Celso Amorim agora é petista

qua, 30/09/09
por Cristiana Lôbo |
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     Depois de quase 40 anos no Ministério das Relações Exteriores, o chanceler Celso Amorim decidiu assinar a ficha de filiação a um partido político. O escolhido, o PT do presidente Lula. Segundo afirmou, “por questão de afinidade” .

     Por meio da assessoria no MRE, Amorim não adianta qual será seu projeto político – se apenas ter filiação partidária ou disputar as eleições do ano que vem.

     -Vamos ver o que vai surgir – disse ele, que tem domicílio eleitoral no Rio de Janeiro.

     Com filiação partidária, Celso Amorim fica posicionado para compor uma chapa numa eventual aliança ou mesmo disputar uma vaga de candidato a deputado federal ou a senador, pelo Rio de Janeiro.

Lula e Aécio

qua, 30/09/09
por Cristiana Lôbo |
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     O presidente Lula convidou o governador Aécio Neves para uma conversa em Brasília, a pretexto de tratarem de assuntos econômicos relativos a Minas Gerais. Pelo que se sabe, no entanto, a maior parte da conversa que durou um hora foi sobre política.

     Como os dois são da política, ficou claro: um queria saber o que se passa no campo do outro; e o outro, o que se passa no campo do um.

     Quem ouviu mais?

Henrique Meirelles se filia ao PMDB de olho no Senado

ter, 29/09/09
por Cristiana Lôbo |
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, marcou para esta quarta-feira (30), sua filiação ao PMDB. Meirelles assina a ficha de filiação às 11h, em Goiânia. Ele já comunicou a decisão a Lula. O presidente do BC estará ao lado da presidente nacional do PMDB, Iris de Araújo, mulher do prefeito de Goiânia, Iris Rezende.

O cenário mais provável é que Meirelles dispute uma das duas vagas ao Senado pelo estado. Existe ainda a possibilidade de que ele seja o vice da ministra Dilma Rousseff na disputa pela Presidência. A possibilidade, no entanto, é remota, porque o nome preferencial do PMDB é o do presidente da Câmara, Michel Temer (SP).

Meirelles no PMDB e o sucessor no BC?

dom, 27/09/09
por Cristiana Lôbo |
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     Que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, terá filiação partidária, não é mais novidade para ninguém. Na semana passada, ele conversou com o presidente licenciado do partido, Michel Temer, e acertou seu futuro partidário com o PMDB. Mas ele pediu prazo para avisar antes ao presidente Lula pois, a partir de agora, a autoridade monetária brasileira terá partido.

      No mundo da política, não houve surpresa com a decisão de Meirelles de se filiar a um partido. Há mais de um ano se fala nisso e ele nunca esconceu o desejo de disputar as eleições do ano que vem. A novidade ficou por conta da opção partidária – o PMDB. Ele estava em negociações com o PP do governador de Goiás, e recebeu o convite do PTB – que lhe ofereceu até a vaga de candidato a presidência da República. Mas, com projeto regional em Goiás, Meirelles optou pelo PMDB para ter a segurança de que o principal cabo eleitoral do Estado, Iris Resende, estará em seu palanque.

     No mundo das finanças, a filiação partidária de Meirelles já foi compreendida e não deve causar impactos importantes neste momento. A dúvida fica em relação ao segundo momento – o mes de março, data prevista para a desincompatibilização daqueles que forem disputar as eleições do ano que vem. Se Meirelles for mesmo candidato, será a hora de Lula escolher o sucessor.

     É nessa ocasião que pode haver alguma agitação no mundo da economia. É que todos sabem que não há na diretoria do Banco Central alguém com a autoridade e força perante o presidente Lula para conduzir o BC na forma independente como tem acontecido nestes sete anos de gestão Meirelles.

     A apreensão aumenta quando as análises indicam que o Brasil deve registrar crescimento robusto o que, para o BC de hoje, seria momento de se pensar em elevação da taxa de juros (o BC sempre atuou com a política de juros como forma de conter o risco de inflação, apesar das críticas de petistas e de outras autoridades do governo). Sem Meirelles por lá, a pressão pode aumentar o a diretoria do futuro não ter força suficiente para tocar a política monetária a seu modo. 

     Na lista de cotados para a presidência do Banco Central, caso Meirelles decida disputar as eleições do ano que vem, entra com força o nome de Luciano Coutinho, um dos mais assíduos frequentadores do gabinete do presidente Lula e do da ministra Dilma Roussef.

Sem risco para Toffoli no Senado

qua, 23/09/09
por Cristiana Lôbo |
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O Advogado-Geral da União, José Antonio Toffoli, não corre risco de ter sua indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal rejeitada pelo Senado – avaliam governistas e oposicionistas. Em primeiro lugar, porque o governo tem maioria para votações como essa no Senado e está mobilizado para aprovar a indicação; em segundo, porque a oposição, sabendo que o governo tem os votos, não quer se expor perante um futuro ministro do STF que deverá ficar por lá por quase 30 anos – Toffoli tem 41 e a aposentadoria compulsória é aos setenta anos.

- Quem vai querer brigar com um ministro que vai ficar por 30 anos no Supremo. Ele poderia dar essa resposta aos atuais e às próximas gerações – brincou um senador.

No primeiro instante da indicação de Toffoli para o STf, alguns oposicionistas enxergaram a oportunidade de fustigar o governo e “dar um susto” no indicado. Mas com o trabalho dele de visitar um a um os senadores, seguido da avaliação de que o governo tem maioria segura para isso, a oposição à indicação ficou restrita ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que foi o único a questionar a indicação na Comissão de Constituição e Justiça.

A esta altura, nem governo nem oposição aposta sequer na idéia de dar um susto no futuro ministro do STF, dando-lhe aprovação apertada no Senado.

Meirelles adia decisão sobre candidatura

seg, 21/09/09
por Cristiana Lôbo |
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         O presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse que terá uma nova conversa com o presidente Lula para decidir se vai ou não disputar as eleições do ano que vem. Ele tem convite para se filiar ao PMDB e ao PP de Goiás e para disputar o governo do Estado ou uma vaga no Senado. Hoje em São Paulo ele confirmou o pedido do presidente Lula para que permaneça à frente do Banco Central. Meirelles disse que levará em consideração a opinião do presidente Lula, não só porque é um presidente popular, mas também porque é seu amigo.

     Para os interlocutores de Meirelles, a única decisão que tomou será a de que vai se filiar a um partido político até o fim do mes (ele marcou a data de 27 de setembro para isso) e deixaria a decisão sobre a candidatura para mais adiante. Os partidos, no entanto, esperam uma decisão ainda este mes. Meirelles embarca nesta semana para Nova Iorque e no dia 30, a pedido do presidente Lula, vai a Conpenhague, defender a candidatura do Rio às Olimpíadas de 2014. Assim, pretende decidir sobre a filiação a um partido no dia 27.

    Meirelles tem manifestado certa preferência pelo PMDB, por ser um grande partido, mas teme pelas dificuldades locais – como ficar sob o comando de íris Rezende e este, como prefeito da Capital, escolher um outro candidato ao governo. Em Goiás, fala-se na preferência de Íris pelo deputado Tiago Peixoto, do PMDB, jovem como foi Marconi Perillo quando o derrotou em 1998.

     O presidente do BC já disse que só disputaria o governo do Estado. Não uma vaga ao Senado, como já lhe ofereceu o PMDB.

Brasil se diz surpreendido com pedido de Zelaya

seg, 21/09/09
por Cristiana Lôbo |
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     O governo brasileiro diz ter sido surpreendido com o pedido de refúgio feito pelo presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em Tegucigalpa, nesta tarde. A informação é de um auxiliar do presidente Lula. Zelaya chegou nesta tarde à embaixada do Brasil na capital hondurenha sem marcar audiência e lá pediu refúgio político – e também sem comunicar previamente sua decisão ao governo brasileiro.

      – Como é da tradição brasileira conceder o refúgio, já fez isso em outras ocasiões,  também deverá ser dado a Zelaya – disse o assessor da presidência da República, acrescentando que o Brasil reconhece que Zelaya é o presidente constitucional de Honduras.

     A avaliação feita pelo assessor da presidência é que Zelaya pretende criar um fato político pois, se fosse do interesse dele pedir asilo e vir para o Brasil, poderia ter feito isso quando da visita que fez ao país há dois meses.

Avanços e recuos da lei eleitoral no Senado

ter, 15/09/09
por Cristiana Lôbo |
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     O Senado acaba de aprovar uma lei eleitoral que traz alguns avanços, mas também retrocessos. Entre os avanços está a liberdade na internet, como resultado de um acordo em torno de emenda do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e novas regras para debate, do qual só devem participar candidatos de partidos que tenham pelo menos dez deputados. E, ainda, a definição de que, quando houver cassação de mandato de governadores e prefeitos, o sucessor será escolhido por eleição direta.

     Entre os retrocessos, pelo menos dois: o primeiro, por emenda do senador Marcelo Crivella, que obriga os institutos de pesquisa a se basearem em dados do IBGE na composição dos entrevistados sobre escolaridade e renda. Acontece que os dados do IBGE são relativos à população, e não apenas aos eleitores, e  divulgados a cada década, portanto, defasados – o que pode comprometer o resultado da pesquisa.  Agora, Crivella quer incorporar, também, dados do Tribunal Superior Eleitoral, que são restritos aos eleitores. 

     No caso das doações para campanhas, o Senado manteve a possibilidade de doação por pessoa física pela internet, mas também permitiu a doação oculta, ao manter artigo que permite a doação para campanha por meio dos partidos políticos – o que impede a investigação sobre o caminho que percorreu a doação da campanha. O senador Eduardo Suplicy queria suprimir o artigo que permite a doação ao partido, de modo a obrigar o doador a escolher um candidato – o que daria maior transparência ao processo -, mas foi derrotado.

Governo decide taxar poupanças acima de R$ 50 mil em 22,5%

ter, 15/09/09
por Cristiana Lôbo |
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O governo decidiu fixar em 22,5% a alíquota do imposto que será cobrado sobre o rendimento das cadernetas de poupança com depósitos acima de R$ 50 mil.

A decisão foi aprovada pelo Ministério da Fazenda e estará no Projeto de Lei que será enviado ao Congresso nesta semana, e passará a valer a partir do ano que vem.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou hoje, após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que os pequenos poupadores não serão afetados.

Segundo ele, até o momento,  não foi registrada uma migração mais forte de recursos dos fundos de investimentos para a caderneta de poupança.

O recuo de Sarney

seg, 14/09/09
por Cristiana Lôbo |
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    O senador José Sarney telefonou ao senador Tasso Jereissati para dizer que vai concordar com a emenda à lei eleitoral que obriga a realização de novas eleições no caso de cassação de mandato de governadores e prefeitos. Na semana passada, Sarney deixou a presidência do Senado para, da tribuna, discursar contra a emenda do senador cearense e, ao perceber que a maioria do Plenário era a favor dela, encerrou a sessão. Na quinta-feira, não houve quorum e a reforma eleitoral ficou paralisada para ser retomada amanhã.

     Muitos viram no gesto de Sarney uma reação a uma medida que poderia prejudicar a filha Roseana que assumira o governo do Maranhão por determinação da Justiça depois da cassação do mandato do titual, Jackson Lago. Na sua argumentação, Sarney disse que o Senado não poderia defender eleição indireta para governos estaduais e prefeituras porque o Brasil já havia lutado muito para ter eleições diretas. Ele se apegava à proposta que estabelecia eleições diretas para a escolha do sucessor quando a cassação acontecesse nos dois primeiros anos do mandato; e eleição indireta se nos dois últimos anos. Agora, Tasso Jereissati pretende estabelecer eleição direta para a escolha do novo governador ou prefeito em qualquer momento do mandato.

     A reação de Sarney foi muito contundente. Agora, ele recua. No momento em que o ministro Eros Grau decide que o STF não julgará processos de cassação de mandato que tenham origem no TSE – é o caso de processo do PSB contra a governadora Roseana Sarney.



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