Cachoeira: do senador Fernando Collor (PTB-AL) com o PT, mais precisamente com o ex-líder Cândido Vacarezza. Muitos cochichos antecederam a manifestação dos dois sobre os rumos das investigações.

Primeiro, Vacarezza sugeriu que o mesmo requerimento que será encaminhado ao STF solicitando todos os dados apurados pelas operações da Polícia Federal Vegas e Monte Carlo fosse enviado também à Procuradoria-Geral da República.

- Desde 2009 tramita na PGR documentos sobre a Operação Vegas… E outros documentos que são de 2008. Então, sugerido que a mesma solicitação seja encaminhada até a Procuradoria Geral da República – disse Vacarezza, cuja sugestão foi acolhida pelo relator Odair Cunha, que vai fazer a mesma solicitação também à Polícia Federal.

Os dois conversaram também com o líder Jilmar Tato, até que Collor fez sua proposta: a de convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, para falar de tudo o que foi investigado até agora e, também, dos dois delegados da Polícia Federal que conduziram as Operações Vegas e Monte Carlo.

Neste momento, no entanto, o PT não concordou. O líder Jilmar Tato sugeriu que neste primeiro instante fosse aprovada somente a requisição dos documentos – o que o deputado Miro Teixeira sugeriu que fosse chamada de “transferência de sigilo” – para a CPI.

E assim ficou aprovado neste primeiro dia de trabalho da CPI. Mas a parceria – pelo menos até aqui – ficou evidente entre Collor e Vacarezza.

Tudo ou muito pouco

ter, 24/04/12
por Cristiana Lôbo |
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Caiu a ficha para muita gente importante no Congresso: a CPI do Cachoeira poderá ir muito longe nas investigações ou poderá se transformar em palco de disputas regionais.

Isso porque o trabalho central da CPI já está feito pela Polícia Federal e Ministério Público: as investigações já levaram Carlos Cachoeira para a prisão, Demóstenes Torres para o Conselho de Ética e a empresa Delta para investigação pela Controladoria Geral da União.

- Não vejo como não dar certo. Esta não é uma CPI de oposição contra governo, mas um trabalho que pode chegar a corrompidos e corruptores - analisa o senador Jarbas Vasconcelos.

Para o petista Wellington Dias, “não será uma CPI de compadres”.

A preocupação aumentou quando o senador Blairo Maggi (PR-MT) comunicou à ministra Ideli Salvatti que o ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, estava muito chateado e pronto para falar.

- Pagot é o hoje um fio desencapado – disse um senador.

Há quem aposte, também, que será “a CPI da vingança”. Um senador questiona: “Quantas vezes Fernando Collor assinou um pedido de CPI e pediu para ter vaga lá?” Ele queria revelar que Fernando Collor, que perdeu a presidência da República depois de uma CPI do Congresso, pediu para ir para a CPI do Cachoeira e vai para lá “com gosto de sangue”.

Há também os que acham que a CPI só saiu do papel porque o discurso político avançou muito e não teria como recuar. Agora, a questão é tentar algum controle dos trabalhos.

O fato é que para cada passo de um grupo, o outro se prepara. Se o PT convocar Marcone Perillo, o PSDB buscará apoios para convocar Agnelo Queiroz ou Sérgio Cabral.

Um senador resumiu: “esta é uma CPI em que todo mundo perde, ninguém ganha”.

Em seis meses, vai  ser possível saber se a CPI ampliou as investigações ou se os partidos preferiram um “acordão” para salvar a todos.

Cada um que embale…

ter, 24/04/12
por Cristiana Lôbo |
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A julgar pelos nomes indicados para a CPI do Cachoeira, o PMDB passa o papel de protagonista para o PT – o primeiro a pregar a investigação.

O PMDB indicou Ricardo Ferraço (PMDB-ES); Ciro Nogueira (PP-PI); Paulo Davim (PV-RN) e Sérgio Souza (PMDB-PR) – além do presidente Vital do Rego (PMDB-PB). Ou seja, nenhum dos expoentes do partido ou experientes nesta tarefa de CPI.

A missão de não permitir que as investigações batam à porta do governo fica por conta do PT. O partido escolheu os seus mais experientes senadores para representá-lo: Jorge Viana (AC); José Pimentel (CE) e Humberto Costa. E como suplentes, o líder Walter Pinheiro (BA), Delcídio Amaral (MS) e Wellington Dias (PI).

Em Brasília

ter, 24/04/12
por Cristiana Lôbo |
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O ex-presidente Lula virá a Brasília nesta quinta-feira para o lançamento do filme ”Pela Primeira Vez”, de Ricardo Stuckert, ex-fotógrafo da presidência. Chegará mais cedo para um almoço com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.

Falou-se muito no PT nestes dias quentes de Brasília que Lula anteciparia a vinda a Brasília para fazer valer sua vontade de ter Cândido Vacarezza na relatoria da CPI do Cachoeira. Lula perdeu. O indicado foi Odair Cunha (PT-MG).

‘Vamos nos guiar pelos fatos’, diz relator da CPI; assista

ter, 24/04/12
por Cristiana Lôbo |
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