Dilma entra na campanha

sex, 28/09/12
por Gerson Camarotti |

Depois de grande pressão do comando da campanha e até mesmo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff avisou que participará na segunda-feira (1º), em São Paulo, de um comício do candidato a prefeito pelo PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

Será a primeira vez neste ano que uma atividade pública de campanha terá a presença da presidente – antes, ela tinha gravado participações para programas eleitorais na TV.

Dilma resistia a fazer aparições em atos de campanha no primeiro turno da eleição. A intenção inicial era ajudar candidatos de partidos da base do governo somente no segundo turno.

Mas a presidente acabou sendo convencida diante do argumento de que a presença dela é considerada fundamental na estratégia para levar Haddad ao segundo turno.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (27) atribui 30% das intenções de voto para Celso Russomano (PRB), 22% para José Serra (PSDB) e 18% para Fernando Haddad (PT). Na mais recente pesquisa Ibope, divulgada na terça (25), Russomanno tem 34%, Haddad, 18%, e Serra, 17%.

Publicado às 19h29

Mendes Ribeiro diz que veto será feito depois de análise dos ministérios

sex, 28/09/12
por Gerson Camarotti |

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, disse ao Blog que o veto da presidente Dilma Rousseff a medida provisória do Código Florestal será feito depois de uma reunião em que será apresentada a posição de todos os ministérios envolvidos com o tema. Em seguida, ele alerta: “Se o veto vier a ocorrer em medidas pontuais, não afetará o todo, o contexto da aprovação do código que, eu repito, é algo extremamente positivo.”

Ele disse ainda que recebeu uma determinação da presidente Dilma para reformular a Conab. Essa mudança deve ocorrer depois das eleições, e deve causar reações no Congresso Nacional. Isso porque o órgão é loteado politicamente. A entrevista foi feita no momento em que o ministro mudou o tratamento quimoterápico que o levou a perder os cabelos.

Veja a entrevista:

Leia a entrevista:

Blog do Camarotti – O Congresso Nacional aprovou essa semana o texto da MP do Código Florestal. Houve alterações em relação à proposta original do governo. O que o senhor achou?

 

Mendes Ribeiro – Achei bom, achei bom. Eu fui um entusiasta da tramitação do Código Florestal desde o início, porque foi uma matéria extremamente discutida na Câmara, no Senado. Houve aprovação na Comissão Mista, aprovação na Câmara. Gosto de frisar, que não foi votação por unanimidade, porque a Comissão Mista votou por questão regimental. Não poderia haver nenhuma discordância, porque aí o voto do Luiz Henrique teria problema. Já na Câmara dos Deputados, houve vencidos e vencedores. Houve uma situação diferenciada e com isso algumas correções naquele texto que provocou inicialmente discussão.

A MP foi para o Senado e então a votação também, por acordo. Avançamos e agora tem o veto da presidente. Nós, governo, nos reuniremos e debateremos. Cada ministério vai dar a sua posição e terá posição de governo, que certamente, a presidente Dilma colocará perante opinião pública.

Blog – O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que não pode ficar essa briga de cão e gato em relação a um novo veto presidencial. Como o senhor avalia isso?

Mendes - Não se trata de briga de cão e gato. Existem posições diferentes. Hoje bem menos posições diferenciadas do que antes. Isso é fruto do debate. Se lembrássemos a guerra do Código Florestal, como ela começou e agora como a estamos vivendo, vamos ver que só avançamos. O Brasil avançou, a segurança jurídica avançou. Não é o código do ambientalista e não é o código do ruralista.

Como eu sempre disse, é o código do bom senso, disse em uma entrevista para ti isso. Lembro-me de quando começou o processo. Vamos continuar avançando para que o Brasil tenha o Código Florestal que há tanto tempo persegue.

Blog – A possibilidade de vetos seria uma coisa mais ampla para retomar o texto original ou já haveria uma negociação?

Mendes - Mas pouca coisa mudou. Muito pouca coisa mudou. Eu gostaria que as pessoas pegassem a medida provisória da presidente Dilma, aquilo que o Senado votou, e o que a Câmara votou. Vão perceber que as diferenças são mínimas, pontuais. Se o veto vier a ocorrer em medidas pontuais, não afetará o todo, o contexto da aprovação do código que, eu repito, é algo extremamente positivo.

Blog – Outra questão que entra na área técnica e política é o abastecimento no país de produtos agrícolas. Como o senhor vê a questão da Conab, no momento em que falta abastecimento de milho, por exemplo? É preciso rever esse sistema?

Mendes – Eu não tenho duvida. Nós precisamos investir na Conab. Ela é uma empresa extremamente importante. Agora, ela tem que estar à frente do seu tempo. Ela não pode permitir que nós tenhamos esse trafego de caminhões pelas estradas brasileiras, essa falta de produtos que tanta prejudica o produtor. Tivemos uma greve dos caminhões e dos caminhoneiros e a situação é muito séria em todo o país. Por isso é que nós temos que fazer investimento, política nacional de armazenamento, previsibilidade, é isso que estamos buscando. Essa é uma determinação da presidente Dilma, e vamos fazer.

Blog – A Conab é um órgão loteado politicamente. Pode ter resistências no Congresso Nacional?

Mendes – O loteamento político é natural da vida democrática. Agora, o que não pode acontecer é ineficiência. O que não pode é a imprevisibilidade para vencer as dificuldades. O que não pode acontecer é acomodação do governante para todos os problemas se repetirem. Nós vamos enfrentar as questões da Conab e vamos fazer o que precisarmos fazer. Isso é determinação da presidente.

Blog – O senhor mudou o tratamento quimioterápico. Como foi a conversa com a presidente Dilma? Qual foi a recomendação?

Mendes –  “Toca a ficha. É do jogo.” É preciso. Eu estava tendo reações colaterais que estavam incomodando, e agora o único efeito colateral é o cabelo. E esse volta, que bom né! Vamos continuar trabalhando.

Publicada às 8h47

Ministros estão em alerta com possibilidade de reforma

qui, 27/09/12
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma

O clima é de expectativa na Esplanada dos Ministérios com a expectativa de uma reforma no primeiro escalão depois das eleições municipais. Internamente, há o reconhecimento de que a presidente Dilma Rousseff terá que fazer mudanças para acomodar as forças políticas depois do resultado eleitoral.

Ao mesmo tempo, Dilma deve fazer um balanço do desempenho de seus ministros. Esse será um dos critérios para as substituições. Em conversas reservadas, os próprios ministros começam a especular os nomes que estão em baixa no Palácio do Planalto.

O sinal amarelo acendeu entre os ministros recentemente, quando Dilma substituiu Ana de Hollanda por Marta Suplicy, no Ministério da Cultura. A mudança foi para fortalecer o palanque do petista Fernando Haddad, na disputa de São Paulo. Diante da pressão, alguns ministros começam a fazer um discurso preventivo de que desejam deixar o governo.

Publicado às 17h08

Planalto fica aliviado com pesquisa

qui, 27/09/12
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma

O clima no Palácio do Planalto era de alívio com o resultado da pesquisa CNI/Ibope. Avaliação feita hoje por interlocutores da presidente Dilma Rousseff é de que ela conseguiu se blindar dos efeitos negativos do julgamento do mensalão. Nesse episódio, o PT tem sofrido o maior desgaste.

A constatação interna é de que essa blindagem é resultado da decisão de Dilma de ficar distante do julgamento, e também de algumas ações do governo como o anúncio da redução da conta de energia, a redução dos juros, além da iniciativa da Anatel para punir as operadoras de telefonia celular.

Mesmo assim, o Planalto está em alerta com a avaliação negativa de algumas áreas, especialmente a saúde. O levantamento do Ibope mostrou que 65% dos entrevistados “desaprovam” as políticas de saúde adotadas pelo atual governo.

Publicado às 16h59

Decisão do Senado de pagar imposto atrasado causa polêmica

qui, 27/09/12
por Gerson Camarotti |
categoria Senado

Veja o vídeo do Jornal das Dez, da Globo News:

 

Publicado às 10h59.

Estratégia para apressar nomeação de Zavascki dá errado

qua, 26/09/12
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma

Veja bastidores no Jornal das Dez, da Globo News:

 

Publicado às 11h26.

Zavascki evita comentar emoção em sabatina; veja

ter, 25/09/12
por Gerson Camarotti |

Durante a sabatina à qual foi submetido nesta terça na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Teori Zavascki, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal, teve um momento de emoção. Ele ficou com os olhos marejados ao responder a questionamentos da oposição sobre sua participação no julgamento do mensalão. Questionado pelo Blog, ele preferiu não comentar o que motivou a emoção.

 Publicado às 20h23

Governo recomenda ao Senado só votar nome de Zavascki com quórum elevado

ter, 25/09/12
por vmatos |

O Palácio do Planalto avisou ao presidente do Senado, José Sarney, que a prioridade de hoje na Casa é a votação do Código Florestal.  Já a aprovação do nome de Teori Zavascki para o Supremo Tribunal Federal, o governo só pretende levá-la a votação nesta terça-feira caso haja presença ampla de senadores em plenário.

Isso porque há uma movimentação da oposição para dificultar a aprovação de Zavascki. O governo quer quórum folgado para evitar riscos.

O quórum amplo, na visão do governo, não seria necessário no caso do Código Florestal, já que entende que, com relação a esse assunto, existe consenso dentro do Congresso Nacional.

Publicado às 14h10.

Sepúlveda diz que deixou Comissão em solidariedade a ex-membros

ter, 25/09/12
por Gerson Camarotti |
categoria Governo Dilma

Ao deixar o comando da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence disse ao Blog que ficou “incomodado” em prosseguir no cargo depois da não recondução de dois colegas, que tinham sido indicados por ele: Marília Muricy e Fábio de Sousa Coutinho. “É uma forma de solidariedade aos dois companheiros”, desabafou.

Veja a entrevista:

Blog do Camarotti – Por que o senhor tomou essa decisão de sair da Comissão de Ética Publica?

Sepúlveda Pertence - Não se estava observando a mudança gradual da Comissão. Ocorreram cinco vagas praticamente simultâneas. Três delas de membros que já haviam cumprido dois mandatos, e portanto, não podiam ser reconduzidos. E dois que eram exatamente os conselheiros que eu tinha indicado ao governo anterior: a professora Marília Muricy, da Universidade Federal da Bahia, e o advogado e escritor Fabio Coutinho. A presidente Dilma resolveu não reconduzir esses dois. Nomeou três e ainda se aguarda que nomeie mais duas vagas – hoje três  com a minha renúncia. Eu achei que a minha missão estava esgotada. Porque os dois não reconduzidos não só eu os tinha indicado como a tradição da Comissão nesses três governos de sua história é de sempre haver recondução para cumprir dois biênios. E realmente achei… quer dizer, eu me senti incomodado de prosseguir depois da não recondução desses dois colegas. Hoje (segunda-feira) foi a primeira reunião em que fiz questão de empossar os três nomeados, contra os quais nada tenho. Pelo contrario. E logo depois comuniquei que estava encaminhando a renuncia. Não me cobraram explicações na reunião. A verdade é esta. É uma forma de solidariedade aos dois companheiros sem contestar o poder que tem a presidente da Republica, de não reconduzir.

Blog – O senhor foi surpreendido com essa decisão de dois colegas não terem sido reconduzidos?

Sepúlveda -  Eu tinha tido uma noticia extra oficial dias antes.

 

Blog – A presidente Dilma chegou a conversar com o senhor?

Sepúlveda – Não. Não tive nenhum contato com a presidente.

 

Blog – O senhor chegou a pedir algum esclarecimento?

Sepúlveda – Não, não! Não me cabia. As indicações que fizera no governo anterior foram pedidas pelo (ex-) presidente (Lula).

Blog – O senhor acha que um episódio como esse pode acabar esvaziando, desacreditando a Comissão de Ética Pública?

Sepúlveda – Eu acho que a Comissão de Ética Pública tem um papel muito importante. É preciso dar-lhe uma cobertura legal. Hoje ela é comandada por um decreto. Mas acho que tem um papel muito relevante. E só posso desejar que aqueles que lá ficaram, comandados pelo mais antigo, que há poucos meses foi nomeado, meu querido amigo Américo Lacombe, e com os outros que virão, consigam manter a Comissão num grau de respeitabilidade que ela tem mantido. É uma comissão que traz mais problemas, mais momentos desagradáveis do que agradáveis. É uma missão gratuita,  honrosa, mas de um certo sacrificio, porque se tem afinal de contas de impor um padrão ético muitas vezes envolvendo pessoas da sua relação ou mesmo da sua simpatia política.  Mas eu espero que a Comissão se mantenha nesse nível de independência e seriedade.

Blog – Foi esse incomodo que a Comissão gerou, em casos recentes, como o do ex ministro Carlos Lupi e do ministro Fernando Pimentel, que acabou fazendo com que esses dois integrantes não fossem reconduzidos?

Sepúlveda – Isso eu já não tenho elementos para uma afirmação. No caso Lupi, eu sei que houve um mal entendido quanto à comunicação da decisão, que não seria atribuível à professora Marília, que foi relatora do caso.  Mas a mim, presidente, responsável pela administração. Houve um pequeno retardamento da comunicação à presidente, que estava em reunião, e por isso a imprensa, segundo o Palácio, soube antes que a chefe da República de uma recomendação que era feita a ela, que era de afastamento de um ministro. É o que eu sei. Quanto ao outro caso, é um caso pendente da Comissão. Eu não gostaria de comentá-lo em público.

Blog – O caso Pimentel já teve uma advertência?

Sepúlveda – Não houve sanção. A decisão foi de pedir ao ministro novos esclarecimentos.

Blog – Com essa nova posição, pode mudar o encaminhamento da Comissão?

Sepúlveda – Não sei.  Se deve retomar a partir desse ponto. Não posso prever.

Blog – O senhor se sentiu pressionado em algum momento, nos seus trabalhos?

Sepúlveda -  Não, de maneira alguma.

Blog – O senhor sentiu pouco poder de ação com essa comissão praticamente esvaziada durante um longo tempo?

Sepúlveda - Bem, isso… quando eu assumi ela estava assim.  Praticamente sem quorum.  Foi quando renunciou o ex-presidente que tive a honra de suceder, o ministro Marcilio Marques Moreira, que retirou-se pela demora o de uma recomendação da Comissao relativa ao ex ministro do Trabalho. Então houve um período também de falta de quorum. E agora ficamos reduzidos a dois, antes dessas três nomeações. Hoje foi a primeira reunião ordinária em que empossei os três e saí do cenário.

Blog – O  senhor acha que o seu trabalho nesse período na Comissão, que é um trabalho que gera incomodo ao Planalto, teria sido um fator para o esvaziamento do colegiado?

Sepúlveda – Eu não creio. São circunstancias da vida política e eu apenas confio em que a Comissão seja mantida com a mesma independência, com o mesmo cumprimento do dever que eu senti nesses anos em que a presidi.

Blog – O senhor conversou com alguém do Planalto para comunicar essa decisão?

Sepúlveda - Não, neste momento não.

Publicada às 8h04

Dilma está com Aécio atravessado na garganta

seg, 24/09/12
por Gerson Camarotti |

A presidente Dilma Rousseff viajou para Nova York, para participar da Assembléia Geral da ONU, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atravessado na garganta. Ela atribui ao tucano a estratégia de usar no debate eleitoral em Belo Horizonte o veto aos royalties da mineração.

Para Dilma, Aécio usou uma questão técnica num debate político, ao acusar a presidente de “maltratar” Minas Gerais com o veto. O tema tem sido usado pela campanha do prefeito Márcio Lacerda (PSB) contra o ex-ministro Patrus Ananias (PT).

Diante do embate político, Dilma estuda uma forma de responder pessoalmente as acusações feitas por Aécio Neves, quando voltar de Nova York. Nos bastidores, interlocutores de Dilma cobraram da campanha de Patrus uma reação mais contundente ao tucano, inclusive do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento).

Publicado às 13h44



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