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  • Bye Bye blog: veja a série de reportagens no G1 a partir da próxima semana



    A nossa viagem de 35 dias acabou nesta quarta-feira (5) em Brasília (DF). Percorremos mais de 7,2 mil quilômetros por estradas, navegamos pelos rios São Francisco, Tocantins e Xingu.

    Passamos por nove estados e o Distrito Federal. Paramos em 17 cidades. Ouvimos histórias e relatos, registramos imagens e conhecemos um pouco de cada um destes lugares.

    A partir da próxima semana você vai poder acompanhar aqui no G1 uma série de reportagens especiais que fizemos nesta jornada. O roteiro desta viagem foi inspirado no filme "Bye Bye Brasil", que registrou um país em desenvolvimento na década de 1980. Vamos  mostrar o que mudou e o que continuou do mesmo jeito.

    Até mais!

  • Um 'cordel sertanejo' para celebrar a chegada a Brasília

    Trinta e três dias depois de começarmos nossa viagem em Maceió (AL), chegamos na madrugada desta quarta-feira (4) em Brasília (DF), o destino final deste blog.

    No ônibus que nos trouxe de Belém até a capital federal, fiz de improviso um "cordel sertanejo", uma brincadeira para homenagear os ritmos musicais que (ou) vimos desde o começo deste blog.

    A letra, como os leitores poderão observar, narra as aventuras e curiosidades que eu e o cinegrafista Luciano Cury (olha aqui a dupla sertaneja) passamos durante este mês de novembro pelos rincões do Brasil.

  • Chopp de frutas no Pará

    Raimundo Neves e seus 'chopps' de frutas

    Estivemos no Mercado Ver-o-Peso, ponto turístico inevitável para quem passa por Belém. Lá, é possível encontrar de tudo. Há frutas, legumes, peixes, carnes, farinhas, artesanato, pratos prontos e muita conversa, é claro.
    Mapa Bye Bye Belém (PA)E foi num desses papos, já me preparando para sair do mercado, que me deparei com um isopor e uma pequena placa com a seguinte inscrição: "Vende-se chopp de frutas".

    Fiquei curioso em saber como seria essa bebida, mas o dono da barraca não estava lá. Esperei alguns minutos, até que apareceu Raimundo Neves, um sujeito simpático, boa-praça e atencioso.

    Perguntei o que era esse "chopp de frutas", e ele respondeu que era um produto congelado. Foi aí que pedi para Raimundo abrir logo o isopor e me mostrar o que havia dentro.

    Em instantes, veio a descoberta: tratava-se de um geladinho (para os paulistas), sacolé (para os cariocas) ou dindin (para os nordestinos) – conhecido, ainda, como gelinho ou chup-chup pelo país afora. Ao todo, existem inúmeros nomes regionais para esse suco de frutas congelado em saquinhos.

    Aqui no Pará, a vantagem está na diversidade de sabores. Os mais vendidos são os de muruci (fruta nativa do Norte e Nordeste), cajá (lá chamada de taperebá), cupuaçu e açaí.

    Raimundo me disse que comercializa 30 "chopps" por dia, "dependendo da farinha (que o cliente comeu)". Cada saquinho sai por R$ 1.

  • Comida leve para dormir em Cametá (PA)

    Arroz paraense e vatapá

    Durante nossa parada em Cametá (PA), descobrimos um cantinho gastronômico chamado Delícias do Pará. Pensamos que era um restaurante típico paraense. De fato, servia apenas comida com receitas do estado, mas não era bem um restaurante.

    Passei pelo rechaud e fui entrando para escolher a mesa. Parei quando me dei conta de que estava quase dentro da sala de uma casa. Isso mesmo: o Delícias do Pará funciona quase na varanda ou na garagem da família. Mesas apenas na calçada, seis delas no máximo, de plástico, daquelas de beira de piscina.

    Mapa Bye Bye Cametá (PA)De imediato, veio uma mulher simpática, trajada com touca higiênica e roupa de chefe de cozinha. Logo notamos que aquele era apenas um uniforme, pois a mulher não poderia ser chefe após ter titubeado para responder uma simples pergunta: "Vocês servem apenas pratos típicos da região?" Ela ficou alguns segundos em silêncio, olhou pra cima e me disse: "Como assim, típico da região?". Encerrei o dilema perguntando se o cardápio tinha apenas o que estava exposto em um banner pendurado na fachada do estabelecimento. Ela disse que sim.

    Pedi, então, um arroz paraense e vatapá. O cinegrafista Luciano Cury, que me acompanha nessa viagem, foi de arroz paraense e caruru.

    O arroz paraense, para quem não sabe, é feito com caldo de tucupi (tempero amarelo extraído da raiz da mandioca-brava), camarão e jambu (erva da região Norte, que deve ser cozida antecipadamente). Os demais temperos vão a gosto, mas precisam conter chicória e cheiro verde. Já o vatapá é feito com miolo de camarão refogado e azeite de dendê. O camarão refogado é batido com casca e água no liquidificador. Depois de coado, é misturado com farinha de trigo. Após engrossar, vai o leite de coco e mais azeite de dendê.

    O caruru, por sua vez, é feito com camarão fervido, farinha de mandioca, quiabo, tomate, coentro e azeite de dendê. Tudo fervido e misturado, para simplificar a explicação do prato. Eu não gosto muito de quiabo, mas recomendo o caruru.

    Bom, o resultado foi que os dois pratos estavam muito bons. E, pelo adiantado da hora que chegamos a Cametá, foi uma pedida leve para comer e dormir em seguida, por incrível que pareça. Recomendamos! O Pará é genuinamente um celeiro de bons sabores.

    Cardápio

     

  • Mistério dos pneus vazios intriga passageiros do Aeroporto de Altamira

    Nos dias que ficamos em Altamira (PA), precisamos ir duas vezes ao aeroporto da cidade. Lá, vimos e ouvimos os relatos incrédulos de alguns moradores sobre um mistério no local. Quando voltam de viagem e desembarcam no Aeroporto de Altamira, eles ficam intrigados ao encontrarem os pneus dos carros vazios.
    Pneus vazios dos carros no Aeroporto de Altamira

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Os passageiros que moram na cidade costumam deixar os carros no estacionamento do aeroporto, que é gratuito, fica ao ar livre e não tem seguro. O problema já está incomodando os usuários do local.

    Enquanto os aviões não pousam ou decolam, as rodas de conversa sempre acabam tocando no assunto dos pneus. Em Altamira, é comum os moradores viajarem para cidades vizinhas ou para outros estados. No período da viagem, quem mora sozinho ou não tem carona para ir ao aeroporto acaba deixando o carro no estacionamento.

    O desconforto é ter de trocar o pneu ali mesmo. Os comerciantes e usuários não são unânimes, mas têm duas suspeitas. Uma delas é a de que alguém estaria interessado que os passageiros não consigam usar seus carros. A outra é a de que seja vandalismo mesmo. Eles esperam solucionar o caso em breve. Muita gente já está de olho nos pneus.


  • Cosmopolita, Marabá vira terra de todos os times


    Hoje encontramos com o vendedor Luiz Carlos Silva de Oliveira Júnior, 34 anos, “mais nome do que gente”, como ele mesmo se define. Ele chamou nossa atenção por colorir a cidade, esvaziada pelo feriado, com várias bandeiras de times de futebol. Luiz nos contou que circula por várias cidades paraenses com um estoque de bandeiras na mala. Ele fincou algumas de suas bandeiras no canteiro central da Rua 28, em Marabá (PA) e aproveitou a rodada final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (20), entre Flamengo e Atlético-PR para faturar um trocado.

    Em dez minutos que acompanhamos seu trabalho, a clientela fez fila de motocicletas e de carros. A negociação é ali mesmo, no meio do trânsito. E não tem embalagem. Quem compra sai ostentando o adereço do time de coração na janela do carro ou vestindo a bandeira para seguir de motocicleta.

    FilaSegundo ele, as mais pedidas não são as do Remo e nem a do Paysandu, times do Pará. O que mais compram com ele são bandeiras do Flamengo. É o time que tem mais opções de tamanhos e formatos. A bandeira do Corinthians é a segunda na liderança. A do Paysandu vendeu bastante e esgotou o estoque.

    Ele garante que tem muito mineiro em Marabá só pela quantidade de bandeiras do Atlético-MG e do Cruzeiro que já vendeu. Luiz tem certeza também que na cidade tem muita gente do Sul e do Sudeste do país. “Tem gaúcho e paulista aqui de montão”.

    Luiz contou  que na região todos têm dois times da terra (Remo ou Paysandu) e um do Rio ou de São Paulo. Mesmo vestido com camiseta e boné do Flamengo, resolvi perguntar qual era o time dele, de coração. Ele confessou que era torcedor do Remo, mas que também torcia pelo Flamengo. Quando os dois times se enfrentam, bingo, ele fica dividido e torce pelo empate.

    Desafiei o vendedor dizendo que ele era vira-casaca, mas ele explicou que se sentia como os jogadores de futebol: “no coração é um time, mas no bolso é dinheiro. Sou profissional igual a eles”.

  • Do ‘fantasma’ de Serra Pelada ao Massacre de Eldorado dos Carajás

    Serra Pelada fantasma

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Olá. O post de hoje demorou, mas chegou. Ficamos muito tempo em deslocamento, na rodovia mesmo, entre uma cidade e outra, e foi por isso que aconteceu o atraso.

    O roteiro da nossa expedição foi inspirado no filme “Bye bye Brasil”, dirigido por Cacá Diegues e filmado entre 1979 e 1980. Serão mais de 8 mil quilômetros pelo Brasil.

    Memorial Eldorado dos Carajás

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Saímos cedo para Eldorado dos Carajás (PA), passamos pelo local onde 19 trabalhadores rurais foram mortos por policiais, em 17 de abril de 1996. A ação policial ficou conhecida como Massacre de Eldorado dos Carajás.

    Visitamos o memorial em homenagem às vítimas e seguimos para o assentamento instalado na fazenda que motivou a luta dos trabalhadores naquela época.

    Serra Pelada

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    De lá, viajamos para Curionópolis (PA). Conhecemos a lendária Serra Pelada, a vila dos garimpeiros.

    Ouvimos histórias, lendas, encontramos com as mulheres que chegaram ao território exclusivo de homens até 1986.

    O ouro deve voltar a ser explorado de forma mecanizada a partir de 2014.

    Mapa

    Apesar de o acesso ao distrito de Curionópolis nos mostrar uma vegetação densa, rica e plural, o cenário de Serra Pelada mais pareceu com o de uma cidade fantasma. Casas rudimentares, aparentemente abandonadas, outras completamente desabitadas e sem sinal de vida.

    Mesmo depois de ter abrigado milionários de uma hora pra outra, da noite para o dia na década de 1980, hoje, o que se encontra por lá são ex-milionários que ainda sonham com ouro, as mesmas casas de madeira e um distrito que não tem a mínima infraestrutura como saneamento básico, água e energia elétrica.

    Enquanto estávamos em Serra Pelada, faltou água nas casas e energia elétrica. E com toda essa penúria, poucos são os que desejam sair de lá.

    Serra Pelada fantasma

     

  • Transamazônica de 'Bye Bye Brasil' ainda vive na terra e lama



    Percorremos centenas de quilômetros pela BR-230, a conhecida Transamazônica. Pelo trecho piauiense, o asfalto e a manutenção da pista estavam em ordem. O mesmo se passou pelos trechos maranhenses e tocantinenses. O cenário se deteriorou alguns metros após passarmos pela ponte sobre o Rio Araguaia, quase na divisa de Tocantins com o Pará.

    O asfalto em solo paraense desapareceu e no lugar apareceu terra, ondulações e muitos buracos. Apesar de larga, suficiente para fazer duplicação da pista nos dois sentidos, a rodovia é tomada por carros e caminhões cruzando entre si em uma coreografia automobilística rotineira para superar os obstáculos. Praticamente um zigue-zague hostil onde não há contramão. Até chegarmos a Marabá (PA), a terra e o asfalto se revezaram por vários quilômetros.

    A cena da Transamazônica que vimos no Pará é bem semelhante da que foi mostrada no filme "Bye Bye Brasil", de Cacá Diegues, e produzido por Lucy Barreto. Ambos me relataram, antes de iniciar esta expedição, que a Transamazônica por onde circularam para gravar o filme, nos anos de 1979 e 1980, era caótica, um verdadeiro canteiro de obras e de muita terra e lama. Foi exatamente essa mesma imagem reportada por eles que vi com os próprios olhos, quase 35 anos depois. Neste trecho da Transamazônica, o tempo parece ter parado.

  • Mais de 3,5 mil km depois, G1 completa duas semanas de expedição

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Olá! Demoramos, mas chegamos. A nossa expedição completou nesta sexta-feira a segunda semana de estrada. Hoje o post chegou um pouco atrasado por causa da internet ruim em Estreito (MA), mas agora que chegamos a Marabá (PA) a internet voltou ao nosso convívio.

    O roteiro foi inspirado em "Bye bye Brasil", dirigido por Cacá Diegues e filmado entre 1979 e 1980. Serão mais de 8 mil quilômetros pelo Brasil

    Já passamos por cinco estados (Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí e Maranhão). Foram mais de 3,5 mil quilômetros rodados por várias rodovias, desde estaduais, federais e alguns trechos urbanos.

    O cansaço é inevitável, mas a energia para seguir a viagem é renovada a cada história que encontramos, pelas pessoas que conhecemos e pelos cenários que nos deparamos. Eu e o Luciano Cury, que já dispensa apresentações, passamos por alguns perrengues durante essa segunda semana e nos surpreendemos com algumas rodovias.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    (o cinegrafista Luciano em Estreitos)

    Logo na saída de Picos (PI), nos deparamos com a história do MacGyver da Transamazônica, na cidade de Dom Expedito Lopes (PI). Na altura do km 270 da rodovia, vimos placas curiosas de autoria do jovem Edson Pereira de Freitas, 20 anos. Eletricista autodidata, mas com apoio do pai também eletricista, ele montou uma espécie de laboratório às margens da rodovia e conserta de tudo. Alternadores complexos e lâmpadas mirabolantes são sua especialidade.

    O rapaz caiu nas graças dos caminhoneiros, que lhe deram o apelido de MacGyver, que adotou com carinho, mesmo sem nunca ter visto um capítulo sequer da série “Profissão Perigo”, que foi exibida na TV nas décadas de 1980 e 1990. O MacGyver das telinhas foi interpretado por Richard Dean Anderson. O do asfalto fica por conta do Edson mesmo.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    (parada em Guaribas)

    Chegando a Guaribas (PI), depois de mais de 12 horas de viagem e alguns erros de logística, acabamos dormindo no carro, pois a cidade “dorme” cedo. A estrada que sai da PI-144 até a cidade é completamente repleta de buracos, em nada parece uma rodovia. Erramos o caminho duas vezes por causa de bifurcações não sinalizadas. Dormimos no carro e tomamos banho de caneca. Isso mostra um pouco das condições da cidade.

    Depois que cumprimos nossa jornada em Guaribas, o destino seguinte era Balsas (MA). O trajeto não foi possível ser feito de uma vez. Por questões de segurança, resolvemos dormir em Floriano (PI). Cidade movimentada e com comércio pulsante.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    (plantação de soja em Balsas)

    Logo nas primeiras horas do dia seguinte, seguimos para Balsas. O asfalto neste trecho é impecável, a trafegabilidade foi muito boa. O fato de não ser duplicada dificultou a circulação, tendo em vista a quantidade de caminhões na pista. Apenas um trecho pequeno no acesso a Balsas que o asfalto estava deteriorado, mas em recuperação, com máquinas na pista.

    Fomos bem até o km 98 da Transamazônica, na cidade de São João dos Patos (MA). Paramos no asfalto por causa do primeiro acidente nas tantas estradas que circulamos até agora. Felizmente ninguém ficou ferido.

    De Balsas a Estreito (MA) a jornada foi rápida, a pista estava em boas condições. Encaramos uma verdadeira chuva de verão. Isso para paulista falando, porque aqui, período de chuva é inverno.

  • Repórter se mete a bancar o 'sommelier de cajuína'

    Marcas de cajuínas provadas pela equipe do blog que refaz o trajeto do filme

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    A cajuína é uma bebida bastante popular no Nordeste, mais especificamente no Piauí. No país, cerca de 400 produtores fazem milhões de litros do suco de caju.

    Os especialistas chegam a dizer que a cajuína está para o Piauí como o champanhe está para a França. Tanto é assim que hoje se busca a denominação de origem da bebida no rótulo envasado.

    MAPA Balsas Maranhão CaravanaNão é refrigerante, não recebe adição de açúcar, não é diluída, não é fermentada e nem alcoólica. Tem pelo menos cinco vezes mais vitamina C que o suco de laranja. Por algum tempo chegou a ser chamada de vinho seco de caju.

    A bebida é tão comum no Nordeste brasileiro que até ganhou nome de uma música escrita por Caetano Veloso.

    Para descobrir os sabores da cajuína, resolvi fazer uma brincadeira e provar todas as cajuínas que encontrei desde Picos (PI) até Balsas (MA). Foram sete rótulos diferentes e cada uma de paladar bem diferente. A maioria produzida no Piauí e outras feitas no Ceará. Além do suco, experimentei o único refrigerante de caju que encontrei. Também fiz um comentário à parte.

    Uma dica para beber as cajuínas e o refrigerante de caju: peça para servir bem gelados.

    Sem rigor científico, levando em conta apenas o paladar da bebida para um paulista como eu, que nunca tinha provado a bebida, estipulei nota de 0 a 5 para cada cajuína, onde 5 é a nota máxima. Veja abaixo a avalição do sommelier improvisado de cajuína:

    Coroatá – forte, encorpada, doce e com um leve amargor no final. Aroma intenso e adocicado. Cor do líquido é dourado claro. Nota 3.

    Gosto da fruta – suave, mas um pouco ácida. Não é muito adocicada. Aroma gostoso. Cor do líquido vai do bronze para o dourado. Nota 2.

    Capital do Caju – suave no começo, mas depois de certo tempo na boca começa a ficar com um pouco de amargor. Aroma mais forte. Não é muito doce. Cor do líquido dourada. Nota 2.

    Aeroporto – suave na boca e levemente doce. Aroma bem característico do caju. Cor do líquido dourado. Nota 3.

    Lili Doces – suave e agradável na boca, pouco adocicada. Aroma bem característico do caju. Cor do líquido puxada para o bronze claro. Nota 4.

    Da Rosário – sabor caramelado, agradável na boca com uma leve acidez. Aroma bem característico do caju e de caramelo. Cor do líquido é bronze escuro. Nota 3.

    São Francisco – Sabor suave e levemente doce, agradável na boca e bem refrescante. Aroma bem característico do caju. Cor do líquido dourado claro. Nota 4.

    *São Geraldo – não é cajuína. Esta bebida se difere das outras por ser refrigerante, é gaseificado. É bem aceito na região por aqueles que não gostam apenas do suco do caju. É agradável, um pouco adocicado demais, mas é bem refrescante.

    Ah, eu gostei da cajuína e beberei sempre que voltar ao Nordeste. Este post era para ter a análise nada científica também de Luciano Cury, o cinegrafista que me acompanha na expedição do G1 pelos Caminhos do Brasil. Ele chegou a provar duas das sete cajuínas que experimentei e o refrigerante também. Mas ele disse que “cajuína não é para mim”. O refrigerante ele gostou e achou refrescante.

  • Prédios de 'Bye Bye Brasil' seguem intactos

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    PiranhasPassamos quatro dias em Piranhas (AL), em nossa primeira parada da viagem. O município fica no sertão alagoano, às margens do Rio São Francisco. Em 1978 e 1979, um trecho do filme "Bye Bye Brasil" foi gravado no local. A equipe de filmagem, segundo o diretor Cacá Diegues, ficou cerca de 15 dias por lá. A gravação alterou a rotina dos moradores, levou energia elétrica para a cidade e deixou um sabor de saudades entre os piranhenses que fizeram figuração ou apenas viram de perto a produção do filme.

    Estivemos em Entre Montes, povoado de Piranhas, e conversamos com pessoas que participaram, por exemplo, da última procissão da Divina Pastora, que aparece no filme e nunca mais aconteceu após o registro feito pelas câmeras de Cacá Diegues. Revisitamos locações do filme e verificamos que alguns lugares que aparecem na obra permanecem intactos. Não é à toa que o centro antigo de Piranhas foi tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    Na foto acima, a praça que dá acesso ao atracadouro da cidade, onde foram rodadas as cenas da feira, da chegada da Caravana Rolidei e do cantor Fábio Jr. tocando sanfona e embarcando na trupe.

    Na imagem abaixo, no povoado de Entre Montes, a casa em que foram gravadas cenas dos personagens de José Wilker, o Lorde Cigano, e de Jofre Soares, que interpretou um exibidor de filmes mambembe.

     

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  • São Francisco às margens do Velho Chico

    Uma imagem de São Francisco chama a atenção de quem navega pelas águas do lago do Xingó, em uma das paredes do cânion do Talhado, em Piranhas (AL). O santo pode ser visto de perto depois de subir uma escada de ferro com aproximadamente 50 degraus.

    Normalmente, os passeios feitos de catamarã não permitem que os turistas subam ao local. Chegar bem pertinho da imagem só é possível se navegar com outro tipo de embarcação.

    Piranhas

  • Sanfona além do tempo



    Em 1979, quando Cacá Diegues rodou o filme Bye Bye Brasil, em uma das locações montadas em Piranhas (AL), o cantor Fábio Jr. tocava sanfona na região central da cidade. Ele interpretava o personagem Ciço, um sanfoneiro que se juntou à Caravana Rolidei, capitaneada por Lorde Cigano (José Wilker) e Salomé (Bety Faria). Neste fim de semana, ouvimos novamente o som da sanfona, que voltou a ecoar e animar as pessoas no mesmo local onde a cena do filme foi gravada. Desta vez o sanfoneiro foi o Sávio, morador da cidade e que se apresenta em bares da região.

    Piranhas

  • Lampião em Paulo Afonso

    Bye Bye Brasil

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     O escritor e historiador João de Sousa Lima, um dos maiores pesquisadores sobre Cangaço, lançou sua sétima obra sobre o tema, na noite de sexta-feira (1º), em Paulo Afonso (BA). No dia seguinte ao lançamento, o autor viajou até Piranhas (AL) para encontrar a equipe de reportagem do G1 (veja vídeo abaixo).

     O livro “Lampião em Paulo Afonso” retrata a passagem do cangaceiro mais famoso pela cidade. Foi lá que ele conheceu Maria Bonita e a convenceu a seguir com o bando. Na cidade, a casa onde a cangaceira morou, funciona o Museu de Maria Bonita, no povoado de Malhada da Caiçara.

    PiranhasO livro mostra também os relatos do primeiro parto de Maria Bonita, na casa do coiteiro (pessoas que ajudavam e davam guarida para os cangaceiros) Wenceslau. A criança, infelizmente, morreu durante o parto.

    Lima já concluiu os manuscritos de outros dois livros, todos sobre o Cangaço, que ele acredita que deve concluir as obras em 2014.

    Foto: Glauco Araújo/G1

  • Gigante alagoano


    Encontramos com o estudante alagoano José Cristóvão da Silva, de 28 anos, em Palmeira dos Índios (AL). Ele disse que cresceu mais dois centímetros e que chegou a 2,27 m de altura.

    O rapaz, conhecido na cidade como Grandão, faz tratamento de acromegalia (doença causada pelo excesso de hormônio de crescimento, produzido pela hipófise. Esse aumento é provocado por um tumor na hipófise) no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde 2007.  Ele é acompanhado pelo médico Marcelo Bronstein.
     
    Por causa da altura, ele precisou adaptar a casa onde vive com a mãe, Maria José da Silva Melo. "O chuveiro ficou mais alto. A cama também é mais comprida. É filha única, feita sob medida para mim", disse Cristóvão.

    "Ele está bem agora, mas temos de ter atenção com o coração dele, que é mais fraco por causa da altura dele. Fiz uma carta com telefones dos médicos dele e os medicamentos que toma. Ela fica na carteira dele e vai ajudar caso ele passe mal na rua e não tenha alguém por perto para ajudá-lo", disse Maria José.

    Foto: Luciano Cury/G1

    VALE ESTE - Blog 'Caminhos do Brasil' vai a Palmeira dos Índios (AL)

     

  • Fábio Jr.


    Caravana do G1 partiu de MaceióO cantor Fábio Jr. interpretou o personagem Ciço no filme "Bye bye Brasil". Ele era um sanfoneiro do interior nordestino que se juntou aos artistas da "Caravana Rolidei" em busca de sucesso. Mais de 30 anos depois – já que o filme foi rodado entre os anos de 1979 e 1980 –, a imagem de Fábio Jr. continua forte na região. Tão forte que ele é o garoto-propaganda de uma rede de lojas de Maceió.

Sobre a página

Quase 35 anos depois do filme "Bye bye Brasil", de Carlos Diegues, o G1 cruza três regiões do país e vê como estão hoje os cenários da produção que marcou época. O blog será um “diário de viagem” nesta visita ao trajeto do filme e mostrará as histórias encontradas no Brasil profundo.