France Presse

30/08/2014 12h44 - Atualizado em 30/08/2014 12h44

Justiça egípcia troca pena do guia da Irmandade Muçulmana

Mohamed Badie cumprirá prisão perpétua no lugar de condenação à morte.
Julgamento trata de caso relacionado à violência em julho de 2013 no Cairo.

Da France Presse

Mohamed Badie, o líder da Irmandade Muçulmana, reage dentro de prisão durante julgamento no Cairo neste sábado (7) (Foto: Khaled Desouki/AFP)Mohamed Badie, o líder da Irmandade Muçulmana,
reage dentro de prisão durante julgamento no Cairo
em junho (Foto: Khaled Desouki/AFP)

Um tribunal egípcio trocou neste sábado (30) por prisão perpétua a pena de morte pronunciada contra o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, em um dos muitos julgamentos de islamitas expulsos do poder em 2013.

O tribunal de Guizeh no Cairo comutou a pena de Badie, condenado em um caso relacionado aos atos de violência que deixaram 10 mortos em julho de 2013 no Cairo, por recomendação do mufti, o representante do Islã ante as autoridades, de acordo com a rede de televisão oficial.

Condenou outros sete líderes da Irmandade à prisão perpétua, e outros seis, julgados à revelia, à pena capital, segundo os advogados da defesa.

O guia da Irmandade Muçulmana havia sido condenado à morte em junho em outro caso vinculado a manifestações violentas, nas quais dois policiais morreram em agosto de 2013 em Minya (centro), quase um mês após a deposição por parte do exército do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade.

O exército iniciou posteriormente uma repressão brutal da Irmandade Muçulmana, declarada uma organização terrorista.

Centenas de integrantes do movimento foram condenados à morte e outras centenas morreram durante os protestos.

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