Mudou, para melhor

dom, 31/12/06
por Cristiana Lôbo |
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Em dois dias, desapareceram das ruas de Brasília o cartaz onde estava escrito “Lula, tome posse do Brasil” que fora preparado pelo PT para a festa da posse do presidente, neste 1o. de janeiro. A providência foi correta. Os dizeres suscitavam discussões sobre o que se pretendia com a mensagem. Tomar posse do Brasil? Como assim?

Agora, a decoração da cidade está feita com fitas verde-amarelas e cartazes com os dizeres “segundo mandato, um novo começo” e, também, um círculo com os verbos “acelerar, crescer, incluir” – que é, mais o menos, a mensagem do presidente Lula para este segundo governo. Desde a eleição ele tem falado na necessidade de crescer mais, distribuir renda, e dar prioridade à educação – a forma ideal de dar início ao processo de inclusão social.

Portanto, ficou a mensagem mais adequada.

Petistas vão reclaramar. Mas, volta e meia, alguns deles extrapolam…

Violência: e a população, sem perspectiva

qui, 28/12/06
por Cristiana Lôbo |
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Primeiro foi em São Paulo. Agora, no Rio de Janeiro. Bandidos enfrentam a polícia, subjugam o Estado e a população fica sem ter a quem recorrer. Sempre que acontece uma onda de violência, a primeira coisa que se vê é um jogo de empurra entre os que deveriam ser os responsáveis pela segurança pública.

O passo seguinte, também já é conhecido. Vem aí, a reclamação por mais verbas, acusação de bloqueio de repasses. O terceiro passo, também é repetido: as promessas de parcerias entre polícias e os governos. Um filme antigo, conhecido!

Se tudo tivesse sido feito, o problema não viria, assim, de forma tão contundente. E não se tem a quem recorrer.

É de dar medo.

Disputa a vista

qui, 28/12/06
por Cristiana Lôbo |
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A cada dia que passa, torna-se mais provável disputa entre Aldo Rebelo (PC do B) e Arlindo Chinaglia (PT) pela presidência da Câmara. Tudo o que o presidente Lula queria evitar. Porém, o PT não parece recuar, alegando ter o apoio e a chancela do maior partido, o PMDB; e Aldo Rebelo, pressionado pelos partidos que o apóiam, também vai ficando sem margem para retirar seu nome da disputa. A cada movimento do PT, como a carta ao PMDB propondo aliança, obriga Aldo a dar um passo adiante. E, assim, as duas candidaturas vão se tornando irreversíveis.

Nesta quinta-feira, Aldo se reuniu com os partidários de seu candidatura e, mais uma vez, foi pressionado e garantiu que vai “até o fim”. Ele disse que não gosta dessa expressão “até o fim”. Ele diz que vai “até a vitória”. E está contabilizando apoios. Nesta reunião, foi feito um mapeamento de votos – coisa que os governistas sabem e adoram fazer – e concluíram que Aldo poderia chegar a 289 votos. Esta marca poucos alcançaram. O próprio Aldo, no ano passado, foi eleito com 268 votos. Michel Temer, em 97, ganhou com apenas um voto a mais do que o necessário. Essas disputas, portanto, são sempre acirradas. O que não foi o caso de Severino Cavalcanti que ganhou com exatos 300 votos – uma situação completamente atípica.

O presidente Lula tem tentado evitar a disputa, mas não quer se envolver – ou parecer que está envolvido – diretamente no assunto. Ele pediu a seu partido, o PT, que se entenda com os demais aliados para lançar um único candidato – e que o nome esteja escolhido até o dia 15 de janeiro. Este é o dia que ele voltará de férias e começará a tratar da composição do ministério do segundo mandato. Não deve haver, segundo o ministro Tarso Genro, uma data para o anúncio de toda a equipe. Pelo que tem dito o presidente Lula a seus auxiliares, à medida em que for definindo os nomes, ele poderá fazer o anúncio. Deve ser, portanto, uma equipe a conta-gotas.

Tem gente que garante ter ouvido de Lula a afirmação de que poderá escolher ou Chinaglia ou Aldo para o Ministério da Defesa. Seria uma forma de resolver o problema. O curioso é que, com o andar das campanhas, Chinaglia vai se tornando o candidato do PT e do governo; e Aldo, o candidato da Casa, apoiado pelas oposições, com discurso de fortalecimento de Estados e Municípios – já que deverá obter apoios de prefeitos e governadores.

O PT de olho em 2010

qua, 27/12/06
por Cristiana Lôbo |
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O PT quer mais espaço no governo Lula, papel estratégico, como disse o líder Henrique Fontana, mas a principal reivindicação é garantir neste segundo mandato de Lula a marca para o partido, especialmente, na economia. Por isso os petistas falam tanto em acelerar o crescimento econômico e, quando podem, criticam a gestão de Henrique Meirelles à frente do Banco Central.

Na conversa com o presidente nesta quarta-feira, os petistas levantaram o assunto observando que o partido quer ser o defensor do crescimento econômico preparando-se para, em 2010, disputar a eleição sem Lula na cédula. Ou seja, se no primeiro mandato quem capitalizou os dividendos do governo foi Lula, neste segundo mandato, a expectativa dos petistas é a de que, agora, os louros recaiam sobre o PT.

Na conversa no Palácio do Planalto, os petistas não citaram o nome de Meirelles. Lula não deu abertura a isso. Foi dito,apenas, que é preciso levar o país a crescer mais, dar novo impulso à política econômica. Lula emendou dizendo que este é seu propósito – portanto, coincidente com o dos petistas.

O presidente Lula disse que tem muito apreço pelo partido e que levará em consideração o ponto de vista dos correligionários. Mas não avançou em nenhum dos pontos colocados pela comissão do PT. Recomendou que eles trabalhem para que haja apenas um candidato da base aliado à presidência da Câmara e deu pistas de que o partido ganhará papel importante neste segundo mandato. Os petistas queriam mais, mas não levaram.

Perspectiva política para 2007

qua, 27/12/06
por Cristiana Lôbo |
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O segundo mandato do presidente Lula começa muito mais com cara de continuidade do que de novidade. Nos dois principais pilares do governo, Casa Civil e Ministério da Fazenda, o presidente Lula pretende manter os atuais ocupantes – Dilma Roussef e Guido Mantega – e não parece com disposição de fazer grandes inovações nem na área administrativa nem na busca de nomes para a equipe. Lula elegeu duas prioridades: na economia, quer “destravar” o crescimento do país; na política, ter uma base de sustentação sólida no Congresso.

O presidente gosta de repetir a máxima do futebol “não se mexe em time que está ganhando”. Assim, ele responde às pressões para que faça logo as mudanças na equipe do segundo mandato e apresente o novo projeto para os próximos quatro anos. Lula ganhou mais força para este discurso com a recente pesquisa DataFolha indicando que ele é o que recebe melhor avaliação entre todos os presidentes do Brasil. Lula está fortalecido pela reeleição, em especial pela votação no segundo turno, mas não tem à sua disposição tantos nomes assim para nomear para o governo.

A esta altura, Lula deve se dedicar a escolher dois nomes: os substitutos de Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça e o de Waldir Pires, no Ministério da Defesa. Para a Justiça, há um problema: o PT quer o ministério, especialmente, para comandar a Polícia Federal. Já que deve perder espaço no governo, o partido escolhe ministérios mais estratégicos, entre eles, o da Justiça. E o nome petista pronto para o cargo seria o de Tarso Genro. Isso esbarra na recomendação do atual titular da pasta, Márcio Thomaz Bastos, que prefere alguém distante dos partidos políticos, de preferência um técnico. Esta queda de braço paralisou a sucessão no Ministério da Justiça.

O presidente Lula já teve uma longa conversa com o embaixador Ronaldo Sardenberg, que já ocupou a Secretária de Assuntos Estratégicos e o Ministério da Ciência e Tecnologia no governo Fernando Henrique. Nada se falou sobre o conteúdo dessa conversa, que foi a dois. Mas no Planalto, Sardenberg é apontado como nome forte para o Ministério da Defesa.

A dificuldade do presidente Lula, no entanto, será a de compatibilizar os anseios dos partidos aliados com as possibilidades de divisão de cargos no governo. A cada dia, cresce mais a ansiedade dos aliados e também a expectativa de participação no governo. Isso vai desde o PMDB, que é o maior partido da coalizão até o pequeno PC do B ou ao PSB, partido que sai da condição de nanico para a de partido médio, em função das adesões que tem recebido.

Melhor na política

Do ponto de vista da política, Lula começa o segundo mandato muito melhor do que o primeiro. Em 2003, Lula podia contar com o apoio de apenas três partidos, o PT, PC do B e o PSB que, juntos somavam pouco mais de 120 deputados. Desta vez, são nove partidos aliados (PT, PMDB, PC do B, PSB, PV, PDT, PR, PP e PTB) que, mesmo com as defecções internas, garantem ao Planalto uma base confortável, capaz até de garantir a aprovação de emendas constitucionais. Juntos, eles somam 336 deputados.

No Senado, no entanto, a dificuldade pode ser a mesma. Somando-se todos os partidos aliados, o governo teria 46 votos, o que lhe garante maioria simples, mas não os 49 votos necessários para aprovar emendas constitucionais. Isso, sem contar as defecções que sempre ocorrem e são mais acentuadas no Senado. O PDT é um exemplo. De cinco senadores, pelo menos dois não votariam com o governo- Cristóvam Buarque e Jefferson Peres, por exemplo.

O primeiro teste do governo, no entanto, será na eleição para as presidências da Câmara e do Senado. O presidente Lula tem dito que não vai repetir “erro velho”, como o de deixar dois aliados disputando o mesmo cargo, para não repetir o que aconteceu em 2005 com a eleição de Severino Cavalcanti. A unificação da base em torno de um só candidato tem de ser a prioridade do governo neste primeiro mês do segundo mandato.

Enquanto isso, o governo precisa ir costurando a maioria absoluta no Congresso. Ela é importante porque o principal desafio do segundo mandato será assegurar a aprovação da prorrogação da CPMF e da DRU – a desvinculação de Receitas da União. As duas dependem de emenda constitucional e sua aprovação deve acontecer até 31 de setembro, no caso da CPMF. Uma tarefa que os líderes partidários terão de enfrentar logo no início do governo para colher a aprovação dentro do prazo necessário.

A prorrogação da CPMF é fundamental para o governo porque assegura R$ 32 bilhões de reais. A dificuldade, agora, será garantir a prorrogação sem partilhar esse volume de recursos com os governadores que, agora, terão papel importante nas relações de governo. No primeiro mandato, Lula tinha seis governadores aliados. Agora, eles são 16. E Lula pretende, ainda, demonstrar bom relacionamento com tucanos muitos vistosos – José Serra, governador de São Paulo e Aécio Neves, governador de Minas. A boa relação com os dois esvaziaria, de certa forma, a oposição acirrada que o PSDB pretende fazer no Congresso, especialmente, no Senado, onde Lula já tem dificuldades de sobra.

Cem dias

Na pauta de prioridades do governo, além da prorrogação da CPMF e da DRU, o governo deverá incluir, ainda, duas reformas: a política e a tributária. As duas foram escolhidas pelo Conselho Político como prioridades do Congresso para o início da próxima legislatura. Cada partido ficou de entregar sua proposta no prazo de 45 dias – ou no fim de janeiro – para que o governo possa compilar as propostas e formatar um projeto único, aproveitando o chamado período de “lua de mel” – período em que a oposição ainda está de armas baixas por conta do resultado eleitoral. No entanto, não se vislumbra um consenso sobre reforma política. Diante disso, o máximo que se aposta é que poderá ser aprovada uma forma de cobrança de fidelidade partidária.

Aqui e acolá há quem defenda a forma de financiamento público das campanhas eleitorais, mas este não é um tema que aglutine forças no Congresso. Ao contrário, existem várias propostas distintas – desde a manutenção do sistema de financiamento privado, passando pelo público e ao misto, que é o mais criticado.

Convidados de Lula vão ficar na rua

ter, 26/12/06
por Cristiana Lôbo |
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A posse do presidente Lula na próxima segunda-feira não terá “convidados vips” nos salões do Palácio do Planalto. Os mais de um mil convidados serão acomodados na rua, num cercado especial, por onde o presidente passará logo depois de ser empossado no Congresso. Conforme a organização da festa, só terão lugar no Palácio do Planalto os representantes dos três poderes, os governadores eleitos, 18 prefeitos que vão representar as três associações de prefeitos, deputados e senadores e os ministros com seus familiares.

A orientação do presidente Lula, segundo os organizadores da festa de posse, foi a de dar um caráter popular à cerimônia. A expectativa é a de que 40 mil pessoas compareçam à Esplanada dos Ministérios. Ao chegar ao Planalto, depois de empossado, Lula vai falar do parlatório aos populares que estarão do lado de fora, na Praça dos Três Poderes. Antes, porém, deverá ter passado pela área vip, onde serão acomodados os seus convidados especiais – já que nesta posse não deverá haver visitantes estrangeiros.

Como não haverá transmissão de cargo e transferência da faixa presidencial, por se tratar de um novo mandato, a cerimônia da posse será quase que um “evento de governo”, conforme um assessor. Como também não vai haver cerimônia de posse de ministros nem a tradicional fotografia do presidente com a equipe – já que todos continuarão em seus postos até que Lula escolha os novos auxiliares conforme a coalizão de governo -, o cerimonial do Planalto não selecionou convidados para o Palácio do Planalto.

Lula é apresentado ao G1

sex, 22/12/06
por Cristiana Lôbo |
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Depois do café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, mostrei o G1 ao presidente Lula. Ele se mostrou interessado e surpreso quando contei que dali ele poderia navegar pela globo.com e ver reportagens do Jornal Nacional, do Jornal das Dez, e cenas das novelas.

- Vou falar com a Marisa. No meu computador é só notícia ruim… brincou o presidente.

Ele costuma comentar com assessores como as notícias são divulgadas “na telinha” tão rapidamente. E muitas vezes pergunta como chegam à imprensa decisões que acaba de tomar e conversas com auxiliares ou visitantes.

Lula, muito à vontade e histórias de pescador

sex, 22/12/06
por Cristiana Lôbo |
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O presidente Lula chegou para um café da manhã com jornalistas, hoje pela manhã, esbanjando bom humor. É impressionante como ele está bem com ele mesmo, se sentindo realizado, “com o sabor do dever cumprido”, como disse. Ele reclamou da solidão que o poder impõe e disse que recorre à pescaria no criatório que construiu ali mesmo no Palácio da Alvorada.

– Ás vezes, fico cinco horas e não pego um peixe; em outras, logo aparece um grande. Já pesquei até um peixe de cinco quilos – contou.

Ele cita os nomes dos peixes que são criados ali e revelou que o Jau, tem uma boca enorme e passou a comer os patos que sua mulher, Marisa, criava ali. Os jornalistas tentaram transportar a ansiedade e a fome do jaú para a política, para os partidos da coalizão, mas Lula não prosseguiu na prosa.

Lula quer mais falar de seu governo e, agora, já que disse que não vai mais comparar com Fernando Henrique, está comparando com JK e com o tempo do “milagre brasileiro”, em 73. Isso para dizer que não basta haver crescimento. Tem de haver, também, distribuição de renda. Ele diz que com Jk o Brasil cresceu 8%, mas o salário mínimo não cresceu, e no tempo do milagre o crescimento foi de 13,9% e o mínimo perdeu. Lula se se sente realizado.

– Estou mais maduro, mais experiente – diz ele.

Sem ansiedade, diz que os ministros nem precisariam ir à festa da posse em primeiro de janeiro porque, nesta data, só ele e o vice José Alencar serão empossados. “Ministro não tem mandato”, afirma.

Ele quer, antes, viajar de férias “para algum lugar do Brasil” nos primeiros dias de janeiro. Depois, de decidir ir à posse de Daniel Ortega, vai esticar até Havana para fazer uma visitinha ao amigo Fidel Castro.

O presidente se sente bem à vontade e mostra que neste próximo mandato não vai haver ministro forte. Quem manda em tudo é ele. E tenta demonstrar que sabe onde vai opinar.

Lula toma café com jornalistas no Planalto

sex, 22/12/06
por Cristiana Lôbo |
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Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Lula disse que determinou à Anac – Agëncia Nacional de Aviação Civil – deve cobrar de todos os órgãos competentes explicações diárias sobre os atrasos nos vôos. Ele disse que os controladores “estão trabalhando direitinho” , por isso, o passageiro precisa saber de quem é a culpa pelo atraso.

– Que o passageiro xingue quem de direito – disse o presidente, acrescentando que é preciso saber se a culpa é do governo, da Infraero, da chuva, dos equipamentos ou da companhia aérea.

O presidente fala sobre todos os assuntos e, especialmente, destaca o que ele chama de “bom momento do país”. Ele observou que a crise na Tailändia esta semana abalou a bolsa de Tóquio que caiu 15 pontos, e a do Brasil continuou tranquila. “O risco Brasil até caiu para 199 pontos”, comemorou.

Aldo vai à luta

qui, 21/12/06
por Cristiana Lôbo |
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O deputado Aldo Rebelo deixou de lado o jeitão “deixa como está para ver como é que fica” e comunicou ao presidente Lula que é candidato à reeleição. A iniciativa foi resultado de pressão de defensores de candidatura à presidência da Câmara diante do passo dado por seu adversário Arlindo Chinaglia na direção de uma parceria do PT com o PMDB. A esta altura, a menos que o presidente Lula recomende o recuo do PT, a eleição para a presidência da Câmara terá disputa entre Aldo e Arlindo.

Para os aliados de Aldo, o resultado da conversa com Lula foi bom. Lula teria estimulado Aldo a lutar por sua reeleição e dito que, na medida do possível, iria defender o nome dele entre aliados. O cenário melhor seria se Lula tivesse se comprometido a pedir ao PT que retirasse a candidatura de Arlindo Chinaglia. E o pior, se o presidente tivesse lavado as mãos ou dito que o queria em outro posto no governo.

A iniciativa de Aldo Rebelo foi importante porque Chinaglia já se movimenta fortemente em busca de apoios aos partidos aliados. Aldo tem promessa de apoio dentro da base governista e também na oposição. Mas não havia explicitado claramente sua disposição de enfrentar o petista.

Agora, os parceiros da candidatura vão estabelecer a estratégia de trabalho para o mês de janeiro e, ao mesmo tempo, mapear votos dentro das bancadas. Do jeito que as coisas estão, é impossível prever quem faria maioria, se a eleição fosse hoje.



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