A disputa, que acontece no "Bumbódromo", na Ilha Tupinambarana, conta com 21 itens oficiais de cada boi-bumbá. Entre eles, o item 4, que é o ritual indígena.

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Ritual é o cenário de onde surge o pajé, o líder espiritual e religioso na cultura dos povos indígenas. Ele comanda a celebração, mas nem sempre é o único protagonista do momento.

Ao g1, os responsáveis pelo Ritual Indígena expressaram como é defender o item dentro da arena, com as representações e grandes alegorias.

Oiretor de concentração do Boi Caprichoso, Zandonaide Bastos, explicou como é feito o processo criativo e como a agremiação dá a vida ao ritual através dos elementos, como, as alegorias durante as noites de festival.

"A gente precisa trabalhar com originalidade, trazer todas a um contexto pra que esse esse ritual ele possa ser traduzida da melhor forma que se aproxime da realidade. Nós não podemos inventar, você não pode retratar um rito e representar na estrutura elemento de um outro povo. Você tem que ser fidedigna às raízes e às tradições daquele povo que você vai trabalhar", disse.

Marialvo Brandão é vice-presidente do Garantido e coordenador geral de alegorias, elementos característicos do item Ritual Indígena que ajuda a contar a história durante o festival. Ele falou sobre o a composição do momento.

Em média, nós construímos um palco para 60, 80 figurantes atuarem na parte cênica do ritual. No ritual, é a estrutura que apresenta o pajé, que é o item principal que faz a composição. É acompanhado de um sectro de várias entidades. Tem um corpo cênico que tem embasamento científico. Ele é fundamentado, ele é pesquisado", explicou.