Chaine D or Sur Les Psaumes (Tome 2) 000000174

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CHAINE D'OR

SUR

LES PSAUMES
ou

LES PSAUMES TRADUITS, ANALYSÉS, INTERPRÉTÉS


ET MÉDITÉS A L'AIDE D'EXPLICATIONS ET DE CONSIDÉRATIONS SUIVIES,
TIRÉES TEXTUELLEMENT DES SAINTS PÈRES,
DES ORATEURS ET DES ÉCRIVAINS CATHOLIQUES LES PLUS RENOMMÉS.

Par M. l'Abbé J.-M. P É R O N N B ,


CHANOINE TITULAIRE D E L'ÉGMSE DE SOISSONS,

A n c i e n Professeur d'Écriture sainte et d'Éloquence sacrée.

TOME DEUXIÈME.

PARIS
LOUIS VIVES, LIBRAIRE-ÉDITEUR

13, RUE DELAMBRE, 13

1879
Biblio!èque Saint Libère

http://www.liberius.net
© Bibliothèque Saint Libère 2007.
Toute reproduction à but non lucratif est autorisée.
CHAINE D'OR SUR LES PSAUMES.
LIVRE DES PSAUMES

(SUITE D U LIVRE I I . )

PSAUME LX.

I n finem, i n h y m n i s David. P o u r l a f i n , e n t r e les C a n t i q u e s d e


David.
{. E x a u d i , Deus, d e p r e c a t i o n e m 1. E x a u c e z , ô Dieu ! m a s u p p l i c a t i o n ;
m e a m : i n t e n d e o r a t i o n i mea?.. soyez a t t e n t i f à m a p r i è r e .
2 . A finibus t e r r a ; a d t e c l a m a - 2 . J'ai crié vers vous d e s e x t r é m i t é s
vi : d u m a n x i a r e t u r c o r m e u m , in d e la t e r r e , l o r s q u e m o n coeur é t a i t d a n s
p e t r a exaltasti m e . l ' a n x i é t é ; vous m'avez placé s u r la p i e r r e
en u n lieu élevé.
Deduxisti m e , Vous m ' a v e z c o n d u i t ,
3 . q u i a factus os spes m e a : t u r - 3. p a r c o q u e vous ê t e s d e v e n u m o n
ris fortitudinis a facio inimici. os{)érnnrn,une t o u r / b r t e c o n t r e l ' e n n e m i .
4 . I n h a b i t a b o in t a b o r n a c u l o t u o 4 . J ' h a b i t e r a i é t e r n e l l e m e n t d a n s volro
in sœcula : p r o t e g a r in v e l a m e n t o t a b e r n a c l e ; j e serai on s û r e t é et à c o u v e r t
alarnm tuarum. sous vos a i l e s ,
H. Q u o n i a m t u , Doua m e n s , ox- r». p a r c e q u e vous avez e x a u c é , m o n
a u d i s t i o r a t i o n e m m e a m : dedisti D i e u ! m a p r i è r e ; vous avez d o n n é u n
hnereditatem. t i m e n t i b u s n o m e n h é r i t a g e à ceux q u i c r a i g n e n t v o t r e n o m .
tuum.
6. Dies s u p e r dies r é g i s adji- 6. Vous ajouterez d e n o u v e a u x j o u r s
c i e s : a n n o s ejus u s q u e i n d i e m g e - a u x j o u r s d u r o i , e t vous p r o l o n g e r e z
nerationis et generationis. ses a n n é e s d'Age en â g e .
7 . P e r m a n e t in setornum in cons- 7. Il d e m e u r e é t e r n e l l e m e n t en la p r é -
p e c t u Dei : m i s e r i c o r d i a m et veri- sence d e Dieu. Qui r e c h o r c h e r a sa m i s é -
t a t e m cjus quis r e q u i r e t ? r i c o r d e et sa v é r i t é ?
8. Sic p s a l m u m d i c a m n o m i n i t u o 8 . Ainsi j e c h a n t e r a i d a n s t o u t e la
in saîculum saïculi : u t r e d d a m suite des siècles dos c a n t i q u e s à la gloire
v o t a m e a d e die in d i e m . de votre n o m , et j'accomplirai chaque
j o u r les v œ u x q u e j ' a i faits.
TOME II. 1
PSAUME LX.

Sommaire analytique.
David, exilé loin du tabernacle, dans la villo do Malianaïm, sur le mont
Galaad, lors de la rébellion de son fils Absalon, représente ici l'Eglise et
le fidèle qui, de l'exil de cette vie, soupirent après le ciel.
I. — IL FAIT PROFESSION DE QUATRE VERTUS A L'ÉGARD DE DIEU :
1° La prière, dont il détermine a) le lieu, « des extrémités de la terre; »
6) le mode, « j'ai crié ; » c) le temps, « lorsque mon cœur était dans la
tristesse; » (1, 2);
2° La foi, par laquelle Dieu l'élève sur la pierre ferme qui est Jésus-
Christ ;
3°respérance, qui lui mérite d'avoir Dieu pour conducteur et pour guidc(3);
4° la charité, à laquelle il doit d'être conservé et défendu par Dieu lui-
même (3).
II. — IL LOUE LA BONTÉ DE DIEU ENVERS LUI *.
1° Dieu détourne de lui les maux qui le menaçaient : a) en le retirant dans
son tabernacle comme dans un asile assuré (4) ; b) en le mettant à couvert
sous ses ailes (4).
2° Il le comble de biens : a) des biens de la fortune, en exauçant sa prière
et en le rétablissant sur son trône (5) ; b) des biens du corps, en ajoutant
à sa vie de nouveaux jours, et en étendant sa protection sur ses descen-
dants (G) ; c) des biens de l'urne, en lui donnant la gloire éternelle, et, en
reconnaissance de ces dons magnifiques, David promet de chanter dans
la suite des siècles les louanges de Dieu (7, 8).

Explioations e t Considérations.

I. — 1-3.
f. 1. L'ardeur du Prophète en priant condamne presque toutes
nos prières, parce que nous n'y portons qu'un cœur lâche, insensible,
vide de vrais désirs. « "Vous priez, dit saint Augustin, ayez donc le
cœur élevé vers Dieu. Je dis le cœur élevé vers Dieu, non contre Dieu.
Si vous avez le cœur plein d'orgueil, il est élevé contre Dieu et non
vers Dieu. Celui qui élève sincèrement son cœur vers Dieu, le dépose
entre les mains de Dieu. Dieu reçoit ce cœur, le tient en sa puissance,
ûl l'empêche de retomber vers la terre. » (S. AUG.)
2. C'est toujours des confins de la terre que nous crions vers le
Seigneur. Il est infiniment élevé au-dessus de nous, et nous sommes
infiniment éloignés de lui. (BERTUIER.)
PSAUME LX. 3

3. « Vous m'avez conduit, parce que vous êtes devenu m o n espé-


r a n c e . » S i l e S e i g n e u r n ' é t a i t d e v e n u n o t r e e s p é r a n c e , il n e nous
c o n d u i r a i t p a s . I l n o u s c o n d u i t c o m m e n o t r e c h e f ; il n o u s c o n d u i t e n
lui c o m m e n o t r e v o i e , e t il n o u s c o n d u i t à l u i c o m m e n o t r e récom-
p e n s e d a n s la p a t r i e . Il n o u s c o n d u i t d o n c . P o u r q u o i ? p a r c e qu'il e s t
devenu notre espérance. Comment est-il d e v e n u notre espérance ?
P a r la raison m ê m e que nous savons qu'il a été tenté, qu'il a souffert
e t q u ' i l e s t r e s s u s c i t é , il e s t d e v e n u n o t r e e s p é r a n c e . . . E n l u i v o u s
voyez votre souffrance et votre r é c o m p e n s e : votre souffrance, d a n s sa
passion ; v o t r e r é c o m p e n s e , d a n s sa r é s u r r e c t i o n . C'est d o n c ainsi q u ' j ^
est devenu notre espérance; car nous avons d e u x vies, l'une dans
laquelle nous sommes aujourd'hui, l'autre q u e n o u s e s p é r o n s . Celle
d a n s laquelle n o u s s o m m e s n o u s est i n c o n n u e . S u p p o r t e z p a t i e m m e n t
celle q u e v o u s avez et v o u s o b t i e n d r e z celle q u e v o u s n'avez p a s e n c o r e .
( S . AUG.) — J é s u s - C h r i s t e s t c e t t e f o r t e t o u r c o n t r e l ' e n n e m i , l e f o n -
dement inébranlable, hors duquel il n ' y e n a p o i n t d ' a u t r e , cette
p i e r r e a n g u l a i r e e t f e r m e s u r l a q u e l l e l ' E g l i s e e t t o u s les m e m b r e s d e
l'Eglise s o n t élevés et affermis contre toutes les t e n t a t i o n s d u d é m o n .
C r a i g n e z - v o u s d ' ê t r e f r a p p é p a r le d é m o n ? réfugiez-vous d a n s l a for-
teresse. J a m a i s , d a n s cette forteresse, les flèches d u démon ne pour-
r o n t vous a t t e i n d r e ; vous y d e m e u r e r e z d a n s u n s û r a b r i . Mais c o m m e n t
v o u s réfugier d a n s cette f o r t e r e s s e ? . . . Elle est d e v a n t v o u s . R a p p e l e z -
v o u s le Christ, et entrez d a n s la forteresse. Mais c o m m e n t vous r a p -
pelerez-vous le C h r i s t ? Quelque souffrance q u e vous enduriez, pensez
qu'il a souffert a v a n t vous, et pensez aussi d a n s quel b u t : p o u r m o u r i r
e t p o u r r e s s u s c i t e r . ( S . AUG.)

II. — 4 - 8 .

f. 4, 5. L e t a b e r n a c l e d e Dieu est la p a t r i e des j u s t e s . Ils se r e g a r -


d e n t d a n s ce m o n d e c o m m e des é t r a n g e r s ; t o u t ce q u i les e n v i r o n n e
ici-bas l e u r p a r a î t u n e o m b r e fugitive ; ils o n t d e s d é s i r s , m a i s p o u r l e
ciel. « J e c h e r c h e , disait s a i n t A u g u s t i n , u n ê t r e s i m p l e , véritable,
d u r a b l e , e t il n e s e t r o u v e q u e d a n s l a s a i n t e J é r u s a l e m , l ' é p o u s e de>
m o n D i e u . Il n ' y a d a n s ce s é j o u r n i m o r t , ni défaut, ni jour qui
passe; mais un jour p e r m a n e n t , parce qu'il n'est précédé ni du j o u r
d ' h i e r , n i c h a s s é p a r le j o u r d u l e n d e m a i n . » ( S . AUG.) — « J e s e r a i à
c o u v e r t sous l'abri do vos ailes. » Voilà p o u r q u o i n o u s s o m m e s en,
s é c u r i t é a u milieu d e si g r a v e s t e n t a t i o n s , j u s q u ' à ce q u e v i e n n e l a
fin d e s s i è c l e s e t q u e l e s s i è c l e s é t e r n e l s n o u s r e ç o i v e n t : c ' e s t q u e n o u s
4 PSAUME LX.
sommes à couvert sous l'abri des ailes de Dieu. La chaleur en ce
monde est terrible, mais il y a une ombre rafraîchissante sous les
ailes de Dieu. (S. AUG.)
jf. 6. Ce roi, c'est le Christ, notre tète, notre roi. Vous lui avez
donné jours sur jours, non-seulement les jours de ce temps qui doit
prendre fin, mais des jours sans fin au-delà de ces premiers jours.
« J'habiterai, dit-il, dans la maison du Seigneur, pendant la longueur
des jours. » (Ps. xxn, 6.) Pourquoi dire pendant la longueur des
jours, sinon parce que les jours présents ne connaissent que la briè-
veté ? En effet, toute chose qui doit prendre fin est courte ; mais ce
Roi possède jours sur jours, de sorte que non-seulement il régnera
sur son Eglise pendant ces jours passagers, mais encore les saints
régneront avec lui pendant les jours qui n'ont pas de fin. Au ciel, il
n'y a qu'un jour, et ce jour renferme des jours innombrables. C'est
parce que ces jours sont nombreux que le Prophète a dit, comme je
viens de le rappeler: « Pendant la longueur des jours; » c'est parce que
ce jour est unique, qu'il est dit en ce sens : « Vous êtes mon Fils, je
vous ai engendré aujourd'hui. » (Ps. n, 7.) Aujourd'hui ne désigne
qu'un jour, mais ce jour n'est pas placé entre une veille et un len-
demain. La fin d'une veille n'est pas son commencement, et le com-
mencement d'un lendemain n'est pas sa fin ; car il est dit des années
de Dieu : « Pour vous, vous êtes toujours le même, et vos années ne
finiront pas. » (Ps. ci, 28.) Des années, des jours, un seul jour, c'est
la même chose. Dites ce que vous voulez pour exprimer l'éternité.
Vous pouvez dire ce qu'il vous plaît de l'éternité, parce que, quelque
chose que vous en disiez, vous en direz toujours trop peu. Mais il faut
que vous en disiez quelque chose, pour vous donner du moins à pen-
ser sur ce que vous ne pouvez exprimer. (S. AUG.) — Que les jours de
l'éternité soient ajoutés aux jours périssables de cette vie, c'est le
seul légitime souhait des chrétiens.
7^. 7. Jésus-Christ demeure éternellement en la présence de Dieu,
toujours vivant, afin d'intercéder pour nous. (HEB. VJI, 25.) Qui peut
approfondir cette miséricorde par laquelle il a racheté les hommes,
et cette vérité par laquelle il a gardé et garde encore très-fidèlement
toutes ses promesses ? — « Qui recherchera près du Seigneur sa misé-
ricorde et sa vérité ? » Que veut dire près du Seigneur? Il suffisait de
dire : « Qui recherchera? » Pourquoi le Prophète a-t-il ajouté : « Près
de lui, » si ce n'est parce qu'il y en a beaucoup qui cherchent à ap-
prendre la miséricorde et la vérité de Dieu dans les livres de Dieu, et
PSAUME LXI. 5

qui, a p r è s les avoir apprises, vivent pour e u x - m ê m e s et n o n p o u r lui


(II COR. v , 15) ; c h e r c h e n t l e u r s p r o p r e s i n t é r ê t s e t n o n c e u x d u C h r i s t
(PIIILIP. u , 1 2 ) ; p r ê c h e n t l a m i s é r i c o r d e e t l a v é r i t é e t n e pratiquent
n i l a m i s é r i c o r d e n i la v é r i t é ? M a i s , e n les p r ê c h a n t , ils les c o n n a i s -
s e n t ; c a r i l s n e l e s p r ê c h e r a i e n t p a s s'ils n e l e s c o n n a i s s a i e n t . Mais
c e l u i q u i a i m e D i e u e t le C h r i s t , e n p r ê c h a n t s a m i s é r i c o r d e e t s a v é -
r i t é , les r e c h e r c h e r a p o u r le C h r i s t et n o n p o u r l u i - m ô m e , c'est-à-
d i r e d a n s le b u t , n o n d e r e t i r e r d e c e t t e p r é d i c a t i o n des avantages
temporels, mais d'être utiles aux m e m b r e s du Christ, en leur distri-
b u a n t e n e s p r i t d e v é r i t é c e q u ' i l a a p p r i s . ( S . AUG.)

f. 8 . S i v o u s c h a n t e z d e s p s a u m e s e n l ' h o n n e u r d u n o m d e D i e u , n e
vous b o r n e z p a s à c h a n t e r p o u r le t e m p s . Voulez-vous c h a n t e r pour
l e s s i è c l e s d e s s i è c l e s ? v o u l e z - v o u s c h a n t e r p o u r l ' é t e r n i t é ? Offrez lui
v o s v œ u x d e j o u r e n j o u r . Q u e v e u t d i r e , offrez-lui vos v œ u x do jour
en j o u r ? Du j o u r actuel jusqu'au j o u r de l'éternité. Persévérez à lui
offrir v o s v œ u x e n c e j o u r , j u s q u ' à c e q u e v o u s a r r i v i e z a u j o u r q u i
n e finit p a s ; c e q u i e s t d i r e q u e « c e l u i q u i a u r a p e r s é v é r é j u s q u ' à la
fin s e r a s a u v é . » (MATTU. XXIV, 1 3 ; , ( S . AUG.) — T r o i s p o i n t s d e v u e
i m p o r t a n t s d a n s c e v e r s e t : le n o m d e D i e u , l ' o b l i g a t i o n d e l u i r e n d r e
h o m m a g e t o u s les j o u r s , le s o u v e n i r des e n g a g e m e n t s q u e n o u s a v o n s
pris avec lui au b a p t ê m e . Le n o m de Dieu, saint, admirable et au-
dessus d e t o u t n o m ; lui r e n d r e h o m m a g e , c'est c o m m e n c e r dès cette
v i e c e q u i f e r a n o t r e g l o i r e e t n o t r e b o n h e u r d a n s l ' é t e r n i t é ; les e n g a -
g e m e n t s pris a u b a p t ê m e avec Dieu, sont, c o m m e le j o u g do J é s u s -
C h r i s t , p l e i n s d e d o u c e u r . (BERTIUER.)

PSAUME LXI.
In fmem, pro Idithun, Psalmus Pour la fin, pour Idithun, Psaume de
David. David.
1. Nonne Deo subjecta erit ani- \. Mon âme ne sora-t-ollo pas soumise
ma mea ? ab ipso enim salutaro à Dieu, puisque c'est de lui que j'attends
meum. mon salut?
2. Nam et ipse Deus meus, et 2. Car c'est lui-môme qui est mon Dieu
salutaris mous : susceptor meus, et mon Sauveur; c'est lui qui est mon
non movebor amplius. protecteur; je ne serai plus ébranlé.
3. Quousquc irruitis in homi- 3. Jusques à quand vous jetterez-vous
ncm ? jnterficitis nnivorsi vos : tan- sur un homme seul? vous réunissant
uum paricli inclinato et maccrise tous ensemble pour le détruire, comme
2épuisai ? une muraille qui poncho, et comme une
masure qui s'écroule.
4. Vorumtamon pretinm menm ht. Car ils ont entrepris de me dé-
cogitavcruiit ropellero , cucurri iu pouiller de ma dignité, et j'ai couru dé-
6 PSAUME LXI.

siti : ore suo benediccbant, et cor- voré de soif ; ils me bénissaient de


de suo maledicebant. bouche , et me maudissaient dans leur
cœur.
5. Verumtamen Deo subjecta cs- 5. Cependant, ê mon amo, soyez sou-
t o , anima mea : quoniam ab ipso mise à Dieu , puisque c'est de lui quo
patientia mea. vient ma patience.
G. Quia ipso Deus meus , et sal- G. Car c'est lui-même qui est mon Dieu
vator meus : adjutor meus , non et mon Sauveur : c'est lui qui prend ma
emigrabo. défense, je ne quitterai point mademeure.
7.In Deo salulare mcum,ct glo- 7. C'est en Dieu qu'est mon salut et
ria mea : Deus auxiiii mei, et spes ma gloire; il est le Dieu de mon secours,
mea in Deo est. et mon espérance est en Dieu.
8. Sperate in eo, omnis congrc- 8. Espérez en lui, vous tous qui com-
gatio populi , efiunditc coram illo posez l'assemblée de son peuple ; répan-
corda vestra : Deus adjutor noster dez vos cœurs devant lui,Dieu sera éter-
in tcternnm. nellement notre défenseur.
î». Yerumlamcn vani (ilii homi- 0. Mais les enfants des hommes sont
nura, mcndaces filii bominum in vains; les fils des hommes sont faux
stateris : ut. decipiant ipsi de vani- dans leurs balances. Us s'accordent en-
tate in idipsum. semble afin de tromper dans la vanité (1).
10. Noble sj>crarc in iniquitate, 10. Gardez-vous bien de mettre votre
et rapinas nolite conctipisccre : espérance dans l'iniquité, et ne désirez
divitiœ si aflluant, noble cor ap- point les biens acquis par rupine , et si
ponere. les richesses affluent, gardez-vous d'y
attacher votre cœur.
11. Scmel locutus est Deus , 11. Dieu a parlé une fois, j'ai entendu
duo bœc audivi, quia potestas Dei ces deux choses, que la puissance appar-
tient à Dieu ,
12. et tibi, Domine , miscrieor- 12. et à vous, Seigneur, la miséricorde;
dia: quia tu reddes unicuiquejuxta car vous rendrez à chacun selon ses
opéra sua. œuvres. Matth.wi, 27. Rom. h , G. I Cor.
m, 8. Gai. vi, U.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, qui se rapporte à la persécution de Sai'il ou au temps
de la rébellion d'Absalon, alors que David était renversé de son tronc et
chassé de sa ville capitale, le Roi-Prophôte
I. — MET TOUTE SA CONFIANCE EN DIEU:
i° Il lui soumet son âme : a) parce qu'il est son Dieu, b) parce qu'il est
son Sauveur, c) parce qu'il est son soutien et son protecteur (1, 2).
2° Il reproche à ses ennemis : a) leur ardeur et leur violence pour le ren-
verser ; b) leur cruauté, ils cherchent à lui ôter la vie ; c) leur folie, ils
pensent le renverser comme si Dieu l'avait abandonné (3) ; d) leur ambi-
tion, ils veulent lui ravir la couronne; c) leur obstination, ils le pour-

(l) Los enfants tics hommes sont, menteurs dans les balances, c'esf.-iï-divo rpic
lorsqu'on les met dans la balance de la justice ils montent, parce qu'ils sont sans
poids, comme les choses les plus vaincs, c'est le sens de l'hébreu: in bilance
ascendent.
PSAUME LXI. 7

s u i v e n t d a n s s a fuite et l e p o u s s e n t d a n s l e s d e r n i e r s d a n g e r s ; / ) l e u r
h y p o c r i s i e e t l e u r m a l i c e , ils le b é n i s s e n t d e b o u c h e e t le m a u d i s s e n t d e
coeur (4) ;
3° Il loue Dieu : a) q u i l u i d o n n e l a p a t i e n c e p o u r s u p p o r t e r l'affliction ;
b) q u i l u i d o n n e a i d e et p r o t e c t i o n p o u r r e m p o r t e r l a v i c t o i r e (5, 7).
II. — IL EXHORTE CEUX QUI SONT RÉUNIS AUTOUR 1)E LUI, ET TOUT SON PEUPLE,
A PARTAGER CETTE ESPÉRANCE :
1° E n r é p a n d a n t l e u r c œ u r d e v a n t l u i ; 2° e n a t t e n d a n t d e c e p u i s s a n t
p r o t e c t e u r l e s e c o u r s d o n t ils o n t b e s o i n (8) ;
3° E n m é p r i s a n t l e s e c o u r s et l ' a p p u i d e s h o m m e s , q u i n e s o n t q u e m e n .
s o n g e et t r o m p e r i e (9) ;
4° E n n e s e c o n f i a n t p o i n t d a n s l e s r i c h e s s e s a c q u i s e s s o u v e n t p a r d e s
f r a u d e s s e c r è t e s o u p a r d e s r a p i n e s o u v e r t e s (10) ;
5° En mettant toute leur confiance en Dieu : a) q u i p e u t et q u i v e u t les s e -
c o u r i r p a r s a p u i s s a n c e ot s a m i s é r i c o r d e ; b) q u i , p a r s a j u s t i c e , r e n d à
c h a c u n s u i v a n t ses œ u v r e s ( H , 12).

Explioations et Considérations.

I. - 1-7.

f. 1 , 2 . L e d é b u t d e c e P s a u m e e s t t o u t p r o p r e à t r a n q u i l l i s e r t o u t e
â m e a g i t é e d e t r o u b l e s . Il faut se d i r e à s o i - m ô m e : Quoi ! n e serai-je
pas soumis au S e i g n e u r ? N ' a t t e n d r a i - j e p a s sa visite en paix et en
silence? E h I de qui puis-je espérer m o n salut, m a défense? N'est-il
p a s m o n Dieu, m o n asile, le r o c h e r i n é b r a n l a b l e s u r lequel j e dois
m ' é t a b l i r ? Ces considérations s'étendent à t o u t e s les t r a v e r s e s d e l a
vie, s a n s a u c u n e e x c e p t i o n , m ô m e a u x r e m o r d s q u e n o u s c a u s e n t n o s
p é c h é s ; c a r , a p r è s les avoir- r é t r a c t é s d a n s le fond d e n o t r e c œ u r , le
poids qui nous reste au s o u v e n i r d e ces m i s è r e s , doit ê t r e mis a u x
p i e d s d e Dieu, et c'est d e lui seul qu'il faut a t t e n d r e la consolation
i n t é r i e u r e . Si le P r o p h è t e s'est résigné p l e i n e m e n t e n t r e les m a i n s d e
Dieu, combien plus devons-nous prendre les m ê m e s sentiments de-
puis q u e nous avons Jésus-Christ p o u r médiateur, p o u r avocat, p o u r
victime ! « Ah ! disait saint Ambroise, nous avons tout en Jésus-Christ,
et Jésus-Christ est n o t r e t o u t . Si n o u s v o u l o n s ê t r e g u é r i s d e nos
b l e s s u r e s , il e s t n o t r e m é d e c i n ; s i n o u s s o m m e s b r û l é s d e l a fièvre
a r d e n t e d e s c o n v o i t i s e s , il est n o t r e r a f r a î c h i s s e m e n t ; si n o u s s o m m e s
a c c a b l é s d u p o i d s d e n o s p é c h é s , il e s t n o t r e j u s t i c e ; s i n o u s a v o n s
b e s o i n d e s e c o u r s , il e s t n o i r e f o r c e ; si n o u s c r a i g n o n s l a m o r t , il e s t
8 PSAUME LXI.

n o t r e v i e ; si n o u s f u y o n s l e s t é n è b r e s , il e s t n o t r e l u m i è r e ; si n o u s
d é s i r o n s l e c i e l , il e s t n o t r e v o i e ; si n o u s s o m m e s a f f a m é s , il e s t n o t r e
a l i m e n t . » (BERTUIEH.)
f. 3, 4. « Vous vous réunissez tous ensemble pour le tuer. » Le
c o r p s d ' u n s e u l h o m m e ofïYe-t-il tant de place pour les coups, que
tous les h o m m e s puissent le frapper à mort ? Aussi devons-nous voir
e n cet h o m m e notre p e r s o n n e , la p e r s o n n e de n o t r e E g l i s e , la p e r -
s o n n e du corps du Christ. Jésus-Christ n'est, e n effet, q u ' u n seul
h o m m e , l a t è t e e t le c o r p s , le S a u v e u r d u c o r p s e t l e s m e m b r e s d e c e
c o r p s , d e u x e n u n e m ê m e c h a i r (GEN. II, 2 4 e t EruES. v , 3 0 ) , e n u n e
m ê m e v o i x , en u n e m ê m e souffrance, et plus tard, q u a n d l'iniquité
a u r a p a s s é , e n u n m ê m e r e p o s . ( S . AUG.) — L e s m i n i s t r e s e t l e s i n s -
t r u m e n t s d u d é m o n n e s e c o n t e n t e n t p a s d e s e j e t e r u n e fois s u r l e u r
v i c t i m e , ils u n i s s e n t et r e d o u b l e n t leurs efforts, j u s q u ' à ce qu'ils a i e n t
r e n v e r s é celui qu'ils a t t a q u e n t et qu'ils l'aient rendu s e m b l a b l e à u n e
muraille qui p e n c h e et à u n e masure ébranlée. T a n t qu'une muraille
reste droite et dans son a p l o m b , elle conserve sa solidité ; mais, dès
qu'elle est inclinée, elle est nécessairement c o n d a m n é e à t o m b e r . . .
C'est l a figure d e l a n a t u r e h u m a i n e f o r t e m e n t i n c l i n é e p a r l e p é c h é ,
e t q u ' i l a fallu d é t r u i r e d e f o n d e n c o m b l e p o u r l a r e b â t i r s u r d e n o u -
v e a u x f o n d e m e n t s et la rendre inébranlable aux attaques de l'ennemi.
— S a i n t Grégoire d o n n e un excellent avis pour n o u s encourager à
combattre toute cette troupe acharnée contre nous, savoir : le d é m o n ,
la chair, le m o n d e , les m a u v a i s e x e m p l e s , les révoltes de l'amour-
p r o p r e , les fausses craintes, les joies d é p l a c é e s , les inclinations d é r é -
g l é e s ; e n un m o t , tout ce qui n o u s d é t o u r n e de la route du salut.
Considérez, dit-il, où vous avez été, où vous serez, o ù vous êtes, o ù
vous n'êtes pas. Vous avez été pécheurs, vous serez présentés au
j u g e m e n t de Dieu, vous êtes entourés de d a n g e r s , v o u s n'êtes point
d a n s v o t r e v é r i t a b l e p a t r i e . (ÏIERTHIER.) — « Ils o n t e n t r e p r i s d e m e
d é p o u i l l e r d e n o t r e g l o i r e . » N o t r e g l o i r e , c'est l a c h a s t e t é q u i nous
sépare des animaux sans raison et nous rend semblables aux Anges ;
n o t r e g l o i r e , c ' e s t la m i s é i i c o r d e q u i , e n s ' e x e r ç a n t à l ' é g a r d d e s i n d i -
g e n t s , n o u s r a c h è t e d e l a m o r t ; n o t r e g l o i r e , c ' e s t l a foi q u i c o n q u i e r t
à Jésus-Christ tous les h o m m e s o p p r i m é s s o u s le j o u g de l'erreur e t
d e l ' i d o l â t r i e ; n o t r e g l o i r e , c'est la b o n n e r é p u t a t i o n d o n t n o u s j o u i s -
s o n s auprès des h o m m e s qui voient et apprécient le mérite de nos
b o n n e s œ u v r e s ; n o t r e g l o i r e , c'est l a p u r e t é e t l a s i m p l i c i t é , c a r il n ' y
a rien de plus précieux qu'un h o m m e simple. ( S . AMBR.) — Ce b i e n
PSAUME LXI. 9
p r é c i e u x , ce p r i x d e l ' h o m m e , c'est le s a n g d e Jésus-Christ. « Vous
avez é t é r a c h e t é s d ' u n g r a n d p r i x , n e d e v e n e z p o i n t les esclaves d e s
h o m m e s . » (I COR. v a , 2 3 . ) C'est c e p r i x q u e l e s s u p p ô t s d u démon
c h e r c h e n t à r e n d r e inutile, en r e p l o n g e a n t d a n s la servitude du p é c h é
c e u x q u e J é s u s - C h r i s t e n a v a i t d é l i v r é s . ( S . BASILIÎ.) — « C e p e n d a n t ,
ils o n t f o r m é le dessein d e d é t r u i r e m a g l o i r e . » Ils ont été vaincus
a u m o m e n t m ê m e o ù ils m e t t a i e n t à mort des h o m m e s qui ne leur
r é s i s t a i e n t p a s ; le s a n g d e l e u r s v i c t i m e s a m u l t i p l i é le n o m b r e d e s
fidèles ; à l e u r t o u r , ils o n t c é d é a u x c h r é t i e n s , f a u t e d e suffire à l e s
égorger tous. « Cependant, ils o n t f o r m é le d e s s e i n d e d é t r u i r e ma
gloire. » M a i n t e n a n t d o n c q u e l'on ne p e u t p l u s m a s s a c r e r le c h r é -
tien, on cherche à lui ô t e r sa g l o i r e c o m m e c h r é t i e n . En effet, la
g l o i r e d e s c h r é t i e n s f a i t a u j o u r d ' h u i l e t o u r m e n t d e s i m p i c s . ( S . AUG.)
— B é n i r d e b o u c h e , et m a u d i r e d e c œ u r , l o u e r e n p u b l i c et déchirer
la réputation e n secret, c'est une trahison noire et fort commune
d a n s le m o n d e . Mais faire la m ê m e c h o s e à l ' é g a r d d e Dieu, « l ' h o n o -
r e r d e s l è v r e s et a v o i r le c œ u r bien loin de lui, » (MATTH. XV, 8 ) ,
c'est une hypocrisie détestable, et digne d e tous les a n a l h è m e s d u
ciel et d e l a t e r r e .

f. 5 - 7 . Q u e l l e e s t l a s o u r c e d o n o t r e p a t i e n c e a u m i l i e u d e si a f f r e u x
scandales, sinon que nous espérons ce q u e n o u s n e v o y o n s p a s , e t
q u e n o u s l ' a t t e n d o n s p a r l a p a t i e n c e ? (ROM. vrrr, 2 5 . ) — 1 a s o u f f r a n c e
m ' e s t v e n u e , le r e p o s m e v i e n d r a a u s s i ; la t r i b u l a t i o n m'est v e n u e ,
le m o m e n t v i e n d r a aussi où j e serai p u r d e t o u t p é c h é . Est-ce que
l'or brille d a n s le creuset d e l ' o r f è v r e ? I l b r i l l e r a s u r Je c o l l i e r , il
brillera sur quelque o r n e m e n t ; mais, en attendant, qu'il supporte la
f l a m m e d u creuset, p o u r a r r i v e r à la l u m i è r e d é g a g é de t o u t m é l a n g e
impur. D a n s c e c r e u s e t , il y a d e l a p a i l l e , il y a d u feu : l ' o r f è v r e
a t t i s e la f l a m m e ; la paille b r û l e d a n s le c r e u s e t , t a n d i s q u e l'or s'y
purifie; la paille est réduite en c e n d r e et l'or est d é g a g é d e tout m é -
l a n g e i m p u r . L e creuset, c'est le m o n d e ; la p a i l l e , les i m p i c s ; l'or, les
j u s t e s ; le feu, les t r i b u l a t i o n s ; l'orfèvre, D i e u . Ce q u e v e u t l'orfèvre,
j e l e fais ; o ù m e p l a c e l ' o r f è v r e , j e r e s t e p a t i e m m e n t ; à m o i l e d e v o i r
d e s u p p o r t e r , à l u i l a s c i e n c e d e m e p u r i f i e r . Q u e la p a i l l e b r û l e p o u r
m ' e n f l a m m e r et c o m m e p o u r m e c o n s u m e r , elle est r é d u i t e en c e n -
d r e s , m a i s m o i j e suis d é g a g é de t o u t e s souillures. P o u r q u o i ? parce
q u e « m o n â m e sera soumise à Dieu, parce q u e m a patience vient d e
l u i . » ( S . AUG.) — L e P r o p h è t e r e v i e n t a u x d e u x p r é c é d e n t s v e r s e t s ,
p o u r m o n t r e r l a g r a n d e u r d e s t e n t a t i o n s d o n t il e s t a s s a i l l i c l la p r o -
10 PSAUME LXI.

fondeur de sa confiance en Dieu. Malgré les frémissements de mes


e n n e m i s , toi m o n â m e reste soumise à Dieu en silence, c a r c'est de
l u i q u e v i e n t m a p a t i e n c e . D a n s l e v e r s e t 7 , il c o n c l u t e n m o n t r a n t
qu'il attend t o u t d e D i e u , e t l a fin e t l e s m o y e n s . L a fin, c ' e s t l a d é -
l i v r a n c e d e t o u s l e s m a u x o u le s a l u t , e t le d o n d u s o u v e r a i n b i e n et
d e l a g l o i r e ; e t les m o y e n s , q u i s o n t e x p r i m é s t e x t u e l l e m e n t , s o n t
n o t r e e s p é r a n c e e t l e s e c o u r s d e D i e u . (BELLARM.)

II. _ 8 - 1 3 .

f. 8. G r a n d sujet de confiance p o u r u n c h r é t i e n , d e se t e n i r a t t a -
c h é à l ' a s s e m b l é e d u p e u p l e d e D i e u . O n a d r o i t d ' e s p é r e r e n lui, si
l ' o n n e r o m p t j a m a i s le l i e n s a c r é d e c e t t e u n i t é si n é c e s s a i r e . C ' e s t
dans l'assemblée de ceux que la charité unit ensemble qu'on peut
l i b r e m e n t r é p a n d r e son c œ u r e n la p r é s e n c e d e Celui q u i d é c l a r e q u e
l à o ù d e u x o u t r o i s s e r o n t a s s e m b l é s e n s o n n o m , il s e t r o u v e r a a u
m i l i e u d ' e u x . C ' e s t enfin c e t t e a s s e m b l é e v r a i m e n t c a t h o l i q u e q u i p e u t
s e u l e se g l o r i f i e r d'avoir Dieu éternellement pour protecteur, parce
qu'il n ' a b a n d o n n e r a j a m a i s son Eglise, et q u e nulle puissance, sur la
t e r r e ni d a n s l'enfer, n e p o u r r a p r é v a l o i r c o n t r e e l l e 1 (DUGUET.) —
L'effusion d u c œ u r d e v a n t Dieu se fait e n d e u x m a n i è r e s ; première-
m e n t , q u a n d o n le v i d e d e t o u t e s l e s a f f e c t i o n s t e r r e s t r e s pour rece-
v o i r e n s u i t e l e s i m p r e s s i o n s d e l ' a m o u r d i v i n ; ( S . BASILE); secon-
d e m e n t , q u a n d o n e x p o s e à Dieu t o u s ses b e s o i n s , t o u t e s ses m i s è r e s ,
afin q u ' i l y r e m é d i e p a r s a g r â c e . C e s d e u x m a n i è r e s d e p r i e r s o n t
e x c e l l e n t e s , e t p a r c o n s é q u e n t t r è s - r a r e s . L a p r e m i è r e e s t la p l u s dif-
ficile, p a r c e qu'il faut d é p o u i l l e r l ' â m e d e ses p a s s i o n s , lui d i s p u t e r
ses g o û t s , l a c o n t r a r i e r d a n s ses p e n c h a n t s . L e c h a o s n ' a p o i n t résiste
au S e i g n e u r , p a r c e qu'il était v i d e ; l'âme, remplie d ' e l l e - m ê m e , n e
recevra point l'opération divine, parce qu'elle est déjà tout oc-
c u p é e ; il f a u t l a v i d e r , afin q u e l a m a i n d e D i e u y o p è r e d e gran-
des choses. Le m o t du P r o p h è t e , « répandez-vous devant le Sei-
neur, » doit être m é d i t é . . . Il c o m p r e n d toute la science de l'o-
raison , qui n'est que l'effusion du cœur d a n s le sein de Dieu.
(BERTUIER.) — Nous ne répandons nos discours ni les pensées
qui p r o c è d e n t de la portion spirituelle de nos âmes que nous appe-
l o n s r a i s o n , et p a r laquelle n o u s s o m m e s différents d'avec les a n i m a u x ,
s i n o n p a r n o s p a r o l e s , e t p a r c o n s é q u e n t p a r le m o y e n d e l a b o u c h e ;
ainsi, verser son emur et r é p a n d r e son c œ u r n'est autre chose que
p a r l e r : « Versez d e v a n t Dieu vos c œ u r s , » dit le P s a l m i s t e , c ' e s t - à -
PSAUME LXI. H

dire e x p r i m e z et p r o n o n c e z les affections d e v o t r e c œ u r p a r p a r o l e s .


E t l a d é v o t e m è r e d e S a m u e l , p r o n o n ç a n t s e s p r i è r e s , q u o i q u e si b e l -
l e m e n t q u ' à p e i n e voyait-on le m o u v e m e n t d e ses lèvres : « J'ai r é p a n d u ,
d i t - e l l e , m o n â m e . » (I R o i s , i , 1 5 ) , ( S . FRANC, DE SALES, T. de l'am.
de Dieu, L . i , C h . i x . )
f. 9. I l n ' e s t p a s p o s s i b l e d e t r a c e r u n p o r t r a i t p l u s v r a i , e t e n m ô m e
t e m p s plus humiliant, de la vanité des h o m m e s , que celui qui nous
e s t p r é s e n t é p a r le P r o p h è t e , d a n s le t e x t e d e ce v e r s e t . Il i m a g i n e
u n e b a l a n c e où les h o m m e s s e r a i e n t m i s e n c o n t r e - p o i d s avec la va-
n i t é , o u p l u t ô t a v e c rien ; c a r le m o t q u i se lit d a n s le t e x t e signifie
ce q u i n ' a p o i n t d e solidité, d e s u b s t a n c e , ce q u i n'est rien. Or, d a n s
c e t t e é p r e u v e , il a r r i v e r a i t , s e l o n l u i , q u e t o u s l e s h o m m e s , t a n t l e s
g r a n d s q u e les petits, s e r a i e n t enlevés p a r ce rien ; q u e ce rien les
ferait m o n t e r s u r - l e - c h a m p à p e u p r è s c o m m e le p l o m b fait monter
l a p l u m e . D ' o ù il f a u t c o n c l u r e q u e les h o m m e s sont moins q u e le
n é a n t . . . L e P r o p h è t e dit ailleurs q u e l ' h o m m e est devenu semblable
à l a v a n i t é , c ' e s t - à - d i r e a u n é a n t ; m a i s ici il c h a n g e l e t a b l e a u , e t il l e
p e i n t c o m m e i n f é r i e u r e n c o r e a u n é a n t . F u y o n s d o n c , d i s a i t à ce s u j e t
s a i n t A m b r o i s e , f u y o n s d ' u n l i e u o ù il n ' y a r i e n , o ù c e q u ' o n r e g a r d e
c o m m e i m p o r t a n t e t m a g n i f i q u e est v i d e d ' e x i s t e n c e , o ù ce q u ' o n e s t i m e
quelque chose n'est rien. — Le Prophète royal a bien raison de
dire q u e les enfants des h o m m e s s o n t v a i n s , q u e leurs balances sont
t r o m p e u s e s , e t q u e , p a r l e s e u l d é f a u t d e c o n n a i s s a n c e , il n ' y a , dans
la p l u p a r t de leurs j u g e m e n t s , qu'illusion et que m e n s o n g e ; car qu'y-
a-t-il d e p l u s c o m m u n d a n s le m o n d e q u e d e j u g e r p a r les a p p a r e n c e s ,
q u e d e j u g e r d e s i n t e n t i o n s p a r les a c t i o n s , q u e d e j u g e r s u r le r a p -
p o r t d ' a u t r u i , o u , si l ' o n j u g e p a r s o i - m ê m e , q u e d e j u g e r a v e c p r é -
cipitation, que de juger avec une assurance pleine de présomption,
q u e de faire valoir de simples s o u p ç o n s c o m m e des d é m o n s t r a t i o n s et
d e s c o n v i c t i o n s , q u e d ' a b u s e r do ses p r o p r e s v u e s en les s u i v a n t t r o p ,
e n les p o r t a n t t r o p loin, e n les é t e n d a n t a u - d e l à m ô m e d e ce qu'elles
nous d é c o u v r e n t ? Tout cela a u t a n t de sources de faux j u g e m e n t s q u e
n o u s f o r m o n s les u n s c o n t r e les a u t r e s , e t q u i t r o u b l e n t p a r m i n o u s et
d é t r u i s e n t a b s o l u m e n t l a s o c i é t é . (BOURD., Jugem. térnér.)— D e q u e l l e s
b a l a n c e s v e u t ici p a r l e r le P s a l m i s t o ? E s t - c e q u e t o u s les h o m m e s se
s e r v e n t d e b a l a n c e s , ou e x e r c e n t d e s p r o f e s s i o n s où l ' u s a g e d e s p o i d s
et d e s b a l a n c e s soit nécessaire ? . . . Q u e v e u t - i l d o n c d i r e ? c'est que»
dans chacun de n o u s , n o t r e C r é a t e u r a p l a c é le l i b r e a r b i t r e c o m m e
u n e b a l a n c e d a n s laquelle n o u s puissions p e s e r e t d i s c e r n e r la n a t u r e
12 PSAUME LXI.

d u bien et du m a l . « J'ai placé d e v a n t v o u s la vie et la m o r t , le b i e n


e t l e m a l , * (DEUT. XXX, 1 5 ) , d e u x c h o s e s d i a m é t r a l e m e n t o p p o s é e s ;
e x a m i n e z - l e s à v o i r e t r i b u n a l , pesez avec u n e g r a n d e a t t e n t i o n ce q u i
v o u s e s t le p l u s a v a n t a g e u x , o u d e c h o i s i r u n p l a i s i r é p h é m è r e e t d ' ê t r e
c o n d a m n é p o u r ce choix à u n e m o r t é t e r n e l l e , o u de choisir u n e vie
d e tribulations d a n s l'exercice d e la v e r t u , et de parvenir ainsi à l'é-
t e r n e l l e félicité. Les h o m m e s s o n t d o n c m e n t e u r s , et les j u g e m e n t s d e
leur esprit corrompus, lorsqu'ils préfèrent, c o m m e ils le font, le
m a l a u b i e n , le m e n s o n g e à l a v é r i t é , l e s c h o s e s d u t e m p s a u x choses
de l'éternité, u n e volupté d'un j o u r à une joie qui ne doit pas avoir
d e fin.

y . 10. « Si les richesses affluent. » A d m i r e z la vérité d e celte e x p r e s -


sion. La n a t u r e des richesses est de s'écouler, elles p a s s e n t au-delà
d e c e u x q u i les p o s s è d e n t , e t n e c e s s e n t d e c h a n g e r d e m a î t r e s . G o m m e
u n fleuve q u i , c o u l a n t d ' u n lieu é l e v é , s ' a p p r o c h e d e c e u x q u i se t i e n -
n e n t s u r le rivage, m a i s s'en éloigne aussitôt, ainsi l'instabilité des
richesses ne leur permet point de r e s t e r l o n g t e m p s d a n s les m ê m e s
m a i n s . Ce c h a m p a p p a r t i e n t a u j o u r d ' h u i à celui-ci, d e m a i n à celui-là,
a p r è s d e m a i n à u n a u t r e . Voyez les m a i s o n s d e la ville, q u e d e n o m s
e l l e s o n t p o r t e s d e p u i s q u ' e l l e s s o n t c o n s t r u i t e s ! Il e n e s t d e m ê m e d e
l ' o r , il p a s s e s a n s c e s s e d e m a i n s e n m a i n s , 11 v o u s s e r a i t p l u s facile
d e g a r d e r de l'eau d a n s votre main que de conserver longtemps les
richesses q u e vous possédez. « Si d o n c elles affluent d a n s vos m a i n s ,
n ' y attachez pas votre c œ u r . Usez-en c o m m e d'un i n s t r u m e n t , comme
d'un moyen, mais gardez-vous de les considérer, d e les a d m i r e r , d e
l e s a i m e r c o m m e l e s o u v e r a i n b i e n . » ( S . BASILE.)— « N ' e s p é r e z p o i n t
d a n s l ' i n i q u i t é . » No d é s i r e z p o i n t les r i c h e s s e s , q u i s o n t l a s o u r c e d e
l'orgueil et d e l ' a r r o g a n c e , les a u x i l i a i r e s d e la v o l u p t é , les a r c h i t e c t e s
e t les f a b r i c a t c u r s de t o u t vice, et privent l'homme de l'amitié de
D i e u , m a i s d é s i r e z l a v e r t u , q u i n o u s d é l i v r e d o t o u s m a u x . ( S . ISID.
ad Mart. presbj/t.) — D a v i d c o n d a m n e ici l e t r o p g r a n d a m o u r d e s
richesses m ê m e légitimes. Saint Augustin r e m a r q u e ingénieusement
q u e c e u x q u i e n l è v e n t le b i e n d e s a u t r e s n e s ' a p e r ç o i v e n t p a s qu'ils
s o n t volés e u x - m ê m e s et en m ô m e t e m p s p a r l e diable, q u i leur enlève
leur â m e ; il r e m a r q u e encore, avec saint Basile et saint A m b r o i s c ,
que le m o l affinant, qui r a p p e l l e le m o l flliant, a v e r t i t d u passage
r a p i d e d e s b i e n s d e la t e r r e , r a p i d i t é q u i d o i t n o u s e m p ê c h e r d e l e u r
donner notre c œ u r , afin q u ' i l n e s ' é c o u l e pas avec eux, et nous les
faire d i r i g e r v e r s le ciel, p o u r les r e n d r e u t i l e s , ainsi q u e l ' h o m m e des
PSAUME LXI. 13

c h a m p s q u i , a u lieu de se laisser e m p o r t e r p a r u n c o u r a n t d ' e a u , le


m a î t r i s e e t le d i r i g e , soit v e r s u n m o u l i n p o u r le faire t o u r n e r , s o i t
v e r s des j a r d i n s p o u r les a r r o s e r , soit vers u n a u t r e b u t utile.
jtf-. 11, 12. D i e u e s t p u i s s a n t e t t o u t à l a fois m i s é r i c o r d i e u x dans
son j u g e m e n t . N'espérez donc point dans l'iniquité, n'attachez pas
v o t r e c œ u r a u x richesses, n ' e m b r a s s e z p a s la vanité et n e laissez p a s
c o r r o m p r e le j u g e m e n t d e votre esprit. V o u s savez q u e n o t r e Dieu
est puissant, craignez sa force et sa puissance, et cependant ne
désespérez pas de sa bonté et de sa miséricorde. (S. BASILE.)
— Comprenez la puissance de Dieu, et la miséricorde de Dieu.
Presque toutes les E c r i t u r e s s o n t c o n t e n u e s d a n s ces d e u x choses ;
c'est à cause d'elles q u e s o n t v e n u s les P r o p h è t e s , à cause d'elles
q u e sont v e n u s les p a t r i a r c h e s , à cause d'elles q u ' e s t v e n u e la loi,
à cause d'elles qu'est venu Notre-Seigncur Jésus-Christ lui-même,
à cause d'elles q u e la parole de Dieu a été a n n o n c é e et publiée d a n s
t o u t e l ' E g l i s e ; à c a u s e , d i s - j e , d e ces d e u x choses, à cause d e la p u i s -
sance et de la miséricorde de Dieu. Craignez sa puissance ; aimez sa
miséricorde. Ne présumez pas de sa miséricorde de manière à m é p r i -
ser sa puissance ; et ne craignez pas sa puissance, de m a n i è r e à déses-
p é r e r de sa miséricorde. E n lui est la puissance, en lui est la misé-
r i c o r d e . Il h u m i l i e l e s u n s , il é l è v e l e s a u t r e s ( P s . LXXIV, 8) : il h u m i l i e
l e s u n s p a r s a p u i s s a n c e , il é l è v e l e s a u t r e s p a r s a m i s é r i c o r d e . « E n
effet, d i t l ' A p ô t r e , D i e u v o u l a n t m o n t r e r s a c o l è r e e t p r o u v e r s a p u i s -
s a n c e , souffre a v e c u n e p a t i e n c e e x t r ê m e les vases d e c o l è r e , p r o p r e s
à ê t r e d é t r u i t s . » (HOM. i x , 22.) — V o u s v e n e z d ' e n t e n d r e l a p u i s s a n c e ,
c h e r c h e z m a i n t e n a n t la m i s é r i c o r d e : « P o u r faire p a r a î t r e les richesses
d e s a g l o i r e d a n s l e s v a s e s d e m i s é r i c o r d e . » ( I n m . 23.) Il a p p a r t i e n t
d o n c à sa p u i s s a n c e de c o n d a m n e r les i n j u s t e s . E t q u i lui d i r a : q u ' a -
v e z - v o u s f a i t ? « Q u i ê t e s - v o u s , e n effet, ô h o m m e ! q u i ô t e s - v o u s p o u r
r é p o n d r e à D i e u ? » (IIJID. 20.) C r a i g n e z d o n c e t r e d o u t e z a v e c t e r r e u r
s a p u i s s a n c e , m a i s e s p é r e z s a m i s é r i c o r d e . ( S . AUG.) — L e S e i g n e u r
n ' a p a r l é q u ' u n e f o i s , il n ' a p r o n o n c é q u ' u n e p a r o l e , e t j ' e n a i e n t e n d u
d e u x , savoir : qu'il est t o u t - p u i s s a n t e t plein de miséricorde. Que
v e u t d i r e cela, d e m a n d e s a i n t A u g u s t i n ? Il e s t v r a i , r é p o n d ce P è r e ,
que Dieu n'a j a m a i s produit qu'une parole au-dedans de lui-même,
q u i est s o n V e r b e ; m a i s ce V e r b e , c e t t e p a r o l e s o r t i e do Dieu, n o u s a
fait e n t e n d r e d e u x voix, celle d e la m i s é r i c o r d e e t celle d e l a j u s t i c e .
L a voix d e la justice n o u s m e n a c e et la voix do la miséricorde nous
rassure. (BOURD., Prédest.) — Dieu a p a r l é u n e fois, dit David, et
14 PSAUME LXII.

qu'est-ce qu'il a dit, grand Prophète? « Il a p a r l é u n e fois, e t j ' a i ,


dit-il, e n t e n d u ces d e u x choses q u ' à Dieu a p p a r t i e n t la p u i s s a n c e , et
q u ' à lui a p p a r t i e n t l a m i s é r i c o r d e , » p a r où v o u s voyez manifestement
q u e Dieu n e se glorifie q u e d e sa p u i s s a n c e et de sa b o n t é . C'est la
véritable gloire de Dieu, p a r c e q u e la miséricorde divine, touchée de
compassion de la bassesse des créatures, et sollicitant en leur faveur
la puissance, en m ê m e t e m p s qu'elle o r n e ce q u i n ' a a u c u n ornement
p a r s o i - m ê m e , elle fait r e t o u r n e r t o u t l ' h o n n e u r à D i e u , q u i s e u l est
c a p a b l e d e relever ce q u i n ' e s t rien p a r sa c o n d i t i o n n a t u r e l l e . (Bos-
SUET, Vertu de la Croix.)

PSAUME LXII.

Psalmus David , cum essct in Psaume de David, lorsqu'il était dans


desci'to lduina>a\ le désert de l'Iduméo,
1. Deus Deus meus , ad te de 1. 0 Dieu ! ô mou Dieu ! je veille vers
luce vigilo. vous dès l'aurore.
Sitivit in te anima mea , quam Mon âme a soif de votre présence, et
multipliciter tibi caro mea. combien ma chair vous désire avec ar-
deur.
2. In terra déserta, et invia, et 2. Dans cette terre déserte , sans che-
inaquosa : sic in sancto apparui min et sans eau, je me suis présenté de-
tibi, ut vidcrcm virtutem tuam , vant vous comme dans votre sanctuaire,
et gloriam tuam. pour contempler votre puissance et votro
gloire.
3. Quoniam mclior est miscri- 3. Car votre miséricorde est préférable
cordia tua super vitas : labia mea }\ toulcs les vies; mes lèvres publieront
laudabunt te. vos louanges.
4. Sic benedicam te in vita mea : 4. Ainsi je vous bénirai tant que je vi-
et in nomine tuo levabo manus vrai ; et je lèverai mes mains en invo-
meas. quant votre nom.
5. Sicutadipe et pinguedine rc- 5. Que mon âme soit remplie comme
plcatur anima mea : et iabiis exul- d'une graisse abondante ; et ma bouche
tationis laudabit os meum. fera retentir des chants d'allégresse.
C. Si memor fui tui super stra- G. Si je mo suis souvenu de vous sur
tum meum, in malutinis mcdita- ma couche , dès le matin je méditerai
bor in te : vos bienfaits;
7. quia fuisli adjutor meus. 7. parce que vous avez pris ma dé-
fense.
Et in velamento alarum tuarum Et je me réjouirai à l'ombre de vos
exultabo , ailes ;
8. adhœsit anima mea post te : 8. mon Ame s'est attachée à vous, et
me susccpit dextera tua. votre droite m'a soutenu.
9. Ipsi vero in vanum quïcsic- 9. Quant à eux , en vain ils ont cher-
runt animam meam, introibunlin ché à m'ôter la vie. Ils entreront dans
inferiora terrai : les abîmes de la terre ;
10. ils seront livrés au tranchant du
10. tradentur in manus gladii, glaive; ils deviendront le partage des
parles vulpium crunt. renards.
11. ltex vero lœtabitur in Deo , 11. Pour le roi, il se réjouira eu
PSAUME LXII. 15
laudabuntur omnes qui jurant in Dieu ; et tous ceux qui jurent par ser-
eo : quiaobstructum est os loqucn- ment recevront des louanges, parce
tium iniqua. que la bouche des artisans de mensonge
a été fermée.

Sommaire analytique.
David, fuyant son fils Absalon, et se trouvant dans le désert de
l'Idumée (1),
I. — FAIT CONNAITRE LES CONDITIONS REQUISES POUR LA PRIÈRE,
ET QUELLE DOIT EN ÊTRE LA FIN :
1° Conditions : a) la vigilance dés l'aurore ; b) le désir ardent de l'âme
de s'unir à Dieu ; c) le désir naturel du corps et de l'appétit inférieur do
recueillir quelques miettes de ce sacré banquet, quelques gouttes de cette
fontaine divine (1) ;
2° Fin de la prière, c'est : a) la puissance de Dieu qui nous aide et
nous fortifie ; b) la gloire de Dieu (2).
II. — IL EXPRIME TOUTE SA RECONNAISSANCE POUR LA MISÉRICORDE DE DIEU,
QU'IL MET AU-DESSUS DE TOUS LES D1ENS (3) *.
1° Pour louer et célébrer cette miséricorde, il fait concourir : a) sa bouche
et ses lèvres, b)ses œuvres (4), c) son cœur et sa volonté(îJ), d) sa mémoire
et son intelligence (6) ;
2° Il expose les effets de cette divine miséricorde, considérée : a) du côté de
Dieu, 1) qui le secourt dans le combat (7), 2) qui le protège dans le repos,
3) qui le précède dans le chemin et le tient par la main (8) ; b) du côté de
ses ennemis, il prévoit : 1) qu'ils seront frustrés de la proie qu'ils dé-
sirent (9) ; 2) qu'ils tomberont dans les précipices, seront livrés au tran-
chant du glaive et deviendront la proie des bûtes féroces (10) ; c) du côté
de David lui-môme, il prédit : 1 ) qu'il sera rétabli sur son trône ; 2) que
ceux qui ont embrassé sa cause seront couverts de gloire ; 3) que la bouche
des artisans de mensonge sera fermée (11).
(1) Le souvenir de la patrie a rarement soulevé une aussi vive, une aussi ar-
dente aspiration que celle de ce psaume, dans le cœur d'un exilé. Haletant de
chaleur et de soif, dans un désert sans chemin, le prophète se rappelle Jérusalem,
sa ville de prédilection, qu'il s'est plu à embellir, et sa pensée s'attache surtout à
la colline de Sion, sur le sommet de laquelle était bâti le temple de Jéhovah : là
est le repos et l'ombre, la félicité et l'abondance, la prière et la poésie. Aussi, il
y rêve la nuit sur sa couche, tout le jour son être s'agite et tressaille d'uu indi-
cible élan vers cette enceinte sacrée, sur laquelle planent les ailes du Seigneur. Sa
foi est inébranlable, son espoir infini : Dieu couronnera sa persévérance et le
ramènera h ses pieds respirer la volupté du sanctuaire. Ses ennemis seront con-
fondus et anéantis, ses sujets fidèles, au contraire, s'assiéront avec leur roi
retrouvé au banquet de joie inépuisable, aux festins du Seigneur. (CLAUDE, Les
Psaumes.)
10 PSAUME LXII.

Explications et Considérations.

I. — 1, 2 .

f. 1 . N é c e s s i t é d e l a v i g i l a n c e : 1° L a v i g i l a n c e a u g m e n t e n o t r e v i e ,
t a n d i s q u e le s o m m e i l , q u i est l ' i m a g e d e la m o r t , l ' a b r è g e . « P l u s o n
veille, plus on v i t ; qui ressemble plus à un mort qu'un h o m m e en-
d o r m i ? Q u e l l e v i e p l u s p l e i n e q u e l a v i e d e c e l u i q u i v e i l l e ? » ( S . CIIRYS.)
2° L a v i g i l a n c e n o u s r e n d f o r t s c o n t r e t o u s n o s e n n e m i s ; 3° e l l e e s t l a
s o u r c e d e t o u t e s l e s v e r t u s ; 4° e l l e n o u s f a i t a c q u é r i r l e s p l u s g r a n d s
mérites. — Il f a u t v e i l l e r p o u r D i e u , p a r c e q u ' i l v e i l l e t o u j o u r s sur*
n o u s ; qu'il a s a n s cesse l'œil o u v e r t p o u r e x a u c e r n o s p r i è r e s , et q u ' i l
r é p a n d s a l u m i è r e s u r c e u x q u i veillent. ( S . BAS., de Spirit. sanc.,i, îx).
—Qu'est-ce q u e veiller? c'est a s s u r é m e n t n e p a s d o r i n i r . Qu'est-ce q u e
d o r m i r ? 11 y a d e u x s o m m e i l s : c e l u i d e l ' â m e e t c e l u i d u c o r p s . N o u s
avons tous besoin du sommeil corporel, car, s'il nous manque ,
l ' h o m m e d é p é r i t , l e c o r p s l u i - m ê m e s ' a f f a i b l i t . E n effet, l a f r a g i l i t é d e
n o t r e corps ne p e u t l o n g t e m p s soutenir la veille et l'application active
d e l ' â m e . Si l ' â m e s ' a p p l i q u e t r o p l o n g t e m p s a u t r a v a i l , le c o r p s fra-
g i l e e t t e r r e s t r e d e v i e n t i n c a p a b l e d e le s o u t e n i r e t d e s u p p o r t e r s o n
a c t i o n ; il t o m b e e n d é f a i l l a n c e et s u c c o m b e . C'est p o u r q u o i D i e u a
d o n n é a u c o r p s le s o m m e i l q u i r é p a r e les forces d e ses m e m b r e s , afin
que ceux-ci puissent soutenir l'âme pendant q u ' e l l e v e i l l e . Mais ce
q u e n o u s d e v o n s éviter, c'est d e laisser n o t r e â m e s ' e n d o r m i r ; car le
s o m m e i l d e l ' â m e est u n s o m m e i l funeste S a l u t a i r e est le s o m m e i l d u
Corps q u i r é p a r e les l a n g u e u r s d u c o r p s ; m a i s le s o m m e i l d e l'âme,
c'est l'oubli de Dieu. T o u t e ' â m e qui oublie son Dieu est endormie.
C'est ce q u i e x p l i q u e le l a n g a g e d e l ' A p ô t r e à c e u x q u i o u b l i e n t D i e u :
« Levez-vous, vous qui dormez; levez-vous d'entre les m o r t s , et le
Christ r é p a n d r a sur vous sa lumière. » (EriiES. v , 1 4 ) . E t a i t - c e le
corps qui dormait dans celui q u e réveillait l'Apôtre? C'était une
â m e e n d o r m i e q u ' i l é v e i l l a i t , e t il l ' é v e i l l a i t p o u r q u e l e C h r i s t l ' é c l a i -
r â t . C'est d o n c en veillant d e cette m a n i è r e q u e le P s a l m i s t e dit :
« 0 Dieu, m o n Dieu ! dès q u e la l u m i è r e p a r a î t , j e veille et j ' a s p i r e à
à v o u s . » V o u s n e s a u r i e z , e n effet, v e i l l e r e n v o t r e â m e , s i u n e l u m i è r e
n e se levait s u r vous, qui vous t i r â t de v o t r e s o m m e i l . ( S . AUG). —
Il faut veiller p o u r Dieu, c h e r c h e r Dieu, i m p l o r e r s o n s e c o u r s dès l'au-
r o r e : « L e s a g e s ' a p p l i q u e r a à t o u r n e r d è s l ' a u r o r e s o n c œ u r v e r s le
S e i g n e u r q u i l ' a c r é é , e t il p r i e r a e n p r é s e n c e d u T r è s - H a u t . (ECCLI.
PSAUME LXII. 17

xxxiv, 6). L a sagesse est connue facilement p a r ceux qui l'aiment, et


trouvée p a r ceux qui la cherchent. Elle devance ceux qui la désirent,
p o u r se m o n t r e r à eux la p r e m i è r e . Qui veillera p o u r elle dès le m a t i n
n e s e l a s s e r a p o i n t ; c a r i l l a t r o u v e r a a s s i s e à s a p o r t e . (SAG. v i , 1 3 ,
15). — Il j a u n e f a i m d e l ' â m e , il y a u n e s o i f d e l ' â m e 1 i l y a d o n c
a u s s i u n p a i n d e v i e p o u r l ' i n t e l l i g e n c e e t l e c œ u r ; il y a u n b r e u v a g e
p o u r les veines d e l'âme. L'Ecriture q u i excelle à p e i n d r e tous les m o u -
v e m e n t s d e l'âme et toutes les formes d e l a vie, l'Ecriture nous four-
n i t à c h a q u e p a g e d e n o m b r e u x t é m o i g n a g e s d e cette v é r i t é ; elle n o u s
p a r l e des â m e s q u i o n t faim ; elle a s s u r e q u e Dieu les rassasiera ; elle
affirme q u e c e r t a i n e s â m e s s o n t t o u r m e n t é e s p a r u n e soif v i o l e n t e . —
Dieu, source d e vie : on n'est a d m i s à puiser à cette source qu'autant
q u ' o n a soif. C ' e s t D i e u q u i i n v i t e l e s h o m m e s a u x e a u x d e s a g r â c e ,
m a i s il i n v i t e c e u x q u i e n s o n t a l t é r é s . Il v e u t b i e n s e d o n n e r , m a i s à
c e u x q u i b r û l e n t d ' u n e soif a r d e n t e p o u r l u i . — Dieu a soif q u e n o u s
a y o n s soif d e l u i ; — Dieu d o n n e c e t t e soif à c e u x q u i n e l ' o n t p a s . —
C e t t e soif, c ' e s t l a f a i m e t l a s o i f d e l a j u s t i c e ; c e t t e soif, c ' e s t l e d é s i r
de l'âme. Q u ' i l e n est p e u q u i a i e n t c e t t e soif d e Dieu I C o m p t e z l e s
aspirations, les désirs q u i s'élèvent à chaque instant du jour du
c œ u r des h o m m e s sur la surface d u m o n d e habité : combien Dieu y
a p e u d e p a r t 1 — V o y e z d e q u e l l e soif b r û l e l e P r o p h è t e , m a i s voyez
aussi q u e l e s t l e b i e n qu'il d é s i r e : « M o n â m e a eu soif d e v o u s . » Il y
e n a , e n e f f e t , q u i o n t soif, m a i s i l s n ' o n t p a s s o i f d e D i e u , Q u i c o n q u e
v e u t o b t e n i r q u e l q u e chose est d a n s l'ardeur d u désir, et ce désir est
u n e soif d e l ' â m e . O r , v o y e z c o m b i e n d e d é s i r s v a r i é s s e t r o u v e n t d a n s
le c œ u r d e s h o m m e s : l ' u n désire d e l'or, l ' a u t r e désire d e l'argent,
celui-ci des propriétés, celui-là des héritages; qui, uno grosse
somme d'argent; qui, de nombreux troupeaux; un autre, une grande
maison; u n autre, une épouse; un autre, des honneurs, un autre, des
enfants. Vous voyez c o m m e ces mille désirs agitent le c œ u r des
hommes. Tous les h o m m e s sont consumés de désirs, et à peine s'en
t r o u v e - t - i l u n q u i dise : « M o n â m e a e u soif d e v o u s . » E n effet, les
h o m m e s o n t soif d e s b i e n s d e c e m o n d e , e t i l s n e c o m p r e n n e n t p a s
qu'ils s o n t d a n s le d é s e r t d ' I d u m é e , o ù l e u r â m e d o i t a v o i r soif d e D i e u .
Q u a n t à n o u s , disons : « M o n â m e a e u soif d e v o u s ; » d i s o n s - l e t o u s ,
parce que nous ne sommes tous qu'une seule âme dans le même
C h r i s t . Q u e c e s o i t c e t t e â m e q u i a i l soif d e D i e u , d a n s l e d é s e r t d ' I d u -
m é e . ( S . AUG.). — C ' e s t p e u q u e m o n â m e a i t s o i f d e v o u s , m a c h a i r
aussi r e s s e n t l a m ê m e soif; m a i s , si l ' â m e est altérée de Dieu, c o m -
TOME i l 2
18 PSAUME LXII.

m e n t la c h a i r est-elle aussi altérée de lui? C'est q u e la résurrection a


été p r o m i s e à n o t r e chair. De m ê m e q u e la b é a t i t u d e est p r o m i s e à
n o t r e â m e , a i n s i l a r é s u r r e c t i o n e s t p r o m i s e à n o t r e c h a i r . ( S . AUG.)
— « M o n â m e a soif d e v o u s ; e n c o m b i e n d e m a n i è r e s m a c h a i r v o u s
désire-t-ellel » Oui, m a chair p r e n d p a r t au désir de l ' â m e ; c a r c'est
en elle q u e s'accomplit ce q u i cause à l ' â m e ces t r a n s p o r t s : « Mon
c œ u r e t m a c h a i r s e r é j o u i r o n t d a n s l e D i e u v i v a n t . » ( P s . LXXXIII, 2 ) .
T o u s m e s os crieront : « Seigneur, qui est semblable à vous? o Qui
vous est s e m b l a b l e en p u i s s a n c e ? Mais qui vous est semblable en
b o n t é e t e n a m o u r ? (BOSSUET, Méd. LVII j . ) — « T o u t e c r é a t u r e attend
avec un g r a n d désir la manifestation des enfants de Dieu... » dans
l'espérance qu'elle sera e l l e - m ê m e affranchie de cet asservissement
à la c o r r u p t i o n , p o u r e n t r e r d a n s la liberté et d a n s la gloire des e n -
f a n t s d e D i e u . (ROM. VIII, 1 9 , 2 1 ) .

f. 2 . M a i s e n q u e l lieu c e t t e soif e s t - e l l e r e s s e n t i e p a r n o t r e â m e , e t
a u s s i t a n t d e fois p a r n o t r e c o r p s , s o i f q u i n ' e s t p o i n t u n a p p é t i t v u l -
g a i r e , m a i s le besoin de vous posséder, vous, S e i g n e u r n o t r e Dieu ?
« D a n s u n e t e r r e d é s e r t e , s a n s r o u t e e t s a n s e a u . » C e t t e t e r r e , c'est le
m o n d e , c'est le désert d ' I d u m é e , d'où le p s a u m e a reçu son titre :
« D a n s u n e t e r r e d é s e r t e . » C'est p e u q u ' e l l e soit « d é s e r t e »; c'est-à-
d i r e sans a u c u n h o m m e p o u r h a b i t a n t ; elle est de plus « et sans r o u t e
et s a n s e a u . » P l û t au ciel q u e d a n s c e d é s e r t il y e û t d u m o i n s une
r o u t e 1 P l û t a u ciel q u ' u n h o m m e t o m b é d a n s ce d é s e r t s û t a u m o i n s
p a r o ù il p o u r r a i t e n s o r t i r ! M a i s il n ' y v o i t a u c u n h o m m e p o u r l e
c o n s o l e r , il n ' y v o i t a u c u n e r o u t e p o u r e n s o r t i r . Il y s é j o u r n e donc.
P l û t a u ciel qu'il y t r o u v â t d e l'eau, t o u t a u m o i n s , p o u r r é p a r e r ses
f o r c e s , s'il n e p e u t e n s o r t i r ! Q u e c e d é s e r t e s t f u n e s t e 1 q u ' i l e s t h o r -
rible et redoutable ! Et cependant Dieu a e u p i t i é d e n o u s : il n o u s a
d o n n e u n e r o u t e d a n s ce d é s e r t , N o t r e - S e i g n e u r Jésus-Christ l u i - m ô m e .
(JEAN, IV, 4 ) . Y o i l à d o n c q u e , d a n s c e d é s e r t , n o u s p o s s é d o n s t o u t e s c h o -
ses, m a i s elles ne v i e n n e n t pas du désert. Le Psalmiste vous a fait
d ' a b o r d c o n n a î t r e c e q u ' e s t le d é s e r t e n l u i - m ê m e , a f i n q u e , sachant
l ' é t e n d u e d e v o t r e m a l h e u r , si v o u s v e n i e z à g o û t e r ici-bas quelques
consolations, en y rencontrant des c o m p a g n o n s , u n chemin, de l'eau,
vous vous gardiez de les attribuer au désert, mais que vous les
r a p p o r t i e z à c e l u i q u i a d a i g n é v o u s v i s i t e r d a n s l e d é s e r t . ( S . AUG.). —
« P o u r voir votre puissance et votre gloire. # D'abord mon âme et
s o u v o n t a u s s i m a c h a i r o n t e u soif d e v o u s d a n s l e d é s e r t , d a n s c e t t e
terre sans route et sans e a u ; « et ainsi j ' a i p a r u devant vous, dans
PSAUME LXII. 19.

v o t r e s a n c t u a i r e , p o u r v o i r v o t r e p u i s s a n c e e t v o t r e g l o i r e . » N u l , s'il
n'a d'abord soif d a n s ce désert, c'est-à-dire d a n s l'état m a l h e u r e u x o ù
il e s t , n e p a r v i e n t j a m a i s a u s o u v e r a i n b i e n , q u i e s t D i e u . M a i s , d i t - i l ,
« j'ai paru devant vous dans votre sanctuaire. » Déjà se trouver dans
le sanctuaire est une grande consolation. Que veut dire : € J'ai.paru
d e v a n t v o u s p o u r v o i r . » Il n'a p a s d i t : J ' a i p a r u d e v a n t vous pour
ê t r e v u d e v o u s ; m a i s : « J'ai p a r u d e v a n t v o u s p o u r v o i r v o t r e p u i s -
s a n c e e t v o t r e g l o i r e . » C'est p o u r q u o i l ' A p ô t r e a d i t : c E t m a i n t e -
n a n t v o u s c o n n a i s s e z D i e u , o u p l u t ô t D i e u v o u s c o n n a î t . » (GAL. IV, 9 ) .
E n e f f e t , v o u s a v e z d ' a b o r d p a r u d e v a n t D i e u , afin q u e D i e u p û t v o u s
apparaître. « P o u r voir v o t r e puissance et votre gloire. » A s s u r é m e n t ,
d a n s c e d é s e r t , c ' e s t - à - d i r e d a n s c e t i s o l e m e n t , si u n h o m m e d e m a n d e
a u d é s e r t m ê m e c e d o n t il a b e s o i n p o u r ê t r e s a u v é , i l n e c o n t e m p l e r a
j a m a i s l a p u i s s a n c e e t l a g l o i r e d u S e i g n e u r ; m a i s il y r e s t e r a , d e s t i n é
à y m o u r i r d e soif, e t i l n ' y t r o u v e r a n i r o u t e , n i c o n s o l a t i o n , n i eau
q u i l u i d o n n e l a f o r c e d e s u b s i s t e r d a n s l e d é s e r t . A u c o n t r a i r e , si c e t
h o m m e s ' é l è v e j u s q u ' à D i e u , s'il l u i d i t , d u f o n d d e s o n c œ u r e t d e s e s
entrailles : « M o n â m e a eu soif de vous et c o m b i e n de fois m a c h a i r aussi,
i l r e c e v r a d e g r a n d e s c o n s o l a t i o n s . » ( S . AUG.). — C'est s u r t o u t dans
l'oraison, dans la méditation que Dieu nous manifeste d'abord sa
puissance, puis ensuite sa gloire, c o m m e D i e u le promettait à Moïse :
c Voici un lieu près de moi, tu te tiendras là sur ce r o c h e r ; lorsque
m a gloire passera, je te placerai dans u n creux du rocher, et j e te
couvrirai d e m a main jusqu'à ce que m a gloire soit passée; ensuite,
j e r e t i r e r a i m a m a i n e t t u m e v e r r a s p a r d e r r i è r e , m a i s il n e te s e r a
p o i n t d o n n é d e v o i r m a f a c e . » {Exod. x x x m , 21, 23).

I I . — 3-11.

f. 3 . T o u t e s les vies qui sont dans le m o n d e p e u v e n t avoir leurs


a v a n t a g e s , m a i s q u e s o n t - e l l e s si o n l e s s é p a r e d e l a m i s é r i c o r d e e t d e
la grâce de Dieu? « Votre miséricorde est meilleure que toutes les
v i e s . » Q u e l l e s v i e s ? Celles q u e l e s h o m m e s s e s o n t c h o i s i e s . T o u t e s c e s v i e s
sont différentes ; « mais votre miséricorde est meilleure que toutes
ces vies » qui viennent de nous. Mieux v a u t ce que vous donnez à c e u x
qui sont revenus a u bien, que ce qui est choisi par les pervers. Vous
n e d o n n e z q u ' u n e v i e , m a i s e l l e e s t p r é f é r a b l o à t o u t e s les n ô t r e s ,
quelles q u e soient celles q u e nous pourrions choisir dans ce m o n d e .
( S . AUG.).
f. 4 . N o u s n e d e v o n s d o n n e r d ' a u t r e t e r m e q u e la v i e a u x louanges
20 PSAUME LXII.

d e Dieu et à n o s b o n n e s œ u v r e s . — J e vous b é n i r a i d a n s l a vie q u e


vous m'avez d o n n é e , n o n point d a n s celle q u e j ' a i choisie selon le
monde, a v e c les a u t r e s h o m m e s , parmi de n o m b r e u s e s vies, m a i s
d a n s celle q u e v o u s m ' a v e z d o n n é e p a r v o t r e m i s é r i c o r d e , afin q u e j e
pusse vous louer. «Ainsi, j e vous bénirai dans m a vie. » Que veut dire :
« Ainsi ? » E n a t t r i b u a n t à votre miséricorde et n o n à m o n m é r i t e la
vie dans laquelle je vous louerai. « Et j e lèverai mes mains vers vous
e n i n v o q u a n t votre n o m . » Levez d o n c vos m a i n s vers Dieu p a r la
p r i è r e . N o t r e - S e i g n e u r a l e v é ses m a i n s p o u r n o u s s u r l a c r o i x , et ses
m a i n s y o n t é t é é t e n d u e s p o u r n o u s ; ses m a i n s o n t été é t e n d u e s s u r
la croix, p o u r que nos mains s'étendissent vers les b o n n e s œuvres,
p a r c e q u e s a c r o i x n o u s a p r o c u r é l a m i s é r i c o r d e d i v i n e . Il a, e n effet,
l e v é s e s m a i n s , e t p o u r n o u s il s ' e s t o f f e r t l u i - m ê m e e n s a c r i f i c e à D i e u ,
e t t o u s n o s p é c h é s o n t é t é effacés p a r ce sacrifice. L e v o n s d o n c a u s s i
n o s m a i n s v e r s D i e u p a r la p r i è r e , e t ces m a i n s ainsi levées v e r s Dieu
ne seront point confondues, si elles s ' e x e r c e n t à faire de bonnes
œuvres. ( S . AUG.). — N o u s é l e v o n s l e s m a i n s d a n s l a p r i è r e , p o u r
n o u s r a p p e l e r 1° q u e nous devons d e m a n d e r les c h o s e s d u ciel ; 2°
q u e c'est d e Dieu s e u l q u e n o u s d e v o n s a t t e n d r e l e s e c o u r s ; 3° q u e les
œ u v r e s d o i v e n t se j o i n d r e a u x p r i è r e s .
f. 5. Et que dirai-je, en levant mes mains vers vous et en invoquant
votre n o m ? que dcmanderai-je? Quand v o u s levez vos m a i n s vers
D i e u , c h e r c h e z c e q u e v o u s l u i d e m a n d e z : c ' e s t , e n effet, au Tout-
Puissant q u e vous adressez vos demandes. Demandez donc quelque
chose de g r a n d , et non des choses c o m m e en d e m a n d e n t ceux qui n ' o n t
p a s e n c o r e l a foi. V o u s v o y e z ce q u i est d o n n é m ô m e a u x i m p i e s . D e -
m a n d e r e z - v o u s à Dieu d e l'argent ? Dieu n'en d o n n e - t - i l pas m ê m e à
des scélérats qui ne croient pas en lui? Que pouvez-vous lui d e m a n d e r
d e g r a n d d e t o u t ce qu'il d o n n e aussi a u x m é c h a n t s ? Mais n e r e g r e t t e z
rien; car les biens qu'il d o n n e aussi a u x m é c h a n t s s o n t assez futiles
p o u r m é r i t e r d e l e u r ê t r e a u s s i d o n n é s , e t ils l e u r s o n t d o n n é s d e p e u r
q u e ce q u i p e u t l e u r ê t r e d o n n é n e vous s e m b l e i m p o r t a n t . S a n s d o u t e ,
t o u s ces d o n s terrestres v i e n n e n t de Dieu, m a i s c o m p r e n e z q u e t o u t ce
qui peut être également donné a u x méchants ne doit pas être consi-
d é r é c o m m e précieux. Ce qu'il nous réserve est bien différent... Qu'a
demandé le Prophète : • Je lèverai mes mains vers vous, dit-il,
en invoquant votre n o m . » Que veut-il recevoir? « Que m o n â m e soit
rassasiée d e l à n o u r r i t u r e la plus grasse... » Il y a p o u r l ' â m e u n e graisse
q u i lui est p r o p r e ; elle p e u t ê t r e rassasiée e t e n g r a i s s é e p a r la sagesse;
PSAUME LXII. 21

c a r les â m e s à qui m a n q u e la sagesse se dessèchent et en v i e n n e n t à


c e p o i n t d e m a i g r e u r q u ' e l l e s t o m b e n t é p u i s é e s , q u a n d il s ' a g i t d e q u e l -
q u e b o n n e œ u v r e . Pourquoi deviennent-elles ainsi incapables de toute
b o n n e œ u v r e ? Parce qu'elles n'ont ni rassasiement ni e m b o n p o i n t .
( S . AUG.). — L ' e s p r i t d u P r o p h è t e s ' é l è v e à u n objet plus excellent
e n c o r e q u e l a vie : c'est l a m i s é r i c o r d e d e D i e u , sa g r â c e e t s o n a m o u r .
A i n s i , d a n s ,1a c o n c u r r e n c e d e l a p e r t e d e n o t r e v i e o u d e l a p e r t e d e
l a g r â c e d e D i e u , il n ' y a p o i n t à b a l a n c e r : l e s a c r i f i c e d e n o t r e v i e
est nécessaire, m a i s ce sacrifice est l e bienfait le p l u s s i g n a l é d e la
m i s é r i c o r d e d i v i n e , p u i s q u e Dieu le r é c o m p e n s e d ' u n e c o u r o n n e é t e r -
n e l l e . (BERTUIER.). — O u i l ' â m e a b e s o i n d e l a t a b l e d i v i n e , e t d e v e n u e
e x i g e a n t e , p a r suite de son origine et d e sa g r a n d e u r , elle n'aspire à
r i e n m o i n s q u ' à se n o u r r i r d e la s u b s t a n c e m ô m e d e Dieu, q u ' à se
r e m p l i r et s'engraisser de là p u r e essence de Dieu, c o m m e dit Tertul-
l i e n . C'est c e t t e c o m m u n i o n a v e c l ' Ê t r e infini q u i fait t o u t e la g l o i r e
et t o u t e l a force d e n o t r e â m e ; c'est elle q u i d o n n e a u chrétien l a p l é -
nitude de la vie m o r a l e , la s u r a b o n d a n c e d'une énergie divine qui
laisse a u c œ u r le r e p o s e t le c a l m e d ' u n e d o u c e s a t i é t é . . . Comment,
d i t s a i n t A u g u s t i n (Du lib. Arb., L . I I . n ° 38), les h o m m e s se d i s e n t
h e u r e u x q u a n d ils s'asseoient à u n e t a b l e s p l e n d i d e , e t ils n e v e u l e n t
p a s c o m p r e n d r e le b o n h e u r q u ' o n é p r o u v e à se n o u r r i r et à s ' a b r e u v e r
de vérité 1 Les h o m m e s se croient h e u r e u x q u a n d ils r e s p i r e n t les
suaves o d e u r s des plantes et des p a r f u m s , q u a n d leurs oreilles se r e -
p a i s s e n t d e s s o n s d e l ' h a r m o n i e , q u e l e u r s y e u x se d i l a t e n t à l a c l a r t é
sereine de la lumière, e t ils s o u r i e n t d'incrédulité q u a n d on leur
a p p r e n d que la vérité a des parfums incomparables, une harmonie
intérieure qui apaise toute agitation, et une lumière plus douce que
c e l l e d e t o u s l e s a s t r e s d u f i r m a m e n t 1 ( M g r LANDRIOT, L'Eucharistie).
6. Utilité d u souvenir d e Dieu p e n d a n t la n u i t , p o u r a s s u r e r le
succès de la méditation du matin. « Lorsque vous vous reposez sur
v o t r e c o u c h e , j e v e u x q u e v o u s fassiez c o m m e u n e c h a î n e d e s P s a u m e s
et d e l'Oraison d o m i n i c a l e , soit lorsque vous v o u s éveillez, soit a v a n t
q u e le s o m m e i l s ' e m p a r e d e v o t r e c o r p s . ( S . AMBR., Lib. i n de Virg.)
— « M o n â m e vous a désiré p e n d a n t la n u i t , et dès l ' a u r o r e j e m ' é v e i l -
lerai p o u r vous chercher par mon e s p r i t e t p a r m o n c œ u r . » (ISAI,
XXVI, 0 ) . — P a r s a c o u c h e , l e P r o p h è t e d é s i g n e le t e m p s d e s o n r e p o s .
Quand l'homme goûte quelque repos, qu'il se s o u v i e n n e d e Dieu ;
quand l ' h o m m e est en r e p o s , q u e le r e p o s n e l'amollisse p a s et ne l u '
f a s s e p o i n t o u b l i e r D i e u ; s'il s e s o u v i e n t d e Dieu p e n d a n t son r e p o s ,
22 PSAUME LXII.

d a n s s e s a c t i o n s , il m é d i t e s u r D i e u . E n effet, l e m a t i n s i g n i f i e l e s a c -
t i o n s d e la v i e ; p a r c e q u e , le m a t i n , t o u t h o m m e commence à faire
q u e l q u e c h o s e . Que dit-il d o n c ? « Si j e m e suis s o u v e n u de vous sur
m a c o u c h e , le m a t i n j e m é d i t a i s s u r D i e u . » Si d o n c j e n e m e suis p a s
souvenu de vous sur ma couche, j e n'ai pas médité non plus sur vous
le m a t i n . Celui qui ne p e n s e p a s à Dieu lorsqu'il est en r e p o s , peut-il
y penser lorsqu'il agit? Au c o n t r a i r e , celui qui se souvient d e Dieu
a u x i n s t a n t s d e son r e p o s , m é d i t e s u r lui en a g i s s a n t , de p e u r d e m a n -
q u e r en q u e l q u ' u n e de ses actions. Aussi, q u ' a - t - i l a j o u t é ? « E t le m a t i n
j e m é d i t a i s s u r v o u s , p a r c e q u e v o u s ê t e s d e v e n u m o n a i d e . » E n effet,
si D i e u n e n o u s a i d e d a n s n o s b o n n e s œ u v r e s , n o u s s o m m e s i n c a p a -
b l e s d e l e s a c c o m p l i r p a r n o s p r o p r e s f o r c e s . ( S . AUG.).

7. 8. « E t sous l'abri de vos ailes, j e tressaillirai de j o i e . » J e m e


réjouis d a n s les b o n n e s œ u v r e s , p a r c e q u e j e suis à couvert sous vos
ailes. Si v o u s n e m e protégiez, moi qui ne suis q u ' u n p o u s s i n , j e se-
rais pris p a r le milan. Nous s o m m e s petits encore ; que Dieu n o u s p r o -
t è g e d o n c à l ' o m b r e de ses ailes. Mais q u ' a r r i v e r a - t - i l l o r s q u e nous
s e r o n s d e v e n u s p l u s g r a n d s ? Il s e r a s a l u t a i r e pour nous qu'alors
même il n o u s p r o t è g e e n c o r e , e t q u e , t o u j o u r s d e v a n t l u i q u i e s t s i
g r a n d , n o u s r e s t i o n s d e p e t i t s p o u s s i n s . E n effet, q u e l q u e croissance
q u e n o u s a y o n s p r i s e , il e s t t o u j o u r s p l u s g r a n d q u e n o u s . Q u e n u l n e
d i s e : q u ' i l m e p r o t è g e t a n t q u e j e s u i s p e t i t , c o m m e s'il p o u v a i t ja-
m a i s p a r v e n i r à ê t r e assez g r a n d p o u r se suffire à l u i - m ô m e . S a n s l a
protection de Dieu, vous n'êtes rien. Désirons donc d'être toujours
p r o t é g é s d e l u i , a l o r s n o u s p o u r r o n s g r a n d i r e n l u i , si n o u s savons
t o u j o u r s ê t r e p e t i t s s o u s l u i . ( S . AUG.).
f. 9. « M o n â m e s'est a t t a c h é e a p r è s vous comme avec de la
glu. » Voyez les désirs d u P r o p h è t e , voyez son a t t a c h e m e n t à Dieu.
P u i s s e c e t a m o u r n a î t r e e n v o u s ! S i d é j à il g e r m e d a n s v o t r e cœur,
puisse une pluie féconde le faire g r a n d i r ! puisse-t-il d e v e n i r assez
fort, p o u r q u e vous disiez d e t o u t v o t r e c œ u r : « M o n â m e est a t t a c h é e
à vous c o m m e avec de la glu'! » E t quelle est cette g l u ? cette glu,
c'est la charité 1 Que la charité soit e n vous et qu'elle soit la glu
qui a t t a c h e votre â m e après Dieu. Non point à Dieu, mais après Dieu,
afin q u ' i l v o u s p r é c è d e e t q u e v o u s le suiviez ; c a r c e l u i q u i v e u t p r é -
céder Dieu veut vivre en se g o u v e r n a n t l u i - m ê m e , et n o n pas suivre
l e s c o m m a n d e m e n t s d e D i e u . ( S . AUG.).

10. I n u t i l i t é d u travail des injustes persécuteurs des innocents,


q u i , p o u r t o u t e r é c o m p e n s e d e t a n t d e fatigues qu'ils se s o n t données
PSAUME LXIIL 23

p o u r a c c a b l e r l a faiblesse des j u s t e s qu'ils n e p e u v e n t souffrir, entre-


r o n t a u m o m e n t d e l e u r m o r t d a n s les p a r t i e s les p l u s basses d e la
terre, c'est-à-dire e n e n f e r . Ils s e r o n t l i v r é s a u g l a i v e v e n g e u r d e l a
j u s t i c e d i v i n e , p o u r e n ê t r e é t e r n e l l e m e n t les v i c t i m e s , e t ils d e v i e n -
d r o n t le p a r t a g e d e s r e n a r d s , c'est-à-dire d e s d é m o n s , d o n t les a d r e s s e s
t r o m p e u s e s les o n t e n g a g é s d a n s u n m a l h e u r dont ils n e pourront
j a m a i s s o r t i r . (DUG.). — « M e s e n n e m i s o n t v a i n e m e n t c h e r c h é mon
â m e . » ( P s . LXH, 10). Q u e m ' o n t fait c e u x q u i o n t c h e r c h é mon âme
p o u r la p e r d r e ? q u e p o u v a i e n t - i l s faire? Ils n e pouvaient, enlever la
glu qui colle m o n â m e a p r è s v o u s ; « car, q u i nous s é p a r e r a de l ' a m o u r
d u C h r i s t ? l'affliction, l ' a n g o i s s e , la p e r s é c u t i o n , la faim, la n u d i t é o u
l e g l a i v e ? » (ROM. v i n , 35). « V o t r e d r o i t e m ' a p r i s s o u s s a p r o t e c t i o n . »
C'est p o u r q u o i , grâce à cette glu et à votre toute puissante main,
« m e s e n n e m i s o n t v a i n e m e n t c h e r c h é m o n â m e . » ( S . AUG.).

f. 11. S e r é j o u i r e n D i e u s e u l , t o u t e a u t r e j o i e e s t v a i n c et d a n g e r e u s e .
— G a r d e r f i d è l e m e n t les s e r m e n t s q u ' o n a faits à D i e u a u b a p t ê m e e t d a n s
les a u t r e s s a c r e m e n t s , c'est la seule chose qui mérite do véritables
l o u a n g e s . — D i e u , p a r s o n p o u v o i r s o u v e r a i n , f e r m e q u a n d il l u i p l a î t
l a b o u c h e d e s c a l o m n i a t e u r s d e s e s f i d è l e s s e r v i t e u r s . (DUG.)

PSAUME L X m .

In fincm , Psalmus David. Pour la fin, Psaume de David.


1. Exaudi,Dous,orationom moam 1. Exaucez , ô mon Dieu 1 ma voix
cum deprecor : a timoré inimici suppliante, délivrez mon âme de la crainte
cripe animant meam. de l'ennemi.
2. Protexisti me à conventuma- 2. Vous m'avez protégé contre l'assem-
lignantium : a multitudine ope- blée des méchants, et contre la multi-
rantium iniquitatem. tude de ceux qui commettent l'iniquité.
3. Quia exacuorunt ut gladium 3. Car ils ont aiguisé leurs langues
linguas suas ; intonderunt urcum comme un glaivo ; ils ont tondu leur arc,
rem amaram, armes envenimées, (1)
4. ut sagittent in occultis imma- 4. afin do percer do leurs flèches l'in-
culatum. nocent dans l'obscurité.
5. Subito sagittabunt eum, et 5. Us les ont lancées tout à coup, sans
non timebunt : firmaverunt sibi rien craindre , ils se sont affermis dans
sermonem ncquam. leur impie résolution.
Narraverunt ut absconderunt Us ont conféré ensemblo pour cacher
laquoos : dixerunt : Quis videbit leurs pièges ; ils ont dit : Qui pourra les
eos ? découvrir ?

(i) Le verbe hébreu signifie littéralement : Ils ont foulé l'arc pour le préparer,
le tendre, parce que, pour cela, on pose le pied dessus.
24 PSAUME LXIII.

6. Scrutati sunt iniquitates : de- 6. Ils ont cherché avec soin des ini-
fecerunt scrutantes scrutinio. quités contre moi ; ils se sont épuisés
inutilement dans cette recherche (1).
Accedet homo ad cor altum : L'homme descendra dans la profon-
deur de son cœur,
7. et exaltabitur Deus. 7. et Diou sera élevé.
Sagitta; parvulorum factœ sunt Les plaies qu'ils font sont comme celles
plagae eorum; des flèches des petits enfants ,
8. et infirmatœ sunt contra eos 8. et leurs langues ont perdu leur force,
linguse eorum. et se sont tournées contre eux-mêmes.
Conturbati sunt omnes qui vide- Tous ceux qui les voyaient ont été
bant eos : remplis de trouble ;
9. et timuit omnis homo. 9. et tout homme a été saisi de frayeur.
Et annuntiaverunt opéra Dei : et Et ils ont annoncé les œuvres de Dieu ;
facta ejus intellcxerunt. et ils ont eu l'intelligence de ses mer-
veilles.
10. Laîtabitur justus in Domino, 10. Le juste se réjouira dans le Sei-
et sperabit in eo , et laudabuntur gneur , et espérera en lui ; et tous ceux
omnes rccti cordo. qui ont le cœur droit seront loués.

Sommaire analytique-
David , environné de pièges et de calomnies dans la rébellion de son
fds Absalon, et figure de Jésus-Christ dans sa passion,
I. — DEMANDE A DIEU D'ÊTRE DÉLIVRÉ DE LA CRAINTE DE SES ENNEMIS
DONT IL DÉCRIT
0
1 La malice et la multitude (2) ; 2° les calomnies ouvertes, qu'il com-
pare à un glaive ; 3° les calomnies secrètes, qu'il assimile à des flèches
aiguës (3, 4) ; 4° leur impudence, ils ne craignent rien ; 5° leur obstination,
ils s'affermissent dans leurs desseins pervers (5) ; 6° leur hypocrisie, ils
confèrent ensemble pour cacher leurs pièges ; 7° leurs blasphèmes im-
pics, « ils ont dit, qui pourra les découvrir ; » (J>) 8° leur curiosité maligne,
« ils ont cherché avec soin des iniquités contre moi. » (6)
IT. — IL TRÉVOIT ET TRÉD1T LEUR CHATIMENT :
1° Dieu anéantira leurs desseins orgueilleux (7); 2° eux-mêmes se per-
ceront de leurs propres flèches, et tourneront leurs langues contre eux-
mêmes (8) ; 3° tous ceux qui les verront seront remplis de trouble, admi-
reront et loueront les œuvres de la justice de Dieu (9) ; 4° les justes se ré-
jouiront et mettront leur espérance en Dion, qui sera loué par ceux qui ont
le cœur droit (10).

(1) L i t t é r a l e m e n t : Us ont creusé d«a iniquités contre m o i , c'est-à-dire ils ma-


chinent les choses les plus noires, ils vont jusqu'à ourdir les trames les mieux
combinées, jusqu'à épuiser la malien de l'esprit <le l'homme el l'abîme «le la iné"
chancelé de son cœur.
P S A U M E LXIII. 25

Explications et Considérations.

I. - i-6.

f, 1,2. Qui craint Dieu c o m m e il le doit, n e craint p l u s rien autre


chose. « N e craignez point ceux qui tuent le corps et ne peuvent tuer
l'âme, m a i s plutôt craignez celui qui peut précipiter l'âme et le corps
dans l'enfer. » ( M a t t h . x, 28.) — L a seule crainte légitime est de n e
p a s c r a i n d r e a s s e z D i e u d e c e t t e c r a i n t e filiale q u i e s t t o u j o u r s m ê l é e
d'amour e t d e confiance. — U n s e u l e n n e m i , q u e l q u e faible qu'il soit,
est à c r a i n d r e , q u a n d o n n'est p o i n t s e c o u r u d e Dieu ; u n e a s s e m b l é e ,
une multitude de m é c h a n t s ne peut rien contre celui que Dieu p r o -
t é g é . — D i e u p r o t è g e ici le j u s t e d e d e u x m a n i è r e s : e n l e c o u v r a n t
de sa puissante protection, au milieu m ê m e des dangers, e t d u c o n -
tact des m é c h a n t s , o u e n l'affranchissant c o m p l è t e m e n t de leurs
a t t e i n t e s , e n f a i s a n t c e qu'il n o u s c o m m a n d e p a r l a b o u c h e d u S a g e :
« M o n fils, d i t l e S a g e , si l e s p é c h e u r s c h e r c h e n t à t e s é d u i r e , f u i s
l e u r s c a r e s s e s . S'ils d i s e n t : V i e n s a v e c n o u s , d r e s s o n s d e s embûches
pour la m o r t , tendona d e s p i è g e s à l'innocent qui l'est e n vain,...
ne m a r c h e p a s a v e c e u x , d é t o u r n e tes p a s d e leurs sentiers, » ( P r o v .
i, 4 0 , e t c . ) « C'est a i n s i q u ' i l a d é l i v r é l e j u s t e L o t h d e l ' o u t r a g e d e s
i n f â m e s e t d e l e u r v i e h o n t e u s e . » (II P i e r . h , 7 . )

jfr. 3 - 5 . L e P r o p h è t e n e c r a i n t i c i n i l e s g l a i v e s , ni l e s f l è c h e s p e r -
ç a n t e s . L a l a n g u e s e u l e e s t l ' o b j e t d e s a c r a i n t e . Il r e d o u t e s e s g l a i v e s ,
s e s j a v e l o t s ; l a c o n f i a n c e q u ' i l p l a c e e n D i e u l e m e t s e u l e à l'abri d e
leurs coups : « Vous m'avez protégé contre l'assemblée des méchants.»
Mais l'arc d ' u n e l a n g u e h o m i c i d e e s t t o u j o u r s b a n d é , e t l a p o i n t e d e
son glaive toujours aiguisée. Ses flèches meurtrières n e cessent de
voler, et leurs c o u p s ne s o n t q u e trop certains : ils p e r c e n t d a n s l ' o b -
scurité celui qui est i n n o c e n t . C o m p r e n o n s ici l e s e n s p r o p r e d e c e
m o t ; ce n'est p o i n t celui qui est saint, fidèle, j u s t e , q u e p e r c e n t ces
flèches, m a i s celui qui est i n n o c e n t , celui q u e le s a c r e m e n t de bap-
tême a l a v é tout r é c e m m e n t des souillures du p é c h é , m a i s qui n'est
e n c o r e n i a f f e r m i d a n s l a foi, n i p r o f o n d é m e n t i n s t r u i t d e l a d o c t r i n e
du s a l u t , n i e x e r c é c o n t r e l e s a t t a q u e s d ' u n e l a n g u e d o n t t o u s les
coups s o n t mortels. (S. Hil.) — Cette d o u b l e c o m p a r a i s o n d'un glaive
et d ' u n a r c fait v i v e m e n t r e s s o r t i r la malice des e n n e m i s , soit de
David, soit de Jcsus-Chrisl, soit do l'Eglise, soit de c h a q u e fidèle.
26 PSAUME LXIII.
Leurs paroles sont aiguisées comme un glaive; elles sont lancées
comme des flèches ; le glaive frappe plus près, la flèche atteint plus
loin, et les attaques, longtemps préparées en secret, sont soudaines et
sans pitié. (RENDU.) — Quand vous déchirez en secret ceux que vous
caressez en public; quand vous les percez de cent plaies mortelles par
les coups incessamment redoublés de votre dangereuse langue; quand
vous mêlez artificieusement le vrai et le faux, pour donner de la vrai-
semblance à vos histoires malicieuses ; quand vous violez le sacré dépôt
du secret qu'un ami trop simple a versé tout entier dans votre cœur,
et que vous faites servir à vos intérêts sa confiance qui vous obligeait
à penser aux siens, combien prenez-vous de précaution pour ne point
paraître? combien regardez-vous à droite et à gauohe? Et si vous ne
voyez pas de témoin qui puisse vous reprocher votre lâcheté dans le
monde, si vous avez tendu vos pièges si subtilement qu'ils soient im-
perceptibles aux regards humains, vous dites : « Qui nous a vus? »
Comme dit le divin Psalmiste : Vous ne comptez donc pas parmi les
voyants celui qui habite aux cieux ? Et cependant entendez le même
Psalmiste : « Quoi 1 celui qui a formé l'oreille n'écoute-t-il pas ? et
celui qui a fait les yeux est-il aveugle ? » Pourquoi ne songez-vous
pas qu'il est tout vue, tout ouïe, tout intelligence, que vos pensées
lui parlent, que votre cœur lui découvre tout, que votre propre cons-
cience est sa surveillante et son témoin contre vous-même? (BOSSUET,
Nécessité de travailler à son salut.)
y. 6. Plus ils croyaient mettre d'habileté dans leurs complots, plus
grande était leur impuissance, parce que, s'éloignant de la lumière de
la vérité et de la justice, ils tombaient dans les abîmes de leurs des-
seins criminels. La justice a une lumière qui lui est propre ; elle pé-
nètre jusqu'au fond l'âme qui s'attache à elle, et elle l'inonde de
clarté ; mais quant à l'âme qui se détourne de la lumière de la jus-
tice, plus elle cherche d'expédients contre la justice, et plus elle est
repoussée loin de la lumière et plongée dans d'épaisses ténèbres.
(S. AUG.) — L'occupation presque unique des méchants est de cher-
cher des moyens injustes pour perdre les gens de bien, dont la vie les
incommode. Ils se fatiguent pour cela, mais souvent inutilement, et
ils s'épuisent pour n'aboutir qu'à leur propre perte.

II. _ 7-10.

f. 7, 8. Dieu fait paraître combien il est élevé au-dessus de tous


les hommes, la profondeur do la malice du cœur humain servant eu
PSAUME LXIII. 27

QUELQUE MANIÈRE À MESURER LA HAUTEUR DE LA SAGESSE ET DES CONSEILS


DU SEIGNEUR. AINSI, PLUS LE CŒUR DE L'HOMME PARAÎT PROFOND DANS L'A-
BÎME DE SA CORRUPTION, PLUS DIEU FAIT ÉCLATER SA GRANDEUR, EN DISSIPANT
TOUS LEURS DESSEINS AVEC UNE FACILITÉ TOUTE PUISSANTE. (DUG.) — VOUS
SAVEZ COMMENT LES ENFANTS SE FABRIQUENT DES FLÈCHES AVEC DES ROSEAUX.
QUELS SONT LES COUPS QU'ILS PORTENT ET D'OÙ PARTENT CES COUPS ? QUELLE
MAIN ET QUEL TRAIT ! QUELLES ARMES ET QUELS MEMBRES ! CE SONT DE P E -
TITS ENFANTS QUI TIRENT DES FLÈCHES, ET LEURS LANGUES N'ONT DE FORCE QUE
CONTRE EUX-MÊMES. ( S . AUG.)

f. 9 , 1 0 . QUI PEUT N'ÊTRE PAS TROUBLÉ ET SAISI DE FRAYEUR À LA VUE DES


GRANDS CHÂTIMENTS QUE DIEU EXERCE QUELQUEFOIS DANS LE MONDE ? QUE
DIEU PUISSE NOUS COMPTER PARMI CEUX QUI ONT CRAINT ET QUI ONT PUBLIÉ
SES ŒUVRES. C'EST PARCE QUE NOUS CRAIGNONS, QUE NOUS VOUS ANNON-
ÇONS LES ŒUVRES DE DIEU. NOUS VOYONS QUEL EST VOTRE EMPRESSEMENT À
ENTENDRE LA PAROLE DIVINE, NOUS VOYONS AVEC QUELLE ARDEUR DE DÉSIRS
VOUS LA RÉCLAMEZ DE NOUS, NOUS VOYONS QUELS SONT LES SENTIMENTS DE
VOTRE CŒUR. LA PLUIE A PÉNÉTRÉ LA TERRE, PUISSE-T-ELLE PRODUIRE DU BLÉ
ET NON DES ÉPINES ; LE GRENIER EST PRÊT POUR LE BLÉ ET LE FEU POUR LES
ÉPINES. VOUS SAVEZ QUE FAIRE DE VOTRE CHAMP, ET DIEU NE SAURAIT QUE
FAIRE DE SON SERVITEUR ? LA PLUIE QUI TOMBE DANS LE CHAMP FERTILE EST
DOUCE, ET CELLE QUI TOMBE DANS LE CHAMP COUVERT DE RONCES EST DOUCE
ÉGALEMENT. EST-CE QUE JE CHAMP QUI PRODUIT DES RONCES A DROIT D'AC-
CUSER LA PLUIE ? EST-CE QUE CETTE PLUIE NE RENDRA PAS TÉMOIGNAGE CONTRE
LUI AU TRIBUNAL DE DIEU, ET NE DIRA-T-ELLE PAS : JE SUIS TOMBÉE SUR TOUS
AVEC UNE ÉGALE DOUCEUR ? VOYEZ DONC CE QUE VOUS PRODUISEZ, AFIN DE
SAVOIR CE QUI VOUS EST PRÉPARÉ. PRODUISEZ-VOUS DU BLÉ, ESPÉREZ LE
GRENIER ; PRODUISEZ-VOUS DES ÉPINES, ATTENDEZ-VOUS AU FEU. MAIS LE
TEMPS N'EST PAS ENCORE VENU, SOIT DU GRENIER, SOIT DU FEU ; PRÉPAREZ-
VOUS DONC PAR AVANCE, ET VOUS N'AUREZ RIEN À CRAINDRE. ( S . AUG.) —
QUELS SONT LES HOMMES AU CŒUR DROIT? CEUX QUI N'ATTRIBUENT PAS AU
HASARD TOUS LES MAUX QU'ILS SOUFFRENT EN CETTE VIE, MAIS QUI LES REGARDENT
COMME UN EFFET DE LA VOLONTÉ DE DIEU POUR LEUR GUÉRISON ; QUI NE
PRÉSUMENT PAS DE LEUR PROPRE JUSTICE DE MANIÈRE À PENSER SOUFFRIR
INJUSTEMENT QUAND ILS SOUFFRENT, OU À TAXER DIEU D'INJUSTICE, PARCE
QUE CELUI QUI PÈCHE DAVANTAGE N'EST PAS TOUJOURS CELUI QUI SOUFFRE LE
P L U S . . . S I , AU CONTRAIRE, MÉCONTENT DE DIEU ET CONTENT DE VOUS SEUL,
VOUS VOUS LIVREZ AU BLASPHÈME, VOTRE CŒUR EST DÉPRAVÉ ET TORTUEUX ;
ET, CE QU'IL Y A DE PIRE, C'EST QUE VOUS PRÉTENDEZ CORRIGER LE CŒUR DE
DIEU ET LE RAMENER AU VÔTRE, POUR LUI FAIRE FAIRE CE QUE VOUS VOULEZ,
28 PSAUME LXIV.

tandis que vous devez faire ce qu'il veut. Quoi donc ? voulez-vous
détourner le cœur de Dieu, qui est toujours droit, pour le réduire
à la perversité de votre cœur ? Combien n'est-il pas préférable de
corriger votre cœur pour le rapprocher de la droiture de celui de
Dieu ? ( S . AUG.)

PSAUME LXIV.

In finem, Psalmus David , Can- Pour la fin , Psaume de David. Can-


ticum Jeremiae et Ezechielis po- tique de Jérémie et d'Ezécbiel, pour le
pulo transmigrations, cum incipe- peuple de l'exil, lorsqu'il commençait à
rent exirc. sortir.
1. Te decet hymnus , Deus , in 1. Il convient de vous chanter un
Sion : et tibi reddelur votum in hymne dans Sion , ô Dieu 1 et de vous
Jérusalem. offrir des vœux dans Jérusalem.
2. Exaudi orationem meam : ad 2. Exaucez ma prière ; toute chair vien-
te omnis caro vcniet. dra vers vous.
3. Verba iniquorum prarvalue- 3. Les paroles des méchants ont pré-
runt super nos : et impietatibus valu contre nous ; mais vous nous accor-
nostris tu propitiabcris. derez le pardon de nos impiétés.
4. Beatus, quem elegisti, et as- 4. Heureux celui que vous avez choisi
sumpsisti : inhabitabit in atriis et pris à votre service; il demeurera
tuis. dans votre temple.
Replebimur in bonis domus tuaî : Nous serons remplis des biens do votre
sanctum est templum tuum , maison ; votre temple est saint ;
5. mirabile in aiquitate. 5. Il est admirable de justice.
Exaudi nos, Deus salutaris nos- Exaucez-nous, ô Dieu! notre Sauveur,
ter, spes omnium finium terrai, et vous l'espérance des confins de la terre
in mari longe. ot des mers lointaines;
6. Prœparans montes in virtute 6. vous qui affermissez les montagnes
tua, accinctus potentia : par votre puissance et qui êtes revêtu de
force,
7. qui conturbas profundum ma- 7. qui troublez la profondeur de la
ris , sonum fluctuum ejus. mer, et qui faites retentir le mugissement
de ses flots.
Turbabuntur, Les nations seront troublées,
8. et timebunt qui habitant ter- 8. et ceux qui habitent les extrémités
minos a signis tuis : exitus matutini de la terre seront effrayés à la vue do
ot vespero delectabis. vos prodiges ; vous réjouissez le matin
naissant et le soir.
9. Visitasti torram et inebriasti 9. Vous avez visité la terre , et vous
eam : multiplicasti locupletare l'avez enivrée, et vous avez multiplié ses
eam. richesses.
Flumen Dei repletum est aquis, Le fleuve de Dieu a été rempli d'eau,
parasticibumillorum: quoniam ita et vous avez ainsi préparé la nourriture
est prajparatio ejus. aux hommes ; car c'est ainsi que vous
préparez la terre.
10. Hivos ojus inebria, multi- 10. Enivrez sos sillons; multipliez ses
pliea genimina ejus : in stillicidiis productions, la terre, en travail, se ré-
ejus laetabitur gorminans. jouira de ces rosées multipliées.
11. Benedices coronai anni bc- 11. Vous bénirez la couronne de l'an-
nignitatis tuaî : et campi tui rc- née, objet de votre bonté , et les cam-
plebuutur ubertale. pagnes seront pleines de fertilité.
PSAUME LXIV. 29

12. Pinguoscent speciosa do- 12. L'abondance enrichira les lieux


serti : et exultatione colles accin- riants du désert, et les coteaux seront
gentur. couverts de joyeuses moissons.
13. Induti sunt arietes ovium, 13. Les béliers sont entourés d'une
et valles abundabunt frumento : multitude de brebis ; et les vallées abon-
clamabunt, etenim hymnum di- deront en froment : tout retentira de
cent. cris et do cantiques à votre gloire.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, un des plus remarquables pour la beauté des pensées
et du style, David, qui le composa probablement à l'occasion de la fête
des Tabernacles, pour remercier, au nom du peuple, Dieu de ses bienfaits,
et surtout de la bénédiction du ciel sur les biens de la terre,
I. — EXPOSE L'OBJET ET LA FIN DE SES DÉSIRS :
1° Que Dieu soit loué dans Jérusalem par ses Mêles serviteurs (1) ; 2° quo
la connaissance de la foi soit donnée à toutes les nations (2) ; 3° que le
pardon des péchés soit accordé à tous les pécheurs ; 4° qu'ils soient rem-
plis et comblés des biens de la maison de Dieu (3, 4) ; 5<> qu'ils admirent
et célèbrent la sainteté du temple (5).
II. — IL DÉCRIT LES BIENS RÉPANDUS SUR TOUS LES PEUPLES Qu'lL ATTIRE A
RECONNAITRE LE SEIGNEUR, MAIS SURTOUT SUR ISRAËL *.
Q
1° Les montagnes affermies et inébranlables ; 2 l a mobilité qu'il laisse
aux flots, contenus également par sa puissance (7) ; 3° leurs ennemis com-
primés et effrayés à la vue des prodiges que Dieu a opérés en leur faveur ;
4° un soleil toujours pur et vivifiant (8) ; 5° Dieu visitant lui-môme cette
terre de prédilection, et lui donnant la fécondité et multipliant ses ri-
chesses (9) ; 6° un fleuve abondant portant partout cette fécondité par les
ruisseaux qui en dérivent (10) ; 7° les fruits des arbres et les moissons des
champs se perpétuant dans tout le cours de l'année (11) ; 8° le désert lui-
même devenant fécond, et les collines couvertes do riches vignobles (12) ;
9° les troupeaux nombreux et les vallées remplies d'abondantes moissons,
et tout retentissant de joyeux cantiques (13).

Explications et Considérations,

ï. — 1-5.

f. 1-4. « U n h y m n e vous convient, 6 m o n Dieu. » Mais où ? « D a n s


S i o n . » Il n e c o n v i e n t p a s d a n s B a b y l o n e . E n effet, q u i c o n q u e com-
mence à se renouveler, chante déjà de cœur dans Jérusalem, selon
cette parole de l'Apôtre : « Notre conversation est dans les cieux. »
30 PSAUME LXIV.

(PnrLip. m , 2 0 . ) « Car, b i e n q u e n o u s m a r c h i o n s d a n s l a c h a i r , n o u s
n e c o m b a t t o n s p a s s e l o n l a c h a i r . » (II Coït, x , 3.) D é j à , p a r l e désir f

n o u s s o m m e s d a n s l e ciel ; d é j à n o u s a v o n s j e t é l ' e s p é r a n c e , c o m m e
une ancre sur terre, de p e u r q u e , battus p a r la t e m p ê t e , n o u s ne fas-
sions n a u f r a g e sur la m e r de ce m o n d e . D e m ô m e donc que nous
disons a v e c r a i s o n , d'un navire à l'ancre, qu'il a déjà pris terre, p a r c e
q u e , s'il e s t e n c o r e s u r l e s f l o t s , i l e s t d é j à c o m m e a m e n é à t e r r e , e t
mis e n s û r e t é c o n t r e les v e n t s e t les t e m p ê t e s ; d e m ê m e , c o n t r e l e s
tentations de notre exil, notre espérance, qui s'appuie sur cette sainte
cité d e J é r u s a l e m , fait q u e n o u s n e s o m m e s p a s e n c o r e j e t é s s u r l e s
rochers. Celui d o n c qui c h a n t e i c i , c h a n t e s e l o n cette espérance;
qu'il d i s e a v e c l e P r o p h è t e : « U n h y m n e v o u s c o n v i e n t , ô m o n D i e u ,
dans S i o n . » D a n s Sion et n o n dans B a b y i o n e . Mais n'êtes-vous p a s
encore d a n s B a b y i o n e ? Oui, répond celui qui aime ce citoyen du
ciel, oui j e suis encore d a n s B a b y i o n e , m a i s de corps et n o n de c œ u r . . .
C'est p o u r q u o i l ' A p ô t r e , e n e x h o r t a n t l e s E p h é s i e n s à c h a n t e r d e s
cantiques d'amour et à e x p r i m e r leur désir pour cette cité m a g n i f i q u e ,
pour cette vision de paix, leur dit : « Chantez des h y m n e s a u S e i g n e u r
d a n s v o s c œ u r s . » (EPIIES. V, 1 9 . ) — Ils s ' a c c o m p l i s s e n t toujours les
oracles du ltoi-Prophète qui ont annoncé que la louange de-Dieu
retentirait dans l'Eglise, dans la g r a n d e a s s e m b l é e des saints, au mi-
lieu d'un p e u p l e n o m b r e u x g r o u p é d e v a n t l e s a u t e l s , a C'est dans
Sion, ô Dieu, que vous entendez l'hymne convenable, l'hymne assorti
à v o s p e r f e c t i o n s i n f i n i e s ; c'est d a n s J é r u s a l e m q u e v o u s s e r o n t o f f e r t s
les h o m m a g e s d i g n e s d e votre m a j e s t é s u p r ê m e . T e n e z p o u r i n d u b i -
table, dit B o s s u e t , que l'Eglise catholique est le seul t e m p l e universel
do D i o u , a i n s i q u e T e r t u l l i c n l ' a p p e l l e : Calholicum Dci tcmplum, e t
q u ' e l l e e s t a u s s i l e s e u l l i e u o ù D i e u e s t a d o r é e n v é r i t é . (Serm. sur le
culte dû à Dieu), c e q u i v e u t d i r e q u ' e l l e e s t l a s e u l e é c o l e o ù l e s a t t r i b u t s
divins soient enseignés aussi c o m p l è t e m e n t et aussi l u m i n e u s e m e n t
qu'il a p l u à D i e u d e n o u s l e s r é v é l e r , e t c o n f e s s é s a v e c t o u t e l ' a r d e u r
et la p u r e t é qu'il e x i g e de ses adorateurs. L'Eglise est c e t t e ville dont
a parlé le p r o p h è t e Ezéchiel, cette cité qui se n o m m e : « Dieu est là.»
(XLVIII, 5 5 . ) P a r t a n t , p u i s q u ' e l l e a s e u l e c e t t e p l é n i t u d e , a d o r o n s D i e u
d a n s c e g r a n d e t a u g u s t e t e m p l e o ù il h a b i t e p a r m i n o u s , j e v e u x
dire d a n s l'unité de l'Eglise c a t h o l i q u e ; a d o r o n s - l e d a n s la p a i x e t
d a n s l ' u n i t é d e l ' E g l i s e c a t h o l i q u e ; a d o r o n s - l e d a n s l a foi d e l ' E g l i s e
c a t h o l i q u e , ainsi assurés d e lui rendre l ' h o n n e u r qu'il v e u t recevoir
de n o u s . (Mgr PIE, Sur Us prmeip. erreurs du temps prés.) — C o m b i e n
PSAUME LXIV. 3i
il est difficile de résister à l'impression que produisent les discours
des méchants; ils emportent la raison, corrompent l'esprit, et le rem-
plissent de faux principes et de fausses idées. Ces faussetés, qui nais-
sent des discours des hommes y sont si fortement attachées que
personne n'en est parfaitement guéri en ce monde. Nés sur cette terre,
nous y avons trouvé des méchants dont nous avons entendu les dis-
cours. En quelque lieu que naisse un homme, il apprend la langue
de cette contrée, de ce pays ou de cette ville ; il s'imprègne de ses
mœurs et de sa vie. (S. AUG.)
5. Point de bonheur comparable à celui d'être appelé et rappro-
ché de Dieu. L'Apôtre dit aux Ephôsicns qu'avant leur vocation à la
foi, ils étaient sans promesses et sans Dieu dans ce monde ; mais que,
depuis la prédication de l'Evangile, ils se sont approchés de Dieu par
la vertu du sang de Jésus-Christ, et que par là ils ont acquis la paix.
Quels fruits immenses du salut 1 le Prophète dit qu'alors on habite
dans la maison du Seigneur; qu'on est comblé de ses biens, qu'on
jouit de la sainteté et de la justice qui régnent dans le temple de
Dieu ; qu'on a la confiance d'adresser des prières au Seigneur, de le
regarder comme son unique appui, fùt-on aux extrémités de la terre
et dans les îles de la mer les plus éloignées. Le monde ne conçoit ni
ne goûte ces avantages, le chrétien lâche et indifférent n'en jouit pas
non plus ; c'est l'homme de foi qui entre dans ce saint commerce. Ah !
disait encore saint Paul à ces fervents Ephésiens, vous n'êtes plus des
étrangers, vous êtes les concitoyens des saints, vous êtes de la maison
de Dieu, vous êtes bâtis sur le fondement des Apôtres et des Pro-
phètes, et sur Jésus-Christ môme, qui est la pierre angulaire sur la-
quelle s'élève tout l'édifice destiné à être le temple saint du Seigneur.
Mais tout cet édifice ne se construit que par le Saint-Esprit et dans
le Saint-Esprit, comme ajoute l'Apôtre. Cette maison spirituelle ne se
bâtit point dans le tumulte du monde, dans le choc des passions,
dans la fougue des désirs corrompus. C'est dans la solitude du cœur,
dans le silence de la prière, dans le dégagement des intérêts tempo-
rels que s'élève ce temple où le Père, le Fils et le Saint-tEsprit habi-
tent, comme le remarque si éloquemment saint Chrysostôme. (BER-
THIER.) — « Nous serons comblés des biens de votre maison. » Quels
sont les biens de la maison de Dieu? Composons, dans notre imagi-
nation, quelque riche maison; de quelques biens qu'elle soit remplie,
quelle que soit la surabondance de ces biens, quel que soit le nombre
des vases et des meubles d'or et d'argent qu'elle renferme, ou lo
32 PSAUME LXIV.
nombre des serviteurs, des troupeaux et des animaux ; quelle que
soit enfin la magnificence de cette maison en peintures, en ouvrages
de marbre, en lambris dorés, en colonnes, en galeries, et en cham-
bres d'habitation ; quoique ces biens soient les plus désirés, cependant
il n'y a là rien qui n'appartienne à la confusion de Babyione. Retran-
chez tous ces désirs, ô citoyen de Jérusalem, retranchez-les. Si vous
voulez revenir dans la patrie, que la captivité ne fasse pas vos délices.
Peut-être avez-vous commencé déjà à sortir de Babyione? gardez-
vous alors de regarder en arrière, gardez-vous de rester en chemin...
< Nous serons comblés des biens de votre maison ; votre temple est
saint, la justice le rend admirable. » Tels sont les biens de votre mai-
son. Le Prophète n'a pas dit : Votre temple est saint, il est admirable
par ses colonnes, admirable par ses marbres, admirable par ses toits
dorés, mais « la justice le rend admirable. » Vous avez les yeux du
dehors pour l'or et le marbre ; au dedans de vous est l'œil qui voit
la beauté de la justice... Voilà les biens de la maison de Dieu ; pré-
parez-vous à vous en rassasier. Mais, pour vous en rassasier, lorsque
vous serez parvenus à cette maison, il vous faut d'abord avoir faim et
soif pendant votre exil sur la terre : ayez faim de ces biens, ayez-en
soif, parce que tels seront pour vous les biens de Dieu. (S. AUG.) —
Le temple de l'ancienne loi, admirable pour sa structure magnifique,
ses pierres colossales, ses riches ornements. Le temple de la loi nou-
velle, admirable à cause de la sainteté et de la justice qui y règne. —
Le temple de Dieu est saint et c'est vous qui êtes ce temple. (I COR.
m, 1 7 . ) Si donc le temple de Dieu est saint et rempli de justice, il
faut que ceux qui l'habitent soient eux-mêmes saints et justes. (DUG.)

H. G-12.

f. 6 . Prédiction de la conversion des nations les plus éloignées à la


connaissance, au culte et à l'amour du vrai Dieu. — Dieu n'était
pas seulement le Sauveur des Israélites, mais encore l'espérance de
toutes les nations de la terre et des mers, parce que la grâce de la
vocation des Gentils devait embrasser, sans exception, tous les peuples
du monde. ( D U G . )
y. 7 , 8 . Dieu affermit, par la vertu de sa grâce, ceux qui paraissent
les plus élevés dans l'Eglise, les prédicateurs de la vérité, qui peuvent
être comparés aux montagnes par rapport aux autres fidèles : a Que
les montagnes reçoivent la paix pour le peuple, et les collines la jus-
tice. (Ps. l x x i , 3 . ) — Il trouble aussi d'une manière salutaire le fond
PSAUME LXIV. 33
de la mer, lorsqu'il épouvante, par la terreur de ses jugements, le
cœur et la conscience des hommes du siècle pour se les assujettir. —
Trouble salutaire qui fait concevoir l'esprit de componction et enfan-
ter le salut. — Signes éclatants de la puissance de Dieu, qui sont u n
sujet de joie et de consolation pour les bons et de frayeur pour les
méchants. La grâce de l'Evangile, qui est la vraie joie du monde, r é -
pandue jusque dans l'Orient et l'Occident, et sur ceux qui h a b i t e n t
les extrémités de la terre. (DUG.)
f. 9. La pluie est justement signalée par les saintes Ecritures
comme un des dons les plus précieux que Dieu tient en réserve dans
ses trésors. « La pluie descend du ciel, dit le prophète Isaïe, et elle
enivre la terre, elle la pénètre, elle la fertilise, elle donne le grain à
celui qui sème et le pain à celui qui mange. > (ISAI. LV, 10.) Dans le
contrat de l'ancienne alliance, la pluie figurait au premier rang des
promesses et des menaces divines. (LEV. XXVI, 3 , 4 , 5 , 1 2 , 19.) Bien
que le pacte spécial fait avec Isracl n'existe plus, et que, sous la loi de
l'Evangile, le Père céleste nous soit montré faisant lever son soleil et
tomber sa pluie sur les méchants comme sur les bons, le Très-Haut ne
s'est pourtant pas dessaisi du droit d'exercer, quand il lui plaît, sa
justice dans le temps, et de garder au service de sa providence le
double ressort de tout bon gouvernement, la dispensation intelligente
et équitable de la récompense et du châtiment, en modifiant à son
gré les lois que suivent les cléments et où beaucoup d'esprits aveu-
gles, étrangers aux enseignements de la tradition chrétienne, aux
premières notions de la liberté de Dieu et de la puissance qu'il a don-
née à la prière, s'obstinent à ne faire qu'un effet fortuit de causes
aveugles et capricieuses, une fantaisie de la nature ou un résultat n é -
(1,,m
cessaire de combinaisons atmosphériques. (Mgr PIE, M . 18G1.) —
Le sens moral caché sous les expressions poétiques du Prophète est
d'une abondance que les hommes d'oraison sentiront bien. Quand
Dieu se communique à une âme, il l'enivre en quelque sorte de son
amour ; il multiplie ses sentiments et ses bonnes œuvres ; alors cette
terre, arrosée des influences du ciel, est dans la joie ; ses années rou-
lent comme dans un cercle de bénédictions. Le ciel, toujours libéral
pour elle, semble distiller l'abondance; elle croît en vertu, à mesure
que les jours de cette vie s'accumulent. (BERTHIER.)

f. 1 0 , 1 1 . « Celui qui croit en moi, dit Notrc-Seigncur Jésus-Christ,


des fleuves d'eau vive couleront de ses entrailles. » Autant de fleuves,
TOME II. 3
34 PSAUME LXIV.
en effet, ont jailli des entrailles de Pierre, de Paul, de Jean, des
apôtres, des évangélistes ; mais tous cesfleuvesn'en font qu'un seul,
parce qu'ils se confondent dans l'unilé. Il y a beaucoup d'Eglises, et
il n'y a qu'une Eglise ; il y a beaucoup de fidèles, et il n'y a qu'une
épouse de Jésus-Christ; il y a beaucoup de fleuves, et il n'y a qu'un
fleuve... Et c'est ce fleuve, cette merveilleuse union des grâces de
Dieu, de toutes les saintes paroles, de tous les dons de l'esprit ; c'est
ce fleuve dont l'impétuosité fait la joie de la cité de Dieu. Ce beau
fleuve ne tarit jamais... Et quand les sources des pécheurs sont arides,
quand leurs citernes entr'ouvertes laissent s'écouler l'eau sans retour,
le fleuve de Dieu est toujours plein, nous dit ici le Roi-Prophète.
S. AUG.) — « Enivrez ses sillons, multipliez ses générations, et toute
^plante naissante se réjouira des gouttes d'eau qui l'arrosent, » en
attendant, sans doute, qu'elle soit assez forte pour supporter les eaux
abondantes du fleuve. Toute plante naissante se réjouira des gouttes
d'eau qui conviennent à sa faiblesse. En effet, sur ceux qui sont en-
core petits et faibles, on laisse tomber goutte à goutte quelque chose
des mystères sacrés, parce qu'ils ne pourraient encore supporter la
plénitude de la vérité... Que celui qui vient de naître et qui prend
sa croissance se réjouisse de ces gouttes d'eau qu'il reçoit ; plus tard,
lorsqu'il sera devenu fort, il recevra aussi la plénitude de la sagesse.
(S. AUG.) — Le fleuve de Dieu est le Saint-Esprit dont les grâces et
les dons si différents et si variés, sont comme autant de ruisseaux quj
se répandent dans les âmes pour les rendre riches en vertus et en
bonnes œuvres. C'est Dieu seul qui leur prépare leur nourriture,- et
ce n'est que de cette sorte, c'est-à-dire par l'influence de ces eaux
divines^ qu'il les prépare à porter du fruit. — Les âmes ainsi pré-
parées sont comme des sillons propres à être arrosés et enivrés
des eaux célestes. (DUG.) — Lorsque nous avons reçu une nou-
velle naissance dans les eaux du Baptême, nous éprouvons une
très-grande joie, en sentant au dedans de nous-mêmes les premières
impressions de l'Esprit-Saint, qui nous communique l'intelligence
des sacrements, le don d'interprétation des Ecritures, le don de parler
avec sagesse, la fermeté de l'espérance, le pouvoir de guérir et do
commander aux dénions. Ces grâces nous pénètrent comme autant de
gouttes de rosée qui rendent notre terre féconde, fertilisent les ger-
mes de sainteté, la comblent de joie, cl, en se multipliant, forment des
ruisseaux et des fleuves. (S. IIIL.)—Les âmes ainsi préparées sont com-
me des sillons propres à être arrosés et enivrés des eaux célestes. (DUG.)
P S A U M E LXIV*. 35

f. 1 2 . Dans votre bonté, vous bénirez la couronne de toute l'année.


L a m o i s s o n q u i s e fera à l a fin d e s s i è c l e s e s t i c i a p p e l é e l a fin d e
l'année. « Dans votre bonté, vous bénirez la couronne de l'année. »
Si v o u s e n t e n d e z parler d e c o u r o n n e , c'est qu'il s'agit d e la g l o i r e
d'une victoire. Triomphez du d é m o n et vous recevrez la couronne,
t Vous bénirez, dans votre bonté, la couronne de l'année. » Le P r o -
p h è t e r a p p e l l e e n c o r e ici l a b o n t é d e D i e u , d e p e u r q u ' o n n e s e g l o r i -
fie d e s e s p r o p r e s m é r i t e s . ( S . AUG.) — A n n é e v r a i m e n t favorable,
a n n é e de la b o n t é et de la miséricorde de Dieu ; t e m p s de s a l u t , où
cette b o n t é n o u s a sauvés e n r é p a n d a n t s o n Saint-Esprit sur nous
a v e c u n e r i c h e e f f u s i o n . — C'est c e t t e e f f u s i o n d u S a i n t - E s p r i t q u i a
fait p o r t e r a v e c a b o n d a n c e d e s f r u i t s d e j u s t i c e à c e u x q u i s o n t a p p e -
l é s , d a n s l ' E g l i s e , l e c h a m p d e D i e u q u ' i l c u l t i v e p a r s a g r â c e . — C'est
ce m ô m e Esprit qui a engraissé d'une manière toute spirituelle, par
s o n o n c t i o n sacrée les l i e u x déserts. — Les collines remplies de j o i e ,
lorsque les personnes plus élevées que les autres, par leur dignité,
par leur esprit et par leurs richesses o n t été admises à la grâce du
salut. — L e s béliers, c'est-à-dire les pasteurs et les chefs d u t r o u -
p e a u , se s o n t v u s e n v i r o n n é s d'une g r a n d e m u l t i t u d e d e brebis, p a r l a
m u l t i p l i c a t i o n p r e s q u e i n f i n i e d e l e u r s t r o u p e a u x . (DUGUET.) — Les
vallées comparées aux montagnes expriment principalement l'humi-
lité et les â m e s h u m b l e s . . . Les vallées de l'humilité ont des fleurs,
e l l e s o n t a u s s i d e s fruits. « L e s v a l l é e s a b o n d e n t e n f r o m e n t , » c ' e s t l a
parole du P s a l m i s t e ; car, ajoute saint Augustin : « Les h u m b l e s rap-
p o r t e n t b e a u c o u p d e fruits e t l a s a i n t e E p o u s e d e s c a n t i q u e s quitte
les e m b r a s s e m e n t s de son E p o u x , et d e s c e n d d a n s son jardin p o u r y
a d m i r e r les fruits des vallées. » — L e s vallées a b o n d e n t en froment,
s a i n t G r é g o i r e l ' e x p l i q u e a i n s i : « C'est, d i t - i l , q u e c e u x q u i s o n t d o u x ,
simples et méprisés du m o n d e , reçoivent avec abondance l'aliment de
la vérité. » (xhHom. in. Ev.) — Mais n'y a-t-il p a s u n a u t r e a l i m e n t
céleste q u e celui d e l a divine parole ? Oui, le f r o m e n t des é l u s , l e
corps sacré du Sauveur, la divine Eucharistie 1 Les h u m b l e s seuls la
r e ç o i v e n t d i g n e m e n t . D i e u r é s i s t e a u x s u p e r b e s , e t il s e d o n n e t o u t
e n t i e r a u x h u m b l e s . Il n e s e n o u r r i t q u e p a r m i l e s l i s , e t il n ' e n g r a i s s e
q u e l e s v a l l é e s . (Mgr DE LA BOUILLERIE, Sy?nù. 2 2 1 . )
36 PSAUME LXV.

PSAUME L X V .

In finem , Canticum Psalmi re- Pour la fin, Cantique-Psaume de la


surrectionis. résurrection.
l.Jubilate Deo omnisterra, 1. Poussez des cris de joie vers Dieu,
peuples de toute la terre;
2. Psalmum dicite nomini ejus: 2. chantez des cantiques en l'honneur
date gloriam laudi ejus. de son nom, rendez-lui la gloire qui lui
est due par vos louanges.
3. Dicite Deo quani terribilia 3. Dites à Dieu : Que vos œuvres, Sei-
sunt opéra tua, Domine ! in mul- neur, sont terribles ! devant la gran-
litudine virtutis tuai mentientur eur de votre puissance, vos ennemis
tibi inimici tui. seront convaincus de mensonge (1).
4. Omnis terra adorct te , et 4. Quo toute la terre vous adore et
psallat tibi : psalmum dicat nomini qu'elle chante vos louanges ; qu'elle
tuo. chante dos cantiques à la gloire de votre
nom.
î>. Venite, et videte opéra Dei : 5. Venez et voyez les œuvres de Dieu:
terribilis in consiliis super filios il est terrible dans ses desseins sur les
hominum. enfants des hommes.
6. Qui convertit mare in aridam, 6. C'est lui qui a changé la mer en une
in flumine pertransibunt pede : terre aride ; les peuples ont passé le
ibi lsetabimur in ipso. fleuve à pied ; c'est là que nous nous
réjouirons en lui;
7. Qui dominatur in virtute sua 7. C'est lui qui domine éternellement
in œternum, oculi ejus super gen- par sa puissance ; ses yeux regardent
tes respiciunt : qui exaspérant non les nations. Que ceux qui l'irritent ne
exaltentur in scmetipsis. s'élèvent pas en eux-mêmes.
8. Benedicite. gcntes, Deum nos- 8. Nations , bénissez notre Dieu , et
truni : et auditam facitc voccm faites entendre la voix de ses louanges.
laudis ejus,
9. Qui posuit animam meam ad 9. C'est lui qui a rendu mon âme à la
vitam : et non dédit in commo- vie ; et qui n a point laissé chanceler
tionem pedes meos. mes pas.
1 0. Quoniam probasti nos, Deus: 10. Car vous nous avez éprouvés, ô
igne nos examinasti, sicut cxami- Dieu! vous nous avez épurés par le fou,
natur argentum. comme on épure l'argent.
{1. Induxisti nos in laqueum, 11. Vous nous avez conduits dans le
posuisti tribulationes in dorso nos- piège ; vous avez chargé nos épaules do
tro : tribulations.
12. imposuisti bomines super 12. Vous avez placé des hommes sur
capita nostra. nos têtes.
Transivimus per ignem et aquam: Nous avons passé par le feu et par
et eduxisti nos in refrigerium. l'eau ; et vous nous avez conduits dans
un lieu de rafraîchissement.
13. Introibo in domum tuam in 13. J'entrerai dans votre maison avec
bolocaustis : reddam tibi vola mea, des holocaustes; j'acquitterai les vœux
que je vous ai faits,

(i) La grandeur de votre puissance convaincra de mensonge ceux qui avaient


osé la nier; ou bien, dans un autre sens également vraisemblable : vos ennemis
ne pouvant vous résister se soumettront à vous, il est vrai, mais non avec sin-
cérité et de bonne volonté ; ils ne se soumettront que par contrainte et seule-
ment par dissimulation.
PSAUME LXV. 37

i 4. qum distinxcrurit labia mea. 14. que mes lèvres ont formulés, et quo
Et locutum est os meum, in tri- ma bouche a prononcés au jour do ma
bulatione mea. détresse.
15. Holocausta medullata offc- 15. Je vous offrirai en holocauste des
ram tibi cum incenso arietum : of- victimes grasses avec la fumée des chairs
feram tibi boves cum hircis. brûlées des béliers ; je vous offrirai des
bœufs avec des boucs.
16. Vcnite, audite, ot narrabo , 16. Venez et écoutez, vous tous qui
omnes qui timetis Deum, quanta craignez Dieu, et je vous raconterai
fecit animœ mcœ. quelles grandes choses il a faites en fa-
veur do mon âme.
17. Ad ipsum ore meo clamavi, 17. J'ai ouvert la bouche et criô^vers
et exaltavi sub lingua mea. lui ; et ma langue Fa glorifié.
18.Iniquitatem si aspexiin corde 18. Si j'ai regardé l'iniquité dans mon
meo, non exaudiet Dominus. cœur, le Seigneur ne m'exaucera point.
19. Propterea exaudivit Deus, et 19. C'est pour cela quo Dieu m'a
attendit voci deprecationis meœ. exaucé, et qu'il a été attentif à la voix
do mon humble prière.
20. Benedictus Deus , qui non 20. Béni soit Dieu, qui n'a point re-
amovit orationem moam, ot misc- jeté ma prière, ni rotirô do moi sa misé-
ricordiam suam a me. ricorde.

Sommaire analytique.

Le Prophète, dans ce Psaume, composé après une grande victoire sur


Sennacherib, suivant les uns, après le retour de la captivité, suivant les
autres, est la figure de Jésus-Christ dans sa résurrection, et de tous les
élus rendant grâces à Dieu au jour de leur propre résurrection. Le Sau-
veur triomphant do la mort, et les élus, dans sa personne,
I. — INVITENT TOUTES LES NATIONS A RENDRE GRACES A DIEU :
1° En se livrant aux transports do la joie, avec accompagnement d'ins-
truments de musique (1) ; „
2° En chantant les louanges des œuvres do Dieu (2), a) à cause de la crainte
que sa puissance inspire à ses ennemis (2) ; b) à cause des hommages
qu'il reçoit de ses amis et de toute la terre (4) ;
3° En admirant les œuvres et les conseils de Dieu sur les enfants des
hommes. (5).
H. — ILS EXPOSENT LES RAISONS QUI MOTIVENT CES ACTIONS DE GRACES :

1° Les bienfaits accordés aux Juifs dans le passage de la mer Rouge


du Jourdain (6) ;
2° les bienfaits beaucoup plus grands accordés aux Gentils, leur élection
à la gloire éternelle, ce qui doit réprimer l'orgueil des Juifs et exciter les
Gentils à louer Dieu (7, 8) ;
3° Les bienfaits dont le Seigneur a été personnellement l'objet, «) sa" ré-
surrection, b) sa constance et sa persévérance dans sa passion (9);
4° Les bienfaits dont il a comblé ses élus, après les avoir éprouvés par
diverses tribulations (10-12).
38 PSAUME LXV

III. — DAVID REND GRACES A DIEU t


1° Il déclare qu'il offrira à Dieu des holocaustes tout à la fois volon-
taires, et qu'il a fait vœu d'offrir au jour de sa tribulation (13, 14) ;
2° Il expose la qualité des victimes qu'il doit offrir à Dieu (15) ;
3° Il invite tous les hommes à s'unir à lui pour rendre à Dieu ces ac-
tions de grâces (16) ;
4° Il leur fait connaître qu'il doit tous ces dons à sa prière, dont il décrit
les qualités, la ferveur, l'humilité, la pureté et l'innocence, et il conclut
tout par un acte de louange et d'actions de grâces (17-20).

Explications et Considérations.

I. — 1-5.
f. 1, 2. Que veut dire « pousser des cris de jubilation ? » Que votre
joie, si elle ne peut s'expliquer par des paroles, s'échappe en cris
d'allégresse. En effet, la jubilation ne s'exprime point en discours,
mais se produit au dehors par des sons inarticulés que semble jeter un
cœur qui a porté en lui-même et qui enfante en quelque sorte le bon-
heur qu'il a conçu, bonheur que des paroles sont impuissantes à tra-
duire. (S. AUG.) — Si vous poussez des cris de jubilation de manière
à être entendu de Dieu, chantez aussi sur le psalterion de manière à
être vu et entendu des hommes, mais ne le faites pas pour l'honneur
de votre nom. « Gardez-vous, en effet, d'accomplir devant les hommes
vos œuvres de justice, pour qu'ils vous voient. » (MATTH. VI, 1.)
Faites attention à ces autres paroles : « Que vos actions brillent de-
vant les hommes, afin qu'ils voient le bien que vous faites et qu'ils glo-
rifient votre Père qui est dans les cicux. » (MATTH. V, 16.) Qu'ils voient
vos bonnes actions pour en glorifier Dieu et non pour vous en glorifier ;
car si vous faites vos bonnes œuvres pour vous en glorifier, il vous
sera répondu ce que le Seigneur a dit lui-même de certains hommes :
« En vérité, je vous le dis, ils ont reçu leur récompense... » (MATTH.
XI, 2.) Faites attention à votre fin, chantez pour votre fin, voyez
pour quellefinvous agissez. Agir pour vous glorifier, c'est là ce que
je défends ; agir pour glorifier Dieu, c'est là ce que j'ordonne. Chantez
donc sur le psalterion, non à la gloire de votre nom, mais à la gloire
du nom de votre Dieu... « Que nulle chair, dit l'Apôtre, ne se glorifie
en présence de Dieu. » (I COR. H, 29.). Voyez comme il nous a ôté la
gloire pour nous donner la gloire; il nous a ôté notre gloire pour
nous donner la sienne ; il nous a ôté une gloire vide pour nous
PSAUME LXV. 39
donner une gloire pleine ; il nous a ôté une gloire chancelante pour
nous donner une gloire solide. Combien donc notre gloire est plus
forte et plus ferme, parce qu'elle est en Dieu ! Vous ne devez donc
pas vous glorifier en vous-même, la vérité vous l'a défendu ; mais ce
que dit l'Apôtre, la vérité vous l'a prescrit : « Que celui qui se glo-
rifie se glorifie en Dieu. » (I COR. I, 3 1 . ) Que vos louanges le glori-
fient donc. (S. AUG.) — Quelle joie et quelle consolation pour une
âme qui a tout reçu de Dieu, de lui renvoyer tout, et de lui rendre par
ses louanges toute la gloire qui lui est due, sans qu'elle s'en réserve
rien pour elle-même !
f. 3 , 4 . Les œuvres de Dieu admirables et terribles, soit dans Tor-
dre de la nature, soit dans l'ordre de la grâce. Pourquoi les œuvres
de Dieu sont-elles redoutables et non aimables? 11 est dit dans un
autre psaume : « Servez le Seigneur avec crainte, et livrez-vous en
lui à l'allégresse avec tremblement. » (Ps. n, 21.) Que signifie cette
parole ? L'Apôtre dit également : « Faites votre salut avec crainte et
tremblement. » (PHILIP, I I , 1 2 . ) Pourquoi « avec crainte et tremble-
ment ?» Il en donne la raison : « Car c'est Dieu qui opère en vous et
le vouloir et le faire, selon sa bonne volonté. » (IBID., 1 3 . ) Si donc
Dieu opère en vous, c'est par la grâce de Dieu et non par vos propres
forces que vous opérez le bien. Par conséquent si vous vous réjouissez,
craignez également, de peur que ce qui a été donné à l'humble ne
soit ôté au superbe. (S. AUG.) — « Que toute la terre vous adore, etc.»
Souhait d'une âme qui est tout entière à Dieu ; que toute la terre
l'adore avec un amour plein de respect, et chante incessamment des
cantiques à la gloire de son nom. — Dieu est terrible dans ses con-
seils, dans ses décrets sur les enfants des hommes. Ce mol bien médité
peuplerait encore les déserts, et ferait de tous les hommes des péni-
nitents, des hommes d'oraison. Dieu est terrible dans le choix des
élus, terrible dans le châtiment des réprouvés, terrible dans sa con-
duite à l'égard du premier homme prévaricateur et de toute sa race,
terrible dans le délai du Messie pendant quatre mille ans, terrible
dans la multitude des peuples qui ne parviennent point à la lumière
de l'Evangile, terrible dans les scandales dont il permet que le monde
soit rempli, terrible dans les coups dont il frappe ses amis pour les
éprouver, terrible dans la prospérité qu'il accorde aux méchants, ter-
rible dans les voies d'obscurité par où il conduit ceux qui le cherchent.
0 Dieu infiniment terrible ! toutes les facultés de mon âme sont dans
l'effroi, quand je pense à vos décrets sur les enfants des hommes.
40 PSAUME LXY.
J'adore ces divins conseils, je n'ai garde de vouloir les sonder ; j e veux
marcher dans la foi comme les patriarches et comme tous vos saints;
que la t e r r e u r dont je suis rempli ne m'ôte point la confiance. Je
remets tout mon sort entre vos mains. Je m'approche de vous, non
pour examiner mais pour bénir toutes vos œuvres. (BERTHIER.)
f. 5, 6. « 11 a changé la mer en une terre sèche. » Cette mer était
le monde, aux flots salés et amers, bouleversée par les tempêtes et dé-
chaînant sa fureur par les soulèvements des persécutions. Le monde
était vraiment une mer, mais cette mer a été convertie en u n e terre
sèche. (S. AUG.) — « Venez et voyez les œuvres de Dieu. » Le Sei-
gneur a multiplié ses œuvres admirables. On vous voit souvent admi-
rer un histrion; cet homme, à force de travail, a appris à marcher
sur une corde, et, suspendu au-dessus de vous, il vous tient en sus-
pens. Regardez d'autre p a r t Celui qui vous donne de tout autres
spectacles : votre histrion a appris à marcher sur la corde ; est-co
qu'il a aussi appris à marcher sur la mer ? Oubliez votre théâtre, et
voyez Pierre, votre Apôtre (MATTH. XIV, 29) ; ce n'est pas un funam-
bule, c'est, si j e puis créer ce mot, un mariambule. Marchez donc
aussi, non pas sur ces eaux où Pierre, en marchant, figurait autre
chose, mais sur d'autres eaux, car ce monde est une mer. Il en a la
funeste amertume, il a des flots de tribulations, il a les tempêtes des
tentations; voilà où il faut marcher, voilà les eaux qu'il faut fouler
aux pieds. (S. AUG., Ps. XXXÏX.) — « Ils passeront le fleuve à pied. »
Quel est ce fleuve ? ce fleuve est tout ce qui meurt en ce monde. Voyez
ce fleuve : les choses viennent et passent, et d'autres leur succèdent
pour passer de même. N'en est-il pas ainsi pour l'eau d'un fleuve qui
sort de terre et qui coule? Il faut que tout être qui est né cède la
place à un être qui naîtra, et tout cet ordre de choses fugitives est
comme un fleuve. Que l'âme ne se jette point par convoitise dans ce
fleuve, qu'elle ne s'y jette pas, qu'elle reste sur le bord. Et comment
passera-t-ellc à travers les trompeuses délices des choses périssables?
Qu'elle croie au Christ et elle passera à pied ; elle passe sous la con-
duite du Christ, elle passe à pied. Que veut dire passer à pied ? passer
facilement. Elle no cherche pas un cheval pour passer; elle ne monte
pas sur l'orgueil pour passer le fleuve ; elle passe humblement et
passe plus sûrement. (S. AUG.) — « Alors nous nous réjouirons en
lui. » Quand nous réjouirons-nous? Lorsque nous aurons passé le
fleuve à pied. Nous avons la promesse de la vie éternelle, nous avons
la promesse de la résurrection ; alors notre chair ne sera plus un
PSAUME LXY. 41

fleuve. Tant que dure notre mortalité, voyez s'il est pour nous un âge
durable. Les enfants désirent grandir, sans se douter que le temps do
leur vie est diminué par les années qui se succèdent. En effet, à me-
sure qu'ils grandissent, des années ne sont point ajoutées à leur vie,
mais retranchées de leur vie, comme l'eau d'un fleuve s'approche sans
doute à mesure qu'elle coule, mais en s'éloignant de sa source. Les
enfants veulent grandir pour échapper à la domination de ceux qui
sont plus âgés qu'eux ; voilà donc qu'ils grandissent, c'est bientôt
fait, et ils arrivent à la jeunesse. Mais après être sortis de l'enfance,
qu'ils retiennent, s'ils le peuvent, leur jeunesse ; celle-ci passe à son
tour. Puis arrive la vieillesse : que du moins la vieillesse dure toujours 1
Non, la mort l'enlève. Toute chair qui naît en ce monde est donc un
fleuve. Cefleuvede mortalité, au passage duquel nous avons à
craindre d'être renversés et entraînés par la convoitise des choses
mortelles, celui-là le travcrso facilement qui le traverse humblement,
c'est-à-dire à pied, sous la conduite de Celui qui l'a passé le premier
et qui, dans sa route, a bu, jusqu'à en mourir, l'eau du torrent, ce qui
fait qu'il a levé sa tête glorieuse. (Ps. cix, 7.) Et nous, conséquemment,
ayant passé cefleuveà pied, c'est-à-dire ayant traversé aisément cette
mortalité qui s'écoule comme de l'eau, « alors nous nous réjouirons
en lui. » Mais aujourd'hui, en qui nous réjouirons-nous, si ce n'est
en lui, si ce n'est dans l'espoir de le posséder? Si, en effet, nous nous
réjouissons présentement, nous nous réjouissons en espérance; «mais
alors, nous nous réjouirons en lui. » (S. AUG.)

II. — 6 - 1 2 .
f. 7 . Les princes de la terre, dont le règne est borné par la durée si
courte de leurs années, sont peu à craindre, puisque leur puissance
ne s'étend pas au-delà de leur vie ; mais « Celui qui a par lui-môme
un empire souverain et éternel, » Celui qui règne au plus haut des
deux, et de qui relèvent tous les empires, à qui seul appartient la
gloire, la majesté, l'indépendance, et qui peut étendre ses châtiments
jusque dans l'éternité est souverainement redoutable. — « Ses yeux
sont appliqués à regarder les nations, » nouveau sujet d'une crainte
et d'une crainte très-utile ; si nous regardions souvent Dieu comme il
nous regarde, si nous étions autant appliqués à sa divine présence
qu'il est appliqué à regarder nos pensées, nos paroles et nos actions,
et qu'il en juge, non scion les ténèbres de notre ignorance, mais selon
la lumière de sa sagesse. ( D u g t j e t . )
42 PSAUME LXV.

f. 8 , 9 . Humble et éternelle reconnaissance du vrai peuple de Dieu,


qui est le corps des élus, pour cette grâce au-dessus de toutes les
grâces, de ce qu'il lui a plu de les choisir, de les prédestiner à la vie,
de n'avoir pas permis que leurs pieds fussent ébranlés, de les avoir
affermis au milieu de tant de pièges et de périls, et de les faire per
sévérer jusqu'à la fin. (DUG.)
f. 1 0 - 1 2 . Nous tous, qui que nous soyons, qui désirons rentrer
dans le paradis de délices , il faut que nous soyons éprouvés par le
feu, car ce n'est pas sans raison qu'il est écrit qu'après qu'Adam et
Eve furent chassés du Paradis, Dieu plaça à l'entrée un chérubin avec
un glaive de feu qui s'agitait toujours... (GEN. m, 2 4 . ) Oui, qui que
nous soyons, il faut que nous puissions dire : « Nous avons passé par
le feu et par l'eau, et vous nous avez amenés au lieu du rafraîchisse-
ment. ..» Or, celui dont l'âme est embrasée du feu de la charité n'a
point à craindre ce glaive de feu. A Pierre lui-môrne, qui tant de fois
s'est offert à la mort pour Jésus-Christ, il dira : « Venez ici et mettez-
vous à table. » Mais cet Apôtre pourra dire : « Il nous a épurés par le
le feu comme on épure l'argent, » car comment le feu pourrait-il ex-
clure celui en qui les eaux abondantes n'ont pu éteindre la charité ?
Mais Pierre sera épuré comme l'argent; mais, pour moi, je serai épuré
tomme le plomb ; jusqu'à ce que le plomb soit consumé, je serai la
proie des flammes. Si Dieu ne trouve en moi aucune parcelle d'argent,
?ualheur à moi, je serai précipité dans l'enfer, où je brûlerai tout en-
tier comme la paille légère. S'il trouve en moi quelque parcelle
d'or ou d'argent, non grâce à mes œuvres, mais à la miséricorde et
à la grâce de Jésus-Christ qui m'a clé donnée par le ministère des
prêtres, je pourrai dire peut-être : « Nul de ceux qui espèrent en vous
ne sera confondu. » (Ps. xxiv, 5 ) , (S. AMBR., Serm. xx in Ps. cxvin,
1 2 , \3.) — « Si notre cœur ne nous condamne pas, nous pouvons
nous approcher de Dieu avec confiance. Tout ce que nous demande-
rons, nous le recevrons de lui, parce que nous gardons ses comman-
dements, et que nous faisons ce qui lui est agréable. » (I JEAN, m, 2 1 . )
— «Vous nous avez fait passer au feu comme on y fait passer l'argent.»
Voyez comme Dieu sévit contre ceux dont il a placé l'âme dans la vie.
« Vous nous avez fait tomber dans un piège, » non pour y être pris
et y mourir, mais pour en être délivrés après y avoir été éprouvés.
Vous avez chargé nos épaules de pesantes afflictions. » En effet, nous
nous étions élevés dans une direction mauvaise, par notre orgueil, et,
après nous être ainsi élevés, nous avons été courbés, afin qu'après celte
PSAUME LXV. 43

dépression, nous pussions nous relever dans une bonne direction.


« Vous avez chargé nos épaules de pesantes afflictions, vous avez
courbé nos têtes sous le poids des hommes. » L'Eglise a souffert tous
ces maux dans les persécutions de tout genre qu'elle a endurées :
elle a souffert dans chacun de ses membres, elle les souffre mainte-
nant encore; car il n'est personne qui puisse, en cette vie, se dire
exempt de ces épreuves. Il y a donc des hommes qui sont comme
placés et qui pèsent sur nos têtes ; nous avons à supporter ceux q u e
nous ne voudrions pas voir près de nous ; nous avons à souffrir comme
supérieurs des hommes que nous savons pires que nous. Or, si u n
homme est exempt de fautes, il est par là même supérieur aux autres ;
mais, au contraire, plus il est chargé de fautes, plus il est inférieur
aux autres. Il nous est bon de considérer combien nous sommes pé-
cheurs et de supporter, pour ce motif, ceux qui font courber notre
tête, afin que nous confessions devant Dieu que nous avons mérité
toutes nos peines ; car pourquoi souffrir avec révolte ce qui est l'œu-
vre de Dieu, la justice m ê m e ? (S. AUG.) — Toutes ces choses entrent
dans l'ordre de la prédestination : il faut être semblable à Jésus-
Christ pour participer à sa gloire. Ce qu'il y a de bien certain, c'est
que les amateurs du monde ne sont pas eux-mêmes exempts de t r a -
verses ; ils l'avouent, et le monde cependant les enchante. (BËRTHIER.)
— Chose étonnante, le monde est dans le trouble et on ne laisse pas
de l'aimer; que serait-ce donc s'il était tranquille? Vous vous a t t a -
chez au monde, tout difforme qu'il est; que serait-cô s'il n'avait que
des agréments ? Vous approchez votre main des épines du monde,
que serait-ce si vous n'aviez à y cueillir que des fleurs ? (S. AUG.)
— Vous avez placé des hommes à notre tête, des hommes avec
toutes les faiblesses, toute l'incapacité, tous les vices de l'homme;
« des hommes à notre tête, » des hommes qui, au nom do la liberté,
veulent nous humilier sous le joug de la plus ignominieuse servitude ;
des hommes à notre tête, pour nous punir d'avoir refusé de la courber
sous l'autorité si légitime et si douce de Dieu. — Le feu et l'eau sont
également dangereux pour nous en cette vie. Le feu désigne toutes
les angoisses, toutes les adversités de ce monde ; l'eau signifie l'abon-
dance et la prospérité du siècle, qui s'écoule comme l'eau. Mais le feu
brûle, et l'eau dissout et se corrompt facilement. Nous avons égale-
ment à redouter ici-bas le feu de la tribulation et l'eau qui tend à
nous corrompre. Demeurons fermes en présence du feu. Quand l'ar-
gile de notre vie aura subi la cuisson de la flamme, clic ne craindra
44 PSAUME LXV.
plus d'être dissoute par l'eau. Si nous avons pu résister au feu, et si
nous ne nous sommes pas laissé submerger par l'eau, alors nous au-
rons traversé en paix le feu et l'eau. Le Seigneur nous fera parvenir
au lieu du rafraîchissement, au séjour des élus. (S. AUG.)

I I I . — 13-20.
f. 13-15. Sacrifices d'actions de grâces qui sont dus à Dieu, et que
nous devons lui offrir incessamment, par une continuelle reconnais-
1
sance du cœur. — Regarder comme un outrage fait à Dieu de l u
offrir ce qu'on a de moindre dans son troupeau, en se réservant le
meilleur. — Ne pas faire légèrement des vœux, mais s'acquitter exac"
tement de ceux qu'on a faits. — N'en pas faire témérairement dans
l'affliction ou dans une violente tentation, parce qu'alors on promet
tout, et ensuite on ne tient rien. (DUGUET.) — « Sœur bien aimée, dit
saint Bernard à une âme qui avait promis de se consacrer à Dieu, »
dites à Dieu avec le Prophète : « J'entrerai dans votre maison, » c'est-
à-dire dans cette retraite bénie ; j ' y entrerai avec des holocaustes,
c'est-à-dire avec l'esprit de contrition et de componction ; j e « m'ac"
quitterai des vœux que j ' a i faits, » c'est-à-dire j e m'offrirai à vous
tout entière, selon le vœu que j ' a i fait. Il est de toute nécessité que
celui qui veut être sauvé et parvenir aux joies éternelles, s'acquitte
avec une pieuse exactitude des vœux qu'il a faits à Dieu. » (S. BERN.,
De modo bene viv.) — « Les vœux que m a bouche a prononcés au
j o u r de la tribulation. » Combien la tribulation a souvent de douceur 1
combien elle est nécessaire ! Qu'a dit sa bouche dans sa tribulation :
« Je vous offrirai de la moelle en holocauste. » Que signifie cette
moelle ? Que mon amour pour vous soit tout intérieur ; alors, le sen-
timent qui me fait vous aimer ne sera pas superficiel, il pénétrera
jusqu'à la moelle de mes os. En effet, il n'y a rien en nous de plus
intérieur que la moelle de nos o s ; les os sont plus intérieurs que la
chair, et la moelle est plus intérieure encore que les os. Quiconque
adore Dieu superficiellement cherche donc plutôt à plaire aux hommes ;
et, comme ses sentiments intérieurs sont différents, il n'offre pas de
moelle en holocauste. Dieu reçoit, au contraire, tout entier celui dont
il reçoit la moelle. ( S . AUG.)
f. 1G-20. « H est bon de tenir caché le secret du r o i ; mais c'est une
chose honorable de découvrir et de publier les œuvres de Dieu,» (TOB.
XII, 7), afin qu'il soit glorifié par tous les hommes, comme celui à qui
a p p a r t i e n t toute gloire et tout empire. —* Voilà ce que doit dire et
PSAUME LXV. 45
faire une âme qui éprouve les effets merveilleux de la grâce de Jésus-
Christ : « O vous qui craignez Dieu, ou plutôt qui, par sa loi, avez été
instruits à le craindre, venez, écoutez et j e vous raconterai ce que
peut faire la miséricorde du Seigneur et ce qu'elle a fait. Il ne vous
en faudra point d'autre preuve que mon exemple, et j e vous dirai ce
que cette infinie miséricorde a fait pour moi. J'étais dans les mômes
engagements que vous, dans les mômes erreurs que vous, dans les
mômes excès que vous; mais la grâce de mon Dieu a rompu les liens
qui m'attachaient, a dissipé les nuages qui m'aveuglaient, a éteint les
passions qui m'emportaient. Je prenais aussi bien que vous, pour folie,
tout'ce que l'on me disait des vérités éternelles; mais la grâce de mon Dieu
m'a détrompé, et m'a convaincu moi-môme de ma propre folie. J e
croyais comme vous que ce changement était impossible, que jamais
je ne pourrais me résoudre à sortir de mes habitudes criminelles, quo
jamais j e ne pourrais soutenir une vie plus retirée et plus r é g l é e ;
mais, par la grâce de mon Dieu, toutes les difficultés se sont aplanies,
j'ai triomphé de la nature et de l'habitude, j e me suis arraché au
monde et à ses enchantements; au lieu du trouble et de l'ennui que
je craignais, j ' a i trouvé le calme et la joie. » (BOURDAL., Sur la grâce.)
— Que signifie : « Ma bouche a crié vers lui et je l'ai glorifié sous les
paroles de ma langue ? » Je l'ai proche publiquement ; je l'ai glo-
rifié dans le secret de mon âme. C'est peu de glorifier Dieu par les
paroles de sa langue, il faut encore le glorifier sous les paroles de sa
langue, c'est-à dire penser dans le secret de l'âme ce que l'on affirme
en public. ( S . AUG.) — « Si j ' a i regarde l'iniquité au fond de mon
cœur. » Considérez maintenant avec quelle facilité, tous les j o u r s , des
hommes qui ont eux-mêmes à rougir accusent d'iniquité d'autres
hommes. Il a fait le mal, disent-ils, il a mené une conduite perverse ;
c'est un scélérat. Peut-être ne parlent-ils ainsi qu'à cause des hommes.
Yoyez si dans votre cœur vous ne jetez point un regard de complai-
sance sur l'iniquité, de peur que ce que vous reprochez à un a u t r e ,
vous ne méditiez de le faire, et que vous ne criiez contre lui, non
parce qu'il a fait mal, mais parce que le m a l qu'il a fait est décou-
vert. Rentrez en vous-même ; soyez vous-même votre juge intérieur.
Que l'iniquité vous déplaise dans votre demeure cachée, dans la c e l -
lule la plus intime de votre cœur, là où vous êtes seul avec Celui qui
voit dans le secret, afin qu'ainsi vous plaisiez à Dieu. Gardez-vous do
jeter sur l'iniquité un regard de complaisance, c'est-à-dire, gardez-
vous de l'aimer ; mais plutôt jetez sur elle un regard de dédain, c'est-
46 P S A U M E LXVÎ.

à-dire, méprisez-la et détournez-vous d'elle. Tout ce qu'elle pro-


met d'agréable pour attirer au péché, tout ce qu'elle objecte de
trisle, comme une menace, pour pousser à faire le mal, tout cela n'est
rien, tout cela passe, tout cela mérite d'être dédaigné afin d'être
foulé aux pieds, et non d'attirer les regards, afin d'être convoité...
Mais c'est peu de préserver ses yeux de l'iniquité, c'est peu d'en pré-
server sa langue, gardez-vous surtout de jeter sur elle quelque regard
dans votre c œ u r ; c'est-à-dire, gardez-vous de l'aimer, gardez-vous d'y
consentir. Telle est, en effet, la signification que nous donnons chaque
jour au mot regard, que nous prenons dans le sens d'amour. ( S . AUG.)

PSAUME LXVI.
lu fincm , in hymnis, Psalmus Pour la fin, parmi les hymnes: Psaume
Cantici David. et Cantique de David.
1. Deus misereatur nostri,etbe- 1. Que Dieu ait pitié de nous, et nous
ncdicat nobis : illuminct vultum bénisse, qu'il fasse briller sur nous la
suum super nos , et misereatur lumière de son visage, et qu'il ait pi-
nostri. tié de nous,
2. Ut cognoscamus in terra viam 2. afin que nous connaissions votre voie
tuam : in omnibus gcntibus salu- sur la terre, et votre salut chez toutes
tarc tuum. les nations.
3. Confiteantur tibi populi , 3. Que les peuples, ô Dieu 1 publient
Deus : confitcautur tibi populi vos louanges ; que tous les peuples vous
omnes. louent.
4. Lrctcntur et exultent gentes : 4. Que les nations se réjouissent et
quoniam judicas populos in œqui- tressaillent d'allégresse, parce quo vous
tate, et gentes in terra dirigis. jugez les peuples dans 1 équité , et que
vous conduisez dans la droiture les na-
tions sur la terre.
5. Gonfiteantur tibi populi , 5. Que les peuples, ô Dieu 1 publient
Deus : confiteantur tibi populi vos louanges; que tous les peuples vous
omnes : glorifient.
6. terra dédit fructum suum. 6. La terre a donné son fruit.
lîencdicat nos Deus , Deus nos- Que Dieu, que notre Dieu nous bé-
ter, nisssc ;
7. benedicat nos Deus : et me- 7. que Dieu nous bénisse, et qu'on le
tuant eum omnes fines terrai. craigne jusqu'aux extrémités de la terre.

Sommaire analytique.
Ce Psaume est l'expression des vœux que fait le Psalmiste pour l'avènc-
ment du Messie, l'incarnation du Fils do Dieu et la délivrance qu'il doit
apporter à tous les peuples (1).
(1) Ce Psaume est sans nom d'auteur. Suivant un certain nombre d'interprètes,
il aurait été composé sous Ezécbias, et il porte des caractères analogues à ceux
des psaumes des enfants de Coré.
PSAUME LXVÎ.

I. — IL PRIE DIEU
1° D'avoir pitié des pécheurs ;
2° De bénir ceux qui sont déjà justifiés ;
3° D'éclairer ceux qui sont dans la voio de la perfection (1) ;
4° D'avoir pitié do tous, pour qu'ils connaissent ses voies et le salut
qu'il apporte aux hommes (2).
II. — IL INVITE LES HOMMES
1° A louer le Dieu Sauveur de bouche et de cœur;
2° A se réjouir à cause de sa justice envers les Juifs et de sa misé-
ricorde à l'égard des Gentils (3, 4) ;
3° A publier ses louanges à cause de l'Incarnation et de la bénédiction
qu'il répand sur tous les hommes (5-7).

Explications et Considérations.

I. — 1 , 2 .

f. 2 . Les hommes demandent à Dieu différentes sortes de bénédic-


tions. L'un veut être béni en ce sens qu'il obtienne une maison pleine
des choses nécessaires à cette vie; un autre veut être béni afin d'obte-
nir une santé corporelle que rien n'altère ; celui-ci veut être béni, s'il
est malade, en recouvrant la santé; celui-là désire des enfants, et, tout
triste de n'en point voir naître, il veut être béni en acquérant une
postérité. Et qui pourrait énumérer les vœux différents que forment
les hommes lorsqu'ils désirent la bénédiction de Dieu,?... Mais autres
sont les dons que Dieu accorde même à ses ennemis, autres ceux qu'il
réserve à ses amis. Quels sont les dons qu'il accorde à ses ennemis?
Ceux que je viens d'énumérer... Cependant les méchants en sont aussi
privés quelquefois, et ces biens, tantôt font défaut à ces derniers plus
qu'aux premiers, et tantôt se trouvent en plus grande abondance chez
ceux-ci que chez ceux-là. Dieu a voulu que ces biens temporels fussent
communs à tous, parce que, s'ils n'étaient donnés qu'aux bons, les
méchants penseraient que c'est en vue de les obtenir qu'il faut adorer
Dieu; d'un autre côté, s'il ne les donnait qu'aux méchants, ceux qui
sont bons, mais faibles, craindraient de se convertir, dans la crainte
d'en être privés... (S. A U G . ) . — Mais si Dieu nous bénit maintenant, de
quelle manière nous bénira-t-il? Quelle bénédiction demande la voix
du Psalmiste, quand il dit : « Et que Dieu nous bénisse? » ( P S . LXVI, 2 ) .
La bénédiction que Dieu réserve à ses amis, la bénédiction qu'il ne
donne qu'aux bons. Ne désirez pas comme quelque chose de considé-
48 PSAUME LXVI.

rable ce q u e les m é c h a n t s reçoivent aussi. Dieu leur donne ces biens


p a r c e q u ' i l e s t b o n ; il fait l e v e r s o n s o l e i l s u r l e s b o n s e t s u r l e s m é -
c h a n t s , e t t o m b e r s a p l u i e s u r l e s j u s t e s e t s u r l e s i n j u s t e s . (MATTH. V,
45). Que réserve-t-il donc d'excellent pour les b o n s ? que réserve-t-il
d ' e x c e l l e n t p o u r l e s j u s t e s ? « Qu'il f a s s e l u i r e s u r n o u s l a l u m i è r e d e
s o n v i s a g e . » Vous faites luire sur les b o n s e t sur l e s m é c h a n t s l a
l u m i è r e de c e s o l e i l m a t é r i e l ; f a i t e s l u i r e s u r n o u s l a l u m i è r e d e v o t r e
visage. Les b o n s et les m é c h a n t s v o i e n t l a lumière du soleil, q u e voient
aussi les a n i m a u x , mais « h e u r e u x c e u x d o n t le c œ u r est pur, parce
q u ' i l s v e r r o n t D i e u . » (IBID. V, 8 ) . F a i t e s l u i r e , d i t l e P r o p h è t e , l a
lumière de votre visage sur nous, c'est-à-dire montrez-nous votre
v i s a g e . E n effet, D i e u n e r e n d p a s s o n v i s a g e l u m i n e u x d a n s c e r t a i n e s
circonstances, c o m m e si q u e l q u e f o i s il é t a i t s a n s l u m i è r e ; m a i s le
P r o p h è t e d e m a n d e qu'il l e f a s s e l u i r e s u r n o u s , c ' e s t - à - d i r e q u e c e q u i
n o u s était c a c h é nous apparaisse, ou q u e ce qui était d a n s l'ombre p o u r
n o u s soit révélé, o u , en d'autres termes, nous apparaisse en pleine
l u m i è r e . ( S . AUG.). — L a g r a n d e m i s é r i c o r d e e t l a s o u v e r a i n e b é n é -
diction de Dieu, désirée avec ardeur et attendue avec impatience de
tous les anciens justes, était la venue du Messie. — L'incarnation est,
par-dessus tout, une œuvre de souveraine miséricorde : 1° parce que
n u l l e c r é a t u r e n e p o u v a i t m é r i t e r de condigno l ' u n i o n h y p o s t a t i q u e d u
Verbe avec la nature h u m a i n e , « par les entrailles de la miséricorde
d e n o t r e D i e u , q u i , se l e v a n t d u h a u t du ciel, n o u s a v i s i t é s ; » ( L u c .
i, 78); 2° p a r c e q u e le V e r b e s'est i n c a r n é p o u r venir a u secours d e
notre extrême misère. « Le Fils de l'Homme est v e n u chercher et
s a u v e r c e q u i a v a i t p é r i . » (MATTH. XVIII, 1 9 ) . L a c a u s e d e n o t r e r é p a -
ration n'est autre que la miséricorde de D i e u , que nous ne p o u v i o n s
a i m e r , s'il n e n o u s a v a i t a i m é s l e p r e m i e r e t s'il n ' a v a i t d i s s i p é l e s t é -
n è b r e s d e n o t r e i g n o r a n c e p a r l a l u m i è r e d e sa vérité. (S. LÉO.).

II. — 3 , 7.

jfr. 3 . C o n n a î t r e D i e u e t J é s u s - C h r i s t , c o n n a î t r e s a v o i e e t s a c o n d u i t e
sur la terre, est u n e g r a n d e science ; m a i s il y a u n e différence infinie
e n t r e c o n n a î t r e s i m p l e m e n t ce qu'il a fait s u r la terre et le c o n n a î t r e
d ' u n e m a n i è r e s a l u t a i r e . (DUGUET). — « Afin q u e n o u s connaissions
votre voie sur la terre. » Que veut dire : « votre v o i e ? » L a voie qui
conduit vers vous. Reconnaissons où nous allons, reconnaissons par
q u e l l e voie n o u s allons, nous ne p o u v o n s connaître ni l'un ni l'autre
dans les ténèbres. Vous êtes loin des h o m m e s voyageurs sur cette terre,
Psaume lxVL

Vous avez tracé devant nous la voie par laquelle nous devons retourner
à vous. « Faites donc que nous connaissions votre voie sur cette
terre » Quelle est-elle, cette voie que nous désirons de connaître?
Nous devons la chercher, mais nous ne saurions la connaître par
nous-mêmes. Apprenons de l'Evangile à la connaître: « Je suis la voie, »
dit le Seigneur. Le Christ a dit: « Je suis la voie. » Craindriez-vous de
vous tromper? il a ajouté : « Je suis la vérité. • Qui peut se tromper
étant dans la vérité? Au contraire, celui-là se trompe qui s'écarte de
la vérité. « Le Christ est la vérité, le Christ est la voie, t marchez.
Craindriez-vous aussi de mourir avant d'arriver? * Je suis la vie, »
a-t-il dit également. « Je suis la voie et la vérité et la vie. » (JEAN
XIV, G). C'est comme s'il disait : Que craignez-vous? Vous marchez par
moi, vous marchez vers moi, vous reposez en moi. Que veut donc
dire le Prophète par ces mots : « Faites que nous connaissions votre
voie sur la terre, » sinon : « Faites que sur terre nous connaissions votre
Christ? » Mais laissons répondre le psaume lui-même, de peur que
vous ne croyiez qu'il faut chercher en un autre endroit de l'Ecriture
un témoignage qui manque ici. Le Prophète, en reprenant sa pen-
sée sous une autre forme, nous montre ce que signifient ces mots :
« Faites que nous connaissions votre voie sur la terre ; » car il ajoute :
« Celui par qui vous donnez le salut à toutes les nations. » Demandez-
vous sur quelle terre? Ecoutez : « à toutes les nations. » Demandez-vous
quelle est cette voie? Ecoutez: « celui par qui vous donnez le salut. »
Mais le Christ n'est-il pas celui par qui Dieu donne le salut? (S. AUG.)
f. 4 , 6 . Sujet légitime des louanges, des actions ^de grâces et de
la joie de tous les peuples, l'admiration profonde des jugements
équitables, c'est-à-dire de l'équité parfaite du règne que Jésus-Christ
devait établir par la destruction de l'empire injuste du démon.—
Le fruit excellent que la terre a donné, c'est Jésus-Christ lui-même
qui, selon son humanité, a été un fruit de la terre, mais un fruit élevé
et glorieux. (IsAr. iv, 2 ) . — Doubles bénédictions de Dieu, les tempo-
relles et les spirituelles ; les bénédictions propres aux Juifs et les bé-
p

nédictions particulières aux chrétiens. — Demandons surtout ces


bénédictions spirituelles dont l'Apôtre rendait grâces à Dieu. « Béni
soit le Dieu, le Père de Notre-Scigncur Jésus-Christ, qui nous a com-
blés en Jésus-Christ de toutes sortes de bénédictions spirituelles pour
les biens célestes, comme il nous a élus en lut avant la création du
monde, afin que, par la charité, nous fussions saints et sans tache eu
sa présence. (EPUES,, 3 , 4 ) .
TOME H . 4
50 PSAUME LXYII.
f. 7 . Dans les nombreux passages de la sainte Ecriture où est répété
trois fois successivement le nom de Dieu, le pronom possessif est pres-
que toujours ajouté à la seconde appellation : « Benedicat nos Deus,
Deus twster, benedicat nos Deus, i> énonciation implicite du mystère de
la Trinité, et aussi de celui de l'Incarnation. Oui, quoique tout culte,
tout hommage, toute adoration, tout amour, appartiennent égale-
ment aux trois personnes divines; quoique Dieu soit absolument le
Dieu de tous les êtres, cependant, pour nous autres hommes, Jésus
est plus particulièrement « le nôtre. » Yoilà pourquoi tout ce qui
touche au Dieu Jésus touche l'humanité dans safibrela plus sensible.
« O Christ,filsde Marie, vous êtes notre Seigneur et notre Dieu. »
« Domtnus meus est Deus meus. »... J ésus est pour la terre quelque chose
de plus que le Dieu du ciel; Jésus, c'est Dieu venu dans son œuvre,
c'est Dieu avec nous, c'est Dieu chez nous, c'est le Dieu de l'humanité,
le Dieu de la nation, le Dieu du foyer domestique, le Dieu de notre
première communion, le Dieu de notre cœur, notre Dieu. (Mgr P i e ,
M 0
3 Inst. Synod., loin. v).

PSAUME LXVÏÏ.

In finem , Psalmus Cantici ipsi Pour la fin, Psaume-Cantique de Da-


David. vid même (1).
1. Exurgat Deus, et dissipentur 1. Que le Dieu se lève, et quo ses en-
inimici ejus : et fugiant qui oderunt nemis soient dissipés ; et que ceux qui
eum, a i'acie ejus. le baissent fuient devant sa face.
2. Sicut déficit fumus,deficiant : 2. Gomme la fumée s'évanouit, qu'ils

(1) Pour b i e n comprendre ce magnifique Psaume e t e n saisir les sens, parfois


si mystérieux et si difficiles, trois r e m a r q u e s indispensables sont à faire : 1° Se
rappeler q u e , dans l'extase prophétique, t o u t apparaît, tout se découvre à la fois
aux yeux du Prophète. De là ces brusques passages d'un objet à u n autre, ces
associations d'idées instantanées e t i n a t t e n d u e s , ce mélange et, pour ainsi
parler, celte confusion de choses qui nous r e n d e n t parfois si ardue l'intelligence
des P s a u m e s prophétiques ; — 2° l'Eglise est une, perpétuelle, universelle et em-
brasse tous les temps, et cette perpétuité se développe en deux périodes succes-
sives : dans la p r e m i è r e , l'Eglise est figurative, c'est l'ébauche d e ce qui,
plus tard, doit être le chef-d'œuvre ; c'est la m ê m e Eglise que conduit Moïse e t
q u e régit l'Hommc-Dicu, dont Moïse n'était que la figure. Cette unité fait compren-
dre c o m m e n t , dans ce P s a u m e , le Prophète passe, sans transition, des merveilles
antiques a u x œuvres des derniers j o u r s . — 3° Il importe aussi grandement d e
fixer les objets multiples dont ce psaume osl rempli. Le Prophète décrit une so-
lennité, mais la description de cette solennité ne sert au Prophète que de cadre
p o u r des développement» plus sublimes et des révélations plus graudioses.
PSAUME LXVII. 51
sicut flui,t ceraafacie ignis, siçpe- disparaissent de mênae ; comme la. ciro
reanjt peccatores a facie DeL, fond au feu , que les pécheurs périssent
devant la face do Dieu.
3. Et justi epulentur, et exultent 3. Mais quo les justes soient comme
in conspectu Dei : et delectentur dans un festin ; qu'ils se réjouissent en
in lœtitia. la présence de Dieu, et qu'ils soient dans
des transports de joie.
4. Cantate Deo, psalmum dicite 4. Chantez les louanges do Dieu ; cé-
nomini ejus : iter facite ei, qui as- lébrez son nom dans vos cantiques ;
cendit super occasum : Dominus préparez la voie à celui qui monte sur
nomen illi. îe couchant. Le Seigneur ost son nom(l).
Exultate in conspectu ejus, tur- Livrez-vous aux transports de joie en
babuntur a facie ejus, sa présence ; les méchants seront rem-
plis de trouble à la vue do son visage ;
5. patris orphanorum, et judicis 5. il est le père des orphelins, et le
viduarum. juge des veuves.
Deus in loco sancto suo : Dieu est dans son lieu saint ;
6. Deus qui habitare facit unius 6. Dieu fait habiter ensemble ceux qui
moris in domo : sont d'un même esprit;
Qui educit vinctos in fortitur il fait sortir par sa puissance ceux
dine, similiter eos qui exaspérant, qui sont dans les fers , et aussi ceux qui
qui habitant in scpulchris. irritent sa colère, qui habitent dans dos
sépulcres (2).
7. Deus cum egredereris in cons- 7. O Dieu ! quand vous marchiez à la
pectu populi tui, cum pertransires tête do votro peuple, quand vous tra-
m deserto : versiez les déserts,
8. Terra mota est, etenim cœli 8. la terre fut ébranlée et les cieux
distillaverunt a facie Dei Sinai , a se fondirent en eau à l'aspect du D,i,eu,
facie Dei Israël. de Sinaï, à l'aspect du Dieu d'Israël.
9. Pluviam voluntariam segre- 9. Vous réserverez, ô Dieu! pour votro.
gabis Deus hœreditati tuae : et in- héritage, une pluie volontaire et bienfai-
firma est, tu vero perfecisti eam. sante : il était affaibli, mais vous avez
réparé ses forces épuisées.
10. Animalia tua habitabunt in 10. Vos animaux y trouveront une de-
ea : parasti in dulcedine tua pau- meure ; vous avez , ô Dieu ! dans votre
peri, Deus. douceur, préparé la nourriture à co
pauvre peuple (3).
11. Dominus dabitverbum evan- 11. Le Seigneur donnera sa parole à
gelizantibus, virtute multa. ceux qui annonceront la bonne nouvelle
avec une grande force (4).
12. Rex virtutum dilecti dilecti : 12. Le roi des armées du bien-aimé
(1) « Faites un chemin, » apostrophe aux habitants des lieux où devait passer
l'Arche. « A celui qui monte vers le couchant. » L'armée victorieuse revint à Jéru.
salem du côté du couchant; elle s'avançait, par. conséquent, vers, Sipn, parles
contrées qui étaient b l'occident de Jérusalem.
(2) David fait ici allusion aux rebelles, condamnés a ne pas outrer dans la terre
promise et à périr dans la solitude du désert.
(3) « Une pluie volontaire. » Une pluie toute de faveur, selon les uus, pluie
réelle qui rafraîchit les Hébreux dans la solitude, et plus vraisemblablement, selou
les autres, pluie de la manne dont ils furent nourris dans le désert et qui est la
figure de la doctrine évangélique. « Vos animaux y habiteront. » Allusion aux
cailles qui se sont abattues au milieu du camp pour nourrir les Hébreux qui avaient
pris la manne en dégoût.
(4) Dans les fêtes publiques et dans les triomphes, des femmes chantaient lea
exploits des vainqueurs, Exad, xv, Jug, v, i Rois, xvm, Judith, xti,
52 PSAUME LXVII.
et speciei domus dividere spolia (1). sera tout entier à son bien-aimé ; et le
artage des dépouilles appartiendra à la
13. Si dormiatis inter medios
E eauté de la maison (1).
13. Si vous dormez au milieu de vos
cleros, pennae columbaî deargen- héritages, vous deviendrez comme la
tatai, et posteriora dorsi ejus in colombe aux ailes argentées et au plu-
pallore auri. mage nuancé d'une pâle teinte d'or (2).
14. Dum discernit cœlestis re- 14. Pendant que le Roi du ciel exerce
ges super eam, nive dealbabuntur son jugement contre les rois qui sont
in Sel mon : dans notre terre, son peuple deviendra
blanc comme la neige du Selmon (3).
15. mons Dei, mons pinguis. 15. La montagne de Dieu est une mon-
tagne grasse;
Mons coagulatus, mons pinguis : c'est une montagne grasse, une mon-
tagne fertile.
16. ut quid suspicamini montes 16. Pourquoi regardez-vous avec en-
coagulatos ? vie des montagnes grasses et fertiles?
M o n s , in quo bencplacitum est C'est la montagne où il a plu à Dieu
Deo habitare in eo : ctenim Domi- d'habiter; car le Seigneur y habitera
nus habitabit in finem. jusqu'à la fin.
17. Gurrus Dei dccem millibus 17. Le char de Dieu est entouré do
multiplex, millia la?.tantium Domi- plus de dix mille; des milliers d'anges
nus in eis in Sina in sancto. sont dans la joie. Le Seigneur est au
milieu d'eux, comme sur le Sinaï, dans
son sanctuaire.
18. Ascendisti in altum , cepisti 18. Vous êtes monté en haut ; vous
captivitatem : accepisti dona in avez emmené un grand nombre de cap-
bominibus. tifs (4).
Etenim non credcntcs , inhabi- vous avez reçu des dons parmi les
tare Dominum Deum. hommes , parmi ceux-mêmes qui me
craignaient, parce que Dieu habitait
parmi nous.
(1) « Rex virtutum dilecti dilecti, » c'est-à-dire, erit dilectissimœ ou dilectissimo
huic cedet erit ejus possessio. — C«ci p e u t s'appliquer au peuple d'Israël, qui assu-
jettit les rois puissants de la terre de Chanaan, mais convient bien m i e u x à
Jésus-Christ, ce bien-aimé du Père, en qui il a mis toutes ses complaisances. —
La beauté de la maison, les femmes de la maison. (JOB., V, 24). En Orient, les
femmes sont ordinairemeut renfermées daus l'intérieur de la maison.
(2) Lorsque vous reposerez en pleine sécurité dans les terres qui vous seront
échues par le sort (clerr/s, du mot grec xkr]pô>T), vous brillerez de l'éclat de l'ar-
gent et de l'or, semblables aux colombes dont les ailes sont argentées et dont
les plumes qui recouvrent l'extrémité du dos reflètent la verte pâleur de l'or.
(3) Tandis que le Dieu du ciel dissipe les rois de dessus cette terre donnée en
héritage à sou peuple. Alors Dieu voulut se choisir mie m o n t a g n e pour sa demeure.
Le Selmon, m o n t a g n e de la chaîne de Basan, au nord-est de la Palestine, sem-
blait digne de cet honneur, à cause de son s o m m e t élevé, toujours couvert de
neige. Sans doute cette chaîne de basan est une montagne très-élevée, u n e m o n -
t a g n e aux sommets a m o n c e l é s , mais ce n'est point elle que Dieu a choisie. Pour
quoi donc arrête-t-elle vos regards, ô peuple d'Israël? C'est ici, sur Sion, que Dieu
v e u t habiter. (Lu Hm). — De cette montagne de Selmon, le Psalmiste passe
doue à la m o u t a g n e de Sion.
(4) Tu t'élèves, ô Dieu! dans l'arche, sur la m o n t a g n e sainte, p o u r en faire ta
PSAUME LXVIÏ. 53

19. BenedictusDominus die quo- 19. Que le Seigneur soit béni dans
tidie : prosperum iter faciet nobis toute la suite des jours; le Dieu qui nous
Deus salutarium nostrorum. sauve rendra heureuse la voie où nous
marchons
20. Deus nostor, Deus salvos 20. Notre Dieu est le Dieu qui sauve,
faciendi: et DomiuiDomini exitus et les portes do la mort sont au pouvoir
mortis. du Dieu, notre Maître.
21. Verumtamen Deus confrin- 21. Au contraire , Dieu brisera les
get capita inimicorum suorum : têtes do ses ennemis , le front superbe
vcrticem capiJli perambulantium de ceux qui marchent avec complai-
in delictis suis. sance dans» leurs péchés.
22. Dixit Dominus : Ex Basan 22. Le Seigneur # dit : Je les amène-
convertam, convertam in profun- rai de Basan; je les précipiterai au fond
dum maris : de la mer (1),
23. Utintingatur pes tuus in san- 23. en sorte que votre pied soit teint
guine : lingua canum tuorum ex dans leur sang, et que la langue de vos
mimicis, ab ipso. chiens soit rougie du sang de vos en-
nemis.
24. Videruntingressus tuos Deus, 24. Ils ont vu, ô Dieul votre entrée,
ingrcssus Doi mci : régis mei qui l'entrée triomphante de mon Dieu et
est in sancto. de mon Uoi, qui réside dans son sanc-
tuaire.
25. Prfnvenerunt principes con- 25. Les princes, conjointement avec
juncti psallentibus, in medio ju- ceux qui touchent les instruments, s'a-
vcncularum tympanistriarum. vançaient les premiers , au milieu des
vierges qui frappaient sur leurs tambours.
26. In ecclesiis benedicite Deo 26. Bénissez Dieu dans les assemblées,
Domino, de fontibus Israël. bénissez le Seigneur, vous qui êtes sortis
des sources d'Israël.
27. IbiBenjamin adolescentulus, 27. Là se trouve le petit Benjamin dans
in mentis excessu. le ravissement de son esprit.
Principes Juda, duces eorum : Les princes de Juda, leurs chefs ; les
principes Zabulon,principes Nepli- princes de Zabulon, les princes de Neph-
tbali. thali (2).
28. Manda, Deus, virtuti tiuc : 28. Commandez , ê Dieu ! votre puis-
confirma hoc, Deus , quod opera- sance ; ô Dieu 1 affermissez ce quo vous
tus es in nobis. avez fait en nous.
29. A templo tuo in Jérusalem , 29. De votre templo qui est dans Jé-
tibi offerent reges munera. rusalem, les rois vous offriront des pré-
sents.
30. Increpa feras arundinis, 30. Gourmandcz ces monstres des ro-
congregatio taurorum in vaccis seaux, troupe de taureaux au milieu

d e m e u r e ; tu trahies h ta suite tes ennemis, que tu as faits captifs par mes m a i n s ;


tu reçois d'eux les tributs que tu leur as imposés. — L'arche représente ici
l'humanité de Jésus-Christ s'élevant au ciel au j o u r de l'Ascension et traînant
captifs les princes des ténèbres. (COL. II, 15). Tout ce qu'il reçoit, il le reçoit avec
son Eglise à laquelle il le d o n n e ; c'est le sens que saint Paul donne à ce verset.
(EriiES., rv, 8), (LE HIR).
(1) « Je les amènerai de Basan (de l'Orient), dans le pays de 01 in nanti, où ils
seront soit mis à mort par le glaive, soit précipités dans la mer. »
(2) Le Psalmiste fait mention de quelques tribus seulement qui tiennent lieu
de biutes, et cette mention des tribus marchant séparées serait une preuve que
r,e psaume a été évidemment écrit avant la eaptivité.
54 PSAUME LXVII.

popuïorum : ut excludant eos, qui des génisses des peuples qui s'efforcent
probasti sunt argcnto. de bannir ceux qui ont été éprouvés
comme l'argent (lj.
Dissipa gentes, qua; bellavohmt: Dissipez les nations qui ne respirent
quo la guerre.
31. venient legati ex jEgypto : 31. Des ambassadeurs viendront de
jEthiopa praweniet manus ejus l'Egypte; l'Ethiopie sera la première à
Deo. tendre ses mains vers Dieu.
32. Régna terrae, cantate Deo : 32. Royaumes de la terre, chantez les
psallite Domino : psallite Deo , louanges de Dieu, faites retentir des
cantiques à la gloire du Seigneur ; chan-
tez en l'honneur de Dieu,
33. qui ascendit super cœlum 33. qui est monté au-dessus de tous
cœli ad orientem. les cioux, vers l'Orient.
Ecce dabit voci suaî vocem vir- Voici qu'il donnera à sa voix une voix
tutis, do puissance.
34. date gloriam Deo super Is- 34. Rendez gloire à Dieu pour Israël.
raël , magnificentia ejus, et virtus Sa magnificence et sa force éclatent dans
ejus in nubibus. les nuées.
35. Mirabilis Deus in sanctis 35. Dieu est admirable dans ses saints,
suis, Deus Israël ipse dabit virtu- le Dieu d'Israël donnera lui-même à son
tem et fortitudinem plebi suaî : peuple vertu et force. Que Dieu soit béni.
benedictus Deus.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, composé à l'occasion du transport de l'arche de la
maison d'Obedédom dans le tabernacle préparé sur la montagne de Sion
(II Rois, vi, 12), (2), David contemple et célèbre le triomphe de Jésus-Christ
sur la mort, son ascension dans les cicux, et les dons qu'il a répandus
sur l'Eglise naissante.
I. — IL DÉCRIT LA SPLENDEUR DE SON TRIOMPHE :
1° La dispersion et l'anéantissement de ses ennemis (1, 2);
5° La joie et la sécurité des justes, qui chantent des cantiques on l'hon-
neur du Sauveur montant aux cieux (3, 4) ;
3° La protection qu'il accorde aux veuves et aux orphelins (5) ;
4° Son entrée triomphale dans son palais, la paix et l'union qu'il fait
régner autour de lui et la délivrance qu'il accorde aux captifs dont il
a brisé les fers (0).
(1) Cette bête du roseau (le crocodile ou l'hippopotame), figure le roi d'Egypte
avec les g r a n d s de son royaume, comparés à des taureaux puissants et avec les
peuples qui l'entourent, qui s'abandonnent à leurs chefs, c o m m e les vaches aux
taureaux, et secondent le dessein qu'ils ont formé d'expulser les serviteurs éprou-
vés de Dieu.
s
(2) IFengslenberg et d'au' e s exégèles pensent que ce fut à l'occasion de la
translation solennelle de l'arche, lorsqu'à la suite de la guerre où elle fut con-
duite (II Rois, xi, l t ; xu, 26, 31), on la reporta au milieu «l'une grande pompe,
accompagnée des «'nplifs, sur iemoitt Sion.
P S A U M E LXVII. 55

II. — LES DONS QUE LE TRIOMPHATEUR RÉPAND EN ABONDANCE :


1° Comme figure de ces dons, il rappelle les bienfaits de Dieu à l'égard
de son peuple dans le désert, la manne que le Dieu de Sinaï fit pleuvoir
du ciel pour lo nourrir (7, 8) ;
2° Il adapte la figure à la réalité et nous fait voir comment Jésus-Christ
montant aux cieux a envoyé, sur les Apôtres et les fidèles, le Saint-Esprit
comme une pluie céleste, a) pour guérir la terre do sa stérilité et rendre
son Eglise féconde (9) ; 6) pour nourrir les fidèles qui habitent dans son
sein (10) ; c) pour leur donner la force d'opérer des miracles et de conver-
tir par leur parole ceux qui sont appelés à faire partie de l'Eglise (11,12);
d) pour leur donner la sécurité et même l'éclat et la splendeur au mi-
lieu des dangers (13, 14); e) pour les placer sur sa montagne, dont il
ênumôre les privilèges (15, 16).
III. — LA CONDUITE DU TRIOMPHATEUR *.
1° A l'égard de ceux qu'il a délivrés, a) Comme précédemment, il parle
d'abord en fait figuratif de l'Ascension, c'est-à-dire de la descente de Dieu
sur le Sinaï, au milieu des Anges (17); b) il célèbre le fait lui-même de
l'Ascension — la délivrance des captifs — les dons que Dieu a répandus
sur les hommes, même sur ceux qui ne croyaient pas (19) ; c) il rapporte
le chant triomphal des captifs délivrés, louant Dieu d'avoir aplani devant
eux le chemin, et de les avoir retirés de la mort et conduits au terme du
voyage (20, 21).
H° A l'égard de leurs ennemis, c'est-à-dire des démons qui tenaient ces
hommes captifs, a) il indique la manière dont ils seront détruits ; b) il en
fait connaître la cause (22) ; c) il indique lo lieu où s'accomplira ce châti-
ment, les profondeurs de l'enfer (23) ; d) il dévoile toute la rigueur du
châtiment et la grandeur de la victoire (24.)
IV. —• IL PRÉDIT LES LOUANGES QUE LES APOTRES, LES nOlS EL LES PEUPLES CONVERTIS
A LA FOI CHANTERONT EN j/llONNKUH DU CÉLESTE TRIOMPHATEUR :
1° Il nous apprend que les Apôtres ont été témoins de l'Ascension du
Sauveur (24) ;
2° Les louanges chantées par eux, par la troupe des fidèles, et que le
Prophète les exhorte à continuer (25) ;
3° Il indique de quelles tribus venaient les Apôtres (26, 27) ;
4» Il prédit que les rois des nations, dont il demande la conversion,
viendront lui offrir des présents (28, 29).
5° 11 prédit que les peuples s'uniront aux rois dans une même foi ; «) il de-
mande à Dieu do réprimer les efforts des tyrans et des démons qui s'op-
posent à cette conversion des peuples ; b) de dissiper les agitations hostiles
des nations elles-mêmes (30) ; c) il prédit comme fruit la conversion des
nations les plus attachées au culte des idoles (31).
56 PSAUME LXVII.

6° Les rois chanteront à Dieu des cantiques d'actions de grâces, en re-


connaissance du bienfait de la foi (32, 33) ;
7° Le Roi-Prophète décrit la puissance de Jésus-Christ régnant sur son
trône, pour exciter les peuples à louer éternellement ce Dieu magnifique,
admirable dans ses saints, et source do toute puissance et de toute force
pour son peuple (34, 3i>.)

Explioations et Considérations.

I. — 1-G.

y. 1-3. «Que Dieu se lève, etc. » C'est chose déjà faite. Le Christ qui
est au-dessus de toutes choses, Dieu béni dans tous les siècles, le
Christ est ressuscité, (Rom. ix, G), et les Juifs ses ennemis sont dissipés
parmi toutes les nations. Vaincus dans le lieu même où ils ont exercé
contre lui leurs inimitiés, ils ont été dispersés de là parmi tous les
peuples. Et maintenant ils haïssent le Christ, mais ils le craignent, et,
sous l'empire de cette crainte, ils fuient loin de sa face. Pour l'âme, en
effet, craindre, c'est fuir; car, comment fuir, à la façon du corps, la
face de celui qui rend sensible en tous lieux les effets de sa présence ?...
Ils fuient donc, non par le corps, mais par l'esprit ; non en se cachant,
mais en craignant ; non cette face de Dieu qu'ils ne sauraient voir,
mais celle qu'ils sont forcés de voir. (S. AuG.) — « Comme la fumée
s'évanouit, qu'ils s'évanouissent eux-mêmes. » La fumée est empor-
tée par le vent, la cire se liquéfie par le feu, et les impies tombent
ainsi sans force et sans résistance devant la majesté du Très-Haut.
En effet, soulevés par le feu de leur haine, les ennemis de Dieu et de
son Christ se sont élevés au comble de l'arrogance, ils ont porté la
tète jusque dans le ciel (Ps. l x x u , 9 ) , mais bientôt ils s'évanouiront
dans la honlc de leurs défaites. « Comme la cire fond devant le feu,
qu'ainsi les pécheurs périssent devant la face de Dieu. » Peut-être
le Prophète a-l-il voulu représenter en cet endroit coux dont la
dureté se fond dans les larmes de la pénitence ; cependant, on peut
aussi voir dans ce passage une menace du jugement à venir, car,
apr.ès s'être élevés en ce monde comme de la fumée, c'est-à-dire après
s'être évanouis dans leur orgueil, les pécheurs seront frappés à la fin
par la dernière condamnation, et ils périront pour l'éternité de devant
la face de Dieu, quand il se sera manifesté dans sa splendeur, sem-
blable au feu le plus vif, pour être le châtiment des impies et la
PSAUME LXVII. 57

lumière des justes. (S. AUG.) — Deux avènements du Messie où il doit


triompher de ses ennemis : le premier est passé, et nous en jouissons,
le second est à venir, et nous l'attendons. — Souhait légitime, que
Dieu soit élevé et que ses ennemis soient confondus. — Souhait
chrétien, que Dieu se lève dans une âme, qu'il en prenne possession,
et que tous ses ennemis soient dissipés et anéantis ; c'est-à-dire que
les pécheurs ne soient plus pécheurs et que leurs péchés ne paraissent
plus devant sa face. — Les deux grands ennemis de Dieu dans l'âme
du pécheur sont l'orgueil de son esprit et la dureté de son cœur. Quand
la grâce se fait sentir à ce pécheur, sa vanité disparait comme la fu-
mée que dissipe le vent, la dureté de son cœur s'amollit et se rend
flexible à toutes les impressions qu'on veut lui donner. Ce cœur, aupa-
ravant insensible et glacé, reçoit enfin la chaleur du divin amour et
commence à se fondre par la ferveur de l'esprit. (S. GRÉG., BERTIHER.)
— La joie des justes exprimée par un festin, pour signifier 1 ° qu'elle
est vive et fait sur eux une impression semblable à celle que produit
une nourriture exquise ; 2° qu'elle est intime et non superficielle; 3°
qu'elle fait pour ainsi dire partie de la substance des justes, qu'elle
les pénètre et les fortifie, comme la nourriture que nous prenons. —
Il est dans la nouvelle alliance un banquet qui remplit do joie l'âme
des justes : ce n'est plus un repas en présence de l'arche, c'est le Dieu
même des deux Testaments qui se donne en nourriture à ses enfants.
Quelles délices inondent les saints assis à la table de Jésus-Christ I
Eux seuls peuvent expliquer leurs transports; encore leur langue est-
elle souvent trop peu éloquente pour dire ce qui se passe dans leur
cœur. (BERTUIER.) — Jetons les yeux sur le vénérable sacrement de
l'autel : c'est là que nous est préparée la table céleste et sur cette
table la coupe qui produit une sainte ivresse. (S. GRÉG.) —Comparée
à cette joie divine, toute autre joie est un chagrin, toute suavité est
une douleur, toute douceur est amertume, toute beauté, laideur,
tout ce qui peut flatter et plaire, désagréable et pénible. (S. BEHN.,
Er. 234.)

f. 4. « Chantez les louanges de Dieu. » Celui-là chante les louanges


de Dieu qui vit pour Dieu ; celui-là chante des psaumes à son nom,
qui travaille pour sa gloire. Célébrez les louanges de Dieu par ces
cantiques, par ces psaumes, c'est-à-dire en vivant pour Dieu, en t r a -
vaillant pour Dieu. « Préparez, dit-il, la voie à celui qui monte a u -
dessus du couchant. » Préparez la voie au Christ, afin que par les
pieds admirables de ceux qui annoncent l'Evangile, (ISAI, LU, 7 ) , les
58 PSAUME LXVII.
cœurs des croyants soient une route ouverte pour lui ; car c'est le Christ
1
qui monte au-dessus du couchant, soit parce que la vie nouvelle de celu
qui se convertit à lui ne s'unit à la sienne que quand le vieil homme
a péri par le renoncement à ce siècle, soit parce que le Christ est
monté au-dessus du couchant, lorsque, par sa résurrection, il a vaincu
la mort qui avait couché son corps dans le tombeau. (S. AUG.) —
L'homme est incapable par lui-même de préparer le chemin au Sei-
gneur ; mais, quand Dieu parle à un cœur, il accompagne sa parole de
l'onction de sa grâce, pour lui faire accomplir ce qu'il ne peut sans
son assistance. Il abaisse en lui les montagnes de l'orgueil, il remplit
ce qu'il y trouve de vide, il se prépare un chemin pour arriver jusqu'à
lui. (DUG.) — « Tressaillez d'allégresse en sa présence. » O vous qui
préparez la voie à Celui qui monte au-dessus du couchant, tressaillez
aussi d'allégresse en sa présence ; « si vous êtes dans une tristesse ap-
parente, n'en restez pas moins dans une joie constante» (Il COR. vi, 10);
car, tandis que vous ouvrez un chemin devant lui, et que vous pré-
parez une voie par laquelle il puisse venir et posséder les nations,
vous souffrirez mille maux que les hommes jugeront bien tristes. Mais
p o u r vous, non-seulement ne vous laissez point abattre, livrez-vous
même à l'allégresse, non aux yeux des hommes, mais sous les yeux
de Dieu. « Soyez joyeux par l'espérance, et patientez au milieu des
souffrances. » (UOM. x u , 1 2 . ) « Tressaillez d'allégresse en sa présence.»
En effet, ceux qui vous troublent en présence des hommes « seront
troublés en face de Celui qui est le père des orphelins et le juge pro-
tecteur des veuves. » Ceux-là, en effet, paraissent, au jugement des
hommes, frappés de désolation, qui ont été séparés le plus souvent,
p a r le glaive de la parole de Dieu, des enfants dont ils étaient les
pères ou des femmes dont ils étaient les époux. (MATTU. X, 3 4 . ) Mais,
dans leur délaissement, dans leur viduitô, ils trouvent consolation au-
près « du Père des orphelins et du Juge protecteur des veuves. » Ils
trouvent consolation auprès de lui, s'ils savent lui dire : « Mon père
et ma mère m'ont abandonné, le Seigneur, au contraire, m'a pris
sous sa protection; » (Ps. xxvi, 10) ; s'ils mettent leur espérance dans
le Seigneur et ne cessent de prier ni le j o u r ni la nuit (I TIM. V, 5)
celui devant qui les méchants seront troublés, lorsqu'ils verront quo
tous leurs efforts ont été inutiles et que le monde entier a suivi le
Seigneur. ( S . AUG.) — « Je ne vous laisserai point orphelins, avait
dit Notre-Seigneur à ses Apôtres, je viendrai vers vous, » (JEAN, XIV,
jH) ; j e viendrai à vous par ma grâce, par mon Esprit, par l'Eucharis-
PSAUME LXVJI. 50
tie. « Je ne vous laisserai point orphelins, » c'est-à-dire j e ne vous
enverrai pas mon Esprit, de manière que j e cesse d'être avec vous. Ce
nom d'orphelins qu'il leur donne indique clairement qu'il est leur
père. Je viendrai vers vous après la résurrection de mon corps, moi
qui suis toujours avec vous par la présence de ma divinité. (S. BERN.,
Tract, de Coma.)
f. 6 . Le Seigneur se fait un temple de ces orphelins et de ces veuves,
c'est-à-dire de ceux qui sont comme destitués de tout partage dans
les espérances du monde. C'est de ce temple que parle le Prophète,
lorsqu'il dit : « Le Seigneur habite dans son lieu saint. » Il montre
clairement, en effet, quel est ce lieu saint, lorsqu'il ajoute : t Dieu
fait habiter dans sa maison ceux qui sont de même sorte, c'est-à-dire
qui n'ont qu'une même pensée, un même sentiment.» Ceux-là forment
le lieu saint du Seigneur; car, après avoir dit : « Le Seigneur habite
dans son lieu saint, » comme si nous lui demandions quel est ce lieu,
puisqu'il est tout entier partout, le Prophète nous répond pour nous
apprendre à ne pas le chercher en dehors de nous, mais plutôt à nous
réunir en une même manière de vivre, afin de mériter que Dieu daigne
aussi habiter en nous. Voilà le sanctuaire du Seigneur que cherchent
la plupart des hommes, afin d'y prier et d'être exaucés. Qu'ils soient
donc pour eux-mêmes ce lieu qu'ils cherchent, qu'ils y habitent
comme dans la maison du Seigneur, avec ceux qui n'ont qu'un môme
esprit, un même sentiment, une môme pensée; et que là, dans leur
cœur, c'est-à-dire dans le silence de ce lit mystérieux, ils repassent
avec componction toutes leurs paroles (Ps. iv, 5), afin que le Maître
de la grande maison réside en eux, et qu'ils soient eux-mêmes le
sanctuaire dans lequel ils seront exaucés. ( S . AUG.) — Cette prophétie
s'est accomplie dans l'Eglise chrétienne, que l'Esprit-Saint forma au
jour de la Pentecôte où il fit comme un seul cœur de tous les fidèles,
et de toutes leurs maisons une seule maison, où ils étaient tous r é u -
nis dans un seul corps, dont Jésus-Christ était le chef. — Quel spec-
tacle admirable dans l'Eglise catholique, que celui de cette union de
tous les vrais fidèles avec leurs pasteurs, et de tous les pasteurs p a r -
ticuliers avec le pasteur universel 1 Quel autre que le Seigneur pour-
rait produire cette unanimité de pensées, de vues, de sentiments ? En
ce siècle de contradiction, de confusion, de ténèbres, cet accord de
t a n t d'esprits dans une même lumière, de tant de cœurs dans un
même amour, cette identité doctrinale ot morale de tous, malgré la
diversité des points de départ de chacun, c'est la preuve manifeste
60 PSAUME LXVII.
de la divinité de l'Eglise catholique ; c'est le témoignage irrécusable
de la présence et de l'action de Dieu dans sa cité sainte. (Mgr PIE,
Entrel. Syn., t. iv, p. 458 ) — C'est par un effet de sa grâce qu'il se
bâtit cette maison et non à cause des mérites de ceux avec lesquels il
la construit. Voyez, en effet, ce qui suit : « Il délivre et fortifie ceux
qui étaient dans les chaînes. » Il a, en effet, brisé par sa grâce les
lourdes chaînes qui empêchaient les coupables de marcher dans la
voie de ses commandements ; il les a délivrés et leur a donné une
force qu'ils n'avaient pas avant d'avoir reçu sa grâce. « 11 délivre éga-
lement ceux qui l'irritent en habitant des tombeaux, » c'est-à-dire qui
sont morts de toute manière et ne sont occupés que d'œuvres mortes.
En effet, ceux-là l'irritent par leur résistance à ce qui est j u s t e ; car,
pour les premiers qui sont dans les chaînes, peut-être veulent-ils mar-
cher, mais ils ne le peuvent; ils prient Dieu afin d'en avoir le moyen,
et ils lui disent : « Délivrez-moi de mes nécessités. • (Ps. xxiv.) Et
quand Dieu les a exaucés, ils lui rendent grâces, en disant : « Vous
avez rompu mes liens. » (Ps. cxv, 7.) Mais ces pécheurs qui l'irritent
en habitant des tombeaux sont du genre de ceux que désigne l'Ecri-
ture p a r ces paroles : « La louange périt dans la bouche du mort,
parce qu'il n'est plus. » (ECCLT., XVII, 20.) De là encore cette parole :
« Le pécheur, lorsqu'il est tombé au profond de l'abîme, méprise
tout. » (PROV. XVIII, 3.) Autre chose est, en effet, de désirer la jus-
tice, autre chose de la combattre, autre chose de désirer d'être délivré
du mal, autre chose de défendre ses fautes au lieu de les avouer ;
cependant, la grâce du Christ délivre et fortifie l'une et l'autre sorte
de pécheurs ? Et quelle force leur donne-t-il, sinon celle de lutter
jusqu'au sang contre le p é c h é ? Car il se trouve des pécheurs de ces
deux sortes, qui deviennent propres à ce que le sanctuaire de Dieu
soit bâti en eux : les uns après leur délivrance, les autres après leur
résurrection. (S. AUG.) — Cette vie est un lieu de captivité et un dé-
sert. Dieu doit nous en délivrer un j o u r , et nous craignons le moment
de cette délivrance. Nous voulons, dit saint Augustin, toujours accu-
muler des jours et ne parvenir jamais à la fin de cette carrière; nous
voulons toujours marcher et n'arriver jamais ; cela est déraisonnable
et contradictoire. Quel sera enfin notre s o r t ? Celui que décrit le P r o -
phète : nous mourrons en rebelles, et nous habiterons éternellement
les lieux arides où la miséricorde divine ne répand point ses influences,
nous aboutirons à ces tombeaux où la lumière ne pénètre point. Mal-
heureux, de ne pas profiter du désert do cette vie pour entrer dans la
terre promise I (BERTHIER.)
PSAUME LXVIÎ. 61

II. — 7 - 1 6 .

fl. 7, 8. « 0 Dieu, quand vous sortiez en présence de votre peuple.»


Pour Dieu, sortir, c'est apparaître dans ses œuvres. Or, il n'apparaît
point à tous, mais seulement à ceux qui savent regarder ses œuvres.
Je ne parle pas actuellement de ces ouvrages qui frappent les yeux
de tous, tels que le ciel, la terre, la mer et tout ce qu'ils renferment,
mais des œuvres par lesquelles « il délivre et fortifie ceux qui sont
dans les chaînes, » ainsi que ceux qui l'irritent en habitant des t o m -
beaux, pour les faire habiter dans sa maison comme n'ayant qu'un
cœur et qu'une âme. C'est ainsi qu'il sort en présence de son peuple,
c'est-à-dire en présence de ceux qui comprennent cette grâce. (S. AUG.)
— Jésus-Christ marche à notre tôle dans le désert de cette vie; il r é -
pand sur nous les bénignes influences de sa grâce; il ébranle nos
cœurs, tantôt par la crainte de ses jugements, tantôt par la véhé-
mence de son amour. Il se montre à nous comme le Seigneur se mon-
trait aux Israélites dans la nuée miraculeuse ; lumière d'un côté,
ténèbres de l'autre ; assez de lumière pour guider nos pas, assez de
ténèbres pour éprouver notre foi. Notre malheur est de perdre de
vue ce conducteur bienfaisant, et d'imiter les Hébreux qui regrettaient
les faux biens de l'Egypte. Ah 1 disait saint Grégoire, suivons Jésus-
Christ : la route qu'il nous montre semble rude et difficile aux com-
mençants, elle est pleine de douceurs pour ceux qui mènent une vie
parfaite. (BERTHIER.) — « La terre a été ébranlée quand vous passiez
dans le désert. » Le désert, c'étaient les Gentils qui ne connaissent
pas Dieu ; le désert, c'était le lieu où Dieu n'avait donné aucune loi,
ou nul Prophète n'avait habité et n'avait prédit l'avènement du S a u -
veur. « Quand donc vous passiez dans le désert, » quand votre nom a
été prêché aux Gentils, « la terre a été ébranlée, » les hommes ter-
restres ont été éveillés et appelés à la foi. Mais comment la terre
a-t-elle été ébranlée ? « Car les cieux se sont fondus en eaux devant le
Dieu de Sinaï, devant le Dieu d ' I s r a ë l . . . » Il s'agit ici des cieux d o n t
il est dit dans un autre psaume : a Les cieux racontent la gloire de
Dieu, » et un peu après : « Il n'est pas de pays, quel qu'en soit le lan-
gage, où leur voix ne se soit fait entendre. » (Ps. x v m , 2-4.) Cepen-
dant ce n'est point à ces cieux, si grands qu'ils soient, qu'il faut
attribuer la gloire d'avoir ébranlé la terre jusqu'à l'amener à la foi,
comme si le désert des nations était redevable de cette grâce à ces
h o m m e s ; ce n'est pas d'eux-mêmes que les cieux ont donné leur
62 PSAUME. iXYII.
pluie, mais cette pluie est partie de la face de D i e u . . . Car c'est du
Seigneur qu'il est dit également dans un autre endroit : « Vous versez
admirablement votre lumière du haut des montagnes éternelles; ». (Ps.
LXXV, 5 ) ; bien que ce soit du haut des montagnes éternelles que vienne
votre lumière, cependant c'est vous qui la répandez. Il en est de môme
ici : « Les cieux se sont fondus en pluie, » mais cette pluie est partie
de la face de Dieu. (S. AUG.)
f. 9 - 1 2 . La pluie est ici le symbole de la grâce en nous, de la doc-*
trine du salut et de la sainte Eucharistie ; c'est une pluie volontaire'
et toute gratuite, parce qu'elle est due à la bonté de Dieu et non à
nos mérites. — Dieu répand ses grâces avec abondance et avec une
libéralité qui est toute de sa miséricorde, car nous ne pouvons les
obtenir de nous-mêmes. Cette libéralité toute gratuite exige de
nous que nous y répondions avec une bonne volonté parfaite, et
avec un grand courage au milieu des épreuves de cette vie, ce
que ne firent point les Juifs charnels q u i , comblés des bienfaits du
Seigneur, ne cessaient de m u r m u r e r contre lui dès que l'adversité les
menaçait. (BERTHIER.) — Ce peuple fut tiré de l'Egypte avec un grand
éclat; nous, qui sommes aujourd'hui le peuple de Dieu, nous devons
être aussi délivrés de ce monde, qui est l'Egypte par rapport à nous,
et cette délivrance arrivera lorsque Jésus-Christ paraîtra dans sa
gloire. Voilà deux grands bienfaits, l'un passé, l'autre futur. Qu'y
a-t-il au milieu ? des tribulations ? Pourquoi ? afin de manifester la
volonté de ceux qui servent Dieu, afin qu'il paraisse jusqu'où ils por-
tent le zèle de son service, afin qu'on voie s'ils servent avec désinté-
ressement Celui de qui ils ont reçu lo salut gratuitement. ( S . AUG.) —
Quand une terre a été fertilisée, les troupeaux de la campagne y abon-
dent, parce qu'ils y trouvent la nourriture dont ils ont besoin. Le
pauvre est soulagé, et l'on reconnaît que la bénédiction du ciel est
sur cet héritage. Chacun doit s'interroger sur l'état de son âme, de
cette terre que Dieu lui donne à cultiver. Combien, hélas I n'y trouve-
raient que des animaux féroces, c'est-à-dire des passions indomptées.
(BERTIIIER.) — Oh I si vous pouviez voir le champ de votre cœur,
vous fondriez en larmes en n'y trouvant pas un seul morceau dont
vous puissiez vous nourrir. Tout votre h o m m e intérieur périt de
faim; il est môme tout-à-fait mort. Que de morts nous voyons mar-
cher dans le monde 1 (S. AUG.) — « Vous avez préparé dans votre
suavité, ô mon Dieu, ce qui est nécessaire au pauvre. » Dans votre
suavité, et non dans ses richesses. En effet, il est pauvre, parce qu'il
PSAUME LXV1I. 63
a été affaibli pour être rendu parfait, et il a reconnu son indigence
pour être comblé de biens. C'est de cette suavité, q u e le P r o p h è t e dit
ailleurs : « Le Seigneur répandra sa suavité, et notre terre portera
son fruit. » (Ps. LXXXIV, 13), afin qu'on fasse le bien non par crainte,
mais par a m o u r ; non par la terreur du châtiment, mais par l'attrait
de la justice ; car telle est la saine et vraie liberté. Mais le Seigneur a
préparé ces biens pour l'indigent et non pour le riche, qui regarde
cette sorte de pauvreté comme un opprobre ; opprobre, dit encore le
Psalmiste, pour celui qui est dans l'abondance, et objet de mépris
pour les orgueilleux. (Ps. cxxn, 4), (S. AUG.) — « Le Seigneur don-
nera sa parole à ceux qui évangélisent avec une grande force. » C'est
Dieu seul qui donne lui-même la parole qu'il veut qu'on annonce à
son peuple, et le courage pour l'annoncer avec force; nul donc ne
doit s'ingérer lui-même dans ce saint ministère. — C'est Dieu qui
inspire les ministres de sa parole ; c'est lui qui leur donne la force de
la prêcher au milieu des plus grands dangers. — Ceux que le Sei-
gneur a choisis pour annoncer ses volontés éprouvent que le Saint-
Esprit parle par leur bouche ; ils sont éclairés promptement de la
vérité et embrasés de la c h a r i t é . . . Mais ils doivent lire avec de
grandes précautions les saintes Ecritures ; car celui qui les consulte
non en esprit d'amour, mais en esprit de curiosité, et pour devenir
savant, s'enrichit non de la plénitude de la parole, mais de la pléni-
tude du livre. ( S . GRÉG.) — C'est l'amour de la parole de Dieu, et
non l'amour de la science qui doit conduire à l'étude des livres saints.
— La force que Dieu a communiquée aux prédicateurs de l'Evangile
s'est manifestée de trcis manières : 1° par l'efficacité de leurs discours,
qui ont converti le monde entier : « Ainsi mes paroles ne reviendront
point sans fruit ; elles accompliront mes desseins, et prospéreront en
tout ce que j ' a i voulu ;» (ISAI, LV, 11) ; 2° par la liberté de leurs discours,
q u i a été j u s q u ' à reprocher aux rois leur vie licencieuse et dissolue,
et leurs impiétés : « Je vous donnerai moi-même des paroles et une
sagesse à laquelle tous vos ennemis ne pourront résister, et qu'ils ne
pourront contredire; » (Luc. xxn, 15); 3° p a r la puissance et la vertu
des miracles : « Mes paroles et ma prédication, dit saint P a u l , n'ont
pas consisté dans les paroles persuasives de la sagesse humaine,
mais dans les preuves sensibles de l'Esprit et de la puissance de Dieu.»
(II COR. 4.)
jh 13, 14. Jésus-Christ est le Roi des rois et le Seigneur des sei-»
gneurs. Il se les a tous assujettis, en partageant les dépouilles dn
64 PSAUME LXVlI.
fort a r m é , c'est-à-dire en se rendant maître de toutes les nations qui
appartenaient auparavant au démon, et il a ainsi formé toute la
beauté de sa maison, qui est l'Eglise. — Oui, le Christ a rendu belle
la maison, c'est-à-dire l'Eglise, par la distribution des dépouilles,
comme un corps est beau par la distribution de ses membres. Or, on
appelle dépouilles ce qui est enlevé à des ennemis vaincus. « Nul, dit
le Sauveur, n'entre dans la maison du fort pour enlever ses armes,
s'il n'a d'abord lié le pauvre. » (MATTH. x n , 29). Le Christ a donc
chargé le démon de liens spirituels, par la victoire qu'il a remportée
sur la mort et par son ascension des enfers aux cieux. Il l'a lié par le
mystère de son incarnation, en raison duquel le démon, bien qu'il ne
pût rien trouver en lui qui méritât la mort, a reçu permission de le
faire périr. Il l'a lié et lui a enlevé ses armes comme des dépouilles,
car il agissait sur les fils de la défiance, (ERIIES., n , 2), dont il fai-
sait servir l'infidélité à ses propres desseins. Alors le Seigneur a pu-
rifié ces armes par la rémission des péchés ; il a sanctifié ces dépouilles
arrachées à un ennemi renversé et chargé de fers, et les a distribuées
pour la beauté de sa maison. Des uns, il a fait des Apôtres; des autres,
des P r o p h è t e s ; des autres, des pasteurs et des docteurs pour les be-
soins du Ministère, afin d'édifier le corps du Christ. (IBID. I, 4), (S. AuG.)
— Les dépouilles qu'il enlève et dont il enrichit l'Eglise, c'est encore
le dépôt des vérités saintes qui passe de la synagogue à l'Eglise chré-
tienne, le monde entier qu'il ravit à la gentilité, les victimes qu'il
arrache à l'enfer, la vie qu'il conquiert sur la mort. — Ici donc le
Psalmiste nous expose, en termes figurés et prophétiques, l'organisa-
tion, la force, les triomphes, les richesses de l'Eglise. — Sous la con-
duite de Jésus-Christ, le bien-aimé de Dieu, les petits, les pauvres, les
simples, les femmes même remportent des victoires sur les ennemis
du salut. Quelquefois le Seigneur, pour manifester les trésors de sa
grâce, a donné le spectacle des vertus les plus parfaites dans les con-
ditions les plus éminentes ; mais, dit saint Augustin, j e vois les pé-
cheurs appelés avant les philosophes, j e vois Pierre préféré aux rois,
j e vois des milliers de vierges s'emparer de la couronne, et des enfants
même faire la leçon aux vieillards. (BERTHIER.) — « Si vous dormez au
milieu dos terres qui vous sont échues en partage. » Le Prophète
semble s'adresser ici à ceux qui sont distribués comme des dépouilles
pour l a b e a u t é d e la maison, selon que l'Espril-Sainta manifesté l'utilité
particulière de chacun d ' e u x . . . Si donc vous dormez au milieu de
vos partages, vous serez cojninc les ailes de la colombe argentée,
PSAUME LXVII. 65

c'est-à-dire vous vous élèverez à une h a u t e u r nouvelle, en restant


attachés à la force qui unit l'Eglise ; car cette colombe argentée est
celle dont il est dit : « Unique est ma colombe. » (CANT. VI, 8 . ) Elle
est argentée, parce qu'elle est instruite p a r les enseîgnemnts divins
dont il est dit dans un autre psaume : « Vos enseignements, Seigneur,
sont comme l'argent que le feu a séparé de toute terre et qui a été
purifié sept fois. » (Ps. xi, 7 . ) C'est donc un grand bien de dormir
au milieu des partages, qui signifient, selon quelques-uns, les deux
Testaments; ainsi, dormir au milieu des parts, c'est se reposer sur
4
l'autorité des deux Testaments; c'est-à-dire acquiescei aux témoi-
gnages des deux Testaments, de sorte que toute parole mise en avant
et reconnue comme venant de l'une de ces deux sources, termine pa-
cifiquement toute discussion p a r le repos le plus parfait. S'il en est
ainsi, quel avertissement est donné ici à ceux qui évangcliseront avec
une grande force, si ce n'est que Dieu leur accordera cette parole
avec laquelle ils pourront ôvangéliser, s'ils dorment au milieu de ces
héritages ? En effet, la parole de vérité leur est donnée, quand ils se
reposent sur l'autorité des deux Testaments, et qu'ils sont eux-mêmes
les ailes de la colombe argentée, portant jusqu'au ciel, par leur p r é -
dication, la gloire de l'Eglise. ( S . AUG.) — Appliqué aux simples
fidèles, ce verset contient une vérité qui n'est pas moins touchante. En
effet, si l'héritage du premier Testament, tout en étant l'ombre figu-
rative du second, consistait en une félicité terrestre, et si l'héritage du
Nouveau Testament est la bienheureuse immortalité, dormir au m i -
lieu des héritages, c'est ne pas rechercher avec ardeur le premier, et
attendre le second p a r la patience; car, pour ceux qui servent Dieu,
ou plutôt qui refusent de servir Dieu, afin de trouver la félicité en
cette vie et sur cette terre, le sommeil les fuit et ils ne peuvent dor-
mir. En effet, agités par les convoitises qui les embrasent, ils sont
poussés aux désordres et aux crimes, et ils n'ont aucun repos, désirant
acquérir et craignant de perdre. « Au contraire, celui qui m'écoute,
dit la Sagesse, habitera dans l'espérance et reposera sans crainte,
exempt de toute méchanceté. » (PROV. I, 3 3 ) . Voilà donc ce que c'est
que dormir au milieu des héritages : c'est habiter, non pas encore en
réalité, mais déjà par l'espérance, dans le céleste héritage, et se repo-
ser loin de toute convoitise d'une félicité terrestre. Mais quand sera
venu ce que nous espérons, nous ne dormirons plus au milieu des
deux héritages ; nous rognerons dans celui qui est le nouveau et le
véritable. C'est pourquoi rien ne nous empêche même de compren-
TOME il. 3
66 P S A U M E LXVII.

dre ces paroles : « Si vous dormez au milieu des héritages, » en les


appliquant à notre mort, selon la coutume de l'Ecriture, qui donne le
nom de sommeil à la mort de la chair. Car la meilleure des morts
est celle de l'homme qui, persévérant jusqu'à la fin dans la répression
des convoitises terrestres, et dans l'espérance du céleste héritage,
voit la dernière heure clore le cours de sa vie. Or, ceux qui s'endor-
miront de la sorte seront comme les ailes de la colombe argentée, pour
être emportés, au moment de la résurrection, dans les nuées, au milieu
des airs, au-devant du Christ, afin de vivre à jamais avec le Seigneur
(I TIIESS. iv, 1 4 ) , et qui s'embellissent à mesure qu'elles approchent
du soleil de justice. (S. AUG.) — Ces ailes argentées de la colombe,
après les grandes souffrances, ne sont pas ordinairement pour cette
vie; cet éclat do l'or n'est que pour ceux qui ont été longtemps épu-
rés dans la fournaise. — Discernement caché, mais plein de justice,
quo le Roi du ciel fait non-soulcmcnt des rois, mais encore de tous
les peuples de la terre. — Séparation bien différente d'après laquelle
les uns deviendront plus blancs que la neige, et les autres plus noirs
que les charbons. (DUGUET.) — Les plumes de la colombe sont sus-
ceptibles de couleurs changeantes, selon qu'elles sont exposées aux
rayons du soleil. Ce qui y domine, c'est le blanc, le cendré, le noir,
le vineux, et de ce mélange résulte une couleur qui ressemble à de
l'or pâle. Le Prophète se sert ici de cette comparaison pour désigner
la protection que Dieu accordera à son peuple, principalement à la
tribu de J u d a , lors môme qu'elle sera entourée des dix autres tribus
devenues ses ennemies, après le schisme de Jéroboam. Cette tribu
est appelée ici colombe, comme elle l'est dans le Cantique des canti-
ques, parce qu'elle demeure plus longtemps fidèle que les autres à
l'alliance de Dieu. (BERTHIEII.)
f. 1 5 , 1 0 . Mais, de peur que quelqu'un osât comparer Notre-Sei-
gneur Jésus-Christ aux saints, qui sont aussi nommés les montagnes
de D i e u , . . . et dans la crainte qu'on assimilât à ces montagnes, qui
sont les enfants des hommes, la montagne qui est le Christ, car il ne
manquait pas d'hommes pour dire, les uns qu'il était Jean-Baptiste,
les autres, E l i e , les autres Jérémie ou l'un des prophètes, le Psal-
miste se tourne vers eux et leur dit : Pourquoi supposez-vous que ces
montagnes fertiles soient la montagne où il a plu à Dieu d'établir
son habitation? De même que ces grands hommes ont reçu le nom de
lumière, car le Seigneur leur a dit : « Vous êtes la lumière du monde.»
(MATTII. V, 1 4 . ) ; mais qu'il a été dit aussi du Christ : « Il est la vraio
PSAUME LXVII. 67
lumière, qui éclaire tout homme venant en ce monde, » (JEAN, I, 9 ) ,
de même ces hommes sont des montagnes glorieuses, mais bien au-
dessus d'eux est la montagne préparéo sur les cimes des autres m o n -
tagnes. . . Pourquoi donc supposez-vous que ces montagnes soient la
montagne sur laquelle il a plu à Dieu de fixer son habitation ? Ce n'est
pas qu'il n'habite point les autres monts, mais il n'y habite que par
le Christ, « car en lui réside toute la plénitude de la divinité. » (COLOSS.
II, 7 ) . . . Le Seigneur habitera les montagnes qui ne sont pas compa-
rables à celle qui est préparée sur les cimes de toutes les autres ; il y
habitera pour les conduire jusqu'à leur fin, c'est-à-dire jusqu'à l u i -
même, où ils le contempleront dans sa divinité. ( S . AUG.) — Les lieux
élevés ont été préférablement choisis de Dieu pour devenir le théâtre
de ses divines manifestations. Les lieux élevés rapprochent du ciel, et
l'exemple qui s'y manifeste attire plus facilement les regards. Ainsi,
Jésus-Christ compare son Eglise à une cité placée sur une montagne,
à cause de son élévation et de sa solidité, dit saint Augustin, mais
l'Eglise ne fait qu'un avec Jésus-Christ. Elle est une montagne elle-
même, parce qu'elle est le corps du Christ; mais c'est Jésus-Christ qui
qui est le fondement de l'Eglise, et c'es légalement Jésus-Christ que saint
Augustin reconnaît dans cette parole du Psaume : « La montagne de
Dieu est une montagne grasse et fertile, où il a plu à Dieu d'habiter,
parce qu'il est la montagne où les âmes s'affermissent et s'enrichis-
sent des dons célestes. » — Dieu choisit ici-bas des lieux privilégiés,
où il se plaît à répandre avec plus d'abondance les rosées de sa grâce.
Les saintes lettres sont pleines de cette théologie, et elle est le fonde-
ment de la pratique ancienne et constante des pèlerinages. Et cela
même se rattache à tout l'ensemble de la doctrine catholique : Dieu
voulant entrer en commerce avec l'homme, c'est-à-dire avec l'être à
la fois intelligent et sensible, a dù faire contracter à sa grâce les rap-
ports de temps, de lieux et de p e r s o n n e s . . . Il y a donc une vocation,
une prédestination pour les lieux comme pour les personnes ; il y a
des lieux, des montagnes où se sont accumulées les merveilles de
Tordre surnaturel, où c'a été le bon plaisir de Dieu de résider dès les
commencements, et où il résidera jusqu'à la fin. (Mgr P I E , t. vi, p . 524.)

III. — 17-24.

jk 1 7 , 1 8 . Le Psalmiste termine ce psaume par la description du


triomphe de Jésus-Christ, qui, après être descendu, par son incarnation
ensuite par sa mort, dans les parties les plus basses de la terre, est
68 P S A U M E LXVII.

monté ensuite au-dessus de tous les cieux, a mené avec lui une mul-
titude de captifs, et a répandu magnifiquement ses dons diflérents sur
les hommes, en leur envoyant l'Esprit-Saint, et, ce qu'il y a de plus ad-
mirable, a triomphé du cœur rebelle de ceux qui étaient entièrement
incrédules et fait en sorte que des peuples auparavant infidèles et
incrédules, ont demeuré dans le Seigneur, et que le Seigneur aussi a
demeuré en eux. (DUGUET.) — Après avoir décrit le cortège qui en-
toure le char de triomphe du Seigneur, le Prophète s'adresse au Seigneur
lui-même : « Vous êtes monté au h a u t des cieux, vous avez fait cap-
tive la captivité, vous avez distribué des présents aux hommes. « L ' A -
pôtre rapporte ce verset et l'explique de Notre-Seigneur en ces termes :
« A chacun de nous, la grâce a été donnée selon la mesure du don de
Jésus. C'est pourquoi le Prophète a dit : c II est monté au h a u t des
cieux, il a fait captive la captivité, et il a donné des dons aux
hommes. » Mais qu'est-ce : il est monté, sinon qu'il est descendu au-
paravant dans les parties inférieures de la terre ? Celui qui est des-
cendu est le même qui est monté au-dessus de tous les cieux, afin de
remplir toutes choses. » (EPHES. IV, 7-10.) C'est donc, sans aucun
doute, de Jésus-Christ, que le Prophète a parlé en disant : « Vous
êtes monté au h a u t des cieux, vous avez fait captive la captivité, vous
avez reçu des dons en la personne des hommes. » Et ne soyez pas
préoccupés de ce que l'Apôtre, en citant ce passage, n'ait pas dit :
« Vous avez reçu des dons en la personne des hommes, » mais : « Il
a donné des dons aux hommes. » L'Apôtre, avec l'autorité que lui
donnait ce titre, a parlé comme il l'a fait en considérant le Fils
comme Dieu avec le Père. En ce sens, effectivement, il a donné des
dons aux hommes, en leur envoyant l'Esprit-Saint, qui est l'Esprit du
Père cl du Fils. Mais si l'on considère le môme Jésus-Christ dans son
corps qui est l'Eglise ; si l'on considère que les saints et les fidèles sont
ses membres, selon ces paroles do l'Apôtre : a Vous êtes le corps et
les membres du Christ, » (I COR. xu, 27), sans aucun doute, en cette
qualité, il a reçu des dons en la personne des hommes. (S. AUG.) —
Mais que veut dire : « Vous avez fait captive la captivité » ? Serait-ce
qu'il a vaincu la mort, qui tenait captifs ceux sur lesquels elle régnait ?
ou bien le Prophète a-t-il désigné, par ce terme de captivité, les
h o m m e s que le démon tenait captifs ? Le Prophète donne aux hommes
qui étaient tenus captifs le nom de captivité de même que nous
disons la milice en parlant des militaires. Le Prophète a dit que la
captivité avait été captivée par le Ghrist. Pourquoi, en effet, la cap-
PSAUME LXVII. GO

tivité ne serait-elle pas heureuse, si les hommes peuvent être faits


captifs pour leur bien ?... Us sont donc captifs parce qu'ils ont été
pris, et ils ont été pris parce qu'ils ont été subjugués ; soumis à ce
joug qui est plein de douceur, délivrés du péché dont ils étaient les
esclaves, ils sont devenus les serviteurs de la justice, à l'égard do
laquelle ils étaient libres précédemment. (IIOM. vi, 1 8 . ) C'est pour-
quoi le Christ est en eux, tout à la fois, celui qui a donné des dons aux
hommes et celui qui a reçu des dons en Ja personne des hommes.
Aussi, dans cette captivité, dans cette servitude, à ce char, sous ce
joug, il y a des milliers d'hommes, non qui pleurent, mais qui se
réjouissent; car « le Seigneur est en eux, dans son sanctuaire. » —
Mais qu'ajoute le Prophète ? « Môme ceux qui ne croyaient pas que
Dieu pût habiter au milieu d'eux. » Ne parlerait-il pas de la captivité,
et ne dirait-il point pourquoi, avant de passer sous l'heureuse servi-
tude, elle se trouvait enchaînée dans une servitude funeste? En effet,
c'est en raison de leur incrédulité que les hommes étaient captifs de
l'ennemi, « qui agit sur les enfants de la défiance, du nombre des-
quels vous avez été autrefois, lorsque vous viviez parmi eux. »
(EPHES. il, 2 , 3 . ) C'est donc par les dons de sa grâce que le Christ,
qui a reçu des dons dans la personne des hommes, a rendu captive
cette funeste captivité. En effet, ces hommes ne croyaient pas qu'ils
habiteraient un j o u r la maison de Dieu. Mais la foi les a délivrés afin
que, devenus croyants, ils habitassent la maison de Dieu, qu'ils d e -
vinssent eux-mêmes cette maison et le char de Dieu, formé de milliers
de saints qui se réjouissent. (S. Auc,.)
jf. 1 9 , 2 0 . C'est alors que le chantre de ces paroles prophétiques, à
qui l'Esprit-Saint donnait de contempler par avance ces grandes
choses, rempli lui-môme de joie, entonne un hymne d'allégresse et
s'écrie : « B é n i soit le Seigneur Dieu. » La terre doit s'unir au ciel
pour redire avec la multitude des élus : « Lo salut viont de notre
Dieu, assis sur le trône, ainsi que de l'Agneau... Bénédiction, gloire,
sagesse, actions de grâces, honneur, puissance, et force à notre Dieu,
dans les siècles des siècles. » (Aroc. vu, 1 0 , 1 2 . ) — Et parce que le
Christ conduit jusqu'à la fin le char dont il a parlé, le Prophète con-
tinue et dit : « Un chemin prospère nous sera préparé par le Dieu de
notre salut. » Ces paroles nous enseignent la nécessité do la grâce.
Qui serait sauvé, en effet, si Dieu ne le sauvait ? Mais de peur que
cette pensée ne se présentât à notre esprit : Pourquoi donc mourons-
nous, si la grâce nous a sauvés ? il ajoute aussitôt : « Il appartient au
70 PSAUME LXVII.

Seigneur de délivrer de la mort, » Votre Seigneur lui-même n'a pas


eu d'autre issue à sa vie que la m o r t . . . Souffrons donc avec patience
la mort même, h l'exemple de celui qui a voulu sortir de la vie par la
mort, bien qu'aucun péché ne l'eût rendu tributaire de la mort, et
qu'il fût le Seigneur, à qui nul ne pouvait ôter la vie et à qui il a p -
p a r t e n a i t de la déposer de lui-même. ( S . AUG.)
f. 21-23. « Mais cependant Dieu brisera la tête de ses ennemis, et
le front superbe de ceux qui marchent dans leurs p é c h é s ; » c'est-à-
dire de ceux qui s'élèvent d'une manière désordonnée, et qui s'enor-
gueillissent fièrement dans leurs péchés, où ils devraient, du moins,
puiser des sentiments d'humilité... Il brisera leurs têtes, « parce que
celui qui s'élève sera abaissé. Il brisera la tête de ses ennemis, et
non-seulcmcnt de ceux qui l'ont raillé sur la croix, mais encore de
tous ceux qui s'élèvent contre sa doctrine et qui t o u r n e n t sa mort en
dérision, comme si clic n'était que la mort d'un homme. (S. AUG.). — Au-
tant Dieu est bon à l'égard des pécheurs humbles qui reconnaissent leur
faiblesse, a u t a n t il est terrible à l'égard des pécheurs orgueilleux qui
sont ses ennemis déclarés et veulent insolemment persévérer dans
leurs péchés. Il les brise quelquefois dès cette vie, mais toujours dans
l'autre, où il n'y aura plus de salut à espérer pour ceux dont l'orgueil
n ' a u r a point été abaissé en cette vie. — Point d'ertriemis, quelque
puissants qu'ils soient, d'entre les mains de qui Dieu ne retire les
siens quand il lui plaît, avec la même facilité qu'il a délivré son peu-
ple des mains de rois très-puissants ; point d'abîme du péché, quel-
que profond qu'il soit, dont la bonté toute puissante de Dieu ne retire
quand il veut. (DUG.).

IV. — .24-35.

y. 25-27. « On a vu vos pas, ô mon Dieul » On a vu vos pas à tra-


vers le monde, que vous devez parcourir tout entier sur ce char,
appelé également dans l'Evangile du nom de nuée et qui signifie les
saints et les fidèles... Tels sont les pas que l'on a vus de vous; c'est-
cà-dire, tels sont les pas qui nous ont été manifestés, quand la grâce du
Nouveau Testament nous a été révélée. G'est pourquoi il est écrit :
« Qu'ils sont beaux les pieds de ceux qui annoncent la paix, qui an-
noncent la bonne nouvelle. » (HOM. X, 15). En effet, cette grâce et ces
pas étaient cachés dans l'Ancien Testament; mais lorsque est venue la
plénitude du temps, et lorsqu'il a plu à Dieu de révéler son Fils, pour
qu'il, fût annoncé parmi les nations, » (GAL. IV, i), on a vu vos pieds,
PSAUME LXVII. 71

ô mon Dieu I les pas de mon Dieu, du Roi qui habite dans le lieu
saint. » Dans quel lieu saint, « sinon dans son temple? En effet, le
temple de Dieu est saint et vous êtes ce temple. » (II Cor. m , 17),
(S. AUG.). — Or, pour que ces pas fussent vus, « les princes ont mar-
ché les premiers avec ceux qui chantaient sur le psalterion, au milieu
de jeunes filles qui frappaient sur des tambours. » Les princes sont
les Apôtres; ils ont, en effet, marché les premiers, afin que les peuples
suivissent; ils ont marché les premiers, annonçant le Nouveau Testa-
ment, « avec ceux qui chantaient sur le psalterion, » c'est-à-dire avec
ceux dont les bonnes œ u v r e s , visibles pour les autres h o m m e s ,
glorifiaient Dieu, comme des instruments destinés à le louer. Ces
mêmes princes étaient « au milieu de jeunes filles qui frappaient sur
des tambours, » c'est-à-dire qu'ils étaient honorés par le ministère
même qu'ils remplissaient; car tel est le rang des ministres sacrés au
milieu des églises nouvelles qu'ils gouvernent... En effet, de peur qu'il
ne vînt à l'esprit de quelqu'un d'interpréter ces figures dans un sens
charnel, le Prophète continue et dit : « Bénissez le Seigneur dans les
Eglises; » comme s'il disait : Gardez-vous, en entendant parler de
jeunes filles qui frappent sur des tambours, de penser à des amuse-
ments lascifs. « Bénissez le Seigneur dans les Eglises. » Les
Eglises sont figurées par cette appellation mystique; les Eglises
sont de jeunes filles ornées d'une grâce nouvelle; les Églises sont des
jeunes filles qui frappent sur des tambours, c'est-à-dire à qui la vic-
toire remportée sur la chair a donné une autorité spirituelle. « Bé-
nissez donc dans les Eglises le Seigneur, le Dieu, vous quiètes sortis
des sources d'Israël. C'est dans Israël, en effet, qu'il a choisi ceuxdont
il voulait faire des sources; c'est là qu'il a choisi les Apôtres, qui les
premiers ont entendu ces paroles : « Quiconque boira de l'eau que j e
lui donnerai n'aura jamais soif, mais il sortira de lui une source d'eau
qui jaillira jusqu'à la vie éternelle. » (JKAN, IV, 13, 14) ; (S. AUG.). —
Les petits et les grands, les princes et les peuples se trouvent dans
ces Eglises comme dans la maison commune, pour rendre leurs devoirs
à Dieu.
y. 28-30. Cettte expression : « Seigneur, commandez à votre force, »
est dans le style des Prophètes, qui représentent Dieu comme intimant
ses ordres aux instruments de sa bon té ou de ses vengeances. Dieu com-
mande à sa force, quand il la déploie, quand il en fait sentir les effets.
Je pourrais dire, dans l'oraison : Seigneur, commandez à vos lumières
de m'éclairer; commandez à votre amour do m'embrascr; commandez
72 PSAUME LXVII.
à votre miséricorde de me pardonner mes péchés; commandez à votre
sagesse de me montrer vos voies. Dans le Psaume XLIII, le Prophète
dit que Dieu commande le salut de Jacob ; c'est-à-dire qu'il prend les
moyens eflicaces de sauver son peuple. O Seigneur, j e r é p è t e , avec le
sentiment d'un cœur touché du désir de vous plaire : Commandez
mon salut; commandez aux ennemis qui s'y opposent de laisser mon
âme jouir de la paix qu'on goûte dans votre sein ; commandez à mes
passions de se taire en votre présence. Commandez à mon cœur de
s'attacher inviolablement à vous. (BERTUIER). — En quelque degré de
vertu et de sainteté que l'homme soit établi, il doit demander à Dieu
qu'il l'y affermisse et qu'il achève en lui ce qu'il a commencé. Souve-
rain domaine de Jésus-Christ, auquel tous les rois de la terre sont
venus rendre leurs adorations et leurs hommages, en lui consacrant
leurs états et encore plus leur cœur. Quels autres présents agréables
à Dieu, sinon le sacrifice de louanges? Mais il y a des hommes qui,
tout en portant le nom de chrétiens, ont des sentiments contraires, et
mêlent à ces louanges des airs discordants. Que Dieu fasse donc ce
que dit le Prophète : « Réprimez les bêtes féroces du roseau. » Ce
sont de véritables bêtes féroces, parce qu'ils sont nuisibles par leur
manque d'intelligence, et ce sont les bêtes féroces du roseau, parce
qu'ils corrompent, au gré de leurs erreurs, le sens des Ecritures. —
C'est encore des mêmes hommes que le Prophète ajoute : « Ils sont
comme une multitude de taureaux au milieu des vaches des peuples, »
afin que ceux qui ont été éprouves par l'argent soient repoussés. En
leur donnant le nom de taureaux, à cause de leur tête dure et indomptée,
le Prophète désigne les hérétiques; les vaches des peuples sont les
âmes faciles à séduire... « 11 y en a parmi eux, dit l'Apôtre, qui pénètrent
dans les maisons et qui traînent captives de faibles femmes chargées
de péchés et mues par toutes sortes de désirs, lesquelles apprennent
toujours et ne parviennent jamais à la connaissance de la vérité. »
( U T I M . n i , 4 ) . Le même Apôtre dit encore : « Il faut qu'il y ait des
hérésies pour manifester ceux d'entre vous qui sont éprouvés, » (I Cor.
xi, 19), ce qui revient à ce qu'ajoute le Prophète : « Afin que ceux
qui ont été éprouvés par l'argent soient repoussés; » c'est-à-dire, ma-
nifestés, mis en évidence. (S. AUG.) — « Réprimez ces bêtes féroces,
toujours prêtes à s'élancer de leurs roseaux. » Quel spectacle présente
à ce moment le monde, sinon celui d'une bande de taureaux furieux
qui n'ont en face d'eux que de timides vaches? Il est vrai, les peuples
eux-mêmes sont amollis, sont « avachis; » pourtant, le monde con-
PSAUME LXYIÏI. 73

tient encore des intelligences fermes, des courages robustes ; de gran-


des énergies subsistent au sein des sociétés. Mais ces natures fortes et
honnêtes qui sont à l'épreuve de l'argent, on les exclut, on les r e -
pousse ; on redoute les hommes dignes de ce nom ; on croit avoir tout
gagné, si les peuples se personnifient dans des volontés flasques, d a n s
des esprits flottants, dans des âmes qui n'ont rien de viril : troupeau
de vaches que nous avons déjà vu plus d'une fois en fuite, quand les
taureaux ont fait irruption. (Mgr PIE, I, 4 5 6 , Homél, Pentec).
f. 3 1 - 3 5 . Les royaumes ou les rois de la terre ont besoin qu'on
leur rappelle l'obligation où ils sont de chanter les louanges de Dieu.
Ils sont si enivrés de leur grandeur et de l'éclat qui les environne,
qu'ils oublient facilement ce qu'ils doivent à Dieu, pour ne se souve-
nir que de ce qu'ils croient que les hommes leur doivent. — La voix
de Dieu est si forte et si puissante, que rien n'est capable de lui résister,
et que ses ennemis les plus déclarés seront enfin obligés de lui rendre
gloire. — Les saints sont la plus grande merveille de Dieu. Le monde
n'est qu'une ombre de sa grandeur, mais les saints en sont une vive
image ; ils représentent, en quelque façon, la vertu et la force invin-
cible de Dieu, puisque c'est par elles qu'ils sont devenus saints, malgré
toutes les attaques du démon, du monde et de la chair. (DUG.). —
« A son peuple, qui est maintenant fragile et faible, Dieu donnera la
force et la puissance. » En effet, ici-bas, nous portons notre trésor
dans des vases fragiles ; (II Cor. îv, 8 ) ; mais alors, par le glorieux
changement qui aura lieu même dans les corps, « il donnera la force
et la puissance à son peuple ; » le Christ lui donnera la force qu'il a
le premier déposée dans sa propre chair, et que l'Apôtre appelle la
force de la résurrection, (PHILIP, m , 1 0 ) ; cette force par laquelle la
mort sera détruite. « Béni soit notre Dieu I » ( S . AUG.)

PSAUME LXVIÎL

In finem , pro iis, qui commu- Pour la fin, pour ceux qui seront
tabuntur, David. changés, Psaumo de David.
1. Salvum me fac, Deus : quo- 1. Sauvez-moi, ô Dieu 1 parce que les
niam intraverunt aquaï usque ad eaux sont entrées jusque dans mon âme.
animam meam.
2. Infixus su m in limo profundi : 2. Je suis enfoncé dans une bouo pro-
et non est substantia. fonde et sans consistance.
Veni in altitudincm maris : et Je suis descendu dans la profondoup
tempestas demersit me, do la mer, et la tempôto iq'a submergé.
74 PSAUME LXVIII.

3. Laboravi cl amans, rancre fac- 3. Je me suis épuisé à force de crier ,


r
taî sunt fauccs meic : defeccrunt et ma gorge s'est enrouée ; mes } cux so
oculi mei, dnm spcro in Dcum sont éteints dans l'attente de mon Dieu.
meum.
4. Multiplicati sunt super capillos 4. Ceux qui mo haïssent sans sujet
capitis m e i , qui oderunt me gra- sont plus nombreux que les cheveux de
tis. ma tête.
Confortati sunt qui persecuti sunt Mes ennemis qui mo persécutent in-
me inimici mei injuste : quaî non justement se sont fortifiés contre moi;
rapui,tunc exsolvebam. j'ai payé ce que jo n'avais pas pris.
5. Deus , tu scis insipientiam 5. O Dieu ! vous connaissez ma folie,
meam : et delicta mea a te non sunt et mes péchés ne vous sont point ca-
abscondita. chés (1).
6. Non erubescant in me qui G. Seigneur , Seigneur des armées ,
exspectant t e , Domine , Domine que ceux qui vous attendent ne rou-
virtutum. gissent point de moi.
Non confundantur super me qui Que ceux qui vous cherchent, ô Dieu
quœrunt te,Deus Israël. d'Israël ! ne soient point confondus à
cause de moi ;
7. Quoniam propter te sustinui 7. Car c'est pour vous que j'ai souffert
opprobrium : operuit confusio fa- l'opprobre, et que mon visage a été cou-
ciem meam. vert do confusion.
8. Extraneus faclus sum fratri- 8. Je suis devenu un étranger à mes
bus meis, et peregrinus fdiis ma- frères , et un inconnu aux enfants de
tris m cas. ma mère.
9. Quoniam zelus domus tuœ 9. parce qne lo zèle do votro maison
comedit me : et opprobria expro- m'a dévoré, et les outrages de ceux qui
brantium tibi, ceciderunt super me. vous insultaient sont tombés sur moi.
10. Etopcrui in jejunio animam 10. J'ai couvert mon âme dans le
meam : et factum est in oppro- jeûne ; et ils m'ont fait l'objet de leur
brium mibi. risée.
1 1. Et posui vestimentum meum 11. J'ai pris pour mon vêtement un
cilicium : et factus sum illis in pa- cilice ; et je suis devenu le sujet de leurs
rabolam. railleries.
12. Adversum me loquebantur 12. Ceux qui étaient assis à la porte
qui sedebant in porta : et in me parlaient contre moi, et je suis devenu
psallebant qui bibebant vinum. la chanson des buveurs de vin.
13. Ego vero orationem meam 13. Et moi, Seigneur, je vous offrais
ad t e , Domine : tempus benepla- ma prière : Voici le temps, ô mon Dieu !
citi Deus. de faire éclater votre bonté.
lnmultitudino misericordiœ tuœ Exaucez-moi selon la grandeur do
exaudi me, in veritate salutis tuse. votre miséricorde , et dans la vérité de
voire salut.
14. Eripc me do luto , ut non 14. Hctirez-moi du milieu de la fan go,
infigar : libéra me ab iis qui ode- afin que je n'y demeure point enfoncé ;
runt me , et de profundis aqua- délivrez-moi do ceux qui me haïssent, et
rum. du fond des eaux.
15. Non me demorgat tempes- 15. Ne souffrez pas quo la tempête me
tas aquœ , neque absorbeat me submerge; que l'abîme m'engloutisse,
profnndum : neque urgeat super et que l'ouverture du gouffre se ferme
me puteus os suum. sur moi (2).
(1) Vous savez m a folie; c'est-a-dire, vous savez si je puis être accusé de folie
et d e péché.
(2) Ce puits désigne la citerne qui servait souvent de prison. (V. Jêrém.), et
p a r extension, au sens symbolique*, l^s limbes, où les Ames descendaient après la
mort.
P S A U M E LXVI1I. 75

46. Exaudi m e , Domine , quo- 16. Exancez-moi, Seigneur, parce que


niam benigna est miscricordia votro miséricorde est bienfaisante. Re-
tua : secundum multitudinem mi- gardez-moi selon la multitudo de vos
scrationum tu arum respicc in mo. miséricordes.
17. Et no avertas laciom tuam 17. No détournez point votro faco do
a puero tuo : quoniam tribulor , votre serviteur ; exaucez-moi prompte-
velociter exaudi me. mont, parce que je suis dans la détresse.
18. Intende anima? meœ, et li- 48. Veillez sur mon amo , et délivrez-
béra eam : propter inimicos meos la ; sauvez-moi de cet état à causo do
eripe me. mes ennemis.
49. Tu scis improperium meum, 19. Vous connaissez mon opprobre,
et confusionem meam, etreveren- ma confusion et ma bonto.
tiam meam.
20. In conspectu tuo sunt omnes 20. Tous ceux qui mo persécutent sont
qui tribulant me : improperium présents à vos yeux; mon cœur a at-
expectavit cor meum, et mise- tendu l'opprobre et la misère.
riam.
Et sustinui qui simul contrista- J'ai attendu que quelqu'un prit part
retur ; et non fuit : et qui conso- à ma tristesse ; mais nul ne l'a fait;
laretur, et non inveni. quelqu'un qui me consolât, mais je n'ai
trouvé personne.
21. Et dederunt in escam meam 21. Ils m'ont donné du fiel pour ma
fel : et in sili mea potaverunt me nourriture; et, dans ma soif, ils m'ont
aceto. abreuvé de vinaigre (i).
22. Fiat mensa coriim coram 22. Que leur table soit devant eux un
ipsis in laqueum, et in rctribulio- filet, la punition qu'ils méritent, une
ncs, et in scandalum. pierre d'achoppement. Rom., xr, 9.
23. Obscurentur oculi eorum ne 23. Que leurs yeux s'obscurcissent pour
videant : et dorsum eorum sempor no point voir , et faites quo leur dos soit
incurva. toujours courbé sous votre main (2).
24. Effunde super eos iram 24. Répandez sur eux votre colère, et
tuam : et furor irai tuaj compre- que la violence de votre fureur les at-
hendat eos. teigne.
25. Fiathabitatio eorum déserta : 25. Que leur demeure devienne dé-
et in tabernaculis eorum non sit serte , et leurs tentes sans habitants,
qui inbabitet.
26. Quoniam quem tu percus- 26. Parce qu'ils ont persécuté celui
sisti, persecuti sunt : et super do- que vous avez frappé, et qu'ils ont ajouté
lorem vulnerum meorum addide- à la douleur do mes plaies.
runt.
27. Appono iniquitatem super 27. Laissez-les ajouter iniquité sur ini-
iniquitatem eorum : et non intrent quité; et qu'ils n'entrent point dans
in justitiam tuam. votre justice.
28. Deleantur do lihro viven- 28. Qu'ils soiont effacés du livro des
tium : et cum justis non scriban- vivants; et qu'ils no soiont point inscrits
tur. au nombre des justes.
29. Ego sum pauper et dolens: 29. Pour moi, je suis pauvre et dans
salus tua Deus suscepit me. la douleur ; votro puissance , ô Dieu l
m'a sauvé.
30. Laudabo nomen Dei cum 30. Je célébrerai le nom do Dieu dans
cantico : et magnificabo eum in mes cantiques, je lo glorifierai par
laude : mes louanges.
(4) Leur table signifie en général leurs plaisirs. — Qu'à leur tour ils soient
abreuvés d'un fiel amer, pernicieux et rebutant ; c'est-à-dire, que leur sort soit un
sort amer. (S. JÉRÔME.)
(2) Leurs rcius, c'est-à-dire leur puissance-, leurs appuis.
70 P S A U M E LXVIII.

31. Et placebit Deo super vitu- 31. Et cet hommage sera plus agréablo
lum novelluni, cornua producen- à Dieu que le sacrifice d'un jeune veau
tem et ungulas. aux cornes naissantes, et à qui les ongles
commencent à pousser.
32. Videant pauperes et laîten- 32. Que les pauvres voient, et qu'ils
tur : quœrite Dcuni,etvivct anima se réjouissent. Cherchez Dieu, et votre
vestra : âme vivra ,
33. Quoniam exaudivit paupe- 33. parce que le Seigneur a exaucé
res Dominus : et vinctos suos non les pauvres , et qu'il n'a point méprisé
despexit. ses serviteurs captifs.
34. Laudent illum cœli et terra, 34. Que les cieux et la terre le louent,
mare, et omnia reptilia in eis. aussi bien que la mer, et ce qui se meut
dans leur sein.
35. Quoniam Deus salvam fa- 35. Parce que Dieu sauvera Sion, et
ciet Sion : et Eodificabuntur civita- que les villes de Juda seront bâties.
tes Juda.
Et inhabitabunt i b i , et hœredi- Ses serviteurs l'habiteront et la pos-
tate acquirent eam. séderont en héritage.
36. Et s e m e n servorum ejus pos- 36. Et leurs descendants en seront
sidebiteam ; et qui diliguntnomen possesseurs à leur tour; et ceux qui
ejus ; habitabunt in ea. aiment son nom y établiront leur de-
meure.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume, où il faut nécessairement voir une prédiction détaillée


de la passion du Sauveur, à laquelle le Nouveau Testament en applique
six versets, de l'établissement de l'Eglise, et aussi du juste persécuté, con-
damné pour les crimes qu'il n'a pas commis (1),
1. — NOTRE-SEIGNEUR JÉSUS-CIIRIST EXPOSE TOUTES LES SOUFFRANCES DE SA PAS-
SION, SOUS LA FIGURE D'UNE TEMPÊTE ET D'UN NAUFRAGE :
1° La grandeur et l'étendue de sa douleur (1-3);
2° La multitude de ses ennemis, et des péchés du genre humain qu'il
a pris sur lui (4-6) ;
3° Les opprobres dont il est couvert et qui éloignent de lui jusqu'à ses
amis (7, 8) ;
4° Ses actions les plus saintes tournées en dérision et devenant pour
lui un sujet d'opprobre et de raillerie (9-12).

(1) Ce Psaume a été appliqué à Jésus-Christ souffrant par tous les Pères et
par tous les interprètes. En effet, bien qu'une partie puisse se rapporter aux
persécutions que David eut à endurer, il est impossible de ne pas voir qu'il con-
vient beaucoup mieux, dans un sens littéral, à Jésus-Christ; car, outre l'applica-
tion précise que font les autours du Nouveau Testament de plusieurs versets,
tous les caractères de celui qui parle s'appliquent parfaitement au Sauveur, et
certains traits ne peuvent s'appliquer qu'à lui ou à ses persécuteurs. Ces doux
propositions se prouvent par l'analyse logique du Ps.uuuo..
PSAUME LXVIII. 77

II. — IL IMPLORE LA DIVINE MISÉRICORDE,


1° En demandant d'ôtrc délivré des afflictions qui accablent son âme
(14, 15);
2° En exposant à Dieu les raisons qui motivent et appuient sa prière : c) du
côté de Dieu, la douceur et l'étendue de sa miséricorde (16); 6) de son
côté, il est le serviteur de Dieu et en proie à de vives souffrances (17) ; c)
du côté de ses ennemis, ils s'efforcent de lui enlever et la vie et la réputa-
tion (18-19) ; d) du côté de ses amis, aucun ne prend part à ses souffrances,
aucun ne le console (29) ; e) l'amertume de ses souffrances, ils lui ont
donné du fiel pour nourriture, etc. (21).
III. — IL PRÉDIT LE CHATIMENT RÉSERVÉ A SES ENNEMIS,
1° Dans les biens du corps (22-24) ;
2° Dans les biens de la fortune, par le renversement de leur royaume
et la destruction de leur capitale, motivés sur ce qu'ils ont persécuté celui
qui était frappé, et ajouté à la douleur de ses plaies (25, 26).
3° Dans les biens de l'âme, a) Dieu permettra qu'ils tombent dans des
crimes plus énormes ; b) il leur soustraira sa grâce ; c) il les effacera du
livre de vie (27, 28).
IV. — IL REND GRACES A DIEU DE SA DÉLIVRANCE
1° En l'attribuant à Dieu seul (29) ;
2° En annonçant que ses chants de louanges et d'actions de grâces l u |
seront agréables (30, 31) ;
3° En invitant les pauvres et les humbles à chercher Dieu et à le ser-
vir (32, 33) ;
4° En exhortant toutes les créatures à le louer en reconnaissance do
la fondation, de l'accroissement et de la conservation de l'Eglise (34-36).

Explications et Considérations.

I.-1-13.

f. 1 - 2 . Ces eaux qui ont pénétré jusque dans son â m e , c'est-à-dire


jusqu'à sa vie; cet abîme de boue, cette profondeur de la mer, et cette
tempête, sont des images fortes qui dépeignent vivement la détresse
où fut réduit Jésus-Christ dans sa p a s s i o n , comme aussi t o u t
juste q u i , à son exemple, est accablé de peines, ou une âme qui
semble succomber sous le poids de ses péchés. (DUGUET). — Quels
flots se sont élevés contre Jésus-Christ 1 mais ils se sont brisés contre
lui; et vous, fidèle imitateur de ce grand modèle, attendez-vous d a n s
78 PSAUME LXVIII.
ce monde, sur cette mer orageuse, à une infinité de tempêtes; mais
tenez ferme contre ces ouragans, ils vous tourmenteront et ne vous
feront point périr.
y. 3. Expression métaphorique qui exprime le cri intérieur qu'une
âme pousse vers Dieu. — Regard continuel vers le ciel, qui semble
épuiser l'œil du cœur, mais qui ne fait que le rendre plus vif et plus
attentif.— L'espérance solide ne confond point; elle a, tôt ou tard,
son accomplissement. (DUG.). — Ce ne sont pas les yeux de notre tête
qui ont cessé par épuisement d'espérer en Dieu ; mais ses yeux se sont
épuisés dans son corps, c'est-à-dire dans ses membres. Cette voix est
la voix de ses membres, la voix du corps et non de la tête... Après sa
passion, après sa mort, tous ses disciples craignirent qu'il ne fût pas
le Christ. Les Apôtres furent vaincus par le larron, qui crut au Sei-
gneur alors qu'ils perdirent courage. (Luc. xxnr, 42). Voyez ses mem-
bres qui cessent d'espérer; considérez les deux disciples, dont l'un se
nommait Cléophas, avec lesquels il conversait sur le chemin après sa
résurrection, et dont les yeux étaient tenus de manière à ne pas le
reconnaître. Comment, en effet, auraient-ils reconnu de leurs yeux
Celui dont ils se séparaient par l'hésitation de leur âme chancelante?
Leurs yeux subissaient la même défaillance que leur esprit... Ils
avaient espéré et ils n'espéraient plus ; leurs yeux avaient cessé par
épuisement d'espérer en leur Dieu. Il leur rendit cette espérance,
quand il leur présenta à examiner les cicatrices de ses plaies, et après
que Thomas les eut touchées, il reprit l'espérance qu'il avait perdue
et s'écria : « Mon Seigneur et mon Dieu. » (JEAN xx, 28), (S. AUG.).
f. 4, 5. Que les membres du Christ recueillent cette parole, qu'ils
apprennent à être haïs gratuitement. S'il est inévitable que le monde
vous haïsse, que n£ faites-vous en sorte qu'il vous haïsse gratuitement,
afin que vous reconnaissiez votre voix dans le corps de votre Seigneur
et dans ce psaume où la passion est prédite? Gomment se fcra-t-il
que le monde vous haïsse gratuitement? Si vous ne nuisez èn rien à
personne et que cependant vous soyez un objet de h a i n e ; car gratui-
tement veut dire sans motif. Qu'il ne vous suffise pas que la haine du
monde soit toute gratuite ; bien plus, que dans sa haine il vous
rende le mal pour le bien. « Les forces de mes ennemis, de ceux
qui me persécutent injustement, se sont accrues. » Cette voix est celle
de ceux qui sont martyrs, non p a r la souffrance seulement, mais par
la cause de leurs souffrances. Ni la persécution, ni l'arrestation, ni
les verges, ni le feu, ni la proscription, ni la mort, ne méritent la
PSAUME LXVIII. 79

louange à qui les subit; mais avoir une bonne cause et souffrir ces
peines, voilà qui mérite la louange. Le mérite est proportionné à la
cause et non à l'atrocité du supplice; car quelque grands qu'aient été
les supplices des martyrs, égalent-ils les supplices de tous les voleurs,
de tous les sacrilèges, de tous les scélérats? Mais le monde hait-il aussi
ces misérables? Evidemment il les hait. En effet, ils excèdent par leur
scélératesse la méchanceté commune du monde, et ils sont, en quel-
que sorte, étrangers à la société du monde, dont ils mettent en péril
la paix temporelle; ils souffrent de cruels supplices, mais ce n'est pas
sans motif. (S. A U G ) . — « J'ai payé ce que je ne devais pas. » C'est
encore ici la voix du corps. En effet, quelle imprudence trouver dans
le Christ? N'est-il pas la force et la sagesse de Dieu? Mais ne parle-t-il
point d'imprudence au sens de l'Apôtre : « La folie de Dieu est plus
sage que la sagesse des hommes? » (I. Cor. i, 25). « Mon imprudence, »
c'est-à-dire la conduite qui m'a rendu l'objet des railleries de ceux
qui se croyaient sages. O Dieul vous savez pourquoi ces choses se
faisaient, t Vous avez connu mon imprudence. » Qu'y a-t-il de plus
imprudent, selon les apparences, tandis qu'on peut d'un mot renver-
ser ses persécuteurs, que de se laisser arrêter, flageller, souiller de
crachats, souffleter, couronner d'épines, attacher à la croix? N'est-ce
point là de l'imprudence? n'est-ce point là de la folie? Mais cette folie
surpasse la prudence de tous les sages. C'est une folie, en effet, mais
quand le grain est jeté en terre, pour qui ne connaîtrait pas les lois
de la culture, il semblerait que ce fût folie. Ce blé est moissonné avec
un grand travail, on le porte dans l'aire, on le bat, on le vanne, et,
après tous les dangers dont les intempéries du ciel et les orages l'ont
menacé, après tous les travaux des ouvriers des champs et tous les
soins du maître, quand il est bien purifié, on le place dans le grenier;
puis, vient l'hiver, et ce blé, si bien purifié, est porté au dehors et
jeté sur la terre. C'est une imprudence apparente, mais l'espérance
fait qu'il n'y a point là d'imprudence... Le grain, a dit le Seigneur,
s'il ne tombe dans la terre pour mourir, ne rendra pas de fruit. (JEAN
XII, 21, 25). Voilà son imprudence, mais, ô Dieu, vous la connaissez.
(S. AUG.).

f. 6, 7. On rougit tous les jours de Jésus-Christ, soit parce qu'on


ne veut pas déplaire au monde qui est son ennemi, soit parce qu'on
n'a pas le courage de renoncer aux habitudes vicieuses que Jésus-
Christ condamne. Mais qui sont ces esclaves du monde et ces lâches?
Le Prophète les caractérise par le contraste des vrais fidèles, de ceux
$0 PSAUME LXVIII.
qui attendent le Seigneur et qui le cherchent. Aussi, le Seigneur est à
leur égard le Dieu des armées, c'est-à-dire revêtu de force et de puis-
sance; ii est le Dieu d'Israël, c'est-à-dire le protecteur, comme il le
fut du peuple descendu des patriarches. Chercher le Seigneur et l'at-
tendre, c'est tout ce que l'homme de foi a de plus important en ce
monde, c'est même son unique aflaire. (BERTUIER). — Jamais homme
qui a cherché Dieu comme il faut n'a été confondu. — « Il y a une
confusion qui fait tomber dans le péché, et il y en a une autre qui
attire la gloire et la grâce, P (Eccli. iv, 25). C'est une confusion qui
jette dans le péché, que de rougir de Dieu et de ce qu'il nous com-
mande, et de craindre plus les hommes que Dieu; mais c'est une con-
fusion de gloire et de grâce que de vouloir bien être déshonoré pour
confesser Dieu et d'avoir le visage couvert de confusion pour sa gloire.
— Il n'y a rien de grand à d i r e : « j ' a i souffert, » mais bien à dire :
« j ' a i souffert à cause de vous. » En effet, vous souffrez parce que
vous avez péché ; c'est à cause de vous et non à cause de Dieu que
vous souffrez. « Quel sujet de gloire pour vous, dit saint Pierre, si vous
êtes punis et si vous souffrez pour vos fautes? » (f. PIER., II, 20). Si,
au contraire, vous souffrez pour avoir gardé les commandements de
Dieu, vous souffrez réellement à cause de Dieu et une récompense
éternelle vous attend, parce que c'est à cause de Dieu que vous avez
supporté des opprobres ; car lui-même n'en a souffert le premier que
p o u r nous apprendre à les supporter. Et s'il a souffert, lui à qui l'on
n'avait rien à reprocher, que dire de nous, qui peut-être n'avons
pas commis tel péché que nous impute notre ennemi, mais qui, cer-
tainement, en avons commis quelque autre qui mérite châtiment? Un
homme vous accuse de vol et vous n'avez pas volé, cette accusation
est un opprobre ; cependant, votre innocence sur ce point ne vous em-
pêche pas de déplaire à Dieu en quelque autre chose. (S. A U G . ) .
y. 8. 11 est souvent plus avantageux d'être traité par ses frères
comme u n étranger, que d'entretenir de grandes liaisons avec ceux
dont les discours ou la manière de vivre peuvent nous porter au péché.
— Tous les jours nous voyons l'accomplissement de cette parole de
Notre-Seigncur : « Que l'homme aura pour ennemi ceux de sa propre
maison. » — La perfection évangélique consiste à abandonner frères
et sœurs pour suivre Jésus-Christ. La perfection qui en approche, si
elle ne la surpasse, c'est de consentir à être traité par eux comme un
étranger et un ennemi, plutôt que de violer en aucun point la fidélité
qu'on doit à Dieu. — « Le zèle de votre maison m'a dévoré. » Jésus-
PSAUME LXVIII. 81
Christ y exerçait de plein droit toute l'autorité de son Père. « Il ne
souffrait pas, dit saint Marc, qu'on passât avec un vaisseau par le
temple,» ni qu'on fît servir de chemin public un lieu si saint. L'Évan-
gile ne dit pas qu'il le défendait, mais qu'il ne le souffrait p a s ,
c'est-à-dire, par en juger par le reste de ses actions, qu'il les repous-
sait et les chassait, de môme qu'il les reprenait avec menaces. S'il
n'avait fait qu'ordonner, ce serait un acte d'autorité ; mais il agit,
il renverse, il frappe. Ce qui est encore un acte de zèle; ce qui fait
aussi que saint Jean et tous ses disciples appliquèrent à cette action
cette parole de David : « Le zèle de votre maison m'a dévoré. » Le
zèle est une ferveur de l'amour de Dieu, trop vif pour attendre le
secours d'autrui, ni pour s'astreindre aux formes ordinaires; mais
agissant par lui-même et au-dessus de ses forces, avec une espèce
d'excès, par une absolue confiance en la puissance de Dieu. (BOSSUET,
Méd. s. l'Ev., dern. Sem.
f. 9 . Zèle ardent pour l'honneur de la maison de Dieu, qui est
l'Eglise, dont tout prêtre, tout pasteur surtout doit, à l'exemple de
Jésus-Christ, être dévoré. — Heureux celui sur qui tombent les ou-
trages de ceux qui veulent insulter Dieu, et qui présente sa tête
comme un bouclier pour recevoir les coups qu'on lui porte. (DUG.) —
Ce zèle de votre maison qui me dévore, fait que tous les outrages que
vous recevez dans le monde me blessent moi-même personnellement.
Ces outrages, ô mon Dieu I par l'impiété et l'insolence des hommes,
montent jusqu'à vous ; mais, par une vertu toute contraire de la cha-
rité qui m'anime, ils retombent en même temps sur moi ; c'est-à-dire,
les blasphèmes que l'on profère contre votre nom, les profanations
de votre sanctuaire, les transgressions de votre loi, les insultes, les
scandales, les dérèglements de votre peuple, tout cela fait sur mon
cœur une impression à laquelle je ne puis résister. Quoiqu'on dise le
monde, il faut que je m'explique et que je parle, et, si ma raison s'y
oppose, j e la renonce comme une raison séduite et corrompue. (BOURD.
Zél. pour la déf. des intérêts de Dieu.)
f.\Q-\% Le jeûne, le sac, lecilicé, et les autres exercices de pénitence,
sont les sujets de la raillerie du monde, qui se moque de ce qu'il n'a
pas le courage de pratiquer. Ne pas laisser de lui prêcher la p é n i -
tence, qui est le fondement de la piété chrétienne. Il faut consulter
son besoin et un peu son g o û t ; mais il faut la pratiquer soi-même
avant que de la prêcher aux autres. (DUG.) — « Ceux qui buvaient d u
vin me prenaient pour sujet de leurs chansons. » Pensez-vous quo
TOME II. 0
82 PSAUME LXVlll.
cela ne soit arrivé qu'au Christ ? Tous les jours, le même fait se pro-
duit à l'égard de ses membres. Si par hasard un serviteur de Dieu
est dans l'obligation de réprimer l'ivresse et la débauche, soit dans
la campagne, soit dans quelque ville où la parole de Dieu n'a point
encore été entendue, c'est peu que l'on continue à c h a n t e r ; mais, de
plus, on commence par se moquer, en chantant, de celui qui a défendu
les chants désordonnés. Comprenez maintenant le jeûne du Christ et
l'ivresse de ces débauchés : « Et ceux qui buvaient du vin chantaient
contre moi. » Quel vin ? le vin de l'erreur, le vin de l'impiété, le vin
de l'orgueil. (S. AUG.)
II. — 1 3 - 2 1 .

•p. 1 3 . « Pour moi, j'élevais ma prière vers vous, ô mon Dieu l » Je


m'élevais donc vers vous, mais comment ? En vous adressant ma
prière : En effet, lorsque vous êtes en butte aux malédictions, et que
vous n'avez plus rien à faire ; lorsque l'opprobre est jeté sur vous,
que vous ne trouvez aucun moyen de corriger celui qui vous accable,
il ne vous reste d'autre ressource que de prier. Mais souvenez-vous
aussi de prier pour celui qui vous insulte : « Voici le temps de votre
bon plaisir, ô mon Dieu. » C'est l'heure de l'abondance de votre mi-
séricorde; car sans l'abondance de votre miséricorde, que ferions-nous
de l'abondance de notre iniquité ? « Exaucez-moi selon la vérité du
salut que vous m'avez promis. » Après avoir dit, « de votre miséri-
corde, » le Prophète nomme aussitôt la vérité , parce que toutes les
voies du Seigneur sont miséricorde et vérité. (Ps. xxiv. 10.) Pourquoi
sont-elles miséricorde ? parce que Dieu remet les p é c h é s ; pourquoi
sont-elles vérité ? parce que Dieu est fidèle dans ses promesses.
(S. AUG.)
j"-. 13-15. a Sauvez-moi de cette boue, afin que j e n'y reste pas
enfoncé; » de cette boue, dont il a dit plus h a u t ; «Je suis enfoncé dans
la boue de l'abîme, et je n'y trouve aucun f o n d . . . » Quelle est cette
b o u e ? Le Prophète explique lui-même sa pensée : « Que j e sois retiré
des mains de ceux qui me haïssent. » Ils sont donc eux-mêmes cette
boue dans laquelle il était retenu. Jésus parle ici en raison de la fai-
blesse de ses membres. S'il arrive que vous soyez captif aux mains de
celui qui veut vous contraindre à commettre l'iniquité, votre corps
est pris en effet ; en ce qui concerne votre corps, vous êtes enfoncé
dans la boue de l'abîme ; mais tant que vous n'avez pas consenti aux
suggestions de l'iniquité, vous n'êtes pas retenu dans cette boue ; que
PSAUME LXVIII. 83
si, au contraire, vous y consentez, vous ôtes retenu dans la boue. D e -
mandez donc que si votre corps est déjà captif, votre âme ne soit
pas captivée avec lui, et que vous restiez libre au milieu des fers;
demandez que vous ne consentiez pas aux désirs des pécheurs, et que
vous ne soyez pas submergé par la tempête et entraîné dans la p r o -
fondeur de l'abîme. (S. AUG.) — Que demande le Psalmiste dans sa
prière? L'abîme de l'iniquité des hommes est comme un vaste p u i t s ;
quiconque y tombe fait une chute profonde. Mais cependant, lorsqu'il
y est tombé, s'il confesse ses péchés à son Dieu, l'ouverture du puits
ne se fermera pas sur lui, comme il est écrit dans un autre psaume :
« Des profondeurs de l'abîme, j ' a i crié vers vous, Seigneur, Seigneur,
écoutez ma voix. (Ps. cxxix, 42). » Si, au contraire, le pécheur réalise
en lui-même cette sentence des Ecritures : « Lorsque le pécheur a at-
teint la dernière profondeur du vice, il méprise, (PROVER., XXIII, 3 , ) »
alors le puits a fermé son ouverture sur lui. Pourquoi le puits a-t-il
fermé son ouverture ? Parce qu'il a fermé la bouche du pécheur. En
effet, celui-ci a perdu jusqu'à la confession de ses péchés, il est réel-
lement mort et cette parole est accomplie en lui : « La confession
périt dans la bouche des morts, parce qu'ils sont comme s'ils n'étaient
plus. (Eccu., xvir, 26). » — O redoutable état, un homme qui a
commis l'iniquité est plongé dans le puits, mais, quand vous lui a u -
rez fait connaître ses iniquités, s'il dit: Il est vrai que j ' a i péché, j e l'a-
voue, le puits n'a pas refermé sur lui son ouverture; qu'au contraire
ii vous réponde : Quel mal ai-jc donc fait? il cherche à excuser son
péché, le puits a fermé sur lui son ouverture et il n'a plus d'issue pour
s'échapper. Qui perd la confession de sa faute n'a plus où trouver la
miséricorde. Vous vous êtes fait le défenseur de votre péché, comment
Dieu serait-il votre libérateur ? Pour que Dieu devienne votre libéra-
teur, soyez votre accusateur. (S. AUG.)
7"-. 1 5 , 1 8 . Point d'autre espérance d'être exaucé, que la miséricorde
de Dieu, toute remplie de douceur. — Les regards de Dieu sur les
hommes ne sont pas des regards vains et inutiles, mais ils ont leur
cause dans ses desseins pleins de tendresse à notre égard. — Que veut
dire : « Délivrez-moi à cause de mes ennemis ? » afin qu'ils soient
couverts de confusion, afin qu'ils soient tourmentés par ma déli-
vrance ? Mais, quoi ; si ma délivrance ne devait pas être un t o u r -
ment pour eux, le Seigneur ne devrait donc pas mo secourir ? . . . On
peut dire peut-ôlrc, dans un sens mystérieux, qu'il y a pour les saints
une délivrance secrète qui se fait en vue d'eux-mêmes, et une autre
84 PSAUME LXVIII.
délivrance publique et manifeste, qui se fait en vue de leurs e n n e -
mis, pour les punir ou pour les délivrer. (S. AUG.)
f. 19, 2 1 . Grand bonheur des justes qui sont persécutés, d'être ex-
posés aux yeux de Dieu, fixés sur eux pour les consoler et les fortifier.
— Excellente disposition pour n'être point abattu par les afflictions,
que d'y préparer son cœur. — Est-ce que ses disciples n'ont pas été
attristés quand il a été conduit au supplice, quand il a été suspendu
sur la croix, quand il est mort ? Ils ont été saisis d'une si grande tris-
tesse qu'ils étaient dans les pleurs lorsque Marie-Magdeleine, qui le
vit la première, leur annonça dans la joie ce qu'elle avait vu. (JEAN.
xx, 1 8 , ) . . . Des femmes étrangères même ont pleuré tandis qu'on le
conduisait au supplice, et s'étant tourné vers elles, il leur a d i t :
« Pleurez, mais sur vous et non sur moi. » (Luc. x x x m , 28.) Gom-
ment donc a-t-il attendu que quelqu'un s'affligeât avec lui, sans que
quelqu'un ait partage sa t r i s t e s s e ? . . . Ces disciples et ces femmes
s'attristaient seulement en gens charitables qu'ils étaient, au sujet de
sa vie mortelle, que la mort devait changer et que la résurrection
devait lui rendre : tel était le sujet de leur tristesse. (S. AUG.) Com-
bien peu de ressource dans les consolations humaines 1 — « Et ils
m'ont donné du fiel comme nourriture, » paroles qui conviennent si
exclusivement à Jésus-Christ dans sa passion, que ce serait les pro-
faner de les appliquer à un autre.

111. — 2 2 - 2 7 .

22. « Ils m'ont donné, d i t - i l , du fiel dans ma nourriture. »


Ce qu'ils ont donné n'était pas une nourriture ; c'était, en effet, un
breuvage ; mais ils le lui ont donné en forme de nourriture, c'est-à-
dire que Notre-Seigncur avait déjà pris sa nourriture, et qu'ils y ont
jeté du fiel. Or, il avait pris la plus douce des nourritures, lorsqu'il
avait mangé la Pàque avec ses disciples, et qu'il leur avait révélé le
sacrement de son corps. Dans cette nourriture si agréable, si douce,
de l'unité du Christ que l'Apôtre loue en ces termes : « Quoique en
grand nombre, nous sommes un seul pain, un seul corps; » (I. COR. X,
17) ; dans cette suave nourriture qui donc vient mêler du fiel, sinon
les contradicteurs de l'Evangile, comme ces persécuteurs du Christ?
car moindre est ce péché des Juifs qui ont crucifié Jésus lorsqu'il
marchait sur la terre, que le péché de ceux qui le méprisent mainte-
n a n t qu'il est assis au ciel. Ce qu'ont donc fait les Juifs lorsqu'ils ont
mêlé à la nourriture qu'il avait déjà prise leur breuvage amer, ceux-
PSAUME LXVIII. 85
là le font maintenant qui, par le désordre de leur vie, causent du
scandale dans l'Eglise. (S. AUG.)
23, 25 Ces versets regardent la double punition des Juifs. Ils ont
été privés de leur domination, de leur patrie, de leurs biens, et r é -
duits à l'état de gens pour qui tous les mets se changeraient en poi-
son ; ils ont été accablés sous le poids d'une domination étrangère, ils
ont erré de côté et d'autre, comme des aveugles qui ne savent quel
chemin prendre. Voilà pour ce qui regarde la punition temporelle.
Ils sont plus malheureux encore du côté des moyens de salut. Les li-
vres saints qui étaient leur nourriture ordinaire sont devenus une
sorte de piège pour eux, et une pierre de scandale, parce qu'ils en ont
détourné le vrai sens. Un voile épais s'est répandu sur leurs yeux ; ils
se sont courbés vers la terre ; ils n'ont eu d'autres désirs que ceux de
s'enrichir par le commerce et par l'usure. Voilà donc trois prophéties
contre eux : celle de David, parlant au nom du Messie ; celle du Messie,
qui l'a répétée équivalemment durant le cours de sa vie et au moment
môme de sa passion ; celle de l'Apôtre, qui a renouvelé et expliqué
les prédictions du Psalmiste. (BERTIIIER.) — Les menaces conte-
nues dans ces versets ne regardent pas seulement les Juifs, mais les
chrétiens qui auront abusé du grand bienfait de la Rédemption. — La
table de la sainte communion devient souvent un filet ou plusieurs
mauvais chrétiens sont pris. — La source de toute grâce et de toute
bénédiction devient pour eux une pierre de scandale et une occasion
de chute. — Dieu permet qu'ils tombent dans l'aveuglement, ils ne
savent ni ce qu'ils disent, ni ce qu'ils font, ils sont sans principes et
sans lumière, toujours courbés vers la terre, où ils mettent toute leur
affection. (DUGUET.)— « Que leurs yeux s'obscurcissent, en sorte qu'ils
ne voient pas et que leur dos soit constamment courbé, o Ces deux
choses se suivent; car, du moment que leurs yeux s'obscurcissent de
telle sorte qu'ils ne voient pas, il s'ensuit que leur dos doit être courbé.
Pourquoi cela? Parce que, dès qu'ils ont cessé de connaître les choses
du ciel, inévitablement ils ont dû penser à des choses infimes.
(S. AUG.)
7"-. 26, 27. Comment persécute-t-on celui que Dieu a frappé ? Le
Seigneur parle ici en la personne du genre humain, d'Adam lui-même,
qui, à cause de son péché, a été le premier frappé de mort. Les h o m -
mes naissent ici sujets à la mort, apportant avec eux en ce monde ce
châtiment. En effet, cet homme avait-il besoin d'être frappé de nou-
veau par Dieu pour subir la mort ? Pourquoi donc, ô homme, aggra-
86 PSAUME LXVIII.
ves-tu la peine établie par Dieu ? Est-ce donc une souffrance trop lé-
gère pour l'homme que d'avoir un jour à subir la mort ? Chacun de
nous porte en lui sa propre peine ; ceux qui nous persécutent veulent
y ajouter quelque chose. Cette peine est le coup frappé par Dieu. En
effet, Dieu a frappé l'homme par cette sentence : • Du j o u r que vous
aurez touché à ce fruit, vous mourrez de mort. » (GEN. ir, 7 . ) — L e
Christ avait pris sa chair de cette race vouée à la mort. C'est par la
voix de cet homme mortel qu'il a dit : « Us ont persécuté celui que
vous avez frappé, et ils ont ajouté à la douleur de mes blessures. » A
la douleur de quelles blessures ? A la douleur de mes péchés ; car ii
appelle ses péchés des blessures. Mais ici ne considérez pas la tète,
considérez le corps, au nom duquel le Christ a parlé dans un autre
psaume, lorsqu'il a dit : « La voix de mes péchés m'éloigne de mon
salut. » (Ps. xxi, 2 ) , ( S . AUG.)
f. 2 8 . Le péché est la cause et la peine du péché, le premier est
la cause du second, et le second est le châtiment du premier. Être
livré à sa propre iniquité pour en combler la mesure, quel malheur
et qui peut le comprendre ! — Le dernier, le souverain châtiment de
Dieu et le seul qui soit sans ressource, c'est d'être effacé du livre des
vivants. — « Qu'ils soient effacés du livre des vivants. » Y étaient-ils
donc inscrits auparavant. Nous ne devons pas prendre ce texte en ce
sens que Dieu inscrive un nom dans le livre de vie, et l'efface ensuite.
Est-ce que Dieu inscrit un nom et l'efface ? Il a toute prescience; il
a prédestiné, avant la création du inonde, tous ceux qui devaient ré-
gner avec son Fils dans la vie éternelle. (Rom. vin, 2 9 . ) — Il les a
inscrits, et le livre de vie garde leurs n o m s . . . Que veut donc dire :
« Qu'ils soient effacés du livre de vie ? » Qu'ils aient la certitude que
leur nom n'y est pas écrit. ( S . AUG.)

IV. — 29-30.

2 9 . Aucun homme sur la terre qui ne puisse dire : « Je suis pauvre


et dans l'affliction, » car cette vie est une région de larmes ; c'est
la terre des mourants, dit saint Augustin... Mais celui qui a de la foi
peut ajouter avec confiance : La main salutaire de Dieu m'a relevé,
m'a exalté, m'a consolé do mes péchés.
3 0 , 3 1 . Les cantiques véritablement agréables à Dieu sont ceux
p a r lesquels nous reconnaissons que c'est à son nom et à la vertu de
sa grâce que nous devons notre salut. « Le sacrifice de louange me
PSAUME LXVIII» 87
glorifiera, et c'est la voie dans laquelle j e lui montrerai le Sauveur
de Dieu. » (Ps. XLIX, 23.)— Je louerai donc le Seigneur, et ma louange
lui plaira mieux qu'une grande viclime amenée devant son autel. La
jeunesse de la victime est ici la figure de notre vie nouvelle. (S. AUG.)
f. 32, 33. L'ancien Testament, comme le nouveau, donne aux véri-
tables serviteurs le nom de pauvres. — Celui-là est véritablement
pauvre qui attend tout de Dieu seul, qui veut dépendre de lui en
toutes choses, et qui après avoir beaucoup reçu de Dieu, bien loin de
se croire riche, est encore plus pauvre à ses yeux, persuadé qu'il est
qu'il n'use bien des dons de Dieu que par une grâce toujours nou-
velle. — Voilà les pauvres qui ont lieu de se réjouir, et qui, en cher-
chant Dieu, feront vivre leur â m e ; voilà les pauvres que Dieu exauce,
ceux qui confessent humblement qu'ils sont dans les liens du péché.
(DUGUET.) — Que ces indigents le soient déplus en plus, pour mériter
d'être rassasiés, de peur que, repus d'orgueil et exhalant au dehors
leur plénitude, ils ne soient privés du seul pain qui puisse les faire
vivre pour leur salut. « Cherchez le Seigneur; » indigents, ayez faim et
soif de lui, car, « il est le pain vivant descendu du ciel. » (JEAN.vi, 59.)
« Cherchez le Seigneur, et votre âme vivra. » Vous cherchez du pain f

afin que voLre chair vive, cherchez le Seigneur, afin que votre âme
vive. « Parce que le Seigneur a exaucé les pauvres, et qu'il n'a point
méprisé ceux qui étaient dans les fers. » Quels sont ces fers ? La m o r -
talité, la corruptibilité de la chair, sont les fers dans lesquels nous
sommes enchaînés. Et voulez-vous en connaître les fruits? L'Ecriture
vous répond : « Le corps qui est corrompu appesantit l'âme. » (Sag.
ix, 15,)—Lorsque les hommes veulent être riches en ce monde, ils cher-
chent des oripeaux pour orner ces fers. Qu'il vous suffise de couvrir vos
fers avec des haillons ; ne cherchez que ce qui est suffisant pourchasser
la nécessité ; car rechercher le superflu ne serait que charger vos
chaînes d'un nouveau poids. Dans votre prison, croyez-moi, n'ajoutez
rien à vos fers. (S. AUG.)
f. 34, 36. « Que ses louanges soient célébrées par les cieux, par la
terre, par la mer et par tout ce qui rampe à leur surface ou dans leur
sein. » C'est une vraie richesse pour ce pauvre de considérer les créa-
turcs et de louer le Créateur. D'ailleurs ces créatures ne louent-elles
point Dieu, quand l'homme, en les considérant, prend de là occasion
de louer D i e u ? . . « Parce que Dieu sauvera Sion. • Il restaure son
Eglise, il fait entrer des nations fidèles dans le corps de son Fils uni-
que, il ne frustre aucun de ceux qui croient en lui des récompenses
88 PSAUME LX1X.

qu'il a promises. « Parce que Dieu sauvera Sion, et que les villes de
J u d a seront bâties. » Ces villes sont les Eglises. Que nul ne dise :
Quand donc seront bâties ces villes de J u d a ? Oh ! si vous vouliez en
reconnaître l'admirable construction, en devenir une pierre vi-
vante et y prendre place 1 C'est maintenant que les villes de Juda sont
bâties. (S. AUG.)

PSAUME LXIX.
(Voir le Psaume XXXIX. dont celui-ci parait être lafindétachée.)
In finem, Psalmus David, in re- Pour la fin, Psaume de David, en mé-
memorationcm, quod salvum fe- moire do ce que Dieu l'avait sauvé.
cerit eu m Dominus.
1. Deus in adjutorium meum f. Venez à mon aide , ô mon Dieu l
intende : Domino, ad adjuvandum bâtez-vous, Seigneur, do mo secourir.
me festina.
2. Confundantur, et reverean- 2. Qu'ils soient confondus et couverts
t u r , qui qiuerunt animam meam. de bonté, ceux qui cherchent à m'ôter
la vie.
3. Avertantur retrorsum, et 3. Qu'ils retournent en arrière et qu'ils
erubescant, qui volunt mibimala : rougissent ceux qui veulent m'accabler
de maux.
Avertantur statim erubescentes, Qu'ils s'en retournent aussitôt en rou-
qui dicunt niihi: Euge, euge. gissant, ceux qui me disent : Triomphe !
triomphe 1
4. Exultent et lœtentur in te om- 4. Mais que tous ceux qui vous cher-
nes qui qiucrunt le, et dicant sem- chent se réjouissent en vous et soient
per : Magnificctur Dominus : qui transportés de joie. Et que ceux qui
diliguntsalutare tuum. aiment le salut qui vient de vous disent
sans cesse : Que le Seigneur soit glorifié
dans sa grandeur.
5. Ego vero egenus et pauper b. Pour m o i , je suis pauvre et dans
sum : Deus, adjuva me. l'indigence. O Dieu I aidez-moi.
Adjutor meus, et liberator meus C'est vous qui êtes mon protecteur et
es tu : Domine, ne moreris. mon libérateur, Seigneur, no tardez pas.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, qui est presque identique avec la fin du psaume
XXXIX, David, figure de Jésus-Christ, se voyant entouré d'ennemis,
I. — IMPLORE LE SECOURS DE DIEU, ET LE SUPPLIE DE VENIR A SON AIDE :
1° Avec cette attention vigilante qu'exigent les dangers auxquels il est
exposé ;
2° Avec toute la célérité et la promptitude de son amour pour lui (1).
II. — IL EXrOSE A DIEU LES RAISONS QUI MOTIVENT ET APPUIENT SA. PRIÈRE :
1° Ses ennemis, qui a) cherchent à lui ôter la vie (2), ô) nourrissent dans
leur cœur les desseins les plus hostiles, c) se moquent de lui et le tournent
en dérision (3) ;
PSAUME LXIX. 80

2° Les justes qui a) se réjouiront en voyant ses victoires, 6) et loueront


Dieu de sa délivrance (4);
3° Lui-même, sa pauvreté et sa misère ;
4° Dieu, qui est son aide, son soutien et son libérateur (5).

Explloations et Considérations.

I. - 4.
f. i. Demander le secours de Dieu, parce qu'il nous est nécessaire.
— Le demander incessamment, parce que nous en avons incessamment
besoin. — Le demander avec de grandes instances, puisqu'il s'agit de
tout pour nous. — P r i e r Dieu qu'il se hâte de nous secourir, parce
que le besoin est pressant et quo nos ennemis se liaient de nous a t t a -
quer. (DUG.).—-Cestpar ce verset q u e n o u s commençons chacune des
heures de l'office ecclésiastique : 1° nous faisons ainsi une profession
solennelle de l'impuissance o u nous sommes de louer Dieu comme il
faut sans la grâce et le secours de Dieu ; 2° nous déclarons p a r là que
le secours du ciel'nous est'nécessaire à chaque heure du j o u r et pour
chacune de nos actions. Nous reconnaissons ainsi que Dieu est l'auteur,
le principe, le moyen et la fin de tout bien. Dieu, dit saint Bernard,
aime comme étant charité; il connaît comme science; il est assis comme
la souveraine équité; il domine comme la majesté suprême; il nous gou-
verne comme notre principe, nous protège comme notre salut, ne cesse
d'opérer comme puissance illimitée, se révèle à nous comme vérité,
nous assiste et nous aide comme force. ( S . BERN., De Consid. lib. v,
c. 1).
II. — 3 - 5 .
f. 4. Il y a deux genres de persécuteurs, ceux q u i a c c u s e n t et ceux
•qui flattent : une langue adulatrice est plus redoutable qu'une main
m e u r t r i è r e , car l'Ecriture l'appelle une fournaise ardente. Il est ma-
nifeste d'abord que l'Ecriture, parlant des persécutions, a dit des mar-
tyrs mis à mort : € Dieu les a éprouvés dans la fournaise comme l'or,
et il les a reçus comme des victimes offertes en holocauste. » (SAG.
m , 6). D'autre part, remarquez, d'après un autre passage, que la lan-
gue des flatteurs produit les mêmes effets : « L'argent et l'or sont
éprouvés par le feu, et l'homme est éprouvé par la bouche de ceux
qui le louent. » (PROV. XXYII, 21). La persécution est un feu, la flatterie
est un feu ; il faut que vous sortiez sain et sauf de l'un et de l'autre.
( S . AUG.).
90 PSAUME LXXIX.
f. 5. « Que le Seigneur soit glorifié toujours; » non pas seulement:
« que le Seigneur soit glorifié, » mais « qu'il soit glorifié toujours. »
Vous étiez égaré, vous étiez détourné de lui, il vous a appelé : « Que
le Seigneur soit glorifié. » 11 vous a inspiré de confesser vos péchés,
vous les avez confessés, il vous a pardonné : « que le Seigneur soit
glorifié. » Mais maintenant vous commencez à vivre dans la justice,
il me semble qu'il est juste de vous glorifier à votre tour. Eu effet,
lorsque vous étiez égaré, et que le Seigneur vous appelait, vous deviez
le glorifier ; lorsque vous avez confessé vos péchés et que le Seigneur
vous les a remis, vous deviez le glorifier; mais maintenant qu'ayant
entendu sa parole vous commencez à avancer, maintenant que vous
êtes justifié, maintenant que vous êtes parvenu à un certain degré
d'excellence dans la vertu, il est convenable sans doute que vous soyez
aussi glorifié. Non, « qu'ils disent : que le Seigneur soit glorifié tou-
jours. » Vous êtes pécheur, qu'il soit glorifié de vous appeler; vous
confessez vos péchés, qu'il soit glorifié de vous p a r d o n n e r ; vous vivez
selon la justice, qu'il soit glorifié de vous diriger; vous persévérez
jusqu'à la fin, qu'il soit glorifié de vous couronner. « Que toujours
donc le Seigneur soit glorifié. » Que les justes le disent. Quiconque
ne le dit pas ne cherche pas le Seigneur. Oui : « que le Seigneur soit
glorifié! que tous ceux qui le cherchent soient transportés d'allégresse
et se réjouissent, et que ceux qui aiment le salut qui vient de lui di-
sent : Que le Seigneur soit glorifié toujours. » (IBID.). En effet, leur
salut vient de lui et non d'eux-mêmes. Le salut envoyé par le Seigneur
notre Dieu, c'est le Sauveur, Notre-Seigneur Jésus-Christ. Touthommo
qui aime le Sauveur confesse avoir été guéri; mais tout homme qui
se déclare guéri déclare avoir été malade. « Que ceux qui aiment le
salut qui vient de vous, ô mon Dieu, disent donc : Que le Seigneur
soit glorifié toujours. » Quel salut donc? celui que vous donnez et non
leur salut, comme s'ils se sauvaient eux-mêmes, ni le salut qui vien-
drait d'un homme, comme si un homme pouvait les sauver. ( S . AUG.).
y. 6. « Que le Seigneur soit donc glorifié; » mais vous, ne le serez-
vous jamais? ne le serez-vous nulle p a r t ? En lui, j e suis quelque
chose; en moi, je ne suis rien; mais, si je suis quelque chose en lui,
c'est lui qui est quelque chose et non pas moi. Qu'êtes-vous donc?
« Pour moi, je suis pauvre et indigent. » C'est lui qui est riche, c'est
lui qui a tout en abondance, c'est lui qui n'a besoin de rien. (S. AUG.)
— Quelle pauvreté plus grande ot plus sainte que la pauvreté de celui
qui, reconnaissant qu'il n'a aucune force, aucune ressource, est
PSAUME LXX. 91

obligé d'implorer tous les jours les secours d'une libéralité étrangère,
et qui, comprenant que sa vie, son existence dépend à chaque instant
du secours divin, confesse hautement et a j u s t e titre qu'il est le pau-
vre de Dieu, et cric humblement chaque j o u r avec le Iloi-Prophète ;
« Je suis pauvre et indigent, mon Dieu, venez à mon secours? »
(CASS. Coll. x, c. 11).

PSAUME LXX.

Psalmus David, filiorum Jona- Psaume de David, des enfants do Jo-


dab, et priorum captivorum. nadab, et des premiers captifs.
1. In te, Domine, speravi, non 1. C'est en vous, Seigneur, que j'ai mis
confundar in œternum : mon espérance; que je ne sois pas con-
fondu pour jamais.
2. in justitia tua libéra m e , et 2. Délivrez-moi dans votre justice , et
eripe me. sauvez-moi.
Inclina ad me aurem tuam, et Inclinez vers moi votre oreille et sau-
salva me. vez-moi.
3. Esto mibi in Deum protecto- 3. Soyez-moi un Dieu protecteur et
rem, et in locum munitum : ut un lieu fortifié,
salvum me facias,
Quoniam firmamentum meum, afin que vous me sauviez, parce quo
et refugium meum es tu. vous êtes ma force et mon refuge.
4. Deus meus, eripe me de manu 4. Arrachez-moi,mon Dieu, des mains
peccatoris, et de manu contra le- du pécheur, dos atteintes de celui qui agit
gem agentis et iniqui : contre votre loi, et de l'homme injuste ,
5. Quoniam tu es patientia mea, 5. parce que vous êtes, Seigneur, ma
Domino : Domino, spes mea a ju- patience : Seigneur, vous êtes mon es-
ventute mea. pérance depuis ma jeunesse
6. In te confirmatus sum ex 6. Je me suis reposé sur vous dès ma
utero : de ventre matris mecc tu naissance; vous vous êtes déclaré mon
es protector meus. protecteur dès le sein de ma mère.
In te cantatio mea semper, Vous avez toujours été l'objet de mes
chants.
7. tanquam prodigium factus . 7. J'ai paru comme un prodigo aux
sum multis : et tu adjutor fortis.. yeux de plusieurs ; mais vous êtes mon
prolecteur tout-puissant.
8. Repleatur os meum laude, 8. Quo ma bouche soit remplie de
ut cantem gloriam tuam : tota die louanges, afin quo je chante votro gloire,
magnitudinem tuam. et tout le jour votro grandeur.
9. Ne projicias me in tempore 9. Ne mo rejetez pas au temps de ma
senectutis cum defecerit virtus mea, vieillesse; au déclin de mes forces, ne
ne derelinquas me. m'abandonnez pas;
10. Quia dixerunt inimici mei 10. parce que mes ennemis ont parlé
mibi : et qui custodiebant ani- contre moi, et ceux qui cherchent à m'ô-
mam meam, consilium fecerunt ter la vie, se sont concertés (1),
in unum,
11. dicentes : Deus dereliquit H . en disant : Dieu l'a abandonné ;
eum , persequimini, et compro- poursuivez-le , saisissez-le, parce qu'il
(l) Beaucoup, dit David, me voyant détrôné, fuyant, sont frappés ri'élnnuc-
ment, et se demandent si Dieu m'a abaudonné; mais non, Dieu sera mon soutien*
92 PSAUME LXX.

hendite cum : quia non est qui n'y a personne pour le délivrer.
eripiat.
12. Deus , ne clongeris a me : 12. O Dieu ! ne vous éloignez point'do
Deus mous , in auxilium meum moi. Voyez, mon Dieu, à me secourir.
respice.
13. Confundantur, et dcficiant
1
13. Que ceux qui répandent des ca-
detrahentcs animai mea . : opcrian- lomnies contre moi soient, confondus et
tur confusione, et pudore, qui anéantis. Qu'ils soient couverts de honte
quaerunt mala mihi. et de confusion ceux qui me veulent du
mal.
14. Ego autem semper sperabo : 14. Mais pour moi, je ne cesserai ja-
et adjiciam super omnem laudem mais d'espérer , et j'ajouterai à toutes
tuam. vos louanges.
15. Os meum annuntiabit justi- 15. Ma bouche publiera votre justice ,
tiamtuam; totadie salutaretuum. et racontera tout le jour votre assistance
salutaire ,
Quoniam non cognovi littera- parce que je ne connais pointla science
turam , humaine (1).
10. inlroibo in potentias Do- 10. J'entrerai dans les puissances du
mini : Domine, mcmorabor justi- Seigneur. Seigneur, je me soutiendrai do
fiai turc solius. votre justice seule.
17. Deus , docuisli me a juvcn- 17. C'est vous-même, ô Dieu ! qui m'a-
tutc mea : et. usquo nunc pronun- vez instruit dés ma jeunesse ; et je pu-
tiabo mirabilia tua. blierai vos merveilles jusqu'à co jour (2).
18. Et usque in senectam et se- 18. Et je les publierai jusque dans ma
nium : Deus, ne derclinquas me , vieillesse et mes derniers jours.
Donec annuntiem bracbiumtuum Ne m'abandonnez pas, ô Dieu I jus-
generationi omni, quœ ventura est; qu'à ce que j'aie annoncé votre bras
a toute la postérité qui doit venir;
Potentiam tuam, votre puissance
19. et justitiam tuam, Deus, us- 19. et votre justice, ô Dieu ! qui s'é-
que in altissima , quaj fecisti ma- lèvent jusqu'au plus haut des cieux , et
gnalia : Deus, quis similis tibi. les grandes choses que vous avez faites.
O Dieu! qui est semblable à vous?
20. Quantas ostcndisti mibi tri- 20. Que vous m'avez fait éprouver d'af-
bulationes multas, et malas : et flictions nombreuses et cruelles ; mais
conversus vivificasti me : et de vous vous êtes de nouveau tourné vers
abyssis terne iterum reduxistime : moi, vous m'avez redonné la vie, et retiré
des abîmes de la terre.
21. Multiplicasti magnificentiam 21. Vous avez multiplié pour moi les
tuam : et conversus consolatus es dons de votre magnificence; vous êtes
me. revenu de nouveau pour me consoler.
22. Nam et ego ronfitebor tibi in 22. Aussi jo célébrerai votro vérité

(1) Il est nécessaire d'observer ici que le mot hébreu traduit par litteraturam
serait plus exactement traduit par numerum. Le mot litteratura de la Vulgato
désigne Tofticc du scribe, tenir les registres, faire les comptes, ainsi qu'on le
voit représenté dans les scènes domestiques, sur les monuments égyptiens; telle
est la valeur du mot sephoroth. Le sens du Psalmiste est donc : Je louerai le
Seigueur, cîir la multitude de ses bienfaits est si grande quo je iv, puis mo
les rappeler tous, tels que les scribes les ont consignés dans uos annales. (LE HIB.)
(2) On peut traduire autrement, ou changeant la ponctuation : Seigneur, vous
m'avez instruit dès ma jeunesse et jusqu'à ce jour; je ne cesserai poiut d'exalter
vos bienfaits.
PSAUME LXX. 93

vasis psalmi veritatomtuam: Deus, dans mes concerts; ie vous chanterai sur
isallam tibi in citbara , sanctus la harpe, ô saint d Israël !
Îsrael.
23. Exultahunt labia mea cum 23. Mes lèvres feront éclater leur joie
cantavero tibi ; et anima m e a , lorsque je chanterai vos louanges, ainsi
redemisti. que mon âme, que vous avez délivrée.
24. Sed et lingua mea tota die 24. Et tout le jour ma langue publiera
meditabitur justitiam tuam : cum votro justice, lorsquo ceux qui cherchent
confusi et reveriti fuerint qui quae- à m'accabler seront tout couverts de
runt mala mibi. confusion et de honte.

Sommaire analytique.
David, s'cxilant volontairement pour fuir la persécution d'Absalon, et,
dans sa personne, lo juste exposé toute sa vie à la persécution de ses en-
nemis,
I. — DEMANDE A DIEU DE N'ÊTRE POINT CONFONDU ÉTERNELLEMENT,
I© A cause de Dieu, a) dont la bonté lui fait espérer le secours qu'il im-
plore ; b) dont la justice réprimera les efforts de ses ennemis (1) ; c) dont
la majesté et l'immensité sont comme une forteresse ; d) dont la puissance
peut sauver tous ceux qui ont recours a lui (2) ;
2° A cause de ses ennemis, calomniateurs, perfides et injustes (3) ;
3° A cause de lui-même, a) Il a espéré dès sa jeunesse (4) ; b) Dieu a été son
protecteur dès le sein de sa mère (5) ; d) Dieu a toujours été l'objet de ses
chants, dans l'adversité comme dans la prospérité (6, 7.)
II. — IL DEMANDE SPÉCIALEMENT A DIEU QU'lL NE L'ABANDONNE POINT DANS SA
VIEILLESSE (8),
1° A cause de ses ennemis qui ont conspiré sa perte dans l'espérance
qu'il serait abandonné de Dieu (9-12);
2° A cause de lui-même : a) son cœur a espéré constamment en Dieu, et
ajoute à toutes ses louanges (13) ; 6) sa bouche a publié sa justice et célé-
bré son assistance salutaire (14); c) son intelligence a négligé toutes les
vaines subtilités pour s'appliquer à la méditation do sa puissance (14); d)
sa mémoire a retenu le souvenir de la justice de Dieu à l'exclusion de
toute autre chose (15).
III. — IL PROMET A DIEU UNE RECONNAISSANCE ÉTERNELLE :
1° Pour les bienfaits qu'il en a reçus dans sa jeunesse : a) Dieu lui-môme a
été son maître (16) ; 6) il ne cesse de publier ses louanges (17) ;
2° Pour ceux qu'il attend de Dieu dans sa vieillesse, a) il prie Dieu de no
jamais l'abandonner (17) ; b) il lui promet en retour de louer, de célébrer sa
puissance, sa justice, toutes ses œuvres merveilleuses, son essence et ses
divins attributs (18) ;
94 PSAUME LXX.
3° Tour ceux dont Dieu doit le combler durant toute sa vie : a) il a été d'a-
bord éprouvé, à cause de ses crimes, par de nombreuses et pénibles
afflictions (19); b) Dieu l'a ensuite délivré, en lui rendant la vie, lorsque
son sort était presque désespéré, et en multipliant pour lui les dons de sa
magnificence (20) ; c) il promet à Dieu de faire éclater sa reconnaissance
r
par tous les moj ens qui sont à sa disposition, les instruments do musique,
les chants, la méditation intérieure de ses bontés (21-23).

Explications et Considérations.

I. — 1-7.
f . i . « J e ne serai pas éternellement confondu. » Je suis déjà con-
fondu, mais que ce ne soit pas éternellement. Comment, en effet,
celui-là ne serait-il pas confondu, auquel s'adressent ces paroles :
« Quel fruit avez-vous retiré des choses dont vous rougissez mainte-
n a n t ? » (HOM. vi, 2 1 ) . Que faire donc pour que nous ne soyons pas
confondus éternellement? « Approchez-vous de lui et vous serez éclai-
rés, et vos visages ne rougiront pas » (Ps. XXXIII, 6 ) . Vous étiez cou-
verts de confusion en Adam, retirez-vous d'Adam, approchez-vous du
Christ, et désormais vous ne serez pas confondus. (S. AUG.). — Espé-
rer en Dieu et être confondu, espérer dans les hommes et y trouver
un appui solide, c'est ce qui n'est jamais arrivé; c'est ce qui n'ar-
rivera jamais. — Vous me direz, j ' a i espéré et j ' a i été couvert de honte.
Si vous avez été couvert de honte, c'est que vous n'avez pas espéré
comme il fallait, ou bien vous avez cessé d'espérer, ou bien encore,
vous n'avez pas attendu la fin, parce que votre esprit et votre cœur
se sont rétrécis et resserrés, car la véritable espérance est celle qui
nous tient élevés vers Dieu, au milieu des m a u x et des dangers. (S. AUG.)
— Délivrez moi, non dans ma justice, mais dans la vôtre : si, en effet,
j e me confiais dans ma justice, j e serais un de ceux dont l'Apôtre a
dit : « Ne connaissant pas la justice de Dieu et voulant établir leur
propre justice, ils ne se sont pas soumis à la justice de Dieu. » (HOM.
x, 3). — Qu'est-ce, en effet, que ma justice? L'iniquité l'a précédée;
et, si je deviens juste, ce sera par votre justice, parce que j e serai
juste de la justice que vous m'aurez d o n n é e , et elle ne sera à moi
qu'en restant à vous, parce qu'elle sera un don de vous. (S. AUG.).
f. 2. « Soyez pour moi un Dieu protecteur. » Que les traits de l'en-
nemi ne parviennent pas jusqu'à moi, car j e ne puis me protéger
PSAUME LXX. 93

moi-même. Et ce n'est point assez d'être un protecteur, le Prophète


ajoute : a Et un lieu fortifié. » Voilà donc que Dieu même est devenu
le lieu de votre refuge. « Soyez pour moi comme un lieu fortifié, afin
de me sauver. Je ne serai pas sauvé sans vous; si vous ne devenez mon
repos, ma maladie ne saurait être guérie. Soulevez-moi de terre, que
je repose sur vous, afin que je me relève dans un lieu fortifié. » Peut-il
y en avoir un qui soit plus fort? Lorsque vous serez réfugié dans cette
forteresse, dites-moi quels ennemis vous craindrez?... Quant à moi,
si j e choisis une autre forteresse, je n'y trouverai certainement pas
mon salut. Si vous en trouvez une qui soit mieux fortifiée, choisissez-la.
On ne peut échapper à Dieu qu'en se réfugiant dans son propre
sein. (S. AUG.).
f. 3 . C'est un malheur de tomber entre les mains d'un ennemi puis-
sant, mais c'est un malheur encore plus grand de tomber entre les
mains, c'est-à-dire dans la familiarité d'un ami pécheur, et qui agit
contre la loi de Dieu ; car, malgré l'affection qu'il a pour nous, comme
il est l'ennemi de Dieu, il nous dresse souvent des pièges sans qu'il y
pense, et, par son exemple ou parses paroles, il nous persuade des cho-
ses dans lesquelles nous ne pouvons lui complaire sans nous perdre
devant Dieu. (DUG.).
•p. 4, 5. Notre patience, non-seulement vient de Dieu, mais ii est lui-
môme notre patience, puisque nous ne pouvons en avoir de véritable qui
ne vienne de lui et qui ne retourne à lui.— Si vous êtes ma patience, ce
qui suit est parfaitement juste : « Seigneur, vous êtes mon espérance
depuis ma jeunesse, » Ètes-vous ma patience, parce que vous êtes mon
espérance, ou plutôt n'ôtes-vous pas mon espérance, parce que vous
êtes ma patience ? Car la tribulation, dit l'Apôtre, produit la patience,
l'épreuve, l'espérance; or, l'espérance ne confond pas. (Hom. m . 5.)
Donc, puisque j ' a i mis mon espérance en vous, je ne serai pas confondu
éternellement. (S. AUG. } —• «Vous êtes mon espérance depuis ma j e u -
nesse. » Dieu est-il votre espérance depuis votre jeunesse seulement? ne
l'est-il pas depuis votre adolescence et depuis votre enfance ? Sans
aucun doute, car voyez la suite : « Dès le sein de ma mère, vous avez
été mon protecteur.» Pourquoi donc ai-jc dit :« depuis ma jeunesse,»
si ce n'est parce que c'est le moment où j ' a i commencé à espérer en
vous? Auparavant, j e n'espérais pas encore en vous, bien que vous
fussiez mon protecteur, et que vous m'eussiez vous-même conduit en
toute sécurité, jusqu'au jour où j ' a i appris à mettre en vous mon
espérance, c'est-à-dire au moment où vous m'avez armé contre le
96 PSAUME LXX.

démon, afin que dans les rangs de vos soldats, armé de votre foi, de
votre espérance, de votre charité et de vos autres dons, j e pusse com-
battre vos invisibles ennemis. {Ephes. vi, 12.) (IDEM.)
f. 6. « J'ai paru comme un prodige à plusieurs. » Ici-bas, dans ce
temps d'espérance, dans ce temps de gémissements, dans ce temps
d'humilité, dans ce temps de douleur, d a n s ce temps où le prisonnier
crie sous le poids de ses fers, pourquoi ces paroles : « J'ai paru comme
un prodige ? » Et pourquoi suis-je insulté par ceux qui me regardent
comme un prodige ? Parce que j e crois ce que j e ne vois pas encore.
Quant à ceux, au contraire, qui cherchent le bonheur dans les choses
qu'ils voient, ils se réjouissent dans l'ivresse, dans la luxure, dans le
libertinage, dans l'avarice, dans les richesses, dans les rapines, dans
les dignités mondaines, dans cette couche de blanc qu'ils appliquent
sur une muraille de boue : voilà ce qui fait leurs d é l i c e s . . . Pour moi,
je marche dans une voie toute différente, je méprise les choses pré-
sentes, j e redoute même les prospérités du siècle, et n'ai d'assurance
que dans les promesses de Dieu. (Cor. xv,33.) — Ils disent: Mangeons
et buvons, car demain nous mourrons. Que dites-vous ? Répétez-le:
« Mangeons et buvons. » Très-bien ; mais qu'avez-vous dit ensuite ?
< car demain nous mourrons. » Mais un tel motif m'effraie, loin de
me séduire... Ecoutez ce que je dis, au contraire : Prions et jeûnons,
car demain nous mourrons. C'est en suivant cette voie étroite et péni-
ble que j ' a i paru comme un prodige à un grand nombre d'hommes,
« mais vous êtes mon protecteur tout puissant. » Venez, ô Seigneur
Jésus, venez et dites-moi : Ne perdez pas courage dans la voie étroite,
j ' y ai passé le premier ; c'est moi qui suis cette voie, c'est moi qui
conduis, c'est en moi que j e conduis, c'est vers moi que j e conduis.
S. AUG.)
jfr. 7. Que veut dire « tout le j o u r ? » sans relâche. Dans la prospé-
rité, parce que vous me consolez ; dans l'adversité, parce que vous
me corrigez ; avant d'être, parce que vous m'avez créé ; depuis que
j'existe, parce que vous m'avez s a u v é ; quand j ' a i péché, parce que
vous m'avez pardonné ; dans ma conversion, parce que vous m'avez
aidé; dans ma persévérance, parce que vous m'avez couronné. (S. AUG.)
— Telle est l'occupation des saints en cette vie : louer Dieu, célébrer
sa gloire, exalter ses grandeurs. Us portent partout avec eux leur
temple et leur autel, suivant la belle expression de saint Chrysostôme.
Au milieu des affaires qu'ils entreprennent pour le prochain, ils sont
unis à Dieu ; le cœur prie tandis que la bouche est en silence, et dès
PSAUME LXX. 97

que le soin des âmes leur laisse un moment de solitude, ils en profi-
tent pour se répandre en soupirs devant Dieu. (BERTHIER).

H. — 8-5.

f. 9 , 1 3 . Quel est ce temps de la vieillesse ? « Lorsque la force m e


manquera, ne m'abandonnez pas. » Dieu vous répond ici : Souhaitez
plutôt que votre propre force vous manque, pour que la mienne soit
en vous, et que vous disiez avec l'Apôtre : C'est quand j e suis faible
que j e suis fort. (II. Cor. x n , 1 0 . ) — Ne craignez pas d'être rejeté dans
votre faiblesse, au temps de votre vieillesse. Est-ce que Notre Sei-
gneur n'a pas été sans force sur la croix. . . Que vous a-il appris, en
refusant de descendre de la croix, sinon que vous devez être patient
au milieu des outrages, sinon que vous devez être fort en Dieu ?
(S. AUG.) — Si l'on a besoin de la protection divine dans tous les
temps, c'est dans la vieillesse surtout que ce secours est nécessaire ;
alors on éprouve plus de traverses, d'infirmités, d'adversités ; on est
plus abandonné des hommes; on n'a ni le goût d'entreprendre, ni la
force d'exécuter. La faiblesse de cet âge aigrit le caractère, et l'ou-
bli et le mépris dans lequel on tombe révolte l'amour-propre. Quand
on s'est exercé de bonne heure à la piété, on se trouve fort consolé
au temps de la vieillesse, et le divorce qu'on a fait depuis longtemps
avec le monde fait qu'on ne s'inquiète pas de ses froideurs et de ses
mépris. Mais si l'on a attendu cette dernière saison de la vie pour
rentrer en soi-même, on a beaucoup à combattre, et les passions ont
encore un grand ascendant sur toutes les facultés de l'âme. (BERTQIER.)
—Craindre donc beaucoup que la ferveur des premières années ne s'at-
tiédisse dans la vieillesse, et que la vigueur de l'âme ne s'affaiblisse
avec la force du corps. Se prémunir contre ce danger, et dire avec
l'Apôtre : « Quoique dans nous l'homme extérieur se détruise, n é a n -
moins l'intérieur se renouvelle de j o u r en j o u r , » (U Cor. iv, 1 6 . ) —
Le démon, le monde et la chair, trois ennemis irréconciliables de
l'homme. Un seul est extérieurement redoutable. Que fera-t-il donc
lorsqu'ils conspireront tous trois ensemble pour le perdre ? Avoir r e -
cours à celui qui a vaincu le démon et le monde, et qui n'a jamais
reçu aucune attaque de la chair dont il s'était revêtu. — Les méchants
font d'ordinaire très-peu d'attention à Dieu, quand ils entreprennent
de persécuter les gens de bien. Ils ne pensent point, dans le fond de
leur cœur, que la Providence ait abandonné ceux qu'ils veulent perdre ;
TOME ii. 7
98 PSAUME LXX.
mais, pour donner une couleur de justice à leurs procédés, et pour
en imposer aux simples, ils se portent quelquefois pour n'être que les
exécuteurs des volonté divines ; ils disent que Dieu se déclare pour
eux, qu'il ne protège pas la cause de ceux qu'ils attaquent, et s'ils ont
quelques succès, ils les tournent en preuves contre les malheureux
qu'ils veulent accabler. (BERTA.) — Se consoler et se fortifier par la
prière. Lorsqu'on est abandonné de Dieu, tout est p e r d u ; de même,
t a n t qu'il ne s'éloigne point de nous, rien n'est à craindre : un seul
regard de Dieu suffit pour renverser les ennemis les plus redoutables.
— Il arrive un moment dans la vie où nous remarquons que tout nous
échappe, et que notre existence n'a été qu'une succession d'amitiés
brisées. L a jeunesse passe avec ses illusions, et ceux que nous avons
aimés ont fui loin de nous ; nous n'avons pas été infidèles les uns
aux autres, nous n'avons fait qu'obéir à une loi de la vie et sentir
p a r expérience ce que c'est que l'abandon du monde : le mouvement
de la vie nous a séparés. Puis vient l'âge mûr, la saison des cruelles
déceptions, comme si la raison, dans sa maturité, ne savait que dé-
truire nos affections à force de soupçons, de tromperies, de malignes
interprétations ; toutes nos amitiés et nos appuis nous manquent ;
nous traversons des connaissances qui se succèdent rapidement, nous
lassons des amitiés sans nombre, nous usons la bienveillance de nos
alliés, nous épuisons la confiance de notre prochain ; mais ii est un
point au-delà duquel nous ne pouvons plus abuser de. son indulgence,
et c'est ainsi que nous arrivons au port solitaire de la vieillesse, pour
fatiguer, par nos innombrables misères, la fidélité qui se fait un devoir
religieux de nous servir dans notre décadence. Là nous reconnaissons
que Dieu a survécu et résisté à tout : il est l'ami dont la foi n'a ja-
mais été douteuse, l'allié que le soupçon n'a pu atteindre, celui qui
nous a plus aimés, ce semble, à mesure qu'il nous a vus plus mauvais...
Tous les hommes nous ont trompés ; ceux-mèmes qui semblaient des
saints ont fléchi quand nos imperfections ont pesé sur eux ; ils nous
ont blessés, et la blessure était empoisonnée; mais Lui a toujours été
fidèle et vrai et ne s'est jamais éloigné de nous. (FABER. Le Créateur
et la créature, p. 7 7 . 7 8 . )
f. 1 3 - 1 5 . Ne jamais perdre l'espérance en Dieu, quoi qu'il puisse
arriver, et en quelque état qu'on se trouve. — Celui qui aime
Dieu n'est jamais content de ce qu'il a fait : il veut toujours faire da-
vantage et ajouter incessamment de nouvelles louanges à celles qu'il lui
a déjà données. (DUG.) — J'ajouterai cette louange à toute votre
PSAUME LXX. 99

louange, que ma justice, si je suis juste, n'est point ma j u s t i c e / m a i s


votre justice déposée en moi. En effet, c'est vous qui justifiez l'impie.
(HOM. IV, 5 . « Tout le jour, c'est-à-dire en tout temps, je célébrerai
votre salut. » Que nul ne prétende, par une injuste usurpation, qu'il
doit à lui-même son salut. Le salut vient du Seigneur. (S. AUG.) —
Quel est l'art d'écrire que n'a pas connu le Prophète, dans la bouche
duquel la louange de Dieu se trouve tout le j o u r ? Les Juifs possèdent
une certaine littérature : c'est à eux, en effet, que nous rapporterons
ce mot, et c'est là que nous en trouverons l'explication. L'orgueil des
Juifs, qui mettaient leur confiance dans leur force et dans la justice de
leurs œuvres, se glorifiait de la loi, et, dans cette loi, les Juifs se g l o -
rifiaient, non de la grâce, mais de la lettre. En effet, la loi sans la
grâce n'est autre chose qu'une lettre : elle demeure pour condamner
l'iniquité, mais non pour donner le s a l u t . . . C'est donc avec raison
que le Prophète dit ensuite : « J'entrerai dans les puissances du Sei-
gneur, » non dans ma puissance, mais dans celles du Seigneur. D'au-
tres se sont glorifiés dans leur propre puissance, qu'ils tenaient de la
lettre de la loi : c'est pourquoi ils n'ont pas connu la grâce ajoutée à
la lettre. (S. AUG.) — Sortir de sa faiblesse pour entrer dans la force
du Seigneur ; qu'est-ce que toute la force des hommes réunis, p o u r r a
contre celui qui s'est retranché dans ce fort ? C'est là, Seigneur, qu'é-
tant hors d'atteinte à tout ce que le monde et l'enfer môme pourraient
entreprendre contre moi, j'oublierai tout le reste pour ne me sou-
venir que de votre justice seule. (DUG.) Oui, de votre justice seule,
parce qu'ainsi je ne pense pas à la mienne. — Votre justice seule me
délivre, j e n'ai rien à moi seul que mes péchés. Loin de moi donc de
me glorifier de mes forces, et de m'en tenir à la lettre. Que je repousse
cette littérature, c'est-à-dire les hommes qui se glorifient de la lettre
et qui, dans leur folie, présument criminellement de leurs forces. Que
je réprouve de tels hommes, et que j ' e n t r e dans les puissances du Sei-
gneur, afin d'être fort en raison de ma faiblesse. (S. AUG.) — L'âme
qui possède Dieu ne veut que lui. « J'entrerai dans les puissances d u
Seigneur : Seigneur, j e ne me souviendrai que de votre justice. »
Quand on veut entrer dans les grandeurs et dans les puissances du
monde, on tombe nécessairement dans la multiplicité des désirs ; mais
quand on pénètre dans les puissances du Seigneur, aussitôt on o u -
blie tout le reste, on ne s'occupe que des moyens de croître dans la
justice, pour s'assurer la possession d'un si grand bien. C'est ce que
l'Evangile confirme, en nous exhortant à chercher d'abord le royaume
100 PSAUME LXX.
de Dieu et sa justice. Le règne c'est « potentias Domini\ » c'est pour-
quoi on travaille à acquérir la justice pour y parvenir. (BOSSUET.
Panég. de S. Franc. d'Assise.) — A quoi vous servira de connaître les
choses du monde, quand le monde môme aura passé ? Au dernier
j o u r , on ne vous demandera pas ce que vous avez su, mais ce que
vous avez f a i t , « et il n'y a plus de science dans les enfers, vers les-
quels vous vous hâtez. » Cessez un vain labeur. Qui que vous soyez,
vous n'avez que trop cultivé l'arbre dont les fruits donnent la mort.
Laissez la science qui nourrit l'orgueil, la science qui enfle, pour vous
occuper uniquement d'acquérir celle qui fait les humbles et les saints,
« la charité qui édifie. » Apprenez à vous humilier, à connaître votre
n é a n t et votre corruption. Alors vous entrerez dans les puissances du
Seigneur, Dieu viendra vers vous ; il vous éclairera de sa lumière, il
vous enseignera, dans le secret du cœur, cette science merveilleuse
dont Jésus a dit 1 « Je vous bénis, mon Père, Seigneur du ciel et de la
terre, parce que vous avez caché ces choses aux sages et aux prudents,
et les avez révélées aux petits. » (LAM. Im.) — « O Dieu 1 j e me sou-
viendrai de votre seule justice ; » recevez toutes les pensées qui seront
le fruit de ce souvenir ; que votre justice et votre vérité reluisent par-
tout ; que j ' a i m e votre justice, et que j e vous serve avec un chaste
amour, c'est-à-dire non par la crainte de la peine, mais par l'amour
de votre justice. (BOSSUET, Elev. x x m , S. vi, E.)

II. 16-23.

f. 16-18. « Vous m'avez instruit dès ma jeunesse; » mais après sa


jeunesse, que lui est-il arrivé ? Au commencement de votre conversion,
vous avez appris qu'avant votre conversion vous n'étiez point j u s t e ; . . .
alors, renouvelé et changé en l'homme nouveau, non point encore par
la réalité, mais par l'espérance, vous avez appris que rien de bon n'a-
vait précédé la grâce en vous, et que vous aviez été converti à Dieu
p a r la grâce de Dieu. Mais peut-être diriez-vous maintenant comme
on fait souvent : Laissez-moi maintenant; j'avais besoin que vous me
lissiez voir ma route, mais cela suffit ; j e ne me tromperai pas. Et
celui qui vous a montré la voie vous dira : Ne voulez-vous donc point que
j e vous conduise ? Mais si vous répondez par orgueil : Non, c'est assez,
j e marcherai de moi-même ; Dieu vous laissera aller, et, par suite de
votre faiblesse, vous vous égarerez de nouveau. Dites-lui donc : « Con-
duisez-moi, Seigneur, dans votre voie et j e marcherai dans votre vé-
PSAUME LXX. 101
rite. » (Ps. LXXXV, 11.) Or, votre entrée dans la voie, c'est votre j e u -
nesse, votre renouvellement et le commencement de votre f o i . . . L a
voie elle-même est venue à vous, et vous y avez été sûrement établi,
sans l'avoir aucunement mérité, puisque vous vous étiez égaré jusque
là. Mais quoi ! depuis que vous y êtes entré, vous dirigiez-vous p a r
vous-même ? Celui qui vous a montré le chemin vous laisse-t-il à
vous ? Non, répond le Prophète : c Vous m'avez instruit dès ma j e u -
nesse, et j e publierai vos merveilles jusques à présent. » E n effet, c'est
une chose merveilleuse que vous faites de daigner encore me conduire,
après m'avoir mis sur la route, c'est une merveille. (S. AUG.) — Dieu
avait pris soin d'instruire le Prophète dès sa jeunesse, et l'avait con-
tinuellement éclairé de ses lumières. C'était un engagement pour lui
de célébrer continuellement les grandeurs et les bienfaits de ce maître
intérieur qui lui avait toujours parlé : mais ceux qui s'égarent dès la
jeunesse, et qui n'ouvrent les yeux à la lumière divine que dans l'âge
m û r ou dans la vieillesse, sont-ils moins obligés que David de consa-
crer le reste de leur vie à la gloire de Dieu ? « Ah 1 disait éloquem-
ment saint Pierre Chrysologue, admirons la miséricorde de Jésus-
Christ, qui n'a destiné qu'un j o u r pour nous juger, et qui nous
accorde tout le temps de notre vie pour faire pénitence. Si l'enfance
et la jeunesse nous en dérobent une partie, que la vieillesse du moins
corrige ces écarts ; qu'elle se repente des péchés passés, lorsqu'elle
n'est plus en état d'en commettre ; qu'elle abandonne ses mauvaises
habitudes, lorsque les forces l'abandonnent ; qu'elle fasse de néces-
sité vertu, et que l'homme enfin meure pénitent, après avoir vécu
longtemps coupable. » (BERTHIER.) — On ne doit désirer de vivre que
pour mieux connaître Dieu, et pour le faire connaître aux générations
qui nous suivent et leur annoncer la puissance de son bras divin. La
puissance qui n'est pas accompagnée de justice est pernicieuse ; la justice
qui n'est pas soutenue par la puissance est extrêmement faible, toutes les
deux se rencontrent admirablement en Dieu. Il a fait éclater la p r e -
mière jusques dans les lieux les pins élevés, c'est-à-dire dans les
cieux, par les grandes choses qu'il y a faites, en créant les esprits cé-
lestes dans une si haute perfection, et la seconde, en précipitant de ces
lieux les plus élevés un grand nombre d'entre ses anges, à cause de
leur orgueil 1 a O Dieu, qui estsemblablc à vous I » paroles de feu qui,
dans la bouche de saint Michel, précipitèrent Lucifer et les anges ses
complices du plus haut des cieux dans les abîmes les plus profonds.
ii), 20. Sentiment d'une ârne qui se trouve à la fin de sa carrière,
402 PSAUME LXXI.
et qui entre dans le repos du Seigneur. Que de tribulations elle a
essuyées d u r a n t cette vie mortelle 1 que de tempêtes ont troublé son
repos 1 que de dangers elle a courus sur cette mer orageuse I Enfin,
Dieu la reçoit dans son sein, il lui rend la vie, il la tire de cet abîme
de maux. Il est impossible à une âme encore liée aux organes du
corps d'apprécier les sentiments qui naissent de ce premier moment
de liberté. « Nous mourrons pour commencer à vivre, dit saint Au-
gustin. » C'est véritablement la vie qui succède à ces états de mort où
nous sommes sur la terre. « Vous vous êtes retourné vers moi, dit le
Prophète, vous m'avez rendu la vie. » Il faut que Jésus-Christ se re-
tourne aussi vers nous, pour nous délivrer des tribulations qui nous
agitent en ce monde. (BERTIHER.)
f. 2 1 - 2 3 . Expressions différentes qui nous font comprendre la sainte
inquiétude d'une âme juste pour témoiger à Dieu sa reconnaissance.
Dieu se délecte particulièrement dans le nom de saint. Il s'appelle
très-souvent « le saint d'Israël ; » il veut que sa sainteté soit le motif,
le principe de la nôtre ! « Soyez saints, parce que j e suis saint, » dit
le Seigneur. (BOSSUET. Elev. i, S. 2 , El.) — Les louanges extérieures
qu'on donne à Dieu, afin qu'elles lui soient agréables, doivent avoir
pour principe la foi et la charité qui sont dans le cœur. La langue
médite la justice de Dieu, lorsque ce qu'elle profère est le fruit de la
méditation du cœur. (DUG.)

PSAUME LXXI.

Psalmus in Salomonem. Psaumo pour Salomon.


1. Deus judicium tuum régi da: 1. O Dieu ! donnez au roi votro équité
et justitiam tuam filio régis : dans les jugements , et au fils du roi
votre justice ,
Judicare populum tuum in jus- afin qu'il juge votro peuple dans la
tifia, et paiiperes tuos in judicio. justice, et vos pauvres dans J'équitô.
2.Suseipiant montes pacem po- 2. Que les montagnes reçoivent la paix
pulo, et colles justitiam. pour le peuple, et les collines la justice.
3. Judicabit paupères populi, et 3. Il jugera les pauvres du peuple; il
salvos faciet filios pauperum : et sauvera les enfants des pauvres , et hu-
humiliabit calumniatorem. miliera la calomniateur.
4. Et permanebit cum sole , et 4. Et il subsistera autant que le soleil
an te lunam, in generatione et ge- et que la lune , dans toutes les généra-
nerationem. tions (1).
5. Descendot sicut pluvia in vcl- 5.11 descendra comme la pluie sur uno

(1) C'est-à-diro les générations vous loueront nuit et jour, ou bien, tant que
dureront le soleil et la luue.
PSAUME LXXI. *03

lus : et sicut stillicidia stillantia toison , et comme les gouttes de rosée


super tcrram. sur la terre (1).
fi. Oriotur in diehus ejus justifia, 6. fa justice fleurira sous son rôgno
et abundantia pacis : donec aufe- avec l'abondance de la paix , jusqu'à ce
ratur luna. que la lune disparaisse entièrement.
7. Et dominabitur a mari usque 7. Et il régnera depuis une mer jusqu'à
ad mare : et a Hnminc usque ad une autre mer, et depuis le fleuve jus-
terminos orbis terrarum. qu'aux extrémités do la terre (2).
8. Coram illo procident yEthio- 8. Les Ethiopiens se prosterneront de-
pes : et inimici ejus terram lin- vant lui; et ses ennemis lécheront la
gent. poussière.
9. Reges Tharsis et insulœ rau- 9. Les rois de Tharse (3) et les îles lui
nera offerent : reges Arabum et offriront des présents ; les rois de l'Arabie
Saba dona adducent : et de Saba lui apporteront des dons (4).
40. Et adorabunt cum omnes 10. Et tous les rois de la terre l'ado-
reges terrœ : omnes gentes ser- reront ; les nations lui seront assujetties,
vient ei :
U . Quia liberabit paupercm a 11. parce qu'il délivrera le pauvre des
potente : et pauperem, cui non erat mains du puissant, lo pauvre qui était
adjutor. sans protecteur.
12. Parcot pauperi et inopi : et 12. 11 aura pitié du pauvre et'de l'in-
animas pauperum salvas faciet. digent , et il sauvera les âmes des pau-
vres-.
13. Ex usuris et iniquitato re- 13. II rachètera leurs âmes des usures
dimet animas eorum : et honora- et de l'iniquité; et leur nom sera en
bile nomen eorum coram illo. honneur devant lui.
14. Et vivet, et dabitur ei de auro 14. Et il vivra, et on lui donnera de l'or
Arabise, et adorabunt de ipso sem- de l'Arabie (5); on l'adorera sans cosse,
per : tota die benedicent ei. et tout le jour les peuples le béniront (G).
15. Eteritfirmamentum in terra 15. Et lo froment sera semé sur la
in summis montium, superextol- terre ; sur le haut des montagnes, son
letur super Libanum fructus ejus : fruit s'élèvera au-dessus du Liban , et
et florebunt do civitatc sicut fœ- les habitants de la cité fleuriront comme
num terne. Y herbe do la terre.

(1) La pluie abondante qui arrose la terre, opposée à pluvia, pluie fine.
(2) L'Euphrate, borne extrême du règne de S a l o m o n , est pris ici pour l'extré-
mité du m o n d e .
(3) Tharsis, Tartcssus, colonie phénicienne d'Espagne, est prise pour les pays
maritimes les plus éloignés. — C'était vers l'Occident, le pays maritime le plus
reculé connu des Hébreux ; par conséquent, les rois des côtes maritimes les plus
éloignés du côté du couchant.
(4) Les rois d'Arabie et de S a b a , l'Arahie h e u r e u s e ; ce qui no prouve pas quo
les Mages fussent de ce p a y s ; le psaume ne s'applique pas à eux in specie, mais
généralement à tous les peuples venant à l'Eglise et au Messie. — Saba désigne
l'Abyssinie, peuplée par les Arabes. Ainsi, tons les peuples les plus éloignés
viennent au Messie. (LE Ilin.)
(5) Soit qu'il y eût des mines d'or (il n'y en a plus aujourd'hui), soit plutôt
parce que c'était l à , comme par u n e n t r e p ô t , q u e l'or do l'intérieur des terres
arrivait en Judée. (LK Uni).
co
(6) L'hébreu traduit par de ipso signifie i>V° > propter cum, et môme per eitm.
— Les Septante disent, ils prieront, orabnnt, au lieu iVadorabunt. Orahunt de ipsq
serait équivalent à : ils prieront en son nom, ou par ses mérites.
104 PSAUME LXXI.

16. Sit nomen ejus benedictum 16. Que son nom soit béni dans tous
in saecula : ante solera permanet les siècles; son nom subsistera autant
nomen ejus. que le soleil.
Et benedicentur in ipso omnes Et tous les peuples de la terre seront
tribus terrae : omnes gentes ma- bénis en lui ; toutes les nations le glori-
gnificabunt eum. fieront (1).
17. Benedictus Dominus Deus 17. Que le Seigneur, le Dieu d'Israël,
Israël, qui facit mirabilia solus : soit béni, lui qui seul opère des mer-
veilles ;
18. Et benedictum nomen ma- 18. Et que le nom de sa majesté soit
jestatis ejus in seternum : et re- béni éternellement ; et que toute la
plebitur majestate ejus omnis terre soit remplie de sa gloire. Qu'il soit,
terra : fiât, fiât. ainsi, qu'il soit ainsi.
Defecerunt laudes David filii Ici finissent les louanges de David,
Jesse, fils de Jessé (2).

Sommaire analytique.

David, dans la personne de son fils Salomon, suivant d'autres, Salomon


lui-même, contemple le règne de Jésus-Christ, dont il décrit les diverses
qualités (3).

(1) Image de la prospérité sous le règne du Messie. Une poignée de froment,


fut-elle semée sur la cime d'une m o n t a g n e , d o n n e r a des épis magnifiques, qui,
s'entrceboquant au souffle des v e n t s , ressembleront aux cèdres du Liban. D'un
autre c ô t é , les villes seront si florissantes et les habitants si n o m b r e u x qu'ils
sembleront y pulluler comme l'herbe des c h a m p s . — Ces deux versets forment
la doxologie qui se trouve à la fin de chaque livre.
(2) Suivant saint Jérôme, il est dit qu'ici finissent les cantiques da David, parce
qu'il y a décrit ce qui devait arriver à la fin de l'époque de Jésus-Christ. Mais
cette raison n ' e s t rien moins que littérale. Nous aimons mieux dire avec quelques
c r i t i q u e s , q u e ces parties indiqueraient qu'un premier recueil des P s a u m e s ,
donnés v u l g a i r e m t n t sous le nom de David, quoique tous ne fussent pas de lui,
n e c o m p r e n a i t que les soixante-douze premiers. Le premier recueil, qui aurait été
composé après la construction du temple, aurait été complété par un autre, dans
lequel on inséra, avec beaucoup de p s a u m e s d'auteurs qui vécurent avant David»
un bou n o m b r e de p s a u m e s inédits de David lui-même.
(3) Le Nouveau Testament ne cite point ce p s a u m e comme prophétique, dit
M. Schmidt (Rédemption du genre humain) ; mais c o m m e n t méconnaître ce ca-
ractère, d'autant plus que de célèbres rabbins et u u ancien seholiaste hébreu lui
a t t r i b u e n t formellement ce caractère. — Eu effet, la plupart des plus fameux
r a b b i n s ont appliqué les versets 16 et 17 et m ê m e tout le Psaume au règne du
m o
Messie. On p e u t voir là-dessus Drach ( 2 lettre, p . 130, 135, 187). Michaëlis et
Roscn-Muller a s s u r e n t tous deux que ce psaume contient des traits trop magnifi-
ques pour n'être applicable qu'à Salomon. — L'examen du psaume confirme la
m ê m e vérité, et il suffit de le parcourir avec a lien lion pour se convaincre : 1° que
ce p s a u m e contieut des traits qui ne se sont nullement vérifiés en S a l o m o n ; par
PSAUME LXXI. 105

I. — IL FAIT DES VOEUX POUR SON AVÈNEMENT :


1° Pour qu'il apporte sur la terre la justice dans les jugements et la paix
dans le gouvernement de son royaume (1,2);
2° Pour qu'il fasse une juste répartition des récompenses et des châti-
ments (3) ;
3° Pour l'éternelle durée de son régne (4).

II. — IL DÉCRIT SA DESCENTE DU HAUT DES «EUX ET SON INCARNATION *.

1° Son incarnation dans le sein d'une Vierge, sous la figure d'une douce
rosée qui tombe secrètement sur une toison de brebis (5) ;
2° Les bienfaits de son incarnation et de sa naissance, l'abondance du-
rable de la justice et de la paix (C).

conséquent, qu'il n'y a pas d'harmonie dans le p s a u m e , en considérant ce prince


comme l'objet total et primitif de ce p s a u m e , bien qu'il soit fait une allusion con-
tinuelle à son règne comme à u n e brillante image du règne du Messie; 2° quo
tous ces t r a i t s , au contraire, conviennent parfaitement et littéralement à J é s u s -
Christ, qui, p a r conséquent, en est l'objet total et primitif.— l<> Admettons q u ' o n
puisse appliquer les 4 premiers versets à Salomon ; une fois arrivé au 5°, il faut
quitter l'homme mortel pour considérer uu règne aussi étendu que la durée d u
soleil et de la luue, ce qui ne p e u t plus lui convenir. — Le 6° verset contient uno
comparaison qui parait assez bien caractériser le règne doux et pacifique do
Salomon, mais on ne revient à lui que pour le quitter au 7° verset, où il s'agit
encore d'un règne de paix et de justice qui doit durer a u t a n t que la luue. — Ce
prince reparaît au 8° verset, qu'on peut à toute force lui appliquer, en restreignant
le sens de a mari usque ad mare et de terminos orbis terrarum,iwxi$ on ne p e u t
guère le reconnaître dans le 9° v e r s e t , car quels seraient ces ennemis à qui il
«urait fait lécher la poussière, lui dont la guerre n'a j a m a i s troublé t a n t soit p e u
le règne ? — Le verset l i n e peut être appliqué à Salomon qu'avec restriction, de
l'aveu de D. Calmet lui-mêmo, qui no peut l'appliquer à co prince qu'a la faveur
des exagérations et des hyperboles. Ou ne voit nulle p a r t n o n plus tous les rois
de la terre venir se prosterner aux pieds de Salomon, versets 11-15. A plus forto
raison n e peut-on lui appliquer ces p a r o l e s : ante solcm permanet nomen efus...
benedicentur in ipso onnies tribus terrai. — Ce n'est donc qu'en considérant Salo-
m o n d a n s u n v e r s e t , en le q u i t t a n t dans le suivant, pour le r e p r e n d r e ensuite et
l'abandonner immédiatement a p r è s , c'est-à-dire en détruisant toute l'harmonie
du p s a u m e , qu'on peut l'appliquer à Salomon. — 2° Tous ces traits au contraire
conviennent parfaitement et littéralement au règne du Messie ; donc il faut con-
clure qu'il est l'objet premier du sens littéral do ce psaume. Ainsi les diverses
qualités du règne du Messie, les deux grands caractères du Messie, celui de libé-
r a t e u r et de sanctificateur des pauvres, l'abondance de toutes sortes de biens
spirituels ; enfin les traits encore plus caractéristiques du Messie p a r lesquels le
Prophète termine ce p s a u m e ; l'éternité de son nom do, Fila qui date d'avant les
siècles ; toutes les tribus de la terre bénies ou sa personne, etc.
10G PSAUME LXXI.

III. — IL DÉCRIT LA. GRANDEUR DU RÈGNE DE JÉSUS-CHRIST, LES RIENS QU'lL


RÉPANDRA SUR SES SUJETS :
1° Son étendue dans toutes les parties du monde: il sera reconnu par
les plus barbares d'entre les peuples , par ses ennemis terrassés , par les
hommages, les offrandes, les adorations de tous les rois de la terre (7-10);
2° Les deux grands caractères du Messie, c'est-à-dire de libérateur et
de sanctificateur des pauvres, qui le rendent l'objet de la vénération et
. des bénédictions des peuples (11-13) ;
3° L'abondance de toute sorte de biens spirituels, désignés sous des
images conformes aux idées des Orientaux et conformes à la nature de
leur sol (14-15) ;
4° L'éternité de son nom de Fils qui date d'avant les siècles, toutes les
tribus de la terre bénies en sa personne, merveilles si grandes, prodiges
si élevés au-dessus de l'homme quo DioU seul peut en être l'auteur, Dieu
seul, dont il exalte le nom et la majesté (16-19).

Explications et Considérations.

I. — 1-4.
f. 1. Le Seigneur dit lui-même dans l'Evangile : «Le Père ne juge
personne , mais il a remis tout jugement au Fils. » (JOAN. v, 22). C'est
l'accomplissement de cette parole : « Donnez votre jugement au Fils. »
C'est en même temps le Fils du lloi , car Dieu le Père est lo lloi par
excellence. (S. AUG.) Un des principaux caractères dans lequel les
écrivains sacrés décrivent le règne de Jésus-Christ, c'est la justice ;
c'est, en effet, le règne de la justice que réclamait le monde avant la
venue de Jésus-Christ. Ce qui dominait le plus dans le monde antique,
c'était l'injustice sous tous les rapports : injustice de l'homme par
rapport à Dieu, qui n'était ni connu , ni aimé , ni servi comme il de-
vait l'être ; injustice de l'homme à l'égard de ses semblables, la fraude,
la violence , l'oppression , foulant aux pieds les droits les plus sa-
crés, les causes les plus justes, les intérêts les plus inviolables. — Le
Fils de Dieu , en venant au monde, devait détruire cette triple injus-
tice. — Remarquez que le Prophète, après avoir dit : « O Dieu ! don-
nez votre j u g e m e n t au Roi, et votre justice au Fils du R o i , » plaçant
en premier lieu le jugement, et en second lieu la justice, a dit ensuite,
plaçant d'abord la justice et ensuite le j u g e m e n t , « pour juger votro
peuple dans la justice et vos pauvres dans le j u g e m e n t ; » mais cctlo
PSAUME LXXI. 107

inversion de mots prouve seulement que le jugement n'a d'autre


sens que la justice. En effet, on a coutume d'appeler jugement m a u -
vais ce qui est injuste , mais nous ne disons pas une justice inique ,
une justice injuste ; car, si la justice était mauvaise, elle scroit injuste,
et on ne pourrait plus l'appeler justice. Ainsi, en plaçant en premier
lieu le jugement et en l'exprimant une seconde fois sous le terme de
justice, et en plaçant ensuite en premier lieu la justice et en l'ex-
primant une seconde fois sous le terme de j u g e m e n t , le Prophète
nous montre clairement qu'il appelle jugement, à proprement parler,
ce qu'on a coutume de nommer justice , c'est-à-dire ce qui ne p e u t
exister dans un jugement mauvais. (S. AUG.) Ceux qui sont appelés à
gouverner les peuples doivent avoir, avant tout, une grande droiture
d'esprit et de cœur, et juger leurs subordonnés, non selon les préven-
tions ni môme selon les lumières si bornées de l'esprit humain , mais
selon les règles de cette justice divine suivant laquelle Dieu conduit
lui-même les homm.es et dont celle qui reluit en nous n'est qu'une
étjncelle.
f. 2. « P o u r juger vos pauvres dans l'équité de ses jugements. »
Remarquons cette expression du Psalmiste : « vos pauvres. » Que si-
gnifie cette expression? C'est que des r i c h e s , eri cette qualité de
riches, étant de la suite du monde, étant, pour ainsi dire, marqués à
son coin, ne sont soufferts dans le royaume de Dieu que par tolérance;
et c'est aux pauvres et aux indigents, qui portent la marque du Fils
de Dieu, qu'il appartient proprement d'y être reçus. Voilà pourquoi le
divin Psalmiste les appelle « les pauvres (le Dieu. » Pourquoi les pau-
vres de Dieu? Il les nomme ainsi en e s p r i t , parce que , dans la
nouvelle alliance , [il lui a plu de les adopter avec une préroga-
tive particulière. (BOSSURT , Eminenle dignité des pauvres dans l'E-
glise. — Les montagnes les premières illuminées font descendre
ensuite leur lumière dans toute l'étendue des campagnes ; Jes m o n -
tagnes s o n t , dans l'Eglise, les hommes érninenls par leur sainteté
et par leur science et qui sont propres à instruire ips autres ( II
T I M . I I , 2 , ) , en leur donnant, par leur parole, up enseignement fidèle,
et, par leur vie, un exemple salutaire. Les collines, au contraire, sont
ces hommes qui imitent, par leur obéissance, l'excellence des montar
gnes. La paix est la réconciliation qui nous rapproche de Dieu, et les
montagnes reçoivent cette grâce pour la transmettre au peuple,
« Tout vient de Dieu, qui nous a réconciliés avec lui p a r le Christ, dit
l'Apôlrc, et nous a confié le ministère de la réconciliation (l( Çou. v,
(
108 PSAUME LXXI.
1 7 ) . Voilà comment les montagnes reçoivent la paix pour la donner
a u peuple. » (S. AUG.) Les montagnes sont plus élevées et les collines
le sont moins. Les montagnes voient, les collines croient. Ceux qui
voient reçoivent la paix pour l'apporter à ceux qui c r o i e n t , et ceux-
ci reçoivent la justice, c'est-à-dire l'obéissance qui est dans les hommes
et dans toute créature raisonnable , puisque c'est la perfection de la
justice. (S. AUG.) — Les hommes les plus éminents par leur mérite
comme p a r l e u r s dignités, dans un Etat comme dans l'Eglise, reçoi-
vent la paix et la justice; elle descend ensuite sur les peuples marqués
p a r des collines, qui sont plus basses que les montagne. La paix des
royaumes et des Etats dépend beaucoup de la justice de ceux qui
les gouvernent. — On ne peut avoir la joie véritable, si la paix et la
justice ne lui servent de sauve-garde. La première chose, en effet, est
comme la racine de laquelle tout sort, c'est la justice. La seconde, la
p a i x ; la troisième, la joie. De la justice naît la p a i x , un des p r e -
miers fruits de la venue de Jésus-Christ. La vraie justification a été
suivie d'une véritable paix de l'homme avec Dieu, avec tous les autres
h o m m e s , et avec soi-même. La paix, à son tour, produit la véritable
joie. (S. CES. D'ARLES. Hom. xix.)
y . 3. Le Prophète expose les qualités d'un roi j u s t e , surtout celles
du Messie, à qui il appartient souverainement de faire justice aux pau-
vres, aux petits, aux malheureux et de détruire ceux qui les oppriment.
— « Et ii humiliera le calomniateur. » On ne saurait appliquer mieux
qu'au démon ce titre de calomniateur. La calomnie est son fait. « Est-
ce que Job adore le Seigneur gratuitement? » (JOB. I , 9.) Or, le Sei-
gneur Jésus l'humilie, en aidant les siens de sa g r â c e , parce qu'ils
adorent Dieu gratuitement, et mettent leurs délices dans le (Seigneur.
Il l'a encore humilié p a r ce fait que le démon , c'est-à-dire le prince
de ce m o n d e , n'ayant trouvé en lui aucune faute, (JEAN., XIV, 39), l'a
fait périr par les calomnies des Juifs, dont le calomniateur s'est servi
comme de ses instruments. Il a humilié le démon, parce que celui que
les Juifs avaient mis à mort est ressuscité, et a détruit le royaume de
la mort, que le démon avait si bien gouverné à son profit, qu'au moyen
d'un seul homme, qu'il avait trompé , il avait entraîné tous les h o m -
mes dans une semblable condamnation à mort. Le démon a été h u -
milié, parce que, si le péché d'un seul a établi, par* ce seul homme ,
lo règne de la mort, à plus forle raison ceux qui obtiennent l'abon-
dance de la grâce et de la justification règneront-ils dans la vie éter-
nelle p a r le seul Jésus-Christ (HOM. V, 1 7 . ) , qui a humilié le calomnia-
PSAUME LXII. 109

teur au moment où celui-ci employait, p o u r le perdre , de fausses


accusations, des juges iniques et de faux témoins.(S. AUG.). — « E t
j'entendis une grande voix dans le c i e l , disant : Maintenant le salut
de notre Dieu est affermi, et sa puissance et son règne, et la puissance
de son Christ, parce que l'accusateur de nos frères , qui les accusait
jour et nuit devant Dieu , a été précipité. » (APOC. XII, 1 0 . )
•p. 4 . « Il durera autant que le soleil. » Mais qu'y a-t-il de glorieux
à durer autant que le soleil, pour celui par qui toutes choses ont été
faites, et sans lequel rien n'a été (JEAN, I , 3 ) , à moins que cette p r o -
phétie n'ait été faite à cause de ceux qui pensent que la religion chré-
tienne vivra dans le monde un certain temps et ensuite disparaîtra?
Il durera donc autant de temps que le soleil ; autant de temps que le
soleil se lèvera et se couchera ; c'est-à-dire, aussi longtemps que les
siècles accompliront leurs révolutions, que l'Eglise de Dieu ou le corps
du Christ subsistera sur la terre. Le Prophète dit ensuite : « Il sera
avant la lune. » Il aurait pu dire : Et avant le soleil ; c'est-à-dire , ii
durera autant que le soleil et il existait avant le soleil; ce qui signifie-
rait : il durera autant que les siècles et il existait avant les siècles.
Or, ce qui précède les temps est éternel et l'on doit considérer comme
vraiment éternel ce qui ne change pas avec lé cours des temps, comme
le Verbe, qui était au commencement. Mais le Prophète a préféré la
comparaison de la lune, parce que cet astre est la figure de la croissance
et de la diminution des choses mortelles. (S. AUG.)—Le règne du Messie
ne se bornera pas à la durée du soleil et de la lune ; il est seulement
dit « qu'il durera autant que le soleil et la lune, de génération en g é -
nération, pour marquer que, pendant cette révolution des siècles, il
exercera son empire sur les hommes, en formant parmi eux ses élus,
en les gouvernant et en b s conduisant au terme où ils régneront
éternellement avec lui. » (BERTIIIEU.)

II. — 5 - 6 .

y. 5 . <« Il descendra comme la pluie sur une toison. » David fait ici
allusion à l'action de Gôdéon, et nous apprend qu'elle s'est accomplie
en Jésus-Christ. Gôdéon avait demandé à Dieu,comme signe de sa vo-
l o n t é , qu'une toison placée au milieu d'une aire s'imbibât seule de
rosée, tandis que l'aire resterait sèche ; et il fut fait comme Gédéon
l'avait'demandé. (JUGES, VI, 3 0 - 4 0 ) Cela veut dire que le peuple d'Is-
raël fut d'abord cette toison sèche déposée au milieu de l'aire, c'est-
110 PSAUME LXXI.

à-dire au milieu de l'univers. Le Christ est donc descendu comme une


pluie sur la toison, alors que l'aire restait encore sèche; et c'est pour-
quoi il a dit : « Je n'ai été envoyé qu'aux brebis perdues d'Israël. »
(MATTH. XV, 24). C'est là , en effet, qu'il a choisi la mère au sein de
laquelle il voulait prendre la forme d'esclave pour se montrer aux
hommes ; c'est là qu'il s'est fait des disciples auxquels il a donné un
commandement semblable à sa propre déclaration : « N'allez point
dans la voie des Gentils , . . . mais allez d'abord aux brebis perdues de
la maison d'Israël. » (IBID.) X, 5, 6.). En disant d'abord vers celles-là,
il montrait que dans la s u i t e , lorsqu'il y aurait lieu de couvrir d'eau
l'aire entière, ils iraient vers d'autres brebis qui n'appartenaient pas
à l'ancien peuple d'Israël. C'est ainsi que la pluie est descendue sur la
toison, tandis que l'aire restait encore sèche. Mais bientôt, par la grâce
de Jésus-Christ, tandis que la nation juive demeurait desséchée, l'uni-
vers entier, dans toutes les nations qui le composent, a été arrosé
des torrents de la grâce chrétienne, versés par les nuées qui en étaient
chargées. Aussi le Psalmiste a désigné celte môme pluie sous le terme
de gouttes d'eau qui t o m b e n t , non plus « s u r la toison , mais sur la
terre. » ( S . AUG.). — Mais un grand nombre d'autres Pères, en parti-
culier saint Ambroise, saint Chrysostôme, saint B e r n a r d , ont vu dans
celte toison de Gédéon le symbole de la bienheureuse Vierge Marie ;
et, dans cette pluie qui tombe sur la toison, la figure du divin Sauveur
descendant du ciel dans son sein virginal. En effet, 1° l'agneau sort
comme du sein de la toison, et du sein de la Vierge Marie est sorti l'a-
gneau qui efface les péchés du monde. (JEAN , iv, 29.) 2° La toison de
la brebis figure parfaitement, par sa blancheur, la pureté des mœurs
et l'innocence de la vie de cette divine Vierge. 3° Elle est la toison ,
c'est-à-dire la laine sans la c h a i r , la laine détachée de la chair par la
mortification et la virginité. La toison , dit saint Pierre Chrysoiogue
(SERM. 143), appartient au corps , mais elle est étrangère aux souf-
frances, aux impressions du corps ; ainsi la virginité existe dans la chair
tout en restant étrangère aux vices de la chair. 4° La Vierge Marie, dit
Richard de Saint-Victor (in Ps. LXXI) est la toison qui revêt de ses
vertus , qui protège et réchauffe les âmes pures et innocentes. 5°
Marie est vraiment la toison de Gédéon , parce qu'elle a reçu tout
entière la rosée descendant du ciel, c'est-à-dire le Christ. Qu'y a-t-il
de plus silencieux et de moins bruyant que la rosée tombant douce-
ment sur une toison? Elle ne frappe les oreilles d'aucun s o n , elle ne
rejaillit sur aucun corps environnant, mais, sans troubler les brebis.
PSAUME LXXI. 111
la pluie pénètre la toison tout entière, sans violence, sans aucune sé-
paration du tissu. C'est avec raison que Marie est comparée à u n e
toison : elle qui a conçu notre Seigneur en le recevant dans son chaste
sein, sans que l'intégrité de son corps virginal en ait souffert la
moindre atteinte. (S. AMBR. Serm. 3 de Nativ.) « Et comme l'eau qui
tombe goutte à goutte sur la terre, >> cette pluie abondante que Dieu
a réservée à son héritage est d'abord descendue doucement et sans
b r u i t , sans le concours de l'action de l'homme , dans le sein virginal
de Marie, mais ensuite elle s'est répandue sur toute la terre, par la
bouche des prédicateurs, non plus comme la rosée sur la toison, mais
comme la pluie sur la terre, avec le bruit qui accompagne la prédica-
tion et l'opération des miracles ; car ces nuées qui portaient la pluie
dans leurs flancs se sont rappelé le commandement qui leur fut donné
lorsqu'elles étaient envoyées : « Ce que j e vous dis dans les ténèbres,
dites-le à la lumière. » (MATTH. X , 2 7 ) (S. BERN. Hom. 2 super
Missus est.)— Le règne de Jésus-Christ s'établit dans une âme avec
tous les caractères que renferment les deux comparaisons énon-
cées dans ce verset. C'est du ciel que ce roi bienfaisant verse les dons
de sa grâce. Le monde n'a point de part à cette opération toute divine.
Jésus-Christ se communique dans le profond du cœur : il le pénètre
comme la rosée imbiba la toison mystérieuse dont la vue encouragea
Gédéon. C'est dans des communications secrètes , et même durant le
silence de la nuit, que l'âme, dégagée de toute occupation terrestre,
reçoit ses influences salutaires. Tout ne se fait pas dans une seule visite
du Très-Haut, les dons de sa miséricorde se succèdent comme les
gouttes d'eau qui humectent peu à peu un terrain aride. Alors, tout
cet intérieur devient fécond en bonnes œuvres, toutes ses facultés
concourent à la gloire de ce roi plein de bonté, qui ne dédaigne pas
de régner dans un cœur p u r , h u m b l e , soumis à toutes ses volontés.
(BERTHIER.) — a La justice se lèvera en ses jours et l'abondance de la
paix. » Le premier fruit de l'incarnation et de la naissance du Fils de
Dieu, c'est la justice prise, ou comme vertu spéciale qui rend à chacun
ce qui lui est d û , ou comme vertu générale, signifiant la réunion de
toutes les vertus. C'est ce règne de la justice que réclamait, avant la
venue du Sauveur, le monde, écrasé par le règne de la force brutale,
primant tous les droits les plus sacrés. Le second fruit, c'est l'abon-
dance de la paix, c'est-à-dire une paix profonde dans sa n a t u r e , u n i -
verselle dans son étendue et éternelle dans Sa durée. Une paix
universelle régnait dans tout l'univers, quand Jésus-Christ, le Prince
112 PSAUME LXXI.

de la paix, p a r u t sur la terre ; mais ce n'était qu'une fausse paix.


L ' h o m m e , en proie à ses passions injustes et violentes, éprouvait au
dedans de lui-même la guerre et la dissension la plus cruelle ; éloigné
de Dieu, laissé aux agitations et aux fureurs de son propre cœur, com-
battu par la multiplicité et |la contrariété éternelle de ses penchants
déréglés, il ne pouvait trouver la p a i x , parce qu'il ne la cherchait
que dans la source même de ses troubles et de ses i n q u i é t u d e s . . . . Jé-
sus-Christ descend sur la terre pour apporter aux hommes cette paix
véritable que le monde jusque-là n'avait p u leur donner, (MASSILL.
Serm. p. la f. de Noël,) la paix de l'homme avec Dieu, la paix avec
les autres hommes, la paix avec lui-même. — Ne nous imaginons pas
que ce soit un avantage pour le Roi des anges d'être fait aussi le
prince des hommes. Le règne qu'il lui plaît d'établir sur nous, c'est la
p a i x , c'est la liberté , c'est la vie et le salut de ses peuples ; il n'est
roi ni pour exiger des tributs, ni pour lever de grandes a r m é e s , mais
il est roi parce qu'il gouverne les â m e s , parce qu'il nous procure les
biens éternels, parce qu'il fait régner avec lui ceux que la charité sou-
met à ses o r d r e s . . . Le règne de notre P r i n c e , c'est notre b o n h e u r ;
ce qu'il daigne régner sur nous , c'est clémence, c'est miséricorde ; ce
ne lui est pas un accroissement de puissance, mais un témoignage de
sa bonté. (S. AUG. Trait, XL, sur S. Jean, N° 4.) Les préceptes de l'E-
vangile bien observés uniraient ensemble t o u s les peuples, et main-
tiendraient parmi eux les mêmes principes de modération, de bonne
foi, d'équité et de tranquillité. Ce que l'Evangile ne fait pas, à cause
des passions qui divisent les princes et les nations , il l'exécute dans
l'âme desjustes. C'est là que régnent et que régneront toujours la vraie
justice et l'abondance de la paix ; avantage que n'ont point les nations
humaines : elles ne peuvent régler que la conduite extérieure, elles
n'ont aucun empire sur les sentiments du cœur. (BERTHIER.)

III. — 7-19.
f. 7-10. Etendue du règne de Jésus-Christ d'une mer jusqu'à l'autre
et jusqu'aux extrémités de la terre où il n'est pas borné, puisqu'il
s'étend jusque dans le ciel. — Durée du règne de Jésus-Christ, qui
n'est point limité par la durée du monde , mais qui s'étend dans toute
l'éternité.—Que j e triomphe d'aise, quand j e vois dansTertullien que
déjà de son temps le nom de Jésus , si près de la mort de notre Sau-
veur et du commencement de l'Eglise, déjà le nom de Jésus était
adoré p a r toute la t e r r e , et que dans toutes les provinces du monde
PSAUME LXXI. 113
qui pour lors étaient découvertes,'le Sauveur y avait un nombre infini
de sujets. « Nous sommes, dit hautement ce grand personnage, pres-
que la plus grande partie de toutes les villes. » (AD SCAP., N° 2 . ) . Les
Parthes, invincibles aux Romains, les Thraces antinomes, comme les
appelaient les anciens, gens impatients de toute sorte de lois, o n t
subi volontairement le joug de Jésus. Les Modes, les Arméniens, les
Perses et les Indiens les plus reculés ; les Maures et les Arabes, et ces
vastes provinces de l'Orient; l'Egypte et l'Ethiopie, et l'Afrique la
plus sauvage ; les Scythes , toujours e r r a n t s ; les Sarmates, les Gétu-
tiens et la barbarie la plus inhumaine ont été apprivoisés par la doc-
trine modeste du Sauveur Jésus. L'Angleterre , que le rempart de ses
mers rendait inaccessible aux Romains, la foi du Sauveur y est abor-
dée. Que dirai-je des peuples des Espagnes et de la belliqueuse nation
des Gaulois, l'effroi, la terreur des Romains et des fiers Allemands,
qui se vantaient de ne craindre autre chose sinon que le ciel tombât
sur leurs têtes ? Ils sont venus à J é s u s , doux et simples comme des
a g n e a u x , demander pardon h u m b l e m e n t , pressés d'une crainte res-
pectueuse. Rome même, cette ville superbe qui s'était si longtemps
enivrée du sang des martyrs de Jésus, Rome , la maîtresse , a baissé
la tête et a porté plus d'honneur au tombeau d'un pauvre pêcheur
qu'aux temples de son Romulus. Il n'y a point d'empire si vaste qui
n'ait été resserré dans quelques limites. Jésus règne p a r t o u t , dit
le grave Tertullien (AD JUD., N° 7 ) , dans le livre contre les Juifs
duquel j ' a i tiré presque tout ce que j e viens de dire de l'étendue du
royaume de Dieu. Jésus règne p a r t o u t , dit-il, est adoré partout.
Devant lui la condition des rois n'est pas meilleure que celle des moin-
dres esclaves. Scythes ou Romains , Grecs ou barbares , tout lui est
égal, il est égal à tous, il est le roi de tous, il est le Seigneur et le Dieu
de tous. (BOSSUET. Circonc. Royauté de Jésus-Christ.) (1). tLes rois de
Tharsis et des îles lui offriront des présents. » Prédiction des présents
que les Rois Mages offrirent à Jésus-Christ nouvellement né. — Les
m a g e s , dit saint Grégoire-le-Grand , reconnaissent en Jésus la triple
qualité de Dieu , d'homme et de roi : ils offrent au roi l ' o r , au Dieu
l'encens, à l'homme la myrrhe. O r , poursuit-il, il y a d'anciens h é -
rétiques qui croient que Jésus est Dieu, qui croient également que Jé-
sus est h o m m e , mais qui se refusent absolument à croire que son
règne s'étende p a r t o u t . . . . Ils ne sont point irréprochables dans leur
foi, et le pape saint Grégoire inflige la note d'hérésie à ceux q u i , se
faisant un devoir d'offrir à Jésus l'encens, ne veulent point y ajouter
(1) FÉNÉLON, Serm. pour la fétc de l'Êpiph., 1 part.
M

TOME I , 8
114 PSAUME LXXI.
l'or. Hélas ! il en coûte cher à la terre, il en coûte cher aux nations de
ne pas fléchir le genou devant le nom et devant la royauté de Jésus.
Ce sont alors d'autres génuflexions qu'il faut faire.La langue qui refuse
de s'ouvrir pour proclamer et confesser la puissance du roi Jésus , à
quels silences humiliants n'est-olle pas condamnée? « Et maintenant,
Seigneur, nous n'avons pas même le droit et le pouvoir d'ouvrir la
bouche, et nous , la vieille France catholique , la reine des nations,
nous sommes devenus un sujet de confusion et d'opprobre pour tous
ceux qui vous servent et vous honorent. » (DAN. m , 3 3 ) , (MGR PIE, sur
l'étendue um'v. de la royauté de Jésus-Christ. TOM. vnr, p . 6 2 1 . )
f. 1 1 - 1 3 . « Parce qu'il délivrera le pauvre des mains du puissant. »
David prédit ici un des caractères principaux du grand Roi attendu
p a r Israël, c'est qu'il délivrerait le pauvre de la servitude sous laquelle
il avait été réduit par le puissant. La génération présente s'est telle-
ment identifiée avec le mensonge, et les contre-vérités les plus mani-
festes se sont tellement accréditées parmi n o u s , qu'on est exposé à
être accusé de paradoxe en rappelant simplement les principes du
christianisme sur cette matière. C e p e n d a n t , n'est-il pas vrai que la
grande loi de l'égalité des hommes et de leur divine fraternité avait
été comme abrogée sous l'empire de l'idolâtrie, qui n'était guère que
le règne de la force et le triomphe de la matière ? Et en effet, partout
et toujours, en dehors du christianisme, l'esclavage sera un fait iné-
vitable, en même temps qu'une conséquence de l'ordre social. Le Fils
de Dieu descend sur la terre, et prend la forme de l'esclave ; il lègue
!
à tous les hommes de tous les pays et de tous les siècles cette parole,
k

jusqu'alors inconnue : «Notre Père qui êtes aux cieux; » et par cette
parole il rétablit sur la terre une fraternité spirituelle qui entraînera
tôt ou t a r d , parmi ses conséquences, le retour de la fraternité primi-
tive dans la grande famille des hommes. Oui, selon la parole de Jésus-
Christ, un jour viendra où « le Fils délivrera les esclaves, et alors
ils seront véritablement libres, parce qu'ils seront affranchis par la
vérité. » Cette œuvre d'affranchissement, d'émancipation,elle ne sera
pas l'œuvre d'un j o u r : elle s'opérera insensiblement par la force des
e r
idées et le progrès des principes évangéliques. (Mgr PIE. Disc. T . I ,
p . 7 5 . ) . — Deux grands caractères du Messie, celui de libérateur et
de sanctificateur: il vient délivrer les pauvres, il vient sauver les âmes
des pauvres. Notrc-Seigneur Jésus-Christ a commencé le cours de ses
prédications évangéliques par proclamer heureux les pauvres ; il s'é-
tait appliqué cette prophétie d'Isaïe : «L'Esprit du Seigneur est sur
PSAUME LXXI. 11$
moi, il m'a consacré par son onction pour évangéliser les pauvres; ».
(Luc, iv, 17,); et, en effet, les pauvres sont pour lui, comme pour ses
apôtres, pour tous les ouvriers évangéliques animés de son esprit,
le principal objet de leur zèle apostolique. — Il sauve les âmes des
pauvres en les appelant à la connaissance de la vérité, en les rendant
riches dans la foi et héritiers du royaume qu'il a promis à ceux qu'il
aime. (JACQ. II, 5); il les s a u v e , parce que, par sa g r â c e , ils useront
saintement de leur é t a t , et trouveront de précieuses ressources dans
la plus grande p a u v r e t é , en se faisant un trésor de la pauvreté
m ê m e . — Comment le pécheur a-t-il été délivré des usures par la r é -
demption que lui a méritée Jésus-Christ? C'est, dit saint Augustin ,
dont l'observation paraît d'abord subtile, mais qu'on trouve vraie et
même nécessaire quand on la m é d i t e , c'est, dit ce saint docteur, que
le péché consommé dans un m o m e n t , et dont le fruit est si peu de
chose pour celui qui le commet, est puni d'une peine éternelle. C'est
là une usure que la justice divine tire de la témérité et de l'ingiati-
t u d e du pécheur. Jésus-Christ nous en adélivrés, et en même temps de
l'iniquité qui était la cause de cette usure...— On ne peut assez con-
sidérer quel est le prix du sang et du nom des chrétiens ; leur sang
a coûté la vie d'un Dieu, leur nom a été consacré en la personne d'un
Homme-Dieu. Ce sang et ce nom sont respectables aux yeux de Dieu
même , qui respecte le nom des chrétiens, parce qu'il y voit le carac-
tère de Jésus-Chrit, son Fils unique. « Le Prophète dit que ce sont
les pauvres surtout dont le sang et le nom sont précieux aux yeux
de Dieu. » Que de force et de sentiment dans cette expression l II a
dit plus h a u t que les rois et les nations l'adoreraient et le serviraient;
mais, quand il en vient à parler des pauvres, des humbles, des petits
il change en quelque sorte de t o n , et il dit que c'est le Messie lui-
même qui les respectera et les honorera. (BERTIIIEII.) Que le pauvre
est bien différent aux yeux de la chair et aux yeux de la foi l Quoi de
plus méprisable, aux yeux de la chair, qu'un pauvre dénué de tout,
abandonné de tout le monde l tandis qu'aux yeux de la foi le nom de
ce pauvre paraît honorable devant Dieu lui-même.

jr. 14, 15. Jésus-Christ devait racheter p a r sa mort les âmes des
pauvres, c'est-à-dire de ceux qui étaient entièrement dénués des ri-
chesses de la nature et surtout de la grâce; mais cette mort même
devait être en lui la source d'une vie nouvelle e t immortelle qui lui
a attiré les respects, les adorations, les bénédictions, les riches offran-
des des peuples convertis. Le Prophète décrit ensuite la fécondité de
116 PSAUME LXXI.
l'Eglise et les fruits de la prédication évangélique, après la résurrec-
tion de Jésus-Christ. La terre sera couverte des fruits de la parole de
Dieu ; on les verra là même où règne ordinairement la stérilité, sur
les sommets des montagnes; le froment, sur ces sommets arides, dépas-
sera l'abondance et la hauteur des cèdres du Liban, et dans cette cité
dont il a été dit : « C'est de Sion que sortira la loi, et la parole du
Seigneur de Jérusalem, les croyants seront nombreux comme l'herbe
dans les champs. » C'est ce que S. Luc nous apprend avoir été accom-
p l i : « Et la parole de Dieu croissait et le nombre des disciples se mul-
tipliait de plus en plus. » (Act. vi), (BELLARM.). — Il nous est permis
devoir aussi, avec un grand nombre de pieux interprètes,une prédic-
tion de l'Eucharistie, qui est le soutien, l'appui par excellence (firma-
mentum); c'ast-à-dire le pain solide, substantiel de l'âme. C'est ainsi
que l'Ecriture appelle le pain, « firmamentum panù, » (Ps. civ, 1 6 ) ;
« bacidus panis, » (LEV. XXVI, 2 6 ) , et qu'elle dit du pain «qu'il affermit
le cœur de l'homme » ( P s . c m , 1 5 ) . Le pain de l'Eucharistie affermit
les montagnes, c'est-à-dire les hommes éminents en sainteté. — La
divine semence de l'Evangile, aussi bien que la sainte Eucharistie, pro-
duisent leur fruit, mais un fruit qui s'élève au-dessus des cèdres du
Liban, parce qu'étant un fruit tout céleste, il s'élève jusqu'au ciel et
surpasse tout ce qui parait le plus élevé dans le siècle.
fi. 1 6 - 1 9 . « Que son nom soit béni dans tous les siècles; son nom
demeure dès avant le soleil. » Le soleil signifie le temps, son nom
demeure donc éternellement; car l'éternité précède le temps et ne
saurait se limiter. « Et toutes les tribus de la terre seront bénies en
lui. » En effet, c'est en lui que s'accomplit la promesse faite à Abra-
h a m ; car, selon la remarque de l'Apôtre, Dieu ne dit pas : « A ceux
qui naîtront comme p a r l a n t de plusieurs, mais comme d'un seul, et
à celui qui naîtra de toi, c'est-à-dire au Christ. » (GALAT. m , 1 6 ) . Or,
voici la promesse faite à Abraham : « Toutes les tribus de la terre se-
ront bénies dans celui qui naîtra de toi. »(GEN. x x n , 18). « Ce ne sont
pas les enfants selon la chair, dit saint Paul, mais les enfants de la
promesse, qui sont comptés dans la postérité. » (ROM. IX, 6 ) . « Toutes
les nations l'exalteront. » Elles l'exalteront, parce qu'elles seront
bénies en lui; elles l'exalteront, non pas en lui donnant plus de gran-
deur, puisqu'il est par lui-môme toute grandeur, mais en le louant et
en proclamant sa grandeur. C'est ainsi que nous exaltons la grandeur
de Dieu, c'est ainsi également que nous disons : « Que votre nom soit
sanctifié, » bien que son nom soit toujours infiniment saint.— « Béni
PSAUME LXXI. 117

soit le Seigneur, le Dieu d'Israël. » Après avoir contemplé toutes les


merveilles qu'il vient de rapporter, le Prophète, dans son e n t h o u -
siasme, chante un hymne et bénit le Seigneur Dieu d'Israël. C'est
l'accomplissement de la prophétie donnée à celte femme stérile,
ligure de l'Eglise : « Et celui qui l'a délivré, le Dieu d'Israël, sera
nommé le Seigneur de toute la terre. » (ISAT, LIV, 5 ) . « Seul, il accom-
plit des prodiges, » parce que seul il est l'auteur des prodiges accom-
plis p a r l e s autres. — « Que son nom de gloire ou de majesté soit béni
dans l'éternité, » et toute la terre sera remplie de sa gloire: « Ainsi-
soit-il. » Vous l'avez ordonné, Seigneur, et il en est ainsi. Il en est
ainsi, jusqu'à ce que le royaume qui a commencé au fleuve s'étende
aux extrémités de l'univers. (S. A U G . ) .

FIN DU LIVRE II.


L I V R E III

PSAUME LXXII.

Psalmus Asaph. Psaume d'Asaph.


1. Quam bonus Israël Deus bis, 1. Que Dieu est bon pour Israël, pour
qui recto sunt corde l ceux qui ont le cœur droit 1
2. Mei autem pene mot! sunt 2. Pour moi, mes pieds ont presque
pedes : pene effusi sunt gressus défailli, et mes pas ont presque chan-
mei. celé.
3. Quia zelavi super iniquos, pa- 3. Car j'ai porté envie aux méchants,
cem peccatorum videns. en voyant 1* paix des pécheurs;
4. Quia non est respectus morti 4. car ils no pensent pas à leur mort,
eorum : et firmamentum in plaga et les plaies dont ils sont frappés ne
eorum. durent pas.
5. In laborebominumnon sunt, 5. Ils ne sont point soumis aux dou-
et cum hominibus non ûagellabun- leurs des humains, et ne sont point
tur. frappés comme les autres hommes.
6. Ideo tenuit eos superbia, 6. C'est pour cela que l'orgueil s'est
operti sunt iniquitate et impietate emparé d'eux; ils sont couverts de leurs
sua. crimes et de leur impiété.
7. Prodiit quasi ex adipe iniqui- 7. Leur iniquité est comme née de
tas eorum : transierunt in affectum leur graisse ; ils ont suivi toutes les pas-
cordis. sions de leur cœur.
8. Gogitaverunt, et locuti sunt 8. Toutes leurs pensées et toutes leurs
nequitiam : iniquitatem in excelso paroles ont été remplies de malice ; ils
locuti sunt. ont hautement publié leur iniquité.
9. Posuerunt in coilum os suum : 9. Ils ont ouvert leur bouche contre le
et lingua eorum transivit in terra. ciel, et leur langue a passé sur la terre.
10. Ideo convertetur populus 10. C'est pourquoi mon peuple tour-
meus hic : et dies pleni invenien- nera ses regards vers eux, et trouvera
tur in eis. en eux des jours pleins.
H . Et dixerunt : Quomodo scit H . Et ils ont dit:Comment Dieu le sait-il,
Deus, et si est scientia in excelso ? et le Très-Haut en a-t-il la connaissance?
12. Ecce ipsi peccatores, et 12. Voilà les pécheurs eux-mêmes dans
abundantes in srcculo, obtinuerunt l'abondance des biens de ce monde; ils
divitias. ont acquis de grandes richesses.
13. Et dixi : Ergo sine causa 13. Et j'ai dit : C'est donc inutilement
iustificavi cor meum, et lavi inter que j'ai purifié mon cœur, et que j'ai
innocentes manus meas : lavé mes mains parmi les innocents,
14. Et fui flagellatus tota dio, 14. puisque j'ai été affligé tout le jour,
et castigatio mea in matutinis. et châtié dès le matin.
15. Si dicebam : Narrabo sic : 15. Que si je disais : Je parlerai de la
ecco nationem filiorum tuorum sorte, voilà que je condamnais la société
reprobavi. de vos enfants.
16. Existimabam ut cognosce- 16. Je pensais connaître ce mystère;
rem hoc, labor est ante me : un grand travail s'est présenté devant
moi,
PSAUME LXXII. H9
17. Donec intrem in Sanctua- 17. Jusqu'à ce que j'entre dans le sanc-
rium Dei : et inteiligam in novis- tuaire de Dieu, et que je comprenne
simis eorum. quelle doit être leur lin.
18. Verumtamen propter dolos 18. Il est vrai que cette prospérité est
posuisti eis : dejecisti eos dum un piège pour eux, vous les avez renver-
allevarentur. sés tandis qu'ils s'élevaient (1).
19. Quomodo factisunt in deso- 19. Comment sont-ils tombés dans la
lationem, subito defccerunt : désolation? Ils sont tombés tout d'un
perierunt propter iniquitatem coup, et ils ont péri à cause de leur ini-
suam. quité.
20. Velut somnium surgentium, 20. Comme un songe à l'heure du ré-
Domine, in ci vi ta te tua imaginem veil , Seigneur, vous réduirez au néant
ipsorum ad nibilum rédiges. dans votre cité l'imago des méchants.
21. Quia inflammatum est cor 21. Car mon cœur a été tout enflammé'^
meum, et renés mei commutati et mes reins ont été bouleversés (2),
sunt :
22. et ego ad nihilum redactus 22. et je me suis vu réduit au néant,
sum, et nescivi. et dans la plus profonde ignorance.
23. Ut jumentum factus sum 23. J'ai été devant vous comme un
apud te : et ogo semper tecum. animal stupide, et cependant j'ai toujours
été avec vous.
24. Tenuisti manum dexteram 24. Vous m'avez tenu par la main
meam : et in voluntato tua do- droite, vous m'avez conduit selon votre
duxisti me, et cum gloria suscc- volonté, et vous m'avez soutenu avec
pisti me. gloire.
25. Quid cnim mihi est in cœlo? 25. Car qu'y a-t-il pour moi dans le
et a te quid volui super terram ? ciel? et hors de vous qu'ai-jo voulu sur
la terre ?
26. Defecit caro mea, et cor 26. Ma chair et mon cœur ont défailli,
meum : Deus cordis mei, et pars 6 Dieu de mon cœur, et mon partage
mea Deus in seternum. pour toute l'éternité.
27. Quia ccce qui clongant se 27. Car ceux qui s'éloignent de vous
a te, peribunt : perdidisti omnes périront; vous avez perdu tous ceux qui
qui fornicantur abs te. sont adidtères en s'éloignant de vous.
28. Mihi autem adhœroro Deo 28. Mais pour moi, mon bonheur est
bonum est : ponero in Domino do m'attacher à Dieu, et do mettre mon
Deo spem meam : espérance dans le Seigneur Dieu,
Ut annuntiem omnes prrçdica- afin quo je publie toutes vos louanges
tiones tuas, in portis filiye Sion. aux portes de la fille de Sion.

Sommaire analytique.

David ou Asaph, contemporain d'tfzéchias et de Manassô, personnifiant


en lui le scandale que cause aux Ames encore faibles la vue de la pros-
périté des méchants, après avoir d'abord fait sa profession de foi en la
bonté de Dieu (1),

(1) D'après l'hébreu, leur prospérité n'est pour eux qu'une séduction, qu'un
piéga et un lieu glissant.
(2) Mon cœur s'aigrissait ot je m'irritais dans mes pensées ; mot à mot, je mo
piquais dans mes reins, les reins représentant le siège de la pensée.
120 PSAUME LXXH.

I. — EXPOSE :

1° La fluctuation intérieure de son âme ;


2° L'indignation même qui s'est élevée en lui à la vue de la prospérité
des impies (2).
IL — IL DÉCRIT :

1° Lear félicité: a) leur imprévoyance ou la tranquillité de leur mort ;


6) leur affranchissement de toutes les souffrances du corps et des revers
de fortune (4, 5) ;
2° Les crimes qui en sont la suite : a) leur orgueil, 6) leur impiété, c) leur
arrogance, d) leur licence effrénée, e) leur malice, leur impudence qui va
jusqu'à blasphémer Dieu et calomnier les hommes (6, 9).
III. — IL MONTRE L'EFFET DE CETTE PROSPÉRITÉ DES IMPIES t

1° Sur les âmes imparfaites : a) elles sont dans rôtonnement et ne peuvent


s'empêcher d'admirer cette félicité des impies ; b) elles conçoivent môme
dos doutes sur la science de Dieu ; c) elles se plaignent de l'abondance et
des richesses au sein desquelles vivent les impies (10-12) ;
2° Sur David lui-même : a) il avoue qu'il a partagé les doutes et les mur-
mures des âmes faibles, en se voyant ainsi frustré du prix de son inno-
cence et de sa patience (13, 14) ; 6) mais il a bientôt reconnu qu'il condam-
nait ainsi toute la société des enfants de Dieu (15) ; c) il reconnaît en môme
temps que la connaissance des voies de la divine Providence est difficile
et ne peut nous être donnée que par Dieu lui-même, qui nous fait com-
prendre quelle sera la fin des impies (16, 17).
IV. — IL FAIT DONC VOIR QUE LA FÉLICITÉ DES IMPIES

1° Est trompeuse,
2<> De courte durée (18) ;
3° Qu'elle fait place à une désolation soudaine ;
4° Qu'ils perdent en un instant les richesses acquises pendant de lon-
gues années et par des crimes multipliés (19) ;
5° Que toute leur félicité se dissipe comme un songe (20).
V. DAVID, COMME CONCLUSION DE CES CONSIDÉRATIONS,

1° Déclare qu'il est changé en un autre homme, qu'il est enflammé do


l'amour de Dieu, mort à tous les plaisirs du monde, et convaincu de son
néant devant Dieu (21, 22);
2° Il exprime le désir où il est de se consacrer tout entier et pour toute
sa vie au service de Dieu (23) ;
3° Comme effet et fruit de ce désir, il fait voir que Dieu l'a soutenu par
la main, fait marcher dans ses voies et reçu avec gloire (24) ;
4° Il professe hautement qu'il préfère Dieu à tous les biens du ciel et de
la terre (25, 26) ;
5° 11 fait voir la sagesse de ce choix, et promet de publier éternellement
es louanges de Dieu (27, 28).
PSAUME LXXII. 121

Explications et Considérations.

I. — 1, 2 .

fi. 1. David, avant d'expliquer la tentation et le scandale des fai-


bles, qu'il personnifie en lui-même dans ce psaume, pose tout d'abord
les fondements de la vraie foi, pour nous faire comprendre que ni lui
ni ceux qu'il représente ici n'ont perdu la foi à la Providence divine.
Jérémie s'exprime à peu près de la même manière : « Si j e dispute
avec vous, vous êtes juste, Seigneur; cependant, je vous ferai de justes
plaintes : Pourquoi les impies prospèrent-ils en leurs voies? pourquoi
tous les biens à ceux qui vivent dans les prévarications et dans l'ini-
quité? » ( J É R É M . X I I , 1.) Dieu est bon, non pas comme ayant de la
bonté, mais parce qu'il est la bonté même. ( C L É M . A L E X . , P.vd. 1 , 8 . )
Dieu est bon, parce qu'il est la source de toute bonté, 1 ° dans la
création : « Dieu vit toutes ses œuvres, et elles étaient très-bonnes, »
( G E N . I, 3 1 ) ; 2 ° dans la rédemption : « Je suis le bon pasteur, le bon
pasteur donne sa vie pour les brebis, » ( J E A N , X , 1 1 ) ; 3 ° dans la j u s -
tification : « Considérez la bonté et la sévérité de Dieu, sa sévérité
envers ceux qui sont tombés et sa bonté envers vous, » ( R O M . 1 1 , 2 2 ) ;
4 ° dans la patience avec laquelle il attend les pécheurs : « Est-ce que
vous méprisez les richesses de sa bonté et de sa longanimité ? » ( R O M .
H, 4 ) ; 5° dans la manière dont il punit les pécheurs d u r a n t cette vie
et dans l'autre, parce que le châtiment est toujours de beaucoup i n -
férieur à leurs crimes ; 6 ° dans la glorification des saints : « Il nous a
ressuscites avec lui, et nous a fait asseoir dans le ciel en Jésus-Christ,
afin de faire connaître dans les siècles à venir les richesses abondantes
de sa grâce, p a r la bonté qu'il a eue pour nous en Jésus-Christ. »
( E P H E S , H , 6, 7).

f. 2 , 3 . Toute l'Ecriture est pleine de saintes bénédictions pour ceux


qui ont le cœur droit. Mais quelle est cette droiture? Disons-le en u n
mot : c'est la charité, c'est la sainte dilection, c'est le p u r a m o u r ;
c'est la chaste et intime attache de l'épouse pour l'Epoux sacré ; c'est
cette céleste délectation d'un cœur qui se plaît dans la loi de Dieu,
qui s'y soumet d'une pleine et entière volonté, « non par la crainte de
la peine, mais par l'amour de la justice » : Quels sont ceux qui sont
droits? disait saint Augustin, ceux qui dirigent leur cœur selon la vo-
lonté de Dieu. Ceux qui veulent ce que Dieu veut, ceux-là sont droits,
ceux-là sont justes. Il ne faudrait pointici d'explication: cetfx qui ont
122 PSAUME LXXII.

des oreilles chrétiennes entendent cette vérité. La volonté de Dieu est


droite par elle-même; elle est elle-même la droiture; elle est la règle
primitive et originale. Nous ne sommes pas la droiture, nous ne som-
mes pas la règle; car nous serions impeccables : ainsi,.n'étant pas
droits par nous-mêmes, nous le devenons, chrétiens, en nous unissant
à la règle, à la sainte volonté de Dieu, à la loi qu'il nous a donnée.
(Boss.).— « Que le Dieu d'Israël est b o n ! mais aux yeux de qui? Pour
les hommes au cœur droit. » Et qu'est-il aux yeux des pervers? Il
leur paraît pervers. C'est ainsi que le Prophète dit dans un autre
psaume : « Vous serez saint avec le saint, innocent avec l'innocent, et
pervers avec le pervers. » (Ps. x v n , 26). Que veut dire : vous serez
pervers avec le pervers? Le pervers vous croira pervers. Non pas que
Dieu puisse se pervertir en aucune manière : non, loin de nous cette
p e n s é e , il est ce qu'il est; mais, de même que le soleil semble inoffen-
sif à celui qui a les yeux sains, vigoureux et forts, de môme il semble
qu'il lance des traits brûlants dans les yeux malades. De ces deux
hommes qui le regardent, il fortifie l'un et blesse l'autre ; non qu'il
change de l'un à l'autre, mais parce que l'homme est changé. Ainsi,
lorsque vous commencez à vous pervertir, Dieu vous paraît pervers :
vous êtes changé, Dieu ne l'est pas; ce qui est une joie pour les bons
sera un châtiment pour vous. C'est au souvenir do cette vérité que le
Prophète s'écrie : « Que le Dieu d'Israël est bon, pour les hommes au
cœur droit! » ( S . A U G . ) . — Ayez le cœur droit; car le Seigneur a une
bonté merveilleuse pour les cœurs droits, il a pour eux une condes-
cendance, une faiblesse de mère... Ayez le cœur droit, et vous verrez
Dieu dans les Ecritures, vous le verrez dans chaque mot, chaque pa-
role sera un transparent qui vous présentera une des faces augustes
de la Divinité. Que d'âmes simples ont eu plus d'illuminations sur le
sens de l'Ecriture, sur les mystères de la théologie, que plusieurs doc-
t e u r s ! . . . Ayez le cœur droit, ne cherchez point de difficultés, n'ayez
point de parti pris dans l'intelligence; surtout, ne désirez point trou-
ver des armes contre Dieu. Si vous le désirez, vous en trouverez cer-
tainement; comme un enfant mutin trouve toujours des sujets
d'accusation dans les plus simples et les meilleures paroles de son
père et do sa mère. Désirez la lumière et la vie, et vous en recevrez
une ample provision, car les paroles de l'Ecriture sont « intelligence
et vie. » (Mgr L A N D R I O T , Béatitudes,!).— Mais qu'est Dieu à vos yeux?
« Mes pieds, continue le Prophète, ont été presque ébranlés. » Quand
Jes pieds sont-ils ébranlés, sinon lorsque le cœur n'est pas droit? Et
PSAUME LXXII. 123
pourquoi son cœur n'est-il pas droit? Ecoutez : c Mes pas ont failli
me renverser. » Il vient de dire : « presque, » et maintenant : « ils ont
failli, » c'est la même chose ; de même, les pieds ébranlés présentent
le même sens que : « mes pas ont failli me renverser. » Mais p o u r -
quoi ses pieds ont-ils été ébranlés et ses pas ont-ils failli le renverser?
Les pieds ébranlés signifient l'égarement; les pas qui manquent de lo
renverser indiquent une c h u t e ; non pas tout-à-fait, mais « presque. »
Que signifient ces paroles? Je marchais vers l'erreur, mais j e n'y étais
pas encore ; j'allais tomber, mais je n'étais pas encore tombé. (S. A U G . )
— De tout temps, la foi des chrétiens a été troublée et leur confiance
en Dieu ébranlée, de voir les méchants dans la prospérité et dans le
repos, pendant que les justes sont dans l'adversité et le travail. Ce
partage, en apparence injuste, a toujours été, pour ainsi dire, le scan-
dale do la Providence; car de là les pécheurs ont pris sujet de triom-
pher insolemment dans la vie, et de là les plus dignes gens de bien
se sont relâchés dans le chemin de la vertu. Pour moi, disait David,
j e le confesse, j ' a i senti ma foi chanceler, et, quelque solide que fût
le fondement de mon espérance, je me suis vu sur le point de succom-
ber; et pourquoi? parce qu'il s'est élevé dans mon cœur un mouvement
de zèle et d'indignation à la vue des pécheurs qui goûtent la paix, q u i
1
réussissent dans leurs desseins, qui établissent leurs maisons, à q u
rien ne manque dans la vie. ( B O U R D . Afflict. des just. etprosp. des péch.)
— « J'ai'porté envie aux hommes d'iniquité, voyant la paix des pé-
cheurs. » J'ai considéré les pécheurs, j ' a i vu qu'ils avaient la paix.
Quelle paix? Une paix temporelle, fugitive, périssable et terrestre,
mais cependant telle que j e la désirais obtenir de Dieu. J'ai vu que
ceux qui ne servaient point Dieu possédaient ce que je voulais obtenir
en le servant, et mes pieds ont été presque ébranlés, et mes pas ont
failli me renverser..(S. A U G . ) .

II. — 4-9.
jh 4, 5. La félicité des impies est telle qu'ils n'ont pas même la
pensée de la mort, ou bien ceux qui les considèrent trouvent leur
bonheur si stable qu'ils ne pensent pas qu'il devra avoir une fin. Les
impies ne pensent pas à la mort; ils savent que ce moment arrivera,
mais pour ne pas interrompre le cours de leurs plaisirs, ils écartent le
souvenir de cette dernière h e u r e . . . On voit des impies comblés de
biens en ce monde : ils paraissent ne dépendre de personne, ne crain-
dre rien, n'être captivés par aucune loi, et ils parviennent jusqu'à une
124 PSAUME LXXII.
extrême vieillesse sans éprouver aucune des disgrâces qui affligent
t a n t d'hommes justes. Leur santé se conserve jusqu'à la dernière
h e u r e ; leurs forces se soutiennent malgré les années et l'abus qu'ils
en font. On dirait que les attentions de la Providence sont pour eux
seuls. C'est ce que le Prophète appelle un état exempt de contrainte,
d'infirmités et de traverses. ( B E R T H I E R ) .
f. 6 , 7 . « L'orgueil, l'intempérance, l'abondance de toutes choses,
l'oisiveté, la dureté envers le pauvre, telle a été l'iniquité de Sodome. »
( E Z E C U . xvi, 49). Qu'est-ce qui regarde maintenant ces choses comme

les degrés par lesquels ces peuples abominables descendirent à la fin


jusqu'au fond de l'abîme? Aussi, autant on a d'horreur des abomi-
nations pour lesquelles ses habitants furent consumés par le feu du
ciel, a u t a n t on néglige d'éviter les crimes qui les y conduisirent.
( D U G . ) . — « Dans leur graisse, dit le Saint-Esprit, dans leur abon-
dance, il se fait un fonds d'iniquité qui ne s'épuise jamais. » C'est de
là que naissent ces péchés régnants qui ne se contentent pas qu'on
les souffre, ni môme qu'on les excuse, mais qui veulent encore qu'on
leur applaudisse ; car il y a, dit saint Augustin, deux espèces de péchés I
les uns viennent de la disette, les autres naissent de l'excès. Ceux qui
naissent du besoin et de la misère, ce sont des péchés serviles et t i -
mides : quand un pauvre vole, il se cache ; quand il est découvert, il
tremble ; il n'oserait soutenir son crime, trop heureux s'il le peut
couvrir et envelopper dans les ténèbres. Mais ces péchés d'abondance,
ils sont superbes et audacieux, ils veulent r é g n e r ; vous diriez qu'ils
sentent la grandeur de leur extraction : « Ils veulent jouir, dit Ter-
tullien (Ad nat. lib. i, n° 1 6 ) , de toute la lumière du j o u r et de toute la
conscience du ciel. » ( B O S S U E T , Imjién. fin, I. p.). — Ils ne sont donc
pas châtiés, ils ne partagent point les peines des autres hommes,
mais qu'en résulte-t-il pour eux? « C'est pourquoi l'orgueil s'est em-
paré d'eux. » Considôrcz-lcs, ces orgueilleux, ces contempteurs do
toute loi; considérez le taureau désigné pour le sacrifice, à qui on
laisse la liberté d'errer où il veut et de dévaster ce qu'il peut, jusqu'au
j o u r de son immolation; c'est l'emblème des hommes dont parle le
Prophète : « C'est pourquoi l'orgueil s'est emparé d'eux ; ils sont enve-
loppés comme d'un vêtement de leur iniquité et de leur impiété. » Le
Prophète ne s'est pas borné à dire : Ils sont couverts, mais ils
sont enveloppés; c ' e s t - à - d i r e , couverts d e tous côtés p a r leur
impiété. L e s . malheureux ne voient pas leur état, et les autres ne
le voient pas non plus, parce qu'ils sont enveloppés de toute part, et
PSAUME LXXI1. 125

qu'on ne Voit pas leur intérieur; car quiconque verrait l'intérieur de


ces méchants qui paraissent heureux selon le m o n d e , quiconque
serait témoin des soulèvements do leur conscience, quiconque con-
naîtrait les déchirements de leur âme sous les violentes perturbations
de leurs convoitises et de leurs terreurs, saurait à quel pointées hommes
sont misérables, tandis qu'on les appelle heureux. Mais parce qu'ils
sont enveloppés comme d'un vêtement « par leur iniquité et leur im-
piété, » ils ne voient pas leur malheur et nul ne le voit. L'Esprit-Saint,
qui dictait ces paroles, les connaissait, et nous saurions les considérer
du même œ i l , si tout voile d'impiété était levé de dessus nos yeux.
Voyons donc ces hommes; malgré leur bonheur, fuyons-les; malgré leur
bonheur, ne les imitons pas, et ne demandons pas à Dieu, comme cho-
ses de prix, des biensqu'ont pu recevoir des hommes qui ne le servent
pas. Il nous réserve autre chose; nous devons désirer autre chose...
Mais d'abord, comment le Prophète dépeint ces hommes : « Leur ini-
quité sortira comme de leur graisse, » elle suinte, pour ainsi parler, de
leur embonpoint. Voyez s'il n'y a pas lieu de reconnaître en eux le
taureau dont nous avons parlé. Ne passons pas négligemment
sur ces paroles : « Leur iniquité sortira comme de leur graisse. »
Il en est qui sont m é c h a n t s , mais méchants par leur m a i -
greur, méchants parce qu'ils sont maigres, c'est-à-dire que les souf-
frances de la nécessité les ont rendus minces et frêles et comme dessé-
chés. Ils sont méchants et condamnables cependant; car il faut savoir
supporter toute espèce de nécessités plutôt que de commettre aucune
iniquité. Autre chose cependant est de pécher par suite des nécessités
dont on souffre, autre chose de pécher au milieu de l'abondance. Un
pauvre mendiant commet un vol, son iniquité provient de sa maigreur;
mais un riche, comblé de tous les biens, pourquoi s'empare-t-il du
bien d'autrui? L'iniquité du premier provient de sa maigreur, celle
du second provient de sa graisse. Si vous dites au maigre : pourquoi
avez-vous fait cela? humilié dans sa douleur et abaissé devant vous,
il répond : la nécessité m'y a contraint. Pourquoi n'avez-vous pas eu
la crainte de Dieu? Le besoin m'a poussé. Dites maintenant au riche :
Pourquoi faites-vous .cela et ne craignez-vous pas Dieu? si toutefois
vous êtes dans une position assez haute pour lui parler de la sorte.
Voyez s'il daignera vous écouter, voyez même si sa graisse ne fera
point passer en vous son iniquité par une sorte de contagion. En
effet, cc3 riches méchants font sentir leur inimitié à ceux qui les en-
seignent et les reprennent, et ils deviennent les ennemis de ceux qui
126 PSAUME LXXII.
leur disent la vérité, accoutumés qu'ils sont à être doucement cha-
touillés p a r les discours des flatteurs, gens à l'oreille délicate et au
cœur malade. ( S . A C G . ) . — Les prospérités temporelles produisent
ordinairement sur le cœur une impression d'attachement à la terre,
un amour excessif de nous-mêmes et surtout relèvement et l'enflure
du cœur; c'est-à-dire un certain sentiment avantageux de soi-même
qui accoutume l'âme à se regarder comme élevée par ses propres
dons au-dessus de tous ceux que son rang et sa prospérité laissent au-
dessous d'elle ; une secrète erreur de vanité qui fait que nous confon-
dons notre fortune avec nous-mêmes, que nous faisons entrer la
naissance, la grandeur, les titres, les dignités, les biens, dans l'idée
de ce que nous sommes, et que de tous ces avantages, qui sont en
dehors de nous, et qui, par conséquent, ne nous appartiennent pas,
nous nous formons une grandeur imaginaire que nous prenons pour
n o u s - m ê m e s ; enfin, une erreur qui nous persuade que nous sommes
aux yeux de Dieu et dans l'ordre de sa Providence, des créatures pri-
vilégiées et aussi distinguées que devant les hommes, dans l'ordre
extérieur de la société. Leur prospérité, dit le Roi-Prophète, les
affranchit des travaux et des misères communs au reste des hommes,
et voilà pourquoi un orgueil secret s'est emparé de leurs cœurs. Aussi
le premier avis que l'Apôtre recommande à Timothée (I T I M . V I , 1 7 )
de donner aux grands du m o n d e , est de ne point s'élever. ( M A S S I L . ,
Dang. des prosp.). — Ce qui est vrai des individus l'est également des
sociétés et des nations. — La prospérité matérielle d'un peuple ne
fournit pas à elle seule toutes les conditions de sa durée et de sa gloire;
si c'est la justice qui élève les nations et le péché qui les précipite dans
l'abîme, trop souvent l'affaiblissement des vertus morales et des no-
bles sentiments se fait sentir en proportion des progrès du bien-être
et de la fortune publique. « Prodiït quasi ex adipe iniquitas eorum. »
(Mgr P I E , Discours et Itistrucl.., T . I , 13). — Saint Augustin traduit la
seconde partie de ce verset d'une manière différente, qui, sans être la
plus littérale, peut-être, est pleine d'instruction. « Ils ont passé outre,
dit-il, j u s q u ' à la disposition de leur cœur. » Ils ont passé outre au-
dedans d'eux-mêmes. Que veut dire : « Ils ont passé outre? » Ils ont
franchi les limites de la nature humaine ; ils ont cru n'être point
pareils aux autres hommes. Ils ont, dis-je, franchi les limites de la na-
t u r e humaine. Lorsque vous dites à un homme de cette espèce : ce
pauvre est votre frère, vous avez la même origine, les mômes premiers
p a r e n t s ; n'écoutez pas l'orgueil qui vous gonfle, ne faites point at-
PSAUME LXXII. 121
tention à la vaine enflure sur laquelle vous vous élevez; bien q u ' e n -
touré d'un nombreux domestique, bien que riche en or et en argent,
bien qu'habitant un palais de marbre, bien que reposant à l'ombre de
lambris somptueux, vous n'en êtes pas moins, vous et le pauvre,
abrités p a r l a , v o û t e d u môme ciel; vous ne différez du pauvre que p a r
des objets extérieurs qui ne sont point vous et qui sont placés a u t o u r
de vous ; vous êtes au milieu de ces choses, elles no peuvent être en
vous. Regardez ce que vous êtes vous-même en face du p a u v r e ; r e -
gardez vous vous-même et non ce que vous possédez. Vous étiez
nus l'un et l'autre dans le sein de vos mères ; et quand vous serez
sortis de cette vie, quand vos chairs, après le départ de l'âme, seront
tombées en pourriture, distinguez, si vous le pouvez, les ossements
du riche des ossements du pauvre... Mais toutes ces choses, à qui les
dites-vous? A celui qui célèbre des festins somptueux, à celui qui se
couvre tous les jours de pourpre et do fin lin. A qui dites-vous ces
choses? à celui qui passe outre jusqu'à la disposition de son cœur.
(S. AUG.).

f. 8, 9. Sans doute, il y a bien des hommes qui tiennent des propos


de méchanceté, mais du moins ils le font avec crainte. Et ceux-ci?
« Ils ont proféré hautement le langage de l'iniquité. » ( I B I D . ) . Non-
seulement ils ont proféré le langage de l'iniquité, mais ils l'ont fait
ouvertement, en présence de tous, avec fierté : Voilà ce que j e ferai,
je vous le ferai voir, vous sentirez à qui vous avez affaire, vous mourrez
de ma main. (S. A U G . ) . Si vous aviez de telles pensées, vous ne les
répandriez pas au dehors, ou bien vous sauriez vaincre votre passion
dans le secret de votre cœur, ou, du moins, vous sauriez l'y tenir ca-
chée. Faut-il demander pourquoi?... «Leur iniquité sortira comme de
leur graisse. Ils ont proféré hautement le langage de l'iniquité. » —
Us ne se contentent pas de penser le mal, mais ils profèrent hautement
l'impiété : contre Dieu, par les blasphèmes; contre le prochain, par les
calomnies; contre soi-même, par cette impudence à commettre p u -
bliquement le mal, et même à s'en glorifier. ( D U G . ) . — « Ils n'ont pas
caché leurs crimes; comme Sodome, ils les ont publiés. » ( I S A I , m ) . —
On trouve dans ces versets tous les caractères des incrédules qui dogmatL
sent; ils commencent par penser mal des mystères de la religion, ils
répandent ensuite leurs pensées; de là ils so hasardent à élever h a u -
tement la voix contre les vérités révélées; ils attaquent l'essence de
Dieu et ses divins attributs; ils inondent la terre de leurs blasphèmes.
Us calomnient également l e c i e i e t la vertu, le Très-Haut et leshommes
128 PSAUME LXXII.
rie bien. ( B E R T H I E R ) . — Saint Augustin donne encore de la seconde
partie du verset 10 une traduction un peu différente de l'interprétation
commune. Mais quels magnifiques développements, quelle importante
vérité, il en fait ressortir! « Leur langue a franchi les limites de la
terre. » Que veut dire : « a franchi les limites de la terre? » la même
chose que : « ils ont élevé leur bouche jusqu'au ciel. » En effet, fran-
chir les limites de la terre signifie : passer au-dessus de toutes choses
terrestres. Qu'est-ce donc que passer au-dessus de toutes les choses
terrestres? L'homme ne pense pas, au milieu de ses discours, qu'il
peut mourir; il vit comme s'il devait toujours vivre. Sa pensée passe
par-dessus la fragilité humaine; il oublie quel est ce vase qui le cou-
vre et l'entoure ; il ne sait pas ce qui est écrit contre les orgueilleux :
« Son âme sortira de son corps et il retournera dans la terre d'où il
est venu ; ce j o u r - l à toutes ses pensées périront. » (Ps. C X L V ) . Mais les
superbes, ne pensant pas à leur dernier j o u r , tiennent le langage de
l'orgueil, ils élèvent leur bouche jusqu'au ciel et franchissent les limi-
tes de la terre. Si le brigand mis en prison ne pensait pas à son
dernier j o u r , c'est-à-dire au j o u r où il doit subir son jugement, nul
être ne serait aussi brute que lui, et cependant il aurait encore des
chances d'échapper à sa sentence. Mais où fuirez-vous pour éviter la
m o r t ? Ce j o u r est certain. Qu'est-ce que ce long temps que vous espé-
rez vivre? Qu'est-ce qu'un long temps qui doit finir, quand même il
aurait réellement de la durée? Mais il n'en est même pas ainsi : il n'y
a pas de long temps, et ce qu'on appelle long temps est chose tout in-
certaine. Pourquoi le pécheur n'y pense-t-il pas? « Parce qu'il a élevé
sa bouche jusqu'au ciel et que sa langue a franchi les limites de la
t e r r e . » (S. A U G . ) .

m . —10-17.

y. 10, 11. Il est évident que le Prophète qui parle ne révoquait en


doute ni la Providence ni le moyen qu'elle a de venger ses droits. Il
savait que la prospérité dont jouissent les méchants est pour eux un
véritable fléau, mais il importait de peindre les troubles que ce spec-
tacle des impies fortunés en ce monde cause quelquefois aux hommes
vertueux... Les justes qui se trouvaient dans cette nation et qui
éprouvaient des disgrâces, tandis que les méchants paraissaient heu-
reux, pouvaient être tentés de douter des promesses et de la fidélité
de Dieu ; il fallait leur apprendre que Dieu ne s'était engagé qu'à la
nation entière et non aux particuliers; que la voie du salut était, pour
PSAUME LXXJÎ. 129

les justes pris séparément, une voie étroite, et qu'il devait s'y trouver
des ronces et des épines, afin que leur constance fût éprouvée.
(BERTUIER). — Le Prophète revient à l'explication du scandale
qu'éprouvent les justes à la vue de la richesse et de la prospérité des
impies. Mon peuple, à la vue de tant de crimes, se prendra à les con-
sidérer; il trouvera que leurs jours sont pleins et que leur vie atteint
à la plénitude de l'âge, et il dira : Est-ce que le Tout-Puissant sait
cela? S'il le sait, comment peut-il le supporter? —Vos jours, si vous le
voulez, seront des jours pleins, parce que la grâce, si v^us le voulez,
en les sanctifiant, les remplira, au lieu que ce sont des jours vides, parce
que le péché ruine tcut et vous dépouille de tout; d'autant plus
malheureux que vous ne sentez pas votre malheur; on perd la grâce
sans peine et l'on vit dans le péché sans remords ; on s'en fait une
béatitude, un plaisir, une gloire, souvent môme un intérêt et une loi.
( B O U R D . Etat du péché et état de grâce).

fi'. 12-14. <r Ce sont des pécheurs et ils ont amassé en ce monde
d'abondantes richesses. • Est-ce donc à cause de cela que Dieu ne
sait pas et que le Très-Haut est dans l'ignorance ? Je sers Dieu et
n'obtiens pas ces biens; ils ne servent pas Dieu, et ils obtiennent ces
biens en abondance, « c'est donc inutilement que j ' a i maintenu mon
cœur dans la justice, et que j ' a i lavé mes mains parmi les innocents. »
Tout cela, j e l'ai' fait inutilement. Où est la récompense de ma vie h o n -
nête ? où est le prix de mon obéissance envers Dieu ? Je vis en faisant le
bien et j e manque de tout, tandis que l'injuste est dans l'abondance.
« Et tout le j o u r j ' a i été flagellé. » Les coups de Dieu ne cessent de
tomber sur moi. Je le sers bien, et j e suis châtié ; un autre ne le sert
pas, et il est comblé de biens. Telle est la grande question qu'il se pose
à lui-même. Son âme est agitée, son âme passe à travers l'épreuve
qui doit la conduire à,mépriser les choses terrestres, et à désirer les
choses éternelles. L'âme passe en effet par celte pensée, où elle flotte
comme ballotée par la tempête, au moment môme d'entrer au port.
(S. A U G . ) — Il en est d'elle comme des malades, qui sont plus abattus
lorsque la guérison est encore éloignée, et plus agités lorsque la santé
va revenir.
f. 15-17. Je ne sais s'il y a dans tous les psaumes rien de plus tou-
chant que cette pensée. Si je me plains de la Providence quand elle
m'afflige, j e suis perfide à l'égard de toute la nation des enfants do
Dieu. Ah 1 dit saint Augustin, expliquant ce passage, si je murmure
contre les fléaux dont Dieu mo frappe, je ne serai plus à l'unisson avec
T O M E u, 9
130 PSAUME LXXII.
les saints ; je parlerai autrement que n'a fait Abraham, que n'a fait
Isaac, que n'a fait Jacob, que n'ont fait tous les prophètes. Tous ces
saints ont proclamé hautement qu'il y a une Providence, que Dieii
gouverne toutes les choses humaines, que la volonté du Seigneur est
la règle unique de nos actions. Oserai-je parler a u t r e m e n t ? ai-je plus
de sagesse et d'intelligence qu'eux? Dans la nouvelle loi, ce raisonne-
ment est bien plus fort, parce que le Fils de Dieu même a donné
l'exemple de la patience au milieu des épreuves et des tribulations,
parce qu'il a préféré cette voie à celle des honneurs, des plaisirs, des
richesses. Serais-je donc en discorde avec lui ? Réprouverais-je ce grand
modèle de tous les saints ? ( B E R T H I E R . ) — Entreprendre de pénétrer
dans la profondeur de ce mystère de la conduite de Dieu sur les justes
et sur les méchants, c'est se jeter dans un grand travail. La raison
humaine y trouve un grand désordre, mais une foi attentive y d é -
couvre un très-grand ordre, parce qu'elle voit tout à la clarté du grand
j o u r de l'éternité, où toutes choses seront démêlées et réglées par une
décision dernière et irrévocable. — Vous dites vrai, c'est un grand
travail que de savoir comment il se fait que les méchants soient heu-
reux, tandis que les bons sont dans la souffrance... Cette question se
dresse devant vous comme un m u r ; mais, avec le secours de Dieu, vous
traverserez ce mur (Ps.xvn,30); c'est un travail devant vous, mais devant
Dieu ce n'est pas un travail. Placez-vous donc en la présence de Dieu, de-
vant qui rien n'est un travail, et il n'y aura plus de travail pour vous...'
Cette difficulté ne durera que jusqu'à ce que j ' e n t r e dans le sanctuaire
de Dieu. Quelle ressource trouverez-vous dans le sanctuaire de Dieu,
pour résoudre cette question ? « Et que j ' a i e l'intelligence des choses
dernières, non des choses présentes. » Maintenant, dit-il, du sanctuaire
de Dieu, je jette les yeux sur les choses dernières, passant par dessus
ce qui est présent. Tout ce qui s'appelle le genre humain, la masse
entière de tous les hommes viendra devant Dieu pour être examinée,
elle arrivera aux balances de l'éternelle justice ; là seront pesées toutes
les actions des hommes. Aujourd'hui, un nuage enveloppe toutes
choses ; mais les mérites de chacun sont connus de Dieu. ( S . AuG.) —
Ce sanctuaire de Dieu, où ce mystère peut être éclairci : c'est Jésus-
Christ, dans lequel sont cachés tous les trésors de la sagesse et de la
science de Dieu ( C O L O S S . I I , 3), ce qui fait que l'Apôtre, dans ce même
endroit, souhaite aux Colossiens qu'ils soient remplis de toutes les
richesses d'une parfaite intelligence, pour connaître le mystère de Dieu
le Père et de Jésus-Christ. Ce sanctuaire, ce sont encore les saintes
PSAUME LXXII. 131

Ecritures, dans lesquelles Dieu nous parle comme d'un sanctuaire, et


qui renferment les mystères de Jésus-Christ et de son Eglise, et les
raisons de la conduite de la divine Providence. C'est le sanctuaire où
Dieu, sous l'ancienne loi, rendait ses oracles et qui figurait l'auguste
sanctuaire de nos temples, où Jésus-Christ né cesse d'être la lumière
qui éclaire toute âme chrétienne qui s'approche de lui pour en être
éclairée. (Ps. xxxm, 6.) Ce sanctuaire, ce sont les mystérieux secrets
de la Providenee de Dieu, dans lesquels nous entrons par une médita-
tion profonde. Enfin, ce sanctuaire est le ciel, où, à la splendeur de la
lumière divine, nous verrons clairement les raisons des desseins
secrets de Dieu sur les enfants des hommes pendant leur vie mortelle
sur la terre (1).
(1) L'auteur d'une étude plutôt littéraire et philosophique que chrétienne, sur
jes psaumes (Les Psaumes traduits , avec notes et réflexions, par CLAUDE, Ane.
Inspect.,) et qui n'affirme pas nettement l'inspiration divine de ces saints can-
tiques, fait sur la question que cherche à résoudre ici le Prophète les réflexions
suivantes, dont nous adoptons seulemant quelques-unes, et avec réserve, en
tant qu'elles circonscrivent cette question d'une mauière plus précise.
« Est-il bien vrai que le méchant soit heureux et que le juste soit malheu-
reux ? » Personne, je crois, n'osera l'affirmer d'une manière générale et absolue ;
par conséquent, ce n'est pas une loi, ce n'est déjà plus qu'un accident, et la
question du mal est simplifiée. Lorsque cela se rencontre, peut-on dire que lo
méchant soit heureux parce qu'il est méchant? et voit-on que le juste soit mal-
heureux parce qu'il est juste ? Je ne le pense pas. Le débat n'est donc plus entre
la vertu et le vice, entre la justice et l'iniquité, mais sur un tout autre terrain.
Ensuite, de quel bonheur parle-t-on? Est-ce delà paix de la conscience? sont-ce
des jouissances de l'esprit, des délices du cœur ? De quel malheur s'agit-il ? de»
douleurs de la pensée, des déchirementr de l'âme, de l'inquiétude et du vide de
la vie, des maladies ? Non. On sait bien quo chaque crime, que chaque erreur
morale est suivie fatalement d'une expiation intérieure qui commence par le
remords et qui aboutit à la destruction des facultés et des sens, si l'on reste
sourd et rebelle, si l'on persévère. La question, par conséquent, se circonscrit
et se resserre en dos limites do plus on plus étroites et se réduit à ceci : Com-
ment se fait-il que le juste et le méchant soient admis quelquefois inégalement
au partage des richesses, dos honneurs et du pouvoir ?... pourquoi la vertu no
porte-t-elle point tous les biens de la terre dans le pli de sa robe ? pourquoi le
vice n'est-il pas nu ? La réponse appartient à l'économie politique, qui s'occupe
à trouver les lois de la récompense du travail et de la distribution des richesses ;
elle sera donnée plus tard et sans réplique, car on l'entrevoit déjà, et, ne crai-
gnons pas de le dire, elle justifiera la sagesse de la Providence : elle expliquera
et réparera uno déconvenue qui n'est que passagère et dont notre ignorance est
la seule cause.
Il y a du vrai dans quelques-unes de ces considérations, niais l'autour so
trompe en affirmant, d'une mauière aussi' générale, que le juste n'est jamais
132 P S A U M E LXXXII.

IV. — 1 8 - 2 5 .
f. 18, 19. Le Prophète ne dit pas : Vous les avez abattus, parce
qu'ils s'étaient élevés, mais vous les avez abattus au moment môme
où ils semblaient s'élever, car s'élever ainsi, c'est tomber; leur élé-
vation est une ruine. ( S . A U G . ) — Aussi le môme Prophète dit-il
ailleurs : « Ils s'évanouiront comme la fumée. » C'est en montant dans
l'air que la fumée s'évanouit, c'est en s'ôtendant qu'elle se dissipe :
ainsi en est-il du pécheur que la fortune favorise, c'est une même
cause qui fait éclater et qui anéantit sa grandeur. ( S . B E R N . ,
Colloq. Sun. cum Jesu.) — La prospérité des méchants est un
piège où ils sont presque tous pris. Cette prospérité est la plus rigou-
reuse de toutes les peines dont Dieu puisse les frapper, et, bien loin de
les rendre heureux, elle est pour eux un commencement de supplice.
— Oui, celle félicité des enfants du siècle, lorsqu'ils nagent dans les
plaisirs illicites, que tout leur rit, que tout leur succède ; cette paix,
ce repos que nous admirons, « qui, selon l'expression du Prophète,
fait sortir l'iniquité de leur graisse, » qui les enfle, qui les enivre
j u s q u ' à leur faire oublier la m o r t , c'est un supplice, c'est une ven-
geance que Dieu commence d'exercer sur eux. Cette impunité, c'est
une peine qui les précipite au sens r é p r o u v é , qui les livre aux désirs
de leur cœur, leur amassant ainsi un trésor de haine, dans ce j o u r
d'indignation, de vengeance et de fureur éternelle. N'est-ce pas assez
pour nous écrier avec l'incomparable Augustin: « Il n'est rien de plus
misérable que la félicité des pécheurs qui entretient une impunité qui
tient lieu de peine et fortifie cet ennemi domestique, « j e veux dire la
volonté déréglée, » en contentant ses mauvais désirs. ( B O S S U E T , Sur
la Providence.) — Cette longue suite de prospérités qui constitue ce
que les hommes appellent le bonheur est, pour une personne éclairée
dans les choses spirituelles, une révélation de Dieu quidoit porter la ter-
m a l h e u r e u x eu taut que j u s t e . . . « C'est précisément parce que vous étiez agréable
à Dieu, parce que vous étiez j u s t e , qu'il a été nécessaire que la tentation vous
éprouvât. » (TOB. xu, 13). C'est une des lois de la vie de l'homme sur la terre et
s u r t o u t du chrétien. C'est aussi une grave erreur et, eu m ê m e t e m p s , u n e grande
ingénuité q u e d'attendre la solution du problème qui fait l'objet de ce P s a u m e ,
d e s études, des efforts tic l'économie p o l i t i q u e . . . Lo principe de solution véri-
table se trouve exclusivement dans cette déclaration du Prophète reconnaissant
l'impuissance de ses efforts personnels pour résoudre cette question : « Je
p e n s a i s connaître ce m y s t è r e , mais un grand travail s'est présenté devant moi,
j u s q u ' à ce que j ' e n t r e dans le sanctuaire de Dieu et que j ' y comprenne quelle
doit être leur fin. »
PSAUME LXXII. 133

reur dans un cœur religieux; car ce qui souvent neparaît, aux yeux d'un
homme, que la légitime conséquence de ses efforts et de ses talents,
n'est que le prixcxactdesavalcur morale, que la récompense soigneuse-
ment mesurée de ses vertus naturelles, de ses bonnes qualités selon le
monde. Dieu ne revêt pas, pour punir, de formes plus terribles que
celte prospérité. N'est-ce pas une sentence de réprobation que ces
paroles : « Tu as reçu ta récompense. » Seigneur, s'écrie saint Phi-
lippe, que j e ne reçoive point ma récompense dans cette vie ! Cepen-
dant, quand nous voyons ces hommes réussir dans toutes leurs entre-
prises, et pousser leur indifférence, en matière de religion, j u s q u ' à
n'avoir aucune notion de Dieu, combien de fois sa voix a-t-eile retenti
à leur oreille lorsqu'eux seuls pouvaient l'entendre 1 ( F A B E B , Le
S. Sacrement, Livre n i , Section vu.) — Ces prétendus heureux du
siècle sont au plus bas des punitions que Dieu fait subir à la créature
humaine, et si le ciel est encore ouvert sur leur tête, puisqu'ils vivent,
il n'y a plus cependant sous leurs pieds que l'abîme éternel. Ceux
que Dieu traite comme eux, ceux qui l'ont connu, qui l'ont oublié, et
qu'il ne tourmente plus d'aucun trouble intérieur dans l'insolence de
leur oubli ; ceux qu'il laisse dormir dans la fange de l'orgueil et du
plaisir; ceux qu'il laisse rire, la bouche pleine des récompenses abo-
minables de Satan, et le cœur joyeux du butin qu'ils font pour l'enfer,
en se servant des dons qu'ils ont reçus du ciel : malheur à ceux-là !
(L. V., Rome et Lor., t. n , 128.)
y. 20. Comment ont-ils cessé d'être? comme cesse le songe d'un
homme qui s'éveille. Supposez un homme qui se voit, en songe, trou-
vant des trésors ; il est riche, mais jusqu'à ce qu'il s'éveille... Il cher-
che son trésor et ce trésor n'est plus : rien dans ses mains, rien sur
son lit. 11 s'était endormi pauvre, il était devenu riche en songe ; s'il
ne s'était pas éveillé, il serait encore riche ; il s'est éveillé, il a-retrouvé
la misère qu'il avait quittée en dormant. De môme, ces hommes trou-
veront la misère qu'ils se sont préparée. Au réveil qui termine cette
vie, il ne reste rien de ce que l'on possédait comme dans un rêve. Et
de peur qu'on objecte : Mais quoi 1 est-ce donc si peu de chose à vos
yeux que l'éclat de leur gloire? est-ce si peu de chose que la pompe
qui les environne ? Est-ce si peu de chose que leurs titres, leurs images,
leurs statues, les louanges qu'ils reçoivent et la phalange de leurs
c l i e n t s ? » Seigneur, dit le Prophète, dans votre cité vous réduirez
leur image à r i e n . . . » Donc, n'aspirez pas aux biens terrestres, vous
qui ne les possédez pas, cl, vous qui les possédez, n'en conservez point
134 PSAUME LXXII.
de présomption. Vous ne serez pas condamnés pour posséder ces biens ;
mais vous serez condamnés si vous présumez de tels biens, si vous
vous enflez pour de tels biens ; si, pour do tels biens vous croyez être
grands ; si, à cause de tels biens vous ne reconnaissez pas les pauvres;
si, dans l'arrogance de votre vanité, vous oubliez la condition com-
m u n e des hommes, car, à la fin des temps, Dieu rendra inévitablement
à chacun selon ses œuvres, et dans sa cité, il réduira au néant l'image
de ces orgueilleux. (S. A U G . ) — O vanité et grandeur humaine, triom-
phe d'un j o u r , superbe néant, que tu parais peu à ma vue, quand je
te regarde par cet endroit ! Ouvrons les yeux à cette lumière ; laissons,
laissons rougir le monde, et ne lui envions pas sa prospérité. Elle
passe, et le monde passe; elle fleurit avec quelque bonheur dans la
confusion de ce siècle : viendra le temps du discernement: « Vous la
dissiperez, ô Seigneur, comme un songe de ceux qui s'éveillent ; et,
pour confondre vos ennemis, vous détruirez leur image en votre cité.»
Qu'est ce-à-dire, vous détruirez leur image ? c'est-à-dire, vous détruirez
leur félicité, qui n'est pas une félicité véritable, mais une ombre fra-
gile de félièité; vous la briserez ainsi que du verre, et vous la briserez
en votre cité ; c'est-à-dire devant vos élus, afin que l'arrogance des
enfants des hommes demeure éternellement confondue. ( B O S S U E T . )
fi. 21-34. « Mon cœur a été tout enflammé et mes reins tout altérés. »
Ce feu dont le cœur du Prophète est embrasé, c'est le feu de l'Esprit-
Saint, qui ne lui permet plus de brûler que pour les choses spiri-
tuelles et divines. C'est surtout ce feu de la charité dont il dit dans un
a u t r e psaume : « Mon cœur s'est échauffé au dedans de moi, et, tandis
que j e méditais, un feu s'y est embrasé, » (Ps. X X X V I I I , 4 ) ; ce feu dont
brûlait le p r o p h è t e Jérémie, lorsqu'il disait : « 11 s'est allumé au d e -
dans de moi, comme un feu ardent renfermé dans mes os, et j ' a i défailli
ne pouvant le soutenir ; » ( J É R É M . X X , 9 ) ; ce feu, dont les disciples
d'Emmaiis étaient embrasés par les discours du Sauveur : « Notre
cœur n'était-il pas tout brûlant au-dedans de n o u s , lorsqu'il nous
parlait dans le chemin et qu'il nous expliquait les Ecritures. » (Luc.
xxiv, 3 2 . ) « Mes reins ont été changés, » parce que mon cœur a été
embrasé de l'amour de Dieu ; mes reins, c'est-à-dire mes passions, ont
c h a n g é , et j e suis devenu pur tout entier. (S. A U G . ) — Un cœur en-
flammé de Dieu, anéanti en soi-même, reconnaissant son ignorance
e t s'humiliant comme un animal sans raison en présence de la souve-
raine lumière, reconnaît aisément que Dieu est tout puissant et qu'il
est juste ; qu'il réserve pour l'autre vie les biens qu'il prépare à ceux
PSAUME LXXI1. 135

qui lui sont fidèles, et que ses jugements sont toujours saints quoique
souvent impénétrables. — Celui dont la main est soutenue de Dieu
est inébranlable parmi les événements de cette vie. — La piété solide
et hors d'atteinte de toute illusion est de se laisser conduire à la vo-
lonté de Dieu. Point de paix comparable à celle-là, puisque rien n'ar-
rive contre la volonté de celui qui n'en a point d'autre que celle de
Dieu; point de moyen plus assuré pour être reçu entre les bras de
Celui à qui on s'est entièrement abandonné, et pour être comblé de
la véritable gloire. ( D U G U E T . ) — Quelle consolation et quel sujet de joie
pour vous, en quelque état que vous soyez! quand quelquefois môme
vous vous trouveriez à l'oraison, l'esprit rempli de mille fantômes,
sans aucun arrêt, ne pouvant assujettir l'imagination, cette folle de
l'âme, comme l'appelle sainte Thérèse; d'autres fois, desséchés et ari-
des, sans pouvoir produire une seule bonne pensée, comme une
souche, comme une bête devant Dieu : q u ' i m p o r t e ? 11 n'y a alors qu'à
consentir et qu'à adhérer à la vérité de l'être de Dieu. Consentir à la
vérité, cet acte seul suffit. Adhérer à la vérité, consentir à la vérité,
c'est adhérer à Dieu, c'est mettre Dieu en possession du droit qu'il a
sur nous. ( B O S S U E T , Opuscul., Disc, sur la mort.)
f. 2 5 , 2 6 . L'amour de préférence compare Dieu avec toutes les a u -
tres choses, comme pour les éprouver, les convaincre de mensonge, et
leur vanité lui inspire un dégoût profond. Il les foule aux pieds, et
s'élève sur leurs débris pour se rapprocher de Dieu. Leur néant le fa-
tigue, il se désabuse de tout ; les biens terrestres ne peuvent plus le
tenir éloigné du ciel ; le détachement est sa grâce caractéristique. Il
traverse le monde comme l'hirondelle effleure l'herbe de la prairie,
sans que rien le puisse arrêter. Ainsi fait-il une juste appréciation de
Dieu, en le mettant au-dessus de tout ce qui e x i s t e . ( P A B E R . Le Créateur et
la créature, 1 8 1 . ) — Que me fait à moi la terre avec ses trésors ? Elle
est froide comme le marbre de ses montagnes. Que sont les océans
avec la plénitude de leurs eaux ? Ma pensée les dépasse. Que peu-
vent pour moi les horizons des cieux et l'harmonie des astres qui y
déploient leurs mouvements? leurs voix sont muettes, et c'est moi qui
leur prête la vie. Que sont les pensées des esprits et leurs contempla-
tions orgueilleuses? La pensée est vide, elle est vaine, elle flétrit tout
ce qu'elle touche. Ce que mon cœur appelle, désire, comme l'abîme
appelle un abîme, c'est Dieu. (Mgr B A U D A Y . Cœur de Jésus, p . 8 9 . )
— Que peuvent me présenter, en effet, et le ciel et la terre, qui me
soit plus cher que mon Dieu, qui me soit stussi. cher que rnon Dieu,
136 PSAUME LXXIÏ.

et même qui me soit cher en quelque manière après mon Dieu, s'il
ne l'est en mon Dieu ? ( B O U R O . Vraie et fausse piété.) — « O Dieu de
mon cœur, 6 vous mon partage pour l'éternité 1 » eh bien 1 voyons
nos richesses et que le genre humain choisisse son partage. Voyons les
hommes déchirés par la diversité de leurs convoitises ; qu'ils choisis-
sent, les uns la guerre, les autres le barreau, les autres des doctrines
variées et différentes, ceux-ci le commerce, ceux-là l'agriculture ; qu'ils
se partagent les biens terrestres, mais que le peuple de Dieu s'écrie :
« Mon Dieu est mon partage ! » il n'est pas mon partage pour un
temps, mon Dieu est mon partage pour les siècles des siècles. Quoi 1 un
si grand bien et un si grand bien pour toujours 1 O félicité suprême I
« Dieu est mon partage ! » Pour combien de temps ? « Pour les siècles
des siècles. » (S. A U G . ) — « Vous êtes le Dieu de mon cœur. » Dieu
est le premier principe et le moteur universel de toutes les créatures;
c'est l'amour aussi qui fait remuer toutes les inclinations et les ressorts
du cœur les plus secrets ; il est comme le Dieu du cœur. Mais, afin
d'empêcher cette usurpation, il faut qu'il se soumette lui-même à
Dieu, afin que notre grand Dieu étant lui-même le Dieu de notre
amour, il soit en même temps le Dieu de nos cœurs et que nous lui
puissions dire avec David : « Vous êtes le Dieu de mon cœur et mon
partage à jamais. » ( B O S S U E T . I I I , Serm. Pâque.)
y. 27. Ce n'est point p a r le mouvement du corps qu'on s'éloigne de
Dieu ou qu'on retourne à Dieu, mais par les affections du cœur. —
Se prostituer aux créatures, c'est préférer les créatures à Dieu — Dieu
étant l'époux véritable de nos âmes, c'est une espèce d'adultère que
de p a r t a g e r son cœur, que ce divin Epoux demande tout entier.
« Ames adultères, dit saint Jacques, ne savez-vous pas que l'amour
de ce monde est l'ennemi de Dieu ? Quiconque voudra être ami de ce
monde se rend ennemi de Dieu. » ( J A C Q . J V , 4.)—« Mon bien c'est de
m'attacher à Dieu.» Un trône est caduc, la grandeur s'envole, la gloire
n'est qu'une fumée, la vie n'est qu'un songe ; mon bien, c'est d'avoir
mon Dieu, c'est de m'y tenir,attaché... J e ne veux que vous, mon
Dieu, mon partage éternellement ; ni dans le ciel, ni dans la terre, j e
ne veux que vous. Tout ce qui n'est pas éternel, fût-ce une couronne,
n'est digne ni de votre libéralité ni de notre courage... Je ne veux que
vous sur la terre, et je ne veux que vous-même dans le ciel ; et si vous
n'étiez vous-même le don précieux que vous nous y faites, tout ce que
vous y donnez d'ailleurs avec tant de profusion ne me serait rien.
( B O S S U E T . I V , Serm* Pâque.)
PSAUME LXXIII. 137

f. 28. « Pour moi, tout mon bien est de me tenir uni à Dieu. » C'est
là le souverain bien. Voulez-vous davantage ? Je plains ceux, qui dé-
sirent davantage. Que voulez-vous de plus ? Rien n'est meilleur que
d'être uni Dieu, » et de le voir face à face. Mais pour le présent ? Le
Prophète parle encore en voyageur: « Tout mon bien est de me tenir
uni à Dieu ;» mais comme nous sommes encore dans le voyage, et que
la réalité n'est point encore venue, mon bien est de mettre en Dieu
mon espérance. Par conséquent, tant que vous ne serez pas réelle-
ment uni avec Dieu, mettez en lui votre espérance. Etes-vous sur les
flots, jetez d'avance votre ancre au rivage. — Et que ferez-vous ici-
bas lorsque vous aurez ainsi placé en Dieu votre espérance ? Quelle
sera votre occupation, si ce n'est de louer celui que vous aimez, et de
faire que d'autres l'aiment avec vous... « P o u r que j e publie toutes
vos louanges, » mais où ? Dans les parvis de la fille de Sion, • parce
que c'est prêcher Dieu en vain que de prêcher en dehors de l'Eglise.
(S. A U G . )

PSAUME LXXLÏÏ.
Intellectus Asaph, Intelligence d'Asaph,
1. Ut quid, Deus, repulisti in fi- 1. Pourquoi, ô Dieu 1 nous avez-vous
nem ? iratus est furor tuus super rejetés pour toujours? et pourquoi votro
oves pascuae tuae. fureur s est-elle allumée contre les brebis
de votre pâturage?
2. Memor esto congregationis 2. Souvenez-vous de ce peuple que
tuae, quam possedisti a i initio. vous avez rassemblé, et qui vous appar-
tient dès le commencement.
Redemisti virgam hœreditatis Vous avez vous-même racheté votre
tuae : mons Sion, in quo habitasti héritage, lo mont Sion, sur lequel il vous
in oo. a plu d'habiter.
3. Leva manus tuas in superbias 3. Levez vos mains, afin d'abattre à
eorum in finem : quanta maligna- jamais leur orgueil. Que n'a pas osé
tus est inimicus in sancto 1 l'ennemi dans votre sanctuaire!
4. Et gloriati sunt qui odcrunt 4. Ceux qui vous haïssent ont signalé
te, in medio solemnitatis tuœ. leur orgueil au milieu do votre solennité.
Posuerunt signa sua, signa : Ils ont, sans connaître ce qu'ils fai-
saient, arboré leurs étendards en forme
de trophées (1),
5. et non cognoverunt sicut in 5. au haut du temple, comme aux por-
exitu super summum. tes.
Quasi in silva lignorum securi- Ils ont, d'un commun accord, abattu
bus ses portes à coups de hache,

(1) Ils ont placé leurs étendards (sans connaître ce qu'ils faisaient), au haut
du temple comme aux portes... Ils out mis les insignes de leur puissance, à la
place de ceux de Dieu. — Ils ont abattu lc3 boiseries du temple, à la hache,
comme on abat les forêts.
138 PSAUME LXXiil.
6. exciderunt januas ejus in 6. comme ils auraient coupé des ar-
idipsum : in securi et ascia deje- bres au milieu d'une forêt. Ils ont, avec
cerunt eam. la cognée et la hache, renversé votro
héritage.
7. Incenderunt igni Sanctua- 7. Ils ont porté le feu dans votre sanc-
rium tuum : in terra pollucrunt tuaire et l'ont brûlé ; ils ont souillé sur
tabernaeulum nominis tui. la terre le tabernacle de votre nom.
8. Dixerunt in corde suo cogna- 8. Ils ont dit dans leur cœur ot tous
tio eorum simul : Quiescere facia- leurs alliés ensemble : Faisons cesser sur
mus omnes dies festos Dei a terra. la terre tous les jours de fête consacrés
à Dieu.
9. Signanostra non vidimus,jam 9. Nous ne voyons plus de prodiges (1) ;
non est propheta : et nos non il n'y a plus de prophète, et on ne nous
cognoscet amplius. connaîtra plus.
10. Usqucquo, Deus, impropera- 10. Jusques à quand, ê Dieu! l'enne-
bit inimicus : irritât adversarius mi nous insultera-t-il? Notre adversaire
nomen tuum inflnem? blasphèmera-t-il toujours votre nom ?
11. Ut quid avertis manum tuam, H . Pourquoi détournez-vous votro
et dexteram tuam, de medio sinu main, et votre droite de votre sein pour
tuo in finem? toujours (2)?
12. Deus autem rex noster ante 12. Cependant Dieu, notre Roi avant
sœcula, operatus est salutem in les siècles, a opéré notre salut au milieu
medio terrai. de la terre. Luc, i, 68.
13. Tu confirmasti in virtuto 13. C'est vous qui avez affermi la mer
tua mare : contribulasti capita par votre puissance, et brisé los têtes
draconum in aquis. des dragons au fond des eaux.
14. Tu confregisti capita draco- 14. C'est vous qui avez écrasé les têtes
nis : dedisti eum escam populis du dragon : vous l'avez donné pour pâ-
jEthiopium. ture au peuple d'Ethiopie (3).
15. Tu dirupisti fontes, et tor- 15. Vous avez fait jaillir de la pierro
rentes : tu siccasti fluvios Ethan. des fontaines et des torrents ; vous avez
desséché les grands fleuves (4).
16. Tuus est dies, et tua est 16. Le jour vous appartient, et la nuit
nox : tu fabricatus es auroram et est aussi à vous ; c'est vous qui avez créé
solem. l'aurore et le soleil.
17. Tu fecisti omnes terminos 17. Vous avez fixé toutes les limites do
terrae : œtatem et ver tu plamasti la terre ; l'été et lo printemps sont votro
ea. ouvrage.
18. Memor esto hujus, inimicus 18. Souvenez-vous de ceci : l'ennemi a
improperavit Domino : et populus outragé le Seigneur, ot un peuple in-
insipiens incitavit nomen tuum. sensé a blasphémé votre nom.
19. Ne tradas bestiis animas con- 19. Ne livrez pas aux bêtes féroces los
fitentes tibi, et animas paupe- âmes de ceux qui vous louent, et n'ou-
rum tuorum ne obliviscaris in bliez pas pour toujours les âmos do vos
finem. pauvres.
20. Respice in tostamentum 20. Jetez les yeux sur votre alliance

( ' ) Les signes de la Providence paternelle de Dieu à l'égard de son peuple.


(2) Pourquoi retirez-vous votre main, votre droite, c'est-à-dire votre touto
puissance.
(3) Le crocodile, symbole du roi d'Egypte, du démon (imitation de Job.) Les
cadavres des Egyptiens, rejetés sur le rivage, ont été la proie des bêtes sauvages.
( L K Hm.)
(4) Allusion au miracle de l'eau tirée du rocher et au passage du Jourdain ;
par opposition aux torrents qui se dessèchent pendant l'été.
PSAUME LXXUI. 139

totim : quia repleti sunt, qui obs- parce que les hommes les plus méprisa-
curati sunt terrée domibus iniqui- bles de la terre se sont emparés par l'ini-
tatum. quité de toutes nos maisons(i).
21. Ne avertatur liumilis factus 21. Que celui qui est dans 1 humiliation
confusus : pauper et inops lauda- ne s'en retourne pas couvert de confusion;
bunt nomen tuum. le pauvre et celui qui est sans secours,
loueront votre nom.
22. Exurge, Deus, judica causam 22. Levez-vous, ô Dieu ! jugez votro
tuam : memor esto improperiorum cause; souvenez-vous des outrages quo
tuorum, eorum quae ab insipiente vous recevez, de ceux qu'un peuple in-
sunt tota die. sensé vous fait tout le jour.
23. Ne obliviscaris voces inimi- 23. N'oubliez pas les clameurs de vos
cbrum tuorum : superbia eorum, ennemis, l'orgueil ! de ceux qui vous
qui te odérunt ascendit semper. haïssent monte toujours.

Sommaire analytique.
Le Psalmiste, se représentant devant les yeux la profanation du temple
et là dévastation de la ville de Jérusalem par Antiochus, et, dans un sens
plus relevé l'Eglise en butte aux persécutions cruelles qu'elle eut à subir
des rois et des peuples idolâtres (2),
I. — EXCITE DIEU

1° A apaiser son courroux si funeste à son peuple (1) ;


2° A se rappeler le souvenir de ses bontés anciennes (2) ; la protection
dont le Seigneur a honoré son peuple de tout temps ; le choix qu'il a fait
de lui pour être son royaume et son héritage ; la prédilection qu'il a té-
moignée pour la montagne de Sion, en y fixant sa demeure;
3° A comprimer l'orgueil et l'insolence de ses ennemis (3).
II. — IL EXPOSE L'AUDACIEUSE INSOLENCE DES PERSÉCUTEURS, QUI SE PRODUIT

1° Par leurs entreprises sacrilèges contre les lieux sacrés et les réunions
saintes ;
2° Par l'érection de leurs trophées impies dans le lieu saint (4) ;
3° Par la destruction et la combustion des autels et de tous les objets
consacrés au culte do Dieu (î>, 7) ;
4° Par l'abolition des fêtes sacrées (8).
III. — IL SE PLAINT

1° De la cessation des miracles et du don de prophétie (9) ;

(1) Quia repleti sunt, qui obScurati sunt terrœ domibus iniquitatum, c'esfc-à-dirc
quia repleti sunt obscuri terrée domibus inique partis.
(2) Ce Psaume ne fut composé, ce semble, qu'après la captivité de Babyione et
on doit le rapporter soit à la captivité (Il PAN. xxxvi), durant laquelle le temple
fut brûlé (v. 7), soit à la profanation du temple par Antiochus-Epiphanc. Il en
est qui le rapportent cpuinie le précédent à la persécution de Manassès,
140 PSAUME LXXIII.
2° De l'accroissement des opprobres et des outrages dirigés contre
Dieu (10);
3° De la tolérance en apparence oisive avec laquelle Dieu supporte do
pareils excès (H).
IV. — IL RAPPELLE LES GLORIEUX SOUA'EiMRS DE LA. PUISSANCE DE DIEU,
I» Qui s'est manifestée autrefois dans le passage de la mer Rouge, où
les Egyptiens ont été engloutis ; dans les sources miraculeuses qu'il a fait
jaillir dans le désert, et dans le dessèchement des fleuves Cl 2-15) ;
r
2° Qui se manifeste tous les jours dans le lcA er du soleil et do l'aurore (16) ;
3° Qui se manifeste tous les ans dans le retour régulier des saisons (17).
V. — IL SOLLICITE DE NOUVEAU DIEU
1° De se rappeler ces signes de sa puissance et les efforts sacrilèges de
ses ennemis (18) ;
2° De défendre et de conserver son peuple (19) ;
3° De se rappeler l'alliance faite avec son peuple, pour satisfaire à l'at-
tente de ses fidèles serviteurs (20, 21) ;
4° De prendre en main sa cause, de venger l'honneur de son nom et
de mettre un terme à l'orgueil toujours croissant de ceux qui le haïssent
(22, 23).

Explications e t Considérations.

I. — 1-3.

f. 1-2. Cette prière que les Juifs adressaient à Dieu dans leur dé-
tresse convient bien plus justement à l'Eglise chrétienne , dont les
persécutions et les souffrances ont commencé dès. son berceau , et se
prolongent dans toute la suite des siècles. En parcourant l'histoire de
son établissement et de sa propagation sur la terre, de ses luttes, de
ses combats contre tant d'ennemis divers sans cesse renaissants, com-
bien de fois la voyons-nous comme sur le penchant de sa ruine , tant
était violente la rage de ses persécuteurs ; et, aujourd'hui encore, n'y
a-t-il pas toujours une partie du monde habitable, souvent plusieurs,
où la persécution de l'Eglise catholique , dans sa doctrine , dans son
culte, dans sa hiérarchie, dans sa puissance spirituelle, dans la li-
berté de ses actes , soit à l'ordre du j o u r et ne semble conspirer sa
r u i n e ? . . . Dans ces tristes circonstances, partageons les sentiments
du Prophète : une vive douleur, accompagnée d'une grande confiance
et d'une humble soumission aux volontés divines. — « O Dieu 1 pour-
PSAUME LXXltt. 141

quoi nous avez-vous repoussés jusqu'à la fin? » Il ne reproche rien ; ii


interroge. « P o u r q u o i , » pour quelle raison, dans quel but l'avez-vous
fait? Et qu!avez-vous fait? « Vous nous avez repoussés jusqu'à la fin,»
peut-être j u s q u ' à la fin des siècles. « Votre esprits'est irrité contre les
brebis de votre troupeau.» Pourquoi vous êtes-vous irrité contre les
brebis de votre troupeau, si ce n'est parce que nous étions attachés
aux choses de la terre et que nous ne reconnaissions pas notre P a s -
teur? ( S . A U G . ) — Tous les hommes sont au Seigneur; mais ceux
qu'il a choisis pour lui rendre un culte particulier, le peuple juif d'a-
bord , ensuite le peuple chrétien, héritier des promesses, sont ses b r e -
bis de choix. Us sont encore le sceptre de son héritage , parce qu'ils
tiennent le plus haut rang dans sa m a i s o n . . . L'Eglise chrétienne est
l'héritage véritable que Jésus-Christ a racheté par son sang et par sa
mort; c'est la vraie montagne de Sion, où il lui a plu d'établir sa d e -
meure au milieu des siens, jusqu'à laconsommation des siècles.—Quelle
prière plus convenable pour une âme chrétienne "qui s'est écartée des
voies de la justice et qui revient à Dieu dans la sincérité de son cœur ?
Seigneur, souvenez-vous d'une âme que vous avez possédée dès le
commencement par le saint baptême , que vous avez rachetée au prix
de votre sang,que vous avez choisie pour votre héritage et pour y
fixer votre séjour 1 Vous la voyez en proie à ses ennemis et aux vôtres ;
chassez ces tyrans impérieux, et rentrez dans la possession d'un bien
qui est à vous. ( B E R T H I E R . )

•fi. 3 . Remarquons 1° que le Prophète ne demande point la des-


truction des ennemis du peuple d'Israël, mais seulement l'humiliation
de leur orgueil. C'est la prière que l'Eglise chrétienne fait elle-même
pour ses persécuteurs : elle demande à Dieu « qu'il daigne humilier
lès ennemis de son Eglise. » (Lilan.) 2° C'est surtout l'honneur de
Dieu et le zèle de son culte, plutôt que les malheurs du peuple juif,
qui excitent les regrets et les plaintes du Prophète. Il n'envisago que
la gloire et les intérêts de Dieu, indignement foulés aux pieds. Il g é -
mit de la destruction du temple et du sanctuaire , et envisage les fu-
nestes effets de cette désolation. ( B E R T U I E R . ) — aCombien de profana-
tions l'ennemi a-t-il commises contre tout ce qui vous est consacré 1 »
contre toutes les choses consacrées à votre g l o i r e , contre le temple ,
contrôle sacerdoce, contre le culte établi, contre tous les sacrements I
« Combien l'ennemi a-t-il commis de profanations 1 O u i , ces profa-
tions ne sont quo trop réelles. » ( S . A U G . )
142 PSAUME LXXILt.

II. — 4-11.

f. 4-8. «Ils ont placé leurs étendards en signe de victoire, en forme


de trophées , et ils n'ont pas compris. » Les Romains avaient des en-
seignes à placer dans le sanctuaire , leurs étendards , leurs aigles,
leurs drapeaux romains et même leurs statues , qu'ils ont d'abord
mises dans le temple. « Et ils n'ont pas compris. » Que n'ont-ils pas
compris? Ces paroles du Sauveur : « Yous n'auriez sur moi aucun pou-
voir, si ce pouvoir ne vous avait ôté donné d'en haut. » ( J E A N , X I X , 2 . )
Ils n'ont pas compris que Dieu ne leur accordait pas, comme un titre
de gloire, de faire souffrir, de prendre et de détruire cette ville, mais
que leur impiété était en quelque sorte devenue la hache de Dieu. Ils
ont été les instruments d'un Dieu irrité , et ne sont pas devenus le
royaume d'un Dieu apaisé. S o u v e n t , en effet, Dieu agit de la même
manière que l'homme: un homme justement i r r i t é , saisit une verge
qu'il trouve sous sa main, quelque bâton p e u t - ê t r e , le premier venu,
et il frappe son enfant ; puis il jette au feu le b â t o n , et conserve son
héritage à son enfant. C'est ainsi que parfois Dieu instruit les bons, au
moyen des méchants , et que par le pouvoir passager de coupables
qu'il c o n d a m n e r a , ii châtie et ramène le fils qu'il délivrera. (S. A U G . )
y. 5.-8. Ces scènes de désolation et de profanations sacrilèges se
sont malheureusement reproduites à la lettre dans notre patrie, parmi
des flots de sang et de larmes, pendant la plus impie des révolutions.
— Il existait un pacte ancien , une longue alliance entre la religion
et la société, entre le christianisme et la F r a n c e , ce pacte fut déchiré,
l'alliance rompue. Dieu était dans les lois, dans les institutions, les
usages, il en fut chassé : le divorce fut prononcé entre la Constitu-
tion et l'Evangile, la loi fut sécularisée, et il fut statué que l'esprit
de la nation moderne n'aurait rien à démêler avec Dieu , duquel elle
s'isolait entièrement. Dieu avait sur la terre des temples majestueux
que surmontait le signe du Rédempteur des hommes : les temples sont
abattus ou fermés ; on n'y entend, au lieu de chants sacrés , que le
bruit de la hache ou le cri de la scie ; la croix du Sauveur est renver-
sée et remplacée par des signes vulgaires... Dieu avait sur la terre des
jours qui lui appartenaient, des jours qu'il s'était réservés, et que tous les
siècles et que tous les peuples avaient respectés unanimement, et toute
la famille des impies s'est écriée : Faisons disparaître de la terre les
j o u r s consacrés à Dieu. Dieu avait sur la terre des représentants et
des ministres qui parlaient de lui et le rappelaient aux peuples : les
PSAUME LXXIII. 143

prisons, l'exil, l'échafaud, la mer, les fleuves ont tout dévoré. Enfin,
disent-ils , il n'y- a plus de p r o p h è t e s , et Dieu ne trouvera plus de
bouche pour se faire entendre.... C'en est fait, tous les droits de Dieu
sont anéantis , il ne reste debout que les droits de l'homme ; ou plu-
tôt , l'homme est Dieu , sa raison est le Christ, et la nation est l'E-
glise. (Mgr P I E , DISC. etJnslr., T. II, 669.) — Ce tableau de la déso-
lation de Jérusalem et de son temple, ces excès sacrilèges qui se sont
renouvtlés tant de fois au sein de l'Eglise chrétienne, sont la figure
trop réelle de ce qui se passe dans une âme qui abandonne Dieu et
que Dieu abandonne. Jérémie, dit saint Chrysostôme, n'aurait jamais
eu assez de larmes pour déplorer le malheur d'une âme livrée à la
tyrannie du démon. Cet ennemi de Dieu commence par s'emparer de
cette âme comme un lion rugissant et à se glorifier insolemment de sa
victoire. Il établit son empire dans le lieu que le Seigneur avait destiné
à son culte, dans un cœur consacré par la grâce sanctifiante, dans le
sanctuaire où avait habité le Saint-Esprit. Il [y érige l'étendard de la
révolte contre Dieu , et il rassemble autour de ce signe d'horreur
toutes les passions; elles dominent sur toutes les puissances les
plus nobles de l'âme, et sur les sens, qui sont comme les dehors de la
place. Ces ennemis victorieux ne connaissent et ne respectent aucune
des traces de sainteté que Dieu avait imprimées dans l'homme , soit
par le caractère du baptême, soit par le don de son corps et de son
sang précieux, soit par les touches de sa grâce.Les puissances de l'en-
fer, secondées des passions, détruisent, sans distinction, tout ce qui
servait à la défense et à l'ornement de l'intérieur. La cognée du b û -
cheron ne fait point autant de ravages dans un lieu planté d'arbres
que l'amorce du plaisir, la soif des richesses, le feu de l'ambition, les
tempêtes de la jalousie et de la vengeance , la mollesse et l'intempé-
rance en font dans celui que l'amour de Dieu ne défend plus. Tout est
renversé dans l'édifice spirituel; tout est en proie aux ravages du d é m o n ,
de la cupidité, du monde ; tout tombe, jusqu'à la foi même , sous les
coups de ces tyrans : terrible catastrophe, dont nos yeux ne sont pas
témoins , mais qui n'échappe point aux regards de l'Eternel 1 ( B E R -
T B U E R . ) — Profanation des choses saintes, marque terrible de la colère

de Dieu. Nous ne sommes frappés que des profanations extérieures,


mais l'abus des sacrements, mais les communions sacrilèges, mais le
ministère sacré entre les mains de prêtres indignes , doivent bien
"plutôt exciter nos gémissements, et nous faire craindre les derniers
effets de la colère de Dieu. — Conspiration presque générale aujour-
144 PSAUME LXXIII.
d'hui des gouvernements eux-mêmes, des individus, de l'industrie, du
commerce , pour détruire la sanctification du dimanche , les jours de
fêtes consacrées à Dieu, afin de les donner tout entiers au travail, aux
divertissements,à la dissolution, à ces spectacles , à ces plaisirs d e l à
foule qui tournent si aisément à tous les vices.
f. 1 0 , 1 1 . Le Prophète demande à Dieu si c'est pour toujours que
l'ennemi leur insulte et irrite le nom de Dieu ; si c'est pour toujours
que le Seigneur détourne sa main, qu'il la retire du sein de ses misé-
ricordes. — C'est la prière que doit faire à Dieu toute âme éprouvée
p a r de fortes tentations : Seigneur, jusques à quand l'ennemi de mon
salut me persécutera-t-il? Jusques à quand votre main paraîtra-t-elle
se détourner de moi et ne plus répandre sur moi ses miséricordes ac-
coutumées ? O Dieu! serai-je toujours l'objet des insultes de l'enfer
et de mes passions? ( B I S R T U J E R . )

III. — 12-17.

fi. 1 2 . « Dieu notre Roi, dès avant les siècles, a opéré le salut au
milieu de la terre. » 1 ° Le Prophète donne à Dieu le titre de Roi;
2° Dieu est Roi, non comme les rois de la terre pour quelques années, de
toute éternité et pour toujours : « Le règne du Très-Haut est éternel,
et tous les rois lui rendront hommage et le serviront. » (DAV. VU, 2 7 ) ;
les empires passeront, les générations s'écouleront et disparaîtront,
et Dieu sera encore le roi de tous les hommes; 3 ° il est particulière-
m e n t le Roi de son peuple privilégié ; 4 ° il est son Sauveur, il est
venu sauver les hommes par le sacrifice de sa propre vie. — Nous
crions : «jusques à quand, Seigneur, l'ennemi m'insultera-t-il jusqu'à
la fin ? Jusques à quand m'outragera-t-il?jusques à quand détournez-
vous votre main de votre sein ? » Tandis que nous parlons ainsi,
« Dieu, notre Roi dès avant les siècles, a opéré le salut au milieu de
la terre ; » et nous, nous dormons. Voilà que les gentils veillent déjà,
et nous sommes encore engourdis p a r le sommeil, et nous délirons
dans nos rêves, comme si Dieu nous avait abandonnés. « Il a opéré le
salut au milieu de la terre. » ( S . A U G . ) — Ce grand ouvrage du salut
du monde, le chef-d'œuvre de la puissance, de la sagesse, de la bonté
de Dieu, s'est accompli au milieu de la terre, p a r les mystères del'In-
carnation et de la Rédemption du Sauveur.
f. 1 3 - 1 5 . Les merveilles que Dieu fit autrefois publiquement en fa-
veur de son peuple, pour le délivrer de l'oppression des Egyptiens, il
PSAUME LXXIII. 145

les renouvelle tous les jours en faveur des chrétiens, pour les tirer de
la servitude du démon, ce grand dragon dont il écrase la tête dans
les eaux du baptême. La mer rouge ouvre ses flots quand Dieu le lui
commande, elle forme comme deux murailles d'eau suspendues en
l'air, elle donne un passage libre au peuple dont Dieu s'est déclaré le
protecteur, et elle rejoint ses eaux aussitôt qu'il lui commande d'abî-
mer sous ses flots cette armée innombrable d'Egyptiens, sans qu'il
en reste un seul qui puisse échapper à sa vengeance. — Point de
cœur, fût-il plus dur qu'une pierre, dont Dieu ne fasse sortir des fon-
taines d'eau, quand il lui plaît de le toucher. S'il faut fondre de la
glace, il fera soufflerson Esprit, lequel, comme le vent du midi, relâ-
chera la rigueur du iroid, et du cœur le plus endurci sortiront les
larmes de la pénitence. ( B O S S U E T . ) — Ce n'est pas sans une grande
joie que l'on peut entendre des choses que l'on voit réalisées dans le
monde entier. Lorsqu'elles ont été dites, elles n'étaient pas accomplies,
parce qu'elles n'étaient encore que des promesses et non des réalités.
Mais maintenant quelle joie est la nôtre de voir réalisées dans le
monde entier les prédictions que nous lisons dans les livres saints !
Voyons ce qu'a fait le Dieu qui a opéré le salut au milieu de la terre :
«Vous avez fait jaillir des fontaines et des torrents,» afin qu'ils fissent
couler l'eau de la sagesse, afin qu'ils épanchassent les trésors de la
foi, afin qu'ils pussent se mêler aux flots amers de lagentilité et que
leurs eaux répandissent dans le cœur de tous les infidèles la douceur
de la foi...S'il faut mettre ici une distinction, en certains fidèles, la parole
de Dieu a été « une fontaine d'eau vive jaillissant jusque dans la vie
éternelle ;» ( J E A N , I V , 14 ;) d'autres, au contraire, ont entendu la p a -
role de Dieu, et quoiqu'ils ne l'aient point gardée de manière à mener
une vie vertueuse, cependant, comme ils l'ont répandue dans leurs
discours, ils sont devenus des torrents, c'est-à-dire des eaux qui ne
coulent pas toujours... En effet, on appelle proprement torrents des
cours d'eaux qui tarissent pendant l'été, et qui au contraire, se g o n -
flent de toutes les eaux de l'hiver et se précipitent avec impétuosité.
Vous voyez un homme vraiment fidèle qui persévérera jusqu'à la fin,
qui n'abandonnera le Seigneur en aucune tentation, et qui supportera
pour la vérité, et non pour l'erreur et le mensonge, toute espèce de
souffrances : d'où lui vient une semblable vigueur, sinon de ce que
la parole de Dieu est devenue en lui « u n e fontaine d'eau vive qui
jaillit jusque dans la vie éternelle? » Un autre, au contraire, a reçu la
parole divine, il la prêche, il ne saurait s'en lairc, il court im-
T O M E n. 10
146 PSAUME LXXIII.
pétueusement ; mais l'été fera voir s'il est une fontaine ou un torrent.
Cependant, « celui qui a opéré le salut au milieu de la terre » sait
comment arroser la terre avec tous deux. Que les fontaines jaillissent
donc, et que les torrents se précipitent. (S. A U G )
fi. 1 6 - 1 7 . Dieu, qui est l'auteur du temps et de la vie, ne pouvait pas
ne s'en pas adjuger au moins une partie. « Le jour et la nuit vous
appartiennent, s'écrie le Prophète ; c'est vous qui avez fait l'aurore
et le soleil qui mesure les j o u r s . » Dans son infinie condescendance,
Dieu a bien pu se départir du droit rigoureux qu'il aurait eu sur cha-
cun de ces jours , sa providence miséricordieuse a pu en abandonner
une large et très-large p a r t aux soins nécessaires de notre vie maté-
rielle ; mais il eût été contre nature qu'un ouvrier infiniment sage, et
qui doit nécessairement tout rapporter à lui-même, ne se fût pas ré-
servé, sur son ouvrage, une certaine redevance qui fût, de notre p a r t ,
comme une reconnaissance authentique de son domaine sur le temps.
(Mgr P I E , Discours etc> n i , p . 6 3 1 . ) — « Le jour est à vous et la nuit
vous appartient. » Qui l'ignore, puisque c'est Dieu qui a fait toutes
choses, toutes choses ayant été faites par le Verbe. C'est à celui qui a
opéré le salut au milieu de la terre que le Prophète dit : « Le jour
est à vous, et la nuit vous appartient. » Nous devons croire par là
même qu'il y a dans ces paroles quelque chose qui a rapport au salut
qu'il a opéré au milieu de la terre, v Le j o u r est à vous. » Quels sont
ceux que le j o u r représente ? les hommes spirituels. Quels sont ceux
dont la nuit est le symbole ? les hommes charnels. Que les hommes
spirituels parlent aux hommes spirituels le langage de l'esprit, (I C O R .
I I I , 1,) les hommes charnels ne comprennent pas encore cette sagesse:
« Je n'ai pu vous parler comme à des hommes spirituels, mais comme
à des hommes charnels. » ( I B I D . m , 1.) Donc, lorsque des hommes
spirituels parlent à d'autres hommes spirituels, « le jour annonce la
parole au j o u r ; » mais lorsque des hommes charnels confessent eux-
mêmes leur foi au Christ crucifié, foi qui est à la portée des petits,
« là nuit annonce la science à la nuit. » (Ps. x v m , 3 . ) Le j o u r est à
vous, et la nuit est à vous. Les hommes spirituels vous appartiennent,
les charnels vous appartiennent aussi : vous éclairez les premiers de
l'éclat immuable de votre sagesse et de votre vérité ; vous consolez les
seconds p a r la manifestation de votre incarnation, comme la lune
console la nuit. ( S . A U G . ) — Ce jour, cette nuit qui se succèdent n a t u -
rellement, sont la ligure du j o u r c t d c la nuit spirituelle. Dieu, qui est
également le maître de l'un et de l'autre, conduit les siens par celui
PSAUME LXXIII. 447

qui lui plaît. L'hiver, le printemps, l'été, l'automne sont une a u t r e


image de l'état différent, et de la vicissitude où se trouvent ceux qui sont
à Dieu. A les voir si maltraités en ce monde, leur vie extérieure est un
hiver affreux aux yeux de la chair. Mais qui verrait leur vie intérieure,
toute de foi et d'espérance, verrait leur cœur comme dans un p r i n -
temps perpétuel, où ils regardent les maux présents comme passés,
et les biens futurs comme présents. ( D U G U E T . ) « Vous avez créé l'été
comme le printemps. » Comment décrire l'ordre admirable des sai-
sons : semblables à un chœur de jeunes filles, elles se succèdent avec
une régularité parfaite , et peu à peu, sans bruit, mais aussi sans r e -
lâche, les saisons opposées nous ramènent l'une vers l'autre, à l'aide
des saisons intermédiaires. Au sortir de l'hiver, ce n'est pas l'été qui
nous reçoit avec les inépuisables trésors de ses fruits, ni l'hiver qui
nous reçoit au sortir de l'été, avec ses glaces et ses frimas; entre les
deux ont étéplacésle printcmpsetl'autonine; etc'estainsi, p a r u n e pente
douce et insensible, et en même temps sans souffrance aucune, que nos
corps sont conduits du froid de l'hiver aux chaleurs de l'été. Lesbrusques
changements de température ayant pour conséquence des maladies
et des dommages très-graves, Dieu a disposé les choses de telle façon
que nous passons de l'hiver au printemps, du printemps à l'été, et de
l'été à l'automne, après lequel commence un nouvel hiver, et, grâce à
ces dispositions, nous n'avons rien à redouter des saisons opposées,
puisque la transition de l'une à l'autre nous est ménagée par les sai-
sons intermédiaires. ( S . C I I R Y S . I X hom. au p. d'Ant.)
f. 18-19. Un des blasphèmes les plus horribles que les ennemis de
la religion, ont souvent dans la bouche et toujours dans le cœur, c'est
celui de l'impie Antiochus, que Dieu n'est pas assez puissant pour
tirer de leurs mains celui dont ils ont juré la perte... C'est le dernier
comble de l'extravagance, puisque c'est irriter le nom de Dieu qui
lui est ordinaire, c'est-à-dire celui du Tout-puissant. — Los passions
des hommes plus violentes et plus déréglées que celles des bêtes.
Il vaudrait mieux être exposé à la fureur do celles-ci qu'à la rage
de ceux-là. ( D U G U E T . )
f. 2 0 - 2 1 . Quelque indignes que nous soyons des faveurs de Dieu,
ne laissons pas de les demander et de les attendre, en vertu de la
sainte alliance qu'il a faite avec nous, et qui est scellée du sang de
son propre Fils. « Considérez votre Testament. * Rendez ce que vous
avez p r o m i s : nous avons en mains vos tablettes, nous attendons votro
héritage. « Considérez votre Testament ; » non pas l'ancien, je ne
148 PSAUME LXXIII.
vous prie p a s pour obtenir la terre de Chanaan, pour voir mes enne-
mis temporellement soumis à ma domination, pour avoir de nom-
breux enfants selon la chair, pour amasser des richesses terrestres,
pour jouir de la santé corporelle ; « considérez votre Testament, »
p a r lequel vous avez promis le royaume des cieux... « Considérez votre
Testament, parce que ceux qui habitent des maisons d'iniquité sont
aveuglés par la terre et remplis de terre. » Il en a été ainsi pour eux,
parce que leurs cœurs étaient pleins d'iniquité. Nos maisons sont nos
cœurs ; c'est là qu'habitent dans la joie ceux que la pureté de leurs
cœurs rend heureux. « Considérez donc votre Testament, » et que les
restes du peuple soient sauvés ( R O M . , ix, 2 7 ) ; car pour le grand nombre
de ceux qui s'attachent à la terre, ils sont frappés d'aveuglement et
remplis des choses de la terre. La poussière est entrée dans leurs
yeux et les aveugle, et ils sont devenus semblables à la poussière que
le vent balaie de la face de la terre. « Ceux qui habitent des maisons
d'iniquité sont aveuglés par la terre et remplis de terre. » En effet, à
force de considérer la terre, ils ont perdu la vue, et c'est d'eux qu'il
est dit dans un autre Psaume : « Que leurs yeux soient aveuglés, afin
qu'ils ne voient point, et que leur dos se courbe de plus en plus vers
la terre. » (Ps. L X V I I Ï , 2 4 . ) « Ceux qui habitent des maisons d'iniquité
sont donc aveuglés par la terre et remplis de terre, » et cela parce
que leurs cœurs sont pleins d'iniquité ; car nos maisons, comme nous
l'avons dit plus haut, ce sont nos cœurs : là, nous habitons dans la
joie, si nous avons purifié cette demeure de toute iniquité. ( S . A U G . )
« Que l'humble ne se retire pas couvert do confusion. » En effet, c'est
l'orgueil qui a causé la confusion des autres. « L'indigent et le pauvre
glorifieront votre nom. » Vous voyez combien la pauvreté doit nous
être douce, vous voyez que les pauvres et les indigents appartiennent
à Dieu ; mais les pauvres d'esprit, parce que le royaume des cieux est
à eux. Quels sont les pauvres d'esprit? Les humbles qui reçoivent
avec tremblement les paroles de Dieu, qui confessent leurs péchés et
qui ne se confient ni en leurs mérites ni en leur justice. Quels sont
les pauvres d'esprit ? Ceux qui louent Dieu lorsqu'ils font quelque
bien, et qui s'accusent lorsqu'ils font quelque mal. ( I D E M . )
fi. 2 2 , 2 3 . Nous voyons souvent répété dans les Psaumes et dans la
sainte Ecriture cet appel fait à Dieu : « Jugez votre cause », expres-
sion d o n t se servent les auteurs sacrés pour annoncer a u x hommes le
j u g e m e n t redoutable de Dieu. Tout ce qui se passe sur la terre est la
cause de Dieu, parce que le bon et le mauvais usage de la liberté
PSAUME LXXIII. 149
honore ou blesse la majesté divine, qui ne peut être 'indifférente à la
fidélité ou aux écarts des hommes qu'elle a créés capables d'un bon
et d'un mauvais choix. Quand les prophètes disent à Dieu : « Seigneur,
jugez votre cause, » ils témoignent le zèle dont ils sont animés pour
la gloire de ce souverain Être ; ils savent que ce jugement arrivera,
mais il leur tarde, en quelque sorte, d'en voir l'accomplissement. —
Il y a deux choses qui doivent nous toucher, si nous avons de la foi :
la première est que toutes nos actions sont la cause de Dieu ; la s e -
conde, que cette cause sera jugée un jour. ( B E R T U I E R . ) — Le j o u r où
Dieu jugera sa cause viendra comme sont venus tous les événements
encore inaccomplis, qui n'existaient point alors et dont l'accomplisse-
ment était prédit ; ou bien Dieu nous aurait-il donné tout ce qu'il nous
a promis, pour nous tromper sur le seul jour du jugement der-
nier?... Après avoir prédit et accompli toutes ces choses que nous
voyons, a-t-ii menti sur le seul j o u r du j u g e m e n t ? Ce j o u r viendra
donc. Que nul ne dise, il ne viendra pas ; ou bien, il viendra, mais
après un long espace de siècles ; car, pour vous, le moment où vous
quitterez cette vie n'est pas éloigné. (S. A U G . ) — « Souvenez-vous des
outrages que vous a prodigués l'insensé pendant tout le jour. » Main-
tenant encore, on insulte le Christ, et il ne manquera pas de vases de
colère pendant tout le jour, c'est-à-dire jusqu'à la fin des siècles. On
dit encore : Les chrétiens prêchent des choses vaines. On dit encore :
la résurrection des mortels n'est qu'une vaine imagination, c Jugez
votre cause, souvenez-vous des outrages qu'un peuple insensé vous a
prodigués tout le jour. » (S. A U G . ) — « L'orgueil de ceux qui vous haïs-
sent monte toujours. » 11 est horrible de le dire, mais la haine de
Dieu est loin d'être rare parmi ses créatures.. 11 est des pécheurs a u -
dacieux et endurcis qui sont devenus des démons avant le temps ; le
nom de Dieu ou de ses perfections leur inspire moins de crainte que
de rage; quand ils se trouvent en présence de ses commandements, ou
de quelque manifestation de sa souveraineté, ou d'un aimable témoi-
gnage de sa tendresse, ils sont comme possédés de l'esprit mauvais,
la passion les transporte, les fait sortir d'eux-mêmes, et violer, n o n -
seulcmcnt les convenances du langage, mais les règles du respect de
soi-même. Il semble que dans la seule mention de Dieu, même sans
allusion à l'absolue domination qu'il veut exercer sur eux comme
Créateur, il y ait quelque chose qui leur cause une irritation surnatu-
relle. ( F A B E R . Le Créateur et la Créature, p . 197.) — Oui, on aurait
peine à le croire, si chaque jour ne nous en apportait une nouvelle
150 PSAUME LXXIV.
preuve, il y a des hommes tellement ennemis de Dieu qu'ils le haïssent
d'une haine gratuite, et qu'ils préfèrent périr plutôt que d'être sauvés
p a r sa main. Et cet orgueil impie, loin de décroître et de baisser, sem-
ble au contraire monter et grandir. « L'orgueil de ceux qui vous
haïssent monte toujours. » C'est aussi le caractère de l'impiété : comme
l'orgueil dont elle est la fille, comme la haine dont elle est la mère,
l'impiété monte toujours. — L'orgueil et la hardiesse de ceux qui
s'élèvent contre Dieu croissent toujours. L'impiété n'a point de bornes
dans ses fureurs et dans ses attaques : il semble que l'homme dont les
affections se ralentissent peu à peu dans les autres objets, soit comme
infini dans ses révoltes contre Dieu et sa religion. « L'orgueil de
ceux qui vous haïssent monte toujours. »

PSAUME LXXIV.

In finem, Ne corrumpas, Psal- Pour la fin. Ne détruisez pas; Psaume


mus Cantici Asaph. Cantique d'Asaph.
1. Confitebimurtibi,Deus : con- 1. Nous vous louerons, ô Dieu! nous
fitebimur, et invocabimus nomen vous louerons, ot nous invoquerons vo-
tuum. tre nom.
Narrabimus mirabilia tua : Nous raconterons vos merveilles.
2. cum accepero tempus, ego 2. Lorsque j'aurai pris mon temps, je
justitias judicabo. jugerai avec justice.
3. Liquefacta est terra, et omnes 3. La terre s'est fondue, avec tous ses
qui habitant in ea : ego confir- habitants; moi j'ai affermi ses colonnes.
mavi columnas ejus.
4. Dixi iniquis : Nolite inique 4. J'ai dit aux méchants : Ne commet-
agere; et delinquentibus : Nolite tez plus l'iniquité; et aux pécheurs : Ne
exaltare cornu. levez pas une tête altière.
5. Nolite extollere in altum 5. Ne levez pas contre le ciel un front
cornu vestrum : nolite loqui ad- orgueilleux ; ne tenez pas contre Dieu
versus Deum iniquitatem. des discours pleins d'arrogance,
6. Quia neque ab oriente, neque 6. parce que ni de l'Orient, ni de l'Oc-
ab occidente, neque a desertis cident, ni du côté des déserts des mon-
montibus : tagnes (1), il ne vous viendra de secours.
7. quoniam Deus judex est. 7. car c'est Dieu même qui est votro
juge.
Hune humiliât, et hune exaltât : 11 abaisse celui-ci, et il élève celui-là ;
8. quia calix in manu Domini 8. parce que lo Soigneur tient en sa
vini meri plenus misto. main une coupe de vin pur, plein de
mélange.
Et inclinavit ex hoc in hoc : ve- IlTépanclie d'un côté et de l'autre, sans
rumtamen foex ejus non est exi- que la lie en soit épuisée : tous les pé-
nanita : bibent omnes peccatores cheurs de la terre en boiront.
terne.

(4) « Ni des montagnes du désert, n Sons-cntcndez : ne T O U S viendra le secours,


la délivrance. Ce désert est probablement l'Arabie, où se trouvent les montagnes
siuaïtiques.
PSAUME LXXIV. 151
9. Ego autem annuntiaho in 9. Mais pour moi, je célébrerai à ja-
sœculum : cantabo Deo Jacob. mais, je chanterai le Dieu de Jacob (1).
10. Et omnia cornua peccato- 10. Et je briserai toute la force des
rum confringam : et cxaltabuntur pécheurs ; et le juste sera élovô en gloiro
cornua justi. et en puissance.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume, qui est comme un dialogue entre le Prophète et le


Christ sur le jugement futur (2),
I. — LE PROPHÈTE, AU NOM DES JUSTES, PROMET DE CÉLÉBRER LES LOUANGES D E DIEU t

1° D'esprit et de cœur, pour la gloire de Dieu, et en l'invoquant pour sa


propre utilité ;
2° En racontant aux autres ses merveilles (1).
II. — JÉSUS-CHRIST

1° Prédit qu'au temps marqué il exercera son jugement sur les hommes,
jugement qui fera fondre de crainte les âmes imparfaites, et fortifiera les
parfaites (2, 3) ;
2° Exhorte les impies à renoncer à leur orgueil dans leurs œuvres, dans
leurs pensées, dans leurs discours (4, 5) ;
3° Les avertit qu'ils ne trouveront aucun secours, aucun refuge contre
lui (6) ;
4° Leur annonce le châtiment do leur orgueil : a) ils seront renversés do
leur position élevée (7) ; 6) ils boiront la coupe de la colère de Dieu (8) ;
c) ils passeront d'un supplice à un autre, sans espérance de les voir jamais
finir (9) ;
III. —• Le Prophète, en son nom, promet de célébrer à jamais les louanges
du Dieu de Jacob (9).
IV. Jésus-Christ prédit de nouveau l'humiliation des superbes et l'exal-
tation des humbles (10).

(1) Ex hoc in hoc, ex hoc poculo in hoc poculum, ou ex hac parte in aliam
partem.
(2) Ce Psaume et le suivant ont été composés, disent un certain nombre d'éxé-
gètes, à l'occasion de la défaite miraculeuse de Scnnachcrib et eu action de
grâces de la délivrance du peuple de Dieu.
152 PSAUME LXXIV.

Explications et Considérations.

I. - 1.

y. 1. Les premières paroles de ce Psaume sont comme le cantique


de délivrance et d'actions de grâces qu'entonnent les justes à la pensée
du jugement qui doit les affranchir du joug tyrannique que les m é -
chants ont si longtemps fait peser sur eux : Nous vous louerons, ô
Dieu! nous vous louerons, et nous invoquerons votre nom. Nous ra-
conterons vos merveilles. — Nous devons toujours commencer par
rendre à Dieu nos devoirs, qui sont la louange et l'action de grâces;
ensuite, lui demander ses grâces en invoquant son nom, c'est-à-dire
son secours.
II. - 2 - 9 .
y . 2 . Vous appelez en vous celui que vous invoquez. Qu'est-ce qu'in-
voquer, en effet, si ce n'est appeler en soi-même? Si Dieu est invoqué
p a r vous, c'est-à-dire appelé en vous, à quelles conditions s'appro-
chera-t-il de vous? Il ne s'approche pas de l'orgueilleux. Dieu est
élevé, mais celui qui s'élève n'arrive pas à lui. Lorsque nous voulons
atteindre des objets h a u t placés, nous nous grandissons, et, si nous ne
pouvons y arriver, nous cherchons des instruments et des échelles
pour nous élever à la hauteur de ces objets; Dieu agit en sens con-
traire, ii est élevé et il n'est accessible qu'aux humbles. Il est écrit ;
« Le Seigneur est proche de ceux qui ont brisé leur cœur. » (Ps.
X X X I I I , 19). La contrition du cœur, c'est la p i é t é , c'est l'humilité.
Celui qui est contrit s'irrite contre lui-même, pour que Dieu lui soit
propice; qu'il soit son propre j u g e , pour que Dieu soit son défenseur.
Dieu vient donc lorsqu'il est invoqué. Mais à qui vient-il? Il ne vient
pas vers l'orgueilleux. (S. A U G . ) . Ecoutez un autre témoignage de cette
vérité : « Grand est le Seigneur; il regarde les choses basses, et il
connaît de loin les choses élevées. » (Ps. cxxxvn, 6 ) . Le Seigneur est
grand, il regarde, mais de près, les choses basses, tandis qu'il regarde
de loin les choses élevées. Et parce qu'il est dit que Dieu regarde les
humbles, de peur que les superbes ne se réjouissent de l'espoir de
l'impunité, comme si Dieu, habitant les cieux, ne connaissait pas leur
orgueil; l'Ecriture dit aussi, pour les tenir dans la crainte : Il vous
voit et vous connaît, mais de loin. Il fait le bonheur de ceux dont il
a p p r o c h e ; quant à vous, ô hommes orgueilleux, ô hommes qui vous
élevez a r r o g a m m e n t , vous ne serez pas impunis, car il vous connaît,
PSAUME LXXIV. 153

et vous ne serez pas heureux, parce qu'il vous connaît de loin.


(S. A U G . ) . — Quand Dieu jugera-t-il selon la justice? « Lorsque son
temps sera venu. » Ce n'est pas encore son temps. Rendons-en grâce
à sa miséricorde; il prêche d'abord la justice et il juge ensuite les
justices; car, s'il voulait juger avant de prêcher, qui Irouvcrait-il à
délivrer? qui trouverait-il à absoudre? Maintenant donc c'est le temps
de la prédication : « Je raconterai, » dit-il, « toutes vos merveilles. »
Ecoutez ce narrateur, écoutez ce prédicateur; car il vous dit, si vous
le méprisez : « Quand mon temps sera venu, j e jugerai les justices. »
Aujourd'hui, j e remets les péchés à qui les confesse; plus tard, j e
n'épargnerai pas qui m'aura méprisé, o Seigneur, je célébrerai votre
miséricorde et votre jugement, » (Ps. c, 1 ) , dit le Prophète; en un au-
tre psaume : « Votre miséricorde et votre jugement; » la miséricorde
pour le présent et le jugement pour l'avenir; la miséricorde par
laquelle les péchés sont remis; le jugement, par lequel les péchés seront
punis. Voulez-vous ne pas craindre celui qui punit les péchés? Aimez
celui qui les remet; gardez-vous de le dédaigner, de vous élever avec
orgueil et de dire : je n'ai rien à me faire pardonner. (S. A U G . ) . —
Saint Paul nous apprend qu'il y a, en effet, non-seulement un t e m p s ,
mais un j o u r marqué pour ce jugement de justice que Dieu doit
exercer. « Dieu annonce maintenant aux hommes que tous fassent,
en tous lieux, pénitence, parce qu'il a établi un jour pour juger le
monde selon la justice, par celui qu'il a destiné à en être le juge, con-
firmant la foi de tous en le ressuscitant d'entre les morts. » (Aer. x v n ,
3 0 , 3 1 ) . C'est ce j o u r dont Dieu dit ici : « Lorsque j ' a u r a i pris mon
temps, je jugerai selon les règles de mon infaillible justice. » A Dieu
seul, en effet, il appartient de parler de la s o r t e ; à Dieu seul il appar-
tient de prendre son temps pour juger, pour punir. Il n'exerce pas
encore ce rigoureux et infaillible j u g e m e n t ; il ne fait pas encore ce
discernement terrible entre les bons et les méchants, pourquoi? parce
qu'il prend son temps et qu'il a choisi son j o u r arrêté où il fera paraî-
tre sa justice à la face de tout l'univers. Voilà ce qui explique un des
plus insondables mystères du gouvernement de la Providence sur la
terre, cette patience, cette longanimité, ce silence de Dieu vis-à-vis les
crimes et les prévarications sans nombre des individus comme des na-
tions, patience, longanimité, silence qui vont jusqu'à faire douter,
par faire nier aux impies que Dieu s'occupe des choses humaines.
L'explication de ce mystère de patience eat dans ces paroles : « Lorsque
J'aurai pris mon temps. » Dieu a le temps pour lui et le temps vien-
loi PSAUME LXXIV.
dra. Il y a une chose que vous ne devez pas ignorer, dit saint Pierre:
c'est qu'aux yeux de Dieu, un jour est comme mille ans et mille ans
comme un jour. Ainsi le Seigneur ne retarde point l'accomplissement
de sa promesse, comme quelques-uns se l'imaginent; mais il use
de patience à cause de vous, ne voulant qu'aucun périsse, mais que
tous aient recours à la pénitence. (II P I E U , m , 9 1 0 ) . — Le sens pre-
mier et littéral de ce verset est que Dieu jugera selon les règles de la
justice, et non pas les justes, selon l'explication d'un assez grand
nombre d'interprètes; cependant, ce dernier sens peut être admis sous
le bénéfice des leçons importantes qu'il renferme : « Vous qui désirez
l'avènement de votre Sauveur, craignez l'examen sévère du juge,
craignez celui qui a dit : Je scruterai, je visiterai Jérusalem la lampe
à la main. » Sa vue est perçante, rien ne peut échapper à ses regards.
Il scrutera les reins ot les cœurs, ot la pensée de l'homme sera forcée
de rendre hommage à sa justice. Quoi d'assuré pour Babyione, si Jé-
rusalem doit être examinée de la sorte? Jérusalem est ici le symbole
de ceux qui, dans ce monde, imitent, par la profession de la vie sa-
cerdotale ou religieuse, la sainteté des habitants de la céleste Jérusa-
lem , tandis que Babyione représente ceux qui sont dans la perturbation
de tous les vices et la confusion de tous les crimes. C'est de ces pécheurs
manifestes que saint Paul dit : « Les péchés de quelques-uns sont
connus avant le jugement, » (I T I M . V , 24); ils réclament le châtiment
bien plutôt que l'examen et le jugement. Mais pour mes péchés à moi,
qui suis religieux, prêtre, habitant de Jérusalem, ils sont cachés, cou-
verts par le nom et l'habit de religieux; « ils ne peuvent être connus
qu'après e x a m e n ; » ils ont besoin d'être recherchés et discutés avec
le plus grand soin, et ne peuvent sortir des ténèbres pour venir au
grand j o u r qu'à l'aide de flambeaux. C'est à cette recherche scrupu-
leuse, à cet examen sérieux que fait allusion le Psalmiste, quand il dit
au nom du Seigneur : « Lorsque j ' a u r a i pris mon temps, je jugerai les
justices. » (S. B E R N . Serm. L V in Cant.). — Il y a un sens sublime dans
cette expression, « q u a n d j ' a u r a i pris le temps de juger; » elle fait con-
naître que le temps est en la main de Dieu et qu'il en dispose comme
il lui plaît; elle nous avertit d'être toujours prêts à rendre compte de
nos actions, parce que, dans tous les moments, nous pouvons être cités
au tribunal du souverain Juge. Dieu nous accorde le temps pour nous
préparer à son jugement, et il nous cache les bornes de ce temps,
afin que nous ne cessions point de nous préparer. ( B E R T U I E R ) . —
« Lorsque le temps marqué sera venu, alors j e jugerai, » pour nous
PSAUME LXXIV. 155

faire entendre qu'à son égard môme, il y a un temps de juger et un


temps de pardonner. Et, nous dit saint Grégoire, par une témérité
insoutenable, nous voulons juger en tout temps. Avant que Dieu ait
pris le sien, nous prenons le nôtre, et nous le prenons, parce qu'il nous
plaît et comme ii nous plaît. ( B O U U D . Jug. lém.).
f. 3. Ce n'est pas le chœur des justes qui prend ici la parole, comme
le pense Bellarmin, mais le Seigneur qui continue de parler : « La
terre est en fusion et ses habitants se sont écoulés. » Au jour du j u -
gement, la terre et tous ceux qui l'habitent seront détruits. Le Sei-
gneur en parle comme d'une chose déjà faite, pour marquer la certi-
tude de l'événement. L'apôtre saint Pierre atteste la môme vérité :
« Les cieux et la terre qui existent maintenant se conservent par la
même parole et sont réservés pour ôtre brûlés par le feu au jour du
jugement et de la ruine des impies. » (Il P I E U . , m , 7). Au spectacle
des événements terribles qui précéderont ces grandes assises du juge-
ment général, « les hommes sécheront do frayeur dans l'attente de ce qui
doit arriver à l'univers. » (Luc. xxi, 26). Cependant, le Seigneur dé-
clare qu'il a consolidé et affermi les colonnes, les soutiens d e l à terre,
pour qu'elle ne fût pas réduite en cendres, et qu'il a fortifié les justes
qui en sont les colonnes, afin qu'ils puissent lever la tête, parce que
leur rédemption approche. Le prophète Joël prédit à la fois cette ter-
reur des habitants de la terre, et cette force que donnera le Seigneur
à ses élus : « Le Seigneur rugira du haut de Sion, et sa voix retentira
dans Jérusalem; le ciel et la terre seront ébranlés; le Seigneur sera
le refuge de son peuple et la force des fils d'Israël. » ( J O Ë L , m, 16).—
Ces paroles expriment aussi, si l'on veut, cette corruption générale de
la terre, toute fondue dans la mollesse et les délices de cette vie, et
Dieu en tire quelques-uns de cette masse corrompue et les affermit
dans sa grâce comme ses colonnes. « La terre s'est comme fondue, » et
qu'entendez-vous par cette terre? Tous ceux qui l'habitent, c'est-à-
dire ceux dont toutes les pensées, toutes les affections ont la terre
pour unique objet, car chacun est, en réalité, ce qu'il aime. Si vous
aimez la terre, vous êtes terre; si vous aimez Dieu, vous êtes du nom-
bre de ceux à qui le Seigneur dit par la bouche de son Prophète :
« Vous êtes des dieux. » La terre est en fusion, quand les cœurs des
hommes s'amollissent, se fondent et se liquéfient dans la fournaise
impure des vices, des concupiscences, des prévarications qui les souil-
lent et les flétrissent.
fi. 4-7. C'est le Psalmiste ou, si l'on veut, le Seigneur qui parle
156 PSAUME LXXIV.
dans ce verset, et tire du discours de Dieu la conséquence que les im-
pies et les méchants ont lieu de redouter l'inévitable jugement de
Dieu. — « N e vous élevez donc pas, et quo vos paroles n'imputent
point à Dieu l'iniquité. » Ecoutez maintenant le langage d'un grand
nombre d'hommes : que chacun de vous l'écoute et soit touché de
componction. Que disent ordinairement les hommes? Est-ce que véri-
tablement Dieu juge les choses humaines? est-ce là le jugement de
Dieu? Ou encore : Dieu s'occupe-t-il de ce qui se passe sur la terre?
il y a tant d'injustes qui regorgent de tous les biens et tant d'inno-
cents qui sont accablés de maux ! Mais voilà qu'à cet heureux du siècle
arrive j e ne sais quel malheur, châtiment et avertissement dè Dieu';
il n'ignore pas l'état de sa conscience, il n'ignore pas qu'il peut avoir
à souffrir en raison de ses péchés , où prendra-t-il donc ses arguments
contre Dieu? Il ne peut dire, je suis j u s t e ; que pensons-nous donc
qu'il d i r a ? Il y en a de plus injustes que moi, et cependant ils ne
souffrent pas de tels maux. Voilà l'iniquité que les hommes imputent
à Dieu par leur langage. Voyez quelle injustice, car cet homme, en
voulant paraître juste, accuse Dieu d'injustice, celui par le jugement
de qui il souffre, et prétend être juste, puisqu'il dit souffrir injuste-
m e n t . Je vous le demande, mes frères, est-il équitable que Dieu soit
regardé comme injuste et vous commejustes? Or, q u a n d vous tenez un
pareil langage, vos paroles imputent à Dieu l'iniquité. ( S . A U G . ) . —
En ce jour, le juste juge détruira tous les prétextes, anéantira toutes
les excuses que les pécheurs essaieront d'opposer aux coups de sa
justice : « J'ai dit aux méchants : ne commettez plus l'iniquité, et aux
pécheurs dont l'impiété provoquait ma colère : ne vous autorisez pas
de mon a p p u i pour renouer le fil de vos iniquités, et surtout n'allez
pas lever la tête contre moi et recommencer vos blasphèmes. » Quelle
excuse leur restera-t-il? sous quelles circonstances atténuantes pour-
ront-ils se réfugier? — Le j u g e de vos iniquités, c'est Dieu. Si c'est
Dieu, il est présent partout. En quel endroit vous soustraire aux yeux
de Dieu, pour y dire quelque chose qu'il n'entende pas? Si le jugement
de Dieu vient du côté de l'Orient, fuyez en Occident et dites contre
Dieu ce que vous voudrez; s'il vient de l'Occident, passez en Orient et
là, parlez sans vous contraindre; s'il vient des déserts et des monta-
gnes, allez au milieu des peuples, et là murmurez tout bas contre lui.
Celui-là ne j u g e d'aucun lieu qui est caché partout et évident partout,
que personne ne peut voir tel qu'il est et que personne n'a le pouvoir
d'ignorer. Voyez donc ce que vous faites. Vos paroles imputent à
PSAUME LXXIV. 157

Dieu l'iniquité. Or, l'Ecriture vous dit : « L'Esprit du Seigneur a r e m -


pli l'univers et, comme il contient tout, il connaît tout ce qui se dit :
c'est pourquoi celui qui prononce des paroles d'iniquité ne peut res-
ter caché. » ( S A G . I, 7 , 8 ) . Ne croyez donc pas que Dieu soit dans tel
ou tel lieu : il est avec vous ce que vous êtes vous-même. Que signi-
fie ce que vous êtes vous-même? Bon, si vous êtes bon, et méchant à
vos yeux, si vous êtes méchant; secourable, si vous êtes b o n ; ven-
geur de vos fautes, si vous êtes méchant. Vous avez un j u g e au-dedans
de vous. Peut-être voulez-vous faire quelque mal, vous quittez les
lieux publics pour vous réfugier dans le secret de votre maison, où
nul ennemi ne puisse vous apercevoir; des endroits de votre maison
qui sont accessibles à tous et exposés aux regards, vous vous retirez
dans votre c h a m b r e ; même encore dans votre chambre vous craignez
un témoin, vous vous retirez dans votre cœur et vous y réfléchissez i
Dieu est là, plus intime encore pour vous que ce fond de votre c œ u r .
Quelque p a r t donc que vous fuyiez, Dieu s'y trouve. Où vous fuirez-
vous vous-même? Est-ce que vous ne vous suivez pas, en quelque lieu
que vous vous fuyiez? Mais, puisque Dieu est encore plus au fond d e
votre cœur que vous-même, vous n'avez point où fuir Dieu irrité, si
ce n'est entre les bras de Dieu apaisé. Vous ne pouvez fuir nulle a u t r e
part. Voulez-vous vous dérober à Dieu? Jetez-vous en Dieu, en l u i -
même. Que vos paroles, par conséquent, n'imputent point à Dieu
l'iniquité, môme dans le lieu secret où vous parlez. (S. A U G . ) — « Pensez
ici ce que vous pourrez r é p o n d r e ; » pensez-y pendant qu'il est temps,
et que la pensée en peut être utile. N'alléguez plus vos faiblesses, no
mettez plus votre appui en votre fragilité. La nature était faible, la
grâce était forte; vous aviez une chair qui convoitait contre l'esprit,
vous aviez un esprit qui convoitait contre la chair; vous aviez des ma-
ladies, vous aviez aussi des remèdes dans les sacrements; vous aviez u n
tentateur, mais vous aviez aussi un Sauveur; les tentations étaient
fréquentes, les inspirations ne l'étaient pas moins ; les objets étaient
toujours présents, et la grâce élait toujours prêle, et vous pouviez du
moins fuir ce que vous ne pouviez pas vaincre. Enfin, de quelque côté
que vous vous tourniez, il ne vous reste plus aucune défaite, aucun
subterfuge, ni aucun moyen d'évader; vous êtes pris et convaincu.
C'est pourquoi le prophète Jérémie dit que « les pécheurs seront en ce
jour comme celui qui est pris en flagrant délit. » ( J É U É M . H , 2 6 ) , Il
ne peut pas nier le fait; il ne peut pas l'excuser; il ne peut ni se dé-
fendre p a r la raison, ni s'échapper par la fuite. ( B O S S U E T ) . — « Il no
158 PSAUME LXXIV.

vous viendra aucun secours du côté des astres qui se lèvent, ni du côté
des astres qui se couchent, ni du côté des déserts des m o n t a g n e s , car
c'est Dieu môme qui est votre j u g e . » Voilà la grande raison qui ferme
toutes les bouches, clôt toute discussion et rend impossible toute dé-
fense. «Le juge, c'est Dieu ; » c'est-à-dire celui qui est toute intelligence,
toute science, toute sagesse, toute puissance; celui qui est la justice
souveraine et, par conséquent, inévitable; divine et, par conséquent,
infinie... « Parce que c'est ce Dieu même qui est j u g e . » — Ii n'y a
point de ressource contre le jugement de Dieu. Que le pécheur se
transporte à l'Orient, à l'Occident, dans les déserts, dans les creux des
rochers, dans les gorges des montagnes, Dieu est juge p a r t o u t ; rien
n'échappe ni à ses connaissances, ni à la force de son bras. Il hu-
milie les grands, s'ils ont été orgueilleux, et ii élève les pauvres qui
ont été humbles de cœur; il a dans sa main la coupe d'où il verse le
vin de sa colère, selon l'expression des Prophètes, et il faut que les
pécheurs boivent ce calice d'amertume j u s q u ' à la lie. Tel est la fin des
destinées humaines. C'est à ce tribunal de toute vérité et de toute
justice que vont aboutir toutes nos pensées, tous nos projets et toutes
nos œuvres. On ne pourra prétexter contre ce tribunal, ni l'ignorance,
toutes les pages des saints livres nous l'annoncent; ni les passions, la
pensée de ce tribunal en est le remède; ni la faiblesse de notre nature,
des millions de saints aussi faibles que nous se sont rendus favorables
lo souverain J u g e ; ni l'embarras des soins de la terre, notre premier
soin devait être de nous occuper du jugement de Dieu. Ce sera un des
plus grands remords des réprouvés de penser qu'ils sont condamnés
p a r un tribunal dont le souvenir devait les sauver. ( B E R T J I I E R ) .
y. 8 , 0 . « Dieu abaisse l'un et élève l'autre. » Qui est abaissé, qui est
élevé par ce Juge souverain? Examinez les deux hommes qui étaient
ensemble dans le temple, et vous verrez quel est celui qu'il a abaissé
et celui qu'il élève. (Luc. x v m , 1 0 , II). «Quiconque s'élève sera abaissé
et quiconque s'abaisse sera élevé. » Voilà le verset du Psaume expli-
que. Que fait Dieu lorsqu'il j u g e ? Il abaisse l'un et élève l'autre; il
abaisse les superbes et il élève les humbles. (S. A U G . ) — Cette coupe
que Dieu incline tantôt sur un peuple, sur des individus, tantôt sur
d'autres, scion que sa justice et sa miséricorde le demandent, est celle
dont le Seigneur disait à Jérémie : « Prends de ma main la coupe du
vin de ma fureur et tu feras boire toutes les nations vers lesquelles je
t'enverrai. El elles boiront, et elles seront troublées, et elles chancel-
leront à la vue du glaive que j'enverrai p a r m i elles. Et j e reçus la
PSAUME LXXIV. 150

coupe de la main du Seigneur, et j ' e n fis boire à toutes les nations


vers lesquelles le Seigneur m'a envoyé... Et tu leur diras : Voici ce que
dit le Seigneur des armées, le Dieu d'Israël : Buvez et enivrez-vous
jusqu'au dégoût; et tombez, et ne vous relevez plus devant le glaive
que j ' e n v e r r a i parmi vous. S'ils ne veulent pas recevoir la coupe de ta
main pour boire, tu leur diras : Voici ce que dit le Seigneur des a r -
mées : « Vous boirez sans relâche. » ( J É R É M . X X V , 15, 28). — C'est
celte coupe dont Dieu disait à l'infidèle Jérusalem : « Tu as marché
dans la voie de ta sœur (Samarie), et je te mettrai dans la main son
calice. Voici ce que dit le Seigneur Dieu : Tu boiras le calice de ta
sœur, calice large et profond, et tu seras en dérision et en o p p r o b r e ,
car ce calice est immense. Et dans ce calice tu t'enivreras de douleur,
et tu boiras l'affliction et la tristesse dans le calice de ta sœur Sama-
rie. Et tu le boiras et lu l'épuiseras jusqu'à la lie, et tu en dévoreras
les débris. » (EzEcn. X X I I T , 31, 34).— Que le saint et divin Psalmiste a
célébré divinement cette belle distinction de biens et de maux 1 J'ai
vu, dit-il, dans la main de Dieu, unecoupe remplie de trois liqueurs :
il y a premièrement le vin pur, « vint meri ->; il y a secondement le
vin mêlé; enfin, il y a la lie. Que signifie le vin p u r ? la joie de l'éter-
nité, joie qui n'est altérée par aucun mal, mêlée d'aucune a m e r t u m e .
Que signifie cette lie? sinon le supplice qui n'est tempéré d'aucune
douceur. Et que représente ce vin mêlé? sinon ces biens et ces maux
que l'usage peut faire changer de nature, tels que nous les éprouvons
dans la vie présente. O la belle distinction des biens et des maux que
le Prophète a chantée 1 mais la sage dispensation que la Providence
en a faite ! Voici les temps de mélange ; voici les temps de mérite, où
il faut exercer les bons pour les éprouver, et supporter les pécheurs
pour les attendre : qu'on répande dans ce mélange ces biens et ces
maux mêlés, dont les sages savent profiter, pendant que les insensés
en abusent, mais ces temps de mélange finiront. Venez, esprits purs,
esprits innocents, venez boire le vin pur de Dieu, sa félicité sans mé-
lange. Et vous, ô méchants endurcis, méchants éternellement séparés
des justes, il n'y a plus pour vous de félicité, plus de danses, plus de
banquets, plus de j e u x ; venez boire toute l'amertume de la vengeance
divine. ( B O S S U E T , Serm. sur la Prov.).— La Providence de Dieu porte
dans sa main une coupe pleine d'un vin rude et amer à la cupidité;
elle y mêle tout ce qui est contraire aux passions et qui est propre à
les punir; elle agite cette coupe et en remue les désagréables liqueurs,
scion le besoin qu'en ont ceux à qui elle la présente. S'ils n'étaient
460 PSAUME LXXIV.

pas privés du goût de la vérité et de la justice, ils lui rendraient


grâces de ce qu'elle répand sur leurs injustes désirs de salutaires
amertumes, selon l'expression de saint Augustin... Les plus justes ont
besoin de boire dans cette coupe et d'y boire même plus d'une fois.
Sans ce contre-poison, leur vertu même les cnllcrait; sans ce moyen
d'expier leurs péchés, ils les connaîtraient peu et n'en feraient qu'une
pénitence imparfaite. Ceux qui sont témoins de leurs épreuves et qui
n'en savent ni les raisons ni la nécessité, les plaignent comme malheu-
reux, ou passent même jusqu'à les regarder comme également indi-
gnes de l'attention de Dieu et de celle des hommes. Mais c'est par ces
épreuves qu'ils sont purifiés et qu'ils deviennent dignes de la qualité
d'enfants de Dieu... Les afflictions communes ici aux bons et aux
méchants, au peuple de Dieu et aux nations infidèles, sont plu-
tôt des leçons que des châtiments ; elles ne sont que de légers écou-
lements de la coupe, très-différents de la lie réservée aux impies, aux
pécheurs impénitents. Cette lie qui est au fond de la coupe est une
figure du dernier temps et d'une justice sans mélange de miséricorde.
(RENDU).

III. — 10.

f. 10. « Et je briserai toutes les cornes des pécheurs. » Les pécheurs


ne veulent pas qu'on leur brise les cornes; mais nul doute que ces
cornes ne soient brisées à la (in. Ne voulez-vous pas que Dieu les brise
à ce dernier moment? Brisez-les vous-même dès aujourd'hui. Vous
avez entendu ce qui est dit plus h a u t ; tenez grand compte de ces pa-
roles : « J'ai dit aux injustes : Gardez-vous de commettre l'iniquité,
et j ' a i dit à ceux qui l'avaient commise, gardez-vous de lever la corne. »
Si quand on vousdit: « Gardez-vousde lever lacorne, » vous méprisez ce
conseil et levez orgueilleuscmentle front, la fin viendra et alors s'accom-
plira celle menace : « Je briserai toutes les cornes dos pécheurs, et les
cornes des justes seront élevées. » Les cornes des pécheurs, ce sont
les vaines dignités de l'orgueil; los cornes des justes, ce sont les dons
du Christ. En effet, on entend par corne tout ce qui est élevé. Haïssez
en cette vie toute élévation terrestre, pour arriver à l'élévation céleste.
Si vous aimez les grandeurs de la terre, Dieu ne vous admettra point
aux grandeurs du ciel, et, pour votre contusion, il vous brisera les
cornes; de même que ce sera votre gloire, s'il élève alors vos cornes.
C'est maintenant le moment do choisir, alors il sera trop lard. Vous
ne pourrez dire alors : laissez-moi, je vais faire mon choix, car vous
PSAUME LXXV. 161

êtes prévenu par cette menace : « J'ai dit aux impies. » Si je n'ai rien
dit, préparez vos excuses, préparez votre défense; si, au contraire,
j'ai dit, faites d'avance votre confession pour ne point arriver à votre
condamnation ; car alors toute confession sera inutile et loute défense
impossible. (S. A U G . ) . — L'orgueilleux est comme ce monstre terrible
que vit Daniel : il avait de longues dents de fer, m a n g e a n t et
brisant, et foulant les restes avec ses pieds; il était différent de toutes
les autres bêtes et il avait dix cornes. (DAN. VU, 7 ) . Ces dix cornes de
l'impie et du pécheur orgueilleux sont : 1 ° la science infatuée, enflée
d'elle-même; 2° la prudence du monde; 3° la vaine gloire; 4° la p r é -
somption; 5 ° l'arrogance; 6 ° la superbe; 7* la beauté corporelle; 8 °
l'amour des voluptés; 9 ° les richesses de la t e r r e ; 1 0 ° les honneurs,
les dignités, les faveurs du monde. La petite corne qui s'élève du mi-
lieu d'elles, avec des yeux semblables à ceux d'un homme et une
bouche qui proférait de grandes choses, est l'hypocrisie ajoutée à tous
les vices qui précèdent.

PSAUME LXXV.
In finem, in laudibus, Psalmus Pour la fin, parmi les Cantiques,
Asaph, Canticum ad Assyrios. Psaume d'Asaph. Cantique contre les
Assyriens.
1. Notus in Judaea Deus : in 1. Dieu est connu dans la Judéo ; son
Israël magnum nomen ejus. nom est grand dans Israël.
2. Et factus est in pace locus Son séjour est dans la ville de paix
ejus : et habitatio ejus in Sion. et son habitation dans Sion.
3. Ibi confregit potentias ar- 3. C'est là qu'il a brisé toute la force
cuum, scutum, gïadium, etbellum. des arcs, les boucliers et les épôes; il a
éteint la guerre.
4. Illuminans tu mirabilitcr a 4. Vous avez fait briller miraculeuse-
montibus aiternis : ment votre splendeur du haut des mon-
tagnes éternelles,
5. turbati sunt omnes insipien- 5. et tous les cœurs insensés ont été
tes corde. troublés.
Dorinicrunt somnum suum : et Us ont dormi leur sommeil; et tous
nihil invenerunt omnes viri divi- ces hommes do richesses n'ont rien
tiarum in rnanibus suis. trouvé dans leurs mains.
6. Ab incre patio ne tua, Deus G. A votre voix menaçante, Dieu do
Jacob, dormitaverunt quiascende- Jacob, ceux qui montaient les chevaux so
runt equos. sont endormis (1 ).
7. Tu terribilis es, et quis rc- 7. Vous êtes terrible; et qui pourra
sistettibi? ex tune ira tua. vous résister lorsque votre colère écla-
tera?
(1) « Ils ont dormi leur sommeil, » le sommeil de la mort Ils furent exterminés
durant la nuit, et dormirent sans discontinuer du sommeil naturel et du som-
meil de la mort. — « Ceux qui montaient les chevaux, » pour exprimer l'orgmû
dos Assyriens, qui se confiaient dans leur nombreuse cavalerie.
TOME II, 11
162 PSAUME LXXV.
8. De cœlo auditum fecisti judi- 8. Du haut du ciel vous avez fait en-
cium : terra tremuit et quievit, tendre le jugement; la terre a tremblé,
et s'est tenue en silence,
9. Cum exurgeret in judicium 9. lorque Dieu s'est levé pour rendre
Deus, ut salvos faceret omnes justice, aiin de sauver tous ceux qui sont
maiisuetos terrai. doux sur la terre.
10. Quoniam cogitatio hominis 10. La pensée de l'homme vous Jouera;
confitebitur tibi : et reliquiie co- et le souvenir qui lui restera de cetto
gitationis diem festum agent tibi. pensée le tiendra devant vous dans une
tête perpétuelle (1).
11. Vovete, et redditc Domino 11. Faites des vœux au Seigneur votre
Deo vestro, omnes qui in circuitu Dieu, et accomplissez-les, vous tous qui
ejus affertis munera, environnez son autel pour offrir des
présents
Terribili, A celui qui est vraiment terrible,
12. et ei qui aufert spiritum 12. qui ôte la vie aux princes, qui est
principium, terribili apud reges terrible aux rois de la terre.
terra.

Sommaire a n a l y t i q u e .
Ce Psaume, où l'auteur inspiré prédit la victoire des Juifs contre Scnna-
cherib, contre les Assyriens, et, à la suite do la victoire, une paix parfaite
dans Jérusalem, peut être considéré, dans un sens non moins véritable,
comme un chant triomphal de l'Eglise chrétienne, victorieuse de ses en-
nemis.
I. — LE PROPHÈTE CÉLÈBRE LES FRUITS DE CETTE VICTOIRE QUI SONT :

1° La connaissance et la gloire de Dieu, répandues partout (1),


2° L'affermissement de la paix au sein de l'Eglise (2) ;
3° L'idolâtrie et l'hérésie vaincues (3) ;
4° La doctrine céleste éclairant tous les esprits de sa divine lumière (4).
IL — IL ÉNUMÈBE LES EFFETS PRODUITS PAR CETTE VICTOIRE SUR LES ENNEMIS *.

p
1° Ils seront troublés à cause de leur folio (.i) ;
2° Dépouillés à cause do leur avarice (5);
3° Renversés et abattus à cause de leur orgueil (0) ;
4° Epouvantés et réduits au silence devant le juste Juge, tonnant du
haut des cieux, ébranlant la terre, comprimant les impies, jugeant tous
les hommes et sauvant les justes (7-9).
(1) Dans l'hébreu, ou lit : Quoynam ira hominis confitebitur tibi, etc., o'est-a-
dirc les hommes qui s'étaient irrités contre toi, tes ennemis, se convertiront et
te loueront; ceux d'entre eux que tu n'auras pas détruits, les restes de tes en-
nemis célébreront une fête en ton houncur. (VVEITKNAUKU et L E Ilm.) — Ce verset
très-obscur peut recevoir cet autre sens. Le Prophète vient de parler du juge-
ment de Dieu, et il en marque ici le résultat : c'est (pic la pensée de l'homme
rendra gloire au Seigneur au jour dé ce jugement, et qu'ensuite les restes do
cette pensée, le souvenir de la délivrance du peuple de Dieu, ne cesseront point
de célébrer les grandeurs de cet Être suprême.
PSAUME LXXV. 163
III. — IL CÉLÈBRE LE SOUYENIR D'AUSSI GRANDS BIENFAITS :

1° Par une confession publique et des fêtes de joie (10) ;


2° Par des vœux faits et accomplis avec des présents (II);
3° Par la crainte d'un Dieu si terrible, même pour les puissants de la
terre (12).

Explications et Considérations.

I. — 1-4.

f. 1 . Dieu est connu dans la Judée, et nous le dirons avec les Juifs, s'ils
savent comprendre ce que c'est que la Judée...'Ceux qui maintenant se
glorifient du nom de Juifs, et qui en ont perdu les œuvres, ont dégé-
néré de leurs pères, et, p a r l a même, ils restent Juifs selon la chair et
païens selon le c œ u r . . . Aux approches de l'avènement du Seigneur,
le royaume des Juifs fut renversé et enlevé aux Juifs. Maintenant, ils
n'ont plus de royaume, parce qu'ils refusent de reconnaître le roi v é -
ritable. Voyez s'ils doivent encore être appelés Juifs. On ne peut plus
les appeler de ce nom, ils y ont eux-mêmes renoncé, si bien qu'ils n e
méritent plus d'être appelés Juifs, si ce n'est selon la chair. A quel
moment se sont-ils eux-mêmes séparés de ce nom ? Au moment où, p a r
leurs cris meurtriers, ils ont sévi contre le Christ, eux la race de J u d a ,
contre le rejeton de David; au moment où ils ont répondu à Pilate :
« Nous n'avons point d'autre roi que César. » (JEAN, XIX, 1 5 . ) O vous
qui êtes appelés enfants de J u d a et qui ne l'êtes pas, si vous n'avez
d'autre roi que César, J u d a cesse donc de vous donner un roi ? celui
qui est l'héritier des promesses est donc venu ? Ceux-là donc ont plu-
tôt le droit d'être appelés Juifs, qui de Juifs sont devenus chrétiens.
Les autres Juifs qui n'ont pas cru au Christ ont mérité de perdre
même ce nom. La véritable Judée est donc l'Eglise du Christ, qui croit
à ce roi venu de la tribu de J u d a par la Vierge-Marie... Nous devons
interpréter le nom d'Israël comme celui de Judée, et dire que les Juifs
ne sont pas plus le véritable Israël que les véritables Juifs. En effet,
qui mérite de porter le nom d'Israël ? celui qui voit Dieu. Et com-
ment ont-ils vu Dieu, ces hommes au milieu desquels Dieu a vécu dans
la chair, et qui, ne l'ayant pris que pour un homme, l'ont crucifié ?
D'autre part, après sa résurrection, il n'a manifesté sa divinité qu'à
ceux à qui il lui a plu de se montrer. Ceux-là donc sont dignes d'être
appelés du nom d'Israël, qui ont mérité de comprendre que le Christ,
dans sa chair mortelle, était Dieu ; de sorte qu'ils n'ont pas méprisé ce
164 PSAUME LXXV.
qu'ils voyaient en lui, et qu'au contraire ils ont adoré ce qu'ils ne
voyaient pas. (S. A U G . ) — La connaissance de Dieu a été long-
temps le privilège du peuple juif; elle fut sa gloire, au milieu
de l'aveuglement de toutes les autres nations. Elle redeviendra
son partage quand enfin il ouvrira les yeux à la pure lumière
de l'Evangile. Jusqu'à cette heureuse é p o q u e , qui semble s'ap-
procher, c'est à l'Eglise chrétienne, à l'Eglise des gentils que s'ap-
plique ce simple et magnifique éloge du saint Prophète : « Le
Seigneur est connu dans la Judée. » La connaissance de Dieu, ces
deux mots renferment tous les trésors de la science, tous les secrets
du b o n h e u r , toutes les splendeurs de la gloire ; et c'est là ce que
Dieu avait donné aux Juifs, par préférence à toutes les autres nations ;
c'est là ce qu'il a donné, avec une plus grande magnificence, aux chré-
tiens, ce qu'il donnera aux élus avec une générosité sans mesure et
sans fin. ( R E N D U . ) — Tout le devoir de l'homme, tout son objet,
toute sa n a t u r e , toute sa gloire est de connaître Dieu. Voici la
parole du Seigneur : Que le sage ne se glorifie point de sa sagesse,
que l'homme fort ne se glorifie point de sa force, que le riche ne se
glorifie pas de ses richesses ; mais que celui qui veut se glorifier
se glorifie uniquement de me connaître, car j e suis le Seigneur, et
c'est à moi qu'il appartient de faire miséricorde et justice. ( J É R É M . ,
IX, 23, 24.) — Cette vérité, si simple, si claire, si essentielle, qui
est une des premières que l'Eglise catholique enseigne à ses enfants,
est à peu près inconnue maintenant de la plupart des chrétiens. Con-
naître Dieu est le moindre de leurs soucis et la dernière de leurs
occupations. — Depuis les temps les plus reculés, mais surtout
depuis les jours d'Abraham, Dieu et la vérité n'avaient été connus
sur la terre qu'au sein d'une seule famille, d'une seule descendance,
qui bientôt était devenue une nation. Or, toutes les pages de l'Ecriture
avaient annoncé comme un des plus importants événements de l'a-
venir le retour du reste de l'univers à la vérité, à la connaisance du
vrai Dieu. — Donc ce que le Prophète royal disait de la Judée et
d'Israël, nous pouvons le dire, à plus forte raison, de l'Eglise de la
nouvelle loi, de l'Eglise catholique, universelle. — Là Dieu est connu,
là son nom est révéré et glorifié, là sa royauté est acclamée, là sa loi
est observée ; en un mot, selon la belle définition du Concile de Trente
expliquant le début do l'Oraison dominicale, « le règne de Dieu et du
Christ, c'est l'Eglise. » licgnum Chrisli quod est Ecclesia. (Mgr P I E ,
Disc, et Instr. t. vi, 445 ; m 445.)
PSAUME LXXV.
f. 2. L'Eglise chrétienne est le lieu de la véritable paix ; hors de
son sein, il n'y a que trouble, tumulte et confusion. — L e cœur du
juste exempt du trouble, du tumulte et de l'agitation des passions,
vrai lieu de paix que Dieu choisit pour sa demeure. Si nous voulons
devenir le lieu d'habitation du Seigneur, son tabernacle et son t e m -
ple, soyons vigilants à l'exemple dos saints, et appliquons-nous à
conserver la paix. (S. J É R . , Ep. xxxvi.)
3. « Là il a brisé la puissance des arcs et le bouclier et le glaive
et la guerre. » Où les a-t-il brisés? Dans cette paix éternelle, dans
cette paix parfaite. Et dès maintenant ceux qui ont une foi parfaite
voient qu'ils ne doivent pas présumer d'eux-mêmes, et ils brisent, à
l'aide de cette foi, toute la puissance des menaces qu'ils ressentent en
eux-mêmes et tout ce qu'il y a en eux d'armes capables de nuire, et
tout ce qu'ils regardaient comme précieux pour se préserver contre
les maux temporels, et la guerre qu'ils soutenaient contre Dieu en
défendant leurs péchés : Dieu a tout brisé dans Sion. (S. A U G . ) —
La paix fait le caractère de la demeure du Très-Haut : paix dans l'an-
cien Israël, tant qu'il sut estimer l'avantage d'appartenir à Dieu ;
paix dans l'âme des chrétiens, tandis qu'ils se tiennent unis à Jésus-
Christ; enfin, paix éternelle et inaltérable dans les habitants du ciel,
parce qu'ils sont établis dans le séjour où il n'y a plus ni crainte, ni
deuil, ni douleur. (BfiRTHfER.) — Les ennemis de l'Eglise, aussi bien
que du chrétien sont terribles et redoutables, ils sont nombreux et
forts, ils joignent l'adresse à la force pour nous perdre ; mais, parce
que Dieu a choisi l'Eglise et l'âme du juste, ni les arcs, ni les ôpées
ne sont capables de l'en chasser; et si la guerre ne cesse pas entiè-
rement d u r a n t cette vie, la paix parfaite n'étant que pour le ciel,
Notre-Seigneur nous a donné l'assurance qu'il briserait toute la force
de nos ennemis et qu'il vaincrait en nous le monde et le prince du
monde, comme il les a vaincus lui-même. ( D U G U E T )
f. 4 . Quelles sont ces montagnes éternelles du haut desquelles Dieu
répand une admirable lumière ? Celles que Dieu a rendues éternelles;
ceux qui sont les grandes montagnes, les prédicateurs de la vérité.
Vous répandez la lumière, mais par vos montagnes éternelles. Les
hautes montagnes reçoivent les premières votre lumière, et toute la
terre est bientôt inondée de la lumière que les montagnes reçoivent.
Les Apôtres sont les hautes montagnes qui ont reçu la lumière. Les
Apôtres ont reçu comme les premiers feux de celte lumière à son
lever. (S. A U G . ) — Et ce qu'ils ont reçu l'ont-ils gardé pour e u x ?
166 PSAUME LXXV.
Non, ils l'ont répandu dans l'univers entier : «Vous répandez une
admirable lumière par les montagnes éternelles. » Par ceux que vous
avez faits éternels, vous avez promis aux autres la vie éternelle. C'est
avec justesse et magnificence que le Prophète a dit : « Vous r é p a n -
dez, » afin que nul ne puisse se dire éclairé par les montagnes seules.
La lumière qui vient de ces montagnes est une lumière réfléchie ; il
faut s'atlacher à la lumière primitive, à celui qui a éclairé ces m o n -
tagnes. ( S . A U G . ) — La prière, moyen le plus simple et le plus facile
de dissiper l'obscurité dont notre âme est souvent enveloppée. Que
fait le soleil pour dissiper les nuages ? il se montre et la lumière se
fait. De même, dans ces doutes qui traversent l'âme, prions au lieu de
disserter, et un rayon de la grâce changera le crépuscule en lumière
sereine. Attachons-nous à Dieu par l'amour, et l'intelligence trouvera
toujours assez de lumières. Les clartés ne manquent jamais aux cœurs
purs, dans ces sentiers qui conduisent aux montagnes de l'éternité,
et à chaque détour plus obscur, la vérité brille toujours assez pour
tous ceux qui n'ont pas intérêt à s'égarer. (Mgr L A N D R I O T , Prière i, 25.)

2. — 5-9.

f. 5, 6. « Tous ceux dont le cœur est insensé ont été troublés. » La


vérité a été prêchée, la vie éternelle a ôté annoncée, on a enseigné
qu'il existe une autre vie qui n'appartient pas à ce monde ; les hommes
éclairés p a r les montagnes que Dieu avait éclairées ont méprisé la vie
présente et aimé la vie future; au contraire, ceux dont le cœur est
insensé ont été troublés. P a r quoi ? par la prédication de l'Evangile.
Qu'est-ce donc que la vie éternelle? qui donc est ressuscité d'entre
les morts ? Les Athéniens se sont étonnés, ils ont été troublés, lorsque
saint Paul leur a parlé de la résurrection des morts, et ils ont cru
qu'il leur débitait j e ne sais quelles fables ( A C T . x v n , 18-22), parce
qu'il disait qu'il y a une autre vie que l'œil n'a point vue, que l'oreille
n'a pas entendue, et dont les joies ne sont pas entrées dans le cœur
de l'homme (l C O R . H , 9). (S. A U G . ) — Deux sortes de folie, la folie de
l'esprit et la folie du cœur : la première fait qu'on voit les choses a u -
trement qu'elles ne sont ; la seconde fait que tout en connaissant le
prix des véritables biens, on ne laisse pas de leur en préférer d'autres
qui ne les valent pas. — « Les hommes de richesses ont dormi leur som-
meil et n'ont rien trouvé dans leurs mains. » Us ont aimé les choses
de la vie présente, ils s'y sont endormis et ces choses leur sont ainsi
PSAUME LXXV. 167

devenues délicieuses. De même, celui qui se voit en songe t r o u v a n t


des trésors, est riche tant qu'il ne s'éveille pas : le songe l'a fait riche,
1
le réveil le fait pauvre. Peut-être le sommeil s'est-il emparé de l u
quand il était étendu à terre, couché sur la dure, pauvre et mendiant ;
en songe, cet homme s'est vu couché dans un lit d'or ou d'ivoire, sur
des monceaux de duvet ; tant qu'il dort, il dort silencieusement, mais
au réveil il se retrouve sur le sol, où le sommeil l'avait envahi. Il
en est de même de ces riches : ils sont venus en cette vie et les con-
voitises temporelles les y ont endormis. Ils se sont laissé prendre par
de vaines richesses et par un faste passager qui bientôt ont disparu.
Us n'ont pas compris quel bon usage ils pouvaient faire de ces
richesses ; car s'ils avaient connu l'autre vie, ils s'y seraient fait un
trésor des biens qui allaient périr ici-bas. (S. A U G . ) — Terrible réveil
que celui de la mort : ils tendront los mains à tout ce qui les envi-
ronne, et ils ne saisiront que des fantômes, qu'une fumée qui se dis-
sipe, et qui ne laisse rien de réel dans les mains. — Lo supplice des
grands et des riches de la terre, si fiers de leurs chevaux et de leurs
équipages, est de s'endormir dans leur grandeur imaginaire, et d'y
être surpris par la mort. — C'est avec raison que le Psalmiste dit :
« Les hommes de richesses, et non les richesses des hommes, pour
nous montrer qu'ils ne possèdent pas leurs richesses, mais que leurs
richesses les possèdent. » En effet, la possession doit appartenir au
possesseur, et non le possesseur à ce qui doit être possédé. Celui donc
qui n'use point de son patrimoine comme d'un bien qu'il possède,
qui ne sait point donner au pauvre, est l'esclave bien plutôt que Je
maître de ses richesses : il les garde comme un serviteur garde le bien
qui ne lui appartient pas, il n'en use point comme en étant le maître.
En parlant de tels hommes, nous disons que ce sont les hommes de
leurs richesses, et non que les richesses leur appartiennent. ( S . A M B R .
De Nab.) — Les pécheurs se sont endormis, voilà l'assoupissement
des consciences criminelles ; et dans cet état, il leur est arrivé ce qui
arrive tous les jours à un homme qui dort : tout pauvre qu'il est, il
se figure quelquefois des richesses immenses dont il devient posses-
seur, il augmente ses revenus, il accumule trésors sur trésors ; mais
tout cela n'est qu'en idée, car à son réveil il se trouve les mains
vides, et aussi pauvre que jamais. Il en est de môme du pécheur : le
pécheur, on pratiquant do bonnes œuvres, croit s'enrichir devant
Dieu, et cependant rien ne lui profite. Il est assidu au service divin,
il est charitable envers les pauvres, il est dur à lui-même, je le veux ;
1G8 PSAUME LXXV.
mais, dans le sommeil du péché où il est enseveli, tout cela n'est qu'un
songe, et quand vient la mort, qui est comme le réveil de l'âme,
il n'aperçoit rien dans ses mains. (Bouan., Etat du péché et état de
grâce.)
f. 7-9. — « Vous êtes terrible et qui vous résistera au moment de
votre colère? » Ils dorment maintenant et ne sentent pas que Dieu
est irrité ; mais leur sommeil même est l'effet de sa colère. Ce qu'ils
ne sentent pas, maintenant qu'ils dorment, ils le sentiront à la fin ;
car alors le Christ apparaîtra comme juge des vivants et des morts :
« Et qui vous résistera au moment de votre colère ? » Maintenant, en
effet, ils disent ce qu'ils veulent; ils disputent contre Dieu et ils
disent : Qu'est-ce que les chrétiens ? ou encore, qu'est-ce que le Christ?
ou combien sont insensés ceux qui croient ce qu'ils ne voient pas,
qui abandonnent des délices qu'ils voient, cl mettent leur foi en des
choses qui n'apparaissent pas à leurs y e u x ? Vous dormez, et vous
divaguez en r ê v a n t ; vous dites contre Dieu tout ce qui vous vient à
l'esprit. « Jusques à quand, Seigneur, ju«ques à quand les pécheurs
se glorifieront-ils? jusques à quand répondront-ils et parleront-ils le
langage de l'iniquité. » (Ps. x u n , 3 . ) Quand cesseront-ils de parler,
si ce n'est lorsqu'ils seront contraints de se tourner contre eux-mêmes,
comme ii est prédit au Livre de la Sagesse (v, 3) ? Ils diront, en voyant
la gloire des saints : « Voilà ceux que nous tournions autrefois en
risée. » O vous qui avez dormi d'un profond sommeil, vous vous
éveillez maintenant, et vous vous trouvez les mains vides. Vous voyez
combien ceux dont vous avez raillé la prétendue pauvreté ont les mains
pleines de la gloire de Dieu. ( S . A U G . ) — Saint Paul enseigne la même
vérité que le Prophète : « Il est terrible de tomber entre les mains du
Dieu vivant. » ( H E B R . X , 3 2 . ) Nulle puissance, nulle force créée ne
peut nous donner l'idée de la juste colère de Dieu et des effets qu'elle
opère. La même parole qui a fait sortir l'univers du néant brise tout
ce qui est l'objet de ses vengeances. Le spectacle de la colère de Dieu
s'exerçant sur son propre Fils, au Calvaire, est le plus grand moyen
que nous ayons de juger de la rigueur des jugements de l'Être infini.
Oui, pouvons-nous dire au pied de cette croix, vous êtes terrible, Sei-
gneur, et votre propre Fils lui-même, qui vous est égal en dignité et
en puissance, ne vous résistera pas. ( B E R T U I E R . ) — « Seigneur, que
vous êtes terrible 1 et qui pourra vous résister? » Il est sans doute en
notre pouvoir d'effacer eh nous l'image de Dieu, et de le détrôner au
dedans de nous-mêmes ; il nous est libre de nous avilir en outrageant
PSAUME LXXV. IGO

sa bonté, de nous corrompre en violant sa droiture, et de tourner


ainsi contre lui-même ce magnifique don de la liberté qu'il ne nous a
donné que pour noire perfection ainsi que pour sa gloire. Mais lui,
qui est toute force et toute sainteté, il aura sans doute aussi le droit do
venger son honneur, et de ne pas souffrir que sa volonté sainte soit
vaincue par la volonté rebelle de l'homme. Quoi ! tout dans la nature
serait souple sous sa main, et l'homme seul aurait le droit d'être re-
belle ! Non, non, il n'en est point ainsi : l'homme pécheur ne veut
pas se soumettre à lui par amour, il s'y soumettra par la force ; il
secoue le j o u g de la loi bienfaisante, il tombera dans l'ordre de la
justice rigoureuse. ( D E B O U L O G N E , S u r la justice de Dieu.) — « Du
haut du ciel, vous avez fait entendre votre j u g e m e n t ; la terre a trem-
blé, et puis elle est restée en repos. » La terre s'agite et se trouble
maintenant, elle parle beaucoup, elle fait des projets sans nombre,
mais viendra le moment où, saisie de crainte et de tremblement, elle
sera obligée de se taire en présence du souverain Juge. Mieux vau-
drait pour elle qu'elle s'occupât maintenant de méditer dans le silence
ce jugement si redoutable, et d'en prévenir les suites par un retour
sincère à ce Dieu qui connaît tout et qui demandera compte de tout.
(S. AUG.)

III. — 10-12.

f. 10. La première pensée salutaire qui est comme le premier acte


de la conversion, est celle du pécheur qui condamne sa vie passée et
prend la résolution d'y renoncer. Les restes de cette pensée sont
comme le souvenir de ce grand bienfait, souvenir plein de recon-
naissance que l'homme justifié conserve avec soin, et qui le porte à
honorer Dieu par des jours de fête, c'est-à-dire par des actions do
grâces continuelles. La première pensée est donc celle qui nous porte
àlaconfession de nos fautes et à l'abandon de notre ancienne vie... Oetto
première pensée ne doit pas s'effacer de notre esprit; les suites de cette
pensée doivent rester profondément gravées dans notre mémoire... En
effet, le Christ nous a renouvelés, il nous a remis tous nos péchés et nous
nous sommes convertis : si nous oublions ce qui nous a été pardonné
cl qui nous l'a pardonné, nous oublions ce qu'a fait le Sauveur ; au
contraire, si nous en conservons le souvenir, est-ce que le Christ
n'est pas immolé pour nous tous les j o u r s ? Le Christ a été une seulo
fois immolé pour nous, lorsque nous avons cru ; alors, nous avons eu
la première pensée. Maintenant, les suiles de cette pensée première
470 PSAUME LXXV.

sont de nous rappeler quel est celui qui est venu à nous, et quelles
fautes il nous a remises, et l'effet de ces suites de la première pensée,
ou l'effet de notre souvenir lui-même, est que le Christ est tous les
jours immolé pour nous, comme s'il nous renouvelait pour ainsi dire
tous les jours, après nous avoir renouvelés par sa première g r â c e . . .
Si aujourd'hui ce n'est plus la première pensée qui est en vous, ayez
du moins en vous les suites de votre première pensée, de peur que le
souvenir de celui qui vous a guéri ne s'échappe de votre mémoire;
car, si vous oubliez vos anciennes blessures, les restes, les suites de la
première pensée ne seront point en vous. (S. A U G . )
f. 1 1 , 1 2 . Que chacun fasse les vœux qui sont en son pouvoir
et s'en acquitte. Ne craignez pas de faire des vœux ; car ce n'est
point par vos propres forces que vous les accomplirez. Vous tom-
berez si vous présumez de vous-même ; mais, si vous mettez votre
confiance en celui à qui s'adressent vos vœux, faites-les, sûr de pou-
voir vous en acquitter. « Faites des vœux au Seigneur notre Dieu, et
accomplissez-les. » Quels sont les vœux que tous indistinctement doi-
vent lui faire ? De croire en lui, d'espérer de lui la vie éternelle, de
bien vivre selon la règle commune. Il y a, en effet, une règle commune
à tous : le vol, par exemple, n'est pas une chose interdite à la vierge
consacrée à Dieu et permise à la femme mariée. 11 est défendu à tous,
sans exception, de commettre l'adultère.. Il est également défendu à
tous d'aimer l'ivrognerie, gouffre où l'âme se perd, péché par lequel
elle souille en elle le temple de Dieu. Il est prescrit à tous de ne point
s'enorgueillir. Il est prescrit à tous semblablement de ne point com-
mettre d'homicide, de ne point haïr son semblable et de ne vouloir
nuire à personne. Voilà toutes choses que nous devons tous vouer
sans réserve. Il y a ensuite des vœux propres à c h a c u n . . . Que cha-
cun fasse tel vœu qu'il voudra ; mais, une fois le vœu fait, qu'il soit
attentif à s'en acquitter fidèlement. Quelque vœu qu'on ait fait à
Dieu, c'est une grande faute de regarder en arrière. (S. A U G . ) — No
pas manquer de parole à celui qui est terrible dans ses jugements et
dont il est écrit : « Ne vous y trompez pas, on ne se moque pas impu-
nément de Dieu. » ( G A L A T . , V I , 7 . ) Il n'est pas seulement terrible à l'é-
gard des particuliers, mais à l'égard des princes et des rois qui sont
terribles aux autres hommes, et à qui Dieu ôte la vie, quand il lut
plaît, avec la même facilité qu'aux derniers de leurs sujets. ( D U G U K T . )
— C'est surtout au dernier jour que Dieu paraîtra terrible aux rois
et aux grands de la terre.
PSAUME LXXYI. 171

PSAUME LXXVI.
In finem, pro Idithun, Psalmus Pour la fin, pour Idithun, Psaume
Asaph. d'Asaph.
1. Voce mea ad Domînum cla- 1. J ai élevé ma voix vers le Seigneur,
mavi : voce mea ad Deum, et in- je l'ai appelé par mes cris et il a daigné
tendit mihi. m'entendre.
2. In die tribulationis meœ 2. J'ai cherché Dieu au jour de mon
Deum exquisivi, manibus meis affliction ; j'ai tendu mes mains vers lui
nocte contra eum : et non sum durant la nuit, et je n'ai pas été trompé.
deceptus.
Ronuit consolari anima mea, Mon âme a refusé toute consolation.
3. memor fui Dei, et delectatus 3. Je me suis souvenu de Dieu, et j ' y
sum, et exercitatus sum : et defe- ai trouvé la joie. Je me suis exercé dans
cit sphïtus meus. la méditation ; et mon esprit est tombé
en défaillance.
4. Anticipaverunt vigilias oculi 4. Mes yeux ont devancé les veilles do
mei : turhatus sum, et non sum la nuit ; j'étais plein do trouble, et je ne
locutus. pouvais parler (1).
5. Cogitavi dies antiquos : et 11. J'ai pensé aux jours anciens ; et j'ai
annos œtcrnos in mente habui. eu les années éternelles dans l'esprit.
6. Et meditatus sum nocte cum 6. Je méditais durant la nuit au fond
corde meo, et exercitabar, et sco- de mon cœur; je m'exerçais à prier et
pcbam spiritum meum. je scrutais mon âme.
7. Numquid in œternum projiciet 7. Dieu nous rejettera-t-il pour tou-
Deus : aut non apponet ut com- jours? ou ne pourra-t-il plus se résoudre
placitior sit adhuc?j à nous être favorable encore?
8. Aut in finem misericordiam 8. Nous retranchera-t-il éternellement,
suam abscindet, a generatione in et dans toute la suite des races, de sa
generationem ? miséricorde?
9. Aut obliviscetur misereri 9. Dieu oubliera-t-il sa bonté compa-
Deus? aut continebit in ira sua tissanto envers les hommes? ou con-
misericordias suas? tiendra-t-il dans sa colère le cours de ses
miséricordes?
10. Et dixi : Nunc cœpi; hœc 10. Et j'ai dit : C'est maintenant que
mutatio dexteraî Ex col si. je commonco. Co changement est l'œu-
vre de la droite du Très-Haut (2).
11. Memor fui operum Domini : H . Je mo suis souvenu des oeuvres du
quia memor cro ab initio mirabi- Seigneur; je me souviendrai aussi do
lium tuorum, vos merveilles depuis lo commencement.
12. Et meditabor in omnibus 12. Ht je méditerai sur toutes vos œu-
operibus tuis : et in adinvenlioni- vres, et je considérerai les secrets do
bus tuis exercebor. votre conduite.

(1) Suivant l'hébreu, « vous avez tenu les gardiennes, » c'est-à-dire les pau-
pières de mes yeux, vous avez empêché mes paupières de se fermer,
(2) D'après la Vulgate, le sens de ce verset est celui-ci : J'ai commencé a espé-
rer un meilleur sort, ce chaugemeut sera l'ouvrage de la droite du Très-Haut. —
Au littéral, d'après le texte hébreu, je me. suis dit : Ces malheurs, cet état de
désolation sont mon ouvrage, cet état de désolation a son principe dans la
corruption de ma nature, me» péchés en sont la cause ; la main du Très-Haut
pftttt seule changer mou sort.
172 PSAUME LXXYI.
13. Deus, in sanctovia tua : quis 13. O Dieu! vos voies sont dans la
Deus magnus sicut Deus noster? sainteté. Quel Dieu est grand comme
notre Dieu?
14. tu es Deus qui facis mirabilia. 14. Vous êtes le Dieu qui fait des
merveilles.
Notam fecisti in populis virtu- Vous avez fait connaître parmi les
tem tuam : peuples votre puissance;
15. rcdemisti in bracbio tuo 15. vous avez racheté et délivré votre
populum tuum, filios Jacob, et peuple, les enfants de Jacob et de Joseph,
Joseph. par la force de votre bras (1).
1G. Viderunt te aquœ, Deus, vi- 1G. Les eaux vous ont vu, ô Dieu l les
derunt te aquœ : et timuerunt, et eaux vous ont vu, et elles ont tremblé,
turbata» sunt abyssi. et les abîmes ont été troublés.
17. Multitudo sonitus aquarum : 17. Les eaux sont tombées en abon-
vocem dederunt nubes. dance et avec grand bruit ; les nuées ont
fait retentir leur voix.
Etenim sagittœ tuœ transeunt : Vos flèches ont sillonné les airs ;
18. vox tonitrui tui in rota. 18. la voix de votre tonnerre a éclaté
en roulant (2).
Illuxerunt coruscationes tuœ Vos éclairs ont fait briller leur lumiè-
orbi terra? : commota est et cou- re dans toute la terre ; elle s'est émue, et
tremuit terra. elle a tremblé.
19. In mari via tua, et semitœ 19. Votre route était dans la mer et
tuœ in aquis multis : et vestigia vos sentiers dans les grandes eaux, et les
tua non cognoscentur. traces de vos pieds ne seront point
connues (3).
20. Deduxisti sicut oves popu- 20. Vous avez conduit votro peuple
lum tuum, in manu Moysi et comme un troupeau de brebis, par la
Aaron. main de Moïse et d'Aaron. Exod. 14, 20.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, qui paraît se rapporter au temps où Sennacherib, rava-
geant toute la Judée, arrivait sur Jérusalem pour la prendre et la détruire,
le Prophète, personnifiant tous les justes au milieu des afflictions et des
épreuves inséparables de la vie,
I. — SE TOURNE VERS DIEU

1° Par tous les sens du corps (1, 2) ;


2° Par toutes les puissances de l'âme (3) ;
3° En se livrant à la méditation, a) qu'il commence avant l'aurore, avec

(1) Joseph est mis ici c o m m e le chef de la tribu, parce qu'il fournit pendant
un certain t e m p s des aliments aux Israélites eu Egypte. Cette expression serait
aussi un indice du temps «fni a suivi la captivité des dix tribus, et où ceux
d'entre e u x qui avaient échappé s'étaient réunis à Juda.
(2) In vota, t7i orbr ; eu français, le roulement «lu tonnerre.
(3) Et les traces de vos pieds, etc., c'est-à-dire l a m e r s'est divisée on doux, et
ensuite les eaux se sont réunies sans laisser a u c u n e trace du chemin ouvert pur
la puissance de Dieu.
PSAUME LXXVI. 173

la contrition du cœur et dans le silence (4) ; b) dont il prend la matière


dans les jours anciens et les années éternelles, et dans le souvenir de ses
péchés (5) ; c) qu'il continue pendant la nuit, où il se livre à la recherche
de la vérité et à l'examen de son âme (6).
If. — I LE S T AGITÉ PAR LA CRAINTE

4° D'être réprouvé de Dieu (7) ;


2° D'être en dehors des atteintes de sa miséricorde (8) ;
3° D'avoir Dieu toujours irrité contre lui (9).
III. — I LCONÇOIT RIENTOT DE MEILLEURES ESPÉRANCES,

1° Par le bon propos qu'il forme, au nom de Dieu, de mener une vie
toute nouvelle (10) ;
2° Par la pensée de la puissance, de la sagesse, et de la majesté divine
(11,12);
3° Par le souvenir des merveilles qu'il a opérées en faveur des Israélites,
lorsqu'il les a délivrés do la servitude d'Egypte (13-20).

Explications et Considérations.

I. — 1-6.

^. 1 , 2. Toutes les qualités de la prière se trouvent ici réunies :


l'humilité, la ferveur, la persévérance, l'efficacité. C'est surtout au
jour de la tribulation que nous devons chercher Dieu. Nous pouvons
aller à Dieu tout droit, c'est certain, en suivant paisiblement la grande
route, mais nous ne le cherchons efficacement, nous ne revenons à
lui que par les sentiers du malheur. Tout retour à Dieu implique
à la fois l'erreur criminelle, l'égarement coupable et leur miséricor-
dieux châtiment. Heureux donc les cœurs blessés 1 heureuse la souf-
france qui avertit de rechercher Dieu ! heureux les captifs enchaînés
parla bénédiction de la douleur 1 ( S A I N T A M R R O I S E , m Psal. LXXVI.)
— Le Prophète exprime ici une chose bien difficile et bien rare :
« Au jour de ma tribulation, j'ai cherché Dieu. » Lorsque l'affliction
vient à tomber sur nous, nous nous laissons abattre, nous ne pensons
qu'à nos souffrances ; le Prophète, au contraire, oublie tout pour ne
penser qu'à Dieu, pour ne chercher que Dieu, comme s'il disait : Si je
trouve Dieu, je trouve tout avec lui. (S. J É R Ô M E . ) — Il en est
beaucoup qui crient vers le Seigneur pour des richesses à acquérir
ou des pertes à éviter, pour la santé de leur famille, pour la stabilité
de leur maison, pour le bonheur temporel, pour les dignités du monde,
174 PSAUME LXXVI.

enfin, pour cette santé du corps qui est le patrimoine du pauvre.


Pour toutes ces choses et pour d'autres semblables, tous crient sans
cesse vers le Seigneur : à peine il y a-t-il quelqu'un qui crie vers
le Seigneur pour le Seigneur lui-même. C'est qu'il est facile à l'homme
de désirer quelque chose du Seigneur, sans désirer le Seigneur lui-
même, comme si ce qu'il donne pouvait avoir plus de douceur que
celui même qui le donne ! (S. A U G . ) — La voix de celui qui prie par
intérêt et sans un véritable retour vers Dieu a pour terme les biens
qu'il souhaite, non le bon plaisir de Dieu : c'est pour cela que sa
prière est inutile ou même condamnable. Ils ont crié, dit le Prophète
dans un autre endroit, et personne ne les a sauvés ; ils ont invoqué le
Seigneur, et il ne les a point exaucés. Le matelot fait des vœux dans
la tempête ; le plaideur, à la veille de son procès ; la mère, dans la
maladie de son enfant ; le marchand, dans une entreprise où il hasarde
son bien ; le ministre même de la parole, dans le moment qu'il va la
distribuer à ses auditeurs. Sondez le cœur de ces personnes, ou bien
suivez le cours de leurs actions, et vous verrez que souvent le motif
de leurs prières n'est pas le désir d'honorer Dieu, mais l'empresse-
ment de réussir dans ce qu'ils projettent : leur voix est vers l'objet
qui touche leur â m e , elle n'est point vers Dieu, ou, si elle est vers
Dieu, ce serait pour le faire entrer en part de leurs désirs terrestres.
Ils méritent de n'être point exaucés ; s'ils le sont, ce sera dans la
colère du Seigneur, qui les livrera à leurs penchants déréglés, à leur
ambition, à leur avarice, à leur vanité, à leurs jalousies. Prions donc
dans des vues de salut ; prions pour croître dans la connaissance et
dans l'amour de Dieu ; prions avec un cœur dégagé de toutes les
affections terrestres. ( B E R T I I I C U . ) — « Au j o u r de ma tribulation, j ' a i
recherché mon Dieu. » Qui êtes-vous, vous qui agissez ainsi? Voyez
ce que vous cherchez au jour de votre tribulation : si un emprisonne-
ment cause votre tribulation, vous cherchez à sortir de prison ; si la
lièvre cause votre tribulation, vous cherchez la s a n t é ; si la faim cause
votre tribulation, vous cherchez à être rassasié ; si des pertes causent
votre tribulation, vous cherchez le gain ; si l'exil cause votre tribula-
tion, vous cherchez la ville qui vous a vu naître. Et pourquoi tout
rapporter, ou plutôt, comment tout rapporter ? Voulez-vous franchir
tous ces obstacles? Au jour de votre tribulation, cherchez Dieu, mais
né cherchez pas autre chose au moyen de Dieu ; cherchez à acquérir
la possession de Dieu en échange de votre peine; c'est-à-dire, demandez
à Dieu qu'il éloigne votre affliction, afin q u e vous lui restiez attaché
PSAUME LXXVI. 175
en toute sécurité. « Au j o u r de ma tribulation, j ' a i fecherché mon
Dieu, » non point quelque autre chose, mais Dieu. — Comment l'avez-
YOUS cherché ? « Avec mes mains. » Quand l'avez-vous cherché ?
« Pendant la nuit. » Où l'avez-vous cherché ? « En sa présence. » E t
quel a été le fruit de votre recherche ? « Et j e n'ai pas été déçu. »
Voyons toutes ces circonstances, examinons-les toutes, interrogeons-
les toutes. ( S . A U G . )
f. 2, 3. Chercher véritablement Dieu, c'est non-seulement crier,
mais encore tendre les mains vers lui par la pratique des bonnes œ u -
vres. Le chercher par la pureté d'une vie innocente et par une obéis-
sance fidèle à tous ses commandements, voie plus sûre pour le trouver
que par des lectures et une longue méditation. — La nuit de l'afflic-
tion est une occasion favorable de chercher Dieu, qu'on oubliait d u r a n t
le jour de la paix et de la prospérité. — Impuissance des consolations
humaines ; souvenir de Dieu, source de la véritable joie, consolation
solide de ceux qui refusent les consolations humaines et la joie inal-
térable de ceux qui n'en ont point d'autre qu*en lui. — Désir ardent
de posséder Dieu, effet d'une longue et fervente méditation, et qui va
jusqu'à faire tomber l'esprit dans la défaillance. ( D U G U E T . ) — « Mon
âme a refusé les consolations de la terre, j e me suis souvenu de Dieu
et j ' a i retrouvé la joie. » Oh I que ces paroles sont vraies, qu'elles sont
simpleset profondes dans leur vérité. Comme dans un seul mot l'Écriture
sainte sait décrire la subite transformation du cœur 1 L'âme s'écrie au
jour de l'angoisse : J'étais dans la douleur et les eaux de la tribulation
m'avaient environné ; un sombre nuage pesait sur moi et m'étouffait,
en me laissant dans les ténèbres; j ' a i appelé, j ' a i demandé du secours,
et personne ne m'a entendu; j'allais sombrer peut-être dans les abîmes
du désespoir; mais tout à coup le souvenir de Dieu s'est présenté à
mon cœur, il a pénétré dans mon âme comme le rayon de soleil qui
visite le prisonnier dans son obscure retraite ; j'ignore ce qui s'est
passé en moi, mais tout a disparu et les torrents d'une joie inconnue
ont inondé mon âme... Il suffit, dit saint Augustin, de verser Dieu
dans son âme, comme une liqueur précieuse, pour recouvrer la dilata-*
tion du cœur, et la dilatation du cœur n'est autre chose que le p a s -
sage de l'angoisse aux larges campagnes de la joie. (Mgr L A N D R I O T J
Prière, n , 39.)
1
fi. 4-G. « Prévenir le lever du soleil pour bênii Dieu et l'adorer au
point du j o u r . » ( S A G . X V I , 28.) Une méditation attentive de ses j u g e -
ments nous remplit d'un trouble qui nous ôte la parole et ne noua
17G PSAUME LXXVI.
laisse que la liberté de les adorer avec on profond respect. Occupation
utile de rappeler dans sa pensée les actions des saints pour les imiter;
pensée encore plus salutaire d'avoir souvent présentes à l'esprit ces
longues et vastes années de l'éternité. ( D U G U E T . ) — Quelles sont les
années éternelles ? grand sujet de méditation ! Voyez si cette médita-
tion n'exige pas le silence le plus profond ? Que celui-là se mette à
l'abri de toute agitation du dehors et qu'il se sépare en lui-même do
tout tumulte des choses humaines, qui veut méditer sur les années
éternelles. Est-ce que les années pendant lesquelles nous vivons, ou
celles pendant lesquelles ont vécu nos ancêtres, ou celles pendant les-
quelles vivront nos descendants, sont les années éternelles ? A Dieu ne
plaise! Que rcstc-t-il, en effet, de ces années ? Voilà qu'en parlant nous
disons : Cette année, et qu'y a-t-il en notre pouvoir de cette année,
si ce n'est le seul j o u r où nous sommes? Car les jours antérieurs de
celle année sont déjà écoulés, nous ne les possédons plus ; quant aux
jours à venir, ils n'existent pas encore. Nous ne sommes que dans un
j o u r et nous disons cette année ; dites donc aujourd'hui, si vous voulez
parler au présent, car de toute cette année que possédez-vous comme
temps p r é s e n t ? Tout ce qui est passé de cette année n'est déjà plus,
et tout ce qui est à venir n'est pas encore : comment donc osez-vous
dire cette a n n é e ? Corrigez votre l a n g a g e ; dites, aujourd'hui. Vous
avez raison, je dirai désormais aujourd'hui. Mais réfléchissez encore
à ceci : les premières heures de cette journée sont déjà dans le passé
et les heures à venir n'existent pas encore. Corrigez donc votre lan-
gage et dites : à cette heure. Et de cette heure, qu'avez-vous en votre
pouvoir? Plusieurs instants sont déjà aussi dans le passé et ceux qui
doivent venir n'existent pas encore. Dites d o n c : en ce moment. Mais
quel moment ? Tandis que j e prononce des mots de deux syllabes,
l'un ne résonne pas encore, que l'autre est déjà passé; enfin, dans uno
syllabe même, ne fût-elle composée que de deux lettres, la seconde
ne résonne pas que la première ne soit tombée dans le passé. Que
possédons-nous donc de ces sortes d'années? Ces années sont sujettes
au changement ; il faut penser à des années éternelles, à des années
stables, qui ne sont pas composées de jours qui viennent et qui s'en
vont, à ces années dont l'Ecriture dit, en s'adressant à Dieu : t Mais
vous, vous êtes toujours le môme et vos années n'auront pas de fin. i
(Ps., C L , 28), (S. A U G . )

f. 5. On demandait à un vénérable vieillard de la Trappe ce qu'il


avait fait pendant les longs jours de sa vie solitaire ; il répondit sim-
PSAUME LXXVI. 177

plement : J'ai pensé aux longs jours de l'éternité. Grande et solen-


nelle parole, aussi simple et aussi profonde que la vérité, cri sublime
de l'âme qui a compris sa valeur et sa destinée, son point de d é p a r t
et les horizons qui l'attendent. — Quand Dieu apparaîtra un jour pour
juger la terre, et demandera à certains hommes qui auront calomnié la
vie du cloître: Et vous, injustes détracteurs, qu'avez-vous fait pendant
votre vie? Hélas! peut-être, pour un certain nombre, dormir, m a n g e r
et pratiquer la vie animale dans toute la perfection de son développe-
ment, tel sera le résumé le plus exact de leur vie, et encore j e dois
taire ce qui ferait rougir l'animal sans raison 1 — Quand ensuite le
Seigneur se retournera vers le religieux contemplatif, et lui dira, avec
l'accent d'une paternelle satisfaction: Et toi, serviteur fidèle, qu'as-tu
fait ? — Mon Dieu, pendant ces longues et douces années de ma so-
litude, j e pensais aux années de l'éternité, j e cultivais mon âme pour
la rendre digne de vous, je faisais ce que vous faites de toute éternité,
je vous aimais. — Alors, nous saurons laquelle des deux vies a u r a
été la plus pleine et la plus méritoire, lorsque toutes les deux auront
été pesées dans la balance de la justice divine. (Mgr L A N D R I O T . Prière,
H , 1 3 6 , 1 3 7 . ) — Nuits saintement employées, non pas dans les plaisirs

ou même dans le sommeil, mais dans une méditation vive et a t t e n -


tive, non des années de cette vie qui passent si vite, mais de ces années
éternelles qui sont le désir et l'espérance des vrais fidèles. — Je son-
dais, j e labourais mon esprit comme un champ, pour y répandre la
bonne semence des doctrines du Seigneur. (S. J É R Ô M E . ) — S'il se
mettait à sonder la terre pour y trouver des filons d'or, nui ne l'ac-
cuserait de folie ; beaucoup d'hommes, au contraire, l'estimeraient
comme sage de vouloir arriver à découvrir de l'or 1 Combien de trésors
l'homme renferme en lui-même sans les rechercher 1 (S. A U G . )

II. — 7 - 9 .
fi. 7 - 9 . Il n'y a en vous ou de vous aucune sorte de miséricorde
envers le prochain que Dieu ne vous l'ai donnée, et Dieu lui-même
oublierait sa miséricorde ? Le ruisseau coule, la source elle-même est
à sec ? « Ou Dieu oubliera-t-il d'avoir pitié de nous ? ou, dans sa colère,
réprimera-t-il sa miséricorde? » C'est-à-dire, Dieu sera-t-ilassez irrité
pour n'avoir aucune pitié? Il réprimera plus facilement sa colère que
sa miséricorde. C'est ce qu'il avait dit, par la voix d'Isaïe ( I S A I . L V I I , 1 6 ) :
c Je ne me vengerai pas éternellement de vous, et j e ne serai pas tou-
jours irrité contre vous. » (S. A U G . )
TOME I I , 12
178 PSAUME LXXVI.
f. 1 0 . « Et j ' a i dit : C'est maintement que je commence, et ce
changement vient de la droite du Très-Haut. » Voilà que le Très-Haut
a commencé à me changer ; voilà que j ' a i pris possession d'un lieu
où je serai en sûreté ; voilà que je suis entré dans un palais où se
trouve le bonheur, et où nul ennemi n'est à craindre ; voilà que j ' a i
commencé à habiter cette région où la vigilance de mes ennemis ne
l'emportera pas sur moi ; « maintenant, j ' a i commencé; c'est la droite
de Dieu qui a opéré ce changement. » (S. A U G . ) — Une disposition
nécessaire à ceux même qui sont les plus avancés dans la vertu, c'est
d'être bien persuadés qu'on ne fait que commencer chaque j o u r d'en-
trer dans le service de Dieu et de dire dans les mêmes sentiments que
saint Paul : « Je ne pense pas encore avoir atteint le but où j e tends,
ou que j e sois déjà parfait ; mais je poursuis ma course pour tâcher
d'atteindre où Jésus-Christ a voulu me conduire. » ( P U I L I P . m , 1 3 . ) —
Quand on a bien réfléchi sur la religion, on se détermine à la croire;
on dit, avec une conviction pleine de zèle et d'activité, j e commence
à faire taire tous mes doutes, et à embrasser des vérités si précieuses.
Quand on est fatigué des procédés et des illusions du monde, on dit
volontiers : Je commence à ne voir autour de moi que des tromperies,
des vanités frivoles, des biens qui ne peuvent me contenter. Quand on
est touché vivement de ses péchés et qu'on prend la résolution de
mener une vie toute chrétienne, on dit dans la sincérité de son cœur :
Je commence à marcher dans les voies de la justice ; j e renonce pour
jamais à l'esclavage de mes passions. Quand après une vie tiède et
languissante, on entreprend de servir Dieu avec ferveur, on dit, sans
différer et sans écouter les répugnances de l'amour propre ; Je com-
mence à marcher sur les pas de J . - C , quelque chose qu'il doive m'en
coûter pour le suivre. Quand on se sent appelé aux saints exercices
de l'oraison, on dit avec un sentiment qui est déjà le fruit d'une union
intime avec Dieu : Je commence, Seigneur, à ne vouloir vivre que de
votre amour. Ainsi, la parole du Prophète est comme le signal de toutes
les résolutions les plus sages et les plus salutaires. Il ne nous est point
donné, ce signal, sans une grâce bien particulière, et sans nous obliger
à reconnaître que ce changement est l'ouvrage de la main du Très-
Haut. ( B E R T U I E R . ) — La rigueur n'est point dans la nature de Dieu.
Quand Dieu cède à la colère, quand il exerce sa justice, il fait une be-
sogne qui lui est étrangère. ( I S A I . X X V I I I , 2 1 . ) C'est la gauche qui tient
les verges, et Dieu se lasse promptement d'opérer avec cette main. La
main droite du Seigneur, au contraire, est l'instrument favori de son
PSAUME LXXVI. 179

cœur, elle fait les œuvres de son amour ; en particulier, elle a la


bienheureuse propriété et la bienheureuse puissance de mouvoir les
âmes et de les convertir. D'un pécheur aveugle et incorrigible, elle
sait faire, en un clin d'œil, un pénitent résolu et qui se met aussitôt
à l'œuvre. « Et j ' a i dit : maintenant j e commence; ce changement
est l'œuvre de la droite du Très-Haut. » (Mgr PIË. Discours, etc.,
tome VII, p . 3 0 3 . )
fi. 1 1 , 1 2 . « Je me suis souvenu des ouvrages du Seigneur. • Voyez
maintenant le Prophète marcher au milieu des ouvrages du Seigneur.
En effet, il parlait sans mesure au dehors, et son esprit contristé avait
défailli ; il a parlé intérieurement avec son cœur et avec son esprit,
et ayant sondé ce même esprit, il s'est souvenu des années éternelles,
il s'est souvenu de la miséricorde du Seigneur, et il a commencé à se
réjouir en toute sécurité dans les ouvrages de Dieu, et à s'y livrer sans
aucune crainte à l'allégresse. Ecoutons donc quelles sont ces œuvres,
et réjouissons-nous aussi, mais par les affections do notre cœur, et no
nous réjouissons pas de biens temporels. Nous avons aussi notre c e l -
lule intérieure : pourquoi n'y entrons-nous pas ? pourquoi ne point
y agir dans le silence ? pourquoi ne sondons-nous pas notre esprit ?
pourquoi ne méditons-nous pas les années éternelles? pourquoi ne
pas nous réjouir dans les œuvres de Dieu ?... Or, vous réjouir dans les
œuvres de Dieu, c'est vous oublier vous-même, et chercher en lui seul,
si vous le pouvez, toutes vos délices. Qu'y a-t-il, en effet, de meilleur
que lui ? Ne voyez-vous pas qu'en revenant à vous-même, vous revenez
à moins bon que l u i ? « Je me suis souvenu des ouvrages du Seigneur;
c'est pourquoi j e me souviendrai des merveilles que vous avez accom-
plies dès le commencement. » (S. A U G . ) — Pensez-vous que ceux qui
craignent Dieu soient dénués d'affections? Croirez-vous réellement,
oserez-vous croire qu'un tableau, un théâtre, la chasse aux bêtes fauves
ou aux oiseaux, la pêche, excitent des affections, et que les ouvrages
de Dieu n'en excitent pas ? Croirez-vous que la contemplation de Dieu
n'excite point d'affections intérieures, lorsque l'on considère le monde,
lorsqu'on a devant les yeux le spectacle de la nature, lorsqu'on en
cherche l'ouvrier, et qu'on trouve celui qui jamais ne déplaît et qui
plaît sur toutes choses? ( S . A U G . )
fi. 1 3 . « Toutes vos voies sont dans celui qui est saint, ou dans la
sainteté. » Dans celui qui est le saint, c'est-à-dire dans celui qui a dit :
t Je suis l a voie, la vérité et la vie. » JEAN, V, 6 . ) Sortez donc, ô hom-
mes, de vos affections mauvaises? Où allez-vous? où courez-vous?
180 PSAUME LXXVI.
où fuyez-vous, non-seulement loin de Dieu, mais encore loin de vous-
même ? Rentrez, violateurs de la loi, rentrez dans votre cœur ( I S A I .
X L V I , 8 ) ; sondez votre esprit, rappelez-vous les années éternelles,

obtenez miséricorde de la p a r t de Dieu et contemplez les œuvres de


cette miséricorde. « Sa voix est dans celui qui est le saint. Enfants des
hommes, jusques à quand votre cœur sera-t-il appesanti? Que cher-
chez-vous dans vos affections ? Pourquoi aimez-vous la vanité et
vous attachez-vous au mensonge ? Sachez que le Seigneur a glorifié
celui qui est saint. » (Ps. iv, 3 , 4 . ) « Sa voie est dans celui qui
est le saint. Portons donc sur lui notre attention. Portons notre
attention sur le Christ : c'est en lui qu'est la voie de Dieu. » (S. A U G . )
— « Votre \oie est dans la sainteté. » Que de choses contenues dans
ce peu de mots I Si les voies de Dieu sont toutes saintes, j e dois moi-
même marcher dans la sainteté. « Soyez saint, parce que je suis saint.»
J e dois me conformer en tout à sa volonté. Or, sa volonté clairement
exprimée est que j e travaille à ma sanctification. (I T U E S S . I V , 3 ) . Je
dois craindre par-dessus tout ses regards : « Vos yeux sont purs et ne
peuvent voir l'iniquité, t ( H A B A C . I , 1 3 . ) J e dois redouter son juge-
m e n t , car rien de souillé n'entrera dans son royaume. ( A P O C . X X I , 1 7 . )
J e dois regarder le monde comme le grand ennemi de Dieu, car il est
plongé tout entier dans le mal, c'est-à-dire dans la corruption et le
péché. (I J E A N , V , 1 9 . ) Je dois gémir sans cesse sur ma vie passée, car
les voies que j ' a i suivies ont toutes été contraires à la sainteté.
fi. 1 4 . « Vous êtes le Dieu qui seul faites des miracles. » Vous êtes vé-
ritablement le Dieu grand, qui seul fait des miracles et dans le corps
et dans l'âme : les sourds entendent, les aveugles ont vu, les malades
ont recouvré la santé, les morts sont ressuscites, les paralytiques ont
repris vigueur. Mais ces miracles ne concernent que le corps, voyons
ceux qui concernent l'âme. Voici des hommes sobres qui peu aupara-
vant étaient adonnés à l'ivrognerie ; voici des fidèles qui peu aupa-
ravant adoraient des idoles ; voici des hommes qui donnent leurs biens
aux pauvres et qui peu auparavant dérobaient le bien des autres.
« Quel Dieu est grand comme notre Dieu ? Vous êtes le Dieu qui seul
faites des miracles. » Moïse a fait des miracles, mais non point à lui
seul ; Elie en a fait, Elisée en a fait, les Apôtres en ont fait aussi,
mais nul d'eux n'en a fait à lui seul. Ils en ont fait, mais vous étiez
avec eux, ô mon Dieu, et quand vous en avez fait, ils n'étaient pas
avec vous. Ils n'étaient pas avec vous quand vous avez créé toutes
choses, puisque vous les avez créés eux-mêmes... «Vous avez fait
PSAUME LXXVI. 181

connaître celui qui est votre vertu, votre puissance. » Quelle vertu,
quelle puissance a-t-il fait connaître parmi les peuples? « Nous prê-
chons, » dit l'Apôtre, le Christ crucifié, qui, il est vrai, est un scandale
pour les Juifs et une folie pour les Gentils ; mais qui est, pour les élus
d'entre les Juifs et les Gentils, la vertu de Dieu et la sagesse de Dieu.
(I C O R . I , 2 3 , 24). Si donc le Christ est la vertu de Dieu, Dieu a fait
connaître le Christ parmi les peuples. Est-ce que nous ne le savons
pas encore ? Et sommes-nous assez insensés, sommes-nous descendus
si bas, avons-nous franchi si peu de degrés, que nous ignorions ce fait?
(S. A U G . )
fi. 15-20. La puissance de Dieu, qui s'est manifestée avec tant d'éclat
dans la délivrance des Israélites de la servitude d'Egypte, figure de la
délivrance des nations d e l à tyrannie du démon, par la force de son
bras, qui est Jésus-Christ.— Les prédicateurs, semblables à des nuées
ont fait retentir leur voix pour annoncer la grâce de l'Evangile, et
leurs paroles ont été comme des flèches. Une flèche, prise dans le sens
propre, n'est pas une pluie, pas plus que la pluie n'est une flèche ;
mais la parole de Dieu est une flèche, parce qu'elle frappe, et
une pluie, parce qu'elle arrose. La voix de son tonnerre a retenti en
forme de roue, ses éclairs ont brillé par toute la terre. Les nuées ont
formé comme une roue autour du globe terrestre ; de cette roue p a r -
taient les tonnerres et les éclairs qui ont ébranlé l'abîme : les tonnerres
ou l'autorité de la parole, les éclairs ou l'éclat des miracles. (S. A U G . )
— Dieu se fait un chemin dans la mer de ce monde, lorsqu'il entre
dans une âme et qu'il la fait marcher au milieu des eaux orageuses du
siècle, comme entre deux montagnes d'eau, sans faire naufrage. « Les
eaux vous ont vu, ô mon Dieu, les eaux vous ont vu et elles ont craint,
et les abîmes ont été troublés. » Qu'entend-on par a b î m e ? On entend
les profondeurs des eaux. Qui ne serait troublé, parmi los peuples,
lorsque sa conscience est frappée ? Vous cherchez la profondeur de la
mer, qu'y a-t-il de plus profond quo la conscience h u m a i n e ? Cet
abîme a été troublé, lorsque Dieu a racheté son peuple au moyen de
son bras. Quel a été ce trouble des abîmes ? C'est que tous les hommes,
en confessant leurs fautes, ont répandu leurs consciences devant Dieu.
(S. A U G . ) — Dieu conduisant son peuple comme un troupeau de brebis,
par la main de Moïse et d'Aaron, nous apprend combien il est impor-
tant et nécessaire d'avoir un homme éclairé pour nous conduire dans
les voies de Dieu.
182 PSAUME LXXVII.

PSAUME LXXVII.

Intellcctus Asaph. Intelligence d'Asaph.


1. Attendite, populo meus, lc- 1. Ecoutez ma loi, ô mon peuple!
gem meam : inclinate aurem ves- prêtez une oreille attentive aux paroles
tram in verha oris mei. de ma bouche.
2. Aperiam in parabolis os 2. J'ouvrirai ma bouche en paraboles ;
meum : loquar propositiones ab je dirai des choses cachées dès le com-
initio. mencement.
3. Quanta audivimus et cogno- 3. Combien de grandes choses nous
vimus ea : et patres nostri narra- avons entendues et connues, et que nos
rerunt nobis. nos pères nous ont racontées.
4. Non sunt occultata a filiis 4. Elles n'ont pas été cachées à leurs
eorum, in generatione altéra. enfants, dans une autre génération.
Narrantes laudes Domini, et vir- Ils ont publié les louanges du Sei-
tutes ejus, et mirabilia ejus quœ gneur, les effets de sa puissance, et les
fecit. merveilles qu'il a faites.
o. Et suscitavit testimonium in 5. Il a fait une ordonnance dans Jacob,
Jacob : et legcm posuit in Israël. et établi une loi dans Israël ;
Quanta mandavit patribus nos- Que de grandes choses il a commandé
tris nota faccro ca fdiis suis : «\ nos pères do faire connaître à leurs en-
fants,
6. ut cognoscat generatio altéra. C. afin qu'une autre génération en eût
connaissance ;
Filii qui nascentur, et exurgent, et queues enfants qui naîtront et s'é-
et narrabunt filiis suis, lèveront après eux, les racontent aussi
à leurs enfants ;
7. Ut ponant in Deo spem suam, 7. afin qu'ils mettent en Dieu leur es-
et non obliviscantur operum Dei : pérance, qu'ils n'oublient pas ses œuvres,
et mandata ejus exquirant. et qu'ils observent ses commandements.
8. Ne fiant sicut patres eorum, 8. De peur qu'ils ne deviennent, commo
generatio prava et exasperans. leurs pères, une race indocile et rebelle,
Generatio, quee non direxit cor une race dont le cœur n'a pas été
suum : et non est creditus cum Deo droit, et dont l'esprit n'est point de-
spiritus ejus. meuré fidèle à Dieu.
0. Filii Ephrem intendentes et 9. Les enfants d'Ephraïm, habiles à
miMcntcs arcum : conversi sunt in tendre f arc et à en tirer, ont tourné lo
die hclli. dos au jour du combat.
10. Non custodierunt testamen- 10. Ils n'ont point gardé l'alliance faite
tnm Dei : et in lege ejus nolucrunt avec Dieu, et n'ont point voulu marcher
ambulare. dans sa loi.
11. Et obliti sunt benefactorum 11. Ils ont oublié ses bienfaits et les
ejus, et mirabilium ejusquaeostcn- merveilles qu'il a faites devant eux.
dit eis.
12. Coram patribus eorum fecit 12. En présence do leurs pères, il a
mirabilia in terra ./Egypti, in opéré des prodiges dans la terre de
campo Taneos. l'Egypte, dans la plaine de Tanôs.
13. Interrupit marc, et per- 13. Il divisa la mer, et les fit passer;
duxit eos : et slatuvt aquas quasi et il resserra ses eaux comme dans uno
in utre. outro; Exod. xiv, 21, 22.
14. Et, dcduxit eos in nube diei : 14. Il les conduisit durant le jour à
et tota nocte in illuminatione iguis. f ombre d'une nuée; et durant toute la
nuit, à la clarté de la flamme,
PSAUME LXXVII. 183
IS.Interrupitpetram in eremo: 15.11 fendit les rochers dans le désert,
et adaquavit eos velut in abysso et il les abreuva comme à des sources pro-
multa. fondes. .Exod. xvn, 0; Ps. 104, 41.
10. Et eduxit aquam de pctra : 10. Car il fit jaillir des torrents, ot
et deduxit tanquara flumina aquas. couler leurs eaux commodes fleuves.
17. Et apposuerunt adhuc pec- 17. Cependant ils continuèrent de l'of-
care ei : in iram excitaverunt Ex- fenser, et ils excitèrent la colère du Très-
celsum in inaqnoso. Haut dans un lieu sans eau.
18. Et tcntaverunt Deum in cor- 18. Et ils tentèrent Dieu dans leurs
dibus suis : ut peterent escas ani- cœurs, en" lui demandant des viandes
mabus suis. selon leur goût.
19. Et maie locuti sunt de Deo : 19. Et ils parlèrent mal do Dieu, en
dixerunt : Numquid poterit Deus disant : Dieu pourra-t-il dresser uno ta-
parare mensam in deserto? ble dans le désert?
20. Quoniam percussit petram, 20. Parce qu'il a frappé la pierre, et
et fluxerunt aquaî, et torrentes que les eaux ont coulé, et que des tor-
inundaverunt. rents ont débordé,
Numquid etpanem poterit dare, Pourra-t-il de même nous donner du
aut parare mensam populo suo ? pain, ou préparer uno tablo pour son
peuple?
21. Ideo audivit Dominus, et 21. C'est pourquoi le Seigneur les en-
distulit : et ignis accensus est in tendit, et retarda sa vengeance; et un
Jacob, étira ascendit in Israël: feu s'alluma contre Jacob, et sa colère
éclata contre Israël, Nomb. xi, 1,
22. Quia non credidcrunt in 22. parce qu'ils ne cruront point à
Deo, nec speraverunt in salutari Dieu, et qu'ils n'espérèrent point en son
ejus : assistance salutaire.
23. Et mandavit nubibus desu- 23. Et il commanda aux nuées d'en
per, et januas cœli aperuit. haut ; et il ouvrit les portes du ciel.
24. Et pluit illis manna ad 24. Et il fit tomber la manne comme
manducandum, et panem cœli uno pluie pour les nourrir; et il leur
dédit eis. donna un pain du ciel. Exod. xvi, 4 ;
Nomb. xi, 7.
23. Panem angelorum mandu- 2H. L'homme mangea lo pain des an-
cavit bomo : cibaria misit eis in ges; il leur envoya des aliments en
abundantia. abondance.
26. TranstulitAustrumdo cœlo : 2G. Il écarta dans l'air lo vent du
et induxit in virtute sua Africum. Midi, il amena par sa puissance le vent
du Couchant. Nomb. xi, 31.
27. Et pluit super eos sicut pul- 27. Et il fit pleuvoir sur eux des vian-
•ercm carnes : et sicut arenam des comme la poussière, ot des oiseaux
maris volatilia pennata. comme le sable do la mer.
28. Et ceciderunt in medio cas- 28. Ils tombèrent au milieu de leur
trorum eorum, circa tabornacula catnp, autour do leur tontes.
eorum.
29. Et manducaverunt, et satu- 29. Et ils on mangèrent, et ils en fu-
rati sunt nimis, et dosiderium rent pleinement rassasiés. Dieu leur
eorum attulit eis : accorda ce qu'ils désiraient ;
30. non sunt fraudati a deside- 30. et ils no furent point frustrés dans
rio suo. leurs désirs.
Adhuc escœ eorum crant in ore Ces viandes étaient encore dans leur
ipsorum : bouche, Nomb. xi, 33,
31. et ira Dei ascendit super 31. lorsque la colère do Dieu s'éleva
eos. contre eux.
Et occidit pingues eorum, et Et il tua les plus vigoureux d'entre
olectos Israël impedivit. eux , et terrassa l'élite d'Israël.
3'2. In omnibus his pcccaverunt 32. Après tous ces prodiges, ils péché-
184 PSAUME LXXVII.
adhuc î et non crediderunt in mi- rent encore, et ils n'ajouteront point de
rabilibus ejus. foi à ses miracles.
33. Et defecerunt in vanitatc dies 33. Et leurs jours passèrent comme
eorum, et anni eorum cumfestina- une ombre, et leurs années avec rapidité.
tione.
34. Cum occideret eos, qua?rc- 34. Lorsqu'il les frappait de mort, ils
bant eum : et revertebantur, et le recherchaient, ils retournaient à lui,
diluculo veniebant ad eum. et ils se hâtaient de venir lo trouver.
35. Et rememorati sunt; quia 35. Ils se souvenaient que Dieu était
Deus adjutor est eorum : et Deus, leur défenseur, et que le Dieu très-haut
cxcelsus redemptor eorum est. était leur rédempteur.
3G. Et dilexerunt eum in ore 3G. Mais ils l'aimaient de bouche, tandis
suo, et lingua sua menlitisunt ci : que leur langue lut mentait.
37. Cor autem eorum non erat 37. Car leur cœur n'était point droit
rectum cum eo : nec fidèles habiti devant lui ; et ils ne furent point fidèles
sunt in testamento ejus. dans son alliance.
38. Ipse autem est misericors, 38. Mais pour lui, il est miséricordieux;
et propitius fiet peccatis eorum : il leur pardonnait leurs péchés, et ne les
et non disperdet eos. perdait pas entièrement.
Et abundavit ut averteret iram Et il ne cessait de comprimer sa fureur,
suam : et non accendit omnem et n'allumait point contre eux toute sa
iram suam : colère.
39. Et recordatus est quia caro 39. Il se souvenait qu'ils étaient chair,
sunt : spiritus vadens, et non re- un souffle qui passe et ne revient plus.
diens.
40. Quoties exacerbaverunt eum 40. Combien de fois l'ont-ils irrité dans
in deserto, in iram concitaverunt le désert, et ont-ils excité sa colère dans
eum in inaquoso ? un lieu sans eau?
41. Et conversi sunt, et tenta- 41. Ils en vinrent encore à tenter Dieu,
verunt Deum : et sanctum Israël et irriter le Saint d'Israël.
exacerbaverunt.
42. Non sunt recordati manus 42. Ils ne se sont point rappelé les
ejus, die qua redemit eos de manu œuvres de sa main au jour où il les dé-
tribulantis, livra des mains de celui qui les affligeait;
43. Sicut posuit in ^Egypto si- 43. comme il fit éclater dans l'Egypte
gna sua, et prodigia sua in campo les signes de sa puissance, et ses prodi-
Taneos. ges dans la plaine de Tanès,
44. Et convertit in sanguinem 44. Il changea en sang leurs fleuves,
flnmina eorum, et imbres eorum, et leurs eaux, afin qu'ils n'en pussent
ne biberent. boire; I. Exod. vu, 20;
45. Misit in eos cœnomyiam, et 45. Il envoya contre eux une multitude
comedit eos ; et ranam, et disper- de mouches qui les dévoraient, et des
didit eos. grenouilles qui désolaient leur pays;
Exod. vin, 6 ;
46. Et dédit œrugini fructus 46. Il fit consumer leurs fruits par des
eorum : et labores eorum locusta». vers, et leurs travaux par les sauterelles ;
Exod. x, 15;
47. Et occidit in grandine vi- 47. Il fit périr leurs vignes par la grêle,
neas eorum : et moros eorum in et leurs mûriers par la gelée ;
pruina.
48. Et tradidit grandini ju- 48. Il extermina leurs bêtes par cette
menta eorum : et possessionem grêle, et tout ce qu'ils possédaient par
eorum igni. le feu ;
49. Misit in eos iram indigna- 49. Il leur fit sentir les effets de sa
tionis siue : indignationcm, et colère et de son indignation;il les acca-
iram, et tribulationcm : immis- bla sous le poids de sa fureur, et les
siones per angclos malos. affligea par les fléaux qu'il envoya contro
eux, par lo ministère des mauvais anges;
PSAUME LXXVII. 185

50. Viam fecit semitee irae su», 50. II ouvrit un chemin spacieux à sa
non pepercit a morte animabus colère, il ne les préserva point de la
eorum : et jumenta eorum in morte mort et livra leurs animaux à la pesto;
conclusit.
51. Et pcrcussit omne primoge- 51. Il frappa tous les premiers-nés dans
nitum in terra /Egypti ; primitias la terre do l'Egypte, et les prémices do
omnis laboris eorum in taberna- tous leurs travaux dans les tentes do
culis Cham. Cham; Exod. xu, 29;
52. Et abstulit sicut oves popu- 52. Il enleva son peuple comme des
lum suum : et perduxit eos tan- brebis, et los conduisit comme un trou-
quam gregem in deserto. peau dans le désert ;
53. Et deduxit eos in spe, ot 53. 11 les fit marcher de confiance ot
non timuerunt : et inimicos eo- sans crainte, et la mer engloutit leurs
rum operuit mare. ennemis; Exod. xiv, 27;
54. Et induxit eos in montem 54. Il les amena sur la montagne qu'il
sanctificationis suœ ; montem , s'était consacrée, sur la montagne que
quem acquisivit dextera ejus. sa droite a conquise;
Et ejecit a facio eorum gentes : Et il chassa les nations de devant leur
et sorte divisit eis terram in funi- face ; et il leur distribua la terre au sort,
culo distributionis. après l'avoir partagée avec lo cordeau;
Jos. xni, 7;
55. Et habitare fecit in taber- 55. et il établit les tribus d'Israël sous
naculis eorum tribus Israël. les tentes de ces nations.
56. Et tentaverunt, et exacerba- 56. Mais ils tcnlèreiit ot irritèrent de
verunt Deum excelsum : et testi- nouveau lo Dieu très-haut ; et ils ne gar-
monia ejus non custodierunt. dèrent point ses préceptes.
57. Et averterunt se, et non ser- 57. Ils se détournèrent do lui, et n'ob-
vavcrunt pactum : quemadmodum servèrent point son alliance; et, à
patres eorum, conversi sunt in l'exemple de leurs pères, ils devinrent
arcum pravum. comme un arc qui porte à faux.
58. In iram concitaverunt eum 58. Ils enflammèrent sa colère sur
in collibus suis : et in sculptilibus leurs collines; et ils excitèrent sa jalousie
suis ad œmulationem eum provo- par leurs idoles.
caverunt.
59. Audivit Deus, et sprevit : 59. Dieu les entendit; et il les méprisa
et ad nihilum rcdegit valdo Israël. et il réduisit Israël à la dernière humi-
liation.
60. Et repulit tabernaculum Silo, 60. Et il rejeta son tabernacle qui
tabcrnaculum suum, ubi habitavit était a Silo, son propre tabernacle, où.
in hominibus. il avaitdemeuré parmi les hommes. J6r.
vu, 12, 14.
61. Et tradidit in captivitatem 61. II livra leur force a la captivité et
virlutem eorum : et pulchritudi- leur beauté entre los mains de i'enncmi.
nom eorum in manus inimici.
62. Et conclusit in gladio popu- 62. Il enferma son peuple dans une
lum suum : et haireditatem suam enceinte de glaives, et il regarda son
sprevit. héritage avec mépris.
63. Juvenes eorum comedit 63. Lo feu dévora les jeunes hommes;
ignis : et virgines eorum non sunt et leurs vierges ne furent point pleu-
lamentataî. rées.
64. Sacerdotes eorum in gladio 64. Leurs prêtres tombèrent sous lo
ccciderunt : et viduœ eorum non glaive, ot nul no versait des larmes sur
ploi abantnr. leurs veuves.
65. Et exitatus est tanquam dor- 65. Et la Seigneur so réveilla comme
mions Dominus tanquam potens s'il avait, dormi, et comme un hommo
crapulatus a vino. que le vin dont il s'est onivré rend plus
fort,
186 PSAUME LXXVII.
66. Et porcussit inimicos suos 66. Et il frappa ses ennemis par der-
in posteriora : opprobrium sem- rière, et il les couvrit d'une confusion
piternum dédit ilJis. éternelle.
67. Et repulit tabernaculum 67. Et il rejeta le tabernacle de Josoph,
Joseph : et tribum Ephraim non et il ne choisit point la tribu d'Ephraïm;
elegit.
68. Sed elegit tribum, Juda, 68. mais il choisit la tribu do Juda, la
montem Sion quem dilexil. montagne de Sion objet de son amour.
69. Et œdificavit sicut unicor- 69. Et il bâtit son sanctuaire comme
nium sanctifirium suum in terra, une corne de licorne dans la terre qu'il
quam fundavit in sœcula. a fondée pour les siècles.
70. Et elegit David servum 70. Il a choisi David, son serviteur,
suum, et sustulit eum de gregibus et Ta tiré des troupeaux de brebis; et il
ovium : de post feetantes accepit l'a pris à la suite de celles qui étaient
eum, pleines,
71. Pascere.Jacob servum suum, 71. pour être pasteur de son serviteur
et Israël haireditatem suam. Jacob, et d'Israël son héritage.
72. Et pavit eos in innocentia 72. Et il les a gouvernés dans l'inno-
cordis sui : et in intellcctibus ma- ccuce de son cœur, et il les a conduits
nuum suarum dcduxit eos. d'une main intelligente et habile.

Sommaire analytique.
Ce Psaume didactique est une histoire des bienfaits de Dieu à l'égard
du peuple juif, des infidélités de ce peuple et des châtiments qui en furent
la suite. Cette histoire est proposée comme instruction au peuple chrétien.
Les versets 9, 41, 60, 67, 69, prouveraient que ce Psaume est postérieur
au schisme et même à la captivité des dix tribus.
I. — LE PROPIIÈTE, AVANT D'ENTREPRENDRE LE RÉCIT DE CETTE HISTOIRE,

1° Excite l'attention de ses auditeurs à raison de la nature du langage


qu'il va leur tenir ( 1 , 2 ) ;
2° Il propose les choses qu'il va traiter, il les tient de ses pères et elles
doivent être apprises à leurs descendants (3, 4) ;
3° Il ajoute des recommandations a) sur la connaissance de la volonté
et de la loi divine qui doit être transmise à la postérité la plus reculée
(;'», 6) ; b) sur l'espérance qu'ils doivent mettre en Dieu, sur le souvenir do
ses bienfaits et l'obéissance due à ses commandements (7, 8) ; c) sur l'in-
docilité et la rébellion de leurs ancêtres, qu'ils ne doivent pas imiter (9) ;
4° Il confirme ces recommandations, en rappelant sommairement lo
châtiment des Israélites, en punition de la transgression de la loi de Dieu
et de l'oubli de ses bienfaits (10, H) :
II. — NARRATION HISTORIQUE DES ÉVÉNEMENTS ARRIVÉS AUX HÉRREUX DANS LEUR

VOYAGE VERS LA TERRE PROMISE. LE PROPHETE OPPOSE CONSTAMMENT AUX VÉRI-

TÉS DE DIEU LES PÉCHÉS DES JUIFS :

1° Les œuvres do la puissance divine étaient : a) les miracles opérés dans


l'Egypte, et en particulier dans la plaine de Tanès (12) ; b) la mer divisant
PSAUME LXXVII. 187

les eaux et leur ouvrant un chemin (13) ; c) la colonne, tour à tour de nuée
et de feu, guidant leur marche (14); d) l'eau jaillissant avec abondance
du rocher (15, 16). — A ces œuvres, los Israélites opposèrent: a) uno ma-
lignité répétée qui irrita la colère du Très-Haut (17) ; 6) la tentation de
Dieu, en demandant une nourriture plus exquise (18); c) un doute blas-
phématoire sur la puissance de Dieu (19, 20); d) l'absence de foi et d'es-
pérance comprimant la bonté de Dieu et excitant sa juste colère (21, 22).
2° Les œuvres de la libéralité divine étaient a) la manne, nourriture
céleste préparée par les anges (23-25) ; b) les viandes et les oiseaux que
Dieu lit pleuvoir au milieu d'eux comme la poussière (26-28). — A ces
œuvres, les Juifs opposaient a) une voracité immodérée ; 6) une convoitise
insatiable (29, 30).
3° Les œuvres de la justice divine étaient a) la mort instantanée qui
vint frapper les Israélites sensuels ; b) l'épuisement de leurs forces (30, 31).
— A ces œuvres, les Juifs opposaient a) des péchés d'hypocrisie, une
apparence de conversion extorquée par la crainte ; 6) la promesse de
changer de vie, non suivie de son effet (32-37).
4° Les œuvres de la divine miséricorde étaient a) la propension à leur
pardonner et la modération de sa j uste indignation (38) ; b) la commisé-
ration pour la fragilité et l'inconstance naturelles à l'homme (39).— A ces
œuvres, les Juifs opposaient a) une noire ingratitude, des rechutes fré-
quentes qui irritaient Dieu (39) ; 6) l'oubli de tous les prodiges qu'il avait
opérés pour leur délivrance (40-42).
III. — LE PROPHÈTE EXPOSE ENSUITE :

1° Les plaies dont Dieu frappa les Egyptiens (43-51) ;


2° Les bienfaits dont il combla les Israélites : a) leur sortie d'Egypte et
leur marche miraculeuse à travers le désert, sans qu'ils aient eu rien à
craindre des Egyptiens qui les poursuivaient (52, 53) ; b) leur introduction
dans la terre promise, qu'il leur divisa par tribus, après en avoir chassé
les premiers habitants (54, 55).
IV. —- IL CONTINUE LE RÉCIT DES ÉVÉNEMENTS QUI SUIVIRENT l/ENTRÉE DES

ISRAÉLITES DANS LA T E R R E P R O M I S E *.

1° La malice des Juifs: a) ils tentent Dieu de nouveau, ils l'irritent, ils
violent sa loi (56) ; 6) leur malice s'accroît jusqu'à rompre l'alliance avec
Dieu, jusqu'à se retirer de lui (57) ; c) elle va jusqu'à l'idolâtrie ouverte (58) ;
2° La vengeance éclatante de Dieu contre co peuple ingrat : a) Dieu
conçoit un profond mépris pour co peuple (59) ; b) il se décide à quitter
l'arche d'alliance ot à la livrer entre los mains des Philistins (60, 01);
c) îl livre le peuple tout entier au glaive de l'ennemi; leurs jeunes hommes,
leurs vierges, leurs prêtres, tombent sans qu'on verse des larmes sur leur
sort (62-64) ;
188 PSAUME LXXVII.

3° Le retour de Dieu à des sentiments de miséricorde : a) sa vengeance


se tourne contre les Philistins, frappés d'une plaie honteuse (65, 66) ; b) il
transfère de Silo et de la tribu d'Ephraïm l'arche sur la montagne de Sion
et dans la tribu de Juda, où il se fait construire un temple digne de lui
(67-69) ; c) il choisit David, qu'il tire do la garde des troupeaux, pour le
placer sur le trône et en faire un roi selon son cœur (70-72).

Explications et Considérations.

I. — 1-11.

fi. 1, 2. « O mon peuple, prêtez attention à ma loi. » Par une locu-


tion qui se rencontre fréquemment dans les Ecritures, le Prophète
dit : « Prêtez attention, » et non : prèle attention, car un peuple est
composé d'un grand nombre d'hommes, et c'est à ce grand nombre
que le Prophète parle encore au pluriel dans la phrase suivante :
« Inclinez l'oreille aux paroles de ma bouche. » Celui-là prête une
pieuse attention à la loi de Dieu et aux paroles de sa bouche, à qui
l'humilité fait incliner l'oreille, loin que l'orgueil lui fasse dresser la
tête. En effet, ce qui est versé est reçu dans le creux de l'humilité, est
repoussé par la tumeur de l'orgueil. (S. A U G . ) — • J'ouvrirai ma
bouche pour vous parler en paraboles. » Qui ne serait tiré de son
sommeil p a r ces paroles ? qui oserait parcourir, par une lecture ra-
pide, comme étant clairs et manifestes, des paraboles et des problèmes
dont le nom seul indique qu'il faut une étude à fond, puisqu'en effet
la parabole ne présente, sous forme de comparaison, que le dehors de
son sujet ? (S. A U G . ) — La gloire de Dieu est de voiler sa parole, afin
qu'elle soit cachée aux profanes et aux superbes et qu'elle ne soit
révélée qu'aux humbles. Il la voile encore afin que ceux qui la révè-
rent avec plus de respect apprennent à exercer leur foi, par l'obscu-
rité même qu'ils y rencontrent, en se nourrissant, dit saint Augustin,
de ce qui leur est connu, et en adorant ce qu'ils ne peuvent com-
prendre. ( D U G U E T . )
fi. 3, 4. « Que de choses nous avons entendues et connues, et que
nos pères nous ont racontées l » D'abord, c'était le Seigneur qui par-
lait; pourquoi donc un homme prend-il ici tout-à-coup la parole?
C'est que Dieu veut, dès cet instant, parler par le ministère d'un hommo.
Dieu a d'abord voulu parler en son nom, de peur que s'il mettait ses
propres paroles dans la bouche d'un homme, celui-ci ne fût méprisé,
PSAUME LXXVII. 189
parce qu'il serait homme ; il se sert maintenant de l'homme pour m a -
nifester ses v o l o n t é s . . . Si, en effet, l'ange peut se servir de l'air, des
vents, de la mer, du feu et de tout autre agent naturel ou apparence
corporelle ; si l'homme, pour indiquer les secrets de sa pensée, emploie
son visage, sa langue, sa main, une plume, des lettres, ou tout autre
signe extérieur; si enfin, tout homme qu'il soit, il a le pouvoir d'en-
voyer d'autres hommes pour messagers et de dire à l'un d'eux : va,
et il v a ; et à l'autre : viens, et il vient ; et à son serviteur : fais ceci
et il le fait (Luc. v u , 8), avec combien plus de puissance et d'efficacité
Dieu, à qui toutes choses sont soumises comme à leur Seigneur,
peut-il se servir de l'ange et de l'homme pour annoncer ce qu'il lui
plaît. Ainsi, bien que ce soit un homme qui dise : « Que de choses
nous avons entendues, » cependant écoutons ces paroles comme des
paroles divines. (S. AUG.) — Le précieux dépôt des saintes traditions,
confié à la synagogue d'abord, et depuis, et pour toujours, confié à
l'Eglise chrétienne, est ici admirablement décrit. Il nous apparaît
avec toute la majesté des souvenirs antiques, avec toute la vénération
dont l'environnaient les premiers témoins et leurs enfants et les en-
fants de ces enfants, avec toute la fidélité que de pareils hommages
garantissent, maintiennent et perpétuent. Il est vrai que jamais de
plus grandes choses n'avaient été montrées aux hommes, et ceux à qui
Dieu a confié le soin de rappeler d'âge en âge, jusqu'à la fin des siè-
cles, ces merveilles de puissance et de bonté, doivent s'estimer bien
heureux d'avoir été honorés d'un si sublime ministère, et de contri-
buer ainsi, tout à la fois, à la gloire de Dieu et au salut des hommes.
(RENDU.)
« La première et la plus ancienne voie par laquelle les faits de
la religion nous sont parvenus, dit très-bien le P . Berthier, est la
tradition. Les premiers hommes, qui vécurent très-longtemps, t r a n s -
mirent aisément jusqu'à Moïse l'histoire de la création, du déluge, de
la vocation d'Abraham, et des promesses qui lui furent faites... L'E-
glise romaine a toujours eu l'avantage de composer, malgré son é t e n -
due, un seul corps présidé par un seul chef, qui a été le centre de
l'unité... Ce ne sont pas les saints livres qui maintiennent l'unité de
l'enseignement : chaque secte a prétendu les expliquer à sa façon ;
c'est la continuité du même enseignement qui a conservé la vraie fo
et qui a déterminé le vrai sens des Ecritures. »
f. 5-8. « Il a suscité un témoignage d a n s Jacob, et il a posé une
loi dans Israël. » La loi et le témoignage ne sont qu'une seule et
190 PSAUME LXXVII.
même chose : comme attestation, c'est un témoignage ; comme pres-
cription, c'est une loi. C'est ainsi que le Christ est la pierre, pierre
angulaire pour ceux qui croient, pierre d'achoppement et de scan-
dale pour ceux qui ne croient pas. De même le témoignage de la loi,
pour ceux qui ne font pas un usage légitime de la loi, est un témoi-
gnage de correction contre les pécheurs, qui subiront le châtiment,
et pour ceux qui font un usage légitime de la loi, un témoignage
d'attestation indiquant à qui doivent recourir les pécheurs qui
veulent éviter le châtiment. ( S . A U G . ) — Succession héréditaire que
les pères doivent laisser à leurs enfants, et leurs enfants à ceux qui
naîtront d'eux, qui est une observation exacte de la loi de Dieu. Tout
est là, le bonheur des individus, le bonheur des familles, le bonheur
de la société tout entière. Que dès l'enfance une éducation vraiment
chrétienne mette dans tous les esprits la pensée des bienfaits de Dieu,
dans tous les cœurs la reconnaissance et l'amour envers ce divin bien-
faiteur, tout marchera dans le monde avec ordre, sans trouble et sans
orage. La paix, la félicité régneront là où, avec une éducation qu'on
voudrait rendre de plus en plus étrangère à toute notion de Dieu,
régnent l'agitation, la guerre, les dissensions et tous les maux qui
viennent à la suite. — La tradition de la vraie doctrine, t a n t en
matière de foi qu'en matière de morale, est très-propre à opérer les
fruits qu'expose ici le Psalmiste. Cette tradition m'apprend que
Dieu seul est mon soutien, mon asile, mon protecteur durant cette
vie et ma récompense après la m o r t . . . Cette tradition me rappelle
sans cesse les merveilles du Seigneur et le souvenir des grandes choses
que Jésus-Christ a faites pour m o i . . . Cette tradition me recommande
sans cesse l'observation des commandements de D i e u . . . Cette tradi-
tion me montre, soit parmi les Hébreux, soit parmi les chrétiens, des
rebelles, des opiniâtres, des incrédules. H y a eu, sous la synagogue,
des idolâtres ; et dans l'Eglise de Jésus-Christ, il s'est élevé des impies,
des hérétiques, des hommes scandaleux. La vraie doctrine a subsisté
malgré ces orages, et l'enseignement public a toujours condamné les
erreurs et les c r i m e s . . . Cette tradition mo développe les causes des
désordres qui régnent sur la terre : c'est que la plupart des hommes
n'ont point le cœur droit, et qu'ils ne sont pas animés d'une foi sin-
cère. . . Voilà ce que Jésus-Christ me fait connaître sur les traditions.
Je suis inexcusable si j e me refuse à cette instruction toute divine.
( B E R T U I E R . ) — « Il a commandé à nos pères de faire connaître à

leurs enfants ces m e r v e i l l e s , . . . afin qu'ils mettent en Dieu leur espé*


PSAUME LXXVII. 191
rance, qu'ils n'oublient jamais les œuvres de Dieu, et qu'ils recherchent
de plus en plus ses commandements. » — Le but principal, essentiel do
l'éducation, est d'apprendre à l'homme à mettre toute son espérance
en Dieu, au milieu et en dépit des mille épreuves dont la vie est t r a -
versée. Le Prophète indique clairement lés deux grands motifs de
cette espérance : d'une part, il suffit de considérer les merveilleuses
inventions par lesquelles la sagesse et la bonté divines se sont m a n i -
festées, depuis le commencement du monde, en faveur de la race h u -
maine ; d'autre part, la fidélité à observer les commandements de ce
Dieu si sage et si bon est un gage certain de sa protection. Il donne
cette fidélité, et ce don, accepté avec reconnaissance, devient pour
l'homme un mérite que l'auteur même du don se plaît à récompenser.
(RENDU.) — Rechercher avec soin, non-seulement la lettre, mais l'es-
prit des commandements de Dieu et ce qu'ils renferment. — « E t
qu'ils recherchent les commandements. » Si déjà ils les ont appris,
comment les rechercheront-ils encore ? si ce n'est qu'en plaçant en Dieu
leur espérance, ils rechercheront véritablement ses commandements,
parce qu'ils rechercheront son aide pour les accomplir. « Et qu'ils n e
deviennent pas, comme leurs pères, une race corrompue qui irrite Dieu,
une race qui n'a pas gardé son cœur droit, et dont l'esprit n'est point
resté uni à Dieu par la foi. » En effet, quand l'esprit de l'homme
coopère à l'opération de l'Esprit de Dieu, ce que Dieu a commandé
s'accomplit ; ce qui n'a lieu que par la foi en celui qui justifie l'impie.
(ROM. IV, 1 5 . ) Cette foi a manqué à la race corrompue dont l'esprit
n'a pas été uni à Dieu par la foi. Ces paroles ont plus de force pour
signifier la grâce de Dieu, qui non-seulement opère la rémission des
péchés, mais encore admet l'esprit de l'homme à coopérer avec elle
aux bonnes œuvres, que si le Prophète avait dit simplement : son
esprit n'a pas eu foi en Dieu ; car avoir son esprit uni à Dieu par la
foi, c'est croire que cet esprit ne peut faire d'œuvres de justice sans
Dieu, mais seulement avec Dieu. C'est encoro là croire en Dieu, co
qui est plus que de croire à Dieu. On peut, en effet, croire à un h o m m e
quelconque, sans vouloir pour cela croire en lui. C'est donc croire en
Dieu que de s'unir à lui par la foi, pour coopérer au bien qu'il opère.
« Car sans moi, dit le Seigneur, vous ne pouvez rien faire. » (JEAN, XV,
5.) Et l'Apôtre saint Paul pouvait-il en dire plus à ce sujet que p a r
ces paroles : « Celui qui s'unit au Seigneur est un seul esprit avec
lui? » (I Cou., vi, 1 7 ) , (S. A U G . )
f. 9 - 1 1 . « L e s fils d'Ephraïm, tendant et lançant leurs arcs, ont
102 PSAUME LXXVII.
tourné le dos au jour du combat. » Recherchant la loi de justice, ils
ne sont point parvenus à la loi de justice. ( R O M . , I X , 3 1 . ) Pourquoi?
parce qu'ils ne l'ont point recherchée p a r l a foi. En effet, c'est là cette
race dont l'esprit n'a point été uni à Dieu par la foi; elle l'a recher-
ché seulement, en quelque sorte, par ses œuvres ; car, si elle a tendu
et lancé ses arcs (manœuvres extérieures qui peuvent signifier les
œuvres de la loi), elle n'a point gardé de même la droiture de son
cœur, où le juste vit de la foi, laquelle agit par l'amour. ( G A L . V , 6.)
Or, c'est par amour que l'âme s'unit à Dieu, qui opère dans l'homme
le vouloir et le faire selon qu'il lui plaît. ( P H I L I P , I I , 1 3 . ) Qu'est-ce, en
effet, que tendre son arc et le lancer, puis lâcher pied, tourner le dos
au jour du combat, si ce n'est se tenir attentif et faire des promesses
au j o u r de la prédication, et déserter au j o u r de la tentation ; si ce n'est
encore brandir à l'avance son épéeet ne vouloir points'en servir à l'heure
de la bataille? (S. A U G . ) — En écoutant la prédication, ils concevaient
en eux-mêmes de grands desseins, ils semblaient aiguiser leurs âmes
contre leurs vices ; au j o u r de la tentation, ils les ont rendues honteu-
sement. Us promettaient beaucoup dans l'exercice, il ont plié dans le
combat ; ils semblaient animés quand on sonnait de la trompette, ils
ont tourné le dos tout-à-coup quand il a fallu venir aux mains. ( B O S -
S U E T . ) — L'homme n'oublie rien si facilement que les bienfaits de

Dieu, parce qu'il a peu de foi et beaucoup d'orgueil. Son peu de foi
l'empêche de les comprendre, son orgueil les lui fait oublier.

II. — 15-16.
f. 1SM6. Le Prophète se met à rappeler, dans leur ordre, les bien-
faits et les merveilles que cette race corrompue a mis en oubli. Si ces
récits sont des paraboles et des problèmes, assurément il faut les
rapporter à d'autres faits, par des comparaisons. Nous ne devons
donc pas détourner l'œil de notre attention du but de ce Psaume, et
du fruit iMie nous devons tirer do tout ce qu'il renfermo. Ce fruit est
que nous mettions en Dieu notre espérance, que nous n'oubliions pas
les ouvrages de Dieu, et que nous recherchions ses commandements.
C'est à cette pensée qu'il faut tout rapporter, et tout ce que nous
trouverons, comme autant de figures, dans le récit des faits, peut se
reproduire spirituellement dans l'homme, soit par la grâce de Dieu,
s'il s'agit du bien, soit par le jugement de Dieu, s'il s'agit du m a l . . .
Il faut donc voir dans la terre l'Egypte la ligure de ce monde. Celui
qui a divisé la mer pour y faire passer les Israélites, et qui a retenu
PSAUME LXXVII. 193

les eaux comme dans des outres, celui-là peut, p a r sa grâce, compri-
mer le flot impétueux des convoitises charnelles, lorsqu'il renonce
à ce siècle, de telle sorte que tous les péchés étant détruits, comme
autant d'ennemis, le peuple des fidèles passe à travers les eaux du
sacrement de Baptême. Celui qui les a conduits le j o u r à l'ombre d e
la nuée, et toute la nuit à la clarté de la colonne de feu, peut aussi
diriger spirituellement notre route par sa grâce, qui est comme u n e
nuée par laquelle nous sommes défendus contre les ardeurs mortelles
de la concupiscence ; et aussi comme une colonne ardente dont la
lumière nous éclaire dans nos ténèbres, dont la flamme nous échauffe
dans notre tiédeur, et dont la fermeté nous rend immobiles au milieu
des troubles et des agitations de cette vie. Nous traversons cette vie
comme un désert; nous ne trouvons en nous que de la sécheresse,
de l'impuissance et la dureté de la pierre. Point d'eau sur la terre qui
puisse désaltérer notre soif : c O Dieu, mon âme est devant vous comme
une terre sèche et sans eau. o Mais Celui qui a fendu la pierre dans le
désert et les a désaltérés comme à de profonds réservoirs d'eau,
celui-là peut aussi, à qui a soif de la foi que donne l'Esprit-Saint,
verser, selon la signification spirituelle de ces faits, l'eau de la pierre
spirituelle qui suivait les Juifs et qui est le Christ (I COR. x, 4 ) ; celui
qui a fait sortir l'eau de la pierre et a fait couler les eaux comme
des fleuves, peut aussi, quand il lui plaît, tirer d'un cœur dur comme
la pierre les larmes de la componction et les faire couler comme des
fleuves. (S. AUG.)
f. 17-22. « Et ils ne laissèrent pas de pécher encore contre lui, e t
ils irritaient le Très-Haut dans un lieu aride. » S'agit-il de l'aridité d u
désert, ou plutôt de leur propre aridité? Car, bien qu'ils eussent b u
l'eau de la pierre, ils ressentaient l'aridité, non de l'estomac, mais d e
l'esprit, où ne poussait aucun fruit de justice. Dans cette aridité, ils
auraient dû supplier Dieu avec une foi encore plus vive, afin que celui
qui avait donné le rassasiement à leur gosier, donnât également la
justice à leurs cœurs. Loin de là : « Et (ils ont tenté Dieu dans leurs
cœurs, lui demandant la nourriture pour leur vie. » Autre chose est
de demander en croyant, autre chose en tentant. En effet, il est dit
ensuite : « Ils ont parlé mal contre Dieu et ils ont dit : Dieu p o u r r a -
t-il nous préparer une table dans le désert ? » Ils n'avaient donc point
la foi en d e m a n d a n t ainsi de la nourriture pour leur vie. Ce n'est p a s
ainsi que Papôtre saint Jacques ordonne qu'on demande la nourriture
de l'âme : il veut qu'elle soit demandée p a r des hommes qui croient
TOME II. 13
PSAUME LXXVII.
et non par des hommes qui tentent Dieu et parlent mal de lui. ( J A C Q .
I , o.G.) Cette foi manquait à la génération qui n'avait pas gardé la
droiture de son cœur, et dont l'esprit n'était pas uni à Dieu par la
foi. (S. A U G . ) — La sensualité, la gourmandise, l'intempérance, causes
pour les chrétiens, comme elles l'ont ôté pour les Israélites, d'une
multitude de péchés que nous indique ce Psaume. En effet, c'est un
péché qu'on surmonte difficilement, et qui est une cause fréquente de
rechute dans d'autres crimes. « J'en ai vu beaucoup qui, sujets à des
vices d'un autre genre, ont fini par en triompher, mais ceux qui sont
esclaves de ce vice de la gourmandise, de la sensualité, qui font leur
Dieu de leur ventre, qui mettent toutes leurs délices dans les grossiers
plaisirs de table, j e n'en ai jamais vu un seul qui ait pu secouer ce
joug dégradant. » (S. B A S . Trait, de abdic. rer.) I* C'est un vice qui pro-
voque la colère de Dieu : « Ils excitèrent la colère de Dieu dans un lieu
aride. » 2° L'intempérance est la mère des blasphèmes : « Et ils ont
parlé mal contre Dieu. » 3° Les intempérants affichent au grand jour
leur folie, lorsque, doutant de la puissance de Dieu, ils disent : « Est-ce
que Dieu pourra nous préparer une table dans le désert? » 4° La gour-
mandise, l'intempérance sont un foyer de luxure et d'impuretés : « Un
feu s'alluma dans Jacob, » feu qui fut suivi de la colère de Dieu, « et
la colère de Dieu s'éleva contre Israël. » 5° L'intempérance est le nau-
frage de la foi : « Parce qu'ils n'ont pas cru à Dieu. » 6° Elle est la
mère du désespoir : « Ils n'ont point espéré dans son salut. » — « Dieu
pourra-t-il bien préparer une table dans le désert? » — « Le Seigneur
entendit et différa. » Dieu différa le châtiment, pour satisfaire d'abord
leur convoitise, malgré leur infidélité, de peur de paraître irrité de ce
qu'ils lui demandaient, en le tentant et en blasphémant son nom, des
choses qu'il n'aurait pu faire. « Il a donc entendu et il a différé » de
les p u n i r , et quand il eut fait ce qu'ils pensaient qu'il ne pourrait
faire, alors, « sa colère s'éleva contre Israël. » (S. A U G . )
f. 23-29. S'ils avaient mis en Dieu leur espérance, non-seulement
les désirs de leur chair, mais ceux de leur esprit auraient été satisfaits.
E n effet, celui qui a donné ses ordres aux nuées suspendues dans les
airs, qui a ouvert les portes du ciel, qui a fait pleuvoir sur eux la
m a n n e , et qui leur a donné le pain du ciel de telle sorte que l'homme
mangeât le pain des anges ; celui qui leur a envoyé de la nourriture
en abondance pour les rassasier, bien qu'ils fussent incrédules, Celui-là
était assez puissant pour donner à ceux qui croient le véritable pain
du ciel que représentait la inanno, lui qui est lo véritable pain des '
PSAUME LXXVII. 195

Anges, que la vertu nourrit incorruptiblement, parce qu'ils sont incor-


ruptibles, et qui s'est fait chair et a demeuré parmi nous, afin que
l'homme mangeât le môme pain. ( J E A N , I , 1 4 . ) C'est ce pain que font
pleuvoir dans tout l'univers ces nuées évangéliques, les coeurs des
prédicateurs qui, comme les portes du ciel, s'ouvrent et annoncent co
pain, non à la synagogue qui murmure et tente Dieu, mais à l'Eglise,
qui met en Dieu sa foi et son espérance. ( S . A U G . ) — Dieu est Dieu en
toutes ses œuvres ; mais en celles qui sont plus grandes, il fait mieux
voir sa divinité; et puisque le sacrement de l'Eucharistie est une œ u -
vre grande de Dieu, quelle plus assurée marque peut-il porter de son
ouvrier, pour être reçu en ma croyance, pour être admirable et incom-
préhensible ? . . . Dieu ne veuille pas que j e fasse comme ces rebelles
qui médisaient de la divine Majesté, disant : « Pourra-t-il nous dresser
une table au désert ? » Ce que j e ne pourrai mâcher de cet agneau
pascal, j e le jetterai dans le feu du pouvoir infini de ce Père tout-
puissant auquel j e crois. Les petits nuages de difficultés que notre
œil matériel voit en ce sacrement, comment dureront-ils au vent de la
force de Dieu ? Quelle dureté t a n t insoluble que ce feu ne dévore ?
( S . F R A N C , D E S A L E S . Les 1 2 petits trait... T . X . ) — l o L'Eucharistie
bien supérieure à la manne, des miracles bien plus grands s'y accom-
plissent : la manne était préparée par les anges, c'est Dieu lui-même qui
nous donne l'Eucharistie ; —la manne fut donnée aux seuls Hébreux
pendant 4 0 ans, l'Eucharistie est donnée à tous les peuples de la terre
jusqu'à la consommation des siècles ; — la manne était une nourriture
corporelle qui n'empêchait pas de mourir, l'Eucharistie est une n o u r -
riture spirituelle qui préserve de la véritable mort ceux qui s'en nour-
rissent. — 2 ° Jésus-Christ dans l'Eucharistie est vraiment un pain qui
apaise la faim, nourrit l'âme, conserve et augmente la vie qui lui est
propre. — 3 ° L'Eucharistie est un pain céleste et divin : « Il leur a
donné un pain du ciel, » et Jêsus-Ohrist lui-même nous dit : € J e suis
le pain vivant qui suis descendu du ciel » ( J E A N , V I , 5 2 ) , pain du ciel,
parce qu'il descend du ciel, qu'il nous conduit au ciel, et fait un véri-
table ciel de l'âme où il entre.— 4° Jésus-Christ, dans l'Eucharistie, est
le pain des anges, parce que la participation du Christ, qui nous est
donnée ici-bas sous des symboles, est accordée aux Anges sous une forme
supérieure aux symboles eucharistiques ; — p a r c e que c'est un pain spi-
rituel qui n'est point sujet à la corruption; — parce que cette céleste
nourriture fait la joie et les délices des Anges ; — parce qu'il fait des
Anges des hommes qui le reçoivent avec les dispositions convenables.
196 PSAUME LXXVII.

— 5° L'Eucharistie est un pain qui suffit à nourrir tout l'univers. « Il


leur envoya en abondance de quoi se nourrir. » Que l'on considère cette
abondance, soit sous le rapport des lieux, dans toutes les parties du
monde habitable, l'Eucharistie est consacrée et distribuée; soit sous le
rapport du temps, il n'est aucune partie du temps où Jésus-Christ ne
se donne dans l'Eucharistie, et cela jusqu'à la fin du monde ; soit sous
le rapport des personnes, aucun n'est excepté : c'est un banquet où tous
sont invités; soit sous le rapport des dons et des grâces que la sainte Eu-
charistie répand sur les âmes.—Être nourri du pain du ciel, du pain des
Anges, et après cela souhaiter avec ardeur des viandes et de la chair,
c'est ce que les Israélites ont fait une fois, et ce que les chrétiens font
tous les jours, par une préférence d'autant plus injurieuse que le pain
de l'Eucharistie est infiniment au-dessus de la manne du désert. Voici
des rebelles à qui le Seigneur accorde ce qu'ils désirent : c'est dans
sa colère qu'il leur envoie un aliment qui satisfaisait leur cupidité.
Malheur donc à ceux qui jouissent en cette vie de tout ce qui flatte
la sensualité, ces biens se tournent pour eux en poison, et mettent le
sceau à leur réprobation. ( B E R T U I E R ) .
f. 3 0 , 3 1 . « Les viandes étaient encore dans leur bouche, lorsque l a
colère de Dieu s'éleva contre eux, et il fit périr les plus vigoureux
d'entre eux, et fit tomber ceux qui étaient l'élite d'Israël. » Voilà ce
que le Prophète nous dit de ceux qui ont péché après avoir reçu et
mangé la m a n n e . Et maintenant, si un chrétien dans l'Eglise se nourrit
de la chair et du sang de Jésus-Christ, et retourne à ses habitudes
criminelles, qu'il sache qu'un jugement sévère l'attend : « Celui qui
mange le corps et boit le sang jdu Seigneur indignement, mange et
boit sa propre condamnation. » (I C O R . X I , 29), (S. J É R Ô M E . )
jr. 32-37. « Leurs jours se sont évanouis dans la vanité, » tandis
qu'ils auraient pu, s'ils avaient cru, passer dans la vérité des jours
sans fin, près de celui dont il est dit : « Vos jours ne finiront jamais. »
(Ps. ci, 28.) « Leurs jours se sont donc évanouis dans la vanité, et
leurs années se sont écoulées rapidement ; car toute vie mortelle se
hâte vers son terme, et celle qui paraît la plus longue n'est qu'une
v a p e u r qui se dissipe un peu moins vite. » (S. A U G . ) — Nous consumons
nos jours dans la vanité, en les passant dans l'inutilité ou dans des
occupations qui ne servent de rien pour le salut. Les années s'écou-
lent si rapidement que nous en voyons la fin lorsque nous croyons
n'être qu'au commencement; elles se sueeèdent les unes aux autres,
sans même que nous ayons eu le temps de nous en apercevoir, et nous
PSAUME LXXVII. 197

nous trouvons au bout de la carrière sans avoir pensé sérieusement à


ces années éternelles qui ne s'écoulent point.— « Cependant, lorsqu'il
les faisait périr, ils le cherchaient, » non parce qu'ils désiraient la
vie éternelle, mais parce qu'ils craignaient que cette vaine vapeur ne
disparût trop tôt. Us le cherchaient donc, non pas évidemment ceux
qu'il avait fait périr, mais ceux qui craignaient de périr à leur exem-
p l e . . . «Ils revenaient à lui et ils se souvenaient que Dieu était leur
aide et que le Très-Haut était leur rédempteur. » Mais tout cela, ils le
faisaient pour obtenir des biens terrestres, et pour éviter des m a u x
temporels. Or, ceux qui cherchaient Dieu à cause de ses bienfaits
temporels ne cherchaient pas Dieu, mais ces mômes bienfaits. Honorer
Dieu de la sorte, c'est le faire avec une crainte d'esclave, et non avec
un amour de fils. Honorer ainsi Dieu, ce n'est point l'honorer; car
on n'honore que ce qu'on aime. C'est pourquoi, Dieu étant plus grand
et meilleur que toutes choses, il faut, pour l'honorer, l'aimer au-des-
sus de tout. (S. A U G . ) — « Us l'aimaient seulement de bouche, et leur
langue lui a menti. » Celui devant qui tous les secrets des hommes
sont à nu, trouvait une parole sur leurs lèvres et une pensée dans
leur cœur, et il découvrait sans aucun voile ce qu'ils aimaient le mieux ;
« car leur cœur n'était pas droit devant lui. » Un cœur est droit devant
Dieu lorsqu'il cherche Dieu pour lui-môme. En effet, le cœur droit
n'a souhaité obtenir du Seigneur et il ne lui demandera qu'une seule
chose : d'habiter toujours dans la maison du Seigneur et de jouir des
délices de sa vue. (Ps. xxvi, 4 . ) Le cœur fidèle dit à Dieu : Je ne me
rassasierai pas des chaudières pleines de viande des Egyptiens, ni des
pastèques et des melons, ni des poireaux et des oignons que cette race
corrompue préférait môme au pain du ciel, ni d'une manne visible,
ni des oiseaux chassés par le vent ; « je ne me rassasierai que q u a n d
votre gloire sera manifestée. » (Ps. xvi, 1 5 . ) Tel est l'héritage du
nouveau Testament, dont ces hommes no font point partie comme
fidèles, mais auquel les élus avaient foi, môme quand leur foi était
voilée, tandis que cet héritage est maintenant connu, mais d'un petit
nombre, parmi ceux qui ont été appelés. Voilà donc ce qu'était cette
race corrompue, même lorsqu'elle semblait chercher Dieu ; elle l'ai-
mait de bouche et lui mentait de la langue, mais elle n'était pas droite
avec Dieu dans son cœur, ou elle aimait les choses pour lesquelles elle
demandait lo secours de Dieu plus qu'elle n'aimait Dieu m ê m e .
(S. A U G . ) — L'équité simulée n'est point une équité, mais une double
iniquité, parce qu'elle est à la fois uno iniquité et une hypocrisie.
(S. AUG., PS. LXIII.)
198 PSAUME LXXVII.
fi. 3 8 - 4 1 . Beaucoup, d'après ces paroles, se promettront que la
miséricorde divine laissera leur iniquité impunie, lors même qu'ils
persisteraient dans leur ressemblance avec cette race perverse dont
l'esprit ne s'est pas uni à Dieu par la f o i . . . Ils se trompent. Qui ne -
voit, en effet, combien la patience de la miséricorde divine épargno
les méchants? mais Dieu les épargne avant le jugement. C'est donc ainsi
qu'il a épargné ce peuple, et qu'il n'a pas allumé toute sa colère pour
le déraciner et le perdre entièrement... Voyons, en effet, à quel point
il les a épargnés et il les épargne encore ; car il les a introduits dans la
terre promise et a conservé leur nation jusqu'au j o u r où, p a r le meur-
tre du Christ, ils se sont chargés du plus grand de tous les crimes. Si,
après ce forfait, il les a arrachés de leur royaume et dispersés au mi-
lieu de toutes les nations, cependant il ne les a pas entièrement d é -
truits ; car ce même peuple subsiste en perpétuant sa race, et, comme
Caïn, il a reçu un signe afin que nul ne le mette à mort, c'est-à-dire
ne le perde tout à f a i t . . . C'est ainsi que Dieu, dont il faut exalter la
miséricorde et la justice, agit dans ce siècle, par miséricorde, en fai-
sant lever son soleil sur les bons et sur les méchants ( M A T T H . V , 4 5 ) ;
tandis qu'à la fin des siècles il agira par sa justice, en punissant les
méchants, que des ténèbres éternelles sépareront de son éternelle lu-
mière. (S. A U G . ) — D'ailleurs, Dieu aime à pardonner le péché, à ne
pas détruire le pécheur. Sa miséricorde, sa grâce, surabondent là où le
péché avait surabondé. ( R O M . V , 2 0 . ) Dieu connaît notre misère, la
fragilité de notre origine ; il s'est souvenu que nous ne sommes que
poussière. (Ps. en, 1 4 . ) Il est éternel, et nous ne sommes que comme
un souffle qui passe et se dissipe. Nous sommes impuissants pour ren-
trer de nous-mêmes dans la vie, mais tout est possible à Dieu. — Le
Saint-Esprit nous avertit, dans le livre des Proverbes, que ceux qui
marchent vers l'iniquité n'en reviendront plus. Ce sont les hommes
dont l'Ecriture dépeint ici l'impuissance; mais en cela même elle
exalte les forces de la grâce, qui seule peut les faire revenir. (S. A U G . )
— Qu'est-ce que l'homme, si nous le comparons avec la nature de
Dieu ? Est-il besoin de rappeler ici les diverses appréciations que les
saints ont faites de la bassesse de l'homme dans la sainte Ecriture ?
D'après Abraham, l'homme est terre et poussière ; d'après Isaïe, c'est
l'herbe éphémère des champs ; d'après David, il n'est pas même l'herbe
des champs, mais comme l'herbe ; d'après l'Ecclésiastc, il n'est que
vanité ; d'après saint Paul, une véritable misère. (S. G R É G . D E N V S S E ,
De Bealit.) — La vie de l'homme semblable à un souffle qui passe et
PSAUME LXXVII. 199

ne revient plus. Que de desseins cependant nous bâtissons sur cette


vapeur! que d'espérances échafaudées sur un souffle d'un moment! -—
Tous ceux qui manquent de confiance en Dieu font comme les
Israélites : ils osent fixer des bornes à sa Providence, et prescrire des
limites à sa b o n t é . . . Mais la plus grande faute que nous faisons est
de murmurer, quand il nous envoie des souffrances, au lieu do bénir
les vues adorables de sa Providence, et de profiter des biens inesti-
mables qui découlent de la croix. Insensés, nous irritons le saint d'Is-
raël, et nous nous aigrissons nous-mêmes. ( B E R T U I E R . )

III. — 43-55.

f. 43-51. a Ils ne se sont pas souvenus de sa main puissante ni du


jour où il les a rachetés des mains de leur persécuteur. Le Psalmiste
énumère ici les fléaux dont Dieu a frappé les Egyptiens. — Les Israé-
lites avaient dans ces plaies deux sortes d'instructions : l'une toute
de miséricorde, puisque tous ces fléaux avaient pour objet de les
délivrer d'une dure et honteuse captivité ; l'autre toute de rigueur,
puisque Dieu déployait toutes ses vengeances contre un roi opiniâtre
dans son endurcissement. Ce peuple devait donc, d'une part, bénir les
attentions bienfaisantes de son libérateur, et, de l'autre, craindre d'i-
miter Pharaon dans ses révoltes contre le Tout-Puissant. Mais ces
instructions étaient en pure perte pour Israël: il oubliait et les bien-
faits et les vengeances de son Dieu, exemple qui n'est que trop suivi
par les chrétiens. ' BERTniER.) — Toute la suite de l'Ecriture nous
v

apprend que le mépris de la divinité, notre orgueilleuse complai-


sance pour nous-mêmes, notre insatiable cupidité, est le principe des
calamités que nous endurons. Voilà Y oïdium qui ravage nos raisins,
voilà la gelée qui perd nos vignes, voilà le brouillard qui lue les p r e -
mières pousses de ces arbres dont le fruit nous lient lieu du jus de
l'olivier, voilà l'insecte qui dévore nos semences, voilà le poison qui
consume dans la terre les aliments les plus nécessaires à la subsistance
du pauvre, et que le riche ne se procure plus qu'au poids de l'or. No
vous appesantissez plus tant su r la recherche et l'observation des causes
r o
secondes, c'est Dieu qui envoie tous ces châtiments. (Mgr P I E , l
Inst. sur l'aum.)
f. 52-55. Le Psalmiste, après avoir rappelé les plaies des Egyptiens,
continue : « Et il a enlevé son peuple comme des brebis, cl les a con-
duits, dans le désert, comme un troupeau. Il lésa conduits pleins d'os-
200 PSAUME LXXVII.

pérance et libres de toute crainte, et il a englouti leurs ennemis dans


la mer. » Cette délivrance se fait d'une autre manière, d'autant plus
excellente qu'elle se passe dans les profondeurs de l'âme, où nous
sommes arrachés à la puissance des ténèbres, et transportés en esprit
dans le royaume de Dieu. Là se trouvent en abondance des pâturages
spirituels; nous devenons les brebis de Dieu, qui marchent au milieu
de ce monde comme en un désert parce que notre foi ne paraît aux
yeux de personne ; ce qui fait dire à l'Apôtre : t Votre vie est cachée
avec le Christ en Dieu. » (COLOSS. m , 3.) Nous sommes conduits dans
l'espérance, parce que « nous sommes sauvés en espérance. » (ROM.
vin, 24.) Et nous ne devons rien craindre, car, « si Dieu est pour nous,
qui sera contre nous ? » Et la mer a englouti nos ennemis ; c'est-à-
dire qu'ils sont détruits dans le Baptême, par la rémission des péchés.
(S. AUG.) — • Et il les a m e n a sur la montagne qu'il s'était consacrée.»
Cette montagne, qui était celle de Sion, était la ligure d'une montagne
beaucoup plus auguste, de l'Eglise chrétienne, dont le prophète Michée
prédisait : « E t voilà que, dans les derniers temps, la montagne de la
maison du Seigneur sera préparée sur le h a u t des monts, élevée au
dessus des collines ; les peuples y viendront en foule, et les nations se
hâteront, disant : « Venez, allons à la montagne du Seigneur et à la
maison du Dieu de Jacob : il nous enseignera ses voies, et nous m a r -
cherons dans ses sentiers, parce que la loi sortira de Sion, et la parole
du Seigneur de Jérusalem. » (MICHÉE IV, 1 . 2 . ) — 1 ° L'Eglise est la
montagne vraiment consacrée au Seigneur, la montagne de sa sanc-
tification, parce qu'elle est sanctifiée par Dieu lui-même, et qu'elle
sanctifie les autres par la grâce de Dieu. — 2° La grande dignité de
l'Eglise est d'être la montagne acquise par la droite du Christ é t e n -
due sur la croix. — 3° Jésus-Christ, du h a u t de cette montagne, triom-
phe de ses ennemis et les met en fuite : « Et il chassa les nations de
devant leur face. » — 4° Jésus-Christ dilate et étend son Eglise par
toute la terre : c Et il leur distribua la terre au sort, après l'avoir
partagée avec le cordeau. » — 5° L'Eglise habite avec sécurité à l'om-
b r e même de la protection du Christ : « Et il fit habiter les tribus d'I-
sraël dans les demeures de ces nations. » C'est ce qu'avait prédit Isaïe :
c Mon peuple trouvera sa joie dans les douceurs de la paix, et il habi-
t e r a dans les tabernacles de la confiance et dans un repos opulent. »
(ISAI. xxxn, 1 8 . ) Dieu est le maître du monde et de toutes les nations,
il en dispose comme il lui plaît. Il fait connaître de temps en temps
aux potentats que c'est de sa main qu'ils ont tout reçu et qu'il a le
PSAUME LXXVII. 201

droit de les chasser et de les dépouiller de leurs Etats, quand il le


trouve bon, sans qu'il puisse être accusé d'injustice, (DUG.)

IV. — 5 6 - 7 2 .

f. 5 6 - 5 8 . Les Israélites, parvenus au terme, n'ont pas été meilleurs


que leurs pères. « Ils se sont détournés et sont devenus comme un arc
renversé dont on tire de travers. » Ce qui suit explique clairement ces
paroles : « Et ils ont excité sa colère sur leurs collines; » c'est-à-dire,
qu'ils se sont jetés dans l'idolâtrie. L'arc renversé est donc celui qui
ne tend pas vers la gloire du nom de Dieu, mais contre le nom de
Dieu, qui avait dit à ce peuple : « Vous n'aurez pas d'autre Dieu que
moi. » ( E X O D . , 3 . ) Or, l'arc représente ici l'intention de l'esprit ; et le
Prophète s'exprime encore avec plus de précision, en disant : « Et
par leurs images sculptées, ils ont provoqué sa jalousie. » (S. A U G . )
f. 5 9 - 6 4 . « Dieu les a entendus et les a méprisés, et il a réduit
Israël à un néant absolu. » Qu'est-il resté, en effet, sous le mépris de
Dieu, de ceux qui, avec l'aide de Dieu, avaient été ce que nous savons
ce qu'ils furent? ( S . A U G . ) — Point de châtiment plus terrible pour
les hommes que d'être méprisés de Dieu. L'Ecriture se sert souvent
de ce terme pour marquer l'extrême indignation du Très-Haut contre
leà pêcheurs endurcis. Saint Paul dit aux Athéniens que Dieu avait
méprisé les temps d'ignorance où avaient vécu les idolâtres, c'est-à-
dire qu'il les avait abandonnés à leur sens réprouvé... Il marqua son
mépris pour la plus grande partie d'Israël, en livrant aux Assyriens
les dix tribus qui jamais ne revinrent en corps de nation dans la terre
promise et se perdirent pour la plupart chez les idolâtres. Son mé-
pris pour la tribu de Juda ne fut pas si absolu : il se contenta de la
frapper de temps en temps, de la punir par une captivité qui no fût
pas sans retour. Mais, quand elle eut méconnu ce Messie, il la réprouva
tout-à-fait et la réduisit à l'état d'exil, de dispersion où nous la
voyons encore. ( B E R T I I I E R . ) — Et jusque dans le christianisme, com-
bien dépeuples, dans le cours des siècles, ont été réduits à rien, après
avoir compté parmi les premiers peuples, et exercé sur les nations
voisines une puissance dominatrice, et cela parce qu'ils se sont dé-
tournés de Dieu, qu'ils n'ont point observé son alliance, et qu'ils l'ont
insulté par une impiété qui avait pris les proportions d'un crime na-
tional. Oui, lorsqu'un peuple pousse l'irréligion jusqu'au mépris for-
mel de Dieu, il est méprisé de Dieu à son tour, condamné et réduit à
l'Iiumiliation profonde d'essuyer des défaites inouïes, de signer de
202 PSAUME LXXVII.
honteuses capitulations, de voir ses nombreux enfants tombés sous le
glaive ou emmenés en captivité, son territoire envahi, ses provinces
enlevées passer sous la domination du vainqueur, et son influence,
jusque-là incontestée, réduite à rien dans le concert des grandes puis-
sances de l'Europe. — Et, dans une sphère plus limitée, combien
d'âmes infidèles que Dieu méprise déjà en partie, à cause de l'aveugle-
ment où elles persistent avec opiniâtreté, qui abusent ainsi des quel-
ques rayons de lumière, des quelques moyens de salut qui leur restent
encore, et, par cet abus des grâces, grossissent ainsi le trésor de colère
pour le j o u r de la manifestation du juste jugement de Dieu. — Rien
de si saint que l'impiété ne soit capable de profaner. Les lieux saints
n'ont pas la vertu de mettre les impies à couvert de la colère de Dieu,
mais les impies ont malheureusement le pouvoir d'obliger Dieu à dé-
truire ces lieux saints, à laisser ses prêtres tomber sous le glaive, et
à rejeter son tabernacle où il habite avec les hommes. Dieu ne regarde
son tabernacle et son temple que par rapport à ceux qui l'honorent;
s'ils les profanent par leur impiété, Dieu les rejette et les détruit avec
eux tous.
f. 65, 66. « Et le Seigneur s'est éveillé comme s'il avait dormi
jusqu'alors. » En effet, il semble dormir, lorsqu'il livre son peuple
aux mains de ceux qu'il hait ; de sorte qu'on peut dire à ce peuple :
€ Où est votre Dieu? » (Ps. X L I , 11.) « Il s'est donc éveillé, comme
s'il avait d o r m i ; il s'est éveillé comme un homme puissant qui aurait
été pris de vin. » Nul, si ce n'est l'Esprit de Dieu, n'oserait parler de'
Dieu en des termes semblables. Il a dit, en effet, que Dieu dort long-
temps, comme un homme ivre (ce que pensent les impies qui l'insul-
tent), lorsqu'il ne vient pas au secours des hommes aussi vite que
ceux-ci le voudraient. (S. A U G . ) — Mais il se réveille enfin ; il se sert
des ennemis de son nom pour punir ses enfants infidèles ou indociles,
mais ces intruments de sa justice restent toujours ses ennemis, et ils
sont tôt ou tard l'objet de ses vengeances, et n'ont à attendre que
l'opprobre éternel, réservé aux ennemis de Dieu et de son Eglise.
f. 67-69. « Il choisit la tribu de Juda, la montagne de Sion qu'il a
aimée. » La tribu de Juda choisie de Dieu, de préférence à la tribu
de Joseph et d'Ephraïm, est la figure de l'Eglise que Dieu a choisie do
préférence à la synagogue. 1° Cette tribu, par le grand nombre de
ceux qui la composèrent, surtout après la captivité, a u t a n t que par
l'étendue de la terre de Chanaan, qu'elle occupa et à laquelle elle
donna son nom, est la figure de l'universalité de l'Eglise. — 2° La
PSAUME LXXVII. 203
montagne de Sion est le symbole de la sublimité de l'Eglise, qui s'é-
lève au-dessus de toutes les choses créées, n'adore pas Dieu à cause
des biens charnels du temps présent, mais contemple de loin, des yeux
delà foi, les récompenses futures de l'éternité. (S. A U G . ) — 3 ° L ' E -
glise catholique est l'objet de l'amour tout particulier de Dieu et do
Jésus-Christ : « La montagne de Sion qu'il a aimée. » C'est à son
Eglise qu'il dit p a r son Prophète : « Je te prendrai pour mon épouse à
jamais, et tu seras mon épouse par la justice et l'équité, par la grâce
et la miséricorde. » ( O S É E , I I , 19) — 4° L'unité de l'Eglise est figurée
par l'unique corne que porte la licorne. Nous appelons son sanc-
tuaire, l'Eglise, qui lève une corne terrible contre ses ennemis, comme
la licorne qui se défend contre les (autres animaux. (S. C Y R I L L E D ' A L E X . )
— 5° L'Eglise de Jésus-Christ est sainte : « Il a affermi son sanctuaire.»
— 6° L'Eglise de Jésus-Christ est ferme et inébranlable : « Il a affermi
«on sanctuaire pour tous les siècles. »
f. 70-72. « Et il a choisi David, son serviteur. » La tribu de J u d a
a donc été choisie en vue de David et David en vue du Christ ; la tribu
de Juda a donc été choisie en vue du C h r i s t . . . Et le Sauveur lui-
même, issu selon la chair d e l à race de David, est figuré dans ce p a s -
sage, sous le nom de David, par le Seigneur Dieu, qui a ouvert la
bouche pour parler en paraboles. Et ne soyez pas étonné de ce que,
après avoir dit : « Et il a choisi David, » sous le nom duquel il parle
du Christ, il ajoute : « Son serviteur » et non son fils ; cette parole
doit simplement vous faire entendre que ce n'est pas sa substance
de Fils u n i q u e , coéternei au P è r e , mais la forme d'esclave, quo
le Christ a prise de la race de David. (S. A U G . ) — Jésus-Christ est
donc notre véritable David, et il a été choisi de Dieu comme pour êlro
le pasteur des Juifs et des Gentils. C'est la qualité qu'il prend lui-même
en se proclamant le bon pasteur qui connaît ses brebis et qui est
connu d'elles. « Et il les a nourris, dit le Prophète, selon l'innocence
de son cœur. » Qu'y avait-il de plus innocent que celui qui n'avait
aucun péché, non-seulement par lequel il fût vaincu, mais qu'il eût
à vaincre? « E t il les a dirigés selon l'intelligence de ses mains. Ï II
semblerait peut-être plus juste de dire : dans l'innocence de ses mains
et dans l'intelligence de son cœur ; mais celui qui savait mieux que
tout autre ce qu'il devait dire a préféré attribuer l'innocence au cœur
et l'intelligence aux mains. C'est, à mon avis, parce que beaucoup se
croient innocents, qui ne font pas do mauvaises actions, dans la
crainte des châtiments qui les atteindraient, s'ils en commettaient,
204 PSAUME LXXVIII.
mais qui en voudraient faire s'ils le pouvaient impunément. Ceux-là
peuvent avoir l'innocence des mains, mais non celle du cœur. Mais
qu'est-ce que cette innocence et de quelle nature est-elle, si elle n'est
l'innocence du cœur, où l'homme a été fait à l'image de Dieu ? (S. A U G . )
— L'Eglise qui a la lumière sur le front et la charité dans le cœur, a,
en outre, l'intelligence dans les mains. Précisément parce qu'elle a l'œil
très-éclairé, elle a une sûreté de mouvements, une précision de ma-
nœuvre qui lui permet de diriger l'humanité à travers tous les écueils,
tenant compte à la fois des principes qui ne varient pas et des conjonc-
tures qui en font varier l'application et donnent satisfaction à l'esprit
des temps sans froisser les exigences divines. (Mgr P I E , Disc, et inst.,
tome V, p . 1 9 2 . ) — Le vicaire du Christ qui siège à Rome est vrai-
m e n t bien le pasteur du monde. Paître, cela veut dire régir et sustenter
le troupeau, le conduire avec intelligence, le nourrir avec amour. Re-
gardez les générations qui se succèdent depuis que Pierre a été chargé
de les diriger et de les alimenter. N'est-ce pas le cas de dire avec le
Psalmiste royal : o II les a nourris, comme leur pasteur, dans l'inno-
cence de son cœur et ils les a conduits avec une main sage et pru-
d e n t e ? » Quand on considère le gouvernement du siège Apostolique,
on ne sait qu'admirer davantage, ou la simplicité, la droiture du cœur,
ou l'adresse, l'industrie intelligente des mains. (Mgr P I E , Disc, etc.,
t. V. p . 1 7 4 . ) — Nous voyons ici réunies les qualités d'un bon Pas-
teur : 1 ° L'élection divine : « 11 a choisi David, son serviteur; » —
2° l'objet et la fin de son élection, c'est-à-dire le soin scrupuleux qu'il
doit prendre de son troupeau, « afin qu'il servît de pasteur à son ser-
viteur Jacob, et à Israël son héritage; » — 3° l'innocence de la vie et
la p u r e t é des mœurs : a Et il les a nourris comme pasteur, dans l'in-
nocence de son cœur ; » — 4 ° la sagesse et la sagesse pratique avec
laquelle il doit conduire son troupeau : « Et il les a conduits d'une
main sage et prudente. »

PSAUME LXXVIIT.
Psalmus Asaph. Psaume d'Asaph.
1. Deus venerunt gentes in hœ- 1. O Dieul les nations sont entrées
reditatem tuam, polluerunt tem- dans votre héritage; elles ont souillé
plum sanctum tuum : posucrunt votro saint tcmlc; elles ont fait do Jé-
Jérusalem in pomorum custodiam. rusalem une cabane qui sort à garder
les fruits.
2. Posuerunt morticina servo- 2. Elles ont donné les corps morts de
rum tuorum, escas volatilihus vos serviteurs en pâture aux oiseaux du
PSAUME LXXVIII. 205

cœli : carnes sanctorum tuorum, ciel, les chairs de vos saints en proie
bestiis terrai. aux bêtes de la terre.
3. Effuderunt sanguinem eorum 3. Elles ont répandu leur sang comme
tanquam aquam in circuitu Jéru- l'eau autour do Jérusalem, et personne
salem : et non erat qui scpeliret. ne leur a donné la sépulture.
4.Facti sumus opprobrium viei- 4. Nous sommes devenus un sujet
llis nostris : subsannatio et illusio d'opprobro à nos voisins la moquerie
his, qui in circuitu nostro sunt. et le jouet do ceux qui sont autour de
nous.-
5. Usquequo, Domine, irasceris 5. Jusques à quand, Soigneur serez
in finem : accendetur velut ignis vous irrritô? Votre colèro n'aura-t-elle
zelus tuus? point de fin ? Jusques à quand votre fu-
reur s'allumera-t-ello cornmo un feu?
6. Effundo iram tuam in gentes, G. Répandez votre colère sur les na-
quse te non noverunt ; et in régna, tions qui no vous connaissent pas, et sur
quaî nomen tuum non invocavc- les royaumes qui n'invoquent point vo-
runt : tre nom, Jérém. x, 25;
7. Quia comederunt Jacob; et 7. parce qu'ils ont dévoré Jacob, et
locum ejus desolaverunt. désolé sa demeure.
8. Ne memineris iniquitatum 8. No vous souvenez point de nos an-
nostrarum antiquarum, cito anti- ciennes iniquités; que vos miséricordes
cipent nos misericordioe tuae : se hâtent de nous prévenir, car notre
quia pauperes facti sumus nimis. misèro est extrême.
9. Adjuva nos, Deus salutaris 0. Aidez-nous, ô Dieul qui êtes notre
noster : et propter gloriam nomi- sauveur; délivrez-nous, Seigneur, pour
nis tui, Domine, libéra nos : et la gloire do votre nom, et pardonnez-
propitius esto peccatis nostris, nous nos péchés à cause de votre nom;
propter nomen tuum :
10. Ne forte dicant in gentibus : 10. de peur qu'on ne dise parmi les
Ubi est Deus eorum? etinnotescat peuples : Où est maintenant leur Dieu?
in nationibus coram oculis nostris, Faites éclater parmi les nations, devant
Ultio sanguinis servorum tuo- nos veux, la vengeance du sang de vos
rum, qui effusus est : serviteurs, qui a été répandu (1).
H. introeat in conspectu tuo 14. Que les gémissements des captifs
gemitus compeditornm. s'élèvent jusqu'à vous.
Secundum magnitudinem bra- Possédez par la force toute puissante
chii tui, posside filios mortifica- de votre bras les enfants de ceux qu'on
torum. a fait périr.
12. Et redde vicinis nostris sep- 12. Et rejetez dans le sein de nos voi-
luplum in sinu eorum : imprope- sins sept lois plus de maux qu'ils no
rium ipsorum, quod cxprobrave- nous en ont fait; faites retomber sur eux
runt tibi, Domine. l'opprobre dont ils ont voulu vous cou-
vrir, Soigneur (2).
13. Nos autem populus tous, et 13. Mais pour nous, qui sommes votre
oves pascum tu», confitebimur pcuplo et les brebis de votro pâturage,
tibi in saeculum. nous vous louerons éternellement,
In generationem et generatio- Et nous publierons vos louanges do
nem annuntiabimus laudem tuam". génération en génération.

(1) « Où est leur Dieu ? » C'est un reproche assez fréquent dans la bouche dcë
payeua (Ps. xu, \) ; c'est ce que disait, eu particulier, Souuacherib, dans sa lettre
à Ezéchias.
(2) Les Orientaux mettent souvent dans leur sein ce qu'ils ont à porter.
206 PSAUME LXXVIII.

Sommaire analytique.

Le Prophète prédit et décrit les persécutions que le peuple de Dieu eut


à souffrir, ou de Nabuchodonosor, lors de la prise de Jérusalem et de la
destruction de cette ville et du temple, ou de la part du roi Antiochus, et
au nom des Machabées, dans lesquels se personnifient l'Eglise chrétienne
persécutée.
I. — IL DÉCRIT TOUS LES DÉTAILS DE CETTE ATROCE PERSÉCUTION :

1° Leur patrie occupée par les ennemis ;


2° Le temple de Dieu profané ;
3° La sainte cité livrée à la désolation (i);
4° Les cadavres exposés aux oiseaux de proie et aux bêtes féroces (2) ;
î>° Leur sang répandu comme l'eau et la privation do la sépulture (3) ;
6° Les opprobres et les railleries dont ils sont l'objet de la part de leurs
voisins (i).
II. — IL, D E M A N D E A DIEU D'ÊTRE DÉLIVRÉ DE TOUTES CES CALAMITÉS ET DONNE

POUR MOTIFS :

1° Les crimes des Gentils, qui méritent plus qu'eux ces châtiments (6),
à cause de leur infidélité et de leur idolâtrie, — à cause de leur cruauté et
de leurs sacrilèges (7) ;
2° Leur qualité de peuple de Dieu, qui demande à Dieu d'effacer ses pé-
chés passés et de le délivrer de ses misères présentes (8) ;
3° La gloire de Dieu lui-môme, que les justes reconnaissent et dont ils
invoquent la puissance, et dont les impies se moquent comme s'il était
frappé d'impuissance (10);
4° Les tribulations et les afflictions des saints, qui demandent a) que
leur mort soit vengée ; 6) que du sein de leurs cachots leurs gémissements
montent jusqu'à Dieu; c) que Dieu prenne sous sa protection de pauvres
orphelins (11);
5>° L'impiété des peuples voisins, qui doivent être punis a) pour leur
cruauté contre les enfants de Dieu, 6) à cause de leurs blasphèmes contre
Dieu (12);
6° Les vertus des justes délivrés, qui publient les louanges de Dieu avec
humilité et persévérance (13).

Explications et Considérations.

I. — 1 - 4 .
•fi. 1 - 4 . Les calamités décrites dans les premiers versets de ce Psaumo
sont une prédiction des malheurs de Jérusalem, ou sous Nabuchodo-
PSAUME LXXVIII. 207
nosor, qui ravagea la Judée tout entière, où, plus vraisemblablement,
sous Antiochus, persécuteur acharné des Juifs et profanateur de leur
temple. Cette prophétie ne peut avoir rapport à la dernière dévasta-
tion de Jérusalem par l'empereur romain Titus, car comment pour-
rait-on alors appeler héritage de Dieu ce peuple qui n'avait plus le
Christ avec lui, qui était au contraire réprouvé pour l'avoir réprouvé
et mis à mort, qui refusait de croire en lui, môme après sa résurrec-
tion, et qui, de plus, faisait périr ses martyrs? (S. A U G . ) — D'ailleurs,
cette prophétie étant en forme de prière, comment le Saint-Esprit
aurait-il inspiré un Prophète pour obtenir la délivrance d'une ville
que le Seigneur avait condamnée à une ruine totale et sans retour ?
— Ces persécutions dirigées contre le peuple de Dieu, contre la ville
de Jérusalem et le temple, figurent les persécutions dirigées contre
l'Eglise chrétienne et se sont accomplies littéralement bien souvent à
son égard, dans le cours des siècles. — S ' i l faut comprendre les p r e -
mières paroles prophétiques de ce Psaume : « O Dieu, les nations sont
venues dans votre héritage, » (Ps. L X X V I I I , i,) en ce sens que les Gen-
tils sont entrés dans l'Eglise non en croyant, mais en persécutant,
c'est-à-dire qu'ils l'ont envahie avec l'intention de la détruire et de la
perdre entièrement, comme le démontre le fait de tant de persécutions,
il faut que ce qui suit : « Elles ont souillé votre saint temple, » s'ap-
plique non à des bois et à des pierres, mais à des hommes qui, sem-
blables à des pierres vivantes, servent, dit l'apôtre saint Pierre, à
construire la maison de Dieu. ( I P I E R . I I , 5.) C'est en ce sens que l'a-
pôtre saint Paul dit très-clairement : « Le temple de Dieu est saint et
vous êtes ce temple. » (I C O R . m , 1 7 . ) Les persécuteurs ont donc souillé
ce temple en ceux qu'ils ont forcés de renier le Christ par des mena-
ces ou par des supplices, cl qu'ils ont amenés, par de violentes pres-
sions, à invoquer les idole». (S. A U G . ) — « Us ont fait de Jérusalem une
cabane à garder des fruits. » P a r cette figure, le Prophète exprime
l'abandon q u ' a produit l'étendue d e l à persécution; parce que l'on
abandonne la cabane où l'on se plaçait pour garder les fruits, lorsque
l'époque des fruits est passée ; mais quand l'Eglise, sur la persécution
des Gentils, a paru devenir déserte, les âmes des m a r t y r s ont passé à
la table céleste, comme des fruits nombreux et délicieux recueillis
' dans le j a r d i n du Seigneur. ( I D E M . ) — Les passions et les vices, maîtres
d'une âme dont Dieu avait pris possession p a r sa grâce ; — le trafic
des choses saintes, l'esprit mercenaire dans les fonctions sacrées, etc.,
sont, dans un sens tropologique, les nations qui sont entrées dans
208 PSAUME LXXVIII.
l'héritage de Dieu, qui est son Eglise, qui l'ont profanée, déshonorée,
et l'ont réduite à être comme la gardienne des fruits de la cupidité et
de l'avarice. Toute âme qui se sent dévastée par ses péchés comme
autant de nations barbares, peut dire avec Mathathias, père des Ma-
chabées : « Quelle nation n'a point hérité de son royaume, et n'a pas
obtenu ses dépouilles ? Toute sa magnificence lui a été enlevée : elle
était libre, elle est devenue esclave; et tout ce que nous avions de
saint, de beau et d'éclatant a été désolé et profané par les nations.
Pourquoi donc vivons-nous encore ? » (I M A C U . it, 1 0 . ) — «Ne savez-
vous pas que vos corps sont les membres de Jésus-Christ? Enlève-
rai-je donc à Jésus-Christ ses propres membres pour en faire les
membres d'une prostituée? A Dieu ne plaise... (I C O R . VI, 1 5 . ) Ne
savez-vous pas que vous êtes le temple Dieu et que l'esprit de Dieu
habite en vous ? Or, si quelqu'un profane le temple de Dieu, Dieu
le perdra ; car le temple de Dieu est s a i n t , et c'est vous qui êtes ce
temple. » (1 C O R . m , 1 6 , 1 7 . ) Voyez ce que vous devez faire du
temple de Dieu ? Si vous choisissiez l'Eglise pour y commettre un adul-
tère, qu'y aurait-il de plus affreux, de plus abominable? Or, rappelez-
vous que vous êtes vous-mêmes le temple de Dieu. Vous êtes son temple
quand vous entrez dans votre demeure, vous êtes son temple quand
vous en sortez, vous êtes son temple lorsque vous restez dans votre
demeure... Veillez donc sur tous vos actes, prenez garde d'offenser
Celui qui habite ce temple, de peur qu'il ne vous abandonne, ne vous
condamne à une ruine entière et sans retour. (S. A U G . , Serm xvi sur
les paroi, du S.) — « Ils ont livré les cadavres de vos serviteurs en pâ-
ture aux oiseaux du ciel, et la chair de vos saints aux bêtes de la terre. •
Quand les âmes des martyrs étaient présentées comme des fruits à
leur cultivateur, les nations livraient les cadavres et les chairs de ces
martyrs aux oiseaux du ciel et aux bêtes de la terre ; comme si quel-
que chose d'eux devait manquer à la résurrection, au moment où
Celui par qui les cheveux de notre tête sont comptés ressuscitera leur
corps, en les reprenant dans les plis les plus cachés de la terre. (S.
A U G . ) — La vue d'une ville remplie de cadavres à qui personne ne
veut donner la sépulture, et qui demeurent exposés pour être la proie
des bêtes, est un spectacle affreux, qui produit en nous une impres-
sion de terreur dont nous ne pouvons nous défendre. Et cependant
nous voyons, sans en être effrayés, t a n t d'âmes à qui le péché donne
tous les jours la mort, et qu'il laisse exposées en proie à leurs passions,
mille fois plus cruelles que les bêtes féroces 1 Ces morts ne se voient
PSAUME LXXVIII. 209
pas des yeux du corps, c'est la foi qui les découvre, c'est la foi qui les
pleure. Comme ces larmes viennent du ciel, elles sont aussi puissantes
dans leurs effets qu'elles sont élevées dans leur origine ; car les pleurs
que l'on verse sur les ruines des villes ne sauraient jamais les rétablir ;
mais souvent les larmes des saints et des âmes pieuses ont ressuscité
des âmes mortes depuis longtemps à la vie de la grâce. ( D U G U E T . en
part.) Il était de la gloire de Dieu que la seule nation qui fut au monde
dévouée au vrai culte, ne devint pas l'objet du mépris et de la r a i l -
lerie de ses voisins ; mais la gloire de Dieu n'était pas intéressée à ce
que tel ou tel de cette nation jouît d'une grande considération p a r m i
ses concitoyens : l'humiliation a été, de tout temps, pour les amis de
Dieu, la sauvegarde de la sainteté et la route du salut. ( B E R T H I E R . )

IL — 5-13.

f. 5-7. Cette prière que fait ici entendre le Prophète prouve que
son récit des afflictions de Jérusalem n'a pas pour but de les faire
connaître, mais bien de les pleurer. Il supplie Dieu de ne pas s'irriter
jusqu'au dernier excès, c'est-à-dire de ne pas porter à l'extrémité
les maux qui les accablent, leurs tribulations et la dévastation de leur
pays, selon cette parole d'un autre psaume : c Vous nous ferez m a n -
ger un pain trempé de nos larmes, et nous abreuverez de nos pleurs
avec mesure. » (Ps. L X X I X , 6.) — Mais la colère et l'indignation de
Dieu ne sont point pour lui des passions qui le troublent, ainsi que
certains hommes le reprochent aux Ecritures, qu'ils ne comprennent
pas. Sous le nom de colère, il s'agit seulement de la punition de l'ini-
quité, et celui de zèle n'indique que la rigueur avec laquelle Dieu
exige cette pureté qui fait que l'âme respecte la loi de son Seigneur,
et ne se perd pas loin de lui par une sorte d'adultère. Ces sentiments,
par les effets qu'ils produisent dans l'homme affligé, sont des causes
de trouble ; mais, dans la disposition providentielle de Dieu, ils sont
pleins de paix, car il est dit de Dieu : « Pour vous, Seigneur des âmes,
vous jugez avec tranquillité. » ( S A G . X I I , 18.) Ces paroles font assez
voir que les afflictions sont envoyées aux hommes, môme fidèles, à
cause de leurs péchés, bien qu'en môme temps elles fassent éclater la
gloire des martyrs par le mérite de leur patience et de leur pieuse
énergie à garder la loi du Seigneur sous les coups de ses châtiments.
(S. A U G . ) — La colère de Dieu contre les justes, bien différente de la
colère de Dieu contre les pécheurs : la première est une colère d'amour
TOME il. 14
210 PSAUME LXXVIII.
qui veut simplement réprimer. Elles sont toutes deux allumées comme
un feu ; mais à l'égard des pécheurs, c'est un feu consumant; à l'égard
des justes, c'est un feu purifiant. — « Répandez votre colère sur les
nations qui ne vous connaissent pas, et sur les royaumes qui n'ont
pas invoqué votre nom. » Comment donc interpréter ce que dit le
Seigneur dans l'Evangile : «Leserviteur qui ne connaît pas les volontés
de son maître et qui commet des actes dignes de châtiment, sera lé-
gèrement châtié ; mais le serviteur qui connaît la volonté de son maître
et qui commet des actes dignes de châtiment, sera rigoureusement
châtié ? o (Luc. x n , 48.) Si la colère de Dieu est plus violente contre
les nations qui ne l'ont pas c o n n u . . . ne serait-ce point parce qu'il
y a une grande différence entre les serviteurs qui, tout en ignorant la
volonté de leur maître, invoquent cependant son nom, et ceux qui
sont étrangers à la famille d'un tel père, et qui ont une telle ignorance
qu'ils n'invoquent même pas Dieu. Aussi le Prophète ne représente
pas ceux dont il parle comme ignorant la volonté de leur maître, bien
que ne laissant pas de le craindre , mais il les représente comme l'i-
gnorant au point de ne pas l'invoquer et de se faire les ennemis de
son nom. Il y a donc une grande différence entre des serviteurs qui
ne connaissent pas la volonté de leur maître, mais qui pourtant vivent
dans sa famille et dans sa maison, et des ennemis, qui, non seulement
ne veulent pas connaître leur maître, mais qui, non contents de ne
pas invoquer son nom, font encore la guerre à ses serviteurs. (S. A U G . )
— Sous ces termes si simples a été longtemps voilée une vérité capi-
tale que saint Paul a clairement révélée à l'Eglise chrétienne, et que
o r
Bourdaloue a parfaitement développée dans son sermon sur le l di-
manche de l'A vent : « Celui qui n'aura pas reçu la loi, sera jugé sans
la loi; celui que la foi n'aura pas éclairé, sera jugé sans la loi. » A dé-
faut de la loi extérieure qui n'a pas été promulguée pour toi ou tel
peuple, à défaut de la foi qui n'a pas lui pour ce peuple, une autre
lumière a été donnée, lumière naturelle qui éclaire tout homme venant
en ce inonde, lumière d e l à raison, qui émane de la raison éternelle
et souveraine, le Verbe divin. Cette lumière naturelle, celle raison
humaine a dù servir de guide à tout homme. Elle suffisait, si elle était
écoulée avec attention, consultée avec sincérité, obéie avec zèle; elle
suffisait pour conduire l'homme au Dieu créateur, au Dieu principe et
fin de toutes choses, au Dieu vengeur du crime et rémunérateur de la
vertu. Ceux qui n'auront pas, avec le secours de celte lumière, connu
Dieu et invoqué son nom, seront coupables de ce défaut de connais-
PSAUME LXXVIIÎ. 2il
sance, de ce défaut d'invocation, et responsables de toutes les consé-
quences. A plus forte raison, les Juifs, qui ont reçu la loi de Moïse, les
chrétiens, qui ont reçu la loi de Jésus-Christ même, seront-ils soumis
au redoutable jugement, s'ils n'ont pas connu Dieu, s'ils ne l'ont pas
invoqué. ( R E N D U . )
f. 8, 9. « Ne vous souvenez pas de nos iniquités anciennes. »
Il ne dit pas de nos iniquités passées, qui pourraient être récentes,
mais de nos iniquités anciennes, c'est-à-dire de celles qui nous vien-
nent de nos pères ; car de si graves iniquités méritent, non pas
correction, mais condamnation , « Hâtez-vous de nous prévenir par
vos miséricordes. » Qu'elles nous préviennent avant votre jugement ;
car la miséricorde s'élève au-dessus du jugement. ...Mais en ajoutant :
« Parce que nous sommes tombés dans une extrême pauvreté, » le
Prophète veut faire sentir que les miséricordes divines nous prévien-
nent, afin que notre pauvreté, c'est-à-dire notre faiblesse, soit aidée
par sa miséricorde à observer les commandements, de peur que nous
n'arrivions à son jugement pour être condamnés. « Aidez-nous,
6 Dieu qui êtes notre Sauveur. » Par ces mots : « Notre Sauveur, »
il explique assez clairement de quel genre de pauvreté il a voulu parler
en disant : « Parce que nous sommes tombés dans une extrême p a u -
vreté ; » car cette pauvreté n'est autre chose que la faiblesse à laquelle un
Sauveur est nécessaire. Mais quand il veut que nous soyons aidés, il
ne manque ni de reconnaissance envers la grâce, ni de justice envers
notre libre arbitre ; car celui qui reçoit du secours agit en môme temps
par lui-même. Il dit encore : « Délivrez-nous, Seigneur, pour la gloire
de votre nom, » mais non à cause de nous. Que méritent, en effet, nos
péchés, que leur est-il dû, sinon dos châtiments proportionnés ? Mais,
i soyez propice à nos péchés, à cause de votre nom, » . . . « et que la
vengeance du sang de vos serviteurs éclate à nos yeux, au milieu des
nations. » Il y a deux manières d'entendre ces paroles : ou que l'ini-
quité de nos ennemis soit détruite par leur foi en Dieu, ou que, per-
sévérant dans leur méchanceté, ils soient punis des supplices du juge-
ment dernier. (S. A U G . ) — Il n'y a pas de mot dans celte prière qui
ne soit expressif. L'objet de la prière, c'est d'obtenir le secours de
Dieu ; le motif de la prière, c'est la gloire du saint nom de Dieu ;
celui à qui s'adresse la prière, c'est Dieu, auteur de toutes grâces et du
salut ; les dispositions de la prière, c'est le cœur pénétré du souvenir
de ses p é c h é s ; le désir principal énoncé par la prière, c'est d'être
rétabli dans la faveur de Dieu. ( B E I V T U I E I I . ) — Dieu nous prévient p a r
212 PSAUME LXXVIII.
ses miséricordes, en nous aidant 1° à expier, p a r la pénitence, les pé-
chés passés ; 2 ° à éviter les péchés à venir ; 3 ° à faire des œuvres de
justice. Quand nous demandons le secours de Dieu et le pardon de
nos péchés, ne les pas attendre de nos propres mérites, mais de la
seule miséricorde de Dieu, qui y trouve sa gloire.— C'est une douleur
des plus sensibles pour les justes qui souffrent, de voir que leurs souf-
frances sont une occasion d'outrager Dieu et de vomir des blasphèmes
contre lui. Laisser à Dieu le soin d'arrêter ces blasphèmes, et de sauver
l'honneur de la piété. — Faire aussi cette prière, non-seulement pour
nos péchés particuliers, mais pour notre patrie : O Dieu, vous qui êtes
notre unique salut, aidez-nous, et à cause de vous, à cause de la gloire
de votre nom, parce qu'aux yeux de tous les peuples la France a
toujours été le plus riche fleuron de votre couronne terrestre, venez
à notre aide et procurez notre délivrance. E t enfin, s'il est trop vrai
que nous sommes encore pécheurs, que nous sommes toujours cou-
pables, soyez propice, soyez indulgent à nos péchés mêmes, à cause de
vous et de votre nom, et parce que la France ne peut être abaissée, ne
peut être humiliée que votre propre nom n'en souffre, que votre cause
n'en soit profondément atteinte. (Mgr PIE, Disc, etc., t. VII, p . 307.)
fi. 1 1 , 1 2 . S'il ne faut rendre à personne le mal pour le mal,
non-seulement il ne faut pas opposer une action méchante, mais il ne
faut même pas rendre un souhait méchant qui, s'il ne se venge pas
lui-même, attend cependant et souhaite que Dieu punisse son ennemi.
Si donc le juste et le méchant désirent que Dieu les venge de leurs
ennemis, à quoi les distinguer, si ce n'est en ce que le juste préfère
voir son ennemi corrigé plutôt que puni, et que, s'il le voit châtié par
Dieu, il ne se complaît pas dans son châtiment, parce qu'il ne le hait
pas, mais dans la Justice de Dieu, parce qu'il aime Dieu ? Enfin, si le
juste est vengé de son ennemi en ce monde, il se réjouit, ou à son
sujet, si le châtiment le corrige, ou pour les autres, afin qu'ils crai-
gnent de se rendre coupables comme lui. Lui-même devient meilleur
par ce châtiment, non en nourrissant sa haine du supplice de son en-
nemi, mais en corrigeant ses propres erreurs. C'est donc par bienveil-
lance et non par méchanceté que le juste se réjouit en se voyant
vengé, et il lave ses mains, c'est-à-dire il purifie ses propres œuvres
dans le sang, c'est-à-dire dans la punition du pécheur, dont il tire
- non une joie du malheur d'autrui, mais un exemple des avertissements
de Dieu. (S. A U G . ) — « Versez dans le sein de nos voisins sept fois
a u t a n t de mal qu'ils nous en ont fait. » Le Prophète ne leur souhaite
PSAUME LXXIX 213

pas de mal, mais, comme précédemment, il annonce la juste punition


de leurs fautes, et il prophétise l'avenir. P a r le nombre sept, c'est-à-
dire par ce mal sept fois rendu, il veut faire comprendre que la p u -
nition sera pleine, parce que souvent le nombre sept est employé pour
exprimer la t o t a l i t é . . . Le Prophète dit : « Nos voisins, » parce que
l'Eglise habite au milieu de ses ennemis jusqu'au j o u r de la séparation ;
car, pour le présent, il ne se fait aucune séparation visible. Il dit :
« Versez dans le sein, » c'est-à-dire dans le secret, afin que la v e n -
geance qui se fait aujourd'hui secrètement « éclate à nos yeux au
milieu des nations. » Et, en effet, quand un homme est livré à son
sens dépravé, il reçoit intérieurement, dans son sein, la menace des
supplices à venir qu'il a mérités. « Et l'opprobre qu'ils ont jeté sur
vous, Seigneur; » versez dans leur sein sept fois autant d'opprobre ;
c'est-à-dire, en punition de l'opprobre qu'ils ont voulu jeter sur vous,
repoussez-les entièrement dans le secret de leurs cœurs. C'est là, en
effet, qu'ils ont jeté l'opprobre sur vous, en conservant l'espoir d'effa-
cer votre nom de la terre, par la destruction de vos serviteurs. (S. A U G . )
f. 1 3 . « Mais nous, votre peuple, » ces paroles s'appliquent, en gé-
néral, à toutes sortes d'hommes pieux et de vrais chrétiens. Nous
donc, qu'ils croyaient pouvoir perdre, « nous, votre peuple et les
brebis de votre troupeau, » afin que quiconque se glorifie, le fasse
dans le Seigneur (I C O R . I, 2 1 ) , « nous confesserons votre nom pour
le siècle, » c'est-à-dire jusqu'à la fin des siècles ( S . A U G . ) , c et nous
publierons vos louanges dans la suite des générations. » Quelle plus
douce occupation pour ceux qui sont véritablement le peuple de Dieu,
qui sont du nombre de ses brebis, qui le suivent comme leur Pasteur,
et qui sont nourris dans ses pâturages, que de lui rendre d'éternelles
actions de grâces et de publier ses louanges dès cette vie et dans la
suite de tous les siècles! ( D U G . )

PSAUME LXXIX.
In finem, pro iis qui commuta- Pour la fin, pour ceux qui seront
bunlur, testimonium Asaph, Psal- changés, témoignage d'Asaph, Psaume.
mus.
1. Qui régis Israël, intendo : qui 1. Pasteur d'Israël, écoutez-nous, vous
deducis velut ovem Joseph. qui conduisez Joseph commo une brebis.
Qui sedos super Chcrubim, ma- Vous qui êtes assis sur los Chérubins,
nifeslaro manifestez-vous (1)
(1) Par IsrnH est exprimé tout ht peuple d'Isrnël, loul le peuple portant d*ler«ël
214 PSAUME LXXIX.
2. coram Ephraim, Benjamin, 2. devant Ephraïm, Benjamin et
et Manasse. Manassô (1).
Excita potentiam tuam, et veni, Excitez votre puissance, et venez pour
nt salvos facias nos. nous sauver.
3. Deus, couverte nos : etostende 3. O Dieu! convertissez-nous, et mon-
facieni tuam, et suivi erimus. trez-nous votre visage; et nous serons
sauvés.
4. Domine Deus virtutum, quous- 4. Seigneur, Dieu des armées, jusques
que irasceris super orationem à quand serez-vous irrité contre la
servi tui? prière de votre serviteur?
5. Cibabis nos pane lacryma- 5. Jusques à quand nous nourrirez-
rum : et potum dabis nobis in vous d'un pain de larmes, et nous ferez-
lacrymis in mensura ? vous boire au calice des pleurs avec
abondance? (2)
6. Posuisti nos in contradictio- 6. Vous nous avez mis en butte aux
nem vicinis nostris : et inimici contradictions de nos voisins, et nos en-
nostri subsannaverunt nos. nemis nous ont insultés.
7. Deus virtutum, couverte nos : 7. Dieu des armées, convertissoz-nous,
et ostende faciem tuam, et salvi et montrez-nous votre visage; et nous
erimus. serons sauvés.
8. Yincam de yEgyplo transtu- 8. Vous avez transporté votre vigno
listi : ejecisti gentes, et plantasti de l'Egypte; vous avez chassé les na-
eam. tions, et vous l'avez plantée.
9. Dux itineris fuisti in conspectu 9. Vous lui avez servi de guide dans
ejus : plantasti radiées ejus, et le chemin ; vous avez planté ses racines,
implevit. terram. et elle a rempli la terre.
10. Operuit montes umbra ejus : 10. Son ombre a couvert les monta-
et arbusta ejus cedros Dei. gnes; et ses rameaux, les cèdres les
plus hauts.
11. Extendit palmites suos us- 11. Elle a étendu ses branches jusqu'à
quc ad mare : et usque ad llumen la mer, et ses rejetons jusqu'au ileuve.
propagines ejus. (3).
12. Ut quid destruxisti maccriam 12. Pourquoi avez-vous détruit son
ejus : et vindemiant eam omnes, mur do clôture? et pourquoi est-elle
qui prœtergrediuntur viam? vendangée par tous c^ux qui passent
dans lo chemin ?
13. Exterminavit eam aper de 13. Le sanglier de la forêt l'a dévastée,
silva : et singularis férus depas- et la bête sauvage l'a ravagée (4).
tus est eam.
14. Deus virtutum, convertere : 14. Dieu dos armées, tournez-vous
comme de sa souche ; de môme Joseph, le bien-aimé de Jacob, est mis ici pour
tous ses frères, pour tous les Israélites, parce que ce patriarche avait mérité
l'honneur de désigner par sou n o m toute la postérité de Jacob, en la nourrissant
tout entière en Egypte, et parce que seul, entre les douze enfants de Jacob, il
était représenté par deux tribus, Mannssô et Ephraïm.
(1) Les trois tribus ici désignées étaient campées les plus près de l'Arche, et
la suivaient immédiatement dans sa marche.
(2) In mcimira. Cette mesure est celle cpi'il faut pour vous instruire, et non
p o u r vous accabler (S. ARR.1. ou bien, selon la mesure, de, nos péchés.
(3) Cette nier est la nier Méditerranée, et le fleuve l'Euphrate, limites extrêmes,
h l'Occident et à l'Orient, de la plus grande puissance des Hébreux, 60us Salo-
m o n . Quelquefois, ces mêmes expressions désignent les extrémités de la terre.
(4) Cette, bète sauvage, signifie Teglatphalasar, Sahnanasar, Sennacherib , ou
Nnlmeliodonosor, si l'on entend ce psaume de la prise, de Jérusalem par les
Chaldéens.
PSAUME LXXIX. 215
respice de cœlo, et vide, et visita vers nous; regardez du haut du ciel, et
vineam istam. voyez, et visitez votre vigne.
15. Et perflce eam, quam plan- 15. Faites prospérer celle quo votre
tavit dextera tua : et super filium droite a plantée ; et jetez les yeux sur le
hominis, quem confirmasti iibi. fils de l'homme quo vous avez affermi
pour vous-même.
16. Incensa igni, et suffossa ah 1C. Elle a été bridée par le fou, et
incrcpationo vultus tui peribunt. arrachée; et ses habitants périront à
l'aspect menaçant de votre visage.
17. Fiat manus tua super virum 17. Que votre main repose sur l'homme
dexterse tuœ : et super filium ho- de votre droite, et sur le fils de l'homme
minis, quem confirmasti tibi. que vous avez rempli de force pour vo-
tre gloire (1).
48. Et non discedimus a te, vi- 18. Et nous ne nous éloignerons plus
vificabis nos : et nomen tuum in- de vous; vous nous rendrez la vie, et
vocabimus. nous invoquerons votre nom.
19. Domine Deus virtutum, con- 19. Seigneur, Dieu des armées, con-
verto nos : et ostondofaciomtuam, vortissez-nous, et montrez-nous votro
et salvi erimus. visage ; et nous serons sauvés (2).

Sommaire analytique.

Le Prophète, considérant les malheurs des dix tribus emmenées cap-


tives par Salmanazar, prie Dieu d'y mettre un terme. Ce Psaume para
bien se rapporter aux dix tribus, car le Psalmiste y parle en général d'Is-
raël et do Jacob, et lorsqu'il spécifie, il dit Joseph, Ephraïm et Manassé.
Ce psaume est une prière que l'on peut faire pour la conservation de l'E-
glise.
I. — LE PSALMISTE DEMANDE L'AVÈNEMENT DU MESSIE :

1° Pour manifester le soin particulier qu'il prend d'Israôl, et faire écla-


tor sa gloire et sa puissance ( 1 , 2 ) ;
2° Pour donner le salut aux âmes repentantes et qui supplient Dieu
d'exaucer leurs vœux (3-5.)
3° Pour donner la consolation aux affligés qui ont a souffrir les outrage»
des peuples voisins (6, 7).
IL— I L DEMANDE LE RÉTABLISSEMENT DU PKIJPLE DE DIEU, QU'lL COMPARE A UNE VIGNE î
1° Il a été éprouvé par de nombreuses vicissitudes : a) Dans ses commen-
cements, 1) il a ôté transplanté miraculeusement de l'Egypte, comme une
vigne ; 2) il a été planté au-delà du Jourdain, après que Dieu en eut chassé
les habitants (8) ; 3) il y a poussé de profondes racines ; 6) dans son pro-
grès, 1) il a rempli toute la terre promise (9); 2) il a couvert les mou-
(1) Il est visible qu'une partie de ce psaume est perdue, et que les versets
15 et 1G ne sont que des demi-versets mal assemblés. La deuxième partie du
versofc 16 n'est que celle du verset 11, amenée par la similitude do la fin de»
premières parties, dextera tua,
(2) (le verset, répété trois fois, est eouiuie le, refrain du ps;mme.
216 PSAUME LXXIX.
tagnes de son ombre ; 3) ses rameaux ont surpassé les cèdres les plus
hauts (10) ; 4) ses branches se sont étendues jusqu'à la mer et ses rejetons
jusqu'au fleuve (H) ; c) à la fin, 1) il a été privé de la protection de Dieu,
qui le défendait comme un mur (12); 2) dépouillé de ses fruits par ses
ennemis (12) ; 3) déraciné par Salmanazar comme par un sanglier, et dé-
voré par Nabuchodonosor comme par une bétc féroce (13) ;
2° Il attend son salut de Dieu seul, qui, a) se donne tout entier à lui, 1) en
jetant sur lui un regard d'affection ; 2) en visitant sa vigne chérie ; 3) en
faisant prospérer celle que sa droite a plantée (14) ; b) envoie le Messie, 1)
qu'il confirme par l'union hypostatiquc (15) ; 2) à qui il confie le rétablis-
sement de cette vigne dévastée (16) ; 3) qu'il revêt de sa force contre ses
ennemis (17) ; )c il instruit son peuple : 1) il lui donne la vie de la grâce ;
2) l'anime à la profession de la vraie foi (18) ; 3) le favorise de sa présence ; 4)
le sauve et le conduit dans les cieux (19).

Explications et Considérations.

I. — 1 - 7 .
f. 1 , 2 . Dieu conduit ses serviteurs comme des brebis, à cause de leur
innocence, de leur docilité et de leur obéissance : « Mes brebis enten-
dent ma voix, et je les connais, et elles me suivent. » ( J E A N , x, 2 7 . ) Le
disciple fidèle doit dire sans cesse à Dieu, avec l'auteur de Y Imitation :
« Placez-moi où vous voudrez, et disposez absolument de moi en toutes
choses. » Je suis dans votre main, tournez-moi et retournez-moi en
tous sens, à votre gré. Voilà que j e suis prêt à vous servir en tout;
car j e ne désire point vivre pour moi, mais pour vous seul. (Liv. m ,
Chap. xv.) Se laisser conduire par la main de Dieu lui-même comme
une brebis, avec la douceur, la docilité et la soumission de ce petit
animal. « Vous qui êtes assis sur les Chérubins. » Les Chérubins sont
le siège de la gloire de Dieu, et leur nom veut dire ; Plénitude de la
science. C'est sur eux que Dieu est assis dans la plénitude de la
science. Mais, quoique les Chérubins soient élevés au-dessus des puis-
sances et des vertus des cieux, cependant, si vous le voulez, vous
serez un Chérubin ; car, si les Chérubins sont le siège de Dieu, écou-
tez ce que dit l'Ecriture : « L'âme du juste est le siège de la sagesse. »
( S A G . vu, 2 7 . ) Mais, comment devenir la plénitude de la science? qui
peut remplir cette condition ? Vous avez un moyen de la remplir :
«L'amour est la plénitude do la loi.» ( R O M . X I I I , 1 0 . ) Gardez-vousdoncde
vous étendre et de courir çà et là. La vaste étendue des rameaux vous
effraye ? Restez à lu racine et ne pensez pas à la grandeur de l'arbre.
PSAUME LXXIX. 217

Que l'amour vienne en vous et la plénitude de la science l'y suivra


inévitablement. Que peut ignorer, en effet, celui qui sait aimer, puis-
qu'il a été dit : « Dieu est amour? » (I JEAN., IV, 8 ) , (S. AUG.) —
« Excitez votre puissance et venez. » L'Incarnation du Fils de Dieu
est l'oeuvre par excellence de la puissance divine ; car rien de plus su-
blime ne peut se faire qu'un Dieu-homme et qu'un homme-Dieu,
i C'est une œuvre admirable, une œuvre tout-à-fait à part, entre
toutes les œuvres de Dieu, une œuvre au-dessus de toutes ses autres
œuvres. ( S . BERN., Serm. m , in Vtg., Nativ.)
f. 3, 4. Jésus-Christ est venu pour sauver les hommes, c'est l'objet
principal de son incarnation. Rien n'est si souvent répété dans l ' E -
criture et l'ange Gabriel l'explique clairement lorsqu'il dit à Joseph :
« Vous l'appellerez Jésus, c'est-à-dire sauveur, parce qu'il sauvera son
peuple de ses péchés. » (MATTH. I, 2 1 . ) Il est venu pour nous sauver,
en nous convertissant à lui et à son Père : « Vous étiez comme des
brebis égarées, mais maintenant vous êtes retournés et convertis à
celui qui est le pasteur et l'évêque de vos âmes. » (I PIER. H, 2.) —
Le salut de l'homme est l'effet, non-seulement de la bonté, mais e n -
core de la puissance de Dieu. « O Dieu, retournez-nous vers vous. »
Nous nous sommes détournés de vous, et si vous ne vous retournez
vers nous, nous ne le ferons pas de nous-mêmes, « Eclairez votre
visage et nous serons sauvés. » Est-ce que Dieu a le visage ténébreux ?
Dieu n'a pas le visage ténébreux, mais il a caché ce visage sous le
nuage de la chair et comme sous le voile de la faiblesse; il a été m é -
connu quand il était suspendu sur la croix, mais pour être reconnu
quand il sera assis dans le ciel. (S. AUG.) — « Montrez-nous votre face
et nous serons sauvés. » Avant l'incarnation, nous voyons, à chaque
page des saintes Ecritures, la terreur qui saisissait naturellement tous
les hommes en la présence de Dieu, depuis que le péché était entré
dans le monde; mais, par l'incarnation, la grâce et la bénignité de Dieu
notre Sauveur nous est apparue (TITE m , 4), et nous pouvons lui dire en
toute confiance : « Montrez-nous votre face et nous serons sauvés. »
— Cette face du Père, c'est le Christ, car il est la splendeur de sa
gloire et l'image de sa substance, (HEUR., I, 3), et comme on connaît
un homme en voyant sa face, ainsi connaît-on le Père en voyant le
Christ. (S. JÉR.) — « Philippe, disait Jésus-Christ à cet Apôtre, celui
qui me voit, voit aussi mon Père. » (JEAN, xiv, 1 9 . ) « Voici que j ' e n -
voie mon Ange, et il préparera la voie devant ma face, » (MALACII.
m , 1 ) , c'est-à-dire Jean-Baptiste avant le Christ.
218 FSAUME LXXIX.
f. 5-7. « Seigneur, Dieu des armées, jusques à quand serez-vous
irrité contre la prière de votre serviteur?» de celui qui est mainte-
nant votre serviteur. Vous vous irritez contre la prière de votre en-
nemi, vous irriterez-vous encore contre la prière de votre serviteur?
Vous nous avez retournés vers vous, nous vous avons reconnu, vous
irriterez-vous encore contre la prière de votre serviteur? Oui, vous
vous irriterez encore, mais votre colère sera celle d'un père qui corrige
et non celle d'un juge qui c o n d a m n e . . . Ne croyez pas que la colère
de Dieu soit passée, dès que vous êtes revenu à lui; elle est passée,
mais seulement pour ne point vous condamner éternellement. Mais il
vous châtie, il ne vous épargne point, parce qu'il châtie tout fils qu'il
reçoit. ( H E B R . X I I . 6.) « Jusques à quand nous nourrirez-vous d'un
pain de larmes,et nous abreuverez-vous de nos pleurs avec mesure?»
Que veut dire : « avec mesure. » Ecoutez l'Apôtre : « Dieu est
fidèle, il ne permettra pas que vous soyez tenté au-delà de ce que
vous pourrez supporter. » (I C O R . X , 1 3 . ) Cette mesure est celle de
vos forces, cette mesure est ce qu'il faut pour vous instruire, et non
pour vous accabler. (S. A U G . ) — Le bien et le mal, la joie et la tris-
tesse, tout se donne ici-bas avec mesure. Les joies du monde, ses
tristesses ne méritent pas d'être comptées. — Toutes les larmes ne
sont pas des larmes chrétiennes : la cupidité a ses larmes aussi bien
que la charité ; il n'y a que les larmes de la pénitence qui soient des
larmes chrétiennes, et il n'y a que celui qui a tiré autrefois l'eau de
la pierre qui puisse en tirer de la dureté de notre cœur.

II. — 8-19.

fi. 8 - 1 0 . Rien de plus commun, dans les saintes Ecritures, que la


comparaison du peuple de Dieu, de l'Eglise avec une vigne, et cette
comparaison se justifie par plusieurs raisons : 1 ° C'est dans les terrains
pierreux que la vigne croît plus facilement; c'est sur Jésus-Christ,
comme sur la pierre, que l'Eglise s'enracine et fructifie.— 2° La vigne
a besoin de pieux pour la soutenir et de liens pour l'attacher; autre-
ment, elle traîne, elle rampe sur la terre ; elle ne peut s'élever qu'étant
soutenue, sans cela elle tombe. Mais aussi, étant soutenue, où ne s'é-
lève-t-elle p a s ? Jésus-Christ est, tout à la fois le pieu qui la soutient et
le lien qui l'attache à ce pieu, et c'e°t de la Sagesse incarnée qu'il est
dit : « En elle est une beauté qui donne la vie, et ses chaînes sont des
liens qui guérissent et qui sauvent. » ( E C C L I . , vi, 3 1 . ) — 3 ° La vigne
a besoin d'une culture assidue et de soins incessants. Il en est ainsi
PSAUME LXXIX. 219

de l'Eglise de Jésus-Christ. Il loue des ouvriers pour les envoyer dans


sa vigne, non-seulement dès l'aurore, mais à la troisième heure, à la
sixième, à la neuvième et à la onzième, de manière qu'elle soit culti-
vée à toute heure. — 4° Les branches de la vigne sécheraient et péri-
raient sans ressource, si elles ne restaient attachées et unies à leur
lige, et si elles étaient privées du suc qu'elles en tirent continuelle-
ment. Il en est de môme des chrétiens, s'ils ne demeurent en Jésus-
Christ et n'en reçoivent continuellement la grâce qui les fait vivre.—
5° C'est lorsque la vigne est taillée, coupée dans le vif, lorsqu'on en
retranche non-seulement le bois sec, mais aussi le bois vert, qu'elle
porte des fruits les plus abondants. C'est ainsi que l'Eglise croît et
fructifie au milieu des épreuves et puise dans les persécutions le prin-
cipe d'une plus grande fécondité. — 6° La branche retranchée du cep
séchera, sera jetée au feu et brûlera. « Que fera-t-on du bois de la
vigne, si on le compare à tous les autres arbres qui sont dans les bois
elles forêts ? Enlèvera-t-on le bois de la vigne pour quelque ouvrage,
ou pourra-t-on l'attacher à la muraille et y suspendre ce qu'on vou-
dra ? On le jette dans le feu dont il devient la proie, la flamme en
consume les deux parties, et le milieu est réduit en cendres; après
cela, sera-t-il bon à quelqu'ouvrage ? » (Ezecn. xv,2-4.) Plus elle est
excellente lorsqu'elle porte « son fruit délicieux qui réjouit Dieu et les
hommes » ( S A G . I X , 1 3 ) , plus elle est inutile quand elle n'en porte
plus, et n'a plus rien à attendre que le feu dont elle est digne. Le bois
delà vigne est celui où la destinée du chrétien se marque le mieux : il
n'y a pour lui que de porter du fruit, ou d'être jeté dans le feu — Les
caractères de l'établissement de l'Eglise ne sont point marqués d'une
manière moins frappante dans les différents traits de cette parabole.
!» Dieu l'a transplantée, cette vigne d'Egypte, dans la terre qu'il avait
promise, c'est-à-dire qu'il a fait passer son Eglise des ténèbres du
péché à la lumière de la foi et de la grâce. — 2 ° Dieu a exterminé les
anciens habitants de cette terre pour lui faire place et pour la plan-
ter. (8). C'est ainsi que Dieu a planté son Eglise dans la foi. —
3° Dieu a fait pousser de profondes racines à cette vigne. « Vous lui
avez servi de guide en marchant devant elle, vous avez affermi ses
racines. » C'est ce que Dieu a fait pour J'Eglise, au sens de ces paroles
de saint Paul : << Que Dieu, selon les richesses de sa gloire, vous for-
tifie dans l'homme intérieur par son Esprit ; que Jésus-Christ habite
dans vos coeurs par la foi, et que vous soyez enracinés et fondés dans
la charité. » — 4° Cette vigne s'est étendue do coteau en coteau, et
220 PSAUME LXXIX.
s'est élevée au-dessus des hautes montagnes qu'elle a couvertes : toute
la terre, jusqu'au fleuve, jusqu'à la mer, en a été remplie, tant le pro"
vin en a été fécond et abondant. C'est ainsi que Dieu donne à son
Eglise de se multiplier et de se propager, par ses rejetons et par ses
fruits. — « L'ombre de cette vigne a couvert les montagnes, et ses
branches, les cèdres les plus élevés. » ( 1 0 ) . Ainsi l'Eglise s'est-ello
élevée au-dessus de tous les royaumes du monde, de toutes les hau-
teurs superbes du siècle. Les montagnes et les cèdres étaient comme
à couvert sous cette vigne, lorsque les puissances du siècle, soumises
à l'Eglise, trouvaient leur repos, leur sûreté et leur salut sous l'ombre
de la foi. — La vigne, dit saint Ambroise, est l'image de l'Eglise. Le
peuple chrétien s'élève comme une vigne verdoyante au-dessus du sol
avili. Ce tendre rejeton, greffé sur la vieille vigne, a poussé sur le bois
noueux de la croix ; et l'Esprit-Saint, l'inondant de sa grâce, a purifié
la vigne. C'est elle que le colon diligent se plaît à bêcher, à arroser
et à tailler. (Comment, in Ex>. Luc., xv.) — C'est aussi cette vigne de
l'Eglise, dont les fleurs répandent au loin les parfums de Jésus-Christ,
dont les fruits mûrs et abondants inspirent au même saint docteur ce
cantique de louange : « Seigneur, que ceux-là vous louent, qui voient
votre Eglise étendue au loin, ses branches chargées, et toutes les
âmes l'environner comme des colliers précieux, faisant briller en elle
la maturité de la prudence, la splendeur de la foi, l'éclat de la justice,
la fécondité de la miséricorde. » (Bex., m , cap. 1 0 . )
Dans ces versets, le Prophète nous fait un tableau ef-
•f. 1 2 - 1 3 .
frayant et trop naturel des persécutions, des épreuves, des dévasta-
tions auxquelles Dieu a permis que la Synagogue et ensuite l'Eglise
chrétienne fussent en proie.— Le mur de l'Eglise, c'est Dieu lui-même:
1
« Je serai autour d'elle, dit Jéhova, comme un mur de feu, et je sera
au milieu d'elle dans ma gloire. » (ZACH. II, 5 . ) Les murs de l'Eglise
sont encore les a n g e s , les saints, les évêques et les docteurs, les pré-
ceptes de Dieu, les vertus et la prière. Tous ces murs, tous ces rem-
parts sont renversés et détruits, lorsque Dieu permet à l'esprit do
persécution ou d'erreur de prévaloir pour un temps contre son Eglise.
Ce mur renversé, la vigne est ouverte à toute sorte de dévastations :
« Elle est vendangée par tous ceux qui passent dans le chemin. » Non-
seulement ils emportent tous les raisins, mais les bêtes féroces vien-
nent en arracher jusqu'aux racines, « et le sanglier de la forêt l'a
dévastée. » — Nous avons ici une image non moins effrayante do
l'étal d'une âme que le péché d'habitude a plongée dans l'endurcisso*
PSAUME LXXIX. 221

ment. Dieu la laisse en quelque sorte sans défense, sans r e m p a r t ;


tous les objets sensibles y portent le ravage ; elle est comme u n e
vigne qui n'a plus de murailles et qui demeure exposée au pillage des
passants.
f. 1 4 - 1 6 . Malgré ces malheurs, retournez-vous vers nous. Regardez
du h a u t du ciel, voyez cette vigne et visitez-la, « et rendez parfaite
celle que votre droite a plantée. » N'en plantez point une autre, mais
rendez parfaite celle-là; car elle est la race même d'Abraham; elle
est la race dans laquelle toutes les nations sont bénies, ( G E N . X X I I , 1 8 ) ;
là est la racine sur laquelle est inséré l'olivier sauvage. (S. A U G . ) —
Le Prophète demande ici Dieu tout entier : 1 » son visage, « Dieu des
armées, tournez-vous vers nous ; » 2 ° ses regards favorables : « Regar-
dez du h a u t du ciel et voyez ; » c'est ce regard de Dieu que le p r o -
phète Jérémie demandait comme un rayon de soleil vivifiant :
« Voyez, Seigneur, que je suis dans la tribulation. » ( J É R É M . , Lam., i,
17) : « O mon Dieu, inclinez votre oreille et écoutez ; ouvrez vos yeux,
et voyez notre désolation, et la cité sur laquelle votre nom a été i n -
voqué ; » 3° ii demande que Dieu lui-même vienne visiter sa vigne et
qu'il constate l'état de dévastation auquel ses ennemis l'ont réduite :
« Et visitez votre vigne ; » 4° il demande la main de Dieu pour réparer
ses ruines et la replacer dans son premier état. C'est ce que Dieu a
fait p a r son Christ : « E t rendez-la parfaite sur le Fils de l'homme, que
vous avez affermi pour vous. » Magnifique fondement 1 Bâtissez des-
sus tout ce que vous pouvez bâtir car ; « nul ne peut poser aucun
autre fondement que celui qui a été posé, qui est le Christ Jésus. »
(l C O R . m , 2 . ) — a Les choses déracinées et livrées aux flammes péri-
ront p a r l'indignation de votre visage. » Quelles sont ces choses d é -
racinées et livrées aux ilammes, qui périront par l'indignation du
visage de Dieu ? contre qui le Christ s'esl-il indigné? Contre les p é -
chés. Les péchés périront donc par l'indignation de son visage. P o u r -
quoi les péchés sont-ils déracinés et livrés aux ilammes ? Deux choses
produisent en nous tous les péchés : le désir et la crainte. Réfléchis-
sez, discutez, interrogez vos cœurs, sondez vos consciences, voyez si
vous pouvez commettre quelque péché autrement que par désir ou
par crainte. Pour vous porter au péché, un a p p â t vous est présenté,
c'est-à-dire quelque chose qui vous plaît ; vous agissez en vue de ce
que vous désirez. Au contraire, vous n'espérez rien qui vous porte au
péché, mais des menaces vous effraient, vous agissez en vue de ce que
vous c r a i g n e z . . . Que fera donc le visage de Dieu qui détruit les pé-;
222 PSAUME LXXIX.

chés ? quels sont les péchés déracinés et livrés aux flammes ? Qu'a-
vait fait l'amour mauvais? il avait comme allumé une flamme.
Qu'avait fait la mauvaise crainte ? elle avait comme creusé le sol. En
effet, l'amour enflamme, la crainte humilie ; c'est pourquoi les pé-
chés nés du mauvais amour sont livrés aux flammes, et les péchés
nés de la mauvaise crainte sont comme déracinés. (S. A U G . ) — Jésus-
Christ est vraiment l'homme de la droite de Dieu : 1° parce qu'il est
assis à la droite du Père ; 2° parce que c'est par lui que Dieu opère
tout ce qu'il fait; car toutes ses œuvres sont faites dans la sagesse,
avec la sagesse et par la sagesse, qui est son Verbe éternel et incréé.
— Dieu ne jette les yeux que sur le Fils de l'homme et le sien, qui
est Jésus-Christ. Il ne voit que lui, il ne connaît que lui, il n'accorde
de grâces que pour lui et par lui. Dieu a établi Jésus-Christ princi-
palement pour lui-même, pour son honneur et pour sa gloire : « Vous
êtes à Jésus-Christ, et Jésus-Christ est à vous. » (I C O R . , m , 23.)
>\ 10-20. Se retirer de Dieu, source de tous les malheurs; revenir à
lui, pour ne s'en séparer jamais, source de tous les biens. — « Nous
ne nous éloignerons pas de vous, vous nous vivifierez, et nous invo-
querons votre nom. » ( I B I D . ) V O U S nous serez cher, car « vous nous
vivifierez. » Nous aimions d'abord la terre, nous ne nous aimions pas;
mais vous avez mortifié nos membres qui sont sur la terre. ( C O L O S S . ,
m , 5.) .MI effet, le Testament ancien, qui contient des promesses ter-
restres, semble inviter l'homme à ne pas adorer Dieu sans intérêt,
mais à l'aimer parce qu'il lui donne quelque chose sur la terre. Qu'ai-
merez-vous donc pour ne pas aimer Dieu ? Dites-le-moi... Regardez
autour de vous toute la création. Voyez si vous serez retenu quelque
p a r t par la glu de la convoitise et empêché d'aimer le Créateur, si ce
n'est par les créatures mêmes de celui que vous négligez. Et pourquoi
aimez-vous ces créatures, si ce n'est parce qu'elles sont belles ! Peu-
vent-elles être aussi belles que celui qui les a faites ? Vous admirez les
créatures, parce que vous ne voyez pas le Créateur; mais que les ob-
jets de votre admiration vous fassent donc aimer celui que vous ne
voyez pas. Interrogez la créature : si elle est par elle-même, n'allez
pas au-delà d'elle; mais, si elle vient de lui, sachez qu'elle n'est fu-
neste à qui est épris d'elle que parce qu'on la préfère au Créateur.
Pourquoi vous ai-je dit ces choses ? c'est en raison du verset que nous
expliquons. Ceux-là étaient donc morts qui adoraient Dieu afin d'en
recevoir des biens charnels; car « être sage selon la chair, c'est être
m o r t . » ( H O M . , vin, 0.) Ceux-là sont donc morts qui n'adorent pas
PSAUME LXXX. 223
Dieu sans intérêt, c'est-à-dire parce qu'il est bon, et non point parce
qu'il leur donne des biens qu'il accorde même aux méchants. Vous
demandez de l'argent à Dieu ? Un voleur en a aussi. Une épouse, une
nombreuse famille, la santé du corps, les honneurs du monde? Voyez
combien de méchants possèdent ces sortes d'avantages. Est-ce là tout
ce qui fait que vous servez Dieu ? Vos pieds chancelleront; vous croi-
rez que vous l'adorez inutilement, quand vous verrez ces mêmes biens
au pouvoir de ceux qui ne l'adorent pas. (Ps. L X X I I , 2.) Il donne donc
tous ces biens même aux méchants ; il se réserve lui seul pour les
bons. « Vous nous vivifierez, » car nous étions morts, lorsque nous
étions attachés aux choses de la terre ; nous étions morts, lorsque
nous portions en nous l'image de l'homme terrestre. « Vous nous
vivifierez ; » vous nous renouvellerez, vous nous donnerez la vie de
l'homme intérieur; « e t nous invoquerons voire nom, » c'est-à-dire
nous vous aimerons. Vous serez le doux Sauveur qui remet nos p é -
chés ; vous serez toute la récompense de nos âmes justifiées.

PSAUME LXXX.

In finem, pro torcularibus Psal- Pour la fin, pour Jes pressoirs ;


mus ipsi Asaph. Psaume d'Asaph lui-même.
1. Exultate Deo adjutori nostro : 1. Célébrez dans de saints transports
jubilato Deo Jacob. le Dieu qui est notre appui, poussez des
cris de joie devant lo Diou de Jacob.
2. Sumite psalmum, et date 2. Entonnez le cantique, et faites en-
tympannm : psalterium jucundum tendre lo tambour, lo psalterion harmo-
cum cithara. nieux avec la harpe.
3. Bucinate in Neomenia tuba, 3. Sonnez de la trompette au retour
in insigni die solcmnitatis vestraï : du premier jour du mois, au jour insigne
de votro grande solennité.
4. Quia prœceptum in Israël 4. Car c'est un commandement en
est : et judicium Deo Jacob. Israël, une ordonnance en l'honneur du
Dieu de Jacob.
fi. Tcslirnoniutn in Joseph po- î>. C'est uno loi prescrite à la maison
suit illud, cum exiret de terra de Joseph lorsqu'il sortit de l'Egypte; il
jEgypti : linguam, quam non no- entendit uno languo qui lui était incon-
verat, audivit. nue.
6. Divertit ab oneribus dorsum 6. Il déchargea leur dos des fardeaux;
ejus : manus ejus in cophino scr- leurs mains était asservies à porter de
vicrunt. lourdes corbeilles.
7. Intribulationc invocasti me, et 7. Vous m'avez invoqué dans l'afflic-
liberavi te : exaudivi te in abscon- tion, et jo vous ai délivrés. Je vous ai
dito tempestatis : probavi te apud exaucés en me cachant au sein do la
aquam contradictionis. nuée oh éclatait la tempête; je vous ai
éprouvés auprès des eaux de contradic-
tion.
224 PSAUME LXXX.
8. Audi, populus meus, et con- 8. Ecoutez, mon peuple, et je vous
testabor te : Israël si audieritis prendrai à témoin, Israël, si vous voulez
me, m'écouter,
9. non erit in te Deus recens, 9. il n'y aura point parmi vous un
neque adorabis deum alienum. Dieu nouveau, et vous n adorerez point
une divinité étrangère.
10. Ego enim sum Dominus 10. Car je suis le Seigneur votre Dieu,
Deus tuus, qui eduxi te de terra qui vous ai fait sortir do la terro de l'E-
jEgypti : dilata os tuum, et implebo gypte. Elargissez votre bouche, et je la
illud. remplirai. Exod. xx. 2.
11. Et non audivit populus 11. Mais mon peuple n'a point écouté
meus vocem meam : et Israël non ma voix, et Israël n'a point voulu m'en-
intendit mibi. tend re.
12. Et dimisi eos secundum desi- 12. C'est pourquoijelesai abandonnés
deria cordis eorum, ibunt in adin- aux désirs de leur cœur ; et ils marche-
ventionibus suis. ront dans les voies de leur invention.
Act. xiv, 15.
13. Si populus meus audisset 13. Si mon peuple m'avait écouté, si
me : Israël si in viis meis ambu- Israël avait marché dans mes voies,
lasset : Baruc. m, 13,
14. Pro nihilo forsitan inimbos 14. en un moment j'aurais humilié
eorum humiliassem : et super ta- leurs ennemis, et j'aurais appesanti ma
bulantes eos misisscm manum main sur leurs oppresseurs.
meam.
15. Inimici Domini mentiti sunt 15. Les ennemis du Seigneur lui ont
ei : et erit tempus eorum in sœ- menti ; et le temps de leur misère durera
cula. autant que les siècles (1).
16. Et cibavit eos ex adipe fru- 16. Et cependant il les a nourris du
menti : et de petra, melle satura- plus pur froment, et il les a rassasiés
vit eos. du miel sorti de la pierre (2).

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, qui a pour objet la célébration des fêtes et le culte de
Dieu, et qui parait avoir été composé à l'occasion de la Néoménie du mois
d'Abib (depuis Nisan),oùlafôtcdc PAquc se célébrait, puisque lo Psalmiste
rappelle que la fête qu'il exhorte le peuple à célébrer fut établie en Egypte (C),
I. — IL EXHORTE LE PEUPLE DE DIEU A CÉLÉBRER DIGNEMENT LES FÊTES.

1° Il prescrit la manière dont il doit louer Dieu (1, 2);


2° 11 on indique le temps (3) ;
3° 11 en assigne les causes, a) le précepte que Dieu lui-même en a fait à
son peuple ( \) ; b) un motif de reconnaissance pour les bienfaits dont il a
comblé son peuple en le délivrant de la servitude d'Egypte, et en veillant
sur lui dans le désert (5-7).

(1) Le mot tempus est souvent pris dans l'Ecriture pour châtiment.
(2) En Palestine, les abeilles font leur miel dans les fentes des rochers, miel qui
passait pour plus délicat que le miel des abeilles domestiques; Hengsteiiberg
pense qu'il pourrait être question d'un miel miraculeux que Dieu aurait fait couler
des rochers en faveur de sou peuple.
PSAUME LXXX. 22O

II. — IL L'INSTRUIT, AU NOM DE DIEU LUI-MÊME, SUR LE CULTE QUI LUI EST DU :

1° Il l'engage à prêter une grande attention à ses paroles (8) ;


2° Il l'exhorte à ne jamais adorer de dieu nouveau, ni étranger (9);
3° Il lui enseigne à n'adorer que lui seul, a) qui, par sa nature et sa ma-
jesté, est le souverain Seigneur; 6) qui, par sa bonté et sa charité, est son
Dieu propre ; c) qui, par sa puissance, l'a délivré do la terre d'Egypte ; d) qui,
par sa libéralité, est toujours prêt à le combler de biens (10);
4° Il lui fait voir les dangers dans lesquels devait lo précipiter son infi-
délité; a) son peuple a refusé d'écouter ses enseignements divins pour
suivre les désirs de son cœur, auxquels Dieu l'a livré (H-13 ; b) Dieu avait
promis de le délivrer do ses ennemis s'il lui était fidèle, il le laissera en
proie à leurs attaques (13-14); c) il assigne la cause de ce danger, l'incons-
tance et la fluctuation dans les voies de Dieu, et prédit la grandeur et
l'éternité du supplice des infidèles (15) ; d) il leur reproche d'avoir négligé
et pris en dégoût les secours que Dieu leur avait ménagés dans la voie do
la terre promise, en les nourrissant du plus pur froment et en les rassa-
siant du miel de la pierre (16).

Explications et Considérations.
I. — 1-7.

f. 1 . 1 ° Le Prophète nous invite à la joie, parce que la joie dilate


le cœur et remplit l'esprit d'une vive lumière. Elle est comme le soleil
de l'âme : — parce que c'est l'honneur et la gloire du Maître que ses
serviteurs soient dans la joie ; — parce que Dieu aime la joie dans ses
serviteurs; elle aide à persévérer dans son service, tandis que la tris-
tesse éloigne de lui. 2 ° Il nous invite à nous réjouir en Dieu, à cause
de la souveraine perfection de son être, et de l'extrême bassesse de
la créature ; — à cause du secours continuel qu'il donne à notre fai-
blesse : « Poussez des cris de joie en l'honneur de Dieu qui est notre
force; » — parce qu'il entoure d'un amour particulier ceux dont il se
déclare le protecteur. « Chantez dans de saints transports les louanges
du Dieu de Jacob. » Que d'autres célèbrent leur cirque et leurs plaisirs,
vous, célébrez votre Dieu; que d'autres célèbrent qui les trompe,
vous, qui vous protège ; que d'autres célèbrent leur Dieu, leur ventre,
vous, votre Dieu, votre protecteur. « Louez p a r votre jubilation le
Dieu de Jacob ; » car, vous aussi, vous appartenez à Jacob ; bien plus,
vous êtes Jacob lui-môme, le puîné des deux peuples, servi par son
aîné. ( G E N . X X V , 2 3 . ) « Louez par votre jubilation le Dieu de Jacob. 9
TQMJS II, 15
226 PSAUME LXXX.

Tout ce que vous ne pouvez exprimer par des paroles, ne cessez de le


célébrer p a r vos transports d'allégresse ; que vos cris de joie disent
tout ce que vous ne pouvez exprimer ; ce que vous ne pouvez plus dire,
manifestez-le par votre jubilation ; car dans l'excès de la joie, quand
les paroles deviennent impuissantes, le cœur se répand en transports
de jubilation. (S. A U G . ) — Louer Dieu avec une grande joie de cœur.
6i Dieu aime celui qui donne avec joie, combien plus celui qui le loue
avec joie. — Chanter ou réciter froidement, quelquefois même avec
dégoût, l'office divin, le regarder comme une charge pesante, marque
assurée d'une âme tiède qui aime peu Celui en l'honneur duquel elle
remplit ce devoir. — Instruments de musique utiles pour exciter la
dévotion de ceux qui se conduisent par les sens. Pour les chrétiens,
dont le culte doit être plus élevé, ils ne doivent s'en servir ou les en-
tendre que pour se persuader que toute leur vie et leur conduite doit
composer, aux yeux de Dieu et de l'Eglise, comme une sainte harmonie,
p a r la liaison de la charité et de la justice avec tous les autres exer-
cices de piété. ( D U G . )
f. 4 - 6 . « Parce que c'est un précepte donné à Israël et le jugement
en appartient au Dieu de Jacob. » Où est le précepte, là est aussi le
jugement. En effet, « ceux qui ont péché sous la loi seront jugés par
la loi. » ( R O M . H , 12), (S. A U G . ) — Dieu commande la célébration des
fêtes, et sanctionne ce commandement p a r le jugement qui est ré-
servé aux transgresseurs. — Il veut aussi que nous célébrions les fêtes
qu'il a instituées en témoignage de l'amour qu'il nous porte et des
bienfaits dont il nous comble. — Le mois commençait chez les Juifs
avec la nouvelle lune; la nouvelle lune, c'est la nouvelle vie. Qu'est-ce
que la nouvelle lune ? « Si quelqu'un est en Jésus-Christ, il est une
créature nouvelle. » (II C O R . V, 1 7 . ) Que veut dire : « Sonnez de la
trompette au commencement du mois de la t r o m p e t t e ? » Prêchez en
toute confiance la vie nouvelle ; ne craignez pas le bruit de l'ancienne
vie. (S. A U G . ) — « Lorsqu'il sortit d'Egypte, il entendit une langue
qui lui était inconnue. » Lorsque vous aurez passé la mer Rouge,
lorsque vous aurez été délivré de vos péchés par la puissance de la
main de Dieu et par la force de son bras, vous découvrirez des mys-
tères dont vous n'avez pas entendu p a r l e r ; vous entendrez une
langue que vous ne connaissiez p a s , et qu'entendent maintenant
et que connaissent ceux qui sont capables d'attester qu'ils la con-
naissent , et vous apprendrez où donner votre cœur. (S. A U G . ) —
Un chrétien sorti de l'Egypte figure de la corruption du siècle, parle
PSAUME LXXX. 227

et entend une langue qui lui était auparavant inconnue. — Le cœur


nouveau ne parle plus le langage corrompu du monde auquel il a re-
noncé : il parle la langue du Saint-Esprit ; il entend et goûte des vérités
qui lni étaient auparavant inconnues, et Dieu commence à lui donner
l'intelligence de ses mystères. — « Il a délivré ses épaules de leurs
fardeaux. » Qui donc a délivré les épaules de Joseph de leurs far-
deaux, si ce n'est celui qui a dit : « Venez à moi, vous tous qui souf-
frez et qui êtes chargés. » ( M A T T H . XI, 2 8 . ) — L'effet le plus funeste
du péché sous lequel le pécheur est accablé, c'est que souvent il ne le
sent pas, et qu'il se croit parfaitement libre au milieu de la plus dure
captivité ; il est assujetti aux actions les plus basses et les plus indi-
gnes d'un homme libre, et ii s'en croit honoré. ( D U G U E T . )
fi. 7 . « Vous m'avez invoqué dans votre tribulation, et je vous ai
délivré. » Que toute conscience chrétienne se reconnaisse ici, si elle a
passé pieusement la mer Rouge ; si elle a entendu, avec la ferme v o -
lonté de croire et de pratiquer, une langue qu'elle ignorait jusqu'a-
lors, qu'elle reconnaisse qu'elle a été exaucée dans sa tribulation ; car
la grande tribulation pour elle était d'être abattue sous le fardeau
de ses péchés. Quelle est sa joie d'être maintenant relevée? Voici que
vous avez été baptisé ; une conscience, hier accablée, est aujourd'hui
comblée de joie. Vous avez été exaucé dans votre tribulation : souve-
nez-vous de ce qu'était cette tribulation. Avant d'arriver à cette cure
salutaire, de combien d'inquiétudes étiez-vous chargé 1 à quels jeûnes
étiez-vous soumis ! que d'afflictions vous portiez dans votre cœur I
que de prières intérieures, pleines de piété et de dévotion l Vos enne-
mis ont été tués, tous vos péchés ont été détruits : « Vous m'avez in-
voqué dans votre tribulation, et je vous ai délivré. » (S. A U G . ) — « J e
vous ai exaucé dans le secret de la tempête ; » non pas de la tempête
de la mer, mais de la tempête de votre cœur. « J e vous ai exaucé dans
le secret de la tempête ; je vous ai éprouvé dans l'eau de la contradic-
tion. > Assurément, celui qui été exaucé dans le secret de la tempête
doit être éprouvé dans l'eau de la contradiction ; car, lorsqu'un homme
aura embrassé la foi, lorsqu'il aura été baptisé, lorsqu'il aura com-
mencé à suivre la voie de Dieu, il trouvera de nombreux contradic-
teurs qui chercheront à le détourner de la foi, qui le menaceront
même quand ils le pourront, pour l'effrayer et pour abattre son cou-
rage : voilà ce que c'est que l'eau de la contradiction, (S. A U G . ) —
Trois heureux effets de la tribulation : 1° elle nous pousse à implorer
le secours de Dieu : « Vous m'avez invoqué dans la tribulation ; »
228 PSAUME LXXX.
2° elle porte Dieu à venir à notre secours au milieu même de la tempête
de la tribulation : « Je vous ai exaucé en me cachant au milieu même
de la tempête de la tribulation ; » 3° elle nous éprouve jet nous rend
plus forts dans le service de Dieu : « Je vous ai éprouvé, etc. » — Il est
remarquable que Dieu mette ici, au nombre de ses bienfaits, l'épreuve
qu'il avait faite de son peuple aux eaux de la contradiction. — Dieu
est souvent caché au milieu de la tempête et des contradictions pour
éprouver les siens, quoiqu'ils ne l'y aperçoivent pas, et il les en dé-
livre dans le temps que sa bonté et sa sagesse jugent le plus utile.
( D U G . ) — Le secret de la tempête est une de ces expressions qui a p -
partiennent aux saintes Ecritures, et qui instruisent et consolent
d'autant plus qu'on les médite davantage. Cette tempête qui sauve
les Israélites et perd les Egyptiens, ligure celles qui s'élèvent dans
l'Eglise ou même dans toute âme fidèle qui a résolu de dompter ses
passions. Toute tempête de cette nature renferme un secret de Dieu.
Outre le mouvement extérieur qui frappe le regard des hommes, il se
fait une opération mystérieuse du Maître suprême qui produit, quand
il lui plaît, le calme et le salut au milieu d'une mer houleuse et bou-
leversée. Paul et Augustin ont ressenti ces tempêtes et ont connu le
secret divin. Toutefois, dit ce Père de l'Eglise, il ne faut pas qu'une
âme ainsi déchargée du fardeau de ses péchés se propose de mener
u n e vie calme et paisible : elle aura, comme nous l'avons vu précédem-
ment, ses eaux de contradiction. ( R E N D U . )

IL — 8-18.

f. 8 - 1 0 . Grand honneur que Dieu veuille bien nous parler lui-même,


et nous déclarer sa volonté. —Admirable condescendance d'un Dieu qui,
étant la souveraine justice, veut bien se rabaisser jusqu'à entrer en dis-
cussion avec son peuple, lui faire sentir ce qu'il a fait pour lui et en
même temps son extrême ingratitude. — « Israël, si vous m'écoutez,
vous n'aurez pas en vous de dieu nouveau. » Un dieu nouveau est un
Dieu fait pour un temps, mais notre Dieu n'est pas nouveau, il est de
toute éternité. Notre Christ est sans doute nouveau comme homme ;
mais, comme Dieu, il est éternel. Qu'était-il, en effet, avant tout com-
m e n c e m e n t ? « Au commencement était le Verbe et le Verbe était en
Dieu, et le Verbe était Dieu. » ( J E A N , I , 1 . ) Et notre Christ est le Verbe
qui s'est fait chair, pour habiter parmi nous. Loin de nous donc cette
pensée qu'il soit en quelque chose un dieu nouveau. Un dieu nouveau
est une pierre, un morceau d'argent ou d'or, ou un f a n t ô m e . . . Un
PSAUME LXXX. 229

grand nombre d'hérétiques se sont fait, aussi bien que les païens,
telle et telle divinité , ils se sont fabriqué tel et tel dieu, et s'ils ne les
ont point placés dans des temples, ils les ont, ce qui est pis encore,
élablis dans leurs cœurs, et se sont faits eux-mêmes les temples de ces
fausses et ridicules idoles. C'est un grand travail que de briser ces
idoles au-dcdans de soi-même, et de purifier la place, non pour un
dieu nouveau, mais pour le Dieu vivant. Tous ces hérétiques (et nous
pouvons y ajouter tous les philosophes déistes, naturalistes, matéria-
listes, panthéistes), en courant d'opinion en opinion, en se forgeant
telle et telle divinité, et en variant leur foi par la diversité de leurs
erreurs, semblent se combattre entre eux, mais ni les uns ni les autres
ne se retirent des pensées de la terre, ils s'accordent dans ces pensées
terrestres. Ils ont différentes opinions , ils n'ont qu'une même vanité.
Ils ont beau être en désaccord par la variété de leurs opinions, ils sont
liés ensemble par la communauté de leur v a n i t é . . . Je suis frappé
de cette expression : « Vous n'aurez point en vous de dieu nouveau. »
Le Prophète n'a pas dit : « Venant loin de vous, comme pour parler
de quelque image venue du dehors, mais en vous, » dans votre cœur,
dans les fantômes de votre imagination, dans les déceptions de votre
c œ u r ; car c'est là que vous porterez votre dieu nouveau, restant
vous-même dans votre vétusté. « Si donc vous m'écoutez, » dit-il,
parce que « je suis Celui qui suis ( E X O D . I I I , 14), vous n'aurez pas en
vous de Dieu nouveau, vous n'adorerez pas de dieu é t r a n g e r s Si vous
n'imaginez pas de faux dieu, vous n'adorerez pas de dieu fabriqué par
l'homme, et vous n'aurez pas en vous de dieu nouveau. (S. A U G . ) —
« Car je suis. » Pourquoi voulez-vous adorer ce qui n'est p a s ? « Car
je suis le Seigneur votre Dieu, » parce que j e suis Celui qui suis. Et,
en vérité, j e suis, dil-il, Celui qui suis, et j e suis au-dessus de toute
créature. Mais quel bien temporel vous ai-je fait? « C'est moi qui
vous ai tiré de l'Egypte. » Ces paroles ne s'adressent pas seulement
au peuple juif ; car nous avons tous été tirés de la terre d'Egypte ,
nous avons tous passé par les eaux de la mer Rouge, et nos ennemis,
qui nous poursuivaient, ont péri dans l'eau. Ne soyons pas injustes en"
vers Dieu ; n'oublions pas le Dieu éternel, pour nous fabriquer un
dieu nouveau. « C'est moi qui vous ai tiré de la terre d'Egypte; ou-
vrez la bouche et je la remplirai. » Vous êtes à l'étroit en vous-même
à cause du dieu nouveau que vous avez façonné dans votre cœur ;
brisez cette vainc image, rejetez de votre conscience une idole faite
de main d'homme. a Ouvrez la bouche, » en confessant, en aimant
230 PSAUME LXXX.
Dieu, • et j e la remplirai, » parce qu'en moi se trouve la source dévie.
(Ps. xxxv, 1 0 , S. A U G . ) — D i e u déclare ici trois choses : 1 ° qu'il est Dieu;
2 ° qu'il est notre Seigneur ; 3 ° qu'il est notre Sauveur et notre libé-
rateur, qu'il est notre bienfaiteur. Nous devons donc l'écouter comme
notre Dieu, l'adorer comme étant le seul Dieu digne de nos adora-
tions, le craindre comme notre Maître et Seigneur, l'aimer comme notre
Sauveur, le chercher comme un bienfaiteur dont la libéralité ne
tend qu'à satisfaire et combler tous nos désirs. — « Ouvrez votre
bouche, et j e la remplirai. » Ces paroles sont-elles plus énergiques
que celles de Jésus-Christ : « Demandez et vous recevrez ; frappez et
l'on vous o u v r i r a ? » Pouvons-nous craindre après ces promesses di-
vines, si fortement accentuées, d'être abandonnes dans nos, nécessites
temporelles ou spirituelles? — « Elargissez votre bouche et je la rem-
plirai. » Dieu occupe dans nos cœurs la place que nous lui faisons;
plus nous en chassons de convoitises, plus il y est ferme et durable ;
lorsque, p a r un vrai repentir, un vrai désir de mieux l'aimer, une
confession sincère, une soumission pleine et complète, nous lui aban-
donnons entièrement cette demeure qu'il s'est choisie en nous créant,
sa promesse ne trompe point : il y vient tout entier.
fi. 1 1 , 1 2 . « Et mon peuple n'a pas obéi à ma voix, et Israël ne m'a
point prêté attention. » Qui ? à qui ? « Israël, à moi. » O âme ingrate 1
âme qui n'es que par moi, âme appelée par moi, ramenée à l'espé-
rance par moi, lavée du péché par moi I « Et Israël ne m'a point prêté
attention. » En effet, ils sont baptisés, et passent par les eadx de la
mer Rouge ; mais, en chemin, ils murmurent, ils contredisent, ils se
plaignent, ils sont troublés par des séditions; ingrats envers celui qui
les a délivrés de la poursuite de leurs ennemis, et qui los a conduits
à travers l'aridité du désert, en leur donnant boisson et nourriture,
lumière p e n d a n t la nuit et fraîcheur de l'aube pendant le jour. (S.
A U G . ) — « Et je les ai abandonnés aux désirs de leur cœur. » Je les
ai abandonnés, non pas à la direction salutaire de mes commande-
ments, « mais aux désirs de leur cœur, » j e les ai laissés à eux-mêmes.
L'Apôtre a dit dans le même sens : « Dieu les a livrés aux convoitises
de leur cœur. * ( R O M . I , 2 4 . ) Je les ai abandonnés aux désirs de leur
cœur : ils suivent la pente de leurs affections. Voilà qui doit vous faire
h o r r e u r . . . Les uns défendent le cirque, les autres l'amphithéâtre ;
ceux-ci les baraques d'histrions établies dans les villages, ceux-là le
t h é â t r e ; les uns une chose, les autres une a u t r e ; d'autres, enfin,leurs
dieux nouveaux. « Us suivent la pente de leurs affections. » (S. A U G . )
PSAUME LXXX. 231

— Le pécheur aime mieux écouter des complaisants qui le flattent,


que d'écouter la vérité de Dieu qui le condamne. Il veut être trompé et
on le trompe. C'est ainsi que Dieu se venge en Dieu ; il fait naitre son
supplice de son péché même ; il l'aveugle par ses propres ténèbres,
et, pour le mettre dans l'état le plus déplorable, il n'a qu'à l'abandon-
ner aux désirs de son cœur et à l'égarement de ses pensées. ( D U G . ) —
On n'admirera jamais assez cette sublimité, cette profondeur, ce
calme effrayant, cette muette terreur de la vengeance divine. Dieu
veut combattre et punir enfin ses ennemis ,si longtemps soufferts. Où
prendra-t-il ses armes ? où va-t-il chercher ses instruments de supplice ?
C'est dans le propre cœur des coupables, si riche en désirs ; c'est
dans leur imagination, si féconde en projets ; c'est dans leur mémoire,
si remplie de voluptueux et brillants souvenirs, qu'il trouve ses plus
redoutables châtiments. Ces désirs garderont éternellement leur d é -
vorante ardeur ; cette imagination reproduira toujours les mêmes
chimères; cette cruelle mômoiro rappellera toujours les mêmes sou-
venirs, et tout cela avec la certitude que le temps sera l'éternité.
(RENDU.)

f. 1 3 , 1 4 . « Si mon peuple m'eût écouté, si Israël avait marché


dans mes voies. » Peut-être cet Israël se dit-il : Je pèche, c'est évident;
je suis la pente des affections de mon cœur ; mais est-ce ma faute?
c'est le fait du diable , c'est le fait des démons. Qu'est-ce que le diable ?
qu'est-ce que les démons? Ce sont vos ennemis. Or, « si Israël avait
marché dans mes voies, j'aurais humilié ses ennemis. » Donc : « si
mon peuple m'avait écouté, » et pourquoi est-il mon peuple, s'il ne
m'écoute pas. « Si mon peuple m'avait écouté. » Que veut dire « m'a-
vait écouté ? » S'il avait marché dans mes voies. Il se plaint et gémit
sous l'oppression de ses ennemis ; « j ' a u r a i s humilié ses ennemis, et
j'aurais appesanti ma main sur ceux qui l'affligent.» (S. A U G . ) — « Si
tu avais marché dans la voie de Dieu, tu aurais habité dans une paix
éternelle. » ( B A R U C U . m , 1 5 . ) «Si lu avais été attentif à mes préceptes,
ta paix eût été comme un fleuve et ta justice comme les flots de la
mer, ta postérité eût été multipliée comme les sables de la mer, tes
enfants comme les pierres do ses rivages; jamais elle n'aurait péri,
jamais son nom n'eût ôté effacé de ma présence. » ( I S A I . X L V I I I , 1 8 , 1 9 . )
f. 1 5 . Mais maintenant qu'ont-ils à se plaindre de leurs ennemis?
Ils sont devenus pour eux-mêmes leurs plus redoutables ennemis.
Comment cela ? Voyez ce qui vient ensuite. Vous vous plaignez de vos
e n n e m i s ; qu'ètes-vous donc vous-mêmes? — « Les ennemis du Sei-
232 PSAUME LXXX.

gneur ont violé la parole qu'ils lui avaient donnée. » Renoncez-vous?


Je renonce. E t il retourne vers les choses auxquelles il renonce. A quoi
renoncez-vous, en effet, si ce n'est aux mauvaises aclions, aux actions
que le démon suggère, aux actions que Dieu condamne, aux vols, aux
rapines, aux parjures, aux homicides, aux adultères, aux sacrilèges,
aux curiosités coupables? Vous renoncez à toutes ces fautes, et bientôt,
revenant sur vos pas, vous vous y laissez entraîner de nouveau. » (S.
A U G . ) « Us font profession de connaître Dieu, mais ils le renoncent
par leurs actions: ils sont abominables, rebelles et incapables de tout
bien. » ( T I T R . I , 1 6 . ) « Us l'ont aimé du bout des lèvres, et leur langue
mentait au Seigneur ; leur cœur n'était pas droit devant lui, ils n'é-
taient pas fidèles à son alliance. » (Ps. L X X V I I , 3 9 , 4 0 ) , (S. A U G . ) — Les
ennemis de Dieu ont violé la foi qu'ils lui ont promise. » Et combien
grande est la patience du Seigneur 1 pourquoi ses ennemis ne sont-ils
pas terrassés? pourquoi la terre ne s'entr'ouvre-t-elle pas pour les en-
gloutir? pourquoi le feu du ciel ne les réduit-il pas en cendres ? Parce
que la patience du Seigneur est grande. Resteront-ils donc impunis?
Cela ne se peut. Qu'ils ne se flattent pas de sa miséricorde, au point
de se promettre une injustice de sa p a r t : « Ignorez-vous que Dieu est
patient pour vous amener à la pénitence? Mais vous, dans la dureté
de votre cœur, dans l'impénitence de votre cœur, vous amassez con-
tre vous des trésors de colère pour le j o u r de la colère et de la ma-
nifestation du juste jugement de Dieu, qui rendra à chacun suivant
ses œuvres. » ( R O M . I I , 5 - 6 . ) S'il ne le fait pas aujourd'hui, il le
fera a l o r s ; s'il le fait môme aujourd'hui, il ne le fait que tempo-
rairement. Mais alors, pour qui ne sera ni converti ni corrigé, il
le fera éternellement... Mais dites-vous, que leur fait-il ? ne sont-ils
pas vivants ? ne respirent-ils pas l'air ? ne voient-ils pas la lumière ?
ne boivent-ils pas l'eau ? ne mangent-ils pas les fruits de la terre ?
« Et leur temps sera l'éternité... » Je ne puis comprendre ces paroles
que du feu éternel, dont l'Ecriture dit ailleurs : « Leur feu ne s'é-
teindra pas, et leur ver ne mourra pas. » ( P s . L X V I , 2 4 . ) Mais l'Ecri-
ture, me dira-t-on, a parlé des impies et non de moi ; car, bien que
j e sois pécheur, bien que j e sois adultère, bien que j e sois injuste,
bien que j e sois ravisseur, bien que j e sois parjure, cependant j ' a i le
Christ pour fondement, je suis chrétien, j ' a i été baptisé : j e serai pu-
rifié par le feu, et, à cause du fondement sur lequel j e suis établi, j e
ne périrai pas. Répondez-moi donc encore : Qui êtes-vous? Je suis un
chrétien, répondez-vous. Passez provisoirement. Qui êtes-vous encore ?
PSAUME LXXX. 233

Un ravisseur, un adultère, un de ces autres coupables dont l'Apôtre


a dit que ceux qui commettent ces sortes de péchés ne posséderont
pas le royaume des cieux. (GAL. IV, 2 1 . ) Eh quoi? n'étant pas corrigé
de ces péchés, n'ayant pas fait pénitence de ces mauvaises actions,
vous espérez posséder le royaume des cieux?... Mettez-vous donc à
ce moment sous les yeux l'avènement du juge supérieur. Eh bien 1
Dieu merci, il n'a pas gardé le silence sur sa sentence définitive , il n ' a
point mis dehors les accusés, et n'a pas tiré le voile sur eux. Il a voulu
nous apprendre par avance ce qu'il a résolu de faire; et le voici :
« Toutes les nations seront assemblées devant lui. » (MATHI. xxv, 3 2 . )
Qu'en fera-t-il ? Il les séparera ; il fera passer les uns à sa droite, les
autres à sa gauche. Voyez-vous quelque autre place intermédiaire?
Ceux donc, qui font ici-bas toutes ces choses, avons-nous dit avec l'A-
pôtre, ne posséderont pas le royaume de Dieu ; ils ne seront donc pas
à la droite du Christ, avec ceux auxquels il dira : t Venez, les bénis de
mon Père, recevez le royaume. » Mais, s'ils ne sont pas à la droite de
Dieu, il ne leur reste donc d'autre alternative que d'être à sa gauche :
i Allez dans le feu éternel. » (MATTII. xxv, 3 4 . ) « Leur temps sera
donc l'éternité. »
fi. 1 6 . « Vous connaissez, dit S. Augustin, le pur froment dont se
nourrissent les ennemis mêmes qui ont menti au Seigneur ; vous savez
qu'il les a admis à ses sacrements, que le traître Judas y a participé.
Les ingrats ! ils ont été nourris de la fleur du plus pur froment, ils
ont été rassasiés du miel sorti du rocher, et ce rocher est J.-C. ; et ils
ont été ensuite infidèles au Seigneur, ils sont devenus ses ennemis,
« et le temps de leur supplice sera l'éternité. » — Combien nombreux
sont les ennemis de Dieu qui violent la foi qu'ils lui ont promise, et
qui sont nourris, non-seulement de la fleur du froment le plus pur,
mais encore du miel tiré de la pierre, c'est-à-dire de la sagesse du
Christ ! combien nombreux ceux que charment sa parole, et la con-
naissance de ses sacrements, et l'explication de ses paraboles 1 com-
bien nombreux ceux qui y trouvent leurs délices 1 combien nombreux
ceux qui s'écrient : le miel n'est fourni par aucun homme, il vient de
la pierre; et la pierre, c'est le Christ! combien nombreux ceux qui se
rassasient de ce miel, et qui s'écrient : Il est suave, rien de meilleur,
rien de plus doux à l'esprit et à la bouche 1 et cependant ces hommes
sont des ennemis de Dieu, qui violent la foi qu'ils lui ont promise. (S,
AUG.)

fi. 1 7 . Nul plus que David n'a connu et exprimé les charmes du
234 PSAUME LXXXI.
symbole eucharistique: a Dieu, dit-il, a nourri son peuple de la graisse
du froment, et il l'a rassasié. » Quel froment, reprend saint Augustin,
sinon celui qui a dit de lui-môme : « Je suis le pain vivant descendu
du ciel ? » Si Dieu nourrit ainsi nos âmes dans l'exil, que fera-t-il de
plus pour nous rassasier dans la patrie ? — Le Docteur angélique nous
fait apercevoir d'admirables relations entre le froment et ce corps di-
vin : « Couché dans la gerbe, le froment est la figure du corps de
Jésus-Christ dans le sein de la très-sainte Vierge, car on peut appli-
quer à Marie cette parole de l'Epoux du Cantique à son Epouse : «Ton
sein est comme une gerbe de blé. • ( G A N T , V U , 2 . ) Quand le laboureur
ensemence son champ, le grain de froment qu'il y sème rappelle la
mort du Sauveur, prédite par lui-même en ces termes : « Si le grain
ne tombe et ne meurt en terre, il ne rapporte aucun fruit, t ( J E A N ,
X I I , 2 4 . ) Enfin, le froment transformé en pain représente le corps glo-
rieux de Jésus-Christ, qui est au ciel l'aliment des anges et des saints,
suivant cette parole du Psalmiste : « L'homme est nourri du pain de8
Anges. » ( S . T H O M A S , Opusc. X L V . )

PSAUME LXXXI.

Psalmus Asaph. Psaume d'Asaph.


1. Deus stet.it in synagoga dco- 1. Dieu se tient dans l'assemblée des
rum : in medio autem deos diju- dieux, et au milieu des maîtres du monde
dicat. il parle en juge.
2. Usquequo judicatis iniquita- 2. Jusques à quand prononcerez-vous
tem : et faciès peccatorum sumitis ? des sentences d'iniquité, et jusques à
quand accueillerez-vous le visage des
méchants?
3. Judicato egeno, et pupillo : 3. Soyez juste envers le pauvre et l'or-
humilem et pauperem justificate. phelin ; rendez justice aux petits et aux
pauvres.
4. Eripe pauperem : et egenum 4. Délivrez le pauvre, et arrachez l'in-
do manu peccatoris lihcrato. digont des mains du pécheur. Prov.
xxiv, 11.
b. Nescierunt, neque intellexe- 5. Ils sont dans l'ignorance, ils no
runt, in tenebris ambulant : mo- comprennent point ; ils marchent dans
vebuntur omnia fundamentaterrre. les ténèbres ; tous les fondements de la
terre seront ébranlés.
0. Ego dixi : Dii cstis, et filii G. J'ai dit : Vous êtes des dieux, et
Excelsi onmcs. vous êtes tous enfants du Très-Haut.
7. Vos autem sicut homines 7. Cependant, vous mourrez comme
moriemini : et sicut unus de prin- les autres hommes, et vous tomberez
cipibus cadetis. comme l'un des princes.
8. Surgo, Deus, judica tcrram : 8. Levez-vous, ô Dieu! jugez Ta terre,
quoniam tu hau'cditahis in omnibus parce quo toutes les nations seront votro
gentibus. héritage.
PSAUME LXXXI. 235

Sommaire analytique.
Le Prophète, désirant contenir dans leur devoir les juges do la terre, et
venir en aide au pieux roi Ezôchias qui, au commencement de son règno,
rétablit la bonne administration do la justice, oubliée sous les règnes pré-
cédents, (i)
I. — REPRÉSENTE DIEU :

1° Présent au milieu de l'assemblée des justes ;


2° Les jugeant publiquement (1).
II. — IL LES ENGAGE

1° A éviter l'injustice qui les porte à rendre des jugements iniques, et à


faire acception de personnes (2) ;
2° A rendre la justice aux pauvres, aux orphelins, aux innocents, et à,
les délivrer de l'oppression des pécheurs (3, 4).
III. — IL CONDAMNE

1° Leur ignorance dans la science du droit ;


2° Leur négligence à étudier les causes qui leur sont dévolues ;
,3° La dépravation do leurs instincts, comme autant do maux qui ébran-
lent les fondements des Etats et des sociétés (5).
IV. — Il prédit que Dieu les fera descendre de la dignité élevée qu'ils
occupent, qu'il les condamnera a une mort ignominieuse et déshonorante
comme celle des tyrans (6-7).
V. — Il invite le Christ à exercer le pouvoir qu'il a reçu de juger sur tous
ceux qui sont de son domaine (8).

Explications et Considérations.

I. - 1.

f. 1 . « Dieu s'est tenu dans la synagogue des dieux. » Il ne s'agit


pas ici d'une présence corporelle de Dieu, mais d'une présence spiri-
tuelle, seule convenable à la substance qui se met en rapport avec les
choses créées, d'une manière merveilleuse, à peine intelligible pour
un petit nombre d ' h o m m e s . . . Dieu se trouve donc invisiblement dans
l'assemblée des hommes, de môme qu'il remplit invisiblement le ciel
et la terre, ainsi qu'il le dit de lui-même par la bouche du Prophète.

(I) Ilengstenberg pense que ce Psaume ïmrait pn être composé sous le règne
do David, mais la plupart dos exégètes modernes le rapportent au temps d'Ezé-
rliias ou de Josaphat, qui ont été les restaurateurs du culte de Dieu cl «le la justice.
23G P S A U M E LXXXT.

(JÉRÉM., xxin, 24.) Et non-seulement nous sommes en possession de


ce témoignage, mais encore, dans la mesure de l'esprit humain, on
reconnaît que Dieu habite en ceux qu'il a créés, toutes les fois qu'un
homme se tient en sa présence, l'écoute, et se sent comblé de joie,
parce qu'il entend la voix divine au plus profond de son cœur. (JEAN.
m , 29.) — Ecoutez la voix de Dieu faisant le discernement, écoutez
la voix du Seigneur divisant la flamme du feu. (Ps. x x v m , 7.) «Jus-
ques à quand jugerez-vous avec iniquité, et prendrez-vous le parti
des pécheurs ? » . . . Sera-ce jusqu'à l'avènement de Celui qui est la
lumière du cœur ? Je vous ai donné ma loi ; vous y avez résisté par
votre dureté. J'ai envoyé mes P r o p h è t e s ; vous les avez accablés d'in-
jures et vous les avez mis à mort, ou vous avez été de connivence
avec ceux qui le faisaient. Mais comme ceux qui ont tué les serviteurs
de Dieu qui leur étaient envoyés no sont pas dignes qu'on leur
adresse la parole, je vous demande, à vous qui avez gardé le silence
lorsqu'ils commettaient ces crimes, c'est-à-dire, à vous qui voulez imi-
ter aujourd'hui, comme s'ils étaient innocents, ceux qui alors ont
gardé le silence, j e vous demande : « Jusques à quand jugerez-vous
avec iniquité, et prendrez-vous le parti des pécheurs? » Aujourd'hui
que l'héritier lui-môme est venu, est-ce qu'il faut aussi le mettre à
mort ? S'il est comme un orphelin, loin de son père, n'est-ce point
à cause de vous ? S'il a faim et soif, comme un indigent, n'est-ce point
à cause de vous? Ne vous a-t-il pas crié : « Apprenez de moi que jo
suis doux et humble de c œ u r ? » (MATTH. xi, 29.) «Ne s'est-il pas fait
pauvre, alors qu'il était riche, afin de vous enrichir par sa pauvrelé?i
(II COR., v i n , 9.) Rendez donc justice à l'orphelin et à l'indigent :
« Soutenez la justice de l'humble et du pauvre. » Ce n'est point de ces
hommes riches et orgueilleux pour eux-mêmes, mais de cet homme qui
s'est fait humble et pauvre pour vous, que vous devez croire et procla-
mer la justice. (S. AUG.) — Les princes et les juges de la terre appelés
dieux parce qu'ils représentent Dieu, parce qu'ils sont les déposi-
taires de l'autorité de Dieu, à qui seul il appartient proprement d'être
j u g e . C'est pour cela que l'Apôtre dit que toute puissance est de Dieu,
et que celui qui résiste à la puissance résiste à l'ordre de Dieu. (BER-
TIIIER.) — Ce nom convient encore à tous ceux qui sont à la tête des
Eglises, et que le Dieu des dieux juge par lui-même et non par d'au-
tres. (S. .1ER.) — Mais ces juges de la terre doivent se rappeler qu'ils
ont un maître qui est au milieu d'eux quand ils jugent, et qu'ils no
rendent aucun jugement qu'en présence de ce souverain Juge. « Lo
PSAUME LXXXI. 237

Seigneur est debout pour juger, il est debout pour juger les peuples. »
<Le Seigneur interrogera les vieillards et les princes de son peuple.»
( I S A I . m , 1 4 . ) Dieu juge les dieux, comme un puissant souverain au

milieu de son armée : spectacle formidable et bien propre à inspirer


la terreur. S'il juge les dieux, que fera-t-il des pécheurs ? (S. J É R Ô M E . )
Ouvrez les yeux, chrétiens ; contemplez ces augustes tribunaux où la
justice rend ses oracles : vous y verrez, avec David, « les dieux de la
terre, qui meurent, à la vérité comme des hommes, » mais qui cepen-
dant doivent juger comme des dieux, sans crainte, sans passion, sans
intérêt, le Dieu des dieux à leur tête, comme le chante ce grand roi
d'un ton si sublime dans ce divin psaume : « Dieu assiste, dit-il, à
l'assemblée des dieux, et au milieu il juge les dieux. » O juges,
quelle majesté de vos séances! quel président de vos assemblées I
mais aussi quel censeur de vos jugements I ( B O S S U E T , Or., fun., de Le
Tellier.)

II. — 2 - 4 .

f. 2 . Question humiliante pour l'humanité : elle fait voir que la


dépravation de la justice est ancienne, mais que c'était déjà un mal
invétéré du temps du Prophète. — Toute différence de condition dis-
paraîtra au jugement de Dieu ; elle doit de même disparaître dans les
jugements que rendent les hommes. (DUG.) — « Prenez bien garde à
ce que vous ferez; car ce n'est pas la justice de l'homme que vous
exercez, mais la justice du Seigneur, et tout ce que vous aurez jugé
retombera sur vous. > (II Paralip. xix, 6 . )
f. 3 , 4 . Le pauvre, l'orphelin et les petits sont abandonnés, parce
qu'ils sont pauvres. Le riche et le puissant les oppriment, parce qu'ils
ont assez d'amis et de crédit pour renverser tout l'ordre des lois. —
Il y a eu et il y aura toujours des magistrats dignes de ce nom, qui
embrassent de prédilection la cause de ceux qui sont faibles et opprimés;
mais souvent la difficulté est d'arriver jusqu'à eux, de vaincre les
obstacles qu'oppose le dédale des lois, de se dégager des préliminaires
d'un jugement dont le juge n'est pas l'arbitre. Pour parvenir à mettre
la vérité dans tout son jour, il faut un temps, une dépense, une i n -
dustrie, une patience qui sont d'ordinaire au-dessus des forces du
pauvre sans ressources, et du misérable sans protection. ( B E R T U I E R . )
— Une triple science est nécessaire aux juges : la science doctrinale,
qui s'aequiert 4 a n s les écoles e t les livres; la science d'expérience, q u i
est le fruit des années et de l'usage ; la science actuelle, qu'ils ne peu-
238 PSAUME LXXXI.
vent obtenir sans un examen sérieux de l'affaire soumise à leurs ju-
gements. Tous les termes de ce verset sont à considérer. Us n'ont rien
connu, ce qui exprime un défaut de lumières ; ils n'ont rien compris,
ce qui marque un défaut d'intelligence ; ils marchent dans les ténè-
bres, ce qui indique des jugements prononcés comme à l'aveugle, des
décisions portées comme au hasard, de môme que la roule qu'on fait
dans les ténèbres est toujours sujette à l'incertitude et à l'égarement;
enfin, de là les secousses qu'éprouve tout l'ordre civil et ecclésias-
tique ; car l'exhortation du Prophète regarde tout autant et même
plus les pasteurs des âmes que les magistrats séculiers. L'ignorance
de ceux-ci peut troubler l'Etat, et l'ignorance de ceux-là écarte pres-
que toujours des routes du salut. (BERTIIIER.)
f. S. « Tous les fondements de la terre sont ébranlés. » Dans toutes
les nations et chez tous les peuples, nous voyons des juges chargés,
au nom de la société, de faife réparer les désordres de la justice vio-
lée, de maintenir intact le dépôt do ses lois, de son esprit, de sa tra-
dition, obligés de consacrer leur vie à l'étude des lois. Ces hommes
représentent Dieu sur la terre, ils tiennent sa place et remplissent ses
fonctions. Ces hommes, par l'inamovibilité de leur position, ont été
rendus indépendants des hommes et des choses, et, en effet, devant
leurs arrêts souverains se courbent et les peuples et les rois. Tou-
jours notre âme s'indigne et s'irrite à la vue d'une injustice, quelque
p a r t qu'elle éclate sous nos yeux ; mais, lorsqu'elle se montre dans les
rangs des dieux de la terre, comme les appelle le Prophète, parmi
ceux qui ont reçu la mission de la repousser et de l'éteindre, c'est là,
pour la nature humaine, l'abomination de la désolation. Les voûtes
de l'édifice social sont ébranlées jusqu'en leurs fondements ; « tous
les fondements de la terre sont ébranlés. » Cette expression, d'une
si grande énergie, est d'une exactitude parfaite : la justice est le fon-
dement des empires, et tout acte contraire à la justice est en soi un
ébranlement de l'ordre social.

III. — 6, 7 .

f. 6. Tous les hommes étant égaux, Dieu seul étant leur maître et leur
j u g e , lui seul ayant le droit d'ôter la vie, les biens, il est évident qu'il
élève à une autorité divine tous ceux qu'il établit juges de leurs frères,
qu'il leur communique un pouvoir qui n'appartient qu'à lui, et que,
d a n s la plus rigoureuse exactitude, il les rend en ee point les dieux
de tous ceux qu'il leur soumet. (DUG.) — La sainteté fait regarder los
PSAUME LXXXII. 239
hommes comme quelque chose de divin, comme des dieux sur la terre :
« Vous êtes des dieux, et vous êtes tous des enfants du Très-Haut. »
La sainteté dans les hommes, c'est une qualité morale qui leur donne
toutes les vertus et les éloigne de tous les péchés. Rien n'est plus e x -
cellent dans les hommes que la sainteté ; rien ne les rend si admira-
bles, si vénérables. ( B O S S U E T , Médit., 2° p. L X V I j . )
0

f. 7 . « J'ai dit : vous êtes des dieux. » Les juges sont appelés ici des
dieux, parce qu'ils sont constitués les juges suprêmes des peuples, et
qu'ils ont sur eux le pouvoir de vie et de mort. — « J e l'ai dit, vous
êtes des dieux. » Toutefois, ajoute-t-il, ô dieux de chair et de sang,
ô dieux de terre et de poussière, ne vous laissez pas éblouir par cette
divinité passagère et empruntée, « car, enfin, vous mourrez comme
des hommes, et vous descendrez du trône au tombeau. » La majesté,
je l'avoue, n'est jamais dissipée ni anéantie, et on la voit tout entière
aller revêtir ses successeurs. Le roi, disons-nous, ne meurt j a m a i s ,
l'image de Dieu est immortelle; mais, cependant, l'homme tombe,
meurt, et la gloire ne le suit pas dans le sépulcre. ( B O S S U E T , Sur t'am-
bition.)

PSAUME LXXXII.

Canticum Psalmi Asaph. Cantique-Psaume d'Asaph.


1. Dous, quis similis erit tibi? 1. O Dieul qui sera semblable à vous?
no taceas, neque compescaris No soyez point muet, et ne restez pas
Deus : dans l'inaction,
2. Quoniam ecce inimici tui so- 2. car voilà que vos ennemis ont ex-
nuerunt : et qui oderunt te, extu- cité un grand tumulte, et ceux qui vous
lerunt caput. haïssent ont élevé leur tête.
3. Super populum tuum mali- 3. Us ont formé un dessein plein do
gnaverunt consilium : et cogitave- malice contre votre peuple, et ils ont
runt adversus senctos tuos. conspiré contre vos saints.
4. Dixerunt : Venite, et disper- 4. Ils ont dit : Venez, et exterminons-
damus eos de gente : et non les du milieu des peuples; et qu'on no so
memorctur nomen Israël ultra. souvienne plus à l'avenir du nom d'Israël.
5. Quoniam cogitaverunt unani- i>. Us ont conspiré d'un commun
miter, simul adversumtetestamen- accord, ils ont formé uno ligue contre
tum disposuerunt, vous,
6. tabernacula Idumœorum et 0. les tentes des Iduméens ot les
Ismaelitœ : Ismaélites,
Moab, et Agareni, Moab, les Agarôniens,
7. Gobai, et Ammon, et Amalcc : 7. Gobai, et Ammon, et Amalec, les
alienigenaî cum habitantibus Ty- étrangers et les habitants de Tyr.
rum.
8. Etcnim Assur venitcum illis: 8. Les Assyriens sont aussi venus avec
facti sunt in adjutorium filiis Lolh. eux, et ils ont prêté secours aux enfants
de Lolh.
240 PSAUME LXXXII.
9. Fac illis sicut Madian, et 9. Traitez-les comme les Madianites,
Sisarœ ; sicut Jabin in torrente comme Sisara et Jabin au torrent do
Cisson. Cisson.
10. Dispcrierunt in Endor: facti 10. Ils périrent à Endor, la terre s'en-
sunt ut stercus tcrrœ. graissa de leurs cadavres.
41. Pone principes eorum sicut 14. Traitez leurs princes comme vous
Oreb, et Zeb, etZebee, et Salmana ; avez traité Oreb et Zeb, Zébée et Sal-
mana.
Omnes principes eorum : Tous leurs princes
12. qui dixerunt : Haireditate 12. qui ont dit: Possédons en héritage
possideamus sanctuarium Dei. le sanctuaire de Dieu.
13. Deus meus, pone illos ut 13. Rendez-les, mon Dieu, comme uno
rotam : et sicut stipulam ante fa- roue, et comme la paille qui est em-
ciem venti. portée par lo vent.
14. Sicut ignis, qui comburit 14. Comme le feu brûle une forêt, ot
silvam : et sicut llamma combu- qu'une llamme dévore les montagnes,
rens montes :
15. Ita persequeris illos in tem- 15. vous les poursuivrez par votro
pestate tua : et in ira tua turbabis tempête, et vous les épouvanterez dans
eos. votre colère.
16. Impie faciès eorum igno- 10. Couvrez leurs visages de confusion;
minia : et quajrent nomen tuum, et ils chercheront votre nom, Seigneur.
Domine.
17. Erubescant. et conturbentur 17. Qu'ils rougissent, et soient trou-
in sœculum sœculi : et confundan- blés pour toujours; qu'ils soient confon-
tur, et pereant. dus, et qu'ils périssent.
18. Et cognoscant quia nomen 18. Et qu'ils connaissent que votre
tibi Dominus : tu solus iltisimus nom est le Seigneur, et que vous seul
in omni terra. êtes le Très-Haut sur toute la terre.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume où le Prophète prévoyant la multitude innombrable des


ennemis qui doivent envahir la Judée, prie Dieu de les punir selon leurs
crimes, et où la plupart des interprètes voient dans cette ligue celle qui se
forma contre Jésus-Christ au temps de sa passion, et contre l'Eglise nais-
sante,
I. — IL EXCITE DIEU A LA VENGEANCE, LUI QUI

1° Par sa majesté est au-dessus de tous;


2° Par sa parole peut épouvanter tous les hommes ;
3° Par sa justice doit châtier les crimes (1).
II. — IL ENCHÈRE LES ENNEMIS DU PEUPLE DE DIEU.

1° Il fait connaître leurs crimes, a) leur tumulte, en faisant irruption dans


la Judée (2) ; b) leur orgueil, en se promettant la victoire (3) ; c) leur mé-
chanceté en voulant accabler le peuple de Dieu par une irruption soudaine;
d) leur cruauté qui les porte à vouloir anéantir la nation sainte (4) ; c)leur
conspiration contre Dieu lui-même (o).
PSAUME LXXXII. 241

2° Il fait connaître leurs noms : a) les uns sont sortis de parents qui te-
naient d'un côté au peuple de Dieu ; b) les autres sont de race étrangère et
infidèle (5).
III. — IL PRÉDIT LEUR CHATIMENT.

1° Ce châtiment sera semblable pour leurs armées à celui dont Dieu a


frappé autrefois les Madianitcs, Sisara et Jabin, — pour leurs chefs à celui
qui a frappé les généraux de ces armées (0-11).
2° La cause en est la volonté ouvertement avouée de s'emparer du sanc-
tuaire de Dieu,( 12),
3° Il décrit ce châtiment sous différentes figures : ils seront a) comme uno
roue toujours en mouvement; b) comme la paille emportée par le vent (13);
c) comme une forêt qui est la proie des flammes ; d) comme des montagnes
consumées par un feu intérieur (14).
4° L'effet de ce châtiment sera : a) pour les bons, la confusion de leurs
péchés et la recherche de Dieu (1 î>, 1 C) ; 6) pour les méchants, une confusion
et un tumulte éternel, et une connaissance trop tardive de la puissance et
de la majesté de Dieu (17, 18).

Explications et Considérations.

I. — 4 .
f 1 . C'est le chef des anges rebelles qui s'est vanté le premier « d'être
semblable au Très-Haut ; » et c'est le premier des anges fidèles qui a
précipité du h a u t du ciel au plus profond de Penfer cet ange révolté,
par cette parole de lumière et de feu : « Qui est semblable à Dieu? »
— « O Dieu, qui sera semblable à vous? » Je crois que ces paroles
s'appliquent particulièrement au Christ, parce que devenu semblable
à l'homme, il a paru, aux yeux de ceux qui le méprisaient, compa-
rable aux autres hommes. O Dieu, qui sera semblable à vous ? car
vous avez voulu être semblable, dans votre humilité, à un grand
nombre d'hommes, et même aux larrons qui ont été crucifiés avec vous;
mais, lorsque vous viendrez dans votre gloire, « qui sera semblable
à vous ? » (S. A U G . )
II. — 2 - 8 .
fi 2 . « Car vos ennemis ont fait grand bruit, et ceux qui vous haïs-
sent ont levé h a u t la tête. » Ces paroles figurent les derniers jours,
où les pensées que la crainte comprime maintenant éclateront avec
liberté, mais en cris dépourvus de raison, qui ressembleront plutôt à
un vain bruit qu'à des paroles ou à des discours. Ce n'est point alors
TOME II. 10
242 PSAUME LXXXII.
que commencera la haine contre vous ; mais ceux qui vous haïssent
de longtemps lèveront la tète. Non pas : « leurs têtes, » mais « la
tête, > quand ils seront parvenus à avoir pour tête celui qui s'élève
au-dessus de tout ce qu'on appelle Dieu, et de tout ce que l'on adore
comme Dieu. ( T H E S S . I I , 4 , ) (S. A U G . ) — Ces ennemis du peuple de
Dieu sont la figure de tous les ennemis du peuple de Dieu et de son
Christ, hérétiques ou impies, de tous ceux qui dans le cours des siècles,
se sont déclarés d'une manière ou de l'autre contre la religion, et le
Prophète a tracé ici leur caractère : 1 ° Us sont les ennemis de Dieu et
de son Christ, et sont, comme dit l'Apôtre, de vrais antechrists, parce
qu'ils s'opposent aux paroles et à la doctrine de Jésus-Christ, parce
qu'ils entraînent dans l'apostasie ceux qui sont faibles dans la foi,
parce qu'ils poursuivent constamment ceux qui restent fermes dans
leurs croyances : « Ce sont vos ennemis. » — 2 ° Us excitent des trou-
bles dans les Etats : « Vos ennemis ont fait grand bruit. » — 3 ° Ils
sont pleins d'orgueil : « Et ceux qui vous haïssent ont levé la tête. » —
4 ° Ils sont pleins de ruses et de malices: « Us ont formé des desseins
pleins de malices contre votre peuple. » — 5° Ils détruisent et ruinent
toute sainteté : « Us ont conspiré contre vos saints. > — 6° Ils ne
reculent pas devant les mesures les plus barbares et les plus cruelles :
« Venez, exterminons-les, etc. » — 7 ° Us voudraient détruire jusqu'au
souvenir même de la vraie foi : « Et qu'on ne se souvienne plus à l'a-
venir du nom d'Israël. » — 8° Malgré leurs nombreuses divisions, ils
's'unissent admirablement et forment un corps redoutable contre l'E-
glise : « Us ont conspiré ensemble et se sont ligués contre vous. » —
Tous les caractères de méchanceté sont désignés dans ces versets :
îrémissement ou jalousie secrète, complots artificieux et malins, pen-
sées réfléchies sur les moyens de nuire, hardiesse à entreprendre, et
tout ceci est imaginé contre ceux qui servent le Seigneur en secret,
qui sont cachés aux yeux du monde, et qui passent leur vie dans le
silence de la retraite. ( B E R T I U E R . ) — Diverses manières de conspirer
contre Dieu et contre ses saints, ou avec h a u t e u r et insolence, ou par
des déguisements pleins de malice. Mais quelle que soit la conspira-
tion, il est très-avantageux que Dieu y soit compris, puisque la haine
qu'on lui porte, dans la personne des saints, est pour eux un gage de
son amour et de son secours. — Les Juifs ont dit de Jésus-Christ :
« Exterminons-le de la terre des vivants ; » et c'est par sa mort qu'il
a fait revivre tous les morts. l i s a n t d i t : * Que son n o m soit effacé
p o u r jamais de la mémoire des hommes, » ( J É R É M . , X I , 1 9 , ) et ce nom
PSAUME LXXXII. 243

même qu'ils ont voulu effacer est devenu en vénération à tous les
hommes, et a triomphé de toute la terre. Ainsi s'accomplit l'arrêt de
la divine Sagesse, que l'orgueil des hommes les engage, sans qu'ils y
p e n s e n t , dans des desseins de malice qui doivent tourner à leur
propre ruine, alors qu'ils ne songent qu'à perdre les autres. ( D U G U E T . )
— Nos passions font à notre égard ce que les ennemis d'Israël médi-
taient contre ce peuple chéri de Dieu : elles font des efforts continuels
pour rompre le saint commerce qui doit être entre Dieu et nous.
( b e r t n i e r . ) — « Us ont conspiré d'un commun accord, ils ont formé
une alliance contre vous. » N'est-ce pas ce qui déjà s'est accompli
parmi nous, et ce que nous voyons se renouveler sous nos y e u x ? —
Les rois et les puissants de la terre ont de nouveau pris ombrage d u
règne de Dieu et de son Eglise. Depuis longtemps, on entendait u n
secret frémissement des nations, une sourde fermentation des peuples.
Enfin, le cri de guerre a retenti, l'impiété a rassemblé sous ses é t e n -
dards mille soldats divers qui ont oublié leurs préjugés de naissance,
d'opinion, de sang, pour se coaliser contre l'ennemi commun. Désunis
sur mille autres points, ils n'ont eu qu'une pensée unanime. Et quel
est-il cet ennemi contre lequel je vois marcher ces bataillons si serrés ?
Ah ! que d'autres s'arrêtent à discuter les passions secondaires, à
déplorer l'ébranlement du contre-coup et des accidents de la mêlée ;
pour m o i , m'élevant au-dessus de ces calamnités communes p o u r
n'envisager que la tendance principale, j e dirai avec un roi, g r a n d
homme d'Etat, que dans son fond et dans son essence « la conspiration
a été ourdie contre Dieu et contre son Christ; c'est Dieu, c'est son
Christ, dont on veut briser les chaînes, dont on veut secouer le joug.»
(Mgr P I E , Disc, et Jnslruct., 1 1 , p . G68.) — Image bien sensible de ce
qu'entreprennent les ennemis du salut contre nous : ils se réunissent
pour s'emparer du sanctuaire de Dieu, qui est notre àme, où, selon
l'Apôtre, le Saint-Esprit h a b i t e , et qu'ils regardent comme un h é r i -
tage qui leur appartient, parce que nous avons été d'abord sous l'em-
pire du péché.

m . — 9-18.

f 9-18. Ceux qui ne poursuivent que la jouissance des désirs de leur


cœur sont comme une roue dans un mouvement perpétuel, sans s'ar-
rêter à rien de solide et de réglé, sans consistance dans leurs pensées,
sans gravité dans leurs desseins, sans solidité dans leurs désirs. Ils
roulent dans cette vie, toujours en se précipitant vers le terme, sans
244 PSAUME LXXXII.
apercevoir le danger de périr. Us font, dit saint Augustin, comme la
roue qui se trouve sur un terrain en p e n t e : elle s'élève par derrière,
et s'abaisse en d e v a n t , tandis que, pour éviter la chute, elle devrait
faire tout le contraire. ( B E R T I H E R . ) — Dans celte figure : « Mon Dieu,
rendez-les comme une roue, » on peut voir aussi Dieu confondant les
vains projets des ambitieux, en les élevant tantôt jusqu'aux cieux, par
la folie de leurs prétentions, et tantôt en les faisant descendre jusqu'au
fond des abîmes, par le néant de leurs entreprises, en permettant
qu'ils s'égarent et qu'ils tournent sans cesse dans ce qu'ils appellent
avec tant de raison la roue de la fortune, et c'est en leur personne
que s'accomplit ce vœu que le Prophète adresse à Dieu , de faire
tourner les impies comme une roue. ( D E B O U L O G N E , sur l'amb.). — Les
impies et les hérétiques sont semblables à une roue, parce qu'ils sont
dans une agitation perpétuelle ; — parce qu'ils ont beau s'agiter, se
r e m u e r , ils n'avancent en rien ; — parce qu'ils passent sans cesse
d'une opinion à une autre. (S. I I I L . , lib., n, de Trin.). « La forme de la
foi est certaine; mais, pour les hérétiques, toutes leurs pensées sont
pleines d'incertitude. » — Us sont encore semblables â la paille em-
portée par le vent : la paille n'a aucune force de résistance ; elle est
le jouet continuel des vents; elle est enlevée dans les airs, non pour sa
gloire, mais pour retomber bientôt ignominieusement dans la boue.—
Prospérité des méchants semblable à la paille que le vent dissipe, ou
à une grande forêt qui est dévorée par le feu , ou même aux monta-
gnes que la flamme consume. — Hélas ! que dire de ces hommes ,
que dire d'un peuple dont l'orgueil i m p i e , loin de décroître et de
baisser, semble au contraire monter et grandir avec le flot des humi-
liations : « Seigneur, disait le Prophète royal, couvrez leur face d'i-
gnominie, et peut-être qu'alors ils chercheront votre nom ; qu'ils
soient enveloppés de honle, de confusion, de trouble, et peut-être
qu'alors ils connaîtront que vous êtes le Maître, que vous vous appelez
le Seigneur, et que seul vous êtes le Très-Haut sur la terre. » Eh
bien ! non : l'ignorance, la confusion, la ruine, rien n'y fera. Seigneur,
vos yeux voient la vérité : vous les avez frappés, cts'ils se sont plaints,
leur plainte n'a été que récrimination et blasphème ; vous les avez
écrasés, et tout le résultat du châtiment, c'est qu'ils se sont cabrés,
qu'ils se sont révoltés sous la verge de la discipline. ( J É R É M . , V , G.)
Plus incorrigibles et plus forcenés que leur devancier, ces nouveaux
Antiochus ne sont point amenés par la punition divine à rentrer e n
eux-mêmes; étendus sur le grabat de leur pourriture, sur le fumier
PSAUME LXXXII. 245

de leur décomposition fétide, ils ne peuvent se résoudre à proclamer


qu'il est juste d'être soumis à Dieu, et qu'il ne sied pas à un mortel
de s'égaler au Très-Haut. Que dire donc d'une société qui, placée
dans l'alternative de se rendre à Dieu ou de mourir, déclare fièrement
« qu'elle meurt et ne se rend pas, qu'elle meurt et ne se convertit
p a s ? » (Mgr P I E , Disc, cl Instruct., t. vin, p. 74.) — lîltre poursuivi
par la miséricorde de Dieu, lorsqu'on le fuit, quel bonheur ! Être pour-
suivi par le souffle impétueux de la tempête et de la colère de Dieu,
quel effroyable malheur ! — D e u x sortes de confusion , l'une salutaire,
l'autre funeste : la première fait rentrer le pécheur en lui-même pour
confesser son aveuglement ; la seconde le trouble, mais d'un trouble
éternel, qui le fait périr misérablement dans son orgueil. —Connaître
Dieu et ne pas l'adorer en mettant uniquement en lui notre confiance,
lui rapportant tout ce que nous faisons, et travaillant pour lui seul,
ce n'est pas le bien connaître.. . ( D U G U E T ) . — Connaître véritablement
Dieu, c'est confesser la vérité de son être, en adorer la perfection, en
admirer la plénitude, se soumettre à sa souveraine puissance, s'a-
bandonner à sa haute et incompréhensible sagesse , se confier en sa
bonté, craindre sa justice, espérer son éternité. ( B O S S U E T . )

PSAUME LXXXLÏÏ.
In finem, pro torcularibus, filiis Pour la fin, pour les pressoirs, Psaume
Core, Psalmus. pour les enfants de Coré.
1. Quam dilecta tabornacula tua, \. Qu'ils sont aimables vos tabernacles,
Domine virtutum! Dieu des armées !
2. concupiscit, et déficit anima 2. mon âme désire avec ardeur et
mea in atria Domini. languit après les parvis du Seigneur.
Cor meum, et caro mea cxul- Mon cœur et ma chair tressaillent dans
taverunt in Deum vivum. le Dieu vivant.
3. Etenim passer invenit sibi 3. Car lo passereau trouve une maison
domum, et turtur nidum sibi, ubi pour s'y retirer, et la tourterelle un nid
ponat pullos suos. on elle dépose ses petits.
Altaria tua, Domine virtutum : Vos autels, Seigneur dos armées, mon
rex meus, ot Deus meus. Itoi et mon Dieu.
4. Bcati, qui habitant in domo 4. Heureux ceux qui habitent dans
tua, Domino : in soccula saîculo- votre maison, ils vous loueront dans les
rum laudabunt te. siècles des siècles.
5. Beatus vir, cujus est auxilium 5. lleuroux l'homme dont le secours
abs te : asceusiones in corde suo vient do vous:
disposuit,
6. in valle lacrymarum, in loco G. dans cette vallée de larmes, il dispose
quem posuit. dans son cœur dos degrés, pour s'élever
jusqu'au lieu qu'il se propose (1).
(1) « In loco qvcm pourrit, » peut recevoir deux explications : l'une, si fou ne
fait attention q u ' a u j a t i n ; l'autre, si l'on tient compte du texte hébreu et de l*i ver-
24G PSAUME LXXXIII.
7. Etenim bcnedictioncm dabit 7. Car le Législateur donnera sa béné-
legislator. ibunt do virtntc in vir- diction; ils iront de vertu en vertu, et
tutem : videbitur Deus deorum in ils verront le Dieu des dieux dans Sion.
Sion.
8. Domine Deus virtutam, exaudi 8. Seigneur, Dieu des armées, exaucez
orationcm meam : auribus pcr- ma prière ; prêtez l'oreille, ô Dieu de
cipe, Deus Jacob. Jacob !
9. Protector noster, aspice 9. O Dieu! notre protecteur, regardez-
Deus : et respice in faciem Cbristi nous et jetez les yeux sur le visage de
tui : votre Christ,
10. Quia melior est dies una in 40. car mieux vaut un jour dans vos
atriis tuis super millia. parvis que mille jours ailleurs.
Elegi abjectus esse in domo Dei J'ai choisi d'être le dernier dans la
mei, magis quam babitare in ta- maison de mon Dieu, plutôt que d'habi-
bernacubs peccatorum. ter dans les tentes des pécheurs,
41. Quia misericordiam et veri- 41. parce que Dieu aime la miséricorde
tatem diligit Deus : gratiam, et et la vérité, le Seigneur donnera la grâce
gloriam d.ibit Dominus. et la gloire.
42. Non privabit bonis eos qui 12. Il ne privera point de ses biens
ambulant in innocentia : Domine ceux qui marchent dans l'innocence.
virtutum, beatus homo qui spcrat Seigneur des armées,hcureux est l'homme
in te. qui espère en vous.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, le Prophète, comme ravi en extase, exprime de la ma-
nière la plus touchante son amour pour la maison de Dieu, le regret de
s'en voir éloigné, le désir d'y retourner, fût-ce pour y occuper la dernière
place. — Suivant quelques interprètes, ce Psaume daterait de l'époque qui
a précédé immédiatement la captivité, et où les enfants do Corô furent
obligés de fuir loin du temple, vers la montagne d'Hermon, pour échapper
à Sennachérib, et les versets 3, 4, 10, où il est question du temple, semblent
favoriser cette opinion ; mais le sentiment commun des interprètes, re-
marque avec raison Hcngstenberg, est que ce Psaume fut composé durant
la fuite de David devant Absalon, lorsque ce roi se trouvait avec ceux qui
lui étaient restés fidèles au-delà du Jourdain, éloigné du sanctuaire. Au
figuré, c'est l'expression du désir de l'âme fidèle pour les saints tabernacles
et surtout pour la céleste patrie, à laquelle seule peut s'appliquer la ma-
gnificence des expressions de ce Psaume.
I. — LE PROPI1ÈTE EXPRIME LE DÉSIR ARDENT DE CETTE AME, DÉSIR QUI SE MANIFESTE

1° Par son amour pour les saints tabernacles (1) ;


pion grecque. 1° Bienheureux l'homme qui met en vous sa force , tant qu'il sera
dans cette vallée de larmes, dans ce lieu où il s'est placé par sa propre faute, par
son péché, car Dieu l'avait placé primitivement dans le paradis; 2° bienheureux
celui qui attend de vous son secours; qui, dans cette valléejh±ku*mc&,iuûuta=dUm
degré à un autre, jusqu'à ce qu'il soit parvenu à cette demeure éternelle qui est
le terme de son pèlerinage.
PSAUME LXXXIII. 247
2° Par ses aspirations vers ce divin sôj our ;
3° Par la langueur qu'elle éprouve dans la considération des parvis du
Seigneur (2) ;
4° Par ses transports de joie, intérieurs et extérieurs, dans la contem-
plation du Dieu vivant et immortel (2).
II. —Il compare la tranquillité des bienheureux dans le ciel avec le repos
accordé aux oiseaux sur la terre; il juge et apprécie leur félicité d'après la
sécurité dont ils jouissent et les louanges de Dieu qu'ils chantent éternel-
lement (3, 4).
III. — IL ASPIRE A LA PERFECTION CHRÉTIENNE COMME MOYEN DE PARVENIR A CETTE

FÉLICITÉ, PERFECTION

1° Qui se communique par la grâce de Dieu et la résolution d'avancer


dans le chemin de la vertu (5) ;
2° Qui se continue par une application constante à la pénitence (6) ;
3° Qui se complète par l'augmentation de la grâce, l'exercice des vertus
et l'union avec Dieu (7).
IV. — IL INDIQUE LES MOYENS PAR LESQUELS DIEU NOUS AIDE A PARVENIR A CETTE

PERFECTION :

1° Une prière suppliante, a) afin d'obtenir le secours de Dieu pour l'ac-


complissement de la volonté divine (8) ; 6) pour appliquer par la grâce, à
l'âme fidèle, les mérites de Jésus-Christ (9) ; c) pour diriger la grande affaire
de l'élection (9).
2° Le choix qu'il fait de la voie de la perfection chrétienne, quelque pé-
nible qu'elle soit, au lieu de la voie commode et facile des pécheurs (10) :
a) à cause de la miséricorde de Dieu, qui promet le ciel; 6) de sa véracité,
qui accomplit ses promesses ; c) de sa libéralité, qui donne la grâce à tous ;
d) de sa justice, qui donne la gloire à l'âme fidèle (10; c) à cause des biens
môme de cette vie, que Dieu ne refuse point aux âmes innocentes et qui
espèrent en lui (12).

Explications et Considérations.

I. — 1, 2.

f. 1 , 2. Chaque mot, dans ces deux versets, est comme un trait de


flamme, et jamais l'amour n'employa des expressions plus vives : c'est
le cri de désir d'un homme qui se sent comme étranger sur la terre,
et qui soupire après sa patrie, qui est le ciel. La vivacité de ce désir
naît de deux choses : de la beauté et des charmes d e l à patrie, et de la
dureté de l'exil. — Désir si vif qu'il produit une sorte de défaillance
248 PSAUME LXXXIII.
dans tout son être : c'est ce que les saints exprimaient par les termes
d'embrasement, de blessure et d'ivresse, trois effets qu'ils attribuaient
à l'amour divin. Quand l'âme en est pénétrée dans toutes ses puissan-
ces, elle perd en quelque sorte son activité, elle s'écoule dans le sein
de Dieu, elle se perd dans cet océan de toutes les beautés et de toutes
les perfections. ( B E R T I I I E R . ) — Le cœur tressaille de joie et s'attache
là où est son trésor. Pour quels biens tressaille le cœur de la plupart
des h o m m e s ? Les uns désirent les biens de la terre, les richesses de ce
siècle ; d'autres les premières places dans l'Eglise, la gloire qui vient
des hommes. Pour moi, mon unique désir est de voir les tabernacles
éternels où j e contemplerai, non plus la réunion des vices, mais l'heu-
reux assemblage de toutes les v e r t u s . — L'amour du Dieu vivant a,
pour un cœur détaché de la terre, des délices infiniment plus pures,
plus véritables et plus douces que toutes celles du siècle. « Mon cœur
et ma chair ont tressailli dans le Dieu vivant. » C'est l'expression d'un
amour porté à son plus haut degré, car autrement le cœur et la chair
n'auraient point cette sainte unanimité de joie et de désirs. (S. J E R . )

IL — 3, 4.

j*\ 3 , 4 . Le Prophète vient de dire que son cœur s'était élancé ainsi
que sa chair, et il les désigne sous le nom de passereau et de tourte-
relle : son cœur est comme le passereau et sa chair comme la tourte-
relle. Le passereau s'est trouvé une maison : mon cœur s'est trouvé
une maison. Il exerce ses ailes dans les vertus que l'on pratique en
cette vie, dans la foi, dans l'espérance et dans la charité, au moyen
dequelles il vole vers sa maison, et quand il y sera parvenu, il y res-
tera, et la voix du passereau, qui est plaintive ici-bas, ne le sera plus
en cet endroit, car il est lui-même le passereau plaintif dont il dit dans
un autre Psaume : « Comme le passereau solitaire sur son toit. » (Ps.
i, 8.) De ce toit, il vole à la maison. Qu'il soit déjà sur le toit, qu'il
foule aux pieds sa demeure charnelle ; il aura une maison céleste, une
demeure éternelle : là, le passereau mettra fin à ses cris plaintifs. (S.
Auu.) — Quand notre cœur a longtemps tressailli vers Dieu, quand
nos ardents désirs nous ont portés vers lui, comme l'oiseau qui vole
vers la maison ; quand nous avons longtemps veillé, longtemps prié,
longtemps soupiré, Dieu écoute nos plaintes, il met fin à nos labeurs,
il nous montre le lieu où l'on se repose en l'aimant et en le contem-
p l a n t : il « o t t s ^ u v r e la maison du passereau, la maison du ciel. (Mgr D E
L A D O U I L L E R I E , iSijmboi, 2°;;.) —Mais à la tourterelle, c'est-à-dire à la
PSAUME LXXXIII. 249

chair, le Prophète a donné des petits; au passereau, une maison ; à


la tourterelle, un nid, et un nid pour déposer ses petits. On choisit
une maison comme pour y habiter toujours ; un nid n'est fait d'un
amas de débris que pour un temps. P a r le cœur, nous pensons à Dieu
comme le passereau vole à sa maison ; par la chair, nous accomplissons
nos bonnes œuvres, car c'est par elles que nous faisons tout ce qui
nous est prescrit et tout ce qui nous est un secours en cette vie : « Et
la tourterelle cherche un nid pour y déposer ses petits. » . . . Quelle
ne se fasse point un nid au premier endroit venu pour y déposer ses
petits, mais qu'elle produise ses œuvres dans la vraie foi, dans la foi
catholique, dans la communion de l'unité de l'Eglise. ( S . A U G . ) — Si
vous persévérez dans la foi, la foi elle-même est le nid où la tourte-
relle déposera ses petits; car, à cause de la faiblesse des petits de vo-
tre tourterelle, Dieu a daigné vous fournir de quoi leur faire un n i d ,
et pour cela il s'est revêtu d'une chair qui n'est que foin, pour venir
à vous. Déposez donc dans cette foi les petits qui sont à vous, et opérez
vos bonnes œuvres dans ce nid. Quels sont ces nids ou quel est ce nid?
Le Prophète le dit aussitôt après : « Vos autels, ô Seigneur des ar-
mées. » (S. A U G . ) — La cime d'un arbre qui se perd dans les nuées,
l'épais feuillage au fond des bois, le coin obscur d'une maison isolée,
c'est l'emplacement que l'oiseau préfère. Mais, dès qu'il a construit son
nid, il se considère en toute vérité comme chez lui. Il a pris posses-
sion de sa demeure : il va devenir le chef d'une nouvelle famille. C'est,
direz-vous, une bien frêle assise que cet établissement aérien. Et ce-
pendant la sainte Ecriture le cite très-sagement à l'homme, pour lui
donner une utile leçon : « Quelle confiance aura-t-on, dit-elle, en celui
qui n'a pas même un nid? » ( E C C L I . X X X V I , 28.) Il faut qu'à un j o u r
donné, l'homme aussi sache fixer sa vie et qu'il pose avec honneur là
où Dieu lui a créé des devoirs. — Mais, si modeste que soit le nid de
l'oiseau, il y abrite tout son bonheur ; il no le quille que par instants
et il y revient toujours avec joie. La femelle y dépose ses œufs ; avec
quel soin, quelle tendresse elle les couve et les réchauffe 1 et plus
tard ses petits, lorsqu'ils sont éclos.. Qui de nous, dans le nid où la
Providence l'a placé, n'a pas échauffé de son haleine l'œuf où dorment
ses espérances. Prenons garde c e p e n d a n t , nos espérances seront
vaines si elles n'ont pour objet que les biens de cette vie périssable...
Le saint homme Job, rappelant avec amertume ses espérances déçues,
s'exprimait en ces termes : « Je me suis dit, plein dt confiance : J e
mourrai en repos dans le petit nid que je me suis fait » . . . « Le nid
250 PSAUME LXXXIII.
où le Patriarche veut mourir, nous dit saint Grégoire (Moral., 1. XIX,
c. 27), est l'image de la paix profonde que l'Eglise seule assure à ses
fidèles enfants, les faisant croître dans sa foi et les échauffant dans
son amour, jusqu'à ce que leurs ailes aient grandi, et qu'ils prennent
leur vol vers la patrie céleste. » « L'Eglise est comme la tourterelle
qui sait trouver un nid pour ses petits.» Mais David me désigne encore
plus clairement le nid où j e veux vivre et mourir : « La tourterelle,
dit-il, trouve un nid pour ses petits; et moi, ô Dieu des vertus, je ne
demande que vos autels. » Oui vos autels, Seigneur, autour desquels
s'est réjouie ma jeunesse ; vos autels, où j e me nourris chaque jour de
l'aliment des forts ; vos autels d'où mon cœur s'élance, comme l'oiseau
qui sort de son nid, pour m'élever de vertus en vertus et monter jusqu'à
vous; vos autels que je veux embrasser en mourant ; vos autels d'où je
ne m'éloignerai que pour m ' u n i r a vous dans les cieux ! iSymb. ibid.) —
Le Prophète désire avec ardeur la patrie céleste; mais, pendant qu'il en
est éloigné, trouvant sa plus vivante image dans l'autel du Seigneur, il
s'y repose comme un oiseau dans son nid. L'autel est, en effet, la plus
vivante image du ciel ; il est entouré de mille choses qui rappellent cette
céleste patrie : c'est là qu'est immolé tous les jours cet agneau qui nous a
ouvert, par son sang, les parvis de l'éternité ; c'est là que nous est
donné le gage de l'immortalité ; là, nous sommes plus près de Dieu, la
prière est plus intime, la louange plus attentive et plus pieuse. Tous
les oiseaux se trouvent un lieu de repos, et le passereau le plus petit a
lui-même sa maison ou son nid. Non-seulement l'oiseau actif et tur-
bulent, comme le passereau, mais encore l'oiseau ami de la solitude,
comme la tourterelle, a un nid pour y déposer ses petits et pour y
vivre en sécurité. Et moi, Seigneur, soit que j e vive d'une vie active,
comme le passereau, soit que j'aie choisi la solitude, comme la tourte-
relle, j ' a u r a i mon repos et mon nid auprès de vos autels, j e pourrai
venir m'y reposer de temps en temps, et y déposer, comme des petits
dans le nid de leur mère, mes prières, mes vœux, mes chastes désirs,
mes méditations et le tribut de mes louanges. (S. J É R Ô M . ; D E L L A R M . )
— Ce qu'est le trou au passereau, ce qu'est le nid pour la tourterelle,
que l'autel le soit pour notre cœur. Vers ce tabernacle, envoyons les
cris les plus perçants et les plus tendres de notre âme, les soupirs les
plus ardents de notre cœur : « Vos autels, Seigneur Dieu des vertus,
vos autels, » voilà le refuge, l'appui, le rempart de notre vie. — Pour-
quoi ceux qui habitent dans votre maison sont-ils h e u r e u x ? Qu'y
possèdcronl-ils? qu'y feront-ils? Tous ceux que l'on appelle heureux
PSAUME LXXXlil. 251

sur la terre y possèdent quelque chose et y font quelque chose. Tel


homme est heureux en raison de tant de terres, de tant de serviteurs,
de tant d'or et de tant d'argent ; on le dit heureux de ce qu'il possède.
Un autre est heureux parce qu'il est arrivé à de haules dignités; il
est gouverneur, il est p r é f e t ; on le dit heureux de ce qu'il fait.
L'homme est donc heureux en raison de ce qu'il possède, ou en raison
de ce qu'il fait. D'où viendra donc le bonheur de ceux qui habiteront
dans la maison du Seigneur? que posséderont-ils? que feront-ils?
Ce qu'ils posséderont, je l'ai dit plus haut : « Heureux ceux qui h a -
bitent dans votre maison 1 » Si vous possédez votre maison, vous êtes
pauvre ; si vous possédez la maison de Dieu, vous êtes riche. Dans
votre maison, vous avez à craindre les voleurs ; mais Dieu lui-même
est le mur qui protège la maison de Dieu : « Heureux donc ceux qui
habitent dans votre maison ! » Us possèdent la Jérusalem céleste, sans
angoisses, sans oppression, sans différences, sans limites de possession ;
tous la possèdent et chacun la possède tout entière. Quelles immenses
richesses I Le frère n'y met pas le frère à l'étroit : au ciel, il n'y a pas
d'indigence. Et maintenant, qu'y feront-ils ? car ici-bas la nécessité
est la mère de toutes les actions humaines.... Dites-nous donc ce qu'ils
feront dans le ciel, puisque j e n'y vois plus aucune de ces nécessités
qui me poussent à agir : « Us vous glorifieront dans les siècles des
siècles. » Ce sera là notre unique occupation, un Alléluia sans fin. E t
ne croyez pas qu'il en puisse provenir aucun dégoût, sous prétexte
que si aujourd'hui vous le répétiez longtemps, vous ne pourriez per-
sévérer , car c'est la nécessité qui vous détourne de celte joie; et bien
que nous ne puissions jouir de ce que nous ne voyons pas, cependant,
au milieu des tribulations de la vie et malgré la fragilité de notre
chair, si nous louons avec une ardeur aussi joyeuse ce que nous
croyons, avec quels transports louerons-nous ce que nous verrons?
Soyons sans inquiétude ; la louange de Dieu, l'amour de Dieu ne nous
causera pas de satiété. Si vous pouvez alors cesser de l'aimer, vous
pourrez cesser de le louer; mais si votre amour pour Dieu est éternel,
votre vue ne pourra se rassasier de sa beauté. Ne craignez pas de ne
pouvoir louer toujours celui que vous pourrez toujours aimer. (S. A U G )
— Trop longtemps, passereau solitaire, je me suis tenu loin de vous,
6 mon Dieu ! Quand donc aurai-jc enlin ce bien d'habiter en vous, ô
Jésus? quand doncscra-t-il vrai de dire que le passereau a trouvé une
demeure? — C'est une idée douce à méditer que celle d'une demeure.
Je ne sais ce qu'en penseront les hommes d'aujourd'hui, car ils ne
252 PSAUME LXXXIII.
paraissent pas comprendre quel bien cela fait d'avoir une demeure
Dans noire société agitée et changeante, plus semblable, sous ses bril-
lants dehors de luxe et de plaisir, à une tribu nomade qu'à un peuple
de familles unies dans une patrie commune, on se fait facilement à
l'idée de n'avoir pas de maison et d'habiter là où on se trouve, sans
lien, parce qu'on est sans affection ; sans maison, parce qu'on est sans
famille, et bientôt sans patrie, parce qu'on est sans souvenirs et sans
espérances.... Une maison, c'est une famille, et comme la famille n'est
que l'extension de l'homme, une maison est un symbole développé et
fécond de l'homme tout entier. Une porte, des entrées et des sorties,
image de la volonté par laquelle l'âme se répand au-dehors ou se re-
cueille en elle-même ; une fenêtre qui reçoit la lumière du ciel, comme
l'intelligence qu'éclaire la lumière de Dieu ; une table où l'on se nour-
rit du pain commun, symbole de la vérité nourriture de nos âmes ; un
foyer, image du principe même do la vie, centre, lien qui unit tous les
membres de la famille. Quels mystères délicats exprimés par ces signes
vulgaires 1 Mais, par-dessus tout, dans cette maison, terme d'unité col-
lective, que de douces satisfactions pour le cœur 1 C'est en elle que
l'on trouve un père, une mère, une épouse, des frères, des servi-
teurs, des amis, et aussi quelquefois des étrangers auxquels on rend
le voyage plus agréable et plus sûr. Une maison 1 l'on peut y dire :
Ici je suis né, ici je reçus les dernières tendresses et les derniers adieux
de mon père, et avec eux les traditions à conserver cl les espérances
à transmettre. — Le chrétien, qui ne vit pas seulement de la vie de la
nature, mais encore do la vie de la grâce, a aussi une maison, la mai-
son de Dieu. Là il naît, il se nourrit, là il trouve son père, ses frères,
toute une famille. Sainte maison, combien ses retraites sont paisibles,
combien ses joies sont intimes et quels doux transports ressentent les
prodigues qui y rentrent après l'avoir quittée ! Sa porte est la porte du
ciel ; le j o u r qu'elle reçoit d'en haut est vraiment la lumière éternelle
du Dieu qui y habite et qui daigne y converser avec nous. (Mgr B A U -
D H Ï , Le Sacre-Cœur, p. 5 î , 55.)

III. — 5-7.
fi. 5-7. Le Prophète nous donne ici les motifs qui doivent nous ex-
citer à tendre de plus en plus vers le ciel : 1° Le Dieu qui nous aido
dans ce travail t « Heureux l'homme- qui attend d e v o n s son secours » ;
2° la nature du cœur de l'homme, qui désire toujours s'élever plus
haut, et qui rcslc plein d'inquiétude tant qu'il no repose pas en
PSAUME LXXXIII. 253
Dieu ; 3° le lieu d'où ii faut monter « dans cette vallée de larmes ; »
4° le lieu où il faut tendre « pour s'élever jusqu'au lieu qu'il se
propose. » Qu'est-ce donc que Dieu donne à celui qui place en lui
toute l'espérance du secours qu'il attend ? « Dieu a disposé des degrés
dans son cœur. » Il lui a fait dos degrés qui lui servent à monter. Où
lui fait-il ces degrés? Dans son cœur. Donc, plus vous aimerez, plus
vous monterez. « Il a disposé des degrés dans son cœur I » Qui a dis-
posé? Celui qu'il a pris et levé : « Heureux celui que vous prenez et
levez vers vous. » Comme cet homme ne peut rien par lui-même,
il est nécessaire que votre grâce le prenne. Et que fait votre g r â c e ?
Elle dispose des degrés. Où dispose-t-elle cc9 degrés : « Dans son cœur,
dans la vallée des pleurs. » Dans cette vallée des pleurs, vous pouvez
reconnaître le pressoir ; les pieuses larmes de la tribulation sont le vin
doux de l'amour. « Il a disposé des degrés dans son cœur. * Où donc
les a-t-il disposés ? o Dans la vallée des pleurs. » C'est ici-bas, en effet,
qu'il a disposé ces degrés ; car ici-bas on pleure où l'on sème. « Ils
allaient et marchaient, dit le Prophète, et ils pleuraient en j e t a n t
leurs semences dans la terre. » (Ps. cxxv, G.) Dieu a donc disposé par
sa grâce des degrés dans votre cœur. Montez ces degrés par l'amour ;
car de là vient qu'il faut chanter le Cantique des degrés. Et ces d e -
grés, où les a-t-il disposés pour vous ? « Dans votre cœur, dans la
vallée des pleurs. » Pour monter où : « Dans le lieu qu'il a préparé. »
(Ps. L x x v m , 7.) Que veut dire, mes frères : « Dans le lieu qu'il a p r é -
paré? » Ce lieu que Dieu a préparé, s'il était possible de le dire, lo
Prophète le dirait. Il vous a dit : « Il a disposé des degrés dans le
cœur, dans la vallée des pleurs. » Vous d e m a n d e z : pour où aller?
Que vous dira-il : « Vers ce que l'œil n'a pas vu, vers ce que l'oreille
n'a pas entendu, vers ce qui n'est pas monté dans le cœur de l'homme. »
(l COR. I I , 9.) Ce lieu est une colline, c'est une montagne, c'est une
terre, c'est un pré ; ce lieu a reçu tous ces noms ; mais ce qu'il est en
réalité et non par comparaison, qui nous l'expliquera? « Car nous
voyons maintenant à travers un miroir et en énigme ce qu'est ce lieu,
mais alors nous le verrons face à face. » ( I B I D . X I I I , 12.) Ne cherchez
donc pas quel est le lieu désigné par ces mots : « Vers le lieu qu'il a
préparé. » Ce lieu est connu de celui qui a préparé l'endroit où il
vous conduira, au moyen des degrés disposés dans votre cœur. Crai-
gnez-vous donc de monter, de peur que celui qui vous conduit ne se
trompa?-Voilàqu'il a disposé des-degrés tlans l a vallée des pleurs,
pour monter « vers le lieu qu'il a préparé. » Nous pleurons mainte-
254 PSAUME LXXXIII.
nant. De quel lieu ? de celui où sont disposés ces degrés. ( S . A U G . ) —
« Car le législateur donnera sa bénédiction. » C'est ce que dit l'Evan-
géliste saint Jean : « Nous avons tous reçu de sa plénitude, et grâce
pour g r â c e ; car la loi a été donnée par Moïse, la grâce et la vérité
sont venues par Jésus-Christ. » ( J E A N , I, 1 7 , 1 8 . ) Le loi ne donnait
pas la grâce nécessaire à l'accomplissement de ses préceptes, parce
que la grâce et la justice ne sont point par sa loi ; mais « ce qui était
impossible à la loi, Dieu, ce divin législateur, l'a fait lui-même, en en-
voyant son Fils, qui a répandu dans nos âmes l'esprit de la grâce, afin
que la justice de la loi s'accomplît en nous. » ( R O M . vin, 3 , 4 . ) —Il
ne faut jamais s'arrêter dans la voie du ciel ; ne pas avancer, c'est re-
culer. — Faisant l'œuvre de la vérité dans la charité, croissons de
toute manière en Jésus-Christ notre chef. ( E P U E S . I V , 1 5 . ) Hélas 1 pour
la plupart des chrétiens, la vie est une descente perpétuelle, ils des-
cendent ou plutôt ils roulent sur cette pente malheureuse où les en-
traînent leurs inclinations vicieuses. — Saint Grégoire voit dans les
montagnes l'emblème des divines contemplations, et il explique ainsi
les élévations que Dieu dispose dans notre cœur après qu'il nous a
placés dans la vallée des pleurs : « Plus, en effet, dit-il, le Seigneur
nous tient abaissés dans la tristesse et dans l'humilité, plus il nous porte
ensuite vers lui sur les hauteurs de la contemplation. » ( M O R . X X X , 1 9 . ) —
Oh ! que cette pensée est consolante, et qu'il est doux de s'y arrêter.
Nous ne pouvons, hélas ! nous comparer à ces hautes montagnes qui sont
les anges, les saints, les prophètes, les apôtres. En nous, tout est vil
et bas, et le péché nous a fait descendre jusqu'aux profondeurs des
abîmes. Mais, dans noire misère, soyons humbles, Dieu disposera en
nous d'admirables hauteurs. Il relèvera nos âmes, nos cœurs, .nos es-
prits, et sur les cimes où il nous portera, nous bénirons le Seigneur,
qui à son gré fait surgir les montagnes et fait descendre les plaines
au lieu qu'il a choisi. (Mgr D B L A B O U I L L E R I E , Symbol., p . 2 0 8 . ) —
« Dans la vallée des larmes. » Depuis la chute d'Adam, que de tor-
rents de larmes ont coulé dans cette vallée l que de souffrances 1 que
de chagrins amers ! que de lamentables angoisses 1... Mais ce qui doit
surtout faire couler nos larmes, ce sont nos fautes.... Que la terre
soit pour nous une vallée où coulent les larmes de notre repentir,
Dieu viendra nous y visiter, et, dans notre cœur pénitent, il disposera
lui-même les degrés qui nous feront remonter vers lui. ( I D E M , p . 2 1 8 . )
Quelle image que ces degrés formés dans le cœur pour monter de
cette vallée de larmes jusqu'au séjour où elles seront essuyées I « Dieu
PSAUME LXXXIII. 255
séchera toutes les larmes. » ( A P O C . V U , 1 7 . ) C'est ainsi que le c œ u r
parle, et si l'on demande quels sont ces degrés, ce sont les épreuves de
la patience soutenue par l'amour et l'espérance. ( L A H A R P E . ) — Les
législateurs humains ne donnent pas la force nécessaire pour accom-
plir les prescriptions qu'ils imposent. La loi donnée par Moïse lui-
même était impuissante sous ce rapport : « La loi a été donnée par
Moïse, la grâce et la vérité sont venues de Jésus-Christ. » ( J E A N , I , 1 7 . )
•—Nous avons dans ces deux versets toute la science de la vie spiri-
tuelle. Dieu est la force et l'appui de ceux qui aspirent à le posséder
dans la bienheureuse éternité ; dans leur cœur, il se forme des routes
qui s'élèvent toujours de plus en plus vers la céleste patrie. Us m a r -
chent, à la vérité, dans ce monde, qui est une vallée de larmes ; mais
ils ont toujours en vue le terme de leurs désirs. Dieu les console dans
cette marche, et Jésus-Christ, le divin législateur, dont ils suivent les
leçons et les exemples, les comble de bénédictions. Us avancent ainsi
toujours dans le chemin de la vertu, et ils se préparent l'entrée de la
sainte Sion. ( B E R T I I I E U . ) — Obligation chrétienne de n'être jamais s a -
tisfait de Tétai de sainteté où l'on se trouve, mais de s'avancer tou-
jours de vertu en vertu. — Ne proférez donc jamais celte parole indi-
gne d'une bouche chrétienne : je laisse la perfection aux religieux et aux
solitaires, trop heureux d'éviter la damnation éternelle. Non, non, vous
vous abusez : qui ne tend point o la perfection tombe bientôt dans le
vice ; qui grimpe sur une hauteur, s'il cesse de s'élever par un conti-
nuel effort, est entraîné par la pente môme, et son propre poids le
précipite : c'est pourquoi l'Ecriture nous défond de nous arrêter un
seul moment. Si, selon l'apôtre saint Paul, la vie vertueuse est une
course, il faut, comme cet Apôtre, s'avancer toujours, oublier ce qu'on
a fait, courir sans relâche, et n'imaginer de repos qu'à la fin de la
carrière, où le prix d e l à course nous attend. ( B O S S U E T , IVSerm. p.
Pâques.) — Les justes vont de force en force, suivant le sens du texte
hébreu, ou de vertu en vertu, selon notre version latine, d'une vertu
imparfaite à une vertu plus parfaite, des vertus de l'action à celles do
la contemplation, des vertus nécessaires dans ce monde pour se sauver
à celles qui font le bonheur du ciel, là où il n'y aura plus besoin de
prudence, parce qu'il n'y aura plus de dangers, ni de justice humaine,
l'injustice n'existant plus, ni de force, puisqu'il n'y aura plus rien à
craindre, ni enfin de tempérance, parce que les passions auront cessé.
{ B E L L A R M ) —-Les Gentils avaient des dieux visibles, mais qui n'étaient

pas de vrais dieux. Les Juifs adoraient le vrai Dieu, mais il n'était pas
250 PSAUME LXXXIII.
visible. Le Dieu des chrétiens est le vrai Dieu, et il s'est rendu visible
par l'Incarnation. « Il a été vu sur la terre, et il a conversé avec les
hommes. »> ( B A R U C H . I I I , 3 8 . ) —Mais c'est surtout dans le ciel que nous
le verrons face à face, tel qu'il est La vision de Dieu, c'est la récom-
pense, la fin et le fruit de tous nos travaux, de toutes nos vertus, de
toutes nos peines. Qui ne préférerait un fruit aussi précieux, aussi
incomparable, à toutes les choses visibles et invisibles? Quel cœur si
froid ne serait embrasé par le désir de cette vision de Dieu ? (S. B E R -
N A R D . )

IV. — 8-12.

fi. 8 , 9 . Si nous voulons être exaucés lorsque nous approchons de


Dieu par la prière, il faut qu'il nous regarde par Jésus-Christ son Fils,
médiateur de Dieu et des hommes. Nous devons toujours le mettre
entre Dieu et nous, afin que Dieu ne nous voie qu'à travers ses mé-
rites, et comme couverts de son sang. — Dieu n'écoute les prières
que de Jésus-Christ, il ne regarde que Jésus-Christ, il ne jette les
yeux que sur le visage de Jésus-Christ. Point de protection que par
Jésus-Christ ; point de salut que par Jésus-Christ ; nul bien que par
sa grâce, nulle grâce que par ses mérites. — Le prêtre a un droit
tout particulier pour faire à Dieu cette prière; oui ô Dieu, dès qu'il
s'agit non-seulement de la personne de votre Christ, mais de tout ce
qui représente, de tout ce qui continue et prolonge, dans la race hu-
maine, ce Fils de Dieu devenu le fils de l'homme ; oui, il y a de quoi
attirer vos regards, il y a un légitime objet de vos pensées et de vos
attentions. Lo plus petit d'entre les baptisés y a un droit rigoureux : quoi
d'étonnant que vous fassiez une plus grande part à vos prêtres, à vos
pontifes, à ceux en qui revit le royal sacerdoce, la suprême sacrifica-
ture de votre Fils incarné ? Oubliez, ô Dieu, oubliez tout ce qui est
propre et personnel à votre misérable créature, et regardez en elle la
face de votre Christ. (Mgr PIE, Disc, etc., v m , p. 2 4 4 . )
10. La beauté de la justice est si grande, la lumière éternelle,
c'est-à-dire la vérité, la sagesse immuables ont tant de charmes, que
lors même qu'il ne nous serait donné d'en jouir qu'un seul jour, les
années de cette vie, quelque nombreuses, quelque pleines qu'elles
fussent, de jouissances et de délices, ne nous paraîtraient dignes que
de mépris. ( S . A U G . , De liber, arb. cap. tilt.)— Les hommes désirent
des milliers de jours, ils veulent vivre longtemps sur cette terre;
qu'ils méprisent les milliers de jours, qu'ils désirent un seul jour, un
PSAUME LXXXIII. 257
jour qui ne connaît ni le lever ni le coucher du soleil ; un seul j o u r ,
jour éternel, à qui le jour de la veille n'a pas fait place et que le len-
demain ne chasse pas. Ne désirons que ce seul j o u r . Qu'avoris-nous à
faire de milliers de j o u r s ? de ces milliers de jours, nous marchons
vers un seul jour. (S. A U G . ) — « Mieux vaut un jour dans vos parvis
que des milliers d'autres, c'est pourquoi j ' a i mieux aimé être le der-
nier dans la maison de mon Dieu, que d'habiter dans les tentes des
pécheurs. » Que l'orgueil monte toujours, scion l'expression du Psal-
miste (LXXIII, 2 3 ) , jusqu'à se perdre dans les nuées ; que les hommes
ambitieux ne donnent aucune borne à leur élévation ; que ceux qui
habitent les palais des rois ne cessent de s'empresser, jusqu'à ce qu'ils
occupent les plus hautes places : vous, qui choisissez pour votre de-
meure la maison de votre Dieu, vous suivez une autre conduite et
vous n'imitez pas ces empressements. Si les rois, si les grands du
monde méprisent ceux qu'ils voient dans les derniers rangs et ne dai-
gnent pas arrêter sur eux leurs regards superbes, il est écrit au contraire
que Dieu, qui est le seul grand, regarde de loin et avec hauteur tous
ceux qui font les grands devant sa face, et tourne ses yeux favorables
sur ceux qui sont abaissés. C'est pourquoi le Roi-Prophète descend de
son trône et choisit d'être le dernier dans la maison de son Dieu, plus
assuré d'être regardé dans son humiliation que s'il levait la tête et se
mettait au-dessus des autres. ( B O S S U E T , I* Serm. de profession, Exord.)
f. 1 1 . Dans le monde, on ne rencontre que dureté, insensibilité,
mensonge, vanité. Dieu est miséricordieux, c'est pour cela qu'il donne
la grâce ; Dieu est vrai dans ses paroles, c'est pour cela qu'il confère
la'gloire. La grâce précède la gloire et la gloire suppose le bon usage
de la grâce. Quand Dieu nous donne la gloire, il couronne nos mérites,
qui sont le fruit de sa grâce. La miséricorde et la vérité de Dieu sont le
fondement et l'appui de notre confiance. (BEIITUIER.) — « Le Seigneur
donnera la grâce et la gloire. » A Dieu seul il appartient de donner
la grâce, sans laquelle nous ne pouvons rien, et avec laquelle nous
pouvons tout. Jésus-Christ n'a pas dit : Sans moi, vous ferez plus
difficilement le bien ; mais, sans moi, vous ne pouvez rien faire. (JEAN.
XV, 5 . ) C'est la grâce de Dieu qui répand dans notre esprit la première
lumière qui l'éclairé sur ce qu'il doit faire : « L'esprit est dans
l'homme, et l'inspiration du Très-Haut donne la. sagesse; » (JOB.,
xxxir, 8 ) ; c'est la grâce de Dieu qui excite les pieux mouvements de
la v o l o n t é s « C'est Dieu qui, p a r sa volonté, opère en vous le vouloir
et le faire; » (PHILIP, II, 1 3 ) ; c'est la grâce de Dieu qui est lo principe
TOME II. 17
258 rSAUME LXXXIII.
et la cause de toutes nos bonnes œuvres : « Je ne fais pas le bien que
j e veux, » ( R O M . , V U , 15); « ce n'est pas moi, mais la grâce de Dieu
avec moi. » (I C O R . X V , 10.) A Dieu seul aussi il appartient de nous
donner la gloire et de nous dire : « Venez, les bénis de mon Père, possé-
dez le royaume qui vous a été préparé dès le commencement du
monde. » (Luc. xi, 50.) La grâce est le principe de la gloire, et la
gloire est la consommation et la récompense de la grâce.
f. 12. Pour quelle cause, ô hommes, consentez-vous à perdre votre
innocence, sinon pour vous procurer des biens? Un homme consent
à sacrifier son innocence pour ne point rendre le dépôt qui lui a
été confié ; il veut posséder de l'or, il perd l'innocence. Que gagne-
t-il ? que perd-il? Pour gain, de l ' o r ; pour perte, son innocence.
Y a-t-il quelque chose de plus précieux que l'innocence ? Mais, dira-t-il,
si je garde mon innocence, je serai pauvre. L'innocence est-elle donc
une mince richesse? Est-ce que, si vous avez un coffre plein d'or,
vous êtes riche ? est-ce que, si vous avez un cœur plein d'innocence,
vous êtes pauvre ? Si vous désirez les vrais biens, conservez mainte-
nant l'innocence, dans l'indigence, dans la tribulation, dans la vallée
des pleurs, dans l'oppression, dans les tentations; car alors vous
aurez ensuite le bien que vous désirez : le repos, l'éternité, l'immor-
t a l i t é , l'impassibilité; voilà les biens que Dieu réserve à ses justes.
Quant aux biens auxquels vous aspirez actuellement, en y attachant
un grand prix, et pour la possession desquels vous acceptez d'être
coupable et de perdre voire innocence, considérez ceux qui les ont,
qui les possèdent en abondance. Vous voyez les richesses dans les
mains de voleurs, d'impies, de scélérats, d'infâmes, d'hommes perdus
de vices et de forfaits ; Dieu les leur donne en raison de l'union com-
mune du genre humain, et de l'inépuisable abondance de sa bonté;
car « il fait également lever son soleil sur les bons et sur les méchants,
et tomber sa pluie sur les justes et sur les injustes. » ( M A T T H . , V , 45.)
S'il donne de si grands biens aux méchants, ne vous réserve-t-il rien?
Vous a-t-il fait des promesses mensongères? Rassurez-vous, il est un
bien qu'il vous réserve. Celui qui a eu pitié de vous lorsque vous étiez
impie, vous abandonne-t-il maintenant que vous êtes j u s t e ? Il a ac-
cordé au pécheur la mort de son Fils, que réserve-t-il à l'homme sauvé
p a r la mort de son Fils ? Soyez donc rassuré. Croyez qu'il s'est fait
votre débiteur, parce que vous avez cru à sa promesse de donateur :
« Le Seigneur ne privera pas de biens ceux qui marchent dans l'inno-
cence. » Que nous roste-t-il donc dans le pressoir, dans l'affliction,
PSAUME LXXXIV. 239
dans l'adversité, dans les dangers de la vie présente? que nous
reste-t-il pour arriver au ciel? « Seigneur, Dieu des armées, heureux
l'homme qui met en vous son espérance! » ( S . AUG.)

PSAUME LXXXIV.

In finem, filiis Core, Psalmus. Pour la fin, Psaume pour les enfants
de Coré.
1. Benedixisti, Domine, terram 1. Vous avez, Seigneur, béni votre
tuam : avertisti captivitatem Jacob. terre; vous avez mis un terme à la capti-
vité de Jacob.
2. Remisisti iniquitatem plebis 2. Vous avez remis l'iniquité de votre
tuœ : operuisti omnia peccata peuple; vous avez couvert tous ses
eorum. crimes.
3. Mitigasti omncm iram tuam : 3. Vous avez adouci tout votre cou-
avertisti ab ira indignationis tua* : roux, et arrêté la fureur de votre indi-
gnation.
4. Convcrte nos, Deus salutaris 4. Convertissez-nous, A Dieu, notre
noster : et averte iram tuam a Sauveur! et détournez de nous votre
nobis. colère.
5. Numquid in aiternum irascc- y. Sercz-vous éternellement irrité con-
ris nobis?aut extendes iram tuam tre nous? ou étendrez-vous votre colère
a generatione in generationem? de génération en génération.
6. Deus tu conversus vivificabis G. O Dieu l vous vous tournerez vers
nos : et plebs tua lœtabitur in te. nous, et vous nous donnerez la vie; et
votre peuple se réjouira en vous.
7. Ostende nobis, Domine, mi- 7. Montrez-nous, Seigneur, votro mi-
sericordiam tuam : et salutare séricorde; et accordez-nous lo salut qui
tuum da nobis. vient de vous.
8. Audiam quid loquatur in me 8. J'écouterai ce que le Seigneur Dieu
Dominus Deus : quoniam loquetur dira au-dedans de moi, parce qu'il fera
pacem in plebem suam; entendre des paroles de paix eu faveur
de son peuple,
Et super sanctos suos, et in eos pour Jes saints, et pour ceux qui so
qui convcrtuntur ad cor. convertissent du fond du cœur.
9. Verumtamen prope timentes 9. Certainement son salut est près do
eum salutare ipsius : ut inbabitet ceux qui le craignent, et sa gloire habi-
gloria in terra nostra. tera notre terre.
10. Miscricordia et vcritas obvia- 10. La miséricordo et la vérité se sont
verunt sibi : justitia et pax oscu- rencontrées; la justice et la paix se sont
latœ sunt. embrassées.
H. Veritas de terra orta est : 11. La vérité est sortie de la terre ; et
et justitia de cœlo prospexit. la juslico a regardé du haut du ciel.
12. Etenim Dominus dabit be- 12. Car le Seigneur répandra sa béné-
nignitatem : et terra nostra dabit diction ; et notro terre portera son fruit.
fructum suum.
13. Justitia ante eum ambulabit : 13. La justice marchera devant lui ; et
ot ponet in via gressus suos. il mettra ses pas dans la voie.
260 PSAUME LXXXIV.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, le Prophète demande à Dieu avec instance le retour
des Israélites et des Juifs, emmenés en captivité, et contemple en esprit la
grande délivrance des hommes de la captivité du démon, par l'Incarnation
de Jésus-Christ. C'est une excellente prière pour obtenir la grâce de la
sainteté, après avoir été délivré de l'esclavage du péché (1).
I. — IL EXPOSE LE DÉCRET DIVIN PAR LEQUEL DIEU A RÉSOLU

1° De donner à l'Eglise la bénédiction par le Christ;


2° La délivrance des élus de la captivité du démon (1);
3° La remise de l'offense contractée par le péché ;
4° La destruction du péché dans l'âme (2) ;
5° La modération de la peine, due à ce que Dieu a daigné apaiser sa
colère et arrêter les effets do son indignation (3).
II. — LES DISPOSITIONS QUE LES HOMMES DOIVENT APPORTER POUR QUE LES EFFETS

DE F.'LNC.AHN.VTLON LEUR SOIENT ARRLIQUÉS

1° La conversion intérieure du pécheur vers le Dieu Sauveur, conversion


qui vient de Dieu comme principe ;
2° La prière faite au juste juge, pour qu'il éloigne sa colère de lui et des
générations à venir (4, 5).
III. — LES EFFETS PRODUITS DANS LES HOMMES PAR L'INCARNATION

1° La vie des âmes ;


2° La joie qui en est la suite (0) ;
3° La miséricorde de Dieu ;
4° La vue et la possession du Dieu Sauveur (7) ;
5° L'intelligence des paroles de Dieu surtout dans les saints et dans ceux
qui sont convertis de cœur (8) ;
Go La paix ;
7° La gloire (9).
iv. LES ATTRIBUTS DE DIEU QUI SE SONT MANIFESTÉS DANS L'ACCOMPLISSEMENT DE

L'INCARNATION :

1° La miséricorde et la vérité se rencontrant;


2° La justice et la paix se donnant le baiser (10).
3° 11 fait voir d'où chacune de ces vertus est sortie : a) la vérité est sortio
de la terre ; b) la justice a regardé du haut des cieux; c) la miséricorde est
venue de Dieu ; d) la paix est venue de la terre, dans la personne de Jésus-
Christ qui a satisfait â la justice de Dieu (12, 13).

{I) Iiosen-MuIIcr et quelques autres avec lui rapportent la composition do co


P s a u m e au temps qui suivit immédiatement le retour de la captivité. D'autres Iff
considèrent c.omme une prière, pour le retour des captifs emmenés par ftaliiuuuisur
et Sennachérib.
PSAUME LXXXIV. 2G1

Explications et Considérations.

I. — 1 - 3 .

f 1 - 3 . Au commencement de ce psaume, le Prophète nous fait con-


naître le plan de la délivrance du genre humain, et nous en dit la
cause et le terme. La cause est l'amour divin : « Pourquoi Dieu a-t-il
tant aimé le monde que de lui donner son Fils, » ( J E A N , m ) , que de
nous bénir par toute espèce de bénédictions ? (Ern., I.) On ne peut en
donner d'autre raison que la volonté divine, son bon vouloir, sa mi-
séricorde. Le dernier terme de celte miséricorde divine,.c'est notre
délivrance du j o u g du démon, partielle pendant cette vie, mais com-
plète et parfaite à la résurrection générale, quand nous participerons
à la liberté de la gloire des enfants de Dieu. ( R O M . , vin, 2 1 ) ( B E L -
L A U M . ) — Gomment appliquer au peuple juif ces paroles du p s a u m e :

« Vous avez fait cesser la captivité de Jacob? Ce peuple, après q u e l -


que temps d'esclavage, recouvrait sa liberté, et plusieurs fois on le
vit successivement réduit en captivité et délivré ; aujourd'hui, il est
sous le joug, en punition du forfait qu'il a commis en crucifiant son
Seigneur. » Nous devons donc entendre ces paroles d'une autre c a p -
tivité, dont nous désirons tous être délivrés, car nous appartenons
tous à la postérité de Jacob, si nous appartenons à la race d'Abraham,
en imitant sa foi Quelle est donc cette captivité dont nous avons
le désir d'être délivrés? Il me semble que nul d'entre nous n'est au
pouvoir des barbares, et qu'aucune nation n'est venue, les armes à la
main, fondre sur nous et nous emmener en captivité. Mais il y a une
captivité sous le j o u g de laquelle nous gémissons, et dont nous dési-
rons d'être délivrés. Que le bienheureux apôtre Paul s'avance et nous
l'indique, qu'il soit comme notre miroir, qu'il parle et que nous nous
voyions dans ses paroles ; car il n'est personne qui ne so reconnaisse
ici. Il dit donc : « Je me complais dans la loi de Dieu, selon l'homme
intérieur; » la loi de Dieu me charme au fond du c œ u r ; « mais j e
vois dans mes membres une autre loi qui combat la loi de mon esprit,
et qui me lient captif sous la loi du péché, qui est dans mes membres.»
(ROM., v u , 2 2 , 2 3 . ) Voilà quelle est cette captivité; qui de nous ne
voudrait en être délivré? Et comment en être délivré? A qui le P r o -
phète adresse-t-il ces paroles-1 « Vous avez fait cesser l a captivité d e
Jacob? B au Christ. Ecoutez encore le, même aveu delà bouche de saint
262 PSAUME LXXXIV.

Paul qui, sous le poids de cette captivité, s'écrie : « Malheureux


h o m m e que je suis ! qui me délivrera de ce corps de mort?» Il a cher-
ché qui ce serait, et aussitôt s'est présentée à son esprit la grâce de
Dieu, par Notre-Seigneur Jésus-Christ. ( R O M . , V U , 2 O . ) C'est de cette
même grâce de Dieu que le Prophète dit au môme Seigneur Jésus-
Christ : c Vous avez fait cesser la captivité de Jacob. » (S. A U G . ) —
Comment Dieu fait-il cesser la captivité de J a c o b ? C'est en remettant
l'iniquité. L'iniquité vous tenait captif ; l'iniquité est remise, vous êtes
délivré. Comment, en effet, celui qui ne connaît pas son ennemi in-
voquerait-il son libérateur ? « Vous avez couvert tous mes péchés. »
Que veut dire : « Vous avez couvert? » Pour ne pas les voir. Que veut
dire : P o u r ne pas les voir ? Pour n'avoir pas à les punir. Vous n'avez
pas voulu voir mes péchés, et vous ne les avez pas vus, parce que vous
n'avez pas voulu les voir. (S. A U G . ) — Vous avez couvert leurs péchés
avec les vertus, comme s'il disait : Vous avez couvert l'iniquité avec
la justice, l'impureté avec la chasteté, la noirceur du péché avec la
blancheur de l'innocence. ( S . J É R Ô M E . ) — Voici donc l'ordre de cette
rédemption divine de l'homme : la bénédiction ou la bonne volonté
de Dieu nous a donné le Rédempteur; le Rédempteur a satisfait pour
nos péchés, en apaisant la colère de Dieu ; la justice satisfaite nous les
a pardonnes ; le pardon de nos péchés a été la fin de notre captivité.
(BELLARM.)

II. — 4-5.

f. 4-5. — Le premier effet de la colère de Dieu apaisée, c'est le


commencement de notre salut, c'est-à-dire de notre retour à Dieu.
Ce retour n'est possible qu'autant que Dieu se retourne le premier
vers nous, comme il se tourna vers Pierre, après qu'il eut renoncé à
son divin Maître, pour lui inspirer l'esprit de pénitence et de larmes.
— Est-ce vous-même, ô homme, qui vous êtes donné, qu'en vous con-
vertissant à Dieu, vous mériteriez sa miséricorde, tandis que ceux qui
ne se convertiraient point à lui, n'obtiendraient pas miséricorde et ne
trouveraient que colère de la part de Dieu ? Et que pourriez-vous pour
votre conversion, si vous n'étiez point a p p e l é ? Celui qui vous appelle
au moment où vous n'avez qu'aversion pour lui, n'est-il point l'auteur
de votre conversion ? Gardez-vous donc bien de vous attribuer votro
conversion, car si Dieu ne vous appelait, lorsque vous le fuyez, vous
ne pourriez vous convertir. (Test p o u r q u o t l e Prophète, rapportant à
Dieu le bienfait de sa conversion, le prie en ces termes: « O Dieu, en
PSAUME LXXXIV. 263
nous convertissant à vous, vous nous vivifierez. » (S. AUG.). — Cette
colère de Dieu, que le pèche de notre premier père avait attirée sur
tous les hommes, aurait en effet été éternelle.; elle aurait duré dans
la suite des âges si Dieu, par une miséricorde qui surpasse tout ce que
nous pouvons concevoir, ne nous avait donné une puissante digue
pour en arrêter le cours, c'est-à-dire son propre Fils. (DUGUET.)

III. - 6-9.

f. 6 - 9 . f Votre peuple se réjouira en vous. » Mauvaise sera la joie


qu'il prendra en lui-même ; bonne, la joie qu'il prendra en vous. Quand
il a voulu, en effet, chercher sa joie en lui-même, il n'a trouvé qu'une
cause de gémissements. Mais maintenant que toute notre joie est en
Dieu, que celui qui veut se réjouir avec sécurité se réjouisse en lui,
qui ne peut périr. Car, par cxcmplo, quelle joie trouver dans l'argent?
ou bien l'argent périt ou bien vous, et nul ne sait lequel des deux
disparaîtra le premier. Une chose est certaine : c'est que tous deux
périront : Lequel d'abord? voilà ce qui est incertain ; car ni l'homme
ne peut demeurer ici-bas éternellement, ni l'argent n'y peut durer
toujours ; il en est de même de l'or, de même des vêtements, de même
des maisons, de même de la fortune, de môme des vastes propriétés,
de même enfin de cette lumière elle-même. Ne mettez donc pas votre
joie dans toutes ces choses, mais placez-la dans cette lumière qui ne
se couche jamais. Réjouissez-vous dans cette lumière que n'a pas pré-
cédée le j o u r d'hier, et que ne suivra pas le j o u r de demain. « Je suis,
a dit le Seigneur, la lumière du monde. » Celui qui vous dit : « Je
suis la lumière du monde, vous appelle à lui. En vous appelant, il
vous convertit ; en vous convertissant, il vous guérit ; lorsqu'il vous
aura guéri, vous verrez celui qui vous aura converti et à qui le Pro-
phète dit : « E t votre peuple se réjouira en vous. » ( S . AUG.)—Le Pro-
phète a déjà demandé que la colère de Dieu fasse place à la grâce qui
doit nous vivifier, après avoir effacé nos péchés ; maintenant, ce n'est
plus la miséricorde ordinaire de Dieu, c'est la source de toutes les
miséricordes, c'est la révélation de la miséricorde incarnée, la mani-
festation de son Fils, dont saint Paul a dit : « La grâce de Dieu a a p -
paru parmi les hommes ; » (TIT., II.) « la bonté et l'humanité de notre
Sauveur Jésus-Christ nous a apparu. » (TIT., m); — « Montrez-nous
votre miséricorde, et donnez-nous votre salut. » Heureux celui à qui
Dieu montre sa miséricorde ; il ne peut s'enorgueillir, car en lui mon-
trant sa miséricorde, il lui persuade quo tout ce que l'homme possède
264 PSAUME LXXXIV.

de bien ne peut venir que de celui qui est tout notre bien... « et don-
nez-nous votre salut, votre Sauveur. » Donnez-nous votre Christ, c'est
en lui que réside votre miséricorde. Disons-lui, nous aussi : Donnez-
nous votre Christ. Il est vrai qu'il nous a déjù donné son Christ ;
8
cependant, disons-lui encore : donnez-nous votre Christ, puisque nou
lui disons : «Donnez-nous aujourd'hui notre pain quotidien. » ( M A T T H . ,
V I , 2.) Et notre pain, quel est-il ? sinon celui qui a dit : « Je suis le
pain vivant descendu du ciel. » ( J E A N , V I , 4 1 . ) Disons-lui : Donnez-
nous votre Christ ; car il nous l'a donné, mais dans son humanité ;
après nous l'avoir donné dans son humanité, il nous le donnera dans
sa divinité. En effet, il a donné un homme aux hommes , parce qu'il
l'a donné aux hommes tel que les hommes pouvaient le comprendre.
Nul homme n'était capable de comprendre le Christ dans sa divinité.
Le Christ s'est fait homme pour les hommes ; il s'est réservé Dieu pour
les dieux... Il a dit de lui-môme dans l'Evangile : « Celui qui m'aime
garde mes commandements, et j e l'aimerai et j e me manifesterai à
lui. » ( J E A N , X I V , 9 , 2 1 . ) Il parlait aux Apôtres et leur disait: « Je
me manifesterai à lui. > Pourquoi ? n'était-ce pas lui qui parlait ?
Oui, mais la chair voyait la chair, le cœur ne voyait pas la divinité.
Or, la chair a vu la chair, afin que le cœur fût purifié par la foi,
( A C T . , xv, 9 , ) et méritât de voir la divinité... La lumière qui nous sera
montrée doit nous trouver purs, c'est ce que fait en nous la foi. Voilà
donc ce que nous disons par ces paroles: « Donnez-nous votre Sauveur,»
donnez-nous votre Christ, que nous connaissions votre Christ, que nous
voyions votre Christ, non comme l'ont vu les Juifsqui l'ont crucifié, mais
comme le voient lesangesquise réjouissent en lui. (S. A U G . ) — « J'écoute-
rai ce que le Seigneur me dira au-dedans de moi.» — Dieu parlait inté-
rieurement au Prophète, et le monde au dehors l'importunait de son
bruit. II s'éloigne alors un peu de ce bruit du monde ; il s'en détourne
pour se retrouver avec lui-môme et passer de lui-môme à celui dont
il entendait intérieurement la voix ; il se bouche en quelque sorte les
oreilles contre les agitations tumultueuses de cette vie, contre son
âme appesantie par le corps qui se corrompt, contre son esprit dé-
primé par son habitation terrestre et livré à de nombreuses pensées,
et il d i t : o J'écouterai ce que le Seigneur dira en moi. » (S. A U G . ) . —
Il y a une voix qui nous parle intérieurement et comme dans le fond
de l'âme, lorsque, fermant l'oreille au brait des eréatures, nous ne
voulons plus écouter que Dieu seul, et que nous l'appelons en nous
de toute l'ardeur de nos désirs. C'est celle voix qui, loin des hommes,
PSAUME LXXXIV. 2G5
ravissait au désert les Paul, les Antoine, les Pacôme, et leur révélait,
sans obscurité, les secrets de la science divine ; c'est cette voix q u i
instruit les saints, les enflamme, les console et les enivre, pour ainsi-
dire, de sa céleste douceur et d'une paix qui surpasse toute intelli-
gence. — Dieu parle un langage de paix, non pas aux impies, qui
veulent toujours persévérer dans leur impiété, mais à son peuple,
mais à ses saints, et même aux pécheurs qui rentrent dans leur cœur
pour se convertir.— • Car il tiendra un langage de paix à son peuple. »
La voix du Christ, la voix de Dieu est donc la voix de la paix ; elle
nous appelle à la paix. Allons, dit-elle, qui que vous soyez, qui n'avez
point encore la paix, aimez la paix. Que pourriez-vous recevoir de
moi qui valût mieux que la p a i x ? Qu'est-ce que la paix? L'absence
de toute guerre, c'est-à-dire l'absence de toute contradiction, de toute
résistance, de toute opposition. Voyez si nous sommes déjà dans cet
état ; voyez si nous n'avons plus de conflit avec le démon ; voyez si
tous les saints et tous les fidèles ne luttent pas encore contre le prince
des démons, contre leurs convoitises, par lesquelles il leur suggère le
péché... Ce n'est donc pas la paix, puisqu'il y a combat. Quelle paix
peuvent trouver ici-bas des hommes obligés de résister constamment
à tant d'importunités, à tant de convoitises, à tant de besoins, à t a n t
de lassitudes ? Ce n'est point la véritable paix, ce n'est pas la paix par-
faite. Quand donc sera la paix parfaite?... Quand la mort sera absor-
bée dans la victoire, toutes ces faiblesses n'existeront plus, et la paix
sera entière et éternelle. Nous serons alors les habitants d'une cité
dont je voudrais parler sans fin, quand une fois je l'ai nommée, sur-
tout en un temps où les scandales deviennent plus fréquents. Qui ne
désirerait cette cité, d'où no sortira aucun ami, où n'entrera aucun en-
nemi, où il n'y aura ni tentateur, ni séditieux, où nul ne divisera le
peuple de Dieu... Il y aura donc une paix purifiée de toute imperfec-
tion pour les enfants de Dieu, qui tous s'aimeront entre eux, et s e
1
verront remplis de Dieu, tandis que Dieu sera tout dans tous. (Con .,
XV., 28.) Nous aurons Dieu pour spectacle commun, nous aurons Dieu
pour possession commune, nous aurons Dieu pour paix commune.
Quelque bien qu'il nous donne maintenant, alors il nous tiendra lieu
de tout ce qu'il nous donne aujourd'hui : ce sera la pleine et parfaite
paix. C'est cette paix qu'il fait entendre à son peuple, et que voulait
entendre celui qui disait: « J'écoulerai ce que le Seigneur dira en moi.»
Voulez-vous posséder cette paix dont Dieu fait entendre les paroles ?
Tournez votre cœur vers lui, ne le lourncz ni vers moi, ni vers l'homme,
2GG PSAUME LXXXIV.
ni vers qui que ce soit ; car tout homme qui veut tourner vers lui-même
les cœurs des hommes, tombe avec eux. Que vaut-il mieux, de tomber
avec celui vers lequel vous vous serez tourné vers Dieu ? Notre joie,
notre paix, notre repos, la fin de tous nos chagrins, c'est Dieu et Dieu
seul : heureux « ceux qui se convertissent en tournant leur cœur vers
lui. » (S. A U G ) — Rentrer dans son cœur, c'est commencer à réfléchir
sur la vanité des choses temporelles, sur le peu de durée et sur la
fausseté du plaisir qui se trouve dans le péché ; et d'autre part, com-
bien la vertu est aimable, et combien est grande la récompense qui
l'attend dans le ciel. — Rentrer dans son cœur, c'est encore ne plus
s'en rapporter au jugement des hommes, ni aux discours des enfants du
siècle, mais consulter en toutes choses la droite raison, la foi etla vé-
rité même, qui est Dieu. ( D U G U E T . ) — « Cependant son salut est proche
de ceux qui le craignent. » Ce n'est point par la distance des lieux
qu'un homme est loin de Dieu, mais par les sentiments. Aimez-vous
Dieu, vous êtes près de lui ; haïssez-vous Dieu, vous êtes loin de lui.
Dans le même lieu, vous êtes près ou vous êtes loin de lui... C'est de
toutes les parties du globe que viendront ceux qui tourneront leur cœur
vers lui ; « mais sans contredit, le salut qu'il donne est proche de ceux
qui le craignent, et cela afin que sa gloire habite dans notre terre, »
c'est-à-dire afin que sa gloire habite avec un éclat particulier dans la
terre où est né le Prophète. C'est là, en effet, que le Christ a été d'a-
bord prêché ; c'est de là qu'étaient les Apôtres, et de là qu'ils furent
premièrement envoyés ; de là étaient les Prophètes ; là fut d'abord
bâti le temple ; là des sacrifices étaient d'abord offerts à Dieu ; là
vécurent les patriarches; là Je Christ lui-même est né de la race
d'Abraham et s'est manifesté ; c'est la terre que le Christ a foulée do
ses pieds, la terre où il a opéré ses miracles. (S. A U G . )

IV. — 10-13.
fi. 10-13. Pratiquez la justice et vous aurez la paix, afin que la jus-
tice et la paix se donnent en vous un mutuel baiser ; car, si vous n'ai-
mez la justice, vous n'aurez pas la paix. La justice et la paix s'entr'ai-
ment et slembrassent ; de sorte que celui qui aura pratiqué la justice
trouvera toujours la paix d o n n a n t u n b a i s e r a la justice. Elles sontdcux
amies; peut-être voudriez-vous avoir l'une et ne point pratiquer l'autre,
car il n'est personne qui ne veuille la paix, mais tous ne veulent pas
p r a t i q u e r la justice. Demandcz-lc à tous les hommes: voulez-vous la
paix? tout le genre humain vous répondra «l'une seule voix : je la sou-
PSAUME LXXXIV. 2G7
haite,jela désire, j e l a veux, je l'aime. Aimez donc aussi lajustice, parce
que lajustice et la paix sont deux a m i e s ; elles se donnent un mulu-d
baiser. Si vous n'aimez pas l'amie de la paix, la paix ne vous aimera
pas et ne viendra pas à vous. Qu'y a-t-il, en effet, d'extraordinaire à
désirer la paix ? Quel qu'il soit, le méchant désire la paix, car la paix
est une chose bonne. Mais pratiquez lajustice, parce que lajustice et
la paix échangent des baisers et ne sont jamais en lutte. Pourquoi
vous mettez-vous en lutte avec la justice ? Voici que lajustice vous dit:
ne volez pas, et vous ne l'écoutez point ; ne commettez pas d'adultère,
et vous refusez de l'entendre ; ne faites pas à autrui ce que vous ne
voulez pas souffrir ; ne dites pas à autrui ce que vous ne voulez pas
qu'on vous dise. Vous êtes l'ennemi de mon amie, vous dit la paix :
pourquoi me cherchez-vous ? Je suis l'amie de lajustice; si quelqu'un
est l'ennemi de mon amie, je ne m'approche pas de lui. Voulez-vous
donc arriver à la paix? pratiquez la justice. ( S . A U G . ) — Qu'est-ce que
cette vérité qui est sortie de la terre, sinon le Fils de Dieu ? Et qu'est-
ce que la terre d'où elle est sortie, sinon la chair de la sainte Vierge?
Pour que lajustice regardât du haut du ciel, c'est-à-dire pour que les
hommes fussent justifiés par la grâce divine, il a fallu que la vérité
sortît de terre, que le Christ naquît de Marie. Et comment, en effet,
nous eût-il justifiés de nos péchés, s'il n'eût offert pour nous le sacri-
fice de sa passion et de sa croix? Et comment eût-il accompli ce sacri-
fice, s'il ne fût pas m o r t ? Et comment serait-il mort, s'il n'eût pris
une chair semblable è la nôtre? Et comment enfin se fût-il revêtu de
cette chair mortelle, si la vérité ne fût sortie de la terre ? (S. A U G . ) —
Nous pouvons encore donner un autre sens à ce verset: « La vérité
est sortie de la terre, » la confession est sortie de l'homme. En effet,
vous n'étiez qu'un homme pécheur. O terre qui, au moment de ton
péché, as entendu cet arrêt : « Tu es terre et tu iras dans la terre, »
( G E N . , m , 19,) que la vérité sorte de toi, afin que la justice te regarde
du haut du ciel. Mais comment la vérité peut-elle sortir de toi, qui
n'es que péché, qui n'es qu'injustice? Confesse tes péchés, et la vérité
sortira de toi. ( S . A U G . ) — « Car Dieu donnera la douceur, et notre
terre produira son fruit. » Vous pouvez donc avoir à vous vos péchés,
mais vous ne pouvez porter de bons fruits, si celui à qui vous vous
confessez ne les produit en vous. C'est pourquoi le Prophète, après
avoir dit : « La vérité est sortie de la terre, et la justice a regardé du
haut du ciel, » répond pour ainsi dire à cette question qui lui serait
faite. Que signifient vos paroles : « la justice a regardé du haut du
2G8 PSAUME LXXXV.
ciel? » et il continue ainsi : « car le Seigneur donnera sa douceur et
notre terre donnera son fruit. « Examinons-nous donc, et si nous ne
trouvons en nous que des péchés, détestons-les, et désirons la justice;
car, lorsque nous commençons à haïr nos péchés, cette seule haine
du péché commence déjà à nous rendre semblables à Dieu, parce que
nous haïssons ce que Dieu hait. Quand vous aurez donc commencé à
haïr vos péchés et à les confesser à Dieu, si quelque délectation cou-
pable vous entraîne et vous conduit vers des choses funestes, adressez
à Dieu vos gémissements en lui confessant vos péchés, vous mériterez
de recevoir la détestation qui vient de lui et ii vous donnera la dou-
ceur qui accompagne les œuvres de justice, afin que la justice com-
mence à vous charmer, vous que charmait d'abord l'iniquité... D'où
vous est venue celte douceur nouvelle, sinon du Seigneur, qui donnera
sa douceur afin que notre terre produise son f r u i t ? — « La justice
marchera devant lui, et il posera ses pas dans la voie. » Cette justice
est celle qui vient de la confession des péchés, car elle est elle-même
la vérité. En effet, vous devez être juste contre vous, pour vous punir
vous-même. La première justice de l'homme est qu'il se punisse étant
encore méchant, afin que Dieu le rende bon. Si donc c'est là la pre-
mière justice de l'homme, cette justice ouvre à Dieu une voie, pour
que Dieu vienne en vous. Pré parez-lui donc la voie dans votre cœur,
p a r la confession des péchés... • Préparez la voie au Seigneur, »
(MATTn., m , 9); que cette justice prenne les devants, afin que vous
confessiez vos péchés. 11 viendra, il vous visitera, « parce qu'il posera
ses pas dans Ja voie. » En effet, il aura maintenant où poser les pieds,
il aura un chemin pour venir en vous, ou pour vous former vous-même
par les traces qu'il laissera en vous.

PSAUME LXXXV.

Oratio ipsi David. Prière de David lui-mémo.


1. Inclina,Domine,aurem tuam, 1. Inclinez, Seigneur, votre oreille, et
et exaudi mo : quoniam inops cl exaucez-moi, parce que je suis pauvre
pauper sum ego. et dans l'indigence.
2. Custodi animam meam, quo- 2. G-ardcz mon âme, parce que je suis
niam sanctus sum : salvum fac saint. Sauvez, mon Dieu, votre serviteur
servum tuum, Deus meus, speran- qui espère en vous.
tem in te.
3. Miserere met, Domine, quo- 3. Ayez pitié de moi, Seigneur, part»
niam ad te clamavi lofa die : que j'ai crié vers vous tout le jour.
4. helilica animam servi lui, 4. ltépandcz la joie dans l'Ame de vo-
PSAUME LXXXV. 269
quoniam ad te, Domine animam tre serviteur, parce que j'ai élevé mon
meam levavi. âme vers vous, Seigneur ;
b. Quoniam tu, Domine, suavis 5. parce que vous êtes, Seigneur, rem-
et mitis, et multa?, misericordiae pli do douceur et de bonté, et riche en
omnibus invocantibus to. miséricordes sur tous ceux qui vous in-
voquent.
6. Auribus percipe, Domine, ora- (>. Prêtez l'oreille. Seigneur, à ma
tionem meam : et intende voci de- prière ; soyez attentif à la voix de ma
precationis mea?. supplication.
7. In die tribulationis mese cla- 7. J'ai crié vers vous au jour de mon
mavi ad te : quia exaudisti me. affliction, parce que vous m'avez exaucé.
8. Non est similis tui in diis, Do- 8. Nul n'est semblable à vous parmi
mine : et non est secuudum opéra les dieux, et il n'est rien de comparable
tua. à vos œuvres.
9. Omnes gentes quascumque 9. Toutes les nations que vous avez
fecisti, venient, et adorabunt co- créées viendront se prosterner devant
ram te, Domine : et gloriflcabunt vous, Seigneur, et vous adorer; et elles
nomen tuum. rendront gloire à votro nom ;
tO. Quoniam magnus es tu, et 10. parce que vous êtes grand, que
faciens mirabilia : tu es Deus vous faites des prodiges, et que vous
solus. seul êtes Dieu.
11. Deduc me, Domine, in via 11. Conduisez-moi, Seigneur, dans votre
tua, et ingrediar in veritate tua : voie, et je marcherai dans votre vérité;
lœtetur cor meum ut timeat no- que mon cœur se réjouisse, afin qu'il
men tuum. craigne votre nom.
12. Confitebortibi, Domine Deus 12. Je vous louerai de tout mon cœur,
meus, in toto corde meo, et glori- Seigneur mon Dieu, et jo glorifierai éter-
ficabo nomen tuum in cetera uni : nellement votre nom,
13. Quia misericordia tua magna 13. parce que votre miséricorde est
est super mo : et eruisti animam grande envers moi, et que vous avez
meam ex inferno inferiori. retiré mou âme du plus profond de
l'abîme,
14. Deus, iniqui insurrexerunt 14. Les méchants, ÔDieu! se sont éle-
super mo, et synagoga potentium vés contre moi; et l'assemblée des puis-
quœsiorunt animam meam : et non sants a cherché à m'arracher la vie, et
proposuerunt te in conspectu suo. ils ne vous ont pas eu présent devant
les yeux.
15. Et tu, Domine, Deus misera- 15. Mais vous, Seigneur, vous êtes un
tor et misericors, patiens, et mul- Dieu compatissant et clément; vous êtes
tœ misctïcordiœ, et verax, patient, prodigue do miséricorde, et fi-
dèle dans vos promesses.
16. Respice in me, et miserere 10. Jetez un regard sur moi, et ayez
mei; da imperium tuum pucro pitié de moi; donnez votre puissance à
tuo : et salvum fac filium ancillaj votro serviteur, et sauvez lo fils do votro
tua?. servante.
17. Fac mecum signum in bo- 17. Faites éclater quelque signe en ma
num, ut videant qui oderunt me, faveur, alin que ceux qui mo haïssent lo
et confundantur : quoniam tu, voient, et quils soient confondus, parce
Domine, adjuvisti me, et consola- que c'est vous, Seigneur, qui m'avez se-
tus es me. couru, et que vous m'avez consolé.
270 PSAUME LXXXV.

Sommaire analytique.

David, persécuté par Saûl, représente ici Jésus-Christ parlant tant en son
nom qu'au nom do son corps mystique, et le juste qui se met sous la pro-
tection du ciel, surtout dans le temps de l'adversité.
I. — IL DEMANDE A DIEU D'EXAUCER SA PRIÈRE.

1° Le premier motif est tiré de lui-même: a) il est dépourvu des biens de


la fortune (i) ; b) il a en partage les biens de l'Ame, la grâce, une espérance
ferme, la ferveur et la constance de la prière, une âme élevée au-dessus
de toutes les choses de la terre (2-4) ;
2° Le second motif est tiré de Dieu, a) dont la clémence est pleine do
douceur et de bonté et dont la miséricorde est grande sur tous ceux qui
l'invoquent dans la tribulation (5-7) ; b) dont l'excellence est incomparable.
— Il surpasse tous les êtres par son essence. — Nul ne peut lui être com-
paré en puissance. — Il est admirable par la conversion de toutes les na-
tions, grand en majesté, incomparable en puisssanec, et le souverain
Maître et Seigneur de l'univers (8-10).
II. — IL FAIT CONNAITRE L'OBJET DE SA PRIÈRE J IL DEMANDE A DIEU :

0
1 De le conduire et de le diriger dans sa voie et de lui donner à la fois
la joie du cœur et la crainte de son nom, — et il promet de rendre grâces
à Dieu de tout son cœur, et de glorifier éternellement son nom à cause do
la miséricorde qu'il lui a fait sentir dans toutes les circonstances de sa vie
et après sa mort (12, 13) ;
2° Do l'aider et de le soutenir au moment de la mort, à) â cause de ses
ennemis qui s'élèvent injustement contre lui, cherchent à lui ôter la vie et
dans leur malice détournent les yeux de Dieu (14); b) à cause de la misé-
ricorde et de la véracité de Dieu (15) ;
3° De le glorifier après sa mort, a) en lui donnant la puissance et l'em-
pire (16) ; b) en frappant d'épouvante ses ennemis par le spectacle de sa
résurrection et en les confondant par le secours puissant qu'il lui a donné (17).

Explications et Considérations.

I. — 1 - 9 .

f. 1 . Le Prophète commence sa prière en se représentant la gran-


deur de Dieu et sa propre bassesse. C'est la meilleure des prières,
a car la prière de celui qui s'humilie pénétrera les cieux. » (ECCLI.,
x x x m . ) Dieu inclinera son oreille, si vous ne levez pas orgueilleuse-
PSAUME LXXXV. 271
ment la tôte ; car, il s'approche de celui qui est humilié, et il s'éloigne
de celui qui est élevé. Dieu incline donc son oreille vers nous. E n
effet, il est en haut et nous sommes en bas ; il est au faîte de la g r a n -
deur, nous sommes dans la bassesse, mais nous n'y sommes pas livrés
à l'abandon. 11 n'incline pas son oreille vers le r i c h e ; il l'incline vers
le pauvre, vers celui qui manque de tout, c'est-à-dire vers celui qui
est humble, qui confesse ses péchés et qui a besoin de la miséricorde
divine; mais il ne l'incline pas vers celui qui est rassasié , qui s'élève
et se vante comme s'il n'avait besoin de rien. (S. A U G . )
f. 2. «Gardez mon àme, parce que je suis saint.» Je ne sais qui pour-
rait prononcer ces mots : « parce que j e suis saint, » si ce n'est celui
qui était sans péché dans le monde ; qui n'a point commis, mais qui
a remis les péchés de tous... Mais si je reconnais ici la voix du Christ,
dois-je donc séparer la mienne de la sienne? Non; car il parle sans
qu'il faille le séparer de son corps, quand il parle de la sorte. J'oserai
donc vous dire aussi : « Parce que je suis saint. » Si j e voulais dire
saint, comme pouvant me sanctifier moi-même, et n'ayant pas besoin
d'être sanctifié, je ne serais qu'un menteur et un orgueilleux ; mais
je me dis saint, comme ayant été sanctifié, selon ces paroles :
« Soyez saint, parce que suis saint, » ( L K V . X I X , 2), en ce sens que le
corps du Christ ose dire avec son chef, et sous la dépendance de son
chef : « Parce que j e suis saint. » Ce corps a reçu, en effet, la grâce
de la sanctification, la grâce du baptême et de la rémission des pé-
chés. « Voilà ce que vous avez été, » dit l'Apôtre, après avoir énumérô
de nombreux péchés, « mais vous avez été lavés, mais vous avez été
sanctifiés. » (I C O R . , V I , 11.) Si donc l'Apôtre dit que les fidèles ont
élé sanctifiés, chaque fidèle aussi peut dire : « Je suis saint. » Ce n'est
point là l'orgueil d'un homme qui s'élève, mais la confession d'un
homme qui n'est pas ingrat. (S. A U G . )
f. 3, A. Deux qualités principales de la prière : l'ardeur de la prière,
- «j'ai crié, » et sa persévérance, « tout le jour. » — « Remplissez de
joie l'âme de votre serviteur, parce que je l'ai élevée vers vous. En
effet, elle était sur la terre, et sur la terre elle ne ressentait qu'amer-
lume. Pour qu'elle ne vînt point à se dessécher dans son amertume et
à perdre toute la douceur de votre grâce, j e l'ai élevée vers vous ;
réjouissez-la en vous, car vous seul êtes joie et douceur; le monde
est rempli d'amertume. Certes, le Christ a bien raison d'avertir ses
membres, de tenir leurs cœurs élevés. Qu'ils l'ôcoutent donc et lui
obéissent, qu'ils élèvent vers lui tout ce qui souffre sur la t e r r e ; car
272 PSAUME LXXXV.
le cœur ne se pourrit pas sur la terre, si on l'élève vers Dieu. Si vous
aviez du blé déposé d'abord dans quelque endroit souterrain, pour
l'empêcher de se gâter, vous le feriez mettre à l'étage le plus élevé
de votre maison. Vous changeriez votre blé de place, et vous laisse-
riez votre cœur se gâter sur la terre 1 Vous mettriez votre blé à
l'étage le plus élevé de votre maison, élevez donc de même votre
cœur vers le ciel. Et comment le puis-je, direz-vous? quelles cordes,
quelles machines, quelles échelles y suffiraient? Les degrés sont vos
sentiments ; le chemin, c'est votre volonté. Par la charité, vous mon-
tez ; par la négligence, vous descendez. Tout en restant sur la terre,
vous êtes dans le ciel, si vous aimez Dieu : le cœur ne s'élève pas de
la même manière que le corps. Le corps, pour s'élever, change do
p l a c e ; le cœur, pour s'élever, change de volonté : « J ' a i élevé mon
âme vers vous. » ( S . A U G . )
5. « Car vous êtes suave et doux. » Accablé de dégoût, pour
ainsi dire, en raison de l'amertume des choses de la terre, il a désiré
quelque adoucissement; il a cherché la source de la douceur et ne l'a
pas trouvée sur la terre ; car, de quelque côté qu'il se tournât, il
trouvait des scandales, des sujets de crainte, des afflictions, des ten-
tations. En quel homme rencontrer une sûreté entière? de qui rece-
voir une joie certaine? Ce qu'il ne trouvait pas en lui-même, com-
ment l'cût-il trouvé dans un autre ? . . . P a r conséquent, de quelque
côté qu'il se tourne, l'homme trouve de l'amertume dans les choses
de la terre, et il n'y a pour lui aucun adoucissement, s'il ne s'élève
vers Dieu. (S. A U G . ) — « Parce que vous êtes très-miséricordieux pour
ceux qui vous invoquent, » que veut donc dire ce que nous lisons
dans de nombreux passages de l'Ecriture : « Ils invoqueront et je ne
les exaucerai p a s ? » (Pnov. i, 28), si ce n'est que quelques-uns de
ceux qui invoquent, n'invoquent pas Dieu ? C'est d'eux qu'il est dit:
« Us n'ont pas invoqué Dieu » (Ps. L U , 6.) Us invoquent, mais ils
n'invoquent pas Dieu. Vous invoquez tout ce que vous aimez; vous
invoquez tout ce que vous appelez en vous; vous invoquez tout ce que
vous voulez voir venir à vous. Or, si vous invoquez Dieu, pour qu'il
vous vienne une somme d'argent, pour qu'il vous vienne un héritage,
pour qu'il vous vienne une dignité du monde, vous invoquez réelle-
m e n t ces biens que vous voulez voir venir à vous, et vous demande*
à Dieu, non pas d'exaucer de justes désirs, mais de venir en aide à
vos convoitises. ( S . À U G . )
f. C, 7. Quel ardent désir dans cette prière I « Seigneur, faites en-
PSAUME LXXXV. 373
trer profondément ma prière dans vos oreilles ; » c'est-à-dire que m a
prière ne sorte pas de vos oreilles ; faites-la pénétrer, enfoncez-la
dans vos oreilles. Comment le Prophète a-t-il eu cette pensée d'en-
foncer sa prière dans les oreilles de Dieu ? Que Dieu réponde et nous
dise : Voulez-vous que votre prière pénètre dans mes oreilles ? faites
pénétrer m a loi dans votre cœur. — La cause pour li~uelîe vous
m'avez exaucé, c'est qu'au j o u r de ma tribulation « j ' a i crié vers
vous. » Peu auparavant, le Prophète avait dit : J'ai crié iout le j o u r ,
j'ai souffert la tribulation tout le jour. Que nul chrétien ne dise donc
qu'il y a un seul j o u r pendant lequel il n'a subi aucune tribulation.
« Tout le j o u r » veut dire en tout temps. Tout le j o u r iî est dans la
tribulation : quoi donc, souffre-t-on la tribulation, même quand tout
est bien pour nous ? Oui, en tout temps, on souffre la trijuiation.
D'où vient cette tribulation? Parce que, « t a n t que nous sornuissdans
notre corps, nous sommes exilés loin de Dieu...» Celui à qui l'exil est
doux, n'aime pas sa patrie : si la patrie lui est douce, ïozil iui est
amer, et, si l'exil lui est amer, il est tout le j o u r dans la tribulation.
(S. A U G . )
•f. 8. Quoi que ce soit que l'homme puisse inventer, ce qui a été
fait n'est pas semblable à celui qui l'a fait. Or, excepté Dieu, tout ce
qui existe dans la nature a été fait par Dieu. Et qui pourra jamais
concevoir la distance qui se trouve entre le Créateur et ce qu'il a
créé ? . . . Dieu est ineffable ; nous dirions plus facilement co qu'il n'est
pas, que ce qu'il est... Vous demandez co qu'il est? Il est co que l'œil
n'a pas vu, ce que l'oreille n'a pas entendu, ce qui n'est pas monté
dans le cœur de l'homme. (I C O R . II, 9), (S. A U G . )
f, 9, 10. Prédiction qui annonce la fondation de l'Eglise; cetto pré-
diction en partie accomplie, et qui continue tous les jours à s'accom-
plir, dans la conversion à la foi des nations les plus reculées. — Les
nations converties « rendront grâce au nom de Dieu,» et des chré-
tiens pervertis déshonoreront ce saint nom par leurs impiétés et leurs
blasphèmes. ( D U G . )

II. — 11-17.

f. 41, 12. Le Prophète demande d'être conduit dans la voie de


Dieu et non dans sa propre voie, dans la vérité de Dieu et non d a n 3
les illusions de son esprit. -— « Conduisez-moi, Seigneur, dans votre
voie. » Je suis déjà dans votre voie, mais j ' a i besoin d'y être conduit
par vous. « Et j e marcherai dans votre vérité. » Si vous mo conduisez,
TOME il. 18
274 PSAUME LXXXV.

je ne m'égarerai pas ; si vous m'abandonnez à moi-même, j e m'éga-


rerai. Priez-le donc de ne point vous abandonner, mais, au contraire,
de vous conduire jusqu'au bout, en vous avertissant constamment,
en vous donnant constamment la main. Car Dieu, en donnant son
Christ, donne sa main, et en donnant sa main, il donne son Christ.
Il conduit jusqu'à la voie en amenant à son Christ ; il conduit dans la
voie, en conduisant dans son Christ. O r , le Christ est la vérité,
c Que mon cœur soit comblé de joie, pour qu'il craigne votre nom. »
La crainte est donc compatible avec la joie. Et comment y a-t-il joie,
s'il y a crainte ? La crainte n'a-t-elle pas ordinairement quelque chose
d'amer ? Un j o u r viendra où la joie sera exempte de crainte ; mainte-
nant, la joie est mêlée de crainte. En effet, il n'y a pas encore sur terre
de pleine sécurité, ni de joie parfaite. Si nous n'avons aucune joie,
nous tombons en défaillance ; si notre sécurité est entière, nous nous
livrons à des transports funestes. Que Dieu répande donc sa joie sur
nous et qu'il nous inspire sa crainte, afin do nous conduire de la dou-
ceur de la joie au j o u r de la sécurité. En nous donnant la crainte, il
préviendra tout transport mauvais et tout écart do la voie. (S. A U G . )
— « La crainte du Seigneur est la gloire, et le triomphe, et une
source de joie et une couronne d'allégresse. La crainte du Seigneur
réjouira le cœur, elle lui donnera la joie et l'allégresse et la longueur
des jours. » ( E C C L I . , I , 12.) A la demande faire succéder l'action de
grâces, car rien n'est plus utile pour obtenir do nouveaux bienfaits
que de se montrer reconnaissant de ceux que l'on a reçus.
f. 13. Telle est la miséricorde divine que nous devons mesurer par
l'étendue des maux de l'enfer dont elle nous délivre, et par la gran-
deur des biens éternels auxquels elle nous prépare. — Si un réprouvé
était tiré du gouffre de l'enfer, et rétabli dans la voie des bonnes
œuvres et du mérite, avec quel sentiment s'occuperait-il de ce verset,
où le Prophète dit que la miséricorde du Seigneur est infinie à son
égard, parce qu'il l'a tiré du fond des enfers I Je ne puis dire, ni
même concevoir ce qu'il ferait pour témoigner à Dieu sa reconnais-
sance. Il est à présumer que sa vie ne serait qu'un tissu d'actions do
grâces, et que rien ne pourrait le distraire de ce saint exercice. Pour-
quoi ? parce qu'il aurait fait l'épreuve du plus grand des maux, qui
est la réprobation ; parce qu'il se souviendrait perpétuellement des
feux dévorants d'où il aurait été délivré. Quand l'homme a mérité
l'enfer, et que, par un effet de la miséricorde divine, il a été rétabli
dans la grâce, ne devrail-il pas dire aussi comme le Prophète : Sei-
PSAUME LXXXV. 275

gneur, j e vous rendrai d'éternelles actions de grâces, parce que votre


miséricorde m'a délivré de l'abîme où mes crimes m'avaient plongé ?
Faut-il donc que notre foi ait moins d'empire sur notre esprit que ne
l'aurait l'épreuve de la damnation ? Sommes-nous moins sûrs de
l'existence du lieu de tourments que ne l'est le mauvais riche ou le
traître a p ô t r e ? La parole de Jésus-Christ n'est-ello pas suffisante pour
nous convaincre ? (BERTUIER.)
f. 1 4 , 1 5 . 1 1 suffit d'être juste pour avoir les méchants contre soi. C'est
assez de s'élever contre le vice pour que ceux qui l'aiment s'élèvent
contre le juste. — Surtout, attaquer le vice dans les puissants, c'est
leur donner occasion de chercher à nous perdre. — De quoi n'est pas
capable celui qui n'a point la crainte de Dieu devant les yeux ? —-
Dans ce verset, le Psalmiste oppose les attributs de Dieu à la m é -
chanceté des persécuteurs, pour accélérer le secours dont il a be-
soin. Selon la force du texte, le premier de ces attributs est la ten-
dresse, le second est la bienfaisance, le troisième est la lenteur à
punir, le quatrième est la miséricorde ou le penchant à faire grâce, lo
cinquième est la fidélité.
f. 16. La preuve de cette douceur, de cette longanimité, est sur-
tout la patience de Dieu à tolérer des prières aussi imparfaites que
les nôtres. Saint Augustin établit ici un dialogue plein de confiance
d'une part, et de tendresse miséricordieuse de l'autre, entre l'âme et le
Seigneur. — « Mon Dieu, soyez ma joie, parce que je me suis élevée
vers vous autant que j ' a i pu, autant que vous m'en avez donné la
force, autant que j ' a i pu retenir mes puissances fugitives. » -—
Mais avez-vous oublié, reprend le Seigneur, combien de fois, dans vos
prières, vous vous êtes dissipée en mille pensées vaincs et superflues ?
c'est à peine si une fois votre prière a été fixe et stable. Et l'amo
continue : Il est vrai, mon Dieu, mais vous êtes suave et doux : votre
douceur me tolère. Je suis malade cl m'écoule comme l'eau; guéris-
sez-moi, et je serai ferme et stable ; et, en attendant, vous me tolérez,
parce que vous êtes suave et doux, et plein de miséricorde. Vous n ' a -
vez pas seulement de la miséricorde, mais vous en êtes plein ; nos
péchés se multiplient, et vos miséricordes se multiplient en m ê m e
temps.
fi. 1 7 . Nul ne cherche de consolation s'il n'est dans la misère. Ne
voulez-vous pas de consolation ? dites que vous êtes heureux. Alors,
vous aurez à entendre ces paroles : c Mon peuple, ceux qui disent
quo vous êtes heureux, vous iuduisent en erreur et troublent les sen-
27G PSAUME LXXXVI.
tiers où marchent vos pieds. » ( I S A I . , n i , 12.) L'Apôtre saint Jacques
tient le même langage : « Soyez malheureux, dit-il, et pleurez ; que
vos rires se changent en deuil. » ( J A C Q . I V , 9.) Les Ecritures parle-
raient-elles ainsi dans la région de la sécurité ? Mais cette région est
celle des scandales, des tentations et de toutes les misères, afin que
nous gémissions ici-bas, et que nous méritions de nous réjouir au
ciel ; que nous soyons ici-bas dans l'affliction et que nous méritions
d'être consolés dans le ciel et de dire : « Vous avez délivré mes yeux
des larmes et mes pieds de la chute ; je plairai au Seigneur dans la
région des vivants. (Ps. cxiv, 8, 9.) Cette région est celle des morts.
La région des morts passe; la région des vivants arrive. (S. A U G . )

PSAUME LXXXVI.

Filiis Core, Psalmus Cantici. n Pour les enfants de Coré, Psaume-


Cantique.
1. Fundamenta ejus in montibus 1. Ses fondements sont posés sur les
sanctis : saintes montagnes (1).
2. diligit Dominus portas Sion 2. Le Seigneur aime les portes de Sion
super omnia tabernacula Jacob. plus que toutes les tentes de Jacob.
3. Gloriosa dicL. sunt de te 3. On a dit de vous des choses glo-
civitas Dei. rieuses, ô cité de Dieu l
4. Memor ero Rabab ot Babylo- 4. Je me souviendrai do Rahab et de
nis scioutium mo. Babyione, qui mo connaîtront.
Ecce alieni; ;enaî, et Tyrus, et Voici les étrangers, ceux de Tyr, et lo
populus iEtbiopum, kl fucrunt peuple d'Ethiopie, tous y sont réunis.
lilic.
5. Numquid Sion dicet : Homo 5. Ne dira-t-on pas à Sion : Un grand
et homo natus est in ea : et ipse nombre d'hommes y sont nés, ot lo Très-
fundavit eam Altissimus? Haut lui-même l'a fondée ?
G. Dominus narrabit in scriptu- U . Le Seigneur racontera, dans le dé-
ris populorum, et principum ; nombrement des peuples et des princes,
borum, qui fuerant in ea. lo nom de ceux qui auront ôté danscetto
cité (2J.
7. Sicut lectantium omnium ha- 7. Ceux qui habitent en vous ont la
bitatio est in te. joie do tous ceux qui se livrent à l'allé-
gresse.

(1) Le pronom ejus est masculin dans l'hébreu et dans les Septante. Si donc il
se rapporte à Dieu, il faut, connue l'exige l'ensemble du Psaume, que le sens de
ce verset soit : Fundamenta qux posuit Deus sunt in montibus sanctis.
(2) Jérusalem était batic snr trois montagnes, les appuis de l'Eglise sont les
Apôtres et leurs successeurs. Dieu inscrira au rolo des peuples, c'est-à-dire sur le
grand livre où il inscrit les peuples et tout ce qui les concerne.
PSAUME LXXXVI. 277

Sommaire analytique. (1)


Le Prophète, contemplant l'Eglise de la terre et du ciel sous la figure de
Sion, décrit : '
I. — Ses fondements établis sur les montagnes saintes, sur la doctrine
des Apôtres (1) ;
II. — Ses portes, c'est-à-dire les sacrements, objet particulier de l'amour
de Dieu (2) ;
III. — Ses murs, ses maisons, ses palais dignes de toutes louanges (3) ;
IV. — La multitude de ses habitants, rassemblés de toutes les nations (4);
V. — Son roi et son fondateur, Jésus-Christ (5) ;
VI. — Le nombre et la dignité de ses prosélytes (6) ;
VII. — La joie éternelle de ses habitants (7).

Ezplioations et Considérations.

1 ET I I . — 1 , 2 .

f. 1 , 2 . Ce Psaume est court par le nombre de versets, mais considé-


rable par le poids des pensées qu'il renferme... Le Prophète y chante
et célèbre une ville dont nous sommes les citoyens, en notre qualité
de chrétiens; loin de laquelle nous sommes exilés tant que nous r e s -
tons en cette vie mortelle, et vers laquelle nous tendons par une voie
qui se trouvait entièrement obstruée de buissons et d'épines, jusqu'au
moment où le Roi de cette ville s'est fait lui-môme notre voie, pour que
nous puissions parvenir dans celle cité. (S. AUG.) — Le Psalmiste n'a
point encore parlé de cette cité ; cependant, il commence en ces termes :
« Ses fondements sont sur les montagnes saintes. » Les fondements
de quoi? Il n'est pas douteux que dos fondements, surtout sur des
montagnes, ne soient ceux de quelque ville. Rempli donc de l'Esprit-
Saint, le citoyen de cette ville retourne en son esprit toutes ses pensées
d'amour et de désir pour elle, et, sortant en quelque sorte d'une médi-
dation plus étendue, il s'écrie subitement : « Ses fondements sont sur
les montagnes saintes, » comme s'il avait déjà dit quelque chose de
cette cité. Et comment, en effet, n'en aurait-il encore rien dit, lui qui
n'avait jamais cessé d'en parler dans son cœur? (S. AUG.). — Cette
(1) Il en est. qui rapportent la composition de en Psaume au temps du roi Ezé-
cttias, parce qu'on y fait mention d e temples é t m n g e r s ftvec lesquels- les Israélite»
('(aient en guerre ou avaient don iilliiuinss.
278 PSAUME LXXXVI.
cité, c'est l'Eglise, la vraie Jérusalem, fondée sur les hautes montagnes
d'où elle est exposée en vue à toute la terre, et sur Ja pierre angulaire
qui est Jésus-Christ. « Point d'autre fondement que celui-là. » (I C O R .
n i , 1 1 ) . Tout édifice élevé sur un autre sera détruit. — Dieu aime
plus que toutes les autres choses la porte de cet édifice, qui est encore
Jésus-Christ, par laquelle seule on peut y entrer ; ou plutôt, il n'aime
que Jésus-Christ et l'Eglise elle-même, et ceux qu'elle renferme ne
sont aimés de Dieu que par rapport à Jésus-Christ ( D U G U E T ) . —
L'Eglise est en ce monde tout ce que les Prophètes avaient annoncé
qu'elle serait : « Un signe levé au milieu des nations; (ISAI. XI, 1 2 ) ; la
montagne préparée sur le sommet des monts pour être le rendez-vous
des peuples; (loin, n , 2 ) ; la cité de Dieu ayant ses fondements sur les
montagnes saintes; la sagesse qui se fait entendre de loin sur tous les
sommets, le long de tous les sentiers, parlant auprès des portes de la
cité et au seuil même des maisons. » ( P R O V . I, 2 1 , v m , i, 2 , 3 ) . Elle
invite, elle appelle à elle ceux qui n'ont pas encore le bonheur do
croire; elle confirme et consolide la foi de ses (ils; elle témoigne,
elle affirme, elle démontre, elle explique; elle donne des garanties,
elles fournit des gages, elle fonde des certitudes, elle pose dans les
âmes des principes absolus, et assied les âmes elles-mêmes sur des
fondements qu'aucune puissance humaine ou infernale n ' a le se-
cret d'ébranler. (Mgr P I E , Discours, etc., t. v u . p. 2 3 5 ) . — S'il s'agis-
sait uniquement ici, dit saint Augustin, de la Sion terrestre, on ne
pourrait pas dire que Dieu la préfère à tous les pavillons de Jacob,
car enfin cette cité était un des pavillons de Jacob, puisqu'elle était
habitée par les descendants de ce patriarche. — Tout ce qui s'opèro
dans l'Eglise, soit pour son établissement, soit pour sa construction,
soit pour sa consommation, doit s'opérer aussi dans une âme fidèle.
Elle est appuyée sur Jésus-Christ, qu'elle aime uniquement; elle est
aussi fondée sur les Apôtres, dont les enseignements servent à la for-
mer et à l'instruire, à lui montrer le rang qu'elle doit tenir dans la
céleste Jérusalem. Elle est l'objet des complaisances du Seigneur,
lorsqu'elle est attentive à l'écouter et à lui plaire. ( B E R T M E R ) . — Pour-
quoi les Apôtres et les Prophètes sont-ils les fondements de cette villo
qui est l'Eglise? parce que leur autorité soutient notre faiblesse. Pour-
quoi sont-ils aussi les Apôtres de Sion? parce que nous entrons par eux
dans le royaume de Dieu; ils sont pour nous les prédicateurs du salut ; et
quand nous entrons par eux dans la eité, nous y entrons par le Christ;
car il est lui-même la porte. (S. A U G . )
PSAUMELXXXVI. 270

III. — 3 .

f. 3. Oui, certes, les Prophètes et les Apôtres ont dit des choses glo-
rieuses de cette cité de Dieu, de l'Eglise do Dieu sur la terre, mais
surtout de l'Eglise du ciel. Un d'eux nous a tout dit quand il a dit
qu'il ne pouvait rien dire : « Ce que l'œil n'a point vu, ce que l'oreille
n'a point enlendu, ce que le cœur de l'homme n'a jamais connu. »
(I S A G . I I , 7). O divine patrie 1 « on me racontait vos félicités et vos
gloires; » la foi me parlait de vos joies, de vos enivrements, de vos
extases, de toutes ces choses qu'on ne se lasse jamais de voir, de goû-
ter, de posséder; qui ont toujours la môme splendeur, la môme .plé-
nitude et qui, de plus, sont immortelles. J'admirais, j e n'osais espérer.
Je rôvais de vous comme on rôve d'une île enchanteresse qu'on aper-
çoit de la rive et qu'un fleuve infranchissable sépare de nous. Que ce
rêve était brillant, mais qu'il était douloureux 1 Je me disais : Tout
cela est divin, mais rien de tout cela n'est pour moi. Maintenant, j e
puis songer à vous sans douleur : car j e sais que j e ne vous suis point
étranger. Sainte patrie des âmes, je me suis réjoui dans ce qui m'a
été dit par un Dieu : « Nous irons dans la maison du Seigneur. » ( D B
m 0
P L A C E , Carême 2 Dimanche.)

JY. —
— 4 ET 5.

f. 4, 5. Quand même il serait question d'habitants de R a h a b , de Ba-


byione, qui représentent ici les nations païennes, j e m'en souviendrai
dès lors qu'iis me connaîtront par la foi et par la charité. (S. JfcR.).
La plus grande gloire de Jérusalem est d'avoir ôté la source d'où le
Messie est sorti. Jésus-Christ n'est pas né dans celte ville, mais
Bethléem en était si voisine qu'on peut bien dire que Jérusalem fut
la patrie de cet homme Dieu. — Dans un autre sens, c'est une heu-
reuse nouvelle à publier, qu'une multitude d'hommes de toutes sortes
de contrées, d'états et do conditions, prendront naissance dans le sein
de l'Eglise. Mais quelsujet d'en être surpris, puisquolo Très-Haut lui-
même l'a fondée ? — « Et tu diras dans ton cœur : Qui m'a donné ces
enfants, à moi qui étais stérile et qui n'enfantais pas? J'étais chassée
de mon pays et captive : qui les a nourris? J'étais seule, abandonnée,
d'où me sont-ils venus? » (ISAI, XLIX, 21). — Uahab est cette courti-
sane de Jéricho qui reçut les espions juifs et les fit échapper par une
voie détournée... Par là elle fut s a u v ô a e t elle fut la ligure de l'Eglise
des Gentils. C'est pourquoi lo Sauveur dit aux Pharisiens qui s'enor-
280 PSAUME LXXXVI.
gueillissaient: « E n vérité, en vérité, j e vous le dis, les publicains et les
femmes de mauvaise vie vous précéderont dans le royaume des
cieux. » (MATH, XXI, 3 1 ) . Us y entrent d'abord, parce qu'ils s'en em-
parent à l'aide de la violence ; ils en forcent l'entrée par leur foi, tout
cède à leur foi, et nul ne peut y résister, et c'est ainsi que ceux qui
font violence au ciel le ravissent. (S. AUG.).
f. 6. Les Ecritures nous parlent souvent du registre de la vie, du
livre où doivent être inscrits les amis de Dieu. Sur la terre, nous n'avons
point d'autre monument qui puisse porter ce nom, que le recueil
des oracles sacrés dont l'Eglise est dépositaire. Dans le ciel, ce livre
est la connaissance éternelle de Dieu; c'est tout l'ordre de ses décrets
sur les enfants des h o m m e s ; c'est l'état que cette intelligence supé-
rieure à tous les temps tient de tout ce qui arrive ou arrivera dans la
suile des siècles. Le premier de ces livres est notre guide, et le second
est notre juge ; le premier sera produit comme témoin pour ou con-
tre nous, et le second fixera nos destinées pour l'éternité. (BERTHIER).
— Tous les peuples et tous les individus qui composent ces peuples
sont toujours et à tout instant présents devant Dieu. L'intelligence
divine, éternelle, immense, infinie, est comme un grand livre où est
inscrit d'avance tout ce qui s'est passé, tout ce qui se passe, tout ce
qui se passera dans l'ordre temporel et dans l'ordre spirituel. Dieu
connaît tous les événements et tous les hommes d'une connaissance
intime et complète. Il voit tout, mais il regarde avec une attention et
une bienveillance particulière ceux qui naissent, qui vivent et qui
meurent dans son Eglise, dans cette sainte et glorieuse cité que son
Fils bien-aimé a conquise au prix de tout son sang. (RENDU).

VII. - 7.

f. 7 . • La montagne de Sion est fondée avec la joie de toute la


la terre. » (Ps. XLVII, 3 ) . « Vous vous réjouirez et vous serez dans
l'allégresse pour l'éternité ; je vais rendre Jérusalem une ville d'allé-
gresse et son peuple un peuple de joie. » (ISAT, LXV, 1 8 ) . — Pendant
notre pèlerinage sur cette terre, nous sommes constamment dans
l'oppression ; notre habitation ne sera le séjour que de la joie. Plus
de peines, plus de gémissements ; les supplications ont cessé, les chants
de louange ont succédé. La cité de Dieu sera donc l'habitation de ceux
qui se réjouissent : ce ne sera plus là le gémissement du désir, mais
l'allégresse de la jouissance... a L'habitation de tous ceux qui se trou-
vent comme dans la joie e s t en vous. » Que signifie ce comme? Pour-
PSAUME LXXXVII. 281

quoi comme dans la joie? Parce qu'il y aura là une joie que nous ne
connaissons point ici. Je vois ici bien des joies : beaucoup se réjouis-
sent dans la vie du siècle, les uns d'une chose, les autres d'une autre;
mais il n'y a pas une joie que l'on puisse comparer à cette joie de
l'éternité, qui ne soit que comme une joie ; car si j e dis qu'elle est
une joie, l'esprit de l'homme la rapprochera bientôt de quelque joie
qu'il a coutume d'éprouver dans les jouissances de la terre... Prépa-
rons-nous donc à une nouvelle sorte de joie, parce que nous ne trou-
vons ici-bas que quelque chose qui nous paraît semblable et qui n'est
pas cela. (S. A U G . ) — Cette cité de Dieu est, pour ainsi dire, tout
entière composée de joie et d'allégresse ; la joie est la base sur laquelle
elle est fondée. « La montagne de Sion est fondée aux applaudisse-
ments de toute la terre ; » (Ps. X L V I I , 3); les éléments qui entrent dans
sa structure sont des éléments de joie : « Réjouissez-vous, soyez dans
l'allégresse pour l'éternité, de ce que j e vais faire : Je vais rendre J é -
rusalem une ville d'allégresse et son peuple un peuple de joie; » ( I S A I ,
L X X , 1 8 ) ; toutes ses places retentiront de cris d'allégresse, « et l'on
chantera sur toutes ses places, alléluia. » Le Roi des cieux répandra
sur elle des torrents de joie : « Le Seigneur consolera Sion, il répa-
rera ses ruines... Tout y respirera la joie et l'allégresse; on entendra
retentir les actions de grâces et les cantiques de louanges. » ( I S A I , L I ,
3). La joie brille sur le visage de ses habitants et couronne leurs fronts :
« Ceux qui ont été rachetés retourneront au Seigneur, et ils vien-
dront à Sion chantant des cantiques de louanges; une joie éternelle
couronnera leur tête; ils seront remplis de joie et d'allégresse; la
douleur et les gémissements s'enfuiront. » ( I S A I , L I , 1 1 ) . Cette joie
n'est pas seulement à la superficie du cœur, comme les joies de la
terre, elle le pénètre tout entier : « Et vous, maintenant, vous avez
dè la tristesse, mais je vous verrai de nouveau, et votre cœur se r é -
jouira, et nul ne vous ravira votre joie. » ( J E A N , X V I , 22).

PSAUME LXXXVII.
Canticum Psalmi, Filiis Core, in Cantique-Psaume pour être chanté par
flnein, pro Mahclethadresponden- les enfants de Corô jusqu'à la fin, sur
dum, infcllcctus Eman Ezrahitrc. un instrument de musique, et alternati-
vement : Intelligence ou instruction
d'Kman, Ezraïte.
1. Domine Deus salutis meaî, in 1. Seigneur, Dieu de mon salut, j'ai
dîo cîamavi, et nocte coram te. crié vers vous le jour et la nuit.
2. liilrct in conspectu tuo oral io 2. (Juo ma prière pénétre jusqu'en
282 PSAUME LXXXVII.
mea : inclina aurem tuam ad pre- votre présence. Prêtez l'oreille à ma sup-
ccm meam : plication,
3. Quia repleta est malis anima 3. car mon âme est remplie de maui,
mea : et vita mea infcrno appro- et ma vie touche au tombeau.
pinquavit.
4. yEstimatus sum cum descen- 4. J'ai ôté comparé à ceux qui descen-
dentibus in lacum : factus sum dent dans la fosse ; je suis devenu comme
sicut homo sine adjutorio, un homme abandonné de tout secours,
5. inter mortuos liber, 5. et qui est libre entre, les morts;
Sicut vulnerati dormientes in comme ceux qui, ayant été blessés
scpulcbris, quorum non es memor mortellement, dorment dans les sépul-
amplius : et ipsi de manu tua re- cres, effacés pour toujours de votre sou-
pulsi sunt. venir et privés du secours de votre bras.
C. Posueruntme in lacu inferiori : 6. Ils m'ont mis dans une fosse pro-
in tenebrosis, et in umbra mortis. fonde, dans des lieux ténébreux, et dans
l'ombre de la mort.
7. Super me confirmatus estfu- 7. Votre fureur s'est appesantie sur
ror tuus : et omnes fluctus tuos moi; et vous avez fait passer sur moi
induxisti super me. tous les flots de votre colère.
8. Longe fecisti notos meos a 8. Vous avez éloigné de moi tous ceux
me : posucrunt me abominatio- qui me connaissent; ils m'ont regardé
nem sibi. comme un objet d'horreur.
Traditus sum, et non cgrcdie- J'ai été livré, et je ne pouvais échap-
bar : per.
9. oculi mei languerunt prse 9. Mes yeux se sont desséchés par
inopia. suite de mon affliction.
Clamavi ad te, Domine, tota J'ai crié vers vous, Soigneur, tout le
die : expandi ad te manus meas. jour, et j'ai étendu mes mains vers vous.
tO. Numquid mortuis faciès mi- 10. Ferez-vous des miracles en faveur
rabilia : aut medici suscitabunt, des morts? ou les médecins les ressusci-
et confitebuntur tibi? teront-ils, afin qu'ils vous louent?
1 t. Numquid narrabit aliquis in 11. Quelqu'un racontera-t-il dans 1«
sepulchro misericordiam tuam, et sépulcre votre miséricorde, et votre vé-
veritatem tuam in perditione? rité dans le lieu de la destruction?
12. Numquid cognoscentur in 12. Vos merveilles seront-elles con-
tenebris mirabilia tua, et justitia nues dans les ténèbres, et votre justice
tua in terra oblivionis ? dans la terre de l'oubli?
13. Et ego ad te, Domine, cla- 13. Mais pour moi, je crie vers vous,
mavi : et mano oratio mea praeve- Seigneur; et ma prière vous devance
niot te. dès l'aurore.
14. Ut quid, Domine, repellis 14. Pourquoi, Seigneur, rejetez-vous
orationem meam : avertis faciem ma prière? et pourquoi détournez-vous
tuam a me? de moi votre face?
10. Pauper sum ego, et in labo- 15. Je suis pauvre et dans les travaux
ribus a juvpidulc m e a : exallalus dès ma jeunesso; et h peine ai-jo été
autem, humiliatus sum et contur- élevé que je suis tombé dans l'humilia-
batus. tion et le trouble.
16. In me transicrunt irse tuaî : 16. Les flots de votre colère ont passé
et terrorcs tui conturbavorunt me. sur moi ; et vos terreurs m'ont troublé.
17. Circumdederunt me sicut 17. Elles m'ont environné comme uno
aqua tota die : circumdederunt eau profonde tout le jour, elles m'ont
me simul. enveloppé toutes ensemble.
18. Elongasti a. me amicum et 18. Vous avez éloigné de moi mos amis
proximum, et notos mcos a mise- et mes proches; et ceux qui me con-
ria. naissaient m'ont quitté â cause do ma
misère.
PSAUME LXXXVII. 283

Sommaire analytique.
Le Prophète, organe du Sauveur dans sa passion et sur la croix, et de
tout juste délaissé, rassasié de souffrances, moins semblable à un vivant
qu'à un mort, répand son âme devant Dieu ;
I. — IL DÉCRIT LES TOURMENTS DE SA PASSION :

1° Il élève son âme vers Dieu, a) par l'espérance, en s'adressant au Dieu


de son salut (1); b) par la charité, en désirant que sa prière entre en la
présence de Dieu; c) par l'humilité, en le priant d'incliner sa majesté vers
sa misère (2).
2° Il énumôre ses souffrances : a) avant la croix, 1) son âme a été remplie
de maux dans le jardin des Olives ; 2) son corps, couvert de plaies et de
blessures chez Gaïphe, Pilate et Hérode, a été proche de la mort (3) ; b) sur
la croix, 1) il a été mis par ses ennemis au rang des scélérats ; 2) il a été
abandonné et laissé sans secours par ses amis (4) ; c) dans le tombeau,
1) il a été libre par sa divinité entre les morts ; 2) dans son humanité, il a
été comme ceux qui sont blessés à mort et dorment dans les sépulcres,
abandonnés de Dieu (5) ; d) dans les limbes, 1) il est descendu dans ce lac
et dans ces lieux ténébreux couverts de l'ombre de la mort'(6) ; 2) il a ôté,
dans toutes ces circonstances, en butte à la colère de Dieu, et un objet
d'horreur pour tous ses amis et ses proches (7, 8).
II. — IL DEMANDE A DIEU SA RÉSURRECTION *.

lo II expose la manière dont il prie : des yeux, de la voix, de ses mains


étendues.
2° Il expose les motifs qui doivent le faire exaucer : a) la gloire de Dieu,
1) qui ne fait pas ordinairement de miracles en faveur des morts (9), 2) qui
n'est pas loué par ceux qui descendent dans le tombeau (10), 3) dont
les divins attributs ne sont ni connus ni loués dans le lieu de la destruc-
tion (11, 12); — b) sa prière : 1) elle est fervente et pousse ses cris vers
Dieu, 2) elle a commencé avec sa passion (13), 3) elle a été porsévéranlo
(14); — c) sa misère : 1) sa misère passée, «) il a toujours été privé des
biens de la fortune; b) exercé dès son enfance dans les travaux corporels ;
2) sa misère présente : a) il a été élevé sur la croix, //) humilié devant ses
ennemis , ) troublé dans son esprit (lb), <i) agité par la tempête (16, 17) ;
c

#) abandonné de ses amis et de ses proches (18).

Explioations et Considérations.
I. - 1-8.
f. 1, 2. Le Psalmiste nous donne ici le modèle d'une fervente prière,
témoignage d'une pleine confiance en Dieu, qu'il reconnaît pour l'au-
284 PSAUME LXXXVII.
teur de son s a l u t ; prière assidue et continuelle qui ne doit être
interrompue ni le jour ni la nuit, au moins quant à l'habitude, au
goût, au désir de prier. La prière est comme un ambassadeur que nous
envoyons vers Dieu en notre nom. o Que ma prière pénètre jusqu'à
vous. »
f. 3-8. A l'exemple de Jésus-Christ, les vrais chrétiens, sur la terre,
sont rassasiés de maux et leur vie est toujours près du tombeau. Outre
les traverses qu'éprouve la sainteté, outre les orages qu'excitent les
passions, ils sentent que leur séjour ici-bas est un exil, et qu'ils ont
toujours à craindre d'être exclus pour jamais de la bienheureuse pa-
trie. Il ne faut point de preuves à un chrétien pour le convaincre que
sa vie est une mort continuelle. «Ah 1 s'écriait saint Ambroise, notre
vie est toute couverte de pièges : j ' e n vois dans notre corps, dans nos
devoirs, dans notre science, dans nos passions, dans ce que nous pos-
sédons, dans ce que nous croyons. Fuyons donc d'ici, ajoutait-il, pour
passer des maux aux biens, des incertitudes à la pleine vérité, de la
mort à la vie. » ( B E U T H I E R . ) — Lorsque nous commettons un péché
mortel, nous donnons tellement la mort à notre âme, qu'encore que
Dieu nous puisse guérir, néanmoins, de notre côté, nous rendons et
notre péché et notre damnation éternels, parce que nous éteignons
la vie jusqu'à la racine. Il faut regarder ce que fait le péché, non ce
que fait la Toute-Puissance. Qui renonce une fois à Dieu y renonce
éternellement, parce ce que c'est la nature du péché de faire, autant
qu'il le peut, une séparation éternelle. C'est pourquoi le Prophète-
Roi, se considérant dans le crime, se considère comme dans l'enfer, à
cause de cette effroyable séparation : « Je suis, dit-il, compté parmi
ceux qui descendent dans le cachot ; » et après : « Us m'ont mis dans
a
le lac inférieur, dans les ténèbres et d a n l'ombre de la mort. » Et de
là vient qu'il s'écrie dans sa pénitence : * Seigneur, je crie à vous des
lieux profonds ; » et rendant grâces de sa délivrance : « Vous avez,
dit-il, retiré mon âme de l'enfer inférieur. » C'est que ce saint homme
avait bien conçu que le péché est un abîme et une prison, un gouffre,
un cachot, un enfer. ( B O S S U E T , Serm. sur la gloire de Dieu.) — Etat
funeste, mais trop commun, dans lequel, ayant été blessé à mort par
le péché, on dort paisiblement dans les sépulcres de ses mauvaises
habitudes. — C'est bien alors que Dieu ne se souvient plus de co
pécheur, qu'il le rejette de sa main, qu'il le comble même d'une
malheureuse prospérité, el qu'il lui dit ces paroles redoutables : «J'ai
juré de ne me mettre plus on colère contre vous. » ( D U G U E T . ) —
PSAUME LXXXVII. 285
Les morts, à les regarder comme morts, dorment dans le sépulcre :
« Le Seigneur ne s'en souvient plus, et ils ne sont plus sous sa main.o
Mais il n'en est pa3 ainsi des âmes saintes, des âmes des amis de
Dieu ; car, s'ils sont morts à l'égard des hommes, « ils sont vivants
pour Dieu, ils sont vivants sous ses yeux et devant lui ; » et encore :
i Ils sont vivants pour lui. » S'ils ont perdu le rapport qu'ils avaient
à leurs corps, et aux autres hommes, ils avaient un autre rapport à
Dieu, qui les a faits à son image et pour en être loué. Ce rapport
ne se perd pas ; car, si le corps se dissout et n'est plus animé de l'âme,
Dieu, pour qui l'âme a été faite et qui porte son empreinte, demeure
toujours. ( B O S S U E T , Méd.. D. Sem., X L I ° j . ) — L'affliction, fosse p r o -
fonde et remplie de ténèbres et d'obscurité. — L a colère du Seigneur,
dans le langage figuré de l'Ecriture, est un feu dévorant et tout à la fois
une mer en courroux. C'est dans l'enfer que ce feu et cette mer d é -
ploient toute leur puissance, et il n'y a point de ressource contre ce
jugement sans miséricorde. Il n'en est pas de môme sur la terre :
« Dieu, dit saint Augustin, jette dans la fournaise de la tribulation,
non pour briser le vase, mais pour le former.» Il nous inonde des flots
de la tribulation, non pour nous submerger, mais pour nous purifier.
( B E R T H I E R . ) — Tous les genres d'affliction sont énoncés dans ces ver-

sets : éloignement des amis et des proches, humiliation profonde,


privation de la liberté, gémissements continuels, prières constantes et
,non exaucées. — Tel fut l'état où se trouva Jésus-Christ dans sa p a s -
sion, et telle fut, à son exemple, la situation d'une multitude de c h r é -
tiens persécutés, rebutés, et abandonnés en quelque sorte du Seigneur
môme, qui ne leur donna aucune consolation extérieure. Mais ils
avaient Jésus-Christ sous les yeux, et ce divin modèle leur rendait
les souffrances infiniment précieuses. La mort môme leur paraissait
délicieuse, parce qu'ils savaient que Jésus-Christ avait frayé cette
route, et qu'elle avait pour terme la couronne méritée par J é s u s -
Christ. « Il faut, dit saint Ambroise, que la mort travaille sur nous,
afin que la vie consomme en nous l'ouvrage du salut. » ( B E R T H I E R . )
— L'abandon des amis, l'éloignement des proches, au milieu de si
effroyables calamités, sont le dernier coup que Dieu frappe. La m e -
sure est comble, et l'on admire comment la tôte n'éclate pas, com-
ment le désespoir ne s'empare pas d'une créature si faible et si
malheureuse. Une pleine et entière soumission à la volonté de Dieu
s'échappant du fond du cœur, ii n'y a pas d'autre ressource. On a vu
des exemples de ces terribles épreuves se prolongeant jusqu'aux der-
286 PSAUME LXXXVII.
niers j o u r s de la vie, paraissant redoubler encore d'intensité; puis,
tout-à-coup, ô bonté infinie, ô sagesse adorable, ô impénétrable Pro-
vidence 1 la foi se faire jour, l'espérance renaître, et la reconnaissance
la mieux sentie illuminer le visage de cet élu, enfin délivré de la souf-
france de la vie. ( R E N D U . )

II. — 9-17.

f. 9 - 1 2 . Ces paroles : « Est-ce pour les morts que vous ferez des mi-
racles ? » s'appliquent à ceux qui étaient tellement morts dans leur
cœur que les miracles du Christ n'ont pu les rappeler à la vie. Aussi
le Prophète ne dit pas que les miracles n'ont point été faits pour eux,
en ce sens qu'ils ne les aient pas vus, mais qu'ils n'en ont pas profité.
(S. A U G . ) — Cependant, c'est à l'égard de ces morts spirituels qui ont
perdu la vie de la grâce que Dieu fait ses plus grands miracles '. il
emploie ses médecins, les pasteurs, les confesseurs, les prédicateurs,
pour les ressusciter. Mais ces grands médecins ne peuvent ressusciter
et guérir ces morts par leur propre vertu ; si excellents que soient les
prédicateurs de la parole, quelques miracles qu'ils opèrent pour insi-
nuer la vérité, de quelque manière qu'ils traitent les hommes comme
de grands médecins, si ces hommes sont morts, la grâce de Dieu peut
seule les rappeler à la vie, pour qu'ils puissent recevoir de quelqu'un
de ses ministres les leçons du salut. (S. A U G . ) — « Gonnaîtra-t-on vos
merveilles dans les ténèbres et votre justice dans la terre de l'oubli?•
Les ténèbres signifient la môme chose que la terre de l'oubli; car les
infidèles sont désignés sous le nom de ténèbres, ce qui fait dire à l'Apô-
tre : « Vous étiez ténèbres autrefois.» ( E P H E S . , V, 8.) De même, la terre
de l'oubli, c'est l'homme qui a oublié Dieu; car l'âme infidèle peut
s'enfoncer dans des ténèbres si obscures, que d'en venir à cette folio
de dire en elle-même : « Il n'y a pas de Dieu. » (Ps. x m , 1.) Voici
donc comme il faut établir la suite et la liaison des idées : « J'ai crié
vers vous, Seigneur, » au milieu de mes souffrances ; « tout le jour,
j ' a i tendu la main vers vous, » c'est-à-dire je n'ai pas cessé de pro-
duire mes œuvres pour vous glorifier. Pourquoi donc les impies
sévissent-ils contre moi, sinon parce que vous ne ferez point de mira-
cles pour les morts? c'est-à-dire les miracles n'appelleront pas à la
foi et les médecins ne ressusciteront pas, pour vous glorifier, ceux
qui n'éprouveront pas la secrète action de votre grâce, et qui no
seront point attirés par elle à la foi ; parce que nul ne peut venir à
moi, si vous ne l'attirez. Qui annoncera, en effet, votre miséricordo
PSAUME LXXXVII. 287
dans le tombeau, c'est-à-dire dans l'âme des morts, qui est comme
ensevelie sous le poids du corps ? qui annoncera votre vérité là où on
a péri, c'est-à-dire dans celte mort qui ne peut ni croire ni sentir la
miséricorde ni la vérité? En effet, vos merveilles et votre justice
seront-elles connues dans les ténèbres de cette mort, c'est-à-dire de
. l'homme qui a perdu, en vous oubliant, la lumière de la vie ? (S. A U G . )
Toute la vie doit être consacrée au service de Dieu. Concluons de là
que tous ceux qui abusent de la vie pour outrager le Seigneur sont
déjà morts. « Que je vois de morts marcher encore, disait saint Au-
gustin l ils paraissent vivre, parce qu'ils conversent avec les hommes ;
mais ils sont morts, parce que Dieu, qui est la vie, s'est séparé de
leur âme. » ( B E R T U I E R . ) — L'occupation des hommes sur la terre doit
être de penser à la miséricorde, à la vérité, aux merveilles ot à l a j u s -
tice de Dieu. — Il suffirait aux hommes fascinés par les fausses jouis-
sances du monde, de penser quelquefois « à la terre d'oubli, » dont
parle le Prophète, pour trouver ridicules les désirs qui agitent leur
âme. Il arrive à tous les mondains d'être oubliés après leur mort, et
quand on se souviendrait d'eux, môme pour vanter leurs qualités n a -
turelles ou leurs grandes actions, quelle satisfaction cela peut-il leur
donner? — Dormez votre sommeil, riches de la terre, et demeurez
dans votre poussière. Ah l si quelques générations, que dis-je ? si
quelques années après votre mort, vous reveniez, hommes oubliés, au
milieu du monde, vous vous hâteriez de rentrer dans vos tombeaux,
pour ne pas voir votre nom terni, votre mémoire abolie, et votre pré-
voyance trompée dans vos amis, dans vos créatures, et plus encore
dans vos héritiers et dans vos enfants ? ( B O S S U E T , Or. fun. de M. Le
Tel.) — L'homme juste qui meurt doit compter aussi sur l'oubli do
ceux qu'il laisse encore sur la t e r r e , mais il va dans une région où
il ne sera pas oublié. ( B E R T H I E B . )
jfr. 13, 14. Quand Dieu, dit saint Augustin, paraît rejeter la prière
des saints, c'est comme un vent qui repousse la flamme et qui allume
le feu de plus en plus : c'est que les rigueurs apparentes de Dieu en-
gagent l'âme fidèle à faire de nouveaux cflorts pour se rapprocher do
lui, pour parvenir à goûter les douceurs de sa divine présence. Il n'y
a que les cœurs touchés de la beauté de Dieu qui disent, comme le Pro-
phète : Ah l Seigneur, pourquoi détournez-vous vos regards, pourquoi
rejetez-vous ma prière ? Les âmes qui sont livrées au péché ou à l a
tiédeur sont insensibles à l'éloignement de Dieu, et quelle misère, s'é-
criait encore saint Augustin, d'être loin de Celui qui est partout. Mais
288 PSAUME LXXXVII.

comment celui qui est partout se trouve-t-ii donc éloigné de nous?


C'est, répondait le saint docteur, que le sentiment nous manque, c'est
que nous sommes à son égard comme des aveugles à l'égard du soleil;
cet astre répand partout ses rayons, mais ceux qui sont privés de la
vue n'en profitent pas. Ouvrons les yeux de la foi, laissons-nous éclai-
rer par la charité, et nous éprouverons bientôt que Dieu est près de
nous. ( B E R T H I C R . )
fi. 1 5 . Ces paroles, qui conviennent clairement à Jésus-Christ, doi-
vent de même convenir à ses disciples. La pauvreté et les travaux doi-
vent être leur partage. Ceux qui sont élevés à la qualité d'enfants de
Dieu, et de cohéritiers de la gloire de son Fils, doivent s'attendre à
avoir part à ses humiliations et à ses souffrances, puisqu'on n'arrive à
l'élévation que par l'abaissement, et à la souveraine paix que par la
guerre et le trouble. — L'humiliation n'est jamais plus sensible, ni en
même temps plus nécessaire, que lorsqu'elle succède à une grande
élévation. ( D U G U E T )
fi. 1 6 , 1 7 . L'état que dépeint ici le Prophète est très-douloureux,
mais il s'y trouve une consolation, c'est qu'il n'y est parlé que d'une
colère de Dieu « qui passe », et non de celle dont il est écrit : « Qu'elle
demeure. » Qu'est-ce donc que cette colère dont les flots sont pas-
sagers ? Ce sont les maux de cette vie, c'est la révolte involontaire des
passions, c'est l'obscurité qui s'élève de temps en temps dans l'âme de
ceux qui veulent s'unir étroitement à Dieu. Au contraire, la colère de
Dieu permanente est la réprobation finale et consommée ; malheur
sans ressource, châtiment sans adoucissement, vengeance de Dieu sans
miséricorde. ( B E R T H I E R . )
fi. 1 8 . Ah ! que l'amitié de la créature est trompeuse dans ses appa-
rences, corrompue dans ses flatteries, amère dans ses changements,
accablante dans ses secours à contre-temps, et dans ses commence-
ments de constance qui rendent l'infidélité plus insupportable. Jésus
a souffert toutes ces misères, pour nous faire haïr tant de crimes que
nous fait commettre l'amitié des hommes, par nos aveugles complai-
sances. Haïssons-les, chrétiens, ces crimes, et n'ayons ni d'amitié, ni de
confiance dont Dieu ne soit le motif, dont la charité ne soit le prin-
cipe. ( B O S S U E T , / / / Serm. p. le Vendredi-Saint.) — Ces tribulations
n'ont pas seulement frappé la tête, elles se sont réalisées et se réali-
sent encore dans les membres du corps du Christ. E t Dieu détourne
son visage de ceux qui le prient, en refusant de leur accorder ce qu'ils
veulent, quand ils ignorent que l'objet de leur demande ne leur con-
PSAUME LXXXVII. 289
vient pas. Et l'Église est indigente lorsque, dans son exil, elle a faim
et soif de ce qui la rassasiera dans la patrie. Elle est dans les souf-
frances depuis sa jeunesse ; car le corps même du Christ dit dans un
autre Psaume : c Ils m'ont souvent attaqué depuis ma jeunesse. » (Ps.
cxxvin, 1 . ) Quelques-uns de ses membres sont élevés en ce monde,
mais afin que leur humilité devienne plus profonde. E t les colères
de Dieu passent sur ce même corps, c'est-à-dire sur l'unité des saints
et des fidèles, dont le Christ est la tête, mai3 elles n'y restent pas. E t les
menaces de Dieu troublent la faiblesse des fidèles, parce que la p r u -
dence redoute tout ce qui peut arriver, bien que le malheur n'arrive
pas toujours. Et quelquefois ces terreurs troublent si fort l'esprit de
celui qui examine les maux suspendus autour de lui, qu'elles parais-
sent environner de tous côtés comme des torrents celui qui est dans
la crainte, et l'entourer toutes ensemble. E t parce que les douleurs
ne m a n q u e n t jamais à l'Eglise, voyageuse en ce monde, mais lui arri-
vent incessamment, tantôt dans tels de ses membres et tantôt dans
ceux-là, le Prophète dit : « Tout le jour, » voulant exprimer ainsi la
continuité du temps jusqu'à la fin du monde. Et souvent la crainte est
cause que les saints sont abandonnés de leurs amis et de leurs proches,
en raison des périls que ceux-ci auraient à courir. Mais pourquoi
toutes ces tribulations, si ce n'est pour que la prière de ce saint corps
prévienne le Seigneur dès le matin, c'est-à-dire à la lumière de la foi,
au sortir de la nuit de l'incrédulité , jusqu'à ce que vienne le salut
qui déjà nous est donné, non encore en réalité, mais en espérance, et
que nous attendons avec patience. ( H O M . v m , 2 4 . ) Quand nous y se-
rons arrivés, le Seigneur ne repoussera point notre prière, parce
qu'alors nous n'aurons plus rien à demander, mais bien à obtenir tout
ce que nous aurons convenablement demandé ; il ne détournera pas
son visage de nous, parce que nous le verrons tel qu'il est (l JEAN,
HI, 2 ) ; nous ne serons point dans l'indigence, parce que notre richesse
sera Dieu môme, tout en tous (I Cou, xv, 2 7 ) ; nous ne souffrirons
point, parce qu'aucune infirmité ne nous restera ; après avoir été
élevés, nous ne serons ni abaissés ni troublés, parce qu'au ciel il n'y
aura plus d'adversité ; nous n'aurons plus à soutenir le poids de la
colère de Dieu, même passagère, parce que nous demeurerons dans
sa douceur permanente ; ses terreurs ne nous troubleront plus, parce
que l'accomplissement de ses promesses nous rendra bienheureux, et
la crainte n'éloignera de nous ni proches ni amis, parce que là il n'y
a plus d'ennemis à redouter. ( S . A U G . )
TOME il. 10
290 PSAUME LXXXVI1I.

PSAUME LXXXVUI.

Intellectus Ethan Ezrahilaî. Intelligence d'Ethan, Ezraïto.


1. MisericordiasDomini in œter- 1. Je chanterai éternellement les misé-
num cantabo. ricordes du Seigneur.
In generationem et generatio- Et ma bouche annoncera d'âge en
nem annuntiabo veritatem tuam âge votre vérité,
in ore meo.
2. Quoniam dixisti : In ceternum 2. parce que vous avez dit : la misé-
misericordia sedificabitur in cœlis : ricorde s'élèvera comme un édifice éter-
praeparabitur veritas tua in eis. nel dans les cieux; votre vérité y sera
affermie (1).
3. Disposui testamentum electis 3. J'ai fait une alliance avec mes élus;
meis, juravi David servo meo : j'ai juré à David, mon serviteur,
4. usquc in œtornum pramarabo 4. Je conserverai éternellement votre
semen tuum; race,
Et ccdificabo in generationem et Et j'affermirai votre trône de généra-
gcnerationetn sedcm tuam. tion en génération.
5. Confitebuntur cœli mirabilia 5. Les cieux publieront vos merveilles,
tua, Domine : etenim veritatem Seigneur, et votre vérité dans l'assem-
tuam in ccclcsia sanctorum. blée des saints.
6. Quoniam quis in nubibus 6. Car qui, dans les nues, sera égal au
aequabitm* Domino : similis erit Seigneur? Et qui, parmi les enfants de
Deo in filiis Dei? Dieu, sera semblable à Dieu?
7. Deus, qui glorificatur in con- 7. Dieu, dont la gloire éclate dans
silio sanctorum : magnus et terri- l'assemblée des saints, lui grand et re-
bilis super omnes qui in circuitu doutable au-dessus de tous ceux qui
ejus sunt. l'environnent.
8. Domino Deus virtutum, quis 8. Seigneur, Dieu des armées, qui est
similis tibi? potens es, Domine, et semblable à vous? Vous êtes puissant,
veritas tua in circuitu tuo. Seigneur, et votre vérité est autour de
vous.
9. Tu dominaris potostali maris : 9. Vous domptez l'orgueil do la mer,
motum autem fluctuum ejus tu et vous apaisez lo mouvement de ses
mitigas. Ilots.
10. Tu bumiliasti sicut vulnera- 10. Vous avez humilié l'orgueilleux
tum, supcrbum : in bracbio virtutis comme un homme blessé à mort; vous
tuae dispersisti inimicos tuos. avez dispersé vos ennemis par la force
do votre bras.
M. Tui sunt cœli, et tua est i I. A vous sont les cieux, et à vous la
terra, orbem terra», et plenitudi- terre; vous avez fondé l'univers avec tout
nem ejus tu fundasti : ce qu'il renfei'me.
12. aquilonem et mare tu creasti. 12. L'aquilon et la mer sont votre
ouvrage :
Tbabor et Hermon in nomine Le Tbabor et l'Hcrmon tressailliront à
tuo exnltabunt : votre nom.
13. tuum brachium cum poten- 13. Votre bras est puissant.
tia.
Firmctur manus tua, et cxalto- Que votro main s'affermisse, et quo
tur doxtera tua ; votre droite paraisse U Y C C éclat.

(1) La miséricorde de Dieu est n m p i i r é o h un édilice bien assis, auquel on


p e u t toujours njouler.
PSAUME L X X X V I I I . 291
14. justitia et judicium prsepa- 14. La justice et l'équité sont l'appui
ratio sedis tuae. de votre trône.
Misericordia etveritaspraecedent La miséricorde et la vérité marcheront
faciem tuam : devant vous.
15. beatus populus, qui scit ju- 15. Heureux le peuple qui sait se ré-
bilationem. jouir en vous.
Domino, in lumine vultus tui Soigneur, ils marcheront à la lumière
ambulabunt, de votre visage ;
16. et in nomine tuo exultabunt 16. votro nom les transportera d'allé-
tota die : et in justitia tua exalta- gresse durant tout lo jour, et ils s'élève-
buntur. ront à l'abri de votre justice.
17. Quoniam gloria virtutis 17. Car vous êtes l'honneur de leur
eorum tu es : et m beneplacito puissance, et c'est par votro bonté que
tuo exaltabitur cornu nostrum. nous élèverons nos têtes.
18. Quia Domini est assumptio 18. C'est, en effet, le Seigneur qui nous
nostra : et sancti Israël régis nostri. a pris pour son peuple, c'est lo Saint
d'Israël qui est notre Roi.
19. Tune locutus es in visione 19. Alors vous avez parlé dans une
sanctis tuis , et dixisti : Posui ad- vision à vos saints, et vous leur avez dit :
jutorium in potento : ot exaltavi J'ai mis mon secours dans un homme
electum de plèbe mea. qui est puissant et j'ai élevé celui que
j ai choisi du milieu de mon peuple.
20. Inveni David servum meum: 20. J'ai trouvé David, mon serviteur;
oleo sancto meo unxi eum. et je l'ai sacré de mon huile sainte.
I Rois, xvr, 1, 12; Act. xm, 22.
21. Manus enim mea auxiliabi- 21. Cfir ma main l'assistera, et mon
tur ei : et bracbium meum con- bras le fortifiera.
fortabit eum.
22. Nibil proficiet inimicus in 22. L'ennemi ne pourra rien contre
eo, et lilius iniquitatis non appo- lui et lo fils de l'iniquité ne pourra lui
nct nocero ei. nuire.
23. Et concidam a facie ipsius 23. Et je taillerai en pièces ses enne-
inimicos ejus : et odientes eum in mis sous ses yeux ; et je mettrai en fuito
fugam convertam. ceux qui le haïssent.
24. Et veritas mea, et misericor- 24. Ma miséricorde et ma vérité seront
dia mea cum ipso : et in nomine avec lui; et sa puissance s'élèvera par
meo exaltabitur cornu ejus. la vertu de mon nom.
25. Et ponam in mari manum 25. Et j'étendrai sa main sur la mer,
ejus : et in iluminibus dexteram ot sa droito sur les lieu vos (I).
ejus.
26. Ipso invocabit mo : Pater 26. Il m'invoquera, en disant : Vous
meus es tu : Deus meus, et sus- êtes mon père, mon Dieu, et l'auteur do
ceptor salutis meœ : mon salut.
27. Et ego primogenitum ponam 27. Je l'établirai le promier-né, ot je
illum excelsum prœ regibus terra?.. l'élèverai au-deàsus des rois do la terre.
28. In aeternum servabo illi mi- 28. Je lui conserverai éternellement ma
sericordiam meam : et testamen- miséricorde; et l'alliance que j'ai faite
turn meum fidèle ipsi. avec lui sera inviolable.
29. Et ponam insœculum srccnli 29. Et je perpétuerai sa race dans
semen ejus : et thronum ejus sicut tous les siècles, et son trôno aura la du-
dies cœli. rée des cieux.
30. Si autem dereliquerint filii 30. Mais si ses enfants abandonnent
ejus legem meam : et in judiciis ma loi, et ne marchent point dans mes
mois non ambulavcrint : préceptes;
3t. Si justifias meas profanave- 31. s'ils violent mes ordonnances, et
(1) C'est-à-dire de la Méditerranée h l'Euphrali!, en la personne do Salomon, et
«l'un bout du monde û l'uutre, daus lu personne du Messie.
292 PSAUME LXXXVIII.
rint : et mandata mea non custo- ne gardent point mes commande-
dierint : ments.
32. Visitabo in virga iniquitates 32. je châtierai avec la verge leurs ini-
eorum : et in verberibus peccata qnités, et je punirai leurs péchés par
eorum. des fléaux.
33. Misericordiam autem meam 33. Mais je ne retirerai point de dessus
non dispergam ab eo : neque no- lui ma miséricorde , et je ne manquerai
cebo in veritate mea : point à la vérité de mes promesses.
34. Neque profanabo testamen- 34. Et je ne profanerai point mon
tum meum : et quœ procedunt de alliance, et je ne rendrai point vaines
labiis meis non faciam irrita. les paroles qui sont sortis de mes lèvres.
35. Semel juravi in sanctomco, 35. Je l'ai juré une fois dans ma sain-
si David mentiar : teté ; et je ne mentirai point à David.
36. semen ejus in œternum ma- 36. Sa race demeurera éternellement,
nebit.
37. Et thronus ejus sicut sol in 37. et son règne sera éternel en ma
conspectu meo, et sicut luna per- présence, comme le soleil, comme la
fecta in œternum : et testis in lune dans sa plénitude, et comme le té-
cœlo fidclis. moin fidèle placé dans le ciel. II Bois,
vu, 16 (1).
38. Tu vero repulisti et despexisti : 38. Cependant, vous avez rejeté et mé-
distulisti Cbristum tuum. prisé votre peuple, vous avez repoussé
celui qui a reçu votre onction (2).
30. Evertisti testamentum servi 39. Vous avez renversé l'alliance avec
tui : profanasti in terra sanctua- votre serviteur, et profané sur la terre
rium ejus. les marques sacrées de sa dignité.
40. Destruxisti omnes sepes ejus : 40. Vous avez détruit toutes les haies
posuisti firmamentum ejus formi- qui l'environnaient; vous avez répandu
dincm. la frayeur dans ses forteresses.
4t. Diripuerunt eum omnes 41. Tous ceux qui passaient dans lo
transeuntes viam : factus est op- chemin l'ont pillé ; et il est devenu l'op-
probrium vicinis suis. probre de ses voisins.
42. Exaltasti dextcram depri- 42. Vous avez relevé le bras de ses
mcntium cum : hetilicasti omnes oppresseurs; vous avez rempli de joio
inimicos ejus. tous ses ennemis.
43. Avertisti adjutorium gladii 43. Vous avez ôté toute force à son
ejus : et non es auxiliatus ei in épée, et vous ne l'avez point secouru
bollo. durant la guerre.
44. Destruxisti eum ab emunda- 44. Vous l'avez dépouillé de tout son
tione : et sedem ejus in terrain éclat; et vous avez brisé son trône con-
collisisti. tre la terre.
4o.Minorasti dies temporis ejus : 45. Vous avez abrégé les jours de son
perfudisti eum confusionc. règne; vous l'avez couvert de confusion.
46. Usqucquo, Domine, avertis i(>. Jusques à quand, Seigneur, vous
in finem : exardescet sicut ignis détournerez-vous de nous ? Sera-ce éter-
ira tua? nellement? Jusques à quand votre colère
s'cmbrasera-t-elle comme un feu?
(1) « Et le témoin fidèle qui est au ciel. » — Le témoin est Dieu lui-même, et
il thmdra par conséquent ce qu'il promet par serment. — D'autres traduisent :
et comme le témoin fidèle qui est dans le ciel, c'est-à-dire la lune, ou comme
l'arc-cn-ciel, qui est un signe de l'alliance do Dieu avec les h o m m e s .
{2} Lo Psulmislo oppose aux espérances courues en vertu des promesses, lo
triste état du peuple ot de son roi, lorsque Jérusalem fut prise par Sésac, ro
d'Egypte, et Roboam assujetti; ou suivant, d'autres, lorsque. Nabue.hodoiiosor vint
s'emparer de Jérusalem et. de Sédécias, qu'il emmena en captivité.
PSAUME LXXXVIII. 293
47. Mcmorare qmcmea substan- 47. Souvenez-vous do co qu'est mon
tia : numquid enim vanc consti- être ; car est - ce en vain quo vous
tuisti omnes filios hominum? avez créé tous les enfants dos hommes?
48. Quis est homo, qui vivet, 48. Qui est l'homme qui vivra sans
et non videbit mortem : eruet ani- voir la mort, qui soustraira son âme à
mam suam de manu inferi? la puissance de l'enfer?
49. Ubi sunt miscricordiœ tuai 49. Où sont, Soigneur, vos anciennes
antiquai, Domine, sicut jurasti miséricordes, que vous avez jurées à
David in veritate tua? David dans votro vérité? Il Rois, vu, 15.
50. Memor esto, Domine, oppro- 50. Souvenez-vous, Seigneur, de l'op-
brii servorum tuorum (quod con- probre quo vos serviteurs ont souffert
tinui in sinu meo) multarum gen- de la part d'un grand nombre do nations,
tium. et que j'ai gardé dans mon sein ;
51. Quod exprobraverunt inimici 51. des reproches de vos ennemis, do
tui, Domine, quod exprobraverunt ce reproche qu'ils ont fait, Seigneur,
commutationem Gbristi tui. que vous avez changé à l'égard de votre
Christ (1).
52. Bencdictus Dominus in œter- 52. Béni soit à jamais le Seigneur. Quo
num : fiât, fiât. cela soit ainsi, que cola soit ainsi.

Sommaire a n a l y t i q u e .

Le prophète Ethan, dans ce Psaume, parlant soit en son nom, soit au


nom de son peuple détenu en captivité, prédit l'avènement du Messie, sous
la figure de David, auquel seul une partie de ce Psaume convient dans lo
sens littéral (V. 28-30, p . 38). Il paraîtrait qu'Ethan composa ce Psaume
sous Roboam, qui non-seulement avait vu les dix tribus se séparer do lui,
mais sous le règne duquel une partie de la tribu de Juda fut emmenée cap-
tive par Sôsac, roi d'Egypte, et fut obligée de dépouiller le temple pour
payer le tribut imposé par le vainqueur.
I. — IL COMMENCE PAU LOUER DIEU LE PÈRE A CAUSE DE LA PROMESSE QU'IL A

FAITE D'ENVOYER LE MESSIE :

1° Il est digne de toute louange à cause de sa miséricorde et de sa vérité,


toutes deux éternelles (i, 2) ;
2° Il est fidèle a) à l'égard des élus, auxquels il a promis le Messie ; b) h
l'égard du Messie lui-même, dont il conservera éternellement les enfants
et le trône royal (3, 4).
IL — IL PRÉSENTE LE MESSIE LUI-MEME PLACÉ SUR LE TRÔNE ET RECEVANT LES

ADORATIONS DES ANGES ET DES HOMMES.

1° Il s'adresse au Père éternel, qui a revêtu son Fils de cette gloire in-
comparable, et dont les cieux louent les merveilles et la vérité (5) ;

(1J Le sens littéral est ; « Ils Youa ont reproché 4'avoir changé vos promesses
relativement h l'avènement du Christ, » ou bien lo changement survenu dans son
étal, l'état <riiumiliatioit où il est réiltiil..
294 PSAUME LXXXVIII.
2° Il proclame l'excellence du Messie : a) il brille d'un éclat incomparable
au milieu des anges et des saints (6) ; 6) il est redoutable dans ses juge-
ments, au-dessus do tous ceux qui l'environnent (7); c) c'est le Seigneur
très-puissant et le juste dispensateur des châtiments et des récompenses (8) ;
3° Il fait voir la puissance donnée à Jésus-Christ sur tout l'univers, a) sur
la mer dont il dompte les flots et apaise la colère (9,10); 6) dans les cieux
et sur toutes les parties de la terre (11, 13);
4° Il prie le Christ assis sur son trône, a) il lui demande de déployer sa
puissance pour la défense des bons et lo châtiment des méchants (14) ;
6) il décrit les vertus qui sont l'appui de son trône (14) ; c) il excite le peuple,
objet de la miséricorde divine, à la louange de Dieu ;
5° II ônumère les avantages dont le Messie est la source pour les hommes,
soit dans cette vie, soit dans l'autre: a) la lumière dans l'intelligence (15) ;
6) la joie dans la volonté; c) leur élévation à l'ombre de la justice de
Dieu (16) ; d) il donne la raison de ces grâces et de ces faveurs: Dieu est
l'honneur de leur puissance, et c'est à sa bonté qu'est due cette éléva-
tion (17, 18).
III. — LE PROPHÈTE INTRODUIT DIEU LUI-MÊME, DÉCRIVANT LA PUISSANCE ET LA

FÉLICITÉ DE CE GRAND ROI.

1° Considéré en lui-môme, a) il rappelle la promesse qu'il a faite aux


patriarches et aux prophètes d'envoyer le Messie au monde (19); ô) lo choix
particulier qu'il a fait de lui dans la personne de David, qui en était la
figure (20) ; c) l'onction royale qu'il lui a donnée, et le secours qu'il lui a
prêté contre tous ses ennemis (21-23); d) la sécurité dont la miséricorde et
la vérité de Dieu ne cesseront de l'environner (24) ; c) l'étendue de son
empire (25) ; / ) l'amour mutuel du Père pour le Fils et du Fils pour le
Père (26) ; 9) son élévation au-dessus de tous les rois de la terre (27) ;
h) l'éternité de son règne (28-30) ;
2° Dans sa postérité et ses descendants, a) Dieu déclare qu'il les châtiera
paternellement par sa justice, lorsqu'ils pécheront contre lui (31, 32).
6) qu'il ne retirera pas sa miséricorde (33) ; c) qu'il sera fidèle aux pro-
messes qu'il a faites, surtout sur la durée éternelle de la race du Messie
(34-36) ; d) qu'il affermira éternellement son trône par sa présence (37).
IV. — IL PRIE DIEU D'ENVOYER AU FLUS VITE CE MESSIE QU'LL A PROMIS, A CAUSE

DE L'EXTRÊME MISÈRE A LAQUELLE EST RÉDUIT SON PEUPLE.

1° 11 fait rémunération de ces misères : o) Dieu paraît avoir rejeté com-


plètement son peuple (38) ; b) il a renversé l'alliance faite avec lui ; c) la
dévastation du temple et la destruction des murs de Jérusalem (39, 40) ;
d) l'épouvante répandue dans toutes ses forteresses ; a) ses richesses pillées ;
r
f) il est devenu l'opprobre de ses A oisins (41); n) ses ennemis se sont for-
tifiés contre lui (12); h) Dieu lui a retiré son secours (i-3); i) son roi est
PSAUME LXXXVIII. 21)5
dépouillé des marques de la dignité (44) ; j) son règne, qui devait être
éternel, est abrégé et couvert de confusion (45) ;
2° Il demande à Dieu d'accélérer la venue du Messie, a) à cause de la
longue attente do son peuple ; b) à cause do sa misère et de la courte durée
de sa vie (47,48) ; c) à cause de sa bonté et do sa miséricorde divines (49) ;
d) à cause de la malice des ennemis du peuple de Dieu (50, 51); c) à cause
d« la gloire de Dieu (52).

Explioations e t Considérations.

I. — 1 - 4 .

fi. 1-4. « Seigneur, je chanterai éternellement vos miséricordes; de


génération en génération, ma bouche publiera votre vérité. » Que
mes membres, dit-il, obéissent au Seigneur; je parlerai, mais je dirai
ce qui est à vous: « Ma bouche publiera votre vérité.» Si je n'obéis pas,
je ne suis pas votre serviteur; si j e parle d'après moi, j e suis un
menteur. P a r conséquent, que j e dise co qui est à vous et que je parle,
sont deux choses distinctes : l'une est à vous, l'autre est à moi ; votre
vérité d'une part, et ma bouche de l'autre. Quelle vérité va-t-il publier,
quelles miséricordes va-t-il chanter? « Je chanterai vos miséricordes. »
(S. AUG.) — La miséricorde essentielle en Dieu est une, comme tous ses
autres a t t r i b u t s ; on peut dire cependant qu'il en est plusieurs, suivant
les divers effets qu'elle produit en nous. Les principales miséricordes
de Dieu à l'égard de l'homme sont la création, la rédemption, la
justification, la glorification. — Je trouve en moi, dit S. Bernard, sept
miséricordes de Dieu à mon égard ; la première est qu'il m'a préservé
d'un g r a n d nombre de péchés, lorsque j'étais encore dans le siècle ;
la seconde miséricorde a été de m'altendre, de me supporter, parce
qu'il différait sa vengeance, parce qu'il songeait à me pardonner ; la
troisième miséricorde, de m'appcler à la pénitence, en ébranlant mon
cœur pour qu'il sentît la douleur de ses péchés ; la quatrième miséri-
ricorde, d'accueillir avec bonté mon âme r e p e n t a n t e ; la cinquième,
de me donner la force de pratiquer la continence et toutes les vertus
chrétiennes ; la sixième, de m'accorder la grâce de mériter les biens
éternels ; la septième, de me donner l'espérance de les obtenir. (S.
B E R N . Serm. de sept mis.). — Car vous avez dit : « La miséricorde
s'élèvera comme un édifice éternel dans les cieux. » J e bâtis d e telle
sorte, dites-vous, que je ne détruirai p a s ; car vous détruisez quelque-
296 PSAUME LXXXVIII.
fois pour ne point bâtir et quelquefois aussi vous détruisez pour bâtir.
(S. A U G . ) — Fermeté de la parole de Dieu établie non sur l'instabilité
des créatures, ni sur les volontés changeantes des hommes, mais soli-
dement établie comme un édifice éternel dans les cieux. — La misé-
ricorde précède toujours la vérité, c a r i a vérité ne brillerait point dans
l'accomplissement des promesses, si la miséricorde ne la précédait
dans la rémission des péchés. fS. A U G . ) — « J'ai disposé un testament
pour mes élus. » Quel testament, si ce n'est le nouveau? quel testa-
ment, si ce n'est celui par lequel nous sommes renouvelés pour rece-
voir un nouvel héritage? quel testament, si ce n'est celui qui nous
assure un héritage dont l'amour et le désir nous font chanter un can-
tique nouveau, a J'ai fait un serment. » Si vous m'inspirez une si
grande sécurité par votre simple parole, qu'en sera-t-il de votre ser-
ment? Le serment de Dieu est la confirmation de ses promesses.
Le serment est défendu à l'homme, parce que l'homme est faillible.
Dieu seul j u r e avec sécurité, parce qu'il ne peut se tromper. (S. A U G . )
— Ces paroles : « J'affermirai votre descendance jusque dans l'éter-
nité, » se rapportent non-seulement à la chair du Christ née de la
Vierge Marie, mais encore à tous ceux qui croiront au Christ; car
nous sommes lesmembresde cette tète. Le corps n'en peut être séparé,
et si la tête est glorifiée éternellement, les membres seront aussi éter-
nellement glorifiés, pour que le Christ reste éternellement entier. Que
veut dire o de génération en génération? » Dans toute génération.

II. — 5-8.

f. 5, 6. S'estimer incapable de rendre à Dieu de dignes actions de


grâces, pour ses bienfaits et de publier ses merveilles ; donner
cette commission aux cieux, c'est-à-dire aux saints habitants des cieux.
( B E L L A R M . ) . — Pour connaître quels cieux célébreront ces merveilles,

voyez où elles sont célébrées : « Dans l'Eglise des saints. • Il n'est donc
pas douteux que par les cieux, il ne faille comprendre les prédicateurs
de la parole de vérité. Que l'Eglise recueille donc la rosée des cieux;
que les cieux fassent tomber sur la terre altérée une pluie bienfai-
sante, et que la terre, recevant cette pluie, produise les germes pré-
cieux des bonnes œuvres. (S. A U G . ) — Or, que prêchent les cieux
dans l'Eglise des saints? Qui sera parmi les nuées semblable au
Seigneur?... Les prédicateurs sont à la fois des cieux et des nuées :
des cieux, à cause de l'éclat de la vérité ; des nuées, à cause des obscu-
rité? de la chair ; ils viennent et ils passent. C'est dans l'Eglise ou
PSAUME LXXXVIII. 297
l'assemblée des saints que se trouve la vérité. La vérité de la foi est
exclusivement dans l'Eglise qui, selon l'expression de l'Apôtre, est la
colonne et le fondement de la vérité. (I T I M . I I I , 1 5 ) . — Or, personne
n'est semblable au Fils de Dieu, môme parmi les enfants de Dieu ; il
est unique, nous sommes plusieurs; il est un, nous sommes en lui; il
est engendré, nous sommes adoptés; il est p a r nature le Fils engen-
dré de toute éternité, nous avons été faits (ils de Dieu dans le temps
par grâce ; il est sans aucun péché , nous avons été délivrés du pêche
par lui. (S. AUG.).

f. 7, 8. Puisqu'il est le Dieu qui doit être glorifié dans l'assemblée


des j u s t e s , puisque les nuées et les fils de Dieu ne peuvent être ses
égaux, il leur reste à prendre la résolution qui convient à la fragilité
humaine : « que celui qui se glorifie, se glorifie dans le Seigneur. »
(I C O R . I , 31). — La pensée de la grandeur, de la puissance et de la
vérité de Dieu, vivement empreinte dans un cœur, suffit pour en
effacer toutes les vaines images de la puissance et de la grandeur du
monde et toutes les illusions, tous les mensonges opposés à la vérité
de Celui qui est et qui subsiste par lui-même, sans avoir besoin d'au-
cune créature. ( D U G . ) — Ce qu'il y aura pour nous de plus redoutable
dans le j u g e m e n t de Dieu, ce ne sera ni la majesté du j u g e , ni sa
puissance, ni sa grandeur, mais sa vérité, cette vérité qui s'élèvera
contre nous, cette vérité qui nous accusera, qui nous convaincra, qui
nous condamnera, qui nous confondra; non pas cette faible vérité des
hommes, mais cette invincible vérité de Dieu, cette immuable vérité
de Dieu, cette irréfragable vérité de Dieu ; cette vérité qui ne peut être
ni désavouée, ni contestée, ni éludée; en un mot, ô mon DieuPcettc
vérité qui environne votre trône et que l'Ecriture appelle pour cela
votre vérité. (S. J É R . ) . — « Votre vérité est autour de vous. » Mais
quand s'est-elle répandue sans persécution? quand, sans contradiction?
Le peuple au milieu duquel ii vous a plu de naître et de vivre était
comme une terre séparée des flots de la gentililé, qui apparaissait à
sec, afin d'être arrosée par la pluie, tandis que les autres nations
étaient comme une mer abandonnée à l'amertume qui la rendait
stérile. (S. A U G . )
f. 9 - 1 3 . Que feront donc vos prédicateurs, puisque les flots de cette
mer mugissent contre eux? Il est vrai, la mer se gonfle, la mer s'op-
pose à leur passage, la mer pousse des mugissements; mais « vous
commandez à la puissance de La m e r , et vous calmez la violence do
8osflots.»(S. AUG.)—Jésus-Christ, d u r a n t s a vie mortelle, aaussi dominé
208 PSAUME LXXXVIII.
sur la mer, et il a calmé les flots. Mais il a fait plus, en apportant la
paix au monde, qui est une mer plus furieuse que l'élément dont la
terre est environnée. Mais, dit saint Augustin, comment recevrons-
nous cette paix? comment naviguerons-nous sur cette mer sans fairo
naufrage? Prenons garde, le vent est violent, la tempête est terrible.
Chacun éprouve la sienne, parce que chacun est agité de ses passions.
Or, voici ce qui nous préservera du d a n g e r : Aimez Dieu et vous mar-
cherez sur les eaux, vous sentirez sous vos pieds tout l'orgueil du
siècle, et vous n'enfoncerez point. Au contraire, si vous aimez le
siècle, vous serez englouti; car le siècle ne sait qu'absorber ceux qui
l'aiment, il ne sait pas les porter. ( B E R T U I E B ) . — N'est-ce pas vous
qui avez frappé le superbe et blessé le dragon? n'est-ce pas vous qui
avez séché la mer et la profondeur de l'abîme, et qui avez ouvert à
votre peuple, au milieu des eaux, la voie du salut? Vous vous êtes
humilié et vous avez humilié le superbe; vous avez été blessé et vous
avez blessé; car le démon ne pouvait pas n'être pas blessé par votre
sang répandu pour effacer le billet qu'avaient signé les pécheurs. D'où
venait, en effet, son orgueil, sinon de ce qu'il avait un titre contre
nous? Ce titre, ce billet, vous l'avez effacé dans votre sang; ( C O L O S S .
I I , 1 4 ) ; vous avez donc blessé celui à qui vous avez arraché tant de
victimes. (S. A U G . ) . — L'homme laisse volontiers les cieux à Dieu,
mais il prétend être maître de la terre et qu'elle lui appartient. Il en
possède le plus qu'il peut, et il souhaiterait pouvoir la posséder tout
entière. Malheureux et aveugle de ne pas voir et de ne pas sentir que
cette possession de la terre, alors même qu'elle se réaliserait, serait
de peu de durée, tandis que la possession du ciel sera éternelle. ( D U G . )
— Le Thabor et l'Hermon, figure des plus hautes montagnes, c'est-à-
dire des personnes les plus élevées, soit par leur naissance, soit par
leur dignité. Elles tressailliront de joie, non dans leurs propres mé-
rites, mais dans votre nom, et en feront retentir les louanges par une
soumission entière à toutes vos volontés. — o La puissance est avec
votre bras. » Que nul ne s'arroge aucune puissance, « la puissance
est avec votre bras. » Nous avons été créés par vous, nous avons été
défendus par vous. (S. A U G . ) .
f. 1 4 . Quatre attributs principaux en Dieu, marqués dans presque
toutes les pages de l'Ecriture sainte: sa puissance et sa bonté, sa justice
et sa miséricorde, afin que la crainte de sa puissance et de sa justice
porte les hommes à implorer sa miséricorde et sa bonté. Deux bases
sur lesquelles le trône de Dieu est a p p u y é , tous les jugements qu'il
P S A U M E LXXXVIII. 299

rend étant tempérés par le mélange de celte justice et de cette misé-


ricorde. ( D U G . ) . — « *La justice et le jugement sont les bases de votre
trône. » A la fin apparaîtront votre justice et votre j u g e m e n t ; actuel-
lement, ils sont cachés... Et qu'en est-il maintenant? « La miséricorde
et la vérité marchent devant votre face. » Je serais effrayé à la vue des
bases de votre trône, j e redouterais votre justice et votre j u g e m e n t à
venir, si votre miséricorde et votre vérité ne marchaient devant vous.
Pourquoi craindrais-je votre jugement du dernier jour, puisque, par
votre miséricorde, qui précède ce jugement, vous effacez mes péchés,
et que vous accomplissez vos promesses en me manifestant la vérité?
(S. A U G . ) — «Heureux le peuple qui sait vous louer dans l a j o i e d e s o n
cœur, qui comprend la jubilation. » Qu'est-ce que comprendre la j u -
bilation? c'est savoir d'où vient une joie que n u l l e parole ne peut
expliquer; car votre joie ne vient pas de vous. Que l'orgueil ne cause
point vos transports, mais seulement la grâce de Dieu. ( I D E M . ) Celui
qui ne loue Dieu que des lèvres, et qui, ne sentant pas combien toutes
louanges sont au-dessous de ce que mérite le Seigneur, ne joint pas
la jubilation et le sentiment de son cœur au chant de se3 lèvres, n'est
pas heureux. ( B E L L A R M . )
f. 1 5 - 1 8 . Voyez si cette jubilation ne vient pas de la grâce, ne vient
pas de Dieu et nullement de vous : « Seigneur, ils marcheront dans
la lumière de votre visage, à la clarté de cette lumière qui brille dans
l'intelligence, qui éclaire la volonté et qui embrase le cœur. » (S.
AUG.) — Nous devons m a r c h e r a la lumière du visage de Dieu, lumière
qui est l'Evangile, la lumière de l'Esprit-Saint. (S. J É R . ) Jésus-Christ lui-
même, lumière véritable qui éclaire tout homme venant en ce monde
( J E A N , I , 9 . ) — Rien que David répète si souvent, et rien que les hom-

mes oublient si facilement, que celte vérité si importante de ne point


s'attribuer ce qu'ils ont reçu de Dieu, de lui renvoyer toute la gloiro
dé leur vertu, de leur force, parce qu'il lui a plu de les élever et non
parce qu'ils en sont dignes. (S. A U G . ) — Choix de Dieu purement
gratuit, et sans aucuns mérites précédents, par lequel il choisit et
il prend qui il lui plaît, non parce qu'il est son peuple, mais afin qu'il
le soit. Comme Saint, il fait voir la justice dans ce choix, et comme
Roi, son autorité. ( D U G . )

III. — 1 9 - 3 7 .

f. 1 9 - 2 9 . Voir l'analyse pour la suile des idées : 1® La mairi de


Dieu vient à notre secours, a car ma main l'assistera ; » 2 ° toute notre
300 PSAUME LXXÂYM.

force vient de lui, « et mon bras le fortifiera ; » 3° nul ne pourra


nuire à celui dont Dieu se déclare le protecteur, « l'ennemi ne gagnera
rien à l'attaquer; » 4° non-seulement ses ennemis seront réduits à
l'impuissance, mais complètement détruits, « et je taillerai en pièces
sous ses yeux ses ennemis. » — L'homme met volontiers l'espé-
rance de son secours dans un homme qui est puissant, mais c'est Dieu
qui denne son secours à cet homme, non parce qu'il est, mais afin
qu'il soit puissant.— Recourir au principe même de la puissance, qui
n'est autre que Dieu. ( D U G . ) — Être véritablement le serviteur de Dieu,
qualité infiniment préférable à toute la grandeur, la puissance et
l'indépendance prétendue des rois de la terre. — O n c t i o n sainte et.
divine de Jésus-Christ, le véritable David, non d'une huile extérieure,
mais par l'infusion et l'union substantielle de la divinité même à l'hu-
manité sainte, par l'incarnation du Verbe. ( D U G . ) — Qui peut tenir ou
résister contre la main de Dieu, contre le bras du Tout-Puissant, et
que doit craindre celui qu'ils soutiennent? — L ' e n n e m i exercera sa
rage sur lui, mais il n'aura pas l'avantage sur lui ; il est habituée
k

nuire, mais il ne pourra lui n u i r e ; il l'exercera, mais il no lui nuira


pas. Ses fureurs mêmes lui seront utiles , car ceux contre lesquels
il se déchaîne sont couronnés par la victoire qu'ils remportent sur lui.
Comment, en efiet, serait-il vaincu, s'il ne nous attaquait j a m a i s ? Où
Dieu serait-il notre secours, si nous n'avions jamais à combattre? L'en-
nemi fera donc son métier, mais l'ennemi n'aura pas l'avantage sur
lui. (S. A U G . ) — 11 est souverainement dangereux d'être ennemi
des amis de Dieu. C'est le haïr lui-même que de haïr ceux qu'il aime.
Il les conserve comme la prunelle de l'œil, tandis qu'il extermine tôt
ou tard tous ceux qui les haïssent. ( D U G . ) — La vérité de Dieu, c'est-
à-dire la fidélité avec laquelle il accomplit ses promesses, puissant
bouclier qui environne le juste de tous côtés. « Miséricorde de Dieu
toujours avec lui, » quel sujet de joie et de consolation I La vertu du
nom de Dieu, c'est-à-dire Dieu même, qui sera le principe de son élé-
vation , quel motif d'espérance et de reconnaissance 1 (lo.) Souvenez-
vous, autant que vous le pouvez, combien souvent ces deux choses, la
miséricorde et la vérité, nous sont rappelées pour que nous les ren-
dions à Dieu. De même qu'il a fait éclater sur nous sa miséricorde en
effaçant nos péchés, et sa vérité, en accomplissant ses promesses, do
même nous aussi, en marchant dans sa voie, nous devons lui rendre
la miséricorde et la vérité : la miséricorde, en ayant pitié des miséra-
bles; la vérité, en nous gardant de juger injustement. Que l'amour do
PSAUME LXXXVIII. 301
la vérité ne nous ôte pas la miséricorde, et que la miséricorde ne fasse
pas obstacle à la vérité. (S. AUG.) — Puissance spirituelle, empire
universel de Jésus-Christ sur le ciel, sur la terre, sur la mer, sur les
fleuves, excepté sur le cœur de l'homme, qui lui est si souvent r e -
belle. (DUG.) — Invoquer Dieu comme notre Père, que peut-il refuser
a celui qui a pour lui l'amour d'un fils ? — Dieu, en effet, est notre
Père, il n'y a pas de vérité plus certaine que celle-là ; et tout ce que
la paternité terrestre offre de plus tendre et de plus aimable, n'est
qu'une pâle image de la suavité et de la douceur ineffable de notre
Père qui est dans les cieux. La parole ne saurait exprimer ce que cette
idée offre de beau et de consolant ; nous cessons de nous sentir isolés
au milieu du monde, et les châtiments et les afflictions nous a p p a -
raissent sous un j o u r nouveau. La consolation sort pour nous du sen-
timent même de notre faiblesse, nous nous reposons sur Dieu des p r o -
blèmes que nous ne pouvons résoudre ; cette pieuse idée entre plus
avant dans notre cœur, et devient le mobile de tous nos actes spiri-
tuels. Dans le péché, nous nous en souvenons ; dans les sacrements,
nous la goûtons ; dans nos efforts vers la perfection, nous nous
appuyons sur elle; dans les tentations, nous y puisons des forces; dans
les souffrances, nous y trouvons la joie. Dieu est notre Père jusque
dans les circonstances ordinaires de la vie : il nous protège contre
mille dangers dont il ne permet pas même que nous nous apercevions,
il exauce nos prières, il bénit ceux que nous aimons et il nous supporte
jusque dans ces froideurs et ces rechutes qui paraissent incroyables,
et dont nous sommes étonnés les premiers. (FAB., Progrès de l'âme,
p, 72.) C'est à cause de Jésus-Christ que le testament de Dieu avec
nous sera inviolable ; c'est par lui que ce testament a été ménagé ; il
est le médiateur de ce testament, Je signataire de ce testament, la
caution de ce testament, le témoin de ce testament, l'héritage m ê m e
promis par ce testament et le cohéritier de ce testament. (S. AUG.) —
— Ce n'est jamais du côté de Dieu que cette alliance est premièrement
violée, c'est toujours du côté de l'homme, sur lequel retombe tout le
mal, toute la perfidie de cette infidélité. — La race des pécheurs bien-
tôt éteinte ; il n'y a que celle des justes, c'est-à-dire ceux qu'ils ont
enfantés à la grâce, et par leurs discours, et par l'exemple de leur vie,
qui subsiste dans tous les siècles. (DUG.) — « Son trône durera a u t a n t
que les jours du ciel. » Les jours de la terre sont poussés par les jours
qui succèdent ; ceux d'avant ne subsistent plus, et ceux qui suivent ne
durent pas ; ils ne viennent quo pour s'en aller, et ils ont presque dis-
302 PSAUME LXXXVIII.

paru avant d'arriver. Les jours du ciel, au c o n t r a i r e , ainsi que les


années qui ne passent pas, n'ont pas eu de commencement et n'auronl
pas de terme ; là, aucun j o u r n'est renfermé entre une veille et un
lendemain. Personne n'y attend l'avenir, personne n'y perd le passé;
mais les jours du ciel sont toujours présents, et c'est là que le trôneda
Seigneur sera pour l'éternité. ( S . A U G . )
31-34. « Si ses enfants abandonnent ma loi, j e visiterai leurs
iniquités, mais je ne retirerai pas ma miséricorde de dessus lui, et ne
lui nuirai pas dans ma vérité. » La miséricorde de Dieu n'éclatera
donc point seulement dans son appel à la grâce, mais encore dans set
châtiments et dans ses coups. Que sa main paternelle soit donc sur
nous, et, si vous êtes bon fils, gardez-vous de repousser sa discipline;
car, quel est le fils à qui le père n'impose une discipline? Qu'il vous
impose donc sa discipline, pourvu qu'il ne vous Ole pas sa miséricorde;
qu'il frappe le fils révolté, pourvu qu'il lui conserve son héritage.
Quant à vous, si vous avez bien compris les promesses de votre Père,
ne craignez pas qu'il vous châtie, mais qu'il vous déshérite ; car Dieu
corrige celui qu'il aime ; il frappe de verges tout fils qu'il reçoit.
( H E B R . X I I I , 5-7.) Le fils couvert de péchés peut-il repousser la verge,

quand il voit le Fils unique, exempt de tout péché, frappé de cette


verge ? « Je visiterai leurs iniquités la verge à la main. » L'Apôtre fai-
sait la même menace, quand il disait : « Que voulez-vous de moi? que
j e vienne à vous la verge à la main ? » (I C O K . I V , 2 1 . ) A Dieu ne plaise
que des enfants pieux ne disent jamais : pour venir avee une verge,
ne venez pas. Il vaut mieux être instruit par la verge d'un père, que
de périr par les flatteries d'un voleur. (S. A U G . ) — Dieu ne retire pasde
dessus son Christ sa miséricorde, du moment qu'il ne la retire pas de
dessus ses membres, de dessus son corps, dans lequel il souffrait sur
la t e r r e . . . . (S. A U G . ) — . . . 11 n'y a là rien cependant qui puisse nous
engager à pécher avec sécurité et à nous promettre, par un sentiment
pervers, que, quelques mauvaises actions que nous commettions, nous
ne périrons jamais. Laissons de côté certains péchés, certaines ini-
quités, qui se trouvent dans tout homme et lui attirent certainement
les châtiments de Dieu ; car, si cet homme est chrétien, la miséricorde
divine ne se retire pas pour cela de dessus-lui. Au contraire, si vous
allez jusqu'à commettre de telles iniquités que vous rejetiez loin de
vous la verge qui vous frappe, que vous repoussiez la main qui Y Û U S
flagelle, que vous vous indigniez contre la discipline de Dieu, que
vous fuyiez le Père qui vous châtie, et que vous ne vouliez plus de lui
PSAUME LXXXVIII. 303

pour père, parce qu'il ne vous épargne pas quand vous péchez ; dans
ce cas, c'est vous qui vous êtes rendu étranger à l'héritage, ce n'est
pas Dieu qui vous a châtié ; car, si vous étiez resté sous le châtiment,
vous seriez resté dans vos droits à l'héritage : « Je ne retirerai p a s
o

de dessus lui ma miséricorde, et je ne lui nuirai pas dans ma vérité ; »


c'est afin que la vérité du vengeur ne lui nuise pas, que la miséricorde
du libérateur ne lui est pas retirée. (S. A U G . ) — « Je ne violerai point
mon alliance et je ne révoquerai pas les paroles sorties de mes l è -
vres. » Si les fils du Christ sont menteurs, ce n'est pas pour moi une
raison de m e n t i r : j ' a i promis, j'accomplis.... Plusieurs chrétiens p è -
chent d'une manière pardonnable ; il en est plusieurs que le châti-
ment corrige du péché, qui s'amendent et se guérissent ; mais il y en
a plusieurs aussi qui se détournent absolument de Dieu, et qui luttent,
de toute la dureté de leur tête, contre la discipline du Père. Cette p a -
ternité de Dieu, ils la rejettent entièrement, bien qu'ils portent le signe
du Christ, et ils tombent dans de telles iniquités qu'on ne peut
que rappeler contre eux ces paroles de l'Apôtre : « Ceux qui
commettent de tels crimes ne posséderont pas le royaume de Dieu. »
(GAL. V , 2 1 . ) Cependant lé Christ ne restera pas à cause d'eux sans
héritiers ; les grains ne périront pas à cause de la paille. Dieu connaît
les siens. (II T I M . I I , 9.) Il a promis avec assurance, parce qu'il nous
a prédestinés avant que nous ne fussions; « car ceux qu'il a prédes-
tinés, il les a appelés ; ceux qu'il a appelés, il les a justifiés, et ceux
qu'il a justifiés, il les a glorifiés. » ( R O M . vin, 3 0 . ) Que les coupables
désespérés pèchent autant qu'ils le v o u d r o n t , c'est aux membres du
Christ de leur répondre : « Si Dieu est pour nous, qui sera contre
B O U S ? » (S. AUG.)

f. 3 5 - 3 7 . Trône éternel de Jésus-Christ comparé, dans son Eglise,


au soleil et à la lune dans sa plénitude, qui emprunte toute sa lumière
du soleil. — L'Eglise passe ici-bas, comme l'astre dos nuits, par des
phases diverses, et il en sera ainsi tant qu'elle demeurera sur la terre;
mais le jour viendra où elle atteindra au ciel, son glorieux terme. Saint
Augustin applique à ce triomphe final de l'Eglise ces paroles du Psal-
miste : « Son trône sera comme le soleil en ma présence, et comme la
lune éternellement dans son plein, pour être au ciel un témoin fidèle. »
Si nos âmes seules eussent dû arriver à l'éternelle perfection, nous
dit ce Père, Dieu aurait seulement comparé au soleil la race de David,,
qui est l'Eglise des élus, car il est écrit que les justes brilleront comme
le soleil, en la présence de Dieu ( M A T T I I . X I I I , 4 3 ) ; mais, parce que nos
PSAUME LXXXVIII.
m
corps doivent ressusciter, l'Eglise triomphante est également compa-
rée à la lune, qui est l'emblème de notre humanité charnelle, et cet
astre, éternellement dans son plein, sera tout à la fois et le symbole
et le témoin fidèle de la résurrection pendant l'éternité tout entière.
(BERTUIER.)

IV. 38-52.

fi. 3 8 - 4 5 . (Voir l'analyse.) — Vive peinture des ravages que le péché


fait dans une âme. — Plaintes respectueuses d'une âme humble que
Dieu semble quelquefois rejeter. — Dieu diffère souvent l'accomplis-
sement de ses promesses, afin de les faire désirer avec plus d'ardeur,
recevoir avec plus de reconnaissance et conserver avec plus de
soin. — « Vous avez retardé votre Christ. » C'est ainsi que traduit
saint Augustin, qui continue en ces termes : Quoique le Prophète nous
ait fait ici une triste énumération, cependant, par cette seule parole, il
nous réconforte. Ce que vous avez promis , ô Dieu, subsiste complète*
ment ; car vous n'avez pas enlevé votre Christ, mais vous l'avez re-
tardé : « Yous avez renversé l'alliance de votre serviteur. » Où est,
en effet, l'ancien Testament des Juifs ? où est cette terre promise dans
laquelle ils ont péché lorsqu'ils y habitaient, et dont ils ont été chassés
après qu'elle a été détruite? Vous cherchez le royaume des Juifs, il
n'existe plus ; vous cherchez l'autel des Juifs, il n'existe plus ; vous
cherchez le sacerdoce des Juifs, il n'existe plus : « Vous avez profané
sa sainteté sur la terre; » vous avez montré que toute sa sainteté était
terrestre. (S. A U G . ) — Dieu ne rompt jamais l'alliance qu'il a faite avec
les hommes, si les hommes ne l'ont rompue les premiers.—Ilfouleaux
pieds les dignités les plus éclatantes lorsqu'on en abuse ; les choses les
plus sacrées deviennent profanes à son égard, lorsqu'on a commencé
soi-même par les profaner. ( D U G U E T . ) L'amour de la vertu, l'horreur
du vice, l'honnêteté, la pudeur, la honte, la crainte de Dieu, le res-
pect des hommes, sont autant de haies qui environnent une âme afin
que le péché n'en approche pas. Quand elles sont une fois détruites,
tout est perdu. — Les diverses passions passent, pour ainsi dire, dans
le chemin de la vie de l'homme, lorsqu'elles s'enlre-suivent et se suc-
cèdent les unes aux autres. On n'est pas plutôt délivré de la servitude
de l'une qu'on retombe dans celle d'une autre. — Dieu se sert sou-
vent d e la puissance e t d e la malice des pécheurs pour punir
d'autres pécheurs ou môme ses serviteurs. — Rien de plus beau et
de plus éclatant aux yeux de la foi qu'une âme qui est dans la grâco
PSAUME LXXXVIII. 305
de Dieu ; rien de plus hideux que cette âme, lorsqu'elle est dépouillée
de tout son éclat.— Dans ce Psaume, comme dans plusieurs autres où
le Prophète traite le même sujet, nous voyons tout à la fois la cause,
la nature, le remède des calamités des nations que. Dieu châtie dans
sa justice sans vouloir les perdre, et qu'il veut, au contraire, régénérer
à la dure et sévère école de la douleur : t Je lui conserverai toujours
ma miséricorde et mon alliance avec lui sera immuable. » C'est là
le privilège des peuples qui ont leur racine dans Jésus-Christ, que le
schisme ou l'hérésie n'ont point détachés de ce tronc divin. Tant que
ce peuple restera enraciné dans la foi, il ne périra pas ; mais si sa vie
cesse d'être conforme à sa foi, s'il profane par des mœurs anti-chré-
tiennes le caractère auguste de peuple bien aimé du Christ, s'il
abandonne Dieu, ces jours d'abandon seront nécessairement suivis de
douloureux châtiments et de cruelles épreuves.
fi. 45-52. Nous devons craindre infiniment que Dieu ne se détourne
de nous pour toujours, et que sa colère ne s'allume comme un feu,
pour punir éternellement nos crimes. — Nous rappelons à Dieu que
notre vie est peu de chose, pourquoi ne pas souvent nous le rappeler à
nous-mêmes? Pensons à ce que nous sommes et à ce que c'est que le
temps ; pensons aux desseins de la Providence en nous mettant sur la
terre. Qui suis-je? qu'est-ce que la durée de ma vie? que s'est proposé
le Créateur en m'y plaçant ? — « Souvenez-vous quelle est ma s u b -
stance, car vous n'avez pas créé en vain tous les enfants dés hommes. »
Voilà que tous les enfants des hommes sont allés vers la vanité, et
cependant vous ne les avez pas créés en vain. Si donc ils sont allés
vers la vanité, eux que vous n'avez pas créés en vain, ne vous êles-
vous réservé aucun moyen de les purifier de la vanité ? Ce que vous
vous êtes réservé pour purifier les hommes de la vanité, c'est votro
Saint, et ma substance est en lui. En effet, c'est par lui que sont pu-
rifiés de leur vanité personnelle tous ceux (pie vous n'avez pas créés
en v a i n . . . Quel est donc celui que vous avez réservé pour e u x ?
« Quel est l'homme qui vivra et ne verra pas la m o r t ? » Ce môme
homme purifiera les hommes de la vanité ; car Dieu n'a pas créé en
vain tous les enfants des hommes, et il ne peut, lui, leur Créateur, les
mépriser au point de refuser de les convertir et de les purifier. Il n'y
a donc aucun homme absolument « qui vivra et ne verra pas la mort, »
si ce n'est celui qui est déjà mort pour les m o r t e l s . . . . Comment
donc vivra-t-il et ne verra-t-il pas la mort ? « Il arrachera son â m e
aux puissances de l'enfer. » Voilà donc celui qui vraiment seul, abso-
lument seul, différent de tous les autres, « vivra et ne verra pas la
TOME il. 20
3C6 PSAUME LXXXVIII.
mort, et arrachera son âme aux puissances de l'enfer ; » car s'il est
vrai que les autres hommes, devenus ses fidèles, ressusciteront d'entre
les morts et vivront éternellement, toutefois ils n'arracheront pas
eux-mêmes leurs âmes aux puissances de l'enfer. Celui qui a arraché
son âme aux puissances de l'enfer, en arrachera aussi les âmes de ses
fidèles, qui ne peuvent se délivrer eux-mêmes. (S. AUG.) — S'il n'y
avait pas d'autre vie que celle-ci, ce serait en vain que Dieu aurait
créé tous les enfants des hommes, puisqu'à la considérer seule, elle
n'est en rapport ni avec la grandeur de celui qui la donne, ni avec les
aspirations et les désirs de celui qui la reçoit. — Deux vérités terribles
auxquelles cependant la plupart des chrétiens ne font aucune atten-
9
tion : l Us sont certains de mourir un j o u r , et ils vivent comme s'ils
devaient toujours vivre; ils savent qu'à la mort tout échappe, et ils ne
cessent d'accumuler richesses sur richesses.— 2° Ils ne peuvent igno-
rer que l'âme, une fois en enfer, nulle force ne peut l'en retirer, et ce-
pendant ils ne prennent aucune précaution pour l'empêcher d'y tom-
ber. — C'est une peine très-sensible à un serviteur de Dieu rempli de
son amour, d'entendre les impies accuser Dieu d'infidélité dans ses
promesses. — Dieu, à qui toutes choses sont toujours présentes, ne
peut oublier.—Il faut attendre son temps, et, en l'attendant, renfermer
dans son sein les plaintes qui se présentent quelquefois, sans les faire
paraître au-dehors. — « Souvenez-vous, Seigneur, de ce que nous ont
reproché vos ennemis. » Quels ennemis ? les Juifs et les païens. Qu'ont-
ils reproché ? « Le changement de votre Christ. » Voilà ce qu'ils nous
ont reproché et ce qu'ils nous reprochent encore : « le changement de
votre Christ. » Us nous ont reproché ,en effet, que le Christ est mort,
quo le Christ a été crucifié. Quels reproches nous faites-vous là, ô insensés,
s'il reste encore quelques hommes qui nous adressent ces reproches, que
nous objectez-vous ? La mort du Christ? Il n'était pas détruit, mais
seulement changé. On dit qu'il est mort, à cause des trois jours de sa sé-
pulture. Voilà ce que vos ennemis nous ont r e p r o c h é ; non point la
perte, non point la destruction mois « le changement de votre Christ. »
l i a éle changé, en effet, et transféré de cette vie temporelle à la
vie éternelle, transféré des Juifs aux Gentils, transféré de la terre au
ciel. Qu'ils viennent donc tous ces vains ennemis, et qu'ils nous re-
prochent encore le changement de votre Christ ; qu'ils tâchent de chan-
ger eux-mêmes et ils ne nous reprocheront plus le changement de votre
Christ. Mais le changement du Christ leur déplaît, parce qu'ils ne
veulent pas changer eux-mêmes, « car il n'y a pas de changement
pour eux : Us n'ont pas la crainte de Dieu. » (Ps. LIV, 20.) (S. AUG.)
L I V R E IV

PSAUME LXXXIX.
Oratio Moysi hominis Dei. Prière de Moïse, l'homme de Dieu.
1. Domine refugium factus es 1. Seigneur, vous êtes devenu notre
nobis, a generatione in generatio- refuge do génération en génération (1).
nem.
2. Priusquam montes fièrent, 2. Avant que les montagnes eussent
aut formaretus terra et orbis : a été faites, ou que la terre et l'univers
sseculo et usque in saeculum tu es fussent formés, vous êtes Dieu de
Deus. toute éternité, et vous le serez dans tous
les siècles.
3. Ne avertas hominem in humi- 3. Ne réduisez pas l'homme au dernier
litatem : et dixisti : Convertimini, abaissement, car vous avez dit : Conver-
filii hominum. tissez-vous , o enfants des hommes !
4. Quoniam mille anni ante ocu- 4. Caràvos yeux milleanssont comme
los tuos, tanquam dies hosterna, lo jour d'hier qui s'est écoulé, (2)
quœ prœteriit.
Et custodia in nocte, et comme une veille de la nuit
5. quse pro nihilo habentur, eo- 5. qui no comptent pour rien ; ainsi
rum anni erunt. seront leurs années.
6. Mane sicut herba transeat, 6. Le matin, l'homme passe comme
mane floreat, et transeat : vespere l'herbe ; le matin, il ileuiït et passe ; le
décidât, induret, et arescat. soir, il tombe, se fane et se dessèche.
7. Quia defecimus in ira tua, et 7. Car nous sommes consumés par
in furore tuo turbati sumus. votre colère, et votre fureur nous a jetés
dans le trouble.
8. Posuisti iniquitates nostras 8. Vous avez mis nos iniquités sous
in conspectu tuo, saeculum nos- vos yeux et le temps de notre vie devant
trum in illuminatione vultus tui. la lumière de votre visage.
9. Quoniam omnes dies nostri 0. Aussi tous nos jours se sont éva-
dcfecorunt : ot in ira tua dcloci- nouis, et nous avons été consumés nous-
mus. mêmes au souille de votre colère.
(1) Plusieurs interprètes ont attribué ce Psaume à Moïse, parce qu'il en porte
le nom ; mais saint Augustin et, après lui, un grand nombre de c o m m e n t a t e u r s ,
, rejettent ce sentiment pour des raisons tirées de la durée assignée a la vie hu-
maine dans le verset 10, et pensent que le nom de Moïso a été donné à ce Psaume
pour lui donner plus d'autorité. — Ce Psaume doit au n o m de Moïse qu'il porte
la place qu'il occupe au bréviaire, à l'office de Laudes du j e u d i , où il a été r a p -
proché du cantique de Moïse après le passage de la m e r llouge, qui eut lieu, dit-on,
le jeudi.
(2) D'après le texte hébreu, le Psalmiste oppose ù f éternité do Dieu la brièveté
de la vie des h o m m e s . Vous ôbis, lui dit-il, immortel et immuable \ l'homme passa
BOUS vos yeux ; vous r a m e n e z à l'état le plus h u m b l e , au brisement, a la mort,
ctvous dites : Arrivez, revenez, fds d'Adam, h la poussière dont vous avez été
tirés. (Gwr. m, 19).
308 PSAUME LXXXJX.
Anni nostri sicut aranea mcdi- Nos années se sont épuisées en de vains
tabuntur : travaux comme ceux de l'araignée ;
10. dies annorum nostrorum in 10. les jours de nos années sont en
ipsis, septuaginta anni. elles-mêmes de soixante et dix ans ;
Si autem in potentatibus, octo- Dans les plus forts, elles vont jusqu'à
ginta anni : et amplius eorum, quatre-vingts ans, le surplus n'est que
labor et dolor. peine et douleur.
Quoniam supervenit mansue- Cependant survient votre douceur et
tudo : et corripiemur. nous sommes repris. Eccli. xvm, 8 (1).
H . Quis novit potestatem ir*e i l. Qui peut connaître la grandeur de
tuœ : et prae timoré tuo iram tuam votre colère, qui peut, après la terreur
qu'elle inspire, en mesurer l'étendue?
12. dinumerare?
Dexteram tuam sic notam fac : 12. Faites ainsi éclater la puissance de
et eruditos corde in sapientia. votre droite, et ceux qui sont instruits
de cœur dans la sagesse (2).
13. Convertere, Domine, usque- 13. Tournez-vous vers nous, Seigneur;
quo? et deprecabilis esto super jusques à quand...? Laissez-vous fléchir
servos tuos. en faveur de vos serviteurs.
14. Repleti sumus mane miseri- 14. Nous avons ôté comblés de votre
cordia tua : et exultavimus, et miséricorde dès Je matin; nous avons
delectati sumus omnibus diebus tressailli de joie, et nous avons été rem-
nostris. plis de consolation tous les jours de
notre vie.
15. Lœtati sumus pro diebus, 15. Nous nous sommes réjouis pour
quibus nos humiliasti; annis, qui- les jours où vous nous avez humiliés, et
bus vidimus mala. pour les années où nous avons vu l'in-
fortune.
16. Respice in servos tuos, et 16. Jetez un regard favorable sur vos
in opéra tua; et dirige filios eo- serviteurs et sur vos œuvre» ; et dirigez
rum. leurs enfants.
17. Et sit splendor Domini Dei 17. Que la splendeur du Seigneur no-
nostri super nos, et opéra manuum tre Dieu repose sur nous; dirigez d'en
nostrarum dirige super nos : et haut les œuvres de nos mains, et que les
opus manuum nostrarum dirige. travaux de nos mains soient conduits
par vous-même.

Sommaire analytique.

Le Psaume CI, composé sur la fin de la captivité de Babyione, indique


que les Psaumes qui composent ce livre ont été recueillis peu avant l'époque
où, sous Esdras,le canon des Juifs fut formé (LE HIR.) — Dans ce Psaume,
où le Prophète considère le genre humain après la chute d'Adam et con-
temple les misères de cette vie mortelle et périssable,
(1) Les misères qui accompagnent la vie et en abrègent le Cours sont un effet
de la juste colère de Dieu; mais la mort, qui est le terme de ces misères, peut
être regardée comme u n etîet de sa bonté, de sa compassion.
(2) L.9 sens de ce verset, d'après la Vulgate, pourrait être, comme conséquence
de ce qui précède : Faites au moins quo, reconnaissant votre maiu daus c«s châti-
ments, nous en soyons instruits dans la sagesse.
PSAUME LXXX1X. 30U

I. — IL SE TOURNE VERS DIEU


1° Comme vers le refuge qui lui est préparé depuis le commencement
du monde (i) ;
2° Comme vers l'auteur éternel du salut des hommes ;
3° Comme vers la cause première de leur conversion (2).
II. — IL DÉPLORE LA BRIÈVETÉ DE LA VIE
1° Comparée avec l'immortahté première (3) ;
2° Considérée en elle-même et dans les symboles de sa courto durée (5, 6);
3° Il expose la cause de cette brièveté de la vie, la colère de Dieu (7) ;
4° L'occasion de cette colère, le péché (8, 9) ;
5° Les travaux inutiles qui abrègent ordinairement la vie (10).
III. — IL DÉSIRE
1° Que Dieu, par un effet de sa douceur, le détourne du mal et lui fasse
connaître la grandeur do sa colère ;
2° Qu'il lui enseigne la véritable sagesse (10-12) ;
3° Qu'il jette sur lui des regards de miséricorde (13) ;
4° Qu'U lui fasse éprouver les doux et suaves effets de cette miséricorde,
en retour des maux qu'il a soufferts (14, 15) ;
5° Qu'il le dirige lui et toute sa vie par sa lumière divine, et qu'il con-
duise et fasse prospérer toutes ses œuvres (16, 17).

Explications et Considérations.

1.-1,2.

f. 1 , 2 . David, avant de raconter la triste destinée de l'homme, et


de déplorer les calamités du genre humain, commence par louer
Dieu, afin qu'on n'impute point à la dureté du Créateur les malheurs
et les épreuves dont il va parler, mais aux fautes de celui qui a été
créé. (S. JÉR., Epist. 1 3 9 . ) — Dieu est pour nous un refuge assuré
dans toutes nos tribulations, quelles qu'elles soient; c'est un refuge ou-
vert à tous, en tout temps et pendant toute l'éternité. «Seigneur, vous
avez été notre refuge de génération en génération, x Pour nous a p -
prendre comment le Seigneur s'est fait notre refuge, commençant à
être pour nous ce qu'il n'était point auparavant, bien qu'il ait t o u -
jours ôté avant d'être noire refuge, le Prophète ajoute : « Avant que
les montagnes ne fussent faites, et que la terre et le globe ne fussent
formés, vous êtes de toute éternité, et dans tous les siècles. » Vous
donc qui êles toujours, vous qui étiez avant que nous ne fussions et
310 PSAUME LXXXIX.
que le monde ne fût, vous êtes devenu notre refuge du j o u r où nous
nous sommes convertis à vous. (S. AUG.) — « Avant que les montagnes
ne fussent faites... vous êtes Dieu. » Avant l'existence de ces êtres qui,
dans votre création, sont les plus grands et les plus élevés, avant que
la terre ne fût façonnée de manière à ce qu'il y eût un être qui vous
connût et vous louât sur la terre ; et ce n'est pas assez dire, presque
tous les êtres ont commencé soit dans le temps, soit avec le temps;
mais plutôt « depuis le siècle jusqu'au siècle, vous existez.» L'Ecriture
ne dit point, avec raison : Vous avez été depuis le siècle, et vous serez
jusqu'au siècle ; elle met le verbe au présent, pour faire comprendre
que la substance de Dieu est absolument immuable, et qu'on ne peut
dire de lui : il est, il a été, il sera ; mais seulement : il est. De là ces
paroles : « Je suis celui qui suis. » (Exod., iv, 1 6 . ) « Vous êtes tou-
jours le même et vos années ne viendront point à manquer.» (Ps. ci,
27, 28.) Voilà l'éternité qui est devenue notre refuge, et c'est vers elle
que nous devons fuir l'inconstance du temps, pour demeurer à jamais
en elle. (S. AUG.) — T a n t que nous sommes ici-bas, nous vivons au
milieu de grandes et nombreuses tentations, et il est à craindre qu'elles
ne nous détournent de ce refuge. Aussi, que demande l'homme de
Dieu dans sa prière ? « Ne détournez pas l'homme dans sa bassesse, >
faites que l'homme ne se détourne pas de vos éternelles grandeurs
pour désirer ce qui passe, et prendre goût à ce qui est terrestre.
Il ajoute ensuite : car vous avez dit : « Convertissez-vous, enfants des
hommes, » comme s'il disait : Je vous demande ce quo vous avez or-
donné, glorifiant ainsi la grâce divine, afin que celui qui se glorifie se
glorifie dans le Seigneur, sans le secours duquel nous ne pouvons,
p a r notre seule volonté, vaincre les tentations de cette vie. (S. AUG.)
— Demandons souvent à Dieu de ne pas permettre que nous nous
perdions tout-à-fait dans la boue de nos désirs et de nos passions, et
que nous nous ensevelissions entièrement dans la mort par l'oubli
complet du souverain bien, puisque lui-môme nous à appelés à nous
convertir à lui par la voix extérieure des Ecritures, et par la voix inté-
rieure de sa grâce.

II. — 3 - 9 .

f. 3 - 6 . Voilà le motif pour lequel nous devons nous détourner de


tout ce qui passe cl s'écoule, afin d'arriver à votre refuge, où vous
demeurez sans jamais changer : c'est que si longtemps que Ton puisse
souhaiter de vivre, « mille années devant vos yeux sont comme lo
PSAUME LXXX1X. 311
jour d'hier qui est passé. » 11 n'est pas môme dit comme le jour de
demain qui est encore à venir, parce que tout ce qui est borné par le
temps qui finit doit être regardé comme déjà passé. ( S . AUG.) — « Le
nombre des jours de l'homme, môme les plus longs, est de cent a n -
nées, et ce peu d'années est comme une goutte d'eau do la mer,
comme un grain de sable dans le jour de l'éternité, C'est pourquoi le
Seigneur est patient envers les hommes, et il répand sur eux sa misé-
ricorde. » (ECCLI., XVJII, 8, 7.) Qu'est-ce que cent ans, qu'est-ce q u e
mille ans, puisqu'un seul moment les efface ? Comptons donc comme
très-court, ou plutôt comptons pour un pur néant tout ce qui finit,
puisqu'enfin, quand on aurait multiplié les années au-delà de tous les
nombres connus, visiblement ce ne sera rien quand nous serons a r r i -
vés à ce terme fatal. (BOSSUET.) — « Leurs années seront comme les
choses qui sont comptées pour rien. » Un compte pour rien, en effet,
les choses qui n'existent pas avant d'être arrivées et qui, dès leur arri-
vée, ne seront déjà p l u s ; car elle ne viennent pas pour être, mais
pour n'être pas. Le matin, c'est-à-dire d'abord, que l'homme passe
comme l'herbe, le matin, qu'il fleurisse et qu'il passe; le soir, c'est-à-
dire ensuite, qu'il tombe, se dessèche et se flétrisse; qu'il tombe dans
la mort, qu'il se desséche dans son cadavre, qu'il se flétrisse dans la
poussière. ( S . AUG.) — L'Ecriture compare sans cesse la durée de
notre vie avec ce qu'il y a de plus mobile, de plus fugitif, de plus
léger : c'est une ombre, un songe, une fleur qui paraît et se fane aussi-
tôt, un éclair qui s'évanouit; ce qui est passé est englouti dans le
néant, ce qui est futur n'est point en notre puissance, ce que nous
appelons présent nous échappe, et, au dernier moment de notre vie,
il ne reste de cette carrière, quelque longue qu'on la suppose, que le
souvenir consigne en partie dans notre âme, mais bien plus parfaite-
ment gravé dans l'intelligence éternelle de Dieu. C'est ce souvenir seul
qui doit nous intéresser, et d'après lequel nous devons régler toutes
nos démarches. (BERTUIER.)
f. 7, 9. L'homme innocent n'aurait point éprouvé la m o r t ; c'est
par l'envie du démon et par le péché auquel il a porté l'homme que
'a mort est entrée dans le monde. C'est donc la colère de Dieu, allu-
mée par la malice du péché, qui a abrégé la vie de l'homme, et l'a
réduite à un état de défaillance. — C'est le môme péché qui a rempli
de trouble l'homme, qui auparavant jouissait d'une paix profonde,
dans la connaissance et dans l'amour de son Créateur. (DUGUET.) —
Personne qui ne doive être persuadé que toutes ses iniquités sont
312 PSAUME LXXXIX.
présentes à l'œil de Dieu, et que la splendeur de celte majesté éter-
nelle éclaire jusqu'aux plus sombres replis de sa conscience. Chacun
de nous, au moment de la mort, peut dire : voilà mon siècle fini; et
avec ce siècle, quelle qu'en soit la longueur ou la brièveté, tous les
siècles du monde sont également absorbés et anéantis. Il ne"reste plus
de lumière que celle de Dieu, et elle s'étend sur tous les moments de
la vie. On aura perdu de vue les égarements de l'enfance, les fougues
de la jeunesse, les intrigues de l'âge mûr, les faiblesses de la caducité;
on ne se souviendra ni des pensées volages, ni des désirs cachés, ni des
paroles inconsidérées, ni des actions momentanées, beaucoup moins
encore des circonstances qui ont changé ou aggravé l'espèce des pé-
chés. Mais rien n'échappe à la connaissance de Dieu ; et, comme il
tient compte de la moindre action faite pour lui plaire, il rassemble
tous les détails de la vie du pécheur pour les lui reprocher. (BERTHIER.)
— Ses yeux éternellement ouverts observent toutes les démarches,
comptent tous les pas d'un pécheur, et gardent ses péchés comme
sous le sceau, pour les lui représenter au dernier j o u r . . . On se cache
aux hommes pendant le moment si court de cette vie, qui passe comme
l'ombre, mais quand cette ombre sera dissipée, la lumière du visage
de Dieu, à laquelle toute notre vie sera exposée, manifestera tout,
mettra en évidence les choses les plus cachées dans le fond des cœurs.
(BOSSUET.) — Ame chrétienne, levez les yeux, contemplez en silence
ces vérités théologiques, que Dieu, par sa propre sainteté, connaît
votre péché, qu'il le considère, qu'il l'examine et qu'il en sait toutes
les dimensions; que c'est par elle qu'il mesure ce que vous êtes durant
vos désordres ; qu'autant qu'il voit d'infinité dans les beautés et les
grandeurs de ses perfections divines, autant il en voit dans les laideurs,
les bassesses et les opprobres de votre vie criminelle. 11 mesure votro
état au sien ; et il trouve qu'il n'y a pas plus de hauteur ni de gloire
dans les plus sublimes élévations de sa sagesse et de son amour envers
son Verbe, qu'il n'y a de néant où vous êtes tombée en vous éloignant
de lui. Il voit les unes et les autres par la même vision. Qu'est-ce ceci,
grand Dieu, s'écrie le Prophète tremblant d ' h o r r e u r ? (Ps. LXXXIX, 8.)
Faut-il donc que ce soit dans un j o u r si éclatant que vous contempliez
les disgrâces et les hontes de notre vie misérable, et que, parmi les
splendeurs du paradis, le siècle de notre ingratitude soit un spectacle
de votre éternité? Voilà comme Dieu connaît ce qui se passe parmi
nous, cl voilà ce qu'il pense d'un seul et du moindre des péchés.
(BOSSUET, liêflex. sur le (risk (Hat des pécheurs.) — Seigneur, vous
PSAUME LXXXIX. 313

avez appelé nos œuvres à comparaître devant votre justice, vous avez
placé notre siècle dans l'éclair illuminant de votre visage. Regardés à
la lumière de ce flambeau, tous nos jours n'ont été qu'une suite de
défaillances, et nous aurons beaucoup médité pour remplir nos années
d'un labeur qui ne nous aura pas profité, véritable travail d'araignée.
— Réflexion tardive que feront à la mort tous ceux qui, pendant une
longue vie, auront joui de la plus grande prospérité. Us diront alors,
en se voyant dépouillés de leurs biens : Hélas ! tous nos jours se sont
consumés, évanouis, et nous nous trouvons consumés nous-mêmes. En-
visager le cours si précipité d'une vie qui tend à la mort à tous mo-
ments, ne point attacher son cœur à une chose qui passe si prompte-
tement. (DUGUET.) Pourquoi nous attrister sur la rapidité des destins
de l'homme ? La vie est courte 1 Eh 1 qu'importe 1 quel besoin avez-
vous de rester longtemps sur la t e r r e ? Le ciel est aux bonnes œuvres,
et non pas aux longues œuvres. Craignez de vivre mal, ne craignez
pas de vivre peu. Vous êtes ici pour travailler : si vous travaillez bien,
avez-vous peur de recevoir trop tôt la récompense? Au contraire,
souhaitez-la : Dieu permet que vous la souhaitiez; ce qu'il permet est
juste et sage. Si vous travaillez mal, de quoi se plaint votre cœur,
plus vertueux que vos œuvres? Convertissez-vous et désirez de mourir
aussitôt, afin de ne point retomber dans le péché. « Celui-là qui veut
vivre afin d'atteindre la perfection, disait un saint docteur, qu'il d é -
sire de mourir, et il est parfait. » Mais ne croyez pas la vie si courte :
Vous laissez longtemps après vous le bien ou le mal dont vous avez
rempli vos jours. N'avez-vous gâté qu'un cœur, combien en gâtera-
1—il d'autres ! N'avez-vous préservé qu'une â m e , combien d'âmes
ne préservera-t-elle p a s ? (L. V., Rome et Lorctte, n , 5 8 . )
fi. 10, 11. Rien de plus inquiet que l'araignée, et rien de plus fragile
que son travail : elle se consume à tendre des filets qui sont détruits
en un moment. — Nos jours se filent dans de vains travaux sembla-
bles à ces toiles que l'araignée produit de sa substance et qui l'épui-
sent. Il y a beaucoup d'art dans le travail de cet insecte, il semblerait
qu'il réfléchit pour former un tissu si fin et si bien ordonné. C'est pour
cela que le Psalmiste se sert du terme de méditer. Que faisons-nous
durant toute notre vie? des réflexions pour dresser des ouvrages aussi
frivoles que les toiles légères de l'araignée, pour entreprendre de
grands travaux qui se terminent à prendre des mouches, pour former
des trames et tendre des fitets où nous sommes nous-mêmes envelop-
pés, et qui se rompent aussi facilement que nous les avons tissés avec
314 PSAUME LXXXIX.
peine. (BERTHTER, DUGUET). — Quel est l'homme dont la vie ne se con-
sume en projets vains, en vaines méditations! On se fait des rêves qui
ne se réalisent p a s ; on forme des désirs que rien n'opère et ne satis-
fait jamais ; on poursuit des biens périssables, on s'agite, on se presse,
on se tourmente. Et que revient-il à l'homme de tout ce travail ? de-
mande l'Ecclésiaste. (I. 3 ) . Les années de l'homme se passent à méditer
d'inutiles pensées; elles méditent, nous dit le Roi-Prophète, comme
l'araignée qui file sa toile. Chaque année qui s'écoule est une toile
nouvelle qu'on tisse et qui se déchire. Les mouches frivoles qui se
prennent à nos pièges ont-elles valu nos rudes labeurs?... Ainsi nos
années se succèdent rapidement et nous entraînent avec elles; elles
usent peu à peu notre vie. « Que revient-il à l'homme de son travail?»
Hélas 1 il s'épuise lui-même en travaillant Tous les soins qui l'occu-
pent le dévorent. Chaque nouveau mécompte pour son cœur ajoute
une ride nouvelle à son front. Semblable à l'araignée, il tire de lui-
même les fils éphémères de ses œuvres et, comme elle, il se dessèche,
en étendant sa toile. Toutefois, hâtons-nous de le redire, ce sont les
pécheurs surtout qui se lassent en des peines superflues, car c'est à
eux que s'applique la parole de David : « En s'éloignant de Dieu, ils
se sont rendus inutiles. » (Ps. XXXVIII). Et aussi est-ce l'âme des pé-
cheurs que le même Prophète a en vue dans ce verset du Psaume :
« Seigneur, vous avez puni l'homme à cause de ses iniquités; vous
avez fait dessécher son âme comme l'araignée. » (Ps. XXXVIII, 13),
(Mgr. DE L A BOUILLERIE , Symb. H , p . 4 4 4 , etc.). — Le Prophète
avait considéré l'éternité de Dieu et il y oppose la durée si. courte de
notre vie, qui est de soixante-dix, ou, tout au plus, de quatre-vingts
ans, encore près de la moitié du genre humain périt-elle avant d'at-
teindre la jeunesse, et il n'y a pas la dixième partie des hommes faits
qui parviennent à soixante-dix ans. (BERTUIER).

III. — 11-17.

f. 1 2 , 1 3 . Effet de la miséricorde de Dieu, d'abréger le cours de


notre vie. Une vie courte, mais tout employée au service de Dieu,
est bien longue. Une vie longue, mais qui s'est consumée dans des
bagatelles, est bien courte, mais quelle longue étendue de maux elle
produirai (DUG.). — De la sévérité avec laquelle Dieu a puni le péché
du premier homme, le Prophète conclut à la sévérité divine en général.
Qui pourra vous craindre assez pour que sa crainte égale votre justice
et les mille moyens que vous avez de punir les pécheurs? — « Qui
PSAUME LXXXIX. 313

sait apprécier la puissance de votre colère et mesurer votre colère s u r


la crainte que vous inspirez? » Il n'appartient, dit le Prophète, qu'à
un bien petit nombre d'hommes de connaître la puissance de votre
colère; car, à l'égard du plus grand nombre des hommes, plus vous
les épargnez, plus vous vous irritez contre eux, de sorte que c'est
plutôt à votre colère qu'à votre douceur qu'il faut attribuer la peine
et la douleur par lesquelles vous châtiez et instruisez ceux que vous
aimez, de peur qu'ils ne soient livrés aux peines éternelles... Qu'il est
difficile de trouver un homme qui sache ainsi mesurer votre colère
sur la crainte que vous inspirez, et regarder comme un effet de votre
colère la patience avec laquelle vous épargnez ceux contre lesquels
vous vous irritez davantage, de sorte que le pécheur prospère dans sa
voie et reçoive un plus rude châtiment au d e r n i e r j o u r L . i l n'y a que
le petit nombre de ceux qui sont instruits pour comprendre que la
vaine et trompeuse félicité des impies est la preuve d'une colère plus
violente de la p a r t de Dieu. ( S . AUG.). — « Faites connaître votre
droite; » c'est-à-dire faites connaître votre Christ, dont il a été dit :
« A qui le bras du Seigneur a-t-il été révélé. » (ISAI, LUI, 1 ) . Faites-le
connaître de telle sorte que ses fidèles apprennent en lui à solliciter
et à espérer de vous, par préférence, les récompenses qui ne sont pas
exprimées dans l'Ancien Testament, mais révélées par le Nouveau.
Faites qu'ils ne pensent pas qu'il faille estimer d'un grand prix laféli-
cité que donnent les biens terrestres et temporels, la convoiter et
l'aimer avec passion, de peur que leurs pieds ne soient ébranlés
lorsqu'ils la verront possédée par ceux mêmes qui ne vous adorent
pp,s, et de peur qu'ils ne glissent et ne tombent faute de savoir calcu-
ler votre colère. (S. AUG.). — Il y a une sagesse de l'esprit et une
sagesse du cœur que saint Paul appelle la sagesse du monde : celle-là
convient aux philosophes, aux politiques et à tous les faux sages du
monde. La vraie sagesse du cœur consiste à être bien persuadé q u e
toute la fausse sagesse du monde n'est que folie, suivant la qualification
du même grand Apôtre, et qu'on ne peut être vraiment sage qu'autant
que l'on reconnaît, qu'on aime et qu'on préfère Dieu à toutes choses.
— Dieu se retire quelquefois et pour quelque temps de ses serviteurs;
mais, quand ils lui sont fidèles dans cet état pénible, il se laisse fléchir
en leur faveur.
f. 1 4 , 1 5 . Le Prophète, anticipant par l'espérance sur les biens à
venir et les regardant déjà comme accomplis, s'écrie : « Nous avons
été comblés, le matin, de votre miséricorde. » Cotte prophétie est
316 PSAUME XXXIX.

donc pour nous, au matin des travaux et des douleurs de cette nuit,
comme un flambeau allumé dans un lieu obscur, jusqu'à ce que le
j o u r luise et que l'étoile du matin se lèvo dans nos cœurs. (II PIER. I,
19). — Jusqu'à ce que cette promesse s'accomplisse, aucun bien ne
nous suffît et ne doit nous suffire, de peur que notre désir ne reste en
chemin, tandis qu'il doit s'étendre jusqu'à ce qu'il soit satisfait...
« Nous sommes dans la joie pour toute la durée de nos jours. » Ce
j o u r est le j o u r qui n'a pas de fin. Tous les jours sont rassemblés en
un seul; c'est pourquoi nous serons alors rassasiés; car il n'y aura
point de j o u r faisant place à d'autres jours là où il n'y a rien qui ne
soit pas encore pour n'être point encore venu, et qui ne soit plus
pour être déjà venu. Tous les jours sont réunis ensemble, parce qu'il
n'y a qu'un j o u r qui demeure et ne passe point, et ce jour c'est l'éter-
nité. (S. AUG.). — Se réjouir ici-bas à proportion de ses souffrances,
puisque les joies du ciel leur seront proportionnées. Voyez les radieux
visages de celte foule de saints dont les rangs pressés entourent le
trône du Très-Haut, rassasiez vos âmes par la contemplation de leur
grave et intellectuelle b e a u t é ; admirez ces fiers regards où se peint
leur pureté sans tache, et la calme intensité de leur amour tout céleste.
E h bien I pour la plupart d'entre eux, c'est la douleur qui les a con-
duits à travers la tempête jusqu'à ces heureux rivages; la douleur qui
a façonné les couronnes dont leurs têtes sont ornées; la douleur pro-
fonde, aiguë et prolongée qui leur a fait contempler sans voiles
l'éclatante et éternelle majesté de Dieu. (FABER, Le Créât, et l
créât., p. 217). — N'est-il pas vrai que, pour beaucoup d'entre nous,
p a r la miséricorde de Dieu, les plus grandes douceurs que nous ayons
goûtées dans notre vie sont nées de ces grandes contradictions? et en
consultant le fond de notre âme, nous pouvons dire avec le Psalmiste:
« Il ne nous est resté qu'un sentiment de joie au souvenir des jours
où nous avons été humiliés, et des années où nous avons rencontré
les maux. »
f. 16, 17. « Jetez un regard sur vos serviteurs. » lo Le regard do
Dieu est souverainement désirable, comme étant pour nous la source
de la vie et de tout bien : « La grâce et la miséricorde du Seigneur
reposent sur ses saints, et son regard sur ses élus. » (SAG. IV, 15). —
2° Nous avons besoin de Dieu pour guide dans la voie du ciel : « Et di-
rigez leurs enfants. » — 3° Nous avons besoin dans celte voie de la
lumière divine: « Et que la lumière du Seigneur se répande sur nous. •
—-4° L'homme doit agir, mais diriger toutes ses œuvres vers Dieu •
PSAUME XG. 317

« Conduisez d'en haut les ouvrages de nos mains. » — Toutes n o s


bonnes œuvres sont les ouvrages des mains de Dieu, sur lesquels il
jette volontiers les yeux. Malheur à celui qui se les attribue et qui les
regarde comme les ouvrages de ses mains. Si Dieu les conduit et les
dirige, ils ne seront plus les ouvrages de nos mains, mais des mains
de Dieu. (DUG.). — Toutes nos bonnes œuvres se résument en u n e
seule bonne œuvre, qui est la charité ; car la charité est la plénitude
de la loi. (ROM. xin, 10). En effet, après avoir dit d'abord : « Et r e n -
dez droites en nous les œuvres de nos mains, » le Prophète dit en
second lieu : « Rendez droite l'œuvre de nos mains, » comme pour mon-
trer que toutes nos œuvres ne sont qu'une œuvre unique, c'est-à-dire
doivent tendre à une œuvre unique. Nos œuvres, en effet, sont droites,
lorsqu'elles tendent à cette seule fin; car la fin de tout précepte, dit
saint Paul, ( I TIM. I, 5), c'est la charité qui provient d'un cœur p u r ,
d'une conscience bonne et d'une foi sincère. (S. AUG.).

PSAUME XC.
Laus cantici David. Cantique de louanges, de David.
1. Qui habitat in adjutorio Altis- 1. Celui qui demeure dans le secours
simi, in protectione Dei cœli du Très-Haut reposera sans trouble sous
commorabitur. la protection du Dieu du ciel.
2. Dicet Domino : Susceptor 2. Il dira au Seigneur : Vous êtes mon
meus es tu, et refugium meum : soutien et mon refuge; il est mon Dieu,
Deus meus sperabo in eum. et j'espérerai en lui ;
1
3. Quoniam ipso liberavit me do 3. parce qu'il m'a délivré lui-même du
laqueo venantium, et a verbo as- filet des chasseurs, et de la parole àpro
pero. et fâcheuse.
4. Scapulis suis obumbrabit tibi : 4. 11 vous mettra à l'ombre sous ses
et sub pennis ejus sperabis. épaules; et vous espérerez sous ses ailes,
5. Scuto circumdabit te veritas 5. Sa vérité vous environnera d'un
ejus : non timebis a timoré noc- bouclier; vous ne craindrez point les
turno, alarmes de la nuit,
6. A sagitta volante in die, a 6. ni la ilèchc qui vole durant le jour,
negotio pcrambulanto in tenebris, ni lo mal qui se glisse dans los ténèbres,
abmeursu, ctdrcmonio meridiano. ni los attaquos du démon du midi.
7. Cadent a latere tuo mille, et 7. Mille tomberont à votre côté, et dix
deeem millia a dextris tuis : ad to mille à votro droite; mais le mal n'ap-
autem non appropinquabit. prochera point de vous.
8. Verumtamen oculis tuis con- 8. Et même vous contemplerez de vos
siderabis : et retributionem pec- yeux, et vous verrez le châtiment des
catorum videbis. pécheurs,
9. Quoniam tu es, Domine, spes 0. parce quo vous avez dit : Seigneur,
mea : Altissimum posuisti refu- vous êtes mon espérance. Vous avez
gium tuum. choisi lo Très-Haut pour votro refuge;
40. Non aeeedet ad te malum : 10. le mal neviendra point jusqu'àvous,
et flagellum non appropinquabit et los iléaux n'approcheront point do,
tabernaculo tuo. votro tente,
318 PSAUME XG.
1 i. Quoniam angelis suis man- 11. car il a commandé à ses anges de
da vit de te : ut custodiarft te in vous garder dans toutes vos voies.
omnibus viis tuis.
12. In manibus portabunt te : 12. Ils vous porteront dans leurs mains,
ne forte offendas ad lapidem pe- de peur que vous ne heurtiez votre pied
dem tuum. contre la pierre.
13. Super aspidem et basiliscum 13. Vous marcherez sur l'aspic et sur
ambulabis : et conculcabis leonem le basilic ; et vous foulerez aux pieds le
et draconem. lion et le dragon.
14. Quoniam in me speravit, 14. Parce qu'il a espéré en moi, je le
liberabo eum : protegam eum, délivrerai;je serai son protecteur, parce
quoniam cognovit nomen meum. qu'il a connu mon nom.
lo. Clamabit ad me, et eço 15. Il criera vers moi, et je l'exauce-
exaudiam eum : cum ipso sum m rai. Je suis avec lui dans l'affliction; je
tribulatione : eripiam eum, et glo- le sauverai et lo couvrirai de gloire.
rifîcabo eum.
16. Longitudine dierum replebo 16. Je le comblerai de jours, et je lui
cum : et ostendam iJli salutare ferai voir le salut que je lui destine.
meum.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume où David expose la sécurité et la tranquillité dont jouit,


au milieu des dangers si nombreux de cette vie, l'homme juste qui met
toute sa confiance en Dieu (1).
I. — IL CONSIDÈRE DIEU COMME UNE FORTERESSE INEXPUGNABLE DANS LAQUELLE
1° Dieu reçoit l'homme juste et lui offre un refuge assuré ;
2° Il se communique à lui et le fait entrer dans son intimité (1) ;
3° L'homme juste qui fuit ses ennemis y trouve un asile et un refuge
contre leurs poursuites (2, 3).
H. — DURANT LE SÉJOUR QUE FAIT LE JUSTE DANS CETTE FORTERESSE INEXPUGNABLE
OU DIEU LE REÇOIT
1° Avant le combat : a) Dieu le met à couvert à l'ombre de ses épaules;
6) il le couvre de ses ailes comme une poule couvre ses petits (4) ;

(1) Ce Psaume parait être un dialogue h deux voix, avec une troisième au nom
de Dieu, sans le c h œ u r . Les trois premiers versets sont dits par la première voix,
les versets 5-8 par le chœur, et le verset 9 par u n e deuxième voix ; les versets
9-13 par le chœur, et les versets 14-16 par une troisième v o i x , au n o m de Dieu.
— Ce Psaume é n u m è r e , avec uue grande poésie de détail, et sous de riches mé-
taphores , tous les avantages attachés aux lieux d'asile, et surtout à cet asile
placé dans un lieu élevé et qui n'est autre que le Très-Haut. Ce Psaume est pleiu
de mélancolie et d'attrait m y s t é r i e u x , lorsqu'il est récité ou chanté le soir, sous
les ombres grandissantes qui t o m b e n t des voûtes de nos vieilles basiliques sur
l'assemblée recueillie des fidèles, qu'il encourage à l'intrépidité dans la vie et an
r e p o s de la force, par la confiance eu Dieu. (CLAUDE, Les Psaumes, etc.)
PSAUME XG. 319

2° Pendant le combat : a) il le protège contre ses ennemis, en le cou-


vrant du bouclier de sa vérité contre les attaques nocturnes (5, 6) ; b) il
lui donne la force de triompher de ses ennemis (7);
3° Après le combat : a) Dieu lui procure la joie de voir leur défaite (8) ;
b) il lui donne de jouir, de la hauteur do ectto forteresse, d'une sécurité
que rien ne peut troubler; c) il comble cette joie en éloignant de sa de-
meure tout ce qui est capable de lui nuire.
III. — LORSQUE LE JUSTE SORT DE CETTE FORTERESSE,
1° Dieu lui donne les anges pour guides et pour défenseurs : a) ils le
gardent dans toutes ses voies (H) ; b) ils le portent dans leurs mains pour
le garantir de tous les dangers de la route (12, 13) ;
2° Dieu lui-même se joint à lui dans la route et déclare, parla bouche du
Prophète, ce qu'il doit faire en faveur des justes : a) il délivrera do leurs
ennemis ceux qui espèrent en lui (14) ; b) il les assistera dans leurs tribu-
lations ; c) il les en délivrera et fera tourner ces tribulations à leur gloire
(15) ; d) il rendra cette gloire éternelle ; c) il y mettra le comble, en se ma-
nifestant lui-même à eux (16).

Explications et Considérations,

ï. — 1-3.

fi. 1 , 2 . C'est à ce psaume que le démon a emprunté les paroles dont il


a osé se servir pour tenter Notre-Seigneur Jésus-Christ. Ecoutons-le
donc, pour nous instruire et pour pouvoir résister au tentateur, en ne
mettant point notre confiance en nous, mais en celui qui a été tenté
avant nous, afin de nous assurer la victoire dans nos tentations. En
effet, la tentation ne lui était pas nécessaire, mais la tentation d u
Christ est un enseignement pour l'homme. Or, si nous prêtons atten-
tion à ce que le Christ a répondu aU démon, afin de lui répondre de
même lorsqu'il nous tente de la même manière, nous entrons par la
porte. Que veut dire : entrer par la porte ? entrer par le Christ, imi-
ter les voies du Christ. (S. AUG.) — Trois sortes de personnes qui ne
demeurent point dans le secret du Très-Haut : 1 ° ceux qui, au lieu de
se confier en Dieu, mettent leur confiance dans leur force, dans leurs
richesses, soit temporelles, soit spirituelles; 2 ° ceux qui, désespérant
de leur salut, succombent sous le poids de leur infirmité, sans recou-
rir à Dieu ; 3 ° ceux qui se flattent vainement d'obtenir son secours^
sans se mettre en peine de se corriger. Les premiers habitent dans
leurs mérites, les seconds dans la défiance, les troisièmes dans leurs
320 PSAUME XC.

vices. (S. BERN.) — Celui donc qui imite le Christ en supportant


toutes les peines de ce monde, et en mettant en Dieu toute son espé-
rance, afin de n'être ni séduit par la convoitise, ni brisé par la crainte,
celui-là est vraiment l'homme qui habite sous l'aide du Très-Haut, et
qui demeure sous la protection du Dieu du ciel. — « Il reposera sous
la protection du Dieu du ciel, » c'est-à-dire que, fort de cette protec-
tion, il ne craindra rien de ce qui existe ou de ce qui peut arriver
sous le ciel. C'est le complément de ce que le Psalmiste vient de dire
dans la première partie de ce verset : l'assistance du Très-Haut a sur-
tout pour b u t de nous aider à faire le bien; sa protection, de nous
défendre du mal. Et remarquez qu'il ne dit pas : Il demeurera en
présence du Dieu du ciel, mais sous la protection du Dieu du ciel.
Les Anges tressaillent de joie en sa présence; pour moi, puissé-je me
reposer sous sa protection ! Les Anges sont heureux d'être éternelle-
ment en la présence de Dieu, puissé-je, quant à moi, être en sécurité
sous cette divine protection ! ( S . BERN.) — Pour habiter ainsi dans le
secret du Très-Haut, il ne suffit pas d'un acte passager de foi, d'espé-
rance, il faut une longue habitude, une persévérance constante à
mettre sa confiance en Dieu; il faut, pour ainsi dire, s'être construit
une maison, une demeure en Dieu et la porter avec soi. « Il demeu-
rera sous la protection du Dieu du ciel. » Il ne s'agit point non plus
ici d'un séjour transitoire, comme dans une de ces cabanes élevées
dans les vergers ou dans les vignes, comme sous la tente du voyageur:
c'est une demeure permanente. — Or, il n'y a que les hommes d'orai-
son qui habitent ainsi d'une manière permanente dans le secret de
Dieu. Pour s'élever à ce secret de Dieu, il faut faire ce que saint Gré-
groire expliquait par cette comparaison sensible : Vous voyez, disait-il,
l'eau qui jaillit d'un tuyau, elle se met au niveau du réservoir d'où
elle est descendue ; mais donnera-t-elle ce spectacle qui fait l'agré-
ment de ceux qui en sont témoins, si elle n'est resserrée dans ce canal
étroit d'où elle s'élance en l'air ? ne se répandra-t-elle pas dans la cam.
pagne, si on la laisse en liberté ? Il en est de même de nos esprits et
de nos cœurs, toutes les fois que nous les abandonnons à eux-mêmes,
que nous les laissons s'égarer dans les occupations frivoles du monde,
ils se répandent et ne remontent point à la source de tous les biens.
— Qui dit à Dieu : « Vous êtes mon soutien, mon refuge et mon Dieu ?•
Celui qui habite sous l'aide du Très-Haut. Quel est celui qui habile
ainsi sous l'aide du Très-Haut? celui qui ne met pas son secours en
lui-môme. Quel est celui qui habite sous l'aide du Très-Haut? celui
PSAUME XC. 321
qui n'est pas orgueilleux, comme l'ont été ceux qui ont mangé le fruit
défendu, afin d'être comme des dieux, et qui ont perdu le don d'im-
mortalité qu'ils avaient reçu dans leur création, c Vous êtes mon
protecteur, et mon refuge et mon Dieu. » Ces trois mots paraissent
correspondre à trois grands bienfaits de Dieu : l'un passé, l'autre pré-
sent, et le troisième à venir. Le premier, c'est l'infinie miséricorde de
Dieu qui retire l'homme do péché, et de la voie qui conduit à la p e r -
dition, Le second, lorsque Dieu devient le refuge du pécheur converti
contre les rechutes et les tentations qui pourraient le renverser. Le
troisième, qui est le plus grand de tous, est compris dans ces paroles :
« Mon Dieu. » Dieu est mon Dieu, c'est-à-dire le souverain bien, mais
il ne le sera véritablement pour nous d'une manière personnelle, que
dans le ciel lorsque nous le verrons tel qu'il est. (S. BERN.) — Il dira au
Seigneur : « Vous êtes mon défenseur, et mon refuge, et mon Dieu. »
Toutes les créatures peuvent dire à Dieu : Vous êtes mon Créateur ;
les animaux peuvent dire : Vous êtes mon pasteur; tous les hommes
peuvent dire : Vous êtes mon r é d e m p t e u r ; mais celui-là seul peut
dire à Dieu : Vous êtes mon défenseur, qui demeure sous l'assistance d u
Très-Haut. Il ajoute : « Et mon Dieu. » Pourquoi ne dit-il pas : Notre
Dieu? parce que, dans la création, dans la rédemption, dans toutes
les autres grâces communes, Dieu est le Dieu de tous les h o m m e s ;
mais, dans les tentations, les 'élus le regardent et l'invoquent comme
leur Dieu, à titre particulier. En effet, il est disposé à défendre celui
qui est prêt à succomber, en le couvrant de sa puissante protection)
comme s'il laissait toutes les autres créatures et n'était Dieu que pour
l u i . . . Remarquez qu'il ne dit pas : J'ai espéré ou j ' e s p è r e , mais
«j'espérerai. » C'est le vœu, la résolution, l'intention do mon cœur.
Cette espérance repose dans mon sein et j ' y persévérerai. Je ne me
laisserai aller ni au désespoir ni à uno vaine espérance, parce que
maudit est celui qui pèche en espérant mal ou en désespérant; j e ne
veux pas être non plus de ceux qui n'espèrent point dans le Seigneur :
« J'espérerai en lui. » (S. BERN.) — « Il m'a délivré du piège des
chasseurs. » Sommes-nous donc des animaux ? Hélas ! oui, cela n'est
que trop vrai, * L'homme, tandis qu'il était élevé en honneur, ne l'a
point compris : il a été comparé aux bêtes sans raison et leur est de-
J
venu semblable. » (l s. XLVIII, 15.) Oui, les hommes sont comme des
animaux sans raison, comme des brebis errantes sans p a s t e u r . . .
Mais quels sont ces chasseurs? des chasseurs pleins de malice, de
ruse et de c r u a u t é ; des chasseurs qui no sonnent point du cor, dans
TOMU JI 21
322 P S A U M E XC.

la crainte qu'on ne les entende, mais qui lancent leurs flèches dans
le secret contre l'âme innocente et sans défiance. Ce sont les princes
des ténèbres, versés dans toutes les ruses du démon, et ce qu'est le
faible animal devant le chasseur adroit, l'homme le plus fin et le plus
habile l'est devant eux, à moins qu'il ne soit de ceux qui, comme dit
l'Apôtre, connaissent les pensées de Satan et à qui la sagesse de Dieu
a donné de pouvoir découvrir ses desseins artificieux et funestes.
(S. BERN.) — Le démon et ses anges tendent leurs pièges, et les
hommes qui marchent dans le Christ marchent loin de ces pièges. En
effet, le démon n'ose tendre ses pièges dans la voie qui est le Christ ;
il les pose autour de la voie, mais non sur la voie même. Que le
Christ soit toujours votre voie, et vous ne tomberez point dans les
pièges du démon. Mais celui qui erre hors de cette voie rencontre le
piège : à droite et à gauche, le démon tend ses filets, à droite et à
gauche, il place ses pièges ; vous marchez au milieu des embûches.
(S. AUG.) — De môme qu'au milieu des païens, celui qui est chrétien
est en butte aux paroles injurieuses des païens, ainsi, au milieu des
chrétiens, ceux qui veulent être plus vigilants et meilleurs que les
autres sont en butte aux insultes des chrétiens e u x - m ê m e s . . . Dans
toutes les villes, il y a nombre de mauvais chrétiens vivant dans le dé-
sordre, et celui qui veut bien vivre au milieu d'eux, celui qui veut
être sobre au milieu d'hommes intempérants, qui veut rester chaste
au milieu d'hommes débauchés, qui veut adorer Dieu purement au
milieu d'hommes qui consultent des astrologues et ne rien demander
à leurs vains calculs; enfin, celui qui veut n'aller qu'à l'église, au mi-
lieu d'hommes amis des spectacles frivoles du théâtre, celui-là est
exposé aux insultes des chrétiens eux-mêmes, qui l'accablent de pa-
roles injurieuses et qui le raillent en disant : Quant à vous, vous êtes
un grand homme, vous êtes un saint ; ils l'insultent, et de quelque
côté qu'il se tourne, à droite et à gauche, il entend des paroles outra-
geantes. S'il s'en effraye, ou s'écarle de la voie du Christ, il tombo
dans les filets des chasseurs. (S. AUG.) — Quelle est cette parole dure,
si ce n'est ce cri de l'insatiable enfer : apportez, apportez, frappez,
déchirez, mettez à m o r t , hâtez-vous de partager les dépouilles?
Quelle est cette parole dure, si ce n'est celle-ci : « Que l'impie soit
enlevé pour ne pas voir la gloire de Dieu ? » (ISAI. XXVI, 10.) De même
que les chasseurs triomphent de joie lorsque, la bêle étant prise, ils
crient : Enlevez-la, enfoncez les broches, placez-la sur le brasier,
dépecez-la et jetez-la dans la chaudière bouillante, ce fut une parole
PSAUME XG. 323
dure que celle du peuple juif lorsqu'il s'écria : i Enlevez-le, enlevez-
le, crucifiez-le. » (JEAN, XIX, 1 5 . ) Vous avez supporté cette parole
dure, Seigneur; pourquoi? si ce n'est pour nous délivrer d'une parole
s e m b l a b l e . . . Les hommes du monde, lorsque nous leur conseillons de
faire pénitence, nous répondent aussi comme les Juifs à Notre-Sci-
gneur : « Cette parole est dure. » (JEAN, VI, 6 1 . ) Quoi, c'est une chose
dure que « ces afflictions si courtes et si légères de la vie présente,
qui produiront pour nous le poids éternel d'une incomparable gloire ? »
(II COR. IV, 1 7 . ) Il vous paraît dur de racheter par un travail si court
et si léger ces souffrances et ces tortures qu'aucune limite ne v i e n -
dra terminer, qu'aucun esprit ne peut concevoir ? il vous paraît d u r
d'entendre cette parole : « Faites pénitence? » Vous êtes dans l'erreur.
Vous entendrez un jour une parole vraiment dure et redoutable :
« Allez, maudits, au feu éternel. » (MATTII. xxv, 41.) Voilà la parole
qu'il faut craindre, la seule parole qui doit vous paraître dure, et
vous trouverez alors que le joug du Seigneur est doux et son fardeau
léger. ( S . B E R N . )
II. — 4-8.

f. 4-8. « Il vous mettra comme à l'ombre sous ses épaules, et vous


espérerez sous ses ailes. » Il est évident que cet abri de deux ailes
étendues indique suffisamment que vous êtes comme entre les épaules
de Dieu, de sorte que ses ailes, au milieu desquelles vous êtes, vous p r o -
tègent de chaque côté, et font que vous n'avez rien à craindre de per-
sonne. Gardez-vous seulement de quitter un asile où nul ennemi n'ose
pénétrer. Si la poule protège ses poussins, combien plus serez-vous
eisûreté sous les ailes de Dieu contre le démon et ses anges ? (S. AUG.)
— Quatre bienfaits signalés nous sont accordés à l'ombre des épaules
de Dieu : Dieu nous cache sous ses épaules; il nous protège contre les
attaques des oiseaux de proie, qui sont les puissances do l'air; il nous
y offre un ombrage salutaire et rafraîchissant, ot nous met à l'abri
des ardeurs brûlantes du soleil ; enfin, il nous y nourrit et nous y r é -
chauffe, comme la poule réchauffe ses poussins, qu'elle cache sous ses
ailes. (S. BERN.) — Bouclier impénétrable de là vérité de Dieu, qui
rend invulnérables ceux qui savent s'en servir. Un casque couvre seu-
lement la tête, une cuirasse ne peut défendre qu'une partie du corps,
mais le bouclier est une défense générale qu'on peut hausser et"bais-
ser et tourner autour du corps. (DUG.) — Environné de ce bouclier
do la foi fondée sur la vérité de Dieu, on ne craint ni les tentations
324 PSAUME XC.
de pusillanimité figurées par les craintes nocturnes dont parle le
Prophète, ni les tentations de vaine gloire et d'orgueil signifiées par la
ilèchc qui vole durant le jour, ni les tentations d'avarice et le désir
des richesses qui répandent de profondes ténèbres dans l'âme et l'a-
veuglent, ni les tentations d'impureté signifiées par les assauts du
démon du midi, qui cherche à nous embraser des feux de la convoi-
tise. — Après avoir rassuré l'homme juste et plein de confiance en
Dieu, le Prophète lui fait voir la défaite de ses ennemis, et la protec-
tion toute particulière dont il sera l'objet. Cette victoire ne sera
complète que dans la vie future, et le spectacle du châtiment des
impies fera une partie de la gloire des justes. — « Mais cependant
vous considérerez de vos yeux. » Pourquoi ces mots : « Mais cepen-
d a n t ? » C'est qu'il a été permis aux impies de s'élever arrogamment
contre vos serviteurs; c'est qu'il a été permis aux impies de persécu-
ter vos serviteurs. Est-ce impunément ? Non, ce ne sera pas impuné-
m e n t ; car, bien que vous l'ayez permis, et que vos serviteurs n'en
aient que mieux mérité leur couronne, « cependant, ils considére-
ront de leurs yeux, et ils verront la punition des pécheurs. » Mainte-
nant, nous avons besoin de voir, avec les yeux de la foi, et leur élé-
vation temporaire et les larmes qu'ils verseront éternellement. Un
pouvoir passager leur a été donné sur les enfants de Dieu, mais il leur
sera dit un j o u r : « Allez dans le feu éternel. » Et quiconque a des
yeux pour voir, considérera de ses y e u x ; et c'est là un terrible spec-
tacle que de voir l'impie florissant en ce monde, et de fixer les yeux
sur lui pour contempler par la foi les supplices qui lui sont réservés
à la fin, s'il ne se corrige pas ; car ceux qui maintenant prétendent
manier la foudre seront plus tard foudroyés. ( S . AUG.) — Les justes
trouveront, dans la considération des supplices des pécheurs un sujet
tout à la fois d'actions de grâces et de joie : 1° parce que, grâce à la
seule miséricorde du Rédempteur, ils ont échappé à ces supplices
éternels ; 2° parce qu'ils jouiront d'une sécurité parfaite, en voyant
les châtiments des pécheurs, dont ils n'auront plus à craindre ni la
malice ni les attaques diaboliques, et qu'ils verront non plus seule-
ment lombes à leur droite et à leur gauche, mais tombés pour tou-
jours dans l'enfer; 3° à cause de la comparaison qu'ils feront de leur
état avec celui des pécheurs, comparaison qui fera ressortir l'éclat cl
— l a splendeur de la gloire dont ils seront couverts ; 4° parce qu'ils ver-
ront dans les supplices des méchants l'accomplissement des desscinî
providentiels de la sagesse et de lajustice divine ( S . BEIUN.)
PSAUME XG. 325
fi. 9, 10. Les hommes cherchent toujours un asile dans les lieux
les plus élevés. Celui qui se réfugio dans le sein do Dieu établit sa
demeure dans l'asile le plus élevé, le plus fort, lo plus inaccessible
aux entreprises des hommes. Il en est beaucoup qui veulent se faire
un refuge en Dieu, pour échapper aux tempêtes de cette vie. Or, le
refuge que Dieu nous présente et où l'on peut fuir la colère à venir,
est en un lieu très-élevé et très-caché. (S. AUG.) — « Vous avez placé
votre refuge en un lieu très-élevé. » Le tentateur ne pourra en appro-
cher, le calomniateur ne pourra y monter, le malheureux accusateur
de ses frères ne pourra jamais y a t t e i n d r e . . . « Vous avez placé votre
refuge en un lieu très-élevé ; vous avez choisi le Très-Haut pour votre
refuge. » Fuyons souvent dans ce refuge, le lieu est fortifié, aucun
ennemi n'y est à craindre. Plût à Dieu que nous pussions toujours y
demeurer 1 mais cela n'est point possible dans la vie présente. Ce qui
est maintenant pour nous un refuge, deviendra un j o u r pour nous
une demeure et une demeure permanente pour l'éternité. Mais en
attendant, bien qu'il ne nous soit pas donné d'y demeurer toujours,
recourons souvent à ce refuge. Dans toutes nos tentations, dans toutes
nos tribulations, dans toutes nos nécessités, de quelque nature qu'elles
soient, cette ville de refuge nous est ouverte, le sein de notre mère
nous attend, les entrailles de la miséricorde sont prêtes à nous rece-
voir. (S. B E R N ) — Un des fruits de cette espérance que le juste place
dans le Très-Haut, c'est que le mal n'approchera point do lui. Or, il
est deux sortes de maux : le péché et la peine due au péché ; le péché
ef.t le mal proprement dit, la peine n'est qu'un mal relatif, aussi
est-ce cette peine qu'il faut entendre par le châtiment ou les fléaux dont
parle ici le Prophète. Que le péché seul soit un mal dans le sens
absolu du mot, et qu'il n'en soit pas ainsi de la peine, cela est évi-
dent : le péché seul nous rend mauvais, tandis que la peine ne nous
rend que malheureux; personne ne peut se servir du péché pour lo
bien, tandis que l'on peut rendre la peine méritoire; le péché n'est
jamais utile, car toujours il nous fait perdre plus qu'il ne nous donne ;
on ne peut jamais dire qu'il est un bien, car il est toujours une ini-
quité, tandis que la peine peut nous être bonne et utile ; on ne peut
dire que Dieu est l'auteur du péché, car tout ce qu'il fait est bien,
tandis qu'on peut rapporter la peine à sa justice. (S. BERNARD.— BEL-
URMIN.) — Lorsque le péclié aura été complètement détruit, la cause
étant ôtée, reflet cessera d'exister, et le mal ne pouvant plus a p p r o -
cher de vous, les fléaux ne pourront plus atteindre votre tente, et le
326 PSAUME XG.
châtiment sera d'autant plus éloigné de l'homme extérieur que
l'homme intérieur sera p u r et affranchi de toute faute. (S. BERN.)

III. — 11-16.

f, 11-13. 1° Providence admirable de Dieu, qui députe à la garde


de chacun de nous un des Anges qui voient sa face dans les cieux. —
Qui a commandé, à qui a-t-il commandé, dans l'intérêt de qui et
qu'a-t-il commandé ? d'où nous pouvons conclure l'amour de Dieu
pour nous, l'amour que les Anges nous portent, et la dignité de notre
âme. (S. JÉR., S. BERN.) — Qui a donné ce commandement? quel est
le Maître des Anges, de qui reçoivent-ils des ordres pour les exécuter?
à la volonté de qui obéissent-ils ? C'est donc la souveraine majesté qui
a commandé aux Anges, et à ses Anges, c'est-à-dire à ces intelligences
sublimes et bienheureuses qui se tiennent si près de lui, qui lui sont
unies, qui vivent dans sa familiarité, et qui sont vraiment de la mai-
son de Dieu, il leur a commandé à votre sujet. Qui êtes-vous? Sei-
gneur, qu'est-ce que l'homme, pour que vous vous souveniez dé lui,
ou le Fils de l'homme, pour que vous pensiez à lui? L'homme n'est-il
pas un assemblage de corruption, et le Fils de l'homme un ver de
terre ? Et que pensez-vous qu'il ait commandé aux Anges à votre
sujet? A-t-il écrit contre vous des choses amères? Leur a-t-il com-
mandé de faire éclater sa puissance contre une feuille que le vent
emporte ? Leur a-t-il commandé de faire disparaître l'impie, pour qu'il
ne voie point la gloire de Dieu ? Voilà ce qu'il aurait dû commander,
mais tel n'est point l'objet de ses ordres : « Il a commandé à seB
Anges de vous garder dans toutes vos voies. • Comme ces paroles
doivent vous inspirer un profond respect, vous pénétrer d'une tendre
:
dévotion, et mettre dans votre cœur une confiance sans bornes, un
profond respect pour la présence de ses Anges, un sentiment de ten-
dre affection pour leur bienveillance à votre é g a r d , une confiance
sans bornes dans des gardiens aussi fidèles 1 ( 6 . BERN.) — 2 ° Fin pour
laquelle les Anges sont préposés à notre garde. Pour nous garder
dans toutes nos voies, c'est-à-dire dans toutes nos pensées, dans toutes'
nos affections, dans toutes nos paroles, dans toutes nos actions, ce
sont là les voies par lesquelles nous allons à Dieu. Or, les Anges nous
conduisent dans la voie du ciel; (Exod. x x m , 2 0 ) ; ils raniment
notre courage et nous donnent des forces pour entrer généreusement
dans cette voie. — « Ils vous garderont dans toutes vos voies. »
PSAUME XG. 327

Quelles sont ces voies ? celles dans lesquelles vous marchez en évi-
tant le mal et en fuyant la colère à venir. Il y a bien des voies, il en
est de toutes sortes, ce qui crée un danger des plus grands p o u r le
voyageur. Qu'il est facile, dans cet entrecroisement de routes multi-
pliées, d'en prendre une qui nous égare, si nous manquons de discer-
nement dans la voie que nous choisissons ; car Dieu n'a pas commandé
à ses Anges de nous garder dans toutes les voies, mais dans toutes nos
Voies. Il est des voies dont il faut nous garder, voies semées d'écucils,
bordées de précipices,voies bien différentes de celles où nous avons besoin
d'être gardés. (S. BERN.) — Une fois fortifiés, les Anges nous indiquent
clairement le chemin. Ils nous aident au milieu des difficultés de la route;
ils combattent pour nous si l'ennemi vient à nous attaquer. — 3 °
Amour avec lequel les Anges remplissent cette mission ; ils nous por-
tent dans leurs mains : figure empruntée à la nourrice, à la mère qui
portent leurs enfants dans leurs bras. Les mains des Anges sont l'in-
telligence et la volonté. — Nos pieds sont les affections de notre
âme, et les deux principales affections sont l'amour et la crainte.
Toute action, toute parole, tout désir de l'homme vers un objet quel-
conque sont l'effet de l'amour ou de la crainte, l'amour d'un bien
que nous voulons acquérir ou la crainte d'un mal que nous a p p r é -
hendons de souffrir; et nous heurtons notre pied contre la pierre,
lorsqu'à l'occasion d'un bien temporel que nous désirons acquérir,
ou que nous craignons de perdre, nous tombons dans le péché.
(S. AUG.) — Saints Anges, tous tant que vous êtes, « qui voyez la face
de Dieu, » et à qui il a commandé de nous garder dans toutes nos
voies, développez sur notre faiblesse les secours de toutes les sortes
que Dieu vous a mis en main pour le salut de ses élus, pour lesquels
il a daigné vous établir des esprits administrateurs. (BOSSUET, Elév.
iv, S. m , E.) — O Anges du ciel, j e vis au milieu du monde, où les
scandales m'entourent ; veillez sur moi et gardez-moi, c'est lo Sei-
gneur lui-même qui l'ordonne. Vous dont les yeux contemplent la
face du Très-Haut, abaissez cependant vos regards jusqu'à mes pieds,
et, en même temps que vous soutenez le monde que Dieu a lancé dans
l'espace, portez-moi entre vos mains, pour que mes pieds ne se heur-
tent jamais à la pierre du scandale. — Le démon, le premier et le
plus dangereux ennemi du genre humain, figuré sous les noms d'aspic,
de basilic, de lion et de dragon, suivant les différentes manières dont
il cherche à nous attaquer. Ces animaux représentent aussi quatre
vices principaux : l'aspic, les suggestions secrètes des esprits im-
328 PSAUME XC.
mondes (S. GRÊG.) ; le basilic, la vaine gloire ou l'envie (S. BERN.) ; le
lion, l'orgueil, et le dragon, la colère.
fi. J ï-lG. La vraie connaissance de Dieu est celle qui est jointe à
l'espérance et à l'amour. Connaître Dieu autrement, c'est le connaître
d'une manière stérile. — Ne craignez pas, lorsque vous êtes dans l'af-
l
fliction, que Dieu, pour ainsi dire, ne soit pas avec vous : que la fo
soit avec vous, et Dieu est avec vous dans vos tribulations. La mer
soulève ses flots, et vous êtes balloté dans votre barque, parce que le
Christ est endormi. Si votre foi dort dans votre cœur, c'est comme si
le Christ, qui habite en vous par la foi, dormait dans votre navire.
Lorsque vous commencez à ressentir quelque agitation, réveillez le
Christ qui dort ! excitez votre foi, et vous sentirez qu'il ne vous aban-
donnera pas. (S. AUG.) — Tout l'Evangile n'est, en quelque sorte, que
le commentaire de cette belle parole du Prophète : « Je suis avec
lui dans la tribulation. » Dieu a toujours été avec les justes dans la
tribulation, mais cette vérité a reçu une application bien plus sensi-
ble et plus générale depuis que le Verbe de Dieu a daigné se faire
semblable à nous et passer lui-même par toutes les tribulations. —
« Je le sauverai et le glorifierai. » A qui ne suffirait-il pas d'être glo-
rifié par Celui dont les œuvres sont parfaites? car une si grande
immensité ne peut glorifier ses élus que d'une manière immense. La
glorification doit être nécesssairement grande, en descendant d'une
gloire aussi magnifique. (11 PIER. I, 1 7 . ) La gloire du monde est trom-
peuse, son éclat est vain, les jours de l'homme sont courts. Le sage
ne désire pas cette gloire, il dit du fond du cœur à Celui qui voit le
fond des cœurs : « Je n'ai point désiré le j o u r de l'homme, vous le
savez. » (.TER. xvn, 1 6 . ) Je désire quelque chose de plus précieux. Je
sais celui qui a dit : « Je ne reçois pas la gloire qui vient de l'homme.»
(JEAN, V, 4 1 . ) Que nous sommes misérables de chercher la gloire qui
vient dos hommes, ot de no pas vouloir de celle qui vient de Dieu
seul ! Celle gloire pour laquelle nous n'avons que de l'indifférence,
est la seule qui ait de la durée, la seule qui puisse remplir nos désirs.
(S. BERN.) — Qu'est-ce que la longueur des j o u r s ? la vie éternelle.
No pensez pas qu'il s'agisse ici d'une longueur de jours analogue à
celle des jours de l'été, qui sont plus longs que ceux de l'hiver. Sont-cc
de tels jours que Dieu doit nous d o n n e r ? Non, la longueur des jours
n'a pas de fin, c'est la vie éternelle. (S. AUG.) — « Et j e lui ferai voir
le salut que je lui destine, » c'est-à-dire je lui montrerai le Christ lui-
même. Mais comment? N'a-t-on pas vu le Christ sur la t e r r e ? qu'a-
PSAUME X C . 329
t-il donc d'extraordinaire à nous montrer ? Mais le Christ n'a pas ôté
vu de la môme manière que nous le verrons. Il n'a été vu que comme
l'ont vu ceux qui l'ont crucifié, et nous, qui ne l'avons pas vu, nous
avons cru en lui. Us avaient des yeux, n'en avons-nous donc p a s ?
Nous en avons, et ces yeux sont les yeux du coeur ; mais nous voyons
fncore par la foi et non en réalité. Quand viendra la réalité ? lorsque
nous le verrons face à face, (I COR. XHI, 12), selon l'expression de l'A-
pôtre, et selon la promesse que Dieu nous en a faite, comme de la
plus grande récompense de tous nos travaux. Quel que soit votre t r a -
vail, vous travaillez pour arriver à cette vision. Nous avons donc à
voir je ne sais quoi de grand, puisque cette vue doit ôtre toute notre
récompense ; or, cette vision incomparable est celle de Noire-Seigneur
Jésus-Christ. (S. AUG.) — Le Psalmiste, après avoir dit : « Je le com-
blerai de jours, » semble répondre à cette question : d'où viendra le
jour dans cette cité dont nous lisons : « Et la ville n'a pas de besoin
du soleil ni de la luno pour l'éclairer, car il n'y aura plus de nuit? »
(Aroc. xxi, 23.) « Je lui ferai voir mon salut, » dit-il, et ainsi l'A-
gneau sera le flambeau, la lumière qui l'éclairé. Ce n'est plus par
la foi que j e l'instruirai, j e ne l'exercerai plus par l'espérance, lo
temps de l'épreuve est passé ; j e comblerai ses désirs par la claire
vision : « J e lui ferai voir mon salut, » j e lui ferai voir mon Jésus,
afin qu'il contemple éternellement celui en qui il a cru, qu'il a aimé,
qu'il a toujours désiré. «Montrez-nous, Seigneur, votre miséricorde, et
donnez-nous votre salut; » montrez-nous celui quo vous nous destinez
pour Sauveur, et cela nous suffit; car qui le voit, vous voit aussi,
pixee qu'il est en vous et que vous êtes en lui. Or, « la vie éternelle
consiste à vous connaître, vous le seul vrai Dieu et Jésus-Christ quo
vous avez envoyé. » (JEAN, xvn, 3), (S. BERN.) — La gloire réservée
au juste consiste donc dans une durée sans bornes et dans la vision
du Sauveur; c'est cette manifestation pleine et entière de lui-mômo
qu'il promettait à ses Apôtres, lorsqu'il disait : « Celui qui m'aime
Mra aimé de mon Père, j e l'aimerai et j e me manifesterai à lui. »
(JEAN, XIV, 21.) «Les deux promesses comprises dans ce verset ne sont
donc rien moins que l'éternité et la vue de Jésus-Christ ; l'une sans
l'autre ne rassasierait pas l'homme juste ; l'éternité sans Jésus-Christ
ne pourrait ôtre que l'enfer, et la vue de Jésus-Christ sans l'éternité ne
pourrait ôtre qu'une béatitude passagère, p a r conséquent sujette à la
crainte de la perdre, et au regret de l'avoir perdue. » (BERTIIIER.)
330 PSAUME XCI.

PSAUME XCI.

Psalmus Canlici, in dio sabbati. Psaumc-Cantiquo,pourlo jour du sab-


bat.
1. Bonum est confiteri Domino, 1. Il est bon de louer le Seigneur, et
et psallere nomini tuo, Altissime; de chanter à la gloire do votre nom, ô
Très-Haut !
2. Ad annuntiandum mane mi- 2. pour annoncer le matin votre mi-
sericordiam tuam, et veritatem séricorde, et votre vérité durant la nuit,
tuam per noctem ;
3. In decachordo psalterio : 3. sur l'instrument à dix cordes, avoc
cum cantico, in cithara. des cantiques sur la harpe.
4. Quia delectasti me, Domine, 4. Car vous m'avez, Seigneur, rempli
in factura tua : et in operibus ma- de joie, par la vue de vos créatures; et
nuum tuarum exultabo. devant l'ouvrage de vos mains, je tres-
saillirai d'allégresse.
5. Quam magnifieata sunt. opéra 5. Que vos oeuvres, Seigneur, sont
tua, Domine! nimis iprofuudce magnifiques ! Vos pensées sont profon-
factaî sunt cogitationes tua?. des et impénétrables!
6. Vir insipiens non cognoscet : 6. L'homme insensé ne les connaîtra
et stultus non intelligct hœc. point, et l'homme stupide n'en aura point
l'intelligence.
7. Cum exorti fuerint peccatores 7. Lorsque les pécheurs seserontpro-
sicut fœnum : et apparuerint om- duits au-dehors comme l'herbe, et quo
nes, qui operantur iniquitatem : tous ceux qui commettent l'iniquité au-
ront paru avec éclat;
Ut intereant in saeculum saeculi : C'est pour périr dans les siècles des
siècles.
8. tu autem Altissimus in ceter- 8. Mais pour vous, Seigneur, vous êtes
num, Domine. éternellement le Très-Haut.
9. Quoniam ecce inimici tui, 9. Car voici que vos ennemis, Seigneur,
Domine, quoniam ecce inimici tui voici que vos ennemis vont périr ; et tous
peribunt : et dispergentur omnes, ceux qui commettent l'iniquité seront
qui operantur iniquitatem. dissipés.
10. Et exaltabitur sicut unicornis 10. Et ma force s'élèvera comme la
cornu meum : ot soneclus moa in corno do la licorno; ot ma vieillesse se
misericordia uberi. renouvellera par votro abondanlo misé-
ricorde.
11. Et despexit oculus meusini- H . Et mon œil a regardé mes ennemis
micos mcos : et in insurgentibus avec mépris; et mon oreille entendra
in me malignantibus audict auris avec complaisance la punition dos mé-
mea. chants qui s'élèvent contre moi.
12. Justus ut pabna fïorebit : 12. Lo juste fleurira comme lo pal-
sicut cedrus Libani multiplicabitur. mier; il se multipliera comme le cèdre
du Liban.
13. Plantati in domo Domini, 13. Ceux qui sont plantés dans la mai-
in atriis domus Dei nostri florebunt. son du Seigneur fleuriront dans les par-
vis de la maison de notre Dieu.
14. Adhuc multiplicabuntur in 14. Ils se multiplieront de nouvoau
senecta uberi : et bene patientes dans une vieillesse féconde ; et ils seront
erunt, remplis de force et de patience,
15. ut annuntient : 15. pour annoncer que le Seigneur
Quoniam roctus Dominus Deus notro Dieu est plein d'équité, et qu'il n'y
noster : et non est iniquitas in co. a point d'injustice on lui.
PSAUME XCI. 331

Sommaire a n a l y t i q u e .

Dans ce Psaume, composé pour ôtre chanté le jour du sabbat, David t


en contemplation devant l'œuvre do la création et lo gouvernement de a
Providence divine (1),
I. — DÉCLARE QU'IL EST JUSTE ET BON DE LOUEB DIEU
1° De cœur,
2° De bouche, a) pour annoncer le matin la miséricorde de Dieu, b) o
sa vérité pendant la nuit (1,2);
3° Avec le concours des instruments (3).
II. — IL MOTIVE LA DÉCLARATION QU'lL VIENT DE FAIRE, C'EST A CAUSE
i» De l'œuvre de la création ; a) c'est un spectacle admirable et qui rem-
plit de joie l'âme de ceux qui le considèrent avec attention (4) ; 6) il reste
impénétrable pour ceux qui le considèrent sans intelligence (5, 6) ;
2° Du gouvernement do l'univers et de la Providence divine , qui parait
a) dans le sort réservé aux méchants après leur prospérité passagère ;
6) dans lè règne éternel de Dieu et do son Christ, et dans son triomphe
sur' ses ennemis (9), c) dans la protection signalée que Dieu accorde â ceux
qui lui sont fidèles : 1) Dieu les élève pendant leur vie, 2) il les comble de
biens jusque dans leur extrême vieillesse (10) ; 3) à la mort, ils méprisent
leurs ennemis (11); 4) ils fleurissent comme le palmier et se multiplient
comme le cèdre (12); 5) la raison de cet éclat, de cette fécondité, c'est
qu'ils sont plantés dans la maison du Seigneur, et qu'ils se multiplieront
(dans une vieillesse féconde, pour annoncer lajustice et la sainteté de
Pieu (13, 15).

Explication^ Considérations.

I.-1-.3.
s
f. 1-3. Prenez conseil des hommes, ils v o J ' diront qu'il est bon de
r d e
faire sa cour aux grands de la terre, de les flatv.? » chanter leurs
n o r a
louanges, d'élever des monuments à la gloire de leuT - Conseils
v o
frivoles et presque toujours pernicieux. Le Prophète n t ^ qu'une
, mma
occupation vraiment louable et nécessaire, c'est de rendre ho . S»©
au Seigneur, de célébrer son saint n o m ; et n'ayons point la tôméri^»
dit saint Augustin, de môler notre amour-propre, notre vanité, dansï
le culte q u e nous rendons à Dieu. Il nous a été dit que nos noms se-
raient écrits dans le ciel et dans le livre de vie, mais c'est à condition
que nous n'aurons recherché que la gloire du nom deDieu. Que votro
332 PSAUME XCI.
nom soit sanctifié, c'est la prière qui nous est recommandée, et quel
nom peut être mis en parallèle avec le nom de Dieu? (BERTUIER). —
Il est très-juste, très-utile très-agréable et très-glorieux de louer
le Seigneur : très-juste, parce que cette louange lui est d u e ; très-utile,
parce qu'elle est pour nous la source d'un grand mérite et, par là
même, d'une grande récompense ; très-agréable, car rien n'est plus
doux que de louer ce qu'on aime ; très-glorieux, parce que c'est la
fonction même des Anges. (BELLARM.). — « Il est bon de confesser au
Seigneur. » Que confesser au Seigneur? Dans l'un ou l'autre cas, con-
fessez au Seigneur, si vous avez péché, que c'est vous qui l'avez fait;
si vous avez accompli quelque bien, que c'est lui qui l'a fait. Alors
vous chanterez sur le psalterion, au nom du Dieu Très-Haut, cher-
chant sa gloire et non la vôtre, son nom et non pas le vôtre. Si vous
cherchez le nom de Dieu, il cherchera aussi le vôtre; mais, si vous
effacez le nom de Dieu, il effacera aussi le vôtre. (S. AUG.).— Le jour
et la nuit sont également propres à faire retentir les louanges de
Dieu, les louanges de sa bonté et les louanges de sa vérité. Aussi
e
David nous dit-il, dans un autre Psaume, le XXXIII , qu'il bénitle Sei-
gneur en tout temps, que sa louange est toujours dans sa bouche.
Cependant, il semble que la lumière venant tous les matins révéler à
l'homme les innombrables merveilles de la création, le jour soit par
excellence le temps favorable à l'expression des sentiments d'admira-
tion et de reconnaissance qu'excite la vue de tant de bienfaits, uni-
quement dus à la bonté divine; et que la nuit, si riche aussi en
merveilleux ouvrages du Créateur, mais qui en voile une grande partie,
qui ensevelit dans un vaste silence les villes et les campagnes, les
montagnes et los mers, soit plus spécialement destinée aux pensées
graves, aux méditations sérieuses, aux sentiments de vénération et de
crainte, à tout ce qui inspire, en un mot, l'idée de la vérité, qui est
en même temps l'idée de la justice. (RENDU). — Que signifie encore
qu'il faut annoncer la miséricorde de Dieu le matin et la vérité de
Dieu pendant la nuit? Le matin représente le bonheur dont nous pou-
vons jouir; la nuit représente la tristesse que nous cause le malheur.
Qu'est-ce donc que le Prophète a exprimé dans ce peu de mots ? Quand
vous êtes dans le bonheur, réjouissez-vous en Dieu, parce que ce
bonheur est l'œuvre de sa miséricorde. Mais, direz-vous, si je me
réjouis en Dieu quand je suis dans le bonheur, parce quo cet heureux
clal est l'œuvre de sa miséricorde, que ferai-jc lorsque j e serai dans
la tristesse e t d a n s l'aflliclion?Le bonheur me vient d e s a miséricorde,
PSAUME XCI. 333
le malheur me viendrait-il de sa c r u a u t é ? Si je loue sa miséricorde
quand j e suis heureux, accuserai-je sa cruauté quand j e serai m a l -
heureux? Non : mais dans le bonheur, louez sa miséricorde et, dans
lo malheur, louez sa vérité; s'il châtie vos péchés, il n'est point
injuste pour cela. Daniel était dans la nuit lorsqu'il priait, car Jéru-
salem était captive, elle était au pouvoir des ennemis. Alors les saints
étaient accablés de mille m a u x ; alors Daniel lui-môme fut Jeté dans la
fosse aux lions; alors les trois jeunes hommes furent précipités dans
la fournaise. C'était la nuit, et, pendant cette nuit, Daniel glorifiait le
Seigneur ; il disait dans sa prière : « Nous avons péché, nous avons
agi en impies, nous avons commis l'iniquité; la gloire est à vous, Sei-
gneur, et à nous la confusion. » (DAN. vr, 5-7). Il annonçait la vérité
de Dieu pendant la nuit. Que signifie annoncer la vérité de Dieu p e n -
dant la nuit? Ne pas accuser Dieu du mal que vous souffrez, mais
l'attribuer à vos péchés et à l'amendement qu'il veut produire en vous.
Si vous annoncez sa miséricorde lo matin et sa vérité pendant la nuit,
vous louez Dieu en tout temps, vous confessez Dieu en tout temps et
vous célébrez son nom sur le psalterion. (S. AUG.).— Ces instruments
de musique qu'on touchait avec la main, le chant qu'on y joignait,
nous apprennent qu'il faut louer Dieu et de bouche et par les œuvres.
Si vous prononcez seulement des paroles, vous chantez un cantique
sans l'accompagner sur la cithare; si vous agissez seulement sans y
joindre de bonnes paroles, vous ne faites que jouer de la cithare. 11
vous faut donc bien dire et bien faire, si vous voulez chanter sur la
cithare. (S. AUG.).
II. — 4-15.

f. 4, 5. David ne dit point : La vue de vos créatures m'a rempli de


joie; mais vous m'avez rempli de joie dans la vue de vos créatures,
car il ne faut pas s'arrêter dans la joie que donnent les créatures;
c'est le Créateur qu'il faut voir en elle, et c'est en lui qu'il faut nous
réjouir : 1° parce qu'il est caché sous les créatures comme sous un
voile; 2° parce qu'il ne cesse d'agir dans toutes les créatures; 3°parce
qu'il est infiniment plus beau, plus parfait que tous les êtres qu'il a
créés. — On aime à entendre David pousser ces cris de joie à la vue
des beautés de la nature, et nous pouvons très-justement en conclure
que l'étude des sciences naturelles est bien loin d'être contraire à la
religion. Ces sciences sont belles, quand on sait en pénétrer l'esprit;
elles sont nuisibles, quand on les prend à la légère. Un peu de science
334 PSAUME XCI.

éloigne de l'esprit et de Dieu, beaucoup de science" y ramène. ï l faut


travailler beaucoup pour estimer la matière, pour comprendre ce
qu'elle a de beau, de régularité m a t h é m a t i q u e , d'obéissance absolue
aux lois; et puis ii faut travailler encore pour comprendre combien
elle est cependant peu de chose.— David s'élève de la contemplation
des créatures jusqu'au Créateur lui-môme, et c'estle Créateur qu'il aime
en elles. Epris de l'amour de cette beauté immortelle, il se prend à
l'aimer et à se réjouir en Dieu. — C'est Dieu lui-même qui doit nous
remplir de joie en nous manifestant les œuvres de ses mains. Si les
beautés sensibles répandues dans les ouvrages du Créateur fixent nos
pensées, si c'est dans elles que nous concentrons nos sentiments, elles
nous enchantent, nous séduisent et deviennent pour nous un filet où
les pieds des insensés sont pris. (SAG. XIV, 11). — Saint Augustin
admirait les œuvres de Dieu, mais il ajoutait : « Qu'est-ce en compa-
raison de v o u s , Seigneur? à votre présence, toute b e a u t é , toute
bonté s'éclipse. — C'est à quoi doivent mener les hautes sciences.
Philosophes de nos j o u r s , de quelque r a n g que vous soyez, ou
observateurs des astres, ou contemplateurs de la nature infé-
rieure et attachés à ce qu'on appelle physique, ou occupés des
sciences abstraites qu'on appelle mathématiques, où la vérité semble
présider plus que dans les autres, j e ne veux pas dire que vous n'ayez
de dignes objets de vos pensées; car, de vérité en vérité, vous pouvez
aller jusqu'à Dieu, qui est la vérité des vérités, la source de la vérité,
la vérité môme, où subsistent les vérités que vous appelez éternelles,
les vérités immuables et invariables, qui ne peuvent pas ne pas être
vérités, et que tous ceux qui ouvrent les yeux voient en eux-mêmes,
et néanmoins au-dessus d'eux-mêmes, puisqu'elles règlent leurs rai-
sonnements comme ceux des autres et président aux connaissances de
tout ce qui voit et qui entend, soit hommes, soit anges. C'est cette vé-
rité que vous devez chercher dans vos sciences. Cultivez donc ces
sciences, mais ne vous y laissez point absorber ; ne présumez pas et
ne croyez pas être quelque chose plus que les autres, parce que vous
savez les propriétés et les raisons des grandeurs et des petitesses,
vaine pâture des esprits curieux et faibles qui, après tout, ne mène à
rien, qui existe et qui n'a rien de solide qu'autant que, par l'amour
de la vérité et l'habitude de la connaître dans des objets certains, elle
fait chercher la véritable et utile certitude en Dieu seul. (BOSSUET,
Elév. XVÏI, S. m , E.). — Que vos ouvrages sont magnifiques, Sci-
g n e u r l Vos pensées sont d'une profondeur infinie. En vérité, il n'y a
PSAUME XCI. 335
pas de mer si profonde que ne l'est cette pensée de Dieu, de laisser les
méchants dans la prospérité et les bons dans la souffrance; point
d'eaux aussi profondes, point d'eaux aussi h a u t e s ; c'est dans cette
hauteur, c'est dans cette profondeur que tout incrédule fait naufrage.
Youlez-vous franchir cet abîme? Ne quittez pas la croix du Christ,
vous ne serez pas submergé ; tenez-vous attaché au Christ. Que signi-
fie ce que j e viens de dire : tenez-vous attaché au Christ? C'est q u e
tel est le b u t des souffrances qu'il a voulu endurer sur la terre. Souf-
frez donc et supportez les afflictions de ce monde, pour mériter cette
fin que vous avez vu réalisée dans le Christ, et ne vous laissez pas
ébranler par l'exemple de ceux qui font le mal et sont florissants en ce
monde. « Vos pensées sont d'une profondeur infinie. » Quelle est la
pensée de Dieu? Pour le présent, il lâche les rênes, mais il les resser-
rera plus tard. Ne partagez pas la joie du poisson qui triomphe de la
proie qu'il a saisie : le pêcheur n'a pas encore retiré l'hameçon, mais
l'hameçon est déjà dans la gorge du poisson. Le temps qui vous
paraît long est court; car toutes choses passent vite. Qu'est-ce que
la plus longue vie de l'homme auprès de l'éternité de Dieu? Voulez-
vous avoir de la longanimité ? considérez l'éternité de Dieu ; autrement,
vous considérez ce peu de jours qui sont à vous, et vous voulez q u e ,
dans ce peu de jours, toutes choses s'accomplissent. Mais quelles
choses donc? Que tous les impies soient condamnés et que tous les
bons soient couronnés. Voulez-vous donc les voir toutes accomplies
pendant le court espace de votre vie? Dieu les accomplit à son h e u r e .
Pourquoi en ressentir ou vous en faire de l'ennui? Dieu est éternel ; il
diffère, il montre de la longanimité. Mais vous dites : c'est parce que
je ne dure qu'un moment que je manque de longanimité. Il est en votre
pouvoir d'être comme Dieu: unissez votre cœur à l'éternité de Dieu et
vous serez éternel avec lui. (S. AUG.).
f. 6 - 9 . Quels sont ces insensés? Ceux dont saint Paul a dit : « Ayant
connu Dieu, ils ne l'ont point glorifié comme Dieu, et ne lui ont point
rendu grâces, mais ils se sont évanouis dans leurs pensées et leur cœur
insensé a été obscurci. Ces hommes, qui se disaient sages, sont deve-
nus fous ; » (ROM. I, 2 1 , 2 2 ) ; et encore : « L'homme animal ne perçoit pas
les choses qui sont de l'Esprit de Dieu : elles lui paraissent une folie,
et il ne peut les comprendre, parce qu'on n'en j u g e bien que par
l'Esprit. » (I COR. II, 1 4 ) : — Quelles sont les choses que le sot ne
comprendra pas et que l'insensé n e connaîtra p a s ? « Lorsque les p é -
cheurs se seront élevés comme le foin... » Que veut dire : « comme lo
330 PSAUME XCI.
loin? » Us sont verts jusqu'à l'été; mais, l'été venu, ils se dessèchent.
Voyez la fleur du foin. Qu'y a-t-il qui passe plus vite? qu'y a-l-il do
plus frais? qu'y a-t-il de plus vert? Ne vous complaisez pas dans sa
fraîcheur, mais craignez la manière dont il se dessèche. ( S . AUG). —
La sagesse divine paraît surtout en ce qu'elle laisse s'élever et appa-
raître un moment le méchant pour le perdre à jamais, tandis qu'elle
laisse se dessécher un moment le juste sur sa racine pour le faire
fleurir dans l'éternité. — Les pécheurs ne périssent pas de la môme
manière qu'ils ont fleuri : ils fleurissent pour un temps, ils périssent
pour l'éternité; ils fleurissent au milieu des faux biens, ils périssent
au milieu de véritables tourments. (S. AUG., sur le Ps. LUI). — Vous
avez vu des empereurs, vous avez vu des préfets, vous avez vu de3
armées, vous avez vu des victoires, des triomphes, tout cela s'est passé
hier et n'existe plus aujourd'hui. (S. JÉR. sur ce Ps.). — Le Psalmislo
ne veut pas dire que Dieu les fasse naîtve ou les comble de ses biens
pour qu'il soient réprouvés, il expose seulement le fait, il montre
quel est le terme de leur grandeur passagère... — « Mais vous, Sei-
gneur, vous êtes le Très-Haut pour l'éternité. » Vous attendez d'en
haut, dans le calme de votre éternité, que le temps des injustes passe
et que vienne le temps des justes... Dieu est plein de longanimité et
de patience; il souffre toutes les iniquités qu'il voit commettre parles
méchants. Pourquoi? parce qu'il est éternel et qu'il voit ce qui leur
est réservé. Voulez-vous avoir aussi de la patience et de la longani-
mité? Unissez-vous à l'éternité de Dieu, attendez avec lui ce qui est
au-dessous de vous.— L'aveuglement et la stupidité de la plupart des
hommes, p a r r a p p o r t a Dieu et àses œuvres temporelles ou spirituelles,
n'empêchent nullement qu'ils réussissent dans ce monde. Us poussent
avec la rapidité de l'herbe, ils se couvrent de fleurs, ils produisent des
fruits abondants, ils prospèrent, ils s'élèvent, ils montent sur le pi-
nacle; puis, tout à coup, ils tombent et ils périssent pour l'éternité.
(UiiMHj). — En opposition avec los méchants, qui jouissent de quel-
ques instants de prospérité et qui sont ensuite précipités dans un.
abîme de misères sans fin et sans bornes, le Psalmiste fait apparaître
Dieu avec ses deux attributs les plus incommunicables, une puissanco
au-dessus de toute autre puissance, une existence éternelle. On s'ex-
plique alors parfaitement, et rentière défaite de ses ennemis et le
triomphe des justes. Dans le nombre de ces justes couronnés de gloire
figurent ceux à qui Dieu a fait la grâee de le servir dès leurs plu»
jeunes années, et qu'il récompense dès ce inonde, on leur accordant
PSAUME XCI. 337
une verte et florissante vieillesse: faveur, au reste, qui est bien moins
pour eux, dont elle retarde le retour dans la céleste patrie, que pour
leur famille dont ils sont le modèle, pour la société dont ils sont l'or-
nement et l'édification. (RENDU).
f. 10-15. Opposition du sort de l'homme juste à celui des impies.
La force du juste ne sera pas semblable à celle de l'herbe desséchée
qui passera rapidement, mais à cette corne élevée et puissante q u e
les licornes portent sur leur front, et sa vieillesse se renouvellera par
l'abondante miséricorde de Dieu ; cette force, qui est en môme temps
une puissance, une gloire et une félicité, ne sera pas seulement g r a n d e ,
énergique, mais encore durable et persévérera jusqu'à son extrôme
vieillesse, qui sera toujours active et féconde. (BELLARM.).— Il ne faut
pas croire que le Prophète, en parlant de vieillesse, suppose aussi la
mort, d'après ce fait que l'homme ne vieillit dans sa chair que pour
mourir. La vieillesse de l'Eglise sera blanche à cause de la pureté de
ses actions, mais elle ne subira pas la corruption de la mort. Telle est
la tête d'un vieillard, telles seront nos œuvres. Vous voyez comment
sa tête devient blanche et chauve, au fur et à mesure que la vieillesse
s'approche. Qu'un homme vieillisse en son temps naturel, et vous cher-
cheriez vainement sur sa tête un cheveu noir, vous ne l'y trouveriez
pas; de même, si notre vie a été assez juste pour qu'en y cherchant la
noirceur du péché on ne l'y trouve pas, notre vieillesse sera une vraie
jeunesse, une vieillesse toujours verte. Le Prophète nous a parlé du
foin des pécheurs, voici la vieillesse des justes : « Ma vieillesse sera
comblée d'une abondante miséricorde. » (S. AUG.).— Il n'y a que celui
qui méprise son ennemi et qui n'a rien à en redouter qui ose le r e -
garder en face, le considérer; s'il lo craint, il fuit sa présence.
(BELLARM.).— « E t j ' a i jeté un œil de dédain sur mes ennemis. «Quels
sont ceux qu'il appelle ses ennemis? Tous ceux qui commettent l'ini-
quité. Peut-être ne remarquez-vous pas que votre ami est un homme
d'iniquité; qu'une affaire se présente et vous l'éprouverez. Dès que
vous vous élevez contre son injustice, vous verrez que, tout en vous
flattant, il est votre ennemi; mais vous n'aviez pas encore sondé son
cœur, non pour le faire devenir ce qu'il n'était pas, mais pour le forcer
à montrer ce qu'il était. « Et j ' a i jeté un œil de dédain sur mes enne-
mis, et mon oreille écoutera ce qui sera dit au sujet de ceux qui veu-
lent me nuire. » Quand cela? Dans ma vieillesse. Que veut dire : dans
ma vieillesse? Au dernier jour. Et qu'entendra notre oreille? Placés
à la droite du Christ, nous entendrons ce qui sera dit à ceux qui seront
TOME i l . 22
338 PSAUME XCI.

placés à sa gauche : « Allez au feu éternel qui a été préparé pour le


démon et pour ses anges. » (MATTTI. XXV, 11). Le juste n'a point à
redouter d'entendre ces terribles paroles. Il est dit dans un autre
Psaume : « La mémoire du juste sera éternelle; il ne craindra pas
d'avoir à entendre la parole mauvaise. » (Ps. ex, 7), ( S . AUG.). — « Le
juste fleurira comme le palmier, il se multipliera comme les cèdres du
Liban. » Il faut entendre cette multiplication du juste de l'accroisse-
ment; c'est le sens du texte. On sait que le cèdre s'élève à une grande
hauteur, que le palmier porte de très-belles fleurs et des fruits en
abondance. Le Prophète choisit ces arbres pour terme de comparai-
son, afin de donner la plus grande idée de l'homme juste. On a dit
ci-dessus que les impies sont comme l'herbe des champs, qui parait
et se flétrit presque aussitôt. Il oppose ici la beauté, la fécondité du
juste, qu'il compare aux deux arbres les plus renommés de la Judée:
les palmiers et les cèdres commencent par pousser de profondes ra-
cines dans le sein de la t e r r e , et les justes entrent dans l'abîme de leur
néant avant que de porter des fruits dignes de l'immortalité. Leurs
racines, dit saint Augustin, paraissent comme celles du palmier et du
cèdre, contournées, raboteuses, hérissées de nœuds, parce que, dans
la carrière de la vertu, les premiers pas sont dificiles; mais l'humilité
et la patience surmontent tous les obstacles, et de là Sort la tige ma-
gnifique qui s'élève jusqu'aux cieux. L'ardeur du soleil fane la fleur
des champs ; mais les grands arbres du Liban résistent aux feux dé-
vorants de l'été, comme aux frimas de l'hiver, et, quand la colère
divine s'enflammera comme une fournaise, au jour des vengeances, le
juste ne sera point atteint de l'incendie qui consumera les impies; ce
sera môme tout le contraire à l'égard du serviteur fidèle. Le jugement
de Dieu viendra, conclut saint Augustin, pour dévorer les pécheurs et
pour couvrir les justes d'un nouvel éclat. (BBRTQIER). — Les Pères
remarquent dans le cèdre trois qualités excellentes : d'abord, sa majes-
tueuse hauteur, qui domine les montagnes; puis le parfum qu'il répand;
puis, enfin, cette propriété qu'il possède d'être moins sujet à la cor-
ruption. Le juste qui, par l'espérance, se porte incessamment vers les
biens éternels, ressemble au cèdre s'élevant majestueusement sur la
montagne; comme lui, il exhale des parfums, si, par ses œuvres et ses
vertus, il répand en tout lieu la bonne odeur de Jésus-Christ; comme
lui, enfin, il échappe à la corruption, parce que, fermement fixe en
Dieu par un solide amour, il ne se laisse corrompre par aucune affec-
tion terrestre. (MgrDELABouiLLERiB,6'^»iôo#s?ne,4i7).—Laraisonpour
PSAUME XCI. 339
laquelle les justes seront comme les palmiers et les cèdres du Liban,
c'est qu'ils ne seront pas plantés dans les forêts ou sur les montagnes
désertes, mais dans la maison de Dieu, dans l'Eglise, arrosés par les
sacrements et par la parole de Dieu, unis à Dieu par les racines de la
vraie foi, portant les fruits des bonnes mœurs, fondés dans la charité,
ornés des fleurs de la pureté. (BELLARM.) — Puisque le juste est planté
en la maison de Dieu, ses feuilles, ses fleurs et ses fruits y croissent,
et sont dédiés au service de sa Majesté. « Il est comme l'arbre planté
près le courant des eaux, qui porte son fruit en son temps; ses
feuilles mêmes ne tombent p a s ; tout ce qu'il fait prospérera. » (Ps.
i, 2). Non-seulement les fruits de la charité et les fleurs des œuvres
qu'elle ordonne, mais les feuilles mêmes des vertus morales et n a t u -
relles tirent une spéciale prospérité de l'amour du cœur qui les pro-
duit. (S. FRANC, DE SALES, T. de lam. de Dieu, 1. xr, c. i). — L'homme
juste qui a vieilli dans les saints exercices de la piété recueille sur le
retour de l'âge tous les fruits de sa fidélité. Il est plus instruit que j a -
mais des vérités divines et des voies de Dieu, dit saint Jérôme :
i diïtate fit doctior, usu tritior, processu lempore sapientior, et velerum
studiorum dulcissimos fructus metit. » (Epist. 2 ad Nep.)\ il en parle
avec toute l'autorité que donne une longue expérience. Plus il a p p r o -
che du terme, et plus ses sentiments se développent, plus ses mérites
se multiplient... Ohl si la jeunesse allait se reposer à l'ombre de ce
palmier chargé de fleurs et de fruits; si elle se mettait à l'abri des ora-
ges du monde sous ce cèdre magnifique qui porte sa tête vers le ciel et
dont les racines s'enfoncent dans les entrailles de la terre; si elle
écoutait les enseignements de cette vieillesse pleine de force et de vi-
gueur pour annoncer à tous les peuples l'équité do la conduite do
Dieu, par ses discours, sa patience et par une humble soumission aux
décrets divins. Cette patience, nécessaire surtout aux prédicateurs, a u x
docteurs, aux supérieurs. « La doctrine d'un homme se reconnaît à sa
patience. » (PROV. XIX, I I ) . « Annoncez la parole, pressez les hommes
à temps, à contre-temps; reprenez, suppliez, menacez, avec une pa-
tience à toute épreuve et par toute sorte d'instruction. » (II TIM. IV, 2).
— c Us seront remplis de vigueur et de patience pour annoncer que
le Seigneur notre Dieu est plein d'équité, et qu'il n'y a point d'injustice
en lui. » Comment n'y a-t-il pas d'injustice en lui? Voilà un homme
qui ne connaît que le mal ; eh bienl ii jouit d'une bonne santé, il a
des enfants, sa maison est pleine de richesses, il est couvert de gloire,
il est comblé d'honneurs, il tire vengeance de ses ennemis et cepen-
340 PSAUME XCII.
dant il commet toutes sortes de mauvaises actions. En voici un autre
qui gère honnêtement ses affaires, qui ne prend pas le bien d'autrui,
qui ne fait de mal à personne, eh bien l il souffre dans les prisons et
dans les fers, il soupire et se meurt dans l'indigence. Gomment n'y
a-t-il en Dieu aucune injustice? Gardez la paix et vous comprendrez,
car vous vous troublez, et, dans votre chambre secrète, vous vous ôtez
la lumière à vous-même. Le Dieu éternel veut vous éclairer de ses
rayons, ne les obscurcissez point de nuages par votre trouble. Gardez
votre paix au-dedans de vous, et écoutez ce que j ' a i à vous dire : Dieu
est éternel, il épargne actuellement les méchants pour les amener à se
repentir, il châtie les bons pour leur enseigner la voie du royaume
des cieux; « il n'y a pas d'injustice en lui, » ne craignez rien. Mais
jusqu'à quel point n'ai-je pas souffert? Il est évident, j ' a i péché, je
l'avoue, je ne prétends pas ôtre j u s t e ; voilà ce que dit le plus grand
nombre. Si vous voyez un homme dans le malheur, dans les souffran-
ces, vous entrez chez lui pour le consoler, e t i i vous dit : J'ai péché, je
l'avoue ; j ' a i des fautes, j e le reconnais ; mais ai-je péché autant que
celui-ci? J e sais quels péchés il a commis, j e sais quelles fautes il a
faites : pour moi, j ' e n ai sans doute, j e les reconnais devant Dieu,
mais combien elles sont moindres que les siennes, et cependant il n'a
rien à souffrir. Ne vous troublez pas, gardez votre paix, afin de savoir
que « le Seigneur est droit et qu'il n'y a en lui aucune injustice. »
(S. AUG.)

PSAUME XCÏÏ.
Laus cantici ipsi David in die Cantique de louange de David, pour
ante sabbatum, quando fundata le jour qui précède le sabbat, lorsque la
est terra. terre fut aflermie.
1. Dominus regnavit, decorem 1. Le Seigneur a régné, il s'est revêtu
indutus est : indutus est Dominus de gloire. Le Seigneur s'est revêtu de
fortitudinem, et praecinxit se. force, et l'a ceinte autour de ses reins.
Etenim firmavit orbem terras, Car il a affermi le globe de la terre,
qui non commovebitur. et elle ne sera point ébranlée.
2. Parata sedes tua ex tune : a 2. Votre trône, ô Dieu ! est établi avant
sseculo tu es. le temps ; vous êtes de toute éternité.
3. Elevaveruntflumina, Domine : 3. Les fleuves, Seigneur, ont élevé, los
elevaverunt ilumina vocem suam. fleuves ont élevé leur voix.
Elevaverunt Ilumina lluctus suos, Les fleuves ont élevé leurs ondos
bruyantes,
4. a vocibusaquarum multarum. 4. au retentissement des eaux pro-
fondes.
Mirabiles elationes maris, mira- Les soulèvements de la mer sont ad-
bilis in altis Dominus. mirables; mais plus admirable encore
le Seigneur dans les hauteurs des cieux.
PSAUME XCII. 341
5. Testimonia tua credibilia 5. Vos témoignages, Seigneur, sont
facta sunt nimis : domum tuam très-dignes de créance. La sainteté doit
decet sanctitudo, Domine, in Ion- être l'ornement do votre maison dans
gitudinem dierum. toute la suite des siècles.

l«r Sommaire analytique.

David, contemplant l'admirable spectacle de la création, considère et


admire Dieu
I. — Comme le roi du ciel revêtu de gloire et de force (1);
II. — Comme le créateur de la terre : 1° qu'il a affermie dès le commen-
cement ; 2° dont il a fait comme la base de son trône (2).
III. — Comme le souverain maître des eaux : 1° des fleuves qui élèvent
leurs ondes bruyantes (3) ; 2° de la mer dont les soulèvements font res-
sortir la puissance admirable de Dieu (4).
IV. — Comme législateur des hommes, 1° dont il incline l'intelligence à
croire les mystères ; 2° dont il orne le coeur do justice et de sainteté (5).
e
2 Sommaire analytique.
Le Roi-Prophète considère Jésus-Christ dans sa résurrection et le pro-
clame
I. — Admirable en lui-même : 1° à cause de la gloire de son corps res-
suscité ; 2° de son immortalité, de son agilité, de sa subtilité (1).
II. — Puissant dans son Eglise : 1° qu'il fonde d'une manière inébran-
lable ; 2° dont il fait le siège de son empire pour l'éternité (2).
III. — Admirable dans ses Apôtres : 1° comme les fleuves, ils élèvent la
voix et leurs ondes bruyantes (3) ; 2° ils remplissent le peuple comme la
mer de l'abondance des eaux célestes (4).
0
IV. — Aimable et attrayant pour les fidèles : 1 II leur révèle des mystères
très-dignes de créance ; 2° il leur commande une sainteté raisonnable et
de toute justice (5).

Explioations et Considérations.

I. — 1, 2.

f. 1, 2. • Le Seigneur a régné, il s'est revêtu de gloire; le Seigneur


s'est revêtu de force, et il s'est ceint par devant. » Nous voyons qu'il
s'est revêtu de deux choses, de gloire et de force. Mais dans quel but ?
Pour fonder la terre. Voici, en effet, ce qui suit : « Car il a affermi l e
globe de la terre, qui ne sera pas ébranlé. » Comment l'a-t-il affermi ?
PSAUME XCII.
en se revotant de gloire. Mais pour cela, il ne lui suffisait pas de se
revêtir de gloire sans se revêtir aussi de force. Pourquoi donc la
gloire, et pourquoi la force? Lorsque Notre Seigneur est venu dans
sa chair p a r m i ceux auxquels il prêchait l'Evangile du royaume, il plai-
sait aux uns et déplaisait aux autres. Les uns disaient : C'est un
homme de bien ; les autres disaient : Non, mais il séduit la foule.
(JEAN, VU, 1 2 . ) Les uns disaient donc du bien de lui ; les autres le ca-
lomniaient, le déchiraient, le mordaient, lui prodiguaient les outrages.
Donc, p o u r ceux auxquels il plaisait, « il s'est revêtu de gloire, » pour
ceux auxquels il déplaisait, « il s'est revêtu de force. » Imitez donc
aussi Notre-Seigneur, afin de devenir comme son vêtement ; soyez sa
gloire à l'égard de ceux auxquels plaisent vos bonnes œ u v r e s ; soyez
forts contre ceux qui vous calomnient. . . . « Montrons-nous ministres
de Dieu, dit l'Apôtre, par les armes de lajustice, à droite et à gauche, i
Voyez où se trouve la gloire et où se trouve la force : « Dans la gloire
et dans l'ignominie. » Brillant dans la gloire, fort dans l'ignominie.
Auprès des uns, il prêchait avec gloire; auprès des autres, il trouvait le
mépris et l'ignominie. Il apportait la gloire à ceux auxquels il plaisait,
et la force contre ceux auxquels il déplaisait. (S. AUG.) — «Il a affermi lo
vaste globe de la terre, en sorte qu'il ne sera pas ébranlé. » Par co
globe de la terre on peut entendre, dans divers sens, tous très-légitimes,
cette terre que nous foulons aux pieds, l'Eglise de Jésus-Christ et
l'homme juste. Le grand Apôtre parlant de Jésus-Christ dit : « C'est
p a r lui que tout a été créé dans le ciel et sur la terre, les choses visi-
bles comme les invisibles, les Trônes, les Dominations, les Principau-
tés, les Puissances, tout a été créé par lui et pour lui. Il est avant
tout, et toutes choses subsistent en lui. » (COLOSS. i, 16, 17.) — L'Eglise
est une terre immuable, affermie à jamais par la main du Seigneur;
c'est ce royaume qui n'est sujet à aucun changement (HEUR, xn, 28) ;
c'est cette ville bâtie en carré, aussi longue que large, qu'a vue l'Apô-
tre saint Jean (APOC. xxi, 10); c'est la maison bâtie sur la pierre
contre laquelle les portes de l'enfer ne prévaudront j a m a i s ; c'est la
colonne et le soutien de la vérité (I TJM, m , 15) ; c'est ce solide fon-
dement de Dieu qui subsiste et reste inébranlable. (II TIM. H, lî).)
L'Eglise de Jésus-Christ est affermie par la grâce, par la foi, parles
miracles, les sacrements et par tous les autres dons que lui prodigue
le Sauveur. Ce globe de la terre, affermi par la main de Dieu, est
aussi Hromme juste. — 11 y a un globe de la tem^e qui ne-sera—p&»
ébranlé , il y a un globe de la terre qui sera ébranlé ; car les bons qui
PSAUME XCII. 343

sont fermes dans la foi sont le globe de la terre, pour qu'on ne dise
pas qu'ils sont à part ; et les méchants qui ne restent pas fermes d a n s
la foi lorsqu'ils souffrent quelque tribulation, sont aussi le globe do
la terre. Il y a donc un globe terrestre mobile, et un globe terrestre
immobile. ( S . AUG.) — Le règne de Dieu, règne de tous les siècles,
comme dit ailleurs le Psalmiste ; cependant, scion notre manière de
concevoir, ce règne n'a commencé pour nous que lorsqu'il s'est donné
des sujets p a r l a création. — Règne de Jésus-Christ après sa résur-
rection, lorsque son corps fut revêtu de gloire, de majesté et de force,
et qu'il reçut tout pouvoir dans le ciel et sur la terre. — Il n'y a pas
de mot dans ce verset qu'une âme fidèle ne doive méditer avec atten-
tion. Dieu est le roi de cet univers ; c'est à lui que toutes les créatures
doivent.l'honneur, l'obéissance et l'hommage de ce qu'elles sont et
de ce qu'elles possèdent. Dieu est révolu do gloire et de force. « Dieu
s'est préparé (pour la création), le mot du lexte et des versions donne
l'idée de quelqu'un qui se ceint les reins, comme pour être plus p r o -
pre à agir promptement et efficacement. » C'est une figure qui r e p r é -
sente le décret de Dieu, la volonté qu'il a eue de créer cet univers.
Quand l'a-t-il formé ce décret? quand a-t-il eu cette volonté? De
toute éternité sans doute, puisque tout est éternel dans Dieu. Mais
l'exécution n'a eu lieu que dans le temps, c'est-à-dire que, quand
Dieu a créé le monde, le temps a commencé et avec le temps, tout
l'univers, « Dieu a établi la terre, et elle ne sera point ébranlée. » Ces
nioU indiquent la conservation qui est autant l'ouvrage de Dieu que
la création. Le monde créé n'a point de force en lui-même pour p e r -
sévérer dans l'état où Dieu l'a mis au commencement. De ce qu'il
existe dans un instant, il ne s'ensuit pas qu'il doive exister dans l'ins-
tant suivant. Ainsi, c'est Dieu qui crée cet univers dans tous les i n s -
tant : création différente de celle qui a tiré l'univers du néant, mais
qui a la même force ; et c'est pour cela que la conservation est appelée,
ajuste litre, une création continuée. Qu'il y a donc de vérité dans ce
mot de l'Apôtre : « Nous vivons en lui, nous avons nos mouvements
en lui, nous sommes en lui! » (BERTIUER ) — Trône de Dieu, indépen-
dant des lieux et des temps, trône établi de toute éternité, sans aucun
rapport à ses créatures ; trône établi dans le temps au fond de nos
cœurs, pour y régner souverainement. (DUG.) — Quel est le trône de
Dieu ? où est le trône de Dieu? Dans ses saints. Voulez-vous être le
trône de Dieu ? Préparez dans vos cœurs un lieu où il prendra place.
Qu'est-ce que le trône de Dieu, sinon le lieu où il habite? Où Dieu
344 PSAUME XCII.
habite-t-il, sinon dans son temple? Quel est son temple? est-il com-
pris entre des murailles ? Non. Ce monde serait-il par hasard le tem-
ple de Dieu, parce qu'il est très-vaste , et qu'il paraît digne de con-
tenir Dieu ? Le monde ne saurait contenir Celui par qui il a été fait.
Mais où Dieu est-il contenu ? Dans une âme en paix, dans une âme
j u s t e ; c'est elle qui porte Dieu. Quelle chose admirable ! Certes, Dieu
est grand : pour les forts, il est pesant; pour les faibles, il est léger.
Quels sont ceux que j ' a i appelés forts? Les superbes, qui ne savent
que présumer de leurs forces; car la faiblesse qui naît de l'humilité
est la plus grande des forces. Ecoutez l'Apôtre . « C'est, dit-il, lors-
que jesuis affaibli que je suis puissant. » (ICoR.xn,10.)C'estlàcequeje
vous ai signalé, il n'y a qu'un instant, que le Seigneur s'était ceint de
force, lorsqu'il a enseigné l'humilité à ses disciples. Voilà donc quel
est le trône de Dieu dont parle clairement un Prophète en un autre
endroit : « Sur qui mon esprit reposera-t-il ? » c'est-à-dire : où repo-
sera l'esprit de Dieu, sinon sur le trône de Dieu? Ecoutez la description
qu'il fait de ce trône : Peut-être vous attendiez-vous à entendre parler
d'un palais de marbre, avec des cours spacieuses, avec des toits élevés
et brillants ; écoutez quel est le trône que Dieu se prépare : « Sur qui
mon esprit reposera-t-il ? Sur l'homme humble et paisible qui tremble
en e n t e n d a n t m a parole. » Si vous êteshumbleetpaisible, Dieu habiteen
vous. Dieu est élevé ; il n'habitera pas en vous, si vous prétendez être
élevé. Peut-être pensez-vous qu'il vous faut être élevé pour que Dieu
habite en vous ? Non : soyez humble et paisible, tremblez en écoutant
ses paroles et il habitera en vous. Il ne craint pas d'habiter une maison
qui tremble, parce qu'il l'affermit. (S. AUG.)

II. - 3, 4.
jK 3,4. L a création et l'ordre de la nature nous donnent au moins â
tous la sensation de l'infini, s'ils ne nous le révèlent pas. La raison et'la
conscience n'ont qu'à féconder et à développer comme un germe cette
première impression, pour arriver à la connaissance de Dieu. Chacun
a sa place spéciale à cet éternel et toujours splendide spectacle de la
nature, et chacun a sa scène de prédilection. Aux uns, ce sont les
fraîches harmonies du matin et les rayons naissants de l'aurore ; aux
autres, les feux du soleil couchant et l'incendie des nuages enflammés
de reflets à l'horizon ; à ceux-ci, les variétés charmantes des saisons,
les paysages, les montagnes, les fruits et les fleurs ; à ceux là, la con-
templationdes mondes étoiles, l'accorddessphèreslumineusespressées,
PSAUME XCII. 345

comme des grains de sable au désert, dans les innombrables espaces


du firmament; à d'autres, enfin, la mer avec ses vagues mugissantes,
avec les mille voix sublimes do ses vents et de ses vastes masses d'eau
amoncelées, dont parle le Prophète. Que la mer est admirable et belle,
ô mon Dieu I Mais le Seigneur est encore plus admirable dans les
cieux. (CLAUDE, Psaumes.)— Tons les hommes apostoliques, dès qu'ils
ont reçu la plénitude des dons de l'Esprit, sont devenus des lleuvcs
d'où a jailli l'eau de la parole, et c'est à eux que s'applique ce p a s -
sage du Psalmiste : t Les fleuves, Seigneur, ont élevé la voix. » Com-
ment donc ont-ils parlé et pourquoi est-il dit qu'ils ont élevé la voix ?
C'est que d'abord, et avant que l'Esprit fût en eux, ils se taisaient.
Pierre n'était pas encore un fleuve quand, sur l'interrogation d'une
servante, il niait son divin Maître et disait : « Je ne le connais pas. »
Il se taisait, il mentait, il n'élevait pas la voix, il n'était pas un fleuve.
Mais voici que l'Esprit-Saint est descendu sur les Apôtres. Les Juifs
leur intiment l'ordre de se présenter à leur tribunal, ils leur défen-
dent d'enseigner au nom de Jésus-Christ, et Pierre et Jean répondent :
« S'il est juste devant Dieu de vous obéir plutôt qu'à Dieu, jugez vous-
mêmes : il ne nous est pas possible de ne pas dire ce que nous avons
entendu et ce que nous avons vu. » (ACT. IV, 20.) « Les fleuves ont
élevé la voix. » (S. AUG.) — Soulèvement général des peuples qui
s'opposèrent d'abord à l'établissement du règne de Jésus-Christ. —
Puissance de Jésus-Christ, qui empêche que les vagues furieuses ne
s'élèvent au-dessus de son Eglise : Il a bridé la fureur de la mer, et
calmé d'un seul mot ses flots agités. (Ps. LXXXVIII, 10.)

III. - 5.
f. 5. Le Prophète répond à une objection qu'on aurait pu lui faire
dans le premier sens qui applique ce Psaume à la création du monde,
c'est-à-dire comment il a pu connaître la manière dont cette création
a eu lieu. Il y donne pour motif de crédibilité la révélation faite à
Moïse, et confirmée par une foule de miracles prouvant la véracité du
témoignage de Moïse. Ces paroles sont encore plus vraies, s'il est pos-
sible, quand on les applique à la Hédemplion ; car les vérités révélées
par Jésus-Christ aux Apôtres ont été confirmées par une multitude
d'autres témoignages qui rendent la foi chrétienne incontestable, à
ce point que nous pouvons dire à Dieu : Seigneur, si nous sommes
trompés, l'erreur vient de vous, car les vérités que vous nous avez
proposées à croire ont été confirmées par tant et do si grands prodi-
PSAUME XCUÏ.
gcs que seul vous puissiez en ôlre l'auteur. (Rica, DE SA INT-VICTOR.) —
Sans doute la foi n'emprunte pas uniquement sa certitude suprême à
la solidité des motifs qui l'appuient. Ce n'est pas en vain que la grâce
qui l'inspire est une lumière qui illumine l'entendement, une iorco
surnaturelle qui incline la volonté sous la parole de Jésus-Christ; mais,
ni celte lumière, ni cette force n'agissent sur notre esprit sans s'aider
de ses lumières naturelles et sans s'appuyer sur les premiers principes
qui sont comme le fond de notre raison et la constituent. Dieu, pour
honorer notre nature, a voulu que la foi fût une croyance souveraine-
ment raisonnable dans ses motifs, autant qu'elle est une persuasion
surnaturelle dans son principe ; et pour cela il l'a fondée, comme parle
saint Paul, sur les effets sensibles et démonstratifs de son esprit et de
sa puissance. Aussi, lorsqu'elle y regarde avec attention et sincérité,
l'âme, sous l'impression de cette évidence et dans le saisissement où
elle est à la vue du grand respect avec lequel il plaît à Dieu de gou-
verner notre nature, s'écrie comme le Prophète : « Vos témoignages,
Seigneur, sont devenus trop évidemment croyables, c'est-à-dire que
Dieu a donné aux témoignages et aux faits sur lesquels repose sa re-
ligion une si excessive évidence de crédibilité, qu'il faudrait renoncer
à la raison même pour le méconnaître et que le plus simple emploi
du bon sens suffit ordinairement comme condition d'une foi raisonna-
ble. C'est cette double action de la grâce et des motifs de crédibilité
qui communique à la vie chrétienne le caractère de fermeté tout à la
fois inébranlable et pratique qui lui est propre.» (Mgr GINOUILHAC, Sur
l'affaiblissement de la foi.) — Sainteté qui doit être l'ornement de
la maison de Dieu, qui est l'Eglise. Nous entrons bien dans l'Eglise
par le baptême, qui nous rend saints et irréprochables aux yeux de
Dieu ; mais il s'agit de conserver cette grâce dans toute l'étendue des
jours, c'est-à-dire jusqu'au moment de notre union avec Dieu, ou do
la recouvrer par la pénitence, si nous avons eu le malheur de la per-
dre. (BERTUIER.)

PSAUME XCIII.

Psalmus ipsi David , quarta Psaume de David pour lo quatrième


sahhati. jour de la semaine.
1, Deus u l t i o u u m D o m i n a s Deus 1. Le Seigneur est le Dieu des ven-
u l t i o n u m libère e g i t . geances; le'Dieu des vengeances a agi
en toute liberté.
PSAUME XGUI. 347
2. Exaltare qui judicas terram : 2. Faites éclater votre grandeur, vous,
reddo rctributionom suporbis. qui jugez la terre; rendez aux superbes
co qui leur est dû.
3.Usquequo peccatores, Domino, 3. Jusques à quand, Seigneur, les pé-
usquequo peccatores gloriabuntur : cheurs, jusques à quand les pécheurs so
glorifieront-ils?
4. Effabuntur, et loquentur ini- 4. Jusques à quand tous ceux qui
quitatem : loquentur omnes, qui commettent des injustices se répandront-
operantur injustitiam ? ils en discours insolents, et proféreront-
ils des paroles impics?
5. Populum tuum, Domine, hu- 5. Ils ont, Seigneur, humilié votro
miliaverunt : et baîreditatem tuam peuple; ils ont opprimé votre héritage.
vexaverunt.
6. Viduam et advenam interfe- 0. Us ont mis à mort la veuve et l'é-
cerunt : et pupillos occiderunt. tranger; ils ont massacré les orphelins.
7. Et dixerunt : Non videbit 7. Et ils ont dit : Le Seigneur ne lo
Dominus, nec intelliget Deus Jacob. verra point, et le Dieu do Jacob n'en
saura rien.
8. Intelligite insipientes in po- 8. Comprenez donc, insensés du peu-
pulo : et stulti aliquando sapite. ple, hommes stupides, ayez enfin du bon
sens.
9. Qui plantavit aurem, non au- 9. Celui qui a fait l'oroille n'entendrait
diet? aut qui finxit oculum, non point? Ou celui qui a formé l'œil no
considérât? verrait point?
10. Qui corripit gentes, non 10. Celui qui châtie les nations ne vous
arguet:qui docet bominem scien- reprcndra-t-il point, lui qui enseigne la
tiam? science à l'homme?
11. Dominus scit cogitationes H . Le Seigneur connaît les pensées
hominum, quoniam vanas sunt. des hommes; il sait qu'elles sont vaines.
12. Beatus homo, quem tu oru- 12. Heureux est 1 homme que vous
dieris. Domine, et de lege tua do- avez vous-même instruit, Seigneur, et à
cueris eum. qui vous avez enseigné votre loi;
13. Ut mitigés ei a diebus malis : 13. afin de lui adoucir l'amertume des
donec fodiatur peccatori fovea. jours mauvais, jusqu'à co que la fosso
du pécheur soit creusée.
14. Quia non rcpellet Dominus 14. Car le Seigneur ne rejettera point
plebem suam : et baîreditatem son peuple, et il n'abandonnera point
suam non derelinquet. son héritage,
15. Quoadusque justitia conver- 15. jusqu'à ce quo la justice fasso
tatur in judicium : et qui juxta éclater son jugement, et que prés d'elle
illam omnes qui recto sunt corde. soient tous ceux qui ont le cœur droit (1).
16. Quis consurget mihi adversus 10. Qui se lèvera pour moi contre les
malignantes? aut quis stabit me- méchants? Ou qui se tiendra près do
cum adversus opérantes iniquita- moi contre les ouvriers d'iniquité?
tem?
17. Nisi quia Dominus adjuvit 17. Si Dieu ne m'eât secouru, peu s'en
me : paulominus habitasset in serait fallu que mon âme n'eût habité
inferno anima mea. dans la mort.
18. Si dicebam : Motus est pes 18. Si je disais : Mon pied a chancelé,
meus : misericordia tua Domine, vutre miséricorde, Seigneur, me soute-
adjuvabat me. nait.
19. Sccundum multitudincm 19. Selon la multitude des douleurs

(1) « Jusqu'à ce que la justice se tourne <>n jugement, » jusqu'à en que le «lroit
*uil reconnu comme droit dans le jugement, « jusqu'à ce que le jugement re-
viiuiiic à la. justice, dont il ii'uut'ail jaiu.iis «lu s'écnrler. »
348 PSAUME XCIII.
dolorum meornm in corde meo, qui ont pénétré mon cœur, vos conso-
consolationes tuœ lœtificaverunt lations ont rempli de joie mon âme.
animam meam.
20. Numquid adharrct tibi sedes 20. Le tribunal de l'injustice peut-il
iniquitatis : qui fingis iaborcm in s'allier avec vous, vous qui nous faites
prœcepto? des commandements pénibles? (1)
21. Captabnnt in animam justi : 21. Les méchants conspireront contre
et sanguineminnocentcm condcm- la vie du juste, et condamneront le sang
nabunt. innocent.
22. Et factus est mibi Dominus 22. Mais le Seigneur est devenu mon
in refugium : et Deus meus in refuge ; et mon Dieu, l'appui de mon
adjutorium spei mea?. espérance.
23. Et reddet iliis iniquitatem 23. Et il fera retomber sur eux leur
ipsorum : et in malitia eorum iniquité ; et il les perdra par leur pro-
disperdet eos : disperdet illos Do- pre malice ; le Seigneur notre Dieu los
minus Deus noster. anéantira.

Sommaire analytique (2).


Le Prophète, parlant ici au nom du peuple chrétien, de l'Église de Jésus-
Christ persécutée, après avoir placé on tête do ce Psaume doux grands
attributs de Dieu, la puissance d'exercer ses vengeances et la liberté de
les exercer (1),
I. — PRIE LE DIEU TOUT-PUISSANT D'EXERCER SA JUSTE VENGEANCE
1° Contre les orgueilleux qui se vantent et s'applaudissent de leurs
crimes (2-4) ;
2° Contre les oppresseurs des justes, des veuves, des étrangers et des
orphelins (o, 6).
H. — IL COMBAT L'IMPIÉTÉ DE CEUX QUI NIENT LA DIVINE PROVIDENCE (7):
1° Il les accuse de folie (8) ;
2° Il les convainc d'erreur par un raisonnement tiré des dons que lo
Créateur a faits à sa créature et qu'il doit posséder dans un degré infini-
ment supérieur (9, 10) ;
3° Il les convainc de vanité (H).

(U Serez-vous comme un jupe i n i q u e , vous qui avez donné des préceptes dif-
ficiles que je n'ai pas laissé d'observer ?
(2) Ce P s a u m e , comme le Psaume LXXXI, contient des menaces contre loi
juges iniques qui abusent de leur puissance. Parmi les opinions émises sur l'é-
poque à laquelle il faut faire r e m o n t e r la composition de ce Psaume, il en est
deux qui paraissent avoir plus de vraisemblance. L'une la rapporte au temps où
Isaïe et Michée fulminaient leurs auathèmes contre les juges iuiques et avides
du bien d ' a u t r u i , (Is. x ; Mich, m , vu) et, dans cette o p i n i o n , ces juges inique»
seraient des Israélites. — L'autre opinion place la composition de ce Psaume aux
t e m p s dos incursions des Assyriens dans la Terre sainte, e t c'est contre eux que
le Psalmisle dirigera il ses plaiuies, (V. KMMAN., lissai sur les Psaumes.)
PSAUME XCÏII. 349

III. — IL PROCLAME HEUREUX LES JUSTES , PARCE QUE


1° Us ont Dieu pour docteur, a) qui les instruit de sa loi (12), b) les pré-
serve de la ruine réservée aux pécheurs (13), c) ne los rejette pas loin de
lui (14), d)les réunit aux saints qui seront près de lui au jour du jugement
dernier (1 S ) ;
2° Ils ont Dieu pour défenseur : a) il se lève pour eux contre les mé-
chants (16) ; 6) il leur tend la main pour qu'ils ne tombent point dans les
enfers (17); c) sa miséricorde les soutient lorsque leurs pieds chancellent
(18);
3° Us ont Dieu pour consolateur : a) il proportionne la grandeur des con-
solations à l'étendue et à la multitude des douleurs (19) ; b) U compense
la peine attachée à l'observation des préceptes (20);
4° Us ont Dieu comme soutien : a) nécessaire contre les méchants qui
conspirent contre leur vie (21) ; b) puissant, pour leur servir de refuge et
d'appui (22) ; c) juste, pour faire retomber sur les méchants la peine de
leurs iniquités (23).

Explications et Considérations.

I. — 1-6.

f. 1-6. — Rappelons-nous d'abord cette vérité, souvent répétée,


que l'Ecriture, en attribuant souvent à Dieu la jalousie, la colère, la
fureur et la vengeance, parle aux hommes un langage humain, pour
condescendre à la faiblesse de leurs pensées et les élever plus facile-
ment jusqu'à la majesté du souverain Être. — Qu'est-ce que le Dieu
des vengeances? Le Dieu des châtiments. Vous murmurez sans doute
de ce qu'il ne punit pas les méchants. Ne murmurez pas, si vous ne
voulez être du nombre de ceux qu'il punira. Un homme a commis un
vol et il vit ; vous murmurez contre Dieu, parce que celui qui vous a
volé ne meurt pas. Examinez si vous-même ne commettez plus de
vol ; et dans le cas où vous n'en commettriez plus, recherchez si vous
n'en avez jamais commis. Si maintenant vous êtes le jour, repassez le
temps où vous étiez la nuit ; si maintenant vous êtes affermi dans le
ciel, repassez le temps où vous habitiez la terre. Peut-être trouverez-
vous que, dans le passé, vous avez été coupable de vol, et qu'un autre
s'irritait aussi de ce que la vie vous était laissée malgré vos larcins, et
que la mort ne vous frappait pas. Mais, de môme qu'au moment de
vos crimes, Dieu vous a laissé la vie, afin que vous puissiez renoncer
350 PSAUME XCIII.
à ces crimes, gardez-vous, après avoir traversé le pont de la miséri-
corde de Dieu, de vouloir le renverser après vous. Ignorez-vous donc
que mille autres doivent passer par où vous êtes passé vous-même ?
Est-ce vous qui pourriez murmurer aujourd'hui, si celui qui a mur-
muré autrefois contre vous avait été exaucé ? Et cependant vous sou-
haitez maintenant que Dieu punisse le* méchants ; vous voudriez voir
mourir ce voleur, et vous murmurez contre Dieu, parce que ce voleur
ne meurt pas. Pesez dans la balance de l'équité un voleur et un blas-
phémateur. Vous dites maintenant que vous n'êtes pas un voleur, soit;
mais, en m u r m u r a n t contre Dieu, vous êtes un blasphémateur. Le
voleur guette le sommeil d'un homme pour lui dérober quelque
chose ; et vous, vous osez dire que Dieu dort et ne voit pas ce que cet
homme fait. Vous voulez donc que cet homme corrige sa m a i n , com-
mencez par corriger votre langue ; vous voulez qu'il corrige son cœur
coupable envers un homme, commencez par corriger votre cœur"cou-
pable envers Dieu , de peur que cette punition de Dieu, que vous in-
voquez, ne tombe d'abord sur vous lorsque Dieu viendra. (S. AUG.) —
Car il viendra, il viendra certainement, et il jugera ceux qui auront
persévéré dans leur méchanceté, qui auront été ingrats envers sa mi-
séricorde qui les a prévenus et ingrats envers sa patience ; qui auront
amassé contre eux-mêmes un trésor de colère pour le j o u r de la colère
et de la manifestation du juste jugement de Dieu, lorsqu'il rendra à
chacun selon ses œuvres. (ROM., II, 4 6 , ) ( S . AUG.) — « Le Dieu des
vengeances a agi avec liberté, i II n'a, en effet, épargné personne dans
ses discours ; car le Seigneur était alors dans la faiblesse de la chair,
mais aussi dans la force de la parole. Il n'a pas fait acception de per-
sonnes, à l'égard des premiers d'entre les Juifs. Que n'a-t-il pas dit contre
e u x ? . . . Que ne leur a-t-il point dit en face? Il ne craignait personne.
P o u r q u o i ? parce qu'il est le Dieu des vengeances. Il ne les épargnait
point dans ses discours, pour qu'ils méritassent d'être épargnés dans
son jugement ; car s'ils eussent refusé de recevoir le remède de sa
parole, ils eussent encouru et reçu sa sentence de j u g e . Pourquoi?
Parce que le Prophète a dit : « Le Dieu des vengeances a agi avec fer-
meté ; » c'est-à-dire, il n'a épargné personne dans ses paroles. Est-co
que Celui qui n'a épargné personne dans ses discours, au moment de
souffrir sa Passion, épargnerait quelqu'un dans son a r r ê t , au moment
d é j u g e r ? Celui qui n'a craint personne dans son humilité, craindrait
quelqu'un dans sa gloire? Que la fermeté de ses premiers actes vous
dise comment il agira à la fin du monde. (S. AUG ) — « La vengeance
PSAUME XCIII. 351

est à moi, et c'est moi qui la ferai, dit le Seigneur. » (ROM , xn , 1 9 . )


Dieu, dans l'exercice de sa justice, agit l i b r e m e n t : « Je me vengerai,
et quel est l'homme qui mo résistera ? » ISAI, XLVII, 3 . ) — P a r la r a i -
son môme que la vengeance lui appartient, Dieu agira librement et
souverainement, c'est-à-dire en Dieu ; en Dieu sans égards, ou plutôt
supérieur à tous les é g a r d s ; en Dieu qui, dans la dernière justice qu'il
rendra aux hommes, n'aura ni conditions à distinguer, ni personnes
à ménager , parce qu'il viendra pour venger les abus qu'auront faits
les hommes de leurs conditions, et pour punir les ménagements cri-
minels qu'on a eus pour leurs personnes. (DOURO., sur le Jugem. de
Dieu.) — Avertissement donné à ceux qui jugent la terre, de s'élever
autant au-dessus de ceux qu'ils jugent qu'ils sont élevés au-dessus
d'eux par leur dignité et par leur puissance. — Ce n'est point par im-
patience que le juste doit demander à Dieu de faire éclater sa puis-
sance contre ceux qui l'oppriment, mais par un sincère amour de la
justice et pour fermer la bouche à ceux qui, voyant les pécheurs se
glorifier avec insolence, pourraient douter de la Providence de Dieu.
•— Autre raison de demander à Dieu qu'il arrête l'insolence des
pécheurs, afin que l'impunité ne les rende pas encore plus criminels.
Effets funestes de cette impunité dans les crimes : humilier tous ceux
qu'on peut et s'élever au-dessus d'eux : affliger les innocents, oppri-
mer les faibles, ou par intérêt, ou par la cruelle satisfaction de leur
faire du mal. (DUG.) — « Elevez-vous, vous qui jugez la terre, rendez
aux orgueilleux ce qu'ils ont mérité. » Que signifient ces paroles ?
C'est la prédiction d'un prophète et non l'ordre d'un audacieux. Go
n'est pas, en effet, parce que le Prophète a dit : « Elevez-vous, vous
qui jugez la terre, » que le Christ, obéissant au Prophète, est ressus-
cité pour monter au ciel, mais c'est parce que le Christ devait le faire
que le Prophète l'a prédit... « Rendez aux orgueilleux ce qu'ils ont
mérité. » Quels sont les orgueilleux? Ceux qui, non contents de faire
mal, veulent encore défendre leurs péchés... Qui est orgueilleux ? Celui
qui refuse de faire pénitence par la confession de ses péchés, afin de
pouvoir obtenir sa guôrison par l'humilité. Qui est orgueilleux ? Celui
qui prétend s'attribuer le peu de bien qui se trouve en lui et qui en
refuse le mérite à la miséricorde de Dieu. Qui est orgueilleux? Celui
qui, tout en attribuant à Dieu ses bonnes œuvres, insulte à ceux qui
n'en font point autant et s'élève au-dessus d'eux. ( S . AUG.) — Mais
quand rendra-t-il à chacun la peine qu'il a méritée ? En attendant, les
méchants triomphent, les méchants se livrent à leur allégresse, les
352 PSAUME XCIII.
méchants blasphèment et font tout ce qui est mal. En êtes-vous ému?
cherchez le méchant avec amour, ne le reprenez pas avec orgueil. En
êtes-vous é m u ? le Psalmiste compatit à votre peine, et cherche avec
vous, non par ignorance, mais il cherche avec vous ce qu'il sait, pour
vous faire trouver en lui ce que vous ne saviez pas. Ainsi, celui qui
veut consoler quelqu'un ne peut le relever de son abattement qu'à la
condition de partager sa douleur. Il pleure d'abord avec lui et le sou-
lage par des paroles de consolation... ainsi, dans ce Psaume, l'Esprit
de Dieu, bien qu'il sache toutes choses, cherche avec vous et prononce
en quelque sorte vos propres paroles : « Jusques à quand les pécheurs
se glorifieront-ils, répondront-ils et tiendront-ils le langage de l'ini-
quité ? Jusques à quand ceux qui commettent l'injustice en tiendront-
ils le langage ? » Contre qui parlent-ils, si ce n'est contre Dieu, ceux
qui disent : Que nous sert de vivre ainsi? Que vont-ils ajouter? Dieu
s'occupe-t-il réellement de ce que nous faisons ? Parce que les méchants
conservent la vie, ces hommes s'imaginent que Dieu ne sait pas ce
qu'ils font... « Jusques à quand répondront-ils et tiendront-ils le lan-
gage de l'iniquité? » Le Prophète mentionne ici toutes leurs mau-
vaises œuvres. Que signifie : Us répondront et parleront le langage de
l'iniquité ? Us auront toujours quelque chose à répondre en opposition
aux justes. Un juste vient à eux et leur d i t : ne commettez pas l'ini-
quité. Pourquoi? De peur que vous ne mourriez. Mais j ' a i déjà commis
l'iniquité, pourquoi ne suis-je pas m o r t ? un autre, au contraire, n'a
fait que des œuvres de justice ; pourquoi Dieu l'a-t-il sévèrement puni?
pourquoi soulfre-t-il ainsi ? Voilà la réponse des méchants. Us ont tou-
jours une réponse à faire ; et comme Dieu les épargne, ils trouvent
dans cette patience de Dieu des arguments pour leur réponse. Dieu
les épargne pour un motif: ils répondent sur un a u t r e point, sur la
vie qui leur est laissée. L'Apôtre dit pourquoi Dieu les épargne, et U
explique ainsi les causes de la patience divine : « Pensez-vous donc,
vous qui agissez ainsi, que vous échapperez au jugement de Dieu f
Méprisez-vous donc les richesses de sa bonté et de sa longanimité ?
Ignorez-vous que la patience de Dieu a pour b u t de vous amener à la
pénitence ? Mais vous, par la dureté de votre cœur, par l'impénitcnce
de votre cœur, vous amassez contre vous un trésor de colère pour le
j o u r de la colère et de la manifestation du juste j u g e m e n t de Dieu qui
r e n d r a à chacun selon ses œuvres. (ROM , n , 3 , 6.) Ainsi donc Dieu
étend sa longanimité, et vous étendez votre iniquité ; Dieu aura un
trésor de miséricorde éternelle pour ceux qui n'auront pas méprisé sa
PSAUME XGIII. 353
miséricorde , votre trésor à vous sera un trésor de colère, et ce que
vous y déposez peu à peu chaque jour, vous le trouverez en une seule
masse ; vous amassez pièce à pièce, mais vous trouverez un formidable
monceau. Ne vous rassurez pas sur le peu de gravité de vos péchés de
chaque j o u r , car ce sont de petites gouttes d'eau qui forment les
fleuves. (S. AUG.) — Voyez ici l'enchaînement du mal : celui qui tient
un langage coupable est comme nécessairement entraîné à mal faire ;
car la bouche parle de l'abondance du cœur, et une conscience g a n -
grenée s'exhale facilement en discours criminels. (S. JÉRÔME.)

II. 7-11.

f. 7 - 1 1 . C'est le langage des athées et des impies de profession,


mais c'est aussi le langage que tiennent par leurs œuvres plusieurs
chrétiens, qui prouvent ainsi qu'ils ne sont pas bien convaincus que
Dieu pénètre le fond du cœur par sa lumière, et qu'il a une connais-
sance exacte de toutes leurs actions et de toutes leurs pensées. — Ces
athées, ces impies reviennent difficilement. Gomme ils sont d'autant
plus insensés qu'ils se croient plus sages, et môme qu'ils traitent les au-
tresaveclederniermépris,iiestrareet presque impossible qu'ils devien-
nent jamais véritablement sages. —- « Quoi, celui qui a formé l'oreille
n'écoute-t-il pas ? et celui qui a fait les yeux est-il aveugle ?tL'oreille
que Dieu a donnée l'homme n'entend et l'œil ne voit qu'à une certaine
distancejil faut que l'objet lui soit présent ; mais Dieu, quelque éloigné
qu'il paraisse, entend très-distinctement tout ce qui se dit jusque dans
le fond du cœur ; il voit très-clairement tout ce qui se passe dans les
lieux les plus cachés, ou plutôt, il est présent à tout. (DUG.) — Pour-
quoi ne songez-vous pas qu'il est tout vue, tout ouïe, tout intelligence,
que vos pensées lui parlent, que votre cœur lui découvre tout, que
votre propre conscience est sa surveillante et son témoin contre vous-
même ? Et cependant sous ces yeux si vifs, sous ces regards si perçants,
vous jouissez sans inquiétude du plaisir d'ôtre caché ; vous vous aban-
donnez à la joie et vous vivez en repos parmi vos délices criminelles,
sans songer que Celui qui vous les défend et qui vous en a laissé tant
d'innocentes, viendra quelque j o u r inopinément troubler vos plaisirs
d'une manière terrible par les rigueurs de son jugement, lorsque vous
ot
l'attendrez le moins. (BOSSUET, /" Serm., p. le I D. de VAv., 7
R R0
p.)
—• Celui qui enseigne et châtie les nations ne les reprendrait pas? C'est
ce que Dieu fait maintenant : il enseigne les nations ; c'est pourquoi il
TOME II. 23
354 PSAUME XCLtI.
a envoyé sa parole aux hommes dans tout l'univers ; il l'a envoyée
par les Anges, par les Patriarches, par les Prophètes, par ses servi-
teurs, par une foule de hérauts qui précèdent le juge à venir. Il a en-
voyé son Verbe lui-même, il a envoyé son propre Fils, il a envoyé les
serviteurs de son Fils, et son Fils lui-même dans ses serviteurs. Par
l'univers entier, la parole de Dieu est prèchée. Quel est le lieu où l'on
ne dit aux hommes : Renoncez à vos anciennes iniquités, et revenez à
la voie droite? Dieu vous épargne, afin que vous vous corrigiez; il
ne vous a pas puni hier, afin qu'aujourd'hui vous viviez dans le bien.
Il enseigne les nations, est-ce donc qu'il ne les reprendra p a s ? est-ce
donc qu'il n'entendra pas à son Tribunal ceux qu'il enseigne ? est-ce
donc qu'il ne jugera pas ceux auquels il a d'abord enseigné sa parole
et en qui il a répandu la bonne semence ? Si vous fréquentiez une
école, est-ce que vous recevriez sans jamais rendre ? Vous recevez du
maître quand il vous donne ses enseignements ; le maître vous confie
ce qu'il vous enseigne, et croyez-vous qu'il ne l'exigera pas lorsque
le moment de le rendre sera venu pour vous ? ou croyez-vous que,
ce moment venu, vous n'ayez point à craindre les coups ? Nous rece-
vons donc maintenant, et plus tard nous serons amenés devant le
martre pour lui paj er toutes nos dettes passées, c'est-à-dire pour lui
rendre compte de toutes les choses dont il nous fait maintenant
l ' a v a n c e . . . Quoi! celui qui enseigne les nations ne les reprendrait
pas, lui qui donne la science à l'homme ? Celui qui vous fait savoir no
saurait-il pas lui-môme, lui qui donne la science à l'homme ? (S. AUG.)
— Toutes les pensées et toute la science de l'homme que Dieu ne
donne point ne sont que vanité. La science qui n'entre point dans le
cœur, ces lumières qui m viennent que de l'esprit, n'inspirent que
des pensées vaines, qui ne font qu'enfler, et qui serviront plutôt à
nous faire condamner qu'à nous sauver. — Laissons donc nos pensées,
puisqu'elles sont vaines, et prenons les pensées de Dieu, puisqu'elles
sont la sagesse même. ( S . AUG.)

III. - 12-23.

jh 12-15. Heureux celui dont Dieu ouvre non-seulement l'oreille du


corps pour lui parler extérieurement, non-seulement l'oreille de l'es-
prit, pour lui en donner la connaissance, mais l'oreille du cœur, pour
lui en inspirer l'amour. — Dieu est le docteur des justes, il les instruit
1° comme un père : « Le Seigneur votre Dieu vous a instruits, commo
un père enseigne son His, afin que vous observiez les commandements
PSAUME XG1II. 355
du Seigneur votre Dieu, et que vous marchiez dans ses voies et que
vous le craigniez ; » DEUT. VIII, 5, 6); 2 ° comme guide dans la voie
qu'il nous ordonne de suivre : « Je suis le Seigneur ton Dieu, qui t'en-
seigne ce qui est bon, et qui te dirige dans la voie où tu marches ; »
(ISAI. XLVIII, 1 7 ) ; 3° comme le maître des athlètes qui les préparait au
combat : « son onction vous enseigne tout ; » (I, JEAN, II, 2 7 ) ; 4 ° comme
notre Sauveur : « La grâce de Dieu notre Sauveur s'est révélée à tous
les hommes, pour nous enseigner à renoncer à l'impiété, aux désirs
du siècle, et à vivre dans le siècle avec tempérance, avec justice et
avec piété. » (TIT. II, 1 1 , 12.) — Tel est un des admirables effets de
la doctrine divine, c'est d'adoucir l'amertume qu'éprouve le juste en
voyant et en souffrant les persécutions des impies. Point de repos plus
doux d u r a n t les mauvais jours de cette vie , point de fondement plus
solide d'assurance au dernier jour, qui est proprement le mauvais
jour des pécheurs, que la connaissance pratique, que l'amour de la loi
de Dieu. — Combien de temps sera nécessaire cette consolation ? j u s -
qu'à ce que soit creusée cette fosse dans laquelle les impies seront
précipités. Alors tous les maux s'étant tournés du côté des méchants,
les justes n'auront plus besoin de consolation, parce qu'ils n'auront
plus de peine. — L a prospérité du pécheur est une fosse qui se creuse
sous ses pieds : plus il est élevé dans le monde, plus cette fosse est
profonde. (BELLARM., D U G . ) — Dieu, par un effet de sa justice cachée,
épargne un homme qu'il sait pécheur et impie, et par cela mémo que
Dieu l'épargne, son impunité le gonfle d'orgueil. Il se croit élevé bien
haut et il tombe , il tombe en raison de cotte impunité qui lui fait
croire qu'il est grand ; il regarde sa félicité comme une élévation, et
Dieu l'appelle une fosso. Une fosse précipite dans l'abîme, loin d'éle-
ver vers le ciel ; c'est pourquoi les pécheurs orgueilleux qui croient
monter vers \Q ciel ne font que s'enfoncer sous terre. Au contraire,
les humbles qui paraissent s'abaisser jusqu'à terre s'élèvent vers le
ciel. (S. AUG.) — « Car le Seigneur ne repoussera point son peuple. »
Il l'exerce et ne le repousse pas. Que dit en effet l'Ecriture dans un
autre endroit ? « Dieu corrige celui qu'il aime, et il châtie tout fils
qu'il reçoit. (HÉB., XII, 6.) » Il le reçoit après l'avoir châtié, et vous
dites qu'il le repousse? Nous voyons les hommes agir de même envers
leurs enfants : quelquefois ils laissent vivre à leur gré ceux de leurs
enfants dont ils désespèrent, et ils châtient ceux dont ils ont bon es-
poir ; quant à ceux, au contraire, dont ils n'espèrent pas de dompter
les vices, ils les laissent vivre à leur volonté. Mais le père rejette de>
356 PSAUME XCIII.
son héritage le fils qu'il laisse vivre à sa fantaisie, tandis qu'il châtie
le fils auquel il réserve son héritage. Aussi, lorsque Dieu flagelle son
enfant, que celui-ci coure se soumettre à la main du Père qui le
frappe, parce que, en le châtiant, le Père lui enseigne à mériter son
héritage. Il ne rejette pas de sa succession le fils qu'il châtie, mais il
le châtie pour que celui-ci soit digne de la recueillir. (S. AUG.) — Cet
état de choses, dit le Prophète, durera jusqu'au jour où lajustice qui
s'était montrée beaucoup plus comme une puissance passive que comme
une puissance active, se formulera au jugement suprême. (BELLARM.)
— La même vérité qui est sortie de la bouche de Jésus-Christ nous
jugera au dernier jour. Conformité entre l'un et l'autre état. Telle qu'il
l'a prononcée, telle elle paraîtra pour prononcer notre sentence ; ce
sera le précepte qui deviendra une sentence. Là, elle paraît comme
dans une chaire pour nous enseigner ; là, dans un tribunal pour nous
j u g e r ; mais elle sera la même en l'un et en l'autre. Mais telle qu'elle
est dans l'un et dans l'autre, telle doit-elle ôtre dans notre vie ; car
quiconque n'est pas d'accord avec la règle, elle les repousse et les con-
damne ; quiconque vient se heurter contre cette rectitude inflexible,
ot
il faut qu'elle les rompe et qu'elle les brise. (BOSSUET, J Serm. p. le
D. de la Pass.) — Appliquez-vous maintenant à posséder la justice,
puisque vous ne pouvez encore posséder le jugement. Il faut d'abord
que vous possédiez lajustice ; mais votre justice elle-même sera chan-
gée en jugement. Cette justice, les Apôtres l'ont possédée et ils ont
supporté les injustes. Mais que leur a dit le Seigneur: « Vous serez
assis sur douze trônes et vous jugerez les douze tribus d'Israël. (MATTH.,
XIX, 28.) » Leur justice sera donc changée en jugement. En effet, qui-
conque est juste ici-bas ne l'est que pour supporter ses maux avec
patience : qu'il supporte donc le temps de sa passion et viendra le jour
où il exercera le jugement. Mais pourquoi parler des serviteurs de
Dieu ? Le Seigneur lui-môme, qui est le juge de tous les vivants et de
tous les morts, a voulu être jugé d'abord, pour juger ensuite, t Jus-
qu'à ce que lajustice soit changée en jugement ; or, ceux qui la pos-
sèdent ont le cœur droit. » Quels sont ceux « qui ont le cœur droit? »
Ceux qui veulent ce que Dieu veut. Or, Dieu épargne les pécheurs, et
vous voulez que Dieu perde dès maintenant les pécheurs? Votre cœur
n'est pas droit, votre âme est dépravée, dès lors que vous voulez une
chose et q u e Dieu en veut une a u t r e . Dieu veut épargner les méchants
et vous ne voulez pas qu'ils soient épargnés ? Dieu est patient pour les
pécheurs, et vous ne voulez pas supporter les pécheurs? Comme je
P S A U M E XCI1I. 357

vous l'ai dit d'abord, vous voulez une chose et Dieu en veut une a u t r e :
ramenez votre cœur et redressez-le sur Dieu. Gardez-vous donc de
vouloir courber la volonté de Dieu sur la vôtre, mais corrigez votre
volonté d'après celle do Dieu. La volonté de Dieu est comme une
règle : si vous avez, je suppose, courbé une règle, où trouver de quoi
vous redresser ? Quant à la divine volonté, clic reste dans son inté-
grité , c'est une règle immuable. Tant que la règle est intacte, vous
avez où vous appliquer vous-même pour redresser ce qui n'est point
droit en vous. Mais que veulent les hommes ? C'est peu que leur v o -
lonté soit tortueuse, ils veulent encore courber la volonté de Dieu
selon les désirs de leur cœur, et faire que Dieu agisse selon leur vo-
lonté, tandis qu'eux-mêmes doivent agir uniquement selon la volonté
de Dieu. (S. AUG.)
f. 1 6 , 1 7 . Ces deux versets, rapprochés l'un de l'autre, renferment
un grand et triste enseignement: ils ne peignent que trop bien ce qui
se passe continuellement dans ce monde, quand il s'agit de lutter
contre les méchants, de résister aux ouvriers d'iniquité. Une voix cou-
rageuse s'élève : un homme juste et ferme se met en avant pour sou-
tenir cette lutte, pour organiser celle résistance; il fait appel aux
hommes de cœur qu'il sait aimer la vérité et vouloir le triomphe du
bon droit. Vains efforts. Quelques voix à peine répondent à sa voix :
il reste seul ou à peu près pour combattre le combat du Seigneur ; et
si le Seigneur lui-môme ne venait à son secours, il succomberait cer-
tainement et l'injustice triompherait. (UISNDU.) — S. Augustin remer-
ciait Dieu de lui avoir pardonné les péchés qu'il avait commis, et do
.'.'avoir préservé des péchés qu'il n'avait pas commis. J'attribue à votre
grâce, disait-il en confessant sa misère aux pieds du Seigneur, de n'a-
voir pas commis tout le mal que j e pouvais faire. Il n'y a point de
saint dans le ciel qui ne puisse dire comme le Prophète : « Si le Sei-
gneur ne m'avait protégé, je serais bientôt devenu la proie de l'enfer. »
C'est que la faiblesse de l'homme, sans l'appui de Dieu, est extrême ;
c'est que la corruption de l'homme, sans le remède de la grâce de Dieu,
est un mal incurable. Que trouvons-nous hors de Dieu ? les autres
hommes et nous-mêmes. Si nous nous reposons sur les hommes, nous
tombons avec eux ; si nous nous appuyons sur nous-mêmes, nous a c -
célérons nous-mêmes notre chute. D'ailleurs, disait encore avec tant
de sagesse saint Augustin : Si vous mettez votre espoir dans les hom-
mes, vous vous humiliez d'une manière indigne ; si vous le placez en
vous-même, vous vous élevez témérairement ; l'un et l'autre est égale-
358 PSAUME XC1II.
ment pernicieux. Celui qui s'abaisse en esclave rampera toujours , et
celui qui s'élève en téméraire fera une chute déplorable. (BERmiER.)
— Dieu ne nous découvre-t-il pas de temps à autre des choses terri-
bles au fond de notre âme. L'accès de quelque tentation extraordinaire,
le réveil fortuit de quelque passion longtemps endormie, ou enfin un
éclair de lumière surnaturelle émané de Dieu, suffit pour révéler à nos
regards des cavités inconnues qui recèlent de nouveaux éléments de
péchés. Il est constant que nous portons avec nous d'immenses réser-
voirs de péchés non connus. Les sages dispositions d'une Providence
pleine de miséricorde et l'empire de la grâce qui nous soutient, peu-
vent seuls les empêcher de devenir des faits accomplis. Oh 1 comme
nous nous hâtons de chercher un abri sous le manteau de Dieu, comme
nous nous attachons à ses pieds, quand, pour la première fois, nous
pénétrons ces mystères ! Quelle admirable, quelle heureuse dispro-
portion entre le mal que nous faisons et le mal que nous sommes ca-
pables de faire, que nous avons même été quelquefois sur le point de
commettre!... Si un empereur païen remerciait Dieu tous les jours
pour les tentations qu'il éloignait de lui, combien ne devons-nous pas
le remercier pour les péchés que nous n'avons pas commis? (FABER,
Progrès de rame dans la nie spir., ch. XX.) — Le Prophète explique en
quoi consiste ce secours de Dieu qui a préservé son âme de tomber
dans l'enfer. Si je reconnaissais mon infirmité et m'en humiliais, aus-
sitôt votre miséricorde venait à mon secours, en éclairant mon intel-
ligence, en purifiant mon cœur, en fortifiant ma volonté. (BELLARM.)
fi. 18. Remarquez avec saint Augustin ces mots, «quand j ' a i dit», ou,
«si je disais»; car il y a une infinité d'hommes dontles pieds chancellent
dans la voie du salut ; mais ils ne le disent pas, ils ne confessent pas
leur faiblesse, ils ne reconnaissent pas le danger qui les menace. Dieu
connaît nos maux, mais, dit le saint docteur, il veut que nous en fas-
sions l'aveu, il aime cet aveu, il aime l'humilité qui accompagne cet
aveu. Nous sommes ébranlés, c'est le propre de l ' h o m m e ; Dieu nous
appuie, c'est le caraclèrc de Dieu. Saint Pierre marche sur les eaux,
la frayeur le saisit; il implore le secours de Jésus-Christ, Jésus-Christ
lui tend la main. Notre force dépend donc de Dieu seul, mais Dieu
exige de nous la persuasion de notre faiblesse. Une humble prière est
la route qui conduit à sa miséricorde. (BERTIHER.)
jh 19-23. Paradoxe inconnu à tous ceux qui n'en ont jamais fait
l'expérience, que le corps étant dans la douleur, l'âme puisse être
remplie de consolation cl de joie. Saint Paul en est un témoin fidèle,
PSAUME XCIII. 359
lorsqu'il s'écriait dans un saint transport : « Je suis rempli de conso-
lation et comblé de joie au milieu de toutes mes tribulations, et à me-
sure que les souffrances de Jésus-Christ abondent en nous, nos conso-
lations abondent aussi par Jésus-Christ.» (l\ COR,, I, 5.) — La grandeur
des récompenses est en proportion de la grandeur des tribulations ;
autant de blessures, autant de couronnes ; j e n'ai versé qu'une larme,
je n'ai mérité qu'une consolation ; j ' e n ai versé dix, j e serai dix fois
consolé. (S. JÉRÔME.) — Oui, dans cette vallée de nos maux, que David
appelle éloquemment une vallée de larmes, dans ce torrent de Cédron
où le Sauveur du monde a passé comme nous, et où nous buvons
chaque jour l'eau triste et troublée de notre vie, le bonheur n'est pas
un inconnu, ni môme un absent. Il a franchi avec l'homme, quand
l'homme tomba, le seuil perdu de l'Eden, et, depuis soixante siècles,
banni comme nous, il erre avec nous dans le monde, compagnon sacré
de nos infortunes et concitoyen de notre oxil. Il ne lui est pas permis
de se montrer constamment ni tout entier à notre vue, mais il ne lui
est pas interdit de choisir une heure et de nous la donner. Un j o u r ou
l'autre, il frappe à notre porte, il s'assied au foyer désert ou rempli,
et d'un de ses regards, jeté sur notre cœur, il en tire cette larme uni-
que où nous lisons ce qu'il est. Larmes des mères retrouvant leurs fils
après l'absence et les hasards I larmes du voyageur saluant un matin
les côtes de la patrie longtemps perdue l larmes des héros entre la
victoire et la mort 1 larmes du juste sous le tressaillement de la cons-
cience 1 larmes d'Augustin parlant de Dieu à sa mère au bord des
flots qui vont le ramener à Carthage ! combien n'en compterons-nous
pas, et combien plus que nous ignorons, parce que le cœur de l'homme
si profond pour la misère, l'est bien autrement encore pour la félicité.
La misère lui vient d'un accident, la félicité de sa nature et de sa pré-
destination : « Vos consolations ont rempli mon âme à proportion de
de la multitude des douleurs qui ont pénétré mon âme. » (LACORD.,
conf. de Taul.) — « Est-ce que vous prenez place sur Je siège de l'ini-
quité, vous qui façonnez pour nous la douleur en enseignement? » Le
Prophète veut dire : Nul injuste ne partage votre siège et jamais vous
n'aurez un siège d'iniquité. Il rend ensuite compte du motif pour le-
quel il juge ainsi : « Vous qui façonnez pour nous la douleur en ensei-
gnement. • Je comprends, dit-il, que vous ne proniez point place sur
le siège de l'iniquité, parce que vous ne nous avez pas épargnés
C'est parce que Dieu n'épargne pas ses fidèles, dans le but de les ins-
truire, que le Prophète a d i t : « Vous façonnez pour nous la douleur
360 PSAUME XGIII.
en enseignement »... Vous formiez, dit-il, un enseignement avec la
douleur, c'est-à-dire : vous nous faites de la douleur un enseignement.
Comment la douleur peut-elle être un enseignement pour vous ? Lors-
que vous êtes châtié par Celui qui est mort pour vous, qui ne vous a
pas promis le bonheur en cette vie, qui ne peut d'ailleurs vous t r o m -
per, et qui ne vous donne pas ici tout ce que vous y cherchez. Que
vous donnera-t-il ? et où vous le donnera-t-il ? Combien sera grand
ce que vous donnera Celui qui ne vous donne rien ici-bas, qui vous
instruit et vous fait de la douleur un enseignement 1 Ici-bas le travail
est votre lot, mais le repos vous est également promis. Vous faites at-
tention que vous souffrez ici-bas, mais faites réflexion au repos qui
vous est promis. Si vous pouviez vous en faire une idée, vous verriez
que votre travail n'est pas la compensation de ce repos... Ne soyez
point paresseux au travail un instant, et vous vous réjouirez pendant
toute une éternité. Dieu vous donnera la vie éternelle, pensez au prix
de quel travail vous devez l'acheter. Ce que j ' a i , vous dit Dieu, est à
vendre, achetez-le. Qu'a-t-il donc, qu'il faille acheter ? Mon repos est
à vendre, achetez-le à force de travail. — Le saint Prophète donne
immédiatement un mémorable exemple des volontés rigoureuses du
Père céleste, auxquelles il faut se soumettre : les méchants conspire-
ront contre la vie du juste, et ils condamneront le sang innocent.
Cette soumission est en elle-même très-difficile, mais d'abord les mé-
chants n'ont de pouvoir que celui que Dieu leur donne. C'est donc la
volonté de Dieu et non celle des méchants qu'il faut voir dans les af-
flictions qu'ils nous infligent; ensuite, le juste par excellence ayant été
persécuté et condamné, ceux qui veulent participer à sa gloire doi-
vent s'estimer heureux de participer à ses souffrances. (RENUU.) —
« Mais le Seigneur est devenu mon refuge. » Vous n'auriez jamais
cherché cet asile, si vous n'aviez pas senti le d a n g e r , et vous vous êtes
trouvé dans le danger, afin de recourir à cet asile. Voilà comment
Dieu nous envoie des souffrances pour nous instruire : il permet que
les méchants nous persécutent, et ces persécutions nous font recher-
cher un asile en lui. Tandis que nous jouissons des prospérités mon-
daines, nous ne pensons pas même à cet asile ; car qui se ressouvient
de Dieu en goûtant les satisfactions de la vie présente? Il faut que les
espérances du siècle s'évanouissent, pour que les espérances de Dieu
se raniment. Il faut donc éprouver des disgrâces, pour dire comme lo
Prophète : « Dieu est devenu mon asile, Dieu est devenu l'appui de
mon espérance. » Ce n'est encore que de l'espérance, tandis que nous
PSAUME XGIV.
lommes sur la terre. Nous espérons, nous ne jouissons pas. Mais n e
nous lassons pas d'espérer, nous avons un garant qui ne nous trompe
point; déjà il nous console, il tempère les maux que nous éprouvons;
il est en un mot le soutien de notre espérance. (S. Auu., BERTMER )
— « Il fera retomber sur eux leur iniquité. » Très-juste et très-ordi-
naire Providence de Dieu, de punir les méchants par eux-mêmes et de
faire retomber sur eux leur propre malice. — « Il les fera périr par
leur propre malice. » Ce n'est pas sans raison que le Prophète dit :
i par leur propre malice. » Il m'arrive du bien par leur entremise, et
cependant le Prophète parle de leur malice et non du bien qu'ils me
procurent. Assurément, c'est par le mal qu'ils font que Dieu nous
éprouve et nous frappe. Dans quel b u t nous frappe-t-il? En vue du
royaume des cieux. En agissant ainsi, Dieu nous instruit pour quo
nous méritions son héritage éternel ; et souvent il nous le fait acqué-
rir au moyen des méchants par lesquels il exerce et rend parfaite notre
charité, qu'il veut que nous étendions jusqu'à nos ennemis. (S. AUG).

PSAUME XCIV.

Laus cantici ipsi David. Cantique de louange de David.


1. Venite, exultemus Domino ; 1. Venez, réjouissons-nous devant lo
jobilemus Doo salutari nostro. Seigneur, acclamons avec joie Diou notre
Sauveur.
2. Praeoccupemus faciem ejus in 2. Prévenons sa présence par nos
confessione : et in psalmis jubile- louanges ; et chantons sur les instruments
mu., ei. des hymnes à sa gloire.
3. Quoniam Deus magnus Do- 3. Car le Seigneur est le grand Dieu,
miius : et rex magnus super et le grand roi au-dessus do tous les
oninos dcos. dieux ;
4. Quia in manu ejus sunt omnes 4. parce que dans sa main sont tous
fines- terra? : etaltitudinesmontium les confins do la terre ot que les cimes
ipsius sunt. des montagnes lui appartiennent;
5. Quoniam ipsius est mare, et 5. parce que la mer est à lui, c'ost lui
ipso fecit illud : et siccam manus qui l'a faite, et ses mains ont formé la
ejus formaverunt. terre ferme.
6. Venite adoremus, et proci- 6. Venez, adorons-le, prosternons-nous
damus : et ploremus ante Domi- et pleurons devant le Seigneur qui nous
lum, qui fecit nos. a créés ;
7. Quia ipse est Dominus Deus 7. parce qu'il est le Soigneur notre
«oster : et nos populus pascuœ Dieu, et que nous sommes le peuple do
ijus, et oves manus ejus. ses pâturages, et les brebis que conduit
sa main.
8. Ilodie si voeem ejus audiori- 8. Si vous entendez aujourd'hui sa
tis, nolite obdurare corda vestra i voix, gardez-vous bien d'endurcir vos
cœurs, Ilébr. m, 8.
9. Sicqt in irritatione secun- 9. comme il arriva au jour qui excita
363 PSAUME XGIV.
du m diem tentationis in deserto : ma colère, et au jour de la tentation
ubi tentaverunt me patres vestri, dans le désert, où vos pères me tentè-
probaverunt me, et viderunt opéra rent, où ils m'éprouvèrent et furent té-
mea. moins de mes œuvres.
10. Quadraginta annis offcnsus 10. Pendant quarante ans, j'ai été cour-
fui gencrationi illi, et dixi : Sem- roucé contre cette race, et j'ai dit : Le
per bi errant corde. cœur de ce peuple est toujours dans l'é-
garement. Exod. xiv, 34.
1 i. Et isti non cognoverunt vias 11. Ils n'ont point connu mes voies. Et
mcas : ut juravi in ira mea : Si je jurai dans ma colère qu'ils n'entre-
introibunt in requiem meam. raient point dans mon repos. Hébr. îv, 3.

Sommaire analytique.
Ce Psaume, sans titre dans l'hébreu, est attribué à David par les Sep-
tante , la Vulgate et saint Paul, qui le cite sous le nom de David dans
l'ôpitre aux Hébreux (iv, 7). Il fut composé probablement après le trans-
port de l'arche à Sion, et donné aux chantres pour le service divin (i).
Le Roi-Prophète
I. — INVITE LE PEUPLE JUIF A. CHANTER LES LOUANGES DE DIEU *.
1° Il appelle tous les cœurs, toutes les voix, tous les instruments à s'unir
dans la louange divine (1, 2);
2° Il en donne les motifs : a) la grandeur de Dieu, élevé au-dessus do
tous les dieux (3) ; 6) il est le souverain Créateur et Seigneur de la terro,
de la mer et de tout l'univers (4, 5) ; c) il nous a créés, et nous avons
offensé par nos péchés notre Créateur (6) ; d) la providence toute parti-
culière avec laquelle Dieu nous gouverne (7).
IL — IL RAPPELLE QU'lL FAUT JOINDRE A CE CULTE DE LOUANGE L'OBÉISSANCE
A LA VOIX DE DIEU :
1° Il introduit Dieu lui-même parlant à son peuple et l'engageant a ne
point fermer ses oreilles et son creur à la voix qu'il fait entendre (8) ;
2° Il l'engage à éviter la désobéissance et l'obstination des Juifs dans
le désert (9) ;
3° 11 rappelle la peine de cette obstination, les reproches continuels que
Dieu leur a faits , leur aveuglement incessant, leur exclusion de la terro
promise (10, il).

Explications et Considérations.
I. — 1-7.
f. 1, 2. Il y a trois degrés, ou, si l'on veut, trois actions dans ce
préambule du Psaume : chanter les louanges du Seigneur avec joie, ser-
(1) Le Psautier liturgique contient ce p s a u m e selon l'ancienne italique ; co qui
explique les différences avec la traduction de la Vulgate que n o u s lisons ici. —
Ce Psaume parait être un dialogno à trois v o i x , avec une quatrième au nom ttti
Psalmiste (verset 8), cl uno ciuquicnii' au n o m de Dieu (versets S)-H).
PSAUME XGIV. 363

Vir le Seigneur avec allégresse, paraître en la présence du Seigneur, ou


dans son saint temple, avec les sentiments d'une satisfaction parfaite.
Point d'ennui dans ces sainls cantiques, point de murmures dans ces ser-
vitudes; point do trouble dans ce commerce avec Dieu. Celui qui veut
accorder l'amour du monde avec les devoirs de la religion ne com-
prendra rien aux invitations du Prophète. Il dira, s'il est de bonne foi,
que la prière le dégoûte, que la fidélité aux lois de Dieu le gène, que
l'assiduité dans le saint temple le remplit d'humeur. Cela doit être
ainsi, quand le cœur est vide de Dieu et quand l'amour du monde y
règne avec empire. (BERTJIIER). — On vient à Dieu par l'intelligence
et la volonté, qui sont comme les deux pieds de l'âme. L'intelligence
s'approche de Dieu par la foi. Pour s'approcher de Dieu, il faut
croire premièrement que Dieu est; (HEBR, XI, 6 ) ; la volonté s'appro-
che de Dieu par les affections. (S. AUG.). — Nous devons venir à Dieu
comme des serviteurs à leur seigneur. « Vous avez rempli vos mains
pour le Seigneur, approchez et offrez des victimes et des louanges
dans la maison du Seigneur; » (II PARAL. XXIX, 3 1 ) ; comme des disci-
ples à leur maître : « Venez et montons à la montagne du Seigneur
et à la maison du Dieu de Jacob, et il nous enseignera ses voies; »
(ISAI, II, 3 ) ; comme des malades à leur médecin : « Venez, retour-
nons au Seigneur, c'est lui qui nous a blessés, mais il nous g u é r i r a ;
il nous a frappés, mais il fermera nos blessures ; » (OSÉE VI, 1 , 2 ) ; comme
ceux qui ont soif viennent à une source rafraîchissante : « Vous tous
qui avez soif, venez vers les eaux; » (ISAI. LV, 1 ) ; « si quelqu'un a
soif, qu'il vienne à moi et qu'il boive; » (JEAN, VU, 3 7 ) ; comme des
aveugles à la lumière qui éclaire tout homme venant en ce m o n d e ;
co.nme des amis qui viennent s'entretenir avec un ami.— Trois sortes
de confessions : la confession de la foi, la confession des péchés, la
confession des louanges. — Nous devons prévenir l'arrivée de Jésus-
Christ comme j u g e par cette triple confession de la foi, des péchés,
des louanges, t Confessez Dieu durant votre vie, confossez-lo dans vo-
ire force et dans votre gloire, confessez Dieu et glorifiez-le dans ses
miséricordes. » (ECCLI. XVII, 2 7 ) .
f. 3 - 7 . Rien de plus important pour bien prier que de concevoir
d'abord de grandes idées de Dieu.— Il est supérieur à toute puissance ;
ce serait peu pour Dieu, ou plutôt ce ne serait rien d'être au-dessus
des dieux de la gentilité, qui n'étaient que des idoles privées de vie et
de sentiment; mais sa grandeur surpasse celle de tous ceux qui por-
Icot le nom de dieux dans J'Ecritum, los anges, los rois, les puissants,
3G4 PSAUME XCIV.
les juges de la terre, etc. Seconde raison, souverain domaine de Dieu
sur tout l'univers. Ce globe de la terre qui nous paraît si considérable
et si rempli de merveilles,, est comme un a t o m e ; si on le compare à
la puissance de Dieu, il est tout entier dans sa main. Il est le Maître
des montagnes les plus élevées, d'où il considère toutes les actions et
toutes les pensées des hommes ; maître absolu de la mer, à qui il com-
mande avec autorité, où il excite des tempêtes quand il le juge à
propos et ramène le calme quand il lui plaît. — Tout lui appartient
encore à titre de production, en sorte que rien n'existerait sans lui.
— Cette troisième raison : « Dieu nous a faits, » comprend en abrégé
toute la religion. Elle est le fondement de la foi, l'appui de la con-,
fiance, le motif de la reconnaissance, l'aiguillon de l'amour... Tout
ouvrage est cher à celui qui l'a fait; mais quel ouvrage, ajoute saint
Augustin, que celui qui est formé à l'image et à la ressemblance de
son auteur! Il n'est aucun de nous qui n'ait déshonoré cette divino
image : pleurons nos offenses et demandons grâces au pied de son
trône. — Pénitence, pendant qu'il est temps : fléchissons la face du
Juge ; prévenons-le par la confession de nos péchés; prévenons sa face,
par la confession de notre impuissance, de peur qu'il ne nous la fasse
connaître par notre chute. «Pleurons, pleurons, devant Celui qui nous
a faits; » pleurons avant que de tomber dans ces pleurs irrémédiables
et intarissables ; pleurons avec saint Pierre, de peur d'aller pleurer
éternellement et inutilement avec Judas et tous les méchants. (Bos-
SUET, Médit., sur fEv.)— Nous no pouvons réparer de nous-mêmes
celte divine ressemblance, c'est à Dieu qu'il appartient de rétablir
des traits trop souvent et trop longtemps eflacés, de créer en nous un
cœur nouveau, et de nous rendre conformes au grand modèle qu'il
nous a donné en la personne de son Fils. — Quatrième raison, plus
touchante encore : nous appartenons en propre au Seigneur, nous
sommes la portion chérie de son troupeau, nous sommes immédiate-
ment sous sa conduite. Jésus-Christ, divin Pasteur de nos âmes, non-
seulement nous nourrit dans les pâturages des Ecritures, mais nous
conduit lui-même de la main, comme des brebis raisonnables, et daigne
nous nourrir de sa propre chair. ( S . AUG. ; BERTII. ; DUG.) — « Nous
sommes le peuple de ses pâturages et les brebis que ses mains ont
créées. » Voyez avec quelle élégance le Prophète a changé l'ordre
des mots, et les a comme détournés de leur sens naturel, afin de nous
faire entendre que les brebis et le peuple sont la même chose. 11 n'a
pas dit : les brebis de ses pâturages et le peuple que ses mains ont
PSAUME XGIV. 365
créé, ce qui pouvait paraître plus convenable, parce que les brebis se
rapportent aux pâturages ; mais il a dit : « Le peuple de ses p â t u -
rages. » Ses brebis sont donc ce peuple, puisqu'il dit : « le peuple de
ses pâturages, » ce peuple formé de ses brebis. D'autre part, comme
nous possédons des brebis que nous achetons, mais que nous ne
scréons pas, et comme il avait dit plus haut : « Prosternons-nous d e -
vant celui qui nous a créés, » il dit ici avec raison : « Ses brebis que
ses mains ont créées. » Nul homme ne se crée des brebis : il peut en
acheter, en recevoir en don, en trouver, en réunir à son troupeau, en
dérober même ; mais en créer, il ne le peut. Au contraire, le Seigneur
nous a créés, c'est pourquoi : « Le peuple de ses pâturages et les b r e -
bis que ses mains ont créées, » sont les brebis qu'il a daigné se créer
lui-même par sa grâce. (S. AUG.)

IL — 8-11.

f. 8-11. Il ne suffit pas de louer l e Seigneur par des cantiques, p a r


des adorations, par des actions de grâces, il faut joindre à ce culte
extérieur l'obéissance à la voix de Dieu, et l'accomplissement de ses
volontés. — Le mot aujourd'hui indique le temps de la vie présente
et chacun des moments qui la composent : « Pendant qu'on nous dit
aujourd'hui, si vous entendez sa voix, n'endurcissez pas vos cœurs,
comme au lieu de la contradiction. » (IIEBR. III, 15.) « Si vous e n t e n -
dez aujourd'hui sa voix, gardez-vous d'endurcir vos cœurs.» Le démon,
au contraire, ne cesse de nous suggérer de commettre aujourd'hui le
p^ché, et de renvoyer au lendemain la pratique de la justice. Voilà
pourquoi le Seigneur, voulant détruire l'influence de ces mauvais
conseils, nous dit par la bouche de son Prophète : « Aujourd'hui, si
vous entendez ma voix. » Le démon dit : Aujourd'hui m'appartient,
demain est pour Dieu. Le Seigneur, au contraire, cric à haute voix :
i Ecoutez aujourd'hui ma voix. » Considérez les ruses artificieuses de
Yotre ennemi : il n'ose pas vous conseiller de vous éloigner entièrement
de Dieu, il sait que cette pensée répugne souverainement à des c h r é -
tiens, mais il cherche à vous attaquer par ses menées artificieuses. Il
est sage pour faire le mal. Il sait que nous ne vivons réellement que
dans le temps présent, et que toutes nos actions s'accomplissent dans
celle courte partie du temps que nous appelons le présent. Voilà
pourquoi il nous dérobe frauduleusement le j o u r présent, et nous
laisse l'espérance du lendemain. Ce lendemain arrivé, ce mauvais
conseiller se présente de nouveau, prend encore pour lui le j o u r
366 PSAUME XCIV.
actuel, en demandant le lendemain pour le Seigneur, et c'est ainsi
que nous enlevant constamment le temps présent par l'attrait dei
plaisirs, et renvoyant toujours notre espérance à un temps à venir,
il nous conduit au dernier jour sans que, dans notre imprudence, nous
ayons été assez vigilants pour nous y préparer. (S. B A S . , Ilomini S,
JJaptistna.) — L'Apôtre saint Paul, après avoir mis devant les yeux
des Hébreux convertis à la foi l'exemple de leurs pères, qui, par leur
obstination, s'étaient rendus indignes d'entrer dans la terre que Dieu
leur avait promise, conclut par cet excellent avis : « Craignez donc,
mes frères, qu'il n'y ait en quelqu'un de vous un fonds, ou d'incré-
dulité, ou de malignité qui l'éloigné du Dieu vivant; mais exhorter-
vous sans cesse les uns les autres, tandis que dure ce temps que
l'Ecriture appelle aujourd'hui, » parce que vous devez être persuadés
que ce qui s'appelle aujourd'hui est pour vous le temps des miséri-
cordes du Seigneur. Voyez, remarque saint Chrysostome, l'admirable
théologie de saint Paul : il n'exhorle pas les Hébreux à se convertir
demain, ni à suivre les lumières de la grâce quand ils seront libres
de certains embarras du siècle, ni à revenir de leurs erreurs dans un
certain terme qu'il aurait pu leur m a r q u e r . . . mais il leur dit : Exhor-
tez-vous les uns les autres, pendant que vous êtes en possession de ce
j o u r présent, parce que ce j o u r présent vaut mieux pour vous que
tous les siècles compris dans la durée infinie de Dieu ; parce que et
j o u r présent est le seul point de l'éternité auquel vous ayez droit;
en un mot, parce qu'il n'y a que ce j o u r présent où vous puissie*
sûrement et infailliblement opérer votre salut. (BOURO. Sur le relarê
de la Pén.) — Dans la loi du sabbat, Dieu figurait le repos futur qu'ij
préparait à ses serviteurs.... C'est la doctrine de saint Paul qui nota
fait voir dans l'ancien peuple, et dès l'origine du monde, dans une
excellente ligure, la promesse d'un bienheureux repos. L'Apôtro ap-
pelle David en confirmation de cette vérité, lorsqu'il remarque quoef
grand Prophète promet aux enfants de Dieu un nouveau repos, i 08
jure que les rebelles n'entreront pas, » et en même temps un jour
d'épreuve où nous apprendrons à obéir à sa voix, selon ce qui estdtt
dans ce même psaume : « Aujourd'hui, si vous écoutez sa voix, n'c8°
durcissez pas vos cœurs ! » autrement, il n'y aura pas de repos pour
vous. Voilà donc deux jours mystérieusement marqués par le Sel*
g n e u r , l'un pour obéir à sa voix, et l'autre pour se reposer éternelle*
ment avec lui ! et c'est là le vrai sabbat, « et le vrai repos qui e&
laissé au peuple de Dieu. » (BOSSUET, Eléc. v m , S. x n , Elév.) —
PSAUME XGV. 3G7
La cause principale de l'égarement des hommes est de ne pas c o n -
naître les voies de Dieu. Ces voies de Dieu sont sa loi, tant naturelle
qu'écrite; ses inspirations et les touches de sa grâce; l'imitation
constante de Jésus-Christ, qui a dit lui-même qu'il était la voie; la
connaissance de notre misère et la persuasion intime de notre fai-
blesse; la fuite du monde et l'éloignement de tout ce que lo monde
estime, aime et a d m i r e ; l'esprit de solitude et la pratique de l'orai-
son; l'amour des humiliations, des souffrances, de la pauvreté. (BER-
TMER.) — Ne doutez pas du repos, de la félicité, de l'éternité, de
l'immortalité, si vous êtes fidèles à la loi de Dieu ; et ne doutez pas
non plus de la mort éternelle, du feu éternel, de la damnation en la
compagnie des démons, si vous transgressez cette loi. Le serment de
1
Dieu regarde ces deux termes. ( S . AUG.)

PSAUME XCV.

Canticum ipsi David, quando Cantique do David, lorsqu'on bâtissait


domus sedificabatur post captivi- la maison après la captivité.
tatem.
1. Cantate Domino canticum 1. Chantez au Seigneur un cantique
novum : cantate Domino omnis nouveau ; chantez au Seigneur, vous tous
terra. habitants de la terre.
2. Cantate Domino, et bénédi- 2. Chantez au Seigneur, et bénissez
cité nomini ejus : annuntiate de son nom : annoncez de jour en jour lo
die in diem salutare ejus. salut qui vient de lui.
3. Annuntiate intcr gentes glo- 3. Annoncez sa gloiro parmi les na-
riam ejus, in omnibus populis tions, et ses merveilles au milieu de tous
•mirabilia ejus. les peuples,
4. Quoniam magnus Dominus 4. parce que le Seigneur est grand et
et laudabilis nimis : terribilis est infiniment louable ; il est plus redoutable
super omnes deos. quo tous les dieux ;
5. Quoniam omnes dii gentium {>. car tous les dieux des nations sont
dœmonia : Dominus autem cœlos des démons ; mais le Seigneur a fait les
fecit. cieux.
6. Confessio et pulchritudo in 6. La louange et la beauté sont en sa
conspectu ejus : sanctimonia et présence : la sainteté et la magnificence
magnificentia in sanctificationo habitent son sanctuaire.
ejus.
7. Afferto Domino patriai gen- 7. Offrez au Seigneur, ô contrées des
tium, afferte Domino gloriam et nations 1 offrez au Soigneur l'honneur et
honorem : la gloire ;
8. Afferte Domino gloriam no- 8. rendez au Seigneur la gloire due à
mini ejus. son nom. Prenez des victimes, et entrez
Tollite hostias, et introitc in dans ses parvis :
atria ejus :
9. adorate Dominum in atrio 9. adorez le Seigneur à l'entrée de son
sancto ejus. saint tabernacle. Quo toute la terre
Commoveatur a facio ejus uni- tremble devant sa face.
versa terra :
3G8 PSAUME XGV.
10. dicite in gentibtlâ quia Do- 10. Dites parmi les nations, que le
IUIIIUSregnavit. Seigneur a établi son règne. Car il a af-
Etcnim correxit orbem terraî fermi le globe de la terre, qui ne sera
qui non commovebitur : judicabit point ébranlé ; il jugera les peuples selon
populos in œquitate. l'équité.
11. Lretentur cœli, et cxultet 11. Que les cieux se réjouissent, et que
terra, comtnoveatur mare, et ple- la terre tressaille de joie ; quo la mer,
nitudo ejus : avec tout ce qu'elle renferme,en soitémuo.
12. gaudebunt campi, et om- 12. Les campagnes seront dans Fallô-
nia quae in eis sunt. gresse avec tout ce qu'elles contiennent.
Tune exultabunt omnia ligna Alors tous les arbres des forêts tressail-
silvarum, liront,
13. a facie Domini, quia venit : 13. en présence du Seigneur qui s'ap-
quoniam venit judicare terram. jroche, parce qu'il vient juger la terre.
Judicabit orbem terraî in œqui- 1 jugera toute la terre dans l'équité, et
tate, et populos in veritate sua. es peuples selon sa vérité.

Sommaire analytique.
Ici, comme dans plusieurs des psaumes précédents, l'objet diffère essen-
tiellement de l'occasion. En effet, il n'y a rien qui ait précisément rapport
au transport de l'arche , ou à la reconstruction du temple, ou au retour
de la captivité, tandis qu'on y voit clairement indiquée la vocation des
Gentils au royaume du Messie. Le Psalmiste invite donc tous les riches,
tous les peuples, à venir adorer le Dieu Sauveur (1).
I. — IL LES INVITE A CÉLÉBRER SES LOUANGES :
1° En chantant un cantique nouveau en son honneur ;
2° En bénissant son nom (1) ;
3° En annonçant le salut qu'il apporte à la terre (2, 3).
II. — IL EN DONNE LUS MOTIFS :
1° La grandeur de Dieu et son excellence infinie au-dessus de tous ceux
qui portent sur la terre le nom de dieux (4, S) ;
2° Sa beauté, sa sainteté, sa magnificence (G).
III. — IL LES INVITE A L'iIONORER PAR DES ACTES :
1° 11 invite les familles des nations à entrer dans les parvis du temple
pour y offrir le sacrifice de la nouvelle loi (7-9) ;
2° 11 en donne les motifs : les lois saintes du Seigneur, l'équité incor-
ruptible du souverain Juge (9, 10) ;
3° Il décrit les efforts de l'avènement du Sauveur : a) la joie du ciel et
de la terre pour le présent (11, 12) ; b) la souveraine équité et la vérité du
jugement futur (13, 14).
(1) L'analogie du style de ce Psaume et des suivants avec Celui d'Isaïe et d'A*
saph les ont fait rapporter par quelques interprètes au temps d'Ezéchias. Ils
paraissent composés tantôt pour les grandes soleumités de Pâques et des Taber-
nacles, tantôt ils se rapportent à la gloire des deux avènements du Messie.
PSAUME XGV. 369

Explications et Considérations.

I. — 1-3.

f. 1, 2. Les cantiques de l'ancien peuple de Dieu ne se chantaient point


hors de la terre promise. « Gomment pourrions-nous chanter les can-
tiques du Seigneur dans une terre étrangère? » disaient les Israélites
captifs à Babyione. Si donc le Psalmiste exhorte toutes les nations à
chanter les louanges du Seigneur, c'est que ces cantiques ne doivent
plus être bornés au culte de la synagogue, que ce seront par consé-
quent des cantiques appropriés à une nouvelle alliance ; c'est l'amour,
dit saint Augustin, qui chante le cantique nouveau. (BERTIIIER.) —
La cupidité de la chair chante ce qui est vieux, l'amour de Dieu
chante ce qui est nouveau. Quoi que vous chantiez sous l'inspiration
de la cupidité, vous ne chanterez que ce qui est vieux, et lors même
que votre bouche prononcerait les paroles du cantique nouveau, la
louange n'est pas belle dans la bouche du pécheur. (Eccu., xv, 9.) Il
vaut mieux être l'homme nouveau, et garder le silence, que d'être le
vieil homme et de chanter ; car si vous êtes l'homme nouveau et que
vous vous taisiez, les oreilles des hommes ne vous entendront p a s ,
mais votre cœur n'en chantera pas moins le cantique nouveau, et ce
cantique parviendra jusqu'aux oreilles de Dieu, qui a fait de vous un
homme nouveau. Vous aimez et vous gardez le silence : or, l'amour
même est une voix qui monte vers Dieu, et l'amour même est le can-
tique nouveau. Ecoutez la preuve que c'est là le cantique nouveau :
<i Je vous donne, dit le Seigneur, un commandement nouveau, qui
ijst que vous vous aimiez les uns les autres. » (JEAN, XIII, 31), (S. AUG.)
— « Le cantique de la joie du siècle, dit saint Augustin, c'est un lan-
gage étranger que nous avons appris dans notre exil ; » c'est le c a n -
tique du vieil homme qui, chassé de son paradis, cherche une misé-
rable consolation. Si vous avez en vous-même l'esprit de Jésus, ne
chantez plus le cantique des plaisirs du monde,... chantez à Dieu u n
nouveau cantique, chantez à Dieu le cantique de la nouvelle alliance,
cantique d'allégresse spirituelle et de liesse divine : « Louange
à Dieu, » louange à Dieu dans les biens, louange à Dieu dans les
maux; louange à Dieu quand il nous frappe, louange à Dieu quand il
nous console, louange à Dieu quand il nous couronne, louange à
T
Dieu quand il nous châtie : c cst lo cantique de l'homme nouveau,
c'est celui qui doit résonner au fond de nos cœurs ; ce doit être notro
TOME II, 24
370 PSAUME XCV.
cantique Amen, Alléluia, dans cette consommation, dans cette réduc-
tion de toutes les lignes à leur centre, de toutes les créatures à leur
principe. (BOSSUET, I I I Serm. p. le jour de Pâques.) — Toute la terre
0

chante donc le cantique nouveau, et c'est là qu'est bâtie la maison de


D i e u . . . C'est là, en effet, que ce qui était vieux a été jeté bas, pour
élever à la place ce qui est nouveau. Et comment ce qui était vieux
a-t-ii été jeté bas ? Le Seigneur a dit : « En vérité, en vérité, il ne res-
tera point ici pierre sur pierre qui ne soit détruite. » (MATTH. XXIV, 2.)
En effet, les pierres réunies pour la construction nouvelle qui se
bâtit après la captivité, sont resserrées de telle sorte en un seul tout
p a r la charité, qu'il n'y a plus là pierre sur pierre, mais que toutes
les pierres ne sont plus qu'une seule pierre. Ne vous en étonnez pas :
c'est là le résultat du cantique nouveau, c'est-à-dire de notre réno-
vation par l'amour. L'Apôtre nous presse d'appartenir à cette cons-
truction, il nous resserre dans cette unité, et nous y attache indisso-
lublement, lorsqu'il nous dit : « Etudiez-vous à conserver l'unité
d'esprit par le lien de la paix. » (EruES. iv, 2 , 3 . ) Là où se trouve
l'unité d'esprit, il n'y a qu'une pierre, mais une pierre unique faite
d'un grand nombre de pierres. Mais par quel moyen, faite d'un grand
nombre, est-elle devenue unique ? Par le support mutuel de l'amour.
La maison du Seigneur notre Dieu se bâtit donc, elle se bâtit ; oui,
elle se fait, elle s'élève : telle est l'œuvre de ces paroles, telle est l'œu-
vre des saintes lectures, telle est l'œuvre de la prédication de l'Evan-
gile dans l'univers entier; car cette maison se bâtit encore aujourd'hui.
Elle s'est grandement accrue, et elle a rempli de nombreuses nations,
cependant elle ne les possède pas encore toutes ; en s'accroissant, elle
s'est emparée d'un grand nombre de nations, et elle doit les posséder
toutes. Aussi éprouve-t-elle contradiction de la part de ceux qui
se glorifient de lui appartenir, quand ils disent : Déjà elle est en dé-
croissance. Elle s'accroît encore, il y a encore des nations qui n'ont
pas embrassé la foi et qui toutes l'embrasseront. (S. AUG.) — « Chan-
tez au Seigneur, bénissez son nom ; annoncez avec zèle, de j o u r en jour,
le salut qui vient de lui. » Comment grandit l'édifice? Le Prophète
dit : « Annoncez avez zèle, de jour en jour, le salut qui vient de lui; »
qu'il soit prêché de jour en jour. Que de j o u r en jour, dit-il, la mai-
son s'élève ; que ma maison, dit le Seigneur, prenne accroissement.
E t comme si les ouvriers lui disaient : Où ordonnez-vous qu'elle soit
bâtie ? où voulez-vous qu'elle grandisse ? choisissez-nous un lieu bion
uni, u n lieu spacieux, si vous voulez que nous vous bâtissions uni
PSAUME XGV. 371

vaste maison ; où nous ordonnez-vous d'annoncer avec zèle, de j o u r


en jour, le salut qui vient de vous? le Prophète leur montre le lieu
où ils doivent b&tir : « Annoncez sa gloire, vous dit-il, parmi les n a -
tions, v sa gloire et non la vôtre. O vous qui bâtissez, annoncez avec
zèle sa gloire parmi les nations. Si vous prétendez annoncer votre
propre gloire, vous tomberez ; si vous annoncez sa gloire, c'est vous-
même que vous placez dans l'édifice en l'élevant. (S. AUG.) — Il sem-
ble qu'il n'y ait que les Apôtres et les ouvriers évangéliques qui
puissent annoncer les merveilles du salut à tous les peuples de la terre.
Mais quiconque connaît bien la constitution de l'Eglise voit sans peine
que tout est en commun dans cette sainte société; que les œuvres les
plus secrètes contribuent à la propagation de l'Evangile et à la sanc-
tification de tous les peuples ; que les prières du solitaire appuient la
prédication du ministre de la parole ; que Dieu accorde souvent plus
aux larmes d'une vierge chrétienne renfermée dans sa cellule, qu'aux
efforts du zèle le plus actif. Tout le monde peut annoncer Jésus-Christ
par la bonne odeur des vertus. L'édifice de l'Eglise, dit saint Augus-
tin, se construit par l'unité de l'esprit, il s'affermit par les liens de la
charité, il s'élève sur les fondements de l'humilité. « Annoncez la
gloire de Dieu, » dit le Prophète, non la vôtre. Celui qui bâtit pour
sa propre gloire, ne travaille point pour la maison de Jésus-Christ,
qui est l'Eglise u n i v e r s e l l e . . . Il faut annoncer Jésus-Christ et ses
merveilles de jour en jour, parce que la couronne n'est donnée qu'à
la persévérance. (BERTHIIR.)

II.—4-6.

f. 4-6. Les quatre raisons données par le Prophète, c'est : 1 ° que


Dieu est le Seigneur des seigneurs, qu'il est grand absolument, soit
que l'on considère sa puissance, sa sagesse, sa bonté, l'étendue de sa
domination, l'abondance de ses richesses, et toutes les autres choses
qui contribuent à rendre grand ; 2° qu'il est digne de toutes louanges,
parce que son excellence est ineffable et incompréhensible ; 3 ° parce
qu'il est redoutable, au-dessus de tous les dieux, de tous les puissants
de la terre, ou de tous les démons ; 4° c'est qu'il a fait les cieux, et
dans ce mot sont compris tous les cieux, non-seulement ceux où rou-
lent les astres, mais aussi ceux où habitent les Anges et les saints,
ceux où se trouveront réunis tous les élus, pour y jouir tous,ensemble
de la présence éternelle de Dieu ; t car le Seigneur est grand et infi-
niment digne de louange.» — Quel est ce Seigneur grand et infiniment
372 PSAUME XCV.
digne de louanges, sinon le Christ? Vous savez avec certitude qu'il a
paru sur la terre sous une forme humaine ; vous savez avec certitude
qu'il a été conçu dans le sein d'une femme; vous savez qu'il est né
de ce sein ; vous savez qu'il a été allaité et porté dans les bras ; qu'il
a été circoncis, qu'une victime a été offerte pour lui, qu'il a grandi;
enfin qu'il a été souffleté, couvert de crachats, couronné d'épines et
crucifié ; qu'il est mort et qu'il a été percé d'un coup de lance. Vous
savez qu'il a souffert tous ces supplices, et cependant il est grand et
infiniment digne de louanges. Gardez-vous de mépriser sa petitesse, et
comprenez sa grandeur. Il s'est fait petit, parce que vous étiez petit;
comprenez sa grandeur et vous serez grand avec lui. (S. AUG.) — Ce
qui serait un défaut considérable dans un homme, est une grande
perfection en Dieu. L'homme s'imagine souvent avoir de grands avan"
tages qu'il n'a point, en quoi il mérite d'être blâmé, et Dieu ne voit
devant lui que des sujets de gloire et de louanges, en quoi il mérite
d'être adoré. Dieu est partout saint et magnifique ; mais c'est prin-
cipalement dans le ciel, dans son saint lieu, qu'il fera éclater sa sain-
teté et sa magnificence. (DUG.) — Prenez garde, dit saint Augustin j

expliquant ces paroles dans le sens tropologique de la confession des


péchés : ces deux choses ne se séparent point devant Dieu, la confes-
sion du péché et la beauté de l'âme ; et c'est dans ces paroles, poursuit
le même docteur, que vous apprenez tout à la fois, et à qui vous
pouvez plaire, et par où vous pouvez lui plaire. A qui vous pouvez
plaire, c'est à votre Dieu ; par où vous lui pouvez plaire, c'est par la
confession de votre péché. (BOURDALOUE, Sur la confession.) — Aimez-
vous la beauté ? voulez-vous être beau ? confessez-vous. Le Prophète
n'a pas dit : la beauté et la confession, mais « la confession et la
beauté. » Vous étiez souillé, confessez-vous pour être beau ; vous étiez
pécheur, confessez-vous pour être juste. Vous avez pu vous souiller,
vous ne pouvez vous rendre beau. ( S . AUG.)

III. — 7 - 1 4 .
fi. 7-9. Toute l'économie du culte divin est décrite dans ces versets:
adorer le Seigneur, célébrer ses grandeurs, chanter la gloire de son
nom, se rendre assidu dans son temple, lui offrir des sacrifices purs
et agréables à ses yeux; enfin, s'acquitter de ces devoirs en union avec
tous les peuples. (BERTHIER.) — Le Prophète fait allusion à l'usage
où étaient les Juifs de porter des victimes au temple, lorsqu'ils y
montaient pour l'adorer. Mais comme il est ici évidemment question
PSAUME XCV. 373
des nations païennes appelées à faire partie de l'Eglise de Jésus-
Christ, il faut voir dans ces victimes, les victimes spirituelles dont
saint Pierre parle dans sa première Epître (u), et qui sont la contri-
tion du cœur, la confession des péchés, la prière, le jeûne, l'aumône,
etc. Mais le texte du psaume regardant tous les peuples, et faisant
mention du sacrifice où l'on n'employait que de la fleur de farine, il
est certain que le Psalmiste a aussi en vue le sacrifice des chrétiens,
le sacrifice où le pain et le vin sont changés au corps et au sang de
Jésus-Christ. — « Adorez le Seigneur dans son saint tabernacle, »
c'est-à-dire dans l'Eglise catholique, car voilà son saint tabernacle.
Que nul ne dise : « Le Christ est ici, le Christ est là, car ii s'élèvera
de faux prophètes. » (MATTU. XXIV, 2 3 , 2 3 . ) Dites-leur ceci : « Il ne
restera pas pierre sur pierre qui ne soit détruite. » Vous m'appelez
vainement à votre muraille blanchie, j ' a d o r e mon Dieu dans son saint
tabernacle. (S. AUG.)
f. 1 0 - 1 3 .
Le Prophète, qui a déjà excité les prédicateurs de la p a -
role de Dieu à l'annoncer au monde entier, et le monde entier à la
recevoir, tressaille maintenant et engage non-seulement les hommes,
mais encore toute la nature, à recevoir le Messie avec crainte et res-
pect. — Règne du Seigneur aussi doux et agréable à ses amis que
terrible et redoutable à ses ennemis. — Règne de Jésus-Christ qui,
ayant trouvé toute la terre dans la corruption et dans le péché, et
par là môme dans la confusion et l'inconstance, a redressé, par la vé-
rité de son Evangile et par sa grâce, les mœurs des hommes, et a
tellement affermi l'Eglise, qui est la terre des vrais Israélites, qu'elle
sera jusqu'à la fin du monde inébranlable à toutes les puissances du
monde et de l'enfer. (DUG.) ( 1 ) — Les créatures même inanimées,
dit saint Paul, ne peuvent souffrir de se voir assujetties malgré elles
aux profanations des pécheurs ; les cieux voient que les hommes étu-
dient leur cours avec tant de soin, sans se mettre en peine d'étudier
les moyens propres à les posséder un jour ; la terre s'attriste d'être
un sujet continuel de guerres entre les rois et les peuples, et de con-
testations entre les particuliers, et de voir qu'on ne pense qu'à elle au
lieu de penser au ciel ; la mer porte avec peine tant de navires dont
les riches cargaisons ne doivent servir qu'à satisfaire l'avarice des
hommes ; les campagnes et tout ce qu'elles contiennent ont de la

llcyiiavil a Uyno, »
(1) C'est ici que plusieurs Pères l a l i m ont lu : « a
qiw l'Eglise a consacrée en l'insérant (Inns mu* d<* ses hymnes.
374 PSAUME X C V .
douleur de fournir au luxe et à la sensualité des hommes : toutes ces
créatures sont assujetties malgré elles à la vanité. Les hommes, au
lieu de les rapporter à Dieu, comme elles le désireraient, leur font vio-
lence en les rapportant à eux-mêmes. Elles tressaillent donc de joie
dans l'espérance, dit le grand Apôtre (NOM. VIII, 21), d'être délivrées
de l'asservissement à la corruption, pour entrer dans la liberté et
dans la gloire des enfants de Dieu. (DUGUET, en part.) — Les cieux sont
les prédicateurs, et la terre les auditeurs. « Que la mer, avec tout ce
qu'elle renferme, soit ébranlée. » Quelle m e r ? le siècle. La mer, avec
tout ce qu'elle renferme, a été ébranlée : le siècle tout entier s'est
soulevé contre l'Eglise au moment où elle se dilatait et s'élevait
comme un édifice dans tout l'univers. Cet ébranlement, l'Evangile l'a
prédit : a Us vous traîneront en jugement. » (MARC, xin, 9.) La mer a
été ébranlée : mais comment la mer pourrait-elle vaincre Celui qui a
fait les cieux ? — « Les campagnes avec tout ce qu'elles contiennent,
seront ravies de joie. » Tous ceux qui sont doux, tous ceux qui sont
paisibles, tous ceux qui sont justes, sont les campagnes de Dieu.
« Alors tous les arbres des forêts seront dans l'allégresse. » Les arbres
des forêts sont les infidèles. Pourquoi se réjouissent-ils déjà ? parce
qu'ils ont été détachés de l'olivier sauvage et entés sur l'olivier franc.
(ROM. xi, 1 7 . ) Alors tous les arbres des forêts seront dans l'allégresse ;
parce que les grands arbres, les cèdres et les cyprès ont ôté coupés,
et que leurs bois incorruptibles ont été transportés pour la construc-
tion de la maison. Us étaient des arbres des forêts, mais avant d'être
greffés et de produire des olives. (S. AUG.) — « Tous les arbres des
forêts tressailliront à la vue du Seigneur, parce qu'il est venu, parce
qu'il est venu pour juger la terre. » Le Seigneur est venu une pre-
mière fois, et il viendra de nouveau plus tard ; il est venu une pre-
mière fois dans son Eglise, sur les nuées. Quelles sont les nuées qui
l'ont p o r t é ? les Apôtres, les prédicateurs, dont saint Paul a d i t .
o Nous faisons les fonctions d'ambassadeurs pour le Christ, vous con-
j u r a n t au nom du Christ de vous réconcilier avec Dieu. » (II COR. V,
20.) Yoilà les nuées sur lesquelles il est venu, sans parler de son
avènement ultérieur, lorsqu'il viendra j u g e r les vivants et les morts...
Il est venu une première fois porté par ses prédicateurs, et il a rempli
toute la terre. Ne résistons pas à son premier avènement, pour n'a-
voir pas à nous effrayer du s e c o n d . . . Pratiquons ce que nous recom-
mande l'Apôtre : « Pleurons comme ne pleurant pas ; réjouissons-nous
comme ne nous réjouissant p a s ; achetons comme ne possédant pas;
PSAUME XGVI. 375
usons du monde comme n'en usant pas, car la figure de ee monde
passe. » Saint Paul veut nous voir exempts du souci de toutes ces
choses. (I Cou. vu, 29-32.) Celui qui est exempt de souci attend avec
sécurité l'avènement de son Seigneur ; car qu'est-ce que cet amour du
Christ, avec lequel on craint sa v e n u e ? N'en rougissons-nous p a s ?
Nous l'aimons et nous craignons sa venue ! Est-il certain que nous l'ai-
mions? ou n'aimons-nous pas nos péchés plus que lui ? Haïssons donc
nos péchés et aimons celui qui doit venir pour punir les péchés. Il
viendra, que nous le voulions ou que nous ne le voulions p a s . . . Il
viendra, et vous n'en savez pas le moment, et peu importe que vous
l'ignoriez, s'il vous trouve préparé. — Le jugement» de Dieu plein d'é-
quité, non conforme aux jugements et aux idées que les hommes s'en
forment. Ils se font à leur mode, sur la terre, un Dieu aussi patient,
aussi insensible que leurs passions le demandent, qui souffre tout et
qui dédaigne de juger ceux qu'il a créés capables d'un bon et d'un
mauvais choix; mais au grand jour, ils seront jugés, non pas selon
leur vérité, mais selon la sienne, in veritate sua. — «Il jugera l'univers
entier selon l'équité et les peuples selon la vérité. » Il jugera l'univers
entier et non point une partie de l'univers, car il n'en a pas acheté
seulement une partie. Il doit juger la totalité, parce qu'il a payé la
rançon de la totalité. « Il jugera selon l'équité, selon la vérité. » Parce
que vous êtes injuste, le juge ne sera-t-il pas j u s t e ? parce que vous
êtes menteur, Celui qui est la vérité ne sera-t-il pas véridique? Si
vous voulez qu'il use do miséricorde envers vous, soyez miséricordieux
avant qu'il ne vienne ; si l'on a commis quelque tort envers vous, r e -
mettez-le et donnez de votre abondance. Et do qui tenez-vous ce que
vous donnez, sinon de lui? Donner du vôtre, ce serait largesse; mais
donner du sien, c'est restitution. « Qu'avcz-vous, en effet, que vous
n'ayez reçu ? » Voilà les victimes très-agréables à Dieu : la miséricorde,
l'humilité, la confession, la paix, la charité. Ofl'rons-les et nous atten-
drons avec sécurité l'avènement du Juge qui jugera l'univers selon
l'équité et les peuples selon sa vérité. ( S . AUG.)

PSAUME XCVI.

Huic David, quando terra ejus J Psaume de David , quand sa terre fut
restituta est. * rétablie.
376 PSAUME XGVI.
1. Dominus regnavit, cxultet ter- 1. Le Seigneur a régné ; que la terre
ra : lœtentur insulœ multœ. tressaille de joie ; que toutes les lies so
2. Nubes, et caligo in circuitu réjouissent (1).
ejus : justitia, et judicium correc- 2. Un nuage ténébreux l'environne. La
tio scdis ejus. justice et le jugement sont le soutien do
3. Ignis ante ipsum prœcedet, son trône.
et inilammabit in circuitu inimi- 3. Lo feu marchera devant lui, et dé-
cos ejus. vorera tout autour de lui ses ennemis.
4. llluxorunt fulgura ejus orbi 4. Ses éclairs ont brillé par tout l'uni-
terrœ : vidit, et commota est terra. vers, la terre les a vus, et en a tremblé.
5. Montes sicut cera iluxcrunt a 5. Les montagnes se sont fondues
facie Domini : a facie Domini om- comme la cire en présence du Seigneur:
nis terra. la présence du Seigneur a fait fondre
toute la terre.
6. Annuntiavcrunt cœli justitiam 6. Les cieux ont annoncé sa justice ;
ejus : et viderunt omnes populi et tous les peuples ont vu sa gloiro.
gloriam ejus.
7. Confundantur omnes, qui 7. Qu'ils soient confondus tous ceux
adorant sculptilia : et qui glorian- qui adorent des images taillées et qui se
tur in simulacris suis. glorifient dans leurs idoles.
Adorate eum omnes angeliejus: Adorez-le, vous tous qui êtes ses anges.
Exod. xx, 4; Nomb. xxvi, 4,5; Deut. v, 8;
Uebr. i, 6.
8. audivit et laîtata est Sion. 8. Sion l'a entendu, et s'en est réjouie.
Et exultavcrunt filinï Judœ , Et les filles de Juda ont tressailli de joio,
propter judicia tua Domino : Seigneur, à cause do vos jugements, (2)
9. Quoniam tu Dominus altissi- 9. parce que vous êtes le Seigneur très-
mus super omncm terram : nimis haut sur la terre. Vous êtes infiniment
exaltatus es super omnes deos. élevé au-dessus de tous les dieux.
10. Quidiligitis Dominum,odite 10. Vous qui aimez le Seigneur, haïs-
malum : custodit Dominus animas sez le mal ; le Seigneur garde les âmes
sanctorum suorum, de manu pec- de ses saints, et il les délivrera de la main
catoris liberabit eos. du pécheur. Amos. v, 15. Hom. xn, 9.
1 \. Lux or ta est justo, et rcctis 11. La lumière s'est levée pour lo
coi de lœtitia. juste, et la joio pour ceux qui ont lo
cœur droit.
42. LaHamini justi in Domino : 12. Réjouissez-vous, justes, dans lo Sei-
et confitemini memoriœ sanctifi- gneur; et célébrez , par vos louangos,la
cationis ejus. mémoire de sa sainteté.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume, que presque tous les interprètes entendent au littéral


des d e u x avènements du Messie , où il vient dans l'un pour convertir la
terre, dans l'autre pour la juger,

(1) « Le Seigneur règne on a régné, » c'est, l'expression usitée pour acclamer


l'avènement d'un roi. (Il liais, xv, 10 ; Ps. i.xvu, 18, 19; Isa. u i , 7). Les îles, lo»
côtes do la Méditerranée, los pays éloignés auxquels les Juifs n'arrivaient qu'en
traversant la mor.
* (2) Les filles de J u d a , les villes ou les habitants de la J u d é e , qui étaient pour
Sion co que des filleà sont à leur mère.
PSAUME XCVI. 377

I. — LE PROPHÈTE INVITE TOUTE LA TERRE A FAIRE ÉCLATER SA JOIE A CAUSE DU


RÈGNE DU SEIGNEUR (1), DONT IL EXPOSE LES DIVERSES QUALITÉS ET LES DIFFÉ-
RENTS EFFETS :
1° Règne invisible, « un nuage ténébreux ; »
2° Règne appuyé sur la justice (2) -,
3° Règne qui, malgré son obscurité, est accompagné de l'éclat d'un
feu vengeur, devant lequel ses ennemis figurés par les hautes montagnes
s'écouleront comme de la cire (3-5) ;
4° Règne public et universel, dont les cieux annonceront la justice et
dont les peuples verront et publieront la gloire (G) ;
, 5° Règne enfin qui aura pour effet la ruine de l'idolâtrie, la joie de Sion
et des filles de Juda, joie dont le principe sera la grandeur tout excep-
tionnelle de Dieu (7-9).
II. — LE PROPHÈTE, s'ADRESSANT AUX FIDÈLES QU'lL SUPPOSE PLEINS D'AMOUR
POUR DIEU,
1° Les exhorte à prouver cet amour par la haine du péché ;
2° Il anime leur confiance et les assure de la protection de Dieu sur ses
serviteurs (10) ;
3° Il les assure de la jouissance des biens désignés par la lumière et
par la joie, en exigeant pour condition la justice et la droiture du cœur,
et en invitant comme conséquence les justes à se réjouir dans le Seigneur
H, 12).

Explications et Considérations.

I. — 1-9.

f.l. « Le Seigneur a régné. » Celui qui s'est présenté devant le


juge, celui qui a été frappé avec le poing, celui qui a été couvert de
crachats, celui qui a été couronné d'épines, celui qui a été souffleté,
celui qui a été suspendu sur la croix, celui qui a été insulté alors qu'il
était suspendu sur la croix, celui qui est mort sur la croix, celui qui a
été percé d'un coup de lance, celui qui a été enseveli est lui-môme
ressuscité. « Le Seigneur a régné. » Que les royaumes déchaînent leur
fureur a u t a n t qu'ils le pourront, que feront-ils au Itoi de tous les
royaumes, au Maître de tous les rois, au Créateur de tous les siècles?
Est-il donc méprisable pour s'être fait si obéissant et si p e t i t ? C'était
chez lui miséricorde et non impuissance. Il ne s'est fait si humble que
pour être compris de nous. « Le Seigneur a régné, que la terre tressaille
378 PSAUME XCVI.
d'allégresse, que toutes les îles se réjouissent.» C'est qu'en effet la pa-
role de Dieu n'a pas été seulement prêchée sur le continent, mais aussi
dans les îles qui sont au milieu de la mer ; elles sont également pleines
de chrétiens , elles sont pleines de serviteurs de Dieu, car la mer ne
saurait faire obstacle à Celui qui a fait la mer. La parole de Dieu
ne pourrait-elle pénétrer là où peuvent pénétrer les navires? Les îles
sont donc remplies de fidèles. Sous le nom d'îles, on peut encore com-
prendre dans un sens figuré, toutes les Églises... Pourquoi les appeler
des îles ? Parce que les flots de toutes les tentations mugissent autour
d'elles. Mais de même qu'une île peut être battue de tous côtés parles
flots en furie sans être brisée, tandis qu'elle brise plutôt les flots dont
elle est assaillie qu'elle n'est brisée par e u x , de même aussi les Eglises
de Dieu, multipliées dans tout l'univers, ont souffert les persécutions
des infidèles qui frémissaient contre elles de toutes parts ; or, voici
que les îles sont debout et que la mer est apaisée. (S. AUG.) — Dieu
règne en se manifestant aux hommes par son Fils unique. Dès ce mo-
ment, les ténèbres disparaissent, l'idolâtrie tombe, le prince des té-
nèbres est détrôné, il n'y a plus qu'un roi parmi les Juifs et les na-
tions : ce roi est Jésus-Christ, dont l'empire commence ici-bas et se
perpétue dans l'éternité... Ce royaume s'étend à l'intérieur de chaque
fidèle : Jésus-Christ doit régner sur chacun des membres de la grande
famille des chrétiens, et ce qu'il opère dans tout le corps doit s'opérer
dans chacun de ses membres. — Recevoir le règne de Jésus-Christ
avec reconnaissance et amour, deux sentiments inséparables de la joie
intérieure. (BERTUIER). — Pour qui Dieu « est-il environné de nuages
et d'obscurité? » pour qui o lajustice et le jugement dirigent-ils son
trône ? » Les nuages et l'obscurité sont pour les impies qui ne l'ont pas
compris ; lajustice et le jugement sont pour les fidèles qui ont cru en
lui. En effet, les premiers, en raison de leur orgueil, ne l'ont pas vu;
les autres, en raison de leur humilité, ont mérité d'être dirigés.
—- Voici ces nuages et cette obscurité, et voici la justice et le jugo«
ment. Le Seigneur lui-même a dit : « Je suis venu en ce monde pour
juger, afin que ceux qui ne voient pas voient, et que ceux qui voient
deviennent aveugles, » (JEAN, IX, 39), c'est-à-dire que ceux qui croient
voir, qui se croient sages, qui croient n'avoir pas besoin de remède,
deviennent aveugles et ne comprennent pas. Et que veut dire: « que ceux
qui ne voient pas voient?» que ceux qui avouent leur aveuglement mé-
ritent d'être éclairés. Que Dieu soit donc environné de nuages et
d'obscurité pour ceux qui l'ont méconnu, et que pour ceux qui se sont
P S A U M E XGVI. 379

Confessés et humiliés, « lajustice et le jugement dirigent son trône. »


Le Prophète regarde comme le trône de Dieu ceux qui ont cru en lui;
car il s'est fait d'eux un trône, parce que la sagesse réside en eux, et
que le Fils de Dieu est la sagesse de Dieu. ( I COR., I. 24.) « L'âme du
juste est le siège de la sagesse, » dit l'Esprit-Saint ; ceux donc qui ont
cru au Seigneur sont devenus j u s t e s ; justifiés par la foi, ils sont de-
venus le trône de Dieu : il siège en eux, il juge par eux et il les dirige.
(S. AUG.)
f. 2-4. Il est de la grandeur de Dieu d'être environné d'obscurité
et de nuages, de se découvrir et de se cacher dans la conduite du
monde, afin qu'il soit tout ensemble connu et inconnu aux hommes ;
connu aux humbles qui adorent ce qui est au-dessus de leurs lumières,
et qui souvent méritent par là d'être éclairés , et inconnu aux
superbes qui veulent soumettre la conduite de Dieu aux règles de leurs
raisonnements. (DUG.) —Mais malgré l'obscurité dont les voies de Dieu
sont souvent couvertes par rapport aux hommes, nous rappeler que
lajustice et le jugement sont le soutien de son trône. — Je ne pense
pas qu'il soit ici question du feu dans lequel seront précipités les im-
pies par la sentence du jugement dernier ; car le Prophète parle d'un
feu qui marchera devant le Seigneur, avant qu'il ne vienne pour juger;
le feu éternel ne viendra qu'après lui, et celui-ci doit le précéder. Quel
est donc ce feu ? Nous pouvons le regarder comme un châtiment pour
les méchants, et comme un instrument de salut pour les élus. Gom-
ment peut-il être un châtiment pour les méchants ? parce que, quand
le Christ a été prêché, les nations se sont irritées et ont exercé des
persécutions : leur colère a été un feu qui a consumé plutôt les per-
sécuteurs que les persécutés... Comment ce feu est-il un instrument
de salut pour ceux que le Christ a rachetés? Le Seigneur a dit : « Je
suis venu apporter le feu sur la terre. » (Luc, x » , 19.) Il y apporte le
feu comme il y a apporté le glaive. (MATTII., X, 34.) Il a apporté le
glaive pour diviser, et le feu pour brûler ; mais l'un et l'autre sont
utiles à notre salut, parce que le glaive de sa parole nous a séparés de
toute relation mauvaise... Nous avons donc été séparés de ce que nous
étions ; mais le glaive, en s'enfonçant, a divisé et n'a point tué ; c'est
4e cette sorte que le feu agit. Les hommes qui ont eu foi en Jésus-Christ
dut brûlé d'ardeur et ont reçu la flamme de la charité. C'est pourquoi
FEsprit-Saint, lorsqu'il fut envoyé aux Apôtres, leur apparut sous la
ferme de langues de feu. (ACT., H, 3.) Enflammés par ce feu, ils com-
aencèrent à se répandre dans le monde, et à l'enflammer lui-môme,
380 PSAUME XCYI.
et à brûler tout autour d'eux les ennemis du Seigneur. Quels étaient
ces ennemis? Ceux qui, ayant abandonné Dieu qui les avait faits, ado-
raient les dieux qu'eux-mêmes avaient faits. Ce feu les brûlait, s'ils
restaient méchants, pour les consumer ; s'ils étaient bons pour les vi-
vifier. (S. AUG.) — « Les éclairs ont brillé sur toute la terre. » Pour-
quoi ont-ils brillé? Pour donner la foi aux hommes. D'où partent les
éclairs? Des nuées. Quelles sont les nuées de Dieu? Les prédicateurs
de la vérité. Vous apercevez dans le ciel une nuée sombre et obscure,
elle porte en elle j e ne sais quoi de caché dans son sein. Qu'un éclair
jaillisse de cette nuée, une splendide lumière se répand à l'instant.
Notre-Seigneur Jésus-Christ a envoyé ses Apôtres, ses prédicateurs,
comme des nuées ; ils paraissaient être des hommes ordinaires et on
b s méprisait comme on méprise les nuées, lorsqu'on les regardo,
jusqu'à ce qu'elles répandent l'étonnement et l'effroi. Us n'étaient
d'abord que des hommes faibles, ignorants, dépourvus de toute
science, inconnus à tous ; mais il y avait en eux un feu qui devait jail-
lir en éclairs ; il y avait en eux une flamme cachée qui devait éclater.
(S. AUG.)
f. 5, 6. t Les montagnes se sont fondues comme de la cire devant
la face du Seigneur. » Quelles sont ces montagnes ? Les orgueilleux.
Toute grandeur qui s'était élevée contre Dieu a tremblé devant les
actions du Christ et des chrétiens, et elle a succombé ; et quand je
répète l'expression du Psalmiste : « elle s'est fondue, » on ne saurait
trouver une expression plus juste. Qu'est devenue l'élévation des puis-
sances ? « Les montagnes se sont fondues comme de la cire devant la
face du Seigneur. » Le Seigneur a été comme un feu devant les su-
perbes, et ils se sont fondus comme de la cire devant sa face , après
être restés insensibles dans leur dureté, j u s q u ' à ce que ce feu se fût
approché d'eux. Toute élévation a été aplanie ; il n'est personne qui
ose blasphémer le Christ. Le païen ne croit pas en lui, mais du moins
il ne le blasphème plus ; cette pierre n'a pas encore reçu la vie, mais
du moins la dureté de la montagne a ôté vaincue. (S. AUG.) — Quels*
cieux ont annoncé sa justice? Ceux qui sont devenus son trône ; car
de mémo que Dieu a son trône dans les cieux, de même il a son trôna
dans les Apôtres et dans les prédicateurs de l'Evangile. Et si vous h
voulez, vous aussi vous serez un ciel. Voulez-vous être un ciel ? Chas-
sez la terre de votre cœur purifié. Si vous êtes exempt de toute con-
voitise terrestre, si vous pouvez dire avec vérité que vous tenez votre
cœur en h a u t , vous serez un ciel ; vous avez commencé à goûter le»
PSAUME XGVI. 381

choses du ciel, et non les choses de la terre , n'êtes-vous pas devenu


un ciel ? vous portez votre chair, et déjà par le cœur vous êtes un ciel,
car votre vie est déjà dans les cieux. (PHILIP., IH, 20.) — En cette
qualité, vous aussi vous annoncez le Christ. Quel est, en effet, le fi-
dèle qui n'annonce le Christ?... Toute l'Eglise prêche donc le Christ
et les cieux annoncent sa justice, parce que tous les fidèles qui cher-
chent à gagner à Dieu les incrédules, et qui le font par charité, sont
des cieux : Dieu fait retentir par eux les menaces de son jugement, e t
celui qui était incrédule tremble, s'épouvante et croit. (S. AUG.) —
jh 7-9. Rien ne marque plus la corruption et la dégradation de
l'homme par le péché, que de lui voir prendre pour son Dieu des choses
inanimées. Mais il y a une autre idolâtrie non moins criminelle, non
moins insensée, et qu'on voit sans horreur, c'est celle qui fait préférer
la créature au Créateur; idolâtrie d'autant plus dangereuse qu'elle est
plus difficile à guérir, parce que ceux qui en sont coupables n'en ont
aucune honte. — Si les Anges adorent le Messie, le Messie est Dieu :
c'est le raisonnement de saint Paul dans le premier chapitre de son
Epître aux Hébreux. Les Anges se font gloire d'adorer Jésus-Christ et de
lui obéir, et l'homme, qui est leur inférieur, lui refuserait ses adorations
et son obéissance ? — Joie de l'Eglise, qui est la véritable Sion, lorsque
Jésus-Christ est reconnu et adoré par les anges de la terre. — « Sion l'a
entendu et elle s'est réjouie. » Qu'est-ce que Sion a e n t e n d u ? Que tous
les Anges du Seigneur l'adorent. Qu'est-ce que Sion a entendu, qu'elle
s'est réjouie? « Que les Gentils avaient reçu la parole de Dieu. » « E t
les filles de J u d a ont tressailli d'allégresse, à cause de vos jugements,
Seigneur. » Quels jugements? Que Dieu ne fait pas acception de per-
sonnes..., qu'en toute nation et en tout peuple, quiconque sert Dieu
lui est agréable; (ACT., X, 3 4 , 3 5 ) ; « car il n'est pas seulement le Dieu
des Juifs, mais aussi celui des Gentils. » (UOM., m , 29.) Voyez si ce
n'est pas à cause de cela que les filles de J u d a ont tressailli d'allé-
gresse : « à cause de vos jugements, parce que vous êtes le Seigneur
Très-Haut qui régnez sur toute la terre, » non pas seulement sur la
Judée, non pas seulement sur Jérusalem, non pas seulement sur Sion,
mais « sur toute la terre. » « Vous êtes infiniment élevé au-dessus de
lous les dieux, » non seulement au-dessus des idoles, au-dessus des
1
démons, mais encore au-dessus de tous les justes. C'est peu encore :
il est élevé au-dessus de tous les Anges ; d'où vient, en eiïct, celte pa-
role : o Anges du Seigneur, adorez-le t o u s ? » « II est infiniment élevé
au-dessus de tous les dieux. » — Filles de Juda, âmes toutes consa-
382 PSAUME XCVI.
crues à Dieu, ravies de joie dans la méditation des jugements de Dieu
où elles ne voient rien que de juste, de saint et de consolant. — Gran-
deur de Dieu, puissance souveraine qui le met au-dessus de tout ce
qu'il y a de plus élevé sur la terre. (DUGUET.)
f. 10, i l . Voici l'abrégé de toute la doctrine du salut. L'essentiel de
cette doctrine est d'aimer Dieu ; mais comme on peut se faire illusion
sur cet amour, voici la marque qui nous fera connaître s'il est réel
en nous. Interrogeons-nous sur les sentiments que nous avons à l'égard
du péché, et de tout ce qui porte au péché. (BERTUIER.) — « Vous qui
aimez le Seigneur, haïssez le mal. » Le Christ mérite que vous n'ai-
miez pas à la fois lui et l'avarice. Vous l'aimez : vous devez haïr ce
qu'il hait. Un homme est votre ennemi : il est ce que vous êtes, voui
avez été créés par un même et seul Créateur, dans une seule et même
condition, et cependant si votre fils parle à cet ennemi, s'il va dans la
maison de cet ennemi, s'il a des entretiens assidus avec lui, déshéri-
tez-le, parce qu'il a rapport avec votre ennemi. Et pourquoi cela ?
Parce qu'il paraît juste que vous lui disiez : Tu es l'ami de mon ennemi
et tu prétends avoir p a r t à mon bien l Réfléchissez-donc, mes frères.
Vous aimez le Ghrist ; or, l'avarice est ennemie du Christ ; pourquoi
donc avoir des entretiens avec elle ? Je ne dis pas seulement : pour-
quoi avoir des entretiens avec elle ; je dis, pourquoi la servir? Car le
Christ vous fait de nombreux commandements, vous n'en exécutez
aucun ; l'avarice vous donne ses ordres, vous obéissez à l'instant. Le
Christ vous commande de vêtir le pauvre, vous n'en faites rien ; l'ava-
rice vous commande de tromper, et vous lui obéissez. S'il en est ainsi,
si vous êtes dominé par l'avarice, ne vous promettez pas tant d'avoir
p a r t à l'héritage du Christ. Mais, direz-vous : j ' a i m e le Christ, t Vous
qui aimez le Seigneur, haïssez le mal. » On reconnaîtra que vous ai-
mez le bien, si l'on vous voit haïr le mal : « Vous qui aimez le Sei-
gneur, haïssez le mal. » (S. AUG.) — Mais lorsque nous aurons com-
mencé à haïr le mal, nous serons persécutés. Que peut vous enlever
le persécuteur ? Répondez : Pourquoi êtes-vous chrétien ? est-ce pour
acquérir l'héritage éternel, ou pour jouir de la félicité terrestre ? In-
terrogez votre foi, étendez votre âme sur le chevalet de votre cons-
cience, soumettez-vous vous-même à la torture, par crainte du juge-
m e n t de Dieu, dites-moi à qui vous avez donné votre foi, et pourquoi
vous l'avez donnée. Vous me dites : J'ai donné ma foi au Ghrist. Eh
bien l q u e vous a promis le Christ, si ce n'est ce qu'il vous a montré
en sa personne ? Que vous a-t-il montré en sa personne ? Il est morl,
PSAUME XCVI. 383
il est ressuscité, il est monté au ciel. L'y voulez-vous suivre ? Imitez
sa passion, attendez l'accomplissement de ses promesses. Que p o u r r a
donc vous ravir le persécuteur, quand vous aurez commencé à haïr le
mal, par là même que vous aimez le Seigneur ? Que vous enlèvera-t-il?
Yotre patrimoine ? Vous enlèvera-t-il le ciel ? Mais soit : qu'il vous ôte
ce que Dieu vous a donné ; nui ne vous ôtera Dieu, tandis que vous
vous l'ôtez à vous-même, si vous le fuyez. ( S . AUG.) — Peut-être r é -
pondrez-vous : Je n'ai pas souci de mon patrimoine ; « le Seigneur me
l'a donné, le Seigneur me l'a ôté ; » j e puis dire : « Il a été fait comme
il a plu au Seigneur, » (JOB, I, 21) ; mais j e crains que le persécuteur
ne me tue. En effet, là se borne son pouvoir. Ecoutez donc ces paroles
du Psaume qui vous console : « Le Seigneur garde les âmes de ses
serviteurs. » Le Prophète, après avoir dit plus haut : • Vous qui aimez
le Seigneur, haïssez le mal, » de peur que vous ne craigniez, si vous
haïssez le mal, quo celui qui aime le mal ne vous fasse mourir, ajoute
immédiatement: o Le Seigneur garde les âmes de ses serviteurs. »
Ecoutez-le lui-même, lui qui garde les âmes de ses serviteurs et qui
vous dit : « Ne craignez pas ceux qui tuent le corps, mais qui ne p e u -
vent tuer l'âme.» Supposons que celui qui a sur vous le plus de pouvoir
possible, ait tué votre corps ; que vous a-t-il fait ? Ce qu'il a fait aussi
à votre Seigneur. Pourquoi aspirez-vous à posséder ce que possède le
Christ, si vous craignez de souffrir ce que le Christ a souffert ? Il est
venu sur la terre pour porter votre vie temporelle pleine de misères
et soumise à la mort. Craignez de mourir, je le veux bien, si vous
pouvez ne pas mourir; mais ce que vous ne pouvez éviter d'après la
«,'iondition de votre nature, pourquoi ne pas le souffrir volontiers pour
votre foi ? Que votre ennemi, qui vous menace, vous ôte cette vie,
Dieu vous donnera une autre vie ; car c'est lui qui vous a aussi donné
cette vie mortelle, qui ne peut d'ailleurs vous être enlevée, s'il ne
le veut pas ; mais s'il veut qu'elle vous soit ravie, il en a une autre à
vous donner : ne craignez pas de vous laisser dépouiller par lui. Itefu-
serez-vous de perdre un vêtement en lambeaux ? Il vous donnera u n
manteau de gloire. De quel manteau me parlez-vous? « Il faut que ce
qu'il y a de corruptible en nous revête l'immortalité, et que ce qu'il
y a de mortel en nous revête l'immortalité. » (I COR., XV, 53.) Votre
chair elle-même ne périra pas. Votre ennemi peut exercer contre vous
sa fureur, jusqu'à vous tuer ; au-delà, il n ' a de pouvoir ni sur votre
âme, ni même sur votre chair ; car, s'il disperse les éléments de cette
chair, il ne l'empêchera pas de ressusciter. (S. AUG.) — Mais, peut-
384 PSAUME XCVI.
être direz-vous : Je perdrai la lumière dont j e jouis ; « la lumière s'est
levée sur le juste. » Quelle lumière craignez-vous de perdre ? craignez-
vous d'être plongé dans les ténèbres ? Ne craignez pas de perdre la
lumière, ou plutôt craignez qu'en faisant vos efforts pour ne pas perdre
cette lumière passagère, vous ne perdiez la véritable lumière. En effet,
celle que vous craignez de perdre, nous voyons à qui elle a été don-
née et avec qui elle vous est commune. Est-ce qu'il n'y a que les bons
pour voir ce soleil, puisque Dieu fait lever son soleil sur les bons et sur
les méchants, et tomber sa pluie sur les justes et sur les injustes?
(MATTH., V, 45.) Cette lumière, les injustes la voient comme vous, les
larrons la voient comme vous, les impudiques la voient comme vous,
les animaux, les mouches, les vermiceaux la voient comme vous. Quelle
lumière Dieu réserve-t-il donc au juste, puisqu'il accorde même à ces
êtres méchants ou infirmes la lumière que nous voyons ? Mais la lu-
mière du juste, les martyrs ont mérité de la voir par la foi ; car ceux
qui ont méprisé la lumière de la vie présente en ont vu une autre qu'ils
ont désirée, tandis qu'ils ont dédaigné la première. « La lumière s'est
levée sur le juste et la joie sur les hommes au cœur droit. » Ne croyez
pas qu'ils étaient dans le malheur, lorsqu'ils vivaient dans les chaînes:
la prison était spacieuse p o u r les fidèles et les chaînes légères pour
les confesseurs de la foi ; ceux qui prêchaient le Christ au milieu des
t

tortures étaient dans la joie jusque sur les chevalets. « La lumière


s'est levée sur le juste. » Quelle lumière s'est levée sur le juste ? Celle
qui ne se lève pas sur l'injuste ; une autre lumière que celle qui 8 0
lève, par l'ordre de Dieu, sur les bons et sur les méchants. Bien autre
est la lumière qui se lève sur le juste , et c'est de cette lumière qui ne
se sera pas levée sur eux que les méchants diront à la fin des siècles :
« Nous nous sommes donc égarés loin du chemin de la vérité et
la lumière de la justice n'a pas brillé pour nous, et le soleil ne s'est
pas levé sur nous. » (SAG., V, 6), ( S . AUG.)
f. 12. « Justes, livrez-vous à la joie. » Peut-être quelques fidèles, on
entendant ces mots, pensent-ils à des festins, préparent-ils des coupes,
attendent-ils le temps des roses, parce qu'il est dit : « Justes, livrez-
vous à la joie. » "Voyez ce qui suit : « dans le Seigneur. » Vous atten-
dez le printemps pour vous livrer à la j o i e , mais vous possédez lo
Seigneur qui fait votre joie. Le Seigneur est toujours avec vous ; il ne
vient pas en tel ou tel temps , vous le possédez pendant la nuit, vous
le possédez pendant le jour. Que votre cœur soit droit, et constamment
vous vous réjouirez en l u i ; car la joie que donne le monde n'est pas
PSAUME XGVII. 385
la véritable joie. Ecoutez le prophète Isaïe : « La joje n'est pas pour
l'impie, dit le Seigneur. » (XLVIII, 22, et LVII, 21.) Ce que les impies a p -
pellent de la joie n'est pas de la joie. Quelle joie connaissait celui qui
réprouvait la joie des impies ? Croyons en sa parole : il était homme,
et il connaissait ces deux sortes de joies; il savait bien, puisqu'il était
homme, ce que c'est que la joie du vin, ce que c'est que la joie de la
table, ce que c'est que la joie des plaisirs ; il connaissait toutes les
joies mondaines et voluptueuses ; et pourtant, connaissant toutes ces
joies, ii dit avec confiance : f La joie n'est pas pour l'impie. » Mais ce
n'est pas un h o m m e , c'est le Seigneur qui le dit. De par la vérité du
Seigneur, la joie n'est pas pour l'impie... « Justes, livrez-vous à la
joie dans le Seigneur, et glorifiez la mémoire de sa sainteté. » Vous
qui déjà vous livrez à la joie dans le Seigneur , vous qui déjà jouissez
du bonheur dans le Seigneur , confessez son nom, car s'il ne le vou-
lait, nous ne pourrions nousréjouirenlui. En effet, leSeigneurlui-môme
a dit : « J e vous ai dit ces choses, pour que vous ayez la paix en moi,
tandis que dans le monde vous serez opprimés. » (JEAN, XVI, 33.) Si
vous êtes chrétien, attendez-vous à être opprimé en ce monde, n'es-
pérez pas de temps plus tranquilles et meilleurs, ce serait vous trom-
per. Que personne donc ne se promette ce que l'Evangile ne promet
pas : voici venir des temps plus heureux : j e ferai ceci, j ' a c h è t e r a i
cela. Il vous est salutaire d'écouter uniquement celui qu'on ne saurait
tromper et qui n'a jamais trompé personne, qui vous a promis la
joie, non pas ici-bas, mais en lui ; et lorsque les choses présentes a u -
ront p a s s é , espérez que vous régnerez éternellement avec lui , de
peur qu'en voulant régner dès ici-bas, vous ne trouviez la vraie joie,
ni sur la terre, ni au ciel. (S. AUG.)

PSAUME XCVII.

Psalmus ipsi David. Psaume do David.


1. Cantate Domino canticum no- 1. Chantez au Seigneur un nouveau
vum : quia mirabilia fecit. cantique, parce qu'il a fait des prodiges.
Salvavit sibi dextera ejus, et Sa droite et son bras sacré nous ont
brachium sanctum ejus. sauvés pour sa gloire.
2. Notum fecit Dominus salu- 2. Le Seigneur a fait connaître son sa-
tare suum : in conspectu gentium lut ; il a révélé sa justice aux yeux des
revclavit justitiam suam. nations.
3. Record atus est misericordiaî 3. Il s'est souvenu de sa miséricorde,
suœ, et veritatis suœ domui Israël. et de la vérité des promesses qu'il avait
faites à la maison d'Israël.
TOME II. 25
386 PSAUME XCV1I.
Viderunt omnes termini terne Tous les confins de la terre ont vu le
salutare Dei nostii. salut de notre Dieu. Isai. LU, 10.Luc. m, 6.
4. Jubilate Deo omnis terra : 4. Poussez des cris de joie en l'hon-
cantate, et exultate, et psallite. neur de Dieu , vous tous habitants de la
terre ; chantez des cantiques, tressaillez
de joie, et unissez vos accords.
5. Psallite Domino in cithara, 5. Chantez sur la harpe des cantiques
in cithara et voce psalmi : au Seigneur , sur la harpe et sur l'ins-
trument à dix cordes ,
6. in tubis ductilibus , et voce G. au son des trompettes battues au
tubœ corneœ. marteau, au son des trompettes de
corne.
Jubilate in conspectu régis Do- Faites retentir des cris de joie en la
mini : présence du Seigneur votre roi.
7. moveatur mare, et plenitudo 7. Que la mer soit agitée avec tout ce
ejus ; orbis terrarum, et qui habi- qu'elle renferme ; toute la terre et ceux
tant in eo. qui l'habitent.
8. Flumina plaudent manu , si- 8. Les lleuves battront des mains, et
mul montes oxultabunt les montagnes tressailliront de joie,
9. a conspectu Domini : quo- 9. à la présence du Seigneur, parce
niam venit judicare terram. qu'il vient juger la terre.
Judicabit orbem terrarum in II jugera toute la terre selon la justice,
justitia, et populos in œquitate. et les peuples selon l'équité.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, où le Psalmiste célèbre les victoires du Messie, ses
deux avènements et l'entrée de tous les peuples dans son Église,
I. — IL EXPOSE LES MOTIFS DE CE NOUVEAU CANTIQUE :
1° Les merveilles que Dieu a opérées (1) ;
2° Le salut donné à la terre par Jésus-Christ (2) ;
3° La justice, la miséricorde et la vérité de Dieu manifestées à tous les
hommes (3) ;
IL—IL INDIQUE LA DOUBLE MANIÈRE DONT ILS DOIVENT S'ACQUITTER DE CE DEVOIR'.
1° Par la joie du cœur, les cantiques et les transports de l'allégresse (4) ;
2° Par les accords réunis de tous les instruments de musique (5, 6) ;
III. — 11 invite la terre, la mer, les lleuves, les montagnes, à s'associer
à ces cantique, à cette joie commune, et leur donne pour cause que Dieu
est le juge de tout l'univers, qu'il doit juger selon les règles de la justico
et de l'équité (7-9).

Explioations et Considérations.

I. — 1-3.
f. 1 - 3 . L'homme nouveau connaît ce cantique, le vieil homme no
le connaît pas ; le vieil homme est la vie ancienne, l'homme nouveau
PSAUME XCVII. 387

est la vie nouvelle ; la vie ancienne nous vient d'Adam, la vie nouvelle
se forme dans le Christ. (S. AUG.). — Les choses merveilleuses qui
doivent faire la matière de ce cantique nouveau sont les mystères de
l'Incarnation, de la vie, de la mort et de la résurrection du Sauveur,
merveilles toutes nouvelles et qu'on n'avait pas vues auparavant.
L'homme sauvé, l'homme vainqueur du péché, l'homme racheté de la
mort éternelle, l'homme rétabli dans sa justice primitive, l'homme
associé pour toujours à la sainteté, au bonheur, à la gloire de son Dieu,
c'est là une si grande merveille, une grâce si excellente, un bienfait si
général, que l'on conçoit facilement que le Prophète appelle la nature
entière à partager ses sentiments de reconnaissance et d'amour.
(DUGUET). — L'objet de ce nouveau cantique, c'est Jésus-Christ cruci-
fié, merveille inouïe jusqu'alors. Un nouveau prodige demande un
cantique nouveau. C'est l'homme qui a souffert, mais chantez en
l'honneur de Dieu; il a souffert comme homme, mais c'est comme
Dieu qu'il nous a sauvés. (S. JÉRÔME). — L'humilité, les souffrances,
l'obéissance jusqu'à la mort, et jusqu'à la mort de la croix, ont été les
armes dont Jésus-Christ s'est servi pour nous sauver, « sa droite et son
saint bras.» (IDEM).—« Parce que le Seigneur a opéré des merveilles. »
Quelles merveilles? « Sa droite et son bras ont opéré guérison pour
lui-même. » Quel est ce saint bras de Dieu? Noire-Seigneur Jésus-
Christ. Ecoutez Isaïe : « Qui a cru à notre parole, et à qui le bras du
Seigneur a-t-il été révélé? » (ISAI LUI, I ) . Le saint bras de Dieu et sa
droite sont donc la même chose. Notre-Seigneur Jésus-Christ est donc
la droite et le bras de Dieu ; c'est pourquoi il a opéré guérison pour
lui-même, car beaucoup sont guéris pour eux et non pour Dieu. Com-
bien y en a-t-il qui désirent la santé du corps et qui la recouvrent de
lui; ils ont été guéris par lui et ne sont pas guéris pour lui? Comment
sont-ils guéris par lui sans ôtre guéris pour lui? Lorsqu'ils ont recou-
vré la santé, ils se jettent dans la débauche; malades, ils étaient
chastes; guéris, ils deviennent adultères; malades, ils ne faisaient tort à
personne; guéris, ils usent des forces qui leur sont revenues pour atta-
quer et opprimer les innocents : ils sont guéris et non pour Dieu.
Quel est celui qui est guéri intérieurement? Celui qui, par sa foi, est
guéri dans son cœur et transformé en un hommme nouveau, de sorte
que sa chair mortelle, qui languit ici-bas pour un temps, recouvre elle-
même, à la fin, la santé la plus parfaite. Soyons donc guéris pour Dieu.
Mais, afin d'être guéris pour lui, il faut avoir confiance en sa droite :
i parce que sa droite et son bras ont opéré notre salut pour lui-même. »
388 PSAUME XCVII.
( S . AUG.). (1). — «Le mystère du salut des hommes, après être demeuré
caché dans tous les siècles passés, a été découvert par les oracles des
Prophètes, selon l'ordre du Dieu éternel, et a ôté connu de tous les
peuples, afin qu'ils obéissent à la foi. » (ROM. xvi, 2 5 , 2 6 ) . — A qui
Dieu a-t-il fait connaître son Sauveur? à quelque partie de l'univers
ou à l'univers entier? 11 ne l'a fait connaître à aucune partie de la
terre seulement. Que nul ne trompe, que nul ne mente, que nul ne
dise : Le Christ est ici, le Christ est là. ( MATTH. XXIV, 2 3 ) . Celui qui
dit : t II est ici, il est là, » ne montre que des portions de la terre. A qui
le Sauveur a-t-il fait connaître son Sauveur? Ecoutez : « Il a révélé la
justice à la face des nations. » C'est de lui, en effet, qu'il a été dit :
« Et toute chair verra le Sauveur envoyé de Dieu; » (Luc. n i , 6 ) ; et
d o n t S i m é o n a dit aussi, en les recevant entre ses mains : « Mes yeux
ont vu le Sauveur qui vient de vous, que vous avez préparé devant la
face de tous les peuples. (Luc. II, 2 9 , 3 0 ) . — « Il s'est souvenu de sa
miséricorde et do sa vérité. » Quand il a fait ses promesses, il a
été touché de compassion; comme il a réalisé la miséricorde qu'il
avait promise, la vérité a suivi sa miséricorde; la miséricorde a d'abord
mis en avant les promesses, et les promesses ont été suivies de la
vérité. ( S . AUG.). — « Souvenez-vous, dit saint Paul, que le Christ
Jésus s'est dévoué d'abord pour le peuple circoncis, afin de vérifier
la parole de Dieu et de confirmer les promesses faites à nos pères.
Quant aux Gentils, ils doivent glorifier Dieu de la miséricorde qui
leur a été faite; » (HOM. XV) ; cor cette promesse était faite à la mai-
son d'Israël et non pas aux nations, quoiquecelles-ci dussenty participer.
Dieu a donné Jésus-Christ aux Gentils par une pure miséricorde; il l'a
donné aux Juifs par miséricorde et pour accomplir ses promesses.
(ROM. xv, 9 ) . — Toutes les contrées de la terre ont vu le salut de Dieu,
parce que le Sauveur a tout racheté, dit saint Augustin, en donnant
un si grand prix pour ce rachat.

II. — 4 - 6 .

y. 4 - 6 . Cantique d'actions de grâces et de reconnaissance au Sei-


gneur pour le grand bienfait de la Rédemption. — Signification
mystérieuse des quatre instruments à l'aide desquels nous devons louer
Dieu. On peut y voir les quatre vertus cardinales. La harpe, symbole
de la prudence : elle fait concourir au même accord plusieurs corde»

(1) Saint Augustin a lu sanavit, il a guéri, pour salvavit, il a sauvé.


PSAUME XCVII. 381)
différentes; ainsi, la prudence est une vertu qui fait tendre et marcher
plusieurs circonstances diverses vers le môme but. — Le psalterion,
composé de dix cordes, rappelle lajustice, qui consiste surtout dans
l'accomplissement des dix commandements de Dieu. La trompette,
faite de fer battu et devenue, sous les coups de marteau, un instrument
harmonieux, est un symbole de la force qui fait sortir des tribulations
le son doux et suave de la patience. Enfin, la tempérance, en d o m p -
tant le corps et en se montrant supérieure, par sa fermeté et sa force, à la
chair infirme, autant que l'est la corne la plus dure, devient comme
une trompette spirituelle qui fait entendre les plus doux sons. (S. AUG.)
— Cette jubilation de l'esprit et du cœur à laquelle nous invite le
Prophète est : 1° le signe d'une foi vive et solidement établie, vérité
que l'apôtre saint Pierre exprime en ces termes : « Vous croyez en lui,
quoique vous ne le voyiez pas encore, et c'est parce que vous croyez
que vous serez comblés d'une joie inénarrable et glorieuse, rempor-
tant le prix de votre foi, le salut de vos âmes; » (l PIER. I, 9); 2° cette
joie du cœur augmente l'espérance que nous mettons en Dieu seul, et
rejette bien loin toutes les espérances de la terre ; 3° la joie du cœur,
quand elle a Dieu pour objet, échauffe et développe la charité, car elle
dilate le cœur, elle] l'enflamme, l'ouvre tout entier à Dieu, pour qu'il
puisse le former, le façonner, et, par la force de cette suavité céleste,
l'unit si étroitement à Dieu qu'il ne peut plus s'en séparer.

III. — 7-9.

jr. 7-9. Figure ordinaire aux Prophètes, et en particulier au Psal-


miste, d'animer les choses les plus insensibles et de leur faire prendre
part, soit à la joie, soit à la douleur que ressentent les créatures in-
telligentes. Comment les fleuves applaudiront-ils des mains? Qu'est-ce
qu'applaudir des mains? C'est se réjouir en agissant. Applaudir, c'est
se réjouir; applaudir des mains, c'est se réjouir en agissant. (S. AUG.)
— Les œuvres des saints sont la louange de Dieu ; ce sont les œuvres
et non la bouche qui louent vraiment le Christ. Il n'écoute pas la voix,
il n'écoute que les œuvres. (S. JÉUOMK). — Quels sont ces fleuves?
Ceux dont Dieu a fait des fleuves en leur d o n n a n t l'Esprit-Saint
comme une eau salutaire : « Si quelqu'un a soif, dit le Seigneur, qu'il
vienne et qu'il boive. Si quelqu'un croit en moi, des fleuves d'eau vive
jailliront de son sein, p (JEAN VU, 37-39). Ces fleuves applaudissaient
des mains, ces fleuves se réjouissaient de leurs œuvres et en bénissaient
Dieu. (S. AUG.). Ces lleuves coulent de la source même de J é s u s -
300 PSAUME XGVII.

Ghrist. C'est lui qui est la source, nous sommes les fleuves, si toutefois
nous méritons de l'être. Jésus-Christ est la source, les saints sont les
.fleuves. Ceux qui sont inférieurs aux saints sont de simples ruisseaux;
d'autres sont des torrents, ceux qui ont de l'eau pour un temps, et
qui se dessèchent aux premiers vents de la tentation. Il n'y a pas
qu'un seul fleuve : autant de saints, autant de fleuves; mais ces fleuves
ne sont pas opposés entre eux, ce sont les fleuves de Jésus-Christ, qui
sortent d'une même source et parmi lesquels règne le plus parfait
accord. ( S . JÉRÔME). — « Les montagnes tressailliront de joie en pré-
sence du Seigneur, parce qu'il vient, parce qu'il vient juger la terre.»
Les montagnes sont les grands : Dieu vient juger la terre et ils se ré-
jouissent. Mais il y a d'autres montagnes qui trembleront d'effroi,
lorsque Dieu viendra juger la terre. Il y a donc de bonnes montagnes
et il y a de méchantes montagnes : les bonnes montagnes sont élevées
par l'esprit, les méchantes sont gonflées par l'orgueil. « Les montagnes
tressailliront de joie en présence du Seigneur, parce qu'il vient, parce
qu'il vient juger la terre : il jugera tout l'univers selon la justice, et
les peuples selon l'équité. » Que les montagnes se réjouissent donc,
parce qu'il ne jugera pas injustement. Peut-être, si le juge devait être
quelque homme aux yeux de qui la conscience ne peut être ouverte,
les innocents eux-mêmes trembleraient-ils, s'ils devaient attendre
de lui une récompense glorieuse, ou redouter le châtiment d'une con-
damnation; mais quand viendra Celui qui ne peut être trompé, que
les montagnes se réjouissent et qu'elles se réjouissent en toute sécu-
r i t é : il répandra sur elles, sa lumière et ne les condamnera pas...
Mais si les montagnes saintes se réjouissent, que les montagnes injustes
tremblent d'effroi. Mais puisqu'il ne vient pas encore, est-il nécessaire
qu'elles tremblent? Qu'elles se corrigent et se réjouissent. Il est en
votre pouvoir de décider de quelle manière vous voulez attendre le
Christ. Il diffère de venir, pour n'avoir pas à vous condamner quand
il viendra. (S. AUG.).— Sous cette image si hardie, des fleuves qui battent
des mains et des montagnes qui tressaillent d'allégresse, le Psalmiste
veut représenter les nations, émues de la présence du Juge suprême
de l'univers, se félicitant de voir enfin arriver le règne de lajustice et
de l'équité. La seule pensée que le Seigneur vient juger la terre suf-
fit pour que toutes les nations soient comblées de joie. Elles ont vu si
longtemps le crime triompher, les bons souffrir, les impies se moquerl
11 leur tardait de voir l'iniquité confondue et l'ordre partout rétabli.
Le Seigneur vient..., elles se rassurent; il est certain, dès lors, que
PSAUME XCVIU.
toute justice sera faite, que toute équité sera accomplie. (RENDU). —
Dieu, qui a communiqué môme à la création inanimée le mouvement
et l'inclination de servir ses élus, appellera le ciel et la terre au dis-
cernement de son peuple. (Ps. XLIX, 4). Ils ne manqueront pas d'y
accourir, d'une part, pour combattre avec lui contre les insensés, (SAG.
x, 21), mais avec bien plus d'empressement encore pour applaudir et
rendre hommage à ses enfants. Ce sera une jubilation universelle : la
mer et tout ce qu'elle contient, l'univers et tous ceux qui l'habitent,
seront en mouvement; les fleuves battront des mains et les montagnes
bondiront d'allégresse à la vue du Seigneur, parce qu'il sera venu
juger la terre. « Venez, les bénis de mon Père, possédez le royaume
qui vous a été préparé dès le commencement. » Gomme s'il disait :
Mon Père n'a rien fait qu'en vue de vous; la création du monde
n'était qu'un préparatif du grand ouvrage dont la gloire des saints
serait le dernier accomplissement, et quand il posait les premiers
fondements de cet univers, c'est votre royaume qu'il préparait. (Mgr
PIE, DISC, et Inslr. t. v m , 227).

PSAUME XCVIU.
Psalmusipsi David. Psaume de David.
1. Dominus regnavit, irascantur 1. Le Seigneur a régné , que les peu-
populi : qui sedet super cberubim, ples frémissent ; il est assis sur les ché-
movoatur terra. rubins, que la terre frissonne d'effroi.
2. Dominus in Sion magnus : et 2. Le Seigneur est grand dans Sion ;
excclsus super omnes populos. il est élevé au-dessus de tous les peuples.
3. Confiteantur nomini tuo ma- 3. Qu'ils rendent gloire à votre grand
»no : quoniam terribile, et sanc- nom, parce qu'il est terrible et saint,
';um est :
4. et honor régis judicium di- 4. et que la majesté du Roi aime la
ligit. justice.
Tu parasti directiones : judi- Vous avez dressé des voies droites ;
cium et justitiam in Jacob tu fc- vous avez exercé la justico et lo juge-
cisti. ment dans Jacob.
5. Exaltate Dominum Deum nos- 5. Exaltez le Seigneur notro Dieu, ot
trum, et adorate scabellurn podum adorez l'escabeau do ses pieds , parce
ejus : quoniam sanctum est. qu'il est saint.
6. Moyses et Aaron in sacerdo- (). Moïse et Aaron étaient ses Prêtres,
tibus ejus : et Samuel inlcr eos , et Samuel était du nombre do ceux qui
qui invocant nomen ejus : invoquaient son nom (1) ;
Invocabant Dominum , et ipso ils invoquaient lo Seigneur, et lo Sei-
exaudiebat eos ; gneur les exauçait.
(1) Moïse a été à la fois grand-prêtre et chef politique, Aaron grand-prôtre
seulement, et Samuel chef politique f e u l e m e n t , bien que plusieurs Pères aient
«loimé à ce dernier le titre <lo grmul-prâtre. Moïse fut grand-prêtre, institué de
Dieu pour donner la consécration sacerdotale ii HOU frère Aaron et à ses enfants.
392 PSAUME XGVIII.
7. In columna nobis loquebatur 7. Il leur parlait au milieu de la co-
ad eos. lonne de nuée.
Custodiebant tcslimonia ejus, et Ils gardaient ses ordonnances, et le
prœceptum quod dédit illis. précepte qu'il leur avait donné.
8. Domine Deus noster tu exau- 8. Seigneur, notre Dieu, vous les exau-
diebas eos : Deus tu propitius ciez. O Dieu ! vous avez été clément pour
fuisti eis, et ulciscens in omnes eux lors même que vous les punissiez (i).
adinventiones eorum.
9. Exaltate DominumDeum nos- 9. Exaltez le Seigneur notre Dieu, et
trum, et adorate in monte sancto adorez-le sur sa sainte montagne, parce
ejus : quoniam sanctus Dominus que le Seigneur notre Dieu est saint.
Deus noster.

Sommaire analytique.

Dans co Psaume, David, à l'occasion du transport de l'arche sur la


montagne de Sion, contemplant Jésus-Christ régnant dans sa sainte
Église au plus haut des cieux (2),
I. — EXHORTE LE PEUPLE
1° A reconnaître Jésus-Christ camme son r o i , à) supérieur aux anges,
b) également au-dessus des hommes (12) ;
2° A le louer, parce qu'il est grand, terrible, saint et juste (3, 4) ;
3° A adorer son humanité elle-même et sa présence sur l'autel (5).
II. — IL ENSEIGNE QUE DIEU DOIT ÊTRE HONORÉ DANS LES PRETRES î
1° Qui ont uno dignité semblable à celle de Moïse, d'Aaron et de Sa-
muel (6) ;
2° Qui remplissent le môme office (7) ;
3° Qui font comme eux l'expérience de la miséricorde et de la justice
divine (8) ;
III. — Il déclare que Dieu doit être adoré sur sa sainte montagne par
tous les hommes, à cause de sa sainteté (9).

(1) La deuxième partie d e ce verset est susceptible d'un double sens : Vous
punissiez toutes leurs affections coupables, ou : vous tiriez vengeance de toutes
les injustices commises contre eux. Le premier sens est plus vraisemblable.
(2) Co Psnumo se compose de trois s t r o p h e s , terminées chacune p a r le mot
saint. Les trois choses qui sont successivement nommées saintes sont : 1° le
nom du grand roi ; 2° l'escabeau de ses p i e d s , l'arche, figure de l'humanité do
Notrc-Seigucur ; 3° enfin, lo roi lui-uièuie (1-3; 4, 5 ; 6-9). Grand nombre d'inter-
prètes ont vu dans cette répétition u n e allusion à la Trinité. — Ce Psaume était
p r o b a b l e m e n t chanté par deux voix, avec u n c h œ u r . La première voix fait un
récitatif (versets 1 , 2 , — G, 7). La seconde adresse la parole à Dieu ( 3 , 4); enfin,
le c h œ u r termine chaque s t r o p h e , 5,9).
PSAUME XCV1II. 393

Explications et Considérations.

I. — 1-5.

jf. 1, 2. « Le Seigneur a régné, dit ailleurs le Roi-Prophète, que la


terre s'en réjouisse, que les îles les plus éloignées en triomphent
d'aise. » (Ps. xcvi, 1.) Voilà un règne de douceur et de paix. Mais,
ô Dieu, qu'entends-je dans un autre psaume (xcvin, 1,)? « Le Sei-
gneur a régné, dit le même Prophète ; que les peuples frémissent et
s'en courroucent, et que la terre en soit ébranlée jusqu'aux fonde-
ments. » Voilà ce règne terrible, ce règne de fer et de rigueur qu'un
autre Prophète décrit en ces mots : « Je régnerai sur vous, dit le
Seigneur, en vous frappant d'une main puissante et en épuisant sur
vous toute ma colère. » (EZECU. xx, 33.) Dieu ne règne sur les hommes
qu'en ces deux manières : il règne sur les pécheurs convertis, parce
qu'ils se soumettent à lui volontairement ; il règne sur les pécheurs
condamnés, parce qu'il se les assujettit malgré eux. Là est un règne
de paix et de grâce, ici un règne de rigueur et de justice; mais p a r -
tout un règne souverain de Dieu, parce que là on pratique ce que
Dieu commande, ici on souffre le supplice que Dieu impose; Dieu
reçoit les hommages de ceux-là, il fait justice des autres. (BOSSUET,
e
Serm. p. le 3° D. de l'Av., 2 p.) — • Le Seigneur a régné, que les
peuples en soient émus de colère ; » Celui qui est assis sur les Chéru-
bins, sous-entendu, a régné, « que la terre soit ébranlée. » C'est la
répétition, en d'autres termes, de ces mots : « Que les peuples soient
émus de colère. » Que sont, en effet, les peuples, sinon la terre ? Que la
terre s'irrite, autant que bon lui semble, contre Celui qui est assis dans
le ciel. Mais le Seigneur a été aussi sur la terre, ot il a pris de la terre,
afin d'être sur la terre. Il s'est revêtu de notre chair et a voulu, tout
le premier, souffrir la fureur des peuples. Pour que ses serviteurs ne
redoutassent point la colère des peuples, il a voulu la souffrir avant
eux ; et parce que la colère des peuples était nécessaire à ses servi-
teurs pour qu'ils fussent guéris et purifiés de tous leurs péchés p a r
les tribulations elles-mêmes, le médecin a bu le premier l'amer breu-
vage pour que le malade ne craignît pas de le boire. • Le Seigneur
donc a régné, que les peuples soient émus de colère, » parce que, de
leur colère même, Dieu sait tirer beaucoup de bien. Les peuples entrent
en fureur et les serviteurs de Dieu sont purifiés ; ces derniers sont
couronnés, parce qu'ils sont exercés par la souffrance. (S. AUG.) —
394 PSAUME XCVIU.
Etablissement de l'Eglise, malgré les oppositions, les persécutions des
Juifs et des Gentils; efforts impuissants qui ne servent qu'à faire voir
la faiblesse de ceux qui osent s'attaquer à Celui qui est assis sur les
Chérubins. Les peuples n'ont pas vaincu lo Christ qui habite dans
l'Eglise, soit triomphante, soit militante, appelée ici Sion, parce que
le Christ est grand et élevé au-dessus de tous les peuples, de manière
que nul ne puisse lui résister. (DUG., BELLARM.) — Que l'homme le veuille
ou ne le veuille pas, il reste et il restera sujet de Dieu. Quelque indé-
pendance que puisse affecter l'orgueil individuel ou l'orgueil national,
Dieu n'abdique point son haut domaine sur les s o c i é t é s . . . Le monde
a été créé pour sa gloire. La superbe de l'homme n'y fera point obs-
tacle : « Le Seigneur a régné et régnera malgré le frémissement des
peuples; s'il lui est interdit de régner par son amour et ses bienfaits,
il régnera par sa justice et par ses châtiments. » (Mgr PIE, Tom. vu,
380.) — Dieu est infiniment grand, comment les hommes pourront-ils
parvenir jusqu'à lui? Dieu est infiniment terrible, comment les hommes
pourront-ils traiter avec lui sans être anéantis par cette redoutable
majesté ? Dieu est infiniment saint, comment les hommes pourront-ils
ôtre assez purs pour lui plaire? Dieu est infiniment juste, comment
les hommes pourront-ils soutenir la présence de ce souverain Juge?
Questions insolubles sans Jésus-Christ, notre médiateur. C'est lui
qui nous ouvre la route qui conduit à son Père ; qui invoque en notre
faveur la miséricorde, et qui éteint les foudres de la justice ; qui
purifie nos cœurs, et les fait entrer dans l'alliance du Saint des saints;
qui nous prépare, par la rémission des péchés, à attendre sans effroi lo
jour des vengeances. (BERTniER.) — « Le Seigneur est grand dans
Sion, et il est élevé au-dessus de tous les peuples. » Nous savons que
Sion est la cité de Dieu. On appelle Sion la ville de Jérusalem ; elle a
reçu ce nom, selon les interprètes, parce que Sion signifie : « Qui
regarde au loin. » Ce nom exprime une vision, une contemplation.
Regarder nu loin, c'est regarder d'en haut, c'est regarder tout autour
de soi, ou s'appliquer attentivement pour voir. Toute âme mérite le
nom de Sion, si elle s'applique attentivement à voir la lumière qu'il
faut rechercher avant tout ; car si elle applique son attention à con-
sidérer sa propre lumière, elle tombe dans les ténèbres ; mais si elle
s'applique à considérer la lumière de Dieu, elle est illuminée. Or, du
moment qu'il est certain que Sion est la cité de Dieu, qu'est-ce quo
la cité de Dieu, sinon la sainte Eglise ? En effet, les hommes qui s'ai-
ment les uns les autres et qui aiment leur Dieu qui habite en eux,
PSAUME XGYIII. 395
forment la cité de Dieu; et comme toute cité a une loi pour base, la
loi de cette cité c'est la charité, et la charité c'est Dieu. (JEAN, IV, 8 . )
Celui donc qui est rempli de charité est plein de Dieu, et le grand
nombre de ceux qui sont remplis de charité composent la cité de
Dieu. Cette cité de Dieu s'appelle Sion : donc, Sion, c'est l'Eglise. Dieu
est grand dans Sion. Soyez en elle, et Dieu ne sera pas en dehors de
vous. Or, lorsque Dieu sera en vous, parce que vous serez de Sion,
membre de Sion, citoyen de Sion, appartenant à la société du peuple
de Dieu, Dieu sera élevé en vous au-dessus de tous les peuples, a u -
dessus des peuples qui s'irritent encore, ou au-dessus de ceux qui
s'irritaient autrefois. Pensez-vous, en effet, que s'ils s'irritaient alors,
ils ne s'irritent plus m a i n t e n a n t ? Us s'irritaient alors; mais parce
qu'ils étaient les plus nombreux, leur fureur éclatait ouvertement ;
maintenant qu'ils sont en petit nombre, leur fureur se cache. Toutefois,
leur audace est brisée, leur colère prendra fin aussi. (S. AUG.)
f. 3-5. « Qu'ils confessent la grandeur de votre nom. » Votre nom
était petit au temps de leurs fureurs; il est devenu grand, qu'ils le
confessent maintenant. En quel sens disons-nous que le nom du Christ
était petit avant que la grandeur du Christ ne fût proclamée dans
tout son éclat ? Parce que son nom n'est autre chose que sa renommée.
Son nom était petit ; mais voilà qu'il est devenn grand. Quelle est la
nation qui n'a pas entendu le nom du Christ ? Que les peuples qui
auparavant exerçaient leur fureur sur votre nom encore petit con-
fessent donc la gloire de votre nom devenu grand. Pourquoi? « Parce
qu'il est terrible et saint. » C'est ainsi qu'est prêché celui qui a été
humilié, ainsi qu'est prêché celui qui a été j u g é , afin qu'il vienne un
jour dans toute sa grandeur, afin qu'il vienne plein de vie, afin qu'il
vienne pour juger dans sa force. Il épargne maintenant les peuples
qui le blasphèment, parce que ia patience du Dieu les attire à la p é -
nitence. . . « Parce qu'il est terrible et saint et que l'honneur du roi
aime le jugement.» Que les peuples le craignent donc, afin de se corri-
ger; qu'ils se gardent, par une fausse présomption de sa miséricorde,
de s'abandonner à eux-mêmes et de vivre dans le désordre ; car il
aime la miséricorde, mais il aime aussi la justice. En quoi consiste sa
miséricorde ? A vous prêcher présentement la vérité, à vous crier pré-
sentement de vous convertir. Est-ce une petite miséricorde de sa part
que, malgré les désordres de votre vie, il no vous ait pas enlevé au
moment où vous péchiez, afin de vous pardonner vos péchés au m o -
ment où vous croiriez ? Est-ce là une petite miséricorde ? et croyez-
390 PSAUME XCVIU.

vous que ce sera toujours le temps de la miséricorde, de telle sorto


que personne ne soit puni ? Ne le pensez pas. « Son nom est terrible
et saint, et l'honneur du Roi aime le jugement. » Or, un jugement
serait injuste et ne serait pas même un jugement, si chacun ne rece-
vait selon ce qu'il aura mérité. « Et l'honneur du Roi aime le juge-
ment. » (S. AUG.) — Dieu prouve qu'il aime lajustice, non-seulement
en donnant aux hommes des lois très-droites et très-propres à réfor-
mer les mœurs, mais encore en rendant des jugements très-équitables.
Pratiquons donc nous-mêmes la justice, agissons donc selon l'équité.
Mais qui agit selon l'équité? qui pratique l a j u s t i c e ? Est-ce l'homme
pécheur, l'homme inique, l'homme pervers, l'homme qui s'est dé-
tourné de la lumière de la vérité ? Que doit faire l'homme ? Se con-
vertir seulement à Dieu, pour que Dieu produise en lui l'équité qu'il
est incapable de former par lui-même et qu'il ne pourrait que défor-
mer. L'homme peut se blesser, mais peut-il se guérir ; il est malade
lorsqu'il le veut, mais il ne sort pas de maladie lorsqu'il le veut. S'il
le veut, il excède les bornes de la tempérance, par le froid ou par le
chaud ; il tombe malade le j o u r qu'il veut l'être; mais quand il est
malade par suite de son intempérance, qu'il se lève donc à son grél
lui qui s'est mis au lit quand il l'a voulu, qu'il se lève, s'il le peut, à
sa volonté 1 Pour devenir malade, il n'a eu besoin que de son intem-
pérance ; pour se relever, il a besoin du secours de celui qui peut le
guérir. Ainsi donc, pour pécher, l'homme se suffit; pour être justifié,
l'homme ne se suffit pas : il ne peut être justifié que par Celui qui
seul est juste. Afin donc que les hommes se donnent à Dieu pour être
soumis à la justice, le Prophète, après avoir rempli les peuples de
terreur p a r ces paroles : « Qu'ils confessent la grandeur de votre
nom, parce qu'il est terrible et saint, et que l'honneur du Roi aime le
jugement, » comme si les peuples effrayés lui demandaient de quelle
manière vivre dans lajustice, puisqu'ils ne peuvent posséder la jus-
tice par eux-mêmes, le Prophète, dis-je, leur fait connaître celui qui
peut leur donner la justice, et il dit : « Vous avez préparé les règles
de l'équité; vous avez établi le jugement et la justice dans Jacob. •
Nous devons, en effet, posséder nous-mêmes le jugement, nous devons
posséder la justice ; mais c'est Dieu qui forme en nous le jugement et
l a j u s t i c e , lui qui nous a faits pour les former en nous. Comment de-
vons-nous donc posséder le jugement et la justice ? Vous possédez le
j u g e m e n t , lorsque vous distinguez le bien du m a l ; vous possédez la
justice, quand vous suivez le bien et que vous vous éloignez du mal.
PSAUME XCVIU. 397
En discernant, vous possédez le jugement ; en agissant, vous possédez
lajustice. « Eloignez-vous du mal, » est-il dit dans un autre psaume,
• et faites le bien ; cherchez la paix et attachez-vous à la suivre. »
(Ps. xxxm, 15.) Vous devez d'abord posséder le jugement et ensuite
lajustice. Quel jugement ? Le jugement de ce qui est mal et le j u g e -
ment de ce qui est bien. Et quelle justice ? De vous éloigner du mal
et de faire le bien. Mais vous ne les posséderez point par vous-mêmes ;
voyez, en effet, ce que dit le P r o p h è t e : « C'est vous qui avez établi
le jugement et lajustice dans Jacob. » (S. AUG.) — « Exaltez le Sei-
gneur notre Dieu. » Exaltez-le véritablement, exaltez-le comme il
convient. Louons, exaltons Celui qui a fait lajustice que nous possé-
dons, et qui l'a faite lui-même en nous ; car qui a fait en nous la
justice, si ce n'est Celui qui nous a justifiés ? . . . « Et adorez l'escabeau
sur lequel ses pieds reposent » Quand je demande quel est cet escabeau
des pieds du Seigneur, l'Ecriture me répond : « La terre est l'escabeau
sur lequel reposent mes pieds. » Quelle anxiété pour moi 1 Je crains
d'adorer la terre, de peur d'être condamné par Celui qui a fait le ciel
et la terre ; d'un autre côté, je crains de ne pas adorer l'escabeau sur
lequel reposent les pieds de mon D i e u . . . Dans cette fluctuation, j e
me tourne vers le Christ, car c'est lui que j e cherche ici, et je trouve
comment la terre peut être adorée sans impiété ; comment, sans im-
piété, peut être adoré l'escabeau sur lequel reposent les pieds de mon
Dieu. En effet, le Seigneur a reçu de la terre, la terre de sa chair ; car
sa chair est de terre, et il a reçu sa chair de la chair de Marie ; et
comme il a vécu ici-bas dans sa chair, il nous a donné cette chair à
manger pour notre salut, et nul ne la mange s'il ne l'a d'abord adorée.
(S. AUG.)

IL — 6 - 8 .

f. 6-8. Rien de plus puissant, de plus efficace, que les exemples


des saints. Aussi le Prophète, voulant inspirer à son peuple et aux
prêtres l'amour de la prière, de la vertu, leur propose l'exemple de
leurs pieux ancêtres, Moïse, Aaron et Samuel, exaucés dans leurs
prières, non-seulement à cause de leur sainteté personnelle et de la
dignité de leurs emplois, mais surtout parce qu'ils gardaient les lois
et les préceptes que Dieu leur avait donnés.—Moyen infaillible pour que
Dieu fasse ce que nous voulons, c'est de faire nous-mêmes ce qu'il
veut. « Ce n'est pas celui qui se contente do dire : Seigneur, Seigneur,'
qui sera exaucé, mais celui qui fait la volonté de Dieu. » (DUG.) —
398 PSAUME XCVIU.

« Dieu leur parlait dans une colonne de nuée ; » mais cette colohne
n'était qu'une figure. Nous possédons Celui que ces ombres annon-
çaient, nous adorons l'escabeau de ses pieds. Dieu nous a parlé et
nous parle encore par son propre Fils. Notre foi est plus lumineuse
que celle de Moïse, d'Aaron et de Samuel. Dieu, par sa providence,
disait l'Apôtre aux Hébreux convertis à la foi, a disposé quelque chose
de meilleur pour nous que pour ces grands hommes. Gardons-nous
de ne pas écouter Celui qui nous parle, de rejeter le médiateur de la
nouvelle alliance, dont le sang parle bien mieux que celui d'Abel.
(HEBR. x n . ) — « Us gardaient ses témoignages et les commandements
qu'il leur avait donnés. » Le Prophète le dit, et il n'y a point à le nier.
Etaient-ils donc sans aucun péché? comment cela? Quand ils gar-
daient ses commandements, ils gardaient ses témoignages. Voyez
comment Dieu veut nous former, de peur que nous ne présumions de
notre justice, comme si clic était parfaite. Voilà Moïse et Aaron qui
sont au nombre de ses prêtres ; voilà Samuel qui est un de ceux qui
invoquent son nom : Dieu leur parlait du sein de la colonne de nuée;
il les exauçait, parce qu'ils gardaient ses commandements ; et cepen-
dant le P r o p h è t e poursuit en ces termes : « O Seigneur notre Dieu,
vous leur avez été propice. » Dieu n'est dit propice qu'à l'égard des
péchés; c'est lorsqu'il pardonne qu'on dit qu'il est propice. Et qu'a-
vait-il donc à punir en de tels saints, pour leur être propice en leur
p a r d o n n a n t ? Il a été propice en leur remettant les péchés et propice
en les punissant; car, que lisons-nous ensuite? « Vous leur avez été
propice, et vous les avez punis dans leurs affections. » Voyez ce que
le Prophète veut nous enseigner ici : Dieu est irrité contre celui qu'il
ne châtie pas de ses péchés, et il est vraiment, propice pour celui à
qui non-seulement il remet les péchés qui l'empêcheraient d'acquérir
la vie future, mais encore à qui il inflige un châtiment, afin qu'il cesso
de se complaire dans son péché... «Vous les avez punis dans leurs
affections. » Assurément, le Prophète a voulu parler ici des fautes quo
Dieu voyait dans leurs cœurs et que les hommes ne connaissaient pas;
car ils vivaient au milieu du peuple de Dieu, sans que personne eût
u n e plainte à porter contre e u x . . . Mais Dieu connaissait peut-être en
eux quelque chose à purifier ; car ce qui semble parfait aux hommes
est encore imparfait aux yeux de la divine p e r f e c t i o n . . . Ces saints
vivaient sous l'œil de Dieu, en apparence sans aucune faute, dans uno
perfection semblable à celle des Anges ; mais Dieu savait ce qui leur
manquait, et il châtiait jusqu'à leurs moindres fautes. Or, il les châ-
PSAUME XGIX. 399
tiait, non p a r colère, mais par miséricorde ; il les châtiait pour perfec-
tionner une œuvre commencée, et non pour condamner une œuvre
rejetée. Dieu les a donc punis de toutes leurs fautes. Gomment les a-t-il
punis? Je cherche comment ils ont été punis, et, dans l'ordre des
choses humaines, j e ne trouve rien ; mais, si j e me reporte à ce que
je sais que souffrent les serviteurs de Dieu, j e vois qu'ils ont été châ-
tiés tous les jours. Lisez et voyez les châtiments qui les ont frappés,
et vous, qui avancez dans la voie de Dieu, supportez aussi ces châti-
ments. Tous les jours ils avaient à souffrir les contradictions du peu-
ple; tous les jours ils avaient à souffrir ceux qui vivaient dans l'ini-
quité, et ils étaient forcés de vivre au milieu de ceux dont ils reprenaient
tous les jours les désordres. Telle était leur punition. Gclui-là n'est
pas encore avancé dans la piété, pour qui cette punition est légère ;
car l'injustice des autres vous torture à proportion de l'éloignement
que vous avez pour votre propre injustice. (S. AUG.)

III. — 9.
f. 9. Quelle est cette sainte montagne où nous devons rendre nos
adorations à Dieu? C'est l'Eglise de Jésus-Christ, cetto montagne
élevée au-dessus de toutes les autres, où il a plu au Seigneur d'ha-
biter jusqu'à la fin des siècles; cette montagne visible à tout l'univers,
qui s'élève de la terre au ciel pour y conduire sûrement ceux qui ne
rampent plus ici-bas ; cetto montagne do l'Eglise unique, do l'Egliso
catholique, la seule qu'on peut nommer sainte, et hors do laquelle on
no peut espérer d'être exaucé, à l'égard surtout des choses de l'éternité,
selon cette réponse de saint Augustin à un païen : « Ne vous glorifiez
pas de co que, si vous criez vers Dieu, Dieu envoie de la pluie, puisque
Dieu la fait tomber sur les justes et sur les injustes. » Il vous a exaucé
pour des choses temporelles, il ne vous exaucera pas pour les choses
éternelles, à moins que vous ne l'adoriez sur sa montagne sainte.
(SACY.)

PSAUME X C I X .

Psalmus in confessione. Psaume de louange.


i. Jubilate Deo omnis terra : 1. Peuples do la terro poussez des cris
jenrite Domino in lœtitia. do joio en l'honneur de Dieu,
Introite in conspectu ejus, in Servez le Seigneur avec allégresse ; pa-
exultationc. raissez devant lui dans do saints trans-
ports do joio.
400 PSAUME XC1X.
2. Scîtote quoniam Dominus 2. Sachez que le Seigneur est Dieu;
ipse est Deus : ipse fecit nos, et c'est lui qui nous a faits, et non pas
non ipsi nos : nous-mêmes.
Populus ejus, et oves pascuœ Vous qui êtes son peuple et les brebis
ejus : do son pâturage,
3. Introite portas ejus in confes- 3. entrez sous ses portiques en chan-
sione, atria ejus in hymnis : con- tant des hymnes, et publiez ses louanges.
fitemini illi.
Laudate nomen ejus: Louez son nom ;
4. quoniam suavis est Dominus, 4. car le Seigneur est plein de dou-
in oeternum misericordia ejus , et ceur ; sa miséricorde est éternelle, et SI
usque in generationem et genera- vérité s'étend d'âge en âge.
tionem veritas ejus.

Sommaire analytique.

Dans ce Psaume, qui est une exhortation au culte du vrai Dieu,


1. — LE rSAXMlSTE INVITE TOUTE LA. TERRE A ADORER LE VRAI DIEU
1° Par les accents de sa voix (1);
2° Par ses œuvres, en le servant avec joie (i) et en paraissant devant
lui dans les transports de l'allégresse (i) ;
3° Par ses pensées, en le reconnaissant a) comme Dieu et comme Créa-
teur (2) ; b) comme Roi et comme Pasteur (8).
II. — A LE LOUER COMME UN DIEU PLEIN DE BONTÉ :
lo Qui a ouvert à ses élus les portes du ciel (3) ;
2° Qui a répandu sur eux les trésors de sa bonté et de sa miséricordo;
3° Qui leur montre sa vérité à tenir ses promesses de génération en
génération (4).

Explications et Considérations.

I. — 1, 2 .

f. 1 , 2 . Trois degrés, ou, si l'on veut, trois actions dans ce préambule


du Psaume : « Chanter les louanges du Seigneur avec j o i e ; servir le
Seigneur avec allégresse ; paraître en l a présence du Seigneur, ou
dans son saint temple, avec les sentiments d'une satisfaction par-
faite. » Point d'ennui dans ces saints cantiques; point de murmurei
dans cette servitude; point de trouble dans ce commerce avec Dieu.
Celui qui veut accorder l'amour du monde avec les devoirs de la reli-
gion ne comprendra rien aux invitations du P r o p h è t e ; il dira, s'il cal
de bonne foi, que la prière le dégoûte, que la fidélité aux lois de Dieu
le gêne, que l'assiduité dans le saint temple le fatigue. Gela doit ôtre
PSAUME XCIX. 401
ainsi, quand le cœur est vide de Dieu et quand l'amour du monde y
règne avec empire. (BERTUIER). — Déjà toute la terre loue Dieu dans
la jubilation, et toute la partie de la terre qui ne le loue pas encore
le louera un j o u r ; car la bénédiction divine, se répandant dans l'uni-
vers, renverse partout l'impiété et partout établit la piété; mais les
bons sont môles aux méchants, et il y a des méchants par toute la
terre, comme par toute la terre il y a des hommes de bien ; les mé-
chants poussent par toute la terre un cri de murmure, et les bons un
cri de jubilation. — Celui qui est dans la jubilation ne prononce pas
de paroles, mais il exprime sa joie par des sons inarticulés. Ce qu'il
fait entendre est l'accent d'une âme toute pénétrée de joie, qui exprime
ses sentiments autant qu'elle le peut, mais qui est incapable de se
contenir elle-même. L'homme qui est dans la joie, après s'ôtre ex-
primé d'abord, dans les transports de son allégresse, par des mots qui
ne peuvent ni se dire ni se comprendre, se laisse aller bientôt à une
sorte de cri de bonheur, sans mélange de paroles. — Quand donc
devons-nous être dans celte jubilation à laquelle nous exhorte le Psal-
miste? Lorsque nous louons ce que ne peuvent exprimer les paroles
humaines. Nous considérons, par exemple, la création entière, la terre
et la mer et le ciel et tout ce qu'ils contiennent; nous remarquons que
chaque chose a son origine et ses causes; nous observons les mer-
veilleuses propriétés des semences, l'ordre des naissances, la manière
de subsister des différents êtres, le dépérissement qui amène leur
mort, la course des siècles qui se déroulent sans aucun trouble, les
révolutions des étoiles qui paraissent aller d'Orient en Occident, le
cours des années qui s'accomplit, la longueur régulière des mois et la
durée des heures, et, au milieu de toutes ces merveilles, nous sentons
qu'il y a j e ne sais quoi d'invisible que l'on appelle l'esprit ou l'âme,
qui, dans tous les êtres animés, leur fait rechercher le plaisir, fuir la
douleur et conserver entre eux un certain lien d'unité par le soin
qu'ils prennent de leur conservation; nous constatons enfin que
l'homme porte en lui quelque chose de commun avec les Anges de
Dieu qu'il ne partage pas avec les animaux, comme il partage avec
eux la vie, l'ouïe, la vue et d'autres facultés, mais qui consiste à avoir
l'idée de Dieu, opération qui appartient exclusivement à un esprit, et
à discerner le bien du mal, comme l'œil dislingue le blanc du noir.
Dans cette vue d'ensemble de la création, que l'âme se demande : Qui
a fait toutes ces choses? qui les a créées? qui l'a créée toi-même, au
milieu de toutes ces choses? Que sont ces créatures que tu examines?
TOME II. 20
402 PSAUME XCIX.

qu'es-tu, toi qui les examines? qu'est celui qui a fait, et ces choses
que tu examines et toi qui les examines? quel est-il? Dis qui il est;
mais pour le dire, il (aut que ta pensée le conçoive; car tu peux con-
cevoir certaines pensées et ne pouvoir les exprimer, mais tu ne pour-
ras jamais exprimer ce que ta pensée n'aura pu concevoir. Quêta
pensée se porte donc vers lui, avant de dire qui il est, et, pour le con-
cevoir, approche-toi de lui; car, lorsque tu veux voir un objet, pour
ôtre en mesure d'en parler, tu t'en approches pour le considérer, dans
la crainte d'une erreur, si l'objet n'était vu que de loin. Mais, de
même que l'on voit avec les yeux corporels, de même Dieu n'est
aperçu que par l'esprit, il n'est considéré et vu que par le cœur. Et
où est-il ce cœur au moyen duquel on le voit? « Bienheureux, dit le
Seigneur, ceux dont le cœur est pur, parce qu'ils verront Dieu. »
(MATTH". V, 8 ) . J'ai examiné comme je l'ai pu toute la création, j'ai
observé la nature corporelle dans le ciel et sur la terre, et la nature
spirituelle en moi-même... et pourtant, que puis-je comprendre de
moi en moi-môme? Gomment donc pourrai-je concevoir ce qui est
au-dessus de moi? Cependant la vue de Dieu est promise au cœur de
l'homme, « 1 , pour qu'il l'obtienne, Dieu lui impose l'obligation de
travailler à purifier son cœur, car l'Ecriture nous dit : Préparez-vous
de manière à voir ce que vous aimez, avant même de le voir. (S. AUG.)
— « Servez le Seigneur dans la joie. » La joie, l'allégresse, le vrai
contentement, sont les conséquences naturelles d'une foi vive à l'exis-
tence, à la protection, à la toute puissante bonté de Dieu. Tout ser-
vice est plein d'amertume : tous ceux que leur condition oblige à servir
ne le font qu'en murmurant. Ne craignez pas le service de ce maître,
il ne donnera lieu à aucun gémissement, à aucun murmure, à aucune
irritation : là, nul ne demande à être vendu à un autre maître, tant il
est doux d'avoir été racheté par lui. (S. AUG.) — Le Prophète s'adresso
à vous, qui supportez toutes choses dans la charité, et qui vous réjouis-
sez en espérance : servez le Seigneur, non dans l'amertume d'un
esprit de m u r m u r e , mais « dans la joie de l'amour; présentez-vous
devant sa face avec allégresse. » Il est facile d'être transporté de joio
pour quelque cause extérieure, mais c'est devant Dieu qu'il faut vous
livrer à l'allégresse. Que ces transports soient moins ceux de votro
langue que ceux de votre conscience. (S. AUG.). — « Sachez que lo
Seigneur est Dieu. » La science de Dieu est nécessaire : 1° avant do
nous déterminer à nous présenter devant Dieu, nous devons savoir co
qu'il est; 2 ° la connaissance de Dieu est le commencement de la vertu;
PSAUME XCIX. 403
3° elle est la gloire de l'âme fidèle : « Que le sage ne se glorifie pas
dans sa sagesse, que le fort ne se glorifie point dans sa force, que le
riche ne se glorifie point dans sa richesse; mais que celui qui se glo-
rifie, dit le Seigneur, se glorifie de me connaître et de savoir que j e
suis le Seigneur; » (JÉRÉM. IV, 2 3 , 2 4 ) ; 4 ° elle est la lumière qui nous
conduit au ciel : « La vie éternelle consiste à vous connaître, vous, le
seul vrai Dieu, et celui que vous avez envoyé, Jésus-Christ. » (JEAN
XVII, 3 ) . — Point de chrétien qui ne sache que le Seigneur est le vrai
Dieu, le Créateur de toutes choses, et le plus grand nombre agit
comme s'il n'en était pas convaincu. — « Il nous a faits et nous ne
nous sommes pas faits nous-mêmes. » Qu'avez-vous l a n t à vous réjouir?
Quel motif de vous enorgueillir? Un autre vous a faits; et vous vous
vantez, et vous vous glorifiez, et vous vous élevez, comme si vous vous
étiez faits vous-mêmes. 11 vous est avantageux que Celui qui vous a
faits vous rende parfaits. « C'est lui qui nous a faits. » Nous ne devons
pas nous enorgueillir, tout le bien qui est en nous, nous le tenons de
notre Créateur. Tout ce que nous avons fait en nous est pour nous
matière à condamnation, tout ce qu'il a fait en nous est pour nous
l'objet de la couronne céleste. (S. AUG.).— « Nous ne nous sommes pas
faits nous-mêmes; » donc, nous tenons de Dieu tout ce que nous avons
d'être; à chaque moment que nous existons, c'est de Dieu que nous
existons : nous sommes l'ouvrage de Dieu, et nous n'avons en n o u s -
mêmes aucun moyen de conserver cet ouvrage; celui-là s e u l ' p e u t le
conserver, qui lui a donné la première existence. Conséquence de
cette vérité, se voir sans cesse dans l'être de Dieu et penser à lui uni-
quement comme à Celui qui nous a faits pour lui et vers lequel nous
devons retourner. — Nous sommes appelés le peuple de Dieu, parce
que Dieu est notre roi; nous sommes appelés ses brebis, parce qu'il
est notre pasteur. Nous sommes ses brebis et chacun de nous est une
brebis, et ses brebis ne font qu'une brebis. Et quelle n'est pas pour nous
l'infinie tendresse de notre pasteur? 11 a quitté quatre-vingt-dix-neuf
de ses brebis et il est descendu en chercher une seule qui était p e r d u e ;
il la reporte sur ses épaules, (Luc. xv, 4 , î>), rachetée de son sang. Le
pasteur est mort avec assurance pour sa brebis, il est ressuscité et il
possède sa brebis : « Nous sommes son peuple et les brebis de son p â -
turage. • ( S . AUG.).
II. — 3 , 4 .

3 , 4 . ce Entrez au dedans de ses portes par la confession. » Les


portes sont le commencement de la maison, commencez par laconfes-
404 PSAUME G.
sion. Confessez que ce n'est pas vous qui vous êtes faits vous-mêmes,
louez Celui par qui vous avez été faits; que votre bien vienne de
Celui dont l'éloigncmont a causé votre mal. Que le troupeau entre au
dedans des-portes; qu'il ne reste pas au dehors, exposé aux loups. Et
comment y entrera-il? p a r l a confession... Confessez-vous en franchis-
sant les portes de la maison, et, quand vous serez entrés dans ses
parvis, confessez le nom du Seigneur par vos chants de louange.
(S. AUG.). « Louez son nom, car le Seigneur est plein de douceur, etc.»
Trois attributs que le Prophète nous rappelle sans cesse dans ses can-
tiques, et qui s'enchaînent l'un dans l'autre ; la douceur, la miséricorde,
la vérité de Dieu. Parce que Dieu est plein de douceur et de bonté, il
est toujours porté à pardonner; parce qu'il est miséricordieux, il pro-
met le pardon des péchés; parce qu'il est fidèle ou vrai dans ses
promesses, il rend, en effet, ses bonnes grâces au pécheur. (BERTIIIER.)
— « Louez son nom, parce que le Seigneur est suave. » Ne craignez
pas que la force vous manque en le louant. Les louanges que vous lui
donnerez seront comme une nourriture que vous mangerez : plus
vous le louerez, plus vous acquerrez de forces, et plus celui que vous
louerez deviendra un aliment suave. « Sa miséricorde est éternelle; »
car, après vous avoir délivré, ii ne cessera pas d'être miséricordieux,
et l'effet de sa miséricorde sera de vous protéger sans fin pour la vie
éternelle. (S. AUG.). — La miséricorde et la vérité de Dieu sont éter-
nelles, parce qu'il les exerce dans cette vie et dans le siècle futur. Les
saints ne jouissent de la gloire qu'en vertu de la miséricorde que Dieu
a eue pour leur misère, et ils ne sont couronnés que parce qu'il avait
promis cette couronne. (IDEM.). « Vérité de Dieu qui s'étend dans toute
la suite des générations, » parce qu'elle ne change point, qu'elle est
toujours la même, et qu'elle sera, durant tout le cours des siècles,
comme une règle inflexible pour redresser tous ceux qui s'écarteront
de sa divine rectitude.

PSAUME C.
Psalmus ipsi David. Psaume de David.
1. Misericordiam , et judicium 1. Je chanterai, Seigneur, devant vous
cantabo tibi Domine : votre miséricorde et votro justice.
Psallam , Je les chanterai sur des instruments,
2. et intelligam in via immacu- 2. Je m'appliquerai à connaître la voie
lata, quando venics ad me. qui est pure et sans tache; quand vous
viendrez à moi (1).
(1) On sait qua dans l'hébreu le futur équivaut souvent a l'imparfait; mais ici
PSAUME G. 405

Perambulabam in innocentia Je marchais dans l'innocence de mon


cordis mei, in medio domus meaî. cœur au milieu de ma maison.
3. Non proponebam anto oculos 3. Je no mo proposais rien d'injuste de-
meos rem injustam : facientcs prœ- vant les yeux ; jo haïssais ceux qui vio-
varicationes odivi. laient votre loi.
Non adhaîsit mibi Jo no me suis pas associé au cœur per-
vers ,
4. cor pravum : dcclinantcm a 4. et je ne connaissais point celui
' me malignum non cognoscebam: qu'une conduite maligne éloignait de moi.
5. Detrahentem secreto proximo 5. Je poursuivais celui qui médisait en
suo, hune persequebar. secret do son prochain.
Superbo oculos, et insatiabili L'homme à l'œil superbe, au cœur in-
corde, cum hoc non edebam. satiable, n'était point admis à ma table.
6. Oculi mei ad fidèles terraî ut G. Mes yeux cherchaient les hommes
sedeant mecum : ambulans in via sincères pour les faire asseoir près de
immaculata, hic mihi ministrabat. moi; celui qui marchait dans la voie do
7. Non habitabit in medio domus l'innocenco était votre serviteur.
mea?. qui facit superbiam : qui lo- 7. Celui qui agit avec orgueil n'habi-
quitur iniqua, non direxit in cons- tera point dans ma maison ; celui qui
pectu ooulorum mcorum. profère des choses injustes ne demeurera
8. In matutino interliciebam om- point en ma présence.
nes peccatores terrœ : ut disper- 8. Je mettrai à mort dès le matin tous
dorcm do civitato Domini omnes les pécheurs do la terre, afin do retran-
opérantes iniquitatem. cher de la cité du Seigneur tous ceux qui
commettent l'iniquité.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, que l'on rapporte communément au temps où David
fut reconnu roi par toutes les tribus (1), et qui peut ôtre regardé comme
le modèle abrégé des devoirs d'un roi envers son peuple, d'un pasteur
envers son troupeau, d'un supérieur, d'un chef ou d'un père de famille,
David expose ce qu'il a été (2)
I. — PAR RAPPORT A OIEU :
1° En cherchant sa gloire par l'exercice de la miséricorde et de l a j u s -
tice (1). *
2° En implorant son secours, c'est-à-dire a) en chantant ses louanges
dans les sentiments d'une joie tout intérieure ; b) en comprenant par la
prudence ce qu'il doit faire (2).
IL — PAR RAPPORT AU PROCHAIN,
1° Dans la conduite générale de la vie, a) en gardant l'innocence du
cœur,* b) en donnant l'exemple des vertus aux personnes de sa maison (2);
ce dernier temps troublerait l'harmonie du psaume, il serait donc mieux de con-
server le futur avec saint Jérôme ot les hébraïsanls, dans les versets 2, 3, 5.
(1) Ce sentiment s'appuie sur le verset 8, ( ù David déclare qu'il exterminera
de la ville, qui n e p e u t être que celle de Jérusalem, tous les scélérats. (ROSES-
MUM.RU.)
406 PSAUME G.
2° Dans les conseils, a) en ne se proposant jamais de chose injuste; b)
en baissant les prévaricateurs ; c) en ne prenant jamais de mauvais con-
seillers (3) ; d) en abandonnant ceux de ses amis qui font le mal (4) ;
3° Dans les entretiens familiers : a) en poursuivant les calomniateurs,
surtout les calomniateurs secrets (îi) ;
4° Dans los repas, a) en éloignant de sa table les superbes et les gens
dominés par la cupidité (0);
III. — ET TLUS PARTICULIEREMENT PAR RAPPORT A CEUX QU'IL ASSOCIE A SON
ADMINISTRATION
1° En choisissant les hommes fidèles pour les faire asseoir près de lui;
2° En prenant pour serviteurs ceux qui sont sans tacho (7) ;
3° En éloignant de sa cour tous les orgueilleux et ceux dont la boucho
profère l'iniquité (7) ;
4° En punissant les méchants dans tout son royaume et en les bannis-
sant do loutcs les cités du peuple.

Explications et Considérations.

1.-1,2.
f. 1. Ce psaume est proprement le psaume des rois, et de tous ceux
qui gouvernent sous eux à proportion de l'étendue de leur pouvoir;
c'est pour eux un règlement de conduite, une ordonnance de cons-
cience privée. Il convient encore plus particulièrement aux évoques et
à tous les supérieurs ecclésiastiques, que Jésus-Christ associe à sa
royauté spirituelle, ainsi qu'à son sacerdoce. C'est l'art de gouverner
dans tous les sens que le Psalmiste entreprend de chanter. — Les
simples fidèles y trouvent aussi d'abondantes instructions pour eux-
mêmes. Ils y voient que de soins ils doivent prendre pour se soustraire
aux dangers des conversations et des exemples du monde, pour ne se
lier qu'avec des amis de Dieu, pour marcher avec sécurité dans la nuil
de ce siècle, et mériter de se présenter pleins d'une juste confiance au
grand jour de l'éternité. (BERTIUER.) — Ce que contient le premier
verset de ce psaume, nous devons le chercher dans le psaume tout
entier : « Seigneur, je célébrerai dans mes chants votre miséricorde et
votre jugement, » Que nul ne se flatte de l'impunité à cause de la mi-
séricorde de Dieu, parce que le Seigneur exerce aussi le jugement ;
mais, d'un autre côté, que personne de ceux qui se sont changés et
améliorés n'ait frayeur du jugement de Dieu, parce que la miséricorde
précède ce jugement. En effet, les hommes dans leurs jugements, se
PSAUME G. 407
laissent quelquefois vaincre par la miséricorde et agissent contre la
justice, et l'on trouve en eux la miséricorde et non le jugement ; mais
quelquefois aussi, en voulant rendre un jugement rigoureux, ils p e r -
dent la miséricorde. Mais Dieu, môme en usant de la bonté de sa misé-
ricorde, ne perd pas la sévérité de son j u g e m e n t , de même que dans
lasévérité de son jugement, il ne perd pas la bonté de sa miséricorde.
Que si nous voulons distinguer, par l'ordre des temps, la miséricorde
et le jugement, peut-être trouverons-nous que le Prophète ne les a
pas placés sans motif dans l'ordre qu'il a suivi, ne disant pas : le j u g e -
ment et la miséricorde, m a i s : « la miséricorde et le jugement. » Si
donc nous distinguons ces deux choses par le temps qui leur est propre,
peut-être trouverons-nous que le temps présent est celui de la miséri-
corde, et que le temps à venir est celui du jugement. Quand vous
voyez les justes et les injustes regarder le même soleil, jouir de la
même lumière, boire les eaux des mêmes sources, être nourris par la
même pluie, être comblés des mêmes fruits de la terre, respirer le
même air, posséder également les biens de ce monde, gardez-vous de
croire que Dieu soit injuste en donnant toutes ces choses également,
et aux justes et aux injustes. C'est le temps de la miséricorde ; ce n'est
point encore celui du jugement. En effet, si Dieu ne nous épargnait
d'abord par miséricorde, il ne trouverait personne à couronner par
jugement. C'est donc le temps de la miséricorde, tandis que la patience
de Dieu amène les pécheurs à la pénitence. (S. AUG.) — Où sont ceux
qui veulent que ce soit déroger à la perfection de la contemplation,
que de s'attacher aux attributs divins, auxquels il faut, disent-ils, pré-
férer la contemplation de son essence? En savent-ils plus que Jésus-
Christ qui, dans la plus haute oraison qu'il ait daigné nous manifester,
d i t : « Mon Père saint, mon Père j u s t e ? » Qui sait ce que c'est que
l'essence de Dieu ? Mais qui ne sait ou ne doit savoir que c'est son
essence qu'on adore sous le nom de sainteté et de justice? Célébrons
donc sans lin ces deux divins attributs. Disons avec David: « O Sei-
g n e u r i e vous chanterai miséricorde et j u g e m e n t , » parce que c'est
dire avec Jésus-Christ et en Jésus-Christ : « Mon Père saint, mon Père
juste. » Méd. s. l'Ev.,
(BOSSUET, 2, S. LXVII j . ) — T a n t que vous
confierez le ministère de votre sainte parole, ô mon Dieu, j e prêcherai
ces deux vérités sans les séparer jamais : la première, que vous êtes
un Dieu terrible dans vos jugements ; et la seconde, que vous êtes le
père des miséricordes et le Dieu de toute consolation. J e ne serai
jamais assez téméraire pour prêcher votre miséricorde sans prêcher
408 PSAUME G.
votre justice, parce que j e sais les conséquences dangereuses qu'en
tirerait l'impiété ; mais aussi me ferai-je un crime de prêcher les
rigueurs de votre justice sans parler en môme temps des douceurs do
votre miséricorde , parce que la foi m'apprend, et que c'est vous-même
qui me l'avez révélé, que votre miséricorde sauve les pécheurs, ou bien
que votre justice seule ne peut que les damner et les réprouver. Je
joindrai donc Tune et l'autre ensemble pour pouvoir toujours dire,
comme David : « Seigneur, je chanterai vos bontés et vos jugements.»
(BOUUD., Sévér. de la Pénitence.) — Le Prophète semble nous avertir
ici que nous devons chanter les louanges de Dieu avec intelligence et
nous appliquer à connaître le sens des psaumes que nous chantons,
afin que notre esprit ne s'égare point et ne demeure sans fruit, alors
que la bouche seule s'acquitte du devoir de louer Dieu. (S. JÉR.) —
Quand notre voix psalmodie des chants que nous ne pouvons com-
prendre , associons-nous du moins aux intentions de l'Eglise notre
mère : nous savons bien que nous prions, et Dieu prend notre prière
comme il prend la prière de l'enfant. — « Je marchais dans l'inno-
cence de mon cœur, etc. » David commence par nous dire ce qu'il était
à ses yeux et aux yeux de Dieu ; il nous dira ensuite ce qu'il était aux
yeux des autres et du peuple. Je marchais dans cette voie, portant l'in-
nocence dans mon cœur ; mon cœur, ma pensée, mon action, appar-
tenaient au bien ; je défendais mon cœur des mauvaises pensées et
des désirs pervers ; je savais que la vie et la mort sortent du cœur.
« Au milieu de ma maison. » Ne pas se contenter de ce témoignage
intérieur de son c œ u r ; plusieurs sont irréprochables au dehors, sur la
place publique ; mais, dans leur maison, dans leur intérieur, ils se
souillent de toutes les iniquités. (BELLARM.)
fi. 2. Celui qui aime l'iniquité ne marche plus, parce qu'il n'a plus
où marcher. En effet, toute méchanceté est dans les entraves, laseulo
innocence est au large ; seule, clic a une voie libre où marcher. « Je
marchais dans l'innocence de mon cœur, au milieu de ma maison. »
Ce que le Prophète appelle le milieu de sa maison, c'est : ou bien l'E-
glise, dans laquelle marche le Christ, ou bien son cœur, parce quo
notre cœur est notre maison intérieure. Dans ce s e n s , le Prophète
ne ferait qu'expliquer ce qu'il vient de dire : « Dans l'innocence do
mon cœur. » Qu'est-ce que l'innocence de son cœur ? Le milieu de sa
maison. Quiconque a dans son cœur une maison mauvaise, en est
constamment rejeté au dehors ; car celui qui est pressé dans son cœur
par une mauvaise conscience, est comme un homme que ferait fuir do
PSAUME G. 409
sa maison l'eau qui y pénétrerait, ou la fumée qui la rendrait inhabi-
table ; il n'y pourrait rester; ainsi l'homme dont le cœur n'est point
en paix ne peut habiter volontiers dans son cœur. De tels hommes
sortent d'eux-mêmes par tous les efforts de leur esprit, se répandent
au dehors, et se plaisent dans les choses extérieures qui regardent le
corps ; ils cherchent le repos dans les frivolités, dans les spectacles,
dans la débauche, dans tous les désordres. Pourquoi cherchent-ils le
bonheur au dehors d'eux-mêmes? Parce qu'il ne fait pas bon pour
eux au dedans, et qu'ils n'ont pas de quoi se réjouir dans leur cons-
cience. (S. AUG.)
II. — 3 - 6 .

f. 3. Après avoir considéré comme le vestibule du palais où nous


avons vu la miséricorde, lajustice, une joie sainte, une prudence con-
sommée, Dieu lui-même, présidant à t o u t , nous avons pénétré dans
l'intérieur du palais. Il nous reste maintenant à considérer David, et
tous ceux qu'il représente, dans l'exercice de leurs fonctions publiques.
De l'innocence du cœur, le lloi-Prophètc passe à celle des yeux et des
mains. Il a détourné ses regards de toute injustice, soit dans l'exercice
de>ses fonctions de juge souverain vis-à-vis de ses sujets , soit dans la
distribution des emplois et des honneurs.
f. 4. Veiller sur ses yeux, sur son cœur, sur ses démarches, trois
devoirs essentiels dans l'affaire du salut. Le Prophète prend ces trois
obligations dans un sens qui a beaucoup d'étendue. Non-seulement
il garde ses yeux pour les détourner des objets criminels, mais il no
souffre en sa présence rien de ce qui peut compromettre la pureté de
son âme ; il évite autant les discours que les actions qui peuvent
ôtre une source de péché ; il déteste tous ceux qui commettent
l'injustice. (BERTHIER.) — « Je ne me proposais pas devant les yeux
de chose mauvaise ou injuste. » Que signifient ces paroles? Je ne
l'aimais p a s ? En effet, on a coutume de dire en parlant d'un
homme qui en aime un autre : il n'a que lui devant les yeux ;
et celui que l'on méprise se plaint ordinairement en ces termes : Il no
jette pas les yeux sur moi. Qu'est-ce donc qu'avoir devant les yeux ?
C'est aimer. Qu'est-ce que ne pas a i m e r ? C'est n'être pas là de cœur.
Par conséquent, en disant : « Je n'avais pas devant les yeux de chose
mauvaise, » le Prophète a dit ; Je n'aimais pas de chose mauvaise. Il
expose ensuite quelle est cette chose mauvaise et injuste, en disant :
i J'ai haï les prévaricateurs. » Si vous marchez avec le Christ au mU
410 PSAUME C.
lieu de sa maison, c'est-à-dire : si vous vous reposez dans votre cœur,
ou si vous marchez dans l'Eglise par la voie pure et sans tache , vous
ne devez pas seulement haïr les prévaricateurs du dehors, mais aussi
les prévaricateurs que vous trouveriez au-dedans. Quels sont les pré-
varicateurs? Ceux qui haïssent la loi de Dieu, et ceux qui l'entendent
et ne la pratiquent pas sont appelés prévaricateurs. Haïssez ceux qui
sont coupables de prévarication ; chassez-les loin de vous. Mais vous
devez haïr les prévaricateurs et non les hommes. Vous voyez qu'un
homme prévaricateur a deux noms : celui d'homme et celui de préva-
ricateur. Dieu a fait l'homme, et l'homme s'est fait lui-même prévari-
cateur ; aimez en lui ce que Dieu a fait, poursuivez en lui ce qu'il a
fait lui-même ; car en poursuivant sa prévarication, vous détruisez ce
que l'homme a fait, et ce que Dieu a fait est délivré. ( S . AUG.) — Le
plus grand éloge que l'on puisse faire d'un homme vertueux, c'est de
dire que les méchants n'osent paraître en sa présence. — Ne point
admettre dans notre amitié ceux dont le cœur est corrompu ; ne point
leur permettre de s'attacher à nous. — S'éloigner de leur compagnie
autant qu'ils s'éloignent de nous par leurs mœurs, et les traiter comme
des personnes qu'on ne peut point connaître. (DUGUET.) — c Je ne
connaissais pas celui qu'une conduite maligne éloignait de moi. » Que
signifie : « Je ne le connaissais pas? » Je ne l'approuvais pas, je ne le
louais pas, il ne me plaisait pas... C'est dans ce sens que Dieu, qui
connaît tout, dira cependant à certains hommes, à la fin des siècles :
« Je ne vous connais pas ; » MATTH. VU, 2 3 ) ; je ne vous reconnais pas
comme conformes à ma règle. Je connais, en effet, la règle de ma jus-
tice : vous n'êtes pas conformes à cette règle, vous en avez dévié, vous
n'êtes pas droits. C'est dans ce sens que le Prophète dit ici: « Je ne lo
connaissais pas. » Le Prophète parle-t-il ainsi parce que le méchant,
lorsque par hasard il rencontre le juste dans un étroit sentier, se dit
ce qui est écrit dans le livre de la Sagesse : « Sa seule vue nous est
insupportable, » (SAG., II, 15) ; et change de chemin pour ne pas lo
voir? Mais combien n'y a-l-il pas de méchants que nous ne voyons
pas et qui nous voient ; qui non-seulement ne se détournent pas do
nous, mais encore qui accourent vers nous, et parfois veulent nous
faire servir à l'accomplissement de leurs iniquités. Comment s'ôloi-
gnent-ils de vous? Celui-là s'éloigne de vous, qui ne vous ressemblo
pas. Que veut dire : Il s'éloigne de vous ? Il ne vous suit pas. Que veut
d i r e : Il ne vous suit pas? H ne vous imite pas. Par conséquent, ces
paroles : « Lorsque le méchant s'éloignait de moi, » signifient; lors-
PSAUME G. 411
que le méchant ne me ressemblait pas, lorsqu'il refusait de suivre
mes voies, lorsqu'il refusait de vivre comme moi, qui me proposais à
son imitation, « j e ne le connaissais p a s ; » non pas que cet homme
m'était inconnu, mais je ne l'approuvais pas. (S. AUG.) — Toute m é -
disance est un grand mal, encore plus la médisance faite en secret,
qui ôte à celui qui en est l'objet le i m y e n de se justifier. — Non-seu-
lement nous ne devons pas donner notre consentement, notre a p p r o -
bation à la médisance, mais nous devons poursuivre son auteur, en
nous proposant ce double but, de. ne point l'écouter volontiers, et do
ne pas lui permettre une médisance coupable. (S. JÉRÔME.) — L'Es-
prit-Saint compare ceux qui médisent en secret à des serpents qui
piquent sans faire de bruit. (ECCL., X.) US demandent le secret à tout
le monde, et ils ne voient pas, dit saint Chrysostôme, que cela môme
les rend méprisables; car d e m a n d e r a celui que j ' a i fait le confident
de ma médisance qu'il garde le secret, c'est proprement lui confesser
mon injustice; c'est lui dire : Soyez plus sage et plus charitable que
moi; je suis un médisant, ne le soyez pas ; en vous parlant de telle
personne, je blesse la charité ; ne suivez pas mon exemple. Aussi David,
qui fut un prince si éclairé, n'avait point tant d'horreur de la médi-
sance que du secret de la médisance. J'avais pitié, disait-il, de ceux
que la chaleur et l'emportement faisaient éclater en des médisances,
quoique outrageantes et atroces; mais si j ' e n voyais quelqu'un qui ins-
pirât secrètement le poison de sa malignité, je me sentais animé de
zèle et d'indignation, et il me semblait qu'il était de mon devoir de le
persécuter et de le confondre. (Boimn., sur la Médis.) — Pourquoi
donc le Seigneur a-t-il mangé avec des orgueilleux ? Je ne dis pas avec
des publicains et avec des pécheurs, car ceux-là élaient humbles , ils
connaissaient leur maladie et recherchaient le médecin; mais nous
voyons que le Seigneur a mangé avec des pharisiens et des orgueil-
leux. Pourquoi donc nous dit-il, par la bouche du Prophète : « Je ne
prenais point mon repas avec l'homme à l'œil superbe? » Pourquoi
donc nous proposer ce qu'il n'a pas fait, alors qu'il nous exhorte à l'i-
miter ? Nous nous abstenons de ces sortes do rapports avec nos frères,
quand il est question de les reprendre, el nous ne partageons pas leurs
repas, pour qu'ils se corrigent. Nous mangeons avec des étrangers,
avec des païens, plutôt qu'avec ceux qui sont des nôtres, si nous voyons
qu'ils vivent dans le désordre, afin qu'ils rougissent el se corrigent.
C'est ce que nous faisons souvent pour la guérison d'autrui ; mais quant
aux étrangers el aux impics, ils sont souvent assis à la môme table que
nous. (S. AUG.)
-412 PSAUME C.
f. 5 . Que veut dire encore cette parole du Prophète : « Je ne prenais
point mes repas avec l'homme à l'œil orgueilleux et au cœur insatia-
ble ? » Le cœur pieux a ses festins, le cœur superbe a aussi les siens ;
car c'est en faisant allusion à la manière dont se nourrit le cœur or-
gueilleux que le Prophète a dit : « Le cœur insatiable. » De quoi se
nourrit donc le cœur orgueilleux? S'il est orgueilleux, il est envieux;
il ne peut en ôtre autrement. L'orgueil est le père de l'envie ; il ne
peut point ne pas l'engendrer, et il en est toujours accompagné. Tout
orgueilleux est donc envieux ; s'il est envieux, il se nourrit du mal
d'aulrui. C'est ce qui fait dire à l'Apôtre : « Si vous vous mordez et
vous dévorez mutuellement, prenez garde que vous ne vous consumiez
les uns les autres. (GALAT., V, 15.) » Vous voyez là des orgueilleux à
lable, gardez-vous de vous y placer avec eux ; fuyez ces sortes de fes-
tins. Us ne peuvent se rassasier de la joie que leur cause le mal d'au-
trui, parce que leur cœur est insatiable. Craignez d'être pris, au milieu,
de leurs festins, dans les filets du démon. (S. AUG.)

III. — 6-8.
f. 6. Devoir indispensable des princes et de tous les supérieurs, à
quelque ordre qu'ils appartiennent, de se servir de leurs propres yeux
pour voir les choses par eux-mêmes, puisqu'eux-mêmes en rendront
compte à Dieu.—Ne pouvant tout voir par eux-mêmes, qu'ils jettent les
yeux sur des hommes d'une probité et d'une fidélité reconnue. (DUG.)
Souvent on ne se préoccupe que de leur habileté, de leur fidélité, et on
ne voit pas que ces hommes, à qui l'on confie une partie si importante
de l'autorité souveraine, perdent les autres et se perdent eux-mêmes
par l'exemple d'une vie dépravée. — « Celui qui marchait dans la voie
pure et sans tache m'a servi. » Il m'a servi, dit-il, et ne s'est pas servi
lui-même. En effet, beaucoup sont les ministres de l'Evangile ; mais
ils le sont pour eux-mêmes, parée qu'ils cherchent leur propre intérêt
et non celui du Ghrist. (PLULIP., II, 2 4 . ) Qu'est-ce donc que servir le
Christ? C'est chercher les intérêts du Christ. Toutefois, lorsque des
méchants annoncent l'Evangile, les autres sont sauvés , mais eux sont
punis. En effet, il a d i t : « Faites ce qu'ils disent et ne faites pas ce
qu'ils font. » (MATTH., XXIII, 3 . ) Ne craignez donc rien quand vous
entendez prêcher l'Evangile par un méchant. Malheur à celui qui sert
le Christ pour soi-même, c'est-à-dire qui ne cherche que son propre
avantage ; quant à vous, acceptez ce qui vient du Christ. (S. AUG.) —
Pavid compte comme un des plus grands avantages de son règne, de
PSAUME C. 413

voir assis auprès de lui des hommes justes et fidèles ; parmi toutes lés
faveurs qu'il avait reçues du Dieu de ses pères, ce n'étaient pas ses
victoires et ses prospérités dont il était le plus touché : c'était la vertu
et lajustice des sujets qui présidaient à ses conseils et qui environ-
naient son t r ô n e , et l a p i é l é des Nathan et des Chusaï lui parut une
marque plus sensible de la protection du Seigneur sur lui, que la con-
quête de Jérusalem et les dépouilles des nations ennemies de sa gloire.
Un homme juste est un présent du ciel, et les grands surtout ne sau-
raient trop honorer la vertu, parce que la puissance ne peut leur donner
que des sujets, et que la vertu toute seule leur.donne des amis fidèles
et sincères. (MASSILL., Mélange des bons, etc.)
f. 7, 8. La maison de ceux qui sont dépositaires de l'autorité ne
doit jamais être ouverte à ces superbes, à ces insolents qui oppriment
les faibles par leurs calomnies et leurs impostures. — Nous pouvons
aussi rapporter au cœur ce qui est dit de la maison. Celui qui pratique
l'orgueil n'a pas habité dans mon cœur ; aucun de ceux qui lui res-
semblent n'a habité dans mon cœur ; l'orgueilleux n'y a pas habité,
car l'injuste n'habite pas dans le cœur du juste. Le juste, alors même
qu'il serait séparé de vous p a r de grandes distances, habite avec vous,
si vous n'avez qu'un même cœur. (S. AUG.) — La préoccupation d'un
roi sage, et de tout homme que Dieu a placé à la tête de ses sembla-
bles, est de protéger la vie des bons contre les attaques et leurs mœurs
contre les scandales des méchants. « Dès le matin, » dit-il, avant que
le mal eût jeté de profondes racines, je faisais disparaître de la terre
tous ceux dont la vie était un danger pour leurs frères. — « Dès le
matin, je mettais à mort tous les pécheurs de la terre. >» Ces paroles
renferment évidemment un sens mystérieux ; car le Prophète ne veut
pas dire qu'il souillait ses mains à chaque lever de l'aurore en r é p a n -
dant le sang humain ; cette interprétation serait aussi absurde qu'in-
croyable. La cité du Seigneur, c'est l'édifice spirituel que chaquo
homme construit en lui-même ; les pécheurs de la terre sont ceux
dont le Sauveur a dit : a C'est du cœur que sortent les mauvaises pen-
sées, les envies, les adultères, les rapines, les faux témoignages et autres
vices semblables. » Celui qui purifie son cœur chasse, par la pensée
de Dieu, de l'édifice spirituel qu'il construit, ces pécheurs de la lerro
qui sortent de la chair terrestre et corrompue. Les premiers feux de
l'aurore naissent dans une âme en même temps qu'une vérité salutaire
commence à éclairer celte âme où il faut détruire et exterminer toutes
les pensées coupables ; car si l'on ne prend soin de retrancher ces pre-
AU PSAUME CL
miers mouvements qui portent au mal, la pensée sera bientôt suivie
de l'acte mauvais. Ainsi, par exemple, une pensée d'adultère est un
de ces pécheurs de la terre ; si vous ne retranchez et n'exterminer
cette pensée de votre âme comme avec un glaive, et si vous ne la re-
tranchez dès le matin, c'est-à-dire aussitôt qu'elle se produit, elle
vous conduira plus loin, et de la simple pensée du crime, vous serez
entraîné dans la consommation du crime lui-même. ( S . BASILE, M
ISAI, v.) — Ce dernier verset nous transporte aussi à ce grand et ter-
rible j o u r où Jésus-Christ fera éclater sur le monde entier sa miséri-
corde et sa justice. Le temps de cette vie est comme le temps de
la nuit à l'égard de l'autre m o n d e , où toutes choses paraîtront
comme en plein jour. Dans ce temps-ci, Dieu use de miséricorde et
épargne les pécheurs pour les inviter à se convertir ; mais viendra le
malin, le commencement de l'éternité, où il tuera par le souffle de sa
bouche et par l'arrêt d'une malédiction irrévocable tous les pécheurs
de la terre, et empêchera que sa cité sainte ne soit souillée par aucun
de ceux qui se trouveront coupables d'iniquité. ( S . AUG.)

PSAUME CI.
Oratio pau péris, cum anxius Prière du pauvre lorsqu'il sera dans
fuerit, et in conspectu Domini ef- l'affliction, et qu'il répandra sa prière en
fuderit precem suam. la présence du Seigneur.
1. Domine exaudi orationem 1. Seigneur, exaucez ma prière, et quo
meam : et clamor meus ad te ve- mes cris s'élèvent jusqu'à vous.
niat.
2. Non avertas faciem tuam a 2. Ne détournez point votre visage de
me : in quacumque die tribulor , moi : en quelque jour que je me trouve
inclina ad me aurem tuam. afffigô. Inclinez votre oreille vers moi.
In quacumque die invocavero En quelque jour que je vous invoquo,
te, velociter exaudi me : hâtez-vous de me secourir.
3. Quia defecerunt sicut fumus 3. Car mes jours se sont évanouis
dies mei : et ossa mea sicut cre- comme la fumée, et mes os se sont des-
mium aruerunt. séchés comme l'herbe des champs. Pi,
xxxi, 20, LXVII , 2.
4. Percussus sum ut fœnum , 4. J'ai été frappé comme l'herbo ; et
et aruit cor meum : quia oblitus mon cœur s'est flétri, parce j'ai oublié de
sum comedere panem meum. manger mon pain (1).
5. A voce gemitus mei adhaîsit 5. A la voix de mes gémissements, mes
os meum carni mea;. os se sont collés à ma peau.
G. Similis factus sum pclli- 6. Je suis devenu semblable au pélican
cano solitudinis : factus sum sicut du désert; je suis devenu comme le hi-
nyeticorax in domicilio. bou qui se retire dans les ruines.
(1) Dan» l'hébreu, le mot traduit par cremium, signifie le lieu où l'on brûle quel-
que chose, le foyer ou la pierre du foyer. — Nous préférons, avec saiut Jérotno et
Cobnnella, l'entendre de bronches sèches faciles à brûler, dont on se sert pour
allumer le four.
PSAUME Ci.
7. Vigilavi, et factus sum sicut 7. J'ai veillé et Je suis devenu comme
passer solitarius in tecto. le passereau solitaire sur les toits.
8. Tota die exprobrabant mibi 8. Tout le jour mes ennnemis m'acca-
inimici mei : et qui laudabant me, blaient d'outrages, et ceux qui me louaient
adversum me jurabant. juraient ma perte ,
9. Quia cinerem tanquam pa- 9. parco quo jo mangeais la cendro
nem manducabam, et potum meum comme le pain , et quo je mêlais mes
cum fletu miscebam. larmes avec mon breuvage (1).
10. A facie irai et indignationis 10. A la vue de votre colère et de votro
tuai : quia elevans allisisti me. indignation, parce que après m'avoir
élevé vous m'avez brisé (2],
11. Dies mei sicut umbra decli- 11. mes jours ont décliné comme
naverunt : et ego sicut fœnum l'ombre, et j'ai séché comme l'herbe des
arui. champs.
12. Tu autem Domine in œter- 12. Pour vous, Seigneur , vous subsis-
num permanes : et memoriale tez éternellement, et la mémoire de
tuum m generationem et genera- votre nom se transmet d-'âge en Age.
tionem.
13. Tu exurgens miscreberis 13. Vous vous lèverez , et vous aurez
Sion : quia tempus miserendi ejus, pitié de Sion, parce que le temps est
quia venit tempus. venu , lo temps d'avoir pitié d'elle ,
14. Quoniam placuerunt servis 14. parce quo ses pierres ont été agréa-
tuis lapides ejus : et terrai ejus bles à vos serviteurs, et qu'ils s'attendri-
miserebuntur. ront à la vue de ses décombres (3).
15. Et timebunt gentes nomen 15. Et les nations craindront votre
tutun Domine, et omnes reges nom, Seigneur ; et tous les rois de la
terra?, gloriam tuam. terre votre gloire (4),
16. Quia aidificavit Dominus 10. parce que le Seigneur a bâti Sion,
Sion : et videbitur in gloria sua. et il paraîtra dans sa gloire. Joan. i, 14(4).
17. Respexit in orationem hu- 17. Il a jeté un regard sur la prière de
milium : et non sprevit precem ceux qui sont dans l'humiliation, et il
eorum. n'a point rejeté leurs demandes.
18. Scribantur haie in genera- 18. Que ces choses soient écrites pour
tione altéra: et populus,quicrea- uno autre génération, et le peuple qui
bitur, laudabit Dominum : doit naître louera le Seigneur;
19. Quia prospexit de excelso 19. parce qu'il a regardé du haut de
sancto suo : Dominus de cœlo in son sanctuaire; le Seigneur a regardé du
terram aspexit : ciel sur la terre,
20. Ut audiret gemitus compe- 20. pour écouter les gémissements des
ditorum : ut solveret fdios inte- captifs, pour délivrer les enfants de ceux
remptorum tuorum : qui ont été mis à mort ;
21. Ut annuntient in Sion no- 21. afin qu'ils annoncent dans Sion le

(1) La particule quia n'a point de rapport à ce qui précède, ou peut la prendre
pour ideo.— Cahen pense qu'il s'agit ici de la cendre qui, de la tete du Prophète,
tombait sur son pain. Mais on peut dire avec autant de vraisemblance que la
cendre est mise ici pour le deuil, parce ce que, dan» le deuil, on demeurait assis
dans la cendre.
(2) Vous m'avez élevé pour me précipiter de plus haut par une chute plus cruelle.
(3) Vos serviteurs aiment jusqu'aux ruines, jusqu'aux pierres, jusqu'à la pous-
lièrc en laquelle est réduite une ville qui leur «si si chère.
(4) Pour l'intelligence de co verset et de» suivants, il faut se rappeler que le
retour de la captivité est considéré comme l'avant-coureur de la venue du Messie,
et de la conversion do tous les peuples au culte du vrai Dieu,
416 PSAUME CI.
men Domini : et laudem ejus in nom du Seigneur, et ses louanges DATA
Jérusalem, Jérusalem,
22. In conveniendo populos in 22. lorsque les peuples et les rois S'AS-
unum , et reges ut serviant Do- sembleront et s'uniront de concert poer
mino. servir le Seigneur.
23. Respondit ei in via virtutis 23. Il dit à Dieu dans le temps de sa
suaî : Paucitatem dierum mcorum force : Faites-moi connaître le petit
nuntia mihi. nombre de mes jours.
24. Ne revoces me in dimidio 24. Ne me rappelez pas au milieu df
dierum meorum : in generationem mes jours , vous dont les années s'ôlan*
et generationem anni tui. dent de génération en génération.
25. Initio tu Domine terram 25. Dès le commencement, Seigneur,
fundasti : et opéra manuum tua- vous avez fondé la terre ; et les cieux
rum sunt cœli. sont les ouvrages de vos mains.
26. Ipsi pcribunt, tu autem pcr- 26. Ils périront; mais vous, vous sub-
mânes : et omnes sicut vestimen- sisterez toujours ; ils vieilliront tOttS
tum vetcrascent. comme un vêtement.
Et sicut opcrtorium mutabis eos, Vous les changerez comme un habit
et mutabuntur : dont on se couvre, et ils seront changés;
27. tu autem idem ipse e s , et 27. mais pour vous, vous êtes toujours
anni tui non déficient. le même, et vos années ne passeroot
point.
28. Filii servorum tuorum habi- 28. Les enfants de vos serviteurs AU-
tabunt : et semen eorum in sa?cu- ront une demeure permanente; et LEUR
lum dirigetur. postérité sera stable éternellement.

Sommaire analytique.
Ce Psaume peut être considéré comme une prière que David PÉNITEOT
adresse au Christ au nom du peuple Juif, O U que ce peuple, captif À Baby-
ione, adresse au Verbe, conducteur spécial du peuple de Dieu, pour OBTENIR
le rétablissement de Jérusalem (i).
I. — IL DEMANDE A DIEU
1° Qu'il l'exauce et que sa prière ait accès jusqu'à lui dans les cieux
2° Que Dieu jette sur lui un regard favorable (2) ;
3° Qu'il l'exauce promptement, quel que soit le jour où il le priera
(1) D'après quelques oxégètes modernes, ce psaume aurait été composé Mffll
fin de la captivité de Babyione, car l'auteur y suppose Jérusalem détruite (ver». 1$,
18, 21, 22), o t l c temps fixé pour le retour de la captivité, d'après Jércmie, prN
d'arriver (v. 14). D'ailleurs, le style sent la décadence de la langue ; il est peu étoffc,
le parallélisme tombe dans les mots (vers. 18-20). (LE Hm.)—Rien de plus mèlaneê*
lique que ce p s a u m e , toutes los images et les métaphores y respirent la tri**
tesse et le deuil. C'est, en effet, qu'il s'agit des ruines de Sion, des pierre» DIT
persées de Jérusalem, des douleurs et de l'exil du peuple captif, du sang do» ttMiï*
tyrs nou vengé encore, de leurs enfants proscrits, de l'asservissement de la patHl,
de la gloire de Dieu éclipsée parmi les nations, de cette gloire que les roi» étw>
g r r s doivent adorer, que les b a r b a r e s doivent redouter, de cette gloire do DTT
d o n t les aimées sont éternelles. — Ces plaintes sublimes, ces élans d'cspera&f?,
ces supplications pleines de repentir et d'amour, ont fait ranger co psaume, fSS
l'Eglise, p a r m i les psaumes de la pénitence.
PSAUME CI. 417

H. — IL LUI EXPOSE, COMME MOTIFS, LE TRISTE ÉTAT OU IL EST RÉDUIT :

1° La brièveté de sa vie ;
2° Le manque absolu de force et do grâces (3, 4) ;
3° L'abandon et la solitude où il se trouve (6, 7) ;
4° La haine des hommes, tant de ses ennemis quo de ses amis (8, 9) ;
5° Le juste courroux de Dieu contre lui (9, 10) ; .
6° Sa mort prochaine (H).
III. — IL CONÇOIT L'ESPÉRANCE QUE DIEU VIENDRA A SON SECOURS, PARCE QU'lL EST

ÉTERNEL ET FIDÈLE DANS SES PROMESSES (12), ET VOIT EN EXTASE L'ACCOM-

PLISSEMENT DE CES PROMESSES PAR L'INCARNATION, OU DIEU A FAIT PARAITRE

1° Sa miséricorde, en descendant de son trône sur la terre, au temps


marqué par les Prophètes (13, 14) ;
2° Sa gloire, qui éclate dans les hommages qu'ont rendus à Jésus-Christ
les rois et les peuples (15) ;
3° Sa puissance, dans l'édification do l'Eglise, l'éclat des miracles et la
conversion des peuples (10) ;
4° Sa bonté, dans l'accueil favorable qu'il a fait aux prières des hum-
bles (17).
IV. — IL MONTRE LA GRATITUDE DU PEUPLE CHRÉTIEN ENVERS JÉSUS-CHRIST, ET LA

GLOIRE DONT IL COMBLE SES ÉLUS DANS LE CIEL :

lo David désire que l'Incarnation do Jô«us-Christ et les merveilles dont


elle est la source, soient écrites par les Prophètes et par les Evangélistes ;
— a) II fait voir le fruit de cette prédiction écrite, la gloire de Dieu et do
Jésus-Christ par les chrétiens (18) ; - • b) la matière de cotte louange, c'est-
à-dire la bonté de Dieu, qui jette un regard favorable sur les malheureux
enfants d'Adam (19), — prête l'oreille <à leurs gémissements, — les délivre
de leurs liens (20), — les excito à louer le nom du Seigneur (21), — les
réunit dans un saint concert pour servir Dieu (22).
2° Le Prophète introduit lo peuple, parlant lui-même a Dieu : a) il de-
mande à Dieu do connaître lo terme si court de la vie humaine (23) ; b) il
demande le temps suffisant pour faire pénitence de ses péchés (24).
3° Il loue Dieu à cause de son immutabilité et de son éternité, qu'il fait
ressortir par leur opposition avec la mutabilité et la mortalité des créa-
tures : a) Dieu les a tirées du néant pour leur donner l'être (25) ; 6) elles sont
soumises à l'altération, au changement (20) ; c) Dieu, au contraire, reste
éternellement le même (27) ; d) Dieu rond ses serviteurs participants do
son immutabilité et de sa félicité (28).

TOME II,
418 PSAUME CI.

Explications et Considérations.

I. —1, 2.
fi. 1, 2. Toutes les qualités de la prière sont renfermées dans ces
versets : 1° La nécessité : l'homme, sans le secours de Dieu, ne peut
sortir de l'esclavage du péché, et, dans les voies ordinaires de la
Providence, le secours céleste n'est accordé qu'à la prière ; 2° l'humi-
lité, l'homme pécheur sent sa misère et se présente ici devant Dieu
comme un pauvre dénué de toute ressource, si Dieu ne le regarde
d'un œil favorable; '1° la ferveur : les instances que fait le Prophète,
ou ceux au nom de qui il parle, sont vives, réitérées plusieurs fois, et
mises sous tous les jours les plus propres à toucher le cœur de Dieu;
4° la constance : il s'engage à prier durant tout le cours des tribula-
tions, et, dans cette vie, la mort seule est le terme de nos misères ;
5° la confiance : il ose demander à Dieu de se rendre attentif, de ne
point détourner son visage, d'accélérer le moment de sa visite. (BER-
TIIIER). — Ces pressantes instances sont naturelles dans la bouche d'un
homme malheureux, qui voit le temps s'enfuir et qui peut craindre de
tomber pour toujours dans l'abîme, s'il n'est promptement secouru.
(BELLARM.) — Les prières sont plus touchantes encore quand elles
s'élèvent du sein d'une nation qui se sent dépérir. — Les délais sont
funestes pour nous : tous les moments coûtent la vie à plusieurs d'en-
tre nous, et tous ceux qui périssent, périssent sans ressource. La ma-
lédiction, que nous avons préférée au salut qui nous était offert, con-
sume et dévore tout notre peuple. Attendez-vous qu'elle n'y laisse
ni germe ni espérance pour la faire cesser? Hâtez-vous, ou vous vien-
drez après notre perte. (DUGUET).

II. — 3-11.

fi. 3. Que signifie : « Quel que soit le j o u r où je sois dans la tribu-


lation? » N'est-il pas présentement dans la tribulation? Il parle ainsi
comme représentant l'unité du corps de l'Eglise; si un seul membro
souffre, tous les membres partagent ses souffrances. (I COR. XII, 26).
Vous souffrez aujourd'hui, je souffre comme vous; un autre est affligé
demain, je suis affligé avec lui; après cette génération, les descendants
de ses descendants sont dans la tribulation ; j e la partage avec eux,
j u s q u ' à la fin des sièeles; quels que soient ceux qui souffrent dans
mon corps, j e suis avec eux dans la tribulation. (S, AUG.)
PSAUME CI. 419

fi. 4 , 5 . « Mes jours se sont dissipés comme la fumée. » Quels j o u r s !


si l'on peut les appeler des j o u r s ; car, en parlant de jours, on entend
parler de lumière, tandis que mes jours se sont dissipés comme la
fumée. « Mes jours, » la succession des temps. Pourquoi comme la
fumée, K sinon pour représenter les élans de l'orgueil. » Voyez la
fumée, image de l'orgueil relie monte, se gonfle et s'évanouit; elle se
dissipe donc et ne dure pas. (S. AUG.). — Ces jours que je rendais mes
jours, ceux de mes passions, en les passant dans le péché, en les a r -
rachant à la volonté de Dieu, se sont évanouis comme la fumée; ils
ont passé noirs et ténébreux comme elle, sans laisser de traces qu'un
cruel et piquant remords. (BELLARM.).— Les puissances de l'âme, qui
la soutiennent comme les os soutiennent le corps, perdent leur
vigueur et l'onction de la grâce, brûlées qu'elles sont par l'ardeur de
la concupiscence. (DUG.). — « J'ai été frappé comme le foin. » Jésus-
Christ nous a dit que le foin de la prairie brille le matin et que le soir
il n'est plus bon qu'à ôtre jeté dans la fournaise. » Mais si l'orago a,
dès le matin, grondé sur la prairie, si la grêle a brisé la tige qui sou-
tenait la fleur, si le foin a été frappé, il ne durera pas même du
matin jusqu'au soir. — Plusieurs causes de cette sécheresse, que le
Prophète compare à du foin exposé aux ardeurs du soleil : 1 ° les:
faux plaisirs, qui jettent dans la langueur et dans la sécheresse à
l'égard des choses divines et des exercices de piété; 2 ° la privation
pour le cœur des eaux célestes de la grâce, qui découlent de la prière
et de la divine parole ; 3 ° l'éloignement de la divine Eucharistie,
qui est plus particulièrement encore le pain de l'âme qu'on néglige de
recevoir, ou dont on s'approche sans les dispositions voulues. (DUG.).
c Parce que j ' a i oublié de manger mon pain. » Un pareil oubli se ren-
contre bien rarement dans le monde physique; il n'est quo trop
ordinaire dans le monde moral. Le vrai pain de l'âme, c'est la vérité,
la vérité qui vient du ciel et qui tend au ciel. Où sont ceux qui cher-
chent ce pain avec un vrai désir de lo trouver? Celui que l'adversité
éprouve, qui est obligé de se livrer à des travaux pénibles et conti-
nuels pour suffire à ses besoins et à ceux de sa famille, trop souvent,
au lieu de porter sa croix avec courage, se fait de sa situation même
un argument contre la religion. (RENDU). — Dieu, la substance p a r
excellence, est la seule vraie nourriture de la créature raisonnable;
aussi le pécheur, qui s'éloigne de lui par sa désobéissance, tombe dans
l'infirmité, et, ne pouvant plus prendre cette nourriture qui devait faire
sa joie, l'entendez-vous s'écrier : Mon cœur a été comme l'herbe des
420 PSAUME CI.
champs que l'on coupe : il s'est desséché, parce que j ' a i oublié de
manger ma nourriture. (S. AUG., De nalur. et grat., c. xxn). — E t ,
jusque dans la prospérité, il faut que le cœur humain soit bien à l'abri
sous l'ombre des ailes de Dieu, et bien humecté de la rosée divine de
la grâce, pour ne pas se dessécher comme l'herbe des champs et re-
pousser comme fade le pain du ciel. (BELLARM.) — Combien d'âme?,
nous voyons tous les jours défaillir dans la vie, se laisser aller au
désespoir et à toutes ses conséquences les plus horribles, parce
qu'elles n'ont point connu ce principe de force surnaturelle que le
chrétien puise tous les jours dans la divine Eucharistie! Combien
d'âmes faibles se traînent dans les ombres vides d'une langueur mo-
rale, parce qu'ayant connu le don de Dieu, elles s'en sont éloignées;
elles ont oublié de manger leur pain, comme dit le Prophète, et leur
âme est énervée comme le corps de l'homme qui, depuis longtemps,
m e
aurait oublié de prendre sa nourriture. (MgrLANDRiOT.-ZsWA., 3 Conf.)
— O homme 1 nourris-toi de nouveau du pain que tu avais oublié.
Dieu lui-même, qui est le pain vivant, est descendu du ciel. Mange de
ce pain et tu vivras. (S. AUG.) — Divine Eucharistie, j e médite à vos
pieds ces belles paroles du saint Docteur ; et n'est-ce pas, en efiet,
lorsque j ' a i oublié de me nourrir de vous, que j ' a i été frappé comme
le foin et que mon cœur s'est desséché? J'ai eu le malheur de me con-
fier à la vie présente comme à une gloire et à une beauté durables, et
j ' a i follement pensé que les plaisirs ou les rêves de l'orgueil empêche-
raient la fleur de se faner. Je reconnais que j e me suis trompé : la
chair seule du Sauveur peut raviver la mienne, qui défaille chaque
jour, car elle a seule le secret de la résurrection et de la vie.— O sainte
Eucharistie, je reviens à vous avec bonheur, j e n'oublierai plus votro
aliment céleste. Il réparera mes forces, ii fera circuler dans mon cœur
une sève immortelle, et le foin desséché de ma vie refleurira pour
l'éternité. (Mgr DE LA BOUILLERIE, Symbolisme, 459). — A la voix de
mes gémissements, « mes os se sont attachés à ma chair. » A la voix
que je comprends, à la voix que je connais, « à la voix de mes gémis-
sements et non à la voix des gémissements de ceux à qui je porto
compassion ; car beaucoup gémissent, et moi aussi je gémis de ce
qu'ils gémissent pour une mauvaise cause. Un homme a perdu do
l'argent et il en gémit; il a perdu la foi et il n'en gémit pas. Moi, je peso
entre eux l'argent et la foi, et je gémis sur celui qui gémit mal à pro-
pos. » Un homme commet une fraude et se réjouit. Où est son gain?
où est sa perte? Il a gagné de l'argent, ii a perdu lajustice. Voilà co
PSAUME CI. 421
qui fait gémir celui qui sait gémir j u s t e m e n t ; voilà ce qui fait gémir
celui qui s'approche du Christ, notre tête, et qui s'attache avec droi-
ture au corps du Christ. Mais ce n'est pas là ce qui fait gémir les
hommes charnels, et par là môme qu'ils n'en gémissent pas, ils font
que nous gémissons sur eux ; car nous ne pouvons que les mépriser, soit
qu'ils ne gémissent pas, soit qu'ils gémissent pour une mauvaise
cause. (S. AUG.).
f. 6-10. « Je suis devenu semblable au pélican qui habite la soli-
tude, comme le hibou qui se retire dans les masures. J'ai veillé et
j'étais comme le passereau solitaire sur les toits. » Ces trois oiseaux
signifient les trois grandes divisions des pénitents. Quelques-
uns cherchent la solitude absolue, comme sainte Madeleine, sainte
Marie-Egyptienne, saint Paul, premier ermite, saint Antoine, saint
Hilarion, et ils peuvent dire avec le Psalmiste : « Je me suis éloigné,
j'ai fui et j e suis demeuré dans la solitude. » (Ps. LIV). Là, dans ces lieux
solitaires, semblables au pélican qui détruit les animaux dangereux et
surtout les serpents du désert, ils se nourrissent de leurs continuelles
victoires sur le démon. — D'autres restent au sein des cités, mais ils
se renferment dans d'étroites cellules, comme le hibou dans son m u r
ruineux; ils remplissent la solitude des nuits du cri de leur pénitence,
de ce cri que leur arrache la crainte des jugements de Dieu, et ils en
sanctifient la durée par la succession de leurs cantiques et de leurs
hymnes spirituels. — D'autres, forcés par leurs liens de rester dans
le sein de leur famille, ou dans des emplois publics, habitent sur les
toits comme l'oiseau solitaire; c'est-à-dire qu'ils dépassent le niveau
dans lequel ils vivent, les foules et les habitants des cités. Us sont
dans le monde, mais sans être du monde ; ils se soumettent les affaires,
les honneurs, les richesses, mais ne leur sont pas soumis, ils les d o -
minent, en disposent, les distribuent, ne leur permettant p a s d e pren-
dre sur eux le moindre pouvoir, et conservant leur cœur solitaire et
libre pour le ciel. La mission de ces derniers, c'est de veiller et de
prêcher sur les toils, de veiller à leurs propres dangers et aux dangers
de ceux qui les entourent, en même temps que de les édifier et parleurs
paroles et par leurs exemples. (BELLARM.) — Le passereau veillant et
solitaire sur le sommet des toits, est l'image de l'âme qui s'éloigne en
fuyant, pour s'établir dans la solitude. Elle a fixé sa demeure sur le
toit, « au-dessus de l'habitation » des h o m m e s ; c'est-à-dire au-dessus
de leurs passions et do leurs criminelles convoitises, et s'étant choisi
ce refuge, elle ne le quitte plus, fidèle à l'avis du Seigneur : « Que
422 PSAUME CI.
celui qui est sur le toit n'en descende pas pour prendre ce qui est
dans la maison. » Là, élevée et solitaire, elle aspire vers vous, ô mon
Dieu! La nuit, elle vous désire, et dès le matin elle veille encore,
attendant l'heure dont il est écrit : (MATTII. XXIV, 1 7 ) . « Heureux lo
vigilant serviteur prêt à recevoir son maître au moment de sa venue.»
(Mgr DE LA BOUILL. Symb. 1 1 , 1 5 8 ) . — Ne vous étonnez donc pas si je
dis que le premier instinct que ressent un homme touché de Dieu, est
celui de se séquestrer du monde. La même voix qui nous appelle
à la pénitence, nous appelle aussi au désert, c'est-à-dire au silence,
à la solitude et à la retraite. Ecoutez ce saint pénitent : « Je suis,
dit-il, semblable au pélican des déserts et au hibou des lieux solitaires
et ruinés; j ' a i passé la nuit en veillant, et j e me trouve comme un
passereau tout seul sur le toit d'une maison. J> Au lieu de cet air tou-
jours complaisant que le monde nous inspire, l'esprit de pénilonco
nous met dans le cœur je ne sais quoi de rude et de sauvage. Ce.-n'est
plus cet homme doux et galant qui liait toutes les parties; ce n'est
plus cette femme commode et complaisante, trop adroite médiatrice
et amie trop officieuse, qui facilitait ces secrètes correspondances; co
ne sont plus ces expédients, ces ouvertures, ces facilités; on apprend
un autre langage, on apprend à dire n o n ; à dire, je ne puis plus; à
payer le monde de négatives sèches et vigoureuses. On ne veut plus
vivre comme les autres, ni avec les a u t r e s ; on ne veut plus s'appro-
cher, on ne veut plus plaire, on se déplaît à soi-même. Un pécheur
qui commence à sentir son mal est dégoûté tout ensemble et du monde
qui l'a déçu et do lui-même qui s'est laissé prendre à un appât, si
grossier. Il se souvient, hélas! à combien de crimes il s'est engagé
par ses malheureuses complaisances ; il ne songe plus qu'à se séparer
de cette subtile contagion qu'on respire avec l'air du monde, dans ses
conversations et dans ses coutumes. Loin du monde, loin des compa-
gnies, il n'a plus quo Dieu devant les yeux pour s'affliger en sa pré-
sence, pour lui dire du fond de son cœur : « J'ai péché contre vous,et
devant voue seul, » et je veux aussi m'affiiger en votre seule présence;
seul et invisible témoin de mes sanglots et de mes regrets, ahl écou-
tez la voix de mes larmes. (BOSSUET, pour le 4 D. de l'Avent). — Le
M 0

hibou caché dans les recoins obscurs des édifices est aussi une des
images dont se sert la philosophie de saint Thomas pour nous aider
à concevoir l'esprit humain dans ses rapports avec la vérité : il est,
à l'égard de la vérité, comme l'oiseau de nuit en face d'une trop vivo
lumière. Cela csl vrai surtout do l'esprit plongé dans l'ombre do la
PSAUME CI. 423

mort qui enveloppe les pécheurs, et, à ce titre, cette explication se


rapporte à notre sujet. Le vrai chrétien, éclairé de la double lumière
de la foi et de la grâce, est le seul homme de la lumière, le seul qui,
marchant au grand jour de la vérité révélée, juge sainement la va-
leur des choses, s'avance sans jamais dévier de son but, et profite
pleinement des bienfaits du soleil qui l'éclairé. Et le pécheur, au con-
traire, nous paraît plutôt semblable à la chouette « qui, ouvrant ses
grands yeux glauques, nous dit saint Ambroise, ne sent pas l'horreur
des ténèbres et semble ne commencer à vivre que dans la nuit la plus
obscure. A peine le jour s'est montré, que ses yeux éblouis s'offus-
quent et ne voient plus. » (Mgr DE LA BOUILL., Symb. ir, 1 8 4 ) . « A h !
ici, continue le même Père, je parle surfout des yeux du cœur, que
les savants du monde ouvrent pour ne point voir, eux qui se refusent
à la lumière, qui trébuchent dans les ténèbres, qui tâtonnent dans la
nuit des démons, et s'imaginent avoir contemplé toutes les hauteurs
quand, avec leur compas, ils ont décrit les cercles du globleou mesuré
l'étendue de l'horizon. Mais, hélas! privés de la foi et frappés d'un
aveuglement qu'ils ignorent, ils passent leur vie au jour éclatant de
l'Evangile sous les rayons lumineux de l'Eglise, et ils ne voient rien.
Us dilatent leur bouche, comme s'ils savaient tout; mais leur œil n'est
perçant que pour la vanité, il s'émousse devant l'éternité. Leurs in-
terminables disputes ne font, le plus souvent, que trahir leur i g n o -
rance, et s'ils essaient de prendre leur vol en des discours subtils,
comme le hibou, ils s'abattent et disparaissent au grandjour. » ( S . AMB.,
ffex. v., 2 4 . de noct. avib., n° 8 6 ) . — « Mes ennemis me faisaient tout
le jour de continuels reproches, et ceux qui me donnaient des louanges
faisaient des imprécations contre moi. » Opposition, soulèvement du
monde sensuel et égoïste contre la vie de renoncement, d'abnégation,
de pénitence. — Jamais cette loi de renoncement, de mortification,
de pénitence, ne fut plus méconnue que de nos jours; jamais on ne vit
tant d'hommes, tant de chrétiens que saintPaul appelait de son temps,
en gémissant, des ennemis do la croix de Jésus-Christ, tant d'hommes,
ajoutait-il, dont le ventre est lo Dieu , et par le ventre, il ne faut pas
seulement entendre, dit un éloquent évoque de notre temps (Mgr
PIE), le vice odieux de la gourmandise, aux excès duquel plusieurs
savent se soustraire, ni mémo tous ces appétits grossièrement
animaux que quelques-uns savent modérer jusqu'à un certain point,
mais, en général, la vie molle el sensuelle, l'attachement à tout ce qui
comptait à la chair, à tout ce que l'Ecriture appelle les délices de cotte
424 PSAUME CL
vie et, par suite, la recherche affamée de tous les avantages temporels
qui procurent ces délices. — Suivez ce torrent du siècle, adonnez-
vous à la joie et aux plaisirs, marchez dans la voie large, vous passe-
rez dans le monde pour un honnête homme, vous serez loué, estimé,
applaudi; mais, si vous venez à changer de vie, à tenir une conduite
plus régulière, à embrasser la sainte austérité de la vie chrétienne,
vous serez en butte à de continuels reproches, et ceux qui vous don-
naient autrefois des louanges seront les premiers à vous accabler de
leurs railleries et de leurs invectives, à vous accuser, comme disait
saint Augustin, de corrompre toutes les règles et de pervertir les
mœurs du genre humain. — La prière, le j e û n e , la vie austère, sont
trois choses que le monde ne peut souffrir, parce qu'elles condamnent
son oubli de Dieu, sa sensualité et sa mollesse. (DUGUET). — Pratiquer
ces austérités pour apaiser la colère et l'indignation do Dieu. — Dieu
avait commencé par élever l'homme à une merveilleuse hauteur, en
le faisant à son image. L'homme s'est révolté contre son Créateur et
a mérité d'être brisé. Dieu a daigné réparer cette grande ruine; il a
établi l'homme dans une condition plus haute encore que la première,
en le rendant participant de la nature divine. Si, après de pareils té-
moignages de bonté, nous venons à ôtre brisés de nouveau, c'est que
notre élévation même nous éblouit, et qu'oubliant la main divine qui
nous soutient, nous tombons de cette hauteur et nous nous brisons.
« Vous ne m'avez élevé que pour me précipiter et me briser. » Vous
donc, que votre dignité élève si haut, ne vous laissez pas enfler d'or-
gueil, mais tremblez el humiliez-vous sous la main puissante qui brise,
quand il lui plaît, la tête des grands et des superbes. Craignez d'avoir
à jeter trop lard ce cri lamentable : « Votre colère et votre indigna-
tion m'ont élevé pour me briser. » C'est la place la plus élevée qui
vous est échue, ce n'est pas la plus sûre; c'est la plus glorieuse, ce
n'est pas la moins exposée. (S. DERN. Epist. 238, ad Eug. n° 4). —
Combien grand le malheur d'une âme qui se sépare de Dieu. Lorsqu'on
laisse se briser un vase en le laissant tomber, il perd tout, tellement
qu'il ne lui reste plus rien, ni forme, ni valeur quelconque. Ainsi en
est-il de celui qui a perdu la grâce de Dieu.
7^. 11. « Mes jours ont décliné comme l'ombre. » Mes jours, com-
parés à l'ombre, ne lui ressemblent que parce qu'ils deviennent plus
faibles, plus languissants, jusqu'à ce qu'enfin ils disparaissent tout à
fait. Les ombres croissent à mesure que le soleil descend à l'horizon;
mais elles s'affaiblissent de plus en plus, en sorte que, quand cet astre
PSAUME CI. 425

le couche, on a de la peine à les distinguer. Voilà l'image du déclin


de mes jours. Leur nombre décroît comme l'ombre diminue de force
et d'apparence, et ils s'éteignent entièrement au moment de la mort.
(BERTHIER).— Ne pas attendre à la mort pour dire, p a r l e mouvement
forcé d'un repentir inutile : « Mes jours se sont évanouis comme
l'ombre; » mais, dès maintenant, se dire souvent à soi-même : Toutes
choses passeront et s'évanouiront comme l'ombre. Qu'est-ce donc que
cette vie pour laquelle on a tant d'amour, pour laquelle seule on tra-
vaille? (DUGUET). — V o s jours pourraient n'avoir pas de déclin, si
vous-même ne vous étiez pas détourné du jour véritable; vous vous
en êtes détourné, et, dès lors, vos jours ont décliné. Qu'y a-t-il d'éton-
nant à ce que vos jours soient devenus semblables à vous? Vos jours
ont décliné, parce que vous avez dévié de la vraie r o u t e ; de même
qu'ils sont devenus semblables à la fumée, parce que vous vous êtes
gonflé d'orgueil. En effet, le Prophète avait dit plus haut : « Mes jours
se sont évanouis comme la fumée; » et maintenant il dit : « Mes jours
ont décliné comme l'ombre. » Du milieu de cette ombre, il faut recon-
naître le j o u r ; du milieu de cette ombre, il faut apercevoir la lumière,
pour ne point dire ensuite, dans les regrets tardifs d'une pénitence i n -
fructueuse : « De quoi nous a servi notre orgueil? Que nous ont rap-
porté ces richesses dont nous étions si vains? Toutes ces choses ont
passé comme une ombre. » (SAG. X, 8, 9). Dites aujourd'hui : Toutes
ces choses passeront comme une o m b r e , afin que vous-même ne
passiez pas comme une ombre. «Mes jours ont décliné comme l'ombre,
et je me suis desséché comme le foin. » Déjà le Prophète avait dit :
• Mon cœur a été frappé comme le foin, il s'est desséché. » Mais le
foin reverdira, arrosé par le sang du Seigneur. « Je mo suis desséché
comme le foin, » moi, homme, pour avoir violé votre loi, et par un
juste jugement de votre part. (S. AUG.)

III. - 12-17.

f. 1 2 - 1 5 .
Mais de vous, Seigneur, que dois-je dire? c Mes jours ont
décliné comme l'ombre, mais vous, Seigneur, vous demeurez éter-
nellement. » Que l'Eternel daigne sauver celui qui ne doit durer qu'un
temps! car, si j e suis déchu, vous n'avez pas vieilli; vous avez toute
votre force pour me délivrer, comme vous l'avez eue pour m'humilier.
i Mais vous, Seigneur, vous demeurez éternellement, et votre mémoire
passera de la génération à la génération. » Votre mémoire, parce que
42G PSAUME CI.
vous n'oubliez p a s ; de la génération, no» pas dans une seule génération,
mais « de la génération à la génération ; » car nous avons reçu la pro-
messe de la vie présente et celle de la vie future. (S. AUG.). — Toute
grandeur humaine s'efface, le monde passe, la vie s'évanouit. Dieu
seul est éternel et immuable, et le seul dont la mémoire passera dans
tous les âges. A qui donc s'attacher, à une grandeur qui disparaît en
un m o m e n t ? à un monde qui passe comme un éclair, à une vie qui
s'évanouit comme l'ombre? Non, à celui-là seul qui subsiste éternelle-
ment et dont les récompenses, non plus que la mémoire, ne passeront
jamais. (DUGUET). — Sans doute, nous ne connaissons point les mo*
ments arrêtés clans les desseins de Dieu, et par là même que nous
n'avons point de mesure certaine pour l'appliquer aux temps que Dieu
s'est réservés, c'est un travail inutile et une curiosité condamna-
ble que de nous jeter dans des suppositions dont il nous cache les
principes. Mais, quoique l'intervalle entre la promesse et le temps où
Dieu l'accomplira nous soit inconnu, nous n'en sommes pas moins cer-
tains que ce temps est marqué dans ses décrets d'une manière fixe et
précise ; que ce temps lui est toujours présent et que rien ne peut lo
retarder. — Ce temps que Dieu rend présent à l'esprit du Prophète,
c'est celui dont l'Apôtre a dit : « Lorsqif est venue la plénitude des
temps, Dieu a envoyé son Fils. » C'est maintenant le temps de la pa-
tience de Dieu, de l'orgueil, de l'injustice des méchants, des souffrances
et des humiliations des justes. Il viendra un autre temps, que Dieu
seul a marqué, auquel l'injustice sera détruite et les justes tirés de
l'oppression. (DUG.). — Dans d'autres Psaumes, le Prophète, au nom
de son peuple, éprouvé par ses ennemis, avaitexcité Dieu à se lever,à
dissiper ses ennemis, à les mettre en fuite devant sa face. 11 avait été
même plus loin : il l'avait interpellé et, en quelque sorte, gourmande
de ce qu'au lieu de se lever, il semblait dormir en abandonnant son
peuple jusqu'à la fin. (Ps. x u n , 23). Maintenant, co n'est plus l'accent
du reproche, ce n'est pas même celui de l'appréhension et du doulo :
c'est le ton de l'assurance cl lo langage do l'affirmation : « Vous allez
vous lever, Seigneur, et vous aurez pitié de Sion; car le temps d'en
avoir pitié, oui, ce temps est venu. » Toutes les phases de l'ancien
peuple de Dieu figuraient et prophétisaient les destinées du peuple
chrétien. Pendant qu'elle chemine à travers les siècles, il y a un jour,
il y a une heure où l'Eglise de Jésus-Christ se retrouve plaeée dans
des conditions analogues n toutes colles qu'a traversées l'ancien Israël.
Et c'est celte analogie, cetto identité des situations qui appelle au-
P S A U M H UI. 4ZI

jourd'hui sur nos lèvres le verset quatorzième du Psaume CI. Oui, Î3


temps est venu, Seigneur, d'avoir pitié de Sion; ce temps est venu,
parce que la crise subie par la société chrétienne semble arrivée à la
plus haute période; ce temps est venu, parce que le remède proposé
par les empiriques du quart d'heure aurait pour résultat d'anéantir
les dernières ressources et les dernières chances de guérison. (Mgr PIE,
t. vin, p. 9). — <f Parce que ses pierres ont été agréables à vos servi-
teurs. » Quelles pierres? les pierres de Sion. Mais il y en a dans Sion
qui ne sont pas des pierres. A qui appartiennent ceux qui ne sont pas
des pierres? Que répond le Prophète? « Et ils auront pitié de sa pous-
sière. » Reconnaissons donc dans Sion des pierres, et reconnaissons
dans Sion de la poussière. Le Prophète ne dit pas : ils auront pitié de
ses pierres, mais : « Vos serviteurs ont mis leurs complaisances dans
ses pierres, et ils auront pitié de sa poussière. » Les pierres de Sion, co
sont les Prophètes, ce sont les Apôtres qui, après avoir abandonné les
soins du siècle, se sont appliqués tout entiers à fonder l'Eglise. Mais
les prévaricateurs qui se sont éloignés du Seigneur, et qui ont ofTensô
je Créateur par leurs mauvaises actions, sont retournés dans la terre
d'où ils,avaient été tirés; ils sont devenus de la poussière, ils sont
devenus des impies. Mais, attendez, Seigneur; supportez-les, Seigneur;
soyez patient, Seigneur : que le vent ne s'élève pas et ne balaye pas
cette poussière de la face de la terre. Que viennent vos serviteurs,
qu'ils viennent, qu'ils reconnaissent vos paroles dans les pierres de
Sion; qu'ils aient pitié de sa poussière, et que l'homme soit formé à
votre image. (S. AUG.). — Le grand édifice de l'Eglise chrétienne, ou-
vrage de la main de Dieu, ne peut jamais être ruiné, mais plusieurs
pierres peuvent s'en séparer. Ceux qui y demeurent toujours attachés
comme les pierres vivantes de cet édifice,'doivent aimer avec une cha-
rité complaisante ces ruines et ces pierres morlos,gémiripour elles, et
avoir uno véritable compassion pour beaucoup d'autres qui, tout en
demeurant extérieurement unis à l'Eglise p a r l e caractère du chrétien,
en sont séparés par la corruption de leurs mœurs. (DUG.). — N'est-il
pas vrai que si, par impossible, les hommes venaient à oublier, ve-
naient à perdre l'Evangile apporté par Jésus-Christ sur la terre, les
pierres qui restent sur notre sol nous en rendraient encore toute la
substance. « Si ceux-ci se taisaient, les pierres elles-mêmes crieraient. »
(Luc. xix, 40). C'est à ce titre que l'étude des monuments ou même
de leurs ruines cesse d'être uno passion d'enthousiasme, une fantaisie
d'homme inoccupé, et devient une étude sérieuse, protique cl icli-
428 PSAUME CI.
gieuse. Le Psalmiste nous dit qu'à défaut du temple, les serviteurs do
Dieu en aimaient an moins les pierres : a Ses pierres et ses ruines
ont été agréables à vos serviteurs. » Oui, il y a une odeur de vie, un
parfum de foi et de vertu, qui s'exhale de ces débris. (Mgr PIE,
Discours, etc., p. 167).
f. 1 6 , 1 7 . « Et les nations craindront votre nom, Seigneur, et tous
les rois de la terre votre gloire. » L'accomplissement parfait de ces
paroles était réservé à l'avènement du Christ; alors, au moment où
s'est élevée la nouvelle Sion, les peuples de la terre ont été saisis d'une
crainte salutaire, et ont honoré le nom du Seigneur ; en même temps,
tous les rois ont reconnu le Roi des Rois et adoré sa majesté. (BELLARM.)
1
— La construction de la sainte Sion est l'ouvrage de tous les siècles
qui se sont écoulés depuis Jésus-Christ, et qui s'écouleront jusqu'à la
lin du monde. Cet édifice ne sera consomme qu'au dernier jour. En
a t t e n d a n t , chacun de nous doit y contribuer et y placer sa pierre,
comme disait saint Augustin. 11 ne sera pas temps de vouloir travailler
quand Jésus-Christ viendra faire la séparation des pierres vives d'avec
les pierres de rebut, et qu'il viendra dans toute sa gloire pour mettre
la dernière main à ce temple éternel. (BERTUIER). « Il a jeté un regard
favorable sur la prière des humbles. » C'est ce qui s'accomplit main-
tenant dans la construction de Sion : ceux qui la bâtissent prient et
g é m i s s e n t . . . Si quelqu'un était encore dans d'autres sentiments, si
quelqu'un avait encore, jusqu'à présent, d'autres pensées, qu'il mango
de la cendre en guise de pain, et qu'il mêle son breuvage de ses
larmes. Il en est temps encore, tandis que Sion s'élève, tandis que
maintenant les pierres se rangent dans sa construction. Lorsque l'édi-
fice sera complètement achevé, lorsque la maison sera dédiée, que
servirait d'accourir, de chercher trop tard une place, de prier en vain,
de frapper inutilement à la p o r t e ? (S. AUG.).

IV. — 18-28.

f. 18-22. « Que ceci soit écrit pour la génération future, le peuple


qui sera créé célébrera le Seigneur. » Afin que les Juifs ne pussent
point revendiquer uniquement pour eux le droit de ces promesses, et
les appliquer exclusivement à la fin de la captivité et à la reconstruc-
tion de J é r u s a l e m , l'Esprit-Saint écrivait en termes éloquents ce quo
saint Pierre, plus tard, interprétait en ces termes : « Les Prophètes
ont prédit la grâce que vous devez recevoir. Il leur fut révélé quo CQ
P S A U M E CI. 429

t é t a i t pas pour eux-mêmes, mais pour volts, qu'ils étaient dispensa-


teurs des mystères que les prédicateurs de l'Evangile vous ont a n -
noncés. » (I PIER. i). — Puisse cette prophétie s'accomplir pour la
génération future de notre patrie, de cette F r a n c e , si cruellement
éprouvée. Ah! sans doulo, bien des signes de dissolution et de ruine
prochaine se manifestent aux yeux de l'observateur attentif; mais
aussi, que de signes plus consolants, que de présages de résurrection
dans les œuvres saintes qui, depuis plus d'un demi-siècle, élèvent sur
le sol de la France leur tige florissante. Quelles bénédictions n'attire-
ront pas sur la France ces institutions de charité qu'il est impossible
de nombrer et qui, comme on l'a dit, ont mis le doigt sur les nuances
mêmes des besoins, multiplié les mains p o u r les cicatrices autant q u e
pour les blessures! Oui, demandons que la génération qui s'élève soit
ce peuple nouveau créé pour louer le Seigneur, une nouvelle généra-
tion de vrais chrétiens et de vrais Français qui replacera notre nation
au premier rang entre tous les peuples de la terre. — Ce peuple, qui
sera créé, louera le Seigneur de ce qu'il a regardé notre vallée de
larmes du h a u t de son trône, non d'un regard inutile, mais en des-
cendant parmi nous, en se faisant petit, en conversant au milieu d e
nous. Pourquoi s'est-il humilié en descendant parmi nous ? Pour e n -
tendre de plus près les cris de ceux que le prince de ce monde retenait
captifs, et les délivrer...—Vous savez quels sont ceux qui ont été tués
et vous savez quels sont leurs enfants. L'église a d'abord été o p p r i -
mée, lorsqu'on tenait les chrétiens captifs et qu'on les mettait à m o r t j
mais, après ces persécutions, le nom du Seigneur a été annoncé aveu
une grande liberté dans Sion, c'est-à-dire dans l'Eglise. (S. AUG.). —
Quand Dieu regarde du haut de sa demeure sainte, ses yeux s'abais-
sent avec une complaisance particulière sur les enfants de ceux qui ont',
été enchaînés ou massacrés pour sa cause, et quand il déploie la longueur
de son bras, c'est pour bénir et protéger les fils de ceux qui sont tués.
Le temps où ceux que la grâce aura délivrés commenceront à servir
le Seigneur, c'est lorsque tous les peuples, jusqu'alors divisés, s'as-
sembleront en un seul corps, n'auront plus qu'un Dieu, qu'un seul
esprit, une seule foi, un seul baptême, un seul cœur et une seule â m e ,
et que les rois eux-mêmes se réuniront à ce corps unique de l'Eglise,
pour en faire partie. (BELLARM.). — « Les peuples et les rois s'assem-
bleront et s'uniront pour servir l'Eternel. » Heureux le peuple où le
roi et la nation ont un môme symbole, une même doctrine, une môme
foi! Le monarque et la nation s'unissent alors dans un sublime concer-j
430 PSAUME CI.
pour le service du Seigneur. Dans cette religieuse étreinte de la puis-
sance royale et de la puissance populaire, la guerre civile est étoufléc,
la querelle domestique est éteinte, la question de pouvoir n'est plus
une question. Unis devant Dieu, le chef et les sujets restent étroite-
ment embrassés entre eux, et font régner le bonheur et la paix à la
suite de la religion. (Mgr PIE, Discours, etc., i, 65). — Le but pour
lequel Dieu sauve les captifs et les fils de ceux qui ont été mis à mort,
c'est afin qu'ils annoncent le nom du Seigneur. (BELLARM.). — Et, en
effet, le plus saint usage de la liberté acquise par l'affranchissement
de la servitude du péché et de la domination du prince des ténèbres,
c'est d'annoncer et de faire connaître le nom et la puissance de Dieu
dans la véritable Sion, qui est l'Eglise, et de publier ses louanges dans
cette nouvelle Jérusalem. (DUGUET).
f. 23, 24. « Faites-moi connaître le petit nombre de mes jours. »
C'est l'Eglise qui répond ici au Seigneur dans la voie de sa force.
Est-ce qu'elle a trouvé sa réponse en elle-même? Mais que pouvait-il y
avoir en elle, ou quelle voix avait-elle et par elle, sinon la seule voix
du péché, la seule voix de l'iniquité? Mais lorsqu'elle a été justifiée,
« elle lui a répondu, » non d'après ses mérites, mais par la puissance
de Dieu. Et en quel endroit a-t-eile répondu : « Dans la voie de sa
force. » Cette voie, c'est le Christ l u i - m ê m e . . . Que demande-t-elle à
Dieu? e Faites-moi connaître le petit nombre de mes jours. » Que
signifient ces paroles que murmurent contre moi je ne sais quels
hommes qui se sont séparés de moi ? Us osent dire que j'ai
été et que je ne suis plus : a Annoncez-moi le petit nombre de
mes jours. » Je ne parle pas des jours éternels, ils sont sans fin et j'y
serai : je n'en parle pas, j e parle des jours temporels; annoncez-moi
mes jours temporels et non l'éternité de mes j o u r s ; annoncez-moi le
temps que j e serai en ce monde, à cause de ceux qui disent : elle a été,
elle n'est plus. Et le Seigneur le lui a, en effet, annoncé, et cette pa-.
rôle n'est pas restée sans réponse. Et qui me l'a annoncé, sinon ma voio
elle-même? Et comment l'a-t-elle annoncé? « Voici que j e suis avec
vous jusqu'à la consommation des siècles. » (MATTU. XXVIII, 20), (S.
AUG.). — C'est aussi la voie du Prophète, répondant à Dieu, qui lui
avait ordonné de vivre pour la génération future, et lui disant à la
fleur et à la force de l'âge : Faites-moi connaître le petit nombre do
mes jours ; faites que je sois bien persuadé de la rapidité de mes jours,
afin que, n'étant pas égaré par ma jeunesse ét surpris par la mort, jo
n e sois pas retranché de ce peuple qui sera créé et vous louera éter-
PSAUME CI. 431
nellement dans Jérusalem. (BELLARM.). Grande grâce de Dieu, de bien
considérer la brièveté de cette vie, composée d'un très-petit nombre
de jours, afin d'en ménager tous les moments pour l'éternité.— Point
de malheur plus funeste, et cependant plus commun, que d'être enlevé
du monde à la moitié des jours qu'on se promettait, au milieu d'une
vie légère, dissipée, indifférente, criminelle, et sans avoir fait aucune
pénitence. — Tomber en cet état entre les mains de Dieu, quelle
chose horrible, et qui la pourrait comprendre. Nous sommes perdus
s'il nous appelle avant qu'il se soit réconcilié avec nous ; nous n'avons
aucune espérance s'il termine nos jours avant que les jours mauvais
delà vie passée soient expiés et réparés. (DUG.).— Demandons à Dieu
de nous pardonner le passé ; demandons-lui surtout de protéger l'ave-
nir, de multiplier dans nos jours l'occasion des bonnes œuvres, de ne
pas nous enlever au milieu de notre course, nous l'image vivante de ce
Dieu éternel dans sa durée; de nous faire vivre pour effacer le mal,
pour l'aimer, pour le servir, pour ôtre son enfant soumis et fidèle,
pour rendre à nos frères le bien qu'il nous a fait. — « Vos années
s'étendent dans toute la suite des générations. »
f. 25-28. « Au commencement vous avez fondé la terre, et les cieux
sont l'ouvrage de vos mains. » Ce que nous connaissons de plus d u -
rable en ce monde, c'est le ciel et la terre. Depuis la création, ils per-
sévèrent dans le même état; ils ne cessent de répandre sur nous les
biens que la Providence a mis dans leur sein. Cependant, ces grands
corps, si fidèles aux lois que Dieu leur a imposées, vieilliront, comme
dit le Prophète, ils cesseront d'être ce qu'ils sont, et la gloire d'être
immuable et inaltérable demeurera à Dieu seul, parce que lui seul est
éternel. (BERTHIER). Tout vieillit, hommes et choses; tout aussi change,
se déforme, se renouvelle, ainsi que l'ajoute le Prophète, « muta-
buntur, » Le temps dispose ainsi pour son œuvre de destruction d'une
double puissance : il renverse, puis rebâtit sur les ruines, effaçant
jusqu'au dernier vestige des choses qui ont é t é . . . Le temps détruit de
la main gauche et bâtit de la main droite, également ennemi dans les
deux cas, puisque l'édifice qu'il élève ne fait qu'enfoncer plus avant
l'édifice qu'il renverse, et que fonder, c'est pour lui détruire encore.
(LACORDAIRE).— «Tous vieilliront comme le vêtement,ô Dieul vous les
changerez comme on change l'habit, cl ils seront changés; mais vous,
vous demeurez toujours le même, et vos années ne défaillent point. »
— Quand bien même l'homme vivrait un grand nombre d'années, il
ne reste jamais un seul Jour dans le môme état, car il tient de sa con-
432 PSAUME CI.
dition mortelle d'être continuellement soumis à la loi du changement,
triste mutabilité dont Job disait : « Il naît comme une fleur qui n'est
pas plutôt éclose qu'elle est foulée aux pieds; il fuit comme l'ombre,
et il ne demeure jamais dans le même état. » (JOB. XIV, 2). Dieu, au
contraire, qui est le seul vraiment éternel, véritablement immortel,
demeure éternellement ce qu'il est, parce qu'il n'y a rien en lui de
transitoire, rien qui soit sujet au changement, rien qui soit opposée
sa divinité éternelle. ( S . GRÉG., in hunepsalm.). « Mais pour vous, vous
demeurez toujours le même. » Vous êtes le seul sur lequel le temps ne
peut rien, parce que seul vous êtes l'Eternel. Et que vous faut-il pour
vous défaire de vos plus puissants adversaires? Une seule chose, le
temps. « Eux périront; vous, vous demeurez toujours le même. » Le
tombeau est le signe le plus vrai, la plus infaillible marque pour
discerner ce qui est humain de ce qui est divin. — « La figure de
ce monde passe. (I COR. VU) Les choses qui paraissent sont tempo-
relles, celles qui ne paraissent pas sont éternelles. » Nous voyons la
terre couverte d'arbres, peuplée d'animaux, embellie d'édifices; nous
voyons les eaux couler et souvent se troubler dans leur cours; nous
voyons l'atmosphère tantôt brillante, tantôt sombre; nous voyons les
astres dans un mouvement continuel : tout cela passe et aura sa fin.
« Nous attendons de nouveaux cieux et une nouvelle terre, selon sa
promesse, dit saint Pierre. (II Ep. m). Les cieux seront changés quant
à leur forme extérieure, vous leur enlèverez leur figure actuelle pour
leur en donner une nouvelle, ainsi qu'un homme quitte un vieux
manteau pour en prendre un nouveau. Pour vous, vous ne changerei
nullement, quelle que soit la durée du temps. » (BELLARM.). — Vous
entendez parler de vêtements, de manteau, et vous comprendriez ici
autre chose que le corps? Espérons donc que nos corps seront changés,
mais par celui qui était avant nous et qui subsiste après nous, de qui
nous tenons ce que nous sommes et à qui nous irons quand nous serons
changés : lui-même nous change et n'est pas changé, nous fait et n'est
point fait, nous conduit et demeure. Et comment la chair et le sang
comprendraient-ils cette parole : « Je suis celui qui suis? » « MaU
vous, vous êtes toujours le même et vos années ne finiront pas. »Mats
nous, en comparaison de ces années de Dieu, que sommes-nous, avec
nos haillons d'années? Que sont ces lambeaux d'années? Nous ne de-
vons cependant pas désespérer; car, dans sa majesté et dans l'excel-
lence de sa sagesse, Dieu avait d i t : « Je suis celui qui suis, » et toute-
fois, pour nous consoler, il a dit aussi : c J e suis le Dieu d'Abraham,
PSAUME CIL 433
et le Dieu d'Isaac, et le Dieu de Jacob. » (EXOD. ni, 1 5 ) . Et nous, nous
sommes la race d'Abraham ; (GAL. II, 2 9 ) ; et, malgré notre bassesse,
bien que n'étant que terre et cendre, nous espérons en Dieu. Nous
sommes des esclaves, mais Notre-Seigneur a daigné prendre pour nous
la forme d'un esclave; (PHILIP., 1 7 , 7 ) ; pour nous, mortels, lui, i m -
mortel, il a voulu mourir et il nous a montré l'exemple de la résur-
rection. Espérons donc que nous parviendrons à ces années stables,
dans lesquelles ce n'est pas le cours du soleil qui forme le jour, mais
dans lesquelles ce qui est demeure comme il est, parce que cela seul
est véritablement. (S. AUG.). — « Les enfants de vos serviteurs y h a -
biteront. » Où? si ce n'est dans ces années qui ne finiront pas. c E t
leur race y sera stable pour le siècle des siècles, pour le siècle éternel,
pour le siècle qui demeure à jamais. » Mais le Prophète dit : « Les
enfants de vos serviteurs. » N'avons-nous pas à craindre que nous ne
soyons ces serviteurs de Dieu, et que nos enfants n'habitent le ciel,
sans que nous y habitions nous-mêmes? Mais si nous sommes, au
contraire, les enfants des serviteurs de Dieu, les enfants des Apôtres,
que dirons-nous? Enfants des Apôtres, nés après eux et glorieux de
leur avoir succédé, aurions-nous la coupable audace de dire : Nous y
habiterons et les Apôtres n'y habiteront pas? Loin de notre piété filiale
une telle pensée 1 loin de la foi des enfants 1 loin de l'intelligence des
hommes faits I (S. A U G . ) . — Les serviteurs de Dieu, les Apôtres, leurs
enfants, c'est-à-dire les simples fidèles et tous ceux qu'ils auront en-
fantés à la foi et qui auront persévéré dans la grâce, parviendront à
la bienheureuse immortalité de la vie future.

PSAUME en.

Ipsi David. Pour David lui-mômo.


1. Bonedic anima moa Domino : 1. Mon âmo, bénis lo Seigneur, et que
et omnia, quaî intra me sunt, no- tout co qui est au-dedans de moi bénisse
mini sancto ejus. son saint nom.
2. Benedic anima mea Domino: 2. Mon âmo , bénis lo Seigneur , et
et noli oblivisci omnes retributio- garde-toi d'oublier jamais aucnndo s es
nes ejus. bienfaits.
3. Qui propitiatur omnibus ini- 3. Car c'est lui qui pardonne toutes
quitatibus tuis : qui sanat omnes tos iniquités, et guérit toutes tes infir-
mfirmitates tuas. mités.
4. Qui redimit de interitu vitam 4. C'est lui qui racbèto ta vio de la
tuam : qui coronat te in miscri- mort, qui to couronne do miséricorde et
cordia et miserationibus. do ses grâces ;
5. Qui replet in bonis desido- U. C'est lui qui comblo tes désirs do ses
TOMB II. 28
434 PSAUME CH.
rium tuum : renovabitur ut aquilae biens, et qui renouvelle ta jeunesse
juventus tua. comme le plumage de l'aigle (1.)
6. Faciens misericordias Domi- 6. Le Seigneur fait miséricorde et jus-
nus, et judirium omnibus inju- tice a tous ceux qui souffrent l'injustice
riam patientibus. et la violence.
7. Notas fecit vias suas Moysi, 7. Il a fait connaître ses voiesàMoïso,
fdiis Israël voluntates suas. et ses volontés aux enfants d'Israël.
8. Miserator, et misericors Do- 8. Le Seigneur est plein de tendresso
minus : longanimis, et multum et de clémence ; il est patient et rempli
misericors, de miséricorde. Deut. xiv, 18.
9. Non in perpetuum irascetur : 9. Il ne sera pas irrité pour toujours,
neque in œternum comminabitur. et il ne menacera pas éternellement.
10. Non secundum peccata nos- 10. Il ne nous a pas traités selon nos
tra fecit nobis : neque secundum péchés , et il ne nous a pas rendu selon
iniquitates nostras retribuit nobis. nos iniquités.
11. Quoniam secundum altitu- 1J. Car autant le ciel est élevé au-des-
dinem cœli a terra : corroboravit sus de la terre, autant sa miséricordo
misericordiam suam super timen- s'affermit sur ceux qui le craignent.
tes se.
12. Quantum distat ortusab oc- 12. Autant l'orient est éloigné du cou-
cidente : longe fecit a nobis ini- chant , autant il a éloigné de nous nos
quitates nostras. iniquités.
13. Quoinodo misoretur patcr 13. Commo un pére s'attendrit sur
filiorum, misertus est Dominus ti- ses enfants , ainsi le Seigneur a eu pitié
mentibus se : de ceux qui le craignent;
14. quoniam ipse cognovit fig- 11. Car il sait de quel limon nous
mentum nostrum. sommes formés ,
Recordatus est quoniam pulvis il s'est souvenu que nous ne sommes
sumus : que poussière;
15. bomo, sicut feenum dies 15. Les jours de l'homme passent
ejus, tanquam flos agri sic efflo- comme l'herbe ; il s'épanouit comme la
rebit. fleur des champs. Job. vu, 10.
16. Quoniam spiritus pertransi- 1G. Dès qu'un souffle passera sur ollo,
bit in illo, et non subsistet, et non elle n'existera plus, et le lieu qui l'a vue
c
cognc "et amplius locum suum. naître ne la reconnaîtra plus.
17. Misericordia autem Domini 17.. Mais la miséricorde du Seigneur
ab seterno , et usque in aîternum est de toute éternité ; et elle demeure
super timentes eum. éternellement sur ceux qui le craignent;
Et justitia illius in filios filio- et sa justice sur les enfants des en-
rum , fants,
18. bis qui servant testamentum 18. sur ceux qui gardent son allianco,
ejus : et qui se souviennent do ses précoptes
Et memores sunt mandatorum pour les accomplir.
ipsius, ad faciendum ea.
19. Dominus in cudo paravit sc- 19. Le Seigneur a préparé son trôno
dem suam : et regnum ipsius om- dans le ciel; et son empire dominera sur
nibus dominabitur. toutes choses.
20. Benedicitc Domino omnes 20. Bénissez lo Seigneur, vous tous
(I) La jeunesse du peuple c'est le temps de sa sortie d'Egypte ; au retour de la
seconde captivité, il reprendra force et vigueur comme au sortir de la première. —
C'est avec justesse que l'état de nature daus lequel l'homme est privé de la grâce
surnaturelle, est comparé au temps de la mue de l'aigle ; de même que l'état sur-
naturel do l'homme régénéré, au temps où l'aigle reprend ses plumes, haïe, xr., 3 1 ,
t'exprime de la même manière : Ceux qui espèrent en Jehovah, rajeunissent leur»
sorces, renouvellent leurs plumes comme l'aigle. (D'ALLIOM.)
PSAUME CH.
angeli ejus : potcntes virtute, fa- qui êtes ses anges, puissants en force ,
cientes verbum illius , ad audieu- accomplissant sa parole pour obéir à la
dam vocem sermonum ejus. voix de ses commandements.
21. Benedicite Domino omnes 21. Bénissez-le tous, armées du Sei-
virtulcs ejus : minislri ejus , qui gneur, vous qui êtes ses ministres, et
facitis voluntatem ejus. qui exécutez ses volontés.
22. Benedicite Domino omnia 22. OKuvros du Seigneur , bénisscz-lo
opéra ejus : in omni loco domi- dans toute i'éleudue de son empire.
nationis ejus, benedic anima
Domino.

Sommaire analytique.

Ce Psaume, l'un des plus beaux, est par excellence le cantique des mi-
séricordes du Seigneur. Il en découle une onction délicieuse qui retrempe
l'âme de sa vertu et la renouvelle de sa joie. Le Prophète, considérant en lui-
même les deux grandes grâces do la justification et do la glorification dos
pécheurs, s'excite à louer, à remercier Dieu pour un si grand bienfait (1).
I. — 11 invite son âme â bénir le Seigneur, d'où découlent, comme do leur
source, ces deux grâces ; il fait appel à toutes les puissances de son âme,
et en particulier à sa mémoire, pour qu'elles n'oublient jamais les bienfaits
de Dieu (1,2).
II. — POUR EXCITER DAVANTAGE SA RECONNAISSANCE, IL EXPOSE LA GRANDEUR
DES BIENS QU'IL A REÇUS :
1° Dans la justification : o) le pardon do tous ses péchés ; b) la guérison
de toutes ses infirmités (3) ; c) la grâce de la persévérance, qui l'empêche
de retomber dans le péché et la mort (4) ;
2° Dans la glorification, dont il énumère trois effets principaux : a) la
couronne éternelle quo donne le justo juge, mais que nous devons aux
grâces que nous octroie sa miséricorde ; b) l'accomplissement de tous nos
désirs ; c) les qualités glorieuses qui renouvelleront notre corps (li).
III. — LE PROPHÈTE INDIQUE LES DEUX SOURCES DE CES BIENFAITS :
1° L'une qui vient de Dieu, c'est-à-dire sa miséricorde, a) qui protège
les justes dans l'affliction (6) ; b) qui les éclaire ot los guide dans la voie!
du salut, comme elle a guidé Moïse conduisant les Israélites dans la terro
promise (7) ; c) qui s'exerce, non pas une fois, mais dans toutes les cir-

(1) La composition ce ce psaume, d'après les exégôtes modernes, doit être rap-
portée au temps qui suivit le retour de l'exil ; ils eu donnent pour indices et pour
preuves les chaldaisuies nombreux (versets 3, 4, 5), et les locutions qui appar-
tiennent évidemment à. un style moderue. Seulement, disent-ils, ce psaume a été
fait à l'imitation de ceux de David, dout il contient beaucoup de fragments (ver-
sets 8, 10.) Ce serait en ce sens qu'il faut expliquer l'inscription hébraïque qui
l'attribue à David.
436 PSAUME CIL
constances, avec une grande patience et une grande longanimité (8) ; d)
qui apaise le juste courroux excité par nos péchés (9) ; e) qui, lors même
qu'elle punit, le fait avec bonté et bien au-dessous de ce que méritent nos
péchés ;
2° L'autro qui vient de nous, c'est-à-dire la crainte de Dieu, et qui est la
seconde source des grâces divines : a) dans les commencements de la
conversion, elle éclaire les pécheurs d'une lumière céleste et met en fuite
les ténèbres des péchés (H, 12); 6) dans le progrès de la conversion,
Dieu préserve par sa miséricorde paternelle, de toute rechute, les pécheurs
convertis qui le craignent, miséricorde qui leur est nécessaire, 1) à cause
de la nature de notre corps composé de boue (13) ; 2) parce que ce corps,
qui se corrompt, appesantit l'âme (14, 15). — c) Dans la fin, Dieu soutient
par sa miséricorde ceux qui le craignent, pour les rendre éternellement
heureux (16), ainsi que leurs descendants, s'ils sont fidèles observateurs
de sa loi (17, 18).
IV. — LE PROPHÈTE, SE CONSIDÉRANT COMME INCAPABLE DE RENDRE A DIEU DE
DIGNES ACTIONS DE GRACES POUR DE SI GRANDS BIENFAITS, INVITE TOUTES LES
CRÉATURES A SUPPLÉER A CE QUI LUI MANQUE :
1° 11 admire et révère le Seigneur comme un roi dont l'emploi est au-
dessus de tous les autres emplois (19) ,•
2° Il invite les Anges à le louer, à le bénir, a) à cause de la puissance
dont il les a revêtus (20), b) parce qu'ils sont ses ambassadeurs et ses mi-
nistres (21);
3° Il excite toutes les créatures à s'associer à ses louanges (22).

Explications et Considérations*

1.-1,2.

;K i , 2 , Que de vérités renfermées dans ces deux premiers versets I


Nous devons bénir et louer Dieu, parce qu'il est notre Seigneur et sou-
verain Maître, et à cause de sa sainteté. C'est à notre âme qu'il appar-
tient d'accomplir ce devoir, et nous devons y appliquer toutes ses
facultés: l'intelligence, la volonté, la mémoire, en n'oubliant jamais
aucun de ses bienfaits. — « Dieu est esprit, et ceux qui l'adorent doi-
vent l'adorer en esprit et en vérité. » (JEAN, IV, 2 3 . ) — Le Prophète
ne s'adresse pas à ce qui est au-dedans de son corps ; je ne pense pas
qu'il invite les parties intérieures de notre chair à faire éclater leurs
voix pour bénir le Seigneur... Les sons de la voix extérieure ne s'a-
dressent qu'aux oreilles des hommes. Dieu a des oreilles et notre cœur
PSAUME CH. 437
a aussi sa voix. L'homme s'adresse aux puissances intérieures de son
cœur, pour qu'elles bénissent le Seigneur, et il leur dit : « Que t o u t
ce qui est au-dedans do moi bénisse son saint nom. » Demandez-vous
ce qui est au-dedans de vous ? C'est votre âme. Ce qu'a dit le Prophète:
« O mon âme, bénis le Seigneur », est donc la même chose que ce qui
suit : « Et que tout ce qui est au -dedans de moi bénisse son saint nom. »
Le verbe bénir est sous-entendu dans le texte. Faites donc retentir
votre voix, si c'est un homme qui vous écoute ; restez silencieux de la
voix, si nul ne vous écoute ; quant à la parole de votre âme, elle ne
peut jamais manquer d'être entendue. Ainsi, tout-à-l'heure, des p a -
roles de bénédictions sortaient de notre bouche, et nous chantions ce
verset du psaume : « O mon âme, bénis le Seigneur, et que tout ce qui
est au-dedans de moi bénisse son saint nom. » Nous avons chanté aussi
longtemps qu'il convenait, et puis nous nous sommes tus ; est-ce que,
depuis ce moment, l'intérieur de notre âme a dû se taire et cesser de
louer le Seigneur? Que notre voix se taise ou chante alternativement
selon les moments, mais que la parole de notre âme ne soit jamais in-
terrompue. Lorsque vous vous assemblez dans l'Eglise pour y chanter
des hymnes, votre voix fait retentir les louanges de Dieu ; vous les
avez célébrées selon votre pouvoir, et vous vous êtes retiré ; que votre
âme fasse retentir les louanges de Dieu. Vous vous occupez de quelque
affaire, que votre âme loue le Seigneur. Vous prenez votre nourriture,
écoutez ce que dit l'Apôtre : « Soit que vous mangiez, soit que vous
buviez, faites toutes choses pour la gloire do Dieu. 0 (ICOR., X, 3 1 ) .
J'ose le d i r e : lorsque vous d o r m e z , que votre âme bénisse le Sei-
gneur. Ne soyez pas réveillé par la pensée du mal ; ne soyez pas ré-
veillé par quelque pacte de corruption. Votre innocence, môme lorsque
vous dormez, est la voix de votre âme. — « Mon âme, bénissez le
Seigneur, et que tout ce qui est au-dedans de moi bénisse son saint
nom. > Quel est celui qui peut ainsi commander à ses facultés inté-
rieures de bénir le nom du Seigneur, si ce n'est celui qui commande
en maître aux pensées qui sortent du plus intime de son esprit ? Parmi
ces pensées,les unes sont mauvaises, les autres sont bonnes. Celui donc
dont toutes les facultés intérieures sont prêtes à bénir le saint nom de
Dieu, peut en toute confiance inviter son âme à rendre à Dieu ses ac-
tions de grâces. (S. BAS., in Is. proph., cap. xxvi.) — Pour bénir tou-
jours le Seigneur, n'oubliez jamais tout ce qu'il vous a rendu. Si vous
l'oubliez, vous resterez silencieux devant lui. Mais vous ne pouvez
avoir devant les yeux tout ce que le Seigneur vous a rendu qu'autant
438 PSAUME CH.
que vos péchés y sont également. N'ayez pas devant les yeux le plaisir
que vous a causé votro péché passé, mais bien la condamnation mé-
ritée par ce péché. La condamnation vient de vous, la rémission vient
de Dieu. « N'oubliezjamais, dit le Prophète, tout ce qu'il vous a rendu,»
non pas donné, mais rendu. Toute autre chose vous était due, et le
Seigneur vous a rendu ce qui ne vous était pas dû. C'est pourquoi le
Prophète dit : « Que rendrai-je au Seigneur pour tout ce qu'il m'a
rendu ? » (Ps. cxv, 12.) Il ne dit point pour ce qu'il m'a donné, mais
pour ce qu'il m'a rendu. Vous lui avez rendu le mal pour le bien ; il
vous a rendu le bien pour le mal. (S. A U I Î . )

II. — 3-5.

f. 3, 4 . « C'est lui qui guérit toutes vos langueurs. » Après la ré-


mission de vos péchés, vous portez un corps rempli d'infirmités ; il est
inévitable que les désirs de la chair qui s'élèvent en v o u s , et les plai-
sirs illicites qu'ils vous suggèrent viennent de votre état de langueur.
Car vous traînez encore la faiblesse de la chair ; la mort n'est pas en-
core absorbée dans la victoire ; ce qu'il y a de corruptible en vous n'a
pas encore revêtu l'incorruptibilité. (I Cou., xv, 53, 54.) Votre âme
elle-même, après que les péchés lui ont été remis, est encore agitée
de certains troubles ; elle est encore entourée des périls des tentations;
il est encore des suggestions dont elle sent l'attrait, comme il y en a
d'autres qui sont pour elle sans attrait, et quelquefois elle donne con-
sentement à quelqu'une des suggestions qui lui plaisent et elle se laisse
surprendre. C'est là l'état de langueur, mais « Dieu guérit toutes les
langueurs. » Toutes vos langueurs seront guéries, soyez sans crainte.
Elles sont grandes, direz-vous ; le médecin est plus grand qu'elles.
Pour un médecin tout-puissant, il n'y a pas de langueur incurable ;
laissez-vous seulement guérir, ne repoussez pas la main du médecin ;
il sait ce qu'il doit faire. Ne vous réjouissez pas seulement lorsqu'il
vous parlt, doucement, mais supportez-le lorsqu'il opère le fer en main,
supportez la douleur du remède en pensant à la santé qu'il vous ren-
dra. Voyez, mes frères, quelles douleurs supportent les hommes dans
les maladies de leurs corps, pour prolonger leur vie de quelques jours
et mourir ensuite, el encore ce peu de jours est-il incertain?... Vous,
du moins, vous ne souffrez pas pour un résultat incertain : celui qui
vous a promis la santé no peut se tromper. Quelquefois le médecin
se trompe, en promettant au malade la santé du corps. Pourquoi se
PSAUME CIL 439
trompe-t-il ? Parce qu'il n'a pas créé ce corps qu'il soigne. Mais Dieu
a fait votre corps, Dieu a fait votre âme : il sait comment créer de
nouveau ce qu'il a créé d'abord, il sait comment refaire ce qu'il a fait.
Confiez-vous seulement aux mains de ce médecin céleste, car il hait
celui qui repousse son secours. ( S . AUG.) — Le péché produit six fu-
nestes effets dans notre âme : 1° il n o u s rend les ennemis de Dieu ;
2 ° il affaiblit et débilite toutes les forces de notre âme ; 3 ° il rend
l'homme captif du démon et de la mort ; 4 ° il le prive de la couronne
des cieux ; 5° il le dépouille do toutes les vertus et de tous les biens
de la grâce ; 6° par un effet déplorable d'habitudes coupables et invé-
térées, il réduit le pécheur à une vieillesse prématurée. Or, Dieu, en
inspirant au pécheur les sentiments d'une pénitence véritable, fait
disparaître tous ces effets du péché : 1° il le réconcilie avec lui et le
réintègre dans son amitié ; 2 ° il guérit toutes ses blessures et le revêt
d'une force toute divine ; 3 ° il le rachète par son sang de la tyrannie
du démon et de la captivité du péché et de la mort ; 4 ° il lui rend ses
droits à la couronne incorruptible de la gloire des cieux; 5 ° il lui
rend toutes les richesses spirituelles et fait revivre tous les mérites
qu'il avait perdus, gage des biens éternels qu'il lui réserve ; 6 ° il le
transforme en un homme nouveau tant dans cette vie que dans l'autre.
— « C'est lui qui guérit toutes tes langueurs. » Autant de péchés que
nous avons commis, autant de langueurs et d'infirmités dont notre
âme est atteinte. ( S . J E * . ) Quelles sont ces langueurs? Ce sont les convoi-
tises mauvaises, les désirs charnels, l'attache à toutes les vanités du
monde ; ce sont ces langueurs que la miséricorde de Dieu guérit en
nous, en faisant de ce corps de mort un corps de vie, qu'il couronne
dans ses bontés et dans sa miséricorde. ( S . PROSPER ) — Non-seulement
Dieu nous remet nos péchés, mais il guérit encore ces maladies de
l'âme, ces mortelles et pernicieuses langueurs, ces concupiscences de
l'orgueil, de la chair et des yeux, qui sont restées en nous comme la
racine du péché, infirmités morales que Dieu guérit successivement
sur cette terre, mais qui ne disparaîtront tout-à-fait que dans l'autre
vie. ( S . JÉROM., S . P nos PEU.) — Le médecin de toutes ces infirmités,
c'est Jésus, médecin qui nous aime : « Je guérirai leurs meurtrissures,
parce que je los aime d'un véritable amour, » (OSÉE., XIV, 5 ;) médecin
plein de sollicitude, qui est descendu jusqu'à nous, s'est rendu infirme
pour assurer notre guérison ; médecin généreux qui n'épargne aucun
des remèdes propres à nous guérir ; médecin patient qui supporte
les caprices, les imperfections, los infirmités de ses malades, (ISAI, LUI.
440 PSAUME CIL

4 ) ; médecin puissant: tout ce qui lui fait pitié, il le sauve ; tout ce


qu'il plaint, il le guérit : « Guérissez-moi, Seigneur, et j e serai guéri à
jamais ; délivrez-moi, et je serai sauvé, » (JÉRÉM., x v n , 14) ; médecin
prudent, et quand il le faut, sévère ; enfin, médecin universel. Quel
péché, pensons-nous, ne pourra nous être remis, puisque le Seigneur
se rend propice à toutes nos iniquités ? quelle langueur , quelle infir-
mité ne pourra être guérie, alors que le Seigneur guérit toutes nos
langueurs ? Il faut donc renvoyer à Caïn celui qui oserait dire : Mon
iniquité est trop grande pour qu'elle puisse être remise ; mes infirmités
et mes langueurs sont trop fortes pour qu'elles puissent être guéries.
(S. FULGENCE, Ep. 7.)

f. 5. David passe des bienfaits de la grâce à ceux de la gloire. C'est


Dieu qui, par Jésus-Christ, nous a rachetés de la mort de l'âme, du
péché ; de la mort du corps, qui est la suite et le châtiment du péché,
pour nous transporter avec lui dans la vie éternelle. — Dieu nous
couronne dès cette vie par la victoire qu'il nous donne sur le monde,
la chair et le démon, selon ces paroles de saint Paul : « Grâces à Dieu,
qui nous fait toujours triompher en Jésus-Christ, o (II COR., II, 14).
Il nous couronne encore en rendant nos âmes ses filles, ses épouses,
les héritières de son royaume éternel. « Vous êtes, dit saint Pierre, une
race choisie, un sacerdoce royal. » (1 PIER., II.) — L'âme réconciliéo
peut dire avec le prophète Isaïe : « Je me réjouirai dans le Seigneur,
mon âme sera ravie d'allégresse, mon Dieu m'a paré des vêtements du
salut. Il m'a paré de lajustice comme l'époux embelli par sa couronne,
comme l'épouse brillante de pierreries. » (ISAI., LI, 10.) — Il nous
couronne surtout d'une couronne de gloire dans le ciel, couronne qui
est tout à la fois une couronne de miséricorde et une couronne de j u s -
tice ; couronne de justice, parce qu'elle est donnée aux mérites ; cou-
ronne de miséricorde, parce qu'il n'y a point de mérite possible sans
la grâce, et que la première grâce, celle de la vocation, celle de la
justification , et la dernière grâce, colle de la persévérance finale, sont
l'œuvre de la souveraine miséricorde de Dieu. Saint Paul l'appelle une
couronne de justice qui lui sera rendue p a r le juste j u g e , (I TIM., IV,
8) ; mais il reconnaît qu'elle est aussi une couronne de miséricorde,
lorsqu'il proclame bien haut que ce n'est pas lui qui faille bien, mais
la grâce de Dieu avec lui. (I COR., xv, 10.) — Vous luttez, cela est
évident, et vous serez couronné, parce que vous serez vainqueur ;
mais voyez qui a le premier remporté la victoire, et voyez qui vous
rend vainqueur après lui : « J'ai vaincu le monde, dit le Seigneur,
PSAUME CH. 441

ayez confiance. » (JEAN, XVI, 33.) Quelle raison pour nous d'avoir
confiance, parce qu'il a vaincu le monde ? Est-ce que nous l'aurions
vaincu nous-mêmes? Oui, nous l'avons v a i n c u : vaincus en nous-
mêmes, nous triomphons en lui. Il vous couronne donc, parce qu'il
couronne ses dons et non vos mérites. (S. AUG.) — Maintenant vous
entendez parler de biens, et vous y aspirez ; vous entendez parler de
biens, et vous soupirez après, et peut-être, quand vous péchez, êtes-
vous trompé par votre empressement à choisir entre ces biens ; vous
vous rendez coupable de ne point écouter le bon conseil de Dieu sur
ce que vous devez mépriser ou choisir, et peut-être même de négliger
de savoir si vous ne vous êtes pas trompé dans le choix du bien. Tou-
tes les fois que vous péchez, vous cherchez une sorte de bien, vous
vous cherchez une sorte de réfection intérieure. Les choses que vous
cherchez sont peut-être bonnes, mais elles deviendront mauvaises
pour vous, si vous abandonnez celui qui les a faites bonnes. O âme,
cherchez votre bien. Le bien d'un autre est différent du vôtre, et toutes
les créatures ont un bien qui leur est propre, dans la conservation de
leur intégrité et dans la perfection de leur nature ; il importe à tout
être imparfait d'acquérir ce qui est nécessaire pour sa perfection. O
âme, cherchez votre bien. Or, « nul n'est bon, si ce n'est Dieu. »
(MATTH., XIX, 17.) Le souverain bien est votre bien. Que manque-t-il
donc à celui dont le souverain bien est le bien ? Il y a des biens infé-
rieurs qui sont bons pour d'autres êtres... Sont-ce là les biens que vous
cherchez ? Dieu vous les donne aussi ; mais gardez-vous de ne chercher
que ces seuls biens. Vous qui êtes attaché au Ghrist, quel plaisir trou-
TCZ-VOUS à être le compagnon des animaux? Elevez votre espérance
jusqu'à celui qui est le bien des biens. ( S . AUG.) — Lacomparaison du
renouvellement de l'homme justifié, et à plus forte raison glorifié, avec
le renouvellement de la jeunesse dé l'aigle est fondée sur ce que l'aigle
entre tous les oiseaux, a les yeux les plus perçants, qu'il bâtit son nid
dans les lieux les plus élevés, qu'il suit toujours dans son vol une voie
droite, qu'il a le plus grand soin de ses petits, et qu'il est en cela l'i-
mage imparfaite des justes qui, par les yeux de la foi, pénètrent j u s -
que dans le ciel, y établissent dès maintenant leur demeure, ont tou-
jours une vigueur nouvelle, s'élèvent sur des ailes, comme l'aigle, au
plus haut des cieux, volent et ne tombent jamais en défaillance. Gom-
ment les aigles se renouvellent-ils? P a r le renouvellement de leur
plumage, dit saint Jérôme, en aiguisant leurs ongles émoussés, en
usant contre la pierre la longueur trop grande de leur bec qui les cm-
442 PSAUME CH.
pèche de manger, dit saint Augustin, en fixant leurs yeux sur le soleil
1
pour leur donner un; nouvelle force. C'est à cette sainte nouveauté
de vie que nous invite dès maintenant le grand Apôlre en plusieurs
endroits de ses Epîtres : « llqnouvclcz-vous dans l'intérieur de votre
âme. » (Epnrcs., iv, 23.) Quoique dans nous, l'homme extérieur se dé-
truise, néanmoins l'intérieur se renouvelle de jour en j o u r . ( I COR.,
iv, 16.) « Dépouillez-vous du vieil homme et de ses œuvres, etrevôlei-
vous de cet homme nouveau, qui par la connaissance de la vérité, se
renouvelle selon l'image de celui qui l'a créé. » (COLOSS., m, 9, 4 )
a Si donc quelqu'un est à Jésus-Christ, c'est une nouvelle créature; le
passé n'est plus, tout est devenu nouveau.» (II COR., V, 47.)—C'est ce
renouvellement de vigueur et de force que prédit le prophète Isaïe :
« C'est lui qui donne la vigueur aux bras affaiblis, qui remplit de force
les infirmes, » L'adolescence se consume dans les travaux, la jeunesse
a ses langueurs ; mais ceux qui espèrent dans le Seigneur auront tou-
jours une vigueur nouvelle ; ils s'élèveront sur des ailes comme l'aigle;
ils courront et ne tomberont jamais en défaillance. (ISAIB, XL, 29-31.)
—- En nous annonçant que notre jeunesse se renouvellera comme colle
de l'aigle, le Psalmiste a prophétisé la grâce du baptême. L'aigle ra-
jeunit en ce sens que, se dépouillant de ses vieilles plumes, il se pare
de plumes nouvelles comme d'un revêtement de jeunesse, et il res-
semble en effet alors au jeune aiglon, parce que ses ailes, encont
inhabiles et sans expérience, doivent peu à pou s'exercer à voler. De
même nos néophytes, lorsqu'ils se présentent au baptême, se dépouil-
lent de la vétusté du péché, et se revêtent d'une sainteté nouvelle;
ils semblent revivre en recevant la grâce de l'immortalité. Comme
l'aigle redevient aiglon, nos néophytes redeviennent enfants... Toute-
fois, remarquons que le Psalmiste ne dit pas : Votre jeunesse se re-
nouvellera comme celle des aigles, mais bien comme celle de l'aigle î
car il n'a en vue qu'un seul aigle, celui dont la jeunesse se renouvelle
en nous, Jésus-Christ Notre-Seigneur qui, en effet, s'est rajeuni comma
l'aigle, au j o u r glorieux de sa résurrection. (S. AMBR., Serm. in att.l
En Jésus-Christ seul nous pouvons retrouver une jeunesse immortelle,
et lui seul aussi peut d o n n e r à notre jeunesse l'appui et la force doal
elle a besoin. Semblable à l'aigle qui, selon la comparaison de l'Eeri»
ture (DEUT., XXXII, M), provoque ses petits à voler, vole au-desse?
r
d eux, étend sur eux ses ailes et les emporte sur ses épaules, Jéj«f*
vole au-dessus de nous, en nous rappelant ses enseignements elfe
vertus sublimes; il étend sur nous ses ailes quand il fait sentir a noire
PSAUME CH. 443

cœur la douce chaleur de son amour, et il nous emporte sur ses divines
épaules quand, nous appuyant sur elles, nous allons nous reposer au
séjour de la gloire,
III. — G-18.

f. 6, 7. Source de tous ces biens, la miséricorde de Dieu et non pas


nos propres mérites. Il n'arrive pas toujours que Dieu fasse dès cette
vie justice à ceux qui sont opprimés, en punissant ceux qui les o p p r i -
m e n t ; il tempère seulement la violence qui se déchaîne contre e u x ,
en attendant qu'il en fasse pleine justice au dernier jour. — Effet de
la miséricorde de Dieu et de sa protection sur les justes dès cette vie,
quand il lui plaît : Moïse et les enfants d'Israël délivrés des mains de
Pharaon. (DUG.)
fi. 8-12. « Le Seigneur est plein de tendresse, etc. » Ces différents
noms donnés ici à Dieu et avec tant de vérité, doivent inspirer à ceux
qui ont le cœur droit une vive confiance en Dieu ; le mot hébreu t r a -
duit par miserator, qui signifie aimer tendrement par le fond des en-
trailles, exprime que Dieu a pour nous un sentiment de tendresse toute
paternelle ; le mot traduit par misericors exprime la libéralité de Dieu
et l'abondance des biens dont il nous comble ; le mot traduit par
longanimis exprime cette patience de Dieu à nous supporter, patienc
plus grande que celle des pères et des mères à supporter les défauts,
les manquements ot l'ingratitude do leurs enfants ; le mot multum
misericors signifie cette suprême miséricorde qui nous appelle à ôtr
les égaux des Anges et à devenir les enfants de Dieu, en le voyant
comme ils le voient, par la vision intuitive. (BELLARM.) — « Le Seigneur
est plein de longanimité, il est d'une extrême miséricorde. » (Ps. cil,
8.) Où trouver autant de longanimité? où trouver une aussi a b o n -
dante miséricorde ? L'homme pèche et ne laisse pas de vivre ; ses p é -
chés s'accumulent et sa vie se prolonge. Tous les jours lo nom de
Dieu est blasphémé, et Dieu fait lever son soleil sur les bons et sur les
méchants. (MATTH., V, 45.) De tous côtés, il nous appelle à une vie
meilleure ; de tous côtés, il nous appelle à la pénitence : il nous a p -
pelle par les bienfaits de la création, il nous appelle en nous laissant
la vie, il nous appelle par celui qui lit les Ecritures, il nous appelle
par le prédicateur qui les explique, il nous appelle par nos pensées
intérieures, il nous appelle par ses réprimandes et ses châtiments, il
nous appelle par la douceur de ses consolations, o II est plein de lon-
ganimité et de miséricorde. » Mais prenez garde, en abusant de la
444 PSAUME CIL
longanimité de la miséricorde divine, d'amasser sur vous, comme le
dit l'Apôtre, un trésor de colère pour le j o u r de la colère. ( S . AUG.) —
La colère et les menaces de Dieu ne sont point éternelles à l'égard de
ceux qu'il aime et qui l'honorent eux-mêmes par un sentiment de fi-
liale tendresse ; c'est le développement du premier attribut de Dieu,
dont le Prophète a parlé dans le verset précédent. — C'est dans ces
mêmes termes que Dieu disait à son peuple par la bouche du prophète
Isaïe : « Je t'ai délaissé pour un moment, et dans ma miséricorde, je
te rappellerai. Dans un moment d'indignation, j e t'ai voilé mon visage,
mais bientôt j ' a i eu pitié de toi dans ma miséricorde éternelle. (ISAI.,
LIV, 7, 8.) » — Dans les trois suivants, il développe le second nom
donné à Dieu, le nom de miséricordieux. Au lieu de nous donner ce
que méritaient nos péchés, et que mérite le péché si ce n'est la mort?
(ROM., VIII) ; au lieu de châtiments, il nous a fait des dons: ceux de la
vie de la grâce et de la promesse de l'éternité. Le Psalmiste nous
montre combien celte miséricorde est réelle dans les bienfaits dont
elle nous comble et dans les maux qu'elle éloigne de nous, en la com-
p a r a n t à ce qu'il y a de plus réel et de plus grand, la distance qui sé-
pare le ciel et la terre, et celle qui sépare le couchant de l'orient; mi-
séricorde a u t a n t élevée au-dessus de nos pensées que le ciel est élevé
au-dessus de la terre ; mais cette miséricorde n'est que pour ceux qui
le craignent. (BELLARM.) — 1° Le Psalmiste nous fait voir ici la gran-
deur de la miséricorde divine : « Autant les cieux sont élevés au-dessus
de la terre, etc. » Il en est de la miséricorde de Dieu comme de ses
pensées : « Mes pensées ne sont pas vos pensées, mes voies ne sont
pas vos voies, dit le Seigneur.» « Autant les cieux sont élevés au-dessus
de la terre, a u t a n t mes voies sont au-dessus de vos voies et mes pen-
sées au-dessus de vos pensées. » (ISAI., LV, 8, 9.) L'influence do la
miséricorde de Dieu sur nous est ici comparée à la bénigne influenco
des cieux sur la terre: do même quo lo ciel couvre la terro et répand
sur l'homme, dans le temps favorable, les bienfaits dont il a besoin,
tantôt en arrosant la terre de pluies fécondantes, tantôt en lo
faisant jouir d'une saison douce, bénigne, tantôt en tempérant et pu-
rifiant l'air par des vents favorables , ainsi la miséricorde du Seigneur
sait proportionner ses bienfaits aux besoins de notre fragilité. (CASSIOD.,
in hune Psal.) — 2° La miséricorde de Dieu est forte, constante et
stable : « 11 a fortifié, affermi sa miséricorde sur ceux qui le craignent.»
— 3° La miséricorde de Dieu est tout à la fois pure et purifiante : « Il
a éloigné de nous nos iniquités. » « Qui est semblable à vous, ô Dieu
PSAUME CIL 445
qui ôtez l'iniquité, et qui oubliez les péchés du reste de votre héritage?»
(MICHÉE, VU, 1 8 . ) — 4 ° La miséricorde de Dieu est équitable , elle se
répand et s'affermit sur ceux qui craignent Dieu. — Dieu nous gou-
verne par l'amour ; s'il punit, ce n'est qu'après des trahisons répétées,
et alors môme sa justice emprunte les traits de sa miséricorde, au
point que nous pouvons à peine distinguer le châtiment de l'amour.
Il pardonne avec une facilité sans égale, jusqu'à compromettre, pour
ainsi dire sa dignité royale par l'usage libéral qu'il fait de sa préroga-
tive de merci ; son pardon n'attend pas les rigueurs de l'enquête ou la
honte de la conviction, il l'accorde sans le dire, sans en faire montre,
sans nous en avertir, sans se réserver le mérite de l'indulgence, sans
même, comme dans le baptême et pour les péchés oubliés que nous
ayons la conscience de notre culpabilité ; souvent il pardonne avant
que l'offense soit complète ; nous péchons à moitié, sûrs que nous
serons pardonnes ; non, il ne nous traite pas suivant que méritent
nos péchés , il ne nous a pas rendu selon nos iniquités. (FABER, Le
Créât, et la créât., 1G8.)
f. 1 3 . Dieu est notre père, et nous sommes ses enfants de prédilection;
enfants paresseux et prodigues, indignes d'être encore appelés ses
fils, et cependant toujours ses héritiers, toujours les objets de la ten-
dresse paternelle la plus prodigue. Quelle mère a jamais veillé sur le
berceau de son premier-né avec la sollicitude qu'il a pour nous ? quel
père a jamais partagé les peines de ses enfants autant que Dieu l'a
fait, et leur a plus généreusement abandonné ses trésors, sans même
imposer la moindre charge à leur reconnaissance ? Quel amour pater-
nel demeura-t-il un amour véritable, en punissant aussi rarement ou,
quand il punissait, en le faisant avec une main si légôro et uno répu-
gnance aussi forte ? L'amour divin peut-il tout-à-fait se justifier de
nous avoir gâtés par son indulgence? Jamais l'affection d'un père n'a
forcé ses enfants à pleurer leur faute en leur laissant voir le chagrin
qu'il en ressentait et en redoublant les preuves de sa tendresse avec
autant de patience que Dieu en a mis à toucjicr nos cœurs endurcis et
à nous amener, humiliés, quoique plus aimants, à ses pieds. La rigueur
même de ses châtiments nous devient chère, tant il les accompagne
de faveurs et de nouvelles inventions de son amour. Oh l quel père
«st père comme Dieu! (FABCR, Le Créât, el la créât., 171.) —
sévisse autant qu'il voudra, il est père ; mais il nous a châtiés, il nous
affligés, il nous a brisés, il est père... Enfant, si vous pleurez, pleu-
rez avec soumission envers votre père; ne lo faites pas avec colère, ne le
446 PSAUME CIÎ.
faites pas avec le gonflement de l'orgueil. Cette souffrance qui vous
fait pleurer est un remède, et non une peine ; c'est une correction et
non une condamnation. (S. AUG.) — L'étranger se borne à une com-
passion tout extérieure , toute de paroles , à l'égard de celui qui
souffre; notre prochain joindra quelquefois à cette compassion ver-
bale celle qui vient du cœur ; un ami ne se contentera pas de cette
double compassion stérile, il y joindra des secours effectifs ; celui qui
nous est u n i ' p a r les liens du sang ira quelquefois jusqu'à nous aider
de sa personne ; mais un père manifeste tout à la fois sa tendre com-
passion par ses paroles, ses sentiments, ses actes, regarde les souf-
frances de son fds comme les siennes propres, e l l e s rachèterait de son
propre sang, s'il ne pouvait le délivrer qu'à ce prix. C'est ce que lit-
téralement fait Dieu par le mystère de l'Incarnation et de la Rédemp-
tion. (VALENTIA.)
f. 14-16. Nous ne sommes pas seulement un limon, une boue, car
le limon, la boue, ont encore une certaine consistance qui les fait
résister aux efforts du vent, mais nous sommes plus fragiles, plus
inconsistants que la boue des chemins, nous sommes une poussière
légère que le moindre vent soulève et emporte. — Dieu s'est souvenu,
dans sa miséricorde, que l'homme n'est que poussière, et l'homme no
veut point s'en souvenir. — Dieu sait qu'ayant été tirés du néant,
nous tendons toujours vers le n é a n t ; . e t l'homme ne sait pas, ou no
veut pas savoir, cette bassesse de son origine. — Dieu sait et veut
que nous sachions que ce corps, formé de boue et de poussière, asser-
vit, appesantit notre âme et l'empêche de s'élever vers le ciel, et
nous ne cessons d'ajouter, par une vie molle et sensuelle, à cet asservis-
sement, à cette oppression de notre â m e . — Dieu sait enfin et veut
que nous sachions que nous passons comme la fleur des champs, ot
nous ne faisons nulle attention à cette brièveté de nos jours, et nous
vivons comme si nous devions être éternels sur cette terre. — Quel
grand enseignement a voulu nous donner la divine Sagesse, en éten-
dant chaque année sous nos pas ces prairies vertes et fleuries qui
n'ont jamais cessé, depuis le j o u r de la création, d'étaler à nos yeux
leur gazon touffu et les mille petites fleurs qui l'émaillent? C'est,
répond saint Ambroise, une image de la vie humaine et un frappant
symbole de la condition de notre nature. Elle figure la beauté do la
chair. L'éclat de cette beauté paraît sublime aux yeux charnels, et,
comme le gazon de nos prairies, elle n'est cependant qu'une petite
herbe ; elle fleurit vite, et se flétrit plus vite encore. Elle présente
P S A U M E CIL 447
toutes les apparences d'une végétation luxuriante et pleine de vie,
mais elle est sans durée et ne rapporte aucun fruit. (S. AMBR., Hex. i.)
— On peut comparer à la fleur toute splendeur humaine : richesse,
puissance, honneur, beauté. Une maison, une famille entière s'épa-
nouit comme la fleur. Combien dure cet éclat ? Beaucoup d'années,
dites-vous. Ce temps vous semble long, et il est court devant Dieu.
L'éclat de l'homme passe comme la fleur du foin. (S. AUG.) — C'est là
une perte absolue, c'est là une mort complète. Voilà l'homme qui
s'enfle d'orgueil, voilà l'homme tout bouffi de vanité, voilà l'homme
qui s'élève avec tant de fierté ! « Un souffle passera sur lui, et on ne
connaîtra plus le lieu où il était. » Voyez mourir chaque j o u r quel-
qu'un de ces superbes : voilà tout ce qu'il en sera d'eux, voilà quelle
sera leur fin. (S. AUG.) —- « Dès qu'un souffle passera sur elle, elle ne
subsistera plus, etc. » On reconnaît encore mieux la place qu'ont occu-
pée les fleurs et les herbes de la campagne, qu'on ne reconnaît le
séjour qu'ont habité la plupart des hommes. Les fleurs et les herbes
jettent leur semence dans le même lieu, et, au retour des printemps,
on les voit renaître en quelque sorte. S'il y a des montagnes, des
prairies, des campagnes qui soient demeurées dans le même état,
depuis le déluge au moins, on peut assurer que les mêmes herbes et
les mêmes plantes s'y sont perpétuées. Mais qui peut dire ce que sont
devenus les anciens peuples? qui peut assurer que les Perses, les
Grecs, les Romains d'aujourd'hui descendent des nations qui ont a u -
trefois porté ce nom ? Ne sait-on pas qu'il s'est fait des mélanges sans
nombre? Qui peut montrer les palais qu'ont habités les maîtres du
monde, il y a trois mille a n s ? où sont les dépouilles mortelles de
ces hommes si puissants? On conserve les tombeaux de quelques-uns
qui ont vécu dans des siècles moins éloignés de nous ; mais qu'on les
ouvre, qu'y trouvera-t-on ? quelques cendres peut-être, ou quelques
restes d'ornements d'un métal plus durable qu'eux. N'est-ce donc pas
le souffle de l'éternité du Très-Haut qui a passé sur ces dieux do la
terre, et qui les a réduits comme au n é a n t ? O homme, s'écriait saint
Augustin en expliquant ce verset, pensez donc à vous, abaissez votre
orgueil, méditez sur votre poussière. Si vous espérez quelque chose
de meilleur, vous ne l'obtiendrez que par la grâce de celui qui, étant
le Verbe de Dieu, a pris votre chair, afin de donner de la consistance
à cette fleur passagère dont vous vous glorifiez si mal à propos. (BER-
TniER.)

f. 17, 18. A cette fragilité native de l'homme, à celte brièveté, à ce


P S A U M E CH.
us
néant de ses jours, le Psalmiste oppose l'étendue de la miséricorde
de Dieu, qui commence dans l'éternité par la prédestination et se
perpétue dans toute l'éternité par la gloire des cieux. Dieu, qui n'a
nul besoin de nous, nous aime assez pour nous appeler de la poussière,
qui est notre origine, à un bonheur éternel qui n'est autre que la
possession de lui-même. — Est-ce assez d'une éternelle reconnaissance
pour de tels bienfaits ? (BELLARM.) — Remarquez ces paroles répétées
trois fois en six versets : « Sur ceux qui le craignent. » Vous qui no le
craignez pas et qui n'êtes que foin, vous serez rejeté avec le foin et
brûlé avec le foin. (S. AUG.) — P u r e miséricorde, que Dieu, par sa
bonté, veuille bien appeler une justice à notre égard, par la promesse
qu'il a faite à ses serviteurs, dont il a bien voulu devenir comme le
débiteur. « Et qui se souviennent de ses préceptes pour les accomplir.!
Déjà vous éliez disposé à vous élever et peut-être à me réciter le Psau-
tier que j e ne sais point par cœur, ou même à- répéter toute la loi de
mémoire. Assurément, vous pouvez avoir plus de mémoire que moi,
plus de mémoire que tel autre juste que ce soit, si le juste ne connaît
p a s la loi mot pour mot. Mais voyez d'abord à en garder les préceptes.
Comment devez-vous les garder ? Dans votre vie et non dans votre
mémoire. « Qui conservent dans leur mémoire ses commandements,
non pour les réciter, mais pour les pratiquer. » (S. AUG.) — « Celui
qui sait le bien qu'il doit faire et qui ne le fait pas, est coupable de
péché. » (JACQ. IV, 1 7 . ) Gomme s'il disait, p a r comparaison : Prendre
des aliments et ne pas les digérer est une chose pernicieuse. Les ali-
ments non digérés engendrent de mauvaises humeurs, et corrompent
le corps au lieu de le nourrir. Il en est ainsi d'une grande science jetée
dans l'estomac de l'âme, qui est la mémoire, si elle n'est digérée par
le feu de la charité, et si elle ne porte et ne répand des sucs vivifiants
dans tous les membres de l'âme, c'est-à-dire dans toutes ses facultés,
8
et dans la conduite extérieure de la vie. (S. BERN., Serm. xxxvt , in
Cant.) — Les saints Pères ont multiplié les comparaisons pour mon-
trer que la connaissance des Ecritures, de la loi de Dieu, ne sert abso-
lument de rien, sans la fidélité à en observer les préceptes. C'est ua
trésor inutile, c'est une source où vous ne puisez rien, c'est une oflî»
cine où vous ne prenez aucun des remèdes qui vous sont ofierU
(S. CHRTS.) ; c'est une table chargée de mets et auxquels vous no lou-
chez point (ORIG.); c'est une panoplie dont vous ne détachez aucune
a r m e (S. JÉR.) ; c'est un miroir dans lequel vous ne daignez pas môme
vous regarder (S. EPUR.) ; c'est une lumière dont vous ne voulez point
PSAUME CH. 449
vous servir dans ce lieu ténébreux (S. BAS.) ; c'est un jardin m a g n i -
fique où vous ne cueillez aucune fleur (S. CHRYS.) ; c'est un champ
d'une fécondité admirable dont vous ne recueillez aucun fruit. (CASSIOD.)

IV. — 19-22.

f. 19-22. Qui a préparé son trône dans le ciel, si ce n'est le Ghrist ?


Celui qui est descendu sur terre et qui est monté au ciel, qui est mort
et qui est ressuscité, et qui a élevé au ciel l'homme qu'il a pris, le
Christ a préparé son trône dans le ciel. Le trône est le siège du j u g e ;
vous qui m'écoutez, remarquez qu'il a préparé son trône dans le
ciel. Que chacun fasse sur la terre ce qu'il voudra, le péché ne d e -
meurera pas impuni, la justice ne sera pas sans fruit, parce que le
Seigneur, qui a été livré aux insultes devant le tribunal d'un h o m m e
qui le jugeait, a préparé son trône dans le ciel. ( S . AUG.) — Anges du
Seigneur, qui êtes puissants par la force, et qui obéissez à sa parole;
armées du Seigneur, vous qui êtes ses ministres et qui exécutez
ses volontés, à vous, à vous de bénir le Seigneur. — En effet, tous
ceux qui vivent mal, même lorsque leur langue garde le silence,
maudissent le Seigneur par le désordre de leur vie. De quoi sert-il
que votre langue chante un hymne, si votre vie exhale le sacrilège ?
En vivant mal, vous avez excité au blasphème un grand nombre de
langues. Votre langue ne chante aucun h y m n e , mais les langues de
ceux qui vous voient profèrent des blasphèmes. Si donc vous voulez
bénir le Seigneur, pratiquez sa parole, pratiquez sa volonté. (S. AUG.)
— Le Prophète invite toutes les puissances du ciel, tous les ouvrages
de Dieu, c'est-à-dire le firmament et tous les globes immenses qu'il
renferme, à bénir le Seigneur et à annoncer ses grandeurs. Mais ces
créatures ne peuvent rien sans nous ; privées de raison et de senti-
ment, elles n'ont point de cœur pour aimer Dieu, ni d'intelligence
pour le comprendre : elles exécutent ses ordres sans connaissance et
liberté. L'hommeseul, dans l'univers, peut admirer et exalter la sagesse
qui règne dans ces magnifiques ouvrages, prêter une voix à toutes ces
œuvres de Dieu et, comme le prophète Daniel, les réunir dans un
immense concert pour bénir le Tout-Puissant. (DAN. m . 57-90).

ÏOME II. 29
450 PSAUME cm.

PSAUME cm.

Ipsi David. De David lui-même.


1. Benedic anima mea Domino: 1. Mon Ame, bénis le Seigneur! Sei-
Domine Deus meus magnificatus gneur mon Dieu , votre magnificence a
es vehem enter. paru avec un grand éclat,
Confessionem , et decorem in- vous vous êtes revêtu de gloire et do
duisti : majesté (f);
2. amictus lumino sicut vesti- 2. Vous vous êtes enveloppé de la lu-
mento : mière, comme d'un vêtement,
extendens cœlum sicut pellem : vous qui étendez les cieux comme un
pavillon,
3. qui tegis aquis superiora ejus. 3. qui couvrez d'eau ses hauteurs ;
Qui ponis nubem ascensum qui prenez pour char les nuées, et qui
tuum : qui ambulas super pennas volez sur les ailes des vents (2) ;
ventorum.
4. Qui facis angelos tuos, spiri- 4. vous qui rendez vos anges aussi rapi-
tus; et ministros tuos , igncm des que les vents, et qui faites de vos mi-
urentem. nistres un feu. brûlant (3),
5. Qui fundasti terram super 5. qui avez fondé la terre sur ses pro-
stabilitatem suam : non inclinabi- pres fondements; elle ne sera jamais
tur in sœculum sreculi. ébranlée (4).
G. Abyssus , sicut vestimentum, (i. L'abîme l'cnvironuc comme un vête-
amictus ejus : super montes sta- ment; et les eaux couvrent les mon-
bunt aquaî. tagnes.
7. Ab increpatione tua fugient : 7. A votre voix menaçante, elles s'en-
a voce tonitrui tui formidabuut. fuiront ; au bruit de votre tonnerre, elles
seront saisies d'effroi.
8. Ascendunt montes, et dcscen- 8. Les montagnes s'élèvent, et les val-
dunt campi, in locum quem fun- lées s'abaissent dans le lieu que vous leur
dasti eis. avez assigné.
9. Terminum posuisti quem non 9. Vous avez prescrit aux eaux des bor-

(1) Hengstenberg pense que le premier hémistiche du premier verset do ce


psaume a été détaché par le collecteur des psaumes du psaume précédent et placé
eu cet eudroit comme le lien dus deux psaumes.
(2) Dans l'hébreu : Vous qui faites des eaux les poutres de votre appartement
(contignayis aquis), c'est-à-dire : vous qui construisez avec les eaux votre apparte-
ment supérieur, au-dessus du firmament. L'appartement de dessus se trouvait
sur le toit des maisons (111, Hois. xvu, 19), et c'est pour cela qu'il est comparé au
ciel, séjour de Dieu, qui est au-dessus du firmament. (D'ÀLLIOLI.)
(3) Ce verset peut recevoir deux sens : Vous qui donnez à vos Anges, dont vous
vous servez pour l'accomplissement de vos ordres, la promptitude des vents et la
force du feu ; ou, d'après l'hébreu, vous qui faites des vents vos messagers, ctdoi
éclairs vos serviteurs. Bien que le sens de la Vulgate soit admis par uu grand
nombre d'interprètes, nous regardons le second comme aussi vraisemblable et
aussi en rapport avec le contexte.
(4) Super stabilitatem, sur ses bases. La fermeté et la base de la terre, c'est le
centre mêuie de la terre vers lequel toutes les parties de la terre tendeut par leur
gravité.
PSAUME c m . 451
transgredientur : neque conver- nés qu'elles ne franchiront point ; elles
tentur operire terram. ne reviendront plus couvrir la terre.
Job. XXXVIII, 10.
du. Qui emittis fontes in conval- 10. C'est vous qui faites couler les fon-
libusrintcr médium montiumpcr- taines dans les vallées ; elles coulont à
transibunt aquae. travers les montagnes.
1 1. Potabunt omnes bestial agri : 11. Tous les animaux des champs s'y
expoctabunt onagri in siti sua. désaltèrent, et los ânes sauvages soupi-
reront après elles dans leur soif (1).
12. Super ea volucres cœli ha- 12. Les oiseaux du ciel habiteront sur
bitabunt : do medio petrarum da- leurs bords ; ils font entendre leur voix
bunt voces. du milieu des rochers.
13. Rigans montes de superio- 13. Vous arroserez les montagnes des
ribus suis : de fructu operum tuo- eaux qui tombent d'en haut ; la terre
rum satiabitur terra : sera comblée du fruit de vos ouvrages.
14. Producens fœnum jumentis, 14. Vous produisez le foin pour les
et berbam servituti hominum : animaux , ot les plantes pour le service
de l'homme.
Ut educas panem de terra: Vous faites sortir le pain de la terro,
15. et vinum lsctiiîcet cor ho- 15. et lo vin qui réjouit lo cœur de
minis : l'homme.
Ut exhilaret faciem in oleo : et Vous lui donnez l'huile, pour répandre
panis cor hominis confirmet. la joie sur son visage ; et lo pain, afin
qu'il fortifie son cœur (2).
16. Saturabuntur ligna campi, 16. Les arbres de la campagne seront
et cedri Libani, quas plantavit : nourris avec abondance, et les cèdres du
Liban que Dieu a plantés.
17. Illic passeres nidificabunt. 17. C'est là que les oiseaux feront leurs
nids ;
Herodii domus dux est eorum : la famille du héron est à leur tôte (3).
18. montes excelsi cervis : pe- 18. Les hautes montagnes servent de
tra refugium berinaciis. retraite aux cerfs ; et les rochers de re-
fuge aux hérissons.
19. Fecit lunam in tempora : 19. Il a fait la lune pour marquer les
sol cognovit occasum suum. temps ; le soleil connaît l'heure de son
coucher (4).
20. Posuisli tenebras , et facta 20. Vous avez répandu les ténèbres, et
est nox : in ipsa pertransibunt la nuit a été faite. C'est durant la nuit
omnes bestiaî silvae. que toutes les bètes de la forêt feront
leurs courses.
21. Catuli leonum rugientes, ut 21. Los petits des lions rugissent après,
rapiant, et quadrant a Deo escam leur proie, et domandent à Dieu leur pâ-
sibi. ture.
22. Ortus est sol, et congregati 22. Le soleil s'est levé, ils se rassem-
sunt : et in cubilibus suis colloca- blent, et se retirent dans leurs retraites.
buntur.
23. Exibit homo ad opus suum: 23. Alors l'hommo sort pour son ou-
et ad operationem suam usque ad vrage, et pour son travail jusqu'au soir.
vesperum.
(1) Les ânes sauvages sont mis ici pour tous les animaux en général.
(2) L'huile, connue toutes les substances grasses, donne du poli et de la beauté.
(3) Les hérons font leur nid plutôt que les passereaux.
(4) In tempora. Il a fait la lune, pour fixer les époques des saisons. En effet, les
phases et les changements de la lune présentent un moyen très-comuiode pour la
division du temps ; de 14 vient que les anciens peuples, de morne que les Hébreux,
avaient des années lunaires. (D'ALLIOU.)
452 PSAUME CIII.
24. Quam magnificata sunt opé- 24. Que vos œuvres sont grandes et
ra tua Domine ! omnia in sapien- magnifiques , Seigneur ! Vous avez fait
tia fecisti : impleta est terra pos- toutes choses avec sagesse. La terre est
sessione tua. toute pleine de vos dons.
25. Hoc mare magnum, et spa- 25. Cette vaste mer, qui étend au loin
tiosum manibus : illic reptilia, ses bras, là vivent des poissons sans nom-
quorum non est numerus. bre ,
Animalia pusilla cum magnis : des animaux , grands et petits.
26. illic naves pertransibunt. 26. C'est là que les navires passeront.
Draco iste , quem formasti ad Là est ce monstre que vous avez formé,
illudendum ei : Seigneur, pour se jouer dans son sein.
27. omnia a te expectant ut des 27. Tous attendent de vous que vous
illis escam in tempore. leur donniez leur nourriture au temps
voulu.
28. Dante te illis, colligent : ape- 28. Vous la leur donnez, ils recueillent;
riente te manum tuam, omnia vous ouvrez votre main, ils sont tous
implebuntur bonitate. remplis de vos biens.
29. Avertente autem te faciem , 29. Mais si vous détournez d'eux votre
turbabuntur : auferes spiritum eo- face, ils seront troublés ; vous leur ôte-
rum, et déficient, et in pulvercm rcz le souffle qui les anime , et ils cesse-
suum revertentur. ront de vivre, et retourneront dans leur
poussière.
30. Emittcs spiritum tuum , et 30. Vous enverrez votro esprit, et ils
creabuntur : et renovabis faciem seront créés, et vous renouvellerez la
terrae. face de la terre (1).
31. Sit gloria Domini in sœcu- 31. Que la gloire du Seigneur soit cé-
lum : lsetabitur Dominus in operi- lébrée dans tous les siècles. Le Seignour
bus suis : se réjouira dans ses œuvres.
32. Qui respicit terram, et facit 32. Il regarde la terre, et la fait trem-
eam tremere : qui tangit montes, bler, il touche les montagnes, et en fait
et fumigant. sortir la fumée. Exod. xix, 18. xx, 18.
33. Cantabo Domino in vita mea :* 33. Je chanterai les louanges du Sei-
psallam Deo meo quamdiu sum. gneur tant que je vivrai ; je chanterai
mon Dieu jusqu'à mon dernier soupir.
34. Jucundum sit ei eloquium 34. Puissent mes louanges lui ôtro
meum : ego vero delectabor in agréables ! Pour moi, je mettrai ma joio
Domino. dans le Seigneur.
35. Deficiant peccatores a terra, 35. Que les pécheurs et les injustos
et iniqui ita ut non sint : benedic disparaissent de dessus la terre, en sorte
anima mea Domino. qu'ils ne soiont plus. O mon âmo , bénis
le Seigneur !
Alléluia. Alléluia.

Sommaire analytique.
Ce Psaume, le plus fini de tous peut-être, à n'en juger que par les règles
d'une critique humaine, est une des plus belles productions de David,
auquel on peut le rapporter avec les Septante, la Vulgate et la version
syriaque, aussi bien que d'après la magnificence et la couleur du stylo.
(t)Dieu laisse périr les êtres qu'il a créés pour un temps, et avec la même faci-
lité qu'il a laissé périr ceux-là, il donne l'existence à d'autres êtres, et rcuouvollfl
la face de la terre. — L'Eglise applique ces paroles au renouvellement moral de
la terre par l'Esprit-Saint.
PSAUME cm. 453
Le Roi-Prophète, embrassant d'une seule vue de l'esprit toutes les œu-
vres de la création, contemple en elles la souveraine sagesse de Dieu,
invite son âme à le bénir, à le louor, et à le proclamer admirable :
I. — DANS LE CIEL :
1° Dans le ciel empyrée, a) où Dieu a son trôno (1). b) où il est revêtu
de la lumière comme d'un manteau (2);
2° Dans le ciel des astres : a) qu'il a déployé comme un pavillon au-
dessus de la terre, 6) dont il a recouvert d'eaux les hauteurs comme d'un
lambris (3) ;
3° Dans le ciel atmosphérique, dans lequel a) il rasssemble les nuées,
sur lesquelles il s'assied comme un char ; b) il agite les vents, sur les ailes
desquels il marche (4) ; c) il excite les tempêtes, dont il fait ses messagers
et ses ministres (5).
IL — SUR L \ TERRE,

1° Il considère la création première :


a) Lorsque Dieu l'a affermie sur ses fondements (6) ;
6) Lorsqu'il a environné d'eaux les montagnes comme d'un vêtement,
jusqu'au moment où elles ont fui à sa voix menaçante (7,8);
c) Lorsque les montagnes se sont élevées et que les vallées sont descen-
dues aux lieux qu'il leur a fixés ;
d) Lorsque les eaux, respectant les bornes qui leur étaient posées, ne sont
plus revenues inonder la terre (9).
2° Les sources et les fontaines : a) elles découlent des montagnes dans
les vallées pour les arroser (10) ; b) elles désaltèrent les animaux des
champs ( H ) ; c) elles offrent sur leurs bords un doux lieu de repos aux
oiseaux du ciel (12) ;
3° La pluie qui féconde la terre : (13) a) elle produit l'herbe pour les
troupeaux, et les plantes pour lo service do l'homme (14) ; b) elle fait sor-
tir du sein de la terre le pain pour la nourriture de l'homme, et le vin
r
pour le réjouir, l'huile pour faire briller son visage (2.>, 10) ; c) clic arrose
également et fait croître les arbres des champs, les cèdres du Liban, où
les oiseaux, grands et petits, viennent faire leurs nids, de mémo quo les
hautes montagnes sont pour les chamois, et que les creux des rochers
servent d'asile aux hérissons (17, 18).
4° L'admirable succession dos temps : a) Dieu a fait la lune pour prési-
der à la nuit et le soleil au jour (19); b) il amène les ténèbres et la nuit
pour que les animaux des forêts se répandent sur la terre (20) ; c) à la
nuit succède le jour, pour quo les animaux se retirent dans leur tanière,
et que l'homme retourne à son travail ; <l) lo Prophète admire les œuvres
de Dieu : i) à cause de leur grandeur (21-23) ; 2) a cause de la sagesse
divine qui reluit en elles ; 3) à cause de leur multitude (24).
454 PSAUME GUI.

III. — DANS LA MER


1° Il considère son immense étendue : a) elle étend au loin ses bras : b)
dans son sein se meuvent des poissons sans nombre, des animaux grands
et petits (25) ; c) là voguent les vaisseaux, là est la baleiné que Dieu a
créée pour se jouer dans son sein (26).
IV. — Il célèbre la providence de Dieu, qui veille à la conservation de
toutes ses créatures, lesquelles demeurent dans la plus étroite dépendance
de Celui qui les a tirées du néant :
1° Tous ces êtres attendent leur nourriture de Dieu, au temps marqué.
(27, 28) ;
2° S'il détourne son visage, ils se troublent, ils expirent (29) ;
3° S'il envoie son esprit, ils renaissent à la vie (30, 31) ;
V. Après avoir considéré toutes ces merveilles du ciel, de l'air, de la
terre, do la mer, et la souveraine sagesse do Dieu, qui éclate dans cha-
cune d'elles,
1° Il conclut qu'il faut rendre gloire à Dieu pour tous les dons dont il
nous a comblés, car toutes les œuvres de Dieu ont été faites avec tant de
sagesse que Dieu lui-môme s'y réjouit, et il les dirige avec une si grande
puissance que, d'un seul regard, il fait trembler la terre et fumer les mon-
tagnes (32) ;
2° Après cette invitation à louer Dieu, il déclare ce qu'il fera lui-mêmo :
a) il chantera les louanges de Dieu (33) ; il fera en sorte que sa louange
lui soit agréable (34) ; c) il mettra en lui toute sa joie, toutes ses délices ;
d) il prédit la ruine des pécheurs et des impies (35).

Explications et Considérations.

I . — 1-5.

f. 1-5. « Seigneur, mon Dieu, vous êtes magnifiquement glorifié. »


Quel magnifique discours annonce ce début, discours magnifique qui
n'aura d'autre but que de louer l'auteur de toutes les magnificences.
O Seigneur mon Dieu, comment avez-vous été magnifiquement glori-
fié? N'ètes-vous pas toujours grand? n'ôtes-vous pas toujours magni-
fique? n'êtes-vous point parfait, et pouvez-vous devenir plus grand?
pouvez-vous être affaibli et ressentir quelque amoindrissement?...
Et, en admettant qu'on puisse expliquer ces paroles en ce sens : Sei-
gneur mon Dieu, vous êtes magnifiquement glorifié par m o i , est-ce que
Dieu est magnifiquement glorifié par moi? est-ce qu'il grandit par
mes louanges? Non, mais de même qu'en priant tous les jours que lo
PSAUME CIII. 455
nom de Dieu soit sanctifié, nous demandons que votre nom, toujours
saint en lui-même, soit saint parmi les hommes, pour ceux aux yeux
desquels n'est pas encore saint celui qui est saint par lui-même, en l u i -
même et dans ses s a i n t s . . . ainsi celui qui chante dans ce Psaume, à
la vue des bienfaits dont Dieu a comblé le genre humain, qui aupara-
vant niait son existence ou du moins ne connaissait pas sa grandeur,
s'écrie : « Mon Dieu, vous êtes magnifiquement glorifié ; » c'est-à-dire :
je comprends, moi, qui ne le comprenais pas jusqu'alors, combien
vous êtes grand. Vous êtes toujours grand, même quand vous êtes
caché; mais, maintenant, vous êtes grand pour moi, parce que votre
grandeur éclate à mes yeux. (S. AUG.).— Cette lumière dont Dieu est
revêtu comme d'un vêtement n'est pas celle dont il est dit : « Dieu est
lumière, et ii n'y a en lui aucunes ténèbres, » (JEAN I, 5 ) , cette lumière
inaccessible que Dieu habite, que personne n'a jamais vue et ne peut
voir; mais cette lumière qui brille dans ses œuvres et qui n'est autre
que la louange que chante continuellement toute la nature à son créa-
teur. Rien de plus beau, de plus éclatant, que ce concert, que cette
profession publique de louanges qui sort de toute la création, q u e
cette splendeur de gloire et de lumière qui brille dans toutes les œ u -
vres de Dieu. (BELLARM.). — « 11 a étendu le ciel comme une peau. »
Le Prophète, par cette comparaison, a voulu vous montrer avec quelle
facilité Dieu opère, et qu'autant ii vous est facile d'étendre une peau,
autant il lui a été facile d'étendre l'immense voûte des cieux. (S. AUG.).
— Dieu, auteur de la lumière, est tout lumière en lui-même; la lu-
mière est le vêtement dont il se pare; la lumière qu'il habile est inac-
cessible, (I TIM. vi, 16), en elle-même, mais elle s'étend, quand il lui
plaît, sur les créatures intolligontcs,et se tempère pour s'accommoder à
de faibles yeux ; il est beau et embellissant; il est éclatant et éblouis-
sant, lumineux, et, par sa lumière, obscur et impénétrable, connu
et inconnu tout ensemble. (BOSSUET, Elév. m , S. vu, E.). — Eaux
matérielles au-dessous du ciel, ligure des eaux spirituelles de la grâce
qui en découlent. — Dieu est l'auteur de toutes choses, c'est par son
impulsion que se meuvent les nuées et que soufflent les vents.— Dieu
est l'âme et la vie de la nature inférieure et irraisonnable, il remplit
sa création de sa présence, il en parcourt incessamment toutes les
parties, et les embrasse toutes dans une égale sollicitude et une égale
puissance. — Nuées, figure des prédicateurs qui répandent dans les
âmes la pluie céleste de la divine parole; vents, figure de l'Esprit
divin, qui souffle où il veut et distribue ses dons et ses grâces comme
456 PSAUME cm.
il le veut. — Sous cet emblème des vents, nous pouvons raisonnable-
ment comprendre les âmes, non que le vent soit une âme, mais parce
que le vent est une chose i n v i s i b l e . . . Mais alors que sont les ailes
des vents ou les ailes des âmes, sinon ce qui les élève vers le ciel? Les
plumes des âmes sont donc les vertus, les bonnes œuvres, les actions
droites. Toutes ces plumes sont rangées dans deux ailes, parce que
deux commandements renferment tous les autres. Celui qui aime Dieu
et le prochain a une âme pourvue de ses plumes, ses ailes sont libres,
et dans l'élan d'un saint amour, elle vole vers le Seigneur. (S. AUG.).
Mais, à quelque degré qu'elles possèdent la charité, qu'est-ce que leur
amour, en comparaison de celui que Dieu leur porte? L'amour de Dieu
envers nous est donc plus grand que notre amour envers lui. Notre
amour, voilà nos ailes : « Mais Dieu marche sur les ailes des vents. »
— Les Anges sont des esprits : en tant qu'esprits, ils ne sont pas des
Anges: mais lorsque Dieu les envoie, ils deviennent des Anges : le nom
d'Ange est le nom de leur ministère, cl non celui de leur nature. Vous
demandez le nom qu'ils doivent à leur n a t u r e , ce sont des esprits;
vous demandez le nom qu'ils doivent à leur ministère, ce sont
des Anges : esprits, par ce qu'ils sont ; Anges, par ce qu'ils font.
(S. AUG.)— Dans un sens allégorique, Dieu fait choix d'hommes spiri-
tuels pour en faire ses anges, les messagers et les prédicateurs de sa
parole, et de flammes ardentes, c'est-à-dire d'hommes fervents, pour
en faire ses ministres. ( S . PROSP). — Tout ministre de Dieu, fervent
d'esprit, est donc une flamme ardente. Etienne n'ôtait-il pas ardent?
de quel feu brûlait-il? et quel feu n'était-il pas lui-môme lorsqu'on
le lapidait, et qu'il priait pour ceux qui le lapidaient? (ACT. VU, 59),
(S. AUG.) — Les Anges, les plus excellentes créatures sorties de la
main de Dieu, et ce sont aussi les plus promptes à exécuter ses ordres,
les plus ferventes dans l'accomplissement des devoirs qu'il leur im-
pose. — Donc, le plus grand mérite des créatures est de se conformer
aux volontés du Créateur. (DEHTIIIER).

II. — 6 - 2 5 .

f. 6 - 9 . La terre est soutenue par la main de Dieu, elle n'a pas d'au,
tre fondement que la parole divine, d'autre appui que son immuablo
volonté. Elle se balance harmonieusement dans l'espace; d'admirables
lois d'équilibre la soutiennent, sans appui apparent, dans l'immensité.
— Appliquer ces paroles à cette terre serait, j e le crains, entrer dans
une voie sans issue; car, comment dire qu'elle ne sera pas inclinôo
PSAUME c m . 457

dans les siècles des s i è c l e s ? . . . Je comprends donc ici l'Eglise. Quel


est l'inébranlable appui sur lequel elle repose, si ce n'est le fondement
qu'elle a reçu? Quel est ce fondement? « Nul, dit l'Apôtre, ne peut
poser un autre fondement que celui qui a été posé, lequel e?t le
Christ Jésus. ( I COR. III, 1 1 ) . C'est donc en lui que nous avons un iné-
branlable appui, et, comme nous sommes fondés sur lui, nous ne serons
pas renversés dans les siècles des siècles, car rien n'est plus solide que
ce fondement. » (S. AUG.). — L'abime couvrait la terre jusqu'au j o u r
où la voix du Seigneur lui commanda d'en remplir les cavités, et alors
apparurent les montagnes et les vallées. Quelle sagesse a fait surgir
les montagnes des entrailles de la terre, et creusé les* vallées qui o n -
dulent à leurs pieds? Voyez, d'un côté, ces montagnes qui servent à la
terre de charpente, qui sont pour elles ce que sont les os au corps
humain, et qui cachent dans les nuées leurs fronts blanchis d'une
neige éternelle; et à leurs pieds des vallées fertiles qui réunissent p a r
milliers, dansleursopulcnts contours, les hommes quo nourrit, d u r a n t
les siècles, leur inépuisable fécondité. — Les montagnes et les vallées
occupent le lieu que Dieu leur a fixé, excellente figure de l'Eglise, où
chaque fidèle doit se tenir dans la condition où Dieu l'a placé, qu'il
soit élevé en honneur comme une montagne , où abaissé et modeste
comme une vallée. « Vous avez prescrit aux eaux des bornes qu'elles
ne franchiront pas. » L'immensité de la mer, qui semble à tout instant
menacer ses rivages et qui les respecte toujours, manifeste principa-
lement à l'homme la puissance de Dieu : « Sais-tu qui a mis dos
digues à la mer, pour la tenir enfermée quand elle se déborde, comme
l'enfant qui sort du sein maternel? Je l'ai resserrée dans les bornes que
je lui ai marquées; je lui ai dit : Tu viendras jusque là, tu ne passeras
pas plus loin, tu briseras ici l'orgueil de tes flots. » (Jon. xxxvm, 8 et
suiv.). — Imitons les eaux de la mer, nous dit saint Ambroise : Dieu
commande aux eaux de s'assembler et elles s'assemblent; il donne les
mêmes commandements aux hommes et ils n'obéissent pas. Imitons ces
eaux, et de même qu'elles se réunissent pour n'être plus qu'une seule
mer, de même, par une sainte union , ne formons qu'une seule Eglise.
(HEXAM. m , 1 ) . — Règle inviolable établie par l'Eglise, de conserver
le dépôt sacré de la tradition, de ne point passer les bornes anciennes
posées par nos pères, (PROV. XXII, 2 8 ) , et d'éviter les nouveautés pro-
fanes qu'une fausse science cherche à introduire parmi les fidèles.
jr. 1 0 - 1 2 . Les sommets des montagnes couverts de neigos et de
glaces deviennent d'inépuisables réservoirs; les fleuves et les mis-
458 PSAUME CUL

seaux coulent de ces réservoirs aériens; les fontaines s'y entretien-


nent et les eaux en découlent perpétuellement, pour arroser et féconder
la terre. Les cieux répandent leurs eaux sur les montagnes, ces eaux
s'écoulent et descendent jusqu'au fond des vallées : « Seigneur, voua
conduisez les fontaines dans les vallées, et vous faites couler les eaux
entre les montagnes. » Les eaux s'écoulent des montagnes, dit saint
Grégoire, car les vérités divines abandonnent les esprits superbes;
mais l'eau coule dans les vallées, parce que les humbles reçoivent vo-
lontiers la prédication do. l'Evangile.(Homél. surl'Ev.) — Les coll
et les montagnes sont comme les gonflements de la t e r r e ; les vallons
et les vallées en sont les abaissements. Ne méprisez pas ces abaisse-
m e n t s ; c'est de là que coulent les sources. (S. AUG.). — Eaux maté-
rielles qui abreuvent les animaux des champs, ligure des eaux célestes
des divines Ecritures qui abreuvent ceux qui en sont saintement
altérés. Que ces eaux coulent donc au milieu des montagnes et qu'elles
passent; mais, tandis qu'elles passent, buvons de ces eaux dans notre
route, de peur que la soif ne nous fasse périr sur le chemin. (S. AuG.).
C'est sur les montagnes que les oiseaux du ciel habiteront. Il y a cer-
tains oiseaux qui n'habitent que sur les montagnes. Ce nom. repré-
sente certaines âmes spirituelles. Les oiseaux du ciel sont les âmes
spirituelles qui volent dans l'air en toute liberté; ces oiseaux jouissent
de la sécurité du ciel ; mais cependant leur nourriture est sur les mon-
tagnes, c'est là qu'ils habitent. ... Les montagnes sont les Prophètes,
les Apôtres, tous les prédicateurs de la vérité. Tout homme qui veut
être spirituel doit habiter ces montagnes, et non pas suivre les erreurs
de son c œ u r ; qu'il y habite, qu'il s'y porte en volant. (S. AUG.). —
Saints solitaires, illustres pénitents qui se retirent au milieu dos
rochers, où ils poussentleur voix, leurs soupirs et leurs gémissements,
qui sont entendus de Dieu, et qui prêchent la pénitence p a r l a voix do
leur exemple (DUGUET).
f. 13-15. « Vous arrosez les montagnes des eaux qui tombent d'en
haut. » Indépendamment des fleuves qui arrosent les vallées, Dieu
répand les pluies du ciel pour rafraîchir et féconder les lieux les plus
élevés, et ainsi la terre, arrosée en tout lieu, produit la nourriture de
tout ce qui vit. (DELLAKM.). — Ces montagnes, dans l'ordre do la
grâce, sont la figure des âmes élevées, qui sont arrosées les premières
des eaux célestes qui tombent d'en haut, et les répandent ensuite sur
les âmes moins parfaites qui tiennent encore à la terre. (DUG.). —
Cette rosée du ciel se reposant sur les montagnes pour descendre
PSAUME cm. 459
ensuite dans les vallées en ruisseaux abondants, qui les couvrent de
fertiles moissons, symbole de l'effusion des biens du ciel sur les pon-
tifes et les prêtres du Seigneur, et, p a r eux, sur les peuples confiés à
leur sollicitude.— Providence admirable de Dieu qui pourvoit abondam-
ment à la nourriture des animaux, et condamne par là l'empressement
etl'inquiétude des soins dont les chrétiens sont trop souvent agités. Dieu
produit l'herbe, les légumes, les viandes communes pour servir à l'usage
de l'homme. Sa Providence s'est engagée à fournir à l'homme le néces-
saire, mais non pas les délices d e l à vie. (DUG.). — Dieu, et non pas
l'homme, est l'auteur de tout ce que produit la terre, quoique l'homme
soit obligé, pour rendre la terre féconde, de la labourer, de l'ense-
mencer, de planter la vigne et les arbres et de les émonder. C'est
Dieu, car c'est lui seul qui donne et le soleil et la pluie, et la fécondité
à la terre et la force aux bras de l'homme; il pourrait tout faire im-
médiatement par lui-même, et sans les causes secondes, et celles-ci ne
peuvent rien faire sans lui. (DELLARM.). — Nous ne pouvons assez
admirer cette sagesse providentielle de Dieu, qui fait produire à la
terre la v i g n e , d'où sort le vin qui réjouit le cœur de l'homme ;
l'huile, qui répand la joie sur son visage; le froment surtout, qui sou-
tient ses forces défaillantes et qui, comme plus nécessaire à l'homme,
nous est donné avec une inépuisable munificence. — Il est un pain
sorti de la terre, quoique descendu du ciel : c'est Jésus-Christ, Fils de
Dieu dans l'éternité et Fils de l'homme dans le t e m p s , pain divin,
corps adorable de Jésus-Christ, qui nourrit non le corps, mais l'àme.
La sainte Ecriture nomme souvent ensemble les deux symboles
eucharistiques, le froment et le vin. Quand Isaac bénit Jacob, qui
est la figure du Sauveur, il s'écrie : « Que Dieu t'accorde l'abondance
du froment et du vin. » (GEN. XXVII, 8 ) . Le véritable Jacob, qui est
Jésus- Christ, a reçu, en effet, cette abondance de vin et de froment,
et il l'a répandue sur nos autels. Quand Moïse annonce à son p e u -
ple qu'il sera établi dans la terre promise, « Dieu l'y a fait entrer,
dit-il, pour qu'il se nourrisse de la moelle du froment, et qu'il y boive
le sang le plus pur du raisin. » (DEUT. XXVII, 1 4 ) . Et dans l'Eglise
effectivement, chaque j o u r le peuple chrétien se nourrit de la moelle
du froment divin et s'y enivre du sang pur de la vigne véritable. Où
trouver, en effet, le pain qui fortifie et le vin qui réjouit, sinon dans
la terre de votre Eglise, ô mon Dieu, au pied du tabernacle? — Le
Psalmiste dit ici que le vin réjouit le cœur de l'homme, et ailleurs :
(Donnez du vin à ceux qui ont le cœur triste. » (PROV. XXXI, G). Cetto
460 PSAUME c m .
vérité de l'ordre naturel subsiste malgré les abus de la perversité
humaine, et c'est une des raisons pour lesquelles Jésus-Christ a pris
le fruit de la vigne pour établir le sacrement de son amour; car le
vin, dit saint Thomas, convient merveilleusement pour exprimer
l'effet de l'Eucharistie, qui est la joie spirituelle. — Oui, il y a un vin
qui réjouit véritablement le cœur et qui ne sait que réjouir le cœur.
Mais, de peur que vous ne pensiez qu'il s'agit ici d'un vin spirituel, il
est vrai, mais d'un pain ordinaire, le Prophète explique que ce pain
est également spirituel. « Et le pain, dit-il, fortifie le cœur de l'homme. »
Interprétez donc ce pain comme vous interprétez ce vin. (S. AUG.) —
Dans le froment est le soutien nécessaire; dans le vin est le courage,
la force, la joie, l'ivresse spirituelle, le transport de l'âme dont les
effusions étaient la figure dans les sacrifices. « Avec le vin, nous sacri-
fions à Dieu la joie sensible et nous la changeons dans la sainte joie
que nous donne le sang enivrant et transportant de Jésus-Christ, qui
inspire l'amour qui l'a fait répandre. » (BOSSUET, Méd. sur l'Ev.)
f. 1G-18. Un homme rempli de Dieu, comme était David, trouve
Dieu dans tous les objets qui se présentent à ses yeux. Il considère
tous les arbres de la campagne et les cèdres du Liban, non-seulement
comme les ouvrages de la main de Dieu qui les a plantés, mais comme
étant nourris sans cesse par un effet de cette divine Providence qui,
en répandant les pluies sur la terre, rassasie, pour parler ainsi, ces
arbres p a r l'abondance de la sève et des sucs qu'elles y produisent.
(DUG.). — Providence admirable de Dieu qui, sans le secours d'aucun
homme, fait naître, croître ces grands arbres qui nous fournissent
ainsi d'inépuisables matériaux pour nos œuvres, et où les oiseaux,
grands et petits, trouvent un refuge assoie, et qui prépare, sur les
sommets inaccessibles des montagnes, une retraite aux animaux que
l'homme ne pourrait asservir à ses besoins! Quels personnages variés
sur ce grand théâtre de la nature, dont le Prophète vient de décrire
la magnificence 1 « Vous conduisez les fontaines dans les vallées, el
vous faites couler les eaux entre les montagnes. » Les montagnes sont
les grands prédicateurs de la parole, les anges sublimes de Dieu. Ils
sont élevés, non par leur propre force, mais par la grâce de Dieu; on
eux-mêmes, ils sont des vallées qui reçoivent humblement les sources.
Or, dit le Prophète, « les eaux descendront au milieu des montagnes;»
c'est-à-dire, les prédications de la parole de vérité passeront au milieu
des Apôtres. Que signifie : au milieu des Apôtres? Qui dit au milieu,
dit en commun. « Un bien commun, » duquel tous vivent également.
PSAUME cm. 461
est au milieu de tous; il ne m'appartient pas en propre, mais il n'ap-
partient en propre ni à vous ni à m o i . . . Ecoutez comment les eaux
descendront des montagnes. Ils avaient en commun la môme foi et
aucun d'eux ne possédait les eaux comme sa propriété particulière.
Si, en effet, ces eaux ne sont pas au milieu de tous, elles deviennent
comme une propriété privée : j ' a i la mienne, un autre aura la sienne,
ce que j ' a i ou ce qu'un autre a n'est pas au milieu de nous, une telle
prédication ne sera point pacifique. Ecoutez ce que disait une monta-
gne pour faire couler les eaux au milieu des montagnes : « Que Dieu
vous donne d'être unis de sentiments les uns avec les autres. » (ROM.
xv, 5). « Ayez tous les mômes sentiments, et qu'il n'y ait pas de
schisme parmi vous. » (I COR. I, 10). Ce que je sens vous le sentez;
l'eau coule au milieu de nous; j e n'ai rien qui me soit propre, et vous
n'avez rien qui vous soit propre. Que la vérité ne soit ni ma propriété
ni la vôtre, afin qu'elle appartienne également à vous et à m o i . . .
Ainsi les eaux descendaient au milieu des montagnes, et il n'y avait, au
sujet des eaux, nulle discorde entre les montagnes, mais la paix qui
nait d'un commun accord et l'union de la charité. Si quelqu'un eût
voulut prêcher autre chose, il eut prêché de son propre fond et non
du fond commun à t o u s . . . Pour que ces eaux coulent en vous, soyez
des vallées et mettez en commun tout ce que vous recevez de Dieu.
Que les eaux coulent au milieu de vous, ne les enviez à personne;
buvez, rassasiez-vous, et, quand vous serez rassasiés, faites couler ces
eaux spirituelles. Que l'eau donnée à tous par Dieu soit partout glo-
rifiée, et non les mensonges particuliers des hommes. (S. AuG.) — Où
les eaux coulent-elles de préférence? C'est dans les vallées. Qui ne
voit que les torrents qui descendent avec impétuosité des montagnes,
ne s'arrêtent pas sur leurs flancs, mais cherchent à s'écouler dans les
humbles vallées. Ainsi Dieu résiste aux superbes, et ce n'est qu'aux
humbles qu'il donne sa g r â c e . . . C'est aussi dans les vallées que nous
plantons de préférence; c'est dans les vallées que la lerre est grasse
et féconde; c'est là que les plantes croissent et s'élèvent, que les épis
se remplissent, que les moissons produisent au centuple, selon ces au-
tres paroles du Psalmiste (Ps. LXVI) : « Les vallées regorgeront de fro-
ment. » Ainsi, partout l'Ecriture fait l'éloge des vallées, partout elle
recommande l'humilité. (S. BERN. Serm. de S. Dcncd.) — « La
cime des montagnes appartient aux cerfs. » Les cerfs sont les grands,
les hommes spirituels qui franchissent à la course les épines des buis-
tons et des forêts. « Dieu a rendu mes pieds aussi légers que ceux des
462 PSAUME CIII.
cerfs, dit le Prophète, et il m'établira sur les hauteurs. » (Ps. xvn, 34).
Qu'ils habitent donc la cime des montagnes, qu'ils observent les
préceptes les plus élevés, qu'ils méditent les mystères les plus subli-
mes, qu'ils montent jusqu'au sommet des Ecritures, et qu'ils se sancti-
fient dans ces hautes régions, car la cime des montagnes appartient
aux cerfs. Mais que deviendront les animaux plus humbles, le lièvre
faible et craintif, le hérisson couvert d'épines et emblème du pécheur?
car celui qui pèche tous les jours , lors même que ses péchés ne se-
raient pas graves, est couvert de petites épines, il ne peut donc
s'élever à la perfection. Quoi d o n c ? ces hommes périront-ils? Non.
« La pierre est le refuge des hérissons. » (S. AUG.). La pierre est donc
utile partout et à tous : elle offre un refuge au hérisson, image du
p é c h e u r ; elle sert d'asile à la colombe, qui représente l'âme fidèle;
elle sert de base à la montagne, dont les cerfs occupent le sommet.
Plus nous sommes dociles aux commandements de Dieu, et plus nous
trouverons notre bonheur et notre repos à nous cacher et à nous en-
sevelir dans les plus profondes cavités de la pierre.
fi. 19-23. La même sagesse providentielle de Dieu dispense à
l'homme la succession du j o u r et de la nuit. « Vous avez fait la lune
pour distinguer les temps; vous avez enseigné au soleil l'heure de son
coucher; c'est vous qui avez créé les ténèbres dont se forme la nuit.»
Dieu a donc fait la lune pour le temps qui lui appartient, la nuit; le
soleil a connu aussi son temps à lui, le j o u r , et le temps qu'il doit
laisser aux ténèbres en se couchant. Mais le soleil s'est levé et la Pro-
vidence a voulu que tous les animaux carnassiers se retirassent dans
leurs cavernes, pour laisser à l'homme toute facilité de se livrer à ses
travaux et à la culture de la terre. Or, la nuit a été donnée aux bêtes
féroces, car c'est le temps des embûches ; le jour, à l'homme, comme
animal raisonnable ; les embûches et les violences lui ont été défendues,
et il doit vivre du travail légitime de ses mains. (BELLARM.). L'homme
est donc le roi du jour, il est le souverain du monde, et par droit de
naissance et par droit de travail. — Tous ceux qui cherchent leur vie
dans les ténèbres par la ruse, par la fourberie, p a r l e vol, par la mort,
intervertissent l'ordre de l'admirable Providence. « Il a répandu les
ténèbres et la nuit a ôté faite : c'est alors que les bêtes des forêts se
glissent dans l'ombre. » Les lionceaux rugissent après leur proie,
c'est-à-dire les tentateurs dont se sert le démon pour chercher
à nous dévorer. Us n'ont sans doute de pouvoir que le pouvoir déter-
miné qui leur a été donné, voilà pourquoi le Psalmiste ajoute : t lia
P S A U M E GUI. 463

cherchent la nourriture que Dieu leur a destinée. » Dans cette nuit


du monde, si féconde en dangers et si pleine de tentations, qui no
serait saisi de crainte, qui ne tremblerait jusque dans la moelle des
os, de peur de mériter d'être jeté en proie à la voracité d'un ennemi
aussi cruel? (S. AUG.). Le j o u r est pour le repos des bètes farouches
et pour le travail de l'homme ; la nuit est pour son r e p o s . . . C'est
donc un dérèglement et un désordre que de faire, comme un trop
grand nombre, la nuit du j o u r et le j o u r de la nuit. (DUG). — L e s
ténèbres matérielles, figure des ténèbres épaisses que, dans un a u t r e
ordre de choses, l'erreur, l'hérésie et l'impiété répandent sur le monde.
— Dieu permet quelquefois, en effet, pour punir les nations, quo
l'athéisme, l'impiété et les plus funestes erreurs, étendant sur elles
leur ombre malfaisante, les couvrent des plus épaisses ténèbres. A la
faveur de cette profonde et affreuse nuit, tous ces monstres indignes
du nom d'hommes, qui s'assimilent eux-mômcs aux bêles farouches,
dont ils envient le sort et surpassent la férocité, sortent en foule des
repaires où ils se cachaient : semblables à des lions affamés, ils fon-
dent en rugissant sur la société, pour la dévorer comme une proie.
Mais, Seigneur, avant qu'ils se soient rassasiés de carnage, vous faites
lever de nouveau votre soleil, vous faites briller autour d'eux la lu-
mière de la religion et de la vérité qu'ils croyaient éteinte; effrayés
de revoir le jour, ils fuient et se replongent dans leurs cavernes.
L'humanité rentre alors dans ses droits, l'homme de bien reparaît
avec confiance, l'ordre renaît et toutes choses reprennent leur cours.
(MÀCCARTH., Crime de l'incréd).
f. 24. Partout donc apparaît, dans les œuvres de la création, une
sagesse divine, seule capable d'ordonner si parfaitement un si immense
ensemble, de retenir une variété si infinie dans une unité aussi absolue;
en un mot, de régir, par des lois si puissantes et si merveilleusement
appropriées, des êtres si innombrables, si divers, et en apparence si
opposés. « Que vos œuvres sont grandes et inagnifUjucs, ô Seigneur. »
Tel est le cri d'admiration que fait jaillir de l'âme la vue de ces grandes
scènes de la nature. « U Seigneur, vous avez fait tout avec sagesse. »
Tout ce que Dieu a fait, il l'a fait dans sa sagesse, et il l'a fait par sa
sagesse, et la sagesse de Dieu est son Verbe éternel. (S. AUG.). — La
terre est pleine des biens de Dieu, et combien d'hommes cependant
murmurent contre la Providence 1 ils n'ont jamais compris que tous
les biens qui sont dans le monde sont de Dieu seul, et que tous les
maux dont on murmure, ou ne sont pas de lui, ou sont des biens dans
464 PSAUME GUÉ
les vues de sa sagesse, et qu'enfin, pour tout homme qui suit les lu-
mières de la raison et de la foi, tous les maux deviennent des biens.
(BERTHIER).

ÏII. 2 5 - 3 0

fi. 2 5 , 2 6 . A ce tableau de l'immensité des cieux et de la terre, suc-


cède celui de l'immensité des mers. Cette vaste mer, remplie de pois-
sons de toute espèce et de toute grandeur, qui se trouvent là tous
ensemble, sans division, sans aucune barrière qui puissent protéger
les petits contre les grands, a été conçue évidemment sur un autre
plan que la terre. Comme il ne croît dans la mer ni fruits, ni grains,
ni autres plantes nourricières, on ne peut douter que Dieu n'ait
voulu livrer les petits poissons en proie aux grands, et qu'il n'ait con-
senti à ce que les petits se fissent une guerre continuelle et se dévo-
rassent les uns les autres. Mais sa Providence admirable a pourvu en
même temps à la conservation des espèces par une fécondité incroya-
ble, qui n'a aucune proportion avec la fécondité des animaux de la
terre et de l'air. — « Une mer vaste et spacieuse où les reptiles
abondent. » Terrible mer, nous dit saint Augustin. En effet, dans cette
vie du siècle, les embûches nous entourent de toutes parts, et, si nous
ne sommes sur nos gardes, elles nous circonviennent aisément. Qui
dira le nombre des tentations qui rampent comme les reptiles? Veillons
pour qu'elles ne s'emparent pas de nous. ( S . A U G . ) . — Confessons-lo,
le cœur de l'homme déchu est comme un champ dont les ronces et les
épines sont le produit naturel et spontané; là est le réceptacle de tous
les m o n s t r e s : « Illic replilia quorum non est nu?nerus.y> Je parle du juste
lui-même : il a ses heures mauvaises, où les instincts pervers redres-
sent la tête, où les plus déplorables inspirations germent en son cœur,
où des blasphèmes commencés et j e ne sais quelles joies ou quelles
haines sataniques viennent traverser son esprit et parfois effleurer sa
volonté. (Mgr P I E , tom. v u , p. 4 4 ) . — La fausse conscience, mer
profonde et affreuse, dont on peut bien dire qu'elle renferme des
reptiles sans nombre. Pourquoi des reptiles? parce que, de même que
le reptile s'insinue et se coule subtilement, aussi le péché se glisse-t-il
comme imperceptiblement dans une conscience où la passion et l'erreur
lui donnent entrée. Et pourquoi des reptiles sans nombre ? parce que, de
m ê m e que la mer, par une prodigieuse fécondité, estabondante en repti-
les, dont elle produit des espèces innombrables, et de chaque espèce un
n o m b r e infini, ainsi la conscience erronée est-elle féconde en toutes
PSAUME c m . 405
sorles de péchés qui naissent d'elle et qui se multiplient en elle.
(S. BERN.). — Autre figure de la grandeur de Dieu, ce monstre marin,
cette grande baleine qui se jonc de la mer lorsqu'elle est le plus en
fureur. — Ce dragon, notre vieil ennemi, enflammé de fureur et plein
de ruse dans les pièges qu'il tend, est au milieu de la grande mer.
« Là est le dragon que vous avez fait pour servir de jouet. » Que le
dragon soit dès à présent votre jouet, car depuis qu'il est devenu
dragon, il n'a point d'autre sort. Déchu, par son péché, de la hauteur
des cieux où il demeurait, d'ange qu'il était devenu démon, il a été
relégué dans cette grande et vaste mer. Vous croyez qu'elle est son
royaume, elle est sa passion. Beaucoup disent, en effet : Pourquoi le
démon a-t-il reçu un si grand pouvoir qu'il domine en ce monde, et
qu'il y soit si fort et si puissant ? Quelle est donc sa force et sa puissance ?
Il ne peut rien qu'il n'en ait reçu la permission. Vivez donc de telle
sorte que rien ne lui soit permis contre vous, ou que, s'il lui est permis
de vous tenter, il soit vaincu et mis en fuite. (S. AUG.).
f. 27-30. Dieu seul est maître de la vie, et seul la dispense à tous
les êtres; seul, créateur et vivificateur perpétuel des mondes, soute-
nant tout par la parole de sa puissance, et empêchant les êtres de
retomber dans leur néant; s'il ouvre sa main et en laisse tomber les
aliments, tous vivent; s'il détourne la face et refuse ce qui soutient la
vie, tous défaillent et rétournent dans la poussière. — Ce qui est vrai
dans l'ordre naturel, l'est infiniment dans l'ordre de la grâce. — Un
chrétien doit reconnaître qu'il ne peut recueillir qu'autant que Dieu
lui communiquera ses dons, el que, si Dieu retire de lui son esprit, il
tombera aussitôt dans la défaillance et retournera dans la poussière
de son néant et dans la corruption de son péché. (DUG.). — « Vous
enverrez votre esprit, et ils seront créés de nouveau. » Vous leur
ôterez leur esprit et leur enverrez le vôtre. « Vous leur ôterez leur
esprit; » ils n'auront plus leur propre esprit. Les abandonnerez-
vous donc? Non, vous enverrez votre esprit, et ils seront créés de
nouveau, « et vous renouvellerez la face de la lerre; » et vous la peu-
plerez d'hommes nouveaux, qui confesseront qu'ils ont été justifiés
et qu'ils ne sont pas justes par eux-mêmes, afin que la grâce de Dieu
soit en eux. ( S . AUG.).
IV. - 31-35.

jr. 31-3S. Le Prophète conclut cette magnifique énumôiMlîon des


prodiges du Seigneur sur la terre, dans les airs, dans lo ciel et dans la
TOME ii. 30
466 PSAUME GUI.
mer, p a r c e qui fait l'objet de la première demande de l'oraison domi-
nicale : « Que votre nom soit sanctifié. » « Que la gloire du Seigneur
demeure éternellement, » non votre gloire, non la mienne, non la
gloire de tel ou tel homme. « Que la gloire du Seigneur demeure, non
pour un temps, mais pour l'éternité. » (S. AUG.). — « Le Seigneur se
réjouira dans ses œuvres. » A Dieu seul il appartient de se réjouir
dans ses œuvres, parce que lui seul fait des ouvrages parfaits. Au
commencement du monde, « Dieu vit toutes les choses qu'il avait
faites, et elles étaient très-bonnes, non-seulement chacune en elles-
mêmes, mais encore et surtout par le rapport qu'elles ont les unes
avec les autres, et par cette harmonie et cette proportion qui les unit
tellement ensemble qu'elles conspirent toutes à la même fin. » — « Le
Seigneur se réjouira dans ses œuvres, » non dans vos œuvres, comme
si elles étaient de vous : car si vos œuvres sont mauvaises, c'est le fait
de votre iniquité; si elles sont bonnes, c'est le fait de la grâce de Dieu.
(S. A U G ) . — Telle est la puissance de Dieu sur les créatures qu'à son
seul aspect la terre est ébranlée, qu'à son seul contact, les montagnes
sont embrasées. — O terre, tu triomphais de ta bonté, tu t'attribuais
les forces de ton opulence; voilà que le Seigneur te regarde, tu trem-
bles. Qu'il te regarde et te fasse trembler : mieux vaut le tremblement
de l'humilité que la confiance de l'orgueil. « Si Dieu regarde la terro,
il la fait trembler; s'il touche les montagnes, il en fait sortir de la
fumée. » Les montagnes étaient orgueilleuses, elles se vantaient, Dieu
ne les avait pas touchées; il les touche et il en fait sortir de la fuméo.
Qu'est-ce que cette fumée? C'est la prière offerte à Dieu que les hautes
montagnes, orgueilleuses de leur grandeur, ne daignaient pas lui
adresser. (S. AUG.). — 1° Nous devons chanter des cantiques et des
psaumes en l'honneur de Dieu ; c'est à quoi nous exhorte le Roi-Pro-
phète dans un grand nombre de ses psaumes. C'est par le chant reli-
gieux des psaumes qu'Augustin fut converti et rendu à Dieu; c'est
par les hymnes sacrés que saint Ambroise ramena et maintint le peu-
ple chrétien dans la vraie foi; c'est par les saints cantiques que saint
Chrysostùme mit obstacle aux progrès de l'hérésie arienne. 2° Nous
devons chanter ces cantiques pendant toute notre vie : « Je chanterai
t a n t que je vivrai. » « Confessez Dieu avant la mort, car les morts
ne louent plus utilement le Seigneur; confessez Dieu durant votre vie,
confessez-le dans votre force et dans votre gloire; confessez Dieu et
glorifiez-le dans ses miséricordes. » (ECCLÎ. XVIJ, 20, 27). 3° Noua
devons louer Dieu par le chant des psaumes : « Je chanterai des
PSAUME cm. 4G7
psaumes en l'honneur de mon Dieu tant que je subsisterai. » Que David
est pour nous un doux compagnon de voyage, pendant que nous par-
courons les routes si variées de cette vie ; comme il s'accommode bien
à tous les âges spirituels de notre existence; comme il est en rapport
avec tous les degrés de perfection auxquels nous pouvons nous élever
dans cette vie. Il n'est aucune partie, aucune circonstance de la vie
humaine, pour laquelle il ne tienne en réserve ses dons et ses bienfaits.
(S. GRÉG. DE NYSSE, Or. in Christ. Ascen.). 4° Nous devons chanter
ces saints cantiques avec douceur et suavité. « Que ma prière soit
douce à son cœur. » 5° Enfin, il faut chanter ces divins psaumes de
manière à y trouver nous-mêmes du charme, de la douceur et de la
joie. « Pour moi, j e mettrai ma joie dans le Seigneur. » Or, les saints
trouvent leur joie dans le Seigneur, en s'cnlretenaiit avec lui par l'in-
telligence, par les saints désirs de la volonté, en lui exposant leurs
désirs intérieurs et en lui rendant grâces pour ses bienfaits, en s'as-
seyant à sa table et en p r e n a n t part à son divin banquet, en demeu-
rant toujours avec lui par l'union étroite de leur esprit et de leur
cœur.— « Je chanterai toute ma vie au Seigneur. » Que chantera-t-il?
Tout ce que Dieu est fera le sujet de ses chants. Chantons toute notre
vie à la gloire du Seigneur. Notre vie actuelle n'est qu'espérance,
notre vie à venir sera l'éternité. La vie de la vie mortelle est l'espé-
rance de la vie immortelle. « Je chanterai à mon Dieu tant que j e
vivrai; » et parce que je vivrai en lui sans fin, tant que j e vivrai, j e
chanterai au Seigneur. Et quand nous aurons commencé de chanter
dans la cité sainte, ne croyons pas que nous devions jamais y faire
autre chose : toute notre vie sera de chanter à la gloire de Dieu.
(S. AUG.). — Voulons-nous que nos paroles, que nos prières lui soient
agréables, faisons en sorte que nos œuvres leursoient conformes. Dieu
veut être honoré par les prières qui sortent de la bouche, mais beau-
coup plus par celles qui viennent du cœur. — Chanter ses louanges
est une occupation très-sainte, pourvu que la vie les chaule à sa m a -
nière. (DUG). — Zèle des saints qui leur fait souhaiter ardemment
que les pécheurs qui, loin d'honorer Dieu, le déshonorent p a r l e dérè-
glement de leurs mœurs, cessent d'être pécheurs et se convertissent,
ou qu'ils soient effacés de dessus la terre, afin de ne plus la souiller,
par la corruption de leur vie. (DUG.)
468 PSAUME CIV.

PSAUME crv.

Alléluia. Alleluia.
1. Gonfitemini Domino, et invo- 1. Louez le Seigneur, et invoquez son
cate nomen ejus : annuntiate inter nom; annoncez ses œuvres parmi les
gentes opéra ejus. nations.
2. Cantate ei, et psallite ci : nai*- 2. Chantez ses louanges , chantez-los
rate omnia mirabilia ejus. sur les instruments; racontez toutes ses
merveilles.
3. Laudamini in nomine sancto 3. Glorifiez-vous dans son saint nom;
ejus : leetetur cor queerentium Do- que le cœur de ceux qui cherchent le
minum. Seigneur se réjouisse
4. Qucerite Dominum, et confir- 4. Cherchez le Seigneur, et soyez rem-
mamini : quajrite faciem ejus sem- plis de force; cherchez sa face sans
per. cesse.
5. Mcmentote mirabilium ejus , r>.Souvenez-vous de ses merveilles, des
quai fecit : prodigia ejus, et judi- prodiges qu'il a opérés, et des jugements
cia oris ejus. qui sont sortis de sa bouche,
0. Scmen Abraham, servi ejus : O.vons, postérité d'Abraham, qui êtes
filii Jacob electi ejus. ses serviteurs; vous, enfants de Jacob,
qu'il a choisis.
7. Ipse Dominus Deus noster : 7. C'est lui qui est lo Seigneur notro
in universa terra judicia ejus. Dieu , lui dont les jugements s'exercent
par toute la terre.
8. Memor fuit in sœculum tes- 8. Il s'est toujours souvenu de son al-
tament! sui ; verbi, quod manda- liance , de la promesse qu'il a faite pour
vit in mille generationes : être accomplie dans la suite de toutes
les races ;
9. Quod disposuit ad Abraham : 9. du traité qu'il a conclu avec Abra-
et juramenti sui ad Isaac : ham, et du serment qu'il a fait à Isaac,
10. Et statuitillud Jacob in pra> 10. et qu'il a confirmé à Jacob comme
ceptum : et Israël in testamentum décret inviolable ; et à Israël, pour être
eeternum : une alliance éternelle ,
11. Dicens : Tibi dabo terram H . en disant : Je vous donnerai la terre
Chanaan , funiculum hsereditatis de Chanaan pour votre héritage,
vestroe.
12. Cum essent numéro brcvi, 12. alors qu'ils étaient encoro en très-
paucissimi et incoho ejus : petit nombro , et étrangers dans cette
terre.
13. Et pertransierunt de gente 13. Et ils passèrent d'une nation à
in gentem , et de rcgno ad popu- une autre, et d'un royaume à un autre
lum alterum : peuple (I).
14. Non reliquit hominem no- 14.11 ne permit point qu'aucun homme
cero eis : et corripuit pro eis re- leur fit du mal ; et il châtia mémo dos
ges. rois à cause d'eux : (2)
15. Nolite langere christos meos : lo. Gardez-vous bien de toucher âmes
et in prophetis meis nolite mali- oints, et de maltraiter mes prophètes.
gnari.
16. Et vocavit famem super ter- 16. Et il appela la famine sur la terre;

(1) De gente in gentem, de Palestine en Egypte.


(2) Allusion à la manière dont Dieu déliyra Sara des mains d'Ahiiuclech et de
Pharaon, et Rcbccca de celles d'Abiuielech.
PSAUME CIV. 469
ram : et omne firmamentum panis et il brisa toute la force qui vient du
contrivit. pain (1).
17. Misit ante eos virum : in ser- 17. Il envoya devant eux un homme im

vum venundatus est Joseph. Joseph, qui fut vendu comme esclave.
18. Humiliaverunt in compedi- 18. Il fut humilié parles entraves qu'on
bus pedesejus, ferrum pertransiit lui mit aux pieds ; le fer transperça son
animam ejus, Amo (2),
19. douce venirct verbum ejus. 19. jusqu'à ce que sa prédiction fût
Eloquium Domini inllammavit accomplie.
eum : La parole du Seigneur l'enflamma.
20. misit rex, et solvit cum ; 20. Le roi envoya rompre ses liens ;
princeps populorum , et dimisit le prince des peuples le mit en liberté.
eum.
21. Constituit eum dominum do- 21. Il l'établit maître de sa maison, et
mus suaî : et principem omnis à la tête de tout ce qu'il possédait,
possessionis suœ:
22. Ut erudiret principes ejus 22. afin qu'il instruisît les grands de
sicut semetipsum : et senes ejus sa cour comme lui-même, et qu'il ensei-
prudentiam doceret. gnât la sagesse aux anciens de son con-
seil (3).
23. Et intravit Israël in ^Egyp- 23. Et Israël eutra dans l'Egypte ; et
tum : et Jacob accola fuit in terra Jacob demeura et fut habitant dans la
Cham. terre de Chain.
24. Et auxit populum suum ve- 24. Et le Seigneur multiplia extraor-
hementer : et firmavit cum suj)er dinaircment son peuple, et le rendit plus
inimicos ejus. puissant quo ses ennemis. Exod. i, 17.
25. Convertit cor eum ut odi- 25. Il changea leur cœur , afin qu'ils
rent populum ejus : et dolum fa- haïssent son peuple, et qu'ils opprimas-
cerent in servos ejus. sent ses serviteur par la ruse.
26. Misit Moysen servum tuum; 20. Il envoya Moïse, son serviteur, et
Aaron, quem elegit ipsum. Aaron, dont il avait fait choix. Exod. m,
10. îv, 29.
27. Posuit in eis verba signo- 27. Il mit en eux sa puissance, pour
rum suorum , et pçodigiorum in faire des signes et des prodiges dans la
terra Cham. terro de Cham. Exod. vu, 10 et suiv.
28. Misit tenebras , et obscura- 28. Il envoya les ténèbres, et remplit l'air
vit : et non exacerbavit sermoncs d'obscurité; et il no manqua pasd accom-
suos. plir ce qu'il avait dit. Exod. x, 21 (4).
29. Convertit aquas eorum in 29. Il changea leurs eaux en sang ; et
sanguincm : et occidit pisecs eo- fit mourir leurs poissons. Exod. vu, 20.
rum.
30. Edidit terra eorum ranas, in 30. Leur terre produisit des grenouilles
penetralibus regum ipsorum. jusque dans l'intérieur dos palais de lours
rois. Exod. vin, 0.
31. Dixit, ot veuit cœnomiia : 31. 11 dit, et il vint dos myriades do
et cinifes in omnibus fînibus eo- mouches, et des moucherons envahirent
rum. toute la contrée. Exod. ix, C.
(1) En hébreu : Omnem baculum panis, le pain est appelé bâton, parce qu'il
soutient ceux qui s'en nourrissent, connue le bâton soutient ceux qui s'appuient
dessus.
(2) Il fut jeté dans les fers jusqu'à ce que se fût accomplie la prophétie qu'il
avait faite au grnnd panotier et au grand écliansoji de Pharaon.
(3) En sorte qu'il rendit tous ses princes dépendants de Joseph, et Joseph
forma à la sagesse tous les vieillards de Pharaon.
(4) Non exacerbavit, signifie : Dieu u'a point aunuNé ses paroles.
470 PSAUME CIV.
32. Posuitl pluvias eorum gran- 32. Il changea leurs pluies en grôles, et
dinem , ignem comburcntcm in fit tomber un feu qui brûlait leurs cam-
'terra ipsorum. pagnes. Exod. vin, 24.
33. Et pcrcussit vineas eorum , 33. Et il frappa leurs vignes et leurs
et ficulneas eorum : et contrivit figuiers; et il brisa tous les arbres qui
lignum finium eorum. étaient dans tout 1e pays.
34. Dixit, et venit locusta, et bru- 34. A sa voix accoururent des saute-
chus, eu jus non erat numerus : relles et des chenilles sans nombre.
35. Et eomedit omne fœnum in 35. Et elles consumèrent toute J'horbo
terra eorum : et eomedit omnem de leurs champs ; et elles dévorèrent
fruefum terne eorum. tous les fruits de leur pays ;
30. Et pcrcussit omne primoge- 30. et il frappa tous les premiers-nés
nitum in terra eorum : primitias sur leur terre , les prémices de tout leur
omnis laboris eorum. travail. Exod. xn , 29.
37. Et eduxit eos cum argento 37. 11 lit sortir les Israélites chargés
et auro : et non erat in tribubus d'or et d'argent, sans qu'il y eut un seul
eorum infirmus. malade dans leurs tribus. Exod.xu, 35 (4).
38. La'tata est /Egyptus in pro- 38. L'Egypte se réjouit de leur départ,
fectionc eorum : quia incubuit ti- parce qu'elle était saisie par la frayeur
mor eorum super eos. qu'elle avait d'eux.
39. Expandit nubcm in protec- 39. Il étendit une nuée pour les mettre
tionem eorum, et ignem ut lucerct k couvert, et il fit briller un feu pour les
eis per noctem. éclairer pendant la nuit. Exod. xiu, 21.
Ps. LXXVII, 14. I Cor. x, i.
40. Petierunt, et venit coturnix : 40. ils demandèrent; et il fit venir des
et pane cœli saturavit eos. cailles, et il les rassasia du pain du ciel.
Exod. xvi, 13.
41. Dirupit petram,et fluxerunt 41. II fendit la pierre , et des eaux
aquaî : abieruntin sicco ilumina; jaillirent, et elles coulèrent comme un
fleuve dans le désert, Nomb. xix, 11,
42. Quoniam memor fuit verbi 42. parce qu'il se souvint de Ja parolo
sancti sui, quod habuit ad Abra- sainte qu'il avait donnée à Abraham, son
ham puerum suum. serviteur. ï. Moj/s. xv, 14; xvn, 7.
43. Et eduxit populum suum 43. Et il fit sortir son peuple rempli
in exultatione, et electos suos in d'allégresse, et ses élus transportés do
hrtitia. joie.
44. Et dédit illis regiones gen- 44. Et il leur donna les contrées dos
tium : et labores populorum pos- nations, et ils héritèrent des travaux des
séderont: peuples,
45. Ut custodiant justificationcs 45. afin qu'ils gardent ses ordonnan-
ejus, et legem ejus requirant. ces pleines de justice, et qu'ils s'appli-
quent à la recherche de sa loi.

Sommaire analytique.
Dans ce Psaume, qui est comme une suite du psaume CIII, et où lo
Psalmiste, après avoir raconté les merveilles de la création, montre celles
de la Providence dans le gouvernement du peuple de Dieu, le Prophète,
se rappelant la conduite paternelle et providentielle de Dieu à l'égard do
son peuple (VI Paroi., xvi, 8) (2),
(1) Dans toutes les tribus d'Israël, il ne se trouva pas un seul malade qui fut
par là obligé de rester en Egypte.
er
(2) Les quinze premiers versets de ce psaume se lisent au I livre des Paraît-
PSAUME CIV. 471

I. — EXHORTE LES ISRAÉLITES A LOUER, A CÉLÉBRER DIEU :


1° En paroles, a) par la confession et la reconnaissance de son souve-
rain domaine ; b) par l'invocation do son nom (1 ) ; c) en annonçant et en
publiant ses œuvres (2);
2° Par leurs œuvres, a) en pratiquant des vertus dignes de lui ; b) en
s'appliquant à chercher Dieu avec générosité (3, 4);
3° Par leurs pensées : o) en conservant un vif souvenir de ses bienfaits
et de ses préceptes (5).
II. — IL LEUR FAIT CONNAITRE LES RAISONS DE CE DEVOIR, QU'IL LES INVITE
A REMPLIR, C'EST-A-DIRE LES RIENFAIRS DE DIEU :
1° Avant leur entrée en Egypte : a) l'alliance faite par le Dieu tout-puis-
sant, avec Abraham, Isaac et Jacob et leur postérité, et la promesse qu'il
leur lit de leur donner la terre de Chanaan (6-12) ; 6) la protection dont il
les couvrit pendant leur voyage (13-15) ; c) le soin avec lequel il pourvut
à la subsistance des patriarches durant la famine, par la vente de Joseph,
sa captivité, et son élévation en Egypte (16-22);
2° Durant leur séjour en Egypte : a) la liberté qui leur fut donnée do
s'établir on Egypte, leur accroissement, et enfin, après les prodiges opérés
par Moïse, la liberté qu'il leur obtint de sortir do l'Egypte avec les richesses
des Egyptiens (23-38);
3° Après leur sortie d'Egypte, a) leur voyage miraculeux à travers le
désert; b) les prodiges opérés en leur faveur, la colonne de nuée et de
feu, la nourriture qui leur venait du ciel et l'eau qui jaillissait miraculeu-
sement du rocher, avec la raison de ces bienfaits passés et à venir, qui
est la promesse faite à Abraham (39-42) ;
4° Dans leur entrée dans la terro do Chanaan : a) Dieu les met on pos-
session de cette terre, au milieu des transports de la plus vivo allégresse
(43, 44). Ce dessein do Dieu, en comblant ainsi son peuple de bienfaits,
était de le rendre fidèle aux lois qu'il lui donnait (45).

pomènes (xvi, 8-23) ; ils y sont rapportés comme ayant été chantés û la translation
de l'arche. Il est donc probable qu'ils ont été composés par David l u i - m ê m e
Quant au reste du psaume, il n'est point aussi certain qu'il soit du môme temps
©t d u mémo a u t e u r . Toutefois, malgré l'opinion d e quelques exégètes, qui en
reculent la composition après la captivité, nous croyons quo l'uniformité du style
est une raison de croire qu'il est tout entier du uiêuic auteur.
472 PSAUME CIV.

Explications et Considérations (l).

I. — 1-5.

fi. 1-5. Trois grands objets de nos devoirs: Dieu, nous-mêmes et


notre prochain. 1° Nous devons offrir à Dieu le tribut de nos louanges;
2° nous devons lui demander ses grâces ; 3° nous devons faire con-
naître aux autres les dons de Dieu. Nous accomplissons le premier
devoir par la foi, le second par l'espérance, le troisième par la charité.
Ajoutons-}' un zèle pur et désintéressé, qui no nous fasse chercher
notre gloire qu'en Dieu. Tel est le sujet de ce psaume, tel que l'énoncent
les trois premiers versets. — Il y a une espèce de gradation dans cette
invitation du Prophète : Reconnaître tout d'abord la grandeur de Dieu,
et concevoir des idées sublimes de sa puissance, de sa majesté, de son
éternité, de tout son être. — Ce premier exercice nous conduira facile-
ment à invoquer son saint nom , car la connaissance du besoin quo
nous avons de sa protection nous portera sans effort à implorer son
secours. Mais le zèle de sa gloire et l'amour que nous devons à nos
semblables ne nous permettront pas de garder le silence sur les œu-
vres de la puissance divine ; de là, l'obligation de lui rendre un cullo
public dans l'assemblée des fidèles , de joindre nos chants de louanges
et d'actions de grâces à ceux des ministres du sanctuaire. — A la
louange succède ordinairement l'invocation, dans laquelle le pécheur
forme comme un faisceau de tout ce qu'il désire ; c'est ainsi que l'O-
raison dominicale commence par uno très-courte louange à Dieu,
ainsi conçue : « Notre Père qui êtes aux cieux. » (S. AUG.) —
Glorifiez-vous, non pas dans votre vertu, ni dans votre courago,
mais dans le nom du Dieu qui vous a été p r ê c h é , selon cette
parole de l'Apôtre : « Que celui qui se glorifie, se glorifie dans le Sei-
gneur. » (I COR., XI.) — Point de véritable gloire que celle qui so
trouve en Dieu ; point de véritable joie que celle qu'on goûte en le
cherchant. (DUG.) — Qu'est-ce que la face du Seigneur, sinon sa pré-
sence?... Mais que signifie : «Cherchez toujours la face du Seigneur?!

(1) N.-B. Ce psaume, et les deux suivants, étant, dans leur plus grande partie,
une éiiumératiou di>s bienfaits de Dieu sur sou peuple, de ses m u r m u r e s , do son
ingratitude, de son idolâtrie et dos châtiments qui en furent la juste punition,
n'ont guère besoin que do l'analyse raisonnéo quo nous en donnons et à laquelle
n o u s nous contontous d'ajouter quelques réflexions qui sont l'abrégé sommaire
de la doctrine dos Pères.
PSAUME CIV. 473
Par ce mot « toujours >, le Prophète a-t-il voulu nous dire que, p e n -
dant toute notre vie d'ici-bas, comme nous la passons à partir du mo-
ment où nous savons qu'il nous faut chercher Dieu, nous devons le
chercher encore après l'avoir trouvé ? Car la foi l'a déjà trouvé, mais
l'espérance le cherche encore ; et la charité qui l'a déjà trouvé par la
foi, cherche à le posséder par la vision, dans laquelle il sera si pleine-
ment trouvé qu'il nous suffira, et que nous n'aurons plus à le cher-
cher. . . Chercher le Seigneur signifiant qu'on aime le Seigneur, l'a-
voir trouvé n'empêchera pas de le chercher ; et, au contraire, l'amour
de Dieu ne faisant que s'accroître, la recherche de Dieu ne fera que
s'accroître aussi, après qu'on l'aura trouvé. ( S . AUG.) — Nul n ' a p -
proche plus près de la connaissance de la vérité que celui qui com-
prend dans les choses divines, eût-il déjà fait de grands progrès, qu'il
reste encore bien des choses à chercher, à acquérir. (S. LÉON, Serm.
IXde Nativ.) — C'est un devoir pour nous de chercher Dieu toujour
dans nos actions, en ne faisant rien que sous sa conduite ; de le cher-
cher toujours dans la prière qui doit être continuelle, pour ôtre égale
ànos besoins; de le chercher avec le souvenir de ses jugements et de ses
bienfaits ; de le chercher toujours, jusqu'à ce que nous jouissions de
laclaire vision des cieux. — Nous devons toujours chercher la présence
de Dieu et nous appliquer avec un zèle persévérant à ce que Dieu, qui
nous accorde de jouir de sa présence, ne s'éloigne pas de nous. Durant
cette vie, c'est la foi qui c h 3 r c h e la présence, de Dieu, c'est l'espérance
qui le trouve ; mais c'est la charité qui l'obtient pleinement dans la
yie éternelle, là où l'amour de la vraie présence ne peut ni diminuer ni
in hune psalrn.)
s'éteindre. ( S . PROSPER,

IL — 6-22.

jh 6-22. Le Prophète va quitter l'enthousiasme ardent de ses louanges


et descendre à des paroles proportionnées à notre intelligence, pour
nourrir notre amour encore faible et pour ainsi dire encore à la ma-
melle, par le spectacle des merveilles que Dieu a faites dans le temps.
« 0 vous, race d'Abraham ; ô vous, enfants de Jacob, souvenez-vous
des merveilles qu'il a faites, de ses prodiges et des jugements de sa
bouche. » Mais le Psalmiste ne veut pas laisser croire qu'il s'adresse à
k seule nation des Israélisles selon la chair, sans comprendre de pré-
férence dans la race d'Abraham les enfants de la promesse plutôt quo
les enfants de la chair. (S. AUG.) — Ces enfants de Jacob, que Dieu a
474 PSAUME CIV.
cherchés de toute éternité, et qui sont les enfants d e l à promesse, sont
surtout ceux-là qui doivent se souvenir des merveilles que Dieu a opé-
rées, de ce qu'il a fait et de ce qu'il fait tous les jours en faveur des
hommes ; des prodiges de grâce qu'il accomplit pour les retirer de la
véritable Egypte, qui est le péché ; des jugements de justice et do
miséricorde qu'il exerce sur qui il lui plaît. — Sentiments et disposi-
tions des vrais Israélistes, qui n'ont point d'autre Dieu que le Seigneur,
et qui adorent avec un profond respect et une soumission entière,les
jugements que Dieu exerce sur la terre, quels qu'ils soient. — Dieu
n'oublie jamais l'alliance qu'il a faite avec les hommes. La promesse
de Dieu n'est pas sujette au changement, comme celle des hommes ;
elle ne s'affaiblit point par la longueur du temps, mais s'étend sur tous
les âges à venir. — Dieu fait serment, comme pour s'imposer à lui-
même la nécessité d'exécuter ce qu'il a promis et d'en faire un décret
irrévocable. — Terre de Chanaan, héritage des Israélites, selon la
chair. — Félicité du ciel, vraie terre des vivants, héritage des Israé-
lites selon l'esprit. — Petit troupeau d'élus choisis dans l'universalité
des nations, figure terrible du petit nombre de ceux qui doivent pos-
séder l'héritage du ciel. — La vie errante des Patriarches, figure des
chrétiens qui n'ont point de demeure fixe et arrêtée sur la terre, où ils
sont pèlerins et étrangers. (DUG.-, BELLARM ) — Cette Eglise antique*
était faible et jeune encore; quelques pasteurs errants en étaient les
représentants, et cependant Dieu avait avec elle tout son cœur, faisait
reposer en elle toutes ses espérances et éclater pour elle des prodiges
de toutes sortes. Les châtiments épouvantables dont Dieu punit le roi
d'Egypte et son peuple, lorsque de protecteurs des Israélistes, ils en
devinrent les persécuteurs acharnés, sont les préludes et les symboles
des effroyables châtiments que la justice divine a fait tomber sur les
nombreux persécuteurs qui, de siècle en siècle, ont cherché à opprimer
l'Eglise.— « Gardez-vous bien de touchera ceux qui sont consacrés do
mon onction sainte, et d'exercer vos malignités sur mes Prophètes. •
— Juger sévèrement nos frères est un désordre universellement con-
damné de Dieu ; mais il est spécialement condamnable, lorsque nous
nous attaquons aux puissances mêmes ; que nous osons juger ccux-
memes de qui nous dépendons, ceux que Dieu a établis pour nous
conduire, ceux qu'il nous a donnés pour maîtres et pour pasteurs :
les prélats et les ministres de l'Eglise. Pourquoi ? parce qu'il y a dans
eux un caractère que nous devons singulièrement respecter, el auquel
nous ne pouvons toucher sans blesser Dieu jusque dans la prunelle de
P AUME CIV. 473

son œil, suivant cette parole de Zacharie : « Celui qui vous touche,
me touche à la prunelle de l'œil. » (ZACH., n , 8 . ) Voilà pourquoi il
nous fait encore cetle défense si expressive : Ne touchez point à ceux
qui sont les oints du Seigneur, et gardez-vous d'exercer sur eux la
malignité de vos jugements. Désordre essentiellement opposé à cette
subordination dont Dieu est l'auteur, et par conséquent le conserva-
teur et le vengeur , puisque, du moment que je censure la vie et la
conduite de quiconque est au-dessus de moi, j e m'élève au-dessus de
lui, je me fais le juge de mon juge, et par là, j e renverse l'ordre où
Dieu m'avait placé, et m'expose aux suites malheureuses quo l'Apôtre
nous fait craindre d'un tel renversement. Désordre qui affaiblit et
qui énerve ; disons mieux : qui ruine et qui anéantit l'obéissance des
inférieurs ; car il est impossible que cette facilité à juger et à juger
mal ne produise peu à peu un secret mépris de celui môme dont on
juge, et que ce mépris ne fasse naître la contradiction, les murmures,
les révoltes de l'esprit et du cœur ; d'où il arrive qu'on n'a plus, dans
les sociétés les plus réglées, qu'une obéissance extérieure, qu'une
obéissance politique, qu'une obéissance sans mérite; parce que ce
n'est point une obéissance chrétienne. (DOURD. sur le jug. tém.) —
t Ils ont passé d'une nation à une Etutre nation, et d'un royaume à un
autre p e u p l e . . . Il a appelé la faim sur la terre, et il a brisé toute la
force du pain. » Ne négligeons point l'examen des termes employés
par les saintes Ecritures : « Il a appelé la faim sur la terre, » comme
si la faim était un personnage ou un corps animé, ou un esprit capa-
ble d'obéir à Celui qui l'appelait , tandis que la faim n'est qu'une
cause de destruction amenée par le manque de nourriture, qui devient
comme une maladie pour ceux qui l ' é p r o u v e n t . . . « Il a appelé la
faim, » en ce sens qu'il a ordonné que la famine sévît, de sorte q u ' a p -
peler signifiât nommer, que nommer signifiât dire et que dire signifiât
ordonner ; car il a appelé la faim, « lui qui appelle les choses qui ne
sont pas, comme celles qui sont. » (ROM., IV, 1 7 . ) Dieu a appelé la
faim, c'est-à-dire qu'il a fait éclater ce fléau qui déjà existait dans une
disposition secrète de sa volonté. (S. AUG.) — Famine spirituelle des
âmes d'autant plus redoutable qu'elle est moins sensible. — Dieu ôte
la force du pain de sa parole, lorsqu'il permet que la vérité soit an-
noncée d'une manière si humaine, qu'elle devient inutile à ceux qui
l'entendent. — « Il a envoyé un homme devant eux. » Quel h o m m e ?
Joseph. Comment l'a-t-il envoyé? «Joseph est vendu pour ôtre esclave.»
Assurément, cette vente a été le crime des frères de Joseph, et cepen-
476 PSAUME CIV.
dant Dieu a envoyé Joseph en Egypte. Il nous faut donc bien com-
prendre cette grande vérité, que Dieu tire un bon parti du mal quo
font les hommes, comme les hommes tirent un mauvais parti du bien
que Dieu fait. . . Le fer qui, selon le Prophète, a transpercé son âme,
nous représente les souffrances d'une dure nécessité, et l'affliction do
Joseph, jusqu'à ce que sa parole fût accomplie et que l'événement eût
justifié fou interprétation des songes. (S. AUG.) — Quoi de plus mal-
heureux que Joseph, si l'on juge de ses épreuves avec l'esprit du
monde ; mais quoi de [dus heureux, si l'on en juge par les règles do
la sagesse de Dieu ! — Nous voyons dans la mission confiée à Joseph
les caractères principaux de la mission donnée au pasteur des âmes,
au prédicateur de l'Evangile : 1 ° Il faut qu'il soit envoyé, « misit » ;
2° il doit marcher devant les autres par le bon exemple qu'il leur
donno, « ante cos » ; 3° il doit ôtre doué d'une force peu commune,
d'une force virile, « virum » ; 4° il doit être humble, jusqu'à devenir
le serviteur, l'esclave de tous, « in servum venumdatus est Joseph » ;
5° il doit avoir une patience à toute épreuve et supporter, si Dieu le
permet, les plus mauvais et les plus rudes traitements, « humiliaverunt
in compedibus pedes ejus » ; 6 ° il doit être plein de zèle et de ferveur,
« eloquiam Domini inflammavit eum » ; 7 ° il doit se regarder commo
placé à la tête de la maison de Dieu, « constituit cum dominum do-
mus suœ » ; 8 ° il doit instruire tous ceux qui lui sont soumis, mémo
les rois et les grands de la terre, « ut erudiret principes sicut semetip-
sum ». — Saint Ambroisc considère Jacob comme le modèle de tous
ceux qui veulent vivre heureux sur la terre. — Que peut-il manquer
en effet à celui qui est toujours accompagné de la vertu ? Dans quelle
situation ne sera-t-il pas puissant? dans quel état de pauvreté no
scra-t-il pas riche? dans quelle obscurité ne scra-t-il pas brillant?
dans quelle inaction ne sera-t-il pas laborieux? dans quelle infirmité
ne sera-t-il pas vigoureux ? dans quelle faiblesse ne sera-t-il pas plein
de force ? dans quelle solitude ne scra-l-il pas accompagné ? Il aura
pour compagne l'espérance de la vie bienheureuse ; pour vêtement,
la grâce du Très-Haut; pour ornement, les promesses de la gloire.
(S AMBR., de Jacob et vita beata.) — « H changea leur cœur, afin qu'ils
prissent son peuple en haine. » Faut-il prendre cette parole à la lettre
et croire que Dieu change le cœur de l'homme pour qu'il commette le
p é c h é ? ou bien n'était-ce pas une faute, ou n'était-ce qu'une faute
légère de haïr le peuple de Dieu et d'emptoyer la fourberie contre ses
serviteurs ? Dieu est-il donc l'auteur de ces péchés si graves, lui qu'on
PSAUME CIV. 477
ne peut croiro l'auteur même du plus léger péché ? Non, sans d o u t e .
Les Egyptiens n'étaient pas bons avant de haïr ion peuple ; ils étaient,
au contraire, assez méchants et assez impies pour porter aisément
envie au bonheur des étrangers établis chez eux. En multipliant son
peuple, Dieu, par ce bienfait même, poussa ces méchants à l'envie.
En effet, l'envie est la haine du bonheur des autres : c'est ainsi qu'il
porta leur cœur à haïr son peuple par envie et à accabler ses servi-
teurs par mille fourberies.'Ce n'est donc pas en faisant le mal, mais,
au contraire, en faisant du bien à son peuple, qu'il a excité à la haine
le cœur des Egyptiens, déjà méchant par lui-môme. Il n'a point per-
verti un cœur droit, mais il a dirigé vers la haine pour son peuple
leur cœur déjà pervers par lui-même, afin de tirer le bien du mal
qu'ils feraient. (S. AUG.)
III. — 23-45.
f. 23-45. Admirable multiplication du peuple de Dieu dans l'Egypte,
figure de l'Eglise qui, dans ses commencements, était réduite à peu
de personnes, et que le Seigneur a multipliée au point où nous la
voyons maintenant. — Impossibilité pour les vrais serviteurs de Dieu
d'être longtemps d'accord avec los Egyptiens , c'est-à-dire avec les
mondains: ils les haïront toujours, parce qu'ils ne peuvent souffrir ni
leurs maximes, ni leur conduite, et ils ne manqueront jamais de trou-
ver mille artifices pour les accabler. Mission divine de Moïse et d'Aa-
ron. — Plus une mission est nouvelle et extraordinaire, plus elle a
besoin d'être confirmée par des miracles extraordinaires. — Plaies
d'Egypte. (V. ps. LXXXVH.)— Sortie triomphante des Israélites.— Sortir
d'une dure épreuve chargé de nombreuses richesses, quel inestimable
bonheur! — Aucun infirme do corps dans los tribus d'Israël; mais
aucun qui ne soit infirme dans l'âme et dans Israël, et même parmi
les chrétiens. — C'était par crainte, et non par conscience et par
amour, que les Egyptiens donnèrent la liberté aux Israélites. Imago
trop fidèle des dispositions de plusieurs chrétiens qui ne font rien que
par une crainte intéressée, toujours prêts à se révolter contre Dieu,
sans jamais céder, sinon aux coups sensibles, ou au moins aux me-
naces de sa justice rigoureuse. — « Le Seigneur fit sortir les Israélites
avec beaucoup d'or et d'argent, » parce qu'ils n'étaient pas encore
capables de mépriser le salaire temporel, sans doute, mais légitime,
dû à leurs travaux. Or, si les Israélites ont trompé les Egyptiens, en
leur empruntant de l'or et de l'argent, il ne faut pas croire que Dieu
commande de semblables ruses à ceux dont le cœur est élevé vers le
478 PSAUME CIV.
ciel, ou qu'il les approuve, s'ils les mettent en œuvre. En effet, Dieu,
d'après ces paroles, a permis plutôt que prescrit cette action à ce
peuple dont il voyait le cœur et dont il connaissait l'avarice. Cepen-
d a n t des âmes charnelles pourraient alléguer comme motifs d'appro-
bation pour la conduite des Israélites, que les Egyptiens n'ont souf-
fert de leur part que ce qu'ils méritaient, et que, si les Israélites ont
employé la ruse, ils n'ont fait que reprendre à des hommes injustes
le salaire qui leur était dû. Mais répondons simplement que Dieu s'est
servi, tant de l'injustice des Egyptiens que de la faiblesse des Israélites
pour figurer et prédire par ces faits les choses qu'il voulait accomplir
un jour. ( S . AUG.) — Providence de Dieu sur son peuple dans lo
désert, bienfaits nouveaux, raison de ces bienfaits, et fin que Dieu s'y
proposait ; — nuée qu'il étend pour les protéger, figure de la foi et
des deux rapports qui la caractérisent : son obscurité et sa lumière
Elle est obscure, parce qu'elle a Dieu pour objet; lumineuse, parce
qu'elle est donnée à l ' h o m m e ; obscure, parce que Dieu est grand ;
lumineuse, parce qu'il est j u s t e ; obscure, parce que l'homme est
borné ; lumineuse, parce qu'il est raisonnable ; obscure, pour ne point
la confondre avec les vérités qui tombent sous les s e n s ; lumineuso,
pour la distinguer de l'erreur ; obscure enfin, parce qu'elle doit nous
soumettre , et lumineuse, parce qu'elle doit nous conduire. (Mgr DB
BOULOG. su}' la Foi.) — « Et il leur donna les pays des nations, et les
fit entrer en possession des travaux des peuples. » Comme si nous de-
mandions quelle est la valeur de ces biens donnés aux Hébreux, et do
peur qu'on ne pensât que cette félicité temporelle accordée par Dieu
à son peuple est le souverain bien , le Prophète nous reporte de suito
à la recherche du souverain bien, et nous signale dans le corps du
psaume, l'âme qui s'y trouve on quelque sorte cachée : « Afin, dit-il,
qu'ils gardassent ses ordonnances pleines de justice, et qu'ils re-
cherchassent sa loi. » Il faut conclure de là que si les serviteurs et los
élus de Dieu, enfants de la promesse, véritable et légitime race d'A-
braham et imitateurs de sa foi, reçoivent de Dieu ces biens terrestres,
ce n'est pas pour qu'ils se plongent dans le luxe, ou qu'ils s'engourdissent
dans une sécurité coupable. Ils doivent, au contraire, posséder ces
biens que la miséricorde divine leur a préparés et dans la recherche
desquels ils pourraient se laisser absorber par de laborieux soucis,
de telle sorte qu'ils s'appliquent à la recherche de ce qui peut leur
procurer le bien éternel, c'est-à-dire qu'ils gardent ses ordonnances
et recherchent sa loi. (S. AUG.)
PSAUME CV. 479

PSAUME CV.

Alléluia. AUcluia;
1. Confitemini Domino quoniam 1. Louez le Seigneur, parce qu'il est
bonus : quoniam in saeculum mi- bon , parce que sa miséricorde est éter-
sericordia ejus. nelle. Judith, xni, 21.
2. Quis loquetur potenlias Do- 2. Qui racontera les ouivres do la puis-
mini, auditas faciet omnes laudes sance du Seigneur, et qui publiera toutes
ejus ? ses louanges? Eccli. X L I H , 35.
3. Beati qui custodiunt judi- 3. Heureux ceux qui gardent l'équité,
cium, et faciunt justitiam in omni et qui pratiquent la justice en tout temps.
temporo.
4. Mémento nostri Domine in 4. Souvenez-vous de nous , Seigneur,
beneplacito populi tui : visita nos dans votre bieuveillance pour votre peu-
in suiutari tuo : ple ; visitez-nous pour nous sauver (1),
5. Advidenduminbonitateelcc- 5. afin que nous voyions les biens dont
torum tuorum , ad lœtandum in jouissent vos élus, que nous nous réjouis-
laetitia gentis tuœ : ut lauderis sions de la joie de votro peuple , et que
cum heredilate tua. vous soyez loué dans votre héritage.
6. Pcccavimus cum patribus nos- G. Nous avons péché avec nos pères ;
tris : injuste egimus, iniquitatem nous avons agi injustement ; nous avons
fecimus. commis l'iniquité (2).
7. Patres nostri in TEgypto non 7. Nos pères ne comprirent point vos
intellexerunt mirabilia tua : non merveilles dans l'Egypte ; ils ne se sou-
fuerunt memores multitudinis mi- vinrent point de vos innombrables misé-
sericordiœ tuaî. ricordes
Et irritaverunt ascendentes in Et ils vous irritèrent lorsqu'ils mon-
mare, mare Rubrum. taient vers la mer Rouge. (3).
8. Et salvavit eos propter no- 8. Et le Seigneur les sauva à cause de
men suum : ut notam faceret po- son nom, afin de faire connaître sa puis-
tentiam suam. sance.
9. Et increpuit mare Rubrum, et 9. 11 gronda la mer Rouge, et elle so
siccatum est : et ex deduxit eos in dessécha; et il les conduisit au milieu
abyssis sicut in deserto. des abîmes comme dans les plaines du
désert. Exod. xiv, 21.
10. Et salvavit eos do manu 40. Et il les sauva des mains do ceux
odientium : etredemit eos de manu qui los haïssaient ; et il les délivra des
inimici. mains de leur onnomi.
11. Et operuit aqua tribul.ntes 11. La mer engloutitceuxqui les pour-
eos : unus ex eis non remansit. suivaient , sans qu'il eu restât un seul.
Exod. xiv, 27.
12. Et crediderunt vertus ejus : 12. Alors ils crurent à ses paroles , et
et laudaverunt laudom ejus. ils chantèrent ses louanges (4).
13. Cito fecerunt, obliti sunt 13. Mais ils s'en lassèrent bientôt; ils
operum ejus : et non sustinuerunt oublièrent ses œuvres, et ils n'attendirent
consilium ejus. pas l'accomplissement de ses dosseins.
14. Et concupierunt concupis- 14. Ils s'abandonnèrent à dos désirs
(1) In beneplacito, à cause do la bieuveillance que vous portez à votre peuple.
(2) Dans les grandes calamités , c'était l'usage do faire ainsi la confession pu-
blique de ses péchés (I Esdr. ix, 6, 7; Tob. m, 3, 4; Judith, vu, 19; llaruch. i,
15-20; II, 5-8; Dan. ix. G).
(3) Allusion au murmure qui procoda le passage de la mer Rouge.
4) Allusion au cantique de Moïse.
480 PSAUME CV.
centiam in deserto : et tentave- déréglés dans le désert; et tentèrent
runt Deum in inaquoso. Dieu dans un lieu où. il n'y avait point
d'eau. Exod. xvn, 2.
Uï. Et dédit eis petitionem ipso- 15. Et il leur accorda leur demande;
rum : et misit saturitatem in ani- et il envoya de quoi rassasier leurs dé-
mas eorum. sirs. Nomb. xi, 31.
16. Et irritaverunt Moysen in 16. Et ils irritèrent dans le camp
castris, Aaron sanctum Domini. Moïse et Aaron, le saint du Seigneur.
17. Aperta est terra, et degluti- 17. La terre s'entrouvrit, et elle en-
vit Dathan, et operuit super con- gloutit Dathan, et elle se referma sur la
grcgationem Abiron. troupe d'Abiron. Nomb. xvi, 32.
18. Et exarsitignis in synagoga 18. Un feu s'alluma au milieu de ces
eorum : flamma combussit pecca- factieux, et la flamme consuma ces mé-
tores. chants.
19. Et fecerunt vitulum in Ho- 19. Et ils fabriquèrent un veau près
reb : et adoraverunt sculptile. d'Horeb ; et ils adorèrent un ouvrage de
sculpture. Exod. xxxn, 4.
20. Et mutavcrunt gloriam suam 20. Et ils changèrent leur gloire contre
in similitudinem vituli comedcntis l'image d'un veau qui mange de l'herbe.
fœnum.
21. Obliti sunt Deum, qui sal- 21. Ils oublièrent lo Dieu qui les avait
vavit eos , qui fecit magnalia in sauvés, qui avait fait de grandes choses
JEgypto . dans l'Egypte,
22. mirabilia in terra Chain : 22. des prodiges dans la terre de
terribilia in mari Hubro. Cham , des choses terribles dans la mer
Rouge.
23. Et dixit ut disperderet eos : 23. Et il avait résolu de les perdre, si
si non Moyses electus ejus stetisset Moïse , qu'il avait choisi, ne se fût pré-
in confractione in conspectu ejus. senté devant lui sur la brèche (1),
Ut avertoret iram ejus ne dis- pour détourner sa colère et prévenir
perderet eos : leur ruine.
24. et pro nihilo habuerunt ter- 24. Et ils comptèrent pour rien uno
ram desidcrabilem : terre si digne de leurs désirs.
Non crcdidcrunt verbo ejus , Us ne crurent point à sa parole;
25. et murmuraverunt in tabcr- 25. ils murmurèrent dans leurs tentes;
naculis suis : non exaudierunt vo- et n'écoutèrent point la voix du Soi-
cem Domini. gneur.
20. Et elevavit manum suam 26. Et il leva sa main sur eux, et jura
super eos : ut prosterneret eos in de les anéantir dans le désert (2),
deserto :
27. Et ut dcjiceret semen eorum 27. et d'abaisser leur race parmi les
in nationibus : et dispcrgeret eos nations, et de les disperser en divers pays.
in regionibus.
28. Et initiati sunt Rcclphegor : 28. Ils se consacrèrent à Béelphégor,
et comederuut sacrilicia mortuo- et ils mangèrent des victimes immolées
rum. aux morts.

(1) Si Moïse ue se hit tenu sur la brèche pour l'arrêter, si Moïse ne se fut pré-
senté devant Dieu pour intercéder eu leur faveur. L'image est prise d'un mur em-
porté d'assaut, auquel on a fait brèche, et où un soldat valeureux se présente pour
repousser ceux qui se précipitent daus la place. Ici Dieu est l'ennemi qui veut
pénétrer, Moïse le défenseur qui ee tient sur la brèche et demande grâce. (D'Au..)
(2) Et elevavit peut siguificr qu'il j u r a de les faire tomber morts dans le désert
c o m m e les h o m m e s j u r e n t en levant la main ; on attribue ici cet acte h Dieu,
(Exod. vi, 8).
PSAUME CV. 4si
29. Et irritaverunt eum in adin- 29. Et ils irritèrent lo Seigneur par
ventionibus suis : et multiplicata leurs œuvres criminelles ; et le châtiment
est in eis ruina. éclata sur un grand nombre
30. Et stotit Pbinoes , et placa- 30. Mais Phinéôs se présenta; il apaisa
vit : et cessavit quassatio. le Seigneur, et le fléau cessa ses ravages.
Nomb. xiv.
31. Et reputatum est ei in jus- 31. Et ce zèle lui fut imputé à justice
tiam, in generationem et genera- pour toujours, et dans la suite de toutes
tionem usque in sempiternum. les générations.
32. Et irritaverunt eum ad aquas 32. Us irritèrent encore Dieu aux eaux
contradictionis : et vexatus est de contradiction ; et Moïse fut châtié à
Moyses propter eos : cause d'eux (1 ) ;
33. quia exacerbaverunt spiri- 33. car ils aigrirent son esprit,
tum ejus.
Etdistinxitin labiis suis : et il fut défiant dans ses paroles.
34. non disperdiderunt gentes, 34. Us n'exterminèrent point les na-
quas dixit Dominus illis. tions que le Seigneur avait marquées ;
35. Et commixti sunt inter gen- 35. mais ils se mêlèrent parmi ces na-
tes, et didicerunt opéra eorum : tions , et ils apprirent leurs œuvres.
36. et sorvieruntsculptilibus eo- 36. Et ils adorèrent leurs idoles sculp-
rum, et factum 63t illis in scanda- tées, et ce fut pour eux une occasion de
lum. scandale.
37. Et immolaverunt filiossuos, 37. Et ils immolèrent leurs fils et leurs
et filias suas dsemoniis. filles aux démons.
38 Et effuderunt sanguinem in- 38. Us répandirent le sang innocent,
nocentent : sanguinem filiorum le sang de leurs fils et do leurs filles ,
suorum et filiarum suarum , quas qu'ils sacrifièrent aux idoles de Chanaan,
sacrificaverunt sculptilibus Cha- taillées en sculpture.
naan.
Et infecta est terra in sanguini- Et la terre fut souillée par des flots
bus , de sang.
39. et contaminata est in operi- 39. Elle fut souilléo par leurs œuvres
bus eorum : et fornicati sunt in criminelles; et ils se prostituèrent à leurs
adinventionibus suis. inventions (2).
40. Etiratus est furoro Dominus 40. La colôro du Seigneur s'enflamma
in populum suum : abominatus contre son peuple ; et il eut en abomina-
est baîreditatem suam. tion son héritage.
41. Et tradidit eos in manus 41. Et il les livra entre les mains des
gentinm : et dominati sunt eorum nations ; et ceux qui les haïssaient les
qui oderunt eos. courbèrent sous leur joug (3).
42. Et tribulaverunt eos inimici 42. Leurs ennemis los opprimèrent; ils
eorum, et bumiliati suntsub ma- furent humiliés sous leur puissance,
nibus eorum,
43. sœpo libcravit eos. 43. et souvent Dieu les délivra.
Ipsi autem exacerbaverunt eum Mais ils l'irritèrent de nouveau par
in consilio suo et humiliati sunt leurs desseins ; et ils furent humiliés à
in iniquitatibus suis. cause de leurs injustices.
44. Et vidit cum tribularentur : 44. Il considéra leur détresse, et il
et audivit orationem eorum. écouta leur prière.
45. Et memor fuit testamenti 45. Il se souvint de son alliance ; il se
sui : et pœnituit eum secundum repentit selon la grandeur de sa miséri-
multitudine misericordiaî suœ. corde.
(1) Moïse douta s'il serait possible à Dieu de faire sortir de l'eau du rocher; il
fut puni de ce doute en mourant sans entrer dans la terre promise.
(2) La fornication est ici le culte d'un faux dieu.
(3) V. 41 et suiv. Ces versets sont relatifs au temps des juges.
TOME II, . 3 1
482 PSAUME CV.
46. Et dédit eos in misericordias 46. Il fit éclater sur eux ses miséri-
in conspectu omnium qui cepe- cordes envers eux, à la vue de tous ceux
rant eos. qui les avaient rendus captifs.
47. Salva nos Domine Deus 47. Sauvez-nous, Seigneur notre Dieu,
noster : et congrega nos de natio- et rassemblez-nous du milieu des nations,
nibus : afin que nous rendions gloire à votro
l't confiteamur nomini sancto saint nom , et que nous mettions notro
tuo : et gloriemur in lande tua. gloire dans vos louanges.
48. Benedictus Dominus Deus 48. Béni soit le Seigneur, le Dieu d'Is-
Israël a sœculo et usque in srecu- raël , dans tous les siècles. Et tout lo
lum : et dicet omnis populus : peuple dira : Ainsi soit-il, ainsi soit-il (i).
Fiat, fiât.

Sommaire analytique.
Ce Psaume est comme la contre-partie du précédent. Le Psalmiste y par-
court l'histoire du peuple hébreu depuis la sorlio d'Egypte jusqu'au temps
des Juges, et considère les bienfaits dont Dieu l'a comblé, malgré son in-
gratitude, ses murmures et ses infidélités. — Rien n'empêche d'attribuer
à David la composition de ce psaume, où, d'après les exégètes les plus
autorisés, le style ne renferme aucune trace d'une époque plus récente.
(LE HIR.) Quelques autres ont pensé que ce psaume pouvait être reculé
jusqu'au temps de la captivité, et, dans cette hypothèse, l'auteur aurait
emprunté à David les versets 1, 46, 47 de ce psaume, qui se lisent au
er
1 livre des Paralipomèncs. L'auteur du verset 48 leur paraît évidemment
postérieur a la captivité.
I. — LE rROriIÈTE EXHORTE TOUS LES ISRAÉLITES A LOUER DIEU :
1° En proclamant sa bonté et sa miséricorde (1) ;
2" En publiant sa puissance et ses œuvres (2) ;
3° En imitant sa justice et sa sainteté (3);
4° En demandant pour tout le peuple la grâce et le salut qui doivent
tourner à la gloire de Dieu (4, 5) ;
5° En reconnaissant et en confessant leurs offenses envers Dieu (6).
II. — IL EXrOSE ALTERNATIVEMENT LES INFIDÉLITÉS DES ISRAÉLITES, LES CHATI-
MENTS QUI EX ONT ÉTÉ LA JUSTE TUNITION ET LA BONTÉ DE DIEU A LEUR ÉGARD t
1° Lors de la sortie d'Egypte : a) leur péché d'ignorance, d'oubli et de
murmure (7) ; b) la bonté de Dieu dans le passage miraculeux de la mer
Rouge (8-10) ; c) la vengeance exercée contre les Egj'ptiens en faveur des
Hébreux (11, 12);
2° A leur entrée dans le désert : o) leur péché d'ingratitude et de con-
voitise sensuelle (13, 14); b) la bonté de Dieu leur accordant co qu'ils
désiraient, et le châtiment qui suivit l'accomplissement de leurs désirs (ili);

(1) Ce verset indique quo lo peuple devait répondre ici : Amen, Alléluia.
PSAUME CV. 483
3° Dans le voyage à travers le désert : a) leur péché d'envie et d'ambi-
tion contre Moïse et Aaron (10); b) la vengeance que Dieu lira du crime
de Dathan et d'Abiron, en permettant que la terre les engloutît eux et
leurs compagnons (17, 18);
4° Durant leur séjour dans le désert : a) l'adoration du veau d'or et
l'oubli de Dieu, et le châtiment dont Dieu voulait les frapper suspendu par
Moïse (19-23) ; 6) leurs nouveaux murmures et la punition dont ils furent
suivis (24-27) ; c) leurs désordres et le culte rendu à Bôclphôgor punis par
la mort d'un grand nombre, la vengeance de Dieu arrêtée par l'interven-
tion do Phinôês (28-31) ; d) leur impatience et leurs contradictions provo-
quant la justice de Dieu môme contre Moïse (32, 33) ;
5° Après leur entrée dans la terre promise : a) leur tolérance coupable
à l'égard des Chananéens, la participation à leur culte sacrilège et à leurs
abominations (34-39) ; b) la juste punition de ces crimes par les ennemis
qui les réduisirent en captivité et dévasteront leur contrée (40-43) ; c) la
miséricorde de Dieu se souvenant de son alliance et fléchissant la dureté
de leurs vainqueurs (43-46).
III. — IL TERMINE :
1° En demandant à Dieu la délivrance de son peuple, pour célébrer ses
louanges et sa gloire (47) ;
2° En commençant ce cantique de louange et exhortant le peuple de
Dieu à s'unir à lui (48).

Explications et Considérations.

I. — 1-6.
f. 1-6. Ce psaume et le précédent sont si étroitement liés entre eux,
que le premier nous signale le peuple de Dieu dans ses élus, de la part
desquels aucune plainte ne s'est élevée, et qui sont du nombre do
ceux en qui Dieu s'est complu (1 Cou. x, v), et que le second nous
signale les hommes du peuple dont les murmures ont provoqué en
Dieu de l'amertume, sans que pourtant sa miséricorde les ait aban-
donnés. Le Psalmiste parle au nom de ceux d'entre eux qui, s'étant
convertis, ont imploré leur pardon, et il rapporte des exemples de
pécheurs envers lesquels a éclaté la divine miséricorde, riche môme
envers ceux qui l'offensent. (S. AuG.) — Il en est qui louent le Sei-
gneur parce qu'il est puissant ; il en est d'autres qui le louent parce
qu'il est bon à leur égard; il en est enfin qui le louent absolument,
parce qu'il est bon.— Les premiers sont des esclaves qui le craignent ;
les seconds sont des mercenaires qui ne pensent qu'à leurs intérêts ;
484 PSAUME CV.
les troisièmes sont des enfants qui rendent honneur à leur père.
(S. BERN., Ep. xi.) — Après avoir invité tout son peuple à exalter le
Seigneur, à publier les prodiges de sa miséricorde, lo Prophète, se
repliant en quelque sorte sur lui-même, considère que personne n'est
capable d'exalter comme il faut la puissance de la miséricorde divine.
(BERTDIER.) — « Qui peut suffire à raconter ses œuvres? qui sondera
ses merveilles? qui pourra dépeindre la grandeur de sa puissance, ou
qui entreprendra de raconter sa miséricorde. On ne peut ni diminuer,
ni accroître, ni connaître la grandeur de Dieu. » (ECCLI. XVIII, 2-5.)
Dieu est invisible, ineffable, infini; tout discours est réduit au silence
pour exprimer ses grandeurs, toute intelligence condamnée à l'im-
puissance pour sonder ses divines perfections et les concevoir. (S. DTIL.)
— Mais si quelqu'un est digne de célébrer les merveilles de la puis-
sance du Seigneur d'une manière qui lui plaise, ce sont ceux qui
gardent les règles de la justice, et qui font, en tout temps et dans
toutes les occasions ce qui est juste, car s'il est bon de le louer par
nos discours, il est bien mieux de le louer p a r nos œuvres et par la
pratique de la justice. — Or, il ne suffit pas d'être juste par inter-
valles : l'observation de la justice est un devoir de tous les âges, de
tous les temps, de toutes les conditions, de toutes les situations. « Ai-
mez le Seigneur votre Dieu, gardez ses préceptes, ses lois, ses ordon-
nances en tout temps. (Dent.) — En raison de la signification voisine
des deux mots jugement et justice, il semble qu'on peut les employer
l'un pour l ' a u t r e ; cependant, si l'on veut les prendre dans leur
sens propre, j e ne doute pas qu'il n'y ait entre eux une différence,
et que l'on ne doive dire de celui qui j u g e bien qu'il garde le juge-
ment, et de celui qui agit bien, qu'il pratique l a j u s t i c e . — «Visitez-
nous par le salut que vous nous donnez. » Il s'agit ici du Sauveur
lui-même, au nom duquel les péchés sont remis et les âmes guéries,
afin que les justes puissent garder le jugement et pratiquer lajustice.
(S. AUG.) — « Afin que nous voyions la bonté dont vous comblez vos
élus. » Les biens de la terre, plaisirs, honneurs, richesses, sont, pour
l'ordinaire, le partage des méchants et des réprouvés; les seuls véri-
tables biens sont les biens des élus, ceux que Dieu réserve à ses amis.
Ce sont ceux-là qu'il faut désirer de voir. « Afin que nous voyions les
biens promis à vos élus. » La béatitude pleine et parfaite consislo
dans la vision d e Dieu : « J e serai rassasié, lorsque voire gloire m'ap-
paraîtra. » (Ps. xvi, 15.) Dieu lui-môme sera pour nous la réunion do
tous les biens. Avare, que cherchiez-vous à recevoir? que peut de-
PSAUME CV. 485
mander à Dieu celui à qui Dieu ne suffit pas ? (S. AUG., Serm. 7° sur
dîv.) — Nous nous réjouirons dans le ciel avec Dieu et avec les saints,
« pour nous réjouir de la joie qui est propre à votro peuple. » La rai-
son pour laquelle nous devons nous réjouir en Dieu est tirée de son
infinie perfection, à laquelle participe, en lui devenant semblable, celui
qui le voit face à face et le goûte dans la plénitude de son â m e .
Beaucoup veulent se réjouir, mais peu cherchent la joie propre au
peuple de Dieu. — Fausse joie du monde, à laquelle il ne faut p r e n -
dre aucune part. — Se réjouir de la seule joie qui est propre au peu-
ple de Dieu.
II. — 7-33.

fi. 7-12. Que signifient ces paroles : « Nos pères n'ont pas compris
vos merveilles,» sinon qu'ils n'ont pas compris ce que vous vouliez leur
donner en acccomplissant ces merveilles ? Qu'est-ce donc, sinon la
vie éternelle et non un bien temporel, mais un bien immuable, qu'il
faut attendre par la patience ? Or, dans leur impatience, ils ont m u r -
muré, ils se sont livrés à l'amertume de leur cœur, et ils ont cherché
le bonheur dans les biens de la vie présente, biens fugitifs et t r o m -
peurs. « Us ne se sont pas souvenus de l'abondance de votre miséri-
corde. » Le Prophète adresse ses reproches à leur intelligence et à
leur mémoire. En effet, ils avaient besoin d'intelligence pour se r e n -
dre compte des biens éternels auxquels Dieu les appelait au moyen
de ces biens temporels, et de mémoire pour ne pas oublier du moins
les miracles que Dieu avait opérés dans le temps, et croire avec pleine
confiance que Dieu les délivrerait de la persécution de leurs ennemis,
avec la puissance dont ils avaient déjà fait l ' é p r e u v e . . . (S. AUG.) —
Remarquons surtout que l'Ecriture a voulu accuser les Juifs de n ' a -
voir pas compris ce qu'ils devaient comprendre, et de ne s'être pas
souvenus de ce qu'ils devaient garder dans leur mémoire : deux choses
que les hommes ne veulent pas qu'on leur impute comme fautes, et
cela, afin d'être moins suppliants, moins humbles vis-à-vis de Dieu,
en présence de qui ils doivent confesser ce qu'ils sont, afin, que par
son secours, ils puissent devenir ce qu'ils ne sont pas. (S. AUG.) —
« Il a menacé la mer Rouge et elle s'est desséchée. » Le Prophète a p -
pelle du nom de menace la puissance divine qui a fait ce miracle... Il
y a une force trôs-secrète, trôs-cachéc, par laquelle Dieu agit, do telle
sorte que même les êtres privés de sentiment obéissent immédiate-
ment à sa volonté. (IDEM.) — On s'étonne de l'insensibilité ou plutôt
48G PSAUME CV.
de la stupidité des anciens Israélites, qui n'avaient point l'intelligence
des merveilles opérées sous leurs yeux, qui ne s'en souvenaient pas,
qui irritaient Dieu dans le temps où il les comblait de bienfaits. —
Mais quelle raison bien plus forte de s'étonner, et en môme temps de
condamner un grand nombre de chrétiens à qui Jésus-Christ, ses
mj'stères, ses enseignements, sont presqu'inconnus, après tant de
siècles de prédications, d'instructions et de miracles. — Dieu ne sauve
les pécheurs que pour manifester la gloire de son nom et pour faire
mieux connaître la grandeur de sa puissance, qui paraît effectivement
davantage par cette opposition do la misère, do la malice et de la cor-
ruption de ceux qu'il sauve. (DUGUET.)
fi. 13-15. Ingratitude et inconstance du cœur humain, qui quelque-
fois sert et loue Dieu par humeur et par caprice, et qui se lasse bientôt
de recourir à lui, si Dieu ne lui accorde d'abord ce qu'il demande. —
Rien de plus odieux que cette précipitation qui semble imposer des
lois à Dieu dans le môme moment qu'on implore son secours, et qui
change en une espèce de servitude cette bonté toute gratuite par
laquelle il promet de nous secourir. — Exemple terrible du malheur
de ceux qui se dégoûtent des choses spirituelles et soupirent après les
plaisirs du siècle qui tuent et ne rassasient pas les âmes. Souverain
malheur et dernier effet de la colère de Dieu, lorsqu'il semble exaucer
ces demandes déréglées qui ne vont qu'à satisfaire les passions. (DU-
GUET.) — Us étaient dans un lieu aride, desséché et sans eau, parce
qu'ils ne reconnaissaient pas la divine rosée qui leur était ménagée
par l'Esprit-Saint dans la colonne de nuée qui les précédait. (S. JÉR.)
— L'intempérance est la cause de tous les vices. 1° Elle est la cause
de l'inconstance dans la vertu : « Us se lassèrent bientôt. » 2° Elle
jette dans m oubli complet de Dieu : « Us oublièrent les œuvres de
Dieu. » Elle substitue au culte de Dieu, le culte d'une autre divinité,
dont saint Tanl a dit dans son langage énergique : « Leur Dieu est
leur ventre. » (PujLirr. m , 19.) 3° Elle est impatiente de tout frein,
et se laisse aller aux murmures contre Dieu : « Ils n'attendirent pas
le temps de ses conseils. » 4° L'intempérance est insatiable : « Ils dé-
sirèrent ardemment de manger des viandes dans le désert. »
f. 16-18. Châtiment terrible de l'indépendance ambitieuse que ces
malheureux rebelles affectèrent à l'égard de Dieu, en refusant de se
soumettre à ceux qu'il avait mis au-dessus d'eux. — Image vive,
quoique très-imparfaite du feu de l'enfer, qui ne s'éteindra jamais cl
brûlera une infinité de malheureux réprouvés, sans jamais les consu-
P S A U M E CV. 487
mer. (DUG.) — « Leur sort malheureux, dit l'Apôtre saint Pierre, ne
dort point. » Que ce mot est terrible 1 que la patience de notre Dieu
r
est redoutable 1 Nous ne vo} ons plus d'hommes punis comme les
Israélites murmurateurs dans le désert ; mais notre Dieu a m a r q u é
un jour où tous les pécheurs boiront le calice de sa fureur ; et c'est ce
j o u r qu'il faut méditer sans cesse. (BERTniER.)
f. 19-33. P l û t à Dieu que ce crime de l'adoration du veau d'or eût
fini avec leurs auteurs, et qu'il ne fût pas renouvelé tous les jours par
des chrétiens qui s'adorent eux-mêmes, qui ne se lèvent chaque j o u r
que pour jouer et se divertir, et dont l'oisiveté, la bonne chère, le
plaisir, le divertissement remplissent toute la vie. — « Dieu déclare
qu'il les ferait périr, si Moïse, son élu, ne s'était tenu devant lui en s'of-
frant à ses coups. » C'est là une preuve de ce que vaut auprès de Dieu
l'intercession des saints. Moïse, certain que la justice de Dieu ne pou-
vait le frapper, a obtenu miséricorde pour des coupables que Dieu
pouvait frapper avec justice. ( S . AUG.)— Jusqu'où va l'aveuglement du
cœur de l'homme, lorsqu'il a renoncé volontairement à la lumière de
Dieu pour s'abandonner à ses ténèbres. (DUG.) — « Us comptèrent pour
rien la terre qu'ils devaient désirer. » Mais l'avaient-ils vue ? Com-
ment donc ont-ils compté pour rien une terre qu'ils n'avaient pas vue,
sinon comme la suite l'explique? « Et ils ne crurent point à ses p a -
roles. » Assurément, si cette terre, où l'on disait que coulaient le lait
et le miel, n'avait été la figure d'une grande chose, et si de ce signe
visible elle n'avait conduit à la grâce invisible et au royaume des
cieux ceux qui comprenaient les merveilles de Dieu, les Israélites ne
seraient point accusés d'avoir compté pour rien cette t e r r e . . . Mais ce
qui rend surtout leur incrédulité coupable, c'est qu'ils n'ont compté
pour rien cette terre si désirable, que parce qu'ils n'ont pas cru aux
paroles de Dieu, qui des petites choses les conduisait aux grandes ;
et parce que, se hâtant de jouir des biens temporels qu'ils goûtaient
selon la chair, ils n'ont pas attendu patiemment, comme il a été dit
plus haut, l'exécution des desseins de Dieu. ( S . AUG.) — Qu'un homme
ait l'insolence de dédaigner ce que Dieu estime, de mépriser ce que
Dieu promet, il y a là un si étrange renversement de toutes les idées
saines et vraies, que nous ne devons pas nous étonner si le mépris
que firent les Israélites d'une contrée que Dieu leur avait dépeinte
comme délicieuse a été puni sévèrement ; à plus forte raison Dieu
punira-t-ii le mépris que les hommes auront fait, jusqu'à la fin de leur
vie, de l'éternel et glorieux séjour promis à ses fidèles serviteurs. (BEI.-
488 PSAUME GV.
LARM.) — Combien, parmi les chrétiens, d'infidélités semblables à
celles des Israélites ? combien de refus d'écouter la voix intérieure et
la parole extérieure de Dieu ? combien de murmures secrets dans nos
tentes, c'est-à-dire dans notre cœur, et peut-être même au dehors, sur
les difficultés prétendues de conquérir cette terre qui nous est pro-
mise, et sur la rigueur des conditions auxquelles cette promesse est
attachée ? (DUGUET.) — Vingt-quatre mille hommes du peuple tués
par l'ordre de Dieu pour l'expiation du crime d'idolâtrie. Mais qui
pourrait dire le nombre de ceux que Dieu immole tous les jours à sa
justice pour ce même péché ? « L'enfer s'est élargi, il a ouvert ses
gouffres immenses, et tout ce qu'il y a de puissant, d'illustre et de glo-
rieux dans Israël y descendra en foule, confondu avec le peuple. »
(ISAI. V, 1 4 . ) — Faute légère de défiance de la part de Moïse, et qu'on
apercevrait à peine, si Dieu ne l'avait sévèrement punie. — Dieu de-
mande beaucoup à ceux à qui il a donné beaucoup. — (IDEM.) « Ils
immolèrent leurs fils et leurs filles aux démons. » Au sens moral, ils
immolèrent leur sens et les facultés de leur âme. (S. JÉR.)

III. — 3 4 - 4 8 .

Grand danger pour un chrétien de laisser vivre ses pas-


fi . 3 4 - 4 6 .
sions, ses mauvaises inclinations, et de ne pas exterminer ce que Dieu
commande de détruire. — Danger plus grand encore de se mêler à
un certain monde qui est rempli d'idoles. — On apprend bientôt à
agir comme l u i ; on adore ses idoles, les richesses, les honneurs, les
plaisirs ; on entre facilement dans ses maximes : autant d'occasions
de scandale et de chute. — Immoler ses fils et ses filles au démon,
espèce d'idolâtrie des plus communes. — Toutes les créatures gémis-
sent de ce que les méchants abusent d'elles, et les détournent à des
usages contraires à la fin pour laquelle Dieu les a créées. « La terre
se trouve infectée et souillée par les œuvres criminelles dont elle est
tous les jours le théâtre.» — Rien de plus juste que ceux qui secouent
le joug de Dieu qui les aime, tombent sous le joug des hommes qui
le haïssent. — « Us l'ont aigri de nouveau par leurs desseins. »
Le Prophète dit justement : « Us l'irriteront, ils l'aigriront par leurs
desseins, » parce qu'en effet le mal que nous faisons vient de la fai-
blesse naturelle du libre arbitre et non de Dieu. (S. JÉR.) — Us l'ont
aigri par leurs desseins. L'homme accomplit ses propres desseins à
son détriment, lorsqu'il cherche ses intérêts cl non les intérêts de
P S A U M E GV. 489

D i e u . . . Quiconque, dans cet exil sur la terre, désire fidèlement et


ardemment la société des saints, s'accoutume à préférer le bien com-
mun à son bien propre et à chercher, non ses intérêts, mais ceux de
Jésus-Christ; car il craindrait, en s'aimant et en se cherchant.lui-
même, d'irriter Dieu par cette conduite. Mettant, au contraire, son
espérance dans les biens invisibles, il dédaigne de chercher le bonheur
dans les biens visibles ; il attend avec patience l'éternelle et invisiblo
béatitude, et ne forme de desseins que d'après les promesses de celui
dont il implore le secours dans les épreuves. (S. AUG.) — « Il s'est
repenti, selon la grandeur de sa miséricorde. » A la vérité, tout est
ordonné, tout est immuable en Dieu ; et il ne fait point, par une réso-
lution subite, une chose qu'il n'aurait pas prévue de toute éternité...
11 a donc fait ce qu'il avait prévu d'avance, mais ce qu'il savait aussi
qu'il accorderait au repentir et à la prière, car cetto prière, alors
qu'elle n'existait pas encore, alors qu'elle était à venir, n'échappait en
aucune sorte à la présence de Dieu. (S. AUG.) — « Il leur a fait trouver
des miséricordes à la face de ceux qui les tenaient captifs. » Courage,
qui que vous soyez, qui lisez ce psaume, qui connaissez Ja grâce do
Dieu, à l'aide de laquelle nous sommes rachetés pour la vie éternelle
par Notre-Seigneur Jésus-Christ, et qui la connaissez par la lecture
des lettres apostoliques et par l'étude approfondie des prophéties ;
vous qui voyez l'Ancien Testament dévoilé dans le Nouveau, et le
Nouveau voilé dans l'Ancien, rappelez-vous ce que dit l'Apôtre saint
Paul du prince des airs, « qui opère dans les enfants de l'incrédulité.»
(EPHES. H, 2 . ) . . . Rappelez-vous encore ces mêmes paroles du même
Apôtre : «Rendons grâces au Père qui nous a arrachés à la puissance
des ténèbres et transférés dans le royaume du Fils de son amour. »
(GOLOSS. i, 13.). . Car Dieu a fait trouver miséricorde à ses prédes-
tinés, à la face de ceux qui les tenaient captifs. Ces ennemis, le diable
et ses anges, tenaient donc en captivité ceux qui étaient prédestinés
au royaume et à gloire de Dieu ; mais notre Rédempteur a chassé ces
vainqueurs qui, autrefois, dominaient intérieurement des infidèles,
et qui, aujourd'hui, attaquent extérieurement des fidèles. Mais ils atta-
quent et ne vainquent pas ceux qui se réfugient en Dieu, comme en
une tour inexpugnable dressée en face de l'ennemi. (S. AUG.)
f. 47, 48. « Sauvez-nous Seigneur, et rassemblez-nous, etc. » Après
avoir chassé les démons qui nous tenaient captifs, le Christ achève do
BOUS guérir; aussi le Prophète termine ce psaume en priant Dieu pour
qu'il achève la guérison de ceux qu'il a délivrés. « Sauvez-nous Sci-
490 PSAUME CV.
gneur, etc. » — Dans tout le cours des siècles, Dieu rassemble ainsi
ses élus. L'Ange de la mort bat incessamment le rappel, et ils s'élan-
cent vers la céleste patrie, pour y louer à jamais son saint nom et pour
se glorifier dans sa gloire. Mais ces paroles du saint Prophète auront
surtout leur entier accomplissement lorsque la trompette du dernier
jugement aura retenti, et que toutes les nalions auront comparu devant
l'auguste tribunal. (RENDU.)

FIN DU LIVRE IV,


L I V R E V

PSAUME CVI.

Àlloluia. Alléluia.
1. Confitemini Domino quoniam 4. Louez le Seigneur, parce qu'il est
bonus : quoniam in sœculum mi- bon, parce que sa miséricorde est éter-
sericordia ejus. nelle (f).
2. Dicant qui redempti sunt a 2. Qu'ils le publient ceux qui ont été
Domino, quos redemit de manu rachetés par lo Seigneur, qu'il a rachetés
inimici : et de rogionibus congro- do la puissanco do l'ennemi, qu'il a ras-
gavit eos , semblés des régions lointaines,
3. a solis ovtu , et occasu ; ab 3. du lever du soleil, et du couchant,
aquilone, et mari. du nord, et de la mer du midi.
4. Erraverunt in solitudine in 4. Ils ont erré dans la solitude, dans
ihaquoso : viam civitatis habitaculi les lieux arides; et ils ne trouvaient
non invenerunt, point le chemin d'une ville habitée ,
5. Esurientcs, et sitientes : ani- 5. épuisés de faim et de soif; et leur
ma eorum in ipsis defecit. âme tombait en défaillance.
6. Et clamavcrunt ad Dominum G. Dans leur affliction, ils crièrent vers
cum tribularentur : et de necessi- le Seigneur, et il les délivra do leurs né-
tatibus eorum eripuit eos. cessités pressantes ,
7. Et deduxit eos in viam rec- 7. et il les conduisit dans une voio
tam : ut iront in civitatem habita- droite, afin qu'ils pussent aller dans une
tionis. cité habitable
(i) La forme de ce Psaume est unique. Los trois premiers versets forment une
lorte de prélude ; puis viennent quatre strophes où la pensée suit régulièrement
k m ô m e m a r c h e ; le tableau suivant fora comprendre co petit chof-d'œuvro de
poésie :
re
État du peuple de Dieu l strophe, 2° strophe, 3° strophe, 4° strophe.
kns la captivité ou l'épreuve v. 4, 5. 10-12. 17, 18. 23-27.
Prière à Dieu.
v. 6, 7. 13, 14. 19, 20. 28-30.
Délivrance immédiate.

Actions de grâces. v. 8, 9. 15, 16. 21, 22. 31, 32.


Dans la dernière partie, qui commence au verset 33, la forme n'est plus la
aêrnc ; n o u s y voyons la ruine do Babyione, ou do» ennemis du peuple de Dieu,
aiso eu contraste avec la réédificalion do Jérusalem. Ainsi, les versets 33, 34
ftrment u n contraste frappant avec lo verset 35, comme los versets 36-38 avec los
««rsets 39, 40. (P. EMM., Nouvel Essai sur les Psaumes.)
Ce p s a u m e était chanté alternativement par doux c h œ u r s , la plus grande partie
pu le c h œ u r des lévites et des c h a n t r e s , et les versets intercalaires 6, 8, 13, 15,
M, 21, 28, 31, par le peuple.
492 PSAUME CVI.
8. Confiteantur Domino miseri- 8. Qu'elles louent le Seigneur, los mi-
cordirc ejus : et mirabilia ejus séricordes et les merveilles qu'il a opé-
filiis hominum. rées en faveur des enfants des hommes.
9. Quia satiavit animam ina- 9. Car il a rassasié l'âme qui était vido,
nem : et animam esurientem sa- et rempli de bien l'âme affamée.
tiavit bonis.
10. Sedentes in tenebvis, et 10. Ils étaient assis dans les ténèbre*
ombra mortis : vinctos in mendi- et dans l'ombre de la mort ; ils étaient
citate, et fcrro. captifs, dans l'indigence, et chargés do
fers,
11. Quia exacerbaverunt eloquia 11. parce qu'ils se sont révoltés contre
Dei : et consilium Altissimi irrita- la parole du Tout-Puissant et qu'ils ont
verunt. irrité le conseil du Très-Haut.
12. Et bumiliatum est in labori- 12. Aussi leur cœur a ôté humilié dans
bus cor eorum : infirmati sunt, les travaux ; ils ont été affaiblis, ot per-
nec fuit qui adjuvaret. sonne ne les secourut.
13. Et clamavcrunt ad Dominum 13. Mais ils crièrent vers le Seigneur
cum tribularentur : et de necessi- du milieu de leur affliction ; et il les dé-
tatibus eorum liberavit eos. livra de leurs nécessités pressantes. •
14. Et eduxit, eos de tenebris, 14. Il les fit, sortir des ténèbres et de
et umbra mortis : et vincula eorum l'ombre do la mort ; ot il brisa leurs
disrnpit. liens.
lo. Confiteantur Domino mise- U>. Quo les miséricordes du Seigneur
ricordiie ejus : et mirabilia ejus soient Je sujet de ses louanges. Qu'il soit
filiis hominum. loué pour les merveilles qu'il a opérées
en faveur des enfants des hommes,
16. Quia contrivit portas œreas : 16. parce qu'il a brisé les portes d'ai-
et vectes ferreos confregit. rain et mis en éclat les barres de fer.
lT.Suscepit eos de via iniquita- 17. Il les a retirés de la voio do leur
tis eorum : propter injustitias enim iniquité; car ils avaient ôté humiliés à
suas humiliati sunt. cause de leurs injustices.
18. Omnem escam abominata est 18. Leur âme avait horreur do toute
anima eorum : et appropinquave- nourriture, etils touchaient auxportosde
runt usque ad portas mortis. la mort.
19. Etciamaverunt ad Dominum 19. Mais ils crièrent vers le Scignour
cum tribularentur : et de necessi- du milieu de leur affliction, et il les dé-
tatibus eorum liberavit eos. livra de leurs nécessités pressantes.
20. Misit verbum suum, et sana- 20. Il envoya sa parole , et il les gué-
yit eos : et eripuit eos de interi- rit et les arracha à une destruction cor- ;

tionibus eorum. tainc.


21. Confiteantur Domino mise- 21. Que les miséricordes du Soigneur
ricordiœ ejus : ot mirabilia ejus soient le sujet de ses louanges. Qu'il soit
filiis hominum : loué pour les merveilles qu'il a opérée!
en faveur des enfants des hommes.
22. Et snerificent sacrificium 22. Qu'ils lui oil'rcnt un sacrifice da
laudis : et annuntient opéra ejus louange , et qu'ils publient ses œuvres
in exultationo. avec allégresse.
23. Qui descendunt mare in na- 23. Ceux qui traversent la mer sur les
vibus , facientes operationem in navires , et qui étendent leur commorcft
aquis multis. sur l'immensité des eaux (1),
(1) Comme la mer Méditerranée entoure la Palestine à l'Occident, et quo 1$
niveau de ses bords est moins élevé que la terre ferme qui favoisine, le PsahiiUtf'
exprime, par le mot descendre, ce que firent beaucoup de Juifs après la prisa d
Jérusalem par les Chahléetis. Ils s'enfuirent vers la «ter pour filler ehfM'olmr ut
refuge dans l'Egypte, l'Afrique, la Grèce, l'Italie; mais, Dieu les poursuivant |»a^
tout, ils eurent ù essuyer les plus épouvantables tempêtes.
PSAUME GYI. 493
24. Ipsi viderunt opéra Domini, 24. Ceux-là ont vu les œuvres du Sei-
et mirabilia ejus in profundo. gneur , et ses merveilles dans la profon-
deur des abîmes.
2b. Dixit, et stetit spiritus pro- 25.11 a dit, et il s'est levé un vent de
cellae : et exaltati sunt fluctus ejus. tempête, et les flots de la mer se sont
soulevés (1).
26. Ascendunt usque ad cœlos, 26. Ils montaient jusqu'au ciel et descen-
et descendunt usque ad abyssos : daient jusqu'au fond des abîmes; leur âme
anima eorum in malis tabescebat. tombait en défaillance à la vue de tant
de maux.
27. Turbati sunt, et moti sunt 27. Us étaient troublés et agités comme
sicut ebrius : et omnis sapientia un homme qui est ivre ; et leur sagesse
eorum devorata est. était éperdue.
28. Et clamavornnt ad Dominum 28. Mais ils crièrent vers le Seigneur
cum tribularentur, et do necessita- du milieu de leur affliction, et il les dé-
tibus eorum eduxit eos. livra de leurs nécessités pressantes.
29. Et statuit proccllam ejus in 29. Il changea cette tempête en une
auram : et siluerunt fluctus ejus. brise légère , et les flots de la mer so
sont tus.
30. Et hetali sunt quia silue- 30. Ils se réjouirent de ce quo ces Ilots
runt : et deduxit eos in portum s'étaient calmés ; et il les conduisit jus-
voluntatis eorum. qu'au port désiré.
31. Confiteantur Domino misc- 31. Que los miséricordes du Seigneur
ricordise ejus : et mirabilia ejus soient le sujet de ses louanges. Qu'il soit
filiis hominum. loué pour les merveilles qu'il a opérées
en faveur des enfants des hommes.
32. Et exaltent eum in ecclesia 32. Qu'ils l'exaltent dans l'assemblée du
plebis, et in cathedra seniorum peuple, et qu'ils le Jouent dans le lieu
laudent eum. où sont assis les anciens.
33. Posuit Ilumina in dcsertum: 33. Il a changé les fleuves en un dé-
et exitus aquarum in sitim : sert, et les courants d'eaux on sables
arides ;
34. Terram fructiferam in sal- 34. une terre fertile en une plaine de
suginem ; a malitia inhabitantium sel, à cause de la malice de ses habi-
iû ea. tants (2).
35. Posuit desertum in stagna 35. Il a changé les déserts en étangs,
aquarum : et terram sine aqua in et la terre aride en des fontaines jaillis-
exitus aquarum. santes ;
36. Et collocavit illic csurientcs, 36. 11 y a établi ceux qui étaient affa-
et constituerunt civitatem habita- més : et ils y ont bâti une ville pour y
lionis. demeurer ;
37. Et scminavcrunt agros , et 37. Us ont ensemencé des champs ot
ilantaverunt vineas : et fccerunt planté des vignes, qui ont produit dos
ructum nativilatis. fruits en abondance
38. Et benedixit eis, et multipli- 38. Il les a bénis, et ils so multiplièrent
cati sunt nimis : et jumenta eo- sans mesure , et il augmenta leurs bes-
rum non minoravit. tiaux.
39. Et pauci facti sunt: etvexati 39. Et ils ont été réduits à un petit
sunt a tribulatione malorum, et nombre ; ils ont été accablés par uno
dolore. multitude de maux et de douleur.
(1) Le mot stetit ne signifie nullement « s'est arrêté, » sens qui serait en oppo-
ûtion avec la suite du psaume.
(2) Hengsteiiberg entend ces versets de la Babylouie ; niais il nous parait plus
trai de les entendre, avec Maurcr et d'autres exégètes, de la terre de Chanaan
lui, après la captivité de ses habitants, resta inculte et isolée, ot après leur rctout
recouvra sa beauté et sa fertilité.
494 PSAUME GVI.
40. Effusa est contemptio super 40. Les princes ont été couverts do
principes : et errare fecit eos in mépris ; et il les a fait errer hors do la
invio, et non in via. voie, dans des lieux où il n'y avait point
de chemin.
41. Et adjuvit pauperem de ino- 41. Et il a délivré le pauvre de son in-
pia : et posuit sicut oves fami- digence, et multiplié ses enfants comme
lias. des troupeaux de brebis.
42. Videbunt recti, et lœtabun- 42. Les justes, à cette vue, seront rem-
tur : et omnis iniquitas oppilabit plis de joie, mais les méchants forme-
os suum. ront la bouche. Job. xxn, 19.
43. Quis sapiens et custodiet 43. Qui est sage pour garder ces cho-
hœc ? et intelliget misericordias ses , et qui comprendra les miséricordes
Domini ? du Seigneur ?

Sommaire analytique.

Ce Psaume, que l'on peut rapporter avec plusieurs interprètes au retour


de la captivité, a cependant un objet plus étendu. 11 est composé do plu-
sieurs parties que termine une strophe intercalaire en forme de refrain
chanté par les chœurs. Il comprend, et nous peint en cinq tableaux d'une
hardiesse et d'une beauté admirables, cinq classes de personnes qui
doivent particulièrement remercier Dieu. Le Prophète se sert de plusiours
comparaisons ou allégories pour faire comprendre la grandeur do ces
bienfaits qui, selon les saints Pères, sont la figure de la rédemption du
genre humain.
Dans rémunération de ces cinq classes, le Prophète, comme le remarque
Rosen-Mùller, après Schnurrer, suit toujours le môme ordre. Il mot on
scène une certaine classe d'hommes, expose la grandeur de leurs maux,
leur prière, le secours d'en-haut et l'action de grâces.
r0
I CLASSE :
La première classe est celle des hommes errants et affamés qui ont
trouvé un asile et du pain, co qui convient aux gentils ou aux pécheurs
qui, par rapport à la religion et au salut, sont véritablement comme dos
égarés et des affamés, sans principes fixes, sans route ni issue, sans
terme possible de leur marche douloureuse en même temps que stérile (1-9).
11° CLASSE :
La seconde classe comprend ceux qui, esclaves ou chargés de fers, re-
couvrent leur liberté et représentent l'état d'aveuglement, d'indigence
spirituelle et de dur esclavage du genre humain à la venue du Messie (10-17).
e
111 CLASSE :
La troisième classe, sous l'image des infirmités corporelles, comprend
toutes les maladies spirituelles des hommes et le dégoût mortel qu'ils
avaient des vérités éternelles (17-22).
PSAUME CVI.
0
IV CLASSE :
La quatrième classe comprend ceux qui sont échappés du naufrage, et
représente les orages excités par les passions dans le tumulte du inonde,
ouïes persécutions exercées contre l'Église naissante (23-32).
V° CLASSE :
La cinquième classe comprend ceux qui voient reparaître l'abondance
après la stérilité, sous l'image d'une terre dévastée et d'une autre terre
féconde et peuplée. Quelques-uns voient ici les Juifs réprouvés, l'esprit de
vertige qui égarait les principaux d'entre eux, en opposition avec la voca-
tion des gentils et la protection que Dieu accorde aux âmes humbles et
dociles (38-41).
VI. — CONCLUSION. — LE PROPHÈTE FAIT OBSERVER :
1° Que cette conduite de la divine Providence sera pour les bons une
source de joie, pour les méchants un sujet de confusion (42);
2° Que les sages doivent toujours avoir présente cotte conduite de Dieu
pour comprendre et louer ses miséricordes (43).

Explications et Considérations.

I. — 1-9.

f. 1-3. Ces trois versets sont comme la préface de ce psaume, dans


lequel David exhorte tous ceux qui ont éprouvé les miséricordes du
Seigneur à proclamer ses louanges, et à les proclamer surtout parce
qu'il est souverainement bon et miséricordieux, et que sa miséricorde
ne fait jamais défaut. Il fait appel, avant tout, aux fidèles que Dieu a
rachetés par le sang de son Fils unique, puis à ceux que le Seigneur
a rassemblés en un seul peuple, en une seule Eglise, en un seul
royaume, le royaume de son fils bien-aimé, qu'il a rassemblés non de
l'Egypte ou de Babyione, comme autrefois les Hébreux, mais du levant
au couchant et du nord au midi. (BELLARM.) — Quatre caractères de
la bonté miséricordieuse de Dieu à notre égard : nous avons été
rachetés littéralement ; nous avons été rachetés par le Seigneur, au-
quel nous appartenons désormais à un titre particulier : accomplisse-
ment de cette prophétie : « L'un dira : Je suis au Seigneur, l'autre
portera le nom de Jacob ; un autre écrira de sa main : J'appartiens à
l'Eternel. » (ISAI. XLIV, 5.) Ces quatre bienfaits signalés de la bonté et
delà miséricorde de Dieu nous sont rappelés dans les deux premiers
versets : 1° nous avons été rachetés; 2° nous avons été rachetés par
496 PSAUME CVI.
le Seigneur ; 3° nous avons été rachetés de la puissance d'un ennemi
cruel ; 4° nous avons été rassemblés de divers pays pour ne plus for-
mer qu'une seule Eglise. — 1° Nous avons été rachetés, dans le sens
rigoureux du mot, d'après l'admirable théologie de saint Paul. Aux
yeux du grand Apôtre, l'état du genre humain, effet du péché, se
présente comme une dette immense contractée envers Dieu, et que
l'homme ne pouvait acquitter. Le Ghrist, saisissant ce contrat funeste
qui nous enchaînait à la mort, l'efface avec son sang et le cloue à la
croix comme un monument de sa victoire et de notre liberté. (COLOSS.
m , 14.) Il met fin au vieil empire du péché, et le remplace par le dé-
cret du salut ; (EPIIES. II, 15) ; il nous rachète de la malédiction de
cette loi funeste. (GAL. m , 13.) Nous avons la rédemption par son
sang et avec elle la pleine rémission des péchés. Voilà le, fait positif,
effectif, de la rédemption du genre humain : délivrance, guérison,
rachat et rémission du péché par son sang. — 2° Nous avons été ra-
chetés par le Seigneur, qui est le souverain Maître de toutes choses,
nous les plus misérables et les plus indignes des esclaves, et nous lui
appartenons maintenant à un titre particulier. « Le Seigneur rachètera
Pâme de ses serviteurs. » ( P s . xxm, 23.) « Les mortels sauront quo
moi je suis le Seigneur qui sauve, et que ton rédempteur est le fort
d'Israël. » (ISAI. XLÏX, 26.) « Notre rédempteur est le Dieu des armées,
son nom est le saint d'Israël.» (ISAI. XLVII, 4). Accomplissement do
cette prophétie : « L'un dira : Je suis au Seigneur, l'autre portera lo
nom de Jacob, un autre écrira de sa main : J'appartiens à l'Eternel.»
(ISAI. XLIV, 5.) — 3° 11 nous a rachetés de la puissance de notre en-
nemi le plus cruel, c'est-à-dire de la puissance du démon, a) Il nous a
rachetés avec sagesse : « Vous nous avez rachetés, Seigneur, Dieu de
vérité, » (Ps. xxx, 6) ; b) il nous a rachetés avec force, en enchaînant
le fort a r m é , et en nous délivrant de la tyrannie, (MATTH. XII); C) il
nous a rachetés avec justice. « Il a envoyé la rédemption à son peu-
ple, » un rédempteur et le prix de la rédemption. (I COR. VI, 20.)
« Vous avez été rachetés d'un grand prix. » d) Nous avons été rachetés
avec amour, a II a été sacrifié, parce qu'il l'a voulu. » (ISAI. LUI, 1.)
« C'est ainsi que Dieu a aimé le monde, qu'il lui a donné son Fils
unique. » (JEAN, m , 16.) — 4° Enfin, il nous a rassemblés de diverses
nations, pour ne plus former qu'un seul troupeau,sous la conduitc'ot
l a direction d'un seul pasteur. — Je me glorifierai, non parce quo jo
suis juste, mais parce que j ' a i été r a c h e t é ; non parce que je suis
exempt de péchés, mais parce que mes péchés m'ont été remis ; non
P S A U M E GVI. 497
parce que je me suis rendu utile aux autres, ou parce que je me suis
attiré leurs bienfaits, mais parce que le sang de Jésus-Christ a été
répandu pour moi. Sans mes prévarications, je n'aurais pas été r a -
cheté à si haut prix. Ces prévarications m'ont été plus avantageuses
que l'état d'innocence. Dans l'innocence, j'étais devenu orgueilleux, et,
après que j ' a i été prévaricateur, j e suis rentré dans la soumission.
(S. AMB.) — Dieu ne borne point les effets de sa miséricorde à une
seule nation ; elle se répand sur tous les peuples. « En vérité, je vois
que Dieu ne fait point acception de personnes ; mais qu'en toute n a -
tion celui qui le craint et pratique la justice lui est agréable.» (Act.
X, 34, 35.)
f. 4-9. Quatre grandes misères corporelles, et un nombre égal de
misères morales. Les misères corporelles sont d'abord la faim et la
soif: résultat de la stérilité, de la sécheresse, c'est-à-dire d'une cause
extérieure quelconque et naturelle; puis la captivité, qui a sa source
dans une violence étrangère, c'est-à-dire dans une cause extérieure
et volontaire ; vient en troisième lieu la maladie, résultat d'une cons-
titution mauvaise, c'est-à-dire d'un principe extérieur naturel ; enfin,
le péril du naufrage, qui naît d'un principe extérieur naturel, c'est-à-
dire de la direction des vents, et d'un principe interne volontaire,
c'est-à-dire de la curiosité des hommes qui, non contents de fouler
une terre solide sous leurs pieds, ont voulu tenter le voyage sur les
plaines liquides. Les quatre grandes misères morales sont celles que
les théologiens appellent les blessures de la nature, tristes restes du
péché originel : l'ignorance de l'âme, la concupiscence des choses do
la terre, la colère et la malice de l'esprit ; les vertus opposées sont la
prudence de l'âme, la tempérance des passions, la force sur soi-même
et la droiture de volonté, qui sont appelées les quatre vertus cardi
nales. Dans cette première partie, le Prophète chante la miséricorde
de Dieu, délivrant de la première misère soit corporelle, soit morale
(BELLARM,) — Ignorance du salut, qui est la plaie d'un grand nombre
d'hommes errants dans le désert, comme hors de leur voie, ayant faim
et soif de la vérité, de la fontaine de sagesse et de prudence. Tous les
hommes aspirent naturellement au bien ; mais le plus grand nombre,
préoccupés de vaines pensées, poursuivant toujours la possession des
biens temporels, cherchent la béatitude où elle n'est pas ; bien plus,
prennent pour la béatitude ce qui n'en est que l'ombre, et, dans leur
ignorance du but, ignorent nécessairement aussi la route qui y con-
duit. E r r a n t ainsi à l'aventure, ils ne peuvent trouver la ville de leur
TOME il. 32
498 PSAUME CVI.
véritable habitation. (BELLARM ) — Etudions tous les traits de ce som-
bre tableau que nous fait le Prophète : 1 ° « Us ont erré. » Tous les
pécheurs se condamnent à cette vie d'égarements : a) dans leur intel-
ligence, « ils ont erré comme des aveugles dans les rues et sur les
places publiques; » (Thren. iv, 1 4 ) ; « au milieu du jour, ils tâtonnent
comme dans les ténèbres, et il les fait chanceler comme s'ils étaient
ivres, » (JOB. XII, 25); b) dans leur volonté dépravée et abaissée tout
entière vers la terre, « ils se sont éloignés de moi, et se sont égarés à
la suite de leurs idoles, » (EZECH. XLIV, 1 0 ) ; c) dans leurs actions, « ils
errent et s'égarent, tous ceux qui font le mal. » (PROV. XIV, 22.) Voilà
l'image de la société actuelle, s'éloignant de plus en plus de Dieu et
de la véritable voie qui est Jésus-Christ, et se perdant dans une vie
sans religion, à travers des contrées lointaines, au milieu de dangers
de toute sorte, avec la triste perspective d'une mort assurée. — 2° Tout
pécheur erre dans la solitude : « Us ont erré dans la solitude, dans un
désert sans eau, » comme une brebis sans pasteur, comme un orphe-
lin sans père, comme un pupille sans tuteur, comme une veuve privée
de son époux, comme un navire sans pilote, comme un soldat sans
chef, comme un voyageur sans guide. Le Seigneur est la voie; en
dehors de cette voie et des soins paternels de sa providence, nous ne
rencontrons plus qu'une solitude aride et stérile qui jamais n'est hu-
mectée de la céleste rosée. (S. GRÉG. DE NYSSE, Tract, i, in Ps.) —
Quel triste sort que celui de ces malheureux égarés, engagés dans des
voies détournées où nous les voyons tous les jours se perdre, aban-
donnés à leur propre sens, flottant incertains au sein de toutes les
contradictions et de toutes les erreurs, si loin de la céleste patrie et
de la véritable voie, qui est Jésus-Christ l Quelle solitude désolante
que celle où Dieu n'est pas ! où l'âme ne voit, n'entend, n'espère plus
rien l Quelle vie d'incertitudes, de doutes et d'erreurs, sur toutes ces
grandes questions qu'il importe si fort à l'homme de connaître I —
3° En s'égarant ainsi dans la solitude de leurs pensées et de leurs dé-
sirs, « ils n'ont pas trouvé le chemin de la cité qu'il leur fallait habi-
ter. » L'homme est e r r a n t dans ce monde aussi longtemps qu'il n'a
point trouvé la cité de Dieu, la cité de la foi, de l'espérance et de la
charité, l'Eglise, qui seule peut apaiser la faim et la soif de son esprit.
Les pécheurs, les impies, ne trouvent point la voie qui conduit à celte
cité, parce qu'ils ne veulent ni reconnaître ni entendre Celui qui leur'
dit : « C'est moi qui suis la voie, la vérité et la vie, » et ils se condam-
nent ainsi à errer ici-bas dans les affreuses solitudes du doute et do
PSAUME GVI. 499
l'erreur, et, plus tard, dans les solitudes bien plus désolantes d'une
expiation qui n'aura d'autre terme que l'éternité. — 4° En errant dans
la solitude, l'âme égarée meurt de faim et de soif, faim et soif cruelles
dont la faim et la soif qui torturent le corps ne peuvent donner qu'une
faible idée. « J'enverrai, dit le Seigneur, la faim sur la terre, non la
faim du pain, ni la soif de l'eau, mais la faim de la parole de Dieu. »
Et ils se troubleront d'une mer à l'autre, et ils iront depuis le sep-
tentrion jusqu'au midi pour chercher la parole de Dieu ; ils ne la
trouveront pas. « En ce jour-là, les vierges et les jeunes gens mour-
ront de soif » (Amos. v m , 11, 12.) Quel tourment que celui d'une
âme qui, après avoir été, à l'exemple du prodigue de l'Evangile, le plus
loin qu'elle peut de la maison paternelle, dans un pays écarté, où
elle a dissipé tant de riches trésors, et donné au monde tout ce que
Dieu voulait avoir, est condamnée à pousser ce cri de détresse : « J e
meurs de faim 1 » Mourir de faim, c'est là, en efl'et, le sort qui attend
ces âmes créées pour se nourrir de la vérité, mais qui, ayant rejeté
volontairement cette nourriture divine des intelligences faites à l'image
de Dieu, n'ont plus à attendre que les épuisements produits par leurs
longues erreurs et les défaillances de la mort : « Us ont erré dans la
solitude, dans une terre sans eaux, et ils n'ont trouvé aucune voie
vers une cité habitable ; affamés, altérés, leur âme est tombée dans
la défaillance. » — Pour se garantir du malheur que dépeint le Pro-
phète, les saints établissent dans eux-mêmes une solitude toute dif-
férente de celle où marchent les pécheurs. « Cette solitude, disait
saint Grégoire, consiste à exclure du cœur le tumulte des désirs de la
terre, à y placer, par la méditation de l'éternité, l'amour de la céleste
patrie. » Les pécheurs, errants dans leur désert, ne savent où ils vont,
et le juste voit toujours le terme auquel il aspire. — Quel moyen de
sortir de ces difficultés, de ces angoisses, de l'erreur, de la solitude,
de cette faim et de cette soif désastreuse ? Un seul cri poussé du fond
du cœur vers le Seigneur, et tout est changé (S. GUÉG. DE NYSSE, Tr. i,
m Ps.) — C'est du fond de cet abîme que la miséricorde divine vient
les prendre : « Us ont crié vers le Seigneur, au milieu de leur afflic-
tion, et il les a tirés de leurs nécessités. » Ce cri même que l'âme
pousse vers Dieu, est un effet de la grâce divine, puisque l'homme ne
saurait crier de ce cri puissant qui obtient la grâce de sa délivrance,
si le Saint-Esprit ne forme en lui ces gémissements ineffables qui sont
toujours exaucés de Dieu. Après ce grand cri poussé vers Dieu, qu'il
reste encore de choses à faire î Quel secours leur a-t-il donné en rai-
SOO PSAUME CVI.
son de leur égarement ? Le Prophète nous l'indique dans ces paroles :
« Il les a conduits dans la voie droite.» Leur intelligence, leur cœur,
leur volonté, leurs œuvres, leur manière d'être, leurs habitudes, tout
était dévoyé, Dieu a tout ramené dans la voie droite. Dieu les a con-
duits dans la voie droite pour les faire arriver à une cité habitable.
Jésus-Christ seul est le droit chemin qui conduit à celte ville vrai-
ment habitable, à cette cité permanente qui a un ferme fondement,
dont Dieu même est le fondateur et l'architecte. (HBBR. XI, 10.) —
Hors de Jésus-Christ, l'homme ne marche que sur des terres mou-
vantes, incapables de consistance, qui tombent de toutes parts et ne
font voir que d'effroyables précipices. — La foi seule, en nous plaçant
sur la pierre ferme, peut nous conduire sûrement vers cette ville des
solennités, la Jérusalem céleste, le séjour de la paix, ce pavillon qui
ne sera pas transporté en d'autres lieux, dont les appuis ne seront
jamais renversés, dont les cordages no seront jamais rompus ; c'est
là seulement que le Seigneur paraît dans toute sa magnificence.
(ISAI. XXXIII, 20.) — Doux et légitime sujet des louanges que nous
devons rendre à Dieu, ses miséricordes. C'est le cantique que nous
chanterons éternellement, et qu'il faut commencer dès cette vie. —
Le Prophète n'a pas dit encore comment Dieu les a tirés de toutes
leurs nécessités ; mais attendez, il le dira. « Que le nom du Seigneur
soit confessé par ses miséricordes, et par les merveilles qu'il a faites
en faveur des enfants des hommes. » Diles-le à ceux qui ne l'ont pas
encore éprouvé, vous qui l'avez éprouvé, vous qui êtes entrés dans la
voie droite, vous qui êtes conduits vers la ville où vous habiterez,
vous, enfin, qui êtes déjà délivrés de la faim et de la soif; dites que le
Seigneur a rassasié l'âme qui était vide, et comblé de biens l'âme
affamée. ( S . AUG.) — L'âme du chrétien a toujours faim et soif, mais
elle est rassasiée et toujours et d'une manière constante. Il y a dans
la voie du bien, dans le sentiment du devoir rempli pour Dieu, uno
satisfaction que les âmes abjectes seules peuvent nier. Pourquoi, dans
la vie des saints, remarque-t-on un bonheur, une joie, une paix, qui
brillent sur toute leur physionomie ? . . . N'en soyez pas étonnés : ces
hommes sont rassasiés, ils ont les facultés pleines de choses vraies,
nobles et grandes I Dieu lui-même apaise leur faim, étanche leur soif ;
et cependant, à mesure qu'ils avancent, ils désirent davantage, mais,
à chaque désir, le Seigneur accorde de nouvelles grâces et verse de
nouveaux bienfaits. Leur vie se passe ainsi entre des besoins satis-
faits p a r les libéralités de Dieu, et des désirs qui croissent pour rece-
voir de nouveaux apaisements. (Mgr LANDRIOT, Beatit. n , p . 222.)
PSAUME CVI. 501

II. —10-17.

f. 1 0 - 1 7 .
Second esclavage, l'esclavage de la concupiscence et du
péché. Parcourons les principaux traits de cette humiliante servitude.
— 1 ° Le pécheur étendu dans les ténèbres au sein des ombres de la
m o r t , comme un cadavre atteint déjà de la corruption du tombeau.
2° Le pécheur enchaîné dans les fers de ses passions et de ses désor-
dres — réduit à la plus honteuse servitude et à la mendicité la plus
entière, — et humilié dans les travaux les plus ignominieux : « Mal-
heureux homme que je suis, qui me délivrera de cette honteuse ser-
vitude ? » « Dieu, qui a commandé à la lumière de jaillir du milieu
des ténèbres (I COR. IV, 6), fait sortir le pécheur des ténèbres et de
l'ombre de la mort, et brise tous les liens du péché par la force de
sa grâce. — 3 ° La faiblesse, la maladie, l'épuisement total du p é -
cheur en dehors de la grâce de Dieu, ne trouvent personne qui vienne à
son secours. — Le péché, les babiludes invétérées, l'esclavage des
passions, beaucoup plus difficiles à rompre que les portes d'airain et
les barrières de fer. (DUG.) — Us sont sous l'esclavage du monde et
de leurs passions, et quels liens I Ils paraissent légers, et leur poids
est intolérable; ils paraissent accompagnés de plaisirs, et ils portent
dans l'âme une douleur mortelle; sous ces chaînes, nul véritable
repos, nul solide bonheur, nulle espérance capable de consoler. (S. AUG.)
— Voyons comment Dieu les délivre de toutes ces misères : 1 ° Dieu
les tire de leurs ténèbres par les lumières de la foi et des grâces de
l'Esprit-Saint. «Il les fît sortir des ténèbres et de l'ombre de la mort. »
La première lumière de l'intelligence, c'est la foi. (S. PIER. DAM.,
L. H, Ep. 5 ) ; toute grâce est une lumière. — 2 ° Dès que cette lumière
a brillé à nos yeux, Dieu brise les chaînes qui tenaient notre cœur
captif : « Et il rompit leurs liens. » Il renouvelle, pour le pécheur qu'il
rend à la liberté, ce qu'il a fait pour saint Pierre : « Et voilà q u ' u n
Ange du Seigneur parut, et la lumière brilla dans la prison, et l'Ange,
frappant Pierre au côté, l'éveilla et lui dit : lève-toi p r o m p t e m e n t ; et
les chaînes tombèrent de ses mains. » (Act. xn, 7 . ) — 3 ° Les liens
étant rompus et les chaînes brisées, il leur ouvre les portes de la p r i -
son, et leur rend la liberté : « Il a brisé les portes d'airain, et rompu
les barres de fer. » C'est par des portes que nous défendons le passage,
c'est par des verroux que nous fortifions la clôture de nos demeures.
Que figurent ces portes ? la contradiction. Que signifient ces verroux ?
la rébellion. Le fer, qui dompte tous les métaux, esl le symbole de l'au-
502 PSAUME GVI.
dace, et l'airain le symbole de l'opiniâtreté. Les portes d'airain, c'est
donc la contradiction opiniâtre; les verroux de fer, la rébellion auda-
cieuse. Dieu brise donc les portes d'airain et les verroux de fer, lors-
qu'il dompte et brise, par la componction intérieure, la rébellion
audacieuse et opiniâtre d'un cœur endurci dans le crime. (Rien, DE
S. YIGT.)

III. — 17-22.

f. 1 7 - 2 2 .La troisième classe d'hommes dépeinte par le Prophète


comprend, sous la ligure des infirmités corporelles, toutes les mala-
dies spirituelles, mais surtout l'abattement, le découragement, l'affa-
dissement de l'âme, le dégoût qu'elle a de toute nourriture. Le corps
qui n'a que du dégoût et de l'horreur pour toute sorte de nourriture,
est sans doute bien près de la m o r t ; l'âme qui n'a que du dégoût, de
l'aversion môme, de l'horreur pour les vérités du ciel, qui sont sa
véritable nourriture, est bien près des portes de la mort éternelle.
(DUG.) — Trois espèces de nourriture spirituelle, pour lesquelles les
pécheurs ont du dégoût et de l'horreur : la parole de Dieu : «L'homme
ne vit pas seulement de pain, mais de toute parole qui sort de la
bouche de Dieu; » (MATTU. m); « Ce ne sont point les fruits d e l à terre
qui nourrissent les hommes, mais votre parole, qui conserve ceux
qui croient en vous, » (SAG., XVI, 2 6 ) ; le corps de Jésus-Christ : « Ma
chair est vraiment une nourriture, et mon sang est vraiment un breu-
vage, » (JEAN, VI, 5 5 ) ; les vertus et les bonnes œuvres : « Portez au
juste des paroles de paix, dites-lui qu'il goûtera le fruit de ses vertus, »
(ISAI. m , 1 0 ) ; « Ma nourriture est de faire la volonté de Celui qui m'a
envoyé et d'accomplir son œuvre. » (JEAN, IY, 3 4 . ) C'est cette triple
nourriture pour laquelle l'âme du pécheur n'a que du dégoût et de
l'aversion. « Il a en horreur le pain qui était l'aliment de sa vie, il
repousse les mets qui étaient pour lui auparavant les plus délicats. Sa
chair se consume et s'évanouit, ses os se dessèchent et dépérissent. »
(JOB. xxxin, 2 0 , 2 1 . ) — C'est là un des caractères les plus saillants
de l'état de tiédeur : la prière est sans attrait, la communion sans
goût, la parole de Dieu un guide importun. Cette troisième tentation
est celle de l'ennui, comme l'appelle saint Augustin, qui la carac-
térise en deux mots : le dégoût des deux principaux aliments de la
vie chrétienne, la lecture et la prière. Biens moins encore, l'homme
atteint de cette maladie, pourrait-il, dans ce triste état, recourir à la
méditation. Il devient de plus en plus incapable de porter l'idée du
PSAUME CVI. 503
devoir, la pensée de Dieu le fatigue, les vérités religieuses s'obscur-
cissent, les pratiques de piété ne lui semblent plus qu'une vaine
forme; il ne conçoit pas qu'il ait pu autrefois s'agenouiller dans une
église à la vue d'un prêtre, ou recevoir la cendre sur le front à côté
d'un homme du peuple; il aime mieux ne s'attacher qu'à ce qu'il a p -
pelle l'esprit de la religion, la religion naturelle; c'est là désormais Je
seul culte qu'il veuille suivre. L'ennui l'a éloigné de ses habitudes
pieuses ; l'orgueil le précipite dans tous les périls d'une liberté sans
règle et sans frein. (RENDU.) — Comment la grâce divine délivre-t-elle
les âmes de ces langueurs, de cette tiédeur mortelle? 1° Le remède,
de notre côté, est dans la prière adressée à Dieu avec foi : « Us crièrent
au Seigneur du milieu de leur affliction, et il les délivra de leurs né-
cessités, e Lorsque la tiédeur ou l'ennui accable votre âme, ne perdez
pas pour cela la confiance, n'abandonnez pas vos exercices spirituels,
mais implorez la main de Celui qui peut venir à votre secours; à
l'exemple de l'Epouse des cantiques, demandez à Dieu qu'il vous attire
à lui, jusqu'à ce que sa grâce vous ayant rendu votre vivacité et votre
ferveur premières, vous puissiez lui dire : « J'ai couru dans la voie de
vos commandements, lorsque vous avez dilaté mon cœur. » (S. BERN.
Serm. xxn, in Canl.) — 2° Le remède du côté de Dieu, c'est d'envoyer
sa parole : « Il a envoyé sa parole et il les a guéris, et il les a tirés de
leur mort.» Celte parole, c'est le Verbe de Dieu et Jésus-Christ, parole
éternelle par laquelle toutes choses ont ôté faites. Cette parole, ce sont
encore les discours des ministres du Verbe, ce sont les divines Ecri-
tures, et les saintes inspirations que Dieu envoie dans les âmes.
Jésus-Christ, Fils de Dieu, parole éternelle par laquelle toutes choses
ont été faites, envoyé, dit Isaïe, pour guérir ceux qui ont le cœur
accablé de tristesse, pour ôtre le souverain médecin de nos âmes, qu'il
a guéries par ses propres blessures. « C'était, dit saint Augustin, le
grand médecin qui devait s'approcher personnellement du grand m a -
lade. » — Sous la main puissante et tout à la fois douce et prudente
de ce divin médecin, l'âme accablée se relève, elle sent ses forces
renaître, et, avec ses forces, sa santé, sa ferveur, son goût pour les
choses de Dieu. — En guérissant tout le genre humain de ses infir-
mités et de ses langueurs, il lui a laissé encore un fond de tristesse,
mais d'une toute autre nature que celle qui le dévorait avant sa g u é -
rison : «Nous gémissons, dit l'Apôtre, dans l'attente de notre demeure
qui est dans ciel. » (Il COR. V, 4.) Mais celte tristesse est l'effet du pré-
cieux don de la santé que Jésus-Christ nous a rendue. (BERTUIER.) —
504 PSAUME CVI.
Voyez tout le mal que cause ce dégoût spirituel, voyez de quel péril
le malade est délivré par celui vers lequel il a crié : « Il a envoyé sa
parole, et il les a guéris, et il les a délivrés. » De quoi ? Non pas de
leurs égarements, non pas de la faim, non pas de la difficulté de vain-
cre leurs péchés, mais « de leur corruption. » C'est, en effet, une cor-
ruption de l'esprit que d'avoir du dégoût pour ce qui est plein de
douceur. Pour ce bienfait donc, comme pour ceux qui ont précédé,
« que le nom du Seigneur soit confessé par ses miséricordes et par
les merveilles qu'il a faites en faveur des enfants des hommes. Qu'ils
lui offrent un sacrifice de louanges. » S'ils louent le Seigneur, c'est
qu'ils goûtent sa douceur; « et qu'ils publient ses ouvrages avec des
transports de joie, » sans ennui, sans tristesse, sans anxiété, sans dé-
goût, mais, au contraire, avec des transports de joie. (S. AUG.)

IV. — 24-32.

fi. 24-32. La quatrième détresse de l'humanité abandonnée à elle-


même nous est dépeinte par le Psalmiste sous l'image d'une mer en
courroux. Le monde est cette mer orageuse sur laquelle les hommes
sont incessamment exposés, battus par les flots des persécutions des
hommes, ou des tentations du démon. — Tous les«traitsde ce tableau
peuvent être appliqués aux pécheurs : 1° Us descendent sur mer dans
des navires, comme Jonas fuyant de devant la face de Dieu, quittant
la terre ferme, c'est-à-dire le séjour de l'humilité, de la paix, de la
grâce ; 2° ils travaillent au milieu des grandes eaux, en se donnant
beaucoup de mal pour satisfaire à leur vie de délices et de voluptés ;
3° ils voient les œuvres de Dieu par les saintes inspirations qu'il leur
donne ; 4° ils voient ses merveilles par le regard de la foi qui perce
jusque dans la profondeur de l'enfer ; 5° le souffle de la tempête s'é-
lève par la tentation du démon ; 6° les flots de la mer se soulèvent par
les diverses calamités dont ils sont accablés ; 7° ils s'élèventjusqu'aux
cieux par l'orgueil de leurs pensées et de leurs afflictions ; 8° ils des-
cendent jusque dans les abîmes par le désespoir qui s'empare de leur
cœur ; 9° leur âme tombe en défaillance par la perte des grâces et des
dons de l'Esprit-Saint; 10° ils se troublent, c'est l'effet naturel et pre-
mier du péché dans l'âme privée de la paix, qui est, dit saint Augustin,
la tranquillité de l'ordre ; 11° ils sont agités comme un homme qui est
ivre, p a r l e s désirs insensés qui les dominent et les entraînent ; 12° touto
leur sagesse est renversée, dévorée. Le pilote du navire, c'est-à-dire
PSAUME CVI 505

l'intelligence qui veille sur le corps et l'âme, est plongée par le péché
dans un profond sommeil : « Vous serez comme un homme qui dort a u
milieu de la mer, comme un pilote assoupi qui a perdu le gouvernail. »
(PROV. XXIH, 3 4 ) Deux choses, dit saint Thomas, empêchent l'âme do
voir la vérité : la violence des passions, qui détourne l'âme des choses
intellectuelles pour la porter tout entière vers les choses sensibles, et
la sollicitude produite par les préoccupations des choses terrestres.—
La grande et absolue dépendance où l'homme est de Dieu, ne paraît
en aucun lieu avec plus d'éclat que sur la mer, lorsqu'il se voit sur
quelques planches réunies, exposé à toute la fureur de cet élément
indomptable, lorsqu'il voit de près ce qu'il ne connaissait que par le
récit des voyageurs, la puissance d'une tempête, l'élévation des flots,
l'immensité et la profondeur des mers, et la mort se présentant de
toutes parts. — Démoralisation des hommes en présence du naufrage,
alors que toute énergie, toute résolution les abandonnent, et qu'ils
s'alarment jusqu'à perdre l'esprit. — Puissance de Dieu qui commando
avec autorité aux vents et aux tempêtes : « Il domine l'orgueil de la
mer, et apaise ses flots soulevés. » (Ps. LXXXVIU, 1 0 . ) — Lorsque le
vent de l'orgueil agite la mer du cœur humain, les flots des désirs s'é-
lèvent jusqu'au ciel. — « Ses flots s'élèvent, ils montent jusqu'aux
cieux et descendent jusqu'au fond des abîmes. » Voilà une agitation
bien violente ; c'est une vive image des esprits curieux : leurs pensées,
vagues et agitées, se poussent, comme des flots, les unes les autres ;
elles s'enflent, elles s'élèvent démesurément ; il n'y a rien de si élevé
dans le ciel, ni rien de si caché dans les profondeurs de l'enfer , où ils
ne s'imaginent de pouvoir atteindre ; et les conseils de sa Providence,
et les causes de ses miracles, et la suite impénétrable doses mystères,
ils veulent tout soumettre à leur jugement. Malheureux qui, s'agitant
de la sorte, ne voient pas qu'il leur arrive comme à ceux qui sont
tourmentés par la tempête : «Ils sont troublés comme des ivrognes,»
la tête leur tourne dans ce mouvement ; là, toiu.o leur sagesse so
dissipe, et, ayant malheureusement perdu la route, iJs se heurtent
u
contre des écueils, ils se jettent dans des abîmes. (BOSSUE*"; * r l'E-
glise, ii° p.) Image non moins vive des vicissitudes continuelle.? aux-
quelles les hommes sont exposés durant cette vie, tantôt élevés jus-
qu'au ciel par la confiance qu'inspire la foi, tantôt abaissés jusqu'au
fond des abîmes par le découragement ou les font tomber la timidité,
la faiblesse, la défiance. — T r o u b l e , émotions causées par la vue do
tant de maux. Ils sont comme un homme ivre, ne sachant ni ce qu'ils
500 PSAUME CY1.
font, ni ce qu'ils disent. — Dieu change, quand il lui plaît, les tem-
pêtes les plus violentes, les vents les plus furieux, en une brise douce
et paisible. Ainsi tomba tout-à-coup la fureur des vents et des flots, à
3a voix de Jésus-Christ qui les menaçait ; et il ne fait pas un moindre
miracle lorsque, parmi les frayeurs d'une conscience alarmée et les
-douleurs de l'enfer, il fait sentir tout-à-coup à une âme repentante,
par une vive confiance, avec la rémission de ses péchés, cette paix qui sur-
passe toute intelligence. (BOSSUET, Or. fun. d'Anne de G.) — Saint Augus-
tin applique toute cette description à l'Eglise. Cette quatrième tenta-
tion nous met tous en péril. Tous, en effet, nous sommes sur le môme
navire : les uns comme ouvriers, les autres comme passagers; tous, ce-
p e n d a n t , partagent ensemble le danger dans la tempête et le salut
dans le port. « Ceux qui descendent sur mer dans les navires, et qui
travaillent au milieu des grandes eaux, » c'est-à-dire au milieu de
peuples nombreux ( A r o c , xvir, 15), ont vu les ouvrages du Seigneur
et ses miracles dans les profondeurs des abîmes. Qu'y a-t-il, en effet,
de plus profond que le cœur h u m a i n ? C'est de là que s'échappent lo
plus souvent les ouragans, et que viennent les tempêtes des séditions
et des dissensions qui agitent le navire. Et qu'arrive-t-il alors? Dieu
voulant que les pilotes et les passagers crient également vers lui,
« Dieu a dit, et le souffle de la tempête a tenu bon. » Que veut dire :
« a tenu bon ? » Il a continué, il a persévéré, il agite encore le naviro,
il le ballotte en tous sens, et sa fureur ne cesse pas. Et qu'est-il arrivé?
« Et les flots ont été soulevés. Ils montent jusqu'aux cieux, » par leur
courage, « et ils descendent jusqu'au fond des abîmes » dans leur ter-
reur. Combats au dehors, frayeurs au dedans. « Leur âme était con-
sumée p a r tant de maux. Ils étaient troublés, et chancelaient commo
un homme ivre. » Ceux qui sont assis au gouvernail et qui sont fidè-
lement attachés à leur navire sentent ces paroles : « Ils étaient trou-
blés, et chancelaient comme un homme ivre. • Assurément, quand ils
parlent, quand ils lisent, quand ils expliquent les livres saints, ils
paraissent sages ; mais malheur à eux si la tempête s'élève, « toute
leur sagesse s'est évanouie. » Quelquefois, tous les conseils des hom-
mes sont réduits à rien ; de quelque côté qu'ils se retournent, les Ilots
mugissent, la tempête est furieuse, les bras leur t o m b e n t ; de quçl
côté tourner la proue, à quels flots présenter le flanc du navire, dans
quelle direction favoriser la course, de quel rocher s'éloigner, de peur
qu'il ne périsse? aucun do ceux qui gouvernent le navire ne le voit.
Quelle ressource leur reste-t-il, si ce n'est celle-ci: « Et ils ont crié
PSAUME CVI. 507
vers le Seigneur au milieu de leur affliction, et il les a délivrés des
nécessités où ils se trouvaient. » « Il a commandé à la tempête et elle a
tenu bon ; transformée en un vent paisible. » Elle a tenu bon,
non sous la forme de tempête, mais sous la forme d'un vent
doux et favorable « Et les flots de la mer ont fait silence. » Ecoutez
à ce sujet la voix d'un pilote exposé à ces dangers, humilié et délivré :
i Mes frères, dit-il, j e ne veux pas vous laisser ignorer, touchant la
tribulation qui nous est survenue en Asie, que le poids en a ôté excessif
et qu'il a dépassé nos forces, (toute la sagesse de l'Apôtre était absor-
bée), au point que nous étions lassé de vivre. » (I COR., I, 8.) Eh quoil
Dieu abandonnerait-il ceux que leurs forces a b a n d o n n e n t ? o u bien les
forces ne leur manquent-elles de la sorte que pour augmenter sa
gloire? Qu'ajoute, en effet, l'Apôtre? « Mais nous avons reçu en nous-
mêmes l'arrêt de mort, afin que nous ne mettions pas notre confiance
en nous, mais en Dieu, qui ressuscite les morts. » « Il a commandé à la
tempête, et elle a tenu bon, transformée en un vent paisible. » Déjà
ces hommes, dont toute la sagesse était absorbée, avaient reçu en eux-
mêmes l'arrêt de m o r t , « et les flots de la mer ont fait silence ; » et
ils ont été comblés de joie par le silence des flots, et le Seigneur les a
conduits dans le port qu'ils souhaitaient. Que le nom du Seigneur soit
donc confessé, non par nos mérites, non par nos forces, non par notre
sagesse, mais « par ses miséricordes. » Aimons, dans toutes nos déli-
vrances, Celui que nous invoquons dans toutes nos souffrances.
(S. AUG.)

V. — 3 3 - 4 3 .

f. 3 3 - 3 8 . Dans cette dernière partie, le Prophète, après avoir chanté


les miséricordes du Seigneur, portant remède aux quatre grandes
misères de l'humanité, loue Dieu de la toute-puissance providentielle
avec laquelle il change quelquefois la nature des choses, aimant à se
révéler, par ces changements, comme le seul et véritable créateur et
maître de toutes choses. — Le Psalmiste a ici en vue, non un fait par-
ticulier au peuple de Dieu dans le désert ou la terro promise, mais les
temps primitifs et les commencements de la propagation du genre
humain après le déluge. De môme que Dieu changea la fertile terre
de Sodome en un désert aride, de même, en d'autres lieux, il donna
naissance à des fleuves, à des villes ; il fit fleurir la culture des champs,
planter des vignes et multiplier les hommes et les animaux. (BBLLARM.)
- Le désert est stérile, l'eau qui féconde lui manque ; mais c'est Dieu
508 PSAUME CVI.
qui fait couler l'eau dans le désert, comme c'est lui qui en la retirant,
change en désert le sol le plus fertile. (ISAI. XXV.) — Les eaux coulaient
pour le peuple juif avec l'enseignement des Prophètes. Aujourd'hui,
cherchez les prophètes parmi les enfants d'Israël, vous ne les trouve-
riez plus ; la foi du Christ, vous ne la trouverez plus ; le sacerdoce,
vous ne le trouverez plus ; le sacrifice, le temple, vous ne les trouverez
plus. Pourquoi? Parce que Dieu a changé les fleuves en désert. Voilà
comme il résiste aux superbes. Mais voyez en même temps comme il
donne sa grâce aux humbles: il change le désert en é t a n g , et ces
terres arides en eaux courantes. Dieu a dit à son Fils : « Tu es Prêtre
suivant l'ordre de Melchisedech. » Vous cherchez parmi les Juifs le sa-
crifice d'Aaron, et vous ne le rencontrez nulle part ; mais le sacrifice
de Melchisedech, on le célèbre partout dans l'Eglise, et de l'orient au
couchant, une victime pure s'offre au nom du Seigneur, à la place
des victimes immondes que sacrifiaient les nations lorsqu'elles n'é-
taient qu'un désert ; voyez partout, au sein de l'Eglise, des sources, des
lleuves, des étangs et des eaux courantes: Dieu donne sa grâce aux
humbles. (S. AUG.) — Image terrible d'une âme que Dieu abandonne
après qu'elle l'a abandonné la première. Nous habitons maintenant
dans le sein de cette Eglise arrosée des eaux divines, mais prenons
garde de ne pas tomber par notre faute dans l'aridité et la stérilité
des Juifs ; et si la corruption de notre cœur arrête l'effusion salutaire
des eaux vivifiantes de l'Esprit-Saint, tournons nos yeux vers la bonté
et la puissance de Celui qui change les déserts en mer, et la terre
aride en source d'eau vive. (D'ALLIOLI.)
fi. 39-41. Rien sur la terre de perpétuel ni de stable. Les hommes
que Dieu a comblés de ses bénédictions, dont il a multiplié la race, so
voient bientôt frappés pour leurs péchés, amoindris et réduits à un
petit nombre, en proie aux embûches et aux persécutions. — Ces
châtiments n'atteignent pas seulement les simples particuliers, mais
encore les princes. — Châtiment terrible aussi bien pour les peu-
ples que pour les rois, et sévère condamnation lorsque Dieu répand
le mépris sur les princes, c'est-à-dire lorsqu'il fait, par sa Providcnco,
que les princes et les supérieurs, soit ecclésiastiques, soit séculiers,
deviennent méprisables, car alors la discipline et la subordination so
relâchent, et tout marche à sa ruine ; les chefs privés des lumières
de la sagesse et de la grâce, marchent à l'aventure dans des chemins
perdus, et non plus dans des voies droites, c'est-à-dire qu'ils vivent
dans le vice, scandalisent les peuples par leurs mauvais exemples, fa-
PSAUME CVI. 500

vorisent les méchants et persécutent les gens de bien. (BELLARM.) —


En même temps que Dieu abaisse l'orgueil de ces princes insensés, il
se plaît à relever le pauvre qui est bien persuadé de sa pauvreté et qui
attend tout de Dieu.
fi. 4 2 , 4 3 . Un cœur droit se réjouit de voir la droiture de la con-
duite de Dieu sur les hommes. — Maintenant les justes se taisent en
présence des méchants ; mais viendra le temps où l'iniquité n'osera
pas même ouvrir la bouche. Attendons ce temps avec patience. (DUG.)
— L'Eglise de la terre est et sera jusqu'à la fin des temps l'Eglise mi-
litante. Ce n'est qu'au sein du royaume éternel que la bouche de ceux
qui vomissent l'iniquité sera bâillonnée, et qu'il sera donné aux bons
de se réjouir en voyant que toute impiété a les lèvres closes. Jusque-là,
c'est la triste consolation laissée aux enfants de ténèbres, de pouvoir
contredire avec plus ou moins de liberté et d'audace, selon que la r e -
ligion est plus ou moins livrée à la merci de leurs attaques, tout ce
qui contribue à l'avancement du règne de Dieu. (Mgr PIE, T. n, p . 3 0 ,
31.) — Voyez comment le Prophète termine ce psaume : « Qui est
l'homme sage? il gardera ces choses. » El que gardera le sage? S'il
est pauvre, il garde ces choses ; s'il n'est pas riche, c'est-à-dire s'il
n'est ni superbe, ni gonflé d'orgueil, il garde ces choses. Pourquoi ?
« Parce qu'il comprendra les miséricordes du Seigneur; » il comprendra
non point ses propres mérites, non point ses propres forces, non point
sa puissance, mais les miséricordes du Seigneur, qui l'a ramené dans
la voie et nourri, lui errant et manquant de tout ; qui l'a délié et dé-
livré, lorsqu'il combattait contre les obstacles suscités par ses péchés,
et qu'il était enlacé dans les liens de l'habitude ; qui lui a envoyé lo
remède de sa parole et l'a créé de nouveau, lorsqu'il était dégoûté de
la parole divine et qu'il se mourait d'ennui ; qui, l'arrachant aux périls
du naufrage et de la tempête, a calmé la mer et l'a conduit jusque
dans le port ; qui l'a placé au sein du peuple où il donne sa grâce aux
humbles, et non du peuple où il résiste aux superbes ; enfin, qui so
l'est attaché de telle sorte qu'il reste «lu grand nombre au s c i n d e l'E-
glise, au lieu d'être du petit nombre en dehors de l'Eglise. « Tout
homme sage gardera ces choses. » Comment les gardcra-t-il ? Par son
humilité et par l'intelligence qu'il aura des miséricordes du Seigneur.
(S. AUG.)
M0 PSAUME CVII.

PSAUME CVII.

Canticum Psalmi ipsi David. Cantique-Psaume de David.


1. Parât um cor meum , Deus, 1. Mon cœur est préparé , ô Dieu 1
paratum cor meum : cantabo , et mon cœur est préparé. Je chanterai vos
psallam in gloria mea. louanges, je les chanterai au son des
instruments, et j'exécuterai des hymnes
sur des instruments de ma gloire.
2. Exurge gloria mea , exurge 2. Reveillez-vous, ma gloire ; excitez-
psalterium, et cithara : exurgam vous, mon luth et ma harpe : je mo lè-
diluculo. verai dès l'aurore.
3. Confitebor tibi in populis 3. Jo vous louerai, Seigneur, au milieu
Domine : et psallam libi in natio- des peuples, au son des instruments , et
nibus. je chanterai votre gloire parmi les na-
4. Quia magna est super ccelos tions,
miscricordia tua : et usque ad nu- 4. parce que votre miséricorde est plus
bes veritas tua. haute que les cieux, et que votre vérité
ÎJ. Exaltavo super cœlos Deus , s'élève jusqu'aux nuées.
et super omnem terram gloria tua : 5. Elevez-vous, ô Dieu! au-dessus des
cieux, et que votre gloire éclate sur toute
C. ut liberentur dilecti tui. la terre ;
Salvum fac dextera t u a , et G. afin que vos bien-aimés soient déli-
exaudi me. vrés. Sauvez-moi par votre droite , ot
7. Deus locutus est in sancto exaucez-moi.
suo : 7. Dieu a parlé dans son sanctuaire.
Exultaho, et dividam Sichi- Je me réjouirai, et je ferai le partago
marn, et convallem tabernaculo- de Sichem ; et je mesurerai la vallée des
rum dimetiar. tentes.
8. Meus est Galaad, et meus est 8. Galaad est à moi , aussi bien quo
Manasses : et Ephraim susceptio Manassé ; et Ephraïm est la force de ma
capitis m ci. tête.
Juda rex meus : Juda est mon roi,
9. Moab lebes speimeœ. 9. Moab est le vase qui nourrit mon
espérance.
In Iduma?am extendam calcca- J'étendrai mes pas dans l'Iduméo, et
mentum meum : mihi alienigena? les étrangers sont devenus mes amis.
amici facti sunt.
10. Quis deducet me in civita- 10. Qui me conduira jusque dans la
tem munitam? quis deducet me ville fortifiée? Qui me conduira jusqu'en
usque in Idumaïam? Idumée?
11. Nonne tu Deus, qui repulisti 11. Ne sera-ce pas vous , Dieu I vous
nos, et non exibis Deus in virtuti- qui nous aviez rejetés? et ne marchoroz-
bus nostris? vous pas, ô Dieu ! à la tête de nos armées?
12. Da nobis anxilium de tribu- 12. Donnez-nous voire secours pour
latione : quia vana salus hominis. sortir de l'affliction , parce qu'il est vain
d'espérer le salut de la part de l'homme.
13. In Deo faciemus virtutem : 13. Avec Dieu nous aurons la puis-
et ipse ad nihiluni deducet inimi- sance , et lui-même anéantira nos enne-
cos nostros. mis.
P S A U M E CVII.

Sommaire analytique.

Ce Psaume qui, d'après son titre, serait de David, se compose de deux


parties, dont l'une (2-6) se trouve à la fin du psaume LVI, composé du-
rant la persécution de Saûl; l'autre (7-14) termine le psaume L1X, composé
aussi par David à l'occasion de h» guerre contre les Iduinôens. Pour expli-
quer la réunion de ces fragments, on conjecture que le psaume CVII n'est
que le psaume L1X, que David voulut faire chanter en quelque occasion
solennelle. Il retrancha alors les versets 3-6, qui rappelaient des jours
malheureux, et les remplaça par les versets 8-12 du psaume LVf, qui for-
mait un début magnifique et triomphal. (LE HIR). —- Pourquoi, so de-
mande Bollarmin, ce psaume a-t-il été ajouté aux autres, alors qu'il ne
contient rien de nouveau. Sans doute, répond-il, on aura voulu compléter
le nombre do cent cinquante psaumes, à moins, ajoute-t-il, qu'il n'existe
de ce fait quelque raison cachée qu'il déclare avoir ignoré complètement.
Nous osons dire que la raison tirée de co que lo rédacteur des Psaumes a
voulu compléter le nombre de cent cinquante psaumes, en prenant les
deux parties des psaumes LVI et L1X, manque absolument do vraisem-
blance , car pourquoi alors choisir plutôt les psaumes LVI et LIX que
tant d'autres ?
1
Dans la première partie, David, personnifiant en lui le Sauveur, excite
son âme et réveille sa lyre pour bénir lo Seigneur (1-4).
Dans la seconde, il indique le triple objet do ses louanges :
1° Les perfections de Dieu, sa miséricorde, sa vérité, sa gloire (5, 6);
2° Sa propre gloire; il étend ses conquêtes sur tout l'univers par la
prédication do l'Évangile (7-11) ;
3° L'espérance qu'il a du secours de Dieu, dans les victoires, dans les-
tribulations (12-14).

Explications ot Considérations, (t)

I. — 1-3.

f. 1, 2. La répétition des deux psaumes LVI et LIX, réunis en grande


partie dans ce psaume cvu, contient une leçon très-utile aux progrès
de notre perfection spirituelle. Ne croyons pas que David se soit répété
par défaut de nouveaux sentiments envers Dieu, et comme si son
cœur, tombé dans la sécheresse, ne lui eût fourni aucunes affections
nouvelles dans la prière, en sorte que, pour ranimer sa ferveur, il eût

(i) Voir les psaumes LVI et ux.


512 PSAUME CVII.
clé obligé de recourir à ce qu'il avait déjà exprimé dans deux autres
psaumes. Cette explication ne peut convenir aux paroles d'un Prophète
si rempli de l'Esprit de Dieu ; disons donc plutôt qu'il nous donne ici
l'exemple de ce que nous devons faire, lorsque nous nous trouvons
dans une espèce de langueur qui semble amortir tous les sentiments
de notre âme. C'est le moment de nous rappeler les vérités qui nous
ont touché en d'autres occasions, ou, ce qui est encore plus efficace,
tirons alors des livres saints ou des livres de piété ce qui nous frappe
dans des temps de ferveur; répétons nos prières anciennes ou celles des
saints qui nous ont précédés. C'est l'exemple que nous donne dans la
prière du jardin des Olives, notre divin Sauveur, dont il est dit : « Il
retourna et il pria pour la troisième fois, disant les mêmes paroles. »
(MATTH., XXIV, 43.) C'est aussi l'exemple que l'Eglise nous donne dans
sa liturgie et dans ses divins offices où elle ne se lasse point de pré-
senter au Très-Haut les mêmes actes d'adoration, de reconnaissance,
d'amour, de componction, en répétant si souvent: « Seigneur, hâtez-
vous de nous secourir ; Seigneur, ayez pitié de nous ; gloire au Père,
au Fils, au Saint-Esprit, etc. » (DBHTIIIER, mod.) — « Mon cœur C6t
prêt, Seigneur, mon cœur est prêt. » Cette répétition est l'indico
1° d'une volonté pleinement déterminée ; 2° d'une force intérieure qui
ne craint rien et qui est disposée à surmonter tous les obstacles ;
3° d'une sainte ferveur, d'un amour ardent qui semble aller au-devant
des sacrifices que Dieu peut exiger. C'est ainsi que notre cœur doit
être p r ê t : 1° pour acquérir et pratiquer tous les commandements de
Dieu et toutes les vertus chrétiennes : « Je suis prêt et sans être aucu-
nement troublé, à garder vos commandements, » (Ps. c x v m , 60) ; « son
cœur est prêt à espérer dans le Seigneur, » (Ps. exi, 7) ; 2° pour
attendre l'avènement du souverain Juge : « Soyez donc aussi toujours
prêts, car vous ne savez pas à quelle heure le Fils de l'Homme vien-
dra, » (MATTH., XXIV, 44) ; 3° pour supporter et souffrir en attendant
toutes les épreuves, toutes les tribulations qui entrent dans les des-
seins de Dieu en vue de notre sanctification. — Telle est la disposition
de cœur où doit être un vrai chrétien, et surtout un prêtre qui, appelé
p a r sa vocation à être l'homme de Dieu et le serviteur de ses frères,
doit se montrer toujours prêt à faire la volonté, à exécuter les ordres
de son Maître, quoi qu'il puisse lui en coûter. « Mon cœur est prêt,
Seigneur, mon cœur est prêt. » Je ne sais pas ce que vous vouiez faire
d e moi, mais, quoi que ce soit, mon cœur est prêt. Voulez-vous quo
j e sois un holocauste consumé et anéanti devant votre Père par lo
PSAUME CVII. 513
martyre du saint a m o u r ? Voulez-vous que j e sois ou une victime p o u r
le péché, par les saintes austérités de la pénitence, ou une victime p a -
cifique et eucharistique dont le cœur touché de vos bienfaits, s'exhale
en actions de grâces et se distille en amour à vos yeux ? « Mon cœur
est prêt. » Voulez-vous qu'immolé à la charité, j e distribue tous mes
biens pour la nourriture des pauvres, ou que, « frère sincère et bien-
faisant», j e donne ma vie pour les chrétiens, me consumant en pieux
travaux dans l'instruction des ignorants et dans l'assistance des m a -
lades? « Mon cœur est prêt, Seigneur, mon cœur est prêt. » (BOSSUET,
Elev. XVIII, s. 2, EL) — Que voulez-vous encore de moi, Seigneur, e t
laquelle faut-il que je vous immole des affections les plus intimes de
mon cœur? Voulez-vous accepter le sacrifice de mes projets d'avenir,
de mes projets d'études, de prédication, de conversion des âmes, où
se mêle peut-être à mon insu plus d'orgueil, plus d'ambition que de
zèle pour la vérité? i Mon cœur est prêt, Seigneur, mon cœur est
prêt. » Ou bien voulez-vous qu'après avoir formé des générations de
fidèles, l'acte sanglant du martyre assure et confirme la foi dans l'âme
des disciples : « Mon cœur est prêt, Seigneur, mon cœur est prêt » ;
je suis prêt à marcher, à m'offrir, à me dévouer, à me sacrifier, à vous
suivre j u s q u ' à l a mort, joyeux aussi de souffrir avec vous, puisque avec
vous j e puis tout. « Mon cœur est prêt, Seigneur, mon cœur est prêt. »
— L'Apôtre était dans les tourments, dans les chaînes, dans les p r i -
sons; il était couvert de plaies ; il souffrait la faim, la soif, le froid et
la nudité ; il était dévoré par tous les genres de douleurs et de souf-
frances, et il disait : « Nous nous glorifions dans les tribulations. »
(II COR., XI, 27.) Pourquoi parlait-il ainsi, si ce n'est parce que son
cœur était préparé? Il chantait donc ce psaume : « Mon cœur est prêt,
Seigneur, mon cœur est prêt. » — « Levez-vous ma gloire, réveillez-
vous ma lyre et ma harpe, j e me lèverai dès l'aurore. » Il est souve-
rainement important de réveiller notre âme de l'assoupissement où
elle se trouve plongée, d'exciter sa faiblesse et sa langueur pour rendre
ses devoirs à Dieu, et non moins important de nous lever à cet efTet
dès l'aurore, alors que notre esprit est plus calme et plus tranquille,
et n'est encore ni envahi, ni troublé par les préoccupations et les sol-
licitudes des intérêts de la terre. — « Le juste s'appliquera à tourner
dès l'aurore son cœur vers le Seigneur qui l'a créé, et il priera en
présence du Très-Haut. » (ECCLI., XXXIX, 6.) — C'est alors qu'il faut
chanter et glorifier Dieu sur la harpe. Si vous avez abondance d e
quelque bien terrestre, rendez-en grâce à Celui qui vous a donné co
TOME il. 33
514 PSAUME CVII.
bien ; si quelque chose vous manque ou vous est ravi à votre détriment,
glorifiez-le en toute sécurité sur la harpe ; car Celui qui vous a donné
ces biens ne vous est pas enlevé , quoique les biens qu'il vous a donnés
vous aient été ravis. Ainsi donc, dans cette situation, j e le répète,
glorifiez-le en toute sécurité sur la harpe ; sûr de votre Dieu, touchez
les cordes de votre cœur, et dites, comme si vous tiriez des sons de
la partie harmonieuse de la harpe : « Le Seigneur me l'avait donné,
le Seigneur me l'a ôté ; il a été fait comme ii a plu au Seigneur ; que
le nom du Seigneur soit béni. » (JOB, I, 2 1 ; S. AUG., sur le Ps. xxxu.)
f. 3, 4. Nous voyons ici les heureux effets d e l à conformité de notre
volonté avec la volonté de Dieu : lo le parfait accord de notre âme et
de notre bouche pour louer Dieu ; 2° une sainte promptitude, une
ardeur toute particulière, une pieuse activité pour exécuter les bonnes
inspirations que Dieu nous donne : « Je me lèverai dès l'aurore » ;
3° la disposition où nous sommes de rendre grâces à Dieu en tout lieu
et à la face de tous : « Je vous louerai au milieu des peuples, t t c . » ;
4° le désir de la gloire de Dieu : « Elevez-vous, Seigneur, au-dessus
des cieux. » — C'est un devoir pour tout chrétien de rendre en parti-
culier de continuelles actions de grâces au Seigneur pour les bienfaits
particuliers et personnels qu'il en reçoit tous les jours ; mais c'est un
devoir aussi pour lui d'en rendre de publiques « au milieu des peu-
ples », pour les bienfaits généraux et publics que Dieu accorde aux
nations et aux peuples. Ce défaut de reconnaissance, soit privée, soit
publique, est une des omissions les plus communes parmi les chré-
tiens, et une de celles qui ont les suites les plus funestes, soit pour les
individus, soit pour les sociétés.

IL — 5-14.

f. 5 , 6 . « La loi a été donnée par Moïse, la grâce et la vérité nous


ont été données par Jésus-Christ. » ( J E A N , I , 1 7 . ) La grâce est assuré-
ment la même chose que la miséricorde : ainsi, selon ces paroles do
l'Evangéliste, c'est Jésus-Christ qui a donné aux hommes la miséri-
corde, et qui leur a montré la vérité. Cependant les prophètes et David
plus que tous les autres, ont souvent parlé de la miséricorde et de la
vérité de Dieu ; ils ont connu ces deux attributs ; ils en ont fait la base
de leur confiance. Il faut donc pour les concilier avec l'Evangile, qu'ils
aient compté sur Jésus-Christ, qu'ils l'aient vu en esprit, qu'ils aient
pénétré le mystère de sa mission, dont l'objet était de faire donner la
miséricorde et de faire connaître la vérité. Ainsi, toutes les fois quo
PSAUME CVII. 515

ces Prophètes exaltent la miséricorde et la vérité de Dieu, ils doivent


avoir eu en vue Jésus-Christ, et cette doctrine répand un grand j o u r
sur quantité de textes de l'Ancien-Testament et des psaumes en p a r t i -
culier. Il sera donc vrai, selon le sens de ces deux versets, que « la
miséricorde de Dieu est au-dessus des cieux, et sa vérité au-dessus des
nuées » , c'est-à-dire dans le plus h a u t degré d'excellence, parce
que Jésus-Christ est le chef-d'œuvre de la sagesse de Dieu ; sans lui,
nous n'aurions p a r t ni à la miséricorde, ni à la vérité de Dieu, et p a r
lui, ces deux grands attributs nous sont non-seulement connus, mais
aussi communiqués par les effets qu'ils opèrent sur nous. (BERTMER.)
— Jésus-Christ est la miséricorde et la vérité : la miséricorde, puisque
selon saint J e a n , « il est propitiation pour nos péchés » ; la vérité,
puisqu'il est incapable de se tromper et de tromper personne; c'est
même le nom qu'il se donne à lui-même. Mais la miséricorde et la vé-
rité, c'est Dieu : Jésus-Christ est donc Dieu, et c'est lui que le Prophète
invite dans ce verset, à manifester sa gloire dans le ciel et sur la terre.
Ce grand mystère est accompli : « il a été manifesté dans la chair,
autorisé p a r l'Esprit, vu des Anges, prêché aux Gentils, cru dans le
monde, et élevé dans la gloire. » (I TJM., m , 1 6 . ) Paroles sublimes de
l'Apôtre, elles comprennent toute l'économie du salut, toutes les voies
de miséricorde et de vérité que Dieu a ouvertes au genre humain dans
l'incarnation du Verbe éternel. (IDEM.)—Nous pouvons et nous devons
souhaiter que Dieu fasse de temps en temps connaître, par quelque
coup éclatant de sa puissance, qu'il est Dieu, et que, bien qu'il soit
élevé au-dessus des cieux, il ne laisse pas de considérer ce qui se passe
sur la terre, et d'y faire éclater sa gloire. Ces coups sont quelquefois
nécessaires, afin de mettre à couvert ceux qu'il aime, et qu'ils soient
délivrés des oppressions auxquelles ils sont trop souvent exposés.
(DUG.) — « Afin que vos bien-aimés soient délivrés. » La sainte t h é o -
logie nous apprend que Dieu a compris dès l'origine, dans un môme
décret, et son Fils incarné et tous ses élus, et qu'il a si bien attaché
ceux-ci à la personne de celui-là, qu'une même vie leur est commune
ici-bas et une même gloire là-haut, et qu'ils deviennent pour Dieu un
seul et même objet de ses pensées et de ses affections, selon ces paroles
du Sauveur : « Moi en eux, et vous en moi, afin qu'ils entrent en par-
tage de notre propre unité, et que le monde connaisse que vous les
avez aimés comme vous m'avez aimé. » (JEAN, XVIU, 23) ; (Mgr P I E ,
Discours, etc, T., vin, 223.) — « Tout pour les élus. » (II TIM., H, 1 0 . )
C'est une chose prodigieuse de voir l'exécution des desseins de Diçu t
516 PSAUME CVII.
le renverse en moins de rien les plus hautes entreprises ; tous les élé-
ments changent de nature pour le servir; enfin, il fait paraître dans
toutes ses actions qu'il est le seul Dieu et le Créateur du ciel et de la
terre. Or, il s'agit ici de l'accomplissement du plus grand dessein de
Dieu, et qui est la consommation de tous ses ouvrages, c'est-à-dire de
la souveraine béatitude qu'il réserve à ses élus. (BOSSUET, Serm.pour la
Toussaint.) (1) — « Afin que vos bien-aimés soient délivrés. » Qui peut
douter que ce dessein ne soit tout extraordinaire, puisque Dieu y agit
avec passion? Il s'est contenté de dire un mot pour créer le ciel et la
terre : nous ne voyons pas là une émotion véhémente. Mais, pour ce
qui regarde la gloire de ses élus, vous diriez qu'il s'y applique de
toutes ses forces; au moins y a-t-il employé le plus grand de tous les
miracles : l'incarnation de son F i l s . . . Jamais Dieu n'a rien voulu avec
tant de passion ; or, vouloir à Dieu, c'est faire. Donc ce qu'il fera pour
ses élus sera si grand, que tout l'univers ne paraîtra rien en compa-
raison de cet ouvrage. Sa passion est si grande qu'elle passe à tous
ses amis, et fait remuer à ses ennemis tous leurs artifices, pour s'op-
poser à l'exécution de ce grand dessein. (IDEM.)— Si les lois d'un Etat
s'opposent au salut éternel de ses élus, Dieu ébranlera tout l'état pour
les affranchir de ces lois ; il met les âmes à ce prix, il remue le ciel et
pa terre pour enfanter ses élus, et comme rien ne lui est cher que ces
enfants de sa dilection éternelle, que ces membres inséparables de son
Fils bien-aimé, rien ne lui coûte pourvu qu'il les sauve. (BOSSUET,
Or. fun. de la duch. d'Orl.) — « Sauvez-moi par votre droite et exau-
cez-moi. » Comme j e vous demande ce que vous voulez me donner,
que j e ne crie point pendant le j o u r par la voix de mes péchés, de
manière à n'être pas exaucé (Ps. xxi, 2), ni pendant la nuit, pour que
vous ne m'écoutiez pas, et que c'est la vie éternelle que j e vous de-
m a n d e , ô mon Dieu, exaucez-moi donc, puisque j e demande d'êtro
admis à votre droite. Tout fidèle, gardât-il dans son cœur la parole de
Dieu, eût-il une vive crainte du jugement à venir, vécût-il d'une sainte
vie, de telle sorte que sa conduite ne portât jamais personne à blas-
phémer le nom de son Dieu, demande fréquemment dans ses prières
les biens de ce monde, et il les demande sans être exaucé ; mais s'il
prie pour obtenir la vie éternelle, il est toujours exaucé. Qui, en effet,
lorsqu'il est malade, ne demande la s a n t é ? Et cependant il lui est
peut-être plus utile d'être malade. Il peut donc se faire que vous no
(i) Voir tout le sermon H pour la fête de la Toussaint, où sont exposés les admï
bles desseius de Dieu sur sos élus.
PSAUME CVII. 517
soyez pas exaucé dans cette prière ; mais alors vous ne serez p a s
exaucé selon votre volonté, afin de l'être pour votre utilité. Si, au
contraire, vous demandez à Dieu qu'il vous donne la vie éternelle,
qu'il vous donne le royaume des cieux, qu'il vous admette à la droite
de son Fils, lorsqu'il viendra juger la terre, soyez en sécurité, vous
l'obtiendrez un jour, si vous ne l'obtenez immédiatement ; car le temps
n'est pas encore venu de l'obtenir. Vous êtes exaucé et vous ne le
savez pas ; ce que vous demandez se fait, bien que vous ne sachiez
pas comment il se fait. La plante est en racines , elle n'est point e n -
core en fruits. « Que votre droite me sauve et exaucez-moi. »
(S. AUG.)
f. 7-9. « Dieu a parlé par la voix de son saint. » Pourquoi crain-
driez-vous que la parole de Dieu ne s'accomplît pas ? Si vous aviez un
ami sage et grave, comment parleriez-vous do lui ? Il a dit telle chose,
nécessairement telle chose se fera; c'est un homme grave, il n'agit
pas légèrement, il ne se laisse pas facilement détourner de ses déci-
sions ; ce qu'il a promis est certain. Mais pourtant cet ami n'est qu'un
h o m m e , et l'homme veut parfois accomplir ce qu'il a promis, et il ne
le peut pas. De la part de Dieu, vous n'avez rien à craindre; il est
véridique, c'est chose certaine ; il est tout-puissant, c'est chose égale-
ment certaine ; il ne peut donc nous tromper, et il a puissance d'ac-
complir ce qu'il a promis. Pourquoi donc craignez-vous d'être déçu ?
Mais il ne faut pas être vous-même l'artisan de votre déception, il faut
que vous persévériez jusqu'à la fin ; car, de son côté, Dieu vous don-
nera certainement ce qu'il vous a promis. « Dieu a parlé par la voix
de son saint. » Quel est son saint? « Dieu, dit l'Apôtre, était dans le
Christ, réconciliant le monde avec lui. » (Il COR., V, 19.) Il était donc
dans ce Saint, dont le Psalmiste a dit dans un autre endroit: « Mon
Dieu, votre voie est dans votre Saint. » (Ps. LXXII, 1 4 . ) « Dieu a parlé
par la voix de son Saint. » Le Prophète ne dit pas quelles paroles Dieu
a prononcées ; mais comme Dieu a parlé par la voix de son saint, et
que rien ne peut se faire autrement que Dieu ne l'a dit, ce qui suit
s'accomplira en conséquence de la parole de Dieu... ( S . AUG.) « Je me
réjouirai et je diviserai Sichem, et je mesurerai la vallée des tentes. »
Ne nous arrêtons pas à ces victoires de David, qu'il prédit comme si
elles étaient déjà arrivées, dont le fruit devait être l'agrandissement
du royaume de Juda ; mais considérons dans ces victoires et dans leurs
suites les symboles de ce qui devait s'accomplir dans l'Eglise de Dieu,
dont le royaume de Juda était la figure, c'est-à-dire les victoires que
M8 PSAUME CVII.
les élus remporteront sur les ennemis de leur salut. — Us partageront
entre eux ces vastes campagnes du ciel, ces riches vallées, ou plutôt
chacun les possédera tout entières, sans aucun partage et sans rien
retrancher de la part des autres. Dans ce royaume où, selon l'expres-
sion de saint Augustin, on ne craint point d'avoir des égaux, et où l'on
voit sans jalousie ses concurrents, (S. AUG., de ciuit. Dei, lib. v, c, xxiv)
tout appartiendra conjointement aux élus, sans aucune jalousie, et
Dieu sera leur principale, ou plutôt leur unique force. En attendant,
ils se nourrissent, comme d'une viande délicieuse, de l'espérance de
ces biens futurs ; ils marchent à grands pas dans les voies du ciel, ils
s'élendent de vertus en vertus. « Les étrangers leurs sont soumis, ou
plutôt personne ne leur est étranger ; et, pourvu qu'on veuille aimer
Dieu, on devient aussitôt leurs amis. » (DUG., en part.)
10, I I . « Qui me conduira jusque dans la ville fortifiée? » Pour
David, cette ville fortifiée, c'était la capitale de l'Idumée, figure du
monde qu'il nous faut combattre et dont il faut nous emparer ; c'est
là une tâche au-dessus de nos propres forces. Nous ne sommes pas
capables de faire le moindre bien, de prendre la ville la plus faible,
encore moins celles qui sont fortifiées. « Ne sera-ce pas vous, Seigneur,
vous qui nous aviez rejetés, et ne marcherez-vous pas à la tête de nos
armées ? > i Qui m'introduira dans la ville fortifiée ? » Qui, si ce n'est
Dieu? « Qui me fera pénétrer jusqu'en I d u m é e ? » c'est-à-dire qui me
fera régner jusque sur les hommes terrestres, pour que ceux-là mômes
me respectent, qui ne sont pas de moi et qui ne veulent pas progresser
en m ' a p p a r t e n a n t ? « Qui m'introduira dans l'Idumée? » N'est-ce pas
vous, mon Dieu, qui nous avez repoussés? Cependant vous ne sortirez
pas à la tête de nos armées. (1). Mais pourquoi nous avez-vous repous-
sés? pourquoi nous avez-vous détruits? Parce que « vous vous êtes
irrité contre nous, et que vous avez eu pitié de nous. » Vous nous
conduirez après nous avoir repoussés ; et bien que vous ne sortirez pas
à la tête de nos armées, vous nous conduirez. Que signifie : • Vous no
sortirez pas à la tête de nos armées?» Le monde va sévir contre nous,
le monde va nous fouler aux pieds ; il va se faire, par l'effusion du
sang des martyrs, un amas de témoignages, et les païens, nos bour-
reaux, d i r o n t : Où est « leur Dieu ? » (Ps. LXXVIII, 1.) Alors, « vous no
sortirez pas, ô mon Dieu, à la tête de nos armées ; » car vous n'appa-
raîtrez pas comme leurs ennemis ; vous ne montrerez pas votre puis-
(1) L'explication que donne ici saint Augustin supprime l'interrogation dans
Ja deuxième partie du verset.
PSAUME CVII. 519

sance..., mais vous agirez au-dedans. Que veut dire : € Vous ne sortirez
pas ? » Vous n'apparaîtrez pas. Assurément, quand les martyrs étaient
enchaînés et conduits au supplice, qu'ils étaient traînés en prison,
quand on les montrait publiquement à la populace pour lui servir
de j o u e t , quand ils étaient livrés aux bêtes, quand ils étaient frappés
par le fer, quand ils étaient consumés par le feu, ne les méprisait-on
pas comme gens abandonnés de vous, comme gens privés de tout
secours? Et comment Dieu agissait-il en eux ? comment les consolait-
il intérieurement ? comment leur rendait-il donc l'espérance de la vie
éternelle ? comment n'abandonnait-il pas leurs cœurs, où l'homme
habitait en silence, heureux, s'il était bon ; misérable, s'il était m é -
chant ? Celui qui ne sortait pas à la tête de leurs armées les abandon-
nait-il donc pour cela? N'a-t-il pas, au contraire, introduit l'Eglise
jusque dans l'Idumée et dans la ville fortifiée, bien plus sûrement que
s'il fût sorti à la tête de leurs armées? En effet, si l'Eglise voulait faire
la guerre et combattre par l'épée, elle paraîtrait combattre pour la
vie présente ; mais, c'est parce qu'elle a méprisé la vie présente, qu'il
s'est fait un si grand amas de témoignages pour la vie future.
(S. AUG.)
fi. 1 2 , 1 3 . « Donnez-nous votre secours dans la détresse, parce que
le secours qui vient de l'homme est vain. » Que ceux qui n'ont point
en eux le sel de la sagesse s'en aillent maintenant souhaiter aux leurs
le salut temporel, qui n'est que la vanité du vieil homme. « Donnez-
nous votre secours ; » donnez-le-nous du côté môme par où vous semblez
nous abandonner, et secourez-nous par cette voie, t Avec Dieu, nous
triompherons, et lui-môme réduira nos ennemis au néant. » Nous ne
triompherons ni avec notre glaive, ni avec nos chevaux, ni avec nos
cuirasses, ni avec nos boucliers, ni avec la force de nos armées, ni au
dehors. A quelle place donc? Au-dedans de nous, là où nous sommes
cachés. Mais comment triompherons-nous au-dedans? « Avec Dieu,
nous triompherons. » Nous serons comme avilis et comme foulés aux
pieds , nous serons considérés comme des hommes de nulle valeur ;
mais Dieu réduira nos ennemis au néant. C'est ce qui est arrivé à nos
ennemis : les martyrs ont été foulés aux pieds, et, par leur patience,
par leur courage à supporter les tourments', par leur persévérance
jusqu'à la fin, ils ont triomphé avec l'aide de Dieu. (S. AUG.) — Ainsi
en est-il de tous les saints dans tout le cours des siècles. Le monde les
regarde dans la tribulation, dans les exercices de la pénitence, dans
la solilude, comme le rebut de la terre, comme des malheureux sans
520 PSAUME GVIII.
appui et sans ressource, comme des imbéciles qui n'ont eu le talent ni
de faire fortune, ni de se rendre utiles à la société. Ces hommes cachés
ou opprimés sont néanmoins des héros aux yeux des Anges et de Dieu
m ê m e ; ils sortent de ce monde, chargés des dépouilles de tous les
ennemis du salut. L'histoire du monde ne parlera point de ces exploits,
mais les fastes de l'éternité en conserveront la mémoire. Toute la
grandeur humaine p é r i r a , et celle des saints sera comme celle de
Dieu, immuable et immortelle. (BERTHIER.)

PSAUME cvm.

In finem, Psalmus David. Pour la fin, Psaume de David.


1. Deus laudem meam ne ta- 1. Dieu , ne taisez pas ma louange ,
cueris : quia os peccatoris , et os parce que la boucho du pécheur et la
dolosi super mo apcrlurn est. bouche de l'homme trompeur so sont
ouvertes contre moi.
2. Locuti sunt adversum me lin- 2. Ils ont parlé contre moi avec uno
gua dolosa , et sermonibus odii langue trompeuse ; ils m'ont assiégé par
circumdederunt me : et expugna- leurs discours remplis de haine, et ils
verunt me gratis. m'ont fait la guerre sans sujet.
3. Pro eo ut me diligerent , de- 3. Au lieu de m'aimer, ils me déchi-
trabebant mihi : ego autem ora- raient par leurs médisances ; et moi jo
bam. priais.
4. Et posuerunt adversum me 4. Ils m'ont rendu le mal pour le bien,
mala pro bonis : et odium pro et la haine pour mon affection.
dilectione mea.
5. Constitue super cum pccca- y. Donnez au pécheur l'empire sur mon
torem : et diabolus stet a dextris ennemi, et que le démon soit toujours
ejus. à sa droite.
6. Cum judicatur , exeat con- 6. Lorsqu'on le jugera, qu'il soit con-
demnatus : et oratio ejus fiât in damné ; et que sa prière même se tourne
pecatum. en péché.
7. Fiant dies ejus pauci : et epis- 7. Que ses jours soient abrégés; et
copaturu ejus accipiat aller. qu'un autre reçoive sa charge (4).
8. Fiant filii ejus orpbani : et 8. Que ses enfants deviennent orphe-
uxor ejus vidua. lins, et que sa femme soit sans époux.
9. Nutantes transferantur filii 9. Que ses enfants, vagabonds et er-
ejus, et mendicent : et ejiciantur rants, soient contraints de mendier; et
de babitationibus suis. qu'ils soient chassés de leurs demeures.
10. Scrutetur fœnerator omnem 10. Que l'usurier recherche tout son
substantiam ejus : et diripiant bien ; et que les étrangers ravissent lo
alieni labores ejus. fruit de ses travaux.
11. Non sit illi adjutor : nec sic H . Qu'il n'y ait personne pour l'assis-
qui misereatur pupillis ejus. ter ; et que nul n'ait compassion do ses
orphelins.
12. Fiant nati ejus in interitum : 12. Que ses enfants soient voués à la
in generatione una deleatur no- destruction ; et que son nom s'éteigno
men ejus» dans lo cours d'une seule génération.

(I) Episcopatum ejus, suivant l'hébreu, sa préfecture, sa charge, son intendance.


PSAUME GY11I. 521

13. ïn memnriam redeat iniqui- 13. Quo l'iniquité de ses pères revive
tas patrum ejus in conspectu Do- dans le souvenir du Seigneur; et que lo
mini : et peccatum matris ejus non péché de sa mère no soit point effacé (i).
deleatur.
14. Fiant contra Dominum sem- 14. Que leurs crimes soient toujours
per , et dispereat de terra niemo- devant le Seigneur; et que leur mémoire
ria eorum : périsse de dessus la terre ;
15. pro eo quod non est recor- 1!>. parce qu'il ne s'est point souvenu
datus facere misericordiam. de faire miséricorde.
16. Et persccutus est hominem 1G. Il a persécuté l'homme pauvre et
inopem , et mendicum , et com- dans l'indigence, afin de faire mourir ce-
punctum corde mortificare. lui dont le cœur était percé de douleur.
17. Et dilexit maledictionem, et 17. Il a aimé la malédiction, elle tom-
veniet ei : etnoluit benedictionem, bera sur lui ; il a rejeté la bénédiction,
et elongabitur ab eo. elle s'éloignera de lui ;
Et induit maledictionem sicut il s'est revêtu de la malédiction comme
vestimentum, etintravit sicut aqua d'un vêtement; elle a pénétré comme
in interiora ejus, et sicut oleum in l'eau dans ses entrailles, et comme l'huile
ossibus ejus. jusque dans ses os (2).
18. Fiat ei sicut vestimentum, 18. Qu'elle lui soit comme le manteau
quo operitur : et sicut zona , qua dont il se couvre, et comme la ceinture
semper prœcingitur. qui serre toujours ses reins.
19. Hoc opus eorum , qui detra- 19. Tel est le salaire que Dieu réserve
hunt mibi apud Dominum : et qui à ceux qui me calomnient en présence
loquuntur mala adversus animam du Seigneur, et qui profèrent des paroles
meam. meurtrières contre mon âmo.
20. Et tu Domine, Domine , fac 20. Et vous, Seigneur, Seigneur, pre-
mecum propter nomen tuum : nez ma défense à cause de votro nom,
quia suavis est misericordia tua : parce que votre miséricorde est pleine
de douceur.
Libéra m e , Délivrez-moi,
21. qui egenus et pauper ego 21. parce que jo suis pauvre et dans
sum: et cor meum conturbatum l'indigence, et que mon cœur est tout
est intra me. troublé au-dedans de moi.
22. Sicut umbra cum déclinât, 22. J'ai été enlevé comme l'ombre qui
ablatus sum : et excussus sum si- est sur son déclin ; et je suis poussé do
cut locustœ. côté et d'autre comme les sauterelles (3).
23. Genua mea infirmata sunt a 23. Mes genoux sont affaiblis par lo
jejunio : et caro mcaimmutata est jeûne, et ma chair s'est Hoirie fauto
propter oleum. d'huile.
24. Et ego factus sum oppro- 24. Je suis devenu pour eux un sujet
brium illis : vidoruntme, et move- d'opprobre ; ils m'ont vu, et ils ont se-
runt capita sua. coué la tête.
25. Adjuva me Domine Deus 25. Venez à mon aide , Seigneur mon
meus : salvum me fac secundum Dieu; sauvez-moi selon votre miséricorde.
misericordiam tuam.

\ï) Quand les pères ont été saints, on peut rappeler utilement le souvenir de
leurs mérites en faveur de leurs enfants coupables ; mais ai, au contraire, les
pères ont été eux-mêmes coupables, quelle défense reste-t-il à leurs enfants, qui
ne peuvent alléguer ni leur justice, ni celle de leurs aïeux (BOKDII..)
(2) Trois degrés progressifs : le vêtement, l'oau, l'huile.
(3) « Je suis jeté de çà et de là comme la sauterelle. » La sauterelle ne demeuro
jimais en place.
522 PSAUME CV1II.
26. Et sciant quia manus tua 26. Et que tous sachent que c'est l'œu-
Iisec : et tu Domine fecisti em. vre de votre main, et que c'est vous,
Seigneur, qui faites ces choses.
27. Malediccnt illi, et tu bcnc- 27. Ils me maudiront, et vous me bé-
dices : qui insurgunt in me , con- nirez. Que ceux qui s'élèvent contre moi
fundantur : servus autem tuus lœ- soient confondus; mais, pour votre ser-
tabitur. viteur, il sera rempli de joie.
28. Induanturquidetrahunt mi- 28. Que ceux qui me calomnient soient
bi, pudore : et operiantur sicut di- couverts de honte ; et qu'ils soient enve-
ploide confubione sua. loppés de leur confusion comme d'un
double manteau.
29. Confitebor Domino nimis 29. Et je glorifierai le Seigneur do
in ore meo : et in medio multorum toute la force de ma voix ; et je le loue-
laudabo eum. rai au milieu d'une grande assemblée,
30. Quia astitit a dextris paupe- 30. parce qu'il s'est tenu à la droite
ris, ut salvam faceret a persequen- du pauvre, afin de sauver mon âme do
tibus animam meam. ceux qui la persécutent.

Sommaire analytique.

L'apôtre saint Pierre, en citant un verset de ce psaume comme étant do


David (Act. i, 16-20), ne nous laisse aucun doute sur son auteur, et, en
appliquant ce texte au traître Judas, il nous donne, pour ainsi parler, la
clef qui doit nous servir pour entrer dans l'intelligence de tout le psaume.
Dans ce psaume, composé par David durant la persécution soit de Saûl,
soit d'Absalon, et lors des trahisons de Docg l'Idumôen ou d'Achitophcl,
le Prophète, parlant au nom du Messie dans sa passion, rappelle le crimo
odieux de Judas et des Juifs déicides dont Judas fut lo chef, et les châ-
timents qui en ont été la suite pour ce traître disciple et pour toute cetto
nation perfide.
I. — IL DEMANDE A DIEU SON PERE QUE SON INNOCENCE NE SOIT PAS CONFONDUE
PAR LES EFFORTS DE SES ENNEMIS, C'EST-A-DIRE :
1° Par leurs impiétés et leurs mensonges (1) ;
2° Par leurs tromperies et leurs violences (2) ;
3° Par leur haine sans motif (3) ;
4° Par leur noire ingratitude, qui leur fait rendre le mal pour le bien (4).
II. — IL PRÉDIT LEUR CHATIMENT :
1° Il en fait voir la sévérité : .«) dans leur â m e , 1) le démon constitué
au-dessus d'eux (;>) ; 2) Dieu devenu pour eux un juge inexorable (6) ;
b) dans leur corps , leur vie abrégée, leurs jours réduits à un petit nom-
bro (7) ; c) dans leur honneur, l'apostolat do Juda transféré à un autre ;
d) dans leurs enfants, devenus orphelins, errants et mendiants, ehassés
do leurs demeures, dépouillés do leurs biens (8-l<>) ; <•) dans leurs amis,,
aucun qui vienne â leur secours (il) ; f) dans leurs descendants, la des-
PSAUME CVllI. 523

Iruction de leur postérité et l'oubli complet de leur nom dans une seule
génération, et les enfants portant ainsi la peine due aux crimes de leurs
pères (12-14) ;
2° Il en indique la cause : a) le défaut de miséricorde (15) ; b) leur excès
de cruauté (16) ; c) la préférence qu'ils ont donnée à la malédiction sur la
bénédiction (17, 18); d) leurs calomnies et leurs mensonges (19).
III. — IL IMPLORE LE SECOURS DE DIEU ET EN DONNE POUR MOTIF :
1° La puissance do Dieu et sa bonté souverainement miséricordieuse;
2° Sa pauvreté, son indigence, l'épuisement de ses forces, l'état de fai-
blesse auquel il est réduit, la perte de son honneur et de sa réputation
(20-24) ;
3° Dieu attestera ainsi sa miséricorde et sa puissance (25, 26) ;
4° Il couvrira de confusion ses ennemis, et répandra la joie dans lo
cœur de son serviteur (27, 28).
IV. — Il promet à Dieu do solennelles actions de grâces, en reconnais-
sance d'un si grand bienfait (29, 30).

Explioations et Considérations.

I. — 1--4.
fi. i, 2 . « Dieu, ne taisez pas ma louange; » c'est-à-dire : Judas
m'a trahi, les Juifs m'ont persécuté et attaché à la croix, et ont cru
m'avoir perdu sans aucune espérance de retour ; mais, pour vous, « no
taisez pas ma louange. » L'Eglise tout entière, sur tous les points du
globe, chante les louanges du Seigneur, et ainsi se trouve accomplie
cette prière qu'il faisait à son Père : « O Dieu, ne taisez pas ma
louange. » Voyez combien est grande la dignité des prêtres; les p r ê -
tres ouvrent la bouche, et c'est par leur ministère que Dieu ne se tait
point sur les louanges de son Fils. (S. JÉR.) — La gloire de l'âmo
juste est inséparable de la gloire de Dieu, elle ne peut donc la cher-
cher qu'en Dieu. « C'est en Dieu que mon âme sera glorifiée, » d i t
ailleurs le Psalmiste. » (Ps. xxxin, 3 . ) « Que celui qui se glorifie se
glorifie dans le Seigneur. » (I COR. I, 3 1 . ) — 11 est donc permis de
chercher en Dieu sa gloire, sa justification et sa louange, et de remet-
tre en ses mains la défense de son innocence opprimée. Il saura bien
parler quand il sera temps. — Le pécheur est ici distingué de
l'homme trompeur, parce que ce dernior fait une espèce particulière
en matière de calomnie, lorsqu'il feint d'être l'ami de celui qu'il dé-
524 PSAUME CVIII.
chire cruellement en son absence. (DUG.) — « Ils m'ont comme assiégé
par leurs discours remplis de haine, etc. » Quel excès de perversité,
quels coupables complots, quelle préméditation dans le crime ! Voilà
ce qui provoque surtout l'indignation de. Dieu : c'est cette combinaison
savante et réfléchie du crime dans les méchants qui le commettent.—
Grande différence entre celui que la séduction et l'entraînement font
tomber dans le crime, et celui qui en fait profession, qui le commet à
froid, et surtout qui va jusqu'aux dernières limites en exerçant sa
méchanceté sur l'innocence elle-même. (S. CURYS.) — Comme les
justes aiment Jésus-Christ gratuitement, ainsi les impies le haïssent
gratuitement; car de même que les bons recherchent la vérité pour
elle-même et sans intérêt personnel, ainsi les méchants recherchent
l'iniquité; ce qui fait dire à un auteur profane parlant d'un célèbre
conspirateur (SAU.USTR, Cahlina), qu'il était méchant éternel sans mo-
tif. ( S . AUG.) — C'est là la plus rude épreuve de la patience : on cède
plus facilement dans les autres maux où la malice des hommes ne se
met pas ; mais, quand la malignité de nos ennemis est la cause de nos
disgrâces, on a peine à trouver de la patience. Et la raison, c'est que,
par exemple, dans les maladies, un certain cours naturel des choses
nous découvre plus clairement l'ordre de Dieu, auquel notre volonté,
quoique indocile, voit bien néanmoins qu'il faut se r e n d r e ; mais cet
ordre, qui nous est montré dans les nécessités naturelles, nous est
caché, au contraire, par la malice des hommes. Lorsque nous sommes
circonvenus par des fraudes, par des injustices, par des tromperies;
lorsque nous voyons que nos ennemis nous ont comme assiégés et
environnés par des paroles de haine ; ainsi que parle le divin Psal-
miste, que les sorties pour nous échapper, les avenues pour nous
secourir, sont fermées par une circonvallation d'iniquité, et que, do
quelque côté que nous nous tournions, leur malice a pris les devants,
et nous a fermés de toutes parts, alors il est malaisé de reconnaître
l'ordre d'un Dieu juste parmi tant d'injustices qui nous pressent; et
comme rien ne nous paraît que la malice des hommes qui nous trom-
pent et qui nous oppriment, notre cœur croit avoir droit de se révol-
t e r ; et c'est là qu'on se sent poussé aux derniers excès. O Jésus,
Jésus crucifié par les impies ! ô juste persécuté de la manière du
monde la plus outrageuse ! venez ici à notre secours, et faites-nous
voir l'ordre de Dieu dans los maux que nous endurons par la malice
e
des h o m m e s . (DOSSUKT, IV Serm. sur la Passion.)
f. 3, 4. « Au lieu de m'aimer, ils m'ont calomnié. » Six sortes de
PSAUME GVIII. 525
procédés à l'égard du prochain : rendre le bien pour le mal, ne point
rendre le mal pour le m a l ; rendre le bien pour le bien, rendre le
mal pour le mal ; ne point rendre le bien pour le bien, rendre le mal
pour le bien. Les deux premières sont propres aux justes, et la pre-
mière des deux est la meilleure; les deux dernières sont propres aux
méchants, et la dernière est la pire des d e u x ; les deux du milieu sont
pour les gens qui vivent entre le bien et le. mal, mais la première a p -
partient plutôt aux bons et la seconde aux méchants. (S. AUG.) —-
Ainsi les deux extrêmes sont : rendre le bien pour le mal, ce fut le
procédé de Jésus-Christ; et rendre le mal pour le bien, ce fut le crime
des Juifs. Le Psalmiste réunit ces deux extrêmes et fait entendre par
là qu'il ne parle que de Jésus-Christ, qui a rendu le plus grand bien
pour le plus grand mal, et que des Juifs, qui ont rendu le plus grand
mal pour le plus grand bien. — « Et moi, cependant, j e priais. »
Voyez quelle sagesse ! quelle modération l quelle douceur 1 quelle
piété 1 Je ne prenais pas les armes, jo ne marchais pas pour les com-
battre, pour me venger; c'est près de vous que je me réfugiais, dans
cette forteresse inexpugnable, dans ce port inaccessible à la tempête,
dans l'asile assuré de la prière, par laquelle toutes les choses les plus
difficiles deviennent faciles et légères. J'implorais votre alliance, votre
protection, ces armes invincibles, ce secours auquel rien ne peut ré-
sister. (S. CURYS., in hune Ps. et hom. xxix, in Gen.) — « Et moi,
cependant, j e priais. » Voilà les armes du Seigneur, la prière ; telles
doivent être aussi nos armes. Si nous sommes persécutés, si nous
sommes l'objet de l'envie, de la haine, disons : « Au lieu qu'ils devaient
m'aimer, ils me déchiraient par leurs médisances; et moi, que faisais-je?
je priais. » Etait-ce pour triompher de mes ennemis? A Dieu ne plaise.
Le Seigneur ne priait point pour obtenir de vaincre ses ennemis.
« Pour moi, je priais. • Quel était l'objet de ma prière? « Mon Père,
pardonnez-leur, parce qu'ils ne savent ce qu'ils font. » — Quel bien
ont-ils reçu? quel mal ont-ils rendu ? Il répond : « De la haine pour
mon amour. » Voilà leur crime tout entier, et il est grand. En effet,
quel mal pouvaient lui faire ses persécuteurs, à lui qui mourait par
sa propre volonté, el non par nécessité ? Mais le crime le plus grand
du persécuteur était sa haine elle-même, bien que le supplice de la
victime fût volontaire. (S. AUG.) — Le Psalmiste a bien expliqué d'ail-
leurs sa première parole : « Au lieu do m'aimer, » et démontré qu'il
s'agissait pour eux, non de lui donner un amour quelconque, mais de
lui rendre l'amour qu'il leur portait. (S. AUG.) — Considérez, ô chré-
526 PSAUME CVIII.
lien, ô prêtre, ô religieux, l'exemple de votre Seigneur : c'est par un
baiser qu'il a accueilli le traître disciple qui vient pour le livrer à ses
bourreaux ; s'il ouvre la bouche, c'est afin de prier son Père pour ceux
qui le crucifient, et nous que devons-nous faire à l'égard de nos frères?
(S. JÉR.)

II. — 5-19.

f. 5-14. Le Prophète prédit le châtiment qu'ils recevront à cause de


leur impiété, et il semble, par la forme qu'il emploie, souhaiter,
comme par un désir de vengeance, que ces châtiments s'accomplis-
sent, tandis qu'il ne fait qu'annoncer des peines très-certaines, juste-
ment méritées par de tels hommes, et qui leur seront infligées par la
justice de Dieu. Il y en a qui, ne comprenant pas cette manière de
prophétiser l'avenir sous l'apparence d'une imprécation, croient que
le Prophète rend aux méchants haine pour haine. C'est, qu'en effet,
il y a peu d'hommes capables de distinguer le plaisir que cause le
châtiment des méchants à un accusateur qui brûle de rassasier sa
haine, d'avec la satisfaction toute différente d'un juge qui, dans la
droiture de sa volonté, punit un crime. Le premier rend le mal
pour le m a l ; mais ce juge, alors même qu'il frappe, ne rend pas
le mal pour le mal, puisqu'il rend à un injuste ce qui est juste. Or,
ce qui est juste est certainement b o n ; il ne punit point par plaisir
pour la souffrance d'autrui, ce qui est rendre le mal pour le mal,
mais par amour de la justice, ce qui est rendre le bien pour le mal.
(S. AUG.) — Juste punition du pécheur, qui en même temps qu'il
croit s'être assujetti les justes qu'il a opprimés, est lui-même soumis
au pouvoir du prince des pécheurs ; car nous devenons l'esclave de
celui qui nous a vaincus. (II PIER. ir, 1 9 . ) Il n'a pas voulu vivre sous
les lois du Christ et se soumettre à son empire, et il est conduit par le
démon qui se tient toujours à sa droite, parce que l'on met ordinaire
ment à sa droite ce qu'on préfère : « Je regardais le Seigneur et l'avais
toujours devant les yeux, parce qu'il est toujours à ma droite, do
peur que j e ne sois ébranlé. » (Ps. xv, 8), (S. AUG.) — David ne dit
pas : qu'il vienne en j u g e m e n t ; mais, lorsqu'on le jugera, qu'il sorte
condamné, car là où il y a jugement, il y a doute de la culpabilité ;
mais, quand il y a condamnation, le crime est manifeste. (S. JÉR.) —
Que nous importent les jugements des hommes, à nous qui devons
pouvoir dire avec saint Paul : « Je me mets fort peu en peine d'être
j u g é p a r vous, ou par devant le tribunal de l ' h o m m e ; mais c'est 1q
PSAUME CV11I. 527

Seigneur qui est mon juge. » Ce que nous devons craindre, c'est ce
tribunal du souverain Juge, dont la sentence est sans appel, parce
qu'elle est conforme aux lois de l'éternelle vérité. — « Et que sa
prière même lui soit imputée à péché. » Le repentir de Judas a été
un nouveau et plus grand crime. Comment cela? • Il s'en alla et se
pendit ; » après avoir trahi son maître, il se donna la mort à lui-même.
Je le dis à l'honneur de la clémence et de la miséricorde du Seigneur,
Judas offensa Dieu plus gravement en se donnant la mort qu'en t r a -
hissant son divin Maître. Sa prière aurait dû servir à sa pénitence,
elle s'est tournée en nouveau péché. Ainsi en est-il de ceux qui se sont
séparés volontairement de l'Eglise, ou qui persévèrent volontairement
dans le crime, ils prient et leur prière se tourne en péché. Le souve-
rain malheur de l'homme est que sa prière ne soit pas exaucée ; mais
le plus grand malheur qui puisse lui arriver, est que sa prière même
lui soit imputée à péché, devienne un péché. Or, la prière devient un
péché, ou à raison de sa forme, ou à raison de sa matière, ou à rai-
son des circonstances mêmes qui l'accompagnent. — 1° A raison de
sa forme, clic est un péché lorsqu'elle n'est pas dirigée vers Dieu ; 2 °
à raison de sa matière, elle devient un péché, lorsqu'on demande à
Dieu ce qu'on ne doit pas lui demander, la mort d'un ennemi ou des
choses nuisibles au salut; 3 ° à raison des circonstances qui l'accom-
pagnent, elle est un péché : a) lorsque le pécheur prie avec l'intention
formelle de persévérer dans son péché : « Si j ' a i considéré l'iniquité
dans mon cœur, Dieu ne m'exaucera pas, » (Ps. LXXV, 1 8 ) ; « Il y a
une prière exécrable, celle de l'homme qui ferme l'oreille pour ne
pas écouter la loi, » (PROV. XXVIII, 9 ) ; b) lorsque la prière est faite
avec négligence affectée : « Maudit est celui qui fait l'œuvre de Dieu
avec négligence, » (JÉR. XLVIM, 1 0 ; ; c) lorsqu'elle se fait du milieu du
tumulte des passions et des affections qui tiennent le cœur attaché à
la terre : « Tu seras humilié, tes paroles s'entendront au sein de la
poussière, la voix sera celle d'une pythonisso, lu murmureras de
faibles sons comme s'ils sortaient de l'abîme, » (ISAI. XXIX, 4 ) ; d)
lorsqu'à la prière se joint un sentiment d'arrogance ou d'ambition,
telle était la prière du Pharisien ; ( L u c . x x i u ) ; e) lorsqu'elle est mêlée
d'hypocrisie : « Lorsque vous prierez, vous ne serez point comme les
hypocrites, qui aiment à prier debout dans les synagogues et sur les
places publiques, pour ôtre vus des hommes ; en vérité, je vous le dis,
ils ont reçu leur récompense. » (MATTH. VI, 5 ) ; / ) enfin, lorsqu'elle
part d'un cœur fermé à la miséricorde et à la charité fraternelle ;
338 PSAUME GVIII.
» Laissez votre présent devant l'autel, et allez tout d'abord vous
réconcilier avec votre frère, et alors vous viendrez m'offrir votre pré-
sent. » (MATTII. XXIII, 1 4 . ) La prière devient un péché dans la bouche
de celui qui maudit son ennemi. Voici un chrétien qui demande la
mort de son ennemi, et il poursuit de sa prière celui qu'il n'a pu
atteindre de son glaive. Celui qu'il maudit vit encore, mais celui qui
l'a maudit est déjà coupable de sa mort. Prier de la sorte, c'est com-
battre dans ses prières contre le Créateur de tous les hommes, ce qui
fait dire au Roi-Prophète parlant de Judas : « Que sa prière lui soit
imputée à péché. » — La vie des impies et des pécheurs est courte.
« Nul bien pour l'impie ; Dieu abrégera ses jours : ceux qui ne crai-
gnent pas la face du Seigneur passeront comme l'ombre; » (ECCLI.
VIH, 1 3 ) ; et vécût-il un grand nombre d'années, sa v i c e s t toujours
courte, parce que la plupart de ses jours sont nuls pour le salut, et
non-seulement nuls, mais tout opposés au salut, mais la matière
même d'une éternelle réprobation. (BERTUIER.) — Quel sujet de tris-
tesse et de larmes éternelles, lorsqu'un autre vient prendre la place
et la couronne qui nous étaient destinées! — Dieu punit souvent les
enfants pour les péchés de leurs pères, non pas, à la vérité, d'une pu-
nition intérieure qui regarde l'âme, ici chacun porte son propre
fardeau, mais d'une punition extérieure qui regarde les maux de cette
vie, lesquels s'étendent quelquefois jusqu'à la troisième et la quatrième
génération et au-delà. Loin d'accuser ici Dieu d'injustice, il faut bien
plutôt louer sa miséricorde et sa sagesse de ce qu'en punissant, par
des peines temporelles, jusqu'aux petits enfants de ceux qui l'ont
offensé par leurs crimes, il épouvante salutairement tous les autres, à
qui ces châtiments servent de leçon. (DUGUET.) — « Que l'usurier r e -
cherche tout son bien. » Vous lui avez donné une somme d'argent
comme aux autres, Seigneur, qu'en a-t-ii fait? Il ne l'a point gardée
dans un linge, il ne l'a point enfouie dans la terre, sans se soucier de
la faire fructifier, mais, dès qu'il fut en possession du talent do son
m a î t r e , il reçut de ses ennemis trente deniers, et s'en servit pour
vendre son maître. C'est p o u r q u o i , je vous en supplie, Seigneur,
exigez de lui l'usure de votre argent. (S. JÉR.) — Le pécheur, au mo-
ment de la mort, éprouve tout ce que dit ici le Prophète, avec celle
différence que, par rapport à lui, les suites de cet état d'abandonne-
m e n t et de réprobation sont éternelles. Tout ce qu'il possédait de
vertus purement humaines ne peut suppléer à son indigence spiri-
tuelle : ce sont comme des travaux perdus pour lui. Il ne trouve au-
PSAUME CVIII. 529
curie ressource ni dans l'estime publique, ni dans le talent qu'il a eu
de traiter les grandes affaires, ni dans l'amour de ses proches, ni d a n s
les regrets de ses amis. Ses véritables enfants devraient être les œ u -
vres de la piété chrétienne, l'exercice de l'amour de Dieu, la charité
du prochain, le zèle de la religion, l'imitation de Jésus-Christ et des
saints. Tout cela lui manque. C'est peut-être un sage du monde, u n
philosophe qui eût été révéré dans le paganisme ; mais au tribunal de
Dieu ces noms ne sont point admis. Il ne connaît point l'Evangile, et
c'est l'Evangile qui l'accusera. Jésus-Christ n'est pas venu pour ac-
quérir des philosophes au royaume de son Père, mais pour peupler
le ciel d'hommes qui aient méprisé le faste de la philosophie et l'or-
gueil du monde, qui aient combattu l'amour-propre, fait la guerre à
leurs sens, pratiqué l'humilité et le renoncement; qui aient supporté,
en esprit de foi, les tribulations de cette vie, et qui n'aient soupiré q u e
pour le séjour des saints. (BERTUIER.)
f. 15-19. Judas ne s'est pas souvenu de faire miséricorde à Celui
qui l'avait accueilli avec tant de bonté, au moment même où il venait
le trahir p a r un baiser. ( S . JÉR.) — « Il a persécuté l'homme pauvre
et indigent, et cherché à faire mourir celui dont le cœur était brisé de
douleur. » Le dernier degré de la cruauté, le comble de l'inhumanité,
c'est de s'attaquer à celui qui devrait bien plutôt exciter les senti-
ments de la pitié et de la commisération. Celui qui en est arrivé à ce
degré descend jusqu'aux instincts des bêtes féroces, il les surpasse
même en cruauté. Les animaux tiennent de la nature cet instinct de
férocité ; l'homme, au contraire, qui a la raison en partage, prostitue
au crime cette noble faculté. (S. CHRYS.) — Personne ne se présente
la malédiction comme l'objet de ses désirs et de son a m o u r ; mais
tous les pécheurs commettent avec choix et de leur plein gré des a c -
tions qu'ils savent devoir ôtre suivies do la malédiction. — « Voilà
que je mets aujourd'hui en présence la bénédiction et la malédiction :
la bénédiction, si vous obéissez aux commandements du Seigneur
votre Dieu ; et la malédiction, si vous n'obéissez point aux préceptes
du Seigneur votre Dieu, et si vous vous détournez de la voie que je
vous montre maintenant pour marcher après des dieux étrangers que
vous ne connaissez pas. » (Deut. xi, 26-28.) — Divers degrés de malé-
diction : 1° En ôtre couvert comme d'un vêtement : ce sont les m a l é -
dictions extérieures qui ne frappent qu'au dehors ; — 2 ° la malédiction,
« entrant comme l'eau dans les entrailles : » ce sont les malédictions
intérieures qui entrent au-dedans de l ' à m e ; — 3° « comme l'huile
TOME H. 34
530 PSAUME CVIII.
dans ses os : » ce sont les malédictions qui pénètrent jusque dans le
fond, dans le plus intérieur de l ' â m e , jusqu'au cœur ; — 4° « en ôtre
ceint à jamais comme d'une ceinture : » c'est cette terrible et éter-
nelle malédiction que Dieu lancera contre les réprouvés, au grand
jour du jugement dernier. (DUGUET.) — Le péché a cela de propre,
qu'il imprime une tache à l'âme, qui va défigurant en elle toute sa
beauté, et passe l'éponge sur les traits de l'image du Créateur qui s'y
est représenté lui-même. Mais un péché réitéré, outre cette tache,
produit encore dans l'âme une pente et une forte inclination au mal,
à cause qu'entrant dans le fond de l'âme, il ruine toutes ses bonnes
inclinations, et l'entraîne, par son propre poids, aux objets de la terre.
L'Ecriture se sert de trois comparaisons puissantes pour exprimer le
danger de cette maladie : « Il s'est revêtu de la malédiction ainsi que
d'un vêtement; elle a pénétré comme l'eau au-dedans de lui, et,
comme l'huile, jusque dans ses os. » La malédiction est dans le pé-
cheur par habitude comme le vêtement, parce qu'elle emplit tout son
extérieur, toutes ses actions, toutes ses paroles; sa langue ne fait que
débiter le mensonge ; elle entre comme l'eau dans son intérieur, et y
va corrompre ses pensées en sorte qu'il n'en a plus que celles de son
ambition, etc. ; et enfin elle pénètre comme l'huile dans ses os, c'est-
à-dire dans ce qui soutient son âme et lui donne sa solidité. Il étouffe
tous les sentiments de la foi, car enfin tout s'évanouit dans ces grandes
attaches qu'il a au péché ; il ruine l'espérance, car tout son espoir est'
dans la terre ; il étouffe la charité, car l'amour de Dieu ne peut point
s'accorder avec l'amour des créatures; ou bien le vêtement marque la
tyrannie, l'eau l'impétuosité, l'huile une tache qui se répand partout
et ne s'efface quasi jamais. (BOSSUET, Sur le péché d'habitu
« Voilà l'œuvre de ceux qui me calomnient auprès du Seigneur. » Le
Prophète n'a pas dit : « Voilà la récompense, » mais : « voilà l'œu-
vre. » En effet, il est évident que ce vêtement dont l'impie se revêt
et celui dont il se couvre, cette eau, cette huile, cette ceinture, signi-
fient les œuvres par lesquelles l'impie acquiert l'éternelle malédiction.
(S. AUG.)
III. — 20-28.

f. 20-27. Toutes les conditions d'une sainte prière sont dans ces
versets : une grande idée de Dieu et de son saint nom ; une pleine
confiance en sa bonté et en sa miséricorde ; un sentiment profond de
sa propre misère, de son indigence, des blessures de son âme. 11 y a
PSAUME CV1II. 531
beaucoup de force et d'instruction dans ces mots : Seigneur, faites
avec moi ; si je suis seul, je ne puis rien ; avec vous, je puis tout. Jésus-
Christ seul pouvait se servir de cette expression dans toute son é t e n -
due ; car il dit lui-même qu'il est toujours avec son Père, que son Père
fait tout avec lui, que ses opérations sont celles de son Père. Maïs
S. Paul disait aussi : « Je suis, par la grâce de Dieu, ce que je suis ;..,
j'ai plus travaillé que tous les autres, non pas moi néanmoins, mais
la grâce de Dieu avec moi.» Le grand secret de la paix et du bonheur,
est que Dieu fasse tout avec nous. S'il est l'agent principal en tout et
partout, il ne sera pas à craindre que nous fassions mal ce que nous
faisons ou ce que nous voulons faire. (BERTUIER.) — Voyons la reli-
gion et tout à la fois l'humilité du Prophète; les maux qu'il e n d u -
rait étaient un titre légitime pour obtenir le secours de D i e u . . .
Cependant, il ne fait point usage de ce titre, et ne met sa confiance
que dans la bonté de Dieu : « Agissez pour moi à cause de votre nom.»
Ce n'est point parce que j ' e n suis digne, mais parce que vous êtes bon
et miséricordieux. Il ajoute : « Parce que votre miséricorde est pleine
de douceur. » Il n'en est pas ainsi de la miséricorde des hommes, qui
devient souvent, dans leurs mains, un instrument de destruction et de
mort, tandis que Dieu n'est jamais miséricordieux que dans notre i n -
térêt, v Délivrez-moi parce que je suis pauvre, etc. » Il prie Dieu de
nouveau de le délivrer, non parce qu'il est digne, ni parce qu'il est
juste, mais parce qu'il est tout à fait accablé et en proie à d'innom-
brables douleurs. (S. CURYS.) — « J'ai disparu comme l'ombre à son
déclin. » C'est là une figure de la mort. De même, en effet, que la
nuit vient au déclin de l'ombre, ainsi la mort vient au déclin de la
chair mortelle. (S. AUG.) — « J*ai été jeté ça et là comme les saute-
relles: » J'étais venu pour protéger mon peuple, et j e lui ai dit :
« Jérusalem, Jérusalem, qui tues les Prophètes et qui lapides ceux
qui sont envoyés vers toi, combien de fois ai-je voulu rassembler tes
enfants, comme une poule rassemble ses petits sous ses ailes. » (MATTH.
XXIII.) J'étais venu comme une poule pour les protéger, et ils m'ont
accueilli avec les dispositions les plus hostiles; j'étais venu comme
une mère, et ils m'ont mis à mort comme un homicide. « J'ai été jeté
ça et là ainsi que les sauterelles. » Qu'est-ce à dire ? Us m'ont persé-
cuté, ils m'ont rejeté. J'habitais Nazareth, ils m'ont persécuté. Je suis
venu à Capharnaûm, leur haine m'y a poursuivi. De Capharnaùm, j e
suis venu à Bethsaïde, j ' y ai trouvé de nouveaux persécuteurs. Je suis
venu à Jérusalem, j e ne pouvais consentir à me séparer de mon peu-
532 PSAUME CVIII.
pie, ils m'y ont persécuté avec plus d'acharnement : « J'ai été jeté ça
et là ainsi que les sauterelles. » (S. JÉR.) — Etat d'un homme accablé de
maux : sa vie s'éteint, il erre de côté et d'autre comme les sauterelles,
ses genoux ne peuvent plus le soutenir, sa chair est desséchée. Jésus-
Christ, durant sa passion, fut réduit à cet état déplorable. Il était
l'éternel, et sa vie sur la terre s'enfuyait comme l'ombre; il était le
centre de tous les êtres, de tous les biens, de toutes les perfections,
immuable dans son bonheur, invariable dans ses décrets, et il fut sur
la terre exposé à toutes les tempêtes, l'objet de toutes les contradic-
tions, le jouet de toutes les passions des hommes. La fin de tant de
contrastes fut la gloire et le triomphe de Jésus-Christ. Ce rocher, dit
saint Augustin, futbattu des flots, mais toutes ces vagues se sont brisées
contre l u i ; ses ennemis ont péri, et lui seul subsiste. Voilà notre mo-
dèle : « Soyons dans ce siècle, qui est une mer pleine d'orages, soyons
prêts à braver toutes les tempêtes ; ne cédons à aucun ouragan, sou-
tenons tous les assauts, subsistons avec Jésus-Christ. » (BERTIIIER.) —
Jésus-Christ n'a pas été seulement accablé, mais rassasié d'opprobres;
les Juifs Pont traité de samaritain, et disaient : « C'est au nom de
Beelzebuth, prince des démons, qu'il chasse les d é m o n s ; n'est-il pas
le fils de Joseph ? est-ce que ses frères et ses sœurs ne sont pas au
milieu de n o u s ? » Et encore : « Toi qui détruis le temple de Dieu et
le rebâtis en trois jours, descends maintenant de la croix. » ( S . JÉR.)
— Soyons bien aise d'être traité comme Jésus-Christ, que le monde
n'approuve rien de ce quo nous faisons, et qu'il secoue la tête en nous
voyant, comme il l'a secouée en voyant Jésus Christ sur la croix. (DUG.)
— « Que tous sachent que votre main est là, et que c'est vous, Sei-
gneur, qui faites ces choses. » Que les Juifs comprennent que leur
haine homicide n'a point prévalu contre moi, mais que c'est par l'effet
de votre volonté et de la mienne que j ' a i souffert; c'est pour cela que
j'ai dit en tant qu'homme : Mon Dieu, je suis venu pour faire votro
volonté ; c'est votre volonté et la mienne, et non leur volonté, qui ont
été cause de mes souffrances. Ce que vous avez voulu, je l'ai voulu
moi-même. Il fallait que le scandale vînt, mais malheur à celui par
lequel il est venu. (MATTH. x v m ) , (S. JÉR.) — Trois choses ont con-
couru à la rédemption du genre humain : la volonté de Dieu, l'ac-
ceptation de Jésus-Christ, la méchanceté des Juifs ; ce sont comme
trois prodiges dans cet événement : prodige de justice et de miséri-
corde de la part de Dieu, prodige de soumission et d'amour de la
p a r t de Jésus-Christ, prodige d'aveuglement et de fureur de la part
PSAUME CIX. 533
des Juifs. Un quatrième prodige, c'est que les hommes se p e r d e n t ,
après avoir été rachetés à si grands frais. (BERTUIER.)
f. 2 8 . « Us maudiront et vous bénirez. » C'est donc une vaine et
menteuse malédiction que celle des enfants des hommes, qui aiment
la vanité et recherchent le mensonge. (Ps. iv, 3.) Dieu, au contraire,
lorsqu'il bénit, agit comme il parle. (S. AUG.) — Le Roi-Prophète
nous apprend que toutes les malédictions de ses ennemis ne peuvent
prévaloir contre la bénédiction de Dieu ; que non-seulement elles ne
lui feront aucun mal, mais que ces outrages et ces opprobres r e t o m -
beront de tout leur poids sur les auteurs. « Mais votre serviteur se
réjouira en vous. » La source de la joie est la môme d'où découlent
sur lui tant de biens. (S. CURYS.) — Ce n'est pas seulement le châti-
ment, mais l'humiliation, mais la honte, qu'il appelle sur eux, afin
qu'elle soit pour eux une correction et une occasion de devenir
meilleurs. (S. CURYS.)
IV. — 29-30.
f. 29-30. Pour tous ces biens qu'il a reçus de Dieu, il lui offre un
h y m n e , un cantique de louanges, d'actions de grâces; il annonce à
tous les hommes les œuvres de sa puissance, et publie comme sur un
théâtre les bienfaits dont Dieu l'a comblé. Voilà le sacrifice, voilà
l'offrande que Dieu a pour agréable : c'est de conserver toujours
le souvenir de ses bienfaits, de le graver profondément dans son
âme, de le publier continuellement, de le porter à la connaissance
de tous les hommes. (S. CURYS.) — Il est aisé de faire violence au
pauvre, parce qu'il est pauvre ; mais, plus il paraît méprisable et
abandonné, plus on doit craindre de lui faire violence, parce qu'en
croyant n'attaquer qu'un homme, on attaque Dieu, « qui se tient à la
droite du pauvre, » et qui se déclare l'appui des faibles et le défen-
seur des opprimés. (BERTUIER.)

PSAUME CIX.
Psalmus David. Psaume de David.
1. Dixit Dominus Domino meo : 1. Le Seigneur a dit à mon Seigneur :
Sedc a dextris meis : Asseyez-vous h ma droite,
Donec ponam inimicos tuos , jusqu'à ce que je réduise vos ennemis
scabellum pedum tuorum. à vous servir de marche-pied(l).
2. Virgam virtutis tuœ emittet 2. Le Soigneur fera sortir de Sion le
Dominus ex Sion : dominaro in sceptre de votre puissance. Régnez au
medio inimicorum tuorum. milieu de vos ennemis.
(1) Le titre de Seigneur, de Souverain, donné par David au Messie, prouve sa
divinité, — Voyez 3°Jettre de M. Drach.
PSAUME CIX.
3. Tecum principinm in die vir- 3. La principauté est avec vous au
tutis tuae in splendoribus sancto- jour de votre puissance, au milieu de Ja
rum : ex utero ante luciferum splendeur des Saints. Je vous ai engen-
genui te. dré de mon sein avant l'étoile du matin(l).
4. Juravit Dominus, et non pœ- 4. Le Seigneur l'a juré, et il ne s'en
nitebit eum : Tu es sacerdos in repentira point : Vous êtes Prêtre pour
irternum secundum ordincm Mcl- l'éternité selon l'ordro de Melchisedech.
cbisedccb.
o- Dominus a d extris tuis, con- 5. Le Seigneur est à votre droite; il a
fregit in die ira; suœ reges. brisé les rois au jour do sa colère.
6. Judicabit in nationibus, im- 6. Il exercera son jugement au milieu
plebit ruinas : conquassabit capita des nations; il multipliera les ruines; il
in terra multorum. écrasera sur la terre les têtes d'un grand
nombre.
7. De torrente in via bibet : 7. 11 boira dans le chemin de l'eau du
propterea exaltabit caput, torrent ; et c'est pour cela qu'il élèvera
sa tête (2).

Sommaire analytique.

11 est de foi que ce psaume a pour auteur David, non-seulement parce


que Notre-Seigneur Jésus-Christ le lui attribue en présence des Pharisiens,
à la croyance desquels il aurait pu s'accommoder, mais parce que l'argu-
mentation qu'il fonde sur la citation qu'il en fait n'a de valeur qu'autant
que ce psaume a été composé par David. — 11 est également de foi que
ce psaume a pour objet le Messie et se rapporte tout entier à Notre-Sei-
gneur Jésus-Christ. Il s'en est fait à lui-même l'application (Matth. xxu, 44);

(1) Le mot àpy.7] signifie à la fois, pri?icipium et principatus. — Il n'y a guère de


verset qui ait été plus diversement interprété, et, de la comparaison de toutes ces
versions, il résulte que nous sommes en présence d'un texte qui a souffert. La
cause n'en serait-elle pas qu'il exprime trop clairement la génération éternelle, et
par conséquent la divinité du Sauveur ? Nous pensons que le texte vrai est celui
qu'a suivi le traducteur grec. Nous disons grec, parce qu'il écrivait dans cette
langue. On sait qu'il était juif. — L'expression ex utero ne doit point ôtre prise à
la lettre; c'est une anthropologie (S. JÉRÔME). — Dans les splendeurs des saints ,
au jour ovi les saints seront environnés de splendeur.
(2) Agicr et de Nolhac fout ici remarquer, avec raison, que daus les pays chauds
de l'Orient, et notamment en Palestine, l'eau est rare. Les voyageurs riches ont
soin d'eu faire provision dans des outres, qui sont portées par des chameaux ou
des esclaves, tandis que les pauvres sont réduits à se contenter de celle qu'ils
trouvent dans les chemins, et qui est souvent fournie par des torrents. — L'Écri-
ture fait mentiou d'un torrent célèbre, du torrent de Cédron, dans deux circons-
tances remarquables. David passa ce torrent lorsqu'il sortit de Jérusalem, fuyant
devant sou fds Absalon, et bientôt après il eut h endurer les injures et les malé-
dictions de Séuiéi (II Rois, xxv, 23). Jésus-Christ passa ce même torrent lorsqu'il
sortit de Jérusalem pour aller avec ses disciples au jardin où le traître Judas
devait venir pour le livrer aux Juifs (Jean, xvur, 1).
PSAUME CIX. 535
saint Pierre l'a commenté dans ce mémo sens (Act. n , 34), et saint Paul
d'une manière non moins expresse (I Cor. xv, 25 ; Jlcbr. n, 13). — Le Roi-
Prophète y annonce et y célèbre la puissance, la génération éternelle et
le sacerdoce du Fils de Dieu :
I. — SA PUISSANCE ROYALE :
1° Dans lo ciel, son trône est commun avec celui de son Père (1) ;
2° Sur la terre, on attendant la soumission entière de ses ennemis, point
de départ de cette puissance (2) ;
3o Au dernier jour, suivant le sentiment de plusieurs Pères, saint Chry-
sostôme, Tliôodoret, saint Augustin, saint Athanase, etc.
II. — LA. RAISON ET LA SOURCE DE CETTE PUISSANCE :
1° La raison de ces victoires : Tccum principium ;
2° Le jour où il triomphera d'une manière plus éclatante ;
3° Le secret de tant de puissance et de gloire, sa génération éternelle (3).
III. — LES ATTRIBUTS QUI DÉCOULENT DE CETTE GÉNÉRATION
1° Le sacerdoce dont l'excellence ressort, a) de ce qu'il a été promis
avec serment ; b) de ce qu'il est d'un ordre supérieur à celui de la loi ;
c) de ce qu'il est éternel (4) ;
2° La puissance victorieuse du Christ par le renversement des idoles, le
jugement et le châtiment des rois et des peuples, et des démons, dont il
comblera les ruines par des substitutions ineffables (5, G).
IV. —- LE MOYEN PAR LEQUEL IL EST ARRIVÉ A CE HAUT DEGRÉ DE PUISSANCE ET DE
GLOIRE, C'EST-A-DIRE LE MÉRITE ET LA RÉCOMPENSE .*
1° Il a bu de l'eau du torrent, expressions qui, dans l'Écriture, signifient
ordinairement l'humiliation, les afflictions et la douleur (7).

Explications e t Considérations.

I. — 1, 2.
f. 1. Autant ce psaume est court par le nombre des paroles, a u t a n t
il est grand et considérable par le poids des pensées. (S. AUG.) —Dieu
a un Fils, et ce Fils est Dieu comme lui-môme, et ce Fils est engendré
de son Père éternellement, substantiellement ; « il est la splendeur de
sa gloire, l'image de sa substance. » (HIÏBR. 1 , 3.) Telles sont les ma-
gnificences que chante David dans ce psaume : « Le Seigneur a dit à
mon Seigneur. » C'est Dieu le Père qui parle à Dieu le Fils, et lui rap-
pelle l'ineffable secret de son éternelle génération. — Il est beau que
David, à qui le trône était promis en figure de Jésus-Christ, fût le pre-
mier à reconnaître son empire en l'appelant son Seigneur, comme s'il
eût dit : Eu apparence, c'est à moi quo Dieu promet un empire qui
PSAUME CIX.
m
n'aura point de fin ; mais, en vérité, c'est à vous, ô mon Fils, quiètes
aussi mon Seigneur, qu'il est donné ; et j e viens en esprit le premier
de tous vos sujets, vous rendre hommage dans votre trône, à la droite
de votre Père, comme à mon souverain Seigneur. C'est pourquoi il nè
dit pas en général : Le Seigneur a dit au Seigneur ; mais : « à mon
Seigneur. > (BOSSUET, Med.) — Nous le voyons premièrement comme
Dieu, et nous disons : « C'est ici notre Dieu, et il n'y en a point d'autre.»
Car s'il est engendré, il est Fils ; s'il est Fils, ii est de même nature
que son Père ; s'il est de même nature, il est Dieu, et un seul Dieu
avec son Père ; car rien n'est plus de la nature de Dieu que son unité.
— 11 est roi : j e le vois en esprit assis dans un trône. Où est ce trône ?
A la droite de Dieu ; le pouvait-on placer en plus haut lieu ? Tout re-
lève de ce trône. : tout ce qui relève de Dieu et de l'empire du ciel y
est soumis. Voilà son empire. (BOSSULÎT, Med. LUJ.) — « Asseyez-vous
à ma droite. » Cette expression métaphorique, asseyez-vous, signifie
deux choses, disent saint Chrysostômc et saintThomas : la majesté et le
repos ; la majesté, il y a ici égalité d'honneur ; le trône est le symbole
de la royauté , et, comme il n'y a qu'un seul trône, tous deux parta-
gent l'honneur de la même royauté. C'est ce qui faisait dire à saint
Paul (HEBB., I, 7, 8) : « Dieu a fait des esprits ses envoyés, et des
flammes ses ministres. Mais au Fils, il dit : « Votre trône, ô Dieu, sera
un trône éternel. » (S. CURYS.) — « Asseyez-vous à ma droite, o La
divinité nous est marquée, on ne peut plus clairement, dans la première
partie de ce verset ; elle ne l'est pas moins dans la seconde : le Fils
assis à la droite du Père, c'est le signe de sa puissance, de son égalité
parfaite avec son Père, il est Dieu comme le Père. Mais s'il y a égalité
parfaite entre le Père et le Fils , il y a aussi distinction de personnes :
le Fils est engendré du Père ; « il s'assied à sa droite. » — On peut
dire aussi que ces paroles rappellent et supposent l'humanité de
Jésus-Christ: Il fait son entrée dans les cieux, il y est reçu comme
un hôte, et une place distincte lui est assignée par Dieu son Père. Le
Fils de Dieu est donc aussi le Fils de l ' h o m m e , puisqu'on lui donne le
repos, la puissance et la gloire ; le repos après les travaux et les dou-
leurs de sa vie mortelle. Il partage maintenant le trône de son Père,
associé à son empire comme il l'est à sa divinité. C'est le Seigneur : il
siège dans le séjour de la gloire, et rien n'arrive dans le monde sans
son ordre et sa permission. « Asseyez-vous. » Sa puissance est inébran-
lable, il est assis. Bien différent des rois et des princes de ce monde,
qui sont pour ainsi dire debout sur leurs trônes, prêts à partir au
PSAUME CIX. 537

premier coup de vent, et qui ne font que prendre et déposer la pourpre


et le diadème ; lui, il est assis : son trône est éternel ; son règne n ' a u r a
pas de fin. (Mgr PICITENOT, PS. du Dim. 29.) — T o u t ce qui s'est passé
dans le chef doit, jusqu'à un certain point, se renouveler dans les
membres : « Si vous êtes ressuscites avec Jésus-Christ, cherchez les
choses du ciel où le Christ est assis à la droite de son Père ; n'ayez
du goût que pour les choses invisibles. » (COLOSS., m , 2.) Au terme de
notre carrière, reconnaissant en nous la ressemblance que nous de-
vons avoir avec son F i l s , Dieu le Père nous d i r a : Bon serviteur, r e -
posez-vous, arrêtez-vous, passez à droite; brebis fidèle, vous avez
achevé votre carrière, vous avez conservé la foi, vous avez triomphé
du monde, il vous reste de goûter le repos, de ceindre la couronne de
justice et de prendre place sur le trône même de mon Fils. — Car voici
ce que dit Celui qui est la vérité môme, le témoin fidèle et véritable,
qui est le principe de la créature de Dieu... « Celui qui sera victorieux,
je lui donnerai de s'asseoir avec moi sur mon trône, comme j ' a i vaincu
moi-même, et me suis assis avec mon Père sur son trône. » Ai'OC.,m,
14-21.) — c Jusqu'à ce que je réduise vos ennemis à vous servir de
marchepied. » Cette expression, «jusqu'à ce que, » ne désigne pas tou-
jours dans l'Ecriture un temps limité, c'est simplement une affirmation
qui s'applique, il est vrai, à une époque déterminée, et qui, néan-
moins, n'en exclut aucune ; car si lé règne de Jésus-Christ ne devait
pas s'étendre au-delà, où serait la vérité de ces paroles du Prophète :
« Sa puissance est une puissance éternelle, son règne, un règne qui ne
doit point s'affaiblir, et ce règne n'aura point de fin ? » (DAN., VU, 14;
Luc, i, 34.) Il ne suffit pas d'entendre ces paroles, il faut les com-
prendre et entrer dans l'intelligence môme des choses que le Prophète
a en vue. (S. CHRYS.) — Cependant, cette manière de s'exprimer est
logique et fondée en raison ; ce « jusqu'à ce que » porte en effet sur
le laps de temps où les choses qu'on affirme paraissent moins vraisem-
blables; il donne lieu, par conséquent, à un à fortiori invincible pour
des jours meilleurs et plus heureux. Si le Christ est tranquillement et
glorieusement assis sur son trône à la droite de son Père, même à
l'heure du combat, et quand ses ennemis ne sont pas encore vaincus,
il doit régner bien mieux que jamais quand Dieu les a u r a terrassés et
anéantis. (Mgr PICUENOT, p. 35.) — Le Fils de Dieu aura donc des en-
nemis, la sainte Ecriture et l'expérience nous l'attestent. Il devait être
comme un signe de contradiction universelle: l'histoire de tous les
siècles n'est que le triste et lamentable commentaire de ces paroles.
PSAUME CIX.
538
Les Juifs, les Gentils, les peuples civilisés comme les peuples barbares,
le glaive des Césars, la plume des sophistes, la hache des bourreaux,
tout a été dirigé contre lui, sur tout ce qui le rappelle, sur tout ce qui
lui appartient. — Comment ces ennemis seront-ils traités? « Us se-
ront tellement vaincus, humiliés, que j e les réduirai à vous servir
de marchepied. » Ce qu'on met sous les pieds de quelqu'un le
relève et le grandit. Les ennemis du Seigneur, terrassés et con-
fondus, de leurs fronts superbes forment comme le premier degré
de son trône et de sa puissance. — Application aux Juifs, porteurs
de nos titres, témoins non suspects de l'authenticité de nos pro-
phéties, aux persécuteurs, aux bourreaux, aux schismes, aux hérésies,
aux ennemis intérieurs, à nous-mêmes. — Vous êtes l'ennemi du Sei-
gneur, vous serez un j o u r sous ses pieds, infailliblement adopté ou
vaincu. Voyez quelle place vous voulez occuper sous les pieds du Sei-
gneur votre Dieu, car vous en aurez nécessairement une, ou de grâce,
ou de châtiment ; ou vous viendrez de vous-même, conduit par la
grâce, faire votre soumission au Rédempteur, ou vous serez terrassé
et opprimé sous le poids de ses vengeances. (S. AUG.)
fi. 2 . Le règne du Messie devait commencer par Jérusalem, les Pro-
phètes l'avaient annoncé ; le Sauveur disait lui-même qu'il n'avait été
envoyé que vers les brebis perdues de la maison d'Israël, et il recom-
mande à ses Apôtres de prêcher avant tout dans la Judée. — Ce
sceptre de la puissance divine, ce moyen particulier de victoire que
Dieu a choisi, c'est sa croix, l'instrument même de son supplice, afin
de faire mieux éclater sa gloire et de paraître seul dans la conversion
de l'univers. Elle a été pour les Apôtres ce qu'était autrefois pour
Moïse la verge miraculeuse à laquelle Dieu avait communiqué une
puissance toute divine: Saint Paul ne prêchait que Jésus-Christ cru-
cifié, scandale pour les Juifs, folie pour les Gentils, mais qui était en
réalité la sagesse et la puissance de Dieu. (S. GnRYS.) — » Dominez au
milieu de vos ennemis, » c'est-à-dire au milieu des nations frémissantes.
Est-ce seulement plus tard, quand les saints auront reçu leur glo-
rieuse récompense, et les impies leur damnation, que le Christ domi-
nera au milieu de ses ennemis? Quoi d'étonnant qu'il y domine alors?
Mais c'est maintenant qu'il vous faut dominer au milieu de vos enne-
mis, maintenant, dans ce passage des siècles, dans cette propagation
et succession de la mortalité humaine, dans ce torrent des temps qui
s'enfuient, qu'it faut assurer votre domination au milieu de vos enne-
mis. (S. AUG.) Le règne du Messie est un règne légitime, il est vrai, un
PSAUME C I X . 539

règne volontaire, mais c'est un règne contesté, voilà ce qui le dis-


tingue ; il a toujours des ennemis, il en est même environné de toutes
p a r t s : «Je vous envoie, disait Jésus à ses Apôtres, comme des brebis au
milieu des loups. » Quelle preuve plus grande de cette victoire éclatante
des Apôtres, que d'avoir élevé desautclsau milieu de leurs ennemis, eux
qui étaient comme des brebis au milieu des botes féroces, comme des
agneaux au milieu des loups l . . . 11 ne dit pas : Tuez, exterminez vos
ennemis ; mais dominez au milieu de vos ennemis, qu'ils soient forcés
de reconnaître votre souveraine puissance. (S. JÉRÔME.)— U n e dit pas :
Soyez vainqueur au milieu de vos ennemis , mais établissez votre em-
pire, « dominez, » pour nous apprendre que ce n'est pas un trophée qu'il
?
a élevé après avoir triomphé de ses ennemis, mais un empire qui s éla-
blit avec autorité. (S. CHRYS.) — Tous vos ennemis, ô mon Roi, « doi-
vent ôtre l'escabeau de vos pieds. » Us seront réduits, ils seront vaincus,
ils seront forcés à baiser vos pas et la poussière où vous aurez marché;
qu'attendons-nous ? Mettons-nous volontairement sous les pieds de ce
roi vainqueur, de peur qu'on ne nous y mette par force , de peur qu'il
ne dise du h a u t de son trône : « Pour ceux qui n'ont pas voulu que j e
régnasse sur eux, qu'on les fasse mourir à mes yeux, » devant ma vé-
rité, devant ma justice éternelle ; car ce sera leur juste supplice que la
justice et la vérité les condamneront à jamais, et ce sera la mort éter-
nelle. « Asseyez-vous, » en attendant « dans votre trône » ô Roi de
gloire, « jusqu'à ce que le temps vienne de mettre tous vos ennemis à
vos pieds, » c'est-à-dire: demeurez dans le ciel jusqu'à ce que vous
en veniez encore une fois pour j u g e r les vivants et les morts...

II. — 3.
fi. 3. C'est toujours le Seigneur qui parle au Seigneur, c'est Jéhovah
qui s'entretient avec Adonaï fait homme. Pourquoi le Fils de Dieu d o -
minera-t-il au milieu de ses ennemis ? « La souveraineté est en vous
au jour de votre puissance, » c'est-à-dire: elle n'y est pas survenue
accidentellement, elle y est essentiellement à jamais. C'est celte même
vérité qu'Isaïe exprime en ces termes : « Il porte sur son épaule le
signe de sa domination, » (ISAI., IX, C) ; c'est-à-dire: il la porte en lui-
môme, dans sa nature, dans sa substance ; prérogative que n'ont pas
les rois, dont la souveraineté est tout entière dans leurs nombreuses
armées. (S. GIIRYS.) — La souveraineté est avec lui, elle lui appartient,
c'est son droit, c'est son patrimoine éternel sur la terre comme dans
les cieux, elle ne le quitte jamais. Êtes-vous roi, lui demandait p i l a l e ?
540 PSAUME CIX.

« Oui, j e le suis, répondait-il ; c'est pour cela que j e suis né et que je


suis venu en ce monde. » (JEAN, XVIII, 37.) Saint Jean, de son regard
d'aigle, l'a vu dans l'île de Patmos ;« il portait écrit sur ses vêtements :
Roi des rois et Dominateur des dominateurs. » Mais toute sa vertu est
au-dedans, elle réside dans sa volonté même, elle jaillit spontanément
des profondeurs de sa nature divine. — 11 n'en est pas ainsi de ceux
qu'on appelle les maîtres du monde : leur force n'est que d'emprunt,
elle n'est pas toujours en eux, elle n'est pas surtout en e u x : elle est
dans le nombre et le courage de leurs troupes, dans le dévouement et
l'habileté de leurs généraux, dans l'affection et la bonne volonté de
leurs sujets ; elle est dans leurs trésors, dans leurs murailles ou dans
leuf n o m . . . Que tout cela vienne à leur manquer, ils restent seuls...
(Mgr PICUENOT, Ps. du Dim.) — Le Fils de Dieu conserve cette majesté
suprême dans tous les temps et tous les lieux. Mais il y a des jours où
il se plaît à la faire resplendir avec plus d'éclat et qui sont pour lui
les jours de sa force par excellence. Trois grands jours où la puissance
du Fils de Dieu se manifeste : le jour de la création, le jour de la ré-
demption et le j o u r du jugement et de la résurrection. (S. AUG.,
(S. CURYS.) — Le Roi-Prophète dit : « dans les splendeurs des saints,»
et non : dans la splendeur, parce que les récompenses éternelles sont
nombreuses et variées. Il y a plusieurs demeures dans la maison de
mon Père (JEAN, XIV, 2), disait Jésus-Christ, et saint Paul (I COR., XV,
4 1 ) : « Le soleil a son éclat, la lune le sien, et les étoiles, leur clarté
particulière, et entre les étoiles, l'une est plus brillante que les autres. »
« Il en est de même de la résurrection des morts. » (S. CURYS.) —
Quel est celui qui paraîtra si g r a n d ? d'où vient sa force? d'où vient
sa majesté ? Celui qui est consubstantiel à son Père et à qui son Père
a dit : « Je vous ai engendré de mon sein. > — Un être ne peut tirer
son existence de Dieu que de deux manières : ou par voie de création,
selon ces paroles de saint Paul : « Il n'y a pour nous qu'un seul Dieu,
le Père d'où procèdent toutes choses, » (I COR., vin, 6) ; ou par voie
de génération, selon ces paroles de Notre • Seigneur-Jésus-Christ : «Je
suis sorti de mon Père, » (JEAN, XVI, 28) ; et ces autres du Psalmiste :
« Je vous ai engendré de mon sein avant l'astre du matin, » non pas sans
doute que Dieu ait un sein comme ses c r é a t u r e s , mais parce que les
enfants véritables et légitimes sont engendrés du sein de leurs mères.
Dieu emploie donc cette expression : « Je vous ai engendré de mon
sein, » pour confondre les impies, afin qu'en considérant leur propre
pâture, ils apprennent que le Fils est le fruit véritable et légitime du
PSAUME CIX. 541
Père, puisqu'il sort de son propre sein. (S. BASILE, Adv. Eunom., lib.
V.) — « Je vous ai engendré de mon sein avant l'aurore. • Voilà ce qui
explique tout, et le principe de ses grandeurs. Il vient du sein de
Dieu, c'est une émanation de sa substance, un autre l u i - m ô m e . . . Il
n'a pas été créé, il n'a pas été fait, mais engendré ; il n'est pas l'ou-
vrage de Dieu, il est son Fils consubslanliel ; c'est là sa gloire incom-
municable. Le Père n'a dit à personne : Vous ôtes mon fils, je vous ai
engendré. (Mgr PICIIBNOT, PS. du D.) — Dieu le Père n'a pa3 besoin de
s'associer à quelque autre chose que ce soit pour ôtre père et fécond ;
il ne produit pas hors de lui-môme cet autre lui-même , car rien de ce
qui est hors de Dieu n'est Dieu. Dieu conçoit donc en lui-même: il
porte en lui-même son Fils qui lui est coéternel. Encore qu'il ne soit
que Père, et que le nom de mère qui est attaché à un sexe imparfait
de soi et dégénérant ne lui convienne pas, il a toutefois un sein comme
maternel où il porte son Fils : « Je t'ai, dit-il, engendré aujourd'hui
d'un sein maternel. » Et le Fils unique s'appelle lui-même le t Fils
unique qui est dans le sein du Père, caractère unique propre au Fils
de Dieu; » car où est le Fils, excepté lui, qui est toujours dans son
Père, et ne sort jamais de son sein ? Sa conception n'est pas distinguée
de son enfantement ; le fruit qu'il porte est parfait, dès qu'il est conçu,
et jamais il ne sort du sein qui le porte. Qui est porté dans un sein
immense est d'abord aussi grand et aussi immense que le sein où il est
conçu, et n'en peut jamais sortir. (BOSSUET, Elev. 11, i, El.) — Ces
paroles : « Avant l'étoile du matin, » ne signifient pas avant le lever
de l'étoile du matin, mais avant la création et la naissance de cetto
étoile. L'Ecriture distingue parfaitement ces deux circonstances: avant
la nature, la création, et avant le lever. (SAG., XVI, 28 ; P s . LXXI, 1 7 - 5 . )
(S. CURYS.) — L'étoile du matin, l'avant-courriôre est mise ici pour
tous les astres, l'Ecriture désignant le tout par la partie, et tous les
astres par l'astre le plus brillant. (S. AUG.) — Mais quoi donc? Sa gé-
nération n'a-t-elleprécédé que la création do l'étoile du m a t i n ? Non,
sans doute, puisque nous lisons ailleurs : « Son trône existe avant la
lune. » Et ce n'est pas seulement avant la lune, puisque le même
Roi-Prophète dit du Père : « Avant la formation des montagnes, avant
la création de la terre et du monde, tu es Dieu de tout temps et
pour l'éternité. •> (Ps. LXXXIX, 2.) Dieu n'existe pas seulement depuis
le commencement des siècles, mais avant tous les siècles. (S. CHRYS.)—
Ce fut sans doute pour rappeler cette génération éternelle, que le Fils
de Dieu a voulu naître dans le temps, au milieu de la nuit, avant l'au-
rore.
542 PSAUME CIX.

III. — 4-6.

fi. 4. David donne maintenant à sa prophétie la forme d'un juge-'


ment solennel, et il s'adresse au Fils de Dieu lui-même, marque
évidente d'un amour ardent, d'une joie extraordinaire, et d'une âme
remplie de l'esprit de D i e u . . . Il descend des hauteurs où il s'était
placé et traite ainsi tour à tour de la divinité ou de l'humanité du
Sauveur. (S. CURYS.) — Mystère d'amour et de condescendance, Dieu
fait, pour ainsi dire, le sacrifice de sa dignité et descend jusqu'à p r ê -
ter serment entre nos mains, si j e puis m'exprimer ainsi, jusqu'à j u r e r
par lui-même qu'il dit la vérité et qu'on peut croire à sa parole.—Les
hommes j u r e n t par Celui qui est plus grand qu'eux, mais le Très-
llaut, par qui va-t-il j u r e r ? Ne trouvant pas, dit saint Paul, de supé-
rieur ni d'égal, il jure par lui-même, comme il nous l'affirme ailleurs,
et son serment demeure à jamais. — Qu'a-t-il j u r é ? «Vous êtes prê-
tre éternellement selon l'ordre de Melchisedech. » Jésus-Christ est
prêtre, c'est le pontife de la nouvelle alliance, l'Evêque de nos âmes,
c'est lui et lui seul qui reconnaît et adore comme elles le méritent
les grandeurs de Dieu, le remercie dignement de ses bienfaits, désarme
sa justice et répand sur tous les dons du Seigneur. — Il est prêtre
éternel ; on peut dire, à la rigueur, que son sacerdoce n'a point com-
mencé et ne finira pas, et que, jusque dans les profondeurs de Dieu, il
célébrait ses ineffables grandeurs, en les réfléchissant dans son ado-
rable personne. Mais son sacerdoce proprement dit n'a commencé
qu'avec le monde. Depuis la chute, en particulier, le Fils de Dieu pré-
ludait au ministère et aux fonctions saintes de son sacerdoce. Il est
l'agneau immolé dès le commencement du m o n d e . . . La Judée, la
terre entière, n'est qu'un immense autel où tout rappelait, figurait
cette grande victime. — Il est prêtre surtout depuis son incarnation
et dans tout le cours de sa vie mortelle. C'est pourquoi le Fils de Dieu,
entrant dans le monde, dit : Vous n'avez point voulu d'hostie ni d'o-
blation, mais vous m'avez formé un corps : les holocaustes et les
sacrifices pour le péché ne vous ont point été agréables; alors j'ai
dit : Me voici. (HEBR. X, 5-7.) — Il est prêtre sur la croix, où nous le
voyons, les mains étendues vers le ciel, offrir le grand sacrifice de la
p r i è r e . . . Il ressuscite et remonte vers les cieux pour y continuer les
augustes fonctions de son sacerdoce. Il est prêtre sur la terre encoro
et dans nos saints tabernacles, où il s'immole chaque jour, où il re-
nouvelle et perpétue le sacrifice de la croix. Les prêtres ne sont que
PSAUME CIX. 543
les instruments de sa puissance et comme les voiles dont il couvre ses
opérations ineffables. (V. S. PAUL, Ep. aux Hcbr.)— Vous êtes prêtre
éternellement, selon l'ordre de Melchisedech; comme lui, vous n'avez
point de devancier ni de successeur ; votre sacerdoce est éternel ; il ne
dépend point de la promesse adressée à Lévi ni à Aaron, et à ses en-
fants : « Venez Jésus, Fils éternel de Dieu, sans mère dans le ciel, et
sans père sur la t e r r e ; en qui nous voyons et reconnaissons une des-
cendance royale; mais, pour ce qui est du sacerdoce, vous ne le tenez
que de Celui qui vous a dit : « Vous êtes mon Fils, je vous ai aujour-
d'hui engendré. » (Ps. ir, 7.) Pour ce divin sacerdoce, il ne faut être
né que de Dieu, et vous avez votre vocation par votre éternelle nais-
sance. Vous venez aussi d'une tribu à laquelle Dieu n'a rien ordonné
sur la sacrificature : « La vôtre a ce privilège d'être établie par ser-
ment, » immobile, sans repentance et sans changement ; le Seigneur,
dit-il, « a j u r é , et ne s'en repentira jamais. La loi de ce sacerdoce est
éternelle et inviolable. » Vous êtes seul : vous laissez pourtant après
vous des prêtres, mais qui ne sont que vos vicaires, et non vos succes-
seurs, sans pouvoir offrir d'autres victimes que celle que vous avez
une fois offerte à la croix et que vous offrez éternellement à la droite
de votre Père. (BOSSUET, Eleo. x m , S. vu, E.) Vous célébrez pour
nous un office et une fôte éternellement à la droite de votre P è r e ;
vous lui montrez sans cesse les cicatrices des plaies qui l'apaisent et
nous sauvent; vous lui offrez nos prières, vous intercédez pour nos
fautes, vous nous bénissez, vous nous consacrez ; du plus haut des
cieux, vous baptisez vos enfants, vous changez des dons terrestres en
votre corps et en votre sang, vous remettez les péchés, vous envoyez
votre Saint-Esprit, vous consacrez vos ministres, vous faites tout ce
qu'ils font en votre nom ; quand nous naissons, vous nous lavez d'une
eau céleste; quand nous m o u r o n s , vous nous soutenez par une onc-
tion confortative, nos maux deviennent des remèdes et notre mort un
passage à la véritable vie. O Dieu ! ô Hoi ! ô Pontife l je m'unis à vous
en toutes ces augustes qualités ; je me soumets à votre divinité, à votre
empire, à votre sacerdoce, que j'honorerai humblement et avec foi
dans la personne de ceux par qui il vous plait de l'exercer sur la terre.
(BOSSUET, Médit, LU" j . ) — Celte promesse que Dieu le Père adressait
à son Fils avant les siècles, ne s'accomplit pas avec moins d'éclat au
sein de l'Eglise catholique. Lh aussi Jésus-Christ est toujours vivant
dans le corps auguste de l'épiscopat et du sacerdoce ; il n'est pas seu-
lement le prince des pasteurs, il en est l'ârnc; leur dignité sublime
544 PSAUME CIX.

est le prolongement de son sacerdoce suprême à travers le temps et


l'espace. Sacerdoce, « selon l'ordre de Melchisedech, » c'est-à-dire
sans généalogie mortelle. La volonté de l'homme ne l'a point fait
éclore ; ce n'est ni dans la chair ni dans le sang qu'il va plonger ses
racines et puiser la sève qui l'alimente ; mais il est né do Dieu; la foi,
la grâce et la céleste virginité le propagent et le perpétuent. Mysté-
rieux et immaculé dans son origine, il est impérissable dans sa durée.
L'engagement en est pris : celui qui a fait cet important ouvrage ne
le détruira point par regret de l'avoir créé. Un évêque, un prêtre s'é-
teignent; un autre évêque, un autre prêtre leur succèdent, qui dispa-
raissent à leur tour, mais l'institution demeure. (Mgr PLANTIER, Mis-
sion remplie par l'Episcop.) — « Selon l'ordre de Melc
Comme Melchisedech a offert à Dieu une victime non sanglante, le
pain et le vin en sacrifice, et l'a offerte au vainqueur, ainsi le Fils de
Dieu institue le sacrifice de la nouvelle alliance sous les espèces ou
apparences du pain et du vin. Ces simples éléments recouvrent à nos
yeux les plus profonds mystères et les plus riches dons. — « Ayant
donc pour grand pontife Jésus Fils de Dieu, qui est monté au plus
h a u t des cieux, demeurons fermes dans la foi; approchons de lui
avec un cœur pur et dévoué ; allons avec confiance devant le trône de
la grâce, afin d'y recevoir miséricorde et d'y trouver grâce dans un
secours opportun. » (HEBR. IV, 1 4 , 1 5 . )
f. 5 . Le Prophète-Roi s'adresse ici au Seigneur lui-même qui a fait
ce serment. O Seigneur, vous qui avez j u r é et qui avez dit : « Vous
êtes prêtre pour l'éternité, selon l'ordre de Melchisedech; » ce même
prêtre pour l'éternité est le Seigneur qui est à votre droite, car vous-
même lui avez dit : « Asseyez-vous à ma droite. » Mais ce Christ, le
Seigneur assis à votre droite, à qui vous avez fait un serment dont
vous ne vous repentirez pas, que fait-il, en sa qualité de prêtre pour
l'éternité? Que fait-il, lui qui est à la droite de Dieu, qui inlercède
pour nous, (HOM, vin, 3 4 ) , et qui entre comme prêtre dans l'intérieur
du Saint des saints, dans les profondeurs secrètes des cieux, étant seul
sans péché et par cela même purifiant aisément les hommes de leurs
péchés. (HEBR. IX, 1 2 , 1 4 , 2 4 ) ? « Etant à votre droite, il a brisé les
rois au j o u r de sa colère. » Quels rois ? Avez-vous donc oublié ces pa-
roles : « Les rois de la terre se sont levés, et les princes se sont réunis
contre le Seigneur et contre son Christ ? » (Ps. n , 2 ) . Voilà les rois qu'a
brisés sa gloire, il les a terrassés sous le poids de son nom, de ma-
nière qu'ils ne pussent faire ce qu'ils voulaient. En elïct, ils ont fait
PSAUME CIX. 545
mille efforts pour effacer de la terre le nom chrétien, et ils ne l'ont pu î
car « quiconque se heurtera contre cette pierre sera brisé. » (MATTII.
xxi, 44.) Ces rois se sont heurtés contre la pierre d'achoppement, e t
ils ont été brisés, pour s'être dit : Qu'est-ce que le Christ? c'est j e ne
sais quel Juif, j e ne sais quel Calilécn, mort de telle manière, tué de
telle manière. La pierre est devant vos pieds, elle est là comme quel-
que chose d'obscur et de vil; vous vous heurtez contre elle en la m é -
prisant, vous tombez en la heurtant, et vous vous êtes brisé en tombant.
Si donc la colère du Seigneur est si terrible alors qu'il se cache, quel
sera son jugement alors qu'il se manifestera?... « Quiconque se heur-
tera contre cette pierre sera brisé, et celui sur lequel tombera cette
pierre, sera écrasé. » (Luc. xx, 18.) Quand on se heurte contre elle,
c'est qu'elle est comme humblement étendue à terre, alors elle brise;
mais elle tombe de haut, alors elle écrase. P a r ces doubles expres-
sions : « Elle brisera, et elle écrasera, il se heurtera contre elle, et
elle tombera sur lui, sont désignées deux époques différentes, celles
de l'abaissement et de la glorification du Christ, celles du châtiment
caché et du jugement à venir. » (S. AUG.)— « Au jour de sa colère; »
expression dont l'Ecriture se sert pour se mettre à notre portée, à
cause de la similitude des effets. Quand un homme est poussé à bout,
il s'émeut de colère, et dans sa juste indignation, il rejette et brise
ce qui lui résiste. Ainsi Dieu, contrarié dans ses desseins, méprisé
dans son amour, frappe rudement tous ceux qui s'obstinent à lutter
contre lui et qui ne veulent pas se rendre ; mais ce que nous faisons
dans la colère, il le fait lui avec un sang-froid divin qui n'en est que
plus terrible ; il le fait dans son calme éternel, dans sa profonde et
inaltérable immutabilité ; c'est sa colère à lui, il n'en connaît pas
d'autre. Qu'est-ce à dire encore : « Au j o u r de sa colère ? » Dieu ne
frappe que par moments, à regret. La bonté est sa nature, la justice
est une œuvre qui lui est comme étrangère. De lui-même, il n'est que
bon; c'est nous qui armons ses mains de la foudre, qui le' forçons à
être juste, sévère, impitoyable. S. AUG. ; (Mgr PICIIENOT, PS. du D.)
f. 6. « Il exercera son jugement au milieu des nations. » Dieu gou-
verne tout ici-bas, rien ne lui échappe : il conduit les peuples et les
empires comme les familles et les simples individus, avec le même
soin et la même facilité... Il y a l'œil de la Providence, comme il y a
le bras de la Justice, et c'est parce que c'est de lui que relèvent tous
les empires, qu'il les juge avec une si parfaite équité. Les hommes
ne voient dans le gouvernement des peuples que les efforts de la p o -
T O M E II. 35
546 PSAUME CIX.
litique, les combinaisons du génie ou les simples jeux du hasard ; le
chrétien l u i , sait que les hommes ont beau s'agiter, c'est Dieu qui les
m è n e ; que c'est en vain que les sages proposent, Dieu seul dispose et
règle tout en maître. — « I l multipliera ou il comblera les ruines. »
Jugements de Dieu de deux sortes : les uns de rigueur, les autres de
bonté et de miséricorde. — La plupart des interprètes traduisent, il
multipliera les ruines, il sèmera partout la désolation et la ruine, il
achèvera la défaite de ses ennemis. Quelques autres, saint Augustin
en particulier, l'explique ainsi : « Il remplira, il comblera les ruines
faites p a r sa justice, et relèvera bientôt sur un autre plan ce qu'il
aura été obligé de renverser d'abord. Quelles ruines? Quiconque,
dit-il, aura craint son nom, tombera ; lorsqu'il sera tombé, cequ'ilétait
sera renversé, afin que ce qu'il n'était pas soit construit. Qui que vous
soyez qui êtes rebelle au Christ, vous élevez en l'air une tour qui
tombera. Il vous est avantageux de vous renverser vous-même, de
vous faire humble, de vous jeter aux pieds de celui qui est assis à la
droite du Père, afin qu'il se fasse de vous une ruine qui puisse ôtre
relevée. ( S . AUG.) — Ces deux interprétations peuvent être adoptées
toutes les deux ; on a ainsi la pensée du Prophète, et l'on rattache
facilement ces paroles aux deux espèces de jugement indiquées ci-
dessus. Les psaumes nous montrent Dieu tour à tour dans ces deux
grands actes de sa domination souveraine, et l'histoire est là pour
attester la succession et la perpétuité de ces jugements sur les nations
et sur les peuples.—En attendant que ses ennemis soient l'escabeau de
ses pieds, il ne laissera pas d'exercer son empire sur la terre ; il bri-
sera la tête des rois; un Néron, un Domitien, attaqueront son Eglise,
mais ii brisera leur tête s u p e r b e ; un Dioclétien, un Maximien, un Ga-
lère, un Maximin tourmenteront les fidèles, mais il les dégradera, ii
les p e r d r a , il les frappera d'une plaie irrémédiable, comme il fit à
Antiochus; un Julien l'Apostat lui déclarera la guerre, mais il périra
d'une main inconnue, peut-être par celle d'un Ange, certainement
p a r un coup ordonné de Dieu. Tremblez donc, ô rois, ennemis de son
Eglise I Mais vous, petit troupeau, ne craignez rien : « "Votre Roi met-
tra à vos pieds tous vos ennemis, fussent-ils les plus puissants de tous
les rois » (BOSSUET, Médit, LU, j . )

f. 7. Quel est ce chemin, c'est le monde, par lequel le Christ a mar-


ché d u r a n t sa vie mortelle. Il est descendu du ciel pour marcher dans
la voie de ce siècle, et il a bu de l'eau du torrent qui coule dans le
siècle. Un torrent n'a point d'eaux naturelles cl dont le cours soit r é -
PSAUME CIX. 547
gulier et continu, il est formé par les eaux des orages et des tempêtes ;
un torrent ne coule jamais sur les montagnes, mais toujours dans les
vallées, dans les ravins et les précipices ; il se gonfle d'eaux étrangères,
et coule en portant partout avec lui la dévastation et le ravage. Les
eaux d'un torrent ne sont jamais claires et limpides, mais toujours
troubles et fangeuses. Or, voulez-vous savoir comment le Sauveur a
bu de ce torrent fangeux? Ecoutez le dire : « Mon âme est triste j u s -
qu'à la mort. » (MATTÏÏ. XXVI.) « Et il commença, dit l'Evangéliste, à
s'attrister et à se troubler. » Notre-Seigncur a donc bu les eaux trou-
bles du torrent de ce siècle, eaux tristes et qui n'apportent point la
joie avec elles. Il a pris le calice, il l'a rempli de l'eau de ce torrent,
et la voyant aussi troublée, il a dit : « Mon Père, s'il est possible que
ce calice s'éloigne de moi. » Il a donc bu de l'eau du torrent, mais il
l'a bue, non comme dans sa maison, mais dans la voie, lorsqu'il se
hâtait de marcher vers le terme de son voyage. Il a donc bu de l'eau
du torrent, parce qu'il était dans la voie. Or, si Notre-Seigncur a bu
de l'eau du torrent de ce siècle, combien, à plus forte raison, les
saints doivent en boire après lui? Voulez-vous une preuve que les
saints boivent l'eau du t o r r e n t ? « Notre âme, dit le Prophète, a tra-
versé les eaux du torrent. » (Ps. cxxru.) Mais en entendant parler des
torrents de ce siècle, ne perdez pas courage. Ces torrents restent
bientôt à sec: ils paraissent se gonfler, leurs eaux sont abondantes, mais
ils tarissent promptement si vous avez la patience d'attendre. (S. Jrcn.)
— « Il boira dans son chemin de l'eau du torrent. » D'abord, quel
est ce t o r r e n t ? le cours fugitif de la mortalité humaine. De môme, en
en effet, qu'un torrent, formé du concours des eaux pluviales, s'enfle,
mugit, court et s'écoule en courant, c'est-à-dire finit sa course et tarit,
ainsi en est-il du cours de notre mortalité. Les hommes naissent,
vivent et m e u r e n t ; tandis que les uns meurent, d'autres naissent;
ceux-ci meurent à leur tour et d'autres naissent encore ; tout est suc-
cession, arrivée, départ, changement. Ou'y a-t-il de stable ici-bas ?
qu'y a-t-il qui ne s'écoule pas comme l'eau? qu'y a-t-il qui ne soit
précipité dans l'abîme, comme un torrent d'eau de pluie? De même,
en effet, qu'un torrent se forme toul-à-coup de la réunion d'eaux plu-
viales et d'innombrables gouttes de pluie, ainsi la masse du genre,
humain se forme de mille éléments secrets, et prend son cours jusqu'à
ce que la mort la rejette dans le secret d'où elle est sortie ; entre ces
deux abîmes, elle fait un peu de bruit et passe. C'est à ce torrent que
le Seigneur a bu. Il n'a pas dédaigné de boire de ce torrent ;
548 PSAUME CIX.
car, pour lui, boire de ce torrent, c'était naître et mourir. Ce tor-
rent a deux termes : la naissance et la mort. » (S. AUG.) — Il n'y
a que deux choses ici-bas : le berceau et la tombe, la naissance
et le trépas ; Jésus-Christ les a prises. Celui qui vit et règne dans les
siècles s'est assujetti au t e m p s ; le fleuve du temps l'a emporté dans
son cours, comme tous les malheureux enfants d'Eve.— Cette eau du
torrent a encore une autre signification et figure la vie humble, simple,
pauvre du Sauveur, n'ayant pour étancher sa soif que les eaux du
torrent. (S. CURYS.) — Dans les saintes Ecritures, les eaux du torrent
sont encore le symbole des peines et des tribulations de cet exil. Or,
toute la vie de Jésus a été une croix et un martyre continuel; mais
c'est surtout à la fin de sa triste carrière qu'il a bu le calice j u s q u ' à
la lie. Il est une circonstance que les Evangélistes n'ont pas consignée,
mais que la tradition nous a transmise : Jésus-Christ, entraîné du j a r -
din des Oliviers à Jérusalem, au milieu de la nuit, fut obligé de passer
le torrent de Cedron. Les gardes impitoyables le poussèrent brutale-
ment et le firent tomber dans le lit presque desséché du torrent. Le
Fils de Dieu meurtri de la chute, approcha ses lèvres des eaux fan-
geuses qui mouillèrent ses vêtements ensanglantés ; il voulut en goû-
ter l'amertume. (Mgr PICHENOT.) C'est dans le même sens qu'il avait
dit à ses Apôtres, qui lui demandaient les premières places dans son
royaume ; « Pouvez-vous boire le calice que je boirai? » (MATTII. XX,
22), ce qu'il entendait manifestement de sa passion, et quand il fit
trois fois cette prière à Gethsemani : « Mon P è r e , mon Père, s'il est
possible que ce calice passe loin de moi. » (xxxvt, 39.) € C'est pour-
quoi il lèvera glorieusement la tête. » C'est donc parce qu'il a bu
dans le chemin de l'eau du torrent qu'il a levé glorieusement la tête ;
c'est-à-dire, « parce qu'il s'est humilié, et s'est fait obéissant jusqu'à
la mort et à la mort de la croix. C'est pourquoi Dieu l'a exalté d'entre
les morts et lui a donné un nom qui ost au-dessus de tout son nom,
afin qu'au nom de Jésus tout genou fléchisse dans le ciel, sur la terre
et dans les enfers, et que toute langue confesse que le Seigneur Jésus
est dans la gloire de Dieu le Père. » (PHILIP, II, 8 - 1 1 . ) — Le Fils de
l'hpmme s'est fait homme, il s'est humilié, anéanti, jusqu'à prendre
la forme d'esclave ; il a été pauvre et dans les travaux dès sa jeunesse ;
il a souffert à sa naissance, pendant sa v i e ; à sa mort ; Dieu a placé
dans ce triple degré d'humiliation le principe de ses grandeurs e t de
son élévation.— Jésus-Christ est notre modèle, il faudra lui être trouvé
conforme, dit saint Paul, pour prendre place à côté de lui dans les
PSAUME CIX. 549

cieux. Il n'y a que ceux qui souffrent avec lui qui pourront espérer
d'être glorifiés avec lui. — L'Eglise aussi, comme son divin époux,
marchant au Calvaire, a souvent été renversée dans le chemin, et elle
y a bu de l'eau du torrent ; mais, au lendemain de sa chute, et p r é c i -
sément à cause de son humiliation de la veille, elle a toujours relevé
la tête plus haut. Elle est née dans le sang du Christ ; elle a posé son
trône royal à Rome, sur le corps ensanglanté de Simon-Pierre, le
premier vicaire du Christ; son histoire n'est qu'une longue traînée de
sang versé pour elle. (Mgr PIE, Elog. des vol. Cath., t. v, p . 55.) —
c C'est une loi établie, nous dit Bossuet, que l'Eglise ne peut jouir
d'aucun avantage qui ne lui coûte la mort de ses enfants, et que, p o u r
affermir ses droits, il faut qu'elle répande du sang. Son Epoux l'a
rachetée par le sang qu'il a versé pour elle, et il veut qu'elle achète
p a r un prix semblable les grâces qu'il lui accorde. » (BOSSUET, Panég.
de S. Th. de Cant.) — « Il boira du torrent dans la voie; » il boira le
calice de sa passion, « mais ensuite il élèvera la tête. » Buvons avec
lui les afflictions, les mortifications, les humiliations, la pénitence, la
pauvreté, les maladies ; buvons de ce torrent avec courage ; que ce
torrent ne nous entraîne p a s , ne nous abatte pas, ne nous abîme
pas comme le reste des hommes. Alors, nous lèverons la tête; les tètes
orgueilleuses seront brisées, nous venons de le voir ; mais les têtes hu-
miliées par un abaissement volontaire seront exaltées avec Jésus-
Christ. (BOSSUET, Médit, ui* Jour.)
t

FIN DU TOMB II.


T A B L E

LIVRE II (suite).
PSAUMES.

LX. — Exaudi Deus, deprecationem m e a m i


LXI. — Nonne Deo subjecta erit anima mea 5
LXII. — Deus, Deus m e u s , ad te de luce 14
LX1U. — Exaudi, Deus, orationem m e a m cum deprecor 23
LXIV. — Te decet h y r o n m , Deus, in Sion 28
LXV. — Jubilate Deo omnis terra, psalmum dicite 36
LXVI. — Deus misereatur nostri et benedicat nobis 46
LXVII. — Exurgat Deus et dissipentur inimici ejus 50
LXVIII. — Salvum m e fac, Deus, quoniam intraverunt 73
LXIX. — Deus, in adjutorium m e u m in tende « 88
LXX. — l u te, Domine speravi, n o n confundar 91
LXXI. — Deus, judicium t u u m régi da 102

LIVRE III.
LXXII. — Quam b o n u s Israël Deus 118
LXXIII. — Ut quid, Deus, repulisti in finem 137
LXXIV. — Confitebimur tibi, Deus 150
LXXV. — Notus iu Judaîa Dnns 161
LXXVI. — Voce m e a ad Dominum clamavi, voco m e a ad Deum 171
LXXVII. — Àttendite popule meus lflgem m e a m 182
LXXVIII. — Deus, venerunt gentes in haereditatem t u a m 204
LXXIX. — Qui régis Israël, intende, 213
LXXX. — Exultate Deo adjutori nostro 222
LXXXI. — Deus stetit in synagoga deoruin 234
LXXXII. — Deus, quis similis erit tibi 239
LXXXIII. — Quam dilecta tabernacula tua 245
LXXXIV. — Benedixisti, Domine, terram t u a m 259
LXXXV. — Inclina, Domine, aurem t u a m , et exaudi m e 268
LXXXVI. — F u n d a m e n t a ejus in montibus sanctis 276
LXXXVII. — Domine Deus salutis meœ 281
LXXXVIII. — Misericordias Domini in œternum cantabo 290
2 TABLE.

LIVRE IV.

PSAUMES.
LXXXIX. — Domine refugium factus es nobis 307
XC. — Qui habitat in adjutorio Altissimi 317
XCI. — Bonum est confiteri Domino 330
XCII. — Dominus regnavit, decorem indutus est 340
XCIII. — Deus ultionum Dominus 346
XCIV. -—Venite, exultemus Domino 361
XCV. — Cantate Domino canticum n o v u m , cantate 367
XCVI. — Dominus regnavit, exultet terra 376
XCVII. — Cantate Domino canticum novum ; quia mirabilia; 385
XCVIU. — Dominus regnavit, irascantur populi 391
XCIX. — Jubilate Deo omnis terra, servite Domino 399
C. — Misericordiam et judicium cautabo tibi 405
CI. — Domine oxnudi orationem meaui, et clauior meus 414
CH. — Benedic anima m e a Domino, et omnia q u » intra m e s u n t . . . 433
CIII. — Benedic a n i m a m e a Domino, Domine Deus m e u s 450
CIV'. — Confitemini Domino, et invocate n o m e n ejus: 469
CV. — Confitemini Domino, quoniam b o n u s , quoniaiit in saeculum.. 479

LIVRE V.

CVI. — Confitemini Domino quoniam bonus.., dicant qui r e d e m p t i . . . 490


CVII. — Paratum cor moum Deus, p a r a t u m cor m e u m . . 510
CVIII Deus laudem m e a m n e tacueris 520
CIX. — Dixit Dominus Domino meo 533

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Saiut-Brieuc. — Imprimerie Francisque GUYON, libraire.

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