07/05/2014 19h41 - Atualizado em 07/05/2014 20h24

Réu do caso Eliza deve cumprir pena em regime semiaberto, diz Justiça

Ex-caseiro de Bruno, Elenilson teve regime modificado após recurso do MP.
Decisão é da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Do G1 MG

O caseiro Elenílson Vitor da Silva deixa a penitenciária  (Foto: Reprodução TV Globo)O caseiro Elenílson Vitor da Silva teve tipo de regime
modificado (Foto: Reprodução TV Globo)

O ex-caseiro do goleiro Bruno Fernandes, Elenilson da Silva – condenado pelo sequestro e cárcere privado do filho do atleta com Eliza Samudio – deve cumprir pena em regime semiaberto, de acordo com nova decisão da Justiça Mineira, tomada nesta quarta-feira (7).

Em agosto de 2013, o Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, havia condenado o réu a três anos de prisão em regime aberto. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o tempo da pena foi mantido pela decisão da 4ª Câmara Criminal, da qual cabe recurso.

O tipo de regime em que Elenilson da Silva deve cumprir pena foi alterado depois de recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).  Segundo ao TJMG, a Promotoria alegou que o ex-caseiro era reincidente. O relator do recurso, o desembargador Doorgal Andrada considerou que era inviável a fixação do regime aberto, com base no Código Penal. No semiaberto, o condenado pode sair para trabalhar durante o dia, mas deve se recolher a uma unidade prisional na parte da noite.

Procurado pelo G1, o advogado do réu, Frederico Orzil, afirmou que ainda vai analisar a decisão para a estudar a possibilidade de apresentar algum recurso. Ele disse ainda que o cliente ficou detido por cerca de seis meses em 2010. Por isso, segundo o defensor, quando a condenação transitar em julgado, será pedido que o tempo passado na prisão seja abatido da pena.

Elenilson da Silva foi a júri popular juntamente com Wemerson Marques, o Coxinha, que foi condenado a dois anos e seis meses de prisão em regime aberto pelo mesmo crime. Segundo o TJMG, as defesas de ambos contestaram a sentença proferida em agosto pela juíza Marixa Fabiane. À época, ficou definido que os réus podem recorrer em liberdade.

Estes recursos também foram analisados pela 4ª Câmara Criminal nesta quarta-feira (7), mas foram negados. Segundo a Justiça, os advogados haviam pedido, entre outros pontos, cassação do veredicto popular ou, caso mantida a condenação, a redução da pena.

Até a publicação desta reportagem, o advogado de Wemerson Marques não havia sido localizado.

O caso
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condendenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques.

 

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