reage dentro de prisão durante julgamento no Cairo
em junho (Foto: Khaled Desouki/AFP)
Um tribunal egípcio trocou neste sábado (30) por prisão perpétua a pena de morte pronunciada contra o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, em um dos muitos julgamentos de islamitas expulsos do poder em 2013.
O tribunal de Guizeh no Cairo comutou a pena de Badie, condenado em um caso relacionado aos atos de violência que deixaram 10 mortos em julho de 2013 no Cairo, por recomendação do mufti, o representante do Islã ante as autoridades, de acordo com a rede de televisão oficial.
Condenou outros sete líderes da Irmandade à prisão perpétua, e outros seis, julgados à revelia, à pena capital, segundo os advogados da defesa.
O guia da Irmandade Muçulmana havia sido condenado à morte em junho em outro caso vinculado a manifestações violentas, nas quais dois policiais morreram em agosto de 2013 em Minya (centro), quase um mês após a deposição por parte do exército do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade.
O exército iniciou posteriormente uma repressão brutal da Irmandade Muçulmana, declarada uma organização terrorista.
Centenas de integrantes do movimento foram condenados à morte e outras centenas morreram durante os protestos.