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27/07/2016 12h05 - Atualizado em 15/09/2016 18h33

Amazônia mostra sua riqueza em ingredientes para cerveja

1º concurso cervejeiro realizado na região mostra que os estados amazônicos têm muito potencial para a formação de uma escola cervejeira no país.

porSomos Todos Cervejeiros

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Cervejeiros Cerveja Amazonas 1 (Foto: Divulgação)Castanha do Pará é um dos ingredientes amazônicos que começam a aparecer na cerveja.

Há pouco tempo, a região norte era um dos mercados menos desenvolvidos no ramo cervejeiro no Brasil. Havia poucos bares e lojas especializadas, e quem tivesse algum interesse no assunto precisava buscar informação em outras partes do país. Agora, os estados amazônicos não só estão impulsionando o crescimento local como podem ser protagonistas na construção de uma escola cervejeira nacional. 

Prova disso é o primeiro concurso amazônico de cervejas, realizado no início de julho pela Liga Amazônica das Acervas, que reúne associações de cervejeiros dos estados do Pará, Amazonas, Amapá e Maranhão. Uma das categorias da competição foi o estilo livre, em que os cervejeiros tiveram que incorporar temperos e frutos da Amazônia nas suas cervejas.

Além de estimular o uso de ingredientes nacionais nas receitas, o concurso abriu caminho também para que os cervejeiros locais se especializassem. “Quando decidimos fazer a competição, quisemos preparar nossos associados para produzir cervejas boas. Trouxemos palestras e workshops e, para o concurso, recebemos 40 inscrições. A ideia é chegar a 100 no próximo ano”, projeta Bruno Fernandez, diretor de eventos da Acerva Paraense.

O resultado foi visto nas amostras de cerveja que chegaram à organização da competição: açaí de guaraná, jambu, cupuaçu, tapioca e castanha do Pará foram alguns dos ingredientes que mais se destacaram nas cervejas produzidas. “No estilo livre, como a gente imaginou, tivemos muita coisa diferente, uma série de frutas e sementes regionais bem inseridos nas bebidas”, afirma Fernandez.

Cupuaçu e tapioca

A vencedora, uma Witbier de cupuaçu e tapioca, foi produzida pelo cervejeiro José Torres e pelas duas filhas dele. De Belém, ele resolveu fazer uma cerveja para comemorar os 400 anos da cidade. “Para a gente, o cupuaçu é a fruta que mais representa o Estado. E a tapioquinha é uma farinha que usamos muito para misturar com açaí e comer com peixe frito”, explica Torres.

Cervejeiros Cerveja Amazonas 2 (Foto: Arquivo pessoal)José Torres, de Belém, produziu uma Witbier com
tapioca e cupuaçu.

Montaram uma receita básica e começaram as brassagens há pouco mais de um ano. “Fiquei feliz quando provei a Witbier com cupuaçu. No meu paladar, ficou muito legal. Mas a expectativa de ser a melhor foi realmente surpresa”, conta Torres.

Para o vencedor, nos últimos dois anos o crescimento da cultura cervejeira na região foi exponencial. “Muita coisa mudou. Agora estamos com eventos, uma cultura que se implantou de dois a três anos para cá. É um trabalho muito árduo que a gente, como cervejeiro na região amazônica, tem de difundir isso. Tenho certeza de que a escola cervejeira brasileira vai passar muito fortemente pela Amazônia, pela inserção de sementes e frutas”, afirma.

Uma escola brasileira

Marcelo Carneiro, entusiasta da utilização de ingredientes brasileiros nas cervejas e um dos pioneiros nisso, considera a Amazônia um celeiro de matérias-primas. “Fico muito contente com isso, porque acho que cerveja é energia. A gente tem que olhar em volta e fazer cerveja com o que temos”, diz Marcelo, fundador da Colorado, uma das primeiras cervejarias a investir em ingredientes brasileiros nas receitas.

Marcelo acredita que a utilização de produtos da Amazônia é um fator de diferenciação que pode beneficiar o desenvolvimento de uma escola cervejeira nacional, junto a outras regiões. “Sendo o Brasil um país tão grande, a escola cervejeira não será só amazônica, ou só do cerrado, mas uma mistura de todo esse Brasil. As cervejarias têm que adotar um lema de quanto mais local, mais universal. Quanto mais aproveitarem o que têm em volta, mais vão ser entendidas pelo mundo”, afirma.

Cervejeiros Cerveja Amazonas 3 (Foto: Divulgação)Estados do norte do Brasil podem ajudar na criação de uma escola cervejeira brasileira.

 

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