08/07/2016 18h34 - Atualizado em 08/07/2016 19h22

Ex-policial Bola é condenado por morte de carcereiro na Grande BH

Segundo TJMG, ele pegou 12 anos de prisão.
Bola havia sido absolvido em um primeiro julgamento do caso.

Do G1 MG

Bola é condenado a 12 anos de prisão pela morte de carcereiro em Contagem (Foto: Lucas Henrique Andrade/ TJMG Divulgação)Bola é condenado a 12 anos de prisão pela morte de carcereiro em Contagem (Foto: Lucas Henrique Andrade/ TJMG Divulgação)

O ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, foi condenado nesta sexta-feira (8) a 12 anos de prisão em regime fechado no Tribunal de Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pelo assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo. O julgamento durou dois dias e foi presidido pelo juiz Elexander Camargos Diniz. Em abril de 2013, Bola também foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.

Novelo foi assassinado em maio de 2000, em Contagem. Em novembro de 2012, o réu havia sido absolvido da acusação de homicídio, mas o Ministério Público de Minas Gerais recorreu da decisão argumentando que o conselho de sentença decidiu de forma contrária às provas contidas no processo. O recurso foi aceito pela Justiça, e por isso, Bola foi julgado novamente.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a acusação foi feita pelo promotor Daniel Saliba de Freitas. O julgamento começou nesta quinta-feira (7) e durou dois dias.

O ex-policial cumpre pena na Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, em regime fechado. Em fevereiro deste ano, uma foto que circulou pela internet mostrava a suposta participação de Bola no que seria um churrasco em uma cela do local.

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, durante leitura da sentença em condenação por morte de carcereiro (Foto: Lucas Henrique Andrade/ TJMG Divulgação)Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, durante leitura da sentença em condenação por morte de carcereiro (Foto: Lucas Henrique Andrade/ TJMG Divulgação)

Morte do carcereiro
Segundo a denúncia do MP, em maio de 2000, Bola atirou contra o carcereiro Rogério Martins Novelo, que estava dentro de um veículo, em frente ao local onde trabalhava. Para o Ministério Público, o crime teria sido encomendado, já que o réu e a vítima não se conheciam.

A Justiça informou que o ex-policial foi reconhecido em 2010 pela irmã de Novelo, que presenciou o crime. Ela identificou Bola como o responsável pela morte do irmão, depois que viu sua imagem sendo veiculada na imprensa pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio.

Caso Eliza

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, durante o julgamento neste sábado (Foto: Renata Caldeira/TJMG)Bola durante o julgamento do caso Eliza Samudio
(Foto: Renata Caldeira/TJMG)

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a 2 anos e meio também em regime aberto.

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