• São Francisco às margens do Velho Chico

    Uma imagem de São Francisco chama a atenção de quem navega pelas águas do lago do Xingó, em uma das paredes do cânion do Talhado, em Piranhas (AL). O santo pode ser visto de perto depois de subir uma escada de ferro com aproximadamente 50 degraus.

    Normalmente, os passeios feitos de catamarã não permitem que os turistas subam ao local. Chegar bem pertinho da imagem só é possível se navegar com outro tipo de embarcação.

    Piranhas

  • Sanfona além do tempo



    Em 1979, quando Cacá Diegues rodou o filme Bye Bye Brasil, em uma das locações montadas em Piranhas (AL), o cantor Fábio Jr. tocava sanfona na região central da cidade. Ele interpretava o personagem Ciço, um sanfoneiro que se juntou à Caravana Rolidei, capitaneada por Lorde Cigano (José Wilker) e Salomé (Bety Faria). Neste fim de semana, ouvimos novamente o som da sanfona, que voltou a ecoar e animar as pessoas no mesmo local onde a cena do filme foi gravada. Desta vez o sanfoneiro foi o Sávio, morador da cidade e que se apresenta em bares da região.

    Piranhas

  • Lampião em Paulo Afonso

    Bye Bye Brasil

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     O escritor e historiador João de Sousa Lima, um dos maiores pesquisadores sobre Cangaço, lançou sua sétima obra sobre o tema, na noite de sexta-feira (1º), em Paulo Afonso (BA). No dia seguinte ao lançamento, o autor viajou até Piranhas (AL) para encontrar a equipe de reportagem do G1 (veja vídeo abaixo).

     O livro “Lampião em Paulo Afonso” retrata a passagem do cangaceiro mais famoso pela cidade. Foi lá que ele conheceu Maria Bonita e a convenceu a seguir com o bando. Na cidade, a casa onde a cangaceira morou, funciona o Museu de Maria Bonita, no povoado de Malhada da Caiçara.

    PiranhasO livro mostra também os relatos do primeiro parto de Maria Bonita, na casa do coiteiro (pessoas que ajudavam e davam guarida para os cangaceiros) Wenceslau. A criança, infelizmente, morreu durante o parto.

    Lima já concluiu os manuscritos de outros dois livros, todos sobre o Cangaço, que ele acredita que deve concluir as obras em 2014.

    Foto: Glauco Araújo/G1

  • A bala que matou Lampião


    Caminhos do Brasil - Em Poço Redondo (SE), equipe do G1 conhece a “bala que matou Lampião”. Em Poço Redondo (SE), encontramos a “bala que matou Lampião”. Calma, não se trata de um achado arqueológico. Na verdade, é um doce servido em um restaurante instalado na entrada da trilha que leva até a Grota de Angicos, local onde Lampião e Maria Bonita foram mortos, em 28 de julho de 1938.

    A “bala que matou Lampião” nada mais é que bolinhas feitas de doce de leite. “É um dos mais pedidos aqui”, disse Luiza Rodrigues, dona do restaurante. O doce, por mais familiar que possa parecer ao nosso paladar, tem uma característica diferente: é macio por dentro e tem uma casquinha suave por cima.

    Além da bala que matou Lampião, Luiza também serve o doce de coroa-de-frade, que é um cacto típico da caatinga nordestina. Para quem não faz ideia do sabor, pode-se dizer que tem alguma semelhança com doce de mamão e coco ralado.

    “Isso até provoca alguma desconfiança em alguns turistas que duvidam que é doce de cacto mesmo.  A diferença do doce de cacto para o de mamão está na textura. O cacto precisa de muito mais tempo de cozimento para ficar amolecido. Já o mamão vira papa se for cozido pelo mesmo tempo. São quatro horas na panela.”

    A receita foi guardada por anos em segredo, e até hoje a família de Luiza não revela todos os ingredientes para fazer o doce de cacto. Já o doce de Corisco (cangaceiro do grupo de Lampião), que também tem boa saída, conta com uma receita bem conhecida, segundo Luiza. “É o famoso quebra-queixo, feito de coco.”

    No local, ainda é possível viajar pela história do Cangaço com pratos que levam o nome de personagens do movimento, como "Carneiro à Lampião", feito com carne guisada, arroz, salada e farofa.

  • Gigante alagoano


    Encontramos com o estudante alagoano José Cristóvão da Silva, de 28 anos, em Palmeira dos Índios (AL). Ele disse que cresceu mais dois centímetros e que chegou a 2,27 m de altura.

    O rapaz, conhecido na cidade como Grandão, faz tratamento de acromegalia (doença causada pelo excesso de hormônio de crescimento, produzido pela hipófise. Esse aumento é provocado por um tumor na hipófise) no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde 2007.  Ele é acompanhado pelo médico Marcelo Bronstein.
     
    Por causa da altura, ele precisou adaptar a casa onde vive com a mãe, Maria José da Silva Melo. "O chuveiro ficou mais alto. A cama também é mais comprida. É filha única, feita sob medida para mim", disse Cristóvão.

    "Ele está bem agora, mas temos de ter atenção com o coração dele, que é mais fraco por causa da altura dele. Fiz uma carta com telefones dos médicos dele e os medicamentos que toma. Ela fica na carteira dele e vai ajudar caso ele passe mal na rua e não tenha alguém por perto para ajudá-lo", disse Maria José.

    Foto: Luciano Cury/G1

    VALE ESTE - Blog 'Caminhos do Brasil' vai a Palmeira dos Índios (AL)

     

  • Fábio Jr.


    Caravana do G1 partiu de MaceióO cantor Fábio Jr. interpretou o personagem Ciço no filme "Bye bye Brasil". Ele era um sanfoneiro do interior nordestino que se juntou aos artistas da "Caravana Rolidei" em busca de sucesso. Mais de 30 anos depois – já que o filme foi rodado entre os anos de 1979 e 1980 –, a imagem de Fábio Jr. continua forte na região. Tão forte que ele é o garoto-propaganda de uma rede de lojas de Maceió.
  • Dificuldade logística

    G1 percorre as ruas de Maceió e revela trânsito caótico

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     


    VALE ESTE - No 1º dia, equipe do G1 sai de Maceió com destino a PiranhasA maior dificuldade do primeiro dia de viagem foi o congestionamento em Maceió. Tínhamos planejado sair da capital alagoana por volta das 15h, mas só conseguimos vencer o trânsito pesado depois das 17h30. Para quem é de São Paulo, a lentidão nas ruas de Maceió nos assustou.Só tivemos a real compreensão da situação ao lembrarmos do feriado de Finados, o que provocou maior saída das pessoas para o litoral alagoano e interior do estado. 

    Passado o desafio do trânsito em Maceió, o problema que encaramos foi a falta de sinalização nas rodovias. Mesmo com GPS, que usamos com falhas de sinal e retardo em nossa localização, erramos duas vezes o caminho para Piranhas.

    Havia muitas placas sinalizando obstáculos como lombadas eletrônicas e quebra-molas, mas os entroncamentos das rodovias não eram claros, principalmente na junção das estradas AL-130 e BR-316, em Santana do Ipanema, e na junção das AL-130 e AL-220, em Olho d'Água das Flores. Em nenhum desses entroncamentos havia sinalização clara e efetiva para o motorista que não conhecesse o trajeto.

    Também tivemos problema na parada que fizemos em Palmeira dos Índios. Encontramos dificuldade para seguir pela BR-316 até a cidade. A falta de placas nos levou a cometer outro erro de trajetória até cairmos na AL-110.

    Após esses perrengues, conseguimos chegar ao destino final do dia, Piranhas, perto da 1h deste sábado (2).

  • Bye bye casa. A jornada começa!


    Chegamos nesta sexta, 1º de novembro, a Maceió! E esse é o começo da jornada. Que jornada?

    Bom, este blog vai relatar a expedição que eu, o repórter Glauco Araújo, e o cinegrafista Luciano Cury faremos ao longo de quatro estados e do Distrito Federal. O itinerário é inspirado em "Bye bye Brasil", dirigido por Cacá Diegues e filmado entre 1979 e 1980. A produção mostra um Brasil em desenvolvimento, com mudanças culturais e à espera de mais infraestrutura.

    O filme foi estrelado por nomes como José Wilker, Betty Faria e Fábio Jr. Concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Na história de "Bye bye Brasil", a chamada "Caravana Rolidei", de artistas mambembes, percorre distantes rincões do interior brasileiro

    Nós dois vamos percorrer mais de 8.000 quilômetros por estradas federais e estaduais e a ideia é fazer isso a bordo de carros, barcos, caminhões, ônibus e até jegue. Nosso objetivo é retratar como está hoje o Brasil mostrado no filme de quase 35 anos atrás. O blog vai registrar o dia a dia da viagem, os desafios e curiosidades encontradas.

Sobre a página

Quase 35 anos depois do filme "Bye bye Brasil", de Carlos Diegues, o G1 cruza três regiões do país e vê como estão hoje os cenários da produção que marcou época. O blog será um “diário de viagem” nesta visita ao trajeto do filme e mostrará as histórias encontradas no Brasil profundo.