22/04/2013 23h25 - Atualizado em 28/04/2013 10h13

FRASES: júri do ex-policial Bola

Marcos Aparecido dos Santos é acusado de morte e ocultação de cadáver.
Terceiro júri popular do caso Eliza já é o mais longo do processo.

Do G1

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola, começou a ser julgado na segunda-feira (22), em Contagem (MG), pelo assassinato de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, já condenado no mesmo processo. Bola é acusado de homicídio duplamente qualificado – meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima – e da ocultação do corpo da jovem.

O julgamento ocorre no no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e já é o mais longo do processo.

Em março, o goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador. No mesmo júri, Dayanne foi inocentada.

Em novembro, o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, foram condenados.


Veja frases que marcaram o julgamento:

  •  
22 de abril de 2013

Henry Wagner, promotor de Justiça:

"É o tempo para a preparação de cinco miojos", diz o promotor sobre os 15 minutos de acréscimo pedido pela defesa para a apresentação das preliminares. Inicialmente, juíza estipulou 30 minutos, mas permitiu acréscimo.

"O que essa defesa quer - e aqui e ali tem conseguido - é nutrir-se com escândalo frívolo e irresponsável".


Ana Maria Santos, delegada que atuou na investigação do caso Eliza

"Eu reafirmo, ele [Jorge] me transmitiu  muita credibilidade, ele foi bastante detalhista. Ele estava tranquilo, lúcido", disse durante oitiva nesta segunda-feira (22).


José Arteiro, assistente de acusação:

"A defesa está perdida igual cego em tiroteio. Está atirando para todo lado. O atestado de óbito é o resumo do processo".

"Não acredito que o Bola possa fazer uma confissão. Se fizer, vai ser beneficiado. Se ele fosse inteligente dividiria a culpa e entregaria os outros”, afirmou José Arteiro, referindo-se a outros dois policiais que estão sob investigação em um inquérito paralelo sobre a morte de Eliza.


Fernando Magalhães, advogado de defesa de Bola

"Não se confessa, o que não fez. É impossível", disse.


Ércio Quaresma, advogado de Bola

"Perigosa no bom sentido. Perigosa não, você é uma cobra", disse à delegada Ana Maria, que foi interrogada por ele. Ela atuou na investigação do caso Eliza Samudio.


23 de abril de 2013

Jaílson Alves de Oliveira, detento, ouvido como testemunha

"Só se os peixes falarem", disse o presidiário, referindo-se a um comentário que Bola teria feito dentro da prisão.

"Ele [Bola] assistia noticiário sobre a morte da Eliza Samudio na minha cela direto".

"Acredito que o diabo está orando pedindo a Deus para ele [Bola] não tomar o lugar dele".


Middian Kelly dos Santos, filha de Bola

"Ele é inocente. Ele fala isso com a gente sempre. Está muito abatido com isso, mas confiante de que a verdade vai aparecer”.

"A testemunha maior do meu pai somos nós, a minha família".


Ércio Quaresma, advogado de Bola

"Jaílson mente".


Henry Wagner, promotor de Justiça

"A defesa hoje saiu derrotada mais uma vez do plenário".


Durval Ângelo, deputado estadual, ouvido como testemunha

“Eu prestei depoimento como testemunha de defesa, arrolado como testemunha de defesa, mas eu acho que fui uma péssima testemunha de defesa, porque eu falei todo o passado do Bola, e os casos apurados pela Comissão de Direitos Humanos. Então, acho que eu não fui uma boa testemunha. Acho que foi um tiro no pé por parte da defesa”.

"O GRE funcionava na maior ilegalidade", referiu-se ao grupo da Polícia Civil. Segundo as investigações, Bola cedia um espaço na Grande BH para que o grupo realizasse treinamentos.


24 de abril de 2013

Marco Mejia, advogado de Bola

"As falhas na investigação a nível processual já existem. Não existe prova técnica neste caso"


José Arteiro, assistente de acusação

"Ninguém imagina o Bola na rua. Só não sabemos aonde está o corpo. Todo o resto do que aconteceu no caso a gente já sabe"

"Quem foi desqualificado foi justamente a defesa. Eles alegam que o Moreira [Edson] é inimigo dele [José Cleves]. Mas na verdade, ele é que inimigo do Moreira.

“Eles querem que o Moreira pague o pato por coisas que eles fizeram”


José Cleves, testemunha

"Eu não estava disposto também a vir a esse julgamento"

"Ele [Edson Moreira] é que é meu inimigo"


Fernando Magalhães, advogado de Bola

“O depoimento tenta desqualificar a investigação. Mostra como pode ser tendenciosa uma investigação. Acho que conseguimos”


Ércio Quaresma, advogado de Bola

"O Conselho de Sentença vai ficar em jejum de informações preciosas", afirmou Quaresma, referindo-se a não presença da delegada Alessandra Wilke no julgamento.


Henry Vasconcelos, promotor

"O delegado lançou o entendimento subjetivo dele para alicerçar sua compreensão de que Marcos Aparecido dos Santos teria simulado. A subjetividade não é prova. A leitura que ele faz dos fatos não é prova. A prova é a afirmação de Jorge"


José Gaudêncio da Cunha, da equipe de defesa de Bola

"A verdade está vindo à tona"


25 de abril de 2013

Alexandre Maziero, advogado de Bola

"Vai ficar comprovado que o Bola não tem participação neste fato".


Ércio Quaresma, advogado de Bola

"Ou esse moço fez alguma coisa ou não fez nada, só apareceu na televisão para dar entrevista", afirmou, referindo-se ao ex-delegado Edson moreira que depõe nesta quinta-feira.

"O senhor que é um canalha, e eu vou provar isso", afirmou, referindo-se ao promotor Henry Wagner.

"Eu já falei, esse júri não será decidido nas respostas, mas nas perguntas".

"A porta da rua é a serventia da casa", disse, referindo-se ao promotor Henry wagner

"É um covarde em todos os seus aspectos e não é homem de assumir o que faz", falou, referindo-se ao promotor


Edson Moreira, testemunha

"Um fato inverídico não pode ser comprovado", disse, referindo-se a acusação de extorsão contra ele.

"Do jeito que ele está me olhando, tenho até medo", falou, referindo-se a Marcos Aparecido dos Santos, o bola.

"Foi feita uma força-tarefa", disse sobre as investigações do caso


Henry Wagner, promotor

"O senhor é um canalha mentiroso", disse, referindo-se ao advogado Ércio Quaresma.

"Não vejo inteligência neste proceder da defesa. Penso que a defesa só cativa dos jurados, ao assim proceder, a antipatia. (...) É um tiro a mais dado no próprio pé".


José Arteiro, assistente de acusação

"O pau vai comer solto nos debates"


26 de abril de
2013

Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, juíza

"O senhor entrou aos brados. O senhor não tinha ordem para mandá-lo parar a leitura", sobre o episódio em que o advogado Quaresma manda o assistente interromper uma leitura enquanto a juíza não estava presente no plenário. 


Ércio Quaresma, advogado

"Esse moço mente", sobre o assistente da juíza.


Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, juíza

"O senhor teria que se reportar a mim. (…) Aguardasse o meu retorno. (…) Eu que presido. (…) O doutor, o senhor está advertido", se dirigindo ao advogado Quaresma.


José Arteiro Calvancanti, assistente de acusação e advogado de defesa da família de Eliza

"Eu não trabalho de graça, eu quero meu dinheiro", se referindo à destituição da procuração que tinha em nome de Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio.


27 de abril de
2013

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola

"Jamais faria isso e muito menos matar alguém", se refere à pergunta se teria recebido dinheiro para matar Eliza Samudio.


Henry Wagner, promotor

“Eu nunca vi drogado ser herói. Eu nunca vi mentiroso crápula ser herói (...). Covarde, canalha, estúpido e vagabundo. Quem não é homem é você, seu crápula", se referindo a Ércio Quaresma.


Henry Wagner, promotor

"A sua vozinha de taquara rachada saiu no 'Fantástico'", se referindo à denúncia que a atual mulher de Bruno, Ingrid Calheiros, fez ao Fantástico em 2010, dizendo que sofria ameaças do advogado.


Ércio Quaresma, advogado

"Esse moço [Henry Wagner] tinha que lavar a boca antes falar o nome da nossa instituição [OAB]", se referindo a uma crítica que o promotor fez, ao dizer que a OAB deveria cassar a licença do advogado.


Ércio Quaresma, advogado

"Canalha não sou eu e vou provar"


Henry Wagner, promotor

“Percebia que a casa caía, a casa ruía, liga para seu amigo advogado. Esse mesmo defensor [Ércio Quaresma] vem se tornar o defensor de Bola e de quase todos os réus desse processo. A defesa se conjugou como bloco para negação da morte Eliza, da ocultação do corpo".


Ércio Quaresma, advogado

"Se o Ministério Público tiver coragem de voltar a réplica, vamos mostrar a fraude [...]”.


Henry Wagner, promotor

"Foi condenado em tudo", se refererindo ao resultado da votação dos jurados.


Ércio Quaresma. advogado

"Estou feliz com o meu trabalho, mas não posso dizer que estou contente com o resultado", sobre a sentença determinada ao réu.


Henry Wagner, promotor

"Sensação de dever cumprido mais uma vez".


Maria Lúcia Borges, advogada da mãe de Eliza Samudio

"Ela tinha expectativa [de ser revelado onde está o corpo], mas eu já havia preparado ela que dificilmente isso seria aberto hoje neste julgamento".

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de