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Por Layza Mourão, Mariane Aquino, Lucas Marreiros, g1 PI


Irmãs e diretora da escola que estudam na Zona Sul de Teresina — Foto: Arquivo Pessoal

A primeira coisa que as irmãs gêmeas Ana Caroline e Ana Beatriz Brandão fizeram após descobrirem que tinham tirado 980 e 940 nas notas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 foi ligar para a diretora da escola que estudam, o Centro Educacional de Tempo Integral (CETI) João Henrique de Almeida Sousa, no bairro Morada Nova, Zona Sul de Teresina.

Ao g1, as estudantes contaram que quase não acreditaram nas notas e que ligaram para a educadora para contar sobre o desempenho delas, porque têm uma relação muito forte com ela.

"Ela é como uma mãe pra gente. Fiz questão de ligar mesmo. Foi uma emoção completa, eu não acreditei de forma alguma [na nota]. A gente pulou, chorou e comemorou muito", contou Ana Caroline.

A estudante afirmou que o incentivo da diretora e dos outros educadores da escola foi muito importante para elas. "Meus professores foram pessoas incríveis, que a gente admira muito mesmo. Todos eles nos incentivavam", afirmou.

A diretora, Deusenira de Sousa Santos, disse que é recíproco o sentimento das alunas para com ela. "Carol e Bia são minhas filhas do coração. Foi uma conexão à primeira vista e sempre estivemos muito próximas durante esse período escolar, pois foram muito presentes e atuantes na nossa escola", disse.

A diretora Deusenira Santos, as irmãs e outra aluna em Teresina — Foto: Arquivo pessoal

Deusenira disse que as irmãs foram participativas nas atividades escolares. "Foi nesse envolvimento que se tornaram vencedoras em muitas conquistas da nossa escola e hoje estão colhendo os frutos dessas inúmeras vivências e memórias", declarou.

"Como mãe de coração e professora, a palavra é gratidão, por ter vivenciado e participado de uma parte dessa linda história das minhas meninas", completou a diretora.

Preparação para o Enem

As gêmeas Ana Beatriz e Ana Caroline, de Teresina, tiraram 940 e 980 na redação do Enem — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

As duas, que pretendem estudar arquitetura e urbanismo, faziam, em média, três redações por semana e que elas estudaram para o exame, no geral, com amigos, o que, para elas, ajudou a fixar os conteúdos que eram vistos em sala de aula.

"Na hora do recreio, a gente estava resolvendo questões com os amigos. Estudava com eles, explicava uns para os outros, porque uma boa forma de estudar é explicar para os outros", contou.

"Em casa, depois que a gente chegava, já exaustas, ainda sentávamos umas duas horinhas e fazíamos questões. O foco, sobretudo, foi fazer questões do Enem e fazer redação, que é o que levava mais tempo”, contou.

Estudavam de madrugada

Gêmeas de Teresina estudavam de 1h às 6h da manhã para o Enem — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

As irmãs contaram que durante o 2° Ano do Ensino Médio foi fundamental estudar de madrugada, para que elas pudessem ter mais confiança e preparação para fazer a prova.

Ana Caroline relatou que elas dormiam às 20h, acordavam 1h da manhã e ficavam até às 6h, quando iam para a escola, mas que no 3º ano tiveram que abandonar a prática.

“No terceiro ano, que já exige bem mais da gente, tem preparação, pré-Enem no sábado, preparação fora da escola, curso, tem muito mais coisa e é bem mais cansativo. A gente não teve possibilidade de estudar de madrugada que a gente estava acostumada", afirmou.

"Mas essa rotina do ano retrasado foi importante, porque ela criou uma base bem sólida de assuntos necessários para o terceiro ano do ensino médio”, pontuou a estudante.

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