Dilma reúne equipe para reformular campanha

seg, 26/04/10
por Cristiana Lôbo |
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A coordenação da campanha de Dilma Rousseff se reuniu nesta segunda – o encontro aconteceu no endereço onde está instalada a equipe de mídia, que cuida do site da candidata e continua na residência dela, no Lago Sul. É a primeira reunião depois que o presidente Lula chamou Dilma a seu gabinete para defender mudanças na orientação da campanha.

A alguns interlocutores, Lula chegou a defender mudança na agenda de Dilma. Em lugar de viagens a Estados onde não estão resolvidos problemas políticos, ele acha que ela deve priorizar entrevistas a emissoras de rádio e de televisão e treinar mais seus discursos. Para Lula, Dilma tem dado respostas longas às perguntas que lhe são feitas e, muitas vezes, perdendo a objetividade. Depois do conselho de Lula, Dilma cancelou uma visita ao Paraná, onde ainda não está definida a aliança governista – o PDT de Osmar Dias está se afastando da aliança com o PT.

Nos primeiros 15 dias depois que deixou o governo, Dilma fez pelo menos duas viagens aos Estados – Minas e Ceará – que resultaram em mais problemas para sua campanha presidencial. A do Ceará, por exemplo, acabou por atiçar Ciro Gomes às vésperas do anúncio de seu partido, PSB, de negar-lhe a legenda para disputar a presidência da República. Ciro, agora, faz críticas a Lula, à Dilma e chegou a fazer um elogio a seu antigo adversário, José Serra, sobre quem disse “ser mais preparado para governar”.

A preocupação maior de Lula é com a postura da candidata em eventos públicos e nas entrevistas que são uma importante ferramente neste período de pré-candidatura – quando a campanha aberta ainda é proibida. Ele próprio não pode participar de eventos de campanha ao lado dela. Segundo assessores, Lula deu conselhos a ela sobre como falar em entrevistas. Para ser mais direta, mais objetivo e usar uma linguagem mais coloquial. O ministro Franklin Martins disse que não houve reparos do presidente à condução da campanha que, segundo ele, estaria muito bem.

- Foi um encontro que durou cerca de três minutos. O presidente pode ter dado no máximo um conselho a ela – disse, confirmando o encontro da pré-candidata com seu padrinho político no gabinete da presidência da República.

Da reunião da noite de segunda participaram entre assessores de mídia, o ex-prefeito Fernando Pimentel e Rui Falcão, novo coordenador da área de imprensa da campanha.

Oposição comemora em silêncio

sex, 23/04/10
por Joana Studart |
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A oposição que conhece o temperamento do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) já imaginava que ele sairia do processo com seu partido atirando, só não imaginava que ele iria fazer elogios ao pré-candidato à Presidência tucano José Serra. Por isso, a oposição comemora em silêncio as declarações do deputado cearense nesta noite.

Ciro subiu o tom de suas declarações e chegou a dizer que Serra, seu antigo desafeto, está mais preparado para governar o Brasil. Os aliados do presidente Lula foram orientados a evitar comentários sobre o assunto. E a oposição também preferiu comemorar em silêncio as declarações do deputado cearense. Para a oposição, o alvo deve ser a candidata Dilma Rousseff.

Nesta tarde, Dilma Rousseff não quis comentar as primeiras declarações de Ciro. Fez questão de repetir elogios do passado, em destaque para a lealdade de Ciro em momentos difíceis para o governo – ela se referia ao papel de Ciro, quando ministro do governo, no período da crise do mensalão. Ela se limitou a dizer:

- Os gestos são mais importantes do que as palavras – disse ela, em elogio a Ciro.

O PSDB, que também conhece o temperamento de Ciro, não pretende soltar rojões para comemorar as declarações favoráveis ao tucano José Serra. Sabem lideranças do partido que ele pode, a qualquer momento, girar sua metralhadora e alcançar algum tucano mais entusiasmado. Mas, ainda que sem bater bumbo por conta dos problemas no campo do adversário, os tucanos avaliam que a postura de Ciro é favorável à candidatura oposicionista.

- Tudo isso só confirme que Dilma Rousseff não tem liderança para conduzir o processo político – disse o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Ele não quis fazer declarações sobre as últimas manifestações de Ciro Gomes, mas fica claro que a oposição se dá por satisfeita ao notar o quadro conturbado no lado governista.

Mesmo sem falar muito sobre o quadro eleitoral com a saída de Ciro Gomes, os tucanos avaliam que, pelo menos no Ceará, a situação do partido fica melhor. A reação de Ciro facilita a montagem de um palanque para José Serra, ainda que todos saibam que Ciro não subiria nele.

Pesquisa mostra estabilidade na disputa presidencial

qua, 21/04/10
por Joana Studart |
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A pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira confirma o cenário de estabilidade na disputa. As variações apontadas na pesquisa estão dentro da margem de erro – Ciro sobe um ponto porcentual e Dilma cai um ponto. Serra alcança 36% contra 29% de Dilma e consolida na dianteira com vantagem de sete pontos porcentuais. No sábado passado, o DataFolha verificou vantagem de 10 ponto porcentuais para Serra.

Assim como a pesquisa DataFolha, o Ibope também constatou a perda de fôlego da candidatura de Ciro Gomes. Ele perdeu dois pontos porcentuais, configurando uma tendência de desidratação de sua candidatura desde o início do ano. Em fevereiro, Ciro chegou a 13 % das intenções de votos e agora fica com 8%, empatado com Marina Silva.

A rodada de pesquisas mostrando o enfraquecimento da candidatura acontece no momento em que o partido dele, o PSB, marca reunião para definir o destino político do candidato: se ele será ou não candidato. Independentemente das pesquisas, a tendência do PSB era a de não ter candidato próprio e apoiar a candidatura de Dilma Roussef, em troca do apoio do PT em alguns Estados, como Pernambuco do presidente do partido, Eduardo Campos que é candidato à reeleição para o governo estadual. Agora, com as pesquisas demonstrando a perda de fôlego da candidatura de Ciro, a tese da aliança com o PT ganha mais força. A dúvida, é sobre quem vai dar a notícia a Ciro Gomes, que anda recolhido – só se comunica pela internet, por artigos em seu site ou pelo twitter -. Ciro, conhecido pelo temperamento forte, poderá reagir mal à decisão de partido, caso seja mesmo a de não ter candidatura própria.

Segundo os especialistas em pesquisas, a disputa presidencial deve permanecer estável – salvo algum tropeço forte de um ou outro candidato. Alguma modificação poderá acontecer se Ciro Gomes sair da disputa, o que pode acontecer já na semana que vem. O próximo fato importante será só em agosto, quando começam os programas eleitorais dos partidos.

Destino político de Ciro será decidido dia 27

ter, 20/04/10
por Joana Studart |
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O PSB marcou para o dia 27 reunião para definir o destino político de Ciro Gomes – se ele será ou não candidato à presidência da República. A decisão seria esta semana, mas acabou adiada. A tendência do partido continua sendo a de não lançar a candidatura de Ciro à presidência da República. Assim, o partido poderá anunciar logo o apoio à candidatura de Dilma Roussef (PT).

Dirigentes do PSB reconhecem que o processo de definição – que se estendeu até este mês de abril – acabou desgastando o partido e também o próprio Ciro. A avaliação de líderes é a de que Ciro se auto-exilou e, desse retiro, começou a se manifestar por meu de seu site.

- O ciro vai bem até certo ponto, mas depois ele desequilibra – disse o dirigente, referindo-se ao fato de que Ciro Gomes permaneceu silencioso por algum tempo, mas, na semana passada, por meio de artigo em seu site acabou disparando contra o partido.

Ele reconhece, no entanto, que houve erros também por parte da direção partidária que está demorando a tomar a decisão que deveria ser anunciada em março. Os erros, portanto, não seriam apenas de Ciro.

A saída de Ciro Gomes da disputa presidencial favorece as candidaturas do PSB em disputa da reeleição – como é o caso do governador de Pernambuco, Eduardo Campos; e do governador do Ceará, Cid Gomes, que poderiam repetir a aliança com o PT. No Ceará, no entanto, os dois partidos começaram a se estranhar durante o período da pré-candidatura de Ciro.

Ainda ontem, Ciro voltou a enviar mensagens indicando que sua disposição é disputar a presidência. Foi nos agradecimentos à manistações em apoio à sua candidatura.

A pesquisa DataFolha

sáb, 17/04/10
por Cristiana Lôbo |
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No Brasil, as pesquisas eleitorais são a principal alavanca dos debates eleitorais – o que anima e desanima as tropas dos candidatos. O DataFolha deste sábado mostra que pouco mudou para os principais candidatos, José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT), mas dá argumentos para os aliados dos dois lados. Para Serra, o ponto positivo é confirmar seu favoritismo sobre Dilma, agora de dez pontos porcentuais. E, para Dilma, mostrar que, mesmo com as críticas a seu desempenho nestes 15 dias sem Lula a seu lado, ela se manteve e até subiu um ponto. A pesquisa mostrou que em 15 dias Serra subiu de 36% para 38% das intenções de votos; e Dilma subiu de 27% para 28% das intenções de votos. Marina (PV) subiu um pouco e chegou a 10% das intenções de votos e, pela primeira vez, superou Ciro Gomes (PSB), que ficou com 9%.

A pesquisa foi feita cinco dias depois do lançamento da pré-candidatura de José Serra pelo PSDB-DEM-PPS. Com maior exposição à mídia, Serra subiu dois pontos porcentuais. Já Dilma, quando teve seu nome lançado em festa do PT, se consolidou no patamar de 25% das intenções de votos. Não foi feita pesquisa anterior e, por isso, não se pode quantificar a subida dela em função da maior exposição à mídia na ocasião do pré-lançamento de sua candidatura – coisa que ela já vinha contando com as seguidas viagens ao lado do presidente Lula.

Esta pesquisa mostra que está mesmo polarizada a disputa entre José Serra e Dilma Roussef. Serra com o apoio de um pouco mais de um terço do eleitorado brasileiro; Dilma com o apoio de pouco menos de um terço dos eleitores. Para vencer, os dois disputam a maior parcela do outro terço de eleitores que hoje se divide entre Marina Silva e Ciro Gomes. Parcela que também apóia o presidente Lula que, na mesma pesquisa Datafolha é aprovado por 73% dos brasileiros (mais de dois terços, portanto), tendo oscilado negativamente três pontos porcentuais. Isso justifica o discurso de Serra pelo Nordeste, região onde Lula é mais aprovado, de apoio aos programas do atual governo.

Essa polarização desde já verificada mostra que esta será uma das campanhas mais acirradas da história recente do Brasil. Cada candidato está mobilizando suas tropas que, neste ano, terão uma ferramenta a mais para a disputa política: a internet. Os QGs das campanhas eleitorais preparam o “exército virtual” que já começa a atuar – construindo e destruindo teorias sobre o desempenho de seus candidatos.

A usina de Belo Monte

sex, 16/04/10
por Cristiana Lôbo |
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     O governo está confiante no sucesso do leilão para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, marcado para a próxima terça-feira. Segundo um assessor, “aos trancos e barracos”, mas vai sair o leilão. Ele se referia à liminar concedida  impedindo a realização do leilão, mas que acabou cancelada nesta sexta-feira. As negociações para o leilão estão sendo conduzidas pela ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, com a acompanhamento feito pelo presidente Lula.

     – Já passamos por isso no leilão de Jirau e Santo Antonio, mas a obra está em andamento – disse o assessor.

    O principal argumento do governo em defesa da construção da hidrelétrica de Belo Monte é o de que a expectativa de crescimento do Brasil deve vir acompanhada de segurança energética.

     – É melhor para o país ter uma usina hidrelétrica do que partir para as termelétricas com energia suja – disse o assessor, lembrando que Marina Silva, a pré-candidata do Partido Verde não se diz contra a obra, mas adverte que é preciso cuidar para que ela seja bem feita.

      O governo observa que para o leilão das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio não houve apenas exigências, mas exigências sócio-ambientais, ou seja, para atendimento à população da região. E o mesmo deve acontecer com a hidrelétrica de Belo Monte. Essas exigências vão aparecer quando for solicitada a licença para a instalação da obra – depois da licença para o leilão.

A paciência de Ciro

qui, 15/04/10
por Cristiana Lôbo |
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      Depois de alguns dias recolhido e em silêncio, Ciro Gomes voltou à cena para dar um recado a seu partido, o PSB: não mudou em nada seu desejo de disputar a presidência da República e sua paciência está terminando. Ou seja, o partido e Lula jogaram com o tempo para esmorecer Ciro, mas isso não aconteceu:

     – Não consigo entender o que quer de mim o meu partido, o Partido Socialista Brasileiro – diz Ciro, num artigo publicado em seu próprio site. Ou seja, Ciro não foi provocado a dizer o que disse. Foi mesmo um recado.

     A manifestação de Ciro por meio de artigo acontece um dia depois de Dilma Roussef visitar o Ceará – o que provocou ebulição na base governista. Alguns haviam pedido para Dilma não visitar o Estado antes de Ciro tomar a decisão sobre a candidatura presidencial. Dilma insistiu e lá não encontrou o antigo colega de ministério. Ciro não foi ao encontro de Dilma.

     No artigo publicado em seu site, Ciro diz que quer ser candidato à presidência, mas se o partido não quiser, ele respeita a decisão. E nada mais avança. Não diz que acatará a decisão, mas indica que poderá se manifestar sobre ela. Ou seja, pode ligar sua metralhadora giratória pois, no artigo diz que vê uma movimentação para que a decisão sobre seu destino político seja tomada “não como uma opção arbitrada pelo povo, mas o jogo de poder seja decidido em gabinetes de Brasília”. Entre estes “gabinetes” que Ciro cita está o do presidente Lula, que está envolvido na operação para tirá-lo da disputa.

     – Considero meu dever como o Brasil lutar até o fim (para ser candidato). Se for derrotado, respeito. Mas, amanhã, algum brasileiro mais atento dirá que alguns se omitiram quando se quis tirar o povo da jogada – afirma.

PSB quer decidir destino de Ciro

qui, 15/04/10
por Cristiana Lôbo |
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    O PSB poderá decidir na semana que vem o destino de Ciro Gomes na campanha eleitoral: se ele manterá sua pré-campanha presidencial ou não. A tendência do partido é se aliar ao PT para apoiar a candidatura de Dilma Roussef, mas ainda não foi batido o martelo. Uma rodada de conversas será feita até a semana que vem para a tomada da decisão que envolverá o presidente Lula e o presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

      Mesmo sem estar na mídia, Ciro Gomes tem mantido marca entre 10 e 12% nas pesquisas recentes. Ele próprio tem dito que ajudaria mais à candidatura governista mantendo sua própria campanha. O presidente Lula, ao contrário, avalia que o melhor para Dilma Roussef é o embate direto com José Serra (PSDB) transformando a disputa numa escolha plebiscitária – de avaliação de sua governo que tem aprovação altíssima.

     Segundo as pesquisas, se Ciro Gomes sair da disputa, os votos que hoje seriam dados a ele se distribuem – mas, isso beneficiaria, também José Serra. Porém, na oposição há setores que avaliam ser melhor para Serra a saída de Ciro da disputa. Segundo tucanos, na campanha presidencial, Ciro miraria sua metralhadora verbal para o candidato do PSDB. Serra, assim, se tornaria alvo de dois candidatos: Ciro e de Dilma Roussef.

A polêmica do discurso

qua, 14/04/10
por Cristiana Lôbo |
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     Não foi de improviso que Dilma Roussef discursou no encontro das centrais sindicais, sábado, em São Bernardo do Campo.

     Ela mesma escreveu o discurso e depois o leu no teleprompter cristal durante a festa, ao lado do presidente Lula.

    Ou seja, a polêmica que se seguiu ao discurso – quando disse que não foge quando a situação fica difícil – foi de caso pensado. Ou melhor, lido.

     Era apenas uma estocada. Ela só não esperava que isso se tornasse uma grande polêmica pois foi entendido por muitos como uma crítica aos que se exilaram depois do golpe militar de 64. Caso, por exemplo, de José Serra.

     Dilma fez questão de postar no twitter que não teve a intenção de criticar os exilados. Chegou a dizer que o exílio significou a sobrevivência para muitos brasileiros. Mas tem muita gente na esquerda que faz essa leitura. E tem dito que Dilma ficou no Brasil para resistir e demonstrou ser uma guerreira.

      Este embate ainda vai continuar pela internet entre os partidários de Dilma e de Serra.

Dez Estados ameaçam aliança PT-PMDB

qua, 14/04/10
por Cristiana Lôbo |
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A aliança do PMDB com o PT está sob risco em pelo menos dez Estados, segundo cálculos dos próprios peemedebistas. Para discutir como encaminhar o assunto com o partido de Dilma Roussef, a quem o PMDB prometeu apoio na disputa de outubro, líderes do PMDB estão reunidos na residência oficial do presidente da Câmara, Michel Temer. Temer, como presidente do PMDB, é o interlocutor nas negociações com Dilma Roussef e com o presidente Lula.

     Os Estados em que PT e PMDB não se entendem são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará, Rondônia, Acre, Maranhão e Pará – além de São Paulo e Bahia, onde sequer houve conversas nesse sentido. A gota d’água foi a decisão do PT de Minas de realizar prévias entre Fernando Pimentel e Patrus Ananias para escolher o candidato petista ao governo do Estado – o que significa que o partido não vai apoiar a candidatura de Hélio Costa (PMDB).

      – Com o dia 21 de abril se aproximando, acho que estão querendo brincar de Tiradentes com o meu pescoço – disse o senador Hélio Costa, descontente com os caminhos do PT em seu Estados.

     As dificuldades variam de Estado para Estado. Em Minas, o PMDB quer apoio a seu candidato ao governo, o senador Hélio Costa. Já no Ceará, a briga é porque o PMDB quer a vaga de senador para Eunício Oliveira, com a retirada da candidatura do petista José Pimentel. No Paraná, o PT não quer indicar Gleisi Hoffmann para a vice na chapa de Osmar Dias (PDT)  – o que impede de abrir uma vaga par ao PMDB. No Pará, Jáder Barbalho já não se entende bem com a governadora Ana Júlia Carepa, com quem se aliou na disputa de 2006.

     Segundo cálculos de peemdebistas, a aliança PT-PMDB em apoio à candidatura de Dilma Roussef estaria correndo forte risco se os delegados destes dez Estados votarem contra a proposta. O PMDB formalizou “pré-compromisso” com o PT, mas só vai formalizar a aliança em junho, em sua convenção nacional, portanto, depois da montagem dos palanques estaduais.

     Isso indica que o PMDB vai aumentar a pressão sobre o presidente Lula com a ameaça de rompimento do pré-acordo. Lula, como se sabe,  já disse muitas vezes que a eleição de Dilma Roussef depende de uma ampla aliança partidária, a começar com o apoio do PMDB.



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