France Presse

18/07/2014 19h56 - Atualizado em 18/07/2014 19h56

Jihadistas matam 270 na Síria em ataque contra campo de gás

Entre os mortos estão 11 civis, membros das forças do regime e guardas.
Grupo proclamou no mês passado um 'califado' entre a Síria e o Iraque.

Da France Presse

Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) mataram 270 pessoas, incluindo combatentes do regime sírio, guardas e funcionários, em um ataque para assumir o controle de um campo de gás na província de Homs, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) nesta sexta-feira (18).

'O Observatório pôde documentar a morte de 270 pessoas nos combates e em execuções de combatentes por parte do EI no campo de gás de Shaar, tomado pelo grupo' jihadista, afirmou o diretor do OSDH Rami Abdel Rahman.

Entre os mortos estão 11 civis, membros das forças do regime e guardas do campo de gás.

'A maior parte dos mortos foi executada a tiros quando estava rendida, após a tomada do campo de gás' por parte dos jihadistas, disse Rahman.

Uma contraofensiva das tropas governamentais matou 'ao menos 40 combatentes do EI', disse Rahman. Ao menos 50 membros das forças do regime - entre mortos e feridos - foram levados para o hospital de Homs.

'As execuções sumárias de combatentes e civis são um crime de guerra, não importa qual a parte no conflito que a cometa. Prisioneiros de guerra não devem ser executados', declarou Abdel Rahman à agência de notícias France Presse. 'O Estado Islâmico tem cometido um número incalculável de crimes de guerra'.

O OSDH descreveu a tomada do campo de Shaar, na quinta-feira, como a maior operação contra o regime sírio executada pelo EI desde que o grupo jihadista entrou no conflito sírio, ano passado.

Imagens aparentemente gravadas pelos jihadistas no campo de gás e divulgadas no Youtube mostram dezenas de corpos, alguns deles mutilados, no deserto.

O EI, que proclamou no mês passado um 'califado' entre a Síria e o Iraque, também assumiu o controle da província petroleira de Deir Ezzor.

No Iraque, perto da fronteira com Deir Ezzor, o governo perdeu o controle de boa parte do território em uma grande ofensiva de insurgentes sunitas liderados pelo EI.

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