Le Livre de La Grâce Spéciale
Le Livre de La Grâce Spéciale
Le Livre de La Grâce Spéciale
DE LA GRACE SPÉCIALE
RÉVÉLATIONS
DE S A I N T E
MECHTILDE
V I E R G E DE L ' O R D R E
DE S A I N T - B E N O I T
T R A D U I T E S SUR L'ÉDITION L A T I N E
DES PÈRES BÉNÉDICTINS
DE S O L E S M E S
NOUVELLE ÉDITION
REVUE ET CORRIGÉE
TOURS
MAISON ALFRED M A M E ET FILS
PARIS, 6. RUE MADAME (VI")
Biblio!èque Saint Libère
http://www.liberius.net
© Bibliothèque Saint Libère 2009.
Toute reproduction à but non lucratif est autorisée.
LE L I V R E
DE LA G R A C E SPÉCIALE
RÉVÉLATIONS
DE S A I N T E
MECHTILDE
PIAIMIS TIR N&TMRNMFTI* ;
SninM'aiil-rla-WiRqucs, 1c 27 j u i l l e t 1920.
PKHMIS R>IMI'I:I5IKIT :
II. PAS<,>"I7.R :
»TC gên»
M e c h t î l d c n o u s est déjà c o n n u e p a r ce qui
S AINTE
a b b e s s e du m o n a s t è r e en 1251, installa sa c o m m u -
n a u t e d a n s u n d o m a i n e de Famille q u e lui avaient cédé
ses frères L o u i s et A l b e r t . L e s b a r o n s d e Hackcborn
p a r t a g è r e n t longLcm])s a v e c les c o m t e s de Mansfeld,
descendants du fondateur d e l'abbaye, l'honneur
d ' a s s u r e r p a r l e u r s d o n a t i o n s l'existence des m o n i a l e s
dTTcIfla', mais Sa plus g r a n d e cl la plus p u r e gloire
de celle i l l u s t r e famille est s a n s contredit sainte
Mechtilde. Celle-ci, élevée a v e c soin p a r sa s œ u r , se
distingua b i e n t ô t p a r son h u m i l i t é , sa ferveur et u n e
e x t r ê m e a m a b i l i t é , qui la faisait r e c h e r c h e r de t o u t e s .
E l l e d e v i n t , très j e u n e e n c o r e , un p r é c i e u x a u x i l i a i r e
p o u r l ' a h b c s s e G c r t r u d c , qui semble lui a v o i r confié
les écoles d e c h a n t et r a l u m n a t . M e c h t i l d e s e c o n d a
avec intelligence les desseins d e s a s œ u r en i n s t r u i s a n t
d a n s les sciences divines et. h u m a i n e s , et en formant
à la p r a t i q u e de toutes les v e r t u s , les enfants élevées
parmi les m o n i a l e s . C'est à celte m a î t r e s s e p r u d e n t e et
sage q u e Dieu confia en 12(>1 la petite fille d e c i n q a n s
qui devait être sainte G c r t r u d c la g r a n d e . M e c h t i l d e
avait a l o r s vingt a n s . La b e a u t é de sa voix et l ' e x p r e s -
sion de piété intelligente q u ' e l l e s a v a i t d o n n e r aux
mélodies d e la p r i è r e s o l e n n e l l e , qui est l ' œ u v r e p a r
excellence d e s enfants de s a i n t B e n o î t , la d é s i g n è r e n t
p o u r les fonctions de domna canfrix (dame c h a n t r e )
du monastère; p l u s d ' u n e fois son c h a n t mérita les
a p p l a u d i s s e m e n t s de l ' E p o u x divin, les scuïs* q u e l l e
ambitionnât.
Les dons naturels de M e c h t i l d e et ses g r a n d e s
v e r t u s ne la signalaient pas seulement, aux yeux d e ses»
s œ u r s ; sa r e n o m m é e , a p p u y é e en q u e l q u e sorte s u r
celle <le Tabbesse G e r l r u d e , s'étendait au loin et
attirait à elle, en g r a n d n o m b r e , 1rs ftmc£ avides de
l u m i è r e s ou do c o n s o l a t i o n s . De s t i V t m t s religieux de
l ' O r d r e de stt&nl D o m i n i q u e étaient h e u r e u x de l'écou-
ter, et n o u s s a v o n s q u e sainte G e r l r u d e , au d é b u t d e sa
vie s u r n a t u r e l l e , s'adressa à elle p o u r en r e c e v o i r
l ' a s s u r a n c e q u e les faveurs d o n l elle était l'objet p r o -
cédaient bien de D i e u . E s t - c e à cause de cette r é p u t a -
tion q u e M e c h t i l d e , afin de g a r d e r sa liberté, cacha
si l o n g t e m p s et avec tanl de soin les grâces e x t r a o r -
d i n a i r e s d o n t le récit c o m p o s e le Livre de la grâce
spéciale ? O n peut le s u p p o s e r . Quoi qu'il en soit,
l'humilité de Mechtilde et a u s s i le mystère d o n t le
S e i g n e u r a i m e le plus s o u v e n t à voiler ses d o n s ,
c o n s p i r è r e n t e n s e m b l e p o u r g a r d e r d a n s le secret les
c o m m u n i c a t i o n s du ciel j u s q u ' à la c i n q u a n t i è m e a n n é e
de la S a i n t e .
A cette é p o q u e (1291), u n e grave maladie que
contracta n o t r e S a i n t e et la m o r t de I'abbesse Ger-
l r u d e , q u e Mechtilde ne put m ê m e assister à ses d e r n i e r s
i n s t a n t s , l i r e n t a u i o u r d'elle u n e solitude plus g r a n d e .
Dieu lui o u v r i t la b o u c h e , et elle manifesta a l o r s , non
s e u l e m e n t a u x p e r s o n n e s du m o n a s t è r e , piais à celles
p
du d e h o r s , ce que le S e i g n e u r opérait en e l l c ( 2 p a r t . ,
c h . xxvi) D e u x moniales r e ç u r e n t ses confidences
(S* p a r t i e , c h . x x n , xxiv) et les m i r e n t p a r écri t, d a b o r d
à l'insu de la Sainte d o n t elles r e d o u t a i e n t J h u m i l i t é .
TCn effet, l o r s q u e celle-ci eut c o n n a i s s a n c e du travail
déjà p r e s q u e a c h e v é , elle en fut troublée ; p u i s , s u r
vm LE MVHE OK LA ORAOE SPÉCIALE.
M e c h t i l d e Le m y s t è r e du V e r b e i n c a r n e tient la
p r e m i è r e place d a n s les visions d e l'une et de l'autre.
L ' I I o m m e - D i e u y a p p a r a î t , n o n seule m m l c o m m e
S a u v e u r , mais c o m m e M é d i a t e u r e n t r e Dieu et
l ' h o m m e . C'est l ' a m o u r qui l'a attiré des h a u t e u r s d e s
ci eux j u s q u e s u r n o t r e terre ; c'est l ' a m o u r qui l'a lait
petit, p a u v r e , h u m b l e , souffrant» qui l a cloué à la
croix et Ta m a r q u é des plaies, d é s o r m a i s g l o r i e u s e s
qu'il p r é s e n t e s a n s cesse à son P è r e afin de l'incliner
v e r s ceux qu'il a a c q u i s p a r son s a n g .
Ici e n c o r e c'est le C œ u r divin qui a p p a r a î t c o m m e
l ' o r g a n e p r i n c i p a l de l ' a m o u r et de ses o p é r a t i o n s ; et
M e c h t i l d e en fournit p e u t - ê t r e e n c o r e plus d'images
q u e G c r l r u d e , d o n l les visions se p r é s e n t e n t générale-
m e n t s o u s u n e forme m o i n s s e n s i b l e .
C e p e n d a n t la c a r a c t é r i s t i q u e de s a i n t e Mechtilde
s e m b l e être la louange divine. 11 c o n v e n a i t q u e celle
q u i fui t o u t e sa vie la p r e m i è r e c h a n t r e d u m o n a s t è r e
et q u e le S e i g n e u r s a l u a , à s o n entrée d a n s le ciel, du
e
titre de sa bien-aimee Philomèh ( 7 p a r t i e , 11), fui
établie la p r o p h é l c s s e de la louange d i v i n e . Cette
l o u a n g e solennelle, p u b l i q u e , qui d e m a n d e son e x p r e s -
sion à Dieu l u i - m ê m e , qui s'inspire des leçons de la
s a i n t e E g l i s e , cette louange est r é p é t é e p a r M e c h t i l d e
avec a m o u r , a v e c e n t h o u s i a s m e . N o n c o n t e n t e de se
d é v o u e r à celle très noble t a c h e et d'y d é p e n s e r ses
forces, elle en i n s p i r e le zèle à ses s œ u r s p a r ses révé-
lations et ses écrits ; elle en r é p a n d m ê m e la p r a t i q u e
et l ' a m o u r p a r m i les fidèles. M e c h t i l d e , en effet, avait à
p e i n e quitté la t e r r e q u e son livre se r é p a n d i t r a p i d e -
pniîFAfiiî. r\
c o n s e r v é à la b i b l i o t h è q u e do W o l f e n b u t t e l , cL s u r lequel nous
n o u s s o m m e s réglé p o u r [ é d i t i o n l a t i n e . Les ehilVres arnbrs*
i n d i q u e n t la n i i n i é r a t i o u d e s C h a p i t r e s , telle q u e l l e a été établie
d a n s les é d i t i o n s i m p r i m é e s les p l u s correctes, c o p u n c celles de
F e r r a i y e 11)23, de C o l o g n e l(i(i2. etc.
T A B L E
D E S P E R S O N N E S E T D E S C H O S E S
C H A M P DE froment, 2 5 6 .
CHANT, S i n g u l i è r e p a r o l e de N o i r e - S e i g n e u r s u r LE c h a n t , 141 ; —
DO s a i n t e M e c h t i l d e , (5. 478. 488, 489.
CIIAPITUE, tenu p u r N o i r e - S e i g n e u r , 15.
CLIŒITH, 347.
DÉFAUTS du p r o c h a i n , 313.
DÉSIRS. (V. lionne volonté.)
DOCTEURS, leurs p r é r o g a t i v e s , 117 31)3
DOIGTS du C h r i s t , 3 4 4 , 3 0 0 , 3(«N. 309
DONS DE DIRIT, 185 ; — g r a t u i t s , 200.
f»KSTK s u s c e p t i b l e do s c a n d a l i s e r , 2 9 3 .
Ci.omi-: essentielle coiiinu: a c q u i s e a p r è s la m o r t , 394.
GHATUTF '*es bienfaits d i v i n s , 170.
ïliM'iiis c a n o n i a l e * , 4-12.
HUMIM'IK, ses c o n s é q u e n c e s , son a l l i a n c e avec In c r a i n t e , 7, 2 1 2 ;
ses c a r a c t è r e s , 11 — n i d p o u r T à i n e , 107.
IMI'KÏIKKCTION, s u p p l é é e p a r N o t r c - S e i g n e u r , 7, 33 . 5 9 , 9 0 , 1 2 5 , 128,
144, 159. 170, 171, 1 7 8 ; - et p a r l ' a m o u r q u ' i l a p o u r la
S a i n t e . 00,
ÏNCMINVI'ION, 18, 19. — Diverses q u e s t i o n s , 22,
INCLINATIONS, 125, 107»
ÏMMHMITKS, 430.
MÀIUK (voir V i s i o n s ; . Sa d é v o t i o n , 4 3 et s e q . ; —- c o n ç u t N . - S .
p a r a m o u r , 5 3 ; — c é l è b r e les l o u a n g e s d e s o n Kils, 5 0 ; —
a u g m e n t e la gloire d e s A n g e s et des s a i n t s , 1 0 8 . — Ses
relations avec la s a i n t e T r i n i t é , 1 1 8 , 1 5 8 . — E n M a r i e s écoule
d ' a b o r d la l o u a n g e s u p é r i e u r e des cieux, 3 4 1 ; — p u i s s a n c e
d e sa m é d i a t i o n , 1 4 6 , 1 4 7 ; - ses r e l a t i o n s avec les a n g e s
ET les é l u s , 1 5 5 , 1 6 0 ; — ses joies, 1 5 0 ; — ses v e r t u s , 1 2 0 , 143»
TABLE D E S PRHSONNÏ.S ET D E S CHOSES. XXTÎL
154 ; — d é v o t i o n a g r é a b l e à M a r i e , 111. — E x p l i c a t i o n de
VAite Maria* 1 5 t . — C o n d u i t Tàine d a n s un j a r d i n , 3 0 0 ;
— prie p o u r les novices qui font profession. 325 ; --• p r o t è g e
RAME- sous son m a n t e a u . 317 ; — offrande des g r â c e s qui
lui o n t été d o n n é e s , 382. 370. 387. — Présente l ' â m e de la
recluse Y s e n l r i i d e 381 ; se tient a u p r è s d ' u n e m o u r a n t e ,
3iSt>. — C o m m e n t la p r i e r , 314.
MAniK-AUNKI.i'.rNK, N E NI'ed d e la croix, 103 ; — In niante
f l n m o i i r divin 104 ; •- sons un a r b r e , dans un jardin de
délires, 300.
Mnr.iiTiuM'. la SOUIRV 227. 38-1, 387. 300.
MKÏMTKS d u p r ê t r e q u i d o n n e la c o m m u n i o n , 378. — P a r t d u fon-
d a t e u r a u x m é r i t e s tics r e l i g i e u x , 307.
M E S S E c h a u l é e p a r N . - S . et ses s a i n t s , 1 1 3 ; — e n t e n d u e , 200. --
F r u i t s d e la m e s s e p o u r les m u e s d u p u r g a t o i r e , 402.
MÉTAUX d i v e r s , significations s y m b o l i q u e s , -158.
M O R T , 8 8 , — d e la s a i n t e V i e r g e , 100. — P r é p a r a t i o n à l a , 1 7 1 .
MORTIFICATION, sa n é c e s s i t é , 288.
N O M B R E , s y m b o l i q u e m e n t e m p l o y é 350 fois,
une antienne, 52.
5.400 est le n o m b r e des plaies do N . - S . , 172.
NOVICES, l e u r p r é p a r a t i o n , 3 2 4 ; — l e u r profession, 3 2 5 .
p
SVINTS, l e u r s r e l a t i o n s a v e e N . - S . d a n s la g l o i r e , 36 ; — :n ( Î* .es
fidèles, 1 0 1 , 1 2 0 ; — la gloire a c c i d e n t e l l e des s a i n t s a u g m e n t a
c h a q u e j o u r p a r les a c t i o n s q u ' i l s ont faites i c i - b a s , 40, 181,
2 0 5 . — P e u v e n t d o n n e r tous l e u r s biens à q u i les a i m e ,
40, 1 0 2 ; — r e ç o i v e n t d e la s a i n t e Vierge u n e gloire p a r t i -
c u l i è r e , 109,; a i n s i q u e d e s a i n t e Mechtilde, 178 ; — oiïreiit
l e u r s m é r i t e s p o u r s u p p l é e r à Tins misères, 126 ; - le d e r n i e r
d e s s a i n t s , 1 3 4 ; — j o u i s s e n t m u t u e l l e m e n t d e l e u r joie p e r -
s o n n e l l e , 132, 1 3 6 ; — motifs d e louange d i v i n e offerts p a r
les s a i n t s , 1 3 6 ; — sont i n f é r i e u r s à la s a i n t e V i e r g e , et
c o m m e n t , 1 5 5 ; — l e u r s a p p a r i t i o n s , 389.
SIMKON, 45,85.
SON d e s c l o c h e s , 24.
SorFFaANCKscontinuelles d e s a i n t e M e c h t i l d e , 0 ; — p r o p o r t i o n n é e s
a u x b e s o i n s d e R A M E , 1 9 9 ; — v a l e u r des soulVrnnces, 199
211.
SOUMISSION au s u p é r i e u r , sa nécessité, 32 h
SorpiRS, leurs' effets, 342.
UNION d e N . - S . a v e c l ï u n e , 8 , 8 1 , 8 4 , 99, 1 8 2 , 2 1 2 ; — c o m p a r e
à l ' u n i o n de N . - S a v e c les espèces s a c r a m e n t e l l e s , 4 J 5 .
XXVI
DE SAINTE MECHTILDE
VIERGE DE JL "'OKDRE DE SAINT-BENOIT.
L E L I V R E DE LA GRACE SPÉCIALE.
PROLOGUE.
PREAMBULE HISTORIQUE
AU M O N A S T È R E ET SKS D O N S ADMIRABLES.
CHAPITRE PREMIER.
2- DE L'ÀNNONCIÀTTON DE LA El E N H E U R E U S E VIERGE
M A R I E : DU CŒUR D E NOTJIE-SEUSNEITH ET D E SA LOUANGE.
N la fêle d e l ' A n n o n c i a t i o n , la v i e r g e d u C h r i s t
E se r a p p e l a i t s c s péchés d a n s l ' a i n c r t u m e de son Ame
p e n d a n t son o r a i s o n , l o r s q u ' e l l e se vit c o u v e r t e de
c e n d r e s c o m m e d'un m a n t e a u ; puis celle p a r o l e
s'offrit à sa pensée ; Et ta justice sera la ceinture de
ses reins (Is. x i , 5 j . Elle se d e m a n d a a l o r s ce q u ' e l l e
ferait q u a n d le Dieu de majesté, ceint de j u s t i c e , appa-
raîtrait d a n s sa p u i s s a n c e et lui ferait r e n d r e c o m p t e
de sa g r a n d e hïchelê Plus un h o m m e est saint devant
PUKMIK1U-. PAHTÏK. CHAITrUH I 7
vil D i e u , d a n s sa s o u v e r a i n e p u i s s a n c e , d o n n e r a u x
aines v i v a n t e s le p o u v o i r d ' i n v i t e r toute c r é a t u r e du
ciel ei de la t e r r e à louer l e u r C r é a t e u r . D a n s celte
p a r o l e : à noire Dieu, elle c o m p r i t c o m m e n t le F i l s ,
en tant qu'il est h o m m e , r é v è r e le P è r e qu'il n o m m e :
mon Dieu et votre Dieu (Jean, xx, 19) Enfin le mot :
Ions ses suints, lui d o n n a ù c o m p r e n d r e q u e tous
ceux qui sont sanctifiés au ciel el s u r la t e r r e , le sont
p a r le C h r i s l , sanctificateur s o u v e r a i n .
Elle vit aussi la b i e n h e u r e u s e Vierge à la d r o i t e de
son F i l s ; de sa longue c e i n t u r e d'or p e n d a i e n t des c y m -
bales é g a l e m e n t en o r ; la V i e r g e traversait les c h œ u r s
des anges et des saints, et c h a c u n d'entre e u x , tou-
c h a n t ces c y m b a l e s , en tirait des sous h a r m o n i e u x .
C'est ainsi qu'ils louaient D i e u p o u r les d o n s et les
g r â c e s r é p a n d u s à profusion s u r celle-ci. A v e c eux
elle b é n i s s a i t Dieu de ces f a v e u r s .
C e p e n d a n t le Seigneur l'ayant appelée a u p r è s de lui,
posa ses m a i n s divines s u r les m a i n s de s o n épouse
afin de lui d o n n e r tout le t r a v a i l et toutes les œ u v r e s
de sa très sainte H u m a n i t é . Il m i t ensuite ses y e u x si
doux s u r les yeux de sa b i e n - a i m é e , et lui c o m m u n i q u a
ainsi le m é r i t e de ses saints r e g a r d s et des a b o n d a n t e s
l a r m e s qu'il a v e r s é e s . P a r le contact d e ses oreilles,
il lui d o n n a t o u t e s les o p é r a t i o n s de son o u ï e d i v i n e ,
et p a r celui d e ses lèvres v e r m e i l l e s , t o u t e s ses p a r o l e s
de l o u a n g e , d'actions de g r â c e s , de p r i è r e , et m ô m e
celles d e ses d i s c o u r s p u b l i c s , p o u r s u p p l é e r aux né-
gligences qu'elle avait, c o m m i s e s . Enfin il u n i t son
très d o u x C œ u r à celui de sa b i e u - a i m e c ; il lui a p p l i -
q u a le fruit de tout son travail de m é d i t a t i o n , de
d é v o t i o n , d ' a m o u r , el l'enrichit de tous ses b i e n s .
A l o r s cette â m e tout e n t i è r e , i n c o r p o r é e au C h r i s t
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE I. 0
VIERGE.
CHAPITRE IL
CHAPITRE III.
1
Le d i m a n c h e Pnpnïns Sinn , pendant q u e le c h œ u r
chantait : le Seigneur fera entendre fa voix de sa
gloire* Mechtilde désira s a v o i r ce qu'est celle voix
de la gloire divine e l l e Soigneur lui dit : « La voix de
ma gloire se fait e n l e n d r e q u a n d une à me conlrîie
e
1. 2
dimanche do TAVTÎ/U, ainsi appelé du premier mut de
riiUroiL.
RRUVMFKÏU-; P A R T I E , CUAPITRI'. iv. i;î
CHAPITRE IV.
2
LA m e s s e : Veni etosfende , Mechtilde priait pour
A tous ceux qui désirent a r d e m m e n t voir la face de
Dieu, lorsqu'elle vit le S e i g n e u r debout au milieu du
c h œ u r ; son visage plus r a d i e u x (pie mille soleils, illu-
minait d o s e s r a y o n s c h a c u n e des p e r s o n n e s p r é s e n t e s ,
E l l e l u i d e m a n d a p o u r q u o i son v i s a g e a v a i t p r i s l'aspect
du soleil, et il lui r é p o n d i t : « P a r c e q u e le soleil a trois
p r o p r i é t é s p a r lesquelles il m e r e s s e m b l e ; il échauffe,
il féconde, il éclaire. L e soleil échauffe: a i n s i ceux
qui m ' a p p r o c h e n t s'enflamment d ' a m o u r , et, c o m m e
la c i r e devant le feu, l e u r s c œ u r s se fondent en m a
p r é s e n c e . L e soleil d o n n e fécondité à toute p l a n t e ;
ainsi ma présence rend I aine v i g o u r e u s e el féconde
en b o n n e s œ u v r e s . Le soleil éclaire ; d e m ê m e q u i -
c o n q u e vient à moi est i l l u m i n é des clartés d e la science
divine ».
P l u s l a r d , elle se r a p p e l a le verset : II s'esl élancé
comme un yéanl pour courir la voie ( P s . x v u i , 6) \
et elle dit au S e i g n e u r : « Mon S e i g u e u r Dieu.,
q u ' a v e z - v o u s i n s p i r é au p r o p h è t e p a r ces p a r o l e s ? »
A u s s i t ô t le Seigneur se m o n t r a d a n s le ciel s o u s la
forme d'un j e u n e h o m m e d e h a u t e taille, de vive
a l l u r e et d'une g r a n d e b e a u t é , p o r t a n t u n e c e i n t u r e
tissue d e soie r o u g e , verte et b l a n c h e . Celui qui va
p a r c o u r i r un chemin l o n g el a r d u , dit-il, doit se
c e i n d r e h a u t et s e r r é p o u r (pic ses v ê t e m e n t s ne gênent
pas sa m a r c h e . L a soie r o u g e est p l u s solide que les
a u t r e s : ainsi m a P a s s i o n s u r p a s s e tout m a r t y r e ; c'est
elle q u i s o u t i e n t les m a r t y r s j u s q u ' à la fin d e s siècles,
c'est elle qui leur c o m m u n i q u e force el p e r s é v é r a n c e .
La soie b l a n c h e et la v e r t e ont aussi l e u r s o l i d i t é ;
ainsi l'innocence de m o u H u m a n i t é et m a sainte vie
ont s u r p a s s é t o u t e i n n o c e n c e et tout m é r i t e a c q u i s p a r
l e s h o m m e s . D e l à c e i n t u r e de m o n H u m a n i t é passible,
j e m e suis s e r r é h a u t el: fort : la l o n g u e u r de mon
1. A n t i e n n e d e l à c o m m u n i o u à celle m ê m e m e s s e .
PREMIÈRE TWlïTTF. CHAPITRE V . 15
é t e r n i t é , je l'ai r e s l r e i n l e et r e s s e r r é e d a n s le court
espace d e ina vie l u u n a i n e ; j e me suis élancé c o m m e
le g é a n t d a n s sa force, l o r s q u e j ai voulu c o u r i r celle
voie a r d u e et difficile où s'est accomplie la r é d e m p -
tion du g e n r e h u m a i n . Celui qui p o r t e un t r é s o r se
ceint aussi de p r è s afin de ne pas le p e r d r e ; de m ê m e ,
m o i , l o r s q u e j ' a i p o r t e ce noble t r é s o r qui est l'Ame
de l ' h o m m e , j ' a i s e r r é de p l u s près ma c e i n t u r e , c'est-
à-dire (pie j ' a i p o r t é d a n s m o n p r o p r e C œ u r toutes les
â m e s d e mes r a c h e t é s au milieu des a r d e u r s de mon
ineffable a m o u r . »
Et c o m m e le c o u v e n t s ' a p p r o c h a i t p o u r la sainte
c o m m u n i o n , elle vit le S e i g n e u r sous l'aspect d'un roi
magnifique, p r e n d r e la p l a c e du p r ê t r e t a n d i s q u e
c h a c u n e des s œ u r s tenait en m a i n u n e l a m p e a r d e n t e
et s ' a r r ê t a i t d e v a n t l u i , le visage illuminé p a r la c l a r t é
de sa l a m p e . L e S a i n t - E s p r i t lui fit c o m p r e n d r e que
les c œ u r s étaient s y m b o l i s é s p a r ces l a m p e s ; la
m i s é r i c o r d e d u C œ u r d i v i n , p a r l'huile; et enfin, l'ar-
d e u r de l ' a m o u r p a r la flamme de la l a m p e , c a r le T r è s
Saint S a c r e m e n t c o m m u n i q u e à ceux qui le reçoivent
la piété utile à tout, et, de p l u s , elle les e m b r a s e de
l'amour divin.
C H A P I T R E V.
6, L E C H A P I T R E KN UA VTOTLE D E N O Ë L .
N la vigile de la d o u c e Nativité de J é s u s - C h r i s t
E F i l s de D i e u , à l ' h e u r e où le couvent se r e n d a i t
au C h a p i t r e , elle vit des a n g e s , chargés de flambeaux,
a c c o m p a g n e r deux à deux c h a c u n e des s œ u r s . Le
10 LE L I V l î E DE LA GRACE SPÉCIALE.
S e i g n e u r p a r u t a s s i s à la place de l ' a b b e s s c , s u r un
Irone d ' i v o i r e d'où jaillissait avec i m p é t u o s i t é un
fleuve, dont les eaux limpides firent d i s p a r a î t r e ioule
tache du visage des s œ u r s , l o r s q u ' e l l e s r é c i t è r e n t le
p r e m i e r .Miserere inei Deus. Au second Miserere, elles
s ' a v a n c è r e n t toules v e r s le S e i g n e u r , lui offrant les
p r i è r e s qu'elles Taisaient à celle heure p o u r la s a i n t e
Kgliso. Au t r o i s i è m e , le S e i g n e u r , de sa p r o p r e main,
offrit à b o i r e d a n s un calice d'or aux Times donl men-
tion étaîl faite a l o r s d a n s les p r i è r e s des s œ u r s , puis il
dit : « Ce C h a p i t r e s o l e n n e l , j e le liens ici m o i - m ê m e
c h a q u e a n n é e »>
î . E v a n g i l e de la Messe de Minuit*
20 LE IJVHK Ï)K LA OHAGK SPÉCIALE.
A i n s i m a v i e , m e s œ u v r e s , les b i e n s q u e j e p o s -
sède c o m m e D i e u el c o m m e H o m m e , m a P a s s i o n
e n t i è r e , j ' a i tout a b a n d o n n é à l ' h o m m e . 11 peut d è s
l o r s en toute eoniiancc m e d é p o u i l l e r de ce q u i
m a p p a r l i e n ï ; et je d é s i r e qu'il m'enlève ces b i e n s , et
je d é s i r e qu il en j o u i s s e . »
11 lui parut e n c o r e q u e l ' A m o u r , s o u s la ligure d ' u n e
vierge, s'asseyait a u p r è s de la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e ; clic lui dit : « O doux A m o u r , enseigne-moi à
r e n d r e m e s devoirs à ce très n o b l e E n f a n t . » L ' A m o u r
répondit : « C'est moi qui l a i d ' a b o r d tenu d a n s nies
mains v i r g i n a l e s , je l a i e n v e l o p p é de l a n g e s ; je l'ai
en m ê m e t e m p s que sa m è r e allaité à m o n sein très
p u r ; j e l'aï réchauffé s u r m o n c œ u r , j e l'ai servi avec
sa M è r e , et j e ne cesse de le s e r v i r Celui qui v e u t le
s e r v i r d i g n e m e n t peut m e p r e n d r e p o u r a s s o c i é ,
c'est-à-dire faire toutes ses œ u v r e s en u n i o n avec
l ' a m o u r qui lit p r e n d r e à D i e u la n a t u r e h u m a i n e .
Q u i c o n q u e agira ainsi sera 1res a g r é a b l e a Dieu. »
1. Moss.e d e l ' a u r o r e .
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E V. 21
C H A P I T R E VI.
^ N In fêle de s a i n t J e a n , a p o l r e el cvangélislc, au
I J p r e m i e r son des M a t i n e s , il lui semblait (pie le
S e i g n e u r J é s u s , ayani l'aspect d'un enfant de dix a n s ,
éveillail l u i - m ê m e très j o y e u s e m e n t les s œ u r s . Saint
J e a n a p p a r a i s s a i t aussi d a n s le d o r l o i r , p r è s du lit
d ' u n e p e r s o n n e qui l'aimait b e a u c o u p . Un ange d ' u n e
g r a n d e beaulé et majesté, d e l ' o r d r e des s é r a p h i n s ,
portail un flambeau d e v a n t saint J e a n , tandis q u ' u n e
m u l t i t u d e d ' a u t r e s a n g e s , v e n u s p o u r h o n o r e r le saint
évangclislc, e s c o r t a i e n t les s œ u r s avec des flambeaux
j u s q u e d a n s le s a n c t u a i r e . L e s s œ u r s q u i , c o n d u i t e s
p a r l ' a m o u r , se levaient joyeuses, r e c e v a i e n t beau-
c o u p p l u s de g l o i r e q u e certaines a n t r e s , g u i d é e s p a r
la c r a i n t e . C e p e n d a n t le p r e m i e r ange, q u i r e n d a i t
s p é c i a l e m e n t h o m m a g e h saint J e a n , p a r c e que cet
a p o i r e avait a i m é le S e i g n e u r ici-bas d'un a m o u r sera-
p h î q u c , cet ange avait de p l u s le p o u v o i r d ' e n t r e t e n i r
l ' a m o u r au c œ u r de tous ceux qui s'attachent au saint
évangélisle, en c o n s i d é r a t i o n de la t e n d r e s s e p a r t i -
c u l i è r e du C h r i s t à son é g a r d . Du reste, TKspril de
Dieu l u i - m ê m e excite cet a m o u r chez les h o m m e s .
P e n d a n t les M a t i n e s , saint J e a n p a r c o u r u t le c h œ u r
en p o r t a n t un calice aux lèvres d e toutes les s œ u r s ,
ïl recueillit d a n s ce calice la dévotion et l'attention
que c h a c u n e mettait à la sainte p s a l m o d i e , el l'offrit
au C h r i s t , c o m m e un vin p r é p a r é p o u r l u i . P u i s c o m m e
Mechtilde désirait b e a u c o u p savoir q u c l l c c s l l a recoin-
FKHMIKHK PÀUTÏK. CirAlMTKI'' Vf. 2Î>
1. V o i r G e n . x u x , 1 1 . R é p o n s d e s secondes V ê p r e s de la felo
de s a i n t J e a n a u b r é v i a i r e d ' H a l h c v s t a d l «n ce l e m p s - J n : Vax
tonitrui lui, Deus, in rota ; Joamies est cvangulista, îmwdi pe.r am~
bilum pnedicans lumen cœlictim ; qui trinmpbans Homm lavil in
vino slolam suam, e.t in sanguine olivœ pallinm stntm. Alléluia.
y. Victo senafti ojjm Cœsare, virginea corpove Iripndiat in igne :
îô. L a voix d e Ion t o n n e r r e , 6 D i e u , r é s o n n e d a n s l a r o u e ; J c n u est
é v a n g é l i s l o ; d a n s le m o n d e e n t i e r il annu.icc la l u m i è r e célesk»,
e l , t r i o m p h a n t à R o m e , il l a v e d a n s le vin sa r o b e , el d a n s le s a n g
de Votive,son m a n t e a u . Alléluia, >. C é s a r el le Sénol sont v a i n c u s ,
le c o r p s d u disciple vierge tressaille d e joie d a n s le feu.
2() T.F. LIYHK !).'•: LA GUACE SPÉCIALE,
E l l e vit e n c o r e s a i n t J e a n l ' E v a n g é l i s t e r e p o s e r s u r
la p o i t r i n e du S e i g n e u r J é s u s . La m u l t i t u d e des s a i n t s
dansait.en c h œ u r a u t o u r d'eux et c h a n t a i t au S e i g n e u r ,
CJI l ' h o n n e u r d e J e a n . A l o r s elle pria le S e i g n e u r de
lui a p p r e n d r e c o m m e n t elle p o u r r a i t , elle a u s s i , le
l o u e r p o u r c e d i s c i p l e si a i m é . L e S e i g n e u r d a i g n a
r é p o n d r e : « T u me l o u e r a s : 1° à cause de la h a u t e
noblesse de sa famille, c a r il est de ma r a c e , cl il
n'y en a p a s de, p l u s titrée s o u s le ciel ; 2° in m e
l o u e r a s p a r c e q u e , des n o c e s , je l'ai a p p e l é à J apos-
A N S la s a i n t e nuit d e la C i r c o n c i s i o n du S e i g n e u r ,
D c o m m e clic offrait à D i e u les p r i è r e s cl les pieux
h o m m a g e s des s œ u r s et le p r i a i t de les b é n i r en celle
nouvelle a n n é e , le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Salut el b é n é -
diction soient à v o u s de la p a r t de D i e u m o n P è r e , de
ma p a r t h m o i , J é s u s - C h r i s t s o n F i l s , et d e celle du
S a i n t - E s p r i t , qui est la sanctification de toutes n o s
œ u v r e s . J e suis celui d e q u i il est écrit : Tes années
ne finiront point ( P s . ci, 28). Venez à moi, vous lous
qui avez soif de moi (Eccli. xxrv, 20), et apprenez de
moi que je suis doux et humble de cœur ( M a l t h . xi,
29). Q u i c o n q u e veut o b t e n i r le r e p o s du c œ u r el du
c o r p s doit être doux et h u m b l e ». Le Soigneur njouln :
« Q u e celui q u i s o u h a i t e r e n o u v e l e r sa vie fasse
c o m m e l'épouse qui a i m e b e a u c o u p à r e c e v o i r les
é l r c n n c s de son é p o u x . A i n s i q u e l'Ame fidèle d é s i r e
être o r n é e p a r moi d e v ê t e m e n t s n o u v e a u x , afin de se
PUKMIKHK PAHTIK. OIT APîTIiE VÎT, 29
CHAPITRE VIII.
C H A P I T R E IX.
1
-^KNOANT la m e s s e In v.rcefoo Ihrono , elle vît le
Î S e i g n e u r J é s u s c o m m e u n bel enfant d e douze
a n s ; l'autel lui s e r v a i t de t r o n c royal, et il disait : « Me
voie! a v e c ma vertu d i v i n e , prêt à g u é r i r loules vos
b l e s s u r e s . » Mais p e n d a n t ce t e m p s , Mechtilde pensait
en son c œ u r : « O h ! s'il offrait p o u r loi u n e louange
parfaite à Dieu le P è r e , j ' e n s e r a i s bien p l u s h e u r e u s e . »
FIC S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Q u ' y a-I-il d a n s l ' a m o u r
de la l o u a n g e d i v i n e , s i n o n un certain g é m i s s e m e n t de
lïinic, qui souffre de ne p o u v o i r j a m a i s l o u e r Dieu
a u t a n t qu'elle le désire'? E h b i e n ! les d é s i r s , la d é v o -
tion, la p r i è r e , la b o n n e v o l o n t é q u ' u n e a m c a de faire
le b i e n , s o n t également un g é m i s s e m e n t d o u l o u r e u x ;
et q u a n d je viens s u p p l é e r p a r m o i - m ê m e a u x im-
p u i s s a n c e s de cette à m c , je la guéris de toutes ses
blessures. »
i . D i m a n c h e rtaus l'octave de r i i u i p h a m o .
3-X LE LIVUE Dv: r.A GRÂCE SPÉCIALE.
b l a n c h e ; elle lui d i t : « P o u r q u o i , S e i g n e u r , a v e z - v o u s
a t t e n d u v o s d o u z e a n s p o u r v o u s manifester, v o u s
a s s e o i r d a n s le t e m p l e parmi les d o c t e u r s , les é c o u t e r
et les i n t e r r o g e r , c a r j e s u p p o s e q u e v o u s étiez déjà
v e n u s o u v e n t d a n s le t e m p l e , selon la c o u t u m e ? »
L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « C'est p a r c e q u e , s u i v a n t le
c o u r s n a t u r e l des c h o s e s , je c o m m e n ç a : a l o r s à
m ' e x e r c e r d a n s la sagesse, y p r o g r e s s a n t oc j o u r en
j o u r , q u o i q u e j e fusse égal à Dieu le P è r e en sagesse
é t e r n e l l e . V o u s a u s s i , l o r s q u e les enfants ont d o u z e
a n s , vous d e v r i e z les i n s t r u i r e d a n s le bien cl les c o r -
r i g e r s é r i e u s e m e n t d e l e u r s f a u t e s ; si v o u s le faisiez,
il n'y en a u r a i t p a s lant qui se p e r d r a i e n t , d a n s la Reli-
gion et d a n s les voies s p i r i t u e l l e s . » Mechtilde r e p r i t :
« Q u e signifient les deux c o u l e u r s d e v o t r e t u n i q u e ? »
L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « L e b l a n c signifie la p u r e t é
virginale de ma très sainte vie, et le v e r t s y m b o l i s e
r é l e r n c l l e fraîcheur de la sève qui est en m o i . » A l o r s
elle dit au S e i g n e u r : « Mon très a i m a n t S e i g n e u r et
F r è r e , priez p o u r moi v o t r e P è r e céleste. » Il é t e n d i t
aussitôt les m a i n s el a d r e s s a au P è r e cette p r i è r e :
« Vos colères ont passé sur moi, vos terreurs m'ont
troublé, etc. » ( P s . L X X X V T T , 1 7 . ) A ces m o t s , M e c h -
tilde craignit u n e illusion d i a b o l i q u e ; m a i s le
S e i g n e u r la r a s s u r a : « C'est m o i , dit-il, c'est b i e n
moi qui ai a p a i s é la colère du P è r e céleste cl r é c o n -
cilié l ' h o m m e a v e c D i e u , d a n s mon s a n g ; 'nais ses
colères o n t p a s s é s u r m o i , p u i s q u ' i l n é m'a p a s
é p a r g n é , moi son F i l s u n i q u e , el qu'il m'a livré a u x
m a i n s des i m p i c s . J ' a i tellement a p a i s é sa c o l è r e
que si l ' h o m m e le v e u t , j a m a i s il n'en r e s s e n t i r a les
coups. »
Une a u t r e fois, p e n d a n t la m e s s e , il lui sembla
PKKMIKHE VA u n i ; . cirAPrnw x. 35
q u ' u n a r b r e de m e r v e i l l e u s e g r a n d e u r avait poussé
s u r l'autel. Sa lêle louchait le ciel, ses b r a n d i e s ombra-
geaient r u n i v e r s e n l i e r , ses feuilles e t s e s fruits étaient
i n n o m b r a b l e s . La h a u t e u r de cet a r b r e signifiait la
divinité d u Christ, et sa largeur r e p r é s e n t a i t sa vie
infiniment parfaite ; les fruits désignaient tout le bien
p r o d u i t p a r sa vie et p a r ses a c t i o n s ; et les feuilles
p o r t a i e n t des i n s c r i p t i o n s en lettres d ' o r : « L e Christ
i n c a r n é ; le C h r i s t né ; le C h r i s t c i r c o n c i s ; le C h r i s t
a d o r é p a r les mages ; le C h r i s t p r é s e n t é au temple ; le
C h r i s t b a p t i s é » ; enfin toute la suite d e sa vie se
lisait s u r cet a r b r e merveilleux.
A p r è s l'Evangile a p p a r u t u n e échelle d ' o r dont le
s o m m e t touchait le ciel et p a r laquelle d e s c e n d a i t la
H e i n e de gloire. E l l e p o r t a i t entre ses b r a s le petit
E n f a n t qu'elle d é p o s a s u r l'autel. Les v ê l e m e n t s de la
M c r c é t a i e n t tissus d ' u n argent très brillant, p a r s e m é
de r o s e s d'or, tandis q u e ceux de l'Enfant étaient de
c o u l e u r verte et rouge. A l'élévation de l'hostie, le
p r ê t r e éleva l'Enfant, el il accomplit e n s u i t e s u r l ' E n -
fant lui-même tout ce q u e les rites sacrés lui p r e s c r i -
vaient d ' a c c o m p l i r s u r l T I n s l i e sainte.
CHAPITRE X
P
5.. II d i m a n c h e aprùs l'Kpiphanic.
30 L E L 1 V U E D E LA GHACK SPÉCtALK.
CHAPITRE XL
18. D E S A I N T E A G N E S ET D E CE Q U E LES SAINTS P E U V E N T
D O N N E R T O U S L E U R S B I E N S A L E U R S DÉVOTS C L I E N T S .
A b i e n h e u r e u s e vierge A g n e s , au j o u r de sa fêle,
L a p p a r u t à la s e r v a n t e d u Christ c o n n u e si elle
s'avançait, v e n a n t de l'autel, un encensoir d'or o r n é d e
p i e r r e s p r é c i e u s e s à la m a i n , p o u r encenser les s œ u r s ,
et e m b a u m e r l e u r c h œ u r e n t i e r de suaves p a r f u m s .
Celle-ci c o m p r i t en m ê m e t e m p s que l'encensoir
figurait le c œ u r de sainte A g n è s ; les p i e r r e r i e s , ses
douces p a r o l e s ; el le feu, cet a m o u r qui, allumé par
le S a i n t - E s p r i t , c o n s u m a i t ses p e n s é e s e l s e s d é s i r s , en
r é p a n d a n t son doux parfum d e v a n t Dieu et devant
les h o m m e s qui m é d i t e n t e n c o r e avec dévotion les
délicieuses p a r o l e s de la v i e r g e .
C o m m e on chantait à Matines le répons « Anio Chris-
tum, J ' a i m e le Christ, » le S e i g n e u r J é s u s , enlaçant
A g n è s de son b r a s droit, a p p a r u t à Mechtilde. Le Sei-
g n e u r et la b i e n h e u r e u s e A g n è s portaient des vêle-
m e n t s s e m b l a b l e s , d e c o u l e u r r o u g e ; toutes les p a r o l e s
de la s a i n t e y p a r a i s s a i e n t tissées en lettres d'or. Ces
m o t s , p l a c é s s u r les v ê t e m e n t s du Seigneur, lançaient
des r a y o n s qui faisaient b r i l l e r les vêlements d ' A g n è s ,
à tel point q u e l e u r éclat rejaillissait s u r Je S e i g n e u r
d ' a b o r d , p u i s s u r le c h œ u r et s u r ton le l ' a s s i s t a n c e .
Un r a y o n p a r t a i t du c œ u r de celles qui p s a l m o -
diaient a v e c attention et dévotion p o u r a t t e i n d r e , à
t r a v e r s le c œ u r de D i e u , celui de sainte A g n è s , où
le r a y o n s'écoulait c o m m e u n e délicieuse liqueur*
li SMiSTK AlKC.MTJ/.mt.
40 LK LIVUK DR LA OUACL SPECIALE.
là est v r a i m e n t p a t i e n t et h u m b l e de c œ u r . D e m ê m e
celui qui se réjouit d e tout le bien qui a r r i v e à son
p r o c h a i n , celui qui s afflige d e s disgrâces du p r o c h a i n
c o m m e des s i e n n e s p r o p r e s , celui-là m'offre u n c œ u r
v r a i m e n t enclin à la c h a r i t é . »
C H A P I T R E XII.
19. D E LA P U R I F I C A T I O N D E LA B I E N H E U R E U S E VIERGE
MARIE, D E SAINTE ANNE, ETC.
d o u c c u r d c ma d é v o t i o n , i n c l i n e ma t ê l c s u r la s i e n n e
et r é p a n d u l a n i de l a r m e s , q u e sa tetc et s o n petit v i s a g e
étaient tout a r r o s é s de ces l a r m e s d ' a m o u r ! C o m b i e n
de fois je lui ai r é p é t é ces p a r o l e s : « O s a l u t et joie
de mon Ame ! » Celle-ci r e g a r d a i t l'aimable E n f a n t
a v e c un désir a r d e n t q u e la M è r e d u R o i v o u l u t c o n -
t e n t e r : elle le d é p o s a d o n c e n t r e ses b r a s . A u c o m b l e
de la j o i e , la s a i n t e v o u l u t s e r r e r l ' E n f a n t s u r s o n c œ u r ,
m a i s son é t r e i n t e fut vaine, c a r la vision était t o u t e
s p i r i t u e l l e , et l ' E n f a n t n'était déjà p l u s là.
P l u s t a r d , c o m m e elle i m p o s a i t l ' a n t i e n n e : « Ilmcest
J
qum nescivit : Voilà celle qui n ' a p a s c o n n u le m a r i a g e ,
e t c . , » elle e n t e n d i t les c h œ u r s d e s a n g e s la c o n t i n u e r
d a n s les airs s u r u n e d o u c e m o d u l a t i o n q u ' i l s p o u r s u i -
v i r e n t p e n d a n t t o u t le p s a u m e BcncdixistilPs. ISXKIV).
T o u s les o r d r e s a n g é l i q u e s se r e n v o y a i e n t l ' a n t i e n n e
à l e u r t o u r , d ' a b o r d les A n g e s , p u i s les A r c h a n g e s , les
T r ô n e s , les D o m i n a t i o n s , les P r i n c i p a u t é s , les P u i s -
s a n c e s et les V e r t u s . Mais q u a n d ce fut le t o u r des
a n g e s d e feu, c ' e s t - à - d i r e des C h é r u b i n s et d e s S é r a -
p h i n s , le c h a n t d e v i n t t e l l e m e n t s u a v e q u e n u l l e h a r -
m o n i e de la t e r r e ne lui p e u t ê t r e c o m p a r é e .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge était d o n c au milieu d u
c h œ u r avec l'Enfant d a n s ses b r a s . T r o i s c o u d é e s
a u - d e s s u s du sol, a p p a r u t u n e l u m i è r e d o n t l'éclat
s u r p a s s a i t celui de mille soleils et d a n s l a q u e l l e la
Vierge Mère d é p o s a son très d o u x F i l s . L a r e s p l e n -
dissante c l a r t é s y m b o l i s a i t la D i v i n i t é ; en effet, le
Seigneur se porta l u i - m ê m e lorsqu'il était s u r la t e r r e ,
c a r sa Divinité était le soutien d e son H u m a n i t é . La
g l o r i e u s e Vierge avait s u r la tète un d i a d è m e royal ;
« Te laudamus in sœculum,
Quem amor fccil Virginis Filium :
CHAPITRE XIII.
BIENHEUREUSE VIERGE.
{
E d i m a n c h e Esta mihi > elle entendit J é s u s , le
L bien-aime de son âme, m u r m u r e r à son orcillccctte
d o u c e invitation : «• V e u x - t u d e m e u r e r avec moi s u r
la m o n t a g n e p e n d a n t ces q u a r a n t e j o u r s et q u a r a n t e
n u i t s ? - - O h ! volontiers, mon Seigneur : répondit-
elle, c'est là tout ce q u e j e veux et désire. » A l o r s le
Seigneur lui m o n t r a u n e m o n t a g n e élevéequi s'étendait
d e J"Orient à l ' O c c i d e n t , a v e c sept plateaux à gravir et
sept fontaines. Il la p r i t avec lui et atteignit le p r e m i e r
plateau q u i s'appelait : degré d e l'humilité ; il y avait là
u n e fontaine, dont l'eau purifie l'âme de tous l e s p é c h é s
c o m m i s p a r o r g u e i l . Ils m o n t è r e n t au second plateau
a p p e l é d e g r é de la d o u c e u r ; ils y t r o u v è r e n t la fon-
taine de p a t i e n c e , qui purifie l'âme des fautes c o n t r a c -
tées p a r la"colère. Ils a t t e i g n i r e n t le troisième degré
qui est celui de l ' a m o u r , où coule la fontaine de c h a r i t é
d a n s laquelle Pâme peut se l a v e r de t o u s les p é c h é s
enfantés p a r la h a i n e . A ce d e g r é . Dieu s'arrêta q u e l -
q u e temps avec cette â m e ; elle se p r o s t e r n a aux p i e d s
d e J é s u s *, m a i s l a d o u c e voix du Christ r é s o n n a c o m m e
la s y m p h o n i e d'un o r g u e , elle disait : « Lève-loi, mon
amie, et montre-moi ton visage » (Cant. n , 14), cl tous f
(1) D i m a n c h e de la Q u i n q u a g é s î m e .
48 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.
et i n d i v i s i b l e T r i n i t é , d'où s o r t e n t q u a t r e fleuves
d'eau vive. L e p r e m i e r fleuve d é s i g n e la divine Sagesse
qui g o u v e r n e les s a i n t s , cl l e u r lait en tout r e c o n -
n a î t r e el a c c o m p l i r a v e c j o i e sa volonté ; le s e c o n d ,
la d i v i n e p r o v i d e n c e q u i l e u r p r é p a r c t o u s les b i e n s
d o n t ils s o n t r a s s a s i é s d a n s l'éternelle l i b e r t é . L e
troisième llcuve désigne Ja d i v i n e s u r a b o n d a n c e qui
les e n i v r e de tout ce qui est b o n , à tel point q u e l e u r s
désirs sont toujours s u r p a s s é s p a r les richesses d o n t
ils s o n t c o m b l é s ; le q u a t r i è m e enfin, ligure les délices
qui les font v i v r e en D i e u , d a n s la plénitude des j o i e s
e n i v r a n t e s cl s a n s lin, qu'ils g o û t e r o n t d a n s ce lieu
où Dieu enlèvera toutes larmes de leurs ijeux ( A p o c ,
v u , 17),
Ce t r ô n e était s u r m o n t é d'un b a l d a q u i n en o r
c h a r g é d e p i e r r e s p r é c i e u s e s et de l'or le p l u s fin ;
son é t e n d u e recouvrait l ' u n i v e r s , il désignait la
D i v i n i t é ; c'était u n e œ u v r e r o y a l e , faite en vérité p o u r
le Roi d e s cicux. Ce b a l d a q u i n avait p l u s i e u r s
p a v i l l o n s , q u i s o n t les d e m e u r e s des s a i n t s : patriar-
c h e s , p r o p h è t e s , a p ô t r e s , m a r t y r s , confesseurs, enfin
t o u s les é l u s .
L e s e c o n d t r ô n e était celui d e la Vierge-Mère q u i
avait sa p l a c e a u p r è s d u r o i . a i n s i qu'il convient à u n e
reine. Ce t r ô n e était a u s s i e n t o u r é de p l u s i e u r s
pavillons d e s t i n é s a u x s a i n t e s vierges, aux s u i v a n t e s
de la R e i n e qui p a r t o u t font cortège à la Vierge p a r
excellence.
A la vue du Roi d e gloire, J é s u s , assis s u r le t r ô n e de
sa magnificence r o y a l e , et d e sa M è r e siégeant à sa
d r o i t e , l'âme ravie d ' a d m i r a l i o n devant celle face glo-
r i e u s e s u r laquelle les a n g e s a m b i t i o n n e n t de j e t e r un
r e g a r d , se sentit défaillir s o u s l'effort de sa r é v é r e n c e
50 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.
e n v e r s la sainte T r i n i t é , et t o m b a p r o s t e r n é e . Mais
le S e i g n e u r la r e l e v a l u i - m ê m e , et la fit d o u c e m e n t
r e p o s e r s u r son sein, q u o i q u e la frange d e ses v ê t e -
m e n t s p a r û t souillée d ' u n e légère p o u s s i è r e qui s'y
était a t t a c h é e , le s o i r p r é c é d e n t , à c a u s e d ' u n e p r é o c -
c u p a t i o n m o m e n t a n é e ; mais la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
fit d i s p a r a î t r e cette p o u s s i è r e . A l o r s celle-ci vil d r e s -
s e r d e v a n t le t r ô n e u n e table r o y a l e , à l a q u e l l e furent
invitées toutes les s œ u r s qui r e c e v a i e n t le c o r p s du
S e i g n e u r en ce j o u r . L e F i l s de la V i e r g e v i n t lui-
m ê m e l e u r offrir u n m c l s délicieux, c'est-à-dire son
c o r p s a d o r a b l e , p a i n de vie et de salut, p u i s le B i e n -
A i m é p r i t un d o u x r e p o s a v e c celles qui l ' a i m e n t . Il
l e u r offrit aussi le calice r e m p l i d'un vin t r è s p u r , c'est-
à - d i r e du s a n g d e l ' A g n e a u i m m a c u l é , qui purifie les
c œ u r s d e t o u t e s o u i l l u r e . D o u c e m e n t e n i v r é e s , elles
g o û t è r e n t les j o i e s d e l ' u n i o n d i v i n e , et D i e u lui dit :
« M a i n t e n a n t je me d o n n e à ton â m e a v e c t o u t le
bien q u e j e suis et q u e j e puis d o n n e r ; t u es en m o i , j e
s u i s en toi ; j a m a i s t u n e s e r a s s é p a r é e d e m o i . »
A p r è s ce royal festin, elle pria la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e d'offrir p o u r elle d e s l o u a n g e s à son F i l s .
A u s s i t ô t Marie, a c c o m p a g n é e d u c h œ u r d e s v i e r g e s , se
leva d e s o n t r ô n e p o u r e x a l t e r s o n F i l s . L e s p a t r i a r c h e s
e l l e s p r o p h è t e s l o u a i e n t a u s s i le S e i g n e u r , d i s a n t a v e c
joie le r é p o n s : « Summœ Trinitali : à la T r i n i t é
1
s u p r ê m e », etc. . L e c h œ u r glorieux des a p ô t r e s c h a n -
tait l'antienne : « Ex qno onuiia : celui de qui tout
2
p r o v i e n t , » c a r ce s o n t eux qui ont r e c o n n u s u r t e r r e
celui do qui p r o c è d e n t tous les b i e n s ; celui par qui
1. R é p o n s à la ft'le d e La s a i n t e T r i n i t é .
2. A n t i e n n e de la m ê m e Je Le.
PREMIÈRE PARTIE- C H A P I T R E XIÏI. ftl
1. D u m ê m e oflice.
2 . l'y. Te sunclum Dominant in e.veehis hiiulant omnes Angcli*
dieenles : * Te decet laus /-/ honnr Domine, t'. Cherubim qnoqne el
Seraphim Sanefnm proclamant, et omnis vtrlieus ordo, dirent >"
* Te decet.
\i Le ehneur tics Anges vous n r o r l a m o le. Sainl, lo Seîgnfur
d a n s les b a i l l e u r s des eieux, d i s a n t : A v o u s Seigneur, r e v i e i r . v.l
i
la louange, cl la gloire. \ . F.<s ( m é r u h i n s et les S é r a p h i n s mil ,il
» nnx l e u r s voix ainsi que loulc la h i é r a r c h i e eélcsLe p o u r r e d i r e .
52 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE*
QU'ON Y VOIT.
N a u t r e j o u r , elle vit e n c o r e en r é v é l a t i o n la m ê m e
U m o n t a g n e . S e u l e , elle la g r a v i s s a i t ; et, p a r v e n u e
au troisième d e g r é , celui de l ' a m o u r , elle lavait toutes
ses s o u i l l u r e s d a n s l'eau de la fontaine ; a p r è s s'être
a r r ê t é e au sixième d e g r é p o u r r e v ê t i r la r o b e b l a n c h e ,
elle p a r v e n a i t enfin au s e p t i è m e , où elle vit le Seigneur
J é s u s s u r le s o m m e t d u m o n t . U p r i t l ' â m e c o m m e p a r
la m a i n , et l'élcva j u s q u ' à lui en d i s a n t : « V i e n s , allons-
n o u s p r o m e n e r p a r ici. » E t elle s'en alla, s e u l e avec
lui seul, ne v o y a n t q u e J é s u s seul. Ils a r r i v è r e n t e n -
s e m b l e à u n e petite m a i s o n bâtie d'un a r g e n t t r a n s p a -
r e n t c o m m e le c r i s t a l ; a u t o u r de la m a i s o n j o u a i e n t de
petits enfants v ê t u s de b l a n c q u i , t o u t j o y e u x , louaient
le Seigneur. E l l e c o m p r i t q u e les enfants m o r t s a v a n t
C H A P I T R E XIV.
E d i m a n c h e des P a l m e s , t a n d i s qu'elle se r e n i é -
L À moraïl les actions a c c o m p l i e s p a r le C h r i s t s u r la
t e r r e en cette j o u r n é e , le d é s i r lui v i n t à l ' e s p r i t de
s a v o i r ce que les b i e n h e u r e u s e s M a r i e et M a r t h e
avaient p r é p a r é p o u r la r é c e p t i o n d u S e i g n e u r ,
A u s s i t ô t elle se vii à Bèihanie 9 dans l e u r m a i s o n ;
d a n s u n a p p a r t e m e n t situé à l ' é c a r t était u n e table
où le S e i g n e u r lui p a r u t a s s i s . E l l e l ' i n t e r r o g e a s u r
ce qu'il avait fait la n u i t p r é c é d e n t e , et il r é p o n d i t :
« J ' a i p a s s é t o u t e cette nuit en p r i è r e ; v e r s le p o i n t du
j o u r , j ' a i s o m m e i l l é , assis q u e l q u e s i n s t a n t s . » P u i s il
ajouta : « T u p r é p a r e r a s u n a p p a r t e m e n t s e m b l a b l e
d a n s ton à m c , et tu m ' y s e r v i r a s . » A l'instant m ê m e ,
il lui sembla v o i r le S e i g n e u r s ' a s s e o i r a celle table
ou elle le s e r v a i t .
D'abord elle lui offrit d a n s un p l a t d ' a r g e n t du miel,
c ' e s t - à - d i r e cet a m o u r t e n d r e qui l'attira d u sein du
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XV. 5îî
CHAPITRE XV.
23. DE CINQ MANIERES OK LOUER DIEU.
C H A P I T R E XVI.
qu'il m e u r t p a r le p é c h é . D e la croix v i e n n e n t la
r é s u r r e c t i o n d e la c h a i r el la vie éternelle, n
E l c o m m e on lisait d a n s l ' E p î t r e : 11 lui a donné un
nom qui est au-dessus de loul nom, elle d i t , à J é s u s :
« Mon S e i g n e u r , quel est ce s u b l i m e nom q u i v o u s a
été d o n n é par le P è r e ? — Ce n o m , r é p o n d i t - i l , est :
S a u v e u r d e tous l e s s i è c l e s . Moi je suis en effet le
S a u v e u r e l l e R é d e m p t e u r de tout ce qui est, a été et
sera j a m a i s . J e suis le S a u v e u r de ceux qui o n t vécu
a v a n t m o n I n c a r n a t i o n ; j e s u i s le S a u v e u r de c e u x
qui v i v a i e n t l o r s q u e , d e v e n u h o m m e , j ' a i c o n v e r s é
a v e c les h o m m e s ; j e s u i s le S a u v e u r de ceux q u i ont
e m b r a s s é m a d o c t r i n e et q u i veulent e n c o r e m a r c h e r
s u r m e s t r a c e s , j u s q u ' à la fin d e s t e m p s . C'est là un
n o m d i g n e d e m o i , d e s t i n é à m o i seul p a r le P è r e d e p u i s
l'origine d u m o n d e , et il est a u - d e s s u s de tout n o m , »
E t c o m m e elle r e n d a i t g r â c e s à Dieu p o u r les très
saintes plaies de J é s u s , le p r i a n t d ' i m p r i m e r en uob
Ame a u t a n t de b l e s s u r e s d ' a m o u r q u e son F i l s e n a
r e ç u e s d a n s son c o r p s , le S e i g n e u r lui dit : « A u t a n t
de fois q u e l ' h o m m e p o u s s e d ' a m o u r e u x s o u p i r s ,
au s o u v e n i r de ma P a s s i o n , a u t a n t de fois il s e m b l e
c a r e s s e r d o u c e m e n t m e s p l a i e s , avec u n e r o s e fraî-
c h e m e n t é p a n o u i e ; ce léger m o u v e m e n t fait j a i l l i r de
m e s b l e s s u r e s un Irait d ' a m o u r qui p é n è î r o l'uni-:! vX
la bler.ÂC p o u r la g u é r i r .
la q u a t r i è m e férié, c o m m e on c h a n t a i t h* îïlGSSQ :
1
- J « In nomine Domini : Au nom du S e i g n e u r , e t c . , ;o
CHAPITRE XVII.
JÉSUS-GHHIST.
e
1, F é r i é V d e l à Cène d u S e i g n e u r
GO Ï.K Ï.ÏVHK OK T.A GJtACK Sl'italAT.P
veut a i m e r D i e u . La m é m o i r e de cette s a i n t e P a s s i o n
alimente surabondamment l'amour ; car rien ne peut
au m ê m e degré t o u c h e r et e m b r a s e r les c œ u r s .
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XVI1Ï. (il
CHAPITRE XVIII.
i . V o i r i e Héraut, 1. I I I , c. LXMV.
62 L E M V l î E D E LA GRACE SPÉCIALE-
c o m m e un i n s e n s é ? — P a r l ' a b s e n c e d e l o u l c r e c h e r -
c h e d a n s les v ê l e m e n t s : p o i n t de p a r u r e s , p o i n t de
folles d é p e n s e s , m a i s s e u l e m e n t le n é c e s s a i r e . —
Q u e l l e s actions de g r â c e s v o u l e z - v o u s , 6 l ' u n i q u e
bien-aimé de mon c u m r . p o u r les c o u p s i n h u m a i n s
d e v o t r e cruelle flagellation ? — Q u ' o n p e r s é v è r e à
ma s u i t e , en parfaite fidélité el p a t i e n c e , d a n s l'adver-
sité aussi bien q u e d a n s la p r o s p é r i t é . — Q u e v o u s
offrir, o B i e n - A i m é , p o u r v o s d e u x p i e d s c l o u é s à la
c r o i x ? — Q u ' o n mette en m o i t o u s s e s d é s i r s , et si
l'on n ' é p r o u v e p o i n t de d é s i r s , q u ' o n ail au m o i n s la
v o l o n t é d'en c o n c e v o i r , et je p r e n d r a i la v o l o n t é p o u r
le fait. — Q u e d e m a n d e r e z - v o u s p o u r v o u s c i r e laissé
c l o u e r les m a i n s à la c r o i x ? — Q u ' o n s'exerce d a n s
les b o n n e s œ u v r e s , el q u e , p o u r m o i , on évite les
a c t i o n s p e r v e r s e s . — Q u e l l e s actions d e g r â c e s , ô
d o u c e u r s a n s égale, doit-on v o u s r e n d r e p o u r celte
plaie d ' a m o u r , q u e v o u s avez r e ç u e s u r la croix l o r s -
q u e l ' a m o u r i n v i n c i b l e p e r ç a de sa flèche v o t r e t r è s
d o u x C œ u r , d'où s o r t i r e n t a l o r s , p o u r n o u s g u é r i r ,
le s a n g et l'eau ; q u a n d , v a i n c u par l ' a m o u r q u e v o u s
i n s p i r a i t v o t r e E p o u s e , v o u s êtes m o r t d e la m o r t
d ' a m o u r ? — Q u e l ' h o m m e c o n f o r m e t o u j o u r s sa
v o l o n t é à la m i e n n e , et q u e m a v o l o n t é lui p l a i s e en
tout et p a r - d e s s u s t o u t , »
L e S e i g n e u r c o n t i n u a : « J e te le d i s en v é r i t é ,
si q u e l q u ' u n v e r s e d e s l a r m e s p a r d é v o t i o n à m a
P a s s i o n , j e les accepterai c o m m e si celui-là l'avait
soufferte p o u r m o i . — O m o n S e i g n e u r , r é p o n d i t - e l l e ,
c o m m e n t o b t e n i r ces l a r m e s ? — E c o u t e - m o i : pense
d ' a b o r d à la t e n d r e s s e a v e c laquelle j e p a r t i s à la r e n -
c o n t r e des e n n e m i s qui m e c h e r c h a i e n t , a r m é s de
glaives et d e b â t o n s , p o u r m e faire m o u r i r c o m m e un
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XVTÏÏ. OU
1. L a c o m m u n i o n a été l o n g t e m p s d ' u s a g e le V e n d r e d i s a i n t ;
o n t r o u v e des décrets et couLumiers d u moj'en Age o b l i g e a n t les
iidèles A c o m m u n i e r les trois d e r n i e r s j o u r s de In S e m a i n e s a i n t e ;
e
cette p r a t i q u e se r e t r o u v e e n c o r e a u x v i i siècle e n c e r t a i n s
lieux ; elle a t o t a l e m e n t cessé d e n o s j o u r s .
<)4 L E LïVlîK l>K LA GRACE SPÉCIALE,
v o l o n t i e r s et avec d é l i b é r a t i o n q u a n d il les a a p e r -
ç u c s . » L e S e i g n e u r ajouta : <( Q u a n d j e nie livrai aux
m a i n s des i m p i e s , ils m e l i è r e n t les m a i n s cl firent de
moi t o u t ce qu'ils v o u l u r e n t ; mais ils ne p u r e n t lier
ma l a n g u e . C'est moi qui l'ai enchaînée de telle s o r t e
q u e j e n'ai p a s dit u n e seule p a r o l e qui ne fut néces-
s a i r e . De m ê m e , bien q u e l ' h o m m e p u i s s e p a r l e r bien
ou m a l , il d e v r a i t régler s e s paroles de façon à n'en
j a m a i s p r o n o n c e r p o u r b l e s s e r ou t r o u b l e r le p r o -
chain. »
V e r s P r i m e , c o m m e elle se rappelait que le Christ
à cette h e u r e avait c o m p a r u d e v a n t le P r é s i d e n t p o u r
être j u g é , le S e i g n e u r lui dit : « Viens avec moi au
t r i b u n a l . » Il la prit et la plaça avec lui d e v a n t son
P è r e céleste, et toutes les c r é a t u r e s se mirent à d é p o s e r
c o n t r e elle .les S é r a p h i n s l'accusaient d'avoir souvent
par tiédeur éteint en e l l e l ' a m o u r d i v i n , dont le C œ u r
de D i e u avait e m b r a s é le sien. Les C h é r u b i n s lui
r e p r o c h a i e n t de ne s ê t r e p a s g o u v e r n é e selon les
l u m i è r e s de la divine c o n n a i s s a n c e , a c c o r d é e s à elle
p l u s q u ' à d ' a u t r e s . L e s T r o n c s p o r t a i e n t plainte au
sujet des p e n s é e s inutiles q u i avaient troublé le Roi
t r è s pacifique, d o n t le trône avait p o u r t a n t été établi
d a n s s o n â m e . L e s D o m i n a t i o n s p r é t e n d a i e n t qu'elle
n'avait p a s obéi avec la r é v é r e n c e c o n v e n a b l e à leur
R o i , le S e i g n e u r D i e u . Les P r i n c i p a u t é s se plaignaient
q u ' e l l e n'eut p a s r e s p e c t é , c h e z elle et c h e z les autres,
la d i v i n e n o b l e s s e q u e l ' h o m m e lient de sa r e s s e m -
b l a n c e a v e c D i e u . L e s P u i s s a n c . e s l'accusaient de ne
p a s s'être inclinée a v e c la crainte r e s p e c t u e u s e d u c
à la divine Majesté. L e s V e r t u s se plaignaient de
ce qu'elle n ' a v a i t p a s p r a t i q u é les saintes v e r t u s
c o m m e il c o n v e n a i t . L e s A r c h a n g e s disaient qu'elle
66 LE LIVRE D E LA G R A C E SPÉCIALE.
e
1. V o i r 2 P a r t i e , c. xxvi,
G8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE,
n m n i o n , le S e i g n e u r d o n n a à c h a c u n e son C œ u r
divin t o u t r e m p l i d ' a r o m a t e s d ' u n e o d e u r d é l i c i e u s e .
Ces p l a n t e s a r o m a t i q u e s , c o m m e des h e u r s fraîche-
m e n t é c l o s e s , s ' é p a n o u i s s a i e n t s u r ce C œ u r s a c r é ; l u i
d o n n a n t ' J a s p e c t d'un b o u q u e t fleuri. C h a c u n e , en
s'approcbanl, reçut delà main du Seigneur un bouclier
s e m b l a b l e au sien ; cette p a r u r e , placée s u r l e u r p o i -
trine, y brillait d'un éclat m e r v e i l l e u x . A celte v u e ,
celle-ci c o m p r i t q u e le C h r i s t a conféré à ses fidèles
la v i c t o i r e qu'il a r e m p o r t é e d a n s sa P a s s i o n , p o u r
l e u r c i r e u n r e m p a r t et u n e force c o n t r e lous l e u r s
ennemis.
Q u a n d Je m o m e n t fut a r r i v é p o u r elle de b a i s e r la
croix, à la plaie des p i e d s , elle dit, s o u s l ' i n s p i r a t i o n
d i v i n e : « V o i c i q u e j ' a t t a c h e en v o u s , S e i g n e u r , t o u s
m e s d é s i r s ; j e les conforme a u x v ô t r e s afin q u e , p l e i -
n e m e n t purifiés et p a r f a i t e m e n t sanctifiés, ils ne
s ' a r r ê t e n t p l u s d é s o r m a i s a u x c h o s e s t e r r e s t r e s . » A la
plaie de la m a i n d r o i t e , le S e i g n e u r lui dit : « C a c h e
ici toute ta vie spirituelle, afin q u e les négligences q u e
lu as pu c o m m e t t r e soient r é p a r é e s p a r moi. » A la
main g a u c h e , il dit : « P l a c e ici tes peines et les afflic-
t i o n s , afin qu'elles s ' a d o u c i s s e n t au c o n t a c t de m e s
souffrances et r é p a n d e n t d e v a n t D i e u un a g r é a b l e
parfum, d e m ê m e q u ' u n v ê t e m e n t i m p r é g n é d e m u s c
ou d ' a u t r e s e s s e n c e s en r é p a n d r ô d e u r , et q u ' u n e
b o u c h é e de pain t r e m p é e d a n s le miel p r e n d sa
d o u c e u r . » A la plaie du C œ u r , il dit : « D a n s celle
plaie d ' a m o u r , si g r a n d e qu'elle e m b r a s s e le ciel, la
terre et t o u t ce q u ' i l s c o n t i e n n e n t , a p p l i q u e ton
a m o u r à m o n divin a m o u r , afin qu'il d e v i e n n e un seifl
el m ê m e a m o u r , c o m m e le fer p é n é t r é p a r le feu. »
A l'heure de V ê p r e s , elle vit le S e i g n e u r d e s c e n d u
PREMIÈRE PARTIR. CltAPTTUF. XVXU* W'J
d e la croix, r e p o s a n t s u r le s c i n d e la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e M a r i e q u i disait : « A p p r o c h e , baise les plaies
s a l u t a i r e s q u e m o n t r è s doux F i l s a r e ç u e s p o u r ton
a m o u r . I m p r i m e t r o i s b a i s e r s s u r son C œ u r t r è s bien-
veillant, en lui r e n d a n t g r â c e s p o u r l'effusion actuelle
p a s s é e et à venir, qui découle de ce C œ u r s u r loi el s u r
t o u s les é l u s . E n baisant la plaie de sa main droite, tu
lui r e n d r a s g r â c e s de ce ( p i é c e t t e main vient l'aider et
c o o p é r e r à toutes tes b o n n e s œ u v r e s ; en b a i s a n t celle
d e sa main g a u c h e , de ce q u e tu y t r o u v e s toujours
u n refuge a s s u r é . Baise a u s s i la plaie de son pied
d r o i t , en le r e m e r c i a n t du d é s i r a r d e n t qui l'a fait c o u -
r i r a p r è s toi t o u s les j o u r s de sa vie, baise celle de son
pied g a u c h e , p a r c e q u e tu y t r o u v e r a s la r é m i s s i o n de
tes p é c h é s . T u d o i s avoir des p a r f u m s de trois sortes
p o u r e m b a u m e r le B i e n - A i m é de ton â m e : d ' a b o r d
l'huile d'olive, q u i signifie la m i s é r i c o r d e d o n t t u p r a -
t i q u e r a s les œ u v r e s avec p l u s d'assiduité ; ensuite
l'huile de m y r r h e , c'est-à-dire q u e tu s u p p o r t e r a s les
infirmités et les t r i b u l a t i o n s a v e c j o i e , c o n s t a n c e et
fidélité, p o u r l ' a m o u r d e D i e u ; enfin u n o n g u e n t d e
b a u m e : ce d e r n i e r signifie q u e tu d e v r a s r e c e v o i r tous
les d o n s de Dieu a v e c r e c o n n a i s s a n c e , p o u r sa seule
g l o i r e , n'en d é s i r a n t et e s p é r a n t rien p o u r t o i - m ê m e ,
m a i s les faisant W js r e t o u r n e r avec p u r e t é d'intention
v e r s celui q u i est la s o u r c e et l'origine de tous les
biens. »
V e r s l ' h e u r e de G o m p l i c s , la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e lui dit e n c o r e : « R e ç o i s m o n F i l s el l'ensevelis
d a n s ton c œ u r ». A u s s i t ô t elle vit son c œ u r s o u s forme
d'un s a r c o p h a g e d ' a r g e n t , ferme p a r un c o u v e r c l e d'or.
L ' a r g e n t signifiait la p u r e t é d u c œ u r ; l'or, cet a m o u r
q u i retient el g a r d e Dieu d a n s l'âme. C o m m e il lui
70 LE UVRF. I>F LA GRACE SPÉCIALE.
s e m b l a i t ensevelir le C h r i s t d a n s ce t o m b e a u , elle
l ' e n t e n d i t lui d i r e : « Ici, d a n s ton c œ u r , t o u j o u r s
lu m e t r o u v e r a s ; je te d o n n e l ' a s s u r a n c e de la vie
é t e r n e l l e , à toi et à tous c e u x p o u r qui lu as p r i e a u -
jourd'hui. »
q u i d é s i r e r e n o u v e l e r s o u v e n t la m é m o i r e de
C ELUI
la P a s s i o n du S e i g n e u r p e u t r é c i t e r s e p t fois,
c
c h a q u e v e n d r e d i , en guise d'office, le p s a u m e x x i x ,
Exaltabo le , Domine , quoniam suscepisti me ; à la
fin d e l ' a n n é e il a u r a dit a i n s i a u t a n t de v e r s e t s q u e
le C h r i s t a r e ç u de p l a i e s Q u ' i l lise e n c o r e , s'il le
peut, u n des récits de la P a s s i o n dans l ' E v a n g i l e , et
qu'il r e n d e des actions de g r â c e s spéciales à D i e u , qui
a d o n n é la plaie de s o n pied g a u c h e c o m m e b a i n
s a l u t a i r e ; celle de son pied d r o i t c o m m e fleuve de p a i x ;
celle de sa m a i n g a u c h e c o m m e t o r r e n t de g r â c e s , cl
celle de sa m a i n d r o i t e c o m m e r e m è d e p o u r g u é r i r les
â m e s . Enfin, qu'il r e m e r c i e d e ce q u e la b l e s s u r e de
son très d o u x C œ u r a fait j a i l l i r s u r n o u s l'eau v i v i -
fiante el le vin e n i v r a n t , c ' e s t - à - d i r e le s a n g du Christ
el l ' a b o n d a n c e infinie de tous b i e n s . »
1. D ' a u t r e s s a i n t e s â m e s o n t c o n n u p a r r é v é l a t i o n le n o m b r e des
plaies d u S e i g n e u r . Elles c o m p t e n t d ' u n e m a n i è r e u n p e u différente»,
d e sorte q u e le total v a r i e e n t r e 5460, 547a, 5490. O n p e u t c o n -
s u l t e r C o r n é l i u s a L a p i d e in M a l t h . x x v u , 2(> ; ( J o n z a l v e D u r a n d
e n son c o m m e n t a i r e des R é v é l a t i o n s d e s a i n t e ISrigitle, lit). I,,
c. 10, el L u d o l p h e le C h a r t r e u x , De Vita Christi p a r t . I I , c. 4 8 .
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XIX. 71
C H A P I T R E XIX.
^ N la sainte nuit de la R é s u r r e c t i o n de N o t r e - S e i -
I J g n e u r J é s u s - C h r i s t , la s e r v a n t e d u C h r i s t le vit
c o m m e s ' i l r e p o s a i t d a n s le s é p u l c r e , et e l l e c o n n u t p a r
une i n s p i r a t i o n d i v i n e c o m m e n t le P è r e avait conféré
sa t o u t e - p u i s s a n c e à l ' H u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t en sa
r é s u r r e c t i o n ; c o m m e n t le F i l s lui avait d o n n é cette
glorification q u ' i l tient é t e r n e l l e m e n t d u P è r e , et
4 -~ SAINTJ* MKC11TII.DE
72 LE UV1Œ DE T.A GP.ACE SPIÏCI A L H ,
c o m m e n t le S a i n t - E s p r i t avait r é p a n d u sa d o u c e u r , sa
h o n t e et son a m o u r d a n s cette H u m a n i t é ainsi glorifiée.
L e S e i g n e u r lui dit : « A. m a r é s u r r e c t i o n , le ciel, la
t e r r e et t o u t e la création se m i r e n t à m o n s e r v i c e . »
E l l e d e m a n d a : « C o m m e n t le ciel v o u s a - I - i l s e r v i ? —
T o u s les e s p r i t s a n g é l i q u c s étaient à mes o r d r e s , »
r é p o n d i t le S e i g n e u r . A u s s i t ô t il lui s e m b l a v o i r u n e
telle m u l l i t u d e d ' a n g c s p r è s du s é p u l c r e , qu'ils e n v i r o n -
naient le S e i g n e u r c o m m e u n m u r m o n t a n t de la t e r r e
au ciel. E l l e dit a l o r s : « Q u ' e s t - c e q u e les a n g e s v o u s
c h a n t è r e n t à cette h e u r e , eux qui avaient e n t o n n é le
Gloria in exeelsis à v o i r e n a i s s a n c e ? » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « Ils c h a n t è r e n t Sanctus, Sanclus, Sanctus,
Saint, Saint, Saint ; allons, allons, réjouissons-nous,
louange au Très-Haut, à Dieu, dans les deux : j e ne le
d o n n e p a s les p a r o l e s , m a i s le s e n s d e l e u r c a n -
tique. »
E l l e vit aussi t o u t le c o u v e n t a u t o u r d u S e i g n e u r
q u i , d e s o n C œ u r , laissait d a r d e r des r a y o n s q u i p é n é -
t r è r e n t en c h a q u e p e r s o n n e p r é s e n t e ; puis le S e i g n e u r
é t e n d i t la m a i n s u r c h a c u n e des s œ u r s et lui c o m m u -
n i q u a sa p r o p r e gloire en d i s a n t : « Voici q u e j e v o u s
d o n n e la clarté de m o n H u m a n i t é gloriliée : vous la
c o n s e r v e r e z p a r la p u r e t é du c œ u r , la d o u c e u n i o n
e n t r e v o u s et la v r a i e p a t i e n c e ; au j o u r d u j u g e m e n t
v o u s v o u s glorifierez de me la r e p r é s e n t e r - »
Je r é p a r e r p a r la p é n i t e n c e el la satisfaction. » Aussitôt
a p r è s cette leçon d i v i n e , l'âme entra d a n s la maison
et s y jeta a u x pieds du S e i g n e u r , qui daigna la r e l e v e r ;
il la plaça s u r son sein, et la baisa par trois fois n C
1. I n t r o ï t d u D i m a n c h e d e P â q u e s ,
76 LE LIVRE DE !A GRACE SPÉCIALE.
2
34. FESTIN SERVI PAR LE SEIGNEUR .
NOTRE-SEIGNEUR EN SA RÉSURRECTION.
a d o r a t i o n , g r a n d e u r , gloire et b é n é -
I OUANGE,
^ diction à v o u s , o b o n J é s u s , p o u r cette j o i e
ineffable q u e v o u s a v e / r e s s e n t i e l o r s q u e v o t r e b i e n -
h e u r e u s e H u m a n i t é - en v o t r e r é s u r r e c t i o n , r e ç u t d u
P è r e , la glorification d i v i n e et conféra à t o u s les
élus la glorification éternelle cn sa D i v i n i t é . P a r cette
ineffable j o i e , je v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r
d e Dieu et d e s h o m m e s , d e inc c o n s e r v e r e n t i è r e , p a r
v o t r e g r â c e , celte gloire q u e v o u s m'avez a l o r s d o n n é e ,
et d o n t j e p r e n d r a i p o s s e s s i o n au j o u r d u j u g e m e n t .
Amen.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , gloire et b é n é d i c t i o n
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r cette joie ineffable q u e v o u s
avez r e s s e n t i e , l o r s q u e l ' a m o u r i n e s t i m a b l e q u i , d u
sein d u P è r e v o u s avait a t t i r é en ce m o n d e et s o u m i s
aux p e i n e s et a u x m i s è r e s h u m a i n e s , a c o m b l é v o t r e
c o r p s , c n v o t r e r é s u r r e c t i o n , d ' u n e j o i e et d u n e allé-
g r e s s e i n c o m p a r a b l e s , ainsi qu'il l'avait l i v r é , s u r la
croix, à d ' i n t o l é r a b l e s d o u l e u r s . P a r cette ineffable
joie, j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r d e Dieu
et des h o m m e s , de d o n n e r la l u m i è r e à m o n intel-
ligence et la c o n n a i s s a n c e à m o n â m e , afin q u e je
s a c h e en t o u t t e m p s ce qui est a g r é a b l e â v o s yeutx:.
Amen.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , g l o i r e et b é n é d i c t i o n
a v o n s , ô b o n J é s u s , p o u r celle j o i e ineffable q u e r c s -
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XTX. 79
sentît v o t r e t r è s s a i n t e â m e , lorsqu'elle se p r é s e n t a à
D i e u le P è r e , c o m m e prix et gage d'éternelle r é d e m p -
tion, d a n s la j o y e u s e c o m p a g n i e de l ' i m m e n s e multi-
t u d e des â m e s b i e n h e u r e u s e s , sorties des enfers. P a r
celte ineffable j o i e , j e v o u s p r i e , ô très a i m a b l e Mé-'
d i a t c u r de Dieu el des h o m m e s , d'être, à l ' h e u r e de
ma m o r t , le gage qui r a c h è t e m o n â m e et le prix qui
paie ma dette. Apaisez en m a faveur Dieu v o t r e P è r e ,
juge é q u i t a b l e , et c o n d u i s e z - m o i avec allégresse en sa
présence.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d c u r , g l o i r e c t bénédiction
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r cette j o i e ineffable q u e vous
avez r e s s e n t i e l o r s q u e Dieu Je P è r e vous a d o n n é le
plein p o u v o i r de r é c o m p e n s e r , e n r i c h i r et h o n o r e r ,
scion la magnificence de v o t r e libéralité, vos a m i s et
c o m p a g n o n s d ' a r m e s , délivrés de la p u i s s a n c e du t y r a n ,
p a r v o t r e glorieux t r i o m p h e . P a r celle ineffable joie,
j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r de Dieu el des
h o m m e s , d e m e d o n n e r u n e p a r t de vos l a b e u r s et de
vos œ u v r e s , a i n s i q u e de v o t r e glorieuse m o r t et bien-
heureuse Passion.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , g l o i r e et bénédiction
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r celte joie ineffable q u e v o u s
avez r e s s e n t i e l o r s q u e Dieu le P è r e v o u s d o n n a t o u s
vos a m i s e n é t e r n e l h é r i t a g e , et que fut a c c o m p l i e
v o t r e volonté, c ' e s t - à - d i r e cette p r i è r e si bienveillante :
qui v o u s faisait dire : Je veux, ô Père, que là où je
suis, mon serviteur soit aussi {Jean* x v n , 2 4 ) - d e telle
s o r t e q u e la j o i e et le bien parfait qui sont v o u s - m ê m e
d e v i e n n e n t l e u r partage à j a m a i s . P a r cette ineflahk
joie, j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r de Dieu et
des h o m m e s , d e m ' a c c o r d e r la b i e n h e u r e u s e société de
vos élus, afin q u e j e v o u s p o s s è d e avec eux, v o u s ,
80 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE,
ma j o i e et m o n u n i q u e b i e n , ici et d a n s l'éternité.
Amen. »
elle d e m a n d a au S e i g n e u r q u e , d a n s ce
E NSUITE
s e n t i m e n t de j o i e qui lui avait fait r e n d r e g r â c e s
à D i e u le P è r e p o u r l ' i m m o r t a l i t é conférée à son
H u m a n i t é a l ' h e u r e d e sa r é s u r r e c t i o n , il d a i g n â t
l u i - m ê m e r e m e r c i e r d ' a v a n c e des a c t i o n s d e g r â c e s
p o u r elle, qui serait d o t é e d a n s la r é s u r r e c t i o n future
de la m ê m e i m m o r t a l i t é . L e S e i g n e u r lui dit :
« C'est là ce q u e j e Tais p r é s e n t e m e n t , p o u r loi et p o u r
c h a c u n des m i e n s , a u s s i v o l o n t i e r s que p o u r moi-
m ê m e , c a r j e c o n s i d è r e la g l o i r e de m e s m e m b r e s
c o m m e étant ma p r o p r e g l o i r e : l ' h o n n e u r r e n d u à
eux ou à m o i - m ê m e m e p r o c u r e u n e j o i e a g r é a b l e .
C e p e n d a n t l'âme p o u r qui j ' a c q u i t t e ainsi la louange
el l'action de g r â c e s p e n d a n t sa vie t e r r e s t r e cn
r e c e v r a gloire et b o n h e u r spécial d a n s les c i e u x . »
Celle-ci se d e m a n d a i t ce q u e p o u v a i t ê t r e celle
glorification de la s a i n t e H u m a n i t é d o n t le P è r e avait
d o t é son F i l s à la r é s u r r e c t i o n . L e S e i g n e u r lui
r é p o n d i t avec b o n t é : « Le P è r e a glorifié m o n C œ u r
en m e d o n n a n t toute p u i s s a n c e au ciel et s u r ^ t e r r e ,
afin qu*> j e lusse t o u t - p u i s s a n t c o m m e H o m m e , moi
q u i le s u i s c o m m e D i e u . J'ai d o n c le p o u v o i r de r é c o m -
p e n s e r , h o n o r e r el é l e v e r mes a m i s , a v e c celui d e leur
t é m o i g n e r m o n a m o u r , scion ma l i b r e volonté. L a
gloire de mes yeux et d e m e s oreilles est de pouvoir
s c r u t e r , j u s q u ' e n leurs p r o f o n d e u r s , l'indigence el les
PREMfÈRR PARTIE. CHAPITRE XIX 81
e n t r e n o u s ; c a r iJ y a m a r i a g e i n d i s s o l u b l e et é t e r -
nelle u n i o n . E n l i n j e resterai a v e c toi c o m m e u n voya-
g e u r a v e c son c o m p a g n o n : si l'un des d e u x p o r t e un
t r o p l o u r d f a r d e a u , a u s s i t ô t l ' a u t r e l'en d é c h a r g e et
le soulève avec lui : ainsi j e s e r a i si a s s i d u à p o r t e r
tous les fardeaux a v e c toi, q u ' i l s te p a r a î t r o n t tou-
j o u r s légers ».
A l o r s celle-ci se s o u v i n t t o u t à c o u p (pie le Sei-
g n e u r lui avait dit autrefois : « J e te d o n n e m o n â m e
p o u r c o m p a g n e et p o u r g u i d e ; tu p e u x a v o i r c o n -
fiance en elle ; si t u es triste, elle te c o n s o l e r a , elle te
sera u n e aide fidèle cn toute r e n c o n t r e . » E l l e dit d o n c
a u S e i g n e u r : « H é l a s ! m o n S e i g n e u r , vie de m o n
â m e , ô très d o u x g u i d e , p a r d o n n e z - m o i , c a r j ' a i
b i e n r a r e m e n t a s s o c i é cette n o b l e c o m p a g n e à m e s
œ u v r e s , j e n e l'ai p a s a p p e l é e à m o n aide e n toutes
c h o s e s f — J e te p a r d o n n e , r é p o n d i t le S e i g n e u r ,
m o n â m e d e m e u r e r a avec toi j u s q u ' à la fin d e ta vie.
A l o r s elle te r e c e v r a , tu s e r a s d a n s les m ê m e s d i s -
positions q u e j ' e u s l o r s q u e moi j e r e m i s m o n esprit
a u x m a i n s d u P è r e en m o u r a n t s u r la c r o i x ; m o n
â m e te p r é s e n t e r a an P è r e céleste. »
A p r è s cette p r o m e s s e , elle se mit à p r i e r p o u r u n e
p e r s o n n e q u i était s o n a m i e fidèle, afin q u e le S e i g n e u r
lui c o m m u n i q u a i ces m ê m e s b i e n s . A u s s i t ô t e l l e v i t c e t t c
p e r s o n n e en p r é s e n c e du C h r i s t , il lui p r e n a i t les
m a i n s et lui a c c o r d a i t la p r o p r i é t é de t o u s les m ê m e s
dons.
Son c œ u r la p o r t a n t ensuite à l o u e r h a u t e m e n t le
S e i g n e u r p o u r ses bienfaits, elle lui d e m a n d a d e p r é -
p a r e r à sa famille d u ciel un magnifique b a n q u e t .
E l l e vit aussitôt les a p p r ê t s d'un s p l e n d i d e festin, et le
S e i g n e u r revêtu d ' u n e r o b e n u p t i a l e de c o u l e u r verte
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XIX. S 3
DE L'OCTAVE DE PAQUES
L e h u i t i è m e j o u r , octave de la R é s u r r e c t i o n du
C h r i s t , elle vit de n o u v e a u la maison d o n t il a été
parlé Elle y entrait, q u a n d elle a p e r ç u t deux anges
d e b o u t aux p o r t e s ; l e u r s ailes étendues, en se lou-
c h a n t p a r l'extrémité, p r o d u i s a i e n t un c h a n t suave
c o m m e celui d e In h a r p e , el ce chanL e x p r i m a i ! la j o î c
des c h œ u r s a n g é l i q u e s à l'arrivée de celle Ame q u i ,
à peine e n t r é e , loiuha p r o s t e r n é e aux p i e d s du Sei-
g n e u r et s a l u a , e n l e s b a i s a n t , s e s plaies v e r m e i l l e s .
E l l e arriva j u s q u ' à la plaie du C œ u r , le vil g r a n d
o u v e r t el laissant é c h a p p e r d e s v a p e u r s aussi e m b r a -
sées (pie celles d ' u n a r d e n l l o y e r . C c p e n d a n l le
S e i g n e u r accueillit l'âme a v e c b o n t é : « E n t r e , lui
dit-il, p a r c o u r s m o n divin C œ u r en long cl en l a r g e •
sa l o n g u e u r r e p r é s e n t e l'éternité de ma b o u l é ; sa
largeur, l ' a m o u r el le désir q u e j ' e u s toujours de Ion
s a l u l . P a r c o u r s celle l o n g u e u r cl celle l a r g e u r ,
c'est-à-dire r e v e n d i q u e c o m m e la p r o p r i é t é , p a r c e
qu'il est v r a i m e n t à loi, tout le bien que lu trou-
veras d a n s m o n C œ u r . » E l l e S e i g n e u r souffla s u r elle
en d i s a n t : « R e ç o i s m o n S a i n t - E s p r i t . » A l o r s celte
b i e n h e u r e u s e â m e , r e m p l i e de l ' E s p r i t - S a i n l , vit
s o r t i r de tous ses m e m b r e s des r a y o n s de feu d o n t
chacun allait t o u c h e r u n e des p e r s o n n e s p o u r qui
elle avait p r i é . A p r è s la c o m m u n i o n , son c œ u r lui
s e m b l a fondu en un seul lingot d ' o r avec celui du
Seigneur, qui lui disait : « A i n s i t o n c œ u r a d h é r e r a
t o u j o u r s au m i e n selon ton d é s i r el cn p r o p o r t i o n d e s
délices q u e lu t r o u v e r a s d a n s cette u n i o n . »
CHAPITRE XX.
u j o u r de la g l o r i e u s e A s c e n s i o n du Christ, il lui
A semblait ê t r e s u r u n e m o n t a g n e où lui a p p a r u t
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XX. <S&
t e n a i e n t le p r e m i e r r a n g ; t o u s m o n t a i e n t avec le R o i .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge, M è r e d u S e i g n e u r , p a r u t
aussi s u r la m o n t a g n e , r e v ê t u e d ' u n m a n t e a u s e m b l a b l e
à celui de l ' A m o u r , sa t u n i q u e était d e c o u l e u r r o u g e .
E l l e dit à l ' â m e : « T o u t e s les d o u l e u r s que j ' a i e n d u -
r é e s a v e c m o n F i l s et à cause d e m o n F i l s , je les ai s u p -
p o r t é e s cn s i l e n c e et p a t i e n c e . J'offrais au S e i g n e u r
une p r i è r e c o n t i n u e l l e p o u r l ' E g l i s e n a i s s a n t e et j e l'ai
s o u v e n t i n c l i n é v e r s u n e m i s é r i c o r d e s p é c i a l e . C'est
ainsi q u e , m a i n t e n a n t e n c o r e , il ne p e u t se d é r o b e r
a u x d é s i r s d e L a m e qui a i m e , et il cn r é s u l t e q u e , s u r
t e r r e , cette Ame agit s u r le S e i g n e u r p l u s q u e si elle
était déjà d a n s le ciel. » A l o r s celle-ci r a p p e l a à la
b i e n h e u r e u s e V i e r g e toute la j o i e qu'elle ressentit à
l ' A s c e n s i o n d e s o u F i l s : « J ' a i a p p r i s d a n s cette j o i e
l'allégresse et la b é a t i t u d e q u e j e r e c e v r a i s à m o n
A s s o m p t i o n . » r é p o n d i t - e l l e . P u i s le S e i g n e u r J é s u s ,
s ï ï l e v a n l d a n s u n e ineffable a l l é g r e s s e , a r r i v a d e v a n t
s o n P è r e et lui p r é s e n t a , r e n f e r m é e s en l u i - m ê m e , les
â m e s de t o u s les é l u s , t a n t de c e u x q u i étaient m o n t é s
a v e c lui q u e d e s élus à v e n i r , a v e c t o u t e s l e u r s oeuvres,
l e u r s souffrances et l e u r s m é r i t e s . Celles-là m ê m e q u i ,
p o u r le m o m e n t , étaient en é t a t d e p é c h é , a p p a r a i s -
s a i e n t d a n s le C h r i s t , telles q u ' e l l e s s e r a i e n t p l u s t a r d
d a n s le ciel. M a i s les â m e s é p r i s e s d ' a m o u r et p a t i e n t e s
d a n s la souffrance étineelaient cn son C œ u r d'un
éclat p a r t i c u l i e r , t a n d i s q u e les a u t r e s brillaient, scion
l e u r r a n g , d a n s les d i v e r s e s p a r t i e s d e son c o r p s . L e
P è r e céleste accueillit s o n F i l s a v e c les p l u s g r a n d s
h o n n e u r s et dit : « Voici q u e j e te d o n n e ces délices
s u r a b o n d a n t e s q u e tu a s p o u r ainsi d i r e a b a n d o n n é e s
cn d e s c e n d a n t s u r la t e r r e d ' e x i l ; j ' y adjoins la pleiue
p u i s s a n c e d e lest c o m m u n i q u e r s a n s r é s e r v e à t o u t e s
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XX, 87
suis m o n t é c o m m e un g l o r i e u x t r i o m p h a t e u r , et
j ' a i enlevé a v e c m o i tous tes fardeaux. » P a r cette
p a r o l e , elle c o m p r i t que les b e s o i n s el les p e i n e s
de tous les h o m m e s sont, p r é s e n t s au S e i g n e u r , el
q u e c o m b a t t a n t l u i - m ê m e e n n o u s et p o u r n o u s , il
r e m p o r t e u n e g l o r i e u s e v i c t o i r e . Il ajouta : « G o m m e
j e l'ai dit à mes d i s c i p l e s , Dieu le P è r e a d o n n é à
mon H u m a n i t é la p u i s s a n c e d e faire toute ma v o l o n t é ,
au ciel et s u r la terre ; de r e m e t t r e aux h o m m e s
leurs p é c h é s , de faire o b s t a c l e à t o u t ce qui l e u r est
hostile, d'incliner m a D i v i n i t é v e r s eux en p r o p o r -
tion de l e u r s i n d i g e n c e s . » A l o r s l'Ame se p r o s t e r n a
aux p i e d s du S e i g n e u r p o u r l ' a d o r e r et lui rendre»
1
g r â c e s , m a i s il daigna lui a d r e s s e r e n c o r e la parole
et d i t : « Lève-toi, m a r e i n e , ( c a r toutes les â m e s u n i e s
à mon amour seront reines.) » L'âme, continuant à
c o n v e r s e r a v e c le S e i g n e u r , lui dit e n c o r e : « P o u r -
quoi, ô D i e u très a i m a b l e , la p e n s é e de la m o r t ne
me cause-t-elle q u e p e u ou p o i n t d e j o i e , t a n d i s q u e
d ' a u t r e s a t t e n d e n t cette h e u r e avec des t r a n s p o r t s
d'allégresse? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Cela vient d ' u n
effet spécial de m a b o n t é , c a r si tu d é s i r a i s m o u r i r ,
tu a t t i r e r a i s m o n C œ u r divin a v e c tant de d o u c e u r q u e
j e ne p o u r r a i s te le refuser. » E l l e r e p r i t : « P o u r q u o i
d o n c b i e n des h o m m e s , quelquefois m ê m e t r è s par-
faits, o n t - i l s si g r a n d e frayeur de la m o r t ? E t m o i -
m ê m e , qui suis u n e m i s é r a b l e , j e suis saisie d'effroi à
la pensée de m o u r i r . » L e S e i g n e u r r é p l i q u a : « La
crainte d u trépas vient de la n a t u r e , c a r l'âme a i m e Je
c o r p s el frissonne d ' h o r r e u r d e v a n t l ' a m e r t u m e d e la
(
s é p a r a t i o n . Mais loi, q u e c r a i n d r a i s - t u , p u i s q u e tu as
ft 1
1. Voir 2° p a r t i e , c h . xix ; 3 p a r t i e , ch. xxxvn ; 7'* p a r t i e , c h . xi,
e
et le Héraut de l'amour diuin, 5 p a r t i e , c h . i v .
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XX, 89
TION DE I/TÎOMME.
(À collecteelle: «e nIn/irmilalem
^OMME t e n d a i t une fois r é c i t e r a la m e s s e cette
nostram respice, (pnvsnmus,
omnipolens D r u s , etc. : R e g a r d e / , n o u s v o u s en p r i o n s ,
Dieu t o u t - p u i s s a n t , n o t r e infirmité, etc. », elle désira
savoir quel fruit on peut r e t i r e r de ces p a r o l e s : / 7 / 1 -
carnalion, elc. Le Seigneur lui r é p o n d i t : « Ces p a r o l e s
m e iont s o u v e n i r d e s œ u v r e s accomplies p o u r la r é -
d e m p t i o n d e l ' h o m m e . Ce mot. : ITncavnation me r a p -
pelle la c h a r i t é qui m'a fait d e v e n i r « le frère des lions
et le c o m p a g n o n des a u t r u c h e s », ainsi qu'il est écrit
n
1. R é p o n s n 2 à la felo de PAsconsion.
LE LIVRE DE LA. GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXL
CHAPITRE XXH.
E m ê m e j o u r , p e n d a n t la c é l é b r a t i o n de l'office,
I J elle vit le Roi de g l o i r e , le S e i g n e u r J é s u s , sié-
g e a n t d a n s l'église a v e c u n e m u l t i t u d e d ' a n g e s et d e
s a i n t s . D e son C œ u r s ' é c h a p p a i e n t a u t a n t de r a y o n s
qu'il y avait là de s a i n t s , et v e r s c h a c u n d ' e n t r e eux
se dirigeait la p o i n t e d ' u n d e ces r a y o n s . P e n d a n t le
c h a n t d u Vinca facla est(ls. v 1), la vierge du C h r i s t
dit au S e i g n e u r d a n s u n élan d ' a m o u r : « O h ! p l u t
à Dieu q u e m o n c œ u r fût t o u j o u r s u n e vigne choisie
selon v o t r e C œ u r ! — J e p u i s faire tout ce q u e tu
d é s i r e s , » lui r é p o n d i t le S e i g n e u r . E t a u s s i t ô t elle
se vit c l l e m - ê m e au d e d a n s de son p r o p r e c œ u r ,
elle s'y p r o m e n a i t c o m m e d a n s u n e vigne m a g n i f i q u e ,
cpie les anges p r o t é g e a i e n t c o m m e u n m u r d ' e n -
c e i n t e . L a p a r t i e o r i e n t a l e de la v i g n e p r o d u i s a i t u n
vin d o u x et clair q u i signifie le fruit d e s œ u v r e s
offertes à D i e u au t e m p s d e l'enfance. V e r s l ' a q u i l o n ,
le vin était r o u g e et fort, à c a u s e des luttes d e l ' h o m m e
en s o n a d o l e s c e n c e p o u r r é s i s t e r a u x v i c e s , a u x t e n t a -
t i o n s et aux p u i s s a n c e s e n n e m i e s . Au mid'i, le vin
était excellent et c h a u d , en signe des actes d e v e r t u
q u e , d a n s la force d e l'âge, l ' h o m m e a c c o m p l i t p a r
a m o u r . Enfiu, à l ' o c c i d e n t , on t r o u v a i t u n v i n gé-
n é r e u x c o m m e le n e c t a r , p o u r e x p r i m e r les d é s i r s de
l ' h o m m e qui a s p i r e d e t o u t e s ses forces v e r s D i e u et
v e r s le ciel, et p o u r signifier aussi les p e i n e s et les
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XXIÏ. 95
t r i b u l a t i o n s qui ne m a n q u e n t j a m a i s à la vieillesse.
Il lui fut e n s u i t e révèle q u c l ' l i o m m c j u s t e estîa vigne
de D i e u , c a r le Seigneur p r e n d ses délices en celui
q u i , de l'enfance à la mort, vil saintement p o u r lui.
C e p e n d a n t elle avait aussi a p e r ç u au milieu de la
vigne u n e fontaine, a u p r è s de laquelle le Seigneur était
a s s i s . D e son C œ u r s a c r é , c o m m e d u n e s o u r c e , l'eau
coulait r a p i d e v e r s celle fontaine où il semblait la
p u i s e r , p o u r la r é p a n d r e s u r les h o m m e s désireux de
l e u r r é g é n é r a t i o n s p i r i t u e l l e . D a n s la c o n s t r u c t i o n
élevée a u - d e s s u s de la fontaine, on pouvait a d m i r e r
sept é c u s s o n s sculptés r e p r é s e n t a n t les sept d o n s du
S a i n l - E s p r i t , ils sont, en effet, bien r e p r é s e n t é s s o u s
la forme d ' é c u s s o n s ou de b o u c l i e r s , car nul ne peut
s a n s a v o i r v a i l l a m m e n t c o m b a t t u les posséder tou-
jours pleinement.
1 . A la b é n é d i c t i o n des F o n t s d e la vigile do la P e n t e c ô t e ,
VOrdinarium Lugdnncnse, le Pontificale Salisbnrgensc et YOrdo
lomanus d o n n e n t cette l i t a n i e : Rex Ângelornm. On l'appelle q u e l -
quefois Zi/«nia nona Sanctorum, p a r c e q u e les invocations y étaient
répétées j u s q u ' à neuf fois.
% T,F. r.rvïiF ni- I,A WIACK srrôoiAi-rc.
C H A P I T R E XXIII.
— « J e ne sais c o m m e n t m e p r é p a r e r , r é p o n d i t - e l l e ,
c a r si j e dois p a r a î t r e d i g n e m e n t o r n é e , c'est le B i e n -
Aimé de m o n â m e qui devra me p a r e r p o u r l u i - m ê m e
et à son g r é . » A u s s i t ô t le Roi d e gloire se p r é s e n t a s o u s
la forme d ' u n b r i l l a n t fiancé, et la revêtit d ' u n e r o b e
b l a n c h e en d i s a n t : « Reçois la r o b e de m o n i n n o -
c e n c e , j e te la d o n n e p o u r éternelle p a r u r e . » Il lui
p a s s a e n s u i t e u n e r o b e de c o u l e u r r o s e et lui dit ;
« Celle-ci, j e l'ai tissée de m e s souffrances et de tes
d o u l e u r s r é u n i e s . » C e p e n d a n t l ' A m o u r se tenait aussi
devant le S e i g n e u r , s o u s l ' a p p a r e n c e d ' u n e vierge
t r è s belle. L e S e i g n e u r r e g a r d a t e n d r e m e n t la vierge
et lui dit : « T u es ce que je s u i s . » L a m e s'aperçut
a l o r s qu'elle n'avait p o i n t de m a n t e a u , m a i s l ' A m o u r
aussitôt étendit le s i e n , d o n l i l couvrit à la fois D i e u et
l'âme, qui se c r u t d è s l o r s revêtue de l ' A m o u r m ê m e .
Mais l'or du m a n t e a u de l ' A m o u r r e c o u v r a i t des cou-
l e u r s varices et sa d i m e n s i o n était si a m p l e q u e tous les
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXIII. 99
h a b i t a n t s d c T u n i v c r s a u r a i e n t p u s'y a b r i t e r , L ' A m o u r
d i t : « A u t a n t il y a de fils d a n s le (issu de ce m a n t e a u ,
a u t a n t j e d o n n e de c o n s o l a t i o n s à ceux qui v i e n n e n t à
m o i . » L ' â m e p e n d a n t ce t e m p s se f o n d a i t e n son Bien-
A i m é et il lui s e m b l a i t ê t r e devenue u n seu3 esprit
a v e c lui q u a n d il lui dit ; « Maintenant, o r d o n n e ce
q u ' i l te plaira. — O m o n Seigneur, répondit-elle, Je
t o n d e c o m m a n d e m e n t n e m e c o n v i e n t p a s , m a i s si
j ' a v a i s q u e l q u e p u i s s a n c e , je v o u d r a i s réveiller toutes
les c r é a t u r e s , afin de c o n s a c r e r à v o t r e gloire l e u r
force, l e u r science et l e u r b e a u t é . »
C o m m e on c h a n t a i t à l'offertoire : « Tibi affermit
reges munera, les r o i s v o u s offriront l e u r s p r é s e n t s , »
elle dit au S e i g n e u r : « Q u e v o u s offrirai-je, ô le B i e n -
A i m é de m o n c œ u r ? J e n ' a i rien qui p u i s s e v o u s
p l a i r e ! L e s séculiers v o u s d o n n e n t u n e p a r t de l e u r s
b i e n s t e r r e s t r e s ; les r e l i g i e u x s'offrent eux-mêmes
a v e c l e u r entier d é v o u e m e n t . » L e Seigneur lui r é p o n -
dit : « Offre-moi ton c œ u r en cinq m a n i è r e s , et tu
m ' a u r a s fait le c a d e a u le p l u s agréable. D ' a b o r d p r é -
s e n t e - l e - m o i avec u n e fidélité entière, c o m m e les
a r r h e s de nos fiançailles, en d e m a n d a n t q u e l ' a m o u r
d e m o n C œ u r le purifie d e t o u t e faute c o m m i s e p a r
infidélité. S e c o n d e m e n t , p r e n d s ton seul plaisir à m e
le d o n n e r c o m m e u n j o y a u précieux, le d i s p o s a n t à
r e n o n c e r p o u r moi à tous les plaisirs que lu p o u r r a i s
g o û t e r en ce m o n d e . T r o i s i è m e m e n t , offre-le-moi
c o m m e u n e c o u r o n n e c o m p o s é e de l ' h o n n e u r q u e t u
p o u r r a i s o b t e n i r i c i - b a s cl m ê m e d a n s I ^ n t r e vie,
afin q u e seul, j e sois ta g l o i r e et la c o u r o n n e . Offre-
le-moi q u a t r i è m e m e n t c o m m e une coupe d ' o r où j e
m ' a b r e u v e d e ma p r o p r e d o u c e u r , el c i n q u i è m e m e n t
enfin, c o m m e le vase où j e t r o u v e r a i un m e t s exquis,
100 LK LTVRE HE LA ORA0E SPÉCIALE.
c'est-à-dire m o i - m ê m e à p r e n d r e en n o u r r i t u r e . »
A T i e r c e , c o m m e on c n l o n n n i t l c V e m (Jirrt/or, elle vil
le S a i n t - E s p r i t v o l e r d a n s le c h œ u r s o u s la forme d'un
aigle d o n t le coeur projetait a u t a n t de r a y o n s qu'il y
avail là de p e r s o n n e s ; une foule d'anges p r ê t a i t son
m i n i s t è r e à c h a q u e r a y o n . Au m o m e n t de la s a i n t e
c o m m u n i o n , une c o l o m b e p l u s b l a n c h e q u e la neige
loucha de son b e c le c œ u r d e c h a c u n e d e ces p e r -
s o n n e s p o u r en faire jaillir u n e flamme. Mais chez
q u e l q u e s - u n e s la flamme s'éteignit, t a n d i s q u e chez les
a u t r e s , elle m o n t a et d e v i n t u n g r a n d feu.
U n e a u t r e fois, cn ce m ê m e j o u r , le S e i g n e u r J é s u s
lui a p p a r u t au c h œ u r , r e v ê t u d ' u n m a n t e a u d'or, c est-
a-dire de l ' a m o u r . Il s ' a p p r o c h a avec b o n t é des p e r -
s o n n e s p r é s e n t e s et d e son C œ u r p l u s d o u x q u e le
miel» il envoya le S a i n t - E s p r i t à c h a c u n e s o u s la
forme d'une b r i s e légère et e m b a u m é e .
C H A P I T R E XXIV.
1
44. LA TRINITÉ SE R KI A N O SUR L'AME COMME UNE
en o r a i s o n le j o u r de la s a i n t e T r i n i t é , elle
I ^TANT
M a r t y r s , qui l'accueillirent cn d i s a n t : « N o u s to d o n -
n o n s la j o i e q u e s o n a m o u r n o u s a fait t r o u v e r d a n s Je
feu, d a n s te fer el d a n s mille m o r t s d i v e r s e s . » L o r s -
q u ' e l l e lut a r r i v é e aux C o n f e s s e u r s , ils d i r e n t : « E t
n o u s a u s s i , n o u s le d o n n o n s p a r t à toute la j o u i s s a n c e
que nous avons puisée dans l'amour du Christ au
milieu d e s t r a v a u x et d e s a u s t é r i t é s d e n o t r e O r d r e . »
Mais l o r s q u ' e l l e c o m m u n i q u a sa joie aux V i e r g e s , elle
les e n t e n d i t r é p o n d r e : « N o u s , n o u s le gratifions d e
celle allégresse q u e n o u s p o s s é d o n s en D i e u n o t r e
E p o u x , p a r u n e p r é r o g a t i v e s p é c i a l e . » O r il lui
sembla q u e la j o u i s s a n c e de D i e u p r o c u r e aux v i e r g e s
p l u s d e délices e n c o r e q u ' a u x a u t r e s s a i n t s , et q u e
les (lois d e l à D i v i n i t é coulent s u r elles avec u n e s i n -
gulière d o u c e u r , aussi c o m p r i t - e l l e l'exactitude d e
ces p a r o l e s :
L o u e la m a n n e v i r g i n a l e , la m a n n e n o u v e l l e et
royale qui n'est d o n n é e à a u c u n h o m m e , c a r elle n'est
goûtée q u e d e s v i e r g e s . »
E l d a n s le c h œ u r des v i e r g e s , elle a p e r ç u t sa s œ u r ,
de v é n é r é e m é m o i r e , la D a m e a b b e s s e d o n t ilj a été
p a r l é ; elle était p a r é e et o r n é e d e v e r t u s c o m m e u n e
reine. E l l e vit a u s s i u n e a u t r e d e ses s œ u r s . Luit-
g a r d e , m o r t e à la fleur d e l'âge, v i e r g e a i m a b l e à
Dieu et a u x h o m m e s , p e n d a n t sa c o u r t e v i e . E l l e
était r e v ê t u e d ' u n e c y c l a d c b l a n c h e c o m m e la neige
et lamée d ' o r ; elle p r i t sa s œ u r p a r la main p o u r
PREM1ÈRE PARTIE. CHAPITRE XXV, 103
CHAPITRE XXV.
et de r i n s t r u î r e el s p é c i a l e m e n t ces m o t s : Ta foi
fa sauvée, va eu paix ( L u c , v u , 50), q u a n d elle vit
ces l è v r e s p a l e s el closes d a n s l'immutabilité d e la
m o r L elle lut e n c o r e t r a n s p e r c é e p a r l e glaive. E t l o r s -
qu'elle vil m o n C œ u r , qui enflammait le sien d a v a n t a g e
à chacune, de ses r e n c o n t r e s a v e c m o i , q u a n d elle le
vit ouvert p a r la l a n c e , l ' a m o u r lui fil e n c o r e u n e i n s o n -
dable b l e s s u r e . Enfin q u a n d Mie me c o n t e m p l a , m o i ,
sa vie, sa joie el tout son b i e n , s a n s qui elle p e n s a i t ne
p o u v o i r v i v r e , q u a n d elle m e vit morl cl mis au t o m -
beau, s o n aine, s o u s l'effort d e son a m o u r , s e m b l a p o u r
ainsi d i r e s ' a n é a n t i r d a n s cette ineffable d o u l e u r . »
C H A P I T R E XXVI.
N la vigile de la g l o r i e u s e A s s o m p t i o n d e la d o u c e
E 1
V i e r g e M a r i e , la s e r v a n t e du C h r i s t étanl en
o r a i s o n se vit d a n s u n e m a i s o n où la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e , c o u v e r t e de linges t r è s b l a n c s , r e p o s a i t s u r un
petit lit. Celle-ci lui d i l : « C o m m e n t , ô M è r e v i r g i n a l e ,
avez-vous pu souffrir u n e l a n g u e u r q u e l c o n q u e , p u i s -
q u e v o u s étiez é t r a n g è r e , c r o y o n s - n o u s , aux d o u l e u r s
de la m o r t ? » La V i e r g e r é p o n d i t : « P e n d a n t q u e j e
p r i a i s et me r a p p e l a i s les bienfaits de D i e u e n v e r s
moi, j e fus e m b r a s é e d'un ineffable d é s i r de v o i r D i e u
et d ' ê t r e a v e c lui. Celle a r d e u r s é r a p h i q u e s ' a c c r u t h
tel point q u e les forces de m o n c o r p s m ' a b a n d o n -
n è r e n t . J e m ' é t e n d i s s u r u n lit où tous les c h œ u r s des
anges v i n r e n t m ' a s s i s t e r . L e s S é r a p h i n s m ' a p p o r t a i e n t
l ' a m o u r , a l l u m a n t de p l u s en p l u s en moi ce feu divin.
L e s C h é r u b i n s m e d o n n a i e n t la l u m i è r e d e la science,
en s o r t e q u e m o n a m c v o y a i t à l'avance les g r a n d e s
merveilles q u e le S e i g n e u r , m o n F i l s et m o n E p o u x ,
allait a c c o m p l i r p o u r m o i . A l o r s je dis ma p r i è r e : Q u e
l'esprit des t é n è b r e s ne v i e n n e p a s a u - d e v a n t de moi,
d e p e u r q u e sa p r é s e n c e n ' o b s c u r c i s s e t a n t soit peu la
céleste l u m i è r e . Les T r ô n e s c o n s e r v a i e n t e n m o i , d a n s
un calme parfait, ^ r e p o s d a n s lequel j e j o u i s s a i s de
D i e u . L e s D o m i n a t i o n s m ' a s s i s t a i e n t avec le r e s p e c t
q u e les p r i n c e s o b s e r v e n t à l'égard de la r e i n e cl d e l à
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE X X V Ï . ï07
m è r e de l e u r r o i . L e s P r i n c i p a u t é s empochaient par
l e u r p r é s e n c e q u ' a u c u n de ceux qui m ' a p p r o c h a i e n t
«e put rien dire ou faire p o u r t r o u b l e r la q u i é t u d e de
m o n â m e . Les P u i s s a n c e s c o n t e n a i e n t les t r o u p e s des
d é m o n s à <inc d i s t a n c e q u ' e l l e s n'osaient f r a n c h i r . L e s
V e r t u s , o r n é e s el parées de l e u r s d o n s cn m o n h o n -
n e u r , faisaient b o n n e g a r d e a u t o u r de moi. L e s A n g e s
e l l e s A r c h a n g e s , p a r l e u r a t t i t u d e , enseignaient aux
p e r s o n n e s p r é s e n t e s à me s e r v i r avec r é v é r e n c e et
dévotion. »
Elle vit e n c o r e en esprit c o m m e n t les anges formaient
un r e m p a r t a u t o u r de la V i e r g e glorieuse et c o m m e n t
les s é r a p h i n s se p r o m e n a i e n t c o m m e sous le souille du
z é p h y r d a n s le souffle b r i d a n t de la Vierge M a r i e .
Mais q u a n d elle a p e r ç u t p r è s de la b i e n h e u r e u s e
Vierge s a i n t J e a n l ' E v a n g é l i s l e , elle lui dit : « P a r
celte offrande q u e v o u s avez faite à Dieu cn c o n s e n -
tant, p o u r son a m o u r , à v o u s s é p a r e r de sa M è r e ,
o b t e n e z - m o i , j e v o u s p r i e , d e r e n o n c e r à tout ce qui
m'est c h e r p o u r l ' a m o u r du Christ, afin de p o u v o i r
Faimer, l u i , de tout mon c œ u r . » E t J e a n lui r é p o n d i t :
v J ai t r o u v é tant de c o n s o l a t i o n s d a n s les p a r o l e s de
1
la D a m e ma tante qu'il n'en est pas u n e dont m o n
c œ u r n'ait r e s s e n t i une joie p a r t i c u l i è r e . »
1. Voir p l u s h a u t , r h . v i . Du r e s t e , c e litre n e p e u t s u r p r e n d r e ,
p u i s q u e s a i n t J e a n , iih fie Z é b é t l é e , ctail p a r sa m è r e p r o c h e
108 L E LIVRE T)E LA G R A C E SPÉCIALE.
la p é n é t r a tellement q u e , remplie de la p l é n i t u d e d e
D i e u , ce q u ' e l l e semblait faire était plutôt l ' œ u v r e de
Dieu q u e la s i e n n e . Ainsi il voyait p a r ses y e u x , enten-
dait p a r ses oreilles et célébrait p a r la b o u c h e de
M a r i e , p o u r se glorifier l u i - m ê m e , l e s louanges les plus
d o u c e s et les p l u s parfaites ; il prenait enfin sa joie et
ses délices d a n s le c œ u r d e la Vierge, c o m m e d a n s le
sien.
La Heine d e gloire était d o n c à la droite de sou
F i l s , p o r t a n t s u r ses v ê t e m e n t s des m i r o i r s bril-
lants où se reflétaient, p a r un mode merveilleux,
les m é r i t e s des s a i n t s . A u s s i venaient ils t o u s , en
g r a n d e j o i e , d e v a n t le t r ô n e , c o n t e m p l e r c h a c u n leurs
m é r i t e s , p o u r faire éclater e n s u i t e de n o u v e a u x con-
c e r t s de l o u a n g e s . L e s p a t r i a r c h e s et les p r o p h è t e s ,
c o n s i d é r a n t l e u r s d é s i r s , l e u r s n o b l e s v e r t u s , la
familiarité d a n s lequelle ils avaient c o n v e r s é avec
Dieu s u r la t e r r e , r e c o n n u r e n t la s u p é r i o r i t é de la
b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e s u r tous ces p o i n t s ; c a r il
a p p a r a i s s a i t qu'elle avait p o s s é d é des v e r t u s plus
h a u t e s , des d é s i r s p l u s a r d e n t s , et aussi une familia-
rité p l u s i n t i m e a v e c son D i e u . Aussi tous les o r d r e s
des s a i n t s , s ' a p p r o c h a n t à l e u r tour et c o n s i d é r a n t
l e u r s m é r i t e s en la b i e n h e u r e u s e Vierge, a d m i r a i e n t
avec a l l é g r e s s e de c o m b i e n elle les avait s u r p a s s é s . E n
effet, il fui c o n s t a t é q u e , p a r m i les A p ô t r e s , nul n'était
•resté p l u s f ï d c l c m c n t a t l a c h c au Christ el n'avait mieux
c o n s e r v é ses p a r o l e s . E n t r e les M a r t y r s , cita p a r a i s s a i t
la plus forte et la p l u s c o n s t a n t e ; parmi les Confes-
s e u r s , la p l u s éclairée et la plus capable d'illuminer
p a r ses p a r o l e s et ses exemples ; parmi les V i e r g e s ,
elle était non s e u l e m e n t la p l u s chaste et la p l u s s a i n t e ,
mais la p r e m i è r e des v i e r g e s et des parfaites reli-
110 T/TVHK m LA (WtACE SPÉCIAL*,.
a s u r la ferre ni m i s é r a b l e , n i m é c r é a n t à qui j e n e
p u i s s e a c c o r d e r d e m a p l é n i t u d e , p o u r v u q u ' i l la
désire, »
Mais celle-ci fil a l o r s u n e q u e s t i o n â la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e : « Ma D a i n e , qu'est-ce q u e la b o u c h e de l ' â m e ?
— La b o u c h e de l'âme, r é p o n d i t - e l l e , c'est u n d é s i r
s e m b l a b l e à u n e o u v e r t u r e b é a n t e . Dieu i n s p i r e s a n s
cesse ce d é s i r cl il le c o m b l e en m ô m e t e m p s s e l o n
l é t c n d u e d e la s o i t et de la d é l e c t a t i o n q u ' y t r o u v e
l'âme. »
L a Vierge b é n i e c o n t i n u a : « Q u ' e l l e me s a l u e en
q u a t r i è m e lieu, d a n s la j o i e q u ' é p r o u v a mon â m e
l o r s q u ' e l l e Fut e m b r a s é e des feux du divin a m o u r , et
liquéfiée p a r la d o u c e u r du C œ u r divin. Ce fui a l o r s
q u e Dieu r é p a n d î t en moi la p l é n i t u d e d e son a m o u r ,
p o u r q u e j ' e n jouisse a u t a n t q u ' i l est possible à u n e
c r é a t u r e ; tous les s a i n t s p u i s è r e n t a l o r s d a n s m e s
a r d e u r s un n o u v e a u mode de ferveur e! d ' a m o u r .
Enfin, q u ' e l l e m e s a l u e d a n s la j o i e q u e j ' a i r e s s e n t i e
l o r s q u e la s p l e n d e u r d e la D i v i n i t é p é n é t r a t o u t m o n
c o r p s de sa l u m i n e u s e c l a r t é , de sorte q u e le ciel
reçut de ma gloire u n e l u m i è r e nouvelle, et la j o i e
des s a i n t s des a c c r o i s s e m e n t s n o u v e a u x .
CHAPITRE XXVÏ1.
PAR LE SEKTNKUR-
u t e m p s où les c h a n o i n e s , p e n d a n t la v a c a n c e du
A siège é p i s c o p a l , molestaient la congrégation au
114 Ï.E MVHK DR LA GRACE SPÉCIALK.
CHAPITRE XXVIÏI.
la p o u r p r e de m o n s a n g e l c o m m e d o r é e p a r les l e v o n s
de mon a r d e n l a m o u r . D e celle r o b e j e r e v ê t s tous n u s
s a i n t s , c a r m o n i n n o c e n c e , l'éclat d e mes v e r t u s et
l ' a m o u r de ma P a s s i o n , voilà c e qui les a c o n d u i t s a u
faîte de la g l o i r e . »
L ' A m o u r , s o u s forme d u n e v i e r g e 1res belle, se
tenait d e b o u t à la d r o i t e de s a i n t B e r n a r d ; p a r t o u t où
il allait, celle vierge était sa c o m p a g n e , en signe d e
ce qu'il a m é r i t é d ' ê t r e e m b r a s é de l ' a m o u r d i v i n , et
d ' a l l u m e r en tant de c œ u r s ecl a m o u r p a r ses p a r o l e s
et ses é c r i t s . Enfin le ciel t o u t e n t i e r s e m b l a i t o r n é
de p e r l e s p r é c i e u s e s p a r ses d i s c o u r s .
CHAPITRE XXIX.
v e u l e n t m e r e s t e r a t t a c h é e s , j e ne les a b a n d o n n e r a i
jamais. »
CHAPITRE XXX.
ÊTJiE ASSOCIÉS.
la fêle de s a i n t M i c h e l , la s e r v a n t e d u C h r i s t ,
A VANT
CHAPITRE XXXI.
« D o n c , dil le S e i g n e u r , je r é p o n d r a i c o m p l è t e m e n t d e
tout d e v a n t Dieu le P è r e . C e p e n d a n t d e m a n d e a u s s i
au:: d i v e r s c h œ u r s des saints d'offrir p o u r toi l e u r s
m é r i t e ; ; : a u x P a t r i a r c h e s et a u x P r o p h è t e s , l e u r d é s i r
de l ' I n c a r n a t i o n ; a u x A p ô t r e s , l e u r fidélité à p e r s é -
vérer avec moi d a n s m e s t r i b u l a t i o n s , l e u r s c o u r s e s
à t r a v e r s le m o n d e p o u r p r ê c h e r la foi et me con-
q u é r i r un peuple l i d è l e ; a u x M a r t y r s , la p a t i e n c e
avec laquelle ils ont versé leur s a n g p o u r m o n a m o u r ;
aux C o n f e s s e u r s , la sainteté h é r o ï q u e p a r l a q u e l l e ils
ont m o n t r é , p a r l e u r s p a r o l e s cl l e u r s a c t i o n s , la voie
de la vie ; aux s a i n t e s V i e r g e s , la c h a s t e t é el l'inté-
grité qui l e u r a m é r i t é d ' ê t r e p l u s p r o c h e s de m o i . »
P e n d a n t les M a t i n e s , elle vit le Roi de g l o i r e a s s i s
s u r u n t r ô n e de cristal t r a n s l u c i d e o r n é de c o r a u x
r o u g e s . A sa d r o i t e était la R e i n e du ciel, a s s i s e s u r
un t r ô n e de s a p h i r d é c o r é d e perles b l a n c h e s . EUe
r e c o n n u t d a n s le cristal du t r ô n e royal l ' i n e s t i m a -
ble p u r e t é de la D i v i n i t é ; d a n s les c o r a u x , le s a n g
v e r m e i l de l ' H u m a n i t é du V e r b e ; le s a p h i r d é s i -
gnait ce ciel qui est le c œ u r de la M è r e de D i e u ,
o r n é des p e r l e s fines de sa v i r g i n a l e p u r e t é .
C o m m e on c h a n t a i t le v e r s e t du d e u x i è m e r é p o n s :
« P r i e z p o u r le p e u p l e : ora propopulo » *, e t c . , la M è r e
de g l o i r e , se levant de s o n t r ô n e , fléchit les g e n o u x ci
sembla p r i e r le Roi son F i l s p o u r la c o n g r é g a t i o n .
T o u s les c h œ u r s des s a i n t s p r i r e n t la m ô m e altitude
à m e s u r e que l'office les m e n t i o n n a i t . Enfin, p e n d a n t
la h u i t i è m e leçon, la g l o r i e u s e Vierge se leva de
nouveau avec la t r o u p e i n n o m b r a b l e des v i e r g e s , et
1. Antienne : D a n s la cilc d u S e i g n e u r , là r é s o n n e n t à j a m a i s
1ns i n s t r u m e n t s dos s a i n t s ; Jà est le vimuimoine cl le b a u m e , Je
p a r f u m le p l u s s u a v e est l e u r c h a n t ; là les anges et les a r c h a n g e s
c h a u l e n t u n h y m n e à Dieu, a l l é l u i a , alléluia.
128 Wï UVKfc; 1>K IJA GKACG SPÉCÏALK.
1. P a r o l e s d e l à liturgie à r i n v i l n l o i r c de la fVlu.
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXI. 131
l'homme ne peut v i v r e ; de m ê m e a u c u n e c r é a t u r e ne
vil sans D i e u . A u t o u r de la fontaine cl r e p o s a n t s u r
le bassin m ê m e , se d r e s s a i e n t sept c o l o n n e s o r n é e s de
c h a p i t e a u x cn s a p h i r . P a r ces c o l o n n e s , a u t a n t de
jets versaient l e u r s eaux t r a n q u i l l e s s u r les s a i n t s , s u r
les a n g e s , s u r les p r o p h è t e s , les a p ô t r e s , les m a r t y r s ,
les confesseurs, les vierges ; le s e p t i è m e et d e r n i e r se
r é p a n d a i t s u r tous les a u t r e s s a i n t s . A l o r s r a s s a s i é s
du bien s u p r ê m e , les b i e n h e u r e u x exhalaient les u n s
p o u r les a u t r e s un parfum délicieux, q u e t o u s r e s p i -
raient, d a n s u n e m u t u e l l e et s a i n t e avidité : ceci d o n -
nait à e n t e n d r e q u e les saints se c o m m u n i q u e n t e n t r e
eux, p a r un m o u v e m e n t d ' i n é p u i s a b l e bienveillance,
leur j o i e et tous les biens qu'ils p o s s è d e n t en Dieu.
CHAPITRE XXXII.
N la le le de sainte C a t h e r i n e , privilégiée e n t r e
E toutes les v i e r g e s , la sainte lui a p p a r u t e n v e l o p p é e
dans un v ê l e m e n t c o u v e r t de r o u e s en or, e t r e t e n u
vers le h a u t p a r d e u x m a i n s é g a l e m e n t cn o r qui rejoi-
gnaient les deux p a n s de ce m a n t e a u . — Ces mains
signifiaient l ' h e u r e u s e et indivisible u n i o n d e Dieu et
de r a m e . — La s e r v a n t e du Christ se mit à s a l u e r r é v é -
1
r e n o u e n t C a t h e r i n e p a r l ' a n t i e n n e «. Ave speciosa :
CHAPITRE XXXIII.
N s a m e d i , p e n d a n t le c h a n t d e la s é q u e n c e Mane
U prima sabbali, à celle s t r o p h e : « Ut fans , e t c . : [
C H A P I T R E XXXIV.
COMMENT L O I E K D I E U D A N S S E S S A I N T S .
« E n la fêle de c h a q u e saint, tu p e u x d o n c me l o u e r
d ' a b o r d p o u r les avoir c h o i s i s d e toute é t e r n i t é . Cette
élection est ..nfirmée en eux d e telle s o r t e q u ' u n e fois
élus p o u r la b é a t i t u d e é t e r n e l l e , m ê m e s'ils t o m b e n t
en de g r a n d s p é c h é s , je ne vois plus en e u * q u e la
gloire à l a q u e l l e ils p a r v i e n d r o n t . T u p e u x m a l o u e r
ensuite p o u r l'appel au r o y a u m e de la gloire q u e
j e l e u r a d r e s s e en véritable a m i . Q u i d o n c oserait
j a m a i s s ' a p p r o c h e r de m a d i v i n e majesté si j e ne
l'appelais et l'attirais v e r s m o i 1 T u p e u x me l o u e r
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXJV. 137
CHAPITRE XXXV.
N la lelc d e la D é d i c a c e , p e n d a n t la m e s s e , au
E c h a n t du v e r s e t : « Deus cui adslant
1
angehrum
chori : Dieu d e v a n t qui se tiennent les c h œ u r s
des anges », elle vil en esprit la céleste J é r u s a l e m et
le Irône de Dieu qui y est é t a b l i . Ce trône est de telle
d i m e n s i o n qu'il s'étend des h a u t e u r s du ciel j u s q u ' a u x
p r o f o n d e u r s de l'enfer ; a u - d e s s o u s se t r o u v e un
levier p u i s s a n t qui écrase Ions les d a m n é s . Elle
c o m p r i t q u e ce levier désigne la j u s t i c e de Dieu, qui a
si justement s é p a r é de lui les i m p i e s . Celte cité est
c o n s t r u i t e d e p i e r r e s p r é c i e u s e s el vivantes, qui s o n t
les s a i n t s , cl c h a q u e saint a p p a r a î t d a n s le;. Miurs, avec
tous ses m é r i t e s , c o m m e on v e r r a i t u n e image d a n s u n
clair m i r o i r . L e s anges son! r a n g é s devant le t r o n c ,
selon leur o r d r e et leur dignité. C e p e n d a n t c o m m e
cette â m e d é s i r a i t a r r i v e r j u s q u ' à son B i e n - A i m é , les
Anges la p r i r e n t a v e c u n e a d m i r a b l e c o n d e s c e n d a n c e
au milieu d'eux, et la firent m o n t e r j u s q u ' a u x A r -
I . Verset d u r é p o n s - g r a d u e l -
PHEMIÈKË PAUTIE. CHAPITRE XXXV. 139
PETIT T I U I T É
CHAPITRE XXXVI.
1. D E LA P { E N I I E U H E U S E V I E R G E MARIE ET D E S E S SEPT
SUIVANTES.
CHAPITRE XXXVII.
N s a m e d i , en c h a n t a n t la m e s s e Suive sancta
U Parens, elle salua la b i e n h e u r e u s e V i e r g e et la pria
de lui o b t e n i r u n e v r a i e s a i n t e t é . L a g l o r i e u s e V i e r g e
r é p o n d i t : « Si tu d é s i r e s u n e v r a i e s a i n t e t é , t i e n s - t o i
près de m o n F i l s -, il est la s a i n t e t é m ê m e , sanctifiant
t o u t e s c h o s e s . » P e n d a n t q u ' e l l e se d e m a n d a i t c o m -
m e n t elle p o u r r a i t faire cela, la d o u c e V i e r g e lui dit
e n c o r e : « A p p l i q u e - t o i à sa très s a i n t e e n f a n c e ,
d e m a n d a n t q u e , p a r son i n n o c e n c e , les fautes et les
négligences de t o n enfance s o i e n t r é p a r é e s . A p p l i q u e -
loi à sa fervente a d o l e s c e n c e , é p a n o u i e d a n s u n
a m o u r b r û l a n t , qui eut seul le privilège d e d o n n e r
u n e m a t i è r e suffisante à l ' a m o u r de D i e u . U n i s - t o i à
ses divines v e r t u s , q u i p o u r r o n t e n n o b l i r el élever les
tiennes. S e c o n d e m e n t , tiens-loi e n c o r e p r è s de m o n
F i l s cn dirigeant vers lui l e s p e n s é e s , tes p a r o l e s el tes
a c t i o n s , a f i n qu'il efface t o u t ce qui s'y t r o u v e d ' i m p a r -
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXVII. 145
CHAPITRE XXXVIII.
3. DES C O U R O N N E S D E LA B I E N H E U R E U S E V I E R G E MARIE.
CHAPITRE XXXIX.
C H A P I T R E XL,
CHAPITRE XLÏ.
N E fois, p e n d a n t u n e a p p a r i t i o n de ln b i e n h e u r e u s e
U Vierge, celle-ci la pria de lui a p p r e n d r e c o m m e n t
elle p o u r r a i t l ' h o n o r e r ce j o u r - l à . La b i e n h e u r e u s e
Vierge M a r i e lit cette r é p o n s e : « 1° R a p p e l l e - m o i la
j o i e qui m e fut d o n n é e l o r s q u e le F i l s de D i e u , sortant,
du sein de son P è r e , v i n t c o m m e un époux d a n s m o n
sein, et s'élança c o m m e un g é a n t p o u r c o u r i r sa voie.
« 2° R a p p e l l e - m o i la joie q u e j ' é p r o u v a i l o r s q u ' a u
s o r t i r de m o n sein v i r g i n a l , il m e devint u n F i l s de d o u -
c e u r et d'allégresse. L e s a u t r e s fils a p p o r t e n t à l e u r
m è r e d o u l e u r et t r i s t e s s e ; m a i s le F i l s de Dieu, qui
esl la d o u c e u r m ê m e , n e m'a a p p o r t é , à m o i , sa M è r e ,
q u e la joie et la s u a v i t é .
« 3° Rappelle-moi m a j o i e à l'offrande des Mages
q u a n d il d e v i n t p o u r m o i u n fils d ' h o n n e u r ; c a r ,
d e p u i s les siècles, a u c u n e m è r e n'avait été h o n o r é e de
p a r e i l s d o n s à la n a i s s a n c e de son fils.
« 4° R a p p e l l e - m o i m a j o i e l o r s q u e j'offris m o n F i l s
au l e m p l c . L à , il fui p o u r moi un F i l s de p u r e t é et de
sainteté. L e s a u t r e s m è r e s v e n a i e n t a u t e m p l e p o u r
être purifiées ; m a i s moi qui n ' a v a i s p a s b e s o i n de
purification, j ' y ai reçu u n a c c r o i s s e m e n t d e s a i n t e t é .
« 5° R a p p e l l e - m o i q u ' e n sa P a s s i o n il a élé p o u r
moi un F i l s de t r i s t e s s e , de d o u l e u r el de r é d e m p t i o n .
« <>" Qu'en sa R é s u r r e c t i o n , il me fut u n F i l s de joie
el d'allégresse.
PREMIÈRE PARTIE, CHAPITRE XUI. 151
CHAPITRE XLII.
C H A P I T R E XLIII.
N j o u r , p e n d a n t son o r a i s o n , a p r è s M a t i n e s , il lui
U v i n t u n doute : avait-elle récité la veille les Corn-
plies de N o t r e - D a m e ? T o u t e c o n t r i s t ë e , elle se mit à
confesser au Seigneur sa négligence et à a c q u i t t e r
cet oiïic.;.. E n s u i t e elle récita cinq Ave Maria qu'elle
avait c o u t u m e de d i r e a v a n t de c o m m u n i e r » — N o u s
é c r i v o n s ceci p o u r l'instruction d ' a u t r u i .
P a r le p r e m i e r Ave Maria elle r a p p e l a i t à N o t r e -
y
D a m e le m o m e n t solennel où elle c o n ç u t , d a n s sa v i r -
ginale pureté, c o m m e Fange l'avait a n n o n c é , son Eils,
a t t i r é de ses d e m e u r e s r o y a l e s j u s q u e d a n s l'abîme de
PRRMIKRK PARTIR CHAPITRE X U H , 15?»
CHAPITRE XLïV.
7. F I D E L I T E DIS L A G L O R I E U S E V J E R O E MARTE.
CHAPITRE XLV.
Les P r i n c i p a u t é s tenaient un s c e p t r e s u r m o n t é
d'un fleuron. Cela lui fit c o m p r e n d r e q u ' e l l e d e v a i t ,
a v e c ce c h œ u r a n g é l i q u e . exalter la g l o r i e u s e Vierge
d ' a v o i r g a r d é s a n s a l t é r a t i o n cn s o n â m e l'image de
D i e u , qu'elle n o u s r e p r é s e n t e p l u s d i g n e m e n t q u e
personne.
Les P u i s s a n c e s étaient a r m é e s de g l a i v e s . Ainsi est
signifiée la s o u v e r a i n e p u i s s a n c e q u e D i e u a d o n n é e à
la Vierge, au ciel et s u r la t e r r e . Celle p u i s s a n c e
s'exerce s u r toute c r é a t u r e et cn p a r t i c u l i e r s u r les
d é m o n s ; ils t r e m b l e n t tellement en sa p r é s e n c e , q u ' i l s
ne peuvent m ê m e e n t e n d r e s o n n o m .
L e s V e r t u s p o r t a i e n t des c o u p e s d'or où le S e i g n e u r
allait, d a n s la joie, s ' a b r e u v e r de l u i - m ê m e . E l l e com-
p r i t p a r là q u e les V e r t u s p r é p a r e n t les h o m m e s aux
effusions de la D i v i n i t é , qui peut a l o r s se v e r s e r d a n s
les â m e s et y o p é r e r p a r sa g r â c e . Celle-ci devait, avec
ces b i e n h e u r e u x E s p r i t s , s a l u e r la g l o r i e u s e V i e r g e ,
pleine de g r â c e et d e v e r t u p l u s q u e t o u t e c r é a t u r e .
L e s A r c h a n g e s p r é s e n t a i e n t u n voile magnifique
d o n t ils r e c o u v r i r e n t e n s e m b l e le S e i g n e u r et sa M è r e .
Cela figurait l'étroite i n t i m i t é qui peut exister e n t r e
Dieu et u n e â m e , i n t i m i t é d o n t la t r è s s a i n t e Vierge fut
favorisée s u r la t e r r e plus q u e toute a u t r e .
L e s A n g e s faisaient l e u r service a u t o u r d u R o i , et
celle-ci c o m p r i t qu'elle devait avec eux b é n i r et louer
la Mère de D i e u , d e ce qu'elle avait i c i - b a s servi son
divin F i l s , c o m m e la p l u s fidèle et d é v o u é e s e r v a n t e .
A p r è s tous les c h œ u r s a n g c l i q u e s , v i n r e n t les
p a t r i a r c h e s et les p r o p h è t e s , p o r t a n t des é c r i n s d'or
soigneusement fermés, ce qui désignait les obscurités
cachées dans leurs p r o p h é t i e s ; mais ces oracles ont
été accomplis p a r le Christ el p a r la V i e r g e , el
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XLVI. 157
CHAPITRE XLVI.
C H A P I T R E XLVII.
EIN DE LA VIE.
d a i g n e r l'assister d e sa p r é s e n c e à sa d e r n i è r e
h e u r e , la sainte Vierge r é p o n d i t : « J e te le p r o m e t s ;
3
niais, lo5, récite c h a q u e j o u r trois Ave Maria . P a r le
p r e m i e r , tu t ' a d r e s s e r a s à D i e u le F é r e , q u i , d a n s sa
s o u v e r a i n e p u i s s a n c e , a exalté mon âme au point de me
C H A P I T R E I.
N s a m e d i , c o m m e on faisait m é m o i r e d e l à Vierge,
U M è r e de D i e u , cette s e r v a n t e du Christ avait le
désir de c é l é b r e r ses l o u a n g e s , mais n'en trouvait
a u c u n e qui fût d i g n e d'elle. Se p r o s t e r n a n t a l o r s , p a r
le m o d e q u i lui était h a b i t u e l , aux pieds de J é s u s , elle
a p e r ç u t u n s a p h i r , s u r le p i e d droit du S e i g n e u r , un
g r e n a t s u r son pied g a u c h e . E l l e s'en étonnait, q u a n d
il lui dit : « D e m ê m e q u e le s a p h i r p o s s è d e la vertu
d e c h a s s e r les h u m e u r s malignes, ainsi mes plaies
c h a s s e n t de l'âme tout v e n i n , en la purifiant de ses
s o u i l l u r e s . D e m ê m e q u e le grenal réjouit le c œ u r
de l ' h o m m e , ainsi mes plaies, après le pardon du
p é c h é , font t r o u v e r en m o i la joie v é r i t a b l e . » A l o r s ,
d a n s un r a v i s s e m e n t q u i l'emporta a u - d e s s u s d'elle-
m ê m e , elle vit le Roi de gloire. A sa droite était son
impériale Mère ; e l l e - m ê m e se tenait à sa g a u c h e ; et,
inclinant la tête s u r le sein de J é s u s - C h r i s t , elle prêta
162 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.
l'oreille p o u r e n t e n d r e les v i g o u r e u x cl r é g u l i e r s
b a t t e m e n t s de son C œ u r . M a i s les p u l s a t i o n s d e ce
C œ u r divin r é s o n n a i e n t c o m m e u n e invitation a d r e s s é e
â l'âme en ces t e r m e s : « V i e n s te r e p e n t i r , v i e n s te
r é c o n c i l i e r , v i e n s te c o n s o l e r , v i e n s le faire b é n i r .
V i e n s , m o n a m i e , r e c e v o i r t o u t ce q u e l'ami p e u t
d o n n e r à cclu; qu'il aime. V i e n s , ma s œ u r , p o s s é d e r
l'éternel h é r i t a g e q u e je t'ai a c q u i s p a r m o n s a n g .
V i e n s , m o n é p o u s e , j o u i r de ma D i v i n i t é . » C e p e n d a n t
la Vierge M a r i e p o r t a i l un m a n t e a u c o u l e u r de safran,
b r o c h é de r o s e s r o u g e s , d a n s lesquelles étaient b r o -
dées de petites r o s e s d'or. La c o u l e u r j a u n e d é s i g n a i t
l'humilité qui la fil obéir à toute c r é a t u r e ; les r o s e s
r o u g e s , la p a t i e n c e qui la g a r d a i t toujours d o u c e et
paisible ; les r o s e s d'or, l ' a m o u r qui d o n n a i t l ' a m o u r
de Dieu p o u r u n i q u e m o b i l e â ses a c t i o n s .
Sa r o b e v e r t e , b r o d é e a u s s i d e r o s e s d'or, r a p p e l a i t
la p e r p é t u e l l e floraison de ses b o n n e s œ u v r e s et de
ses saintes v e r t u s . Sa t u n i q u e , d'un or p u r et b r i l l a n t ,
signifiait l ' a m o u r , c a r la t u n i q u e l o u c h e au c o r p s ,
ainsi l ' a m o u r t i e n t au c œ u r .
A l o r s cette b i e n h e u r e u s e se mit à s a l u e r l'illustre
Vierge M a r i e p a r le C œ u r d e son F i l s b i e n - a i m é ;
elle lui r e n d a i t a i n s i , p a r son F i l s , des salutations p l u s
parfaites q u e celles de toute â m e v i v a n t e . E n s u i t e elle
offrit ses l o u a n g e s au S e i g n e u r , voulant à lui seul
dédier ses c h a n t s , cl ne j a m a i s d i s t r a i r e son attention
de lui au t e m p s de la louange divine. Lv S e i g n e u r
lui dit : i< P o u r q u o i , à ton a v i s , faites-vous l'inclina-
tion a p r è s a v o i r i m p o s é u n e a n t i e n n e ? N'est-ce p a s
p o u r vous i n c l i n e r s o u s l'effusion de la grâce q u e
Dieu verse d a n s v o s â m e s , el témoigner ainsi v o t r e
louange el v o i r e r e c o n n a i s s a n c e ? » Et elle vil s o r t i r
DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE u. 163
CHAPITRE II.
N d i m a n c h e , p e n d a n t le c h a n t de YAspcrges, elle
U dit au S e i g n e u r ; « M o n Seigneur, de quoi v o u s
s e r v i r e z - v o u s m a i n t e n a n t p o u r laver et purifier m o n
c œ u r ? » A u s s i t ô t le S e i g n e u r , s'inclinanl p a r un
indicible a m o u r , c o m m e une m è r e vers son fils, vint
a u - d e v a n t d'elle el la saisit e n t r e ses b r a s en disant :
« C'est d a n s l ' a m o u r de m o n C œ u r divin q u e je te
l a v e r a i ! » Il o u v r i t a l o r s la p o r t e de ce C œ u r , trésor
où s o n t enfermées les d o u c e u r s infinies de la Divinité.
E l l e y e n t r a c o m m e d a n s u n e vigne. Elle y vil un
1
fleuve d'eau vive q u i coulait d e l'orient à l ' o c c i d e n t ;
el s u r les b o r d s d u fleuve, d o u z e a r b r e s p o r t a n t
d o u z e fruits, qui s o n t les vcrLus é n u m é r é e s p a r saint
P a u l d a n s son E p î l r c , c'esl-à-dirc : la c h a r i t é , ta paix,
la j o i e , etc. (Gai. v, 22). Ce c o u r s d'eau avait nom :
fleuve c?e l ' a m o u r . L'àrnc y e n t r a , et fut lavée d e
l o u l e s ses t a c h e s . Ce fleuve c o n t e n a i t u n e m u l t i t u d e
d e p o i s s o n s a u x écailles d ' o r . Ils signifiaient les â m e s
a i m a n t e s q u i , s é p a r é e s d e t o u t plaisir t e r r e s t r e , se
s o n t p l o n g é e s d a n s la s o u r c e d e t o u s les b i e n s , c'est-
à-dire en J é s u s .
Il y avait aussi d a n s cette vigne u n e p l a n t a t i o n d e
p a l m i e r s d o n t les u n s é t a i e n t parfaitement d r o i t s , les
a u t r e s p e n c h é s vers la t e r r e . L e s p a l m i e r s élancés s o n t
ceux-là qui ont m é p r i s é le m o n d e , avec sa fleur, p o u r
é l e v e r l e u r s peusec:, v e r s les c h o s e s célestes ; les p a l -
m i e r s inclinés sont, au c o n t r a i r e , les m a l h e u r e u x q u i
gisent c o u c h é s d a n s la p o u s s i è r e de leurs p é c h é s . Le
S e i g n e u r , s o u s la figure d ' u n j a r d i n i e r , b ê c h a i t la
terre- Celle-ci lui dit : « O S e i g n e u r , quelle csL v o t r e
b ê c h e ? —- Ma c r a i n t e , » r é p o n d i t le S e i g n e u r . E n
c e r t a i n s e n d r o i t s la t e r r e était d u r e , m e u b l e cn
d ' a u t r e s . L a t e r r e d u r e signifiait les c œ u r s e n d u r c i s
d a n s le p é c h é , que ni avis ni r e p r o c h e s ne p e u v e n t
c o r r i g e r ; la t e r r e m e u b l e d é s i g n a i t les c œ u r s q u i se
sont a t t e n d r i s p a r les l a r m e s et la c o n t r i t i o n s i n c è r e .
L e S e i g n e u r dit : « Ma v i g n e , c'est l'Eglise c a t h o -
l i q u e . P e n d a n t trente-trois a n s j e lui ai d o n n é m o n
travail et mes s u e u r s . V i e n s t r a v a i l l e r avec m o i d a n s
cette vigne. — E t c o m m e n t ? — E n l ' a r r o s a n t , » r e p r i t
le S e i g n e u r . Aus^ îlot l'a me se p r é c i p i t a v e r s le
fleuve, el y puisa un vase d'eau qu'elle mit s u r son
épaule ; accablée par la c h a r g e , elle fut aidée p a r le
Seigneur lui-même, et aussitôt le fardeau lui devint
léger. El le Seigneur dît : « Ainsi l o r s q u e j e d o n n e
ma grâce aux h o m m e s , tout ce qu'ils font ou s u p p o r -
tent p o u r moi leur paraît d o u x et l é g e r ; m a i s q u a n d
je s o u s t r a i s ma g r â c e , tout leur semble p e s a n t . »
A u t o u r des p a l m i e r s , elle vil aussi une m u l t i t u d e
DEUXIÈME PARTIE CHAPITRE II. 165
C H A P I T R E ÏII.
CHAPITRE IV.
C H A P I T R E V.
CHAPITRE VI.
CHAPITRE VII.
D E S C O U R S E S ET D E S T R A V A U X D U S E I G N E U R .
C H A P I T R E VLLÏ.
» t. OU RAISEU OU SEIGNEUR.
CHAPITRE IX.
NE a u t r e fois, le S e i g n e u r J é s u s se m o n t r a à elle
U c o m m e un enfant de c i n q a n s . E l l e lui dit :
« Mon Seigneur, p o u r q u o i a p p a r a i s s e z - v o u s à cet
âge ? » L'enfant r é p o n d i t : « T u as m a i n t e n a n t cin-
q u a n t e a n s ; moi, j ' e n ai cinq. Ma p r e m i è r e a n n é e
v a u d r a p o u r les dix p r e m i è r e s , ma s e c o n d e j u s q u ' à la
vingtième, ma t r o i s i è m e j u s q u ' à la t r e n t i è m e , ma q u a -
trième el ma c i n q u i è m e p o u r les q u a r a n t i è m e el
c i n q u a n t i è m e . Ainsi tous tes péchés s e r o n t effaces, tes
a n n é e s sanctifiées, ta vie entière perfectionnée p a r l a
mienne. »
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE X. 171
C H A P I T R E X.
CHAPITRE XL
LE FLÉAU DU SEIGNEUR.
LLE vit un j o u r le S e i g n e u r d e b o u t , la m e n a ç a n t d u
E fléau d ' o r qu'il tenait à la m a i n . A u s s i t ô t elle se
p r o s t e r n a c o n t r e t e r r e p o u r b a i s e r le fléau du S e i g n e u r .
Cela d o n n e à e n t e n d r e q u e Ton doit r e c e v o i r a v e c
r e c o n n a i s s a n c e tout ce qui v i e n t de Dieu, p r o s p é r i t é s
ou a d v e r s i t é s . L e S e i g n e u r la releva c e p e n d a n t , la
revêtit d ' u n e t u n i q u e r o u g e t o u t e p e r c é e de t r o u s , et
lui dit : <( A i n s i m o n c o r p s p e n d a n t la P a s s i o n était
partout d é c h i r é et percé p a r les b l e s s u r e s ; d e la p l a n t e
des p i e d s j u s q u ' a u s o m m e t d e la tête, il n'avait plus
de partie s a i n e . » Cette vision lui a n n o n ç a i t p a r u n
symbole la d o u l o u r e u s e m a l a d i e qui allait b i e n t ô t
l'accabler.
Elle vit m ê m e le S e i g n e u r t e n i r u n calice d ' o r q u ' i l
cachait d e r r i è r e lui. Ce geste lui fit c o m p r e n d r e
q u e l l e ne voyait et ne goûtait p a s e n c o r e la d o u c e u r
que Dieu devait r é p a n d r e en s o n â m e , p a r c e q u e cette
douceur r e s t a i t c a c h é e en D i e u , d e q u i p r o c è d e n t tous
les b i e n s .
C H A P I T R E XII.
CHAPITRE X1ÏL
C H A P I T R E XIV.
CHAPITRE XV.
C H A P I T R E XVI.
CHAPITRE XVII.
N j o u r , d a n s la p r i è r e , elle désirait a v e c a r d e u r le
- R i e n - A i m é de son â m e , l o r s q u e t o u t à c o u p la
v e r t u divine l'attira si loin qu'elle s'en alla, p o u r a i n s i
d i r e , s'asseoir à côté du S e i g n e u r . O r , le S e i g n e u r ,
s e r r a n t alors l'âme c o n t r e son C œ u r d a n s u n d o u x
e m b r a s s e m e n t , la r e m p l i t de sa g r â c e a v e c u n e s u r a -
b o n d a n c e qui s e m b l a faire j a i l l i r des r u i s s e a u x d e
tous ses m e m b r e s . Ces r u i s s e a u x se d i r i g e a i e n t vers
les s a i n t s q u i , r e m p l i s d ' u n e joie n o u v e l l e , t e n a i e n t en
m a i n leurs c œ u r s , s o u s forme de l a m p e s ardcnLes.
CHAPITRE XVIII.
N j o u r , c o m m e on chantait le p s a u m e Lmidute
U Dominum de cœlis, a ces p a r o l e s : Et aquœ omnc$
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XVIII. 181
C H A P I T R E XIX.
N j o u r d e V e n d r e d i saint, p e n d a n t q u e les p r ê t r e s
U faisaient l ' e n s e v e l i s s e m e n t d e la croix selon la
c o u t u m e , cette dévote v i e r g e dit au S e i g n e u r : « O le
t r è s c h e r B i e n - A i m é d e m o n â m e , s i s e u l e m e n t cette â m e
était d'ivoire p o u r v o u s y e n s e v e l i r h o n o r a b l e m e n t ! »
L e S e i g n e u r r e p r i t s u r le m ê m e t o n : « C'est moi q u i
le d o n n e r a i s é p u l t u r e en m o i : a u - d e s s u s d e toi, je
serai e s p é r a n c e et joie ; au d e d a n s , je s e r a i la vie q u i
vivifiera, la s u b s t a n c e q u i r é j o u i r a et e n g r a i s s e r a t o n
â m e . D e r r i è r e toi, j e serai le d é s i r p o u r t ' a i g u i l l o n n c r ;
en avant, l ' a m o u r p o u r t ' a t t i r e r et c h a r m e r t o n â m e .
A d r o i t e , je serai la l o u a n g e q u i r e n d r a tes œ u v r e s
parfaites ; à g a u c h e , l'appui d ' o r p o u r te r e p o s e r d a n s
les t r i b u l a t i o n s ; a u - d e s s o u s d e toi, j e nerai la b a s e
i n é b r a n l a b l e qui p o r t e r a ton â m e . »
CHAPITRE XX.
e e
1. V . Le H é r a u t , 1. V , c h . i v , et ici 3 P a r t i e , ch. xxxvr, 7 P a r -
tie, c h . x.
180 LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.
CHAPITRE XXL
u n e m e s s e , c o m m e d i v e r s e s pensées l ' e m -
P ENDANT
pêchaient de jouir de D i e u , elle supplia la m é d i a -
t r i c e de Dieu et des h o m m e s , la Vierge Marie, de lui
obtenir la p r é s e n c e de son F i l s bien-aimé. C'est d o n c
p a r celle i n t e r v e n t i o n , c r o y o n s - n o u s , qu'elle vit le
Roi de gloire, le Seigneur J é s u s , assis s u r un t r ô n e
188 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.
s u b l i m e el t r a n s p a r e n t c o m m e le p u r crislal. De la
p a r t i e a n t é r i e u r e de ce t r ô n e s o r t a i e n t deux r u i s s e a u x
clairs, d o n t l'un signifiait la r é m i s s i o n des p é c h é s ,
et l'autre la c o n s o l a t i o n s p i r i t u e l l e , g r â c e s o c t r o y é e s
d ' u n e m a n i è r e plus spéciale et p l u s facile à t o u t
h o m m e p e n d a n t la m e s s e .
V e r s l'oblation de l'Hostie s a i n t e , le S e i g n e u r , quit-
tant ce t r ô n e , p a r u t élever d e ses p r o p r e s m a i n s s o n
C œ u r très d o u x , s e m b l a b l e à u n e lampe t r a n s l u c i d e ,
r e m p l i e et d é b o r d a n t e . L a l a m p e d é b o r d a i t en effet
de tous côtés a v e c tant de force q u e de larges g o u t t e s
en rejaillissaient ; toutefois il n e p a r a i s s a i t p a s (pic s o n
c o n t e n u d i m i n u â t en r i e n . Ceci d o n n a i t à e n t e n d r e q u e
les h o m m e s p e u v e n t tous r e c e v o i r de la p l é n i t u d e du
C œ u r de J é s u s la g r â c e p l u s q u e suffisante à c h a c u n ,
selon sa c a p a c i t é , s a n s q u e ce C œ u r cesse de s u r a b o n -
d e r en l u i - m ê m e de b é a t i t u d e , c a r , en se d é v e r s a n t , il
n e souffre p a s d e d é t r i m e n t .
E l l e vit d e p l u s les c œ u r s d e toutes les p e r s o n n e s
p r é s e n t e s , également s o u s forme de l a m p e s , atta-
chées p a r d e s liens au C œ u r du S e i g n e u r . C e r t a i n e s
de ces l a m p e s p a r a i s s a i e n t d r o i t e s , pleines d ' h u i l e et
a r d e n t e s ; les a u t r e s s e m b l a i e n t vides et s u s p e n d u e s
le h a u t en b a s . L e s l a m p e s q u i b r û l a i e n t d r o i t e s figu-
r a i e n t ceux q u i assistaient à la m e s s e a v e c d é s i r et
d é v o t i o n , t a n d i s q u e les l a m p e s r e n v e r s é e s d é s i g n a i e n t
ceux qui a v a i e n t négligé d e s'élever v e r s D i e u p a r u n e
dévote a t t e n t i o n . Gelle-ci, saisie a l o r s d ' u n i m m e n s e
désir de v o i r son c œ u r t o t a l e m e n t v e r s é d a n s le C œ u r
d i v i n , le vit b i e n t ô t enlevé d u milieu des a u t r e s et
p l o n g é d a n s ce C œ u r c o m m e n n poisson d a n s les eaux.
Ses dévoles s u p p l i c a t i o n s p r i r e n t aussitôt u n e
a u t r e direction : o b t e n i r du Seigneur qu'il lui e n s e i -
DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE XXI. 1 8 9
CHAPITRE XXII.
sa m i s é r i c o r d e , sa l o n g a n i m i t é , sa charité, et q u a n d il
s'efforce d'imiter ces v e r t u s autant que p o s s i b l e , les
V e r t u s s o n t à son service.
« L o r s q u e l ' h o m m e , au s o u v e n i r de l'ineffable et
s u b l i m e D i v i n i t é , t r e m b l e d e v a n t Dieu, se s o u m e t
h u m b l e m e n t à D i e u , les P u i s s a n c e s sont ses s e r v i t e u r s .
Mais q u a n d il exalte en son c œ u r la noblesse et la
g r a n d e u r de la Divinité, q u a n d il pense à cette infinie
majesté qui a d a i g n é c r é e r l ' h o m m e à son image et à
sa r e s s e m b l a n c e , a c c o m p l i r et s u p p o r t e r tant d e
t r a v a u x ; q u a n d , en raison d e la révérence témoignée
p a r Dieu à l ' h o m m e qu'il a i m e , lui aussi r e s p e c t e
et aime tous les h o m m e s , il est servi par les P r i n c i -
p a u t é s . E t si, p a r ses i n c l i n a t i o n s , génuflexions et
p r o s t r a t i o n s , il a d o r e D i e u , les Dominations l'assis-
tent.
« L o r s q u e l ' h o m m e , d a n s la tranquillité de son c œ u r ,
médite s u r D i e u , les T r ô n e s le servent. S'il est illu-
miné d a n s la c o n n a i s s a n c e de D i e u , s'il s'élève d a n s
la c o n t e m p l a t i o n j u s q u ' à considéi'cr les m y s t è r e s
d i v i n s , les C h é r u b i n s sont ses m i n i s t r e s . Mais q u a n d
l'âme, p u i s a n t au C œ u r de D i e u un a m o u r e m b r a s é ,
aime Dieu a v e c son p r o p r e a m o u r , et aime tout h o m m e
en Dieu el p o u r Dieu, ce sont les S é r a p h i n s q u i exer-
cent a u p r è s d'elle leur m i n i s t è r e . »
Le S e i g n e u r lui dit ensuite : « Veux-tu m a i n t e n a n t
savoir ce que signifie : la plaine a des yeux ? L o r s q u e
deux p e r s o n n e s m a r c h e n t d a n s une g r a n d e p l a i n e ,
viles peuvent se voir de loin. Si ces deux p e r s o n n e s
sont c h è r e s Tune à l'autre, nul doute qu'en s ' a p e r c e -
vant ainsi, elles ne c h e r c h e n t à se rejoindre au plus
tôt Q u a n d le cerf et la b i c h e se sont r e c o n n u s à
g r a n d e d i s l a n c e d a n s la c a m p a g n e , avec quelle r a p i -
194 LE LIVRE D E LA. GRACE SPÉCIALE.
g l a r/-f-arent l e u r s forces. A i n s i , q u a n d u n e â m e se
f-;ï* é t r a n g è r e en ce m o n d e , qu'elle g a r d e son c œ u r
lîbrî» des c h o s e s t e r r e s t r e s cl dégagé de tout lien, j e
r i n v i t c s o u v e n t à mon b a n q u e t .
« D a n s la p l a i n e , on cueille a u s s i des fleurs. A i n s i
d a n s l'âme sainte o r n é e de d é s i r s aussi v a r i é s q u e la
p a r u r e d e s c h a m p s fleuris, j e cueille ces d é s i r s , j ' e n
t r e s s e u n e c o u r o n n e p o u r la d é p o s e r s u r ma lèle,
j u s q u ' a u j o u r où l'âme v e n a n t elle-même v e r s m o i , j e
puis lui r e n d r e la c o u r o n n e . »
Celle-ci dit a l o r s au S e i g n e u r : « M o n S e i g n e u r ,
quelle faute ai-je c o m m i s e en p r e n a n t plaisir à r e g a r -
d e r a u t o u r de moi l'étendue de la c a m p a g n e ? » Il
r é p o n d i t : « C'était c o n t r e l ' o b é i s s a n c e et l'attention à
moi ; de p l u s , il y avait négligence dans la p r i è r e p o u r
le défunt. )> Elle r e p r i t : « E n s e i g n e z - m o i , ô très
aimant Seigneur, c o m m e n t on doit se c o n d u i r e en
pareille c i r c o n s t a n c e . » Il r é p o n d i t : « D è s l a sortie du
c h œ u r , q u ' o n récite ce verset : « Dcduc me, Domine,
in via tua, et ingrediar in vevitale tua.Lœtetur cor meum
el l'uneat tomen tnum : C o n d u i s e z - m o i . * S e i g n e u r ,
d a n s v o t r e voie, et j ' e n t r e r a i d a n s v o t r e v é r i t é . Q u e
mon c œ u r se réjouisse à la c r a i n t e de v o t r e n o m . »
(Ps. LXXXV,11). Sortez ainsi d a n s ma crainte el prenez-
moi p o u r c o m p a g n o n de r o u t e et p o u r bâlon d ' a p p u i .
L o r s q u e vous serez d e h o r s , v o u s bénirez de ma droite
les m a i s o n s , les c h e m i n s , tout ce (pie v o u s r e n c o n -
trerez, et ils s e r o n t b é n i s . Q u a n d on a conçu u n e j o i e
v a i n e , le c œ u r en d e m e u r e c h a r g é , tandis q u e celui
DEUXIÈME PARTIE. C H A P I T R E XXIII. 195
C H A P I T R E XXIJi.
I.A CUISINE D U S E I G N E U R .
CHAPITRE XXIV.
NE a u t r e fois, a p r è s la sainte C o m m u n i o n , le
U S e i g n e u r lui dit : « Toi en moi et moi en toi !
Plongée d a n s m a t o u t e - p u i s s a n c e c o m m e le poisson
d a n s l ' e a u ! — O m o n S e i g n e u r , fit-elle, les poissons
sont s o u v e n t p r i s d a n s le filet, et si cela m'arrivait ? »
Le Seigneur reprit : « T u ne p o u r r a s être tirée hors de
moi. T u te feras un nid d a n s mon C œ u r divin. —
Q u ' e s t - c e q u e ce n i d ? » L e Seigneur r é p o n d i t :
« L ' h u m i l i t é g a r d é e d a n s les d o n s et les faveurs q u e t u
reçois de m a p a r t ; plonge-toi toujours d a n s l'abîme
d ' u n e h u m i l i t é s i n c è r e . » L'Ame dit encore : « Les
p o i s s o n s se m u l t i p l i e n t d a n s les eaux : quel sera mon
fruit à moi ? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « L o r s q u e tu
m'offres au P è r e céleste p o u r la joie et la gloire des
saints, l e u r s joies et l e u r s mérites se multiplient,
c o m m e s ils me recevaient c o r p o r c l l c m e n t s u r la t e r r e .
Voilà quel sera ton fruit. » A l o r s l'âme se mit à réllé-
c h i r c o m m e n t cela se ferait p o u r les p a t r i a r c h e s et les
p r o p h è t e s qui s u r la t e r r e n'avaient j a m a i s r e ç u le
Corps du C h r i s t ; m a i s le S e i g n e u r lui dit : « Ce q u e
les a p ô t r e s ont eu en réalité, les p a t r i a r c h e s et les
p r o p h è t e s l'ont p o s s é d é p a r la foi et l'espérance :
c'est p o u r q u o i ce fruit leur a p p a r t i e n t aussi véritable-
ment q u ' a u x a p ô t r e s . »
• M * . El V U E Ï Î K r.A GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXV.
CHAPITRE XXVI.
y
1. Voir In Cv p a r t i e tout ouliiirc. — C'est eu 1291 q u e s a i n t e
.Meclilildr* souHYil <M»UO gi'siucl» m u l u d i c
DEUXIEME PARTIE. CHAPITRE XXVI. 201
Dieu de cette p e i n e et d e ses a u t r e s t r i b u l a t i o n s , c a r ii
lui était d o n n é de voir cette â m e , c h a q u e lois q u e l l e
le voulait, et de c o n n a î t r e l'étendue de sa récompense.
C e p e n d a n t c o m m e elle se plaignait e n c o r e d'avoir
p e r d u le s o m m e i l à c a u s e de cette d o u l e u r de tèle, on
c r u t a u t o u r d'elle q u e s o n infirmité l'induisait c n
e r r e u r , c a r elle s e m b l a i t ne faire autre c h o s e q u e
s o m m e i l l e r . Son i n t i m e confidente l'interrogea d o n c
s u r ce qu'elle faisait, les y e u x fermés, p e n d a n t ses
l o n g u e s h e u r e s d ' i m m o b i l i t é . Bile lui r é p o n d i t : « M o n
a m e p r e n d ses délices d a n s la j o u i s s a n c e de D i e u ,
elle nage d a n s la D i v i n i t é c o m m e le poisson d a n s
l'eau ou l'oiseau d a n s les a i r s . E n t r e l'union q u e
les s a i n t s ont avec Dieu el celle de mon â m e , il n'y a
q u e celle différence : ils en j o u i s s e n t d a n s l'allégresse,
el moi d a n s la souffrance. »
D u r a n t cette m a l a d i e , s u r v i n t le t e m p s d u C a r ê m e ,
et elle r é s o l u t de se r e t i r e r cn esprit au d é s e r t avec le
S e i g n e u r . P e n d a n t la n u i t , il lui parut y être en effet,
et elle d e m a n d a i t à son S e i g n e u r où il s o u h a i t a i t passer
celle p r e m i è r e nuit. A u s s i t ô t il lui m o n t r a u n a r b r e
magnifique, m a i s tout c r e u s é , appelé l ' a r b r e de l'humi-
lité. 11 lui dit : « C'est ici q u e je passerai la nuit. »
A u s s i t ô t il entra d a n s la cavité de l ' a r b r e . « E t m o i ,
où irai-jc ? » s ' é c r i a - l - c l l c . « N e peux-tu p a s voler s u r
m o n sein et t'y r e p o s e r c o m m e font les oiseaux ? »
r é p o n d i t le S e i g n e u r . A u s s i t ô t elle se vit s o u s / a forme
d'un petit oiseau q u i volait v e r s le sein d u S e i g n e u r ,
cl elle y prit très p a i s i b l e m e n t son r e p o s . « M i s é r i c o r -
dieux S e i g n e u r , d i t - e l l e , mettez voire doigt s u r ma
tête p o u r q u e je p u i s s e m ' e n d o r m i r . — Mais q u a n d
les oiseaux v e u l e n t d o r m i r , r e p r i t le S e i g n e u r , ils se
m e t t e n t la tête s o u s l'aile. — Seigneur, quelles sont
202 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXVII.
CHAPITRE XXVIII.
CHAPITRE XXIX.
E N C O R E LA F O N T A I N E DE MISÉRICORDE,
A nuit s u i v a n t e , c o n d u i t e d e n o u v e a u en e s p r i t à
L cette fontaine de m i s é r i c o r d e , elle vit b o u i l l o n n e r ,
s o r t a n t d e la m ê m e s o u r c e , la veine d'eau très a b o n -
d a n t e d e l ' h u m b l e r e c o n n a i s s a n c e . Ce c o u r s d ' e a u ,
a p r è s a v o i r t r a v e r s é le C œ u r d e J é s u s - C h r i s t , r e t o u r -
nait aussi p u r v e r s sa s o u r c e . E t ceci doit s ' e n t e n d r e
de la m a n i è r e s u i v a n t e : p u i s q u e les d o n s de D i e u
sont d i v e r s et q u e tous les h o m m e s n ' o n t p a s la m ê m e
g r â c e , vu la division des d o n s , c h a c u n doit veiller
s o i g n e u s e m e n t s u r le d o n q u i lui a été conféré p a r
D i e u , et le faire r e m o n t e r à Dieu p a r la r e c o n n a i s -
sance, s ' e s t i m a n t i n d i g n e d e toute g r â c e et m ê m e de
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXX. 207
la vie. Q u e c h a c u n d e m e u r e en sa p r o p r e abjection
el dise t o u j o u r s : J e suis a u - d e s s o u s de v o t r e pitié.
P e r s o n n e ne doit d é s i r e r p o u r soi-même plus de bien-
faits, sinon p o u r la gloire de Dieu. Q u e l'on tienne
p o u r certain q u e tout ce qui a r r i v e de j o y e u x ou de
fâcheux vient toujours de l'extrême c h a r i l é de Dieu
p o u r ses c r é a t u r e s A u s s i doit-on, a v e c r e c o n n a i s -
s a n c e et en u n i o n d'action de grâces avec J é s u s -
C h r i s t , p a r son C œ u r 1res saint faire r e m o n t e r v e r s
D i e u , qui est l e u r o r i g i n e , tous les d o n s q u ' o n a r e ç u s
de lui.
U n e a u t r e fois, elle vit le Seigneur J é s u s assis clans
les h a u t e u r s à la droite de la divine Majesté et accom-
p l i s s a n t la purification des p é c h é s L e s s œ u r s , le
c œ u r c o n t r i t et l'esprit h u m i l i é , v e n a i e n t se confesser;
le S e i g n e u r J é s u s enlaçait c h a c u n e de son b r a s
d r o i t et a n é a n t i s s a i t en l u i - m ê m e tous les péchés
a v o u é s , de telle s o r t e q u e ces fautes s e m b l a i e n t n'avoir
j a m a i s existé. Q u a n d c h a q u e s œ u r était ainsi purifiée,
il la p r é s e n t a i t au P è r e céleste, qui l'enveloppait d'un
r e g a r d b i e n v e i l l a n t et lui disait : « L a droite de m o n
J u s t e t'a r e ç u e en parfaite réconciliation. »
CHAPITRE XXX.
q u a r a n t e j o u r s de maladie et de continuelles
A PRÈS
d o u l e u r s de tête, elle se vit enfin de n o u v e a u ,
avec le S e i g n e u r , d a n s la c a m p a g n e fleurie el elle lui
dit : « O t r è s d o u x F i a n c é , donnez-moi votre b é n é -
208 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.
diction, c o m m e j a d i s à v o t r e s e r v i t e u r J a c o b . » ïl la
bénit d e la main avec b o n t é cl dit en m ê m e t e m p s :
« Sois s a i n e d e c o r p s et d'Ame. » E l l e sentit sa d o u -
l e u r se c a l m e r s u r - l e - c h a m p T o u t e joyeuse* clic
d e m a n d a à la sainte Vierge et à tous lew s a i n t s de
louer e n s e m b l e le B i e n - A i m é d e son â m e p o u r le b i e n -
lait qu'il venait de lui a c c o r d e r . E t t o u s , la b i e n h e u -
r e u s e Vierge ayant c o m m e n c é , e n t o n n è r e n t de nou-
veaux c a n t i q u e s de l o u a n g e p o u r les bienfaits q u e
celte â m e avait r e ç u s de D i e u .
D è s ce m o m e n t , elle se t r o u v a mieux ; m a i s elle ne
se r é t a b l i t p a s tout à fait, c a r elle se livrait a v e c t a n t
d ' a r d e u r a u x exercices s p i r i t u e l s q u e ses forces n'y
p o u v a i e n t suffire.
CHAPITRE XXXI.
CHAPITRE XXXII.
sa m a l a d i e , elle se plaignit u n j o u r à
P ENDANT
Dieu d e ne p o u v o i r aller au c h œ u r et a c c o m p l i r
a u c u n e b o n n e œ u v r e , el il lui s e m b l a (pie le S e i g n e u r
r e p o s a i t a u p r è s d'elle s u r sa c o u c h e , la t e n a n t de son
b r a s g a u c h e , en s o r t e q u e la plaie de s o n très doux
C œ u r s ' a p p l i q u a i t s u r le c œ u r de sa b i e n - a i m é c . P u i s
il lui dit : « L o r s q u e tu es m a l a d e , j e le tiens d e m o n
b r a s g a u c h e , mais q u a n d tu es en s a n l é , c'est de mon
b r a s d r o i t . Sache p o u r t a n t bien q u ' e n l a c é e de ma
g a u c h e , t u es b e a u c o u p p l u s r a p p r o c h é e d e m o n
C œ u r . ))
C H A P I T R E XXXIII.
CHAPITRE XXXIV.
CHAPITRE XXXV.
1
1. R é p o n s d u II ' N o c t u r n e a u x d i m a n c h e s du m o i s d a o û l .
214 LU LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE*
v o u s confessons d e c œ u r c l d e h o u c h e » ; à la sixième l
« laudamns : n o u s v o u s l o u o n s » ; à la septième :
« nique benedicitnus : et n o u s vous b é n i s s o n s » ; à la
h u i t i è m e « Tibi e/loria : à v o u s gloire »; à la neu-
v i è m e : « in siecula ; p o u r les siècles ». Mais s u r la
dixième c o r d e elle ne pul r i e n c h a u l e r , p a r c e qu'elle
ne pouvait e n c o r e a t t e i n d r e la s u p r ê m e élévation de
Dieu.
E n s u i t e elle vil s u r la poitrine du S e i g n e u r un
m i r o i r t r a n s p a r e n t , d a n s lequel apparaissait une face
d ' h o m m e r e s s e m b l a n t au d i s q u e de la l u n e . D a n s sa
s u r p r i s e , elle se d e m a n d a i t ce q u e cela p o u v a i t signi-
fier, l o r s q u e le Seigneur lui d i t : ((Que ceci l ' i n s t r u i s e » .
A u s s i t ô t elle comprit q u e lui seul est l'éternelle sagesse
désignée p a r les y ux, s a g e s s e qui sait tout au ciel et
s u r la terre, qui seule se c o n n a î t et se voit parfaitement
elle-même et que nulle c r é a t u r e ne peut c o m p r e n d r e .
«. Q u i l'enseigne ainsi ? » r e p r i t le S e i g n e u r . « C'est
v o u s , ô d i s t r i b u t e u r d e t o u s l e s biens, r é p o n d i t - e l l e ,
vous qui enseignez la science à l ' h o m m e et lui ins-
p i r e z toute sagesse. »
E l l e c o m p r i t , cn c o n s i d é r a n t la bouche de celte face
m e r v e i l l e u s e , q u e Dieu est i n c o m p r é h e n s i b l e dans sa
t o u t e - p u i s s a n c e , q u e le ciel el la t e r r e r é u n i s n e
suffisent pas à le louer p l e i n e m e n t . Lui seul peut être
u n e l o u a n g e a d é q u a t e à lui-même, lui qui connaît
r e t e n d u e de l ' a m o u r a v e c lequel il se d o n n e à l'ame
a i m a n t e , el s'offre c h a q u e j o u r s u r l'autel, c o m m e vic-
time, à Dieu le P è r e , p o u r le salut des fidèles, d a n s un
m y s t è r e c a c h é aux investigations profondes des Séra-
p h i n s , des C h é r u b i n s cl de toutes les V e r t u s des cieux.
Le S e i g n e u r prit de nouveau la parole : «t El ceci, qui te
l'a a p p r i s ?» Elle r é p o n d i t : « Vous, ô le m e i l l e u r des
216 LE LIV1ÏE D E LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXXVL
NE a u t r e fois, c o m m e elle p e n s a i t q u e sa m a l a d i e
U la rendait inutile et que ses souffrances restaient
sans fruit, le S e i g n e u r lui d i t : « D é p o s e toutes tes
peines dans m o n C œ u r , et je leur d o n n e r a i le perfee-
DEUXIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXXVI 217
t i o n n c m c n l le plus a b s o l u q u e puisse p o s s é d e r la
souffrance. C o m m e ma D i v i n i t é a attiré à soi les souf-
frances de mon H u m a n i t é et les a failes s i e n n e s , ainsi
je t r a n s p o r t e r a i tes p e i n e s d a n s ma Divinité, je les
u n i r a i à aia P a s s i o n , et je te ferai p a r t i c i p e r à cette
gloire que Dieu le P è r e a conférée à ma sainte H u m a -
nité p o u r toutes ses souffrances. Confie d o n c c h a c u n e
de tes peines à l ' a m o u r en disant : « O a m o u r , je te les
d o n n e d a n s l'intention q u e tu as eue en me les a p p o r -
tant du C œ u r de Dieu, el j e le d e m a n d e de les y
r e p o r t e r perfectionnées p a r u n e s o u v e r a i n e r e c o n n a i s -
sance. »
« L o r s q u e tu désires m e l o u e r el que la maladie y met
o b s t a c l e , prie p o u r q u e j ' e x a l t e el bénisse Dieu le
P è r e d a n s les peines, c o m m e j e l'ai fait s u r la croix, au
milieu de m e s p r o p r e s souffrances. R e m e r c i e avec la
g r a t i t u d e dont je l'ai r e m e r c i é d'avoir décrété ma
P a s s i o n p o u r le salut du m o n d e ; aime avec l'amour
qui m'a fait tout souffrir v o l o n t i e r s et l i b r e m e n t . Ma
P a s s i o n a p o r t é des fruits infinis au ciel et s u r la t e r r e ;
ainsi tes p e i n e s , les t r i b u l a t i o n s remises à moi-même
et u n i e s à ma P a s s i o n s e r o n t tellement fructueuses
qu'elles p r o c u r e r o n t a u x é l u s plus de gloire, aux
j u s t e s , u n nouveau m é r i t e ; a u x p é c h e u r s , le p a r d o n ; et
aux â m e s du p u r g a t o i r e , l'allégement de l e u r p e i n e .
Q u ' y a-t-il, en effet, q u e m o n C œ u r divin ne puisse
r e n d r e meilleur, p u i s q u e tout bien au ciel et s u r la t e r r e
d é c o u l e de la bonté de m o n C œ u r ? » E t il lui m o n t r a
t o u s les o r d r e s des s a i n t s a v e c leur gloire et leur
inestimahiV dignité, d i s a n t : « Voilà les g r a n d e s choses
que la b o n t é de m o n C œ u r a, opérées d a n s les
p r o p h è t e s , d a n s les a p ô t r e s et d a n s tous les s a i n t s .
C o m m e elle a d i g n e m e n t achevé l e u r s œ u v r e s 1
218 LE LIVRE ni; LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXXVII.
CHAPITRE XXXVIII.
34. D E S A R R H E S OU F I A N Ç A I L L E S D E LA V I R G I N I T É
CHAPITRE XXXIX.
q u e sa m a l a d i e était p l u s p é n i b l e , le Sei-
P ENDANT
g n e u r J é s u s - C h r i s t v i n t à elle revêtu d u n e r o b e
b l a n c h e , s e r r é e par u n e c e i n t u r e tissue de soie verte à
losanges d'or, d o n t les b o u t s lui p e n d a i e n t j u s q u ' a u x
genoux. T o u t é t o n n é e , elle désirait savoir ce q u e cela
signifiait, q u a n d le S e i g n e u r le lui expliqua. « Voici
(jue je me revêts de tes souffrances, lui dit-il. La cein-
ture i n d i q u e que tu es e n t o u r é e de d o u l e u r s : elles
t'atteignent j u s q u ' a u x g e n o u x . Moi, j ' a b s o r b e r a i en
222 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XL.
CHAPITRE XLL
p r é c i e u s e m e n t , d a n s l'écrin du divin C œ u r , t o u t ce
q u e cette aine lui r e m e l , et il le lui r e n d à sa s o r t i e de
ce m o n d e a u g m e n t é et e n n o b l i . E n troisième lieu, il
lui d o n n e son s e c o u r s clans les t r a v a u x et les t r i b u l a -
t i o n s , y Vaide d a n s le bien et la défend c o n t r e le m a l .
P a r c o n s é q u e n t , l o r s q u ' o n se sent m o i n s dévot,
froid d a n s l ' a m o u r , loin d e Dieu, qu'on i n v o q u e
l ' A m o u r , q u ' o n le p r e n n e p o u r a m b a s s a d e u r en le
c h a r g e a n t d ' o b t e n i r la g r â c e ou le zèle de la d é v o t i o n .
De m ê m e , q u ' o n c h a r g e l ' A m o u r de g a r d e r le bien
q u ' o n peut a c c o m p l i r afin de le r e t r o u v e r ensuite g r a n -
d e m e n t a m é l i o r é E n tout l a b e u r et t r i b u l a l i o n , q u ' o n
a p p e l l e l ' A m o u r à son aide, c a r , lui p r é s e n t , l ' h o m m e
n ' é p r o u v e ni fatigue d a n s le t r a v a i l ni défaillance d a n s
l'adversité. »
CHAPITRE XLH.
38. D U T R Ô N E D E D I E U ET D E S N E U F CHŒURS D E S A N G E S
d a n s u n l o n g b a i s e r . E l le S e i g n e u r dil à L A M E : « Ce
b a i s e r a p p a r t i e n d r a p o u r toujours à toi et à tous
ceux qui s a l u e r o n t ma M è r e ou moi-même dans
l'union q u e n o u s a v o n s e n s e m b l e ; ceux-là a u r o n t le
bonheur de m'elre indissolublement unis. »
P l u s tard, celte â m e d é s i r a s a v o i r où se trouvait
i
a l o r s l'amc de l ' h e u r e u s e S œ u r M. ; elle la vit d a n s
3
le c h œ u r des s é r a p h i n s , s o u s la figure d'un oiseau
qui dirigeait s o n vol direct v e r s la face du Seigneur,
ce qui r a p p e l a i t la c o n n a i s s a n c e dont s u r la terre elle
avait été éclairée plus que les a u t r e s . L'aine de son
intime M., qui ne Taisait p o u r ainsi dire q u ' u n seul
e s p r i t d a n s le C h r i s t avec la S œ u r M., lui a p p a r u t un
peu a u - d e s s o u s , q u o i q u e placée assez près pour
qu'elles p u s s e n t se d o n n e r la m a i n .
A la fin d e la m e s s e , le S e i g n e u r accorda q u a l r e
b a i s e r s à l'amc c o m m e bénédiction et l'assura, par
des paroles ineffables, qu'elle ne serait jamais séparée
de lui.
CHAPITRE XLIIL
v
1. Il s a î t s a n s d o u t e ici de la Surnr Mechtilde qui a écrit le
h
C H A P I T R E I.
r ] N j o u r , la vierge du C h r i s t , p r i v é e de la p r é s e n c e
de son B i e n - A i m é , se laissait aller à ses vifs
désirs de le r e t r o u v e r , l o r s q u ' i l lui a p p a r u t s o u d a i n .
Son C œ u r était o u v e r t , c o m m e la p o r t e d'une g r a n d e
m a i s o n , p o u r lui d o n n e r e n t r é e : le p a v é était d'or
d a n s cette m a i s o n , d o n t la forme r o n d e sî-jjnï ait
l'éternité de D i e u . L e S e i g n e u r se tenait au milieu,
l'Ame a u p r è s d e lui. lis c a u s a i e n t e n s e m b l e .
P e n d a n t q u ' o n chantait à la m e s s e : « et tibi redde-
lurvolnm in Jérusalem : et l'on v o u s r e n d r a le v œ u en
1
J é r u s a l e m » ( P s . L X I V , 2 ) , elle p e n s a i t à tous les vœux
présentés <m ce m o n d e au S e i g n e u r , p a r les saints. La
b i e n h e u r e u s e Vierge Marie et toutes les vierges ont
offert leur c h a s t e t é , les m a r t y r s leur sans» p r é c i e u x ,
les a u t r e s s a i n t s b e a u c o u p de t r a v a u x el de d é v o l i o n s .
Elle s'attristait de n'avoir rien à. p r é s e n t e r a u s s i ,
l o r s q u e ln b i e n h e u r e u s e Vierge a p p a r u t à sa droite et
lui reniil u n anneau d'or qu'elle d o n n a i n c o n t i n e n t au
S e i g n e u r . Il l'accepta g r a c i e u s e m e n t et le m i t à son
doigt. C e p e n d a n t , au Tond de son â m e , celle-ci disait
en s o u p i r a n t : « A h ! s'il p o u v a i t le d o n n e r son anneau
en signe d e fiançailles ! » ( E t il lui a u r a i t suffi q u e le
S e i g n e u r lui fît r e s s e n t i r a u doigt a n n u l a i r e une
d o u l e u r qu'elle aurait v o l o n t i e r s soufferte t o n s les
j o u r s d e sa vie, en m é m o i r e de ses liançailles a v e c le
C h r i s t . ) L e Seigneur lui dit : « J e te d o n n e u n a n n e a u
o r n é de sept p i e r r e s : tu en a t t a c h e r a s le s o u v e n i r à
s e p t p h a l a n g e s de tes d o i g t s .
« 1° T u le r a p p e l l e r a s l ' a m o u r divin q u i , m ' a b a i s s a n l
du sein d e m o n P è r e , m'a fait travailler c o m m e un
esclave à ta r e c h e r c h e p e n d a n t t r e n t e - t r o i s a n n é e s .
Q u a n d l ' h e u r e des noces a p p r o c h a , j e fus v e n d u p a r
l ' a m o u r de m o n C œ u r , c o m m e prix d'un festin où je
me d o n n a i m o i - m ê m e c o m m e p a i n , v i a n d e et b r e u -
v a g e . P e n d a n t ce festin, j e fus a u s s i m o i - m ê m e l'orgue
et la c i t h a r e , p a r les d o u c e s p a r o l e s t o m b é e s de mes
l è v r e s , c a r j e m e lis s e m b l a b l e aux j o u e u r s de profes-
sion, p o u r é g a y e r les c o n v i v e s , c ' e s t - à - d i r e q u e j e me
suis a b a i s s é j u s q u ' a u x p i e d s de m e s d i s c i p l e s .
« 2 ° T u te r a p p e l l e r a s q u ' à la m a n i è r e des j e u n e s
é l é g a n t s , j ' a i c o m m e n c é p o u r ainsi d i r e u n e d a n s e
a p r è s ce festin, l o r s q u e en t o m b a n t t r o i s fois p a r t e r r e
je s u b i s trois chocs si violents q u e , b a i g n é de s u e u r ,
j e versai des g o u t t e s de m o n s a n g . P a r cette d a n s e j ' a i
revêtu tous m e s c o m p a g n o n s d ' a r m e s d'uu t r i p l e
costume leur o b t e n a n t la r é m i s s i o n des p é c h é s , la
satisfaction p o u r l e u r s âmes et leur p a r t à ma divine
glorification.
« 3" T u te s o u v i e n d r a s de 1 h u m b l e a m o u r qui m'in-
TROISIÈME P A R T I E . C H A P I T R E I. 233
C H A P I T R E IL
C H A P I T R E III.
C H A P I T R E IV.
CHAPITRE V.
5. D E T R O I S C H O S E S A U X Q U E L L E S L*IIOMME D O I T PENSER
SOUVENT.
C H A P I T R E VI.
ï une p e r s o n n e a le d é s i r de se confesser ou la
S c r a i n t e de s'être mal confessée, s a n s rien t r o u v e r
toutefois que sa c o n s c i e n c e n'ait a v o u é , q u ' e l l e a d r e s s e
à Dieu cette confession de l o u a n g e ; et si elle se
t r o u v e en faute s u r un point, q u ' e l l e le d é c l a r e à D i e u .
Ainsi en e x a l t a n t la Divinité, q u ' e l l e se r e c o n n a i s s e
c o u p a b l e d e n ' a v o i r p a s eu p o u r Dieu tout le r e s p e c t
convenable, d ' a v o i r tant de fois souillé en elle l'image
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE V!. 243
d i v i n e , en o c c u p a n t sa m é m o i r e de choses t e r r e s t r e s et
i n u t i l e s , en a p p l i q u a n t c u r i e u s e m e n t sa r a i s o n à la
sagesse h u m a i n e el en p r e n a n t plaisir à ce qui est vil
el p a s s a g e r . Qu'elle exalte aussi les yeux de la c l a i r -
v o y a n c e divine, el qu'elle d é p l o r e d'avoir t o u r n é vers
les c h o s e s d'ici-bas l'action de ses sens, de ses facultés
qui lui a u r a i e n t servi à a c c r o î t r e sa science de Dieu.
Q u a n d elle loue les oreilles d e sa m i s é r i c o r d e , qu'elle
s'accuse de n ' a v o i r p a s d o n n é toute l'attention r e q u i s e
à la p a r o l e de D i e u , et de n ' a v o i r pas p r ê t é l'oreille
aux r e q u ê t e s de son p r o c h a i n .
E l q u e de p é c h é s c o m m i s p a r la b o u c h e ! Mur-
m u r e s , vaines et i n u t i l e s p a r o l e s , silence i n o p p o r t u n
au sujet de la p a r o l e de D i e u et d e l à d o c t r i n e , silence
parfois d a n s la p r i è r e et d a n s le chant. Le j o u g accepté
au b a p t ê m e , c o m b i e n d e fois r a - l - e l l c s e c o u c I Et même
d a n s les c i r c o n s t a n c e s p é n i b l e s , neTa-t-elle p a s porté
de m a u v a i s c œ u r ? n'a-t-clle pas cessé quelquefois de
s'y s o u m e t t r e ? E l ce j o u g de la Religion, a c c e p t é p o u r
Dieu d a n s sa profession, faite en présence des saints,
ne l'a-t-elle pas a b a n d o n n é en se s o u s t r a y a n t à
l ' o b é i s s a n c e , en ne p r e n a n t p a s souci de la g a r d e r ? »
L o r s q u ' e l l e se r a p p e l l e r a a v e c quelle i n h u m a n i t é
J é s u s - C h r i s t a été flagellé, elle p o u r r a se r e c o n n a î t r e
c o u p a b l e d e n'avoir p a s c h â t i é sa chair, d ' a v o i r c é d é ,
p a r p a r e s s e , aux exigences d e son c o r p s et d e l'avoir
trop d é l i c a t e m e n t n o u r r i . S o n c œ u r a p é c h é quand
elle n'a pas aimé Dieu d e toutes ses forces, q u a n d , au
lieu de m é d i t e r la loi d i v i n e , elle s'est laissé e n v a h i r
p a r les p e n s é e s i n u t i l e s . Ses m a i n s ont p è c h e en com-
mettant le mal el cn s ' a b s l c n a n l du bien, s u r t o u t des
œ u v r e s c o m m u n e s de m i s é r i c o r d e et de c h a r i t é ,
vScs pieds s p i r i t u e l s p o u r ainsi dire (car ils Jigurent
9*
244 LE L Ï V E E D E L A GRACE SPÉCIALE.
C H A P I T R E VIT.
CHAPITRE VIII.
'ANGE du S e i g n e u r a p p a r u t un j o u r à la s e r v a n t e
L du C h r i s t . Vêtu d ' u n e t u n i q u e verte, il se tenait à
sa d r o i t e ; el c o n n u e elle lui d e m a n d a i t p o u r q u o i son
v ê l e m e n t était de celte c o u l e u r , l'ange r é p o n d i :
« P a r c e q u e je suis é t e r n e l l e m e n t j e u n e el v i g o u r e u x ,
e1 (pie je t ' a p p o r t e c h a q u e j o u r de n o u v e a u x d o n s .
— S'il en est ainsi, r e p r i t - e l l e , j e vous d e m a n d e de me
faire iin*présenl. » A u s s i t ô t l'ange offrit au Seigneur
un objel qu'il semblait avoir nris dans le c œ u r de
celle-ci, el rame é p r o u v a un vif désir de s a v o i r ce (pie
l'ange avait pu t r o u v e r en elle, car elle ne se sentait en
vérité ce j o u r - l à a u c u n e dévotion, ni ferveur spéciale.
246 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPTTKE IX.
C H A P I T R E X.
CHAPITRE XL
E S e i g n e u r lui d o n n a cetle i n s t r u c t i o n ; « L o r s q u e
L j e r é p a n d s s;.r loi ma g r â c e , laisse là t o u t e s
c h o s e s , s u s p e n d s Ion activité, en s o i i c q u e , libre et
dégagée, lu j o u i s s e s a v e c p l é n i t u d e de celte g r â c e .
T u ne peux rien faire a l o r s d e meilleur el de plus
a v a n t a g e u x . L o r s q u e tu récites un p s a u m e ou quel-
q u e p r i è r e j a d i s récitée p a r les s a i n t s s u r la t e r r e ,
ils p r i e n t tous avec toi. L o r s q u e tu m é d i t e s ou t'en-
tretiens avec moi. les s a i n t s en sont tous d a n s la joie
el me b é n i s s e n t . »
C H A P I T R E XII.
ENDANT sa p r i è r e , la s e r v a n t e du C h r i s t dit au
P Seigneur : « Q u e ne puis-je d e s c e n d r e d a n s les
p r o f o n d e u r s d e l à t e r r e p o u r v o u s faire e n t e n d r e mes
g é m i s s e m e n t s , o v o u s qui êtes mille fois d é s i r é ! » Le
Seigneur lui répondit : « Q u e l avantage en r e t i r e r a i s -
tu ? P a r t o u t Les s o u p i r s m'attirent vers toi. L e c œ u r
h u m a i n ne peut vivre sans r e s p i r e r l ' a i r ; ainsi l'âme
qui ne vil pas de mon e s p r i t est m o r t e . Il y a trois
o u v e r t u r e s dans le c œ u r de l ' h o m m e : une p o u r r e s -
TROISIEME PARTIE. C H A P I T R E XIII. 251
C H A P U R E XIII.
CHAPITRE XIV.
C H A P I T R E XV.
C H A P I T R E XVI.
N j o u r , a p r è s la s a i n t e c o m m u n i o n , c o m m e elle
U désirait s a v o i r ce q u e le S e i g n e u r voulait d'elle,
il lui lit cette r é p o n s e : « S o r t o n s d a n s la c a m p a g n e . »
E t aussitôt, il lui s e m b l a se t r o u v e r d a n s un c h a m p
é m a i l l é de r o s e s , de lis, de violettes et d e mille fleurs
g r a c i e u s e s . L e s r o s e s d é s i g n a i e n t les m a r t y r s ; les
lis, les vierges ; les violettes et les a u t r e s fleurs s y m -
bolisaient les v e u v e s et tous les s a i n t s . II y avait la
a u s s i u n magnifique c h a m p de blé, où le S e i g n e u r
a s s i s , était c o m m e e n f e r m é d e s q u a t r e c ô t é s d a n s Je
froment. Celle-ci c o m p r i t q u e le c h a m p signifiait t o u t
le fruit qu'avait r a p p o r t é à l'Eglise l ' H u m a n i t é de
J é s u s - C h r i s t D e s r o s s i g n o l s et des a l o u e t t e s , faisant
e n t e n d r e l e u r s plus doux c h a n t s , v o l t i g e a i e n t a u t o u r
du Seigneur ; les r o s s i g n o l s d é s i g n a i e n t les â m e s
é p r i s e s d ' a m o u r , el les a l o u e t t e s , celles q u i a c c o m -
plissent l e u r s b o n n e s a c t i o n s avec joie et m a n s u é t u d e .
U semblait aussi q u ' u n e c o l o m b e p r e n a i t son r e p o s
s u r le sein du Seigneur, s y m b o l e des â m e s s i m p l e s
qui reçoivent les d o n s célestes s a n s c a l c u l , q u i n e dis-
c u l c n l ni ïes oeuvres de D i e u , ni celles des h o m m e s .
C'est en elles s u r t o u t q u e le S e i g n e u r p r e n d ses
délices.
Celle-ci, toutefois, voulait savoir p o u r q u o i le Sei-
g n e u r était enfermé de tous côtés c o n n u e p a r les
rtftrfrffKME PARTIE. C H A P I T R E XVI. 2i)7
q u a t r e m u r s d u n e m a i s o n . A l o r s elle vit en e s p r i t
q u e la vie de J é s u s - C h r i s t s u r la lerre est c o m m e
divisée en q u a t r e p a r t i e s qu'elle pouvait c o n s i d é r e r
p o u r a p p r e n d r e à g o u v e r n e r sa p r o p r e existence.
Le Chrisl fut p r e m i è r e m e n t fervent de c œ u r . E l l e
devrait à s o n e x e m p l e , q u a n d elle serait d a n s la
solitude, p o r t e r toujours son attention vers Dieu, en
c o n s i d é r a n t , soit la D i v i n i t é , soit les œ u v r e s de la
sainte H u m a n i t é , soit les o p é r a t i o n s de Dieu d a n s ses
saints, soit ce q u e la divine m i s é r i c o r d e lui avait déjà
a c c o r d é . Le C h r i s t fut s e c o n d e m e n t d o u x et sociable
avec t o u s ; ainsi clevrait-elle se m o n t r e r aimable et
d o u c e , ne b l e s s e r p e r s o n n e p a r une parole m o r d a n t e ,
mais au c o n t r a i r e ne s ' e n t r e t e n i r q u e des actions de
N o t r e - S e i g n e u r et des s a i n t s , et de ce qui peut être
a v a n t a g e u x à a u t r u i . T r o i s i è m e m e n t , le Christ ne (il
j a m a i s q u e d e s œ u v r e s utiles, guérissant les c o r p s el
les âmes ; ainsi devrait-elle s ' a p p l i q u e r s o i g n e u s e m e n t
à a g i r c n tout d ' u n c œ u r d o u x et joj'cux.. Q u a t r i è m e -
m e n t , le C h r i s l fut d u n e s o u v e r a i n e patience d a n s
les p e r s é c u t i o n s et les d o u l e u r s ; ainsi devrait-elle
d e m e u r e r s a n s a u c u n e a i g r e u r d a n s les peines el les
injures. La b r e b i s au p â t u r a g e hèle s o u v e n t ; m a i s ,
c o n d u i t e à la m o r t , elle se lait d e v a n t le b o u r r e a u .
Ainsi l a m e fidèle doit être d a n s la c r a i n t e q u a n d clic
ne ressent a u c u n g e n r e de p e i n e ; mais au tejyos de la
t r i b u l a t i o n , elle est en pleine s é c u r i t é .
Alors celle-ci pria le S e i g n e u r de lui a p p r e n d r e
comment elle p o u r r a i t vivre à c h a q u e instant selon son
bon plaisir. L e S e i g n e u r lui dit : « Chaque m a t i n , en
te levant, offre-moi ton c œ u r p o u r que j ' y v e r s e m o n
divin a m o u r A la messe, sois a v e c moi c o m m e en u n
festin où tous se r é u n i s s e n t , d o n t nul n'est excepté,
258 L E L I V R E D E LA GRACE SPECIALE
CHAPITRE XVII.
d i r e ce j o u r - l à en soil r e m p l i ; q u e ta b o u c h e ne
s'ouvre q u e p o u r In l o u a n g e et l'action de g r â c e s , cl
q u e celte fidélité d i v i n e te g a r d e d e t o u t e faute.
Confie tes m a i n s à la c l é m e n c e d i v i n e , afin q u ' e l l e
u n i s s e tes œ u v r e s aux s i e n n e s , q u ' e l l e les sanctifie et
les r e n d e p a r f a i t e s , en les é l o i g n a n t de tout m a l .
R e c o m m a n d e ton c œ u r à l ' a m o u r afin qu'il le c a c h e
en son C œ u r divin et l ' e m b r a s e à tel p o i n t qu'il ne
p u i s s e d é s o r m a i s g o û t e r ni j o i e , ni d é l e c t a t i o n t e r -
restre.
« A la m e s s e , offre de n o u v e a u t o n c œ u r à Dieu ;
qu'il soit purifié, s é p a r é de t o u t e p r é o c c u p a t i o n
h u m a i n e a v a n t la S e c r è t e , et ainsi p r é p a r é à r e c e v o i r
les effusions d e l ' a m o u r divin, q u i d o i v e n t b i e n t ô t
d é b o r d e r s u r t o u t e s les p e r s o n n e s p r é s e n t e s . »
P e n d a n t la m e s s e , cette s e r v a n t e de D i e u vit le
C œ u r de J é s u s - C h r i s t s y m b o l i s é p a r u n e l a m p e t r a n s -
p a r e n t e c o m m e le p l u s p u r cristal et a r d e n t e c o m m e
la flamme. Celle l a m p e laissait d é b o r d e r d e t o u s côtés
son i n c o m p a r a b l e d o u c e u r q u i , p l u s s u a v e q u e le
miel, p é n é t r a i t les c œ u r s de tous les d é v o l s a s s i s t a n t s .
L e feu signifiait l ' a r d e u r de ce divin a m o u r q u i p o r t a
le C h r i s t à s'offrir p o u r n o u s à D i e u le P è r e , s u r l'autel
de la croix. L a d o u c e u r r é p a n d u e signifiait la s u r a -
b o n d a n c e des b i e n s et de la félicité q u ' i l n o u s a d o n n é s
d a n s s o h ' p r o p r c C œ u r . O u i , n o u s a v o n s v r a i m e n t en
lui tout ce qui peut n o u s ê t r e s a l u t a i r e et utile, c'est-
à-dire la louange et l'action de g r â c e s , la p r i è r e ,
l ' a m o u r , le d é s i r , la satisfaction, enfin tout ce qui
peut c o m p e n s e r toutes nos n é g l i g e n c e s .
TROISIÈME PARTIR- CHAPITR» XVUI, 201
CHAPITRE XVIII.
CHAPITRE XIX.
C H A P I T R E XX.
20- COMMENT ON D O I T C H A S S E R LA T O R P E U R
ET L E SOMMEIL.
CHAPITRE XXL
C H A P I T R E XXII.
ncllc b o n t é , et le p r o t é g e r a c o n t r e t o u s les d a n g e r s ,
L a table e s t l ' a m o u r , p r é s d u q u e l celui q u i doit c o m -
m u n i e r t r o u v e r a un s û r accès ; il e n r i c h i r a l ' i n d i g e n c e
d e l a m e C D lui c o m m u n i q u a n t tous ses b i e n s . La
n a p p e est m a t e n d r e s s e : c o m m e u n e étoffe s o u p l e et
d o u c e au t o u c h e r , elle tend f o r t e m e n t à se r a p p r o c h e r
de l ' h o m m e . D a n s ma t e n d r e s s e , la c r é a t u r e t r o u v e
un refuge a s s u r é , p a r c e q u e le s o u v e n i r de ma dou-
c e u r et d e m a m i s é r i c o r d e d o i t la r e n d r e a u d a c i e u s e
p o u r r e c h e r c h e r el o b t e n i r t o u t ce qui est n é c e s s a i r e
à son salut. »
S u r la t a b l e p a r u t u n a g n e a u p l u s b l a n c q u e la
neige. Il touchait du pied, l'un a p r è s l ' a u t r e , c h a c u n
des plats et des c o u p e s d e c e l l e table ; ce geste les
r e m p l i s s a i t a u s s i t ô t de m e t s et de b r e u v a g e s v a r i é s .
Cet a g n e a u était le C h r i s t , s e u l e n o u r r i t u r e et v é r i t a b l e
r a s s a s i e m e n t des â m e s . D a n s celte m a i s o n , deux
vierges très belles faisaient le service : elles se n o m -
m a i e n t M i s é r i c o r d e et C h a r i t é . L a M i s é r i c o r d e était
p o r t i è r e : a p r è s avoir i n t r o d u i t les a r r i v a n t s , elle les
plaçait à la t a b l e , tandis q u e la Charité s e r v a i t les
c o n v i v e s , cl versait l a r g e m e n t à boire à tous les i n v i t é s .
CHAPITRE XXIII.
SAINTE COMMUNION.
1
j l l e posail le signe pour indiquer quelle
C OMME
CHAPITRE XXIV.
A c o u t u m e de la s e r v a n t e du C h r i s t était de
L m é d i t e r avec plus de soin la P a s s i o n de J é s u s -
C h r i s t a v a n t d e c o m m u n i e r . Si parfois elle négligeait
cette p r a t i q u e , elle c r a i g n a i t d ' a v o i r m a n q u é g r a v e -
m e n t , p a r c e que le S e i g n e u r a dit : Faites ceci en
mémoire de moi ( L u c . x x n , lî)). C'est p o u r q u o i , a p r è s
a v o i r p r i é Dieu de lui e x p l i q u e r le sens de ces p a r o l e s ,
elle fut i n s t r u i t e p a r l ' E s p r i t - S a i n l , et les c o m p r i t
c o m m e il va s u i v r e : « Hoc facile in mea mcommemora-
tionem : faites ceci en m é m o i r e d e m o i , » il y a trois
c h o s e s à se r a p p e l e r au m o m e n t de la sainte com-
m u n i o n . L a p r e m i è r e est cet é t e r n e l a m o u r d o n t Dieu
n o u s a i m a i t a v a n t q u e n o u s a y o n s r e ç u l'être. P r é -
v o y a n t n o s c r i m e s et n o t r e perfidie, il a c e p e n d a n t
d a i g n é n o u s c r é e r a son i m a g e et à sa r e s s e m b l a n c e ;
n o u s d e v o n s lui en r e n d r e g r â c e s .
L a s e c o n d e est cet a m o u r i m m e n s e qui a tiré
le F i l s d e D i e u d u sein des ineffables d é l i c e s qu'il
goûtait d a n s la gloire d u P è r e , p o u r i n c l i n e r sa majesté
infinie j u s q u ' a u fond de la m i s è r e qui est n o t r e lot
d a n s les liens d ' A d a m . L a faim, le froid, le c h a u d ,
la l a s s i t u d e , la t r i s t e s s e , les m é p r i s , les souffrances
et la p l u s i g n o m i n i e u s e des m o r t s , il a tout e n d u r é
avec u n e ineffable p a t i e n c e , afin d e n o u s d é l i v r e r
d e toutes n o s m i s è r e s .
L a troisième est cet a m o u r i n s o n d a b l e a v e c lequel
TROISIEME PARTIE. CHAPITRE XXV. 271
îl n o u s r e g a r d e à tout m o m e n t et p r e n d soin de n o u s ,
avec u n e t e n d r e s s e de p è r e , a p r è s avoir été n o i r e
c r é a t e u r et n o t r e r é d e m p t e u r . C o m m e un t e n d r e
frère, il i n t e r c è d e toujours p o u r n o u s a u p r è s du P è r e ;
il règle et Iraite ce qui n o u s c o n c e r n e , c o m m e u n
avocat et u n m i n i s t r e fidèle.
O n doit se r a p p e l e r ces trois vérités à toute h e u r e ,
mais s p é c i a l e m e n t l o r s q u ' o n p r e n d part au céleste
b a n q u e t q u e n o t r e très d o u x A m o u r n o u s a laissé,
c o m m e le t e s t a m e n t à j a m a i s m é m o r a b l e de son indi-
cible t e n d r e s s e .
C H A P I T R E XXV.
CHAPITRE XXVI.
de c o m m u n i e r t r o p s o u v e n t , Je S e i g n e u r lui
r é p o n d i t : « P l u s on c o m m u n i e , plus l a m e d e v i e n t
p u r e , de m ê m e q u e le c o r p s esl plus p r o p r e q u a n d on
le lave p l u s f r é q u e m m e n t . P l u s une p e r s o n n e c o m -
m u n i e , p l u s a u s s i j ' o p è r e en elle et elle en m o i , de
s o r t e q u e ses œ u v r e s d e v i e n n e n t plus saintes. E t plus
u n e p e r s o n n e esl zélée p o u r la c o m m u n i o n , p l u s elle
se plonge p r o f o n d é m e n t en m o i , pénètre d a n s l'abîme
d e m a D i v i n i t é et dilate s o n a m e , dont la capacité
s'accroît p o u r c o n t e n i r la D i v i n i t é , de m ê m e q u e si
l'eau c o u l e s o u v e n t s u r u n m ê m e t e r r a i n , elle s'y
c r e u s e u n lit p l u s p r o f o n d , d a n s lequel l'eau peut
couler toujours d a v a n t a g e . »
CHAPITRE XXVII.
DE DIEU,
CHAPITRE XXVifl.
DU CO'ÎUK HUMAIN.
1 . O n r e m a r q u e r a q u e le s y m b o l i s m e d u vêtement couleur
d ' a z u r n'est pns d o n n é p a r ln suinte
THOTSTÈME PARTIE, CHAPITRE XXIX. 277
CHAPITRE XXIX.
A s e r v a n t e du C h r i s t , a p r è s avoir entendu p r ê c h e r
L un j o u r s u r les n o c e s , dit au S e i g n e u r : « H é l a s !
o m o n t e n d r e E p o u x , quelle infidèle épouse j e vous
suis tous les j o u r s ! Je n'ai j a m a i s témoigné m o n
a m o u r d ' é p o u s e c o m m e j e le devais, à v o u s , mon
E p o u x v é r i t a b l e ! » A u s s i t ô t le Seigneur lui a p p a r u t
dans u n e gloire ineffable et délicieuse, en d i s a n t : « La
c o u t u m e v e u t parfois q u ' a p r è s un voyage de l'époux
dans un pays très éloigné, les époux au r e t o u r
r e n o u v e l l e n t l e u r s n o c e s . Il faut que je fasse de même.
P o u r l'Ame qui a i m e , un seul j o u r loin de moi est
plus p é n i b l e q u e mille a n s de s é p a r a t i o n p o u r une
épouse de fa i e r r e . » Il plaça d o n c son C œ u r divin s u r
le c œ u r de sa b i e n - a i m é e en lui disant : « D é s o r m a i s
mon C œ u r esl à toi el le Lien à moi. » P u r un doux
c m b r a s s c m c n l où il mit toute sa force d i v i n e , il
attira tellement celle a m e qu'elle semblait ne plus
faire qu'un seul esprit avec lui.
Elle dit ensuite au S e i g n e u r : « L ' é p o u s e p r o d u i t
h a b i t u e l l e m e n t des fruits p o u r sou é p o u x ; quel fruit, ô
278 LE LIVKE D E LA G R A C E SPÉCIALE.
r
t r è s vaillant E p o u x , v o u s r a p p o r l c r a i - j c ? — Cluupie
j o u r , r é p o n d i t le S e i g n e u r , tu m e d o n n e r a s sept fils.
D ' a b o r d p e n d a n t la nuit, q u a n d tu te l è v e r a s , p a r r é v é -
r e n c e p o u r l ' a m o u r qui m'a livré c h a r g é de c h a î n e s
aux m a i n s d e s i m p i e s , et m'a r e n d u o b é i s s a n t j u s q u ' à
la m o r t , tu d i s p o s e r a s ton c œ u r à o b é i r en ce j o u r à
tout ce qui te sera enjoint ce j o u r - l à , m ê m e si tu d e v a i s
a c c o m p l i r un acte h é r o ï q u e , c o m m e en font les saints.
V e r s P r i m e , p a r r e s p e c t p o u r celle h u m i l i t é a v e c la-
quelle j ' a i c o m p a r u d e v a n t un j u g e i n d i g n e c o m m e un
très doux a g n e a u , s o u m e t s - t o i à toute c r é a t u r e , à c a u s e
de m o i , el sois p r ê t e à e x é c u t e r de vils et h u m b l e s t r a -
1
v a u x . A T i e r c e , à c a u s e de cet a m o u r p o u r lequel j ' a i
voulu être m é p r i s é , c o n s p u é et r a s s a s i é d ' o p p r o b r e s ,
estime-toi digne d ' ê t r e a b a i s s é e et v i l i p e n d é e . À S e x t e ,
crucifie le m o n d e à ton é g a r d et sois crucifiée au
m o n d e . P e n s e q u e moi, ton a m a n t , j ' a i été, p a r a m o u r ,
attaché à la croix ; par c o n s é q u e n t , toutes les délices et
les d o u c e u r s du m o n d e ne d o i v e n t p l u s ê t r e p o u r loi
q u ' u n e croix a m è r e . A N o u e , m e u r s au m o n d e el à toute
c r é a t u r e , en s o r t e q u e l ' a m e r t u m e d e ma m o r t soit
u n e d o u c e u r p o u r ton c œ u r , et q u e toute c r é a t u r e
d e v i e n n e à tes y e u x vile et s a n s a t t r a i t . V e r s l ' h e u r e d e
V ê p r e s , à laquelle je fus d é p o s é d e l à c r o i x , lu p e n s e r a s
avec joie c o m m e n t a p r è s ta m o r t cl tous les t r a v a u x ,
tu p r e n d r a s un h e u r e u x r e p o s d a n s mon sein. A
Compiles également, lu p o u r r a s p e n s e r à cette u n i o n
où, d e v e n u e u n seul e s p r i t avec m o i , tu j o u i r a s p a r f a i -
tement de m o i - m ê m e , par u n e s u p r ê m e e x p é r i e n c e .
Celte union a u r a p o u r point de d é p a r t la c o n c o r d e
CHAPITRE XXX.
CHAPITRE XXXI.
COMMENT ON D O I T E N T O N N E R LES H E U R E S
E S e i g n e u r a p p a r u t u n e fois à sa s e r v a n t e p e n d a n t
I J les h e u r e s d u s o m m e i l . E l l e lui d e m a n d a e n t r e
a u t r e s c h o s e s s'il en est des v e r t u s c o m m e des v i c e s .
Car on lit qu'il n'y a p é c h é si léger q u e l ' h a b i t u d e n e
1
r e n d e m o r t e l ; les v e r t u s , d e l e u r côté, a c q u i è r e n t -
elles p l u s d e m é r i t e d e v a n t D i e u p a r la p r a t i q u e
h a b i t u e l l e ? L e S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Il n'est p a s
d'acte b o n , si petit, qui ne p a r a i s s e g r a n d d e v a n t
D i e u , s'il est c o n s t a m m e n t p r a t i q u é . » E l l e r e p r i t :
« Q u e l l e est la m o i n d r e b o n n e action q u ' o n p u i s s e
faire le p l u s s o u v e n t avec profit ? » L e S e i g n e u r
dit : « .est de réciter ses H e u r e s a v e c a t t e n t i o n
el ciévo-c^n, n o n q u e cet acte soit d e petite v a l e u r ,
mais parce q u ' o n ne peut faire m o i n s q u e de s ' a c -
quiller de son d e v o i r . E n c o m m e n ç a n t les H e u r e s ,
CIIÀP1TUE X X X I I .
CHAPITRE XXXIII.
CHAPITRE XXXIV.
Q u e ]rs yeux s V m l o r m e n t ,
Q u e le c œ u r v e i l l e t o u j o u r s p o u r l o i . »
CHAPITRE XXXV.
CHAPITRE XXXVI.
CHAPITRE XXXVII
CHAPITRE XXXVIII.
39. D E LA ROUE N U P T I A L F
r e
1. Voir l parLic, c. xx ; 2" parLie, c. xix ; 7' p a r t i e , c. x i , e l le
Héraut, ïïv V, r. iv.
T R O I S I È M E P A R T I E . C H A P I T R E XXXIX, 2cS0
CHAPITRE XXXTX.
DU SEIGNEUR.
1. I n t r o ï t d u d e r n i e r d i m a n c h e a p r è s Ja P e n t e c ô t e .
290 LE LTVEE D E LA GHACE SPÉCIALE.
d affliction ; de m ê m e applique-toi à p o s s é d e r un c œ u r
t r a n q u i l l e et des p e n s é e s p a c i f i q u e s ; ne c o n t e s t e avec
p e r s o n n e , niais cède t o u j o u r s a v e c p a t i e n c e et h u m i -
lité. D e m ê m e q u e j ' e x a u c e ceux q u i m ' i n v o q u e n t ,
ainsi m o n t r e - t o i b i e n v e i l l a n t e et favorable à tout le
m o n d e . T r a v a i l l e à d é l i v r e r t o u s les captifs, c'est-
à-dire p o r t e s e c o u r s et c o n s o l a t i o n aux affligés et à
ceux qui sont d a n s la t e n t a t i o n . »
C H A P I T R E XL.
CHAPITRE XLI.
CHAPITRE XLII.
CHAPITRE XLÏIÏ.
CHAPITRE XLIV.
J
44. COMMENT IL FAUT C H E R C H E R D I E U l A R LES
CINQ S E N S .
C H A P I T R E XLV.
CHAPITRE XLVI.
CHAPITRE XLVIL
CHAPITRE XLVIÏI.
DE SON CORPS.
N E a u t r e lois le S e i g n e u r lui d i t : « La m e i l l e u r e
U et la p l u s utile des œ u v r e s à laquelle l ' h o m m e
puisse e m p l o y e r sa b o u c h e est la louange d i v i n e et la
fréquente c o n v e r s a t i o n a v e c D i e u , c'est-à-dire l'orai-
son. L e s y e u x ne p e u v e n t r i e n faire de p l u s louable
que de r é p a n d r e des l a r m e s d ' a m o u r ou de lire assi-
d û m e n t la sainte E c r i t u r e ; les oreilles, q u e d ' é c o u t e r
v o l o n t i e r s la p a r o l e d e Dieu et d e se t e n i r i n c l i n é e s
d e v a n t les o r d r e s des s u p é r i e u r s . La m e i l l e u r e œ u -
v r e des mains est de s'élever d a n s une p r i è r e p u r e
ou d'être e m p l o y é e s à é c r i r e . Ce qu'il y a de m e i l l e u r
p o u r le c œ u r , c'est d ' a i m e r , d e d é s i r e r D i e u a v e c
ferveur et d e p e n s e r d o u c e m e n t à lui d a n s la m é d i t a -
tion. P o u r l'exercice du c o r p s e n t i e r , les génuflexions,
les p r o s t r a t i o n s et les œ u v r e s de c h a r i t é s e r o n t d u n e
g r a n d e utilité. »
CHAPITRE XLIX.
la p l é n i t u d e d e sa j o i e , p o r t a n t u n e r o b e d ' o r , b r o d é e
de c o l o m b e s et r e c o u v e r t e d'un m a n t e a u r o u g e . Ce
v ê l e m e n t était o u v e r t des deux côtés, p o u r m a r q u e r
q u e l'àme a p a r t o u t l i b r e accès a u p r è s doJDicu. L e
manteau rouge signifiait la P a s s i o n du Christ qui lui
fut t o u j o u r s p r é s e n t e , et qu'il offre e n c o r e à son
P è r e , i n t e r p e l l a n t s a n s cesse p o u r l ' h o m m e . L e s co-
l o m b e s e x p r i m a i e n t la simplicité du C œ u r divin, d o n t
les d i s p o s i t i o n s s o n t toujours i m m u a b l e s , q u o i q u e la
c r é a t u r e lui m a n q u e si s o n v e n t d e fidélité.
C e p e n d a n t l'àme qui se sentait à une g r a n d e dis-
tance du S e i g n e u r , songeait à ces paroles du P r o -
p h è t e : Hélas! cest de loin que le Seigneur in a apparu
(Jér. xxxi, 3 ) , q u a n d il lui r é p o n d i t : « Q u ' i m p o r t e ?
P a r t o u t où t u e s , là est m o n ciel. Q u e lu d o r m e s , que
tu m a n g e s , q u e tu fasses une action q u e l c o n q u e , ma
d e m e u r e esl t o u j o u r s cn toi. »
C o m m e elle se demandait ce qu'était son être cor-
p o r e l , le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : a T o n c o r p s n'est
q u ' u n s a c g r o s s i e r , e n v e l o p p a n t un cristal qui contient
une liqueur précieuse. Et de même qu'on garderait
un tel sac avec p r é c a u t i o n , s a n s le jeter ici ou là, de
p e u r de b r i s e r le cristal et de r é p a n d r e la l i q u e u r ,
ainsi l ' h o m m e doit, à cause de l'ame qui contient la
l i q u e u r de la divine g r â c e el l'onction du S a i n t - E s p r i t ,
r e s p e c t e r *on c o r p s et veiller s u r ses sens, «lin de ne
rien voirj ou e n t e n d r e , ou d i r e qui p u i s s e laisser
l'onction spirituelle de la g r â c e divine se r é p a n d r e
iiu d e h o r s ou c h a s s e r m o n E s p r i t qui règne en lui. »
300 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE L.
CHAPITRE U.
LA CONFESSION.
r e g a r d c m son h u m i l i t é d a n s le m i r o i r d e l ' h u m i l i t é
divine p o u r voir si elle n'a p a s souillé sa face p a r l a
s u p e r h e . D a n s celui de la p a t i e n c e du C h r i s t , elle v e r r a
si elle ne d é c o u v r e p a s en e l l e - m ê m e q u e l q u e t a c h e
d ' i m p a t i e n c e . D a n s le m i r o i r d e l ' o b é i s s a n c e du C h r i s t ,
on e x a m i n e r a si le visage ne p o r t e pas des traces de
d é s o b é i s s a n c e . D a n s celui d e l ' a m o u r du C h r i s t , on
v e r r a si Ton a r e m p l i le d e v o i r de l ' a m o u r e n v e r s les
a n c i e n s , c'est-à-dire e n v e r s les s u p é r i e u r s , si l'on a
été pacifique a v e c les é g a u x , d o u x e n v e r s les i n f é r i e u r s .
E l s'il y a s u r ces p o i n t s ou s u r d'autres q u e l q u e c h o s e
de r é p r é h e n s i b l c s u r le visage de l'amc, q u ' o n s'efforce
d e l'enlever avec le linge t r è s d o u x d e l ' H u m a n i t é d e
J é s u s - C h r i s t , se r a p p e l a n t q u e le C h r i s t esl n o t r e frère,
assez m i s é r i c o r d i e u x p o u r p a r d o n n e r t o u t p é c h é dès
q u ' o n s'en a c c u s e . Q u ' o n veille à ne p a s e s s u y e r les
taches d ' u n e m a n i è r e t r o p r u d e , c'est-à-dire s a n s con-
s i d é r e r la b o n t é d i v i n e , c a r si l'on frottait le visage
avec t r o p de violence on le d é c h i r e r a i t au lieu de le
guérir.
CHAPITRE LU.
elle e n t e n d a i t exalter d a n s u n s e r m o n la
(J TOMME
p r e n a i t d a n s le C œ u r divin u n e r o b e b l a n c h e , p o u r la
lui d o n n e r . Mais q u a n d celle-ci voulut s'en r e v ê t i r ,
des t r o u p e s de dénions s ' a p p r o c h è r e n t à droite et à
g a u c h e p o u r l ' e m p ê c h e r de m e t t r e celle r o b e . A l o r s
elle i n v o q u a la Vierge Marie cl la pria (h venir à son
aide : et elle vit aussitôt la s e c o u r a b l e VH'-ge Ja c o u v r i r
de son o m b r e , en se plaçant devant les d é m o n s . Ils
disparurent.
L o r s q u e celle-ci fut r e v ê t u e de la r o b e , elle pria la
glorieuse M a r i e de lui e n s e i g n e r c o m m e n t elle p o u r -
rait la c o n s e r v e r sum, tache. E l l e reçut cette r é p o n s e :
« P r e n d s g a r d e qu'il ne t o m b e rien de tes y e u x , de
Ion nez ou d e La b o u c h e s u r la r o b e , et que les m a i n s
ne l o u c h e n t ce qui p o u r r a i t la salir. » P a r ces
p a r o l e s , elle c o m p r i t qu'il faut d é t o u r n e r ses yeux de
toute vanité et ne j a m a i s les a r r ê t e r s u r les h o m m e s
avec t r o p d'attention ; qu'il ne faut pas a c c o r d e r à
l'odorat un plaisir qui d é t o u r n e de Dieu. Q u a n t à Ja
b o u c h e , si elle p r o n o n c e des p a r o l e s vaines el s u r t o u t
des p a r o l e s de d i s t r a c t i o n , d e m u r m u r e et de m e n -
songe, elle souille s i n g u l i è r e m e n t l'âme. L e s m a i n s
la souilleraient aussi en s'cmployanl à des travaux qui
n'auraient pas p o u r but la g l o i r e d e Dieu et l'utilité du
prochain »
QUATRIEME PARTÏE.
CHAPITRE L
DE SON CŒUR.
S e i g n e u r d i r e un j o u r a p r è s la sainte c o m m u n i o n :
« N o u s a l l o n s faire collation e n s e m b l e . » Aussitôt le
S e i g n e u r lui a p p a r u t assis s u r un t r ô n e devant l'autel ;
les Ames d e toutes les p e r s o n n e s de la congrégation
s o r t i r e n t de leur c o r p s , s o u s la figure de vierges
revêtues d ' u n e cyclade aussi b l a n c h e que la neige, et
v i n r e n t s'asseoir aux p i e d s d u Seigneur. Les p r é l a t s
o c c u p è r e n t les sièges placés en face du S e i g n e u r ,
et il l e u r dit : « Je suis au milieu de vous comme celui
qui sert ; mais c'est vous qui avez persévéré avec moi
J
dans mes en talions* et moi je vous prépare le royaume
comme mon Père me ta préparé, afin que vous mangiez
et buviez à ma table dans mon royaume » ( L u c , X X I Ï ,
28-30).
P a r ces p a r o l e s : Je suis au milieu de vous comme
30(5 LE L I V R E OE LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE IL
CHAPITRE III.
u n e m e s s e où Ton c h a n t a i t l'offertoire
P ENDANT'
1 . Offertoire d e la m e s s e des m o r t s .
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE I I I . 309
C H A P I T R E IV.
DE LA COMMUNION.
N j o u r q u e la c o m m u n a u t é allait au festin d e
U T A g n e a u , clic vit le R o i clc g l o i r e , le S e i g n e u r
J é s u s - C h r i s t , s u r le t r ô n e de sa magnificence, e n t o u r é
des b a t a i l l o n s d e ses a n g e s et d e toute la g l o r i e u s e
a r m é e des s a i n t s . L a R e i n e était a u s s i p r é s e n t e , la
M è r e d u Roi d e s a n g e s , et son v ê l e m e n t p o r t a i t des
b r o d e r i e s magnifiques r e p r é s e n t a n t la vie entière d e
son F i l s b i e n - a i m é . L e s p e r s o n n e s d e la C o n g r é g a t i o n
r e s s e m b l a i e n t t o u t e s à des v i e r g e s a d m i r a b l e m e n t
p a r é e s . L a V i e r g e M è r e s ' a v a n ç a du t r ô n e v e r s elles
et l e u r p r é s e n l a à b a i s e r un a g n e a u p l u s b l a n c q u e la
neige, t a n d i s q u e les s a i n t s faisaient e n t e n d r e cette
j o y e u s e a c c l a m a t i o n : « H o n n e u r , joie de la M è r e !
etc. »
CHAPITRE V.
DANS LA PERFECTION.
CHAPITRE VI.
SANS DÉFAILLANCE.
CHAPITRE VII.
C H A P I T R E VIII.
C H A P I T R E IX.
C H A P I T R E X.
!
10. DIEU ACCORDE EA T L U I E A SES PRIÈRES n
N E g r a n d e s é c h e r e s s e désolait tout le p a y s , c a r
U d e p u i s l o n g t e m p s on a t t e n d a i t cn vain la p l u i e .
Celle-ci p r i a le S e i g n e u r d a r r o s e r la lace de la t e r r e
d ' u n e eau f é c o n d a n t e . Il r é p o n d i t : « A u j o u r d ' h u i , j e
vous d o n n e r a i de la pluie. » C e p e n d a n t l'inexorable
sérénité du ciel lui lit c o n c e v o i r q u e l q u e s d o u t e s ;
m a i s , v e r s le s o i r , u n e pluie a b o n d a n t e t o m b a du ciel,
selon la p r o m e s s e d i v i n e .
C H A P I T R E XI.
MÉRITES.
U N E a u t r e é p o q u e , c o m m e n o u s r e d o u t i o n s beau-
A c o u p la p r é s e n c e du roi qui se t r o u v a i t à peu de
d i s l a n c e de n o i r e m o n a s t è r e *, elle pria le S e i g n e u r
p o u r qu'il daignât, lui qui est le Roi de Lous les
r o i s , nous p r o t é g e r c o n t r e les d o m m a g e s q u e p o u r -
rait n o u s c a u s e r T a n n é e du p r i n c e . L e S e i g n e u r lui
r é p o n d i t ; ce T u ne v e r r a s p a s un seul s o l d a t de cette
a r m é e . » Elle se dit : cette p r o m e s s e de n e pas les
v o i r , les e m p ê c h e r a i t - e l l e a u s s i d e n u i r e au m o n a s -
t è r e ? « P a s u n seul n ' a p p r o c h e r a d e v o s m u r s , ajouta
le S e i g n e u r , et moi j e v o u s défendrai a v e c t e n d r e s s e
c o n t r e t o u s . » C'est ce qui a r r i v a , car le S e i g n e u r
nout* # a r d a avec tant de m i s é r i c o r d e q u e n o u s
n ' a v o n s souffert a u c u n d o m m a g e , q u o i q u e b e a u c o u p
d ' a u t r e s m o n a s t è r e s aient été a t t a q u é s .
C H A P I T R E XII.
u n e g r a n d e g u e r r e s'était allumée e n t r e n o s
C OMME
CHAPITRE XTII.
N d i m a n c h e où la m a l a d i e Pavait e m p ê c h é e de
U c o m m u n i e r , elle en r e s s e n t i t u n e g r a n d e tristesse
et dit au S e i g n e u r : « Mon S e i g n e u r , que voulez-vous
que j e fasse m a i n t e n a n t ? » Il lui r é p o n d i t p a r u n t r i p l e
« Virii/ : V i e n s , v i e n s , v i e n s . » Mais elle ne c o m p r i t
pas ce q u e cet appel signifiait. L e S e i g i ? u r r e p r i t
alors : « V i e n s c œ u r à c œ u r p a r l ' a m o u r : v i e n s des
lèvres „mx l è v r e s p a r le b a i s e r ; viens d'esprit à e s p r i t
par l'union. » Mais ces p a r o l e s « venir d'esprit à
esprit » la faisaient e n c o r e s o n g e r , q u a n d le S e i g n e u r
les lui expliqua : « Q u i c o n q u e aura r e n o n c é à sa
volonté, q u i c o n q u e préférera toujours ma volonté à la
320 L E L I V R E 1#E I,A CRACK SPÉCIALE
s i e n n e en tout événement h e u r e u x ou m a l h e u r e u x ,
celui-là v i e n d r a à l'union d ' e s p r i l à e s p r i t , et en lui
s'accomplira ce qui esl écrit : Celui qui s attache àDieu
devient un même esprit avec lui. (I Cor. vi, 17.)
Aloiv* elle se mit à p r i e r le S e i g n e u r afip q u e sa
c l é m e n c e v o u l û t bien é l o i g n e r du m o n a s t è r e mal-
h e u r q u ' o n r e d o u t a i t . « T u es ma j o i e , r é p o n d i t le
S e i g n e u r , et je suis la tienne : tant q u e (u vivra* et
q u e tu feras les délices de m o n C œ u r , pareil a c c i d e n t
n ' a r r i v e r a j a m a i s au m o n a s t è r e . » L ' â m e r e p r i t : « Ah !
m o n B i e n - A i m é , p o u r q u o i me p a r l e z - v o u s a i n s i , p u i s -
qu'il n'y a rien de b o n en moi ? » Il r é p o n d i t : « L e
miel mêlé au v i n a i g r e p e r d sa d o u c e u r ; m a i s a u c u n
m é l a n g e ne p e u t c h a n g e r ma d o u c e u r en a m e r t u m e . »
Voyez, m e s h i e n - a i m é s . de quelle force est la
prière assidue du juste ( J a c . v, 16), d e q u e l l e s g r â c e s
D i e u fait p a r t a u x h o m m e s à c a u s e d e ses a m i s . V r a i -
m e n t il c o n v i e n t d ' h o n o r e r e x t r ê m e m e n t vos a m i s , ô
m o n D i e u ; on n e peut j a m a i s assez les r e c h e r c h e r , les
a i m e r et les v é n é r e r , eux qui a p a i s e n t si s o u v e n t v o t r e
colère et de p l u s n o u s c o m b l e n t d e bienfaits. Qui
donnera des eaux à notre tête et à nos yeux des fontaines
de larmes ? ( J e r . ix, 1) p o u r p l e u r e r d i g n e m e n t celle
qui i n t e r v e n a i t ainsi p o u r n o u s ! P o u r son a m o u r , le
Dieu t o u t - p u i s s a n t n o u s a t a n t de fois é p a r g n é e s , t a n t
de fois î ï v t t s a v o n s r e s s e n t i le fruit d e ses p r i è r e s 1
T o u t e m b r a s é e du feu de l ' a m o u r , s e m b l a b l e au
c h a r b o n a r d e n t , elle e m b r a s a i t les c œ u r s de l ' a m o u r
1
divin. H é l a s 1 où t r o u v e r o n s - n o u s u n e telle s œ u r ? .
m a i n t e n a n t étant e n t r é e d a n s les p u i s s a n c e s du
S e i g n e u r , elle a été i n t r o d u i t e dans la c h a m b r e
n u p t i a l e d u s o u v e r a i n R o i p o u r r e p o s e r à l ' o m b r e de
son R i e n - A i m é !
C H A P I T R E XIV.
C H A P I T R E XV.
C H A P I T R E XVI.
SE COMPORTE!*.
C H A P I T R E XVII.
F O N T P R O F E S S I O N .
e l l e a v a i t e n c o r e p r i e p o u r les m ê m e s novices
(J"IOMME
CHAPITRE XVIII.
de c o m p a s s i o n p o u r u n e p e r s o n n e q u i , s u r
T OUCIÏKE
un point, ne p o u v a i t se m e t t r e p l e i n e m e n t d ' a c c o r d
avec la volonté de son s u p é r i e u r , elle p r i a i t le Sei-
g n e u r de l'éclairer p a r sa g r â c e cl de l'incliner à se
s o u m e t t r e . E t voici q u ' e l l e a p e r ç u t le S e i g n e u r J é s u s
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE XIX. 327
CHAPITRE XIX.
PROPRE.
N E p e r s o n n e lui d e m a n d a un j o u r de p r é s e n t e r à
U Dieu un sacrifice pénible qu'elle avait accompli
pour son a m o u r : c'était un acte d e r e n o n c e m e n t à sa
volonté p r o p r e . Celle-ci s'acquittait de ce message,
à la messe, lorsqu'elle vit s o r t i r du ciboire où était
contenu le C o r p s de J é s u s - C h r i s t , un tout petit enfant
qui g r a n d i t s o u d a i n p o u r d e v e n i r une vierge t r è s
J2 — SAIN l'k MliCHllI.IJb.
328 LE LIVRE D E LA OR A CE S P E C I A L E .
belle, s y m b o l i s a n t la v o l o n t é divine. Q u e l q u e s p e r -
s o n n e s , s'étanl apj)roebées de celte v i e r g e , la r e g a r -
d a i e n t a v e c u n e infinie t e n d r e s s e , l ' e m b r a s s a i e n t et
liaient c o n v e r s a t i o n a v e c elle. Ces p e r s o n n e s signi-
fiaient les i i u p s qui s ' a p p l i q u e n t à c o n f o r m e r l e u r
v o l o n t é a celle de Dieu d a n s l e u r s p e i n e s a u s s i bien
que d a n s leurs joies, et qui se s o u m e t t e n t t o u j o u r s
1
aux ordres des anciens .
Celle-ci vit de l'antre c ô t é un m a r m i t o n d a n s ses
b a b i l s n o i r c i s par la fumée. Il était le s y m b o l e de la
v o l o n t é p r o p r e et du s e n t i m e n t p a r t i c u l i e r . Ce mé-
p r i s a b l e valet s'efforçait de d é t o u r n e r de la vierge
les p e r s o n n e s s u s d i t e s et d ' a t t i r e r l e u r s r e g a r d s .
Q u e l q u e s - u n e s ne p r ê t è r e n t a u c u n e a t t e n t i o n à ce
m a n è g e et se remirent a u s s i t ô t à c o n t e m p l e r la vierge ;
m a i s d ' a u t r e s , s'étanl t o u r n é e s v e r s le petit h o m m e
n o i r , lui s o u r i a i e n t , c a u s a i e n t , c h u c h o t a i e n t avec
lui. Ces d e r n i è r e s signifiaient les Ames qui se d é t o u r -
nent parfois de la v o l o n t é divine p o u r s u i v r e la leur
ci préfèrent a b o n d e r d a n s l e u r p r o p r e s e n s , p l u t ô t q u e
de se r a n g e r aux avis de l e u r s p r é l a t s . Si elles ne
r e t o u r n e n t p a r la p é n i t e n c e vers cette v i e r g e , c'est-
à - d i r e v e r s la volonté de D i e u , il l e u r faudra souffrir
u n e p e r p é t u e l l e p a u v r e t é a v e c le m i s é r a b l e m a r m i -
t o n , p a r c e q u e la v o l o n t é p r o p r e n ' e n g e n d r e rien
d a n s la vie spirituelle s i n o n l'éternelle i n d i g e n c e .
C H A P I T R E XX.
C H A P I T R E XXL
C H A P I T R E XXI.
E c o u v e n t d a n s u n e p r e s s a n t e nécessité, avait
L récité t o u t un p s a u t i e r et Pavait confié à la ser-
vante du C h r i s t p o u r qu'elle PolTrît à D i e u . Elle dil à
son ange g a r d i e n : « O r ça, mon ange b i e n - a i m é , v o u s
connaissez c o m m e v o u s êtes c o n n u , t a n d i s q u e m o i ,
j e ne c o n n a i s qu'en partie *. Veuillez p r é s e n t e r ma
p r i è r e au Roi que v o u s s e r v e z d a n s la gloire et
les délices. » L ' a n g e r é p o n d i t : « P o i n t du tout, j e ne
connais p a s a u t a n t que je suis c o n n u , car celui qui
m'a fait m e c o n n a î t c o m m e s o u v e r a i n e p u i s s a n c e ,
s u p r ê m e sagesse et s o u v e r a i n a m o u r , tandis q u e j e le
connais s e u l e m e n t d a n s la m e s u r e de m o n être c r é é .
C e p e n d a n t j e suis plus h e u r e u x de p r é s e n t e r à mon
Dieu ton m e s s a g e q u ' u n e m è r e ne le serait de voir son
fils u n i q u e c o m b l é d ' h o n n e u r s et de r i c h e s s e s . » A l o r s
l a n g e reçut ces p r i è r e s s o u s forme d'alouettes
vivantes, d é p o s é e s s u r un linge b l a n c , et les offrit
joyeusement à Dieu. Q u e l q u e s - u n e s e s s a y è r e n t de
voler, mais elles ne m o n t è r e n t pas bien haut et r e v i n -
r e n i s u r la b l a n c h e n a p p e : d ' a u t r e s , p o r t é e s s u r l e u r s
ailes, allèrent se r e p o s e r s u r la p o i t r i n e du S e i g n e u r ;
d ' a u t r e s e n f i n , v o l a n t j u s q u ' à la h a u t e u r d e son v i s a g e ,
lui d o n n è r c n t d e s b a i s e r s . E t le S e i g n e u r dit : « A u t a n t
il y a de p e r s o n n e s q u i o n t récité ces p r i è r e s , a u t a n t
de fois je veux les r e g a r d e r d'un œil d e m i s é r i c o r d e
et incliner v e r s elles les oreilles de m a c l é m e n c e . >>
C H A P I T R E XXIII.
A s e r v a n t e de D i e u p r i a i t un j o u r p o u r u n e p e r s o n n e
L qui lui avait a v o u é c o m b i e n s o n a m e était triste
de ne p a s a i m e r Dieu el de le s e r v i r s a n s d é v o t i o n .
E l l e - m ê m e était t o m b é e d a n s u n e g r a n d e t r i s t e s s e et
se c r o y a i t tout à fait inutile p u i s q u e , a p r è s a v o i r reçu de
si g r a n d e s g r â c e s , elle n ' a i m a i t p a s D i e u c o m m e elle
l'aurait d u . Le S e i g n e u r lui dit a l o r s : « E h ! m a
h i e n - a i m é e , n e sois pas triste ; tout ce q u i e s t a m o i
est à toi ». E l l e lui dit : « Si v r a i m e n t t o u t ce qui est à
v o u s est à m o i , v o t r e a m o u r est d o n c m i e n , et il est
v o u s - m ê m e , ainsi q u e dit J e a n ; Dieu est amour ( J e a n ,
iv, K)); alors j e v o u s offre cet a m o u r p o u r qu'il
s u p p l é e â tout ce qui me m a n q u e . » L e S e i g n e u r
accepta cette p a r o l e , et r é p o n d i t : « C'est b i e n , et
q u a n d lu v o u d r a s me l o u e r ou m ' a i m e r et q u e lu
n ' a r r i v e r a s pas à satisfaire ton d é s i r , tu dira» : « . l e
v o u s loue, ô bon J é s u s ; â tout ce qui me m a n q u e ,
suppléez v o u s - m ê m e , j e vous p r i e , » E t q u a n d il te
QïwrnnbrE PARTIE, CHAPITRE xxiv. 333
plaira de m ' a i m e r , tu d i r a s : « J e vous a i m e , ô b o n
J é s u s ; à ce qui me m a n q u e , daignez s u p p l é e r en
offrant à voire P è r e p o u r moi l ' a m o u r de votre
c œ u r . » Ti. d i r a s à la p e r s o n n e p o u r laquelle tu
p r i e s de faire la m ê m e c h o s e . Si elle y revient mille
fois p a r jour, mille lois j e m'offrirai p o u r elle au P è r e ,
car j e ne peux r e s s e n t i r ni l a s s i t u d e , ni e n n u i . »
CHAPITRE XXIV.
p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e , elle r e ç u t cette r é p o n s e :
« Qu'elle récite s o u v e n t ce v e r s e t : Vous êtes b é n i , ô
A d o n a ï , au firmament du ciel, louable, glorieux cl
exalté d a n s les siècles ; v o u s qui v o u s avez fait le
ciel, la t e r r e , la m e r et t o u t ce qu'ils c o n t i e n n e n t ,
soyez loué, glorifié et exalté d a n s les siècles, alléluia.
« E t si la p e n s é e qu'elle n ' e s t pas du n o m b r e des
élus lui vient j a m a i s à l'esprit, qu'elle agisse à la
m a n i è r e de q u e l q u ' u n qui c h e m i n e dans u n e vallée
o b s c u r e : si cet h o m m e était pris tout à c o u p du dé-
sir de voir le soleil, il m o n t e r a i t de la vallée s u r
la colline afin d ' é c h a p p e r a u x o m b r e s . C'est ainsi
qu'elle doit agir. Est-elle e n v e l o p p é e des n u a g e s de
la t r i s t e s s e ? qu'elle g r a v i s s e la montagne de 1 espé-
rance cl qu'elle m e c o n t e m p l e des yeux de la foi,
moi, le céleste firmament a u q u e l sont fixées, c o m m e
des étoiles, les Ames d e tous les élus. Ces étoiles p e u -
vent bien être cachées s o u s les nuages du p é c h é et
334 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.
C H A P I T R E XXV.
j-ioMME elle p r i a i t e n c o r e p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e ,
*.>« elle e n t e n d i t Dieu lui faire celle r é p o n s e :
« L o r s q u ^ o n est d a n s la p e i n e , o n doit se p r o s t e r n e r
a m e s p i r d s , y d é p o s e r tout son f a r d e a u et m e le
c o n f i e r p a r cette p r i è r e : Regardez, nous vous en
prions, Seigneur, votre servante^ pour laquelle Noire-
Seigneur Jésus-Christ n'a pas hésité à se livrer aux
mains de ses ennemis et à souffrir le supplice de la
croix. Par le môme Jésus-Christ Notre-Seigneur»
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXV. 335
C H A P I T R E XXVI.
]^JL Ldé.siiait
E priait u n e a u l r e fois p o u r u n e p e r s o n n e qui
être a s s u r é e d e s a p e r s é v é r a n c e , q u a n d elle
vit 1 a m e de celte p e r s o n n e à g e n o u x p o u r ainsi dire
d e v a n t Dieu, lui offrant son c œ u r s o u s le s y m b o l e
d ' u n e c o u p e d o n l l e s deux a n s e s signifiaient la v o l o n t é
et le désir. L e S e i g n e u r accepta v o l o n t i e r s celte c o u p e
et la cacha d a n s son sein. Il avait a u p r è s de lui deux
a m p h o r e s , u n e d'or à sa d r o i t e , u n e d ' a r g e n t à sa
g a u c h e , et ce qu'il v e r s a i t t o u r à t o u r de Tune et de
l'autre se mélangeait d a n s la c o u p e . D e la p r e m i è r e
a m p h o r e coulait la d o u c e u r de sa D i v i n i t é , de l'autre
les l a b e u r s de son H u m a n i t é . N ' e s t - c e pas ce qu'il
v e r s e à la fois au c œ u r de l ' h o m m e q u a n d il lui fait
s e n t i r d a n s ses peines les d o u c e u r s de la consolation
divine, et qu'il lui d o n n e en m ê m e t e m p s p o u r r é c o n -
fort les t r a v a u x d e sa sainte H u m a n i t é ?
L e S e i g n e u r dit : « Q u a n d u n e peine s u r v i e n t , si
on avait a u s s i t ô t l'intention d e m e d o n n e r à b o i r e , nies
lèvres, en se p o r t a n t vers le calice, y infuseraient,
tant de d o u c e u r q u e le c h a g r i n d e v i e n d r a i t n o b l e cl
fructueux. Mais si l ' h o m m e boit le p r e m i e r au ca-
lice, il c o r r o m p t le b r e u v a g e ; el p l u s il boit, p l u s la
coupe devient a m è r e , de s o r t e qu'il ne convient plus
q u e j ' y puise m o i - m ê m e , à moins q u e la c o u p e n'ait été
purifiée p a r la p é n i t e n c e et la confessa**-; "
Q U A T R I E M E PARITE. Cil A PITRE X X V I I . '»«»/
1
if""—*———— —• — — "' - ' -' •• "——.—-.. -, . .
CHAPITRE XXVII.
d i s a n t ; « D o n n e - l e s - l u i d e ma p a r t afin qu'elle j o u e
a v e c mon F i l s . L o r s q u ' u n époux fait u n e p a r t i e de dés
avec son é p o u s e , il a i m e à lui p r e n d r e au j e u ses
a n n e a u x , ses bijoux, les j o l i s o u v r a g e s qu'elle a faits
de ses m a i n s ; et, de son côté, l ' é p o u s e s'adjuge t o u t
ce q u e p o s s è d e son b i e n - a i m é , »
Celle-ci vit a l o r s , par l ' i n s p i r a t i o n divine, q u e le
point un du dé, signifie la b a s s e s s e et Je néanl de
l ' h o m m e ; il le m e t p o u r ainsi d i r e en jeu c o n t r e le
Chrisl, q u a n d il s u p p o r t e le m é p r i s et la c o n t r a d i c t i o n ,
et il se tient v o l o n t i e r s s o u s la d é p e n d a n c e de toute
c r é a t u r e ; m a i s 1 a m e gagne ce q u e le C h r i s l p o s s è d e
lorsqu'elle reçoit de lui l'élévation et les h o n n e u r s q u e
son P è r e lui a d o n n é s , en c o m p e n s a t i o n des a b a i s s e -
m e n t s qu'il a s u b i s s u r la t e r r e , selon ce m o t du P r o -
p h è t e : Je suis un ver de terre, et non un homme,
1 opprobre des hommes el te rebut du peuple ( P s ,
xxi, 7).
Les deux p o i n t s signifient le c o r p s et l'ame ; on les
expose au jeu q u a n d on a c c o m p l i t ses œ u v r e s s p i r i -
tuelles et c o r p o r e l l e s p a r a m o u r , cn v u e d e glorifier le
C h r i s l , qui d o n n e a l o r s cn é c h a n g e t o u t e s les œ u v r e s
de sa Divinité et de son H u m a n i t é .
L e s trois p o i n t s s o n t les trois p u i s s a n c e s de l'ame :
m é m o i r e , intelligence et v o l o n t é . E l l e les j e u e au jeu
l o r s q u ' e l l e l e u r d o n n e p o u r règle le bon plaisir divin ;
mais elle gagne ce qui a p p a r t i e n t à son époux q u a n d
l'image de la s a i n t e T r i n i t é , i m p r i m é e s u r elle à la
création, peut s'y parfaitement r e p r o d u i r e , p&r la g r â c e
de J é s u s - C h r i s t .
L e s q u a t r e p o i n t s sont a m e n é s p a r l'âme q u a n d elle
se confie totalement à Dieu, d a n s la p r o s p é r i t é et d a n s
l'adversité, p o u r le p r é s e n t et p o u r l'avenir. Le C h r i s t
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXVIII. 339
j e t t e les m ê m e s p o i n t s q u a n d les q u a t r e p a r t i e s du
m o n d e , avec ce qu'elles contiennent, régies p a r sa
p u i s s a n c e et sa s a g e s s e , s o n t , par lui, assujetties au
s e r v i c e de cette âme.
L e s c i n q p o i n t s s o n t les c i n q sens de l'âme : clic les
j e t t e q u a n d elle ne c h e r c h e plus A j o u i r de ses cinq sens
en d e h o r s du bon p l a i s i r de Dieu. A l o r s le C h r i s t lui
d o n n e les c i n q plaies qu'il a reçues p o u r l ' a m o u r et le
s a l u t d e cette a m e , et il y ajoute tout le fruit de sa
Passion.
L e s six p o i n t s s o n t les six âges de l ' h o m m e , et l a i n e
les a m è n e q u a n d clic r e c o n n a î t les négligences et le
mal qu'elle a c o m m i s t o u s les j o u r s de sa vie. P a r
c o n t r e , le C h r i s t , d a n s sa bénignité, j e t t e à ce jeu
toute sa très sainte vie el c o n v e r s a t i o n , avec l'absolue
perfection de ses v e r t u s .
C H A P I T R E XXVIII.
CHAPITRE XXIX.
PAR LA LOUANGE.
L L E vit un j o u r d e v a n t le S e i g n e u r u n e p e r s o n n e
E affligée p o u r qui elle p r i a i t , et elle vit aussi le
Seigneur : « Voici, disait-il, q u e je r e m e t s à celui-là
tous ses p é c h é s ; mais il devra r é p a r e r , p a r l a l o u a n g e ,
ses fautes el ses négligences. Q u a n d il e n t e n d r a ces
paroles d e l à Préface : «perquem majrstulrm luani lan-
dau t aiifjeli : p a r qui les anges l o u e n t v o t r e majesté »,
VUATIUKME P A R T I E . C H A P I T R E XXX. 341
CHAPITRE XXX.
et d a n s la joie de m o n c œ u r , je me p r é s e n t e à m o n
P è r e , lui r e n d a n t g r â c e s et l o u a n g e s p o u r toutes
les souffrances qu'elle e n d u r e . » E l il ajouta : « Si
q u e l q u ' u n d é s i r e q u e j e m e r e v ê t e aussi do son â m e ,
il doit <lès l ' a u r o r e s o u p i r e r v e r s moi avec a r d e u r ,
d é s i r a n t q u e j ' o p è r e en lui ce j o u r - l à , loules les
œ u v r e s qu'il doit a c c o m p l i r . E n m ' a s p i r a n t p o u r ainsi
dire en lui, p a r ses s o u p i r s , il d e v i e n d r a m o n vête-
m e n t et de m ê m e q u e l'âme a n i m e el régit le c o r p s ,
ainsi l'âme qui vit de moi o p é r e r a p a r m o i . »
L e S e i g n e u r dil e n c o r e : « L e s s o u p i r s ont de g r a n d s
effets. J a m a i s on ne g é m i t d e v a n t D i e u s a n s se r a p -
p r o c h e r de lui. L e s s o u p i r s q u i o n t p o u r c a u s e l'a-
m o u r , le d é s i r d e m o i - m ê m e ou d e ma g r â c e ont trois
b o n s effets d a n s l'âme. P r e m i è r e m e n t , ils la fortifient,
c o m m e un parfum s u a v e et fort réconforte l ' h o m m e .
S e c o n d e m e n t , ils l'illuminent c o m m e le soleil éclaire
une maison o b s c u r e . T r o i s i è m e m e n t , en a d o u c i s s a n t
ses a c t i o n s et ses souffrances, ils l e u r c o m m u n i q u e n t
u n e a g r é a b l e s a v e u r . Q u a n t aux g é m i s s e m e n t s c a u s é s
p a r l a conlrilion des p é c h é s , ils s o n t c o m m e un bon
a m b a s s a d e u r qui r é c o n c i l i e l'âme a v e c D i e u , obtient
la g r â c e au c o u p a b l e et r a s s é r è n e la c o n s c i e n c e t r o u -
blée. »
Mais cette p e n s é e s u r v i n t en son e s p r i t : C o m m e n t
p e u t se vérifier la p a r o l e d'EzéchicI : a A q u e l q u e
h e u r e que le p é c h e u r s o u p i r e , j ' o u b l i e r a i toutes ses
i n i q u i t é s » ( E z c c h , x v m , 22), p u i s q u ' o n est e n c o r e
obligé de confesser t o u s ses p é c h é s , sauf e m p ê c h e -
m e n t majeur » ? L e Seigneur r é p o n d i t : « Q u a n d on a
d e m a n d é la g r â c e d'un s e r v i t e u r c o u p a b l e , il n'a pas
c e p e n d a n t la p r é s o m p t i o n de se p r é s e n t e r i n c o n t i n e n t
d e v a n t son m a î t r e ; il c o m m e n c e p a r se laver et p a r
QUATRIEME P A R T I E . C H A P I T R E XXXT. 34-3
CHAPITRE XXXI.
CHAPITRE XXXII.
32. D E T R O I S A U T R E S M A N I È R E S D'ÊTRE D E V A N T D I E U .
d'une a u t r e p e r s o n n e , le S e i g n e u r dit :
A PROPOS
<( Q u ' e l l e ait trois a t t i t u d e s à m o n é g a r d : d ' a b o r d ,
qu'elle soit p o u r moi q u a n d elle est en société c o m m e
un petit chien fidèle, q u i , souvent c h a s s é , r e v i e n t
sans cesse d e r r i è r e son m a î t r e . Si elle est blensée p a r
u n e p a r o l e , qu'elle ne s'écarte point p a r i m p a t i e n c e ,
ou q u e , si elle s'est éloignée un i n s t a n t , le regret
la r a m è n e et qu'elle se lie à ma m i s é r i c o r d e , qui p a r -
d o n n e t o u l à un seul s o u p i r .
CHAPITRE XXXIH.
cette s e r v a n t e du C h r i s t se r e c o m m a n d a i t
(^IOMMK
C H A P I T R E XXXIV.
A L'HOMME.
L L E priait u n j o u r p o u r u n e p e r s o n n e e m p r e s s é e
E à tous les travaux, s u r t o u t a u x p l u s v i l s . E l l e la
vit c o m m e en p r i è r e d e v a n t le S e i g n e u r , à g e n o u x et
les m a i n s élevées. L e S e i g n e u r a p p l i q u a ses deux
m a i n s d'où découlait u n e l i q u e u r e m b a u m é e s u r celles
de cette p e r s o n n e . l\ faisait distiller ce b a u m e goutte à
g o u t t e en d i s a n t : « Voici q u e j e t e d o n n e t o u t e s m e s
œ u v r e s p o u r sanctifier les tiennes el s u p p l é e r à ce
qui l e u r m a n q u e » E l l e c o m p r i t ainsi q u e les travaux
d e cette p e r s o n n e étaient t r è s a g r é a b l e s à Dieu. L e
S e i g n e u r ajouta : « L o r s q u e l'ouvrage l ' e m p ê c h e de
p e n s e r à m o i , qu'elle récite l ' a n t i e n n e : « G ratios
tibi, Deus, etc. : J e v o u s r e n d s g r â c e s , ô D i e u , j e vous
r e u d s g r â c e s , ô T r i n i t é v r a i m e n t u n e et v é r i t é trine » ;
ou cette a u t r e : « Ex qvoomnia, etc. : D e q u i toutes
c h o s e s , p a r q u i loules c h o s e s , en q u i t o u l e s choses
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE XXXV. «319
C H A P I T R E XXXV.
c
" c p r i a i t encore p o u r une a u t r e , elle vit
C V M M E
J le Seigneur la p r e n d r e p a r l a main et la c o n d u i r e
dans une p r a i r i e délicieuse el toute fleurie. Ceci lui lit
c o m p r e n d r e que cette p e r s o n n e serait é p r o u v é e avant
la mort p a r diverses maladies. L e Seigneur avait s u r la
poitrine des r o s e s , des lis et de petits écussons d ' o r q u e
cette p e r s o n n e reçut de lui avec joie et confiance, puis
les ajusta s u r elle-même c o m m e cn se j o u a n t . E l l e com-
prit que les petits é c u s s o n s désignaient la constance
el la v i c t o i r e ; les r o s e s , la patience qui la ferait
triompher d a n s ses m a l a d i e s ; les lis, la p u r e t é du
cœur qui la r e n d r a i t conforme au C h r i s t .
Alors celle qui j o u i s s a i t de cette vision dit au Sei-
gneur : « A l ' h e u r e de sa m o r t , ô très doux D i e u ,
donnez-lui un avant-goût de la vie éternelle, c'est-à-
dire l'assurance de n'être j a m a i s séparée de v o u s . »
Dieu lui r é p o n d i t : « Quel navigateur, a p r è s avoir
transporté h e u r e u s e m e n t ses r i c h e s s e s j u s q u ' a u p o r t ,
les jetterait alors v o l o n t a i r e m e n t à la mer ? Cette â m e
cpic j'ai élue dès l'enfance pour la vie religieuse, que
fui tenue par la main droite el conduite, dans ma
volonté P s . L X X I I , 2-lj, sera élevée avec gloire j u s q u ' à
350 LIC LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.
CHAPITRE XXXVL
36. D E T R O I S V O I E S S U I V I E S P A R L E S E I G N E U R .
C H A P I T R E XXXVII.
C H A P I T R E XXXVIII.
N E p e r s o n n e é p r o u v a i t une g r a n d e peine de ne
U p o u v o i r , p a r infirmité, a r r ê t e r ses l a r m e s . P e n -
d a n t p r e s q u e c i n q a n s , elle avait tant p l e u r é q u e , s a n s
un s e c o u r s de la m i s é r i c o r d e d i v i n e , elle en aurait
perdu le sens ou la vue. Elle supplia d o n c celle-ci et
d'autres de p r i e r p o u r elle afin q u e la clémence de
Dieu la délivrât d e cette p é n i b l e é p r e u v e . T o u c h é e
de c o m p a s s i o n , celle-ci la c o n s o l a i t souvent et
r e d o u b l a i t ses p r i è r e s a u p r è s de D i e u . La p e r s o n n e
fut alors si vite délivrée, q u e celle-ci d e m a n d a au
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXVJÏÏ. 353
Seigneur c o m m e n t une. p a r e i l l e tristesse p o u v a i t
passer s u b i t e m e n t . L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Sa déli-
vrance est u n effet d e ma s e u l e b o n t é . » E t il ajouta :
« Dis-lui d e n i a p a r t qu'elle peut me d e m a n d e r
de t r a n s f o r m e r ses l a r m e s c o m m e si elle les avait
versées p a r a m o u r , p a r dévotion el p a r contrition
de ses p é c h é s . » A ces p a r o l e s , celle-ci conçut
une vive s u r p r i s e : des l a r m e s r é p a n d u e s si inutile-
ment p o u r r a i e n t - e l l e s d o n c se c h a n g e r en saintes
larmes? « Qu'elle se confie s e u l e m e n t à ma bonté,
dit le S e i g n e u r , el, d a n s la m e s u r e de sa foi, j ' a c c o m -
plirai m o n œ u v r e cn elle. »
O é t o n n a n t e et a d m i r a b l e c o n d e s c e n d a n c e de la
miséricorde d i v i n e , q u i , d a n s sa libéralité, daigne
venir au s e c o u r s des m a l h e u r e u x par d e si g r a n d e s
consolations ! L e c t e u r , toi q u i a p p r e n d s c o m m e n t
Dieu a d o n n é ses c o n s o l a t i o n s aux h o m m e s p a r son
amante, je te conseille de les p r e n d r e c o m m e si elles
t'appartenaient, c a r Dieu lui a révélé qu'il aime a v o i r
réclamer aussi p a r toi la faveur qui est a c c o r d é e à
un a u t r e .
Un g r a n d n o m b r e de p e r s o n n e s ont r e ç u p a r
celle-ci des c o n s o l a t i o n s s p i r i t u e l l e s ; mais elle les
leur d o n n a i t le p l u s s o u v e n t s o u s forme d'ins-
truction, ou c o m m e si elle les avait a p p r i s e s p a r un
intermédiaire. Q u e Dieu soit d o n c béni de n o u s avoir
accordé une telle m é d i a t r i c e q u i s'est m o n t r é e la
tendre m è r e des m a l h e u r e u x p a r ses p r i è r e s conti-
nuelles, ses i n s t r u c t i o n s zélées cl ses c o n s o l a t i o n s .
354 LE U V R I i DE LA GRACE SPÉCIALE.
CHAPITRE XXXIX
CHAPITRE XL.
L L E priait p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e t r o u b l é e , q u a n d
E le S e i g n e u r lui a p p a r u t d e b o u t , a u p r è s d ' u n e
m o n t a g n e fleurie, la m a i n droite levée v e r s cette m o n -
t a g n e qui lui p a r u t s o u s un nuage de petits insectes
semblables^ à des m o u c h e r o n s . L e S e i g n e u r dit :
at U n h o m m e é c a r t e r a i t facilement de la maûr tous ces
m o u c h e r o n s ; il m e serait bien p l u s facile e n c o r e , si
j e le voulais, d ' e n l e v e r tout ennui à celui p o u r qui
tu p r i e s ; mais j e ne le veux p a s . T e n t é cn petites
c h o s e s , il a p p r e n d , par ma g r â c e qu'il i m p l o r e ,
c o m m e n t il d o i t d o n n e r conseil cl s e c o u r s a u x
autres d a n s l e u r s g r a n d e s t e n t a t i o n s . » E t il ajouta :
« Sache à n'en p a s d o u t e r , q u e les e m b a r r a s où il
se trouva ne lui n u i r o n t pas p l u s que ces petits m o u -
c h e r o n s n e r a v a g e r o n t la m o n t a g n e . »
Une a u t r e l'ois elle priait p o u r le m ê m e , et le Sei-
gneur lui d i l : « J e l'ai élu à c a u s e de m o i - m ê m e , et
je le g a r d e r a i à j a m a i s ; p a r t o u t où il sera, je le gou-
v e r n e r a i , et j e c o o p é r e r a i à t o u t e s ses œ u v r e s . J e
serai le p r o t e c t e u r , le c o n s o l a t e u r et le p o u r v o y e u r
de la m a i s o n qu'il h a b i t e . Q u a n d il p r ê c h e , qu'il
p r e n n e m o n C œ u r p o u r p o r t e - v o i x ; quand il e n s e i g n e ,
qu'il p r e n n e m o n C œ u r p o u r l i v r e . Il doit d o n n e r a u x
F r è r e s trois a v e r t i s s e m e n t s : le p r e m i e r est d'éviter
p o u r e u x - m ê m e s toute délectation sensible ; le s e c o n d ,
de fuir les h o n n e u r s et l'élévation ; le troisième, de
ne r é c l a m e r q u e le strict n é c e s s a i r e d a n s les c h o s e s
temporelles. Si les F r è r e s n'obéissent p a s à ces
r e c o m m a n d a t i o n s , il ne doit c e p e n d a n t pas cesser de
les avertir afin de p o u v o i r d i r e avec le P r o p h è t e :
Je nui point caché votre justice ( P s . xxxix, 11). Qu'il
ne p r e n n e p a s p o u r lui-même les h o n n e u r s qui lui s o n t
r e n d u s , m a i s qu'il les r a p p o r t e à moi, et qu'il accepte
comme p o u r m o n p r o p r e c o r p s les s o u l a g e m e n t s
qui lui sont offerts. »
CHAPITRE XLI.
41. D'UN AUTRE FRÈRE PRÊCHEUR.
CHAPITRE XLII.
CHAPITRE XLIII.
CHAPITRE XLIV.
CHAPITRE XLV.
PÉCHEUR.
CHAPITRE XLVI.
u n e s œ u r infirme d e v a i t c o m m u n i e r , celle-ci
C OMME
C H A P I T R E XLVII.
et légèreté, o m e t t a i t souvent de r e c e v o i r le C o r p s
de J é s u s - C h r i s t , elle la vit en p r é s e n c e du S e i g n e u r
QUATRIEME P A R T I F.. CHAPITRE XLVITÏ. 359
CHAPITRE XLVHI.
13 — • 4A.INTK MKCLlTlLlJIi
• 'fiO L E L I V R E ]>]«: L A r.PiAcrc 5;PKCT A L E .
CHAPITRE XLIX.
CHAPITRE L.
CHAPITRE LI.
CHAPITRE LU.
priait e n c o r e p o u r u n e p e r s o n n e d a n s
I O R S Q U ' E L L E
CHAPITRE LUI.
50. QUE D I E U D É S I R E LA C O N V E R S I O N D E S P É C H E U R S .
C H A P I T R E LIV.
CHAPITRE LV.
CHAPITRE LVL
SOIXANTE PATER.
C H A P I T R E LVII.
CHAPITRE LVIII.
LES PÉCHEURS.
L E E souffrait un j o u r de violentes d o u l e u r s de
E tète, l o r s q u ' a u m o m e n t d e l'oblalion d e l'boslie,
p e n d a n t la M e s s e s o l e n n e l l e , elle offrit sa souffrance
au S e i g n e u r avec l'hostie sainte cn l o u a n g e é t e r n e l l e .
L e S e i g n e u r lui a p p a r u t a u s s i t ô t . Il t e n a i t e n t r e ses
m a i n s délicates un c e r c l e de bois d e s s é c h é , cl s e m -
blait y a t t a c h e r de belles r o s e s . La S a i n t e a d m i r a i t ,
en se d e m a n d a n t ce q u e p o u v a i t signifier cette
action : fixer des r o s e s fraîches s u r du b o i s sec, l o r s -
q u ' e l l e e n t e n d i t le S e i g n e u r lui dire : « C o m p r e n d s
p a r là qu'il n'y a p a s de p é c h e u r dont le c œ u r soit si
d e s s é c h é p a r la rouille du vice, qu'il ne p u i s s e r e v e r -
d i r s u r - l e - c h a m p , s'il est saisi d ' u n e m a l a d i e q u e l -
c o n q u e . Il lui suffit d e la s u p p o r t e r avec, i n t e n t i o n de
souffrir bien d a v a n t a g e p o u r m o n a m o u r et p o u r
nia gloire, et il d e v i e n t c a p a b l e de r e c e v o i r g r â c e et
miséricorde.
« J e te dis m ê m e qu'il n'y a si g r a n d c r i m i n e l auquel
je ne r e m e t t e tous ses p é c h é s clés qu'il se r e p e n t s i n -
c è r e m e n t , et v e r s lequel je ne sois d i s p o s é à i n c l i n e r
m o n C œ u r divin a v e c a u t a n t de c l é m e n c e et de d o u -
c e u r q u e s'il n'eût j a m a i s p é c h é . » E l l e dit alo*-*; : « S'il
en est ainsi, p o u r q u o i , ô très d o u x D i e u , l ' h o m m e
1
misérable ne le sent-il p a s ? — Cela v i e n t , r e p r i t le
Seigneur, de ce qu'il n'a pas e n c o r e t o t a l e m e n t p e r d u
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE LIX. 3G7
CHAPITRE LIX.
S O N AMIE *.
« T r è s c h è r e fille d a n s le Christ,
« L ' a m a n t de t o n â m e t i e n t la main d a n s sa d r o i t e ;
il louche de ses doigts c h a c u n des tiens, afin de te
m o n t r e r c o m m e n t il o p è r e en ton â m e et c o m m e n t tu
dois le s u i v r e en i m i t a n t ses exemples.
« Son petit doigt signifie sa vie très h u m b l e s u r la
terre on il vient, non pour être servi, mais pour servir
(Marc, x, 45), et p o u r se s o u m e t t r e à toute c r é a t u r e .
Sur sou doigt a p p l i q u e le t i e n , c'est-à-dire r a p p e l l e -
loi, q u a n d g r o n d e la s u p e r b e , l'humiliai ion et la sujé-
1. Cette lettre esl lout ce qui MOUS reste de ce que .sainte Mech-
tilde a écrit.
i e
2Volc de la i
v édition.t
3G8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.
a u t r e m e n t , ni a u t r e c h o s e . Offre-lui d o n c en tout,
l o u a n g e et a c t i o n s de grâces.
« L e pouce désigne sa t o u t e - p u i s s a n c e divine et Ja
protection de sa bonté paternelle p a r laquelle il écarte
et r é p r i m e tout ce qui nuirait à l'âme fidèle, ne lais-
sant a r r i v e r j u s q u ' à elle rien qui ne c o n c o u r e à la
sanctifier et à l'exercer d a n s la v e r t u . U n i s ton pouce
à celui-là, c'est-à-dire sois forte d a n s la p r a t i q u e des
v e r t u s , et résiste aux vices avec un viril c o u r a g e . Ne
te délie j a m a i s de la m i s é r i c o r d e de Dieu, m ê m e s'il
p e r m e t à la Iribulalion de l a p p r o c h e r ou s'il te sous*
trait les c o n s o l a t i o n s de sa g r â c e . »
« C o n s i d è r e aussi ce qui le m a n q u e de v é r i n s .
Est-ce de riuimililé ou d'une a u t r e que lu es s u r t o u t
dépourvue'*' O u v r e , p a r la clef de l'amour, le précieux
écrin de toutes les v e r t u s , c'est-à-dire Se C œ u r divin
de J é s u s - C h r i s t ; d e m a n d e à ce Seigneur des a r m é e s
de te doiii/cr sa force p o u r t r i o m p h e r de l'assaut des
vices. Si les l a r r o n s des m a u v a i s e s pensées essaient
de te s u r p r e n d r e , c o u r s à l'arsenal et empare-loi des
a r m e s toujours brillantes qui s o n t la Passion et la
mort de ton S e i g n e u r . T u les fixeras s u r ton c œ u r
p a r un s o u v e n i r c o n t i n u e l , et la tourbe des pensées
sera réduite à Fuir h o n t e u s e m e n t .
« Si des p e n s é e s d e d é s e s p o i r le font la g u e r r e , r e c o u r s
au Irésor inépuisable de cette tendresse qui ne veut
laisser p é r i r p e r s o n n e , mais s o u h a i t e attirer tous les
h o m m e s à la c o n n a i s s a n c e el à l ' a m o u r de la vérité.
Ceux-là seuls s o n t exceptés qui choisissent volon-
taire mon l l'éternel le d a m n a lion. Happellc-loi c o m -
ment Dieu est plus p r ê t a r e c e v o i r l ' h o m m e qu'il
ne l'est à venir v e r s Dieu. Happcllc-toi que le désir
suprême du S e i g n e u r est de voir l'homme si bien
disposé, qu'il puisse verser s a n s cesse sa grâce en lui
et a u g m e n t e r les biens qu'elle y a d é p o s é s . »
des h o m m e s , le Seigneur J é s u s - C h r i s t
I 'AMANT
C H A P I T R E LX.
înnnccnlscL s i m p l e s , d é s i g n e s p a r l ' i n n o c e n t A g n e a u ;
tu les i n s t r u i r a s , tu les p r é p a r e r a s à me c o n n a î t r e et
A in'aimcr. E n second lieu, ceux qui s o n t clans la d o u -
leur el 1"mépris, d é s i g n é s a u s s i p a r la m a n s u é t u d e de
l ' A g n e a u ; tu les c o n s o l e r a s et tu t'efforceras de les
a i d e r st>Ion tes m o y e n s . Enfin, je te confie t o u t e
l'Eglise, figurée p a r la b r e b i s , si utile à l ' h o m m e ; p a r
les d é s i r s confiants cl ta p r i è r e infatigable, tu la p r é -
s e n t e r a s s a n s cesse d e v a n t les yeux de m a m i s é r i -
corde. »
CINQUIEME P A R T I E
C H A P I T R E I.
cette â m e d a n s la g l o i r e . P e n d a n t sa p r i è r e , le Seigneur
lui dit : « L a r e v e r r a i s - t u v o l o n t i e r s m a i n t e n a n t ? » E t
s u r - l e - c h a m p sa s œ u r lui a p p a r u t . Elle portail s u r la
tète un "oile de lin é c l a t a n t de l u m i è r e . Celle-ci
d e m a n d a ce q u e signifiait ce voile, et elle lui r é p o n d i t :
« Il r e p r é s e n t e la vie q u e j ' a i m e n é e d a n s le cloître ;
la d i v i n i t é p é n è t r e de gloire et de s p l e n d e u r tous les
fils d o n t il est tissé. » Ces p a r o l e s firent c o m p r e n d r e à
celle-ci qu'on ne g a r d e a u c u n e c o u t u m e p a r d é v o -
tion ou p a r fidélité a u x règles de son état, c o m m e p a r
e x e m p l e celle de p o r t e r des voiles et des c o u r o n n e s ,
s a n s q u e ce détail soit recueilli p a r le s o u v e n i r de
D i e u , et s a n s que l'ame cn reçoive u n e r é c o m p e n s e
spéciale. « Où est ta c o u r o n n e ? » r e p r i t c e l l e - c i .
L ' â m e r é p o n d i t : « Ma c o u r o n n e est tellement g l o -
r i e u s e qu'elle s'élève de la t e r r e j u s q u ' a u t r ô n e de
D i e u , et qu'elle t o u c h e les confins du m o n d e . E l l e
c o m m e n c e s u r la t e r r e où j ' a i laissé aux h o m m e s ma
m é m o i r e et m e s exemples ; elle monte j u s q u ' a u t r o n c
de Dieu, parce que m e s v e r t u s p r o c u r e n t h o n n e u r et
l o u a n g e à Dieu et r é j o u i s s e n t en m ê m e t e m p s t o u s
les s a i n t s . Elle e m b r a s s e aussi les q u a t r e p a r t i e s du
m o n d e , p a r c e q u e m a vie a profité à toute l'Eglise et
lui servira j u s q u ' à la fin des siècles. »
C o m m e celle-ci l'interrogeait ensuite s u r un point
qui avait été l'objet d e ses p r i è r e s p e n d a n t sa v i e , elle
r é p o n d i t : « Ma p r i è r e est d é s o r m a i s plus efficace, plus
utile et o i n s fructueuse q u ' a u t e m p s d e ma vie. » E t
c o m m e celle-ci t é m o i g n a i t q u e l q u e s u r p r i s e cn enten-
d a n t ces p a r o l e s , elle ajouta : « II en est ainsi p a r c e
q u e la p r i è r e , m ê m e a p r è s la m o r t du j u s t e qui l'a
faite, j a m a i s ne périt ni ne m e u r t . La p r i è r e qui a u r a
sollicité le salut des p é c h e u r s c o n s e r v e r a sa valeur
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE II 377
a p r è s la m o r t de l ' i n t e r c e s s e u r . Il en est de m ê m e
pour toutes les a u t r e s p r i è r e s . »
Ceci est c o n f o r m e à ce qui se lit au second livre
des M a c h a b é e s , où l'on voit le g r a n d p r ê t r e O n i a s
a p p a r a î t r e avec le p r o p h è t e J é r é m i e à J u d a s M â c h a -
bée et lui d i r e de J é r é m i e : Voilà celai qui prie tant
pour le peuple (II M a c h . , xv, 14). Il est certain q u e
l'âme de J é r é m i e était alors d a n s les limbes. Mais
celui q u i , p e n d a n t sa vie, c o m m e un vrai p r ê t r e du
Seigneur, avait apaisé Dieu par ses prières p o u r le
peuple, est m o n t r é a p r è s sa m o r t , intercédant e n c o r e
p o u r lui. D ' o ù Ton peut c o n c l u r e que si l'on donnait
à ses d é s i r s une intention qui s'étendrait à tous les
siècles, c ' e s t - à - d i r e si l'on voulait vivre et se p e r f e c -
tionner j u s q u ' à la fin du m o n d e p o u r l'amour et la
gloire de D i e u , en p r i a n t , t r a v a i l l a n t et souffrant
afin de s e c o u r i r les vivants et le;, u n i e s du p u r g a t o i r e ,
on verrait s û r e m e n t Dieu a c c e p t e r ce vœu c o m m e
l'acte l u i - m ê m e .
C H A P I T R E II.
F
2. DE E AME DE SA SŒUR ET COMMENT LES AMES BIEN-
A LEUR INTENTION-
N E a u t r e fois, p e n d a n t q u e le convciu c o m m u -
U niait, clic vit e n c o r e l'âme de sa s œ u r toute
resplendissante de beauté, se t e n i r à la droite de
Dieu et r e c e v o i r du S e i g n e u r a u t a n t de baisers qu'il
venait de p e r s o n n e s à la c o m m u n i o n . Ceci exprimait
378 LF. IAVHF. OK LA CUACK XVKCIALK.
m o u r u t la s œ u r M e c h t i l d e , d'heureuse m é -
Q U A N D
C H A P I T R E IV.
C H A P I T R E V,
1
5. rm L A M E DE LA MONIALE R. DE B/ -
E
1. 3 A n t i e n n e des V ê p r e s ù l'office des vierges.
382 Mi LIVUK lîh LA GlïACK SPÉCIALE.
a p p a r u t e n c o r e p e n d a n t la m e s s e ; el Tome, suivie
d ' u n e g r a n d e Iroupe d e v i e r g e s , arriva parée de roses
d ' o r c o m m e u n e é p o u s e nouvellement introduite d a n s
la m a i s o n . A l'offertoire Domine Je:;;: Chrisic. le
S e i g n e u r lui dil avec b i e n v e i l l a n c e : « Va m a i n t e n a n t
et offre au P è r e tout ce q u e m a Mère el moi t'avons
d o n n é hier. Ce trésor t ' a p p a r t i e n t p o u r Ion éternelle
béatitude. » T o u j o u r s suivie d e la t r o u p e des vierges,
elle s ' a v a n ç a p o u r offrir c e s d o n s précieux r e ç u s du
S e i g n e u r ; et l o u l e s les a u t r e s vierges présentèrent
p o u r l e u r c o m p a g n e les m e r v e i l l e s opérées e n c h a c u n e
d'elles p a r la très sainte T r i n i t é . Ce c h œ u r de vierges
formait cercle a u t o u r d e Taule] : la nouvelle épouse
occupait le milieu, et elles m e n è r e n t ainsi u n e r o n d e
joyeuse j u s q u ' à la lin d e l à m e s s e . Puis elles p a r u r e n t
dans les a i r s , c h a n t a n t l e u r s l o u a n g e s au Seigneur
a u - d e s s u s du lieu où l e c o r p s r e ç u t la s é p u l t u r e , j u s -
qu'à ce q u e la c é r é m o n i e fut t e r m i n é e . A l o r s , r e p r e -
n a n t l e u r s t a m b o u r i n s et l e u r s célestes c a n t i q u e s , elles
c o n d u i s i r e n t l ' é p o u s e , c'est-à-dire cette à m c bienheu-
r e u s e , j u s q u ' à la c h a m b r e n u p t i a l e de l'Epoux
immortel à qui soient h o n n e u r et gloire dans les siècles
étemels ! Amen.
i
O h e u r e u s e à m c , B e r t h a p a r la grâce de Dieu el
par le n o m ! P o u r la p u r e t é d e ta très i n n o c e n t e vie,
le voilà u n i e au S e i g n e u r d e s anges p a r l'indissoluble
lien de l ' a m o u r ! T u suis l'Agneau partout où il va.
D a n s ces délices s u r a b o n d a n t e s , souviens-loi encore
de n o u s !
CHAPITRE VI.
CORPS.
vit e n s u i t e a r r i v e r q u a t r e a n g e s : ils s u s p e n d i r e n t
a u - d e s s u s du lit u n e t e n t u r e r o u g e , p o u r s y m b o l i s e r
le m é r i t e et la d i g n i t é q u e cette s œ u r recevrait a p r è s sa
m o r t , c a r tant q u ' u n e â m e est enfermée d a n s son enve-
l o p p e m o r t e l l e , elle ne p e u t c o n n a î t r e la gloire d o n t
Dieu la c o u r o n n e r a d a n s le ciel.
C e p e n d a n t celle-ci fut saisie de tristesse, c a r son
B i e n - A i m é était a b s e n t . L a p r é s e n c e des anges ne
suffisait p a s à la c o n s o l e r , et elle se mît à c h e r c h e r
avec l'œil du c œ u r , d'un coin à l'autre, celui qu'elle
aimait u n i q u e m e n t . Il p a r u t t o u t à c o u p au milieu de
l ' a p p a r t e m e n t ; s o n v ê t e m e n t était b l a n c , o r n é d'éeus-
sons d ' o r ; la c o u l e u r b l a n c h e désignait la p u r e t é de
la m a l a d e , el les é c u s s o n s , sa patience inaltérable
d a n s les d o u l e u r s et les infirmités. L e Seigneur avait
d o n c choisi ces v ê t e m e n t s p o u r h o n o r e r les v e r t u s de
son é p o u s e .
C e p e n d a n t il p r i t la place du p r ê t r e a u p r è s de
la m a l a d e . La b i e n h e u r e u s e Vierge Marie s'assit à
la tête du lit, et p e n d a n t q u e les p r ê t r e s récitaient les
litanies, le S e i g n e u r fit t r o i s fois s u r elle le signe de la
croix en disant : « J e te b é n i s p o u r la santé de ton
âme et p o u r la sanctification d e ton c o r p s . » Q u a n d on
p r o n o n ç a son n o m , la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie
souleva la m a l a d e en d i s a n t : « Voici, ô m*:n F i l s ,
cette é p o u s e q u e j'offre à vos é t e r n e l s c m h r a s -
sements. » Et c h a q u e saint, à l'invocation de son n o m ,
fléchissait le genou afin d ' i n t e r c é d e r p o u r clic.
E n s u i t e ils f o r m è r e n t t o u s u n e r o n d e a u t o u r de ce lit,
les vierges y m a r c h a n t les p r e m i è r e s a u p r è s du S e i -
g n e u r . Q u a n d les o n c t i o n s furent finies, le Seigneur
dit à sa Mère : « J e v o u s la confie p o u r me la r e p r é -
senter i m m a c u l é e . #
C e p e n d a n t l'heure du b i e n h e u r e u x p a s s a g e a p p r o -
c h a i t ; et c o m m e Sa s œ u r était à toute e x t r é m i t é ,
celle-ci, touchée de c o m p a s s i o n , r e d o u b l a i t de ferveur
d a n s ses p r i è r e s . Elle vit a l o r s a r r i v e r "tae a r m é e
i n n o m b r a b l e de s a i n t s . L e s m a r t y r s se r a n g è r e n t p r è s
de la tète de la malade ; ils étaient velus de p o u r p r e ,
portaient des b o u c l i e r s j u s q u e s u r l e u r s v ê l e m e n t s
el se disaient les u n s aux a u t r e s : « A g i t o n s nos
b o u c l i e r s . » Ce bruit d ' a r m e s p r o d u i s i t u n e h a r m o n i e
si s u a v e , (pie les d o u l e u r s d e l à malade se c h a n g è r e n t
en a l l é g r e s s e . Le B i e n - A i m é de celte Ame, J é s u s , se
tenait e n c o r e a u p r è s du lit, a y a n t sa M è r e à coté de
lui : a l o r s celle b i e n h e u r e u s e à m c , délivrée d c s l i e n s de
la c h a i r , s'envola j o y e u s e d a n s les b r a s de la V i e r g e -
M è r e . D é l i v r é e de toute d o u l e u r , elle allait r e c e v o i r
l'éternelle c o u r o n n e ! Mais la Vierge M a r i e la d o n n a
a u s s i l o l â son Fils qui la reçut en s e s e m b r n s s e m e n t s
avec u n e ineffable t e n d r e s s e . 11 la lit r e p o s e r s u r
son sein j u s q u ' à la c é l é b r a t i o n de la m e s s e ou fut
offerte la victime pascale.
C e p e n d a n t le S e i g n e u r avait r e c o m m a n d é à la p e r -
s o n n e qui voyait toutes ces c h o s e s de faire c h a n t e r au
plus tôt la m e s s e p o u r elle, ce qui eut lieu, c a r la
m e s s e fut célébrée avant P r i m e . L e S e i g n e u r s'était
r e v ê t u , en l ' h o n n e u r de sa nouvelle é p o u s e , ^ n n o r n e -
m c n t b l a u e b r o d é d'aigles. La c o u l e u r b l a n c h e signifiait
la p u r e t é el chasteté de la m a l a d e ; les aigles, son
a m e c o n t e m p l a t i v e . D è s le c o m m e n c e m e n t de la m e s s e ,
il sembla que le souverain P i è t r e et Pontife véri-
table célébrai! l u i - m ê m e , le t r é s o r d'infinie r i c h e s s e
qu'on voyaiï déposé s u r l'autel était l'ensemble des
œ u v r e s o p é r é e s p a r le Fils de Dieu s u r la t e r r e p o u r
le salut du g e n r e h u m a i n . Il l'offrit à son P è r e p o u r
s u p p l é e r aux m é r i t e s de cette Ame que la glorieuse
Vierge M a r i e c o n d u i s i t elle-même près de l'autel,
a p r è s lui avoir r e m i s un écrin d ' o r copton^Mf. le t r é s o r
de ses p r o p r e s v e r t u s et œ u v r e s sainte.-,, q u i , s u r a -
joutées à celles q u e celle a i n e avait elle-même prati-
q u é e s , c o u v r a i e n t toutes l e u r s d é f e c t u o s i t é s A l ' E v a n -
gile, le S e i g n e u r la p r e n a n t p a r la main lui dil : « .le
le p r o m e t s , ma hien-aiméc, q u e ton c o r p s qui a été
c o n s a c r é tout en lier à m o n s e r v i c e , ressuscitera
glorieux au d e r n i e r j o u r . »
L ' â m e c e p e n d a n t p a r é e c o m m e u n e é p o u s e , portait
au doigt un a n n e a u dont la p i e r r e repx-ésentait u n e l è l c
d ' h o m m e ; un éclat merveilleux d o n n a i t à son c œ u r la
t r a n s p a r e n c e d'un clair m i r o i r , mais l o r s q u e le divin
Agneau pascal fui offert p o u r elle au Père céleste, il
jaillit du c œ u r de Dieu u n e l u m i è r e plus brillante
encore qui e n v e l o p p a celle â m e et la déroba aux
r e g a r d s . Ainsi i r r a d i é e par la l u m i è r e de la divinité,
remplie p a r la d o u c e u r ineffable de l ' E s p r i t - S a i n l ,
enrichie de tous les d o n s célestes, elle devint un seul
esprit a v e c D i e u p a r le lien d'un indissoluble
mariage.
C o m m e on p o r t a i t le c o r p s à la s é p u l t u r e , celle-ci
entendit r é s o n n e r l ' h a r m o n i e u x c a n t i q u e des saints
qui voulaient h o n o r e r ainsi les o b s è q u e s de l'épouse
du Roi i m m o r t e l . Ils c h a n t a i e n t ; « Tu es bienheu-
reuse, et tout est bien p o u r loi, ô Mechtilde, épouse
chois'ic d u C h r i s t : lu p a r t a g e r a s la joie des saints et
l'allégresse des a m'es à jamais. » D^s torches a r d e n t e s
aux larges flammes précédaient le corps pour r e p r é -
senter les œ u v r e s q u e celle u œ u r avait accomplies avec
3X8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.
la c o o p é r a t i o n de Dieu et q u i l'avaient p r é c é d é e d a n s
l'éternité. E n s u i t e I J Roi des r o i s , le S e i g n e u r des
s e i g n e u r s r e ç u t son é p o u s e et l ' e m b r a s s a é t r o i t e m e n t ;
mais elle, s a c h a n t de quelle m a n i è r e elle d i s p o s a i t du
Dieu (fui se mettait cn sa p u i s s a n c e , saisit N m a i n du
S e i g n e u r et lui fit b é n i r la C o n g r é g a t i o n .
C'est d o n c ainsi q u e le S e i g n e u r t r a n s p o r t a j o y e u -
s e m e n t sa bién-aiméc, e s c o r t é e p a r la g l o r i e u s e a r m é e
des s a i n t s j u s q u e d a n s les célestes r é g i o n s . Celle-ci
vit e n c o r e celte a m e en p r é s e n c e de l ' a d o r a b l e
T r i n i t é , où elle brillait d ' u n e indicible s p l e n d e u r . Le
S e i g n e u r s'inclinait vers elle c o m m e p o u r lui d o n n e r
le b a i s e r ; m a i s il ne le lui donnait p o i n t . Et c o m m e
elle cn était s u r p r i s e , le S e i g n e u r lui cn e x p l i q u a
la r a i s o n ; « Le b a i s e r signifie la p a i x . O n ne la
d o n n e p a s an ciel, séjour de l'éternelle paix : aussi
elle n'a a u c u n besoin d u b a i s e r de paix. » P u i s le
S e i g n e u r dit à cette a m e b i e n h e u r e u s e : « L è v e - t o i , et
viens c o m m e une fille te p r é c i p i t e r d a n s les b r a s d e
Ion P è r e . » E l l e obéit aussitôt avec joie, et le S e i g n e u r
r e p r i t : « Cet e m b r a s s e n t c n l signifie l ' u n i o n cn
laquelle l'ame m'est à j a m a i s j o i n t e p a r un i n d i s -
soluble lien d ' a m o u r . »
CHAPITRE Vil.
1. Voir 4-" p a r t i e eh X L .
2. C V i t - î w l i r e tu clou fie r é v é l a t i o n .
r o b e , le S e i g n e u r l ' a faite de l u i - m ê m e . Voici c o m m e n t
celle-ci c o m p r i t q u e Dieu revèi une â m e : s u r la t e r r e ,
iJ est p o u r elle Fauteur el le d i s t r i b u t e u r de loulc
g r â c e ; d a n s les cieux, il est l ' o r n e m e n t , la gloire et
la s u r a b o n d a n t e r é c o m p e n s e des b i c n h c u i v t i x , qu'il
p a r c et r é m u n è r e de l u i - m ê m e p o u r toutes les b o n n e s
œ u v r e s et les v e r t u s qu'ils ont p r a t i q u é e s s u r la t e r r e .
E n s u i t e on lui m i t u n e g r a n d e c o u r o n n e d'or r o u g e ,
o r n é e de perles lincs. E n la r e c e v a n t , il se jeta aux
p i e d s du S e i g n e u r , r e n d a n t g r â c e s et confessant qu'il
tenait tous ces d o n s de la s e u l e b o n t é divine el non en
vertu de ses m é r i t e s .
A l o r s celle-ci désira s a v o i r quel m é r i t e ce F r è r e
avail a c q u i s en a p p r é c i a n t a v e c fidélité de c œ u r le don
de Dieu en la s œ u r M . . . *. E l elle vil s o r t i r du C œ u r
divin c o m m e un c o u r a n t qui se r é p a n d i t s u r ce b i e n -
h e u r e u x F r è r e ; elle connut q u e ce m ê m e c o u r a n t se
portail également v e r s toutes les â m e s qui a i m e n t le
don de Dieu chez les a u t r e s , bien q u ' e l l e s - m ê m e s n'en
r e ç o i v e n t pas de p a r e i l s . A u s s i t ô t la s œ u r M. a p p a r u t
en g r a n d e j o i e , e n t o u r é e de gloire et de l u m i è r e . Celle-
ci lui dit en J ' a d m i r a n t ; Faites-moi c o n n a î t r e quel-
q u e c h o s e de v o t r e magnifique p a r u r e >"> -, mais elle
r é p o n d i t i « Tu ne p o u r r a i s rien y c o m p r e n d r e , c a r j e
porte maintenant p l u s d ' o r n e m e n t s qu'il n'y a de fils
d a n s un vêlement o r d i n a i r e , et ils sont un p r é s e n t du
Seigneur mon E p o u x . » P a r ces p a r o l e s , elle c o n n u t
q u e les saints n ' a t t r i b u e n t r i e n à l e u r s p r o p r e s m é r i t e s ,
tuais qu'ils font r e m o n t e r tout ce qu'ils p o s s è d e n t de
r é c o m p e n s e el de gloire, â la g r â c e ci à la m i s é r i c o r d e
divines.
CHAPITRE VIII.
N F r è r e lui a y a n t d e m a n d é de p r i e r Dieu p o u r
U l a m e d'un a u t r e F r è r e , elle ne se hAta point de le
faire ; mais un j o u r , étant en o r a i s o n , elle reçut l'ins-
piration de p r i e r p o u r celte â m e . Elle s'y refusait
encore, l o r s q u e le Seigneur lui dit avec u n e c e r t a i n e
sévérité : « Ainsi j e ne p o u r r a i p a r toi satisfaire le
désir de m o n ami ! » P u i s , la p r e n a n t p a r la main il
lui dit : (c Viens, el je t ' i n t r o d u i r a i au lieu de l'admi-
rable tabernacle jusque dans ma maison. » ( P s . x u , 5).
Aussitôt elle fut ravie au ciel où elle vit l'âme de ce
F r è r e c o m m e d e b o u t devant le S e i g n e u r ; cinq r a y o n s
parlant du C œ u r divin v e n a i e n t l'orner merveilleu-
sement.
Le p r e m i e r r a y o n entra d a n s ses yeux, p o u r signifier
celte c o n n a i s s a n c e si délicieuse p a r laquelle un bien-
heureux c o n t e m p l e Dieu s a n s cesse dans la gloire de
sa divinité. Le second p é n é t r a d a n s ses oreilles, p o u r
désigner la joie qu'il é p r o u v e à écouter les p a r o l e s et
les salutations si pleines de t e n d r e s s e el de d o u c e u r
qu'il entend é t e r n e l l e m e n t de la bouche de Dieu. L e
troisième r a y o n lui r e m p l i t la b o u c h e , p o u r d é s i g n e r
la louange ineffable qu'il a d r e s s e à Dieu i n c e s s a m -
ment. L e q u a t r i è m e r e m p l i t s o n c œ u r , p o u r manifester
1 \- • i r MI-X.II ni n:-*
,'192 ï,H MVIÎR UK OUACK KPtiCÏÀI.F,.
C H A P I T R E IX.
J F r è r e T h o m a s *, d'illustre m é m o i r e , avaient
pénétré d a n s les cicux. c o n n u e des p r i n c e s d e haute
noblesse. C h a c u n e était p r é c é d é e de deux g r a n d s
anges a r m é s d e flambeaux, d o n t l'un a p p a r t e n a i t au
c h œ u r d e s s é r a p h i n s , el l'autre à celui des c h é r u b i n s .
Le c h é r u b i n indiquait q u e s u r la terre ils avaient é t é
éclairés d e la science d i v i n e ; le s é r a p h i n , qu'ils
avaient b r û l é d'un a r d e n t a m o u r , non s e u l e m e n t p o u r
Dieu, mais aussi p o u r celte connaissance el. c è d e
intelligence qu'ils aimaient c o m m e le plus excellent
des d o n s d i v i n s .
L o r s q u ' i l s furent a r r i v é s devant Je trône de D.Wi,
toutes les p a r o l e s de l e u r s écrits a p p a r u r e n t s u r l e u r s
vêlements en lettres d ' o r ; la lumière de la divinité
les faisait toutes briller c o m m e l'or q u i r e s p l e n d i t
sous un soleil r u t i l a n t , et c h a q u e parole r e n v o y a i t
à son tour u n rcllet magnifique s u r la divinité. U n e
inexprimable d o u c e u r découlait aussi d e ces paroles
mêmes s u r les m e m b r e s de ces saints, p o u r a u g m e n t e r
la joie de l e u r s â m e s . Il n ' y c n avait p a s u n e t r a i t a n t
de la divinité ou d e l ' h u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t ,
C H A P I T R E X.
u jour a n n i v e r s a i r e du S e i g n e u r c o m t e B . *, n o i r e
A fondateur, de pieuse cl éternelle m é m o i r e , p e n d a n t
la m e s s e qu'on célébrait p o u r l u i , la s e r v a n t e d u C h r i s t
vil cette â m e devant D i e u . E l l e p o r t a i t d e s v ê l e m e n t s
s u r lesquels a p p a r a i s s a i e n t c o m m e de très belles
i m a g e s , loules les Ames a p p a r t e n a n t à la c o m m u n a u t é
qu'il avait fondée, tant celles qui r é g n a i e n t déjà d a n s le
ciel que celles qui devaient y p a r v e n i r un j o u r . Sa
c o u r o n n e avail autant de fleurons d ' o r qu'il avail gagné
d'Ames à Dieu d a n s ce m ê m e m o n a s t è r e . L e s deux
1
a b b c s s e s qui s'étaient déjà s u c c è d e dans le g o u v e r n e -
ment, se tenaient d a n s la g l o i r e , à sa droite et à sa
g a u c h e , cl le S e i g n e u r les félicitait, avec des p a r o l e s
pleines d e t e n d r e s s e de ce q u e pas une des b r e b i s
à elles confiées ne s'était p e r d u e . Les m e m b r e s de
la c o m m u n a l e a v w q u e l q u e s - u n s des h é r i t i e r s du
Comte, q u i s u r la terre a v a i e n t fait bon usage de l e u r s
b i e n s , f o r m è r e n t a u t o u r de lui c o m m e u n e r o n d e
ci d i r i g è r e n t vers cette Ame un rayon qui la faisait
briller d'un éclat m e r v e i l l e u x . Chacune m o d u l a i t
aussi de d o u c e s poésies p o u r n a r r e r les bienfaits qui
leur avaient été octroyés p a r D i e u , el cet élu écoutait
dans l'allégresse de son c œ u r . T o u t ceci donnait
à c o m p r e n d r e que le C o m t e se réjouissait d'avoir
sa p a r t d a n s les m é r i t e s d e toutes ces Ames et une
s o r t e d e d r o i t s u r le b i e n accompli en elles p a r
Dieu.
Elle vit aussi p a r m i ces b i e n h e u r e u x , le p r é v ô t O A
e n t o u r é d'un éclat m e r v e i l l e u x . Il r e s s e m b l a i t à un
cloître g a r n i de g r a c i e u s e s petites fenêtres d a n s les-
quelles d e s a m e s v e n a i e n t s ' a s s e o i r c o m m e d e s s t a t u e s
selon la c o u t u m e des m o n i a l e s . A n - d e s s u s , d a n s la
frise, c o u r a i e n t des i n s c r i p t i o n s p o u r r a p p e l e r toutes
les b o n n e s o b s e r v a n c e s i n s t i t u é e s au t e m p s de ce
Prévôt.
Elle v v i t e n c o r e l'amc du s e i g n e u r C , c u r é d ' O s -
3
torhausen . Il portait un v ê t e m e n t brodé de cercles
1 . G u n c g o n d o d ' I ï o l b o r s t a d l , p r e m i è r e Abbesse et G e r t r u d e
de l l a c k e h o r n , s œ u r de s a i n l e M e c h t i l d e . morte en ï201 -
2. O t l a , prévôt, n o m m e d a n s 1 acte île fondation du m o n a s t è r e
il U e d c r s l e b e n sous J'Abbesse G c r l r u d o , en 12(>2
«î. P a r o i s s e à trois lieues e n v i r o n au sud d'IIelfta, p r è s de
l'abbaye c i s t e r c i e n n e d e S i c h e m ou Sillichen.
396 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE
C H A P I T R E XI.
DE DIX-NEUF ANS *.
v i e , t o u s les s a i n t s m e r e n d e n t u n h o m m a g e p a r t i c u -
lier p o u r les v e r t u s n a t u r e l l e s d o n t j ' a v a i s o r n e son
â m e . D e p l u s celle â m e e l l e - m ê m e , q u o i q u e n o n e n -
c o r e béatifiée, c é l è b r e m e s l o u a n g e s avec allégresse
toutes les Fois q u ' o n dil d u bien d'elle s u r la t e r r e . »
A la m e s s e du h u i t i è m e j o u r c é l é b r é e p o u r le défunt
d a n s la c h a p e l l e où il avait été i n h u m é , elle a p e r ç u t
le S e i g n e u r t o u r n é v e r s le p r è l r e p e n d a n t qu'il lisait
l ' E v a n g i l e , et vit q u e loules les p a r o l e s d u S e i g n e u r
r a p p o r t é e s d a n s cel évangile t r a v e r s a i e n t le p r è l r e
c o m m e des r a y o n s b r i l l a n t s . E t le S e i g n e u r dil :
« T o u t e s les p a r o l e s q u e j ' a i p r o n o n c é e s s u r la t e r r e
onl g a r d é l e u r efficacité : elles o p è r e n t e n c o r e d a n s
c e u x q u i les r é p è t e n t a v e c d é v o t i o n les m e r v e i l l e s
qu'elles ont o p é r é e s en s o r t a n t de mes lèvres. Mes
p a r o l e s ne p a s s e n t p a s c o m m e les p a r o l e s des h o m m e s .
L'effcl de mes p a r o l e s est éternel p a r c e q u e je suis
éternel. »
P e n d a n t qu'on c h a n t a i t l'offertoire, le S e i g n e u r dit :
« L e s offrandes des fidèles q u e le p r ê t r e reçoit et
m'offre avec j o i e , n o n p a r a m o u r d e l'argent, m a i s s i m -
plement p o u r le s a l u t des â m e s , s o n t d'un g r a n d profil
p o u r elles. » E l l e vit a l o r s le défunt c i r c u l e r a u t o u r d e
Taulel en c h a n t a n t : « J e sais, S e i g n e u r , q u e v o u s
m'avez livré à la m o r t p o u r mon salut. V o u s avez
d o n n é joie et consolation à m o n â m e 1 » Celle-ci lui
d i l : « Q u i donc vous a appris à c h a n t e r ? » L'âme
répondit J e sais t o u t ce q u e j e p u i s et dois c h a u l e r
à la louange de m o n C r é a t e u r . — Souffrez-vous quel-
que p e i n e ? — A u c u n e , r é p o n d i t l'amc, sinon q u e j e n e
vois pas e n c o r e mon Dieu très a i m a b l e , el j ' a s p i r e si
a r d e m m e n l à l e c o n t e m p l e r ! Q u a n d b i e n m ê m e tous les
désirs qui ont j a m a i s existé a u c œ u r d e l ' h o m m e
CTNQCïÊME P A R T I E . CHAPITRE Ml. 890
se t r o u v e r a i e n t r é u n i s , ils ne s e r a i e n t r i e n en c o m p a r a i -
son de m o n désir. » A l o r s elle dit : « C o m m e n t serait-
ce v r a i , p u i s q u e t a n t de s a i n t s ont soupiré v e r s D i e u p a r
des g é m i s s e m e n t s i n é n a r r a b l e s ? — T a n t q u ' u n e â m e
est a p p e s a n t i e p a r le p o i d s de la chair, r e p r i t le défunt,
les nécessités de son c o r p s l'entravent s a n s cesse.
M a n g e r , d o r m i r , agir, être en r a p p o r t s avec les h u -
mains ne laisse p a s au d é s i r le moyen de s'enflammer,
tandis q u ' u n e Ame délivrée de la chair, libre de tout
obstacle el de t o u t e néccssiU^ a s p i r e i n c e s s a m m e n t
vers son Créa leur. »
T r o i s mois a p r è s sa m o r t , le susdit c o m t e a p p a r u t
e n c o r e à la vierge du C h r i s t . Son â m e élait c o n d u i t e
p a r deux j e u n e s h o m m e s éclatants de l u m i è r e . Il p o r -
tail la t u n i q u e g r i s e , le s u r c o t e t tout l ' é q u i p e m e n t d'un
chevalier. L a vierge lui dit : « P o u r q u o i ctes-vous
encore habillé c o m m e d a n s Je siècle? » 11 r é p o n d i t :
« Ma mère a lait de mes v ê t e m e n t s un emploi si
bon et si a g r é a b l e p o u r moi q u e j ' e n veux a p p a r a î t r e
couvert e n c o r e m a i n t e n a n t . — N'a-t-ellc pas lait
aussi bon usage de tout ce qui vous a p p a r t e n a i t ? »
continua la vierge. « E l l e a v r a i m e n t t o u t b i e n d i s -
t r i b u é ; mais en ce qui c o n c e r n e cet é q u i p e m e n t ,
elle a p a r t i c u l i è r e m e n t r é u s s i à me d o n n e r s a l i s -
faction. J e v o u s d e m a n d e d e témoigner m a grati-
tude à ma m è r e , et aux p a r e n t s el a m i s qui ont
agi à mon égard a v e c t a n t de bienveillance et
d'affection* » Elle lui dit : « N'esl-ce pas un obslacle
pour vous (Vôtre liml pleure pur vos pnronls et p a r
votre famille? — N o n , répondîl-il ; je désire seule-
ment qu'ils s a c h e n t ïe bien q u e Dieu a fait à mon â m e
en la r e t i r a n t d u siècle. » E l l e lui dit : « P o u r q u o i
poriez-vous ce v ê t e m e n t g r i s ? — P a r c e q u e , au mo-
400 U: JAYWK DV, f,A G R A C E SPECIALE.
ment de m o u r i r , a p r è s avoir r e ç u le C o r p s du S e i g n e u r ,
j e m'étais r é s o l u , d a n s l a p l é n i t u d e d e m a v o l o n t é , à m e
fairesoldal du C h r i s t si j e g a r d a i s la vie. » E l l e dit.
a l o r s : « Avcz-vous la dignité r é s e r v é e a u x v i e r g e s ?
— Je ne /'ai p a s d a n s sa p e r f e c t i o n , p a r c e q u e les c o n -
seils des m é c h a n t s ont i n c l i n é m e s d é s i r s et ma vo-
lonté v e r s les c h o s e s de la t e r r e et d u siècle, et m o n
à m c en a c o n t r a c t é u n e s o u i l l u r e . » L a vierge dit
e n c o r e : « Q u ' e s t - c e qui v o u s a le plus profilé ? » Il
r é p o n d i t : « L e s m e s s e s c é l é b r é e s p o u r m o i , les a u m ô -
nes et la p r i è r e p u r e . — Mais q u ' e n t e n d e z - v o u s p a r
la p r i è r e o u r c ? — C'est celle q u i s o r t d'un c œ u r p u r ,
c'est-à-dire e x e m p t d é p ê c h é , ou d'un c œ u r q u i a l'in-
tention de se purifier et q u i confesse sa faute à D i e u
dès qu'il a c o n s c i e n c e d ' a v o i r p é c h é . U n e p r i è r e ainsi
offerte c o u l e d a n s le C œ u r d i v i n c o m m e u n e e a u t r è s
l i m p i d e , et y o p è r e des m e r v e i l l e s ; m a i s la p r i è r e d u
p ê c h e u r n e m o n t e que c o m m e u n e eau t r o u b l e . » Elle
r e p r i t : « Q u i v o u s a e n s e i g n é ces c h o s e s ? — T o u t
ce q u e n o u s v o u l o n s savoir, D i e u n o u s l ' a p p r e n d . —
E t qui s o n t ces j e u n e s g e n s ? — L ' u n est l'ange à
qui Dieu m ' a v a i t confié s u r la t e r r e , r é p o n d i t l a m e ,
l'autre a p p a r t i e n t au c h œ u r où j e dois être c o n d u i t . »
CHAPITRE XII.
E. D'OHLAMUNDE.
N E d a m e a v a n t m ê m e la n a i s s a n c e de son cnfant
U l'avait c o n s a c r é e D i e u d a n s l'intention de b a n -
v
fïTNonrftMK PAUTTTC, CTIAPÏTRTC XVT. A0\
C H A P I T R E XIIT.
15 D ' U N E A U T R E AME,
elle p r i a i t p o u r un a u t r e défunt, le S e i g n e u r
(J"IOMME
C H A P I T R E XIV.
16, D E LA R É S U R R E C T I O N FUTURE,
la m e s s e , c o m m e elle e n t e n d a i t l i r e d a n s
P ENDANT
1. C h a p e l l e de S a i n t - J e a n , c o n s t r u i t e e n 1265 p a r B u r c h a r d d e
QueiiWt.
r.ïN'oriKMK PAUTÎE. CHAPITRE XV, 4 A3
l e u r existence. A l o r s colle-ci dit nu Seigneur î
« C o m m c n l d o n c , mon Seigneur, ces corps repren-
d r o n t - i l s l e u r s urnes? Quelle sera leur '4arté lorsque
r a m e leur sera de nouveau a s s o c i é e ? » Le Seigneur
lui r é p o n d i t : « A la r é s u r r e c t i o n , Je corps sera sept
fois p l u s b r i l l a n t q u e le soleil, et l'Ame sept fois plus
brillante q u e le c o r p s . L ' a m e r e p r e n d r a son corps
c o m m e un v ê t e m e n t et illuminera tous ses m e m b r e s
c o m m e Je soleil qui r a y o n n e à travers le cristal. Et
moi je p é n é t r e r a i le fond m ê m e de l'âme d'une ineffable
l u m i è r e , et les élus brilleront ainsi dans le séjour
céleste, c o r p s cl Ame r é u n i s p o u r j a m a i s . »
C H A P I T R E XV.
U *
•ifM l,K U V M K OK ),A OUACK S|>Kl.iALK,
p a s p r i s cela p o u r un o r d r e , o L e S e i g n e u r c o n t i n u a :
« Agis c o m m e je l'ai l'ail : m o n P è r e a c o m m a n d é et je
suis d e s c e n d u s u r la l e r r c . » Ces p a r o l e s lui d o n n è r e n t
à c o m p r e n d r e qno le S e i g n e u r J é s u s en s o r t a n t d u
sein de son P è r e , s'était a b a i s s é devanl lui en si
g r a n d e r é v é r e n c e el s o u m i s s i o n q u e j a m a i s {ils ne
s'esl a u t a n t incliné d e v a n t son p è r e ni s e r v i t e u r
d e v a n t son m a î t r e . E n effet, il était prêt à p o r t e r
les fardeaux, les misères cl les l a b e u r s de t o u s les
h o m m e s , el à s u p p l é e r à loutes leurs i m p u i s s a n c e s .
A p r è s a v o i r reçu celle l u m i è r e , elle dit a D i e u : « M o n
S e i g n e u r , exaucez le d é s i r d e v o t r e s e r v a n t e . »
A u s s i t ô t elle vit r a m e du s u s d i t Comte d e v a n l le
S e i g n e u r , a y a n t un v ê l e m e n t d e c o u l e u r v e r t e et u n e
magnifique c e i n t u r e toute b r i l l a n t e , d o n t les b o u t s lui
tombaient jusqu'aux pieds. La couleur verte désignait
l'éternité toujours nouvelle et r e n a i s s a n t e , et la cein-
ture signifiait la foi c a t h o l i q u e que le C o m t e avait
toujours g a r d é e ferme, i n v i n c i b l e et e n r i c h i e p a r l e s
b o n n e s œ u v r e s . Il p o r t a i l a u s s i s u r la p o i t r i n e un
j o y a u d a m a s q u i n é qui le c o u v r a i t c o m m e u n e c u i r a s s e
du c o u j u s q u ' à la c e i n t u r e . Là étaient r e p r é s e n t é e s
t o u t e s ses v e r t u s et ses b o n n e s œ u v r e s . O n y
distinguait surtout son h u m i l i t é , qui le r e n d a i t sou-
m i s m ê m e à son é p o u s e ; p u i s la t e n d r e s s e d e s o n
c œ u r , qui te p o r t a i t à se m o n t r e r a c c e s s i b l e et bien-
veillant e n v e r s t o u s ; sa m i s é r i c o r d e p o u r les p a u v r e s
et les i n d i g e n t s ; enfin la d é v o t i o n p r o f o n d e a v e c
laquelle il avait offert sa lillc à D i e u . A l o r s celle-ci
dit à cette à m c : « Q u e r e c o m m a n d e z - v o u s à v o i r e
fille? » Il répondit : « D e g a r d e r une e n t i è r e fidélité
el une s o u m i s s i o n parfaite à celui qui d a i g n e en
toute fidélité s'abaisser j u s q u ' à être son E p o u x . »
GïNyÏTFÈMIS P A I J T U : . C T I A P Î T I U C X V T . 40O
1
Elle connut aussi que IAme d e l à Comtesse r e s s e n -
tait une g r a n d e j o i e dans le ciel de ce que, volontai-
rement el s p o n t a n é m e n t , clic avait Coudé pour l'ame
du s u s d i t C o m t e u n e a u m ô n e a n n u e l l e p o u r les
pauvres.
Elle dit e n s u i t e au Seigneur : « Mon Seigneur, avec
cette extrême bonté qui v o u s a l'ail ainsi p r e n d r e le
fardeau de tous les h o m m e s p o u r s u p p l é e r à t o u t ce
qui n o u s m a n q u e , et v o u s a r e n d u obéissant j u s q u ' à
la m o r t , j e v o u s p r i e de ? e n d r e g r â c e s au P è r e de ce
que v o u s avez voulu a c c o m p l i r m o n obédience ». L e
Seigneur lui r é p o n d i t : « C o m m e j ' a i obéi à m o n P è r e ,
ainsi j ' o b é i s e n c o r e à tous les obéissants q u i , p o u r
moi, d o m i n e n t leur volonté ; ceux-là j o u i r o n t en m o i ,
a p r è s cetle v i e , d u n e liberté spéciale c l de délices
éternelles, E l m o i , de m o n coté, je veux jouir en
eux de p a r t i c u l i è r e s délices afin de manifester aux
habitants d e s cieux combien il m'est agréable q u e
l'homme b r i s e s a ' p r o p r e v o l o n t é p a r n u e obéissance
véritable ».
CHAPITRE XVI.
1 . L a comtesse O d a d e K c i n s l c n i .
406 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.
« J e v e u x q u e les d i s p o s i t i o n s d e mu m i s é r i c o r d e
e n v e r s l'Ame d e S a l o m o n r e s t e n t cachées a u x h o m m e s ,
afin q u ' i l s évitent p l u s s o i g n e u s e m e n t les p é c h é s
de la c h a i r . Ce q u e m a b o n t é a fait d e l'amc d e
S a m s o n restera a u s s i i n c o n n u , afin q u ' o n r e d o u t e
de tirex v e n g e a n c e de ses e n n e m i s . Ce q u t -na b o n t é
a fait de l'Aine d O r i g c n e r e s t e r a aussi c a c h é , afin
1
q u e p e r s o n n e n e s'élève en se liant a sa s c i e n c e .
Knlin ce q u e ma libéralité a décidé p o u r r a m e de
T r a j a n d e m e u r e r a , de p a r ma volonté, i g n o r é des
h o m m e s , afin q u e la foi c a t h o l i q u e soit p l u s exaltée,
c a r cet e m p e r e u r , q u o i q u e d o u é de toutes les v e r t u s ,
n'a eu ni la foi c h r é t i e n n e , ni le b a p t ê m e . »
CHAPITRE XVII.
CHAPITRE XVIII.
E prélat i n t e r d i t à la d é v o t e s e r v a n t e du C h r i s t de
L faire c o n n a î t r e ses r é v é l a t i o n s s u r les Ames des
t r é p a s s é s , p a r c e qu il c r a i g n a i t q u e le fait ne devînt
public et n'attirât des d é s a g r é m e n t s au m o n a s t è r e .
Mais, t o u c h é e de c o m p a s s i o n p o u r les â m e s , elle dit
au Seigneur : « H é l a s 1 ô t r è s doux c o n s o l a t e u r et
secours des affligés, q u e f e r o n s - n o u s d é s o r m a i s p o u r
l é s â m e s , s u r t o u t q u a n d n o u s r e c e v o n s des a u m ô n e s
pour aider à l e u r délivrance ? » L e Seigneur lui r é p o n -
dit avec o o n t é : « Récitez la p r i è r e appelée : S o u r c e
vive, c'est-à-dire le p s a u m e :Beati immaculali in via
(Ps. cxvni), avec l'oraison qui lui est assignée. Vous
porterez ainsi un g r a n d s e c o u r s a u x à m c s , et v o u s com-
penserez largement les a u m ô n e s faites p o u r elles. »
•\,rc Î.IVIU". ni«: r-A OKACK SVÏXJALE
CHAPITRE XIX.
CHAPITRE XX.
C H A P I T R E XXI.
CHAPITRE XXII.
SPÉCIALE )> *.
une m e s s e , le S e i g n e u r apj>arul d e v a n t sa
P ENDANT
s e r v a n t e , a s s i s s u r le t r o n c de s a majesté. L o r s -
q u ' o n sonna la c l o c h e à la p r i è r e s e c r è t e (de la c o n s é -
c r a t i o n ) , elle dit au S e i g n e u r : <c V o u s voici m a i n t e n a n t
t o u t e n t i e r s u r Paulcl a u x m a i n s d u p r ê t r e , et c e p e n -
dant v o u s êtes tout e n t i e r ici avec m o i . » Il lui
r é p o n d i t : « T o n â m e n ' e s t - e l l e pas d a n s toutes les
p a r t i e s de ton c o r p s , et c e p e n d a n t t o u j o u r s en nia
p r é s e n c e d a n s le ciel ? Si ton â m e , q u i n'est q u ' u n e
s i m p l e c r é a t u r e , a ce p o u v o i r , p o u r q u o i moi, le
C r é a t e u r de toutes c h o s e s , n e puis-je p a s ê t r e d a n s
toutes m e s c r é a t u r e s et p a r t o u t ? » E t au m ê m e i n s -
tant, il lui p a r u t q u e son â m e était d a n s le ciel, en
p r é s e n c e de la s a i n t e T r i n i t é , et r e v ê t u e d ' u n e r o b e
é c l a t a n t e de b l a n c h e u r . L e S e i g n e u r l'éleva j u s q u e
d a n s son sein, la r e g a r d a a v e c t e n d r e s s e et lui dit
ces a m o u r e u s e s p a r o l e s : « Ma b e a u t é sera ta c o u -
r o n n e ; ma j o i e , t o n collier ; m o n a m o u r , ton m a n t e a u ,
et m e s délices s e r o n t t o n h o n n e u r . »
Il ajouta, en la faisant d o u c e m e n t r e p o s e r s u r s o n
C œ u r : « Reçois m o n divin C œ u r tout e n t i e r . » L ' â m e
sentit la D i v i n i t é s'élancer en elle c o m m e u n t o r r e n t
i m p é t u e u x , et clic dil : « Rien q u e v o u s veniez de me
1 . Tout ce qui suit semble avoir été écrit après la mort de sainte
Mechtilde fNo'r ilf é d i t i o n latine.)
CINQUIEME PARTIE. CHAPITRE XXTT. 4 1 7
r e m p l i r tout e n t i è r e et de n f i l l u m i n c r merveilleuse-
m e n t , j e s u i s p o u r t a n t u n e c r é a t u r e si petite q u e tout
ce q u e j e c o n n a i s de v o u s et p u i s en /aire c o n n a î t r e
aux h o m m e s , équivaut à p e i n e à ce que la fourmi
p o u r r a i t e m p o r t e r de la g r a n d e montagne- »
E l l e se ressouvint a l o r s d u livre dans lequel on
avait écrit les r é v é l a t i o n s q u e le Seigneur avait d a i g n é
lui faire, et elle dit : « P o u r q u o i ce qu'on a fait m'est-il
si p é n i b l e , ô mon Dieu t r è s a i m a b l e q u o i q u e j e ne
d o u t e p a s q u e v o u s ne l'ayez voulu ? » Le S e i g n e u r
lui r é p o n d i t : « P a r c e q u e tu n ' a s pas eu assez de g r a -
2
titude p o u r le don q u e je t'ai a c c o r d é . » E l l e r e p r i t :
« E l q u ' e s t - c e qui v o u s a c o n t r a i n t à conférer d e tels
d o n s à moi si vile et si i n d i g n e ? » Il répondit : « Mon
i n l i n i c b o n l é . Si je ne t'avais pas attirée, alléchée, p o u r
ainsi d i r e , p a r de l e l l c s f a v e u r s , lu a u r a i s t r o u v é a u t a n t
de c o n s o l a t i o n s s u r la t e r r e q u e j ' e n a u r a i s t r o u v é
peu en toi. »
Mais elle r e p r i t e n c o r e : « Gomment puis-je s a v o i r
si tout ce qui esl écrit est v r a i , p u i s q u e je ne J'ai ni lu
ni a p p r o u v é ? E t e n c o r e l ' a u r a i s - j c lu que j e ne m ' e n
r a p p o r t e r a i s pas parfaitement à m o i - m ê m e . » L e S e i -
g n e u r lui r é p o n d i t : « J e s u i s d a n s le c œ u r de celles
qui d é s i r e n t t ' e n t e n d r e , c'est moi qui excite en elles ce
désir J e s u i s l e u r intelligence l o r s q u ' e l l e s f é c o u l e n t ;
je leur fais c o m p r e n d r e ce q u e tu leur r a p p o r t e s . J e
suis a u s s i d a n s l e u r b o u c h e q u a n d elles cn p a r l e n t ; j e
suis d a n s leurs m a i n s q u a n d elles écrivent, j e suis
leur aide et l e u r c o o p é r a i e n t A i n s i tout ce q u ' e l l e s
dictent et é c r i v e n t p a r moi et en moi, qui suis la v é r i t é ,
R
1. Voir 2 partir., rli N I n*
r
'J. Voir h purlie, ch. xxv.
418 LE LIV HE DE LA ftHACE SPÉCIALE.
1 . T / u n e de ces p e r s o n n e s est, A n o i r e a v i s , s a i n l e G e r t r u d e , d o n t
les relations p a r t i c u l i è r e avec*. sainte Mechtilde son! plus d une fois
e
accusées d a n s le livre du s a i n t e ( i e r i r i i d r et aussi d a n s la 7 p a r t i e
de celui-ci.
C I N Q U I È M E P A R T I E . C H A P I T R E XXTV. 419
CHAPITRE XXIII.
2f>. C E U X Q U I A I M E N T L E O O N D E O I E U D A N S L E S
A U T R E S P A R T A G E R O N T L E U R S M É R I T E S .
C H A P I T R E XXIV.
27. C O M M E N T C E L I V R E F U T C O M P O S É .
1 . Voir 2" p a r t i e , r h \ u r .
e
2 C e s l - A - d i r e suinte ( î e r l i u d e . V o i r 5 p a r t i e , c h . x x n . et tes
notes.
CTVQTTIKMP PARTIE. (Aï \ ÎMTE!•' XXV. 421
y a - t - i l d a n s ce l i v r e ? A u m o m e n t où je Tai a p e r ç u ,
mon c œ u r cn a r e s s e n t i u n e si forte émotion, q u e tout
mon c o r p s en a t r e s s a i l l i . »
C'est d o n c avec r a i s o n q u e ce v o l u m e a reçu de
Dieu le n o m d e Livre delà grâce spéciale, p u i s q u ' o n
vient de le voir p r é s e n t é s o u s la figure d ' u n e si douce
liqueur et qu'il p é n è t r e d e s e n t i m e n t s si agréables
ceux qui seulement l ' a p e r ç o i v e n t . Rien n'est p l u s doux
en effet q u e la c o n s o l a t i o n d e la grâce divine ; rien
ne touche et n'éclaire l'âme c o m m e cette g r â c e qui
f a n i m e et la fortifie p o u r toute bonne œ u v r e . D'où
cette parole d e l ' A p ô t r e : Il est bon d affermir l'ame
parla grâce. i H e b . x i n , 9.) D e môme Je psalmisle
démontre q u e les p a r o l e s d e D i e u <el elles a b o n d e n t
dans ce livre) i l l u m i n e n t l'âme, c a r il dit : L'exposi-
tion de vos discours, Seigneur, donne 1 intelligence aux
petits enfants. ( P s . c x v m , HMÏ.i
C H A P I T R E XXV.
1
autant de fois qu'elle avait vécu de j o u r s s u r la t e r r e .
E t c o m m e celle-ci offrait c e s l o u a n g e s à D i e u , en
union de l ' a m o u r qui a l'ail c o u l e r de son c œ u r t o u s
ces dons; cl en union do la r e c o n n a i s s a n c e q u i , p a r
son F i l s , les l'ail lous refluer v e r s l u i - m ê m e , elle vit
jaillir d u c œ u r de Dieu les eaux l i m p i d e s d'un lleuve
i m p é t u e u x . D a n s son c o u r s , il purifiait de toute
souillure les â m e s de celles q u i , p a r c h a r i t é , a v a i e n t
récité ces p r i è r e s , el le S e i g n e u r d i t : « C'est ainsi
q u e tout acte de c h a r i t é purifie d u p é c h é v é n i e l ;
mais le p é c h é mortel, qui a d h è r e â l'âme a u s s i f o r t e -
ment q u e la poix, ne p e u t ê t r e enlevé q u e p a r la c o n -
lession et u n e plus g r a n d e c o n t r i t i o n . J e g a r d e aussi
tout acte de c h a r i t é d a n s m o n c œ u r , c o m m e u n t r é s o r
s p é c i a l e m e n t aimé, j u s q u ' à ce q u e v i e n n e à moi
celui qui Ta a c c o m p l i , cl a l o r s j e le lui r e n d s p o u r
m e t t r e le c o m b l e â son m é r i t e el à sa grâce. »
Mais u n e des p e r s o n n e s qui a i m a i e n t si t e n d r e m e n t
celle-ci d a n s le C h r i s t ne s'en t i n t p a s là. E l l e v o u l a i t
q u e la n é g l i g e n c e fût p l u s q u e l a r g e m e n t c o m p e n s é e ,
et, ne t r o u v a n t rien de m i e u x , clic lit c é l é b r e r a u t a n t
de m e s s e s q u e celle-ci avait p a s s é d ' a n n é e s s u r la
t e r r e . D e s religieux, c ' e s t - à - d i r e des F r è r e s et d e s
3
prélz'cs p i e u x , c é l é b r è r e n t d o n c l a messeBcncdîcla sit
à celte i n t e n t i o n , en l ' h o n n e u r de l ' a d o r a b l e T r i n i t é .
E l c o m m e oclle-ci offrait é g a l e m e n t ce» m e s s e s à
Dieu, d a n s u n sentiment d'action de g r â c e s et d ' a d -
miration p o u r la c h a r i t é q u i lui a fait o p é r e r d é t e l l e s
c h o s e s p a r m i les h o m m e s , le S e i g n e u r lui dit :
« D o n n e - m o i tout ce qui e s t à loi. » Aussitôt elle
1. Voir le ITérani, 1. V . . c h . iv à l a l i a .
2. Introït d e la T r i n i t é .
CINQUIEME PARTÏE. OUAPfTRK XXVI. 123
CHAPITRE XXVI.
DE U RACES A DIEU.
CHAPITRE XXVII.
DE LA RÉSURRECTION FUTURE *
CHAPITRE XXVIII.
9
30 D E LA R É D E M P T I O N D E S CAPTIFS .
d a n s leurs c o r p s ou p r i s o n n i e r s de l e u r s p é c h é s ,
p o u r r a le Taire a i n s i :
« l ° P a r l ' a m o u r q u i m'a r c l c n u neuf m o i s captif a u
sein de la V i e r g e ;
(( 2 " Piv»-l'amour q u i m a e n v e l o p p é de langes el de
bandelettes ;
« o" P a r l ' a m o u r q u i m ' a l i v r é g a r r o t t é a u x m a i n s d e s
impies ;
« 4° P a r les c h a î n e s d o n t les juifs m ' o n t c h a r g é p o u r
m e livrer au j u g e ;
« 5° P a r les l i e n s q u i m ' a t t a c h è r e n t à la c o l o n n e de
la flagellation ;
<f 6 ° P a r les c l o u s qui m ' o n t fixé à la croix ;
« 7° P a r le s u a i r e q u i m'a e n v e l o p p é a p r è s la mort
p o u r q u e j e fusse m i s au s é p u l c r e ;
« P a r l ' a m o u r qui m'a e n c h a î n é d a n s toutes ces cir-
c o n s t a n c e s , on peut d e m a n d e r q u e j e délivre tel
h o m m e d e ses c h a î n e s o u d e s e s p é c h é s . »
CHAPITRE XXIX.
A SA MÈRE.
CHAPITRE XXX.
ceux qui v i e n d r o n t a p r è s n o u s . M a i s c o m m e n o u s
n ' a v o n s r i e n dit e n c o r e d e la d i g n e el a d m i r a b l e vie
d u n e si v é n é r a b l e p e r s o n n e , il c o n v i e n t d e la l o u e r
en q u e l q u e m a n i è r e a v a n t cle t e r m i n e r , afin d e la
p r é s c n l e r c o m m e m o d è l e à c e u x qui v o u d r o n t m a r -
c h e r s u r se t r a c e s .
O r , celte m o n i a l e v é n é r a b l e a g a r d é avec un g r a n d
soin la v i r g i n i t é (qu'elle avail vouée dès l'âge de
sepl a n s ) , a v e c la parfaite p u r e t é du c œ u r . D e s s o n
enfance, elle s'était mise en g a r d e c o n l r e le p é c h é , à Ici
point q u e ses deux c o n f e s s e u r s a l l e s l è r e n l n ' a v o i r
j a m a i s r e n c o n t r é d ' à m c s aussi p u r e s et i n n o c e n t e s ,
q u e celle-ci cl sa s œ u r , la D a m e a b b e s s e . A u s s i , a p r è s
a v o i r e n t e n d u sa confession g é n é r a l e , le c o n f e s s e u r
ne lui i m p o s a - t - i l , p o u r tous ses p é c h é s , q u e la r é c i t a -
tion d u Veni Creator. Un a u t r e , en p a r e i l l e c i r c o n s -
t a n c e , lui d o n n a p o u r p é n i t e n c e le Te Deiun. Le p l u s
g r a n d p é c h é d e s o n enfance, et elle n e se le r a p p e -
lait q u ' a v e c d o u l e u r , était d ' a v o i r dit u n e fois q u ' e l l e
voyait u n v o l e u r d a n s la c o u r , t a n d i s qu'il n ' y en
avait p o i n t . E l l e n e se s o u v e n a i t p a s d'avoir j a m a i s
c o m m i s s c i e m m e n t a u c u n a u t r e m e n s o n g e . O n l'assi-
milera d o n c en t o u t e j u s t i c e a u x v i e r g e s qui s u i v e n t
l ' A g n e a u , p u i s q u ' e l l e p o u r r a le s u i v r e p a s à p a s p a r -
tout où il ira ; p o u r s'élever à celle s u b l i m i t é d e la
gloire s u p r ê m e , l'humilité i n d i s p e n s a b l e ne lui a p a s
plus m a n q u é q u e celle c h a s t e t é v i r g i n a l e , qui associe
familièrement cl d é l i c i e u s e m e n t à l'Agneau
O n la c o m p a r e r a bien a u s s i à nos p è r e s d a n s la
religion p u i s q u e , p o u r l ' a m o u r du C h r i s t , elle a m é -
p r i s é le m o n d e d a n s sa fleur, cl si bien e m b r a s s é la
p a u v r e t é qu'elle refusait m ê m e le n é c e s s a i r e . Ce n ' é -
tait qu'en vertu de l'obéissance qu'elle acceptait un
CWOmKVV P A U T Ï B . CÎTAVITRE XXK. 429
voile ("d'une étoffe p l u s (vue) ; ses a u t r e s v ê l e m e n t s
étaient du tissu le p l u s c o m m u n ; ses t u n i q u e s
étaient r a c c o m m o d é e s et r a p i é c é e s d a n s t o u s les s e n s
tandis qu'elle a u r a i t pu s'en p r o c u r e r d ' a u t r e s au gré
de ses d é s i r s .
Elle posséda en perfection toutes les a u t r e s v e r t u s
de la vie religieuse : le r e n o n c e m e n t à sa v o l o n t é
p r o p r e , le m é p r i s d e soi, la p r o m p l e o b é i s s a n c e , le
zèle de la prière et de la d é v o t i o n , l ' a b o n d a n c e des
larmes, l ' a m o u r d ' u n e c o n t e m p l a t i o n a s s i d u e . Elle
avait tellement r e n o n c é à elle-même et, d a n s cet o u b l i ,
s'était si bien a b s o r b é e d a n s le Christ, qu'elle usait
peu de ses sens e x t é r i e u r s , c o m m e on le lit de saint
B e r n a r d . Aussi m a n g e a i t - e l l e parfois des œufs p o u r r i s
sans m ê m e s'en a p e r c e v o i r ; l ' o d o r a t de ses voisines le
découvrit p l u s i e u r s fois. Q u a n d elle mangeait avec les
hôtes, elle refusait o b s t i n é m e n t de t o u c h e r à la v i a n d e .
Ceux qui c o n n a i s s a i e n t ses h a b i t u d e s m e t t a i e n t a l o r s
de la viande d e v a n t elle, et elle cn mangeait s a n s
le s a v o i r ; mais le s o u r i r e d e s h ô t e s la r a m e n a i t à
elle-même et elle s'apercevait a l o r s de sa m é p r i s e .
Elle distribuait la d o c t r i n e avec une telle a b o n -
dance que s e m b l a b l e m a î t r e s s e ne s'est j a m a i s vue
dans le m o n a s t è r e et q u e n o u s c r a i g n o n s fort, hélas !
qu'on ne l'y r e n c o n t r e j a m a i s p l u s L e s soeurs se
réunissaient a u t o u r d'elle c o m m e a u p r è s d'un p r é -
dicateur, pour e n t e n d r e la p a r o l e de Dieu E l l e était
le refuge cl la c o n s o l a t r i c e d e t o u s , et p o s s é d a i t p a r
1 . La p e r s o n n e q u i e x p r i m e celle c r a i n t e l o r s q u e la r e n o m m é e
de sainte G e r l r u d e était si g r a n d e au d e d a n s c o m m e a u d e h o r s
du monastère, ne p e u t ê t r e q u e celle s a i n t e e l l e - m ê m e . Les
dons spéciaux de sainte ( î e r l n u l e s o n t p r e l e n t s à ceux de s a i n t e
Mechtilde dans le llvvtxnl, liv. I, cii. m .
430 us uvnrc DE Ï-A GRÂCE SPÉCIALE.
un don s i n g u l i e r la g r â c e d e se faire o u v r i r a v e c
confiance les s e c r e t s des c œ u r s . Bien des p e r s o n n e s ,
non s e u l e m e n t d a n s le m o n a s t è r e , m a i s e n c o r e p a r m i
les r e l i g i e u x et les s é c u l i e r s , v e n a i e n t de loin et
attestaient q u ' i l s a v a i e n t été p a r elle d é l i v r é s d e l e u r s
p e i n e s , et n e t r o u v a i e n t nulle p a r t a u t a n t d e c o n s o l a -
tion q u ' a u p r è s d'elle. E l l e a d i c t é et e n s e i g n é u n si
g r a n d n o m b r e de p r i è r e s q u e si elles étaient r é u n i e s ,
elles d é p a s s e r a i e n t la v a l e u r d ' u n p s a u t i e r .
E l l e fut t e l l e m e n t é p r o u v é e p a r les d o u l e u r s et les
infirmités q u ' o n est en d r o i t de l'associer a u x m a r t y r s ;
de p l u s , elle mortifiait r i g o u r e u s e m e n t son c o r p s p o u r
o b t e n i r le s a l u t d e s p é c h e u r s . U n e fois, d a n s les j o u r s
qui p r é c è d e n t le C a r ê m e , elle e n t e n d i t le p e u p l e
c h a n t e r a v e c folie; e m b r a s é e du zèle d e Dieu et
t o u c h é e d e c o m p a s s i o n , elle p a r s e m a sa c o u c h e d e
m o r c e a u x d e v e r r e et d ' a u t r e s objets c a s s é s , p o u r
offrir au m o i n s à D i e u u n e r é p a r a t i o n , et s'y r o u l a
j u s q u ' à en ê t r e d é c h i r é e et c o u v e r t e d e plaies ; s o n
s a n g r u i s s e l a de t o u t e s p a r t s , et la d o u l e u r l ' e m -
p ê c h a l o n g t e m p s de se c o u c h e r ou d e s ' a s s e o i r .
A u t e m p s de la P a s s i o n d u S e i g n e u r , elle était si
é m u e q u ' e l l e n'en p o u v a i t p a r l e r s a n s v e r s e r d e s
l a r m e s . S o u v e n t a u s s i , q u a n d ses e n t r e t i e n s a v a i e n t
p o u r sujet la P a s s i o n ou l ' a m o u r de J é s u s - C h r i s t ,
elle s ' e m b r a s a i t d'une telle f e r v e u r q u e son visage et
ses m a i n s p r e n a i e n t la c o u l e u r de T é c r e v i s s e . Ceci
n o u s p o r t e à c r o i r e qu'elle a p l u s d u n e fois, en
e s p r i t , r é p a n d u son sang p o u r l ' a m o u r d j C h r i s t .
Ainsi q u e ces h o m m e s c h o i s i s , c ' e s t - à - d i r e les
a p ô t r e s , q u i s e r v a i e n t J é s u s - C h r i s t j o u r et n u i t ,
é c o u t a i e n t ses e n s e i g n e m e n t s p l e i n s de d o u c e u r et
j o u i s s a i e n t de sa p r é s e n c e , cette dévote d i s c i p l e da
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE XXX.
t e n d r e s s e c o n t r e son C œ u r e m b r a s e , elle d e v i n t a v e c
lui un seul esprit de feu. S o n l a n g a g e était n o b l e
q u a n d elle parlait de D i e u ; l o r s q u ' i l s'agissait de
l ' a m o u r , ses p a r o l e s d e v e n a i e n t si ferventes q u ' e l l e s
e m b r a s a i e n t aussi ses a u d i t e u r s , d'où l'on p e u t d i r e
q u e ses d i s c o u r s , à l'exemple d e c e u x d ' E l i e , brûlaient
comme une torche ardente ( E c c l . XLVIII, 1).
N o u s a v o n s écrit ces q u e l q u e s lignes p o u r l o u e r sa
vie et la c o m p a r e r a u x s a i n t s a v e c q u i elle était si
é t r o i t e m e n t u n i e s u r la t e r r e q u ' e l l e j o u i s s a i t f r é q u e m -
m e n t de l e u r p r é s e n c e , s u r t o u t au j o u r de l e u r fête.
Mais q u e p e r s o n n e ne p e n s e qu'il est a b s u r d e de
c o m p a r e r à t o u s les s a i n t s u n e p e r s o n n e d u t e m p s
actuel, où n o u s v o y o n s déjà la fin des siècles, c'est-à-
dire la lie d e t o u s les vices et le d é g o û t de t o u t ce q u i
est b i e n . S a i n t G r é g o i r e dit en c o m m e n t a n t Ezéchiel :
ff D i e u d a i g n e i l l u m i n e r de p l u s en p l u s les h o m m e s
d ' u n e c o n n a i s s a n c e s u p é r i e u r e et l e u r r é v é l e r d a v a n -
tage ses s e c r e t s ; avec le t e m p s s'accroît l'intelligence
des c h o s e s spirituelles ». F a i s a n t i n t e r v e n i r ce p a s -
sage de D a n i e l s u r la fin d e s t e m p s : « La plupart
passeront, et la science se multipliera » ( D a n . x u , 4), il
dit e n c o r e : « Moïse en a p l u s c o n n u q u ' A b r a h a m , les
p r o p h è t e s p l u s q u e M o ï s e , les a p ô t r e s p l u s q u e les
p r o p h è t e s ». C'est ce q u e D a v i d atteste d e l u i - m ê m e :
<( Plus que ceux qui m enseignent et plus que les vieil-
lards f ai compris » ( P s . CXVIII, 100). O n lit d a n s jes vies
des P è r e s qu'ils firent cette p r o p h é t i e s u r la d e r n i è r e
g é n é r a t i o n : les h o m m e s d e ce t e m p s s e r o n t négli-
gents ; m a i s ceux q u i p a r m i eux s e r o n t parfaits v a u -
l
d r o n t m i e u x q u e n o u s et n o s frères .
C H A P I T R E XXXI.
e e
complc p o u r l e 3 3 , colle é d i t i o n e n pince u n 3 4 qui n'est que
l'abrégé de la 7° p a r t i e et q u e , p o u r c e l l e r a i s o n , n o u s a v o n s l a i s s é
de côté. L à s ' a r r ê t e n t t o n t e s les é d i t i o n s a b r é g é e s .
1. Celle a b b e s s e esl S o p h i e de Mansi'cld, qui prît le g o u v e r n e -
ment après ( i c r l r u d e de ï l a e k e b o r n el ne Ir qui lia p a s a v a n t
12Ï18, année de la m o r l de sainle M e r h l i l d e . Le Prélat est lit
Prévôt du m o n a s t è r e ou p e u t - ê t r e l ' é v é q u e d ' ï t a l b e r s t a d t .
(Noie de l'édition latine»)
16*
436 L E LIVRE D E LA CRACK SPÉCIALE.
CHAPITRE XXXII.
1. C'est p o u r n o u s c o n f o r m e r J U I X m e i l l e u r e s éditions q u e n o u s
donnons ici ce c h a p i t r e , q u i ne se t r o u v e pas d a n s les éditions
abrégées.
, e
2, l Partie, ch. v .
438 LE Ï.IVRK nu LA GRÂCE SPÉCIALE.
I
1
SIXIEME PARTIE .
CHAPITRE I.
D E LA V I E E T D E T.A M O R T O E LA V É N É R A B L E OA M E
A1JHESSE GEItTUITOE.
a b b e s s e , de 1res d o u c e m é m o i r e , D a m e Gcr-
N O T É E
1 . Cette sixième p a r t i e , q u i m a n q u e en b e a u c o u p de m a n u s c r i t s ,
fait un éloge pompeux de l'abbesse Gcrtrudc de Hackeborn, déjà
louée d a n s les ch. i cl n de la 5°partie, et clans le lieront liv. Y, c. n.
Ce qui concerne cette i l l u s t r e a b b e s s e fut révélé eu p a r t i e à sa
sœur sainte M e c h t i l d e , en p a r t i e à s a i n t e G e r t r u d e , el se t r o u v e
consigné d a n s l e u r s livres respectifs. P l u s i e u r s faits a y a n t trait à
ses vertus et s u r t o u t à sa m a l a d i e el à sa m o r t sont relatés en
termes tellement s e m b l a b l e s q u ' i l s s e m b l e n t bien d u s à la p l u m o
du même a u t e u r .
(Note il" l'édition latine.)
440 I.E LIVHE T>E EA OU A CE SPECIALE.
C H A P I T R E IL
D O U Z E A N G E S A S S I S T E N T LA MALADE.
1. Le S e i g n e u r d é c l a r a la m ê m e c h o s e à propos de s u i n t e Ger-
trude. (V. le Héraut, l i v . I, ch. m.)
446 LE LTVRE DE LA GRACE SPÉCIA TE.
CHAPITRE [II.
a u t r e s un s e r v i c e ou un pclil p r é s e n t ? N e s e m b l e -
t-clle pas p r e n d r e e n c o r e plaisir aux c h o s e s t e r r e s -
t r e s ? » Le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Mais ne r e m a r q u e s - t u
pas q u e , l o r s q u e v o u s faites le c o n t r a i r e d e ce qu'elle
d e m a n d e , Faute de c o m p r e n d r e ses s i g n e s , olle v o u s
sourit c e p e n d a n t a v e c a u t a n t de b o n t é q u e si v o u s
lui aviez fait g r a n d b i e n ? S a c h e d o n c qu'elle est
si fermement établie on moi q u e , d e v a n t tout ce qui
a r r i v e d ' a g r é a b l e ou de pénible, elle g a r d e toujours
la m ê m e a t t i t u d e . »
Une a u t r e fois e n c o r e qu'elle d e v a i t c o m m u n i e r ,
celte m ê m e s œ u r vit le S e i g n e u r J é s u s s o u s la forme
d'un beau et n o b l e j e u n e h o m m e , â g é d ' e n v i r o n d o u z e
a n s . D e son b r a s d r o i t , il enlaçait son é p o u s e et il Jui
d i s a i t : « J e l'ai p r i s la main d r o i t e , c a r je m e fais
t o n c o o p c r a l e u r en toutes tes œ u v r e s ; je t'ai p r i s le
pied d r o i t , j e me fais Ion c o n d u c t e u r . J e te d o n n e r a i
l'éclat d ' u n e v i r g i n i t é p e r p é t u e l l e ; la joie et l'allé-
g r e s s e p o u r c o m p e n s e r tes infirmités ; l'agilité p a r -
faite au lieu du poids actuel de ton c o r p s . Enfin tu
j o u i r a s de moi d a n s u n e éternelle félicité. »
C H A P I T R E IV.
L A fin d o n c , c o m m e ce r a y o n d e soleil d e s c e n d a i t
A vers le c o u c h a n t d e la m o r t , et q u e cette b r i l l a n t e
c o u r o n n e de n o t r e gloire s'inclinait déjà v e r s le tom-
b e a u , afin de la mieux p r é p a r e r le S e i g n e u r lui enleva
p e n d a n t v i n g t - d e u x semaines l'usage de la p a r o l e ,
SIXIÈME P A K T I E . CIIAPTTÏ1K IV. 449
d ' u n e m a n i è r e en q u e l q u e s o r t e m i r a c u l e u s e , p u i s -
qu'elle ne p o u v a i t p l u s dès lors faire c o n n a î t r e ses
b e s o i n s m ê m e p a r signes \ et q u e c e p e n d a n t elle p r o -
nonçait e n c o r e deux mots : « spirilus meus : mon
e s p r i t ». E l l e se s e r v i t dès l o r s de ces deux m o t s p o u r
tout e x p r i m e r . Il a r r i v a p l u s d'une fois q u e , ne le
c o m p r e n a n t p a s , on lit tout le c o n t r a i r e de ce qu'elle
voulait, et elle le s u p p o r t a i t sans se d é p a r t i r de sa
bonté et de sa p a t i e n c e a d m i r a b l e s . Dieu habitait
v r a i m e n t en elle et avec elle ; il la dirigeait entière-
ment selon son bon p l a i s i r , p a r son très d o u x esprit.
C o m m e elle ne faisait q u e r é p é t e r ces mots : « Mon
e s p r i t » , sa s œ u r lui dit une f o i s : « El qui d o n c est
votre e s p r i t ? ou bien à quel c h œ u r des auges a p p a r -
tient-il? » Aussitôt sa l a n g u e se délia, cl elle pul
r é p o n d r e : « Mon esprit esl u n séraphin »
Il y avait e n v i r o n u n mois qu'elle avait ainsi p e r d u
la parole, l o r s q u ' u n matin elle se trouva si mal q u ' o n
la c r u t à l'agonie. C o m m e on lui d o n n a i t cn hàle les
d e r n i è r e s o n c t i o n s en p r é s e n c e du couvent r a s s e m b l é ,
le Seigneur J é s u s a p p a r u t à plusieurs p e r s o n n e s ,
revêtu de la b e a u t é q u e d é c r i t saint B e r n a r d , é t e n d a n t
les b r a s c o m m e p o u r l'y recevoir, la regardant avec
tendresse, et se p l a ç a n t toujours en face d e l à malade,
de quelque côté qu'elle se t o u r n a i , c o m m e s'il cul
attendu l'heure de sa d é l i v r a n c e avec de v é h é m e n t s
désirs.
1. V . le Ilcrauf, l i v . V . c h . i.
2. C est à-dire m o n e s p r i t , m o u Ame est toute l i r û î a u t r da
J'amour de Dieu Comme u n s é r a p h i n .
450 u: T/TVRÏ; or. I.A GRÂCE SPÉCIALE.
C H A P I T R E V.
SUITE
E j o u r a p p r o c h a i t , s a l u é d ' a v a n c e p a r lant de
L j o y e u x d é s i r s , p r é p a r é p a r lant d e d é v o t e s p r i è r e s ,
j o u r où elle e n t r a v r a i m e n t en a g o n i e . L e S e i g n e u r
p a r u t v e n i r en h â t e à sa r e n c o n t r e , a y a n t à côté d e lui
la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e à d r o i t e , s o n b i e n - a i m é
d i s c i p l e saint J e a n r E v a n g é l i s t c à g a u c h e . L e s h a b i -
tants d e la c o u r céleste a r r i v a i e n t en foule à l e u r suilc
et s p é c i a l e m e n t l ' a r m é e des vierges ; elle p a r u t ce
j o u r - l à r e m p l i r la m a i s o n et se m ê l e r au c o n v e n t , qui
d e m e u r a toute la j o u r n é e au lieu m ê m e où t r é p a s s a i t
sa M è r e . L e s s o u p i r s et les sanglots t r a h i s s a i e n t la
d o u l e u r des filles ; m a i s elles d o n n a i e n t a u s s i à l e u r
M è r e d e dévotes o r a i s o n s . C e p e n d a n t le S e i g n e u r
J é s u s semblait p a r ses gesles t é m o i g n e r t a n t d'affec-
tion à la m a l a d e q u e l ' a m e r t u m e d e l à m o r t dut lui
ê t r e bien a d o u c i e . Q u a n d on en fut d a n s la P a s s i o n
à ces m o t s : puis inclinant la tête, il rendit F esprit
( J o a m xix, 30), le S e i g n e u r , c o m m e s'il ne p o u v a i t
c o n t e n i r d a v a n t a g e l ' a r d e u r de son a m o u r , s'inclina
v e r s la m o u r a n t e el, de ses deux m a i n s , o u v r i t au-
d e s s u s d'elle son p r o p r e C œ u r .
SrXCFMR PA K T I K . CM\rpT,ï< VÏ f 451
C H A P I T R E VI.
C H A P I T R E VIL
L s e m b l a aussi à la s e r v a n t e d u C h r i s t qu'elle
I saluait en s o n g e l'âme de sa s œ u r défunte p a r ces
p a r o l e s • « J e te s a l u e , é p o u s e du Christ, c k n s l'amour
d o n t lu as b r û l e l o r s q u e lu as vu p o u r la p r e m i è r e
fois la face et la b e a u t é de D i e u t o n C r é a t e u r , d a n s la
révélation de sa gloire. J e le s a l u e , vierge du C h r i s t ,
d a n s les d é l i c e s q u e lu as g o û t é e s l o r s q u e tu a s c o n n u
par une expérience complète l'amour inestimable dont
Dieu t'a aimée de toute é t e r n i t é . J e te salue d a n s l'é-
clalanle b e a u t é qui a brillé e n loi l o r s q u e lu as r e ç u
de la main d u S e i g n e u r , ton A m i et Ion E p o u x , la
parfaite r é c o m p e n s e de toutes les œ u v r e s . » Q u a n d
elle eut a c h e v é , elle se d e m a n d a c o m m e n t elle a v a i t
osé saluer ainsi l'amc d ' u n e p e r s o n n e non c a n o n i s é e
p e r p l e x e , elle i n t e r r o g e a le S e i g n e u r , qui daigna lu
r é p o n d r e : « C e l a i t c o n v e n a b l e , lu as bien agi ; c a r
elle est l ' h o n n e u r de ma t o u t e - p u i s s a n c e , l'éclat d e
ma sagesse et le c h a r m e d e ma divine b o n t é . »
U n e a u t r e fois, elle vit cette â m e faisant p a r t i e d ' u n
c h œ u r de d a n s e , qui exécutait ses m o u v e m e n t s d a n s
il n c gl o i r e i n erv e i 11 e u s e. U n e p a r u r e cl e ch c v e u x
magnifiques relevait sa j e u n e s s e et sa b e a u l é . L e
S e i g n e u r J é s u s , son n o b l e el b r i l l a n t E p o u x , la tenait
par la m a i n et disait : « Ses c h e v e u x s o n t d é p a s s é s en
n o m b r e p a r ses v e r t u s ! »
Elle la vit e n c o r e un a u t r e j o u r d a n s la gloire et lui
d e m a n d a quelle r é c o m p e n s e elle avail o b t e n u e p o u r
sa dévote c o u t u m e de r é c i t e r si souvent le p s a u m e
Laudale Dominum omnes génies, s u r t o u t en J*^ fèle d e
la R é s u r r e c t i o n . P o u r r é p o n s e , elle m o n t r a Ï* sa s œ u r
les s p l e n d i d e s v ê t e m e n t s v c r l s d o n t elle était p a r é e .
D ' i n n o m b r a b l e s étoiles d'or p a r s e m a i e n t ces v ê l e m e n t s ,
d o n t les c o u t u r e s étaient g a r n i e s de p e r l e s b l a n c h e s
a l t e r n a n t avec de petites p i e r r e s de r u b i s . A l o r s celle-
ci lui dil : « P u i s q u e v o u s êtes d a n s l ' a b o n d a n c e d e
tous les b i e n s , dites-moi ce q u e vous voulez m a i n t e -
SIXIÈME PARTÏK. flHA P1TRE V1H- 455
CHAPITRE V1IL
E trentième j o u r a p r è s sa m o r t , son a m e a p p a r u t à
L la même d a n s u n e gloire nouvelle e t s u r é m i n e n l c .
Les princes célestes l ' e n t o u r a i e n t de l e u r s batail-
lons comme d'un r e m p a r t : ils avaient tous en main
des cymbales dont la très suave h a r m o n i e a c c o m p a -
gnait ce verset : Louez Dieu sur les cijwbales reten-
tissantes ( P s . or,, 5 ). Au milieu de ce concert, cette
âme bienheureuse fut c o n d u i t e devant le - t r ô n e du
Roi de gloire, où J é s u s , son très doux a m a n t , lui
adressa ainsi la parole ; « Sois la bienvenue, ma
très chère. » A l'instant m ê m e , la divinité la pénétra
16 — SMML MLCirilLUI'.
456 1/E lïTVrtK D E Ï,A fiR A CE SPÉCIALE.
1 . P a r o l e s prises d ' u n e A n t i e n n e d e s a i n t M a r t i n ,
SIXIÈME P A R T I E . CHAPITRE IX. 457
devient i m p o s s i b l e à la c r é a t u r e de le c o n t e n i r . Son
être a l o r s se d i s s o u t et se liquéfie p o u r ainsi dire, afin
de refluer ^nsiiiU vers la s o u r c e d'où lui est venue
cette g r a n d e b é a t i t u d e . » Sa s œ u r reprit : « Priez
p o u r vos filles qui v o u s e n t o u r a i e n t d'un a m o u r si
fidèle s u r la t e r r e . -- J e l'ai déjà fait et je le ferai sans
cesse. — Q u e l e u r m a n d e z - v o u s ? — Q u e la suavité
de l ' a m o u r qui exislc d a n s m o n c œ u r remplisse aussi
leurs c œ u r s et l e u r s s e n s ! » Celle-ci dit e n c o r e :
« Qu'avcz-vous reçu en a r r i v a n t au ciel ? » Elle
répondit : « L e S e i g n e u r D i e u , mon C r é a t e u r , mon
R é d e m p t e u r et m o n a m a n t , m'a p r i s e en lui-même, et
m'a remplie d'une ineffable j o i e . Il m'a revêtue de lui,
il m'a n o u r r i e de l u i , il s'est d o n n é à moi c o m m e
E p o u x , cl m'a h o n o r é e d ' u n e gloire i n é n a r r a b l e . »
C H A P I T R E IX.
}I-iN douce
l'anniversaire de celle m ê m e D a m e a b b e s s e , de
m é m o i r e , p e n d a n t q u ' o n c h a n t a i t a u x Vigiles
le Répons Iiedemplor meus vivit, sa s œ u r vit son à m c
qui, avec d'ineffables délices, tenait e m b r a s s é le Sei-
gneur J é s u s en p e r s o n n e , à qui elle chantait douce-
ment ces m ê m e s p a r o l e s . P u i s , l'inspiration divine
apprit à celle-ci c o m m e n t les â m e s tressaillent c'.nns
les cieux d u n e joie qui é m a n e p o u r C I I C N ' ^ l e I 7 ï u -
manité de J é s u s - C h r i s l ; c o m m e n t aussi, lorsqu'on
ebanle avec attention ces paroles ou d'autres
ayant trait à la future r é s u r r e c t i o n des h o m m e s ,
4i>(S L E MVIîK LA OU A CE SPECIALE.
âmes de sa C o n g r é g a t i o n , tant d e s F r è r e s q u e d e s
S œ u r s , se r a n g è r e n t en cercle a u t o u r d'elle c o m m e
des c h œ u r s de d a n s e . P a r m i cçs Ames était celle d ' u n
F r è r e , m o r t d a n s Tannée ; celle-ci le vit r e v ê t u d ' u n e
robe bla clic o r n é e de d e s s i n s variés, ce qtr^désignait
s a h i c n v c i l l a n c c , d u m o i n s elle le c o m p r i t aillai, c a r ce
F r è r e avait t o u j o u r s eu le c œ u r t r è s bon et u n e
volonté d i s p o s é e à lout Ces Ames chantaient j o y e u -
sement tout en m e n a n t l e u r s c h œ u r s : « O Maler
noslra, e t c . : O n o t r e M è r e , » e t c . , m a i s l e u r s voix
pénétraient d a n s u n e l o n g u e t r o m p e t t e placée d a n s le
C œ u r d u S e i g n e u r J é s u s p o u r ne p r o d u i r e toutes
ensemble q u ' u n e s u a v e m é l o d i e .
Le l e n d e m a i n , p e n d a n t u n e m e s s e célébrée e n c o r e
p o u r l'ame de la m ô m e p e r s o n n e , ce désir vint tout a
coup à l'esprit de celle-ci : Si j ' é t a i s u n e p u i s s a n t e
reine, j'offrirais a Dieu s u r l'autel, p o u r l'Ame de ma
s œ u r chérie, u n e image d ' o r r i c h e m e n t o r n é e . A cette
pensée, le S e i g n e u r r é p o n d i t : « E t q u e dirais-tu si j ' a c -
complissais t o n d é s i r p a r m o i - m ê m e dès m a i n t e n a n t
s u r - l e - c h a m p ? » E t le S e i g n e u r a p p a r u t d e v a n t elle
sous la forme d'un j e u n e h o m m e r e s p l e n d i s s a n t d'un
éclat royal, ou p l u t ô t divin, et il lui dit : « Me voici,
1
prends-moi et va m offrir selon ton d é s i r . » Mais elle, le
saisissant a l o r s d a n s un t r a n s p o r t ineffable de joie et
de gratitude, le c o n d u i s i t a l'autel. L e Seigneur J é s u s
s'offrit donc à s o n P è r e a v e c toutes ses v e r t u s , p o u r
accroît r* encore la beauté de cette â m e : il s'offrit avec
la joie, la d o u c e u r et l ' a m o u r de son C œ u r , p o u r
augmenter sa joie et sa béatitude éternelles.
Ensuite cette a m e b i e n h e u r e u s e , telle q u ' u n e reine
qui a p u i s s a n c e s u r son é p o u x , se p r é c i p i t a a v e c a m o u r
d a n s les e m b r a s s e m e n t s de D i e u , p u i s le c o n d u i s i t
p a r le c h œ u r à loules les S œ u r s d i s a n t à c h a c u n e :
« Recevez le S e i g n e u r des v e r t u s et d e m a n d e z - l u i les
v e r t u s . •» A l o r s celle qui v o y a i t ces c h o s e s dit : « Ma
s œ u r c h é r i e , q u e d é s i r e z - v o u s le plus n o u s -voir o b s e r -
v e r ? » Elle r é p o n d i t : « U n e h u m b l e s o u m i s s i o n , une
aimable c h a r i t é m u t u e l l e , u n e fidèle attention à D i e u
en toutes c h o s e s . » P u i s elle ajouta : « O u i , d o n n e à
l ' a m o u r ton c œ u r tout e n t i e r et a i m e tout, le m o n d e ;
alors l ' a m o u r de Dieu et de t o u s ceux qui ont j a m a i s
aimé D i e u sera t o u t à toi. D e m ê m e , si tu es h u m b l e ,
l ' h u m i l i t é d u C h r i s t et d e tous ceux qui se s o n t h u m i -
liés p o u r son n o m t ' a p p a r t i e n d r a r é e l l e m e n t E t s i t u
lais m i s é r i c o r d e à ton p r o c h a i n , la m i s é r i c o r d e de
Dieu et de ses saints sera é g a l e m e n t e n ta p o s s e s s i o n ,
et s a c h e qu'il en est ainsi d e toutes les a u t r e s v e r t u s . »
CHAPITRE L
m a l a d e et lui disant a v e c b e a u c o u p de t e n d r e s s e :
« H o n n e u r el joie de m a d i v i n i t é , c o u r o n n e et r é c o m -
p e n s e de m o n h u m a n i t é , délices el r e p o s de m o n
e s p r i t , veux-lu v e n i r m a i n t e n a n t el ne p l u s d e m e u r e r
q u ' a v e c m o i ? Ne s e r a i t - c e pas satisfaire ton d é s i r et
le m i e n ? » A q u o i elle r é p o n d i t : « Mon S e i g n e u r
D i e u , p l u s q u e m o n salut, j e d é s i r e v o t r e g l o i r e . C'est
p o u r q u o i , je v o u s en c o n j u r e , p e r m e t t e z q u e j ' a c q u i t t e
e n c o r e clans les souffrances tout ce q u e m o i , faible
c r é a t u r e , j ' a i négligé p o u r votre l o u a n g e . » L e
S e i g n e u r a c c e p t a f a v o r a b l e m e n t cette r é p o n s e el dit :
<( P a r c e q u e tu as fait ce c h o i x , tu a u r a s e n c o r e ce
Irait de r e s s e m b l a n c e a v e c m o i : j ' a i a c c e p t é el s u b i
v o l o n t a i r e m e n t les souffrances de la c r o i x et la m o r t
p o u r la gloire de D i e u le P è r e et p o u r le s a l u t du
m o n d e . D e m ê m e q u e toute m a souffrance a t r a v e r s é
le d i v i n c œ u r d e m o n P è r e , ainsi tes souffrances et
la m o r t p é n é t r e r o n t au p l u s profond de m o n c œ u r et
c o n t r i b u e r o n t au salut d u i n o n d e entier. »
CHAPITRE IL
l N E a u t r e p e r s o n n e c n l c n d i l aussi q u e le S e i g n e u r
I J l'apoelait en ces t e r m e s ; « V i e n s , m o n élue, ma
c o l o m b e .non c h a m p fleuri, où je t r o u v e tout ce q u e
je d é s i r e , m o n beau j a r d i n , où mon C œ u r goûte toutes
ses délices, où fleurissent les v e r t u s , où s'élèvent les
a r b r e s des b o n n e s œ u v r e s et coulent les eaux des
dévotes et ferventes l a r m e s , j a r d i n qui fui toujours
SEPTIÈME PARTIE. CHAPITRE III- 4fi3
ouvert à t o u t e s mes volontés. C'est en toi q u e je nie
retire q u a n d les p é c h e u r s i r r i t e n t ma colère ; c'est de
ton eau q u e j e m ' e n i v r e p o u r o u b l i e r les injures qui
me sont faites.
C H A P I T R E III.
L'ONCTION.
e s p è r e n t en elle. L e s s u p é r i e u r s , q u i la t e n a i e n t en
g r a n d e v é n é r a t i o n , ne d o u t a i e n t pas q u ' e l l e ne sût
p a r f a i t e m e n t à l'avance le m o m e n t où il p l a i r a i t au
S e i g n e u r quVlIe r e ç û t ce s a c r e m e n t : a u s s i , v o y a n t
qu'elle n ' i n s i s t a i t p a s et q u ' i l n'y a v a i t a u c u n e
u r g e n c e , ils différèrent p o u r ce j o u r - l à l ' a d m i n i s t r a -
tion du s a c r e m e n t . T o u t e f o i s le S e i g n e u r vérifia
e n c o r e ce m o t de l ' E v a n g i l e : Le ciel et la lèvre
passeront ; mais mes paroles ne passeront pas
( M a t t h . , X X Ï V , 3 5 ) ; et il confirma cn cette m a n i è r e
la p a r o l e des deux t é m o i n s d i g n e s d e foi. La
s e c o n d e férié, a v a n t les M a t i n e s , M*** d ' h e u r e u s e
m é m o i r e , fut saisie tout à c o u p d e telles d o u l e u r s
q u ' o n la c r u t à ses d e r n i e r s m o m e n t s . O n a p p e l a a l o r s
les p r ê t r e s en h a i e , et ils lui d o n n è r e n t l ' E x t r ê m e -
O n c t i o n . Si d o n c elle ne fut p a s a d m i n i s t r é e le j o u r
m ê m e , selon la volonté manifestée p a r Dieu, elle le
j
fut du m o i n s avant le lever du j o u r s u i v a n t . ]
C H A P I T R E IV,
C H A P I T R E V.
C H A P I T R E VI.
C H A P I T R E VIL
AUPRÈS D'ELLE
1. Ce c h a p i t r e vu ne se t r o u v e p a s d a n s les m a n u s c r i t s l a t i n s ,
mais s e u l e m e n t d a n s l'édition a l l e m a n d e de L e i p z i g 1T»05, d où
nous P a v o n s p r i s . Il se t r o u v e p r e s q u e mot à mol d a n s le Héraut %
CHAPITRE VIII.
MANIÈRE ADMIRABLE.
r
t . V . l " p a r t i e , ch x v m . 29, et le Héraut, 1. I V , c h . xxxv*
SEPTIÈME PAHTÏE CHAPITRE VIM. 473
CTIAPTIRE IX.
le c h a n t du d o u z i è m e r é p o n s 0 lampas,
P ENDANT
CHAPITRE X.
A LA (i LOIRE FUTURE.
la Préface de la g r a n d ' m e s s e , J é s u s ,
P ENDANT
c o m m e u n é p o u x b r i l l a n t d e j e u n e s s e , r e v ê t u de
la s p l e n d e u r d ' u n e gloire n o u v e l l e , p r i t a v e c u n e
infinie t e n d r e s s e entre ses m a i n s si délicates le m e n -
ton de son é p o u s e , d o n t il t o u r n a le visage c o n t r e
sa face d i v i n e , de telle sorte qu'il s e m b l a i t a s p i r e r
d i r e c t e m e n t le souffle de la m a l a d e d a n s sa d i v i n i t é .
Il plaça a u s s i ses yeux d i v i n s en face des y e u x de
la m a l a d e , et les i l l u m i n a d u m e r v e i l l e u x r a y o n
de sa d i v i n i t é . Il béatifia d o n c , p o u r ainsi d i r e , cette
Ame en l ' i l l u m i n a n t et la sanctifiant d a n s la foi ; il la
p r é p a r a i t ainsi à la b é a t i t u d e d e la g l o i r e future.
1
C e p e n d a n t la p e r s o n n e q u i voyait en e s p r i t
toutes ces c h o s e s , c o m p r i t q u e celle-ci ne serait pas
enlevée a v a n t q u e la v e r t u divine eut c o n s u m é et
anéanti c o m p l è t e m e n t toutes ses forces : s e m b l a b l e à
u n e goutte d'eau mêlée à un vin g é n é r e u x , elle devait
C H A P I T R E XI
IWVJN.
r e e
1 . Voir J p a r t i e , c. xx ; 2 p . . c h xix ; 3° p . , c h . x x x v n , et le
Héraut, iiv. V, c h . iv.
SKPTiKMF PARTIE. r . r M p r n t K xrï. 479
CHAPITRE XII.
DES SAINTS.
on faisait ensuite la c o m m é m o r a t i o n o r d i -
C IOMME
2 . Voir c h . J V p l u s h a u t .
(
1S0 LE UVRI: nr, LA on\r.K SPÉCIALE.
CHAPITRE XIII.
CHAPITRE XIV.
le C œ u r d i v i n , se s e r v a n t de ce C œ u r c o m m e
d ' u n e l y r e , d o n t elle t o u c h a i t q u a t r e c o r d e s , qui
p r o d u i s a i e n t u n e délicieuse mélodie à p l u s i e u r s
p a r t i e s : c h a n t de l o u a n g e , d ' a c t i o n s de g r â c e s , de
t e n d r e p l a i n t e et de p r i è r e . E l l e s u p p l é a i t ainsi aux
négligences de ceux q u i , en ce m o m e n t , c h a n t a i e n t
ses o b s è q u e s el m ê m e des p e r s o n n e s q u i , s u r la t e r r e ,
a u r a i e n t a i m é à les c é l é b r e r , si e l l e s avaient eu c o n -
n a i s s a n c e des d o u s g r a t u i t s d é p o s é s p a r Dieu d a n s
son Ame. À l'Offertoire on lui d e m a n d a ce q u e l u i a v a i t
obtenu l'offrande des m é r i t e s de J é s u s - C h r i s t el des
s a i n t s , q u ' e l l e faisait t o u j o u r s à ce m o m e n t p o u r les
a m e s . P o u r r é p o n s e , elle s ' i n c l i n a et p a r u t faire des-
c e n d r e d e s corbeilles r e m p l i e s de b o î t e s , q u ' e l l e
p r é s e n t a i t a u x a m e s r e t e n u e s cn d i v e r s lieux de souf-
frances. C h a q u e à m c p r e n a i t la boîte avec g r a n d e j o i e ,
et à peine l'avait-cllc o u v e r t e q u e . délivrée de toute
souffrance, e l l e était envoyée d a n s un lieu d ' a g r é a b l e
repos.
Les corbeilles d e s c e n d u e s p r è s des a i n e s signi-
fiaient les v e r t u s d e eciie-ei : ies boites d é s i g n a i e n t
ces m ê m e s v e r t u s mises en e x e r c i c e ; par e x e m p l e :
l'humilité effective, la b é n i g n i t é , la c o m p a s s i o n et
SEPTIÈME PARTIE. CHAPITRE XV,
('uitrcs s e m b l a b l e s . C o m m e elle d e s c e n d a i t c h a q u e
corbeille d a n s un Heu dislinci du p u r g a t o i r e , les âmes
qui s'y trouvaient d é t e n u e s el. avaient p r a t i q u é s u r la
t e r r e q u e l q u e c h o s e de celte vertu spéciale p a r t i c i p a i e n t
à ses m é r i t e s et p a s s a i e n t aussitôt des souffrances au
b o n h e u r . C'est ainsi q u e , p o u r m e t t r e le c o m b l e à la
joie et à la gloire de sa b i e n - a i m é e , le Seigneur t r a n s -
p o r t a u n e m u l t i t u d e i n n o m b r a b l e d'âmes aux p o r t i q u e s
du p a r a d i s . Q u a n t a celles q u e la j u s t i c e ne permet-
tait p a s d'associer e n c o r e a u x h a b i t a n t s des cicux, il
daigna les a d m e t t r e d a n s les agréables r é g i o n s d'un
bienheureux repos.
CHAPITRE XV.
C H A P I T R E XVI.
PURE.
u n e nuv.se, elle a p p a r u t p r e n a n t u n d o u x
P ENDANT
r e p o s d a n s les e m b r a s s e n i e n l s du S e i g n e u r ; m a i s
1
c o m m e la p e r s o n n e qui la voyait d é s i r a i l l u i a d r e s s e r
la p a r o l e , le S o i g n e u r ouvrit ses b r a s p o u r lui d o n n e r
un peu de l i b e r t é . A l o r s la p e r s o n n e vit cette aine
e n t o u r é e d ' u n e g l o i r e ineffable, o r n é e d'un vêtement
fait de c r i s t a l taillé qui étincelait c o m m e les étoiles,
ou brillait c o m m e ('es m i r o i r s . U n cercle d'or e n c h â s -
sait ces c r i s t a u x m e r v e i l l e u x , à t r a v e r s lesquels on
a p e r c e v a i t des p i e r r e s p r é c i e u s e s , r u b i s , é m e r a u d e s
et a u t r e s de c o u l e u r s et d e formes d i v e r s e s . Ce
vêtement était d o u b l é d ' u n e soie lissée des v e r t u s
et des b o n n e s œ u v r e s de celte à m c b i e n h e u r e u s e .
Le cristal désignait aussi ses œ u v r e s , et l'or d o n t il
étail s e r t i , la c h a r i t é qui les avait a c c o m p a g n é e s .
Les p i e r r e s p r é c i e u s e s signifiaient les v e r t u s de
J é s u s - C h r i s t a u x q u e l l e s elle avait uni les s i e n n e s ,
puisqu'elle ne faisait a u c u n e action s a n s se confor-
m e r aux i n t e n t i o n s d e J é s u s C h r i s t . L a b i e n h e u r e u s e
s'clanl levée, son vêlement se déploya d a n s toute s o n
r é p o n d i t : « Un e m b r a s s r m e n l cl u n b a i s e r qui r e n o u -
vellent t o u t e ma joie. »
La m ê m e p e r s o n n e vit a l o r s trois r a y o n s qui
p a r l a i e n t du C œ u r divin, et p a s s a i e n t p a r cette â m e
béatifiée p o u r se d i r i g e r s u r t o u s les s a i n t s I l l u m i n é s
et r é j o u i s , ceux-ci c o m m e n c è r e n t à louer p o u r elle le
S e i g n e u r en disant : « N o u s v o u s l o u o n s p o u r la
r a v i s s a n t e b e a u l é de v o t r e é p o u s e , p o u r l ' a i m a b l e
c o m p l a i s a n c e q u e v o u s p r e n e z en elle el p o u r la p a r -
faite u n i o n qui l'a laite u n e a v e c v o u s . » E t c o m m e la
p e r s o n n e v o y a i t e n c o r e q u e l l e s délices ces l o u a n g e s
p r o c u r a i e n t au S e i g n e u r , elle lui dit : « P o u r q u o i ,
m o n S e i g n e u r , p r e n e z - v o u s u n si g r a n d p l a i s i r à être
loué en celle a m c ? » Il r é p o n d i t : « P a r c e q u e , pen-
dant sa vie, elle désirait m o n h o n n e u r p a r - d e s s u s tout ;
c o m m e elle a c o n s e r v é ce d é s i r , j e la r a s s a s i e r a i de
mon i n c e s s a n t e louange *. »
CIIAPITHP: XVII.
« (HtACE SPÉCIALE ».
r i E T i'E m ê m e p e r s o n n e i n t e r r o g e a e n c o r e l a m e afin
-<* de s a v o i r quelle gloire était la s i e n n e p o u r son don
de g r â c e s p é c i a l c . E l l c r é p o n d i t : « C e t t e g l o i r e d é p a s s e
c
t o u l P * » a n t r e s : l ' a m o u r s a n s b o r n e s qui a p o r t é
o s
C H A P I T R E XVIII.
C H A P I T R E XIX.
LES SIENS.
E
1 . V. 6 p a r t i e , c h . vi
SKPTTKME PAUTIK. CHAPITRE XTX. 489
C H A P I T R E XX.
5 1
DE L AME D U COMTE I L , FONDATEUR DU MONASTERE ,
e
1. B t i r e h a r d de Mansfeld. V. 5 p a r t i e , c h . X. II m o u r u t le 13 d é -
G
c e m b r e 1229, d ' a p r è s la notice d e P a b h e s c Sophie de S l o l b e r g .
FEFTIÈME PARTIE. CHAPTTRE "XX. 4U1
CHAPITRE XXL
U t r e n t i è m e j o u r , c o m m e cette p e r s o n n e voyait
A . e n c o r e l ' â m e de M*** de b i e n h e u r e u s e m é m o i r e , et
l'interrogeait s u r sa gloire, elle r é p o n d i t : « Mon
mérite, ma g l o i r e , l'œil ne l'a p a s vu, l'oreille ne l'a
pas entendu, le c œ u r de l ' h o m m e ne l'a pas c o m p r i s . »
A ces mois, celle p e r s o n n e fut attristée ; mais l'àme
494 u- MVUTÎ nr LA an A CE SPÉCIALE.
1. Ceci r a p p e l l e 1 e x e m p l e d u p o r e et de l'enfant f a m i l i e r à
s a i n t e G e r t r u d e d a n s ses r é v é l a t i o n s . V. Je Héraut, liv. I I , c. xviii.
(Noie de l'édition latine, )
sr.rnLMK PARTIE, CHAPITRE xxn.
CHAPITRE x x n .
Pagra.
PHÊFACF. « t
PREMIÈRE PARTIE.
P r é a m b u l e h i s t o r i q u e . Naissance de sainte
Mechtilde ; son e n t r é e a u m o n a s t è r e et ses
dons admirables • • 4
C H A P Ï T H K I. De l ' A n n o n c i a t i o n d e la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e ; d u Coeur d e N o t r e S e i g n e u r et d e sa
louange 6
De l ' E v a n g i l e Missus est et de la b i e n h e u r e u s e
Vierge . . . . . 9
11. C o m m e n t saluer la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie. 11
l i t De la p a r o l e du S e i g n e u r et de ses d i v e r s sens. 12
IV. P o u r q u o i la face d u S e i g n e u r est c o m p a r é e nu
soleil 12
V. L e C h a p i t r e en Ja Vigile d e Nnf*] . . . 15
De la d o u c e Nativité de J é s u s C h r i s t . . . lfi
De la Nativité el de. l ' a m o u r divin . . . 18
Q u a t r e p u l s a t i o n s du C œ u r de Jésn.s-Chrisi. 20
S u r la N a t i s i l é de J é s u s - C h r i s t 22
VI. De saint J e a n , a p ô t r e el é v a u g é l i s t e . . . . 24
Douze privilèges de saint J e a n ('Kvaugelistc. 2fî
V i l . Ses p r i è r e s p o u r la C o m m u n a u t é . Circoncision
spirituelle 28
TABLE DES CHAPITRES.
Pasros.
VIII Les cinq portes de la s a i n t e H u m a n i t é d e J é s u s -
C h r i s t , et le b n p l è m o d u S e i g n e u r 30
JX. C o m m e n t le C h r i s t s u p p l é e a u x i m p u i s s a n c e s
spirituelles • 33
C o m m e n t le Christ a p a i s e la colère d e son P è r e . 33
ii De la v é n é r a t i o n de l ' i m a g e d u Christ el d e son
banquet r . . . 35
De q u a t r e r a y o n s sortis d e la F a c e du i^ncur. 38
XI De s a i n t e Agnès el do ce q u e tous les s a i n t s
p e u v e n t d o n n e r tous l e u r s biens à l e u r s dévols
clients 39
XII !)c lu Purification de la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
Marie, de sainte A n n e , ele 43
XIII. De la m o n t a g n e aux s e p t étages et a u x sept fon-
t a i n e s ; du troue d e Dieu et d e celui de la
bienheureuse Vierge 47
De la m o n t a g n e des v e r t u s et des s a i n t s q u ' o n
y voit 52
XIV. C o m m e n t celle, s a i n t e â m e servit le S e i g n e u r . - 54
XV. De cinq m a n i è r e s d e l o u e r Dieu 55
XVI. D u n o m de J é s u s et d e ses plaies sacrées. . . 57
D'un désir de l ' à n i e 58
XV!!. De l ' a r b r e de la croix d e N o t r e - S e î g n e u r J é s u s -
Christ 59
XVIII, De la P a s s i o n d e N o t r e - S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t . 61
S u r la Passion du S e i g n e u r Ci
C o m m e n t on peut h o n o r e r la P a s s i o n d u C h r i s t
chaque vendredi de l'année 70
Quel esl le s e n t i m e n t qui plait d a v a n t a g e à Dieu. 71
XIX. De la r é s u r r e c t i o n d e N o t r e - S e i g n e u r J é s u s -
Christ cl de sa glorification. 71
De l'onction s p i r i t u e l l e 72
L e C œ u r d e J é s u s - C h r i s t , d e m e u r e des â m e s . 73
F e s t i n servi p a r le S e i g n e u r 7G
L o u a n g e el prière, s u r les cinq joies de N o i r e -
S e i g n e u r e n sa r é s u r r e c t i o n . . . . 78
Do r i l u m a u i l é d u Christ glorifié en sa r é s u r -
rection 80
(Dominent Dieu d e m e u r e a v e c r a m e ; du b a n -
quel du S e i g n e u r SI
Dr l'Octave de P â q u e s 83
XX. C o m m e n t Dieu le P è r e r e ç u t son Fils. . . . . 84
C o m m e n t on peut r a p p e l e r à D i e u la r é d e m p -
tion d e l ' h o m m e . « 89
TABLE DES CHAPITRES. 499
X X I . Des l a r m e s d ' a m o u r d u S e i g n e u r 91
X X I I D ' u n e t r i p l e o p é r a t i o n d u S a i n t - E s p r i t d a n s les
a p ô t r e s et d a n s toute Jimc de désir. . . . 92
De la v i g n e d u S e i g n e u r qui est l ' â m e d u juste. 94
D e cinq b a i s e r s , 95
X X I I I . D e l ' a m o u r ; c o m m e n t l ' h o m m e doit offrir son
c œ u r à Dieu. 97
X X I V . L a T r i n i t é se r é p a n d s u r P â m e c o m m e u n e
s o u r c e d ' e a u vive 100
X X V . D e s b l e s s u r e s d e sainte M a r i e - M a d e l e i n e . . - 103
Q u e s a i n t e M a r i e - M a d e l e i n e p e u t o b t e n i r la p é
n i t e n e e à ceux qui l ' i n v o q u a n t . . . . . . 104
X X V I . De la glorieuse A s s o m p t i o n de la b i e n h e u r e u s e
Vierge Marie . 100
Coin m en i In b i e n h e u r e u s e Vierge l'u! enlevée
a u ciel 107
De cinq p e n s é e s p r o p r e s a celui qui doit c o m -
munier 112
X X V I I . D ' u n e m e s s e el d ' u n e p r o c e s s i o n célébrées p a r
le S e i g n e u r 118
XXVHI. De saint Bernard abbé 11«
XXIX De la N a t i v i t é d e la g l o r i e u s e Vierge Marin. . 118
X X X . Des a n g e s ; c o m m e n t les h o m m e s p e u v e n t leur
être associés 122
C o m m e n t c h a q u e a n g e s'occupe de l'âme qui lui
est confiée . 124
XXXÏ De la fêle d e tous les s a i n t s et c o m m e n t le
C h r i s t s u p p l é e a u x d é f a u t s de l ' à m e . . . . 125
X X X I I . D e s a i n t e C a t h e r i n e et d e sa gloire 132
X X X I I I . D u d e r n i e r d e s s a i n t s el d e l à boulé «le Dieu. , 134
XXXIV. De s a i n t l ï a r t h é l e m y 135
C o m m e n t l o u e r Dieu d a n s ses saints. . . . 130
Des s a i n t s , • 136
X X X V . Fêle, d e ln Dédicace d e l'église. . . . . . . . 138
PETIT TRAÏTK
Pages,
X X X I X . Des r a y o n s sortis d u Citmr d e la b i e n h e u r e u s e
Vierge Marie 147
X L . L e s a n g e s c o n d u i s e n t l ' â m e vers la bienheu**
reusc M a r i e . . 149
X L I . Des j o i e s d e la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e . . 150
X L I I . Q u ' o n n e p e u t m i e u x s a l u e r la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e M a r i e q u e p a r YAve Maria . . . . 151
XLKIL De cinq Ave Maria à réciter avant la c o m m u -
nion 152
XL1V. Fidélité de la glorieuse V i e r g e M a r i e . . . 154
X L W C o m m e n t s a l u e r la b i e n h e u r e u s e Vierge e n
u n i o n avec, toute c r é a t u r e 154
X L V I . S u r u n e a u t r e m a n i è r e d e s a l u e r la b i e n h e u -
reuse Vierge Marie 157
X L V I I . T r o i s Ave Maria à réciter p o u r o b t e n i r la p r é -
sence de la g l o r i e u s e V i e r g e M a r i e à la fin d e
la vie. . 149
DEUXIÈME PARTIE.
TROISIÈME PARTIE.
Pages.
D ' u n a n n e a u d é c o r e d e s e p t p i e r r e s p r é c i e u s e s . 231
H* D ' u n e r o s e é p a n o u i e s u r l e C œ u r d u S e i g n e u r .
s y m b o l e d e la l o u a n g e d i v i n e . . 234
I H . Cinq p a r o l e s d e d i v i n e l o u a n g e 236
I V . L e S e i g n e u r doit ê t r e l o u é eu t r o i s m a n i è r e s . 236
V, De trois choses a u x q u e l l e s l ' h o m m e doit p e n -
ser s o u v e n t . . . 239
V I . C o m m e n t il faut l o u e r c h a q u e m e m b r e d u C h r i s t . 241
Confession d e s p é c h é s q u ' i l faut faire à Dieu
seul a p r è s la confession faite au p r ê t r e . . . 242
V I I . C o m m e n t l ' h o m m e p e u t inviter toutes les c r é a -
tures à louer Dieu. 244
V I I I . C o m m e n t l ' h o m m e doit s a l u e r le C œ u r divin 245
I X . S a l u t a t i o n el c o n s o l a t i o n d u S e i g n e u r . . . . 247
X . C o m m e n t l ' h o m m e doit élever son c œ u r v e r s
Dieu 248
X I . J o u i r d e la g r â c e est ce q u ' i l y a d e p l u s p a r f a i t . 250
X I I . D e trois d i s p o s i t i o n s d u c œ u r h u m a i n . . 250
X I I I . T r o i s i n s t r u c t i o n s b o n n e s el utiles 251
X I V . C o m m e n t l ' h o m m e p e u t s ' a t t r i b u e r toute la vie
de Jésus-Christ 252
XV. Les membres du Christ sont pour n o u s c o m m e
de b r i l l a n t s m i r o i r s . . 254
X V I . C o m m e n t l ' h o m m e vit selon le b o n p l a i s i r d e
Dieu 256
X V I I . C o m m e n t on d o i t s a l u e r le. C œ u r d i v i n et offrir
s o n c œ u r à D i e u e n lui d e m a n d a n t de g a r d e r
n o s sens 258
X V I I I . Satisfaction d e l ' h o m m e p o u r ses n é g l i g e n c e s 261
X I X . Qu'il esl b o n d ' a s s i s t e r à la messe 263
X X . C o m m e n t on doit c h a s s e r l a t o r p e u r et le s o m -
meil 264
X X L C o m m e n t o n doit c o n t e m p l e r son â m e , Spé-
cialement avant de communier 266
X X I I . C o m m e n t on doit se p r é p a r e r â In s a i n t e
communion 267
X X U L Avec quel désir on doit s'approcher d e la sainle
communion 268
D e sept p i e r r e s p r é c i e u s e s .
X X I V . C o m m e n t ou d o i t s ' a p p r o c h e r d e l à c o m m u n i o n . 270
XXV. D e l à triple onction de l'âme 271
TABLE DES CHAPïTEKS 503
Pages.
X X V I . C o m b i e n il es! b o n p o u r l ' h o m m e d e c o m m u -
nier fréquemment 273
X X V I I , C o m m e n t le coeur d e l ' h o m m e s'unit au c œ u r
de Dieu 273
X X V I I I . D ' u n e a r m o i r e à trois c o m p a r t i m e n t s , s y m b o l e
du cœur humain. . . 275
X X I X , D e s sept H e u r e s c a n o n i a l e s 277
X X X . D e trois p o i n t s à c o n s i d é r e r p e n d a n t les H e u r e s . 279
X X X I . C o m m e n t on doit e n t o n n e r les H e u r e s . . . . 280
X X X I I . C o m m e n t o n p e u t r é p a r e r ses négligences. . . 282
X X X I I I . C o m m e n t l ' h o m m e d o i t d e m a n d e r à Dieu de
l u i g a r d e r la foi 282
XXXIV. C o m m e n t il faut s ' e n d o r m i r 283
X X X V . C o m m e n t le C h r i s t accourt au g é m i s s e m e n t d u
pauvre . 285
X X X V I . C o m m e n t le C h r i s t r a f r a î c h i t d a n s P â m e les
a r d e u r s d e son C œ u r divin 286
X X X V I I . L e s h o m m e s sont c o m m e u n gage aux m a i n s
d e Dieu 287
XXXVIII. De la robe nuptiale 288
X X X I X . C o m m e n t l ' â m e p e u t p r e n d r e la r e s s e m b l a n c e
du Seigneur 289
X L . Que Dieu désire notre cœur 290
X L 1 . C o m m e n t o n d o i t exercer sa m é m o i r e . . 291
X L I I . C o m m e n t elle c o n s u l t a i t Dieu d a n s toutes ses
actions 292
X L I I I . C o m m e n t il faut v a i n c r e ses r é p u g n a n c e s p a r
la g r â c e de Dieu 293
X L I V . C o m m e n t il f a u t c h e r c h e r Dieu p a r les cinq s e n s . 294
X L V . D e l ' o b é i s s a n c e et d e la c r a i n t e ; c o m m e n t o n
doit a c c e p t e r les b o n s services d ' a u t r u i . . . 295
XLVI. D'un désir de Jésus-Christ 296
XLVII. De q u a t r e sortes de prières 297
XLVIII- Q u e l est le m e i l l e u r u s a g e q u ' o n puisse faire
de son corps. 298
X L I X . De la n o b l e s s e et de la v a l e u r d e P â m e ; défini-
tion d u corps humain 298
L . D u j a r d i n et d e s a r b r e s d e s v e r t u s 300
L I . C o m m e n t o n doit s ' e x a m i n e r a v a n t la confes-
sion 301
L U . D e la c h a s t e t é d e la g l o r i e u s e Vierge M a r i e , et
c o m m e n t il faut g a r d e r la r o b e de l ' i n n o c e n c e . 302
giTATIUKME PAHTIH.
Pnçes
ï, Collation d u S e i g n e u r ; trois d i s p o s i t i o n s d e son
Coîiir 305
ÎI. L a rose b l a n c h e el la e o u r o n u e du r o y a u m e . . 3 0 7
I I I . (dominent b r i l l e n t les v e r t u s sur la c o u r o n n e d u
Seigneur . . 308
IV. C o m m e n t la c o m m u n a u t é s*approeha de la
communion. . . . . . 310
V . Quel esl le m e i l l e u r m o y e n d ' a v a n c e r d a n s la
perfection 310
VI. De ce qui peut m a i n t e n i r les religieux s a n s
défaillance 312
V I L De trois choses 1 r e s agréables- à Dieu . 313
V I I I . C o m m e n t elle vil les s a i n t s p r i e r p o u r la c o n g r é -
gation 314
IX. C o m b i e n sont h e u r e u x ceux q u i ne vivent q u e
p o u r servir le S e i g n e u r .31(5
X . Dieu a c c o r d e la p l u i e à ses prières 317
X I . D i e u protège le m o n a s t è r e à c a u s e d e ses m é -
rites 318
X I I . L e S e i g n e u r r é t a b l î t Ja paix à cause d ' e l l e . . 31V)
X I I I . C o m m e n t Dieu l ' a p p e l a 319
X I V . C o m m e n t ou doit élire u n e a b b e s s e 321
X V . C o m m e n t on p e u t r e n o u v e l e r ses e n g a g e m e n t s . 322
X V I . C o m m e n t les j e u n e s filles e n c o r e novices d o i v e n t
se c o m p o r t e r . . 324
X V I I . C o m m e n t le C h r i s t les accueille q u a n d elles
o n t profession 325
X V I I I . C o m m e n t le S e i g n e u r s e r r e e n t r e ses b r a s ceux
qui v o u e n t l ' o b é i s s a n c e 320
X I X . C o m b i e n il est u t i l e de b r i s e r sa v o l o n t é p r o p r e . 327
XX. Du libre arbitre de l ' h o m m e - 329
X X L C o m b i e n il est u t i l e de d o m i n e r ses sens- . 330
X X I I . Efficacité de. la p r i è r e faite en c o m m u n . . . . 331
X X I I I . C o m m e n t J é s u s - C h r i s t s u p p l é e à ce q u i n o u s
manque. 332
X X I V . Ce q u ' o n doit faire d a n s la tristesse . . 333
X X V . C o m m e n t on doit confier toutes ses p e i n e s à
Dieu 334
X X V I . C o m m e n t ou d o i t offrir son c œ u r à Dieu d a n s
la t r i b u l n i i o n 330
X X V I I . C o m m e n t un p e u t j o u e r a u x dés avec le C h r i s t . 337
TABLE DES CHAPTTKKS. 505
Pagrs.
X X V I I I . L ' â m e doil c h e r c h e r tout ce qu'elle désire d a n s
le c œ u r d e Dieu . , . 339
X X I X , C o m m e n t on peut r é p a r e r ses négligences p a r
la l o u a n g e . . . . 340
X X X . C o m m e n t Dieu se revêt d e l ' â m e 341
X X X I . C o m m e n t on d o i t v i v r e s e l o n le b o n p l a i s i r d e
Dieu 343
X X X I I . C o m m e n t on doil se c o m p o r t e r avec Dieu. . . 345
D e t r o i s a u t r e s m a n i è r e s d'clro d e v a n t Dieu. . 34b'
X X X I I I . C o m m e n t l'âme doit s'associer à J é s u s - C h r i s t 347
X X X I V . C o m m e n t Dieu c o m m u n i q u e ses œ u v r e s à
l'homme 348
X X X V . D e la d o u c e consolation q u e d o n n e le Seigneur. 34i)
X X X V I . D e trois voies suivies p a r le Seigneur. . . . 350
X X X V I I . C o m m e n t l ' â m e peut se réfugier en Dieu. . 350
X X X V I I I , C o m m e n t Dieu peut c h a n g e r des l a r m e s r é p a n -
dues inutilement. 351?
XXXIX. D ' u n e personne tentée el délivrée 354
X L . D ' u n F r è r e d e l ' O r d r e dos P r ê c h e u r s . . * . . 354
XLI. D'un autre Frère Prêcheur 355
X L I I C o m m e n t elle p r i a p o u r u n a u l r e . . . . . 350
X L I I I . L e S e i g n e u r se c o m p a r e à l'abeille 350
X L I V , C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s se fait le s e r v i t e u r
d e c e u x q u i le s e r v e n t 359
X L V . J o i e s d u S e i g n e u r A la c o n v e r s i o n d ' u n p é c h e u r . 357
X L V I . C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s se d o n n e tout entier
à l'âme fidèle 358
X L V I I D ' u n e p e r s o n n e qui c r a i g n a i t de c o m m u n i e r
souvent 358
X L V I I I . D ' u n e a u t r e p e r s o n n e q u i a v a i t la m ê m e c r a i n t e . 359
X L I X . C'est p o u r Dieu qu'est a c c o m p l i e toute action
r
e n t r e p r i s e p o u r le p r o c h a i n , cn A uc d e D i e u . 300
L . A u t r e fait r e m a r q u a b l e 301
L I . Q u ' o n doil a b a n d o n n e r ses e n n u i s à Dieu, . . 361
L U . C o m m e n t Dieu accepte la volonté p o u r le fait. 302
L U I . Q u e Dieu d é s i r e la c o n v e r s i o n d e s p é c h e u r s . . 302
LÏV Que. Dieu p r e n d ses p l u s g r a n d e s délices d a n s
> le c œ u r d e l ' h o m m e . . . 363
L V . L e S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t intercède a u p r è s du
P è r e p o u r les p é c h e u r s 363
L V ï . De la récitation de c i n q mille quai;t* cent
s o i x a n t e Pater 364
LV1I. Comme.nl le Seigneur lui accorda cent p é c h e u r s . 365
LVI1I. C o m b i e n Dieu e s t d i s p o s é â accueillir l e s p é c b c u r s 366
TART.K D E S CfTAPtTP. K S .
CINQUIÈME PAUTIE.
ï. D e l a m e d e s a s œ u r d é f u n t e , l ' A b b e s s e C e r -
trude 375
II. De l'Ame de sa s œ u r cl c o m m e n t les Aines bien-
h e u r e u s e s offrent à Dieu les p r i è r e s récitées à
leur intention 377
III. De l'Ame de la s œ u r M e c h t i l d e 370
IV. D e l'Ame de la p i e u s e r e c l u s e Y s e n t r u d c . . . 380
V. De l'Ame d e la m o n i a l e 11. d e B a r 381
V I . D ' u n e Ame q u i s ' e n v o l a d a n s les b r a s de la
b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e en s o r t a n t d e son
corps . . . . . . 384
VII De l ï i m c d u F r è r e N**" de l ' O r d r e des P r ê -
cheurs 388
V I I I . De l'Ame d u F r è r e H . d e P l a u c n 391
IX. Des Ames des F r è r e s A l b e r t cl T h o m a s , d e
l ' O r d r e des P r ê c h e u r s 393
X . D e l'Ame d u s e i g n e u r 13., f o n d a t e u r d u m o n a s -
tère 394
X I . De l'àinc du c o m t e 13., m o r t à l'Age d e dix-neuf
ans 397
X I I . De l'Ame d ' u n e petite fille a p p e l é e E . d ' O r l a -
muude 400
X I I I . D ' u n e a u t r e Ame 402
X I V . De la r é s u r r e c t i o n future 402
X V . De l'Ame d u c o m l e H 403
XVI Des Ames de S a l o m o n , de. S a m s o n , d ' O r i g è n e
et d e T r a j a n . 405
X V I I . Des Ames qui o n t été d é l i v r é e s p a r ses p r i è r e s . 406
X V I I I . De la p r i è r e a p p e l é e : <( Fans vivus, source
vive » . . 109
X I X . D e cinq Pater à réciter aussitôt q u ' u n e p e r s o n n e
vient d ' e x p i r e r . . 413
X X . De l'enfer el du p u r g a t o i r e 413
X X I . C o m m e n t l ' h o m m e j u s t e q u i t t e son c o r p s . 414
TABLE D E S CHAPITRES. ô07
Pages.
X X I I . D e la véracité d e ce l i v r e : » De la g r â c e s p é -
ciale. » 4-16
X X I I I . C e u x q u i a i m e n t le d o n d e Dieu d a n s les a u t r e s
partageront leurs mérites . . . . . 419
X X I V . C o m m e n t ce livre fut c o m p o s é 419
X X V . Q u e les œ u v r e s d e c h a r i t é purifient de tout
p é c h é véniel 421
X X V I . C o m m e n t on peut r e n d r e p o u r elle des actions
de grâces à Dieu 423
X X V I I . De la r é s u r r e c t i o n future 425
X X V I I I . D e la r é d e m p t i o n d e s captifs 425
X X I X . C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s la r e c o m m a n d a à
sa m è r e 426
X X X . De l ' a d m i r a b l e vie d e cette vierge 427
X X X I . Actions d e grâces p o u r l ' a c h è v e m e n t d e ce livre.. 435
X X X I i . D e trois b a t t e m e n t s d u C œ u r divin lorsque, le
S e i g n e u r expira 437
SIXIÈME PARTIE.
SEPTIÈME PARTIE.
I. Des d e r n i e r s m o m e n t s d e s œ u r Mechtilde.
vierge, m o n i a l e d e I l c l f t a 461
II C o m m e n t elle fut a p p e l é e p a r le Seigneur J é s u s . 462
IÏJ C o m m e n t elle fut d i v i n e m e n t a v e r t i e de recevoir
l'onction 463
IV. Q u e les s a i n t s l u i d o n n è r e n t le fruit d e l e u r
mérite a u m o m e n t d e l'onction . . - . . 464
TABLE D E S CHAt'ITKES
Pages,
V. D e la g r a n d e u r et d e la f e r v e u r d e son zèle
p o u r tous les h o m m e s 466
V I . C o m m e n t la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e p r i t
soin de la c o n g r é g a t i o n q u ' e l l e l u i r e c o m -
manda • - 468
VII D'une v a p e u r q u i p a r a i s s a i t sortir des m e m b r e s
d e la m a l a d e , et d e diverses p r i è r e s r é c i t é e s
a u p r è s d'elle 469
V I I I . L e Chrisl s a l u e cette â m e b i e n h e u r e u s e d ' u n e
manière admirable . 472
IX. L a sainle T r i n i t é el les anges s a l u e n t l ' â m e . 474
X. Le Seigneur p r é p a r e merveilleusement cette
â m e à la gloire future 476
X I . C o m m e n t elle s ' e n v o l a , et fut r e ç u e d a n s le
C œ u r divin 477
X I I . De la joie et de l ' a c c r o i s s e m e n t du m é r i t e d e s
saints 479
X I I I . M a n i è r e de p r i e r Dieu p a r les m é r i t e s d e cette
vierge . . 480
Dévoie p r i è r e à r é c i t e r s o u v e n t p o u r r e m e r c i e r
Dieu d e s f a v e u r s a c c o r d é e s à celte v i e r g e . 481
I V . Qu'il est ul.le d e p r é s e n t e r les mérites de J é s u s -
Christ et des s a i n t s c o m m e offrande à la
m e s s e , p o u r les â m e s . 482
X V . Au j o u r d e son t r é p a s , a u c u n e â m e d e c h r é t i e n
n e d e s c e n d i t d a n s l'enfer 483
X V I . Q u e la l o u a n g e d i v i n e doil être r e c h e r c h é e
a v a n t t o u t e s c h o s e s et célébrée a v e c u n e i n t e n -
tion p u r e . 484
X V I I . D u n o m et d e l'utilité d e ce livre d e la « G r â c e
spéciale » 486
X V I I I . D e la sécurité a c c o r d é e a u x p e r s o n n e s q u i célé-
b r a i e n t ses f u n é r a i l l e s 487
X I X . N o t r e - S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t a i m e et c h â t i e les
siens . . 188
X X . De l'âme du c o m t e H., f o n d a t e u r d u m o n a s t è r e . 490
X X L Du m e r v e i l l e u x a m o u r de Dieu e n v e r s IVtuK?'}.€
la b i e n h e u r e u s e s œ u r Mechtilde 493
X X I I . Q u e cette â m e r e s s e m b l e en q u e l q u e m a n i è r e
p a r ses v e r t u s à la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
(
H .M8. — 1930. — T O U R S I M P R .Ï A M E
F a b r i q u é e n France,