Por Vivi Leão, g1 AL


Professoras de criança mordida 19 vezes em Coruripe são indiciadas por maus-tratos

Professoras de criança mordida 19 vezes em Coruripe são indiciadas por maus-tratos

A Polícia Civil indiciou duas professoras do menino de 2 anos mordido 19 vezes por um colega de classe em uma escola municipal de Coruripe, em Alagoas. Elas vão responder por lesão corporal, maus-tratos e abandono de incapaz. O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (18).

A agressão foi denunciada à polícia no dia 1º de março. Segundo o Município, são 21 crianças matriculadas na sala do menino, na Escola Professora Maria Zenaide, e três profissionais para cuidar de todas elas.

O delegado Alexandre César entendeu que duas dessas professoras, no momento da agressão, tinham o "dever jurídico de zelar pela integridade física e mental das crianças dentro da sala de aula". Ele considerou também que "houve abandono já que a criança estava sob os cuidados, guarda e vigilância delas e que a criança era incapaz de se defender sozinha".

Criança sofreu quase 20 mordidas em creche em Coruripe — Foto: Arquivo pessoal

Em entrevista ao g1 AL, quando denunciou o caso, a mãe da criança contou que recebeu ligação da escola pedindo que ela fosse buscar o seu filho pois ele havia sido mordido. Segundo a mãe, a criança apresentou comportamento retraído após as agressões e não quis falar sobre as mordidas.

Débora Gomes chegou a postar as fotos das mordidas no Instagram, que mostram vários hematomas por diferentes partes do corpo da criança.

Menino de 2 anos também foi mordido nas pernas em Coruripe — Foto: Arquivo pessoal

A tia do menino, Dayane Alves questionou o argumento da escola de que as professoras não ouviram a criança chorar e por isso não puderam intervir nas agressões.

"Ele com certeza chorou [na hora da mordida], o meu sobrinho não é mudo! Os pais chegaram e ele estava com o rosto inchado e o nariz escorrendo de tanto chorar. O que disseram é que a criança que fez isso é violenta, mesmo, e que a mãe já tinha sido avisada. A mãe disse que ele toma remédio e que não tem como controlar", disse Dayane.

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