Pelo menos 370 pessoas morreram desde o início das ofensivas russas na Síria, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Entre os mortos estão 243 rebeldes e 127 civis, de acordo com a France Presse.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou que entre os combatentes mortos estão 52 do grupo Estado Islâmico.
Na segunda-feira (19), pelo menos 45 pessoas, incluindo civis, morreram em bombardeios aéreos russos ao norte da província de Latakia, um reduto do regime sírio na região oeste do país, anunciou a ONG. Todas as pessoas morreram em ataques aéreos contra a área de Jabal al-Akrad, onde estão os insurgentes moderados e os islamitas desta província.
"Muitos mortos são rebeldes, mas entre as vítimas também estão civis", afirma a ONG em um comunicado, que também cita dezenas de feridos.
O OSDH não detalhou o número de civis mortos, incluindo alguns parentes dos insurgentes.
O grupo, que luta sob a bandeira de uma aliança de facções conhecida como "Exército Livre da Síria", confirmou a morte de seu comandante Basil Zamo, um ex-capitão das Forças Armadas Síria, segundo a Reuters.
Os rebeldes da Primeira Divisão Costeira estão entre os vários que receberam apoio militar do exterior como parte de um programa apoiado pelos Estados Unidos, incluindo mísseis antitanques de fabricação norte-americana, que são as armas mais potentes em mãos de rebeldes.
A Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, afirma desde o início de sua intervenção militar na Síria em 30 de setembro que suas operações têm como alvos o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e outras organizações "terroristas" hostis ao governo.
Fuga de Aleppo
Quase 35 mil sírios abandonaram suas casas no sul da cidade de Aleppo para fugir da ofensiva iniciada na semana passado pelas forças do governo contra os rebeldes, anunciou a ONU em Genebra.
"Quase 35 mil pessoas foram deslocadas de Hader e Zerbe, ao sudoeste da cidade de Aleppo, em consequência das ofensivas do governo nos últimos dias", afirmou à AFP Vanessa Huguenin, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA por suas sigla em inglês).
Muitos encontraram refúgio nas localidades mais ao oeste da província de Aleppo, informou Huguenin. "As pessoas precisam urgentemente de alimentos, produtos básicos e barracas", disse a porta-voz da OCHA, que expressou preocupação com as muitas "famílias sem teto".