Le Livre de La Grâce Spéciale

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LE LIVRE

DE LA GRACE SPÉCIALE

RÉVÉLATIONS
DE S A I N T E
MECHTILDE
V I E R G E DE L ' O R D R E
DE S A I N T - B E N O I T
T R A D U I T E S SUR L'ÉDITION L A T I N E
DES PÈRES BÉNÉDICTINS
DE S O L E S M E S

NOUVELLE ÉDITION
REVUE ET CORRIGÉE

TOURS
MAISON ALFRED M A M E ET FILS
PARIS, 6. RUE MADAME (VI")
Biblio!èque Saint Libère

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© Bibliothèque Saint Libère 2009.
Toute reproduction à but non lucratif est autorisée.
LE L I V R E
DE LA G R A C E SPÉCIALE

RÉVÉLATIONS
DE S A I N T E
MECHTILDE
PIAIMIS TIR N&TMRNMFTI* ;

SninM'aiil-rla-WiRqucs, 1c 27 j u i l l e t 1920.

i PP. P,.W. 1>KÏ,ÀÏ7F.


AIIIH* IL" SOLOMIN*:*..

PKHMIS R>IMI'I:I5IKIT :

T o u r s , li» '2 s c p i e m b r o lOVO.

II. PAS<,>"I7.R :

»TC gên»
M e c h t î l d c n o u s est déjà c o n n u e p a r ce qui
S AINTE

en a été dit d a n s la Préface des ( K u v r c s d e sainte


G c r l r u d e . L e s d o n s s u r n a t u r e l s de ces deux g r a n d e s
s a i n t e s , l e u r vie c o m m u n e d a n s le cloître d'Hcllïa,
l'amitié s p i r i t u e l l e q u i les u n i t , tout les r a p p r o c h e
cl les lie si é t r o i t e m e n t q u e Ton ne peut guère p a r l e r
de l'une s a n s m e n t i o n n e r l ' a u t r e . Il suffira d o n c de
r a p p e l e r ici en q u e l q u e s m o t s ce qui c o n c e r n e sainte
T
M e c h t i l d e et de renvo3 cr p o u r p l u s de détails à son
livre l u i - m ê m e , assez explicite s u r les p e r s o n n e s .
Mechtilde de H a c k e b o r n naquit en 1241. E l l e avait
sept ans q u a n d elle a c c o m p a g n a sa m è r e d a n s u n e visite
au m o n a s t è r e d e R o d a r s d o r f , voisin du château des
seigneurs de Hackeborn, près d'Iialberstadt. Une
s œ u r aînée de M e c h t i l d e , G c r l r u d e , plus Agée qu'elle
de neuf a n s , était m o n i a l e à Rodarsdorf. L'enfant,
é v i d e m m e n t i n s p i r é e p a r la g r â c e , d e m a n d a avec
l a r m e s et o b t i n t la faveur de r e s t e r p a r m i 1er C mises
du S e i g n e u r . Dix a n s p l u s tard (1258) elle suivait sa
s œ u r à Hclfla, en Saxe. L à , G c r l r u d e , qui était d e v e n u e
VI f,K MVRE T)K L A GUACK SPÉCIALE.

a b b e s s e du m o n a s t è r e en 1251, installa sa c o m m u -
n a u t e d a n s u n d o m a i n e de Famille q u e lui avaient cédé
ses frères L o u i s et A l b e r t . L e s b a r o n s d e Hackcborn
p a r t a g è r e n t longLcm])s a v e c les c o m t e s de Mansfeld,
descendants du fondateur d e l'abbaye, l'honneur
d ' a s s u r e r p a r l e u r s d o n a t i o n s l'existence des m o n i a l e s
dTTcIfla', mais Sa plus g r a n d e cl la plus p u r e gloire
de celle i l l u s t r e famille est s a n s contredit sainte
Mechtilde. Celle-ci, élevée a v e c soin p a r sa s œ u r , se
distingua b i e n t ô t p a r son h u m i l i t é , sa ferveur et u n e
e x t r ê m e a m a b i l i t é , qui la faisait r e c h e r c h e r de t o u t e s .
E l l e d e v i n t , très j e u n e e n c o r e , un p r é c i e u x a u x i l i a i r e
p o u r l ' a h b c s s e G c r t r u d c , qui semble lui a v o i r confié
les écoles d e c h a n t et r a l u m n a t . M e c h t i l d e s e c o n d a
avec intelligence les desseins d e s a s œ u r en i n s t r u i s a n t
d a n s les sciences divines et. h u m a i n e s , et en formant
à la p r a t i q u e de toutes les v e r t u s , les enfants élevées
parmi les m o n i a l e s . C'est à celte m a î t r e s s e p r u d e n t e et
sage q u e Dieu confia en 12(>1 la petite fille d e c i n q a n s
qui devait être sainte G c r t r u d c la g r a n d e . M e c h t i l d e
avait a l o r s vingt a n s . La b e a u t é de sa voix et l ' e x p r e s -
sion de piété intelligente q u ' e l l e s a v a i t d o n n e r aux
mélodies d e la p r i è r e s o l e n n e l l e , qui est l ' œ u v r e p a r
excellence d e s enfants de s a i n t B e n o î t , la d é s i g n è r e n t
p o u r les fonctions de domna canfrix (dame c h a n t r e )
du monastère; p l u s d ' u n e fois son c h a n t mérita les
a p p l a u d i s s e m e n t s de l ' E p o u x divin, les scuïs* q u e l l e
ambitionnât.
Les dons naturels de M e c h t i l d e et ses g r a n d e s
v e r t u s ne la signalaient pas seulement, aux yeux d e ses»
s œ u r s ; sa r e n o m m é e , a p p u y é e en q u e l q u e sorte s u r
celle <le Tabbesse G e r l r u d e , s'étendait au loin et
attirait à elle, en g r a n d n o m b r e , 1rs ftmc£ avides de
l u m i è r e s ou do c o n s o l a t i o n s . De s t i V t m t s religieux de
l ' O r d r e de stt&nl D o m i n i q u e étaient h e u r e u x de l'écou-
ter, et n o u s s a v o n s q u e sainte G e r l r u d e , au d é b u t d e sa
vie s u r n a t u r e l l e , s'adressa à elle p o u r en r e c e v o i r
l ' a s s u r a n c e q u e les faveurs d o n l elle était l'objet p r o -
cédaient bien de D i e u . E s t - c e à cause de cette r é p u t a -
tion q u e M e c h t i l d e , afin de g a r d e r sa liberté, cacha
si l o n g t e m p s et avec tanl de soin les grâces e x t r a o r -
d i n a i r e s d o n t le récit c o m p o s e le Livre de la grâce
spéciale ? O n peut le s u p p o s e r . Quoi qu'il en soit,
l'humilité de Mechtilde et a u s s i le mystère d o n t le
S e i g n e u r a i m e le plus s o u v e n t à voiler ses d o n s ,
c o n s p i r è r e n t e n s e m b l e p o u r g a r d e r d a n s le secret les
c o m m u n i c a t i o n s du ciel j u s q u ' à la c i n q u a n t i è m e a n n é e
de la S a i n t e .
A cette é p o q u e (1291), u n e grave maladie que
contracta n o t r e S a i n t e et la m o r t de I'abbesse Ger-
l r u d e , q u e Mechtilde ne put m ê m e assister à ses d e r n i e r s
i n s t a n t s , l i r e n t a u i o u r d'elle u n e solitude plus g r a n d e .
Dieu lui o u v r i t la b o u c h e , et elle manifesta a l o r s , non
s e u l e m e n t a u x p e r s o n n e s du m o n a s t è r e , piais à celles
p
du d e h o r s , ce que le S e i g n e u r opérait en e l l c ( 2 p a r t . ,
c h . xxvi) D e u x moniales r e ç u r e n t ses confidences
(S* p a r t i e , c h . x x n , xxiv) et les m i r e n t p a r écri t, d a b o r d
à l'insu de la Sainte d o n t elles r e d o u t a i e n t J h u m i l i t é .
TCn effet, l o r s q u e celle-ci eut c o n n a i s s a n c e du travail
déjà p r e s q u e a c h e v é , elle en fut troublée ; p u i s , s u r
vm LE MVHE OK LA ORAOE SPÉCIALE.

l ' a s s u r a n c e que Dieu lui d o n n a d'avoir i n s p i r é les


deux n a r r a t r i c e s , elle c o n s e n t i t à l a i s s e r terminer
l ' o u v r a g e , p o u r la gloire de Dieu et l'édification du
prochain. L'une des deux moniales auxquelles nous
d e v o n s ce travail frc; s a i n t e G e r t r u d e e l l e - m ê m e : ce
fait r e s s o r t c l a i r e m e n t de la confrontation des d e u x
l i v r e s , ainsi qu'il a été dit d a n s la préface de celui de
sainte G e r t r u d e . M e c h t i l d e est f r é q u e m m e n t nommée
d a n s le Ilénuil de l'amour divin, t a n d i s q u e G e r t r u d e
ne Test j a m a i s d a n s le livre de la Grâce spéciale,
p r é c i s é m e n t p a r c e que c est elle qui J'a r é d i g é .
N o t r e Sainte ne se r é t a b l i t pas de sa m a l a d i e et
resta d a n s un état de g r a n d e f a i b l e s s e ; elle s e m b l a i t
n'avoir plus de force q u e p o u r r é v é l e r les grâces
q u ' e l l e recevait, ou celles q u ' e l l e a v a i t r e c u e s a u t r e f o i s .
D e u x a n s a v a n t sa m o r t , les d o u l e u r s r e d o u b l è r e n t et
vers la fin de Tannée e c c l é s i a s t i q u e , à l ' a v a n t - d e r n î e r
d i m a n c h e a p r è s la P e n t e c ô t e , la m a l a d e c o m p r e n a n t
que Dieu allait l ' a p p e l e r a l u i , c o m m e n ç a à se p r é p a -
r e r , au m o y e n des e x e r c i c e s c o m p o s é s a celte i n t e n -
tion p a r sainte G e r t r u d e .
L e l e n d e m a i n l u n d i , a v a n t les M a t i n e s , elle r e ç u t
F e x t r ê m e - o n c t i o n , s u r l a v i s d e G e r t r u d e cl a l o r s q u e
les s u p é r i e u r s et M e c h t i l d e e l l e - m ê m e n e c r o y a i e n t pas
q u e ce tût urgent. D e s c r i s e s fréquentes a p p e l è r e n t à
p l u s i e u r s r e p r i s e s le c o n v e n t a u p r è s d u lit d e la m o u -
r a n t e , p o u r y réciter les d e r n i è r e s p r i è r e s ; et c o m m e
elle c o n s e r v a i t , a v e c la c o n n a i s s a n c e e n t i è r e , l'affabilité
S'jui Vavait r e n d u e si c h è r e à t o u t e s ses s œ u r s , c h a c u n e
lui faisait des r e c o m m a n d a t i o n s a u x q u e l l e s e l l e r é p o i r
PRÉFACE. IX

dait a v e c u n e s p r i t d e foi ci de charité i n c o m p a r a b l e .


L e m e r c r e d i s u i v a n t se t r o u v a i ! être le j o u r de la
féte d e s a i n t e E l i s a b e t h d e T h u r i n g e , m i s e , depuis
q u e l q u e s a n n é e s s e u l e m e n t , au canon des s a i n t s , et
très c h è r e aux fidèles d e c e s c o n t r é e s . G e r l r u d e fut
l'heureux lémoin des faveurs prodiguées par le
S e i g n e u r à son é p o u s e aux d e r n i e r s instants ; elle vit
c o m m e n t les p a r o l e s d e l'Office étaient a p p l i q u é e s p a r
les a n g e s et p a r Dieu l u i - m ê m e à la sainte m o u r a n t e ;
elle vit a u s s i s ' a c c o m p l i r à l ' h e u r e s u p r ê m e Tengagc-
m e n t c o n l r a c t é autrefois p a r M e c h t i l d e avec le Seigneur
l o r s q u e celui-ci lui d o n n a s o n C œ u r en g a g e . A cette
h e u r e d o n c , l ' E p o u x divin lui r e d e m a n d a ce gage ; et
M e c h t i l d e le lui a y a n t fidèlement r e n d u , fut a u s s i t ô t
a p p e l é e à e n t r e r d a n s les j o i e s de son S e i g n e u r p o u r
y g o û t e r les délices de l ' é t e r n i t é . C'était le 19 n o v e m -
b r e 1298.
S a i n t e M e c h t i l d e est h o n o r é e , p a r c o n c e s s i o n du
Saint-Siège, d a n s c e r t a i n e s familles de l ' O r d r e de
saint B e n o î t , et l'on y c é l è b r e sa fête le 26 février. Sa
d é p o u i l l e m o r t e l l e , c o m m e celle des a u t r e s grandes
m o n i a l e s d'Hclfla, r e p o s e s a n s doute d a n s ce m o n a s -
t è r e , d é v a s t é q u a r a n t e a n s p l u s tard p a r l'évequo
i n t r u s d ' H a l b e r s t a d l , A l b e r t d e B r u n s w i c k , et a b a n -
donné alors pour le Ncu-Helfta. Nous a v o n s dit
a i l l e u r s c o m m e n t il e s t m a i n t e n a n t d o m a i n e r o y a l ,
affecté à u n e g r a n d e exploita lion a g r i c o l e , et com-
m e n t l'église seule est e n c o r e r e c o n n a i s s a b l e .
T o u t ce (jui a été dit d e la d o c t r i n e et de la mission
de sainte Gertrude s ' a p p l i q u e également à sainte
% L E LTVRF D K LA fi R A C E SVÉOÏAT.E,

M e c h t i l d e Le m y s t è r e du V e r b e i n c a r n e tient la
p r e m i è r e place d a n s les visions d e l'une et de l'autre.
L ' I I o m m e - D i e u y a p p a r a î t , n o n seule m m l c o m m e
S a u v e u r , mais c o m m e M é d i a t e u r e n t r e Dieu et
l ' h o m m e . C'est l ' a m o u r qui l'a attiré des h a u t e u r s d e s
ci eux j u s q u e s u r n o t r e terre ; c'est l ' a m o u r qui l'a lait
petit, p a u v r e , h u m b l e , souffrant» qui l a cloué à la
croix et Ta m a r q u é des plaies, d é s o r m a i s g l o r i e u s e s
qu'il p r é s e n t e s a n s cesse à son P è r e afin de l'incliner
v e r s ceux qu'il a a c q u i s p a r son s a n g .
Ici e n c o r e c'est le C œ u r divin qui a p p a r a î t c o m m e
l ' o r g a n e p r i n c i p a l de l ' a m o u r et de ses o p é r a t i o n s ; et
M e c h t i l d e en fournit p e u t - ê t r e e n c o r e plus d'images
q u e G c r l r u d e , d o n l les visions se p r é s e n t e n t générale-
m e n t s o u s u n e forme m o i n s s e n s i b l e .
C e p e n d a n t la c a r a c t é r i s t i q u e de s a i n t e Mechtilde
s e m b l e être la louange divine. 11 c o n v e n a i t q u e celle
q u i fui t o u t e sa vie la p r e m i è r e c h a n t r e d u m o n a s t è r e
et q u e le S e i g n e u r s a l u a , à s o n entrée d a n s le ciel, du
e
titre de sa bien-aimee Philomèh ( 7 p a r t i e , 11), fui
établie la p r o p h é l c s s e de la louange d i v i n e . Cette
l o u a n g e solennelle, p u b l i q u e , qui d e m a n d e son e x p r e s -
sion à Dieu l u i - m ê m e , qui s'inspire des leçons de la
s a i n t e E g l i s e , cette louange est r é p é t é e p a r M e c h t i l d e
avec a m o u r , a v e c e n t h o u s i a s m e . N o n c o n t e n t e de se
d é v o u e r à celle très noble t a c h e et d'y d é p e n s e r ses
forces, elle en i n s p i r e le zèle à ses s œ u r s p a r ses révé-
lations et ses écrits ; elle en r é p a n d m ê m e la p r a t i q u e
et l ' a m o u r p a r m i les fidèles. M e c h t i l d e , en effet, avait à
p e i n e quitté la t e r r e q u e son livre se r é p a n d i t r a p i d e -
pniîFAfiiî. r\

m e n t , s o u s le tilrc de Louantfc de la dame Mechtilde. [,a


ville de F l o r e n c e fui u n e des p r e m i è r e s à le r e c e v o i r ,
s a n s d o u t e p a r l ' e n t r e m i s e des F r è r e s P r ê c h e u r s ; et,
j u s q u ' a u x jours de la r é v o l u t i o n , on vit le p e u p l e de
c e t t e ville r e d i r e c h a q u e soir, devant Jes images s a c r é e s ,
les l o u a n g e s q u e lui avait t r a n s m i s e s TA moniale
d'Helfta.
U n a u t r e h o n n e u r était r é s e r v é à la Sainte, h o n n e u r
s e c o n d a i r e a s s u r é m e n t , si on le c o m p a r e à ceux dont
l'Eglise e n t o u r e ses s a i n t s : on s'est toujours préoc-
c u p é d'un p e r s o n n a g e i n t r o d u i t p a r Dante d a n s sa
Divine Comédie ( c h a n t d u P u r g a t o i r e ) s o u s le nom de
Maleltla. Ce ne pouvait ê t r e un p e r s o n n a g e imaginaire,
p a s p l u s cjuc les a u t r e s é v o c a t i o n s du poète. L o n g t e m p s ,
et d e nos j o u r s e n c o r e , les c o m m e n t a t e u r s s ' a r r ê t è r e n t
à la g r a n d e c o m t e s s e de T o s c a n e : M a t h i l d e , la lille
s p i r i t u e l l e et le ferme s o u t i e n de saint G r é g o i r e V I L
C e p e n d a n t d ' a u t r e s se d e m a n d a i e n t avec raison quel
r a p p o r t il p o u v a i t y a v o i r e n t r e la g r a n d e figure belli-
q u e u s e et virile d e la c o m t e s s e Mathilde et le gracieux
p e r s o n n a g e q u e D a n t e se d o n n e c o m m e initiateur à sa
r é g é n é r a t i o n s p i r i t u e l l e . A u j o u r d ' h u i la c r i t i q u e ne
d é d a i g n e p l u s les m y s t i q u e s ; elle l e u r d o n n e m ê m e ,
à litre de poètes, une p l a c e assez élevée ; a u s s i noire
s a i n t e M e c h t i l d e , plus et mieux étudiée, a-t-elle pu être
r e c o n n u e c o m m e u n e d e s meilleures i n s p i r a t i o n s du
p o è t e florentin. N o u s s a v o n s qu'à l ' é p o q u e où il
c o m p o s a le c h a n t du P u r g a t o i r e , l ' œ u v r e d e Mechtilde
était c o n n u e à F l o r e n c e . O r , voilà q u ' a p r è s a v o i r gravi
les sept étages d ' u n e m o n t a g n e que n o u s r e t r o u v o n s
VTÏ Ut UVUK ni- LA OUACr, SPÉCIAT.K.
r c
d a n s n o i r e livre ( l p a r i . . VA), D a n t e e n l e n d d ' a b o r d
u n e voix m é l o d i e u s e qui lui c h a u l e : Venile, brnedicli
e
Pal ris mei ( 2 p a r i . , 19) ; p u i s au delà d ' u n fleuve une-
f o r m e g r a c i e u s e lui a p p a r a î t et l'invite en c h a n t a n t à
f r a n c h i r ce c o u r a n t qui doit s é p a r e r sa vie a n t é r i e u r e
e
d ' u n e a u t r e p l u s p u r e . A u c h a n t d e V Asperges mr (2 par-
tie, 2) le poète est e n t r a î n e p a r la vierge q u i , a p r è s l'a-
v o i r p l o n g é d a n s le fleuve, le r e m e t à q u a t r e vierges
rfî
qui la suivent ( l p a r i . ) . C'est à elle q u e Béalrix r e n v o i e
D a n t e , c a r c'est elle qui a r e ç u la m i s s i o n de lui expli-
q u e r t o u t e s les difficultés spirituelles ; et c'est a p r è s ces
c i t a t i o n s de c h a n t s l i t u r g i q u e s , a p r è s la purification
d e son àme d a n s le fleuve qui coule s u r Je s o m m e t de
la m o n t a g n e aux s e p t é t a g e s , q u e D a n t e p r o n o n c e le
n o m du p e r s o n n a g e qui p r e n d s u r lui u n e autorité
aussi d o u c e q u e p u i s s a n t e . Il l'appelle Mttlelda, c'est-
à - d i r e Malhilde ou M e c h t i l d e , c a r ce s o n t là deux
f o r m e s d u m ê m e n o m . T o u s les c o m m e n t a t e u r s ont
r e c o n n u en Maleldalc t y p e de la vie a c t i v e , o p p o s é e à
l a c o n t e m p l a l i v e r e p r é s c n t é c p a r Béatrix. Il n e f a u d r a i t
p a s a c c e n t u e r o u t r e m e s u r e cette o p p o s i t i o n , c a r la
vie active r e p r é s e n t é e p a r Matelda, est u n e vie é m i n e m -
m e n t spirituelle, o c c u p é e à p a n s e r Jcs b l e s s u r e s du
p r o c h a i n p l u t ô t q u ' à d é f e n d r e , les a r m e s à la m a i n , les
d r o i t s m ê m e les p l u s s a c r é s . Il sei^ait p e u t - ê t r e tout
a u s s i exact de v o i r en Bêatriv renseignement précis
d e la théologie qui éclaire l'intelligence d e D a n t e ,
maisVeffrave a u s s i en lui m o n t r a n t c o m b i e n s o n c œ u r
cl son e s p r i t o n t été peu s o u m i s j u s q u ' a l o r s aux leçons
de la Vérité é t e r n e l l e . Mechtilde r e p r é s e n t e r a i t la
PREFACE XTTT

théologie m y s t i q u e (fui révèle au poêle les secrets de


l ' a m o u r el de la m i s é r i c o r d e divine, lui r e n d la con-
fiance, lui i n s p i r e la s o u m i s s i o n à ce que r é c l a m e n t de
lui la foi cl l ' a u t o r i t é d e l'Eglise. Celte o p i n i o n a s o u -
levé bien des d é b a t s d a n s la p a t r i e de sainte Mechtilde
et d a n s celle d e 3a c o m t e s s e d e T o s c a n e ; m a i s n o u s la
c r o y o n s fondée s u r la j u s t i c e et la vérité.
L e livre de s a i n t e M e c h t i l d e compta bientôt un grand
n o m b r e de copies d o n t on r e t r o u v e des exemplaires
d a n s les b i b l i o t h è q u e s a l l e m a n d e s ; les p l u s a n c i e n n e s
c o p i e s s o n t a u s s i les p l u s c o m p l è t e s . P l u s l a r d p a r u t
u n e r é d a c t i o n de l ' o u v r a g e , dont on s u p p r i m a m a l -
h e u r e u s e m e n t tout ce qui pouvait avoir un intérêt
h i s t o r i q u e , et où Ton se m o n t r a très s o b r e de détails
sur sainte Mechtilde.
C'est s u r ce s e c o n d m o d è l e , qui subit e n c o r e d'autres
a l t é r a t i o n s , q u e furent i m p r i m é e s les diverses éditions
d u Livre delà Grâce spéciale ; il en résulta, s u r la vie
et la p e r s o n n e d e s a i n t e M e c h t i l d e , u n e profonde
o b s c u r i t é , s o u r c e des e r r e u r s qui s'établirent s u r son
c o m p t e c o m m e s u r celui de sainte G e r t r u d e . Ces
r e t r a n c h e m e n t s é t a i e n l r c g r c t l a b l e s , c a r les m a n u s c r i t s
les p l u s c o m p l e t s n'étaient déjà q u e trop s u c c i n c t s en
fait d e r e n s e i g n e m e n t s b i o g r a p h i q u e s .
N é a n m o i n s , c'est en r e p r o d u i s a n t ceux-ci d a n s leur
i n t é g r i t é q u e les B é n é d i c t i n s de Solesmes ont pu ? en
1875, faire c o n n a î t r e l ' œ u v r e de sainte Mechtilde
d ' u n e m a n i è r e p l u s s û r e el mieux d é t e r m i n é e . Bien
qu'il y ait eu p l u s i e u r s éditions françaises de sainte
G e r t r u d e , il n'en p a r u t q u ' u n e de sainte Mechtilde :
R
xrv TIK m v r k nie ÏVA niur.K spiïcïAî.rc.

celle d e E e r r a i g e , p u b l i é e e n 1(>23, édition qui est


d e v e n u e très r a r e el don! le s t y l e a fort vieilli. N o i r e
édition c o n t i e n t tout ce qui a été t r o u v é p a r les Béné-
dictins» aussi ce recueil c o m p l e t n e préscntc-l-il p a s
les c a r a c t è r e s d'un livre c o n v e n a b l e m e n t d i s t r i b u é ;
n o u s a v o n s tenu à c o n s e r v e r celte imperfection, car
elle g a r a n t i t à l ' œ u v r e son originalité. N o u s a u r i o n s
c r a i n t , en modifiant le texte d e c e m a n u s c r i t , q u e le
vicaire d ' E r f u r t v i n t c o l l a t i o n n e r à Hcliïa, l o r s de la
translation à E i s l e b e n en 1346, de laisser perdre
un fragment p r é c i e u x , un mot qui p o u r r a i t servi]* à
confirmer ou à c o r r o b o r e r tel ou tel fait h i s t o r i q u e .
A i n s i en est-il p a r exemple d e s r e l a t i o n s des Frères
P r ê c h e u r s a v e c les moniales d'Helfta, r e l a t i o n s a c c u -
sées p a r le livre c o m p l e t de s a i n t e M e c h t i l d e . Il est b o n
de les s o u l i g n e r , c a r elles n o u s d o n n e n t une p r e m i è r e
g a r a n t i e s u r la v a l e u r el le m é r i t e d e ces r é v é l a t i o n s ,
s o u m i s e s , dès le p r i n c i p e , à d e s j u g e s aussi c o m p é -
tents q u e les frères et les c o n t e m p o r a i n s des T h o m a s
cVAquîn et des A l b e r t le G r a n d . D ' a u t r e s petits traits
p e u v e n t également j e t e r u n e l u m i è r e s u r des o b s c u r i t é s
h i s t o r i q u e s , s a n s c h a r g e r le v o l u m e ou n u i r e à l'édi-
fication des l e c t e u r s . Ce sont enfin p o u r n o u s c o m m e
de p r é c i e u s e s r e l i q u e s , dont la m o i n d r e parcelle a la
m ê m e valeur q u e des m e m b r e s e n t i e r s , el q u ' u n a m o u r
r e s p e c t u e u x cl filial ne s a u r a i t c o n s e n t i r à l a i s s e r
d a n s l'oubli.

N, B. — LOS chiffres r o m a i n s i n d i q u e n t la numcrnlum d<*s


C h a p i t r e s , telle q u e la d o n n e le m a n u s c r i t d'ALBERT d ' t i r i u r t ,
PRÉFACE. XV

c o n s e r v é à la b i b l i o t h è q u e do W o l f e n b u t t e l , cL s u r lequel nous
n o u s s o m m e s réglé p o u r [ é d i t i o n l a t i n e . Les ehilVres arnbrs*
i n d i q u e n t la n i i n i é r a t i o u d e s C h a p i t r e s , telle q u e l l e a été établie
d a n s les é d i t i o n s i m p r i m é e s les p l u s correctes, c o p u n c celles de
F e r r a i y e 11)23, de C o l o g n e l(i(i2. etc.
T A B L E

D E S P E R S O N N E S E T D E S C H O S E S

AnnnssB, G e r t r u d c . s œ u r de s a i n t e Mrchtild*, 102. 200 202, 375,


43!), 457, -liï(), 49:ï - S o p h i e d e Mansfeld, 4 0 3 .
AIIAM Son p é c h é , 1 7 9
AGNEAU, r e p r é s e n t e le C h r i s t , 2(V'.
AIGLE, i m a g e d u S e i g n e u r , 290 ; — s y m b o l e d e la c o n t e m p l a -
t i o n , 386.
ALOUETTES symboliques, 251, 331.
AMES d u p u r g a t o i r e , 407, 494. — A m e d e Notre-Seigneur, 437.
AMOUR d i v i n . S o n rôle d a n s le m y s t è r e d e l ' I n c a r n a t i o n , 20, 2 1 ,
2 2 , 53. 85, 179, 213 : — d a n s l ' â m e fidèle, 104.
ANGES. Leur mission d a n s l'Incarnation, 9 ; — leur connais-
s a n c e , 331 ; — a c c o m p a g n a n t les m o n i a l e s , 15, 125 ;
éveillant les m o n i a l e s , 24 ; — a c c u s e n t Mechtilde, 05 ; la
c o n d u i s e n t à M a r i e , 149 ; — c o m m e n t ils assistent la Sainte
Vierge à sa m o r t , 1 0 6 ; — reçoivent u n e gloire NOUVELLE, 108.
— H i é r a r c h i e des A n g e s , 1 2 2 . — DÉFENDENT ET ASSISTENT
L ' Â I I U V , ^ ' 1 9 2 ; — s e r v e n t Mechtilde, 182 ; — OFFRENT les
p r i è r e s de la c o m m u n a u t é , 331 ; - forment cortège À l ' â m e ,
382, 393 ; — i m i t é s p a r s a i n t e Mechtilde, 432.
ANNE (sainte) la P r o p h é t c s s e , 45.
ANNEAU de sept p i e r r e s p r é c i e u s e s , 2 0 1 .
AHGENT, d é s i g n e les b o n n e s œ u v r e s , 2 9 1 .
A U M Ô N E ^ 400, 405.
XVIII TABM5 DES PERSONNES ET DES CHOSES

H\PTÊ.MW. RTF «sainte M c d i l i l d e a v a n c é p a r N ô t r e - S e i g n e u r , 4. —


E n f a n t s m o r t s a p r è s le b a p t ê m e , 5 3 .
IiiiNorr .saint; d a n s le ciel, 51 ; - s p l e n d e u r el i m p o r t a n c e de
son O r d r e d o n s l'K^lisc, 116 ; — c o n d u i t Y â m e de l ' a b b e s s c
G e r t r u d e d e v a n t le Irène de D i e u , 452.
liv.LÏNARD ( s a i n t ) . I lh\
BUNCIIAUI) d e M a n s f c l d , f o n d a t e u r du m o n a s t è r e , 397, 490 ; — (le
j e u n e ) , 191, 3 9 9 ; — (le p è r e d e T a b b c s s e Sophie), 403.

C H A M P DE froment, 2 5 6 .
CHANT, S i n g u l i è r e p a r o l e de N o i r e - S e i g n e u r s u r LE c h a n t , 141 ; —
DO s a i n t e M e c h t i l d e , (5. 478. 488, 489.
CIIAPITUE, tenu p u r N o i r e - S e i g n e u r , 15.
CLIŒITH, 347.

CCKINIDC N o i r e - S e i g n e u r , o r g a n e , i n s t r u m e n t , e t c . , 7 , 2 1 , 8 0 , 99, 127,


150, 103, 233. 2 3 7 , 2 5 8 , 3 0 7 , 3 5 5 , 357, 411. 423,459, 480, 4 8 2 , 4 8 3 ,
39, 121, 209 ; - S o u r c e , trésor, e t c . , 10, 15, 63, 6 8 , 7 3 . 84,
9 1 , 95, 104, 112, 121. 158, 159, 103, 107, 177, 179, 188, 192,
193, 190, 202, 200, 240. 237, 225, 228, 2 5 5 , 2 7 2 , 279, 284, 299,
302, 306, 323, 329 339. 3 7 1 , 390, 3 9 1 , 390, 402,404, 422, 425,
470, 1 8 8 . - - U n i a u c œ u r (Idole, 74, 9 9 , 185, 2 1 2 , 2 3 5 , 200,
272, 277, 330, 350, 306, 308. 370, 407, 4 3 3 , 407. — D o n n é en
gage, en c c h n n g e , e t c . , 88, 159, 184, 214, 372, 4 1 8 , 4 8 0 .
D e m e u r e m y s t i q u e , 3 1 , 7 3 8 L 80, 89, 90, 180, 182, 185, 187,
1 8 9 . 1 9 7 , 2 0 1 , 2 0 0 , 2 2 4 , 2 3 0 , 2 0 0 , 3 3 0 , 352, 453 4 5 0 , 4 8 1 , 4 8 2 ,
— S u p p l é e à ce q u i n o u s m a n q u e , 159, 169, 220, 204, 333,
3 3 5 . - Ses b a t t e m e n t s , 2 1 , 102, 180, 437.
Cm.OMUIIK, s y m b o l e , 299.
COMMODITÉS c o r p o r e l l e s , 355.
OOMMI'NION. (Voir Liturgie.)
CONVKHS, 324.
f
C o u r s de l ' h o m m e , 29 j.
TAHf.K DIÏS l'KHSONNKS R'p „ K S ( - H O SES. XIX

COIMI-IIIIS s j m h o l i q i w s . 30, : M , .'il, ftli. 98 1 1 7 r >q i; 5 0 \&> 1«q


202, 275. 28'.), '299. 309, 404, 484, 493
CHOIX , 58,

DÉFAUTS du p r o c h a i n , 313.
DÉSIRS. (V. lionne volonté.)
DOCTEURS, leurs p r é r o g a t i v e s , 117 31)3
DOIGTS du C h r i s t , 3 4 4 , 3 0 0 , 3(«N. 309
DONS DE DIRIT, 185 ; — g r a t u i t s , 200.

Er.niTcinE (sainte), 325. 4 4 1 .


EnussoNK, s y m b o l e . 349.
JV;L;SE figurée par une vigne, 103.
KSI'HIT-SAJNT- Triple opération, 02 ; ) C sert du Cœur divin
c o m m e d'une lyre, 482.
HvANGJLK, 4 3 1 .

FACE (sainte^, 13, 37, 3S ; — rassasie délicieusement les élns, 37,


49, 83, 255 ; — appelle les pécheurs à la pénitence. 30 ; —
Face de l'iime, image, fie la sainte Trinité, 200.
FL*MREATTX. signifient les u u v r c s , 3 8 7 .
FLEURS, symboles, 250, 270, 300, 319, 309, 378, 447.
Fot des parrains s a u v e les entants, 4 0 1 .

GERTRUDE (abbesse et soeur de Mechlilde', 200. ?02, 377, 378, 141,


•102, 190, m
GERTIUIUE isaiutej écrit clîi-ineinn une partie de ce livie,
429.
sx TJAIM.K TÎKR PKPISOXNKS KT DKS CHOSES.

f»KSTK s u s c e p t i b l e do s c a n d a l i s e r , 2 9 3 .
Ci.omi-: essentielle coiiinu: a c q u i s e a p r è s la m o r t , 394.
GHATUTF '*es bienfaits d i v i n s , 170.

ïliM'iiis c a n o n i a l e * , 4-12.
HUMIM'IK, ses c o n s é q u e n c e s , son a l l i a n c e avec In c r a i n t e , 7, 2 1 2 ;
ses c a r a c t è r e s , 11 — n i d p o u r T à i n e , 107.

IMI'KÏIKKCTION, s u p p l é é e p a r N o t r c - S e i g n e u r , 7, 33 . 5 9 , 9 0 , 1 2 5 , 128,
144, 159. 170, 171, 1 7 8 ; - et p a r l ' a m o u r q u ' i l a p o u r la
S a i n t e . 00,
ÏNCMINVI'ION, 18, 19. — Diverses q u e s t i o n s , 22,
INCLINATIONS, 125, 107»

ÏMMHMITKS, 430.

JV.AN~BM>TISTF. (saint), 3 1 , 85 ; — a s s i s t e N . - S , à l ' a u t e l , 114.


IÏÏ'-AN s a i n t , é v n n g c l i s l r , p o u r q u o i il suivît si fiicilemenl le Sei-
g n e u r . 23 ; — ses privilèges, 20, 90 ; — ses r e l a t i o n s a v e c la
s a i n t e V i e r g e , 2 8 , 107. — D é v o t i o n à —, 25 ; — assiste N - S . ,
qui c h a u l e la m e s 114 ; p r é s e n t e u n e âme, 381.
JÉSUS an t e m p l e . 34 ; — d e v e n u p o u r n o u s victime d e la colère
céleste, 34 ; — des effets d e sa m é d i a t i o n , 122. - S u b l i m e
c h a n t r e de son P è r e , 100, 185 ; — h a r p e d o n t les c o r d e s sont
les élus. 100. C o m m e n t il est p è r e . m è r e , frère, s œ u r , 3 0 1 ;
offre ses œ u v r e s p o u r l a m e , 382. — (Voir Visions.)
JOSEPH d'Arimalhi ^Jî5.
1
JOSKPII (saint , 8 5 .
JOITUNKK sanctifiée p a r suinte M e c h l i l d e , 258.
JOYAUX, d i v e r s s y m b o l e s , 343, 407.
JIKÏKMKNTS s u r le p r o r h a i n ; l e u r g r a v i t é , 29.
TÀHÏ.K OKS PKIiSOXNKS KT DhS d l D K K S . N I

LARMES. Ce q u i faisait verser des l a r n i c s à N o i r e - S e i g n e u r , et ce q u e


ces l a r m e s s o n t d e v e n u e s , 9 1 . — L a r m e s des s^">*s, 181. 397.
LIÈVRE d o r m a n t , i m a g e d u s o m m e i l . 283.
LITURGIE. Fêtes d u T e m p s e t d c s S a i n t s . — A v e n t , 11, 20ÏJ- — D i m .
Popnlns Sioiu 12. — Vigile de la Nativité de Noire S e i g n e u r ,
209. - N a t i v i t é d e N - S . , 210. — Circoncision, 28. - Vigile de
l ' E p i p h a n i e , 30. — D i m . Omnis terra, 33 ; — Esto mihi, 17. —
C a r ê m e , 2 8 3 . — A n n o n c i a t i o n , 0 . — D i m . des R a m e a u x , 3 4 ;
— M a r d i s a i n t , 57 ; — V e n d r e d i saint, 6 1 , 03, 184 ; — P â q u e s ,
7 1 . — I I " férié a p r è s ÏViqucs, 81 ; — P e n t e c ô t e , 92, 94, 97 ;
— T r i n i t é , 1 0 0 ; — D i m . Si iniquitates, 4 6 1 . — A s s o m p t i o n d e
N . - D . , 100, 114 ; — Nativité de N . - D . , 129. - Sainl-Michel,
122. — T o u s s a i n t , 125, 130 ; — F é r i é s . Sabbatum. 101, 107.
( H e u r e s c a n o n i a l e s . ) M a t i n e s , 24. 39, 1 2 6 , 1 4 0 , 1 5 2 , 1 6 8 ; — P r i m e ,
05,108, 2 7 8 ; — T i e r c e , 0 7 , 1 0 0 , 2 7 8 ; — S e x t e . 6 7 . 278; - N o u e ,
07, 278 ; — V ê p r e s , 68, 7 6 , 2 7 8 . - C o m p l i e s , 69, 152, 278.
Messe, ses fruits, 36, 128, 188.289 ; -- Messe chantée p a r N. S.,
114. — Messe Veni et aslendc* Q . - T . de l'A vent. 13 ; Domi-
nas JixiL 18 (Nuit d e Noëlj, 19. — Lux fulyrbil (aurore),
20 ; — In t'.rceho ihrono, 33 ; — In nomine.Domini* 58 ; - Nos
antciv, 57, 59 ; — Resurrexi, 75 ; — Spiritns Domini, 97 ; —
GaudeamtiH^ 1 1 4 ; — Inmedio, 116 ; — d e la D é d i c a c e 138 : - •
Salve sancta Purrns, 142, 144, 146, 151, 154, 210 ; — Venile
benedictu 184 ; — Dicit Dominus, 289 ; — llcnedicta ait, 4'i2;
— d e s D é f u n t s , 377, 482.
( P a r t i e s d e l à Messe). Collectes. 357 ; — O r a i s o n Infirmitatem*
89 ; — Respice quœsunws, 89 ; — G r a d u e l Deas cui adstat,
138 ; — P r o s e Ave. prrrclora, 121 ; — Mane prima sahhati,
134 ; — E v a n g i l e Si m ile est, 2 9 1 , 3 6 5 ; — Stabat juxta crucem.
420 ; — M issus es/, 9,
(Citation d e l ' é v a n g i l e d u jour)2£f teriia die renuryeti 402 ; —
Inclina to capite, 450 ; - S i m o n fils d e J e a n , 373 ; — offer-
toire, 389 ; — offertoire Offerentur Regi 4 2 ; — Domine y Jesu,
308, 3 P S 3 8 2 ; o b l a l i o n de l ' H o s t i e , 366 ; - Secrètes, 309 ; —
P r é f a c e , U0 ; - Sanrtns, 22 ; - Agnns Da\ 203, 382 ; —
C o m m u n i o n , 10, 15. 67, 74, 9 9 , 129, 2 5 6 ; — P r é p a r a t i o n à la
C o m m u n i o n , 152, 378 ; — Effet d e la c o m m u n i o n , 133 ; -
P o s l c o m m u n i o n , 22 ; - Bénédiction d e l à Messe, 22. 382. —
Citation d u Prœconium Paschale : O mira circa nos, 335.
XXII TAIU.rc DKS IMWSONNKS HT DES CHOSES,

Ofïirc. P r i è r e A péri, Domine, 2 8 1 ; — Pater (récité p o u r les


â m e s du P u r g a t o i r e ) , 4 1 2 , 4 1 3 ; — A v e Maria, 4 0 . — A n t i e n n e
ïhvc eut qwe ne$ciuit 4 4 . 3 8 1 . - i'ix quo omnia, 5 0 , 3 4 8 , 4 2 1 ;
%

— Tibi laus, 5 2 ; --- Subuenite, 4 7 ° ; — Ave Virgo speciosa, 1 3 2 ;


—- Asperges me, 1 0 3 ; — (rratias tibi Deus, 3 4 8 ; — O Gertrudis,
o ptf H'ÏO ; — Tibi decus, 4 1 8 ; Quant pins est gundere rie te, 4 5 6 ;
— )stolis vonserta, Prœhttarum gemma. 4 5 0
P s a u t i e r , 3 3 1 . — P S . Beati immacnlati. 4 0 9 ; — Laudate Do-
mîntun OMÎTES génies, 2 0 2 4 5 4 . — V . du Ps <;»,, Laudate
T Denm
in tympanis benesonantibus^ 4iU),
H é p o n s . O lampas, 4 7 4 ; — Ave Sponsa,471 ; — Confirmatnm est cor,
1 7 5 ; — des v ê p r e s de s a i n t J e a n , 2 5 . — Libéra me Domine,
4 8 7 ; — I n columbrr spceie., 3 2 ; — Suryc virgo. 4 5 2 , 4 8 8 — Ipsum
andite, 3 2 . — Amo Chrisltun, 3 9 . - Summœ Trinitati, 50. —
Vinea facta est, 9 4 . — Salve Maria, 1 1 0 . — Firiï sveciosam,
1 1 4 . — Stirps JESSR, 1 2 0 . — lienedie, 1 4 0 . — iluc Vï'rao S I N -
gularis, 1 4 7 . — Begali, 1 4 9 . — Vù/I civiiatem, 2 9 7 - Emilie.
Domine y 3315. - - De la s a i n t e T r i n i t é , 3 7 5 . — i d . 3 7 8 . — ïiegnmn
nuindi, 4 H 8 . — Oi/re es/ /S/A, 4 5 3 . — Redemptor meus, 4 5 7 . —
H \ I M I E Benedictio el claritns, 5 1 . — Feiii Creator, 1 0 0 , 4 2 8
— Gloria, laus, 1 8 6 ; — de C o m p l i e s omnis pulchritudn Do-
mini, 8 9 . — Te Devm (pour p é n i t e n c e ) , 4 2 8 . — L i t a n i e s , 3 2 0 ;
— ici., 3 8 5 , — I n v o c a t i o n , Omîtes sancli Cherubim, 46*5,

LoiiANCiK DTVINR, d e sainte M e c h t i l d e , ' 2 7 4 , 2 7 6 , 2 9 3 , 3 2 3 . 3 4 0 ,


3 6 6 ; — s u p p l é é e p a r N . - S . , 2 5 4 , 2 5 8 ; — u n i e à celle de
N . - S . , 2 5 8 ; — ses c fiels a u ciel, 3 9 8 , 4 5 7 ; — est désirée p a r
s a i n t e M e c h t i l d e , 8 2 , 2 0 8 , 3 2 3 , 4 8 5 . 4 8 6 ; — et la c a r a c t é r i s e ,
1 3 , 1 9 , 3 3 , 5 0 , 7 5 , 7 8 , 1 1 3 , 1 3 0 , 1 3 0 , 2 1 0 , 4 8 5 ; — en l ' h o n -
n e u r de saint J e a n T E v a n g é l i s t e , 2 0 ; — en l ' h o n n e u r d e s
saints, 4 0 , 1 3 6 , 1 8 2 ; — réparatrice, 0 1 , 6 0 .
LCJITGAHDK, jeune sœur de sainte Mechtilde, 102.

MANOIRS d e l à t u n i q u e des religieux, l e u r signification, 351.

MÀIUK (voir V i s i o n s ; . Sa d é v o t i o n , 4 3 et s e q . ; —- c o n ç u t N . - S .
p a r a m o u r , 5 3 ; — c é l è b r e les l o u a n g e s d e s o n Kils, 5 0 ; —
a u g m e n t e la gloire d e s A n g e s et des s a i n t s , 1 0 8 . — Ses
relations avec la s a i n t e T r i n i t é , 1 1 8 , 1 5 8 . — E n M a r i e s écoule
d ' a b o r d la l o u a n g e s u p é r i e u r e des cieux, 3 4 1 ; — p u i s s a n c e
d e sa m é d i a t i o n , 1 4 6 , 1 4 7 ; - ses r e l a t i o n s avec les a n g e s
ET les é l u s , 1 5 5 , 1 6 0 ; — ses joies, 1 5 0 ; — ses v e r t u s , 1 2 0 , 143»
TABLE D E S PRHSONNÏ.S ET D E S CHOSES. XXTÎL

154 ; — d é v o t i o n a g r é a b l e à M a r i e , 111. — E x p l i c a t i o n de
VAite Maria* 1 5 t . — C o n d u i t Tàine d a n s un j a r d i n , 3 0 0 ;
— prie p o u r les novices qui font profession. 325 ; --• p r o t è g e
RAME- sous son m a n t e a u . 317 ; — offrande des g r â c e s qui
lui o n t été d o n n é e s , 382. 370. 387. — Présente l ' â m e de la
recluse Y s e n l r i i d e 381 ; se tient a u p r è s d ' u n e m o u r a n t e ,
3iSt>. — C o m m e n t la p r i e r , 314.
MAniK-AUNKI.i'.rNK, N E NI'ed d e la croix, 103 ; — In niante
f l n m o i i r divin 104 ; •- sons un a r b r e , dans un jardin de
délires, 300.
Mnr.iiTiuM'. la SOUIRV 227. 38-1, 387. 300.
MKÏMTKS d u p r ê t r e q u i d o n n e la c o m m u n i o n , 378. — P a r t d u fon-
d a t e u r a u x m é r i t e s tics r e l i g i e u x , 307.
M E S S E c h a u l é e p a r N . - S . et ses s a i n t s , 1 1 3 ; — e n t e n d u e , 200. --
F r u i t s d e la m e s s e p o u r les m u e s d u p u r g a t o i r e , 402.
MÉTAUX d i v e r s , significations s y m b o l i q u e s , -158.

Minoins s u r les m e m b r e s d u S e i g n e u r , 255.


MISKIUOOHOK, d é s a l t è r e les é l u s , 2 0 0 .

M O R T , 8 8 , — d e la s a i n t e V i e r g e , 100. — P r é p a r a t i o n à l a , 1 7 1 .
MORTIFICATION, sa n é c e s s i t é , 288.

N O M B R E , s y m b o l i q u e m e n t e m p l o y é 350 fois,
une antienne, 52.
5.400 est le n o m b r e des plaies do N . - S . , 172.
NOVICES, l e u r p r é p a r a t i o n , 3 2 4 ; — l e u r profession, 3 2 5 .

OBÉISSANCE. Agréable à Dieu. 405 ; — r e n f e r m e les autres v e r t u s .


140.
OBSERVANCES, l e u r i m p o r t a n c e , 370.

OBSTACLES d a n s le service d e Dieu, c o m m e n t les a c c e p t e r , 252.

OPÉRANDE de N . - S . à Dieu son P è r e , 00. — Fruit des oOVandi s


p o u r l é s â m e s , 100 ; par Mechtilde des m é r i t e s de N . - S .
et d e N - D - , 382.
OVUM, explication de ce m o t , 202.
XXIV TA1HJ5 D E S P K Ï l S O N N K S ET ÏMîS C I I O S K S .
(Kuvm-:s e n n o b l i e s , m u l t i p l i é e s , 252, 2tffi ; — les p l u s m i n i m e s ,
«378 ; — d e N . - S . o (1er les en s u p p l é m e n t d e s m é r i t e s , 387 ; —
p r o c é d a n t de son divin C u m r , 2 5 5 .
O/SKAUX, l e u r .signification m y s t i q u e , 230.
On, d é s i g n e l ' a m o u r , 2 9 1 .
OCUOÙNK, incertitude, s u r son s a l u t , 100.
OHNÏ'MKNIS divers, leurs signilications symboliques, 392, 423,
444,

PASSION d e N . - S . , 5 8 , 00, 0 1 , 02, 0 3 , 70, 433.


PATKH (explication d u , 412.
PAUOI.KS d e N.-S., 398.
PJCCUK.S d e s a i n t e M e c h t i l d e lui sont r e m i s , 7 ; — p a r a m o u r
p l u s q u e p a r c r a i n t e , 13 ; — t r a n s l o i m é s e n joyau*., 30. —
Nécessité d e p l e u r e r ses p é c h a s , 139.
PIEHUKS p r é c i e u s e s , l e u r .signification s y m b o l i q u e , 30, 3 9 , 110,120,
Ï 0 Ï , 181, 233. 2 9 1 , 184.'
PI.AI.VS sacrées de N . - S . , 5 8 ; — glorifiées, 07, 6*8, o'!>, 70, 7 3 , 81,
9 1 , 109, 203, 3 5 1 . 303, 3 8 4 ; — l e u r n o m b r e , 304, 472.
PLAINE, sa signification m y s t i q u e , 193.
PNI&ffKcms ( F r è r e s ) . 354, 355, 3 9 1 , 3 9 3 .
PUKSUNTS symboliques des mages, 32.
PJIKVOT. c o m m e n t il p e u t - c i r e élu, 322 ; ~- l ' à m e d u p r é v ô t O t t o ,
395.
P M / i R i i - A r d e u r d e s a i n t e Mechtilde p o u r la —, 2 0 8 ; — p u r e , 400.
— C o m m e n t il f a u t p r i e r la H. V . , 314,
PIUKUM*; c o m m e n t elle peut être é l u e , 322.
l'sAi.MoiuK, sa v a l e u r d e v a n t Dieu, 2 1 , 39 ; — a n g é l i q u e , 44, 40,
4 8 ; — u n i e à celle d e s a i n t e M e c h t i l d e , 5 1 . 55, 407.

HKPAHATION offerte p o u r la Passion d e N . - S . , 0 1 .


HûsunuKcTioN d r N . - S , fjoie d e la), — 78.
TAH|,K OKS PKLTSON'N'KS KT ILKS C I T O S K S . XXV

HOMIK d a n s é e p a r les v i e r g e s avec. N . - S . , 310, 385,


ROSSIGNOLS d é s i g n e n t les â m e s a i m a n t e s , 256.

p
SVINTS, l e u r s r e l a t i o n s a v e e N . - S . d a n s la g l o i r e , 36 ; — :n ( Î* .es
fidèles, 1 0 1 , 1 2 0 ; — la gloire a c c i d e n t e l l e des s a i n t s a u g m e n t a
c h a q u e j o u r p a r les a c t i o n s q u ' i l s ont faites i c i - b a s , 40, 181,
2 0 5 . — P e u v e n t d o n n e r tous l e u r s biens à q u i les a i m e ,
40, 1 0 2 ; — r e ç o i v e n t d e la s a i n t e Vierge u n e gloire p a r t i -
c u l i è r e , 109,; a i n s i q u e d e s a i n t e Mechtilde, 178 ; — oiïreiit
l e u r s m é r i t e s p o u r s u p p l é e r à Tins misères, 126 ; - le d e r n i e r
d e s s a i n t s , 1 3 4 ; — j o u i s s e n t m u t u e l l e m e n t d e l e u r joie p e r -
s o n n e l l e , 132, 1 3 6 ; — motifs d e louange d i v i n e offerts p a r
les s a i n t s , 1 3 6 ; — sont i n f é r i e u r s à la s a i n t e V i e r g e , et
c o m m e n t , 1 5 5 ; — l e u r s a p p a r i t i o n s , 389.
SIMKON, 45,85.
SON d e s c l o c h e s , 24.
SorFFaANCKscontinuelles d e s a i n t e M e c h t i l d e , 0 ; — p r o p o r t i o n n é e s
a u x b e s o i n s d e R A M E , 1 9 9 ; — v a l e u r des soulVrnnces, 199
211.
SOUMISSION au s u p é r i e u r , sa nécessité, 32 h
SorpiRS, leurs' effets, 342.

TKNTATTONS, l e u r s f r u i t s , 174, 175.


TRINITÉ ( s a i n t e ) , 50, 75 ; — s'unit à sainte M e c h t i l d e et féconde
l ' u n i v e r s . 1 0 0 ; reçoit la s a i n t e Vierge» en son A s s o m p t i o n ,
1 0 8 ; — réjouie p a r la N a t i v i t é de la sainte V i e r g e , 118: -
i m a g e d e l'action do la s a i n t e T r i n i t é , K H ; — r e l a t i o n s de.
la s a i n t e T r i n i t é a v e e la sainte- Vierge, 158, 159- —- Jouango
q u e l l e «r. d o n n e , 100, 323.

UNION d e N . - S . a v e c l ï u n e , 8 , 8 1 , 8 4 , 99, 1 8 2 , 2 1 2 ; — c o m p a r e
à l ' u n i o n de N . - S a v e c les espèces s a c r a m e n t e l l e s , 4 J 5 .
XXVI

Visa qui r o n g e les Ames d u P u r g a t o i r e , 408.


VKHTUS p r a t i q u é e s p u r s a i n t e M e c h t i l d e , 424 : — u n i e s à relies
d u C h r i s t , 145 ; — en r a p p o r t a v e c l ' a v i d i t é s p i r i t u e l l e , 474 .
- d e N . - S c o m m u n i q u é e s à s a i n t e M( e h l i i d e , 181,11)0,14)2.
VKTKMISNTP s y m b o l i q u e s , 34)4), 4 0 1 , 104. 440, 455, 458.
Vu;, doil être réglée s u r celle d u C h r i s t . 2 5 2 .
VIKUUES P r i v i l è g e s q u i l e u r sont conférés d a n s la g l o i r e , 42, 4 3 ,
127, 130 317,
VIOMÏTTKS, désignent les v e u v e s , 250.
VISAUK, sa signification d a n s la s a i n t e E c r i t u r e , 133,
VISIONS d e N . - S . a s s i s s u r u n t r ô n e , 7, 4 1 0 ; s u p p l é a n t les
imperfections de sainte Mechtilde, 7 ; — voulant s'incarner
à Marie, 4), 1 0 ; — d e N . - S . c o m p a r é a u s o l e i l , 1 3 ; — d e
N . - S . au c h a p i t r e vision c o n f i r m é e p a r sainte. G e r t r u d e ) ,
16 ; — d e l ' E n f a n t J é s u s , 3 5 , 4 3 ; — s o u s l ' a s p e c t d ' u n roi
m a g n i f i q u e , 1 5 ; — d e la d i v i n i t é d e N . - S . , 35 ; — r e c u e i l l a n t
les désirs et les a c t e s q u i lui s o n t offerts, 14); — d e N . - S . à
P a g e d e 12 a n s , 33 ; — d e s r e l a t i o n s d e N . - S . a v e c les s a i n t s ,
36 ; — s u r son t r ô n e . 49, 109, 1 8 7 ; - d e N - S . assis à t a b l e ,
54, 1 1 2 ; - - v ê t u en d i a c r e . 70, 171 ; — s e r v a n t u n r e p a s à la
c o n g r é g a t i o n , 76 ; — r e v ê t u d ' u n m a n t e a u d ' o r , 1 0 0 ; — c o u s a n t
des v ê t e m e n t s , 3 0 0 ; — a v e c u n v ê t e m e n t e n s a n g l a n t é , 363 ;
— les m n i n s é t e n d u e s et les plaies o u v e r t e s , 304 ; — t e n a n t u n
cercle d e bois d e s s é c h é . 366, — se p r é p a r a n t à recueillir l'unie
383; — assistant aux derniers m o m e n t s d ' u n e S œ u r , 385; —
s u s p e n d u en l ' a i r , p i e d s el m a i n s l i é s , 406 ; — sous les t r a i t s
d ' u n j e u n e h o m m e , 14. 168. 173, 3 5 7 , 4 0 7 , 4 4 8 , 4 5 1 , 458,
464; — t e n a n t u n livre ouvert, 4 3 5 ; - a c c o m p a g n é de N . - D .
et d e F'ùnt J e a n Y E v a n g é l i s t e , 4 5 0 ; — d e l à s a i n t e V i e r g e ,
17, 22, 43 ; — s o u s la forme d ' u n a r b r e , 120 ; — p o r t a n t son
Fils d a n s ses b r a s , 435. — D e D i e u le P è r e , 20 ; — assis à u n e
table r o y a l e , 458 ; — d e la J é r u s a l e m c é l e s t e . 138.
Voi,oN*n-,. Bonn'! v o l o n t é , ses effets, 3 7 3 ; ses fruits, 3 3 , 04 ; —
u n i e à celle d e Dieu, 204), 431 : — de Dieu r e p r é s e n t é e p a r
u n e vierge très b e l l e , 327 ; p r o p r e , 328.

ZACMKJ-: a d o r e agenouillé, 300.


LES RÉVÉLATIONS

DE SAINTE MECHTILDE
VIERGE DE JL "'OKDRE DE SAINT-BENOIT.

L E L I V R E DE LA GRACE SPÉCIALE.

PROLOGUE.

A bénignité et l'humanité de Dieu notre Sauveur


I J qui s est montrée au genre humain si miséricor-
%

dieusemeni par son Incarnation, daigne encore, en


éclatant chaque jour davantage, s'étendre jusqu'à nous
et se manifester en nous dans ces lemj)s derniers, qui sont
les nôtres. Aussi tout discours humain est-il impuissant
à expliquer les merveilles que Dieu oj)ère en ses élus, et
tonte langue incapable d'enumerer les dons quil répand
dans rame remjrfie d'un amour fidèle ; elle seule pour-
rait heureusement exprimer la bonté, ht douceur exquise
avec laquelle il se donne.
Cependant nous voulons avec Vaille de Dieu narrer
2 ÏJî T.lVm-; T)K Ï,A GRACE SPÉCIALE.

ici tout spécialement, dans la mesure de notre faiblesse,


les dons tfnil répandit dans une âme qui T aimait de
tout str* camr.Iïllc vil avec les yeux de Vâme un grand
9 9

nombre de secrets célestes', mais elle avait tant de mépris


pour sa petitesse au elle nen voulait point parler â moins 9

d'y être couinante par ses amis infimes ; et encore lais-


sait-elle une partie de ses visions dans lombie, pour ne
dire que ce qui était glorieux et Dieu ou ce que Pobéis*
sauce Vobligeait à manifester.
C'est donc ce que nous tenons de sa propre bouche que
nous allons écrire ici, selon nos faibles moyens, an nom
de Noire-Seigneur Jésus-Christ, et à Vhonneur de la
souveraine et toujours adorable Trinité. C'est pourquoi
nous vous prions, très chers, qui lirez ce livre, nous
vous prions, en Jésus-Chrtsf, de remercier le Seigneur
pour foules les grâces et les dons qui. de la source de
tout bien, se sont répandus dans celte aine et dans tonte
créature. Qu'on nous pardonne en toute charité les
fautes de rédaction ou de style qu'on y pourra rencon-
trer, vu que nous n avons pas Vhabitude d'écrire ;
d'ailleurs saint Augustin dit très justement : « La note
caractéristique des intelligences élevées est d'aimer la
vérité dans les discours et non dans les paroles qui les
f
composent . »
Ce livre ne renferme que des visions ou des révéla-
lions ; il peut à chaque page édifier et instruire ; cepen-
dant. p<nv grêmenf du lecteur, il a été distribué en
cinq parties. On a mis dans la première les révélations
sur les fêles, en sttivanl Vordre de Vannée ; puis celles
{ni ont trait aux saints et à la sainte Vierge. Dans la
seconde se trouvent certains faits cane'/ruant la personne

1. De ilovtrinu vhri&lutna. I i b . I V , cïm. n


qui en enl communication. Ces /ails sont très instructifs
et très propres à exciter la charité et la dévotion de
ceux qui les liront on les entendront La troisième partie
contient des instructions aussi importantes pour la gloire
de Dieu tpte pour le salut des hommes, La quatrième en
contient d'analogues, utiles et consolantes pour les chré-
tiens : on ij parle d'abord de la Congrégation en général,
puis de plusieurs personnes en particulier. Enfin la der-
nière partie traite des âmes des fidèles trépassés quelle
a vues el aidées.
Tous ceux donc en qui Dieu a répandu Vespril de sa
charité, de celle charité, dis~jc, qui croit tout, qui espère
tout, qui se fait tout à Ions ; tous ceux qui aspirent et la
grâce de Dieu devront lire ce L i v r e de la ^rAce spé-
ciale s'ils veulent mériter d'obtenir eux-mêmes tous les
biens qui s'y trouvent décrits, et que Dieu leur a promis.
S'ils y rencontrent quelque passage non appuyé sur le
témoignage des Ecritures, pourvu que ce passage ne soif
pas en contradiction avec [Evangile ou VAncien. Testa-
menl, que les lecteurs s'en remettent à la grâce de Dieu,
qui manifeste aujourd'hui comme autrefois à ceux qui
Vaiment, les secrets inconnus el cachés de sa sagesse el de
sa bonté. Nous prions aussi ceux qui liront ou enten-
dront lire ce livre, de donner et Jé.:us-Chrisl quelque,
louange pour celle ètme bienheureuse afin de témoigner
au moins et Dieu leur reconnaissance, puisqu'il daigne
renouveler ainsi ce monde envieilli, et exciter en<;orc
les hommes engourdis ci glacés pour te bien.
PREMIERE PARTIE

PREAMBULE HISTORIQUE

î, NAISSANCE l)K SAINTE MKCHTILDK, SON KNTHÉK

AU M O N A S T È R E ET SKS D O N S ADMIRABLES.

L y eut u n e v i e r g e q u e Dieu p r é v i n t à tel point


I des bénédictions de sa douceur i P s . xx, 4.) qu'au m o -
m e n t m ê m e où elle venait de n a î t r e , c o m m e elle s e m -
blait prèle à e x p i r e r , on la p o r t a en g r a n d e h â t e p o u r
la faire b a p t i s e r p a r un p r c l r c , h o m m e de s a i n t e t é et
d e v e r t u , qui se d i s p o s a i t à c é l é b r e r la m e s s e . A p r e s le
b a p t ê m e , il p r o n o n ç a ces p a r o l e s qui o n t été r é p u t é e s
p r o p h é t i q u e s : « Q n " c r a i g n e z - v o u s ? Cette enfant n e
va pas m o u r i r ; elle d e v i e n d r a u n e p e r s o n n e sainte et
religieuse, en qui Dieu o p é r e r a b e a u c o u p d e m e r v e i l l e s ,
et elle t e r m i n e r a s e s j o u r s d a n s l a v i e i l l e s s e . » L e C h r i s t
révéla plus t a r d à celte v i e r g e p o u r q u o i le b a p t ê m e
lui avait été si tôt conféré : il voulait s a n s a u c u n
r e l a r d c o n s a c r e r son Ame à Dieu c o m m e un t e m p l e ;
il voulait la p o s s é d e r totalement, dés le sein de sa
m è r e , en v e n a n t h a b i t e r e n elle par sa g r â c e .
Elle avait sept a n s l o r s q u ' e l l e a c c o m p a g n a sa m e r e
au m o n a s t è r e situé près du château de ses a n c ê t r e s .
L a petite fille y vouJul. d e m e u r e r c o n t r e le gré de
sa m è r e ; clic y était h e u r e u s e et suppliaif elle-même
les s œ u r s , Tune a p r è s l ' a u t r e , de la r e c e v o i r en leur
s o ci 6 te , ni les m e n a c e s , ni les c a r e s s e s de ses p a r e n t s
n e p u r e n t ensuile l ' e n l e v e r au cloître. Des l o r s , clic
se mit à a i m e r Dieu avec u n e é t o n n a n t e f e r v e u r ; son
â m e tressaillait s o u v e n t en lui avec une d o u c e u r infi-
nie, et, p r o g r e s s a n t de j o u r en j o u r , elle atteignit
bientôt le s o m m e t d e s v e r t u s . Elle se m o n t r a i ! d'une
d o u c e u r a d m i r a b l e , d u n e humilité p r o f o n d e , d'une
i n a l t é r a b l e p a t i e n c e ; elle a i m a i t la p a u v r e t é et la
d é v o t i o n fervente. S e s p r o g r è s d a n s l ' a m o u r d e Dieu
et d u p r o c h a i n furent d e s plus r e m a r q u a b l e s : c o n d e s -
c e n d a n t e et a i m a b l e e n v e r s t o u s , elle exerçait p a r t i c u -
l i è r e m e n t son zèle p i e u x e n v e r s les p e r s o n n e s affligées
ou é p r o u v é e s ; c o m m e u n e vraie m è r e , elle leur
p o r t a i t s e c o u r s et c o n s o l a t i o n . Q u i c o n q u e a b o r d a i t
M e c h t i l d e ne se r e t i r a i t j a m a i s sans a v o i r été éclairé
ou c o n s o l e . T o u s Faim aient, tous r e c h e r c h a i e n t sa
d o u c e société, à tel p o i n t q u e cet e m p r e s s e m e n t
n'allait p a s sans lui d o n n e r plus d'un e m b a r r a s .
C e p e n d a n t Dieu c o m m e n ç a , dès sa t e n d r e enfance,
à t r a i t e r familièrement avec elle et à lui r é v é l e r b e a u -
coup d e ses m y s t è r e s c a c h é s . Mais nous ne d i r o n s rien
d e tout ce que Dieu lui a r é v é l é d e p u i s cet âge j u s q u ' à
sa c i n q u a n t i è m e a n n é e , i m i t a n t en cela la discrétion
d e l'Evangile qui ne n o u s a p a s manifesté les actions
du S e i g n e u r avant qu'il eût atteint l'âge cL t r e n t e
ans.
E n r é s u m é , Dieu l'avait c o m b l é e de tous les biens
avec s u r a b o n d a n c e . A la g r â c e spirituelle et gratuite,
c o m m e s'il avait voulu n e rien oublier d a n s ses t r é s o r s ,
6 TA, L I V R E D E LA (JKACF SPECIALE.

îl avaîl ajouté Ic\s d o n s n a t u r e l s : Jn s c i e n c e , l'intel-


l i g e n c e , la c o n n a i s s a n c e des lettres h u m a i n e s , la s o n o -
rité de la voix, INUL la rendait a p t e À s e r v i r g r a n d e -
m e n t son m o n a s t è r e en toutes c h o s e s . C e p e n d a n t le
t r è s d o u x S e i g n e u r la tenait a u s s i s o u s les c o u p s
(Tune é p r e u v e continuelle (ce d o n ne p o u v a i t m a n q u e r
a p r è s tant d ' a u t r e ) : elle s o u t i r a i t p r e s q u e t o u j o u r s
de la tête, ou des d o u l e u r s de la p i e r r e , ou d ' u n e
inflammation du foie. Elle portait s o n é p r e u v e d e h o u
c œ u r el avec joie ; m a i s c'était p o u r elle c o m m e un
s u p p l i c e d'enfer de ne p o u v o i r j o u i r p l e i n e m e n t , scion
les d é s i r s de sou c œ u r , de l'exquise suavité de la
grâce d i v i n e , ou de celle h e u r e u s e u n i o n qui fait de
l'Ame un seul e s p r i t avec D i e u . lui d o n n a n t d ' a d h é r e r
de toutes ses forces a son B i e n - A i m é .

CHAPITRE PREMIER.

2- DE L'ÀNNONCIÀTTON DE LA El E N H E U R E U S E VIERGE
M A R I E : DU CŒUR D E NOTJIE-SEUSNEITH ET D E SA LOUANGE.

N la fêle d e l ' A n n o n c i a t i o n , la v i e r g e d u C h r i s t
E se r a p p e l a i t s c s péchés d a n s l ' a i n c r t u m e de son Ame
p e n d a n t son o r a i s o n , l o r s q u ' e l l e se vit c o u v e r t e de
c e n d r e s c o m m e d'un m a n t e a u ; puis celle p a r o l e
s'offrit à sa pensée ; Et ta justice sera la ceinture de
ses reins (Is. x i , 5 j . Elle se d e m a n d a a l o r s ce q u ' e l l e
ferait q u a n d le Dieu de majesté, ceint de j u s t i c e , appa-
raîtrait d a n s sa p u i s s a n c e et lui ferait r e n d r e c o m p t e
de sa g r a n d e hïchelê Plus un h o m m e est saint devant
PUKMIK1U-. PAHTÏK. CHAITrUH I 7

Dieu, plus i] se ci'oll vil el inférieur à Ions ; plus .sa


conscience est p u r e , plus il c r a i n t el r e d o u t e d'encou-
rir la disgrâce do Dieu. C o n n u e elle d e m e u r a i t péné-
t r é e de celle c o n t r i t i o n , elle v i l l e S e i g n e u r J é s u s assis
s u r un Irône élevé. A son a s p e c t d'ineffable d o u c e u r ,
la c e n d r e qui la r e c o u v r a i t s'évanouit et elle rcsla
devant son S e i g n e u r , r e v ê t u e d ' u n éclat aussi brillant
q u e l'or. E l l e r e c o n n u t a l o r s que la 1res sainte vie cl
les œ u v r e s parfaites du C h r i s t avaient s u p p l é é à tout
le bien négligé p a r elle ; q u e toute son imperfection
avait été transformée p a r la 1res h a u t e perfection du
Fils de Dieu, c a r l o r s q u e Dieu a r r ê t e s u r une âme son
r e g a r d de m i s é r i c o r d e , q u a n d il s incline p o u r la
p r e n d r e en pilié, tous ses c r i m e s sont je!és d a n s un
éternel oubli. C'est p o u r q u o i , a p r è s a v o i r r e ç u un
don si précieux, c'est-à-dire la r é m i s s i o n de tous ses
péchés et le s u p p l é m e n t à tous les mérites qui Jui
m a n q u a i e n t , la s é c u r i t é lui c o m m u n i q u a une sainte
a u d a c e , cï elle se r e p o s a sur le sein de J é s u s son Bien
A i m é , multipliant les témoignages de s o u a m o u r et
échangeant avec lui d e s p a r o l e s d u n e indicible ten-
dresse.
A l o r s elle vit s o r t i r d u C œ u r du S e i g n e u r un ins-
t r u m e n t de m u s i q u e d o n t elle se servit p o u r célébrer
les louanges de D i e u , tout en lui d e m a n d a n t de dai-
g n e r être l u i - m ê m e sa p r o p r e l o u a n g e . Aussitôt elle
ouït Ja voix du C h r i s t , c h a n t r e s u p r ê m e , ' e n t o n n e r
celle antienne : <( Dites les louanges ù votre Dieu, vous
tous ses,,aij}fs » (Apo<\ xix, 5 ) . E t c o m m e elle s'éton-
nait q u e le S e i g n e u r p û t c h a u l e r ces p a r o l e s , l'ins-
piration divine lui m o n t r a s o u s ce mot : les louanges,
c o m m e n t Dieu se loue en l u i - m ê m e d'une parfaite el
éternelle louange. Sous cet nuire mol : dit eu elle
2 —* •> \ I \ n: M U *.I ' u M
LE U V R E T)F. LA G R A C E SPl'XÏAï.fi.

vil D i e u , d a n s sa s o u v e r a i n e p u i s s a n c e , d o n n e r a u x
aines v i v a n t e s le p o u v o i r d ' i n v i t e r toute c r é a t u r e du
ciel ei de la t e r r e à louer l e u r C r é a t e u r . D a n s celte
p a r o l e : à noire Dieu, elle c o m p r i t c o m m e n t le F i l s ,
en tant qu'il est h o m m e , r é v è r e le P è r e qu'il n o m m e :
mon Dieu et votre Dieu (Jean, xx, 19) Enfin le mot :
Ions ses suints, lui d o n n a ù c o m p r e n d r e q u e tous
ceux qui sont sanctifiés au ciel el s u r la t e r r e , le sont
p a r le C h r i s l , sanctificateur s o u v e r a i n .
Elle vit aussi la b i e n h e u r e u s e Vierge à la d r o i t e de
son F i l s ; de sa longue c e i n t u r e d'or p e n d a i e n t des c y m -
bales é g a l e m e n t en o r ; la V i e r g e traversait les c h œ u r s
des anges et des saints, et c h a c u n d'entre e u x , tou-
c h a n t ces c y m b a l e s , en tirait des sous h a r m o n i e u x .
C'est ainsi qu'ils louaient D i e u p o u r les d o n s et les
g r â c e s r é p a n d u s à profusion s u r celle-ci. A v e c eux
elle b é n i s s a i t Dieu de ces f a v e u r s .
C e p e n d a n t le Seigneur l'ayant appelée a u p r è s de lui,
posa ses m a i n s divines s u r les m a i n s de s o n épouse
afin de lui d o n n e r tout le t r a v a i l et toutes les œ u v r e s
de sa très sainte H u m a n i t é . Il m i t ensuite ses y e u x si
doux s u r les yeux de sa b i e n - a i m é e , et lui c o m m u n i q u a
ainsi le m é r i t e de ses saints r e g a r d s et des a b o n d a n t e s
l a r m e s qu'il a v e r s é e s . P a r le contact d e ses oreilles,
il lui d o n n a t o u t e s les o p é r a t i o n s de son o u ï e d i v i n e ,
et p a r celui d e ses lèvres v e r m e i l l e s , t o u t e s ses p a r o l e s
de l o u a n g e , d'actions de g r â c e s , de p r i è r e , et m ô m e
celles d e ses d i s c o u r s p u b l i c s , p o u r s u p p l é e r aux né-
gligences qu'elle avait, c o m m i s e s . Enfin il u n i t son
très d o u x C œ u r à celui de sa b i e u - a i m e c ; il lui a p p l i -
q u a le fruit de tout son travail de m é d i t a t i o n , de
d é v o t i o n , d ' a m o u r , el l'enrichit de tous ses b i e n s .
A l o r s cette â m e tout e n t i è r e , i n c o r p o r é e au C h r i s t
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE I. 0

J é s u s , fondue p a r l'amour, c o m m e la cire p a r le feu,


recul le sceau de la r e s s e m b l a n c e d i v i n e . C'est ainsi
q u e celle b i e n h e u r e u s e d e v i n t u n e m ê m e chose avec
son B i e n - A i m e .

DE L'ÉVANGILE Missus est ET DE LA RTENTTEUREUSK

VIERGE.

on lisail l'évangile Missus est elle vit


C OMME
l ' a r c h a n g e G a b r i e l , e n v o y é p o u r i n s t r u i r e la bien-
h e u r e u s e V i e r g e . Il portait l'étendard royal c h a r g é
d'une i n s c r i p t i o n en lettres d ' o r ; la muUiludc i n n o m -
b r a b l e d e s a n g e s le suivait. T o u s se r a n g è r e n t p a r
o r d r e a u t o u r d e la m a i s o n où r é s i d a i t la V i e r g e : a p r è s
les A n g e s v e n a i e n t les A r c h a n g e s , p u i s les V e r t u s , et
ainsi tous les c h œ u r s , d i s p o s é s de lelle sorte q u e
c h a c u n formait c o m m e u n r e m p a r t a u l o u r de celle
maison b é n i e . L e Seigneur p a r u t enfin plus beau q u e
tous les fils d e s h o m m e s , s o r t a n t c o m m e l ' E p o u x de la
chambre nuptiale, entoure des brûlants Séraphins,
ces e s p r i t s les p l u s p r o c h e s de la divinité. T o u t e la
c o u r céleste enveloppait le S e i g n e u r et la b i e n h e u -
r e u s e V i e r g e c o m m e un m u r q u i s'élevait de la (erre
j u s q u ' a u x v o û t e s d e s d e u x . C e p e n d a n t le S e i g n e u r ,
d e b o u t a u p r è s de l'étendard d e l'archange, semblable
au (ianec d a n s la fleur d ' u n e b r i l l a n t e j e u n e s s e , a t t e n -
dait silencieux q u e l'ange eut salué r é v é r e m m e n i la
Vierge. Mais q u a n d la b i e n h e u r e u s e M a r i e , plongée
d a n s l'abîme de son h u m i l i t é , cul r é p o n d u : « Voici l'i
s e r v a n t e d u S e i g n e u r , qu'il m e soit fait selon voire

1- É v a n g i l e d e la JFÔLE tic l ' A n n o n c i a t i o n .


10 I,K U V R K nrc I,A GÏIACK SPÉCIALE.

p a r o l e », aussitôt l ' E s p r i t - S a i n t , s o u s forme fie


c o l o m b e , étendit les d o u c e s ailes de sa d i v i n i t é et
entra d a n s l ' A I N E de la Vierge, la c o u v r a n t de son o m b r e
et la r e n d a n t féconde p o u r p r o d u i r e le F i l s de D i e u .
L ' E s p r i t fil celte merveille : c h a r g é e d u n o b l e fardeau
qui faisait d'elle la Mère, M a r i e g a r d a i t intact le t r é s o r
qui la fait a p p e l e r Vierge. Et d e son œ u v r e , l ' E s p r i t
est seul le témoin : il sait c o m m e n t la Vierge est M è r e
de n i o m m e - D i c u .
A l'heure du royal festin, où la sainte devait r e c e v o i r
le B i e n - A i m é de son ajne,cn c o m m u n i a n t au s a c r e m e n t
de son c o r p s et de son s a n g , elle e n t e n d i t ces m o i s :
« T o i en moi cl moi e n l o î ; je ne t ' a b a n d o n n e r a i j a m a i s »,
P o u r elle, la seule chose qu'elle désirai a l o r s était de
l o u e r Dieu ; aussi le S e i g n e u r lui d o n n a - l - i l son C œ u r
divin s o u s le s y m b o l e d'une c o u p e d'or m e r v e i l l e u -
1
s e m e n t ciselée ,en lui d i s a n t : « P a r mon C œ u r divin,
tu me loueras t o u j o u r s ; va, offre à tous les s a i n t s le
b r e u v a g e d e v i e contenu d a n s m o n C œ u r : il Tes p l o n g e r a
d a n s u n e b i e n h e u r e u s e ivresse ». Aussitôt elle s'ap-
p r o c h e des anges el l e u r p r é s e n t e le calice du s a l u t ;
m a i s les a n g e s , au lieu de s'y a b r e u v e r , se c o n t e n -
tèrent d'y p u i s e r d e l à force. P u i s elle offre la coupe
aux p a t r i a r c h e s el aux p r o p h è t e s , « Recevez, l e u r dit-
elle, celui que v o u s avez tant d é s i r é cl a t t e n d u si
l o n g t e m p s ; dirigez v e r s lui mes a s p i r a t i o n s , r e n d e z -
les Jervenles, et faites-moi s o u p i r e r a p r è s lui, j o u r et
nuit. » Elle la p r é s e n t e aux a p ô t r e s : « R e c e v e z , leur
dit-elle, Celui que v o u s avez si a r d e m m e n t a i m é , el
faites que je l'aime p a r - d e s s u s toutes c h o s e s et du
plus profond de m o n c œ u r . » Des a p ô t r e s , elle va vers

1. V o i r le Hérault, 1. III c. XI.VJ.


PREA1IÈRE P A R T I E . CHAPITRE TU 11

1rs m a r t y r s cl Jour dit : « Voici celui dont 1*51111011 r


vous a fait v e r s e r v o t r e s a n g et livrer vos c o r p s à la
m o r t ; o b t e n e z - m o i de d é p e n s e r toutes mes forces à
son s e r v i c e . » Elle se t o u r n e ensuite v e r s les confes-
s e u r s : « Recevez a u s s i , dit-elle, celui p o u r qui v o u s
avez tout q u i t t é , p o u r qui v o u s avez m é p r i s é les délices
de ce m o n d e ; faites-moi m é p r i s e r p o u r lui les b i e n s
t e r r e s t r e s et m o n t e r aux s o m m e t s de la perfection
religieuse, » E l l e s'avance enfin, j o y e u s e , v e r s les
v i e r g e s , et l e u r dit : « Recevez celui à qui v o u s avez
c o n s a c r é v o i r e v i r g i n i t é ; faites-moi p e r s é v é r e r d a n s
la c h a s t e t é de l'Ame et du c o r p s , oblcnez-moi un
t r i o m p h e c o m p l e t en toutes c h o s e s . »
Mais elle a p e r ç u t d a n s ce c h œ u r une vierge r é c e m -
ment d é c é d é e . Elles se r e c o n n u r e n t , car elles avaient
vécu s u r t e r r e d a n s u n e é t r o i t e familiarité. Celle-ci
d e m a n d a si toutes choses étaient bien là-haut c o m m e
elle le lui avait dit p e n d a n t sa vie. « E n vérité,
r é p o n d i t la vierge défunte, c'était parfaitement exact,
m a i n t e n a n t j ' a i t r o u v é le c e n t u p l e . »
A p r è s a v o i r fait le tour entier du pylais céleste,
celle-ci revint v e r s le S e i g n e u r . Alors il prit en main
la c o u p e d'or qu'elle lui r a p p o r t a i t , il la déposa d a n s
le c œ u r d e sa b i e n - a i m é e , q u i se t r o u v a ainsi d a n s
l ' h e u r e u s e u n i o n avec son D i e u .

CHAPITRE IL

3- COMMENT SALUER LA B I E N H E U R E U S E VIERGE MARIE.

u t e m p s de TA vent, c o m m e elle désirait offrir ses


A h o m m a g e s à la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie, le
VI T.K MVKK DK LA (Jlï.WîK SlM>CrAU<:.

Soigneur lui enseigna ce CJUI suil : « 1 " Salue le c œ u r


virginal de m a m è r e , à c a u s e de la s u r a b o n d a n c e
de ions les biens qui l'ont r e n d u si s o c o u r a b l c aux
h o m m e s ; ce c œ u r était si p u r qu'il a émis le p r e m i e r
le v œ u de virginité ; 2° s a l u e ce c œ u r à qui son
h u m i l i t é a m é r i t é de c o n c e v o i r du S a i n t - E s p r i t ; 3" ce
c œ u r plein de dévotion el de d é s i r s qui m'ont attiré
en lui ; 4° ce c œ u r très hrfilanl d ' a m o u r e n v e r s Dieu
et e n v e r s le p r o c h a i n ; f>° ce c œ u r qui a si fidèlement
c o n s e r v é en l u i - m ê m e toutes les actions de mon en-
fance cl de ma j e u n e s s e ; 0° ce c œ u r qui a été trans-
p e r c é d a n s ma P a s s i o n p a r des stigmates dont il ne
put j a m a i s p e r d r e le s o u v e n i r ; 7° ce c œ u r 1RES lidèlc,
car il c o n s e n t i t à r i m m o l a l i o n de son Fils u n i q u e p o u r
la r é d e m p t i o n du m o n d e ; S° ce c œ u r s a n s cesse
incliné à i n t e r c é d e r p o u r le bien de l'Eglise n a i s s a n t e ;
ÎJ" enfin salue ce c œ u r tout a d o n n é à la c o n t e m p l a -
tion c»l q u i , |>or ses m é r i t e s , obtint la grâce p o u r les
hommes. »

CHAPITRE III.

4. m<: F.A FWNOT.v: N U S K I G N K U K E T D E sus TUVKKS S K N S .

1
Le d i m a n c h e Pnpnïns Sinn , pendant q u e le c h œ u r
chantait : le Seigneur fera entendre fa voix de sa
gloire* Mechtilde désira s a v o i r ce qu'est celle voix
de la gloire divine e l l e Soigneur lui dit : « La voix de
ma gloire se fait e n l e n d r e q u a n d une à me conlrîie
e
1. 2
dimanche do TAVTÎ/U, ainsi appelé du premier mut de
riiUroiL.
RRUVMFKÏU-; P A R T I E , CUAPITRI'. iv. i;î

p l e u r e ses p é c h é s , par a m o u r plus que par c r a i n t e , el m é -


rilc ainsi q u e je lui a d r e s s e la parole du pardon : « Tes
péchés le son! remis, on en paix » ( L u c , vri,-lS\ 50). D è s
q u e l ' h o m m e ressenl une v r a i e douleur et peine de.
ses c r i m e s , j e lui remets l o t i s s e s péchés el je le reçois
d a n s ma g r â c e c o m m e s'il n'avait j a m a i s failli. S e e o n -
d c m c u l , la voix de ma gloire r é s o n n e e n c o r e l o r s -
q u ' u n e F I N I E , qui m'est u n i e d a n s l'oraison inlime ou
c o n t e m p l a t i o n , m'entend m u r m u r e r à son oreille :
« Viens, mon amie, montre-moi ton visaye » (Canl. n ) .
T r o i s i è m e m e n t , c'esl aussi la voix de ma gloire qui
invite d o u c e m e n t u n e Ame h s o r i i r de son c o r p s p o u r
e n t r e r d a n s l'éternel repos ; elle dit alors : « Viens, mon
!
élue, el je ferai de loi mon trône . » Enfin, au j o u r du
j u g e m e n t , l o r s q u e je c o n v o q u e r a i mes élus, appelés
de ioulc é t e r n i t é aux s p l e n d e u r s et aux h o n n e u r s du
r o y a u m e , la voix de ma gloire dira : « Venez, les bénis
de mon Père, recevez le royaume qui nous a été. préparé
4
dès Poriyine du monde. » (Mal th. xxv, , U.)

CHAPITRE IV.

5. POURQUOI LA FACE D U SEIGNEUR EST COMPARÉE


AU SOLLtfL.

2
LA m e s s e : Veni etosfende , Mechtilde priait pour
A tous ceux qui désirent a r d e m m e n t voir la face de
Dieu, lorsqu'elle vit le S e i g n e u r debout au milieu du
c h œ u r ; son visage plus r a d i e u x (pie mille soleils, illu-

î . Antirmuo do l'orUrc d(\s ViiTtfos.


2 Mrsso d u s a m e d i fies Q i u i f r e - T o m p s d Av«nL
14 L E LIVRE DR LA GRACE SPÉCIALE.

minait d o s e s r a y o n s c h a c u n e des p e r s o n n e s p r é s e n t e s ,
E l l e l u i d e m a n d a p o u r q u o i son v i s a g e a v a i t p r i s l'aspect
du soleil, et il lui r é p o n d i t : « P a r c e q u e le soleil a trois
p r o p r i é t é s p a r lesquelles il m e r e s s e m b l e ; il échauffe,
il féconde, il éclaire. L e soleil échauffe: a i n s i ceux
qui m ' a p p r o c h e n t s'enflamment d ' a m o u r , et, c o m m e
la c i r e devant le feu, l e u r s c œ u r s se fondent en m a
p r é s e n c e . L e soleil d o n n e fécondité à toute p l a n t e ;
ainsi ma présence rend I aine v i g o u r e u s e el féconde
en b o n n e s œ u v r e s . Le soleil éclaire ; d e m ê m e q u i -
c o n q u e vient à moi est i l l u m i n é des clartés d e la science
divine ».
P l u s l a r d , elle se r a p p e l a le verset : II s'esl élancé
comme un yéanl pour courir la voie ( P s . x v u i , 6) \
et elle dit au S e i g n e u r : « Mon S e i g u e u r Dieu.,
q u ' a v e z - v o u s i n s p i r é au p r o p h è t e p a r ces p a r o l e s ? »
A u s s i t ô t le Seigneur se m o n t r a d a n s le ciel s o u s la
forme d'un j e u n e h o m m e d e h a u t e taille, de vive
a l l u r e et d'une g r a n d e b e a u t é , p o r t a n t u n e c e i n t u r e
tissue d e soie r o u g e , verte et b l a n c h e . Celui qui va
p a r c o u r i r un chemin l o n g el a r d u , dit-il, doit se
c e i n d r e h a u t et s e r r é p o u r (pic ses v ê t e m e n t s ne gênent
pas sa m a r c h e . L a soie r o u g e est p l u s solide que les
a u t r e s : ainsi m a P a s s i o n s u r p a s s e tout m a r t y r e ; c'est
elle q u i s o u t i e n t les m a r t y r s j u s q u ' à la fin d e s siècles,
c'est elle qui leur c o m m u n i q u e force el p e r s é v é r a n c e .
La soie b l a n c h e et la v e r t e ont aussi l e u r s o l i d i t é ;
ainsi l'innocence de m o u H u m a n i t é et m a sainte vie
ont s u r p a s s é t o u t e i n n o c e n c e et tout m é r i t e a c q u i s p a r
l e s h o m m e s . D e l à c e i n t u r e de m o n H u m a n i t é passible,
j e m e suis s e r r é h a u t el: fort : la l o n g u e u r de mon

1. A n t i e n n e d e l à c o m m u n i o u à celle m ê m e m e s s e .
PREMIÈRE TWlïTTF. CHAPITRE V . 15

é t e r n i t é , je l'ai r e s l r e i n l e et r e s s e r r é e d a n s le court
espace d e ina vie l u u n a i n e ; j e me suis élancé c o m m e
le g é a n t d a n s sa force, l o r s q u e j ai voulu c o u r i r celle
voie a r d u e et difficile où s'est accomplie la r é d e m p -
tion du g e n r e h u m a i n . Celui qui p o r t e un t r é s o r se
ceint aussi de p r è s afin de ne pas le p e r d r e ; de m ê m e ,
m o i , l o r s q u e j ' a i p o r t e ce noble t r é s o r qui est l'Ame
de l ' h o m m e , j ' a i s e r r é de p l u s près ma c e i n t u r e , c'est-
à-dire (pie j ' a i p o r t é d a n s m o n p r o p r e C œ u r toutes les
â m e s d e mes r a c h e t é s au milieu des a r d e u r s de mon
ineffable a m o u r . »
Et c o m m e le c o u v e n t s ' a p p r o c h a i t p o u r la sainte
c o m m u n i o n , elle vit le S e i g n e u r sous l'aspect d'un roi
magnifique, p r e n d r e la p l a c e du p r ê t r e t a n d i s q u e
c h a c u n e des s œ u r s tenait en m a i n u n e l a m p e a r d e n t e
et s ' a r r ê t a i t d e v a n t l u i , le visage illuminé p a r la c l a r t é
de sa l a m p e . L e S a i n t - E s p r i t lui fit c o m p r e n d r e que
les c œ u r s étaient s y m b o l i s é s p a r ces l a m p e s ; la
m i s é r i c o r d e d u C œ u r d i v i n , p a r l'huile; et enfin, l'ar-
d e u r de l ' a m o u r p a r la flamme de la l a m p e , c a r le T r è s
Saint S a c r e m e n t c o m m u n i q u e à ceux qui le reçoivent
la piété utile à tout, et, de p l u s , elle les e m b r a s e de
l'amour divin.

C H A P I T R E V.

6, L E C H A P I T R E KN UA VTOTLE D E N O Ë L .

N la vigile de la d o u c e Nativité de J é s u s - C h r i s t
E F i l s de D i e u , à l ' h e u r e où le couvent se r e n d a i t
au C h a p i t r e , elle vit des a n g e s , chargés de flambeaux,
a c c o m p a g n e r deux à deux c h a c u n e des s œ u r s . Le
10 LE L I V l î E DE LA GRACE SPÉCIALE.

S e i g n e u r p a r u t a s s i s à la place de l ' a b b e s s c , s u r un
Irone d ' i v o i r e d'où jaillissait avec i m p é t u o s i t é un
fleuve, dont les eaux limpides firent d i s p a r a î t r e ioule
tache du visage des s œ u r s , l o r s q u ' e l l e s r é c i t è r e n t le
p r e m i e r .Miserere inei Deus. Au second Miserere, elles
s ' a v a n c è r e n t toules v e r s le S e i g n e u r , lui offrant les
p r i è r e s qu'elles Taisaient à celle heure p o u r la s a i n t e
Kgliso. Au t r o i s i è m e , le S e i g n e u r , de sa p r o p r e main,
offrit à b o i r e d a n s un calice d'or aux Times donl men-
tion étaîl faite a l o r s d a n s les p r i è r e s des s œ u r s , puis il
dit : « Ce C h a p i t r e s o l e n n e l , j e le liens ici m o i - m ê m e
c h a q u e a n n é e »>

7, D E LA DOUCE NATIVITÉ OK JKSDS-CIUIIST

^ N la très s a i n t e nuit d e la Nativité d u C h r i s t , il


I -J l u i sembla q u ' e l l e se I r o u v a î l s u r u n e m o n l a g n c de
p i e r r e où s'asseyaitla b i e n h e u r e u s e Vierge à l ' a p p r o c h e
de sou enfantement. Q u a n d l ' h e u r e lui v e n u e , la 1res
sainte Vierge fut i n o n d é e d ' u n e joie, d ' u n e allégresse
ineffable ; l a l u m i è r c d i v i n c l'entoura d ' u n si s p l e n d i d c
éclat qu'elle se leva s o u d a i n , saisie d ' é l o n n c m c n l ,
p u i s s e p r o s t e r n a j u s q u ' à t e r r e p o u r offrira Dieu ses
actions de g r â c e s , avec l'humilité la p l u s p r o f o n d e .

1. Ce C h a p i t r e est l ' a s s e m b l é e où l'on a c h è v e les p r i è r e s de


P r i m e , q u a n d cette h e u r e est dile convr.nluellomenl• D a n s les
m o n a s t è r e s , le C h a p i t r e d e la vigile de Noël se c é l è b r e a v e c u n e
solenuilé spéciale p a r c e q u e d a n s le c h a u t du i\Iart>rolofjr on
a n n o n c e ta Nativité d u S e i g n e u r . La vision q u ' o u i s a i n t e M e r h -
tildi» s u r le S e i g n e u r p r é s e n t à r e C h a p i t r e fut c o n n u e de toute la
C o m m u n a u t é , qui e n g a r d a le s o u v e n i r et y «assista d a n s la s u i t e
uvee. u n e g r a n d e d é v o t i o n , c o m m e nous le l i s o n s d a n s Ir t m v
d e s a i n t e G e r t r u d e ( l à v . I V , o. u J C'est u n de ces passade*
r e i u a r q u a h l e s où n o u s v o y o n s les révélations d ' u n btûnt confir-
m é e s p a r les visions d ' u n a u t r e saint.
vu KM i Kiî PAIÏTÏI-:. r,iïAr*vriîr; v. 17
Kilo était si s u r p r i s e qu'elle no comprit ce qui lui élait
advenu qu'an m o m e n t OÙ elle posséda le petit Enfant,
plus beau q u e tous les bis des h o m m e s . A l o r s , avec
une indicible joie e l l e p l u s bridant a m o u r , elle le
s e r r a e n t r e ses b r a s , et lui d o n n a les trois p r e m i e r s
baisers de sa t e n d r e s s e maternelle. P a r ces trois
b a i s e r s , la Vierge fui a d m i s e par la b i e n h e u r e u s e
T r i n i t é à une union dont l'intimité s u r p a s s e tout ce
q u e peut a t t e i n d r e l ' h o m m e , e n d e h o r s d e l'union de,
personne.
La vie spirituelle, qui s e m b l e d u r e el à p r e en ce
m o n d e , était figurée p a r la m o n t a g n e a b r u p t e q u e le
C h r i s t et sa sainte M è r e ont gravie les p r e m i e r s , p o u r
d o n n e r aux h o m m e s l'exemple de la perfection r e l i -
gieuse.
C e p e n d a n t Mechtilde se v o y a i t assise a u p r è s de la
b i e n h e u r e u s e Vierge el désirait, a r d e m m e n t baiser à
son tour l'aimable petit E u l a n t ; aussi la Vierge-Mère,
a p r è s l'avoir e n c o r e s e r r é s u r son c œ u r en lui disant
de d o u c e s p a r o l e s , le lîvra-l-cllo aux e i n b r a s s e m e u t s
de son a m c A l o r s M e c h t i l d e , dans un élan d ' a m o u r ,
le p r i t e n t r e ses b r a s , cl le serra a m o u r e u s e m e n t
p e n d a n t q u e ces p a r o l e s jaillissaient soudain de son
c œ u r : « Salut, ô t r è s d o u c e substance du c œ u r de
I O N P è r e , n o u r r i t u r e et force d c m o n à m e l a n g u i s s a n t e .
J e l'offre m o n c œ u r cl t o u t e la moelle de m o n être on
l o u a n g e ^l gloire éternelle. » Divinement, inspirée,
elle comprit c o m m e n t le F i l s est p o u r ainsi dire la
moelle du c œ u r de Dieu le P è r e . La moelle est une
n o u r r i t u r e qui réconforte, g u é r i t el possède; un goùl
a g r é a b l e : ainsi le P è r e n o u s a d o n n é son F i l s , qui est
sa p u i s s a n c e cl Vexpression d e sa m i s é r i c o r d i e u s e
d o u c e u r , p o u r cire n o i r e défenseur, notre m é d e c i n et
]<S LE UVHE UK EA GRACE SPÉCIALE.

n o i r e c o n s o l a t e u r . La moelle de l a m e est cette j o i e


délicieuse q u e Dieu seul peut lui d o n n e r , p a r l'infu-
sion de son a m o u r , joie qui r e n d les choses t e r r e s t r e s
s a n s a t t r a i t , j o i e à laquelle foules les j o u i s s a n c e s du
m o n d e r é u n i e s d a n s le c œ u r d ' u n seul h o m m e , n e
peuvent cire comparées.
Du visage du petit E n f a n t s ' é c h a p p a i e n t q u a t r e
r a y o n s d e s t i n é s à i l l u m i n e r les q u a t r e p a r t i e s du
m o n d e : ces r a y o n s symbolisaient la vie très s a i n l e
d e J é s u s - C h r i s t el sa d o c t r i n e q u i a éclairé l ' u n i v e r s
entier.

OIS EA NATIVITÉ ET DE I.'AMOUU 1UV1N.

N celle m ê m e fête, pendant la m e s s e Dominas dixit


E 1
ad me qui se célèbre p o u r r a p p e l e r et h o n o r e r
la m y s t é r i e u s e el ineffable n a i s s a n c e du V e r b e au sein
de Dieu le P è r e , il lui s e m b l a v o i r le P è r e é t e r n e l
c o m m e un roi très p u i s s a n t , a s s i s d a n s sa lente r o y a l e ,
s u r u n t r ô n e d'ivoire. Il disait à cette â m e : « V i e n s ,
reçois le F i l s coétcrncl et u n i q u e de m o n c œ u r , et
c o m m u n i q u e - l e à tous ceux q u i , avec u n e p i e u s e
r e c o n n a i s s a n c e , r é v è r e n t en ce m o m e n t son é t e r n e l l e
el s u b l i m e g é n é r a t i o n . » E t elle vit s o r t i r d u C œ u r de
D i e u u n e l u m i è r e qui vint s ' u n i r a son c œ u r s o u s la
forme d'un p e t i t E n f a n t t r è s l u m i n e u x . E l l e le salua
p a r ces p a r o l e s : « Salut, s p l e n d e u r de l'éternelle
g l o i r e . » P u i s elle p o r t a à toutes les s œ u r s le petit
Enfant, qui se d o n n a à c h a c u n e s a n s cesser p o u r t a n t
de se faire p o r t e r s u r l e c œ u r de Mechtilde. Il s'inclina

1. Messe d e lu nuit eu la icUs du Nocl,


PIUîMIEHE PARTIR. CHAPITRE V. 19

s u r le sein de toutes les s œ u r s et, par trois fois, p a r u t


y a s p i r e r en m ê m e temps qu'il leur accordait le b a i s e r
de ses l è v r e s . F a r le p r e m i e r baiser, il attira l e u r s
d é s i r s ; p a r le s e c o n d , leur bonne v o l o n t é ; et p a r
Je troisième, il s'empara c o m m e de son p r o p r e
bien de tout le l a b e u r accompli par e l l e s ' d a n s 13
c h a n t , les i n c l i n a t i o n s eL les exercices de celle sainte
veille.
Mccblilde r e c o n n u t alors c o m b i e n il serait agréable
à Dieu que les h o m m e s , m a l g r é leur i m p u i s s a n c e à
c o m p r e n d r e la divine el ineffable génération du F i l s
au sein du P è r e , consentissent n é a n m o i n s à s'en
r é j o u i r d a n s la foi et à la c é l é b r e r par leurs l o u a n g e s .
A l'évangile . Exiit r.diclum \ Dieu le P è r e sembla
lui d i r e : « V a vers la V i e r g e , Mère de mon F i l s ;
d e m a n d e - l u i de le d o n n e r son Fils avec toute la joie
qu'elle ressentit lorsqu'elle l'enfanta, cl aussi tous les
biens q u e r e ç u t do moi ce F i l s u n i q u e , p o u r être le
salut de sa m è r e el du m o n d e entier. » File y alla
aussitôt. 1211e trouva riCnfanl couché d a n s la crèche,
e n v e l o p p é de l a n g e s ; il lui dit : « D è s ma n a i s s a n c e ,
je fus lié de b a n d e s et de bandelettes qui m'enlevaient
la liberté de mes m o u v e m e n t s , p o u r m o n t r e r q u e je
m e livrais tout entier, avec mes biens a p p o r t é s du
ciel, à la p u i s s a n c e de l ' h o m m e cl à son s e r v i c e .
Celui q u i esl lié n'a plus aucun p o u v o i r : il ne p e u t
se d é f e n d r e , il ne p e u t e m p ê c h e r qu'on le dépouille.
E t q u a n d je suis sorti de ce m o n d e , j ' é t a i s pareillement
cloué à la croix et ne pouvais faire le m o i n d r e m o u v e -
m e n t , en signe d e l'abandon fait a u \ h o m m e s de tous
les biens que j ' a v a i s acquis pendant ma vie m o r t e l l e

î . E v a n g i l e de la Messe de Minuit*
20 LE IJVHK Ï)K LA OHAGK SPÉCIALE.

A i n s i m a v i e , m e s œ u v r e s , les b i e n s q u e j e p o s -
sède c o m m e D i e u el c o m m e H o m m e , m a P a s s i o n
e n t i è r e , j ' a i tout a b a n d o n n é à l ' h o m m e . 11 peut d è s
l o r s en toute eoniiancc m e d é p o u i l l e r de ce q u i
m a p p a r l i e n ï ; et je d é s i r e qu'il m'enlève ces b i e n s , et
je d é s i r e qu il en j o u i s s e . »
11 lui parut e n c o r e q u e l ' A m o u r , s o u s la ligure d ' u n e
vierge, s'asseyait a u p r è s de la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e ; clic lui dit : « O doux A m o u r , enseigne-moi à
r e n d r e m e s devoirs à ce très n o b l e E n f a n t . » L ' A m o u r
répondit : « C'est moi qui l a i d ' a b o r d tenu d a n s nies
mains v i r g i n a l e s , je l a i e n v e l o p p é de l a n g e s ; je l'ai
en m ê m e t e m p s que sa m è r e allaité à m o n sein très
p u r ; j e l'aï réchauffé s u r m o n c œ u r , j e l'ai servi avec
sa M è r e , et j e ne cesse de le s e r v i r Celui qui v e u t le
s e r v i r d i g n e m e n t peut m e p r e n d r e p o u r a s s o c i é ,
c'est-à-dire faire toutes ses œ u v r e s en u n i o n avec
l ' a m o u r qui lit p r e n d r e à D i e u la n a t u r e h u m a i n e .
Q u i c o n q u e agira ainsi sera 1res a g r é a b l e a Dieu. »

\h QUATRE PULSATIONS DU CŒUH O E JÉSUS-CHRIST.

qu'on chanlail e n s u i t e la m e s s e : Lux fui g e-


1RENDANT

hit* elle reçut d'ineffables l u m i è r e s . E l l e c o m p r i t


9

c o m m e n t le F i l s de Dieu était celte l u m i è r e qui avait


éclairé l ' u n i v e r s entier cl c h a c u n d e s h o m m e s , p a r sa
l u m i n e u s e Nativité. E l l e c o m p r i t aussi c o m m e n t , clans
un si petit Enfant, habitait la p l é n i t u d e de la D i v i n i t é ,
et c o m m e n t la t o u t e - p u i s s a n t e vertu de Dieu e n s e r -
rait ce petit c o r p s q u i , s a n s elle, se serait p o u r ainsi

1. Moss.e d e l ' a u r o r e .
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E V. 21

d i r e a n é a n t i . Kilo, c o m p r i t e n s u i t e c o m m e s'y cachait


l ' i m p é n é t r a b l e sagesse tic D i e u , aussi g r a n d e d a n s le
V e r b e c o u c h e d a n s sa c r è c h e , q u e d a n s ce m ê m e
V e r b e , r é g n a n t a u x c i e u x ; enfin elle vil c o m m e n t la
d o u c e u r et l ' a m o u r de l ' E s p r i t - S a i n t étaient r é p a n d u s
d a n s ce petit E n f a n t , À tel point que R A M E en é p r o u -
vait des s e n t i m e n t s a u - d e s s u s de toute p a r o l e el
de toute p e n s é e h u m a i n e .
M e c h t i l d e a l o r s , ou plutôt son aine, saisit l ' E n -
fant, le s e r r a e n t r e ses b r a s et le pressa si clroile-
menl c o n t r e son c œ u r q u ' e l l e entendait el comptait
les b a t t e m e n t s du C œ u r d i v i n . O r , ce c œ u r d o n n a i t
c o m m e d'un seul élan trois vigoureuses p u l s a t i o n s ,
J
p u i s un c o u p léger , LYime s'en étonna ; mais
l'Enfant lui dit : « Mon C œ u r ne battait pas c o m m e
celui des a u t r e s h o m m e s \ d e p u i s mon enfance j u s -
q u ' à ma m o r t , il a toujours battu c o m m e tu J'en-
t e n d s : c'est p o u r q u o i je suis m o r t si VILE s u r la
croix. L e p r e m i e r b a t t e m e n t vient du tout-puissant
a m o u r de m o n C œ u r , a m o u r si g r a n d q u e j ' a i v a i n c u ,
d a n s m a d o u c e u r et ma p a t i e n c e , les c o n t r a d i c t i o n s
du i n o n d e et la c r u a u t é des juifs. L e second b a t t e -
m e n t vient de l'amour très s a g e , p a r lequel je me
suis g o u v e r n e m o i - m ê m e et tout ce qui M ' a p p a r t i e n t
d ' u n e m a n i è r e infiniment d i g n e de l o u a n g e s , a m o u r
qui m'a fait o r d o n n e r avec sagesse tout ce qui est au
ciel el s u r la t e r r e . Le t r o i s i è m e battement vient D E
ce doux a m o u r qui me p é n é t r a i t au point de me faire
t r o u v e r d o u c e s les a m e r t u m e s de ce m o n d e , et de nie
r e n d r e a n u a b ï e et très a g r é a b l e la m o r t si ainére q u e

J. Voir .">•• p a r t i e , c h a p i t r e x x x u , et d a n s le Héraut L u


cl LU ; 1. I V , c. i v .
22 LE U V U E Ï)E LA OU A CE SPÉCIALE,

j ' a i e n d u r é e p o u r le salut des h o m m e s . L e quatrième


et faible b a l l e m e n l est l'expression de la bonté que
j ' e u s , c o m m e h o m m e , et p a r laquelle je paraissais
a i m a b l e , d e société facile et i m i t a b l e en tous mes
acles. »
P e n d a n t les p r i è r e s s e c r è t e s , le S e i g n e u r lui d o n n a
cette i n s t r u c t i o n : « Q u a n d on e n t o n n e le S u n r / n s , q u e
c h a c u n dise un Pater, en me d e m a n d a n t de le p r é p a r e r
avec l ' a m o u r t o u t - p u i s s a n t , sage el doux d e m o n
c œ u r , afin qu'il soit d i g u e d e m e recevoir s p i r i t u e l l e -
m e n t en son Ame, e t a l i n q u e j ' a c c o m p l i s s e en lui mes
é t e r n e l s d e s s e i n s , scion m o n bon plaisir. P e n d a n t la
P o s t c o m i n u n i o u , q u ' o n r é c i t e c e verset : J e le l o u e , ô
a m o u r très fort; j e te b é n i s , ô a m o u r très s a g e ; j e te
glorifie, ô a m o u r t r è s d o u x ; j e t'exalte, A a m o u r t r è s
b o n , en toutes c h o s e s et p o u r tous les b i e n s q u e la t r è s
g l o r i e u s e Divinité et b i e n h e u r e u s e H u m a n i l c a d a i g n é
o p é r e r en n o u s p a r le l i e s n o b l e o r g a n e d e ton C œ u r ,
el q u ' e l l e y o p é r e r a d a n s les siècles des s i è c l e s . A m e n ,
E t m o i , à la b é n é d i c t i o n d u p r ê t r e , je le b é n i r a i ainsi :
Q u e ma l o u l c - p u i s s a n c c te b é n i s s e , que m a sagesse
t ' i n s t r u i s e , q u e ma d o u c e u r le r e m p l i s s e , et q u e ma
b é n i g n i t é t ' a l l i r e et t ' u n i s s e à moi p o u r t o u j o u r s .
Amen. »

1 0 . SUR h& NATIVITÉ DE JÉSUS-CHRIST.

N la s o l e n n i t é de N o ë l , elle vil une a u t r e fois la


E b i e n h e u r e u s e V i e r g e a s s i s e sur u n e m o n t a g n e ,
t e n a n t s u r son sein u n E n f a n l d e la plus parfaite b e a u t é :
« Ma D a m e , d c m a n d a - l - c l l c , où s o m m e s - n o u s d o n c
m a i n t e n a n t ? - - Sur la m o n t a g n e de l î e t h l é e m , répondit
la V i e r g e . Celle ville est bâtie s u r une h a u t e u r , d'où le
PRKMIKP.lï PAHTTK. C.T-ïAPTTmC V . 2-?

m o l d e l ' E v a n g i l e : Et Joseph monta aussi ( L u c . n , 4).


Le gîte où j ' a i enfanté le Christ élail en haul d e
l a v i l l e , p r è s d e l'une d e s p o r l c s : c'est p o u r q u o i on dit
q u e l e S e i g n e u r e s t né en B e t h l é e m . — Mais c o m m e n t
a l o r s , d e m a n d a M e c h t i l d e , les bergers on!-j\s pu v e n i r
v e r s l ' E n f a n t , p e n d a n t la n u i ! m ê m e ? — La paix p r o -
fonde q u i r é g n a i l e n cclcmps-lft l e u r donnait s é c u r i t é ;
p u i s les é t r a n g e r s a r r i v a i e n t si nombreux q u e les
p o r t e s r e s l a i e n t o u v e r t c s . » M e c h t i l d e d i t e n c o r e : «Ma
D a m e , p o u r q u o i n'aviez-vous pas d e lit ni rien d e c e
q u i v o u s eiïl été si utile? — l l i e n n e m'élail nécessaire,
répondit la Vierge, p u i s q u e j ' a i mis au m o n d e sans
d o u l e u r c e t e n t a n t d e p a r l a U e i n n o c e n e e . — Mais q u a n d
v o s p a r e n t s et a m i s v e n a i e n t v o u s visiter, q u e pouviez-
v o n s j c n r o f f r i r , o D a m e t r è s p a u v r e , q u o i q u e vous
tussiez Heine du ciel ? — Ils n ' a v a i e n t nul besoin de
nies c a d e a u x ; au c o n t r a i r e , i l s m'apportaient le n é c e s -
s a i r e . » M e c h t i l d e d e m a n d a e n c o r e à la Vierge c o m m e n t
elle a v a i t n o u r r i s o n divin F i l s a p r è s l'avoir s e v r é :
« J e lui a i p r é p a r é u n m e t s d e vin e t d e p a i n b l a n c , »
r é p o n d i t l a m è r e de D i e u .
C o m m e elle se d e m a n d a i t si, a p r è s s o n r e t o u r
d ' E g y p t e à N a z a r e t h , le S e i g n e u r a v a i t c n l r e t e n u
q u e l q u e s r e l a t i o n s a v e c sa famille, l'Enfant l u i - m ê m e
r é p o n d i t : « D'où vient, à Ion avis, ce m o t de
l ' E v a n g i l e : Ils le cherchaient parmi, leurs parents et
amis » ( L u c , J I , 4 4 ) , sinon d e e c q u e j ' a l l a i s quelquefois
a v e c e u x ? tVoù v i e n t e n c o r e q u e J e a n r E v a n g é l i s t c ,
a p p e l é p a r " m o i au milieu d e s noces, fut si p r o m p t à
m e s u i v r e , sinon parce qu'il a i m a i t mon c a r a c t è r e et
ma m a n i è r e de v i v r e ? Il l e s connaissait p a r e x p é -
rience ; c ' e s t p o u r q u o i iJ se laissa si facilement per-
s u a d e r de v e n i r à ma suite. »
24 LE U V H K Ï ) E L.A 015ACK SPECIALE.

C H A P I T R E VI.

11. DE SAINT JKAN, APOTUE ET ÉVANUÉLISTE.

^ N In fêle de s a i n t J e a n , a p o l r e el cvangélislc, au
I J p r e m i e r son des M a t i n e s , il lui semblait (pie le
S e i g n e u r J é s u s , ayani l'aspect d'un enfant de dix a n s ,
éveillail l u i - m ê m e très j o y e u s e m e n t les s œ u r s . Saint
J e a n a p p a r a i s s a i t aussi d a n s le d o r l o i r , p r è s du lit
d ' u n e p e r s o n n e qui l'aimait b e a u c o u p . Un ange d ' u n e
g r a n d e beaulé et majesté, d e l ' o r d r e des s é r a p h i n s ,
portail un flambeau d e v a n t saint J e a n , tandis q u ' u n e
m u l t i t u d e d ' a u t r e s a n g e s , v e n u s p o u r h o n o r e r le saint
évangclislc, e s c o r t a i e n t les s œ u r s avec des flambeaux
j u s q u e d a n s le s a n c t u a i r e . L e s s œ u r s q u i , c o n d u i t e s
p a r l ' a m o u r , se levaient joyeuses, r e c e v a i e n t beau-
c o u p p l u s de g l o i r e q u e certaines a n t r e s , g u i d é e s p a r
la c r a i n t e . C e p e n d a n t le p r e m i e r ange, q u i r e n d a i t
s p é c i a l e m e n t h o m m a g e h saint J e a n , p a r c e que cet
a p o i r e avait a i m é le S e i g n e u r ici-bas d'un a m o u r sera-
p h î q u c , cet ange avait de p l u s le p o u v o i r d ' e n t r e t e n i r
l ' a m o u r au c œ u r de tous ceux qui s'attachent au saint
évangélisle, en c o n s i d é r a t i o n de la t e n d r e s s e p a r t i -
c u l i è r e du C h r i s t à son é g a r d . Du reste, TKspril de
Dieu l u i - m ê m e excite cet a m o u r chez les h o m m e s .
P e n d a n t les M a t i n e s , saint J e a n p a r c o u r u t le c h œ u r
en p o r t a n t un calice aux lèvres d e toutes les s œ u r s ,
ïl recueillit d a n s ce calice la dévotion et l'attention
que c h a c u n e mettait à la sainte p s a l m o d i e , el l'offrit
au C h r i s t , c o m m e un vin p r é p a r é p o u r l u i . P u i s c o m m e
Mechtilde désirait b e a u c o u p savoir q u c l l c c s l l a recoin-
FKHMIKHK PÀUTÏK. CirAlMTKI'' Vf. 2Î>

p e n s e p a r t i c u l i è r e de saint .lean, pour avoir é c r i t avec


p l u s de p r o f o n d e u r q u e les a u l r e s :,ur la divinité de
Jésus-ChrLsl dans SOJI évangile, D i e u lui iil cet Le r é -
ponse T o u s ses sens ont r e ç u u n e c e r t a i n e s u p é -
r i o r i t é : ses yeux voient p l u s clairement In l u m i è r e
i n a c c e s s i b l e d e la Divinité ; ses OHM lies saisissent
m i e u x le d o u x m u r m u r e d e la voix d i v i n e ; sa b o u c h e
el sa l a n g u e goûtent s a n s c e s s e une s a v e u r délicieuse,
el le parfum qui s ' é c h a p p e d e ses l i v r e s e m b a u m e le
ciel, à tel point q u e tous les saints respirent le, doux
parfum de J e a n le bien-aiiné. Mais son c œ u r s u r t o u t ,
e n i v r é de d é l i c e s , b r û l e d ' a m o u r p o u r Dieu el s'élance
d'un e s s o r plus libre el p l u s sublime d a n s les inac-
cessibles secrets des h a u t e u r s divines.
II lui sembla voir e n c o r e la gloire d e J e a n , el dans
celle g l o i r e , brillaient c o m m e d e s étoiles toutes les
p a r o l e s q u ' i l a é c r i t e s l u i - m ê m e s u r le C h r i s t el sa
D i v i n i t é , puis toutes celles q u e les saints cl les d o c
l e u r s o n t p r o n o n c é e s ou écrites à p r o p o s d e ce texte
s a c r é . O n a u r a i t dit un soleil, r a y o n n a n t à t r a v e r s un
p u r cristal, orné de pierres précieuses.
1
E l l e c o m p r i t ensuite ce qu'on chante de saint J e a n :
(( Lavil in vino slolam suam : il a lavé sa r o b e d a n s le
vin », c'est-à-dire q u e sa r o b e d e gloire p o r t e un signe

1. V o i r G e n . x u x , 1 1 . R é p o n s d e s secondes V ê p r e s de la felo
de s a i n t J e a n a u b r é v i a i r e d ' H a l h c v s t a d l «n ce l e m p s - J n : Vax
tonitrui lui, Deus, in rota ; Joamies est cvangulista, îmwdi pe.r am~
bilum pnedicans lumen cœlictim ; qui trinmpbans Homm lavil in
vino slolam suam, e.t in sanguine olivœ pallinm stntm. Alléluia.
y. Victo senafti ojjm Cœsare, virginea corpove Iripndiat in igne :
îô. L a voix d e Ion t o n n e r r e , 6 D i e u , r é s o n n e d a n s l a r o u e ; J c n u est
é v a n g é l i s l o ; d a n s le m o n d e e n t i e r il annu.icc la l u m i è r e célesk»,
e l , t r i o m p h a n t à R o m e , il l a v e d a n s le vin sa r o b e , el d a n s le s a n g
de Votive,son m a n t e a u . Alléluia, >. C é s a r el le Sénol sont v a i n c u s ,
le c o r p s d u disciple vierge tressaille d e joie d a n s le feu.
2() T.F. LIYHK !).'•: LA GUACE SPÉCIALE,

p a r t i c u l i e r , p a r c e qu'il était a u p r è s du Christ m i s en


croix, ] a m e é m u e d'une telle c o m p a s s i o n qu'elle y
a subi !c m a r t y r e - « In sanguine oliv<r pallium suum .
et son m a n t e a u d a n s le s a n g d e l ' o l i v e » ; de m ê m e
q u e l'huile é c l a i r e , b r û l e cl a d o u c i t , ainsi brillait en
saint J e a n le feu d e l ' a m o u r u n i à u n e s i u g u i i è r e m a n -
s u é t u d e el d o u c e u r .
Enfin elle p r é s e n t a à s a i n t J e a n , c o m m e on l'en
a v a i t p r i é e , les o r a i s o n s d ' u n e p e r s o n n e q u i lui était
dévote. ïl les accueillit avec p l a i s i r . « D e tout ce qu'elle
m'a offert, dit-il, je p r é p a r e r a i un festin p o u r t o u s les
é l u s . — M a i s p o u r elle, d e m a n d a M e c h t i l d e , n'avez-
v o u s pas de m e s s a g e ? » Le saint r é p o n d i t : « J e veux
être le g a r d i e n de sa v i r g i n i t é ; d a n s toutes ses p e i n e s
cl t e n t a t i o n s , clic t r o u v e r a en m o i u n refuge a s s u r é ;
à son t r é p a s , j e veux aussi l'assister el p r é s e n t e r son
l
A M E sans J A C H C au C h r i s t son Bien-Aimé » .

12. DOUZE PKWTLÈGES DE SAINT JEAN L'ÉVANGÉLISTE.

E l l e vit e n c o r e s a i n t J e a n l ' E v a n g é l i s t e r e p o s e r s u r
la p o i t r i n e du S e i g n e u r J é s u s . La m u l t i t u d e des s a i n t s
dansait.en c h œ u r a u t o u r d'eux et c h a n t a i t au S e i g n e u r ,
CJI l ' h o n n e u r d e J e a n . A l o r s elle pria le S e i g n e u r de
lui a p p r e n d r e c o m m e n t elle p o u r r a i t , elle a u s s i , le
l o u e r p o u r c e d i s c i p l e si a i m é . L e S e i g n e u r d a i g n a
r é p o n d r e : « T u me l o u e r a s : 1° à cause de la h a u t e
noblesse de sa famille, c a r il est de ma r a c e , cl il
n'y en a p a s de, p l u s titrée s o u s le ciel ; 2° in m e
l o u e r a s p a r c e q u e , des n o c e s , je l'ai a p p e l é à J apos-

1. Colle p e r s o n n e nVsl-rile pos s a i n t e G e r l r u d e . l ' i n t i m e a m i e


d e s a i n t e M e c h t i l d e et d o n t s a i n t J e a n p r o t é g e a la d e r n i è r e h e u r e ?
PTîKAlIKUR PAHTIK. r.HAlMTHK VT. 21

tolal ; 3° p a r c e qu'il a été proféré aux a u t r e s , p o u r con-


t e m p l e r s u r la m o n t a g n e la lumière de m o n visage ;
4° p a r c e qu'à la d e r n i è r e c è n e , il s'est r e p o s e s u r m o n
sein ; 5° tu le l o u e r a s d e ce q u e sou intelligence a
p o s s é d é . p l u s de science q u e les a u t r e s , d'où lui est:
v e n u le p o u v o i r d ' é c r i r e p o u r les h o m m e s la p r i è r e
1
q u e j ' a i faite en allant au j a r d i n des O l i v i e r s ; (5° de
ce q u e s u r la croix, JE lui ai C O N F I É ma M è r e p a r un
a m o u r spécial \ 7° de ce q u ' a p r è s ma r é s u r r e c t i o n , j e
1 ai éclairé si bien qu'il m'a r e c o n n u a v a n t les a u t r e s ,
p e n d a n t la p è c h e faite p a r les disciples, et qu'il sVsl
é c r i é : Ces! le Seigneur ( J e a n , TCXJ, 7) ; S de C E qu'eu
0

v e r t u d ' u n e amitié plus i n t i m e , je lui ai révélé mes


m y s t è r e s lorsqu'il a é c r i t l'Apocalypse et q u e , divi-
n e m e n t i n s p i r é , il a d i t : An commencement était le.
Verbe (Jean, i, 1) ; p a r o l e ignorée des p r o p h è t e s et de
n
tous les h o m m e s A V A N T lui. \) Tu le l o u e r a s D E ce q u e ,
p o u r M E confesser D E V A N T LES H O M M E S , IL A bu LE poi-
s o n , p u i s : 10° de tant de miracles et de résur-
r e c t i o n s faites en m o n n o m ; 11° tu me l o u e r a s encore
de la douce visite qu'il reçut quand j e l'invilai à mon
festin avec ses frères ; 12° d e ce que je l'ai e m m e n é
g l o r i e u x de la t e r r e d'exil, l i b r e de toute d o u l e u r , p o u r
lui d o n n e r les joies de l'éternité. /
U n e a u t r e fois, p e n d a n t l'évangile, elle vit debout
p r è s de l'autel ce m ê m e disciple qui tenait le livre
au p r ê t r e , et toutes les p a r o l e s de l'évangile sortaient
d e sa b o u c h e c o m m e des r a y o n s . Elle vit aussi la
b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e debout de l'autre coté de
I s i i l e l ; des yeux de saint J e a n s'échappait un r a y o n
d ' u n e éclatante l u m i è r e dont les r a y o n s se dirigeaient

1. Allusion au ch. x v n d e .suinl «f"uu.


vers Je visage de la Vierge. C o m m e M e c h t i l d e ,
é t o n n é e , désiraiI c o n n a î t r e ce cfuc cela signiliait,
sainl J e a n lui dil : « L o r s q u e j'étais s u r t e r r e , je
tenais la M è r e de mon S e i g n e u r en si g r a n d h o n -
n e u r et r é v é r e n c e q u e je n'ai j a m a i s osé r e g a r d e r
son visnue. — Kl c o m m e n t la n o m m i e z - v o u s ? »>
di! la SaiiHe. Saint Je*m i c p o u d i l ; Vrome mumme.
« Dajne T a n l e >>.

J 3 . SES PnubiBS POUH LA COMMUNAUTÉ, — CTECONCISrON


OTIIUTUELLE.

A N S la s a i n t e nuit d e la C i r c o n c i s i o n du S e i g n e u r ,
D c o m m e clic offrait à D i e u les p r i è r e s cl les pieux
h o m m a g e s des s œ u r s et le p r i a i t de les b é n i r en celle
nouvelle a n n é e , le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Salut el b é n é -
diction soient à v o u s de la p a r t de D i e u m o n P è r e , de
ma p a r t h m o i , J é s u s - C h r i s t s o n F i l s , et d e celle du
S a i n t - E s p r i t , qui est la sanctification de toutes n o s
œ u v r e s . J e suis celui d e q u i il est écrit : Tes années
ne finiront point ( P s . ci, 28). Venez à moi, vous lous
qui avez soif de moi (Eccli. xxrv, 20), et apprenez de
moi que je suis doux et humble de cœur ( M a l t h . xi,
29). Q u i c o n q u e veut o b t e n i r le r e p o s du c œ u r el du
c o r p s doit être doux et h u m b l e ». Le Soigneur njouln :
« Q u e celui q u i s o u h a i t e r e n o u v e l e r sa vie fasse
c o m m e l'épouse qui a i m e b e a u c o u p à r e c e v o i r les
é l r c n n c s de son é p o u x . A i n s i q u e l'Ame fidèle d é s i r e
être o r n é e p a r moi d e v ê t e m e n t s n o u v e a u x , afin de se
PUKMIKHK PAHTIK. OIT APîTIiE VÎT, 29

p r é s e n t e r loulc l'année aux y e u x des h o m m e s avec* la


1
magnificence d'une reine. Q u ' e l l e i n e d e m a n d e d'abord
un v ê t e m e n t de p o u r p r e , e'esl-à-dirc l'humilité ; et
c o m m e , p a r h u m i l i t é , je suis descendu d'ï ciel en
t e r r e , qu'elle s'abaisse en toute c i r c o n s t a n c e vers
ce qui est vil et b a s . Qu'elle me d e m a n d e ensuite
u n e robe d'écarlnlc, c'est-à-dire la patience, c a r cVsi
afin de souffrir les t o u n u e n l s cl les o p p r o b r e s que je
me suis lail b o m m e . qu'à s o n tour elle e i u b r a s s e
d o n c p a t i e m m e n t ce qui lui p a r a î t r a difficile et p é n i -
ble. Qu'elle r e c o u v r e enlin la p o u r p r e et l'cearlale du
manteau d'or d e l à r h a r i l é . afin que d a n s cet a m o u r
qui m'a r e n d u , s u r t e r r e , a i m a b l e et bienveillant p o u r
tous, elle se m o n t r e , elle a u s s i , à ses s œ u r s et à son
p r o c h a i n , toujours affable et g r a c i e u s e . L'année révo-
lue, elle d e m a n d e r a de r e n o u v e l e r ces v ê l e m e n t s ,
c'est-a-dire qu'elle s'exercera de plus en plus à
p r a t i q u e r ces v e r t u s , c o m m e si elle ne faisait q u e de
commencer. »
K n s n i l c M e c h t i l d e pria le Seigneur de r e t r a n c h e r
en toutes les s œ u r s ce qui lui d é p l a i s a i t ; à quoi il
r é p o n d i t : « R e t r a n c h e z de v o t r e c œ u r Loulc pensée
d e s u p e r b e , d ' i m p a t i e n c e et de v a n i t é m o n d a i n e .
R e t r a n c h e z de v o s l è v r e s toute p a r o l e d e d é t r a c t i o n ,
de vaine c o m p l a i s a n c e et de jugement p r o p r e : r e t r a n -
chez aussi de v o s œ u v r e s toute action inutile ou tiède,
la t r a n s g r e s s i o n des c o m m a n d e m e n t s de Dieu et la
d é s o b é i s s a n c e . » Ces p a r o l e s du Seigneur lui firent
c o m p r e n d r e quelle g r a n d e faute on commet en j u g e a n t
sou p r o c h a i n . Si l'on p o r t e un jugement injh*le, on se
rend aussi c o u p a b l e que si l'on avait c o m m i s le mal
q u ' o n i m p u t e au p r o c h a i n . Kl. si le jugement est j u s t e ,
m a i s qu'on le p o r t e selon son p r o p r e s e n s , s a n s
30 h\-: Tavnu m: LA OHACK SP^CALK.

c o n n a î t r e les i n t e n t i o n s d e celui qui agit, on se r e n d


aussi c o u p a b l e p a r ce j u g e m e n t que celui q u i a fait le
mal ; el si Ton ne. l'ail p é n i t e n c e , on s u b i r a la m ô m e
peine.

CHAPITRE VIII.

14. LES CTNij POUTES D E LA SATNTE H U M A N I T É 1)13

jÉsus-cnnisT ET LE PAPTÈME nu SKIGNKUH.

N la v»gHe de Œ p i p h n n i e , elle. s'cnirelenail a v e c


E le S e i g n e u r d a n s l ' o r a i s o n , selon sa c o u l u m e ,
l o r s q u ' e l l e vii u n e p o r t e i m m e n s e , et, d a n s cette p o r t e ,
cinq a n l r e s porles m e r v e i l l e u s e m e n t s c u l p t é e s .
La g r a n d e p o r t e s y m b o l i s a i t l ' H u m a n i t é de J é s u s -
C h r i s t . Les deux p o r l e s c r e u s é e s au bas signifiaient
les p i e d s du S e i g n e u r ; s u r la c o l o n n e qui les s é p a r a i t ,
on lisait ce verset : Venez à moi, vous lotis qui êtes
dans le labeur el courbes sous le fardeau, el je vous
soulagerai ( M a l l l i . , x i , 28). D e v a n t cette d o u b l e p o r t e ,
elle vil u n e vierge de g r a n d e beauté : c'était la Misé-
r i c o r d e , q u i la fit e n t r e r . L ' â m e se trouva a l o r s d e v a n t
le j u s t e J u g e q u i , a p a i s é p a r l a m i s é r i c o r d e , lui d o n n a
le p a r d o n de tous ses p é c h é s et la revêtit de la r o b e
d ' i n n o c e n c e . Ainsi p a r é e , elle s ' a p p r o c h a a v e c c o n -
fiance des p o r l e s qui s ' o u v r a i e n t plus h a u t cl c ^ i sïgni-
iiaienl les m a i n s du C h r i s t . S u r la c o l o n n e qui était
e n t r e ces d e u x p o r l e s , elle lut ce t e x t e : Recevez la
joie de voire gloire (Ksd. î v , î>(>). Kilo vit là aussi
u n e j e u n e v i e r g e : c'était la liénignitc, (pli i n t r o d u i s i t
r a m e a u p r è s du Hoi el l ' e n r i c h i t de l ' e n s e m b l e de
Pr.KMrKMK PAHTIK. CH A PJTKK VJI1. 31

toutes ïos v e r t u s . O r n é e «le relie p a r u r e , elle s'ap-


p r o c h a en t o u t e confiance d e la porte la plus élevée
q u i d é s i g n a i t le très doux C œ u r de J é s u s - C h r i s t , sem-
blable à un b o u c l i e r d'or t r a n s p e r c é , en signe d e la
victoire q u ' i l a r e m p o r t é e d a n s sa P a s s i o n . La c o l o n n e
portail cette i n s c r i p t i o n : Approchez de lui, soyez
illuminée, et vos visages ne seront pas couverts de con-
fusion ( P s . x x x i n , 6). L à aussi elle vit u n e vierge
q u e son i n c o m p a r a b l e b e a u t é niellait bien a u - d e s s u s
d e s a u t r e s : C'était la C h a r i t é , q u i l'introduisit a u p r è s
de son d o u x linncé, plus beau q u e toiïu les fils des
h o m m e s . Et l'Epoux combla son é p o u s e des m a r q u e s
de sa t e n d r e s s e .
D a n s la s a i n t e nuit, p e n d a n t le r é p o n s : « In columbie
specie : s o u s (orme de c o l o m b e », elle vit le S e i g n e u r
J é s u s avec u n v è t e m e u t b l a n c c o m m e la neige, cî elle
sut qu'à l ' h e u r e où J e a n b a p t i s a le Christ, il entendit
la voix du P è r e , a p e r ç u t le S a i n t - E s p r i t sous forme
d e c o l o m b e et vil le S e i g n e u r tel qu'il apparut plus
t a r d à ses t r o i s disciples, p e n d a n t sa transfiguration
s u r la m o n t a g n e . C e p e n d a n t elle désirait s a v o i r si
J e a u avait r e ç u le b a p t ê m e d u Christ, puisqu'il avait
d i t : Cest moi qui dois être baptisé par vous ( M a l l h .
n i , 14). L e S e i g n e u r exauça son désir. « En m e lou-
c h a n t p o u r m e p l o n g e r d a n s les eaux, dit-il, Jean r e ç u t
d e moi le b a p t ê m e ; c a r il l'avait désiré, et en avait
r e c o n n u la nécessité : j c lui ai d o n c conféré I c b a p t é m e
du chrétien et p a r là m ê m e , m o n innocence. » L e Sei-
g n e u r ajouta : « E n c o r e a u j o u r d ' h u i , à tous ceux qui
sont b a p t i s é s en m o n n o m . j e d o n n e mon innocence
qui les r e n d fils du P è r e céleste ; aussi mon P è r e
peut-il d i r e de c h a q u e b a p t i s é : Celui-ci est mon Fils
bien-aimé, m e t t a n t en lui ses complaisances c o m m e
32 j.rc UVIÎK ni?, LA GKALF. SPÉCIALE.

en un bis 1RES c h e r . E l si l ' h o m m e vient h p e r d r e


cette i n n o c e n c e p a r le p é c h é , il p e u t la r e c o u v r e r p a r
une sincère pénitence. »
1
d o m i n e on c h a u l a i ! : « Ipsum audite : écoulez-le »,
elle dit à Dieu : « Mon S e i g n e u r , q u e d e v o n s - n o u s en
t e n d r e t a écoulant v o t r e F i l s b i e n - a ï m é ? » L e S e i -
g n e u r répondis : E c o u t e z m o n Fils qui v o u s a p p e l l e :
Venez à moi vous Ions qui êtes dans la peine, (Mallh.. xr,
28.) Ecoulez ses e n s e i g n e m e n t s : Bienheureux les
c(vurspurs* ( M a t t h . v, 8). E c o u t e z ses c o n s e i l s : Celui
qui mange ma chair, elc. ( J e a n , vi, 55.) Qui me suit ne
marche pas dans les ténèbres. ( J e a n , v i n , 12.) E c o u l e z
ses c o m m a n d e m e n t s : Mon précepte est que vous vous
aimiez les uns les autres. ( J e a n , xv, 12.) E c o u l e z ses
m e n a c e s iSelonque vous jugerez, vous serez jugés vous-
mêmes. (Ma llh. v n 2 ) . E t e n c o r e : Celui qui ne porte pas
t

sa croix et ne vient pas après moi ne peut être mon dis-


ciple. ( L u c , xiv, 27.1 D e m ê m e : Malheur au monde à
cause de ses scandales. ( M a l l h . , x v m , 7.)
A p r è s la r é c e p t i o n de s o n C o r p s s a c r é , le S e i g n e u r
lui dit : « Voici q u e j e te d o n n e l'or, c'est-à-dire m o n
divin a m o u r ; l ' e n c e n s , c'est-à-dire toute ma sainteté et
ma d é v o t i o n ; enlin la m y r r h e , q u i e s t l ' a m e r t u m e d e
ma P a s s i o n tout e n t i è r e . J e le les d o n n e en p r o p r i é t é ,
à tel point q u e tu p o u r r a s me les offrir en présent»
c o m m e u n bien qui t ' a p p a r t i e n t . Si u n e â m e agit a i n s i ,
je lui r e n d s sou cadeau deux fois ; et c h a q u e fois
qu'elle r e n o u v e l l e s o n offrande, j e la lui r e n d s e n c o r e
d o u b l é e . » E l voilà bien le c e n t u p l e q u e r e ç o i l l ' h o m m e

1. T)n r é p o n s . Tn colnmbtv apecic. O n le c h a n t a i t aînrâ à îlolfia


H a i l l e u r s ; en g é n é r a l , ces p a r o l e s ne se t r o u v e n t ])as d a n s le
répons.
PUKMIKMK PA1ÎTÏPi. CIïAPÏTttK tx, 33

en ce monde, en a t t e n d a n t la vie éternelle p r o m i s e pour


r a u i r e . O n p o u r r a i t tous les a n s en ce jour faire à
Dieu celle Iriple offrande, s a v o i r : son divin a m o u r , sa
1res p u r e sainteté et le fruit de sa P a s s i o n .

C H A P I T R E IX.

15. COMMKNT LK C M I U S T SUPP1\KK AUX IMPUISSANCES


SPllUTUKLUilS.

1
-^KNOANT la m e s s e In v.rcefoo Ihrono , elle vît le
Î S e i g n e u r J é s u s c o m m e u n bel enfant d e douze
a n s ; l'autel lui s e r v a i t de t r o n c royal, et il disait : « Me
voie! a v e c ma vertu d i v i n e , prêt à g u é r i r loules vos
b l e s s u r e s . » Mais p e n d a n t ce t e m p s , Mechtilde pensait
en son c œ u r : « O h ! s'il offrait p o u r loi u n e louange
parfaite à Dieu le P è r e , j ' e n s e r a i s bien p l u s h e u r e u s e . »
FIC S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Q u ' y a-I-il d a n s l ' a m o u r
de la l o u a n g e d i v i n e , s i n o n un certain g é m i s s e m e n t de
lïinic, qui souffre de ne p o u v o i r j a m a i s l o u e r Dieu
a u t a n t qu'elle le désire'? E h b i e n ! les d é s i r s , la d é v o -
tion, la p r i è r e , la b o n n e v o l o n t é q u ' u n e a m c a de faire
le b i e n , s o n t également un g é m i s s e m e n t d o u l o u r e u x ;
et q u a n d je viens s u p p l é e r p a r m o i - m ê m e a u x im-
p u i s s a n c e s de cette à m c , je la guéris de toutes ses
blessures. »

10. COAÏ.VKNT 1.K C W U Ï S T A P A I S K 1.A COLK1UÎ


I>K S O N p ù i i - ; .

K S e i g n e u r lui a p p a r u t encore c o m m e u n enfant


I J de d o u z e a n s et révolu d u n e t u n i q u e verte et

i . D i m a n c h e rtaus l'octave de r i i u i p h a m o .
3-X LE LIVUE Dv: r.A GRÂCE SPÉCIALE.

b l a n c h e ; elle lui d i t : « P o u r q u o i , S e i g n e u r , a v e z - v o u s
a t t e n d u v o s d o u z e a n s p o u r v o u s manifester, v o u s
a s s e o i r d a n s le t e m p l e parmi les d o c t e u r s , les é c o u t e r
et les i n t e r r o g e r , c a r j e s u p p o s e q u e v o u s étiez déjà
v e n u s o u v e n t d a n s le t e m p l e , selon la c o u t u m e ? »
L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « C'est p a r c e q u e , s u i v a n t le
c o u r s n a t u r e l des c h o s e s , je c o m m e n ç a : a l o r s à
m ' e x e r c e r d a n s la sagesse, y p r o g r e s s a n t oc j o u r en
j o u r , q u o i q u e j e fusse égal à Dieu le P è r e en sagesse
é t e r n e l l e . V o u s a u s s i , l o r s q u e les enfants ont d o u z e
a n s , vous d e v r i e z les i n s t r u i r e d a n s le bien cl les c o r -
r i g e r s é r i e u s e m e n t d e l e u r s f a u t e s ; si v o u s le faisiez,
il n'y en a u r a i t p a s lant qui se p e r d r a i e n t , d a n s la Reli-
gion et d a n s les voies s p i r i t u e l l e s . » Mechtilde r e p r i t :
« Q u e signifient les deux c o u l e u r s d e v o t r e t u n i q u e ? »
L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « L e b l a n c signifie la p u r e t é
virginale de ma très sainte vie, et le v e r t s y m b o l i s e
r é l e r n c l l e fraîcheur de la sève qui est en m o i . » A l o r s
elle dit au S e i g n e u r : « Mon très a i m a n t S e i g n e u r et
F r è r e , priez p o u r moi v o t r e P è r e céleste. » Il é t e n d i t
aussitôt les m a i n s el a d r e s s a au P è r e cette p r i è r e :
« Vos colères ont passé sur moi, vos terreurs m'ont
troublé, etc. » ( P s . L X X X V T T , 1 7 . ) A ces m o t s , M e c h -
tilde craignit u n e illusion d i a b o l i q u e ; m a i s le
S e i g n e u r la r a s s u r a : « C'est m o i , dit-il, c'est b i e n
moi qui ai a p a i s é la colère du P è r e céleste cl r é c o n -
cilié l ' h o m m e a v e c D i e u , d a n s mon s a n g ; 'nais ses
colères o n t p a s s é s u r m o i , p u i s q u ' i l n é m'a p a s
é p a r g n é , moi son F i l s u n i q u e , el qu'il m'a livré a u x
m a i n s des i m p i c s . J ' a i tellement a p a i s é sa c o l è r e
que si l ' h o m m e le v e u t , j a m a i s il n'en r e s s e n t i r a les
coups. »
Une a u t r e fois, p e n d a n t la m e s s e , il lui sembla
PKKMIKHE VA u n i ; . cirAPrnw x. 35
q u ' u n a r b r e de m e r v e i l l e u s e g r a n d e u r avait poussé
s u r l'autel. Sa lêle louchait le ciel, ses b r a n d i e s ombra-
geaient r u n i v e r s e n l i e r , ses feuilles e t s e s fruits étaient
i n n o m b r a b l e s . La h a u t e u r de cet a r b r e signifiait la
divinité d u Christ, et sa largeur r e p r é s e n t a i t sa vie
infiniment parfaite ; les fruits désignaient tout le bien
p r o d u i t p a r sa vie et p a r ses a c t i o n s ; et les feuilles
p o r t a i e n t des i n s c r i p t i o n s en lettres d ' o r : « L e Christ
i n c a r n é ; le C h r i s t né ; le C h r i s t c i r c o n c i s ; le C h r i s t
a d o r é p a r les mages ; le C h r i s t p r é s e n t é au temple ; le
C h r i s t b a p t i s é » ; enfin toute la suite d e sa vie se
lisait s u r cet a r b r e merveilleux.
A p r è s l'Evangile a p p a r u t u n e échelle d ' o r dont le
s o m m e t touchait le ciel et p a r laquelle d e s c e n d a i t la
H e i n e de gloire. E l l e p o r t a i t entre ses b r a s le petit
E n f a n t qu'elle d é p o s a s u r l'autel. Les v ê l e m e n t s de la
M c r c é t a i e n t tissus d ' u n argent très brillant, p a r s e m é
de r o s e s d'or, tandis q u e ceux de l'Enfant étaient de
c o u l e u r verte et rouge. A l'élévation de l'hostie, le
p r ê t r e éleva l'Enfant, el il accomplit e n s u i t e s u r l ' E n -
fant lui-même tout ce q u e les rites sacrés lui p r e s c r i -
vaient d ' a c c o m p l i r s u r l T I n s l i e sainte.

CHAPITRE X

17. 1)K 1,A VKNKUATION DK l/lMAOK ï>TT OUIWST


KT DK SON B A N Q U K T .

O U H exciter la dévotion d e s fidèles à v é n é r e r la


P t r è s sainte I m a g e d e N o t r c - S e i g n c u r J é s u s - C h r i s t
le d i m a n c h e Omnis Irrra où Ton célèbre à R o m e

P
5.. II d i m a n c h e aprùs l'Kpiphanic.
30 L E L 1 V U E D E LA GHACK SPÉCtALK.

l'osfcnsîo^ de celle Image, Mcchlilclc cul la vision qut


va s u i v r e : elle a p e r ç u t le S e i g n e u r s u r u n e m o n l a g n e
c o u v e r t e (le Heurs, assis s u r un t r o u e de j a s p e o r n é
d'or el d e r u b i s . L e j a s p e r e p r é s e n t a i t l'éternelle j e u -
nesse de sa Divinité ; l'or, son a m o u r ; les , r u b i s , sa
P a s s i o n soufferte p a r a m o u r p o u r n o u s . La m o n t a g n e
était e n t o u r é e d ' a r b r e s magnifiques et c o u v e r t s de
fruits ; les â m e s des saints se r e p o s a i e n t à l ' o m b r e de
ces a r b r e s , s o u s d e s lentes d o r é e s , cl se n o u r r i s s a i e n t
de l e u r s Fruils, d a n s la j o i e cl les délices.
CelLe m o n t a g n e figurait la vie de J é s u s - C h r i s t ; les
a r b r e s , ses v e r t u s : la c h a r i t é , la m i s é r i c o r d e et t o u t e s
les a u t r e s . Selon q u e c h a q u e saint avait imité le S e i -
g n e u r en telle ou telle v e r t u , il se r e p o s a i t s o u s Ici ou
tel a r b r e . A i n s i celui qui a v a i t imité le S e i g n e u r d a n s
sa c h a r i t é m a n g e a i t du fruit de l ' a r b r e de la c h a r i t é ;
celui qui avait p n . l i q u é les œ u v r e s de m i s é r i c o r d e se
n o u r r i s s a i t des fruits de l'arbre d e l à m i s é r i c o r d e , et
ainsi des a u t r e s , selon l e u r s v e r t u s spéciales.
E n s u i t e t o u s ceux: qui s'étaient p r é p a r c s p a r une
p r i è r e p a r t i c u l i è r e à v é n é r e r la sainte I m a g e , s ' a p p r o -
c h è r e n t du S e i g n e u r , portant s u r l e u r s é p a u l e s le far
deau de l e u r s p é c h é s , qu'ils d é p o s è r e n t à ses p i e d s .
Aussitôt ces p é c h é s furent c h a n g é s en c a d e a u x m a g n i -
fiques. Ceux d o n t l ' a m o u r a n i m a i t le r e p e n t i r , c'est-
à-dire ceux qui r e s s e n t a i e n t p l u s de d o u l e u r d a v o i r
offensé Dieu q u e d ' a v o i r e n c o u r u la p e i n e , v o y a i e n t
leurs p é c h é s c h a n g é s eu bijoux d'or. Ceux qui a v a i e n t '
r a c h e t é l e u r s fautes p a r des p s a u t i e r s el des p r i è r e s
les voyaient, c h a n g é s en n œ u d s d'or, p a r e i l s à ceux
dont on se sert d a n s les fiançailles. L e s Ames qui
avaient p a r d e g l a n d s c o m b a t s r é s i s t é a u x t e n t a t i o n s
r e t r o u v a i e n t leurs luttes sous forme de b o u c l i e r s
rUEMTKTlK PAP.TTK. CUAPÏTRE X, 37

d ' o r , cl relies qui s'étaient purifiées du péché en châ-


tiant leur c h a i r s e m b l a i e n t d e v e n u e s des e n c e n s o i r s
d o r p a r c e (pie la mortification monte dvvanl Dieu
c o m m e un e n c e n s d'agréable o d e u r . Le Seigneur jeln
les yeux s u r tous ces p r é s e n t s et d i t : « Q u ' e n ferons-
n o u s ? Qu'ils soient tous brfilés d a n s le Feu de l'amour ! »
P u i s il ajouta : « Q u ' o n p r é p a r e une table. » Aussitôt
a p p a r u t d e v a n t le S e i g n e u r une table c h a r g é e de plais
et de c o u p e s d'or. La l'ace du S e i g n e u r , brillante c o m m e
le soleil, r e m p l i s s a i t ces plats el ces coupes de la
l u m i è r e de son v i s a g e , en guise d é m e t s et de v i n s .
E n s u i t e tous ceux qui étaient p r é s e n t s , fléchissant le
genou devant la table, r e v ê t u s de la s p l e n d e u r de la
face divine c o m m e d ' u n m a n t e a u , p r i r c n l l c s mets et le
b r e u v a g e qui s o n t le délicieux aliment des anges et
des élus. Q u a n t a u x s œ u r s qui ne s'étaient pas a p p r o -
c h é e s d u s a c r e m e n l d c vie ce j o u r - l à , q u o i q u e dévote-
m e n t p r é s e n t e s à cette messe, î e S c î g n e u r leur envoya,
p a r saint J e a n T E v a n g é l i s t e , un m e t s de sa table
royale.
C o u r o n s d o n c a v e c un saint e m p r e s s e m e n t , v é n é r e r
cette t r è s d o u c e face q u i , d a n s le ciel, sera p o u r n o u s
tout ce q u e p e u t d é s i r e r l a m e pieuse.
L a s e r v a n t e d e Dieu avait enseigné aux s œ u r s
c o m m e n t elles p o u r r a i e n t se r e n d r e en esprit à R o m e ,
en ce j o u r où Ton y expose la face du Seigneur. Pilles
devaient r é c i t e r a u t a n t de Palcr qu'il y avait de milles
e n t r e R o m e et l e u r m o u s t i e r ; arrivées là, elles confes-
seraient au S o u v e r a i n Pontife, c'est-à-dire à Dieu,
tous l e u r s p é c h é s , lui en d e m a n d e r a i e n t la r é m i s s i o n ,
el r e c e v r a i e n t le c o r p s de J é s u s - C h r i s t . P u i s , en ce
même d i m a n c h e , à l ' h e u r e où elles seraient libres de
vaquer à l ' o r a i s o n , se servan d'une prière dictée par
la saii^lc à colle înlcnlion. elles a d o r e r a i e n t a v e c un
h u m b l e r e s p e c t l'image du C h r i s t . C'est a p r è s q u e les
s œ u r s eurent a d o p t é celte p r a t i q u e q u e sainte M e c h -
tilde eut ht vision r a c o n t é e ci-dessus.

DJÏ QUATKtë HAYONS S O U T I S DK L A FACE OU SE1GNKU1;»

U n e a u l r e Fois, en ce m ê m e j o u r , elle vil q u a t r e


r a y o n s s ' é c h a p p e r d e cette lace du S e i g n e u r J é s u s
que les anfjessont avilies de contempler [Y P e t , i, 12). L e
rayon d'en haut illuminait tous ceux qui s o n t t e l l e m e n t
u n i s à D i e u q u e , d a n s la p r o s p é r i t é ou l ' a d v e r s i t é , ils
ne d é s i r e n t rien a u t r e q u e la v o l o n t é de D i e u seul.
L e r a y o n d'en bas brillait s u r tous les p é c h e u r s , p o u r
les a p p e l e r à la p é n i t e n c e . Celui de d r o i t e p é n é t r a i t de
sa l u m i è r e tous les p r é d i c a t e u r s , qui a n n o n c e n t la
p a r o l e de Dieu aux h o m m e s , el celui de g a u c h e ceux
qui s e r v e n t le S e i g n e u r avec u n e entière et parfaite;
iidélîlé. A l o r s elle se mil en o r a i s o n p o u r tous ceux qui
s'étaient r e c o m m a n d é s à ses p r i è r e s cl q u i c é l é b r a i e n t
la m é m o i r e de la très d o u c e face d u S e i g n e u r , afin de
n'être pas p r i v é s de la c o n t e m p l e r un j o u r . L e S e i g n e u r
dit à la sainte : « A u c u n de ceux-ci ne s e r a j a m a i s
s é p a r é de m o i . » E t elle vit v e n i r du c œ u r d e D i e u
v e r s son â m e une c o r d e , d o n t elle se s e r v i t p o u r t i r e r
v e r s le S e i g n e u r t o u s c e u x q u i étaient la. Celle c o r d e
figurait l ' a m o u r quo.Dicu a r é p a n d u a b o n d a m m e n t en
cette â m e s a i n t e , et au m o y e n d u q u e l Mechtilde attirait
tout le m o n d e à Dieu, p a r ses e x e m p l e s et ses e n s e i -
g n e m e n t s . Alors le Hoi d e g l o i r e , é t e n d a n t les m a i n s
d e sa toute-puissance s u r sa bien a i m é e , la b é n i t a v e c
toute l'assistance en d i s a n t : « Q u e la l u m i è r e de m o n
visage soit votre allégresse é t e r n e l l e . A m e n . »
e
PREMIERE PARTIE- CHAPITRE XX 3 .)

CHAPITRE XL
18. D E S A I N T E A G N E S ET D E CE Q U E LES SAINTS P E U V E N T
D O N N E R T O U S L E U R S B I E N S A L E U R S DÉVOTS C L I E N T S .

A b i e n h e u r e u s e vierge A g n e s , au j o u r de sa fêle,
L a p p a r u t à la s e r v a n t e d u Christ c o n n u e si elle
s'avançait, v e n a n t de l'autel, un encensoir d'or o r n é d e
p i e r r e s p r é c i e u s e s à la m a i n , p o u r encenser les s œ u r s ,
et e m b a u m e r l e u r c h œ u r e n t i e r de suaves p a r f u m s .
Celle-ci c o m p r i t en m ê m e t e m p s que l'encensoir
figurait le c œ u r de sainte A g n è s ; les p i e r r e r i e s , ses
douces p a r o l e s ; el le feu, cet a m o u r qui, allumé par
le S a i n t - E s p r i t , c o n s u m a i t ses p e n s é e s e l s e s d é s i r s , en
r é p a n d a n t son doux parfum d e v a n t Dieu et devant
les h o m m e s qui m é d i t e n t e n c o r e avec dévotion les
délicieuses p a r o l e s de la v i e r g e .
C o m m e on chantait à Matines le répons « Anio Chris-
tum, J ' a i m e le Christ, » le S e i g n e u r J é s u s , enlaçant
A g n è s de son b r a s droit, a p p a r u t à Mechtilde. Le Sei-
g n e u r et la b i e n h e u r e u s e A g n è s portaient des vêle-
m e n t s s e m b l a b l e s , d e c o u l e u r r o u g e ; toutes les p a r o l e s
de la s a i n t e y p a r a i s s a i e n t tissées en lettres d'or. Ces
m o t s , p l a c é s s u r les v ê t e m e n t s du Seigneur, lançaient
des r a y o n s qui faisaient b r i l l e r les vêlements d ' A g n è s ,
à tel point q u e l e u r éclat rejaillissait s u r Je S e i g n e u r
d ' a b o r d , p u i s s u r le c h œ u r et s u r ton le l ' a s s i s t a n c e .
Un r a y o n p a r t a i t du c œ u r de celles qui p s a l m o -
diaient a v e c attention et dévotion p o u r a t t e i n d r e , à
t r a v e r s le c œ u r de D i e u , celui de sainte A g n è s , où
le r a y o n s'écoulait c o m m e u n e délicieuse liqueur*
li SMiSTK AlKC.MTJ/.mt.
40 LK LIVUK DR LA OUACL SPECIALE.

Cette imago lui (il. c o m p r e n d r e q u e la dévotion et


l ' a m o u r affectif q u i r e s s o r t c n l e n c o r e d e s p a r o l e s de
s a i u t e Agnès et de t o u s les s a i n t s , s o n t c o m m e un
soleil a r d e n t qui fond la glace, et la fait r e m o n t e r
c o m m e un fleuve v e r s sa s o u r c e . Ainsi l ' h o m m a g e
d e s c œ u r s r e m o n t e v e r s D i e u et c o m b l e les saints
d'une douce allégresse.
E t c o m m e le texte de Toflicc r a m e n a i t s a n s cesse
les p a r o l e s d ' A g n è s , M e c h t i l d e saisie de t r i s t e s s e
se plaignit à Dieu d e ce q u e , r e v ê t u e d e l ' h a b i t de la
religion et fiancée au C h r i s t dès son enfance, elle ne
l'avait j a m a i s a i m é de tout son c œ u r , c o m m e cette
b i e n h e u r e u s e vierge A u lieu de lui r é p o n d r e , le
S e i g n e u r dit à sainte A g n è s : « D o n n e - l u i t o u t ce que
tu p o s s è d e s . » A ce mot, M e c h t i l d e c o m p r i t q u e Dieu a
conféré aux s a i n t s le privilège de d o n n e r t o u t ce q u e le
C h r i s t a o p é r é en e u x , a v e c t o u t ce q u ' i l s o n t souffert
p o u r son a m o u r , à ceux d e l e u r s d é v o t s et de l e u r s a m i s
q u i l o u e n t le S e i g n e u r p o u r eux, lui r e n d e n t g r â c e s et
a i m e n t les d o n s q u e D i e u l e u r a faits. E t q u a n d sainte
A g n è s eut a c c o m p l i le d é s i r d u S e i g n e u r , M e c h t i l d e ,
a u c o m b l e de la j o i e , s u p p l i a la R e i n e d e s v i e r g e s de
l o u e r avec elle son F i l s , p o u r le r e m e r c i e r : « Récite un
Ave Maria, » r é p o n d i t la b i e n h e u r e u s e V i e r g e . Mais
s o u s l'inspiration d i v i n e la sainte éclata en ces p a r o l e s
d e l o u a n g e : « Je vous salue au n o m de la t o u t e - p u i s -
s a n c e du P è r e , j e vous salue au n o m de la sagesse du
F i l s , j e vous salue au n o m de la b o n t é d u S a i n t - E s p r i t ,
ô t r è s d o u c e M a r i e , l u m i è r e du ciel et de la t e r r e .
Pleine de grâce, et v o t r e p l é n i t u d e d é c o u l e s u r tous
ceux qui v o u s a i m e n t . Le Seigneur est avec vous, F i l s
u n i q u e du P è r e , F i l s u n i q u e de v o t r e c œ u r virginal,
v o t r e a m i et t r è s d o u x E p o u x . Vous êtes bénie entre
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XT. 41

toutes les femmes, c a r v o u s avez mis en fuite la m a l é -


diction el attiré l'éternelle bénédiction. Le fruit de vos
entrailles est béni, lui le C r é a t e u r et le S e i g n e u r de
l ' u n i v e r s , q u i bénit et sanctifie tout, q u i unifie et
enrichit toutes choses. »
A l o r s la b i e n h e u r e u s e V i e r g e Marie lui lit don de
tous ses b i e n s , m ê m e de sa m a t e r n i t é virginale, p o u r
qu'elle d e v î n t m e r c de Dieu en esprit, p a r la g r â c e ,
c o m m e elle est M è r e de D i e u , p a r n a t u r e . Ceci fît
c o m p r e n d r e à M e c h t i l d e q u e les âmes qui se g o u -
v e r n e n t d ' a p r è s la v o l o n t é d i v i n e , l'aiment et l ' a c c o m -
p l i s s e n t en t o u t e s c h o s e s , deviennent r é e l l e m e n t
m è r e s d u C h r i s t selon celte parole : Quiconque fera
la volonté de mon Père, celui-là est mon frère, ma
sœur et ma mère ( M a t t h . , x n , 50).
A la v u e de la t e n d r e s s e et de l'affection q u e D i e u
p o r t e a u x v i e r g e s , la s a i n t e restait c o m m e stupéfaite
d a n s sa r e c o n n a i s s a n c e et son a d m i r a t i o n . L e S e i g n e u r
lui dit : « L e s v i e r g e s , de préférence aux a u t r e s s a i n t s ,
ont reçu trois privilèges h o n o r a b l e s . L e p r e m i e r est
q u e je les a i m e p l u s q u e t o u t e c r é a t u r e : c ' e s t p o u r q u o i
la p r e m i è r e vierge qui m ' a i t voué sa c h a s t e t é a telle-
m e n t enflammé mon a m o u r q u e , ne pouvant p l u s m e
c o n t e n i r , j e m e suis p r é c i p i t é du ciel, p o u r me renfer-
m e r en elle tout entier. L e second est q u e j e les ai
e n r i c h i e s plus que toutes les a u t r e s c r é a t u r e s : t o u s mes
b i e n s et toutes mes souffrances, je les l e u r ai d o n n é s
en p r o p r i é t é p a r t i c u l i è r e . E n troisième lieu, j e les ai
glorifiées p l u s q u e les a u t r e s ; car je me lève lors-
qu'elles s ' a p p r o c h e n t de m o i , j e m u r m u r e à leur
oi^cillc u n m y s t é r i e u x s e c r e t , cl seules, elles ont la
l i b e r t é de j o u i r , selon l e u r b o n plaisir, de m e s c h a s t e s
e m b r a s s e m e n t s . » Mechtilde d e m a n d a : « O Dieu très
42 L E L 1 V U E D E LA G R A C E SPECIALE.

doux, q u e d o i v e n l d o n c être les v i e r g e s fortunées q u e


v o u s h o n o r e z d e telles p r é r o g a t i v e s ? » Dieu lui r é -
p o n d i t : « N o b l e s , belles et r i c h e s . La véritable v i e r g e ,
choisie ainsi p o u r d e v e n i r m o n é p o u s e , doit être n o b l e
en humilité. Q u ' e l l e estime n ' ê t r e r i e n , q u ' e l l e se c r o i e
la d e r n i è r e des c r é a t u r e s , q u ' e l l e d é s i r e s i n c è r e m e n t
Je m é p r i s el l'abjection ; p l u s elle s'enfoncera d a n s
l'humilité, plus sa noblesse sera g r a n d e d a n s la g l o i r e
céleste. E t m o i , en ajoutant m o n humilité à la s i e n n e ,
je lui conférerai la plus h a u t e d e s n o b l e s s e s . La vierge
doit aussi cire b e l l e , c'est-à-dire p a t i e n t e ; et sa b e a u t é
g r a n d i r a en p r o p o r t i o n de sa p a t i e n c e , c a r j ' a j o u t e r a i
à ses souffrances celles de ma p r o p r e P a s s i o n ; p o u r
m e t t r e le c o m b l e à sa b e a u t é , je lui d o n n e r a i e n c o r e
la divine clarté q u e j ' a i r e ç u e d e mon P è r e a v a n t la
création d u m o n d e . Il faut enfin q u e la vierge soit r i c h e
en m é r i t e s ; q u ' e l l e a m a s s e le t r é s o r de toutes les
v e r t u s ; j y ajouterai les i n c o m p a r a b l e s richesses des
m i e n n e s , qui lui p r o c u r e r o n t la s u r a b o n d a n c e des
éternelles délices. »
U n e a u t r e fois, c o m m e on c h a u l a i t l'offertoire :
« Offerenlur Rcgi virgines : les v i e r g e s s e r o n t offertes
au Roi \ » elle se d e m a n d a ce qu'elle pourrait
offrir qui fût a g r é a b l e à D i e u , et le S e i g n e u r lui d i t :
« Celui qui m'offrira un c œ u r h u m b l e , patient e t c h a r i -
t a b l e , me fera un t r è s a g r é a b l e p r é s e n t . » E l l e r e p r i t :
« Quel est le c œ u r assez h u m b l e p o u r v o u s plaire ? »
Le Seigtf'^Air r é p o n d i t : « Celui d o n l l a j o i e e s t d e se voir
m é p r i s é , affligé el plongé d a n s l ' a d v e r s i t é ; celui d o n t
le b o n h e u r est d'ajouter q u e l q u e c h o s e à ma P a s s i o n ,
à mes h u m i l i a t i o n s , cl de m'offrir des sacrifices, cclui-

1. A u j o u r d ' h u i Afférent nr, oflerloire d e l a fete de. snînlc A g n è s .


PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE Xïl. 43

là est v r a i m e n t p a t i e n t et h u m b l e de c œ u r . D e m ê m e
celui qui se réjouit d e tout le bien qui a r r i v e à son
p r o c h a i n , celui qui s afflige d e s disgrâces du p r o c h a i n
c o m m e des s i e n n e s p r o p r e s , celui-là m'offre u n c œ u r
v r a i m e n t enclin à la c h a r i t é . »

C H A P I T R E XII.

19. D E LA P U R I F I C A T I O N D E LA B I E N H E U R E U S E VIERGE
MARIE, D E SAINTE ANNE, ETC.

?iN la sainte nuit de la Purification de M a r i e , elle vit


I celte g l o r i e u s e Vierge et Mère p o r t e r e n t r e ses
b r a s , J é s u s , le royal Enfant, vêtu d ' u n e t u n i q u e d'azur
r e l e v é e de fleurs d'or. S u r la p o i t r i n e , a u t o u r du cou
et des b r a s était écrit son t r è s doux n o m , J é s u s -
C h r i s t . « O t r è s d o u c e Vierge, dit-elle, est-ce donc
ainsi q u e v o u s aviez o r n é v o i r e Fils p o u r le p r é s e n t e r
au T e m p l e ? — N o n , r é p o n d i t - e l l e , je l'avais c e p e n d a n t
délicieusement h a b i l l é D e p u i s sa n a i s s a n c e , j ' a l l c n -
d a i s a v e c u n c i n d i c i b l e j o i c l c j o u r où j'offrirais ce F i l s
à Dieu le P è r e , c o m m e l'hostie très a g r é a b l e q u i seule
a fait a c c e p t e r p a r D i e u toute les hosties offertes d e -
p u i s le c o m m e n c e m e n t d u m o n d e . Ma dévotion et ma
r e c o n n a i s s a n c e étaient si g r a n d e s , l o r s q u e j e l'ai p r é -
s e n t é , q u ^ s i la dévotion de tous les s a i n t s se trouvait
r é u n i e d i n s u n seul c œ u r d ' h o m m e , elle n e p o u r r a i t
e n c o r e se c o m p a r e r à la m i e n n e ; mais à la p a r o l e de
S i m é o n : un glaive transpercera votre âme, toute ma joie
s'est c h a n g é e e n d o u l e u r . A u s s i , c o m b i e n d e fois, l o r s -
q u e je p r e s s a i s m o n F i l s s u r mon sein, ai~jc d a n s la
44 LE LIVRE DE LA GUAOE SPÉCIALE.

d o u c c u r d c ma d é v o t i o n , i n c l i n e ma t ê l c s u r la s i e n n e
et r é p a n d u l a n i de l a r m e s , q u e sa tetc et s o n petit v i s a g e
étaient tout a r r o s é s de ces l a r m e s d ' a m o u r ! C o m b i e n
de fois je lui ai r é p é t é ces p a r o l e s : « O s a l u t et joie
de mon Ame ! » Celle-ci r e g a r d a i t l'aimable E n f a n t
a v e c un désir a r d e n t q u e la M è r e d u R o i v o u l u t c o n -
t e n t e r : elle le d é p o s a d o n c e n t r e ses b r a s . A u c o m b l e
de la j o i e , la s a i n t e v o u l u t s e r r e r l ' E n f a n t s u r s o n c œ u r ,
m a i s son é t r e i n t e fut vaine, c a r la vision était t o u t e
s p i r i t u e l l e , et l ' E n f a n t n'était déjà p l u s là.
P l u s t a r d , c o m m e elle i m p o s a i t l ' a n t i e n n e : « Ilmcest
J
qum nescivit : Voilà celle qui n ' a p a s c o n n u le m a r i a g e ,
e t c . , » elle e n t e n d i t les c h œ u r s d e s a n g e s la c o n t i n u e r
d a n s les airs s u r u n e d o u c e m o d u l a t i o n q u ' i l s p o u r s u i -
v i r e n t p e n d a n t t o u t le p s a u m e BcncdixistilPs. ISXKIV).
T o u s les o r d r e s a n g é l i q u e s se r e n v o y a i e n t l ' a n t i e n n e
à l e u r t o u r , d ' a b o r d les A n g e s , p u i s les A r c h a n g e s , les
T r ô n e s , les D o m i n a t i o n s , les P r i n c i p a u t é s , les P u i s -
s a n c e s et les V e r t u s . Mais q u a n d ce fut le t o u r des
a n g e s d e feu, c ' e s t - à - d i r e des C h é r u b i n s et d e s S é r a -
p h i n s , le c h a n t d e v i n t t e l l e m e n t s u a v e q u e n u l l e h a r -
m o n i e de la t e r r e ne lui p e u t ê t r e c o m p a r é e .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge était d o n c au milieu d u
c h œ u r avec l'Enfant d a n s ses b r a s . T r o i s c o u d é e s
a u - d e s s u s du sol, a p p a r u t u n e l u m i è r e d o n t l'éclat
s u r p a s s a i t celui de mille soleils et d a n s l a q u e l l e la
Vierge Mère d é p o s a son très d o u x F i l s . L a r e s p l e n -
dissante c l a r t é s y m b o l i s a i t la D i v i n i t é ; en effet, le
Seigneur se porta l u i - m ê m e lorsqu'il était s u r la t e r r e ,
c a r sa Divinité était le soutien d e son H u m a n i t é . La
g l o r i e u s e Vierge avait s u r la tète un d i a d è m e royal ;

(1) A n t i e n n e d e l'office des V i e r g e s .


PUKMri;nr. PAtmrc. CTTAPÏTOK xn 45

doux a n g e s le s o u t e n a i e n t , el Ton y voyait c o n n u e ci-


weles, d a n s l'or cl les p i e r r e s p r é c i e u s e s , les v e r t u s
el les m é r i t e s de Unis les saints, dévols s e r v i t e u r s
d e la V i e r g e . D e s o n d i a d è m e perlaient des gouttes
d e r o s é e , figure d e l à g r â c e que D i e u ' r é p a n d s u r
tous ceux qui h o n o r e n t avec piété sa virginale M è r e .
Devant Marie marchai! l'archange Gabriel, portant
en m a i n un s c e p t r e d ' o r , s u r lequel était écrit en
lettres d'or : « Ave, gratin plena, Dominus tecinn :
S a l u t , p l e i n e de g r â c e ; le S e i g n e u r est a v e c v o u s . »
Ceci fil c o n n a î t r e à la sainte q u e Gabriel est h o n o r é
d a n s les cieux d ' u n e distinction p a r t i c u l i è r e , p o u r
a v o i r a d r e s s é le p r e m i e r cette merveilleuse salutation
à la M è r e de D i e u .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge se tenait e n c o r e à la droite
d e son F i l s , a y a n t à la main u n e pyxide d'or. P e n d a n t
q u e celle-ci d e m a n d a i t ce q u e pouvait c o n t e n i r ce
v a s e , la V i e r g e lui r é p o n d i t : « Il r e n f e r m e la l i q u e u r
d u C œ u r d i v i n , q u e j e v e u x offrir à m o n F i l s , avec
t o u t le l a b e u r e n t r e p r i s p o u r son service et p o u r le
m i e n . » Sainte A n n e p a r u t à la g a u c h e du S e i g n e u r ;
a l o r s celle-ci i n t e r r o g e a la t r è s sainte V i e r g e : « C o m -
b i e n d e t e m p s s a i n t e A n n e a-t-elle vécu s u r la t e r r e ? —
J u s q u ' a u m o m e n t où j e r a m e n a i m o n F i l s d ' E g y p t e »,
r é p o n d i t la V i e r g e . P u i s elle vit e n c o r e S i m c o n ,
d e b o u t p r è s de l'autel. D e s o n c œ u r sortait u n triple
r a y o n en forme d ' a r c - e n - c i c l , figurant l'humilité,
la force et la ferveur de ses a s p i r a t i o n s vers D i e u .
E l l e lui dit : « O b t e n e z - m o i un vrai d é s i r d'être
délivrée de m o n c o r p s et r é u n i e au C h r i s t . » Siméon
r é p o n d i t : « Il s e r a i t m e i l l e u r el plus parfait de r e -
m e t t r e à Dieu la v o l o n t é , et d e vouloir tout ce qu'il
v o u d r a - » Enfin elle s u p p l i a la b i e n h e u r e u s e Vierge
46 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

d ' i n t e r c é d e r a u p r è s de son F i l s , p o u r elle el p o u r ie


c o n v e n l , el la Vierge s'agenouilla a u s s i t ô t .
A la lin d e s M a t i n e s , c o m m e elle allait e n t o n n e r le
Benedicamns a v e c l e s a u t r e s c h a n t r e s , elle d e m a n d a de
n o u v e a u à la sainte Vierge de l o u e r son F i l s p o u r le
c o n v e n l . A l o r s l'illustre M a r i e , de sa p l u s d o u c e v o i x ,
m o d u l a cette s t r o p h e :

« Jesu, corona virginum,


Arnor, didccdo et osculum :

Jésus, couronne des vierges, leur amour, leur douceur


el l'objet de leur tendresse ; » et t o u s les a n g e s et les
saints t i r e n t r e t e n t i r les a i r s de ce c h a n t :

« Te laudamus in sœculum,
Quem amor fccil Virginis Filium :

Nous vous louons à tout jamais, vous que Vamour a


fait Fils de la Vierge. » U n e éclatante l u m i è r e p a r u t
e n s u i t e i l l u m i n e r le c h œ u r tout entier. A cette v u e ,
elle c o m p r i t q u e la b i e n h e u r e u s e Vierge louait effec-
t i v e m e n t s o n F i l s p o u r les s œ u r s et avec elles. Enfin
toute l ' a r m é e des anges e t d e s s a i n t s , a v e c u n e g r a n d e
allégresse, r e m o n t a d a n s les cieux à la suite du S e i -
gneur-en c h a n t a n t :

« Hymnizate mine superi


Par lier que resonate inferi :

F a i t e s e n t e n d r e ces h y m n e s d a n s les cicux et


q u ' i l s r e t e n t i s s e n t j u s q u e d a n s les enfers. »
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XIII, 47

CHAPITRE XIII.

20. DE LA MONTAGNE AUX SEPT ÉTAGES ET AUX SEPT

FONTAINES ; DU TRONE DE DIEU ET DE CELUI DE LA

BIENHEUREUSE VIERGE.

{
E d i m a n c h e Esta mihi > elle entendit J é s u s , le
L bien-aime de son âme, m u r m u r e r à son orcillccctte
d o u c e invitation : «• V e u x - t u d e m e u r e r avec moi s u r
la m o n t a g n e p e n d a n t ces q u a r a n t e j o u r s et q u a r a n t e
n u i t s ? - - O h ! volontiers, mon Seigneur : répondit-
elle, c'est là tout ce q u e j e veux et désire. » A l o r s le
Seigneur lui m o n t r a u n e m o n t a g n e élevéequi s'étendait
d e J"Orient à l ' O c c i d e n t , a v e c sept plateaux à gravir et
sept fontaines. Il la p r i t avec lui et atteignit le p r e m i e r
plateau q u i s'appelait : degré d e l'humilité ; il y avait là
u n e fontaine, dont l'eau purifie l'âme de tous l e s p é c h é s
c o m m i s p a r o r g u e i l . Ils m o n t è r e n t au second plateau
a p p e l é d e g r é de la d o u c e u r ; ils y t r o u v è r e n t la fon-
taine de p a t i e n c e , qui purifie l'âme des fautes c o n t r a c -
tées p a r la"colère. Ils a t t e i g n i r e n t le troisième degré
qui est celui de l ' a m o u r , où coule la fontaine de c h a r i t é
d a n s laquelle Pâme peut se l a v e r de t o u s les p é c h é s
enfantés p a r la h a i n e . A ce d e g r é . Dieu s'arrêta q u e l -
q u e temps avec cette â m e ; elle se p r o s t e r n a aux p i e d s
d e J é s u s *, m a i s l a d o u c e voix du Christ r é s o n n a c o m m e
la s y m p h o n i e d'un o r g u e , elle disait : « Lève-loi, mon
amie, et montre-moi ton visage » (Cant. n , 14), cl tous f

(1) D i m a n c h e de la Q u i n q u a g é s î m e .
48 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

les a n g e s avee les s a i n t s , g r o u p é s au s o m m e t d e la


m o n t a g n e , chaulèrent, à l ' u n i s s o n a v e c Dieu et en
D i e u le d o u x é p i l h a l a m c d e l ' a m o u r . L e c h a n t était
si d o u x , la m o d u l a t i o n si s u a v e q u e nulle l a n g u e h u -
m a i n e ne les peut r é p é t e r .
D e l à ils s'élevèrent au q u a t r i é m e p l a l e a u , a p p e l é d e g r é
d ' o b é i s s a n c e , où Ton t r o u v e la fontaine de s a i n t e t é ,
qui purifie l'Ame de toutes les fautes de d é s o b é i s s a n c e .
P u i s ils m o n t è r e n t au c i n q u i è m e , qui est fe d e g r é de
la m o d é r a t i o n , où se v o i t la fontaine d e libéralité, où
m

l'âme se purifie des p é c h é s q u ' e l l e a c o m m i s p a r ava-


rice q u a n d elle usa des c r é a t u r e s sans a v o i r en vue
la gloire de D i e u , ou s o n a v a n c e m e n t p e r s o n n e l . Ils
g r a v i r e n t le sixième p l a t e a u , celui de la c h a s t e t é , où
jaillit la fontaine de la d i v i n e p u r e t é d o n t les eaux
purifient l ' â m e des d é s i r s c h a r n e l s . Là, celle à m c
se vit, c o m m e le S e i g n e u r , r e v ê t u e d ' u n e r o b e
b l a n c h e . Enfin ils a r r i v è r e n t au s e p t i è m e d e g r é ,
celui de la joie s p i r i t u e l l e ; la fontaine s ' a p p e l l e joie
céleste, elle purifie de t o u t e s les fautes c o m m i s e s
p a r d é g o û t des choses s p i r i t u e l l e s . O r , cette s o u r c e
n e jaillissait p a s avec i m p é t u o s i t é c o m m e toutes les
a u t r e s ; mais elle coulait l e n t e m e n t , g o u t t e à g o u t t e ,
p a r c e q u e la joie céleste n e p e u t ê t r e g o û l é c pleine-
m e n t p a r p e r s o n n e en cette vie ; s u r t e r r e , on en
reçoit u n e g o u l l c qui n ' e s t r i e n , p o u r ainsi d i r e , en
c o m p a r a i s o n de la r é a l i t é .
A p r è s cette m o n t é e , le B i e n - A i m é a v e c sa bien-nimée
g r a v i r e n t le s o m m e t d e la m o n t a g n e où ils t r o u v è r e n t
la m u l t i t u d e des a n g e s , s e m b l a b l e s à des oiseaux
p o r t a n t des clochettes d'or au son a r g e n t i n . S u r la
m o n t a g n e elle-même, il y avait deux t r o n c s m a g n i -
fiques. L e p r e m i e r élail le siège d e la s o u v e r a i n e
P t t E M ï f t l U : PARTIE* C H A P I T R E X I I I . 49

et i n d i v i s i b l e T r i n i t é , d'où s o r t e n t q u a t r e fleuves
d'eau vive. L e p r e m i e r fleuve d é s i g n e la divine Sagesse
qui g o u v e r n e les s a i n t s , cl l e u r lait en tout r e c o n -
n a î t r e el a c c o m p l i r a v e c j o i e sa volonté ; le s e c o n d ,
la d i v i n e p r o v i d e n c e q u i l e u r p r é p a r c t o u s les b i e n s
d o n t ils s o n t r a s s a s i é s d a n s l'éternelle l i b e r t é . L e
troisième llcuve désigne Ja d i v i n e s u r a b o n d a n c e qui
les e n i v r e de tout ce qui est b o n , à tel point q u e l e u r s
désirs sont toujours s u r p a s s é s p a r les richesses d o n t
ils s o n t c o m b l é s ; le q u a t r i è m e enfin, ligure les délices
qui les font v i v r e en D i e u , d a n s la plénitude des j o i e s
e n i v r a n t e s cl s a n s lin, qu'ils g o û t e r o n t d a n s ce lieu
où Dieu enlèvera toutes larmes de leurs ijeux ( A p o c ,
v u , 17),
Ce t r ô n e était s u r m o n t é d'un b a l d a q u i n en o r
c h a r g é d e p i e r r e s p r é c i e u s e s et de l'or le p l u s fin ;
son é t e n d u e recouvrait l ' u n i v e r s , il désignait la
D i v i n i t é ; c'était u n e œ u v r e r o y a l e , faite en vérité p o u r
le Roi d e s cicux. Ce b a l d a q u i n avait p l u s i e u r s
p a v i l l o n s , q u i s o n t les d e m e u r e s des s a i n t s : patriar-
c h e s , p r o p h è t e s , a p ô t r e s , m a r t y r s , confesseurs, enfin
t o u s les é l u s .
L e s e c o n d t r ô n e était celui d e la Vierge-Mère q u i
avait sa p l a c e a u p r è s d u r o i . a i n s i qu'il convient à u n e
reine. Ce t r ô n e était a u s s i e n t o u r é de p l u s i e u r s
pavillons d e s t i n é s a u x s a i n t e s vierges, aux s u i v a n t e s
de la R e i n e qui p a r t o u t font cortège à la Vierge p a r
excellence.
A la vue du Roi d e gloire, J é s u s , assis s u r le t r ô n e de
sa magnificence r o y a l e , et d e sa M è r e siégeant à sa
d r o i t e , l'âme ravie d ' a d m i r a l i o n devant celle face glo-
r i e u s e s u r laquelle les a n g e s a m b i t i o n n e n t de j e t e r un
r e g a r d , se sentit défaillir s o u s l'effort de sa r é v é r e n c e
50 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

e n v e r s la sainte T r i n i t é , et t o m b a p r o s t e r n é e . Mais
le S e i g n e u r la r e l e v a l u i - m ê m e , et la fit d o u c e m e n t
r e p o s e r s u r son sein, q u o i q u e la frange d e ses v ê t e -
m e n t s p a r û t souillée d ' u n e légère p o u s s i è r e qui s'y
était a t t a c h é e , le s o i r p r é c é d e n t , à c a u s e d ' u n e p r é o c -
c u p a t i o n m o m e n t a n é e ; mais la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
fit d i s p a r a î t r e cette p o u s s i è r e . A l o r s celle-ci vil d r e s -
s e r d e v a n t le t r ô n e u n e table r o y a l e , à l a q u e l l e furent
invitées toutes les s œ u r s qui r e c e v a i e n t le c o r p s du
S e i g n e u r en ce j o u r . L e F i l s de la V i e r g e v i n t lui-
m ê m e l e u r offrir u n m c l s délicieux, c'est-à-dire son
c o r p s a d o r a b l e , p a i n de vie et de salut, p u i s le B i e n -
A i m é p r i t un d o u x r e p o s a v e c celles qui l ' a i m e n t . Il
l e u r offrit aussi le calice r e m p l i d'un vin t r è s p u r , c'est-
à - d i r e du s a n g d e l ' A g n e a u i m m a c u l é , qui purifie les
c œ u r s d e t o u t e s o u i l l u r e . D o u c e m e n t e n i v r é e s , elles
g o û t è r e n t les j o i e s d e l ' u n i o n d i v i n e , et D i e u lui dit :
« M a i n t e n a n t je me d o n n e à ton â m e a v e c t o u t le
bien q u e j e suis et q u e j e puis d o n n e r ; t u es en m o i , j e
s u i s en toi ; j a m a i s t u n e s e r a s s é p a r é e d e m o i . »
A p r è s ce royal festin, elle pria la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e d'offrir p o u r elle d e s l o u a n g e s à son F i l s .
A u s s i t ô t Marie, a c c o m p a g n é e d u c h œ u r d e s v i e r g e s , se
leva d e s o n t r ô n e p o u r e x a l t e r s o n F i l s . L e s p a t r i a r c h e s
e l l e s p r o p h è t e s l o u a i e n t a u s s i le S e i g n e u r , d i s a n t a v e c
joie le r é p o n s : « Summœ Trinitali : à la T r i n i t é
1
s u p r ê m e », etc. . L e c h œ u r glorieux des a p ô t r e s c h a n -
tait l'antienne : « Ex qno onuiia : celui de qui tout
2
p r o v i e n t , » c a r ce s o n t eux qui ont r e c o n n u s u r t e r r e
celui do qui p r o c è d e n t tous les b i e n s ; celui par qui

1. R é p o n s à la ft'le d e La s a i n t e T r i n i t é .
2. A n t i e n n e de la m ê m e Je Le.
PREMIÈRE PARTIE- C H A P I T R E XIÏI. ftl

t o u t e s c h o s e s o n l été faites au ciel el s u r la t e r r e ;


celui en qui' tout b i e n est c a c h é . E n s u i t e l ' a r m é e
v i c t o r i e u s e des m a r t y r s c h a n t a i t : « Tibi deens : à v o u s
l ' h o n n e u r , » e t c . , p e n d a n t q u e les confesseurs faisaient
r é s o n n e r le c a n t i q u e : « Benediclio el clarilas : b é n é -
1
diction et h o n n e u r . » P a r m i les confesseurs, elle
d i s t i n g u a le b i e n h e u r e u x P è r e Benoît, revêtu d ' u n e
r o b e b l a n c h e b r o c h é e de r o u g e . Le blanc signifiait sa
c h a s t e t é v i r g i n a l e ; le r o u g e , les victoires qu'il a
v r a i m e n t r e m p o r t é e s c o m m e u n m a r t y r , p a r t a n t de
c o m b a t s livrés p o u r l ' o b s e r v a n c e el le maintien de
l ' O r d r e . C o m m e elle s ' é t o n n a i t de ne pas e n t e n d r e les
a n g e s c h a n t e r , le S e i g n e u r dit : a T u dois c h a n t e r
a v e c eux. » E t aussitôt les anges e n t o n n è r e n t avec
celte â m e b i e n h e u r e u s e le r é p o n s : « Te sanctuw Do-
minnm : v o u s êtes le Saint, le Seigneur * ».
A p r è s cette vision, elle dit au Seigneur : « O m o n
u n i q u e l î i c n - A i m é , que v o u s plaît-il surtout que les
h o m m e s c o n n a i s s e n t de v o u s ? — Ma bonté et ma
j u s t i c e , r é p o n d i t le S e i g n e u r . Ma bonté qui m é f a i t
a t t e n d r e les h o m m e s j u s q u ' à l e u r c o n v e r s i o n , et les
a t t i r e c o n t i n u e l l e m e n t à m o i p a r la grâce. Ma j u s -
tice qui m'oblige à les c o n d a m n e r lorsqu'ils refusent
a b s o l u m e n t de se c o n v e r t i r . — E h ! Seigneur, r e p r i t
l'âme, ne dilcs-vous rien de v o t r e charili-? Un ami

1. D u m ê m e oflice.
2 . l'y. Te sunclum Dominant in e.veehis hiiulant omnes Angcli*
dieenles : * Te decet laus /-/ honnr Domine, t'. Cherubim qnoqne el
Seraphim Sanefnm proclamant, et omnis vtrlieus ordo, dirent >"
* Te decet.
\i Le ehneur tics Anges vous n r o r l a m o le. Sainl, lo Seîgnfur
d a n s les b a i l l e u r s des eieux, d i s a n t : A v o u s Seigneur, r e v i e i r . v.l
i
la louange, cl la gloire. \ . F.<s ( m é r u h i n s et les S é r a p h i n s mil ,il
» nnx l e u r s voix ainsi que loulc la h i é r a r c h i e eélcsLe p o u r r e d i r e .
52 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE*

fidèle, dit le S e i g n e u r , fait p a r t d e t o u s ses biens à


son ami et lui r é v è l e ses s e c r e t s ; m o i , j ' a g i s d e
même. »
E l l e p r i a e n c o r e le S e i g n e u r de lui a p p r e n d r e c o m -
m e n t elle p o u r r a i t offrir des satisfactions p o u r les
m e m b r e s de la s a i n t e Eglise q u i , en ces t e m p s ,
o u t r a g e a i e n t si g r a v e m e n t son B i e n - A i m é . Le S e i g n e u r
lui dit : « Hécite trois cent c i n q u a n t e fois l ' a n t i e n n e
A vous louange, gloire et actions de grâces, ô bienheu-
reuse Trinité \ p o u r r é p a r e r les injures q u i me s o n t
faites p a r ceux qui sont m e s m e m b r e s . »

21. DE LA MONTAGNE DES VERTUS, ET D E S SAINTS

QU'ON Y VOIT.

N a u t r e j o u r , elle vit e n c o r e en r é v é l a t i o n la m ê m e
U m o n t a g n e . S e u l e , elle la g r a v i s s a i t ; et, p a r v e n u e
au troisième d e g r é , celui de l ' a m o u r , elle lavait toutes
ses s o u i l l u r e s d a n s l'eau de la fontaine ; a p r è s s'être
a r r ê t é e au sixième d e g r é p o u r r e v ê t i r la r o b e b l a n c h e ,
elle p a r v e n a i t enfin au s e p t i è m e , où elle vit le Seigneur
J é s u s s u r le s o m m e t d u m o n t . U p r i t l ' â m e c o m m e p a r
la m a i n , et l'élcva j u s q u ' à lui en d i s a n t : « V i e n s , allons-
n o u s p r o m e n e r p a r ici. » E t elle s'en alla, s e u l e avec
lui seul, ne v o y a n t q u e J é s u s seul. Ils a r r i v è r e n t e n -
s e m b l e à u n e petite m a i s o n bâtie d'un a r g e n t t r a n s p a -
r e n t c o m m e le c r i s t a l ; a u t o u r de la m a i s o n j o u a i e n t de
petits enfants v ê t u s de b l a n c q u i , t o u t j o y e u x , louaient
le Seigneur. E l l e c o m p r i t q u e les enfants m o r t s a v a n t

1. Tibi laiiSf tibi yîoria, tibi gratiarum actio, o beata Triniltts*


Oflïce de la s a i n t e T r i n i t é .
PREMIÈRE PARTTE. CHAPITRE XIII. 53

l'âge d e cinq a n s s o n t là d a n s une allégresse éternelle.


Ils r e n c o n t r è r e n t e n s u i t e une maison bâtie de p i e r r e s
r o u g e s taillées. À l ' c n l o u r c h a n t a i e n t une m u l t i t u d e
d ' â m e s r e v ê t u e s de p o u r p r e ; c'étaient les â m e s de
c e u x qui ont vécu soit d a n s l a v i d u i t c , soit d a n s le
m a r i a g e , et a u s s i la foule des b i e n h e u r e u x . Ils a r r i -
v è r e n t ensuite d e v a n t une maison taillée d a n s un
s a p h i r r o u g e et e n t o u r é e d ' u n e foule i n n o m b r a b l e de
s a i n t s v ê t u s d ' é c a r l a l e . E l l e c o m p r i t q u e c'étaient les
â m e s b i e n h e u r e u s e s q u i a v a i e n t , en cette vie, c o m b a t t u
c o n t r e le diable p o u r le C h r i s t , avec qui elles se
r é j o u i s s e n t à j a m a i s en ce lieu.
Ils p o u r s u i v i r e n t la r o u l e cl trouvèrent u n e maison
c o n s t r u i t e en o r très p u r . L e Seigneur la m o n t r a à
cette â m e en lui d i s a n t : « C'est ici la m a i s o n de la
c h a r i t é , d o n t il est écrit : Je le conduirai dans la maison
de ma mère, dans la maison de celle qui nia donné le
jour [CanL n , 4). Ma m è r e est la c h a r i t é , et moi je
s u i s le fils de la c h a r i t é . » P a r ces p a r o l e s , la Sainte,
d i v i n e m e n t i n s p i r é e , c o m p r i t que la Vierge Marie,
enflammée des a r d e u r s du S a i n t - E s p r i t , e m b r a s é e
d'un feu céleste, avait c o n ç u le Fils de D i e u d a n s le
fervent a m o u r d u S a i n t - E s p r i t ; ainsi le C h r i s t est le
lils de la c h a r i t é ; sa m è r e , c'est la c h a r i t é . E t q u a n d
ils furent e n t r é s d a n s cette m a i s o n , l a m e se p r o s t e r n a
a u x p i e d s d e J é s u s ; m a i s il se hâta de la r e l e v e r et
la p r i t e n t r e ses b r a s . O r , toutes les p e r s o n n e s qui
s'étaient r e c o m m a n d é e s à ses prières lui s e m b l a i e n t
se tenir â la p o r t e de la m a i s o n et saisir v i v e m e n t , d e s
d e u x m a i n s , u n e c o r d e qui allait j u s q u ' a u C œ u r du
Seigneur. Cette i m a g e signifiait que les p e r s o n n e s
p o u r qui celle-ci priait, avaient leur p a r t d e toutes
ces g r â c e s divines.
51 LE L I V R E D E LA GRACE SPECIALE.

A p r e s q u e l l e cul reçu le C o r p s du S e i g n e u r , les


saints qui entouraient Ja m a i s o n c h a n t è r e n t :
« L ' h o m m e a m a n g e le pain d e s a n g e s : Pancm anc/cÀo-
mm manducavit homo. Alléluia. » L e s ange d i r e n t à
l e u r t o u r « Pancm cœli dediî ci : il lui a d o n n é le
p a i n d u ciel. » P e n d a n t ce t e m p s , u n i e a u B i e n - A i m é ,
elle j o u i s s a i t en lui cl avec lui, eu qui seul se t r o u v e n t
la plénitude de tout bien et l ' a b o n d a n c e des délices
éternelles.

C H A P I T R E XIV.

22. COMMENT CETTE S A I N T E AME S E R V I T LE SEIGNEUR,

E d i m a n c h e des P a l m e s , t a n d i s qu'elle se r e n i é -
L À moraïl les actions a c c o m p l i e s p a r le C h r i s t s u r la
t e r r e en cette j o u r n é e , le d é s i r lui v i n t à l ' e s p r i t de
s a v o i r ce que les b i e n h e u r e u s e s M a r i e et M a r t h e
avaient p r é p a r é p o u r la r é c e p t i o n d u S e i g n e u r ,
A u s s i t ô t elle se vii à Bèihanie 9 dans l e u r m a i s o n ;
d a n s u n a p p a r t e m e n t situé à l ' é c a r t était u n e table
où le S e i g n e u r lui p a r u t a s s i s . E l l e l ' i n t e r r o g e a s u r
ce qu'il avait fait la n u i t p r é c é d e n t e , et il r é p o n d i t :
« J ' a i p a s s é t o u t e cette nuit en p r i è r e ; v e r s le p o i n t du
j o u r , j ' a i s o m m e i l l é , assis q u e l q u e s i n s t a n t s . » P u i s il
ajouta : « T u p r é p a r e r a s u n a p p a r t e m e n t s e m b l a b l e
d a n s ton à m c , et tu m ' y s e r v i r a s . » A l'instant m ê m e ,
il lui sembla v o i r le S e i g n e u r s ' a s s e o i r a celle table
ou elle le s e r v a i t .
D'abord elle lui offrit d a n s un p l a t d ' a r g e n t du miel,
c ' e s t - à - d i r e cet a m o u r t e n d r e qui l'attira d u sein du
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XV. 5îî

P è r e j u s q u e d a n s la c r è c h e , alors q u e les cicux se


m i r e n t à distiller le miel s u r l'univers e n t i e r . Vint
e n s u i t e un m e t s composé, de violettes, figurant l'humble
vie d u C h r i s t , s o u m i s en ce m o n d e à toute c r é a t u r e .
E l l e a p p o r t a en t r o i s i è m e lieu la c h a i r de l'agneau,
c'est-à-dire de cet agneau i m m a c u l é qui ôte les péchés
du m o n d e . E l l e posa ensuite devant lui le veau g r a s ,
qui a été n o u r r i de la d o u c e u r de la g r â c e spirituelle.
E n c i n q u i è m e lieu, elle s e r v i t le faon du cerf, c'est-à-
dire ce désir d'un prix inestimable qui accéléra la
c o u r s e d e J é s u s - C h r i s t , t o u s les j o u r s d e sa vie,
j u s q u ' à sa m o r t . Elle lui a p p o r t a e n c o r e le poisson rôti,
qui désigne le C h r i s t l u i - m ê m e dans sa P a s s i o n , souf-
ferte p o u r n o u s . Enfin elle offrit le C œ u r de J é s u s -
C h r i s t avec d i v e r s parfums qui signifient la s u r a b o n -
d a n c e de ses v e r t u s . Elle lui versa aussi à boire de
trois vins différents : d ' a b o r d un vin t r è s fort, qui
figurait le l a b e u r d u C h r i s t et d e ses é l u s p e n d a n t
l e u r vie ; e n s u i t e u n vin r o u g e , désignant la passion
et la mort du C h r i s t . L e t r o i s i è m e était un vin p u r el
délicieux, p o u r s y m b o l i s e r l'effusion intime el s p i r i -
tuelle de la divine c o n s o l a t i o n .
T o u t e â m e dévote s e r t au Seigneur le m ê m e festin
s p i r i t u e l , q u a n d elle médite ces choses avec r e c o n n a i s -
s a n c e et offre a u S e i g n e u r J é s u s ses b é n é d i c t i o n s
cl ses l o u a n g e s .

CHAPITRE XV.
23. DE CINQ MANIERES OK LOUER DIEU.

N E nuit où la tristesse l'empêchait de d o r m i r , elle


U entendit le c h œ u r des auges c h a n t e r ; Jcllc les
56 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

affections et abandonne-les au Seigneur, lui-même te


nourrira ( P s . L I V , 23), et le S o i g n e u r a p p a r u t d e b o u t
d e v a n t elle, vêtu d ' u n e t u n i q u e v e r t e . E l l e lui dit ; « O
très a i m a b l e S e i g n e u r , p o u r q u o i p o r t e z - v o u s cette
c o u l e u r au t e m p s de la P a s s i o n ? » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « Il est é c r i t : Si l'on traite ainsi le bois vert,
l
que fera-t'on du bois sec t » ( L u c , x x i n , 31.) E l l e
c o m p r i t par cette p a r o l e q u e si J é s u s , qui est la sève
de toutes les v e r t u s , a souffert t a n t de s u p p l i c e s , ceux
qui s o n t secs el arides p o u r touL bien ne p e u v e n t , en
vérité, s'attendre qu'aux tourments éternels. Elle
d e m a n d a a l o r s au S e i g n e u r d e lui a p p r e n d r e c o m m e n t
elle p o u r r a i t le l o u e r en ce t e m p s d e sa P a s s i o n , cl il
lui m o n t r a les cinq doigts d e la m a i n p o u r lui e n s e i -
g n e r c i n q m a n i è r e s de lui offrir ses l o u a n g e s .
E l l e devait b é n i r : l ° l a t o u t e - p u i s s a n c e infinie q u i ,
pour sauver l'homme, a condamné à l'impuissance
le s o u v e r a i n S e i g n e u r des a n g e s et des h o m m e s ;
2° l ' i n s o n d a b l e sagesse, q u i l u i a fait a c c e p t e r de p a s s e r
p o u r u n i n s e n s é ; 3° la c h a r i t é s a n s b o r n e s , q u i Ta
r e n d u g r a t u i t e m e n t odieux à c e u x qu'il devait s a u v e r ;
4° sa m i s é r i c o r d e très b é n i g n e , q u i lui a fait souffrir
p o u r l ' h o m m e u n e m o r t si c r u e l l e ; 5° sa d o u c e u r
infiniment s u a v e , qui lui a fait s u p p o r t e r les a m e r *
t û m e s d e la p l u s t e r r i b l e des m o r t s .
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XVI.

C H A P I T R E XVI.

24. DU NOM DE JÉSUS ET DE SES PLAIES SACRÉES.

r e n d a n t u n e m e s s e Nos aulcnx *, le Seigneur lui


1 dîl : « F a i s a l l e n t i o n à ces mots : in qno es/ sains,
vita cl resurrrelio noslra, en qui c A n o i r e salut, noire-
vie et n o t r e r é s u r r e c t i o n . » D a n s la croix esl le vrai
s a l u t ; eu d e h o r s d'elle point d e salut, selon ce m o t ;

Nulla sains est in domo,


Si non crucem invenit homo
Super liminaria.

Aucun salut dans une liaison


Si l'homme ne trouve la croix
Au seuil de la porte.

« D o n c d a n s P â m e ou il n ' y a pas de croix, c'est-à-


d i r e de t r i b u l a t i o n , il n ' y a pas de patience ; sans
p a t i e n c e , pas d e salut. La vraie vie a été d o n n é e à
l ' h o m m e p a r l a c r o i x , l o r s q u e moi, vie d e l'âme, j e
suis m o r t d ' a m o u r s u r la croix ; a l o r s j ' a i d o n n é la vie
à l'âme m o r t e p a r le p é c h é , j e lui ai d o n n é la vie
éternelle en m o i . P a r la croix il a été a u s s i d o n n é à
l ' h o m m e de r e s s u s c i t e r p a r la p é n i t e n c e , a u t a n t de fois

1. F é r i é I I I de l a S e m a i n e s a i n t e : Non ivut'cin glariari opovtet


in ernee Domini nastri Jesu Christi : in quo est sains, vita et
resurrectio nç^ira: per quem salvati et lih'rali sumus : Glorifions-
n o u s d a n s la croix d e J é s u s - C h r i s t N o t r u - S c i g n e u r ; c'est lui cpii
Est n o i r e s a l u t , n o t r e v i e et n o t r e r é s u r r e c t i o n , k u p a r q u i n o u s
t o m m e s s a u v é s et d é l i v r é s .
58 LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

qu'il m e u r t p a r le p é c h é . D e la croix v i e n n e n t la
r é s u r r e c t i o n d e la c h a i r el la vie éternelle, n
E l c o m m e on lisait d a n s l ' E p î t r e : 11 lui a donné un
nom qui est au-dessus de loul nom, elle d i t , à J é s u s :
« Mon S e i g n e u r , quel est ce s u b l i m e nom q u i v o u s a
été d o n n é par le P è r e ? — Ce n o m , r é p o n d i t - i l , est :
S a u v e u r d e tous l e s s i è c l e s . Moi je suis en effet le
S a u v e u r e l l e R é d e m p t e u r de tout ce qui est, a été et
sera j a m a i s . J e suis le S a u v e u r de ceux qui o n t vécu
a v a n t m o n I n c a r n a t i o n ; j e s u i s le S a u v e u r de c e u x
qui v i v a i e n t l o r s q u e , d e v e n u h o m m e , j ' a i c o n v e r s é
a v e c les h o m m e s ; j e s u i s le S a u v e u r de ceux q u i ont
e m b r a s s é m a d o c t r i n e et q u i veulent e n c o r e m a r c h e r
s u r m e s t r a c e s , j u s q u ' à la fin d e s t e m p s . C'est là un
n o m d i g n e d e m o i , d e s t i n é à m o i seul p a r le P è r e d e p u i s
l'origine d u m o n d e , et il est a u - d e s s u s de tout n o m , »
E t c o m m e elle r e n d a i t g r â c e s à Dieu p o u r les très
saintes plaies de J é s u s , le p r i a n t d ' i m p r i m e r en uob
Ame a u t a n t de b l e s s u r e s d ' a m o u r q u e son F i l s e n a
r e ç u e s d a n s son c o r p s , le S e i g n e u r lui dit : « A u t a n t
de fois q u e l ' h o m m e p o u s s e d ' a m o u r e u x s o u p i r s ,
au s o u v e n i r de ma P a s s i o n , a u t a n t de fois il s e m b l e
c a r e s s e r d o u c e m e n t m e s p l a i e s , avec u n e r o s e fraî-
c h e m e n t é p a n o u i e ; ce léger m o u v e m e n t fait j a i l l i r de
m e s b l e s s u r e s un Irait d ' a m o u r qui p é n è î r o l'uni-:! vX
la bler.ÂC p o u r la g u é r i r .

25. D'UN DÉSIR D E L'A?.3[5.

la q u a t r i è m e férié, c o m m e on c h a n t a i t h* îïlGSSQ :
1
- J « In nomine Domini : Au nom du S e i g n e u r , e t c . , ;o

1. IiUroïl do ce j o u r , a c t u e l l e m e n t In nomina J<**n ; autrefois on


lisîiil Domini.
PREMIÈRE PARTIE, C H A P I T R E XVII. -Ï9

elle l u i dit : « O h ! si j ' e n avais m a i n t e n a n t le


pouvoir, comme je prosternerais humblement devant
v o u s , ô m o n t r è s doux et très fidèle a m i , le ciel, la
t e r r e et les enfers avec t o u t e c r é a t u r e ! » A q u o i le
S e i g n e u r r é p o n d i t avec b o n t é : « D e m a n d e - m o i d'ac-
c o m p l i r ce v œ u , c a r en moi est c o n t e n u e toute c r é a t u r e ;
et q u a n d j e me p r é s e n t e d e v a n t Dieu le P è r e , p o u r le
louer ou le r e m e r c i e r , il est c o n v e n a b l e que je s u p p l é e
p a r moi et en moi aussi d i g n e m e n t que possible a u x
i m p u i s s a n c e s d e toute c r é a t u r e . Ma bonté ne p e u t
d'ailleurs souffrir q u e le d é s i r d ' u n e Ame lidèlc, q u a n d
elle ne p e u t elle-même le r é a l i s e r , reste s a n s effet. »

CHAPITRE XVII.

26. DE L'ARBRE DE LA CROIX DE NÔTRE-SEIGNEUR

JÉSUS-GHHIST.

u n e m e s s e Nos anlcm \ elle vit au milieu


P ENDANT

de l'église u n a r b r e magnifique, très élevé, et


assez large p o u r c o u v r i r t o u t e la t e r r e . Cet a r b r e
s'était formé de trois r a m e a u x , sortis e n s e m b l e d u
sol, vers lequel les b r a n c h e s r e t o m b a i e n t en g r a c i e u x
a r c e a u x . S o u s Tune de ces b r a n c h e s , on voyait des
b ê l e s , q u i se n o u r r i s s a i e n t des fruits lombes de
l ' a r b r e . Ces a n i m a u x désignaient les p é c h e u r s et les
h o m m e r qui v i v e n t c o m m e des b r u t e s , sans j a m a i s
é l e v e r l e u r s r e g a r d s p o u r r e n d r e grâces à celui de
qui p r o c è d e n t tous les b i e n s . S o u s une a u t r e b r a n c h e ,

e
1, F é r i é V d e l à Cène d u S e i g n e u r
GO Ï.K Ï.ÏVHK OK T.A GJtACK Sl'italAT.P

étaient des h o m m e s q u i m a n g e a i e n t du fruit de


l a r b r c ; el elle r e c o n n u t en eux t o u s les m e m b r e s
j u s t e s et b o n s de la sainte Eglise. P e r c h e s s u r la
t r o i s i è m e , des o i s e a u x faisaient e n t e n d r e u n c h a n t
m é l o d i e u x : ils d é s i g n a i e n t les âmes des s a i n t s q u i
l o u e n t le S e i g n e u r a j a m a i s . L e s â m e s d u p u r g a -
toire a p p a r a i s s a i e n t aussi c o m m e des o m b r e s à figure
h u m a i n e , ci les p a r f u m s d e l ' a r b r e leur c o m m u -
niquaient de la v i g u e u r . C e r t a i n s oiseaux n o i r s
essayaient de voltiger à l ' c u l o t i r ; mais u n e g r a n d e
fumée qui s o r t a i t de l ' a r b r e les r e p o u s s a i l au loin :
ces oiseaux figuraient les d é m o n s et les t e n t a t i o n s
s u s c i t é e s p a r les h o m m e s , d o n t rien n e fait m i e u x
t r i o m p h e r q u e le s o u v e n i r d e la P a s s i o n , figurée p a r
le n u a g e de f u m é e .
L e p r ê t r e qui célébrait la m e s s e p a r a i s s a i t vêtu et
m ê m e o r n é des feuilles d u m ê m e a r b r e , c a r les fruits
s u s p e n d u s a u x b r a n c h e s r e t o m b a i e n t loul a u t o u r d e
lui. Ceci i n d i q u a i t que toute p e r s o n n e qui h o n o r e a v e c
a m o u r la P a s s i o n du C h r i s t , ennoblit ses v e r t u s et
a u g m e n t e le mérite de toutes ses b o n n e s a c l i o n s . L e s
c œ u r s des fidèles a p p a r a i s s a i e n t c o m m e des l a m p e s
a r d e n t e s s u s p e n d u e s a u x r a m e a u x de l ' a r b r e ; la li-
q u e u r q u i c n l r e t e n a i t l c u r flamme découlait d e l ' a r b r e .
N u l en effet, ne p e u t a i m e r la P a s s i o n d u C h r i s t , s'il
n'en reçoit de Dieu la g r â c e . Q u a n t à la flamme des
l a m p e s , elle s y m b o l i s a i t le s o u v e n i r et le c u l t e d e la
P a s s i o n , q u e doit e n t r e t e n i r en son c œ u r c e l u i qui
t

veut a i m e r D i e u . La m é m o i r e de cette s a i n t e P a s s i o n
alimente surabondamment l'amour ; car rien ne peut
au m ê m e degré t o u c h e r et e m b r a s e r les c œ u r s .
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XVI1Ï. (il

CHAPITRE XVIII.

27. D E E A PASSION D E N O T R E - S E I G N E U R JEStyS-CHRlST.

E V e n d r e d i saint, i n o n d é e des grâces divines, elle


1 J dit au S e i g n e u r : « O 1res doux Dieu, q u ' e s t - c e
q u e l ' h o m m e peut v o u s r e n d r e pour vous être laissé
ainsi a r r ê t e r et g a r r o t t e r p o u r son salut 7 — Qu'il se
laisse s p o n t a n é m e n t et l i b r e m e n t a t t a c h e r p a r les
c h a î n e s d e l ' o b é i s s a n c e , p o u r mon a m o u r . — E t
quelles l o u a n g e s vous oflrira-l-îl, en c o m p e n s a t i o n
des c r a c h a t s i m m o n d e s et d e s sou filets c r u e l s q u e
v o u s avez r e ç u s des juifs? — E n vérité, je te le d i s ,
q u i c o n q u e m é p r i s e ses s u p é r i e u r s , m e c r a c h e à la
face Si q u e l q u ' u n d o n c v e u t r é p a r e r cet o u l r a g c ,
qu'il r e s p e c t e son prélat. — E t p o u r les soufflets,
quelles actions de g r â c e s a c c e p l c r c z - v o u s , ô t r è s m i -
s é r i c o r d i e u x S e i g n e u r . — Q u e Ton tienne aux cou-
t u m e s et a u x s t a t u t s de son O r d r e avec u n e stricte
iidélilé. - Quelle l o u a n g e v o u s r e n d r e , ô ami très
fidèle, p o u r la d o u l e u r q u e v o u s avez soufferte,
l o r s q u e v o t r e chef royal a été c o u r o n n é d ' é p i n e s si
aiguës q u e le s a n g a voilé votre aimable face, s u r
l a q u e l l e les anges d é s i r e n t j e t e r un r e g a r d ? Q u ' o n
r é s i s t e d e toutes ses forces a u x tentations, et on atta-
c h e r a a u t a n t de p i e r r e s précieuses à ma c o u r o n n e
qu'on l ' e m p o r t e r a de v i c t o i r e s en mon n o m . — O le
p l u s savant des maîtres, c o m m e n t r é p a r e r les m o -
q u e r i e s qui vous o n t fait revêtir d'une r o b e b l a n c h e

i . V o i r i e Héraut, 1. I I I , c. LXMV.
62 L E M V l î E D E LA GRACE SPÉCIALE-

c o m m e un i n s e n s é ? — P a r l ' a b s e n c e d e l o u l c r e c h e r -
c h e d a n s les v ê l e m e n t s : p o i n t de p a r u r e s , p o i n t de
folles d é p e n s e s , m a i s s e u l e m e n t le n é c e s s a i r e . —
Q u e l l e s actions de g r â c e s v o u l e z - v o u s , 6 l ' u n i q u e
bien-aimé de mon c u m r . p o u r les c o u p s i n h u m a i n s
d e v o t r e cruelle flagellation ? — Q u ' o n p e r s é v è r e à
ma s u i t e , en parfaite fidélité el p a t i e n c e , d a n s l'adver-
sité aussi bien q u e d a n s la p r o s p é r i t é . — Q u e v o u s
offrir, o B i e n - A i m é , p o u r v o s d e u x p i e d s c l o u é s à la
c r o i x ? — Q u ' o n mette en m o i t o u s s e s d é s i r s , et si
l'on n ' é p r o u v e p o i n t de d é s i r s , q u ' o n ail au m o i n s la
v o l o n t é d'en c o n c e v o i r , et je p r e n d r a i la v o l o n t é p o u r
le fait. — Q u e d e m a n d e r e z - v o u s p o u r v o u s c i r e laissé
c l o u e r les m a i n s à la c r o i x ? — Q u ' o n s'exerce d a n s
les b o n n e s œ u v r e s , el q u e , p o u r m o i , on évite les
a c t i o n s p e r v e r s e s . — Q u e l l e s actions d e g r â c e s , ô
d o u c e u r s a n s égale, doit-on v o u s r e n d r e p o u r celte
plaie d ' a m o u r , q u e v o u s avez r e ç u e s u r la croix l o r s -
q u e l ' a m o u r i n v i n c i b l e p e r ç a de sa flèche v o t r e t r è s
d o u x C œ u r , d'où s o r t i r e n t a l o r s , p o u r n o u s g u é r i r ,
le s a n g et l'eau ; q u a n d , v a i n c u par l ' a m o u r q u e v o u s
i n s p i r a i t v o t r e E p o u s e , v o u s êtes m o r t d e la m o r t
d ' a m o u r ? — Q u e l ' h o m m e c o n f o r m e t o u j o u r s sa
v o l o n t é à la m i e n n e , et q u e m a v o l o n t é lui p l a i s e en
tout et p a r - d e s s u s t o u t , »
L e S e i g n e u r c o n t i n u a : « J e te le d i s en v é r i t é ,
si q u e l q u ' u n v e r s e d e s l a r m e s p a r d é v o t i o n à m a
P a s s i o n , j e les accepterai c o m m e si celui-là l'avait
soufferte p o u r m o i . — O m o n S e i g n e u r , r é p o n d i t - e l l e ,
c o m m e n t o b t e n i r ces l a r m e s ? — E c o u t e - m o i : pense
d ' a b o r d à la t e n d r e s s e a v e c laquelle j e p a r t i s à la r e n -
c o n t r e des e n n e m i s qui m e c h e r c h a i e n t , a r m é s de
glaives et d e b â t o n s , p o u r m e faire m o u r i r c o m m e un
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XVTÏÏ. OU

v o l e u r et un b r i g a n d . M o i , j ' a l l a i s vers eux, c o m m e


u n e m è r e v e r s le fils q u ' e l l e veut a r r a c h e r à la dent
des l o u p s . P u i s , vois les soufflets cruels qu'ils m ' o n t
d o n n é s ; or, a u l a n t j ' a i r e ç u de soufflets, a u t a n t
j ' a i offert de d o u x b a i s e r s a u x âmes qui, j u s q u ' a u
d e r n i e r j o u r , d o i v e n t être s a u v é e s p a r ma P a s s i o n . E t
p e n d a n t qu'ils m e flagellaient a v e c férocité, j ' a i offert
p o u r eux au P è r e céleste u n e p r i è r e , si efficace que
b e a u c o u p se sont c o n v e r t i s . L o r s q u ' i l s mettaient la
c o u r o n n e d ' é p i n e s s u r ma tète, j ' a i attaché a u t a n t de
p i e r r e s à l e u r c o u r o n n e q u ' i l s enfonçaient d'épines
d a n s m e s c h a i r s . Q u a n d ils m e clouaient à la croix et
d i s l o q u a i e n t t o u s mes m e m b r e s au point q u e Ton p u t
c o m p t e r m e s os et voir m e s entrailles, m e s forces
s'épuisaient à a t t i r e r vers m o i les âmes de tous les
p r é d e s t i n é s à la vie é t e r n e l l e , c o m m e j e l'avais
a n n o n c é : Lorsque je serai élevé de terre, j'attirerai
tout ét moi (Jean, x x n , 32). Enfin, l o r s q u e la lance
m ' o u v r i t le côté, j ' a i p r é s e n t é , dans m o n C œ u r , le
b r e u v a g e de vie à t o u s c e u x qui avaient p u i s é en
A d a m le b r e u v a g e de m o r i , afin qu'ils d e v i n s s e n t tous
fils d e l à v i e éternelle cl fils du salut en moi qui suis
la vie. »
1
L o r s q u ' e l l e eut r e ç u le C o r p s du C h r i s t , le Sei-
g n e u r lui dit : « V e u x - t u v o i r c o m m e n t je suis mainte-
n a n t en loi, cl toi en moi ? » Mais elle g a r d a i t le s i -
l e n c e , toute p é n é t r é e de son indignité, q u a n d elle vit
le S e i g n e u r c o m m e u n cristal t r a n s p a r e n t , et s o n â m e ,

1. L a c o m m u n i o n a été l o n g t e m p s d ' u s a g e le V e n d r e d i s a i n t ;
o n t r o u v e des décrets et couLumiers d u moj'en Age o b l i g e a n t les
iidèles A c o m m u n i e r les trois d e r n i e r s j o u r s de In S e m a i n e s a i n t e ;
e
cette p r a t i q u e se r e t r o u v e e n c o r e a u x v i i siècle e n c e r t a i n s
lieux ; elle a t o t a l e m e n t cessé d e n o s j o u r s .
<)4 L E LïVlîK l>K LA GRACE SPÉCIALE,

c o m m e u n e eau p u r e el b r i l l a n t e q u i coulait d a n s tout


le c o r p s du C h r i s t , E l l e était e n c o r e d a n s I a d m i r a -
lion de cette faveur et de r é t o n n a n t e b o n t é de D i e u
à son ég^vd, l o r s q u e le S e i g n e u r lui dit : « S o u -
1
v i e n s - t o i de ce q u e saint P a u l a écrit : Je suis le
dernier des apôtres, indigne d*étrc appelé apotre ; mais,
(
par la gnh'v de Dieu, je suis ce que je suis (I C o r . , xv, .)
el 10). D e m ê m e lu n ' e s rien p a r t o i - m ê m e ; mais ce
q u e lu e s , p a r ma g r â c e , lu l'es en moi. »
C o m m e on faisait e n s u i t e , selon l'usage, l'ensevelis-
s e m e n t de la croix, elle dit au S e i g n e u r : « M a i n t e -
n a n t , ô seul B i e n - A i m é de m o n c œ u r , e n s e v e l i s s e z -
v o u s en m o i , el me liez à vous d'une m a n i è r e i n s é p a -
r a b l e » . L e S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « J e veux bien
m ' e n s e v e l i r en loi : j c veux ê t r e d a n s la lête, l'objet de
t o n intelligence ; je v e u x ê t r e l ' œ u v r e de les m a i n s , et
m'identifier à toutes tes a c t i o n s et à c h a c u n de tes
mouvements. »

28. SUR LA P A S S I O N DU SEIGNEUR

NE a u t r e fois, en cette n u i t d u V e n d r e d i s a i n t , elle


U dit e n c o r e au S e i g n e u r d a n s l'oraison : « O m o n
t r è s d o u x S e i g n e u r , q u e puis-je v o u s offrir en c o m -
p e n s a t i o n de ce q u e celte nuit v o u s avez été p r i s et
c h a r g é de liens p o u r m o i ? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t :
« D o n n e - m o i le d é s i r et la b o n n e v o l o n t é . Ce s o n t là
deux t o r s a d e s de soie au m o y e n d e s q u e l l e s t u m'atta-
c h e r a s d o u c e m e n t à t o n â m e , c a r le c œ u r plein de bon
v o u l o i r et p r ê t à t o u t b i e n ne me p e r d p a s facilement.
L e s p e n s é e s i n u t i l e s qui lui a r r i v e n t à l ' i m p r o v i s t e
n e s o n t pas d e s fautes, à m o i n s qu'il n e s'y a r r ê t e
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE X V U Ï . Bî>

v o l o n t i e r s et avec d é l i b é r a t i o n q u a n d il les a a p e r -
ç u c s . » L e S e i g n e u r ajouta : <( Q u a n d j e nie livrai aux
m a i n s des i m p i e s , ils m e l i è r e n t les m a i n s cl firent de
moi t o u t ce qu'ils v o u l u r e n t ; mais ils ne p u r e n t lier
ma l a n g u e . C'est moi qui l'ai enchaînée de telle s o r t e
q u e j e n'ai p a s dit u n e seule p a r o l e qui ne fut néces-
s a i r e . De m ê m e , bien q u e l ' h o m m e p u i s s e p a r l e r bien
ou m a l , il d e v r a i t régler s e s paroles de façon à n'en
j a m a i s p r o n o n c e r p o u r b l e s s e r ou t r o u b l e r le p r o -
chain. »
V e r s P r i m e , c o m m e elle se rappelait que le Christ
à cette h e u r e avait c o m p a r u d e v a n t le P r é s i d e n t p o u r
être j u g é , le S e i g n e u r lui dit : « Viens avec moi au
t r i b u n a l . » Il la prit et la plaça avec lui d e v a n t son
P è r e céleste, et toutes les c r é a t u r e s se mirent à d é p o s e r
c o n t r e elle .les S é r a p h i n s l'accusaient d'avoir souvent
par tiédeur éteint en e l l e l ' a m o u r d i v i n , dont le C œ u r
de D i e u avait e m b r a s é le sien. Les C h é r u b i n s lui
r e p r o c h a i e n t de ne s ê t r e p a s g o u v e r n é e selon les
l u m i è r e s de la divine c o n n a i s s a n c e , a c c o r d é e s à elle
p l u s q u ' à d ' a u t r e s . L e s T r o n c s p o r t a i e n t plainte au
sujet des p e n s é e s inutiles q u i avaient troublé le Roi
t r è s pacifique, d o n t le trône avait p o u r t a n t été établi
d a n s s o n â m e . L e s D o m i n a t i o n s p r é t e n d a i e n t qu'elle
n'avait p a s obéi avec la r é v é r e n c e c o n v e n a b l e à leur
R o i , le S e i g n e u r D i e u . Les P r i n c i p a u t é s se plaignaient
q u ' e l l e n'eut p a s r e s p e c t é , c h e z elle et c h e z les autres,
la d i v i n e n o b l e s s e q u e l ' h o m m e lient de sa r e s s e m -
b l a n c e a v e c D i e u . L e s P u i s s a n c . e s l'accusaient de ne
p a s s'être inclinée a v e c la crainte r e s p e c t u e u s e d u c
à la divine Majesté. L e s V e r t u s se plaignaient de
ce qu'elle n ' a v a i t p a s p r a t i q u é les saintes v e r t u s
c o m m e il c o n v e n a i t . L e s A r c h a n g e s disaient qu'elle
66 LE LIVRE D E LA G R A C E SPÉCIALE.

n'avait pas p r ê t e assez d ' a t t e n t i o n a u x s u a v e s e n t r e -


t i e n s de D i e u , et q u ' e l l e n ' a v a i t p a s e n v o y é au B i e n -
A i m é , p a r l e s m i n i s t r e s qu'il lui d é p u t a i t , les d o u x
m u n n u r e s d e s o n a m o u r . L e s A n g e s lui c h e r c h a i e n t
q u e r e l l e , p a r c e q u ' e l l e avait a b u s é d e l e u r s s e r v i c e s .
L a b i e n h e u r e u s e V i e r g e p o r t a p l a i n t e c o n t r e ses
infidélités à l ' é g a r d du t r è s d o u x F i l s de D i e u ,
d e v e n u son frère, p a r sa n a i s s a n c e d a n s le t e m p s . L e s
A p ô t r e s p r o c l a m è r e n t sa négligence à s u i v r e l e u r s
e n s e i g n e m e n t s ; les M a r t y r s , ses r é p u g n a n c e s à s u b i r
peines et d o u l e u r s ; les C o n f e s s e u r s l ' a c c u s è r e n t de
t i é d e u r , d a n s sa vie r e l i g i e u s e et ses exercices s p i r i -
tuels ; les V i e r g e s , d e froideur p o u r l e u r très a i m a b l e
E p o u x ; enfin, t o u t e s les c r é a t u r e s se r é u n i r e n t p o u r
r é c l a m e r c o n t r e le m a u v a i s u s a g e qu'elle avait fait
d'elles t o u t e s .
A l o r s le t r è s b é n i n J é s u s dit à son P è r e : « A t o u t e s
les p l a i n t e s p o r t é e s c o n t r e elle, j e r é p o n d r a i m o i -
m ê m e , p a r c e q u e j e dois a v o u e r q u e j e suis é p r i s
d ' a m o u r p o u r elle. » Dieu le P è r e dit à son F i l s : « Q u i
vous y a obligé? — Mon libre choix, répondit J é s u s ,
c a r j e l'ai élue c o m m e m i e n n e d e p u i s l ' é t e r n i t é . » A l o r s
cette â m e , p l e i n e de confiance d a n s le c r é d i t d'un tel
g a r a n t , le saisit e n t r e ses b r a s et dit à D i e u : « J e v o u s
présente, o Père adorable, je vous présente votre Fils
t r è s h u m b l e , q u i v o u s a déjà p a y é t o u s m e s p é c h é s
d'orgueil. J e v o u s p r é s e n t e v o t r e F i l s plein de m a n -
s u é t u d e , qui a satisfait p o u r m e s p é c h é s de colère. J e
v o u s p r é s e n t e v o t r e F i l s très a i m a n t , q u i c s l T a m o u r
d e v o t r e c œ u r : il a p l e i n e m e n t s u p p l é é à m e s p é c h é s
d e h a i n e . Sa l i b é r a l i t é sans b o r n e s a c o m p e n s é m e s
p é c h é s d'avarice son saint zèle a r é p a r é m a t i é d e u r ;
son a b s t i n e n c e parfaite a s u p p l é é à m e s i n t e m p é r a n c e s .
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XVIIT. 67

La p u r e t é de sa vie très i n n o c e n t e a p a y é tous m e s


p é c h é s de p e n s é e , de p a r o l e cl d'action ; son obéis-
s a n c e , q u i Ta fait o b é i s s a n t j u s q u ' à la m o r t , a effacé
m e s d é s o b é i s s a n c e s . Enfin, sa perfection r a c h è t e
foules m e s i m p e r f e c t i o n s . »
À T i e r c e , elle v i l l e S e i g n e u r e n t o u r é de l u m i è r e et
d e gloir'^ ; de la p l a n t e d e s p i e d s j u s q u ' a u sommet de-
là tète, son c o r p s s e m b l a i t couvert d'ornements
précieux p o u r le d é d o m m a g e r d'avoir souffert p o u r
n o u s u n e flagellation b a r b a r e . Il p o r t a i t aussi s u r la
tète u n e c o u r o n n e t r e s s é e de fleurs si belles el si
v a r i é e s q u ' o n n ' e n vii j a m a i s de s e m b l a b l e s . O r , le
C h r i s t s'était l u i - m ê m e c o m p o s é celle c o u r o n n e , au
m o y e n d e s d o u l e u r s de lé le q u e la Sainte venait de
souffrir p l u s de q u a r a n t e j o u r s d u r a n t *.
A Sexte, elle vit le S e i g n e u r p o r t e r sa croix. L e con-
v e n t a r r i v a i t , et c h a q u e s œ u r chargeait celle croix
d ' u n e b r a n c h e q u i figurait s e s p e i n e s p e r s o n n e l l e s et
ses f a r d e a u x . L e S e i g n e u r recevait tout avec b o n t é el
en c h a r g e a i t sa croix a v e c p a t i e n c e et j o i e . C e p e n d a n t
t o u t e s les s œ u r s a i d a i e n t en m ê m e temps le Seigneur
à p o r t e r sa croix.
V e r s l'heure de N o u e , le S e i g n e u r lui a p p a r u t d a n s
sa gloire el sa majesté, p o r t a n l u n c o l l i e r d ' o r o r n c d ' u n
b o u c l i e r s u r lequel on distinguait tous les supplices
de sa P a s s i o n . Cet écu r e c o u v r a i t la p o i t r i n e d u S e i -
g n e u r ; il avait en chef un b l a n c fis, en pointe u n e
r o s e vermeille. Ce b o u c l i e r figurait la P a s s i o n t r i o m -
p h a n t e du S e i g n e u r ; le lis s o n i n n o c e n c e ; la r o s e , sa
souveraine patience.
L o r s q u e les s œ u r s s ' a p p r o c h è r e n t de la sainte c o m -

e
1. V o i r 2 P a r t i e , c. xxvi,
G8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE,

n m n i o n , le S e i g n e u r d o n n a à c h a c u n e son C œ u r
divin t o u t r e m p l i d ' a r o m a t e s d ' u n e o d e u r d é l i c i e u s e .
Ces p l a n t e s a r o m a t i q u e s , c o m m e des h e u r s fraîche-
m e n t é c l o s e s , s ' é p a n o u i s s a i e n t s u r ce C œ u r s a c r é ; l u i
d o n n a n t ' J a s p e c t d'un b o u q u e t fleuri. C h a c u n e , en
s'approcbanl, reçut delà main du Seigneur un bouclier
s e m b l a b l e au sien ; cette p a r u r e , placée s u r l e u r p o i -
trine, y brillait d'un éclat m e r v e i l l e u x . A celte v u e ,
celle-ci c o m p r i t q u e le C h r i s t a conféré à ses fidèles
la v i c t o i r e qu'il a r e m p o r t é e d a n s sa P a s s i o n , p o u r
l e u r c i r e u n r e m p a r t et u n e force c o n t r e lous l e u r s
ennemis.
Q u a n d Je m o m e n t fut a r r i v é p o u r elle de b a i s e r la
croix, à la plaie des p i e d s , elle dit, s o u s l ' i n s p i r a t i o n
d i v i n e : « V o i c i q u e j ' a t t a c h e en v o u s , S e i g n e u r , t o u s
m e s d é s i r s ; j e les conforme a u x v ô t r e s afin q u e , p l e i -
n e m e n t purifiés et p a r f a i t e m e n t sanctifiés, ils ne
s ' a r r ê t e n t p l u s d é s o r m a i s a u x c h o s e s t e r r e s t r e s . » A la
plaie de la m a i n d r o i t e , le S e i g n e u r lui dit : « C a c h e
ici toute ta vie spirituelle, afin q u e les négligences q u e
lu as pu c o m m e t t r e soient r é p a r é e s p a r moi. » A la
main g a u c h e , il dit : « P l a c e ici tes peines et les afflic-
t i o n s , afin qu'elles s ' a d o u c i s s e n t au c o n t a c t de m e s
souffrances et r é p a n d e n t d e v a n t D i e u un a g r é a b l e
parfum, d e m ê m e q u ' u n v ê t e m e n t i m p r é g n é d e m u s c
ou d ' a u t r e s e s s e n c e s en r é p a n d r ô d e u r , et q u ' u n e
b o u c h é e de pain t r e m p é e d a n s le miel p r e n d sa
d o u c e u r . » A la plaie du C œ u r , il dit : « D a n s celle
plaie d ' a m o u r , si g r a n d e qu'elle e m b r a s s e le ciel, la
terre et t o u t ce q u ' i l s c o n t i e n n e n t , a p p l i q u e ton
a m o u r à m o n divin a m o u r , afin qu'il d e v i e n n e un seifl
el m ê m e a m o u r , c o m m e le fer p é n é t r é p a r le feu. »
A l'heure de V ê p r e s , elle vit le S e i g n e u r d e s c e n d u
PREMIÈRE PARTIR. CltAPTTUF. XVXU* W'J

d e la croix, r e p o s a n t s u r le s c i n d e la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e M a r i e q u i disait : « A p p r o c h e , baise les plaies
s a l u t a i r e s q u e m o n t r è s doux F i l s a r e ç u e s p o u r ton
a m o u r . I m p r i m e t r o i s b a i s e r s s u r son C œ u r t r è s bien-
veillant, en lui r e n d a n t g r â c e s p o u r l'effusion actuelle
p a s s é e et à venir, qui découle de ce C œ u r s u r loi el s u r
t o u s les é l u s . E n baisant la plaie de sa main droite, tu
lui r e n d r a s g r â c e s de ce ( p i é c e t t e main vient l'aider et
c o o p é r e r à toutes tes b o n n e s œ u v r e s ; en b a i s a n t celle
d e sa main g a u c h e , de ce q u e tu y t r o u v e s toujours
u n refuge a s s u r é . Baise a u s s i la plaie de son pied
d r o i t , en le r e m e r c i a n t du d é s i r a r d e n t qui l'a fait c o u -
r i r a p r è s toi t o u s les j o u r s de sa vie, baise celle de son
pied g a u c h e , p a r c e q u e tu y t r o u v e r a s la r é m i s s i o n de
tes p é c h é s . T u d o i s avoir des p a r f u m s de trois sortes
p o u r e m b a u m e r le B i e n - A i m é de ton â m e : d ' a b o r d
l'huile d'olive, q u i signifie la m i s é r i c o r d e d o n t t u p r a -
t i q u e r a s les œ u v r e s avec p l u s d'assiduité ; ensuite
l'huile de m y r r h e , c'est-à-dire q u e tu s u p p o r t e r a s les
infirmités et les t r i b u l a t i o n s a v e c j o i e , c o n s t a n c e et
fidélité, p o u r l ' a m o u r d e D i e u ; enfin u n o n g u e n t d e
b a u m e : ce d e r n i e r signifie q u e tu d e v r a s r e c e v o i r tous
les d o n s de Dieu a v e c r e c o n n a i s s a n c e , p o u r sa seule
g l o i r e , n'en d é s i r a n t et e s p é r a n t rien p o u r t o i - m ê m e ,
m a i s les faisant W js r e t o u r n e r avec p u r e t é d'intention
v e r s celui q u i est la s o u r c e et l'origine de tous les
biens. »
V e r s l ' h e u r e de G o m p l i c s , la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e lui dit e n c o r e : « R e ç o i s m o n F i l s el l'ensevelis
d a n s ton c œ u r ». A u s s i t ô t elle vit son c œ u r s o u s forme
d'un s a r c o p h a g e d ' a r g e n t , ferme p a r un c o u v e r c l e d'or.
L ' a r g e n t signifiait la p u r e t é d u c œ u r ; l'or, cet a m o u r
q u i retient el g a r d e Dieu d a n s l'âme. C o m m e il lui
70 LE UVRF. I>F LA GRACE SPÉCIALE.

s e m b l a i t ensevelir le C h r i s t d a n s ce t o m b e a u , elle
l ' e n t e n d i t lui d i r e : « Ici, d a n s ton c œ u r , t o u j o u r s
lu m e t r o u v e r a s ; je te d o n n e l ' a s s u r a n c e de la vie
é t e r n e l l e , à toi et à tous c e u x p o u r qui lu as p r i e a u -
jourd'hui. »

29. COMMENT ON PEUT HONORER LA PASSION DU CHRIST

CHAQUE VENDREDI DE L'ANNÉE.

q u i d é s i r e r e n o u v e l e r s o u v e n t la m é m o i r e de
C ELUI

la P a s s i o n du S e i g n e u r p e u t r é c i t e r s e p t fois,
c
c h a q u e v e n d r e d i , en guise d'office, le p s a u m e x x i x ,
Exaltabo le , Domine , quoniam suscepisti me ; à la
fin d e l ' a n n é e il a u r a dit a i n s i a u t a n t de v e r s e t s q u e
le C h r i s t a r e ç u de p l a i e s Q u ' i l lise e n c o r e , s'il le
peut, u n des récits de la P a s s i o n dans l ' E v a n g i l e , et
qu'il r e n d e des actions de g r â c e s spéciales à D i e u , qui
a d o n n é la plaie de s o n pied g a u c h e c o m m e b a i n
s a l u t a i r e ; celle de son pied d r o i t c o m m e fleuve de p a i x ;
celle de sa m a i n g a u c h e c o m m e t o r r e n t de g r â c e s , cl
celle de sa m a i n d r o i t e c o m m e r e m è d e p o u r g u é r i r les
â m e s . Enfin, qu'il r e m e r c i e d e ce q u e la b l e s s u r e de
son très d o u x C œ u r a fait j a i l l i r s u r n o u s l'eau v i v i -
fiante el le vin e n i v r a n t , c ' e s t - à - d i r e le s a n g du Christ
el l ' a b o n d a n c e infinie de tous b i e n s . »

1. D ' a u t r e s s a i n t e s â m e s o n t c o n n u p a r r é v é l a t i o n le n o m b r e des
plaies d u S e i g n e u r . Elles c o m p t e n t d ' u n e m a n i è r e u n p e u différente»,
d e sorte q u e le total v a r i e e n t r e 5460, 547a, 5490. O n p e u t c o n -
s u l t e r C o r n é l i u s a L a p i d e in M a l t h . x x v u , 2(> ; ( J o n z a l v e D u r a n d
e n son c o m m e n t a i r e des R é v é l a t i o n s d e s a i n t e ISrigitle, lit). I,,
c. 10, el L u d o l p h e le C h a r t r e u x , De Vita Christi p a r t . I I , c. 4 8 .
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XIX. 71

30. Q U E L EST L E S E N T I M E N T QUI PLAÎT DAVANTAGE


A PIEU.

elle d e m a n d a i t un j o u r an Seigneur ce qui


(-à lui plaisait
IOMMK
d a v a n t a g e , elle r e ç u t celle r é p o n s e :
« C ' e s t q u ' o n e x a m i n e a v e c u n e profonde r e c o n n a i s -
s a n c e cl q u ' o n m é d i t e d a n s u n s o u v e n i r c o n s t a n t toutes
les v e r t u s q u e j ' a i p r a t i q u é e s s u r la t e r r e , toutes
les peines et les injures q u e j ' a i s u p p o r t é e s p e n d a n t
t r e n l c - t r o i s a n s ; p u i s l'affliction en laquelle j'ai vécu,
les affronts q u e m ' o n t infligés m e s c r é a t u r e s , et enfin
nia m o r t t r è s a m è r e s u r la c r o i x , p o u r l ' a m o u r d e
l ' h o m m e , d o n t j ' a i a c h e t é l ' â m e , afin d'en faire m o n
é p o u s e , au prix de mon p r é c i e u x s a n g . Q u e c h a c u n
ail p o u r tous ces bienfaits a u t a n t d ' a m o u r et de r e -
c o n n a i s s a n c e q u e si j ' a v a i s souffert p o u r lui seul
toutes m e s d o u l e u r s . »

C H A P I T R E XIX.

31. D E LA RÉSURRECTION D E N O T R E - S E T ON E U R .lÉSUS-


(UIRIST ET D E SA GLORIFICATION.

^ N la sainte nuit de la R é s u r r e c t i o n de N o t r e - S e i -
I J g n e u r J é s u s - C h r i s t , la s e r v a n t e d u C h r i s t le vit
c o m m e s ' i l r e p o s a i t d a n s le s é p u l c r e , et e l l e c o n n u t p a r
une i n s p i r a t i o n d i v i n e c o m m e n t le P è r e avait conféré
sa t o u t e - p u i s s a n c e à l ' H u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t en sa
r é s u r r e c t i o n ; c o m m e n t le F i l s lui avait d o n n é cette
glorification q u ' i l tient é t e r n e l l e m e n t d u P è r e , et
4 -~ SAINTJ* MKC11TII.DE
72 LE UV1Œ DE T.A GP.ACE SPIÏCI A L H ,

c o m m e n t le S a i n t - E s p r i t avait r é p a n d u sa d o u c e u r , sa
h o n t e et son a m o u r d a n s cette H u m a n i t é ainsi glorifiée.
L e S e i g n e u r lui dit : « A. m a r é s u r r e c t i o n , le ciel, la
t e r r e et t o u t e la création se m i r e n t à m o n s e r v i c e . »
E l l e d e m a n d a : « C o m m e n t le ciel v o u s a - I - i l s e r v i ? —
T o u s les e s p r i t s a n g é l i q u c s étaient à mes o r d r e s , »
r é p o n d i t le S e i g n e u r . A u s s i t ô t il lui s e m b l a v o i r u n e
telle m u l l i t u d e d ' a n g c s p r è s du s é p u l c r e , qu'ils e n v i r o n -
naient le S e i g n e u r c o m m e u n m u r m o n t a n t de la t e r r e
au ciel. E l l e dit a l o r s : « Q u ' e s t - c e q u e les a n g e s v o u s
c h a n t è r e n t à cette h e u r e , eux qui avaient e n t o n n é le
Gloria in exeelsis à v o i r e n a i s s a n c e ? » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « Ils c h a n t è r e n t Sanctus, Sanclus, Sanctus,
Saint, Saint, Saint ; allons, allons, réjouissons-nous,
louange au Très-Haut, à Dieu, dans les deux : j e ne le
d o n n e p a s les p a r o l e s , m a i s le s e n s d e l e u r c a n -
tique. »
E l l e vit aussi t o u t le c o u v e n t a u t o u r d u S e i g n e u r
q u i , d e s o n C œ u r , laissait d a r d e r des r a y o n s q u i p é n é -
t r è r e n t en c h a q u e p e r s o n n e p r é s e n t e ; puis le S e i g n e u r
é t e n d i t la m a i n s u r c h a c u n e des s œ u r s et lui c o m m u -
n i q u a sa p r o p r e gloire en d i s a n t : « Voici q u e j e v o u s
d o n n e la clarté de m o n H u m a n i t é gloriliée : vous la
c o n s e r v e r e z p a r la p u r e t é du c œ u r , la d o u c e u n i o n
e n t r e v o u s et la v r a i e p a t i e n c e ; au j o u r d u j u g e m e n t
v o u s v o u s glorifierez de me la r e p r é s e n t e r - »

32. DE T/ONCTION SPIRITUELLE.

- r e n d a n t q u ' o n visitait le tombeau, cette dévole


1 vierge dit à Dieu d a n s la ferveur d e son c œ u r :
« Ali I m o n B i e n - A i m é , élu e n t r e mille, a p p r e n e z - m o i
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XIX. 73

de quel parfum j e puis v o u s e m b a u m e r , vous P â m a n t


d é m o n Ame. » L e Seigneur lui dit : « P r e n d s celle
i n é n a r r a b l e d o u c e u r qui s'est écoulée dès les j o u r s de
r é l e r n i t é de m o n C œ u r divin dans le P è r e e l l e Saint-
E s p r i t ; tu en feras du vin. P r e n d s celle d o u c e u r d o n t
le c œ u r virginal de ma m è r e fut plus p é n é t r é q u e lout
a u t r e c œ u r : tu en c o m p o s e r a s un miel exquis. P r e n d s
aussi le d é v o u e m e n t qui m ' e n t r e t e n a i t avant ma P a s s i o n
d a n s u n fervent désir et d a n s les a r d e u r s de l ' a m o u r :
lu en feras un b a u m e excellent. » Aussitôt il lui s e m -
bla tenir u n vase r e m p l i des p a r f u m s les plus m e r v e i l -
l e u x ; elle s'en servit p o u r o i n d r e le Seigneur selon ses
d é s i r s , p u i s elle baisa ses plaies vermeilles, véritable
r e m è d e p o u r les â m e s .

33. L E COSUR D E J É S U S - C H R I S T , DEMEURE DES AMES*

cela le S e i g n e u r lui m o n t r a une s u p e r b e


A
PRÈS

m a i s o n , v a s t e et élevée. D a n s cette m a i s o n , elle


en vit u n e p e t i t e , faite de b o i s de c è d r e , r e v ê t u e à
l ' i n t é r i e u r de l a m e s d ' a r g e n t ; au milieu résidai! le
S e i g n e u r . Elle r e c o n n u t s a n s peine que cette m a i s o n
était le C œ u r divin, c a r elle l'avait vu p l u s d ' u n e
fois s o u s ce s y m b o l e ; la petite maison située
d a n s la g r a n d e figurait l'âme q u i est i m m o r t e l l e
à l ' i n s t a r du bois i n c o r r u p t i b l e des c è d r e s . La
pelite maison avail sa porte à l'orient, fermée d"uu
verrou d ' o r , d'où pendait u n e chaîne d'or qui allait
s ' a t t a c h e r au C œ u r même du Seigneur, de telle s o r t e
que la c h a î n e p a r a i s s a i t l ' é b r a n l e r l o r s q u e la p o r t e
s'ouvrait. Celle-ci c o m p r i t q u e la porte désignait le
désir de l'âme, le verrou sa volonté ; mais la chaîne
74 LE LTVUE OE LA GRACE SPÉCIALE.

figuraillc d é s i r d e D i e u , qui toujours p r é v i e n t et excita


le d é s i r de l'Ame, cl l'attire à lui. L e S e i g n e u r lui dit :
<i C'est ^insi q u e ton â m e est t o u j o u r s enfermée d a n s
m o n C œ u r , et moi d a n s le tien. Mais q u o i q u e tu m e
c o n t i e n n e s au d e d a n s d e toi, si b i e n q u e j e te suis
p l u s i n t i m e q u e tu n e l'es à t o i - m ê m e , c e p e n d a n t m o n
d i v i n C œ u r d é p a s s e el s u r p a s s e t e l l e m e n t t o n â m e
qu'elle s e m b l e n e p o u v o i r a t t e i n d r e j u s q u ' à l u i : c'est
ce q u e signifient l'élévation et les v a s t e s d i m e n s i o n s
d e la g r a n d e m a i s o n q u e tu as v u e . »
C e p e n d a n t cette â m e p r i a i t le S e i g n e u r d e d a i g n e r
3a p r é p a r e r à r e c e v o i r son c o r p s t r è s p r é c i e u x :
« Q u a n d tu v e u x c o m m u n i e r , lui dit-il, e x a m i n e a v e c
soin la m a i s o n de t o n â m e , p o u r v o i r si ses m u r s ne
s o n t ni s a l e s , ni d é g r a d é s . D a n s la p a r t i e o r i e n t a l e ,
c o n s i d è r e sî tu as été zélée ou n é g l i g e n t e en t o u t ce
qui r e g a r d e Dieu : la l o u a n g e , l'action de g r â c e s , la
p r i è r e , l ' o b s e r v a t i o n d e s c o m m a n d e m e n t s . D a n s la
p a r t i e m é r i d i o n a l e , e x a m i n e c o m m e n t tu a s été d é v o t e
e n v e r s m a M è r e et t o u s les s a i n t s , si t u as profité
d e l e u r s exemples et d e l e u r s e n s e i g n e m e n t s . D a n s
la p a r t i e o c c i d e n t a l e , vois a t t e n t i v e m e n t si tu as
a v a n c é ou r e c u l é d a n s les v e r t u s , si tu a s été o b é i s -
s a n t e , h u m b l e , p a t i e n t e à s u p p o r t e r les i n j u r e s , fidèle
à g a r d e r les règles et les s t a t u t s , si tu as p o u r s u i v i el
v a i n c u tes défauts. D a n s la p a r t i e de l ' a q u i l o n , o b s e r v e
si tu as été fidèle e n v e r s l'Eglise e n t i è r e ; c o m m e n t tu
as agi avec t o n p r o c h a i n , si tu Tas a i m é d ' u n e c h a r i t é
p r o f o n d e , <d tu a s r e g a r d é ses peines c o m m e étant les
t i e n n e s , sî tu as p r i é d é v o t e m e n t p o u r les p é c h e u r s ,
p o u r les â m e s des fidèles el p o u r t o u s c e u x qui s o n t
d a n s le b e s o i n . E t si s u r l'un de ces p o i n t s lu t r o u v e s
q u e l q u e tache ou q u e l q u e d o m m a g e , a p p l i q u e - t o i à
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XIX. 75

Je r é p a r e r p a r la p é n i t e n c e el la satisfaction. » Aussitôt
a p r è s cette leçon d i v i n e , l'âme entra d a n s la maison
et s y jeta a u x pieds du S e i g n e u r , qui daigna la r e l e v e r ;
il la plaça s u r son sein, et la baisa par trois fois n C

lui d i s a n t : « J e te d o n n e le b a i s e r de paix, de par


ma t o u t e - p u i s s a n c e , d e p a r ma sagesse, de p a r m o n
immuable bonté, »
P e n d a n t la messe Rcstirrexi*, le Seigneur la combla
d e c a r e s s e s et lui d i t : « O u i , me voici « et j e suis
e n c o r e avec toi : et adhac tecnni sum », p o u r y
d e m e u r e r toujours. « T u as posé la m a i n s u r moi :
posuisti saper me manum luam, » c'est-à-dire tu a s fixé
s u r moi l'intention qui d i r i g e toutes tes œ u v r e s ».
P u i s il ajouta b e a u c o u p d ' a u t r e s merveilleuses et
ineffables p a r o l e s . L ' â m e , s u r p r i s e d'une si extrême
b o n t é , v o u l a i t s'éloigner d e D i e u p a r r é v é r e n c e ; m a i s
il l'attira p l u s p r è s e n c o r e , et lui dit : « A l l o n s , reste
avec moi afin que j e sois a v e c toi et que j ' y p r e n n e
m e s d é l i c e s . » P e n d a n t le Gloria in excelsis, elle
souhaita r e m e r c i e r Dieu de ces nouvelles faveurs ;
m a i s le S e i g n e u r lui d i t : « T u sais qu'il est é c r i t : La
l o u a n g e a u x choses t e r r e s t r e s , la gloire a u x célestes.
Si d o n c t u veux me l o u e r , fais-le en u n i o n d e cette
gloire d o n t m ' h o n o r e Dieu le P è r e a v e c le S a i n t -
E s p r i t d a n s sa t o u t e - p u i s s a n c e ; cn u n i o n d e cette
gloire s u b l i m e d o n t m o i , d a n s mon i m p é n é t r a b l e
s a g e s s e , je glorifie le P è r e et le S a i n t - E s p r i t , p e n -
d a n t q u e Je S a i n t - E s p r i t , en son i m m u a b l e b o n t é ,
exaile le P è r e et m o i - m ê m e d ' u n e m a n i è r e parfaite. »
A p r e s T i e r c e , q u o i q u e celle-ci se sentît a s s e z faible
p o u r se s e r v i r d'un b â t o n , elle se fit c o n d u i r e p a r les

1. I n t r o ï t d u D i m a n c h e d e P â q u e s ,
76 LE LIVRE DE !A GRACE SPÉCIALE.

s œ u r s A la suite de la p r o c e s s i o n . Elle vil a l o r s le


S e i g n e u r J é s u s , r e v ê t u de la d a l m a l i q u e t o m m e un
d i a c r e , et p o r t a n t à la nvnn un cleiidard do c o u l e u r
1
r o u g e , m a r c h e r à côté d'elle et a u s s i à côté d e c h a q u e
m e m b r e d u c o n v e u l . E t c o m m e elle se d e m a n d a i t
p o u r q u o i le S e i g n e u r a p p a r a i s s a i t sous celle forme de
d i a c r e a u p r è s de c h a q u e p e r s o n n e , il daigna l u i - m ê m e
r é p o n d r e : « C o m m e le d i a c r e sert le p r c l r c à l'aille),
ainsi j ' a s s i s t e Dieu mon P è r e , prêt à e x é c u t e r tous
ses o r d r e s . D e p l u s , j a m a i s a u c u n d i a c r e n'a mis
d a n s son m i n i s t è r e a u t a n t d e zèle que j e m e t s de
fidélité à s e r v i r les â m e s »

2
34. FESTIN SERVI PAR LE SEIGNEUR .

p e n d a n t l ' a n t i e n n e Rcgina cœli, elle vit


A VÊPRES,
d a n s le c h œ u r la b i e n h e u r e u s e Vierge, a y a n t à
sa d r o i t e son F i l s v i r g i n a l , qui p o r t a i t d e s v ê t e m e n t s
b r o c h é s d e trèfles et de b r i l l a n t s é c u s s o n s . E l l e c o m -
p r i t q u e les trèfles figuraient la très h a u t e et a d o r a b l e
T r i n i t é : un seul D i e u qui h a b i l e d'une m a n i è r e s u b s -
3
tantielle d a n s le C h r i s t . E l l e c o m p r i t aussi que les
é c u s s o n s , p o i n t e en b a s , p a r t i e large d a n s le haut,
s y m b o l i s a i e n t l ' a m e r t u m e d e la vie et d e la P a s s i o n

1. O n sail q u e le mol diacre signifie serviteur.


2. Ce c h a p i t r e met le l e c t e u r en face dos m œ u r s d u t e m p s . L a
vision de s a i n t e M e c h t i l d e contient dos i m a g e s qui sont c a r a c t é -
ristiques à cet é g a r d . Il n e faut p a s s'en é t o n n e r , c a r Dieu ;i
c o u t u m e de se faire c o n n a î l r e en se s e r v a n t d e s i m a g e s qui
existent déjà d a n s l'esprit de l ' h o m m e , selon la d o c t r i n e e x p r i m é e
p a r saint Grégoire le G r a n d (Honi. 23 in K v a n g c l i o ) .
•i. Allusion au p a s s a g e de s a i n t P a u l ( Col. n , î>) « quia in ipso
inhabitat omnis plcnilndo Diuinitatis corporalilcr, »
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XTX. 77

du C h r i s t , qui fut de c o u r t e durée s u r t e r r e , tandis


q u e la j o i e et la gloire qu'elles lui ont a c q u i s e s b r i l l e n t
au ciel d ' u n e m a n i è r e toujours p l u s éclatante, p u i s q u e
son t r i o m p h e se p o u r s u i t d e siècle en siècle. Le
S e i g n e u r p o r t a i t de p l u s u n e c o u r o n n e , o r n é e d ' é c u s -
s o n s sui lesquels s c i n t i l l a i e n t des croix " à cinq
r a y o n s . Le Seigneur lui dit : « Voici q u e j e veux ce
soir vous offrir un festin c o m p o s é de cinq m e t s . J e
vous servirai d ' a b o r d la j o i e m u t u e l l e que nia D i v i n i t é
et m o n H u m a n i t é se s o n t d o n n é e a u j o u r d ' h u i ; p u i s la
joie q u e j ' a i r e s s e n t i e l o r s q u e , p o u r c o m p e n s e r les
a m e r t u m e s de m a P a s s i o n , l ' a m o u r fil t r e s s a i l l i r mes
m e m b r e s sous l'effet des délices s u r a b o n d a n t e s de sa
d o u c e u r . J e v o u s servirai a u s s i la joie q u e j ' a i é p r o u v é e
l o r s q u e j e p r é s e n t a i à m o n P è r e , c o m m e u n gage de
h a u t prix, m o n â m e a v e c toutes les â m e s q u e j ' a i
r a c h e t é e s ; et cette a u t r e j o i e q u e me d o n n a m o n P è r e
en m e c o m m u n i q u a n t la p l e i n e p u i s s a n c e d ' h o n o r e r ,
d ' e n r i c h i r et d e r é c o m p e n s e r mes a m i s a c q u i s p a r
moi au prix de t a n t de l a b e u r s . Enfin, le d e r n i e r de
ces m e t s sera la j o i e q u e j ' é p r o u v a i en v o y a n t le
Père associer à mon règne é t e r n e l , mes rachetés
d e v e n u s mes c o h é r i t i e r s et les convives de ma table.
A p r è s le festin, les r o i s de la t e r r e se séparent des
a m i s q u ' i l s ont i n v i t é s ; q u a n t à moi, j e v e u x , où j e
s u i s m o i - m ê m e , d o n n e r à m e s amis l e u r éternelle
d e m e u r e . Si d o n c q u e l q u ' u n v e u t me faire r e s s o u v e n i r
de ces cinq joies s p é c i a l e s , p o u r la p r e m i è r e , j e lui
d o n n e r a i s dès ce m o n d e , s'il le désire, le g o û t d e ma
D i v i n i t é ; p o u r la s e c o n d e , le don de m é c o n n a î t r e ;
p o u r la t r o i s i è m e , j e p r é s e n t e r a i son â m e h m o n P è r e
à l ' h e u r e d u trépas ; p o u r la q u a t r i è m e , j e l'associerai
au fruit de ma P a s s i o n et d e mes souffrances ; enfin
78 LE LIVRE DE LA GRÂCE SPÉCIALE.

par la c i n q u i è m e , je lui d o n n e r a i l'aimable société


de m e s saints- »

35. LOUANGE ET PRIÈRE SUR LES CINQ JOIES DE

NOTRE-SEIGNEUR EN SA RÉSURRECTION.

a d o r a t i o n , g r a n d e u r , gloire et b é n é -
I OUANGE,
^ diction à v o u s , o b o n J é s u s , p o u r cette j o i e
ineffable q u e v o u s a v e / r e s s e n t i e l o r s q u e v o t r e b i e n -
h e u r e u s e H u m a n i t é - en v o t r e r é s u r r e c t i o n , r e ç u t d u
P è r e , la glorification d i v i n e et conféra à t o u s les
élus la glorification éternelle cn sa D i v i n i t é . P a r cette
ineffable j o i e , je v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r
d e Dieu et d e s h o m m e s , d e inc c o n s e r v e r e n t i è r e , p a r
v o t r e g r â c e , celte gloire q u e v o u s m'avez a l o r s d o n n é e ,
et d o n t j e p r e n d r a i p o s s e s s i o n au j o u r d u j u g e m e n t .
Amen.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , gloire et b é n é d i c t i o n
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r cette joie ineffable q u e v o u s
avez r e s s e n t i e , l o r s q u e l ' a m o u r i n e s t i m a b l e q u i , d u
sein d u P è r e v o u s avait a t t i r é en ce m o n d e et s o u m i s
aux p e i n e s et a u x m i s è r e s h u m a i n e s , a c o m b l é v o t r e
c o r p s , c n v o t r e r é s u r r e c t i o n , d ' u n e j o i e et d u n e allé-
g r e s s e i n c o m p a r a b l e s , ainsi qu'il l'avait l i v r é , s u r la
croix, à d ' i n t o l é r a b l e s d o u l e u r s . P a r cette ineffable
joie, j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r d e Dieu
et des h o m m e s , de d o n n e r la l u m i è r e à m o n intel-
ligence et la c o n n a i s s a n c e à m o n â m e , afin q u e je
s a c h e en t o u t t e m p s ce qui est a g r é a b l e â v o s yeutx:.
Amen.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , g l o i r e et b é n é d i c t i o n
a v o n s , ô b o n J é s u s , p o u r celle j o i e ineffable q u e r c s -
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XTX. 79

sentît v o t r e t r è s s a i n t e â m e , lorsqu'elle se p r é s e n t a à
D i e u le P è r e , c o m m e prix et gage d'éternelle r é d e m p -
tion, d a n s la j o y e u s e c o m p a g n i e de l ' i m m e n s e multi-
t u d e des â m e s b i e n h e u r e u s e s , sorties des enfers. P a r
celte ineffable j o i e , j e v o u s p r i e , ô très a i m a b l e Mé-'
d i a t c u r de Dieu el des h o m m e s , d'être, à l ' h e u r e de
ma m o r t , le gage qui r a c h è t e m o n â m e et le prix qui
paie ma dette. Apaisez en m a faveur Dieu v o t r e P è r e ,
juge é q u i t a b l e , et c o n d u i s e z - m o i avec allégresse en sa
présence.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d c u r , g l o i r e c t bénédiction
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r cette j o i e ineffable q u e vous
avez r e s s e n t i e l o r s q u e Dieu Je P è r e vous a d o n n é le
plein p o u v o i r de r é c o m p e n s e r , e n r i c h i r et h o n o r e r ,
scion la magnificence de v o t r e libéralité, vos a m i s et
c o m p a g n o n s d ' a r m e s , délivrés de la p u i s s a n c e du t y r a n ,
p a r v o t r e glorieux t r i o m p h e . P a r celle ineffable joie,
j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r de Dieu el des
h o m m e s , d e m e d o n n e r u n e p a r t de vos l a b e u r s et de
vos œ u v r e s , a i n s i q u e de v o t r e glorieuse m o r t et bien-
heureuse Passion.
« L o u a n g e , a d o r a t i o n , g r a n d e u r , g l o i r e et bénédiction
à v o u s , ô b o n J é s u s , p o u r celte joie ineffable q u e v o u s
avez r e s s e n t i e l o r s q u e Dieu le P è r e v o u s d o n n a t o u s
vos a m i s e n é t e r n e l h é r i t a g e , et que fut a c c o m p l i e
v o t r e volonté, c ' e s t - à - d i r e cette p r i è r e si bienveillante :
qui v o u s faisait dire : Je veux, ô Père, que là où je
suis, mon serviteur soit aussi {Jean* x v n , 2 4 ) - d e telle
s o r t e q u e la j o i e et le bien parfait qui sont v o u s - m ê m e
d e v i e n n e n t l e u r partage à j a m a i s . P a r cette ineflahk
joie, j e v o u s p r i e , ô t r è s a i m a b l e M é d i a t e u r de Dieu et
des h o m m e s , d e m ' a c c o r d e r la b i e n h e u r e u s e société de
vos élus, afin q u e j e v o u s p o s s è d e avec eux, v o u s ,
80 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE,

ma j o i e et m o n u n i q u e b i e n , ici et d a n s l'éternité.
Amen. »

DE L'HUMANITÉ DU CHRIST GLORIFIÉE EN SA RÉSUR-


RECTION-

elle d e m a n d a au S e i g n e u r q u e , d a n s ce
E NSUITE
s e n t i m e n t de j o i e qui lui avait fait r e n d r e g r â c e s
à D i e u le P è r e p o u r l ' i m m o r t a l i t é conférée à son
H u m a n i t é a l ' h e u r e d e sa r é s u r r e c t i o n , il d a i g n â t
l u i - m ê m e r e m e r c i e r d ' a v a n c e des a c t i o n s d e g r â c e s
p o u r elle, qui serait d o t é e d a n s la r é s u r r e c t i o n future
de la m ê m e i m m o r t a l i t é . L e S e i g n e u r lui dit :
« C'est là ce q u e j e Tais p r é s e n t e m e n t , p o u r loi et p o u r
c h a c u n des m i e n s , a u s s i v o l o n t i e r s que p o u r moi-
m ê m e , c a r j e c o n s i d è r e la g l o i r e de m e s m e m b r e s
c o m m e étant ma p r o p r e g l o i r e : l ' h o n n e u r r e n d u à
eux ou à m o i - m ê m e m e p r o c u r e u n e j o i e a g r é a b l e .
C e p e n d a n t l'âme p o u r qui j ' a c q u i t t e ainsi la louange
el l'action de g r â c e s p e n d a n t sa vie t e r r e s t r e cn
r e c e v r a gloire et b o n h e u r spécial d a n s les c i e u x . »
Celle-ci se d e m a n d a i t ce q u e p o u v a i t ê t r e celle
glorification de la s a i n t e H u m a n i t é d o n t le P è r e avait
d o t é son F i l s à la r é s u r r e c t i o n . L e S e i g n e u r lui
r é p o n d i t avec b o n t é : « Le P è r e a glorifié m o n C œ u r
en m e d o n n a n t toute p u i s s a n c e au ciel et s u r ^ t e r r e ,
afin qu*> j e lusse t o u t - p u i s s a n t c o m m e H o m m e , moi
q u i le s u i s c o m m e D i e u . J'ai d o n c le p o u v o i r de r é c o m -
p e n s e r , h o n o r e r el é l e v e r mes a m i s , a v e c celui d e leur
t é m o i g n e r m o n a m o u r , scion ma l i b r e volonté. L a
gloire de mes yeux et d e m e s oreilles est de pouvoir
s c r u t e r , j u s q u ' e n leurs p r o f o n d e u r s , l'indigence el les
PREMfÈRR PARTIE. CHAPITRE XIX 81

t r i b u l a t i o n s d e mes fidèles; d'entendre, p o u r les


e x a u c e r , tous leurs g é m i s s e m e n t s , leurs d é s i r s cl
l e u r s p r i è r e s . L a gloire d o n n é e à mon c o r p s , c'est q u e
j e p u i s ê t r e p a r t o u t , en m o n H u m a n i t é , c o m m e j e le
s u i s p a r m a Divinité, a v e c tous el c h a c u n d e m e s
a m i s , purloul où j e v e u x . Aucun h o m m e , si p u i s s a n t
qu'il soit, n*a j a m a i s el ne p o u r r a j a m a i s p o s s é d e r ce
pouvoir. »

36. COMMENT D I E U D E M E U R E AVEC L A M E ; D U BANQUET


DU SEIGNEUR.

N la s e c o n d e férié de P â q u e s , p e n d a n t q u ' o n lisait


E d a n s l ' E v a n g i l e : Restez avec nous ( L u c , xxrv, 9),
elle dit au S e i g n e u r : « O mon u n i q u e d o u c e u r ,
d e m e u r e z a v e c moi, je v o u s en prie, car le j o u r de ma
vie s'incline vers le soir. » L e Seigneur lui fit cetle
r é p o n s e : « J e resterai a v e c toi c o m m e un p è r e avec
son fils, en te d o n n a n t p a r t à l'héritage céleste q u e j e
t'ai a c q u i s p a r m o n p r é c i e u x sang, et à ce q u e j ' a i
fait p o u r toi s u r t e r r e d u r a n t trente-trois ans : lu r e c e -
v r a s tout cela en p r o p r i é t é . J e resterai e n c o r e avec loi
c o m m e un a m i avec son ami : celui qui a t r o u v é un
a m i fidèle c h e r c h e refuge a u p r è s de lui en Joules ses
nécessilés et ne le quille p o i n t ; ainsi tu t r o u v e r a s en
moi, q u i suis l'ami le p l u s fidèle, un refuge a s s u r é ;
clans ta faiblesse tu peux toujours t'en r e m e t t r e à
moi, p a r c e q u e je t'aiderai e n tout avec fidélité. J e
d e m e u r e r a i aussi avec loi c o m m e un époux j v e c son
épouse : e n t r e eux il ne p e u t y avoir de s é p a r a t i o n , si
ce n'est en cas de maladie ; o r , si lu es m a l a d e , je
suis le p l u s habile des m é d e c i n s , je le g u é r i r a i de
tous les m a u x ; ainsi a u c u n e séparation n'est possible
82 LE LIVRE OE TA GRACE SPÉCIALE.

e n t r e n o u s ; c a r iJ y a m a r i a g e i n d i s s o l u b l e et é t e r -
nelle u n i o n . E n l i n j e resterai a v e c toi c o m m e u n voya-
g e u r a v e c son c o m p a g n o n : si l'un des d e u x p o r t e un
t r o p l o u r d f a r d e a u , a u s s i t ô t l ' a u t r e l'en d é c h a r g e et
le soulève avec lui : ainsi j e s e r a i si a s s i d u à p o r t e r
tous les fardeaux a v e c toi, q u ' i l s te p a r a î t r o n t tou-
j o u r s légers ».
A l o r s celle-ci se s o u v i n t t o u t à c o u p (pie le Sei-
g n e u r lui avait dit autrefois : « J e te d o n n e m o n â m e
p o u r c o m p a g n e et p o u r g u i d e ; tu p e u x a v o i r c o n -
fiance en elle ; si t u es triste, elle te c o n s o l e r a , elle te
sera u n e aide fidèle cn toute r e n c o n t r e . » E l l e dit d o n c
a u S e i g n e u r : « H é l a s ! m o n S e i g n e u r , vie de m o n
â m e , ô très d o u x g u i d e , p a r d o n n e z - m o i , c a r j ' a i
b i e n r a r e m e n t a s s o c i é cette n o b l e c o m p a g n e à m e s
œ u v r e s , j e n e l'ai p a s a p p e l é e à m o n aide e n toutes
c h o s e s f — J e te p a r d o n n e , r é p o n d i t le S e i g n e u r ,
m o n â m e d e m e u r e r a avec toi j u s q u ' à la fin d e ta vie.
A l o r s elle te r e c e v r a , tu s e r a s d a n s les m ê m e s d i s -
positions q u e j ' e u s l o r s q u e moi j e r e m i s m o n esprit
a u x m a i n s d u P è r e en m o u r a n t s u r la c r o i x ; m o n
â m e te p r é s e n t e r a an P è r e céleste. »
A p r è s cette p r o m e s s e , elle se mit à p r i e r p o u r u n e
p e r s o n n e q u i était s o n a m i e fidèle, afin q u e le S e i g n e u r
lui c o m m u n i q u a i ces m ê m e s b i e n s . A u s s i t ô t e l l e v i t c e t t c
p e r s o n n e en p r é s e n c e du C h r i s t , il lui p r e n a i t les
m a i n s et lui a c c o r d a i t la p r o p r i é t é de t o u s les m ê m e s
dons.
Son c œ u r la p o r t a n t ensuite à l o u e r h a u t e m e n t le
S e i g n e u r p o u r ses bienfaits, elle lui d e m a n d a d e p r é -
p a r e r à sa famille d u ciel un magnifique b a n q u e t .
E l l e vit aussitôt les a p p r ê t s d'un s p l e n d i d e festin, et le
S e i g n e u r revêtu d ' u n e r o b e n u p t i a l e de c o u l e u r verte
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XIX. S 3

relevée de r o s e s d'or. Il lui disait: « Moi qui suis n e


rose s a n s é p i n e , q u e d ' é p i n e s m'ont blessé ! » L a
famille céleste du S e i g n e u r avait des v ê l e m e n t s sem-
b l a b l e s aux s i e n s . Q u a n d c e festin des n o c e s fut
t o u t p r ê t , le S e i g n e u r d e m a n d a : « Qui veut ici tenir
la p l a c e du j o n g l e u r ? » E t aussitôt, p r e n a n t l'âme
d e celle-ci e n t r e ses m a i n s divines, il la fit d a n s e r . Ce
q u e v o y a n t t o u s les c o n v i v e s , ils en é p r o u v è r e n t un
n o u v e l a c c r o i s s e m e n t de j o i e cl r e m e r c i è r e n t le
S e i g n e u r de se m o n t r e r si g r a c i e u s e m e n t aimable
a v e c cette â m e ; mais elle, j o i n t e au Christ d a n s les
é t r e i n t e s d'un a m o u r p r o f o n d , le conduisit d e v a n t la
t a b l e des invités, et elle vit alors une l u m i è r e , u n e
s p l e n d e u r m e r v e i l l e u s e s ' é c h a p p e r de la face divine,
i l l u m i n e r la c o u r céleste et se r é p a n d r e d a n s toutes
les c o u p e s de la table r o y a l e . Ainsi la clarté de cette
a i m a b l e face était leur r a s s a s i e m e n t , leur joie et l e u r
v o l u p t é , c a r c'est bien le Seigneur qui d o n n e en lui-
m ê m e u n r a s s a s i e m e n t s a n s fatigue, u n e j o i e s a n s fin
el u n éternel t r e s s a i l l e m e n t d'allégresse.
P o u r un tel festin, soient louange et h o n n e u r au
doux F i l s d e l à V i e r g e .

DE L'OCTAVE DE PAQUES

L e h u i t i è m e j o u r , octave de la R é s u r r e c t i o n du
C h r i s t , elle vit de n o u v e a u la maison d o n t il a été
parlé Elle y entrait, q u a n d elle a p e r ç u t deux anges
d e b o u t aux p o r t e s ; l e u r s ailes étendues, en se lou-
c h a n t p a r l'extrémité, p r o d u i s a i e n t un c h a n t suave

J. V o i r p l u s h a u t 3 3 . Le Cœur de Jé&us-Christ demeure des dates.


4*
84" LE LIVRE DE LA O R A CF. SPÉCIALE

c o m m e celui d e In h a r p e , el ce chanL e x p r i m a i ! la j o î c
des c h œ u r s a n g é l i q u e s à l'arrivée de celle Ame q u i ,
à peine e n t r é e , loiuha p r o s t e r n é e aux p i e d s du Sei-
g n e u r et s a l u a , e n l e s b a i s a n t , s e s plaies v e r m e i l l e s .
E l l e arriva j u s q u ' à la plaie du C œ u r , le vil g r a n d
o u v e r t el laissant é c h a p p e r d e s v a p e u r s aussi e m b r a -
sées (pie celles d ' u n a r d e n l l o y e r . C c p e n d a n l le
S e i g n e u r accueillit l'âme a v e c b o n t é : « E n t r e , lui
dit-il, p a r c o u r s m o n divin C œ u r en long cl en l a r g e •
sa l o n g u e u r r e p r é s e n t e l'éternité de ma b o u l é ; sa
largeur, l ' a m o u r el le désir q u e j ' e u s toujours de Ion
s a l u l . P a r c o u r s celle l o n g u e u r cl celle l a r g e u r ,
c'est-à-dire r e v e n d i q u e c o m m e la p r o p r i é t é , p a r c e
qu'il est v r a i m e n t à loi, tout le bien que lu trou-
veras d a n s m o n C œ u r . » E l l e S e i g n e u r souffla s u r elle
en d i s a n t : « R e ç o i s m o n S a i n t - E s p r i t . » A l o r s celte
b i e n h e u r e u s e â m e , r e m p l i e de l ' E s p r i t - S a i n l , vit
s o r t i r de tous ses m e m b r e s des r a y o n s de feu d o n t
chacun allait t o u c h e r u n e des p e r s o n n e s p o u r qui
elle avait p r i é . A p r è s la c o m m u n i o n , son c œ u r lui
s e m b l a fondu en un seul lingot d ' o r avec celui du
Seigneur, qui lui disait : « A i n s i t o n c œ u r a d h é r e r a
t o u j o u r s au m i e n selon ton d é s i r el cn p r o p o r t i o n d e s
délices q u e lu t r o u v e r a s d a n s cette u n i o n . »

CHAPITRE XX.

87. COMMENT DIEU LE CÈUE REÇUT SON FILS.

u j o u r de la g l o r i e u s e A s c e n s i o n du Christ, il lui
A semblait ê t r e s u r u n e m o n t a g n e où lui a p p a r u t
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XX. <S&

l ' A m o u r , sous la forme d ' u n e vierge 1res belle revêtue


d ' u n m a n l e a u vert. L a vierge dit à l'âme : « J e suis
celle que tu as vue d a n s u n e si g r a n d e s p l e n d e u r eu la
n u i t de 1« Nativité du C h r i s t . C'est moi qui ai conduit le
F i l s , d u sein de son P è r e , j u s q u ' e n ce m o n d e t e r r e s t r e ;
c'est moi qui m a i n t e n a n t r e l è v e au-dessus de tous les
cicux. » Gomme l'âme restait un instant i n t e r d i t e à ces
p a r o l e s , la vierge ajouta : « N e crains p a s , t u v e r r a s
des choses plus g r a n d e s e n c o r e . » E l soudain les vêle-
m e n t s d e l ' A m o u r c h a n g è r e n t d'aspect et p r i r e n t un
merveilleux éclat ; ils se c o u v r i r e n t d'un treillis d'or
d o n t c h a q u e losange p o r t a i l l'image du R o i , s u r m o n -
tée de cette i n s c r i p t i o n : Celai qui était descendu est
remonté (tu-dessus des cicux. ( E p h . , iv, 10.) T o u t e s les
œ u v r e s de n o t r e r é d e m p t i o n étaient c o m m e merveil-
l e u s e m e n t b r o d é e s d a n s ces diverses i m a g e s . Et le
S e i g n e u r J é s u s p a r u t o r n é de vêtements s e m b l a b l e s ;
toutefois, dans les treillis, ce n'était p l u s le Roi, mais
l ' A m o u r , la Charité qui t r ô n a i t c o m m e une reine.
Ainsi Dieu était vêtu de l u i - m ê m e , p u i s q u e Dieu est
c h a r i t é et q u e la c h a r i t é , c'est D i e u . C e p e n d a n t
l ' A m o u r , p r e n a n t Dieu e n t r e ses b r a s , le souleva en
d i s a n t : « T u es celui-là seul e n qui j ' a i pu d é v e l o p p e r
p l e i n e m e n t la v e r t u d e m a p u i s s a n c e . » Mais l'âme
d e m a n d a à la vierge ce q u e s o n t ces b r a s c a p a b l e s de
t r a n s p o r t e r le S e i g n e u r , et l ' A m o u r r é p o n d i t : « Mes
deux b r a s s o n t m a toute-puissance cl ma volonté. J e
p u i s tout, mais tout ce q u e j e puis n'est p a s toujours
e x p é d i e n t à faire ; c'est p o u r q u o i m o n i m p é n é t r a b l e
sagesse o r d o n n e et d i s p o s e toutes mes œ u v r e s . »
U n e g r a n d e t r o u p e de s a i n t s a p p a r u t e n c o r e en ce
lieu. Jcaii-Baplisic, J o s e p h , père n o u r r i c i e r du Sei-
g n e u r , Siméon, qui r e c u l le Christ d a n s le temple, y
ff*> L E L I V R E T>E LA ORACE SPÉCIALE.

t e n a i e n t le p r e m i e r r a n g ; t o u s m o n t a i e n t avec le R o i .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge, M è r e d u S e i g n e u r , p a r u t
aussi s u r la m o n t a g n e , r e v ê t u e d ' u n m a n t e a u s e m b l a b l e
à celui de l ' A m o u r , sa t u n i q u e était d e c o u l e u r r o u g e .
E l l e dit à l ' â m e : « T o u t e s les d o u l e u r s que j ' a i e n d u -
r é e s a v e c m o n F i l s et à cause d e m o n F i l s , je les ai s u p -
p o r t é e s cn s i l e n c e et p a t i e n c e . J'offrais au S e i g n e u r
une p r i è r e c o n t i n u e l l e p o u r l ' E g l i s e n a i s s a n t e et j e l'ai
s o u v e n t i n c l i n é v e r s u n e m i s é r i c o r d e s p é c i a l e . C'est
ainsi q u e , m a i n t e n a n t e n c o r e , il ne p e u t se d é r o b e r
a u x d é s i r s d e L a m e qui a i m e , et il cn r é s u l t e q u e , s u r
t e r r e , cette Ame agit s u r le S e i g n e u r p l u s q u e si elle
était déjà d a n s le ciel. » A l o r s celle-ci r a p p e l a à la
b i e n h e u r e u s e V i e r g e toute la j o i e qu'elle ressentit à
l ' A s c e n s i o n d e s o u F i l s : « J ' a i a p p r i s d a n s cette j o i e
l'allégresse et la b é a t i t u d e q u e j e r e c e v r a i s à m o n
A s s o m p t i o n . » r é p o n d i t - e l l e . P u i s le S e i g n e u r J é s u s ,
s ï ï l e v a n l d a n s u n e ineffable a l l é g r e s s e , a r r i v a d e v a n t
s o n P è r e et lui p r é s e n t a , r e n f e r m é e s en l u i - m ê m e , les
â m e s de t o u s les é l u s , t a n t de c e u x q u i étaient m o n t é s
a v e c lui q u e d e s élus à v e n i r , a v e c t o u t e s l e u r s oeuvres,
l e u r s souffrances et l e u r s m é r i t e s . Celles-là m ê m e q u i ,
p o u r le m o m e n t , étaient en é t a t d e p é c h é , a p p a r a i s -
s a i e n t d a n s le C h r i s t , telles q u ' e l l e s s e r a i e n t p l u s t a r d
d a n s le ciel. M a i s les â m e s é p r i s e s d ' a m o u r et p a t i e n t e s
d a n s la souffrance étineelaient cn son C œ u r d'un
éclat p a r t i c u l i e r , t a n d i s q u e les a u t r e s brillaient, scion
l e u r r a n g , d a n s les d i v e r s e s p a r t i e s d e son c o r p s . L e
P è r e céleste accueillit s o n F i l s a v e c les p l u s g r a n d s
h o n n e u r s et dit : « Voici q u e j e te d o n n e ces délices
s u r a b o n d a n t e s q u e tu a s p o u r ainsi d i r e a b a n d o n n é e s
cn d e s c e n d a n t s u r la t e r r e d ' e x i l ; j ' y adjoins la pleiue
p u i s s a n c e d e lest c o m m u n i q u e r s a n s r é s e r v e à t o u t e s
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XX, 87

les â m e s q u e Lu m e p r é s e n t e s m a i n t e n a n t avec Loi. »


A l o r s le S e i g n e u r J é s u s offrit à Dieu le P è r e la p a u -
v r e t é , les o p p r o b r e s , les m é p r i s , les d o u l e u r s , tout
le l a b e u r et les œ u v r e s de son H u m a n i t é , c o m m e un
p r é s e n t n o u v e a u et très agréable qui n'avait j a m a i s
paru d a n s le ciel, quoiqu'il e û t été p r é v u d'avance en
D i e u . L e P è r e é t e r n e l attira ce p r é s e n t en lui-même
cl l'unit à sa D i v i n i t é , aussi i n t i m e m e n t q u e s'il eût
souffert en p e r s o n n e . L e S e i g n e u r J é s u s offrit aussi
au S a i n t - E s p r i t t o u t le parfum de l ' a m o u r qui avait
c o n s u m é son très saint C œ u r d ' a r d e u r s s a n s égales,
cl les sept d o n s du m ê m e E s p r i t , avec leur fruit
plénier, c a r c'est d a n s le C h r i s t seul q u e le Saint-
E s p r i t p a r ses d o n s a o p é r é d ' u n e m a n i è r e a b s o -
l u m e n t parfaite, selon cette p a r o l e d'Isaïe : L'Esprit
du Seigneur se reposera sur lai, esprit de sagesse, etc.
(ïs., xi, 3.) A u x e s p r i t s a n g é l i q u e s , il fit d o n du lait
de son H u m a n i t é , d o n t les a n g e s n'avaient pas eu
j u s q u e - l à l'expérience ; c ' e s t - à - d i r e qu'il leur d o n n a
une s u r a b o n d a n c e d e d o u c e u r à p u i s e r en cette
H u m a n i t é pleine de c h a r m e s p o u r a c c r o î t r e l e u r
joie el l e u r gloire. A u x p a t r i a r c h e s el aux p r o p h è t e s ,
il offrit u n e l i q u e u r d é l i c i e u s e , et a y a n t a i n s i apaisé
t o u s l e u r s d é s i r s , il les fit r e p o s e r en l u i - m ê m e . Q u a n t
a u x I n n o c e n t s et à ceux qui étaient rnorls p o u r la
v é r i t é , il e m b e l l i t el e n n o b l i t l e u r s souffrances, en les
r e c o u v r a n t p o u r ainsi dire de l'or précieux de sa
glorieuse ^ a s s i o n et d e sa m o r t . Il fit aussi des
d o n s n o m b r e u x a u x h a b i t a n t s de la t e r r e , c'est-à-
d i r e aux a p ô t r e s et aux a u t r e s fidèles, au sujet de
la consolation i n t é r i e u r e , d e la c o n n a i s s a n c e d e s
c h o s e s spirituelles et de l ' a m o u r fervent. E n s u i t e
le S e i g n e u r , t o u r n é v e r s l'âme, lui dit : « Voici que je
tiE L I V R E H E LA fi U A CE SPÉCIALE.

suis m o n t é c o m m e un g l o r i e u x t r i o m p h a t e u r , et
j ' a i enlevé a v e c m o i tous tes fardeaux. » P a r cette
p a r o l e , elle c o m p r i t que les b e s o i n s el les p e i n e s
de tous les h o m m e s sont, p r é s e n t s au S e i g n e u r , el
q u e c o m b a t t a n t l u i - m ê m e e n n o u s et p o u r n o u s , il
r e m p o r t e u n e g l o r i e u s e v i c t o i r e . Il ajouta : « G o m m e
j e l'ai dit à mes d i s c i p l e s , Dieu le P è r e a d o n n é à
mon H u m a n i t é la p u i s s a n c e d e faire toute ma v o l o n t é ,
au ciel et s u r la terre ; de r e m e t t r e aux h o m m e s
leurs p é c h é s , de faire o b s t a c l e à t o u t ce qui l e u r est
hostile, d'incliner m a D i v i n i t é v e r s eux en p r o p o r -
tion de l e u r s i n d i g e n c e s . » A l o r s l'Ame se p r o s t e r n a
aux p i e d s du S e i g n e u r p o u r l ' a d o r e r et lui rendre»
1
g r â c e s , m a i s il daigna lui a d r e s s e r e n c o r e la parole
et d i t : « Lève-toi, m a r e i n e , ( c a r toutes les â m e s u n i e s
à mon amour seront reines.) » L'âme, continuant à
c o n v e r s e r a v e c le S e i g n e u r , lui dit e n c o r e : « P o u r -
quoi, ô D i e u très a i m a b l e , la p e n s é e de la m o r t ne
me cause-t-elle q u e p e u ou p o i n t d e j o i e , t a n d i s q u e
d ' a u t r e s a t t e n d e n t cette h e u r e avec des t r a n s p o r t s
d'allégresse? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Cela vient d ' u n
effet spécial de m a b o n t é , c a r si tu d é s i r a i s m o u r i r ,
tu a t t i r e r a i s m o n C œ u r divin a v e c tant de d o u c e u r q u e
j e ne p o u r r a i s te le refuser. » E l l e r e p r i t : « P o u r q u o i
d o n c b i e n des h o m m e s , quelquefois m ê m e t r è s par-
faits, o n t - i l s si g r a n d e frayeur de la m o r t ? E t m o i -
m ê m e , qui suis u n e m i s é r a b l e , j e suis saisie d'effroi à
la pensée de m o u r i r . » L e S e i g n e u r r é p l i q u a : « La
crainte d u trépas vient de la n a t u r e , c a r l'âme a i m e Je
c o r p s el frissonne d ' h o r r e u r d e v a n t l ' a m e r t u m e d e la
(
s é p a r a t i o n . Mais loi, q u e c r a i n d r a i s - t u , p u i s q u e tu as

ft 1
1. Voir 2° p a r t i e , c h . xix ; 3 p a r t i e , ch. xxxvn ; 7'* p a r t i e , c h . xi,
e
et le Héraut de l'amour diuin, 5 p a r t i e , c h . i v .
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XX, 89

r e ç u mon C œ u r en gage d'immortelle alliance, p o u r


maison de refuge et p o u r d e m e u r e éternelle ? »
1
Le même j o u r , c o m m e on cliaulait le r é p o n s : « Om-
nis pulchriludo Domini : t o u t e la b e a u t é du Seigneur,
e t c . , » elle s'écria d a n s un élan d ' a m o u r : « Mon
S e i g n e u r , v o i r e heaulé, v o i r e s p l e n d e u r n o u s est
enlevée ! » « fi n'en est r i e n , répondil aver. boulé
le Seigneur, c a r d a n s ma b e a u l é el ma force, ma
l o u a n g e , ma gloire et mon a m o u r , j e d e m e u r e avec
v o u s et j ' y d e m e u r e r a i h jamais » C o m m e on chaulait
à la p r o c e s s i o n : « Et benedixil eh : il les bénit », elle
a p e r ç u t d a n s les a i r s , a u - d e s s u s de l ' a b b a y e , u n e m a i n
a d m i r a b l e m e n t belle qui bénissait la c o m m u n a u t é
p e n d a n t (pie le S e i g n e u r disait * « La bénédiction q u e
j ' a i d o n n é e j a d i s à m e s disciples est éternelle, elle ne
v o u s sera j a m a i s enlevée. »

38. COMMENT ON PEUT RAPPELER A DIEU I,A RÉDEMP-

TION DE I/TÎOMME.

(À collecteelle: «e nIn/irmilalem
^OMME t e n d a i t une fois r é c i t e r a la m e s s e cette
nostram respice, (pnvsnmus,
omnipolens D r u s , etc. : R e g a r d e / , n o u s v o u s en p r i o n s ,
Dieu t o u t - p u i s s a n t , n o t r e infirmité, etc. », elle désira
savoir quel fruit on peut r e t i r e r de ces p a r o l e s : / 7 / 1 -
carnalion, elc. Le Seigneur lui r é p o n d i t : « Ces p a r o l e s
m e iont s o u v e n i r d e s œ u v r e s accomplies p o u r la r é -
d e m p t i o n d e l ' h o m m e . Ce mot. : ITncavnation me r a p -
pelle la c h a r i t é qui m'a fait d e v e n i r « le frère des lions
et le c o m p a g n o n des a u t r u c h e s », ainsi qu'il est écrit

n
1. R é p o n s n 2 à la felo de PAsconsion.
LE LIVRE DE LA. GRACE SPÉCIALE.

d e moi : faclus sum j'raler leonnm et sociiis strnthioiuim


( J o b , xxx, 29). L e s lions d é s i g n e n t les coeurs s u p e r -
bes ; les autruches, les c œ u r s e n d u r c i s des J u i f s a v e c
qui j'a» p o u r t a n t vécu, p a r a m o u r , en a m i el en
frère. Cr?tte p a r o l e : glorieuse passion, me r a p p e l l e la
fidélité q u e j ' a i m o n t r é e à m e s e n n e m i s , lorsi^u'au m o -
m e n t où ils me faisaient s u b i r u n e m o r t c r u e l l e , j e
priais si i n s t a m m e n t p o u r e u x mon P è r e céleste. Cetlc
a u t r e p a r o l e : mort précieuse, m e r a p p e l l e à q u e l p r i x j e
m e suis livré p o u r l ' h o m m e l o r s q u e , s u r l'autel d e la
croix, je m e suis offert à m o n P è r e c o m m e u n e b o s t i c
très a g r é a b l e , a c q u i t t a n t ainsi toute la dette d e l ' h u m a -
nilé. Cette p a r o l e : résurrection, m e fait s o u v e n i r d u
g r a n d h o n n e u r q u e j ' a i fait a u x h o m m e s , q u a n d j e
r e s s u s c i t a i m o n c o r p s d u t o m b e a u , en signe d e la
r é s u r r e c t i o n future. E l l e m e r a p p e l l e aussi la h a u t e
dignité q u e j ' a i conférée a u x h o m m e s cn les u n i s -
sant à moi c o m m e des m e m b r e s à l e u r chef p a r u n e
éternelle alliance. L a c i n q u i è m e p a r o l e ; Ascension,
me r a p p e l l e q u e j e suis d e v e n u l'avocat des h o m m e s
el l e u r m é d i a t e u r a u p r è s d u P è r e . U n avocal o u i n t e n -
d a n t fidèle recueille a v e c soin les r e v e n u s d e son
m a î t r e , et q u a n d il y voit d u déficit, il 3" s u p p l é e de
son p r o p r e b i e n . C'est a i n s i q u e m o i , j'offre a u P è r e
les b o n n e s œ u v r e s c e n t u p l é e s , et dès qu'il y a déficit
chez un h o m m e , j ' y s u p p l é e afin de p o u v o i r p r é s e n t e r
à mon P è r e lui-même, son â m e e n r i c h i e avec d'inesti-
mables b i e n s d e v a n t tous les s a i n t s . »
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXI. 1)1

CHAPITRE XXL

30. DES LARMES »'ÀM0UR DU SEIGNEUR.

N j o u r elle e n t e n d i t lire d a n s l'Evangile q u e le


U S e i g n e u r avait pleuré ( J e a n , xi, 35). E l l e s ' o c c u -
pait de ce! le p e n s é e lorsqu'il lui d i t : « C h a q u e fois q u e ,
s u r ïa t e r r e , j e p e n s a i s à celte ineffable union qui m e
fait un avec D i e u le P è r e , m o n H u m a n i t é ne pouvait
r e t e n i r ses l a r m e s . A u s o u v e n i r de cet inestimable
a m o u r q u i , m ' a t t i r a n t d u sein d u P è r e , m a fait é p o u s e r
la n a t u r e h u m a i n e , m o n H u m a n i t é n e p o u v a i t s'em-
p ê c h e r de v e r s e r des p l e u r s . » A l o r s celle-ci dit :
« O ù sont d o n c ces l a r m e s q u e l ' a m o u r seul fit couler
de v o s y e u x ? » L e Seigneur r é p o n d i t : « Elles ont
u n e place s p é c i a l e d a n s m o n C œ u r , c o m m e u n trésor
préféré q u e l'on g a r d e seul d a n s u n lieu c h o i s i . » Mais
elle : « V o u s m'aviez dit autrefois que ces l a r m e s
d ' a m o u r a v a i e n t été a b s o r b é e s d a n s v o t r e C œ u r
c o m m e d a n s u n foyer. — Ceci est vrai, r e p r i t le
S e i g n e u r , c a r d a n s la fournaise d e m o n C œ u r , elles
o n t été a b s o r b é e s c o m m e q u e l q u e s g o u t t e s d'eau
jetées s u r un b r a s i e r ; elles n ' o n t c e p e n d a n t p a s été
c o n s u m é e s , c a r ces l a r m e s s o n t c o n s e r v é e s au plus
intime de m o n c œ u r . »
E l l e vit e n c o r e le Seigneur o u v r i r la plaie de son
très doux C œ u r et lui dire : « R e g a r d e l'étendue de
m o n a m o u r : si tu veux le bien c o n n a î t r e , tu ne le
t r o u v e r a s n u l l e p a r t plus c l a i r e m e n t e x p r i m é q u e d a n s
l ' E v a n g i l e . O n n'a jamais e n t e n d u formuler de senti-
92 LE LIVRE DE LA t m A C F SptfcrALE*

m c n l s p l u s forls ci plus t e n d r e s q u e ceux-ci : Comme


mon Père ni*a aime, ainsi moi je vous ai aimés, ( J e a n ,
xv, 9.) H y a (Vpiulros p a r o l e s e n c o r e a d r e s s é e s à mon
P è r e , il y cn a de s e m b l a b l e s dites à mes d i s c i p l e s
l o r s q u e j e les c o m b l a i s d e m e s bienfaits. »

CHAPITRE XXH.

40. D'UNE TRIPLE OPÉRATION DU SAINT-ESPRIT DANS

LES APOTRES ET DANS TOUTE AME DE DÉSIR.

N la sainte vigile de l ' a i m a b l e fclc de la P e n t e c ô t e ,


E c o m m e cette h u m b l e s e r v a n t e de Dieu a s p i r a i t à
d e v e n i r le réceptacle du S a i n t - E s p r i t , le S e i g n e u r lui
dit : « L e S a i n t - E s p r i t a o p é r é trois c h o s e s d a n s les
a p ô t r e s : p a r la p r e m i è r e o p é r a t i o n , il les a e m b r a s é s
de l ' a m o u r divin, c'est-à-dire q u e son a v è n e m e n t les a
t e l l e m e n t t r a n s f o r m é s q u ' a u lieu d'être t i m i d e s , faibles
et p l e i n s d ' a m o u r d ' e u x - m ê m e s c o m m e a u p a r a v a n t , ils
se m o n t r è r e n t assez forts p o u r ne pas m ê m e c r a i n d r e
la m o r t ; ils ont bien p l u s , dès ce j o u r , e s t i m é c o m m e
u n e gloire et un b o n h e u r de souffrir persécution p o u r
l ' a m o u r de D i e u . E n second lieu, c o m m e le feu p u -
rifie le fer et se l ' a s s i m i l e , ainsi le S a i n t - E s p r i t a p u -
rifié les a p ô t r e s de toute s o u i l l u r e et les a p l e i n e m e n t
sanctifiés cn lui-même. T r o i s i è m e m e n t , de m ê m e q u e
le moule d o n n e à l'or fondu d a n s le c r e u s e t sa forme
exacte, efinsi le S a i n t - E s p r i t a fait p o u r ainsi d i r e c o u -
ler en Dieu les a p ô t r e s , d ' a b o r d liquéfiés p a r ?« feu de
son a m o u r , afin de l e u r d o n n e r la forme de l'image
d i v i n e , et de réaliser en eux celte p a r o l e du p s a u m e :
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXII. 93

Je F ai dit, vous êtes des dieux. ( P s . E X X X I , 6.)


<( A cet e x e m p l e , celui qui d é s i r e r e c e v o i r 1s Saint-
E s p r i t p e u t lui d e m a n d e r d ' a c c o m p l i r en son â m e t r o i s
o p é r a t i o n s , à s a v o i r : le r e n d r e fort c o n t r e tout mal ;
le d i s p o s e r à t o u t bien, en le s é p a r a n t de là" c r a i n t e
n a t u r e l l e de souffrir j u s q u ' à lui faire accepter joyeu-
s e m e n t les a d v e r s i t é s , p o u r l ' a m o u r de Dieu Enfin,
qu'il d e m a n d e au S a i n t - E s p r i t la rémission de ses
p é c h é s p o u r q u e , totalement liquéfiés pur le feu d e
l ' a m o u r d i v i n , il p a s s e c n D i c u , et dans cette b i e n -
h e u r e u s e u n i o n , lui d e v i e n n e semblable.
« L e S a i n t - E s p r i t fit aussi b o i r e les a p ô t r e s d a n s
trois c o u p e s , de s o r t e q u e le p e u p l e ne crut p a s s a n s
r a i s o n à leur i v r e s s e . D ' a b o r d , il les remplit telle-
m e n t d u vin d e l ' a m o u r q u e , pareils à des h o m m e s
e n i v r é s , ils s'oubliaient e u x - m ê m e s , ne r e c h e r c h a n t
plus ni h o n n e u r , ni a v a n t a g e m a t é r i e l , mais unique-
m e n t la g l o i r e de D i e u . 11 l e u r versa ensuite du vin
d e l à c o n s o l a t i o n et de la d o u c e u r divines, si bien q u ' i l s
n ' é p r o u v a i e n t p l u s de goût p o u r a u c u n e joie et c o n s o -
lation de la t e r r e . II les e n i v r a , en troisième lieu, d'un
n e c t a r , q u i est l ' a m o u r des c h o s e s célestes; il les rendit
c o m m e i n s e n s é s au point q u e , d a n s le désir et l ' a m o u r
qui les e m b r a s a i t p o u r D i e u , ils a u r a i e n t affronté
mille m o r t s p o u r a r r i v e r j u s q u ' à lui.
« L ' â m e fidèle doit d e m a n d e r au S a i n t - E s p r i t de lui
d o n n e r à b o i r e aussi ce vin du divin a m o u r , qui p r o -
d u i r a eu elle l'oubli de soi et le m é p r i s de tout hon-
n e u r cl de t o u t avantage qui n ' i n t é r e s s e p a s la gloire
de D i e u . Q u ' e l l e d e m a n d e aussi la p l é n i t u d e de la
suavité du S a i n t - E s p r i t , afin d e n c j a m a i s se c o m p l a i r e
d a n s les j o i e s et les délices d e la lerre, et qu elle prie
D i e u de l ' e m b r a s e r enfin d ' u n tel a m o u r p o u r les
9't LE LIVRE DE LA OR ACE SPÉCIALE.

c h o s e s célestes cl s p i r i t u e l l e s , q u ' a s p i r a n t à lui tic tout


son c œ u r , elle c o m p t e p o u r r i e n la m o r t et toutes les
souffrances. »

41. DE LA VIGNE OU SEIGNEUR QUI EST L A M E DU JUSTE,

E m ê m e j o u r , p e n d a n t la c é l é b r a t i o n de l'office,
I J elle vit le Roi de g l o i r e , le S e i g n e u r J é s u s , sié-
g e a n t d a n s l'église a v e c u n e m u l t i t u d e d ' a n g e s et d e
s a i n t s . D e son C œ u r s ' é c h a p p a i e n t a u t a n t de r a y o n s
qu'il y avait là de s a i n t s , et v e r s c h a c u n d ' e n t r e eux
se dirigeait la p o i n t e d ' u n d e ces r a y o n s . P e n d a n t le
c h a n t d u Vinca facla est(ls. v 1), la vierge du C h r i s t
dit au S e i g n e u r d a n s u n élan d ' a m o u r : « O h ! p l u t
à Dieu q u e m o n c œ u r fût t o u j o u r s u n e vigne choisie
selon v o t r e C œ u r ! — J e p u i s faire tout ce q u e tu
d é s i r e s , » lui r é p o n d i t le S e i g n e u r . E t a u s s i t ô t elle
se vit c l l e m - ê m e au d e d a n s de son p r o p r e c œ u r ,
elle s'y p r o m e n a i t c o m m e d a n s u n e vigne m a g n i f i q u e ,
cpie les anges p r o t é g e a i e n t c o m m e u n m u r d ' e n -
c e i n t e . L a p a r t i e o r i e n t a l e de la v i g n e p r o d u i s a i t u n
vin d o u x et clair q u i signifie le fruit d e s œ u v r e s
offertes à D i e u au t e m p s d e l'enfance. V e r s l ' a q u i l o n ,
le vin était r o u g e et fort, à c a u s e des luttes d e l ' h o m m e
en s o n a d o l e s c e n c e p o u r r é s i s t e r a u x v i c e s , a u x t e n t a -
t i o n s et aux p u i s s a n c e s e n n e m i e s . Au mid'i, le vin
était excellent et c h a u d , en signe des actes d e v e r t u
q u e , d a n s la force d e l'âge, l ' h o m m e a c c o m p l i t p a r
a m o u r . Enfiu, à l ' o c c i d e n t , on t r o u v a i t u n v i n gé-
n é r e u x c o m m e le n e c t a r , p o u r e x p r i m e r les d é s i r s de
l ' h o m m e qui a s p i r e d e t o u t e s ses forces v e r s D i e u et
v e r s le ciel, et p o u r signifier aussi les p e i n e s et les
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XXIÏ. 95

t r i b u l a t i o n s qui ne m a n q u e n t j a m a i s à la vieillesse.
Il lui fut e n s u i t e révèle q u c l ' l i o m m c j u s t e estîa vigne
de D i e u , c a r le Seigneur p r e n d ses délices en celui
q u i , de l'enfance à la mort, vil saintement p o u r lui.
C e p e n d a n t elle avait aussi a p e r ç u au milieu de la
vigne u n e fontaine, a u p r è s de laquelle le Seigneur était
a s s i s . D e son C œ u r s a c r é , c o m m e d u n e s o u r c e , l'eau
coulait r a p i d e v e r s celle fontaine où il semblait la
p u i s e r , p o u r la r é p a n d r e s u r les h o m m e s désireux de
l e u r r é g é n é r a t i o n s p i r i t u e l l e . D a n s la c o n s t r u c t i o n
élevée a u - d e s s u s de la fontaine, on pouvait a d m i r e r
sept é c u s s o n s sculptés r e p r é s e n t a n t les sept d o n s du
S a i n l - E s p r i t , ils sont, en effet, bien r e p r é s e n t é s s o u s
la forme d ' é c u s s o n s ou de b o u c l i e r s , car nul ne peut
s a n s a v o i r v a i l l a m m e n t c o m b a t t u les posséder tou-
jours pleinement.

42. DE CINQ BAISERS.

p e n d a n t q u ' o n c h a n t a i t « Rrx sancloram


E ENSUITE
1
ungeloriun: Roi des s a i n t s a n g e s », il lui sembla
q u e le S e i g n e u r se r e n d a i t solennellement en proces-
sion aux fonts b a p t i s m a u x . i l a v a i t placé J e a n T E v a n -
gelistc à sa droite et B a r t h é l é m y à sa g a u c h e , faveur
a c c o r d é e à ces d e u x a p ô t r e s à c a u s e de la pure lé singu-
lière du c o r p s et de l ' â m e d o n t ils étaient o r n é s . P i e r r e
cl J a c q u e s le M i n e u r o u v r a i e n t cette m a r c h e v e r s les

1 . A la b é n é d i c t i o n des F o n t s d e la vigile do la P e n t e c ô t e ,
VOrdinarium Lugdnncnse, le Pontificale Salisbnrgensc et YOrdo
lomanus d o n n e n t cette l i t a n i e : Rex Ângelornm. On l'appelle q u e l -
quefois Zi/«nia nona Sanctorum, p a r c e q u e les invocations y étaient
répétées j u s q u ' à neuf fois.
% T,F. r.rvïiF ni- I,A WIACK srrôoiAi-rc.

fonts, cn raison d e la dignité é p i s c o p a l c , qui les d i s -


tingue p a r m i les a u t r e s a p ô t r e s . La g l o r i e u s e V i e r g e
M a r i e a p p a r u ! aussi à la droite de s o n F i l s . S o n vête-
ment était d'or, garni de petites p o m m e s qui se b a l a n -
çaient a e h a q u c m o n v r m e n l , c o m m e u n e frangelé.gère,
ce qui signifie les d é s i r s incessants de Mark, p o u r le
plus g r a n d bien de l'Eglise naissante- Du C œ u r divin
jaillissaient les eaux v i v e s d ' u n e s o u r c e l i m p i d e .
C e p e n d a n t l'ame, s ' n d r e s s a n l à l a M è r e d u S e i g n e u r ,
lui d e m a n d a i t d ' o b t e n i r q u ' e l l e fût purifiée d e tout
p é c h é d a n s celle fontaine. Aussitôt la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e daigna la p r e n d r e e n t r e ses b r a s et l ' a p p r o c h e r
du C œ u r divin, de telle s o r t e que l'ame p u t le b a i s e r
j u s q u ' à cinq fois. Au p r e m i e r baiser, elle se sentit
lavée de toute l â c h e ; au s e c o n d , la paix d u S e i g n e u r lui
fut a c c o r d é e ; au t r o i s i è m e , c o m m e u n e a m i e t r è s c h è r e ,
elle r e ç u t en c a d e a u des délices s p i r i t u e l l e s ; m a i s au
q u a t r i è m e , ellcfut rnvic d a n s le C œ u r d i v i n , où elle vit
et r e c o n n u t tous les é l u s e t toute c r é a t u r e . L e S e i g n e u r
lui dit alors : « Q u e veux-tu, ou q u e p e u x - t u v o u l o i r
1
e n c o r e ? Voici q u e le Bien a b s o l u d o n t la p o s s e s s i o n
fait la joie du ciel et de la t e r r e t ' a p p a r t i e n t ; m a i n t e -
n a n t p a r t a g e avec les s a i n t s , selon ta v o l o n t é , ce qui est
ion bien. » Maïs elle, e m b r a s s a n t le S e i g n e u r avec u n e
i n d i c i b l e j o i e , s ' e m p r e s s a d e le c o m m u n i q u e r l u i -
m ê m e à la b i e n h e u r e u s e Vierge d ' a b o r d , et ensuite à
t o u s les s a i n t s . A u c i n q u i è m e b a i s e r , il lui s e m b l a
p r e n d r e place à u n e table r i c h e m e n t s e r v i e p o u r y
p a r t i c i p e r a i ! festin du S e i g n e u r . »

1. Le. Rien a b s o l u , omne homim. Lu Sainte* a su t r o u v e r i o n s


la s a i n t e Kcriluro ( K x o d . ch. x x x n i , v. 1ÎM, l ' e x p r e s s i o n la plus
v i g o u r e u s e cl la p l u s exacte p o u r r e n d r e la vision q u e Dieu lui
donnait.
PREMIKRK P A R T I E . CHAPITRE XXIIT. 07

L e S e i g n e u r lui dît enfin : « T u dois c h a q u e j o u r


b a i s e r m o n C œ u r en ces c i n q manières. P o u r c o m -
p r e n d r e ce q u e j e veux d i r e , examine c o m m e n t agit
u n e m è r e e n v e r s sa fille c h é r i e : le matin, elle r e g a r d e
son visage, et si elle y d é c o u v r e la m o i n d r e tache,
elle la fait d i s p a r a î t r e ; p u i s clic orne sa tète d ' u n e
c o u r o n n e ; e n s u i t e , guidée p a r sa tendresse, elle l'em-
b r a s s e avant de la faire e n t r e r d a n s ses a p p a r t e m e n t s
et de lui m o n t r e r ses trésors les plus précieux ; enlin
elle lui s e r t un excellent r e p a s . Ainsi j e d o n n e ma
g r â c e à u n e â m e que dirige la pénitence vers moi et
j'efface m o i - m ê m e toutes ses souillures. J e mets u n e
c o u r o n n e s u r sa tôle q u a n d j e lui d o n n e les v e r t u s p o u r
p a r u r e . D è s l o r s j e p r e n d s en elle mes c o m p l a i s a n c e s
et n e p o u v a n t plus c o n t e n i r mon a m o u r , j e le lui
témoigne par mes tendres emhrasscmcnls. Lorsqu'elle
est ainsi a d m i s e d a n s m o n i n t i m i t é , j e lui m o n t r e par
expérience les délices que l'on goûte en moi, enfin je
lui d o n n e p o u r n o u r r i t u r e le mets le plus exquis,
c'est à-dire le s a c r e m e n t de m o n Corps et de mon
Sang. »

C H A P I T R E XXIII.

4o. nie L'AMOUR ; COMMENT I/ILOAIMI? DOIT OI?KIUH

SON CUCUK A DÏKU.

i) saint j o u r tic la P e n t e c ô t e , à l'intonation de la


A messe Spirilus Do/mm, elle entendit u n e voix
qui disait : « E c o u l e , o m o n â m e , et sois d a n s l'allé-
gresse, car si l'Esprit de Dieu a rempli l'univers entier
98 LE LIVRE P E LA GRACE SPÉCIALE.

clc sa visite, lu ne s e r a s pas exceptée. « T o u t e f o i s elle


s e dit e n e l l e - m ê m e ; « C e s p a r o l e s n e v i e n n e n t p a s
d e D i e u , m a i s c'est ton Ame qui p a r l e p o u r e s s a y e r
d e se c o n s o l e r . » C e p e n d a n t le S e i g n e u r r é p l i q u a s u r -
l e - c h a m p ; « Ces p a r o l e s v i e n n e n t d e m o i , p u i s q u e
t o n â m e e s t la m i e n n e et m o n â m e la t i e n n e . O n lit d e
J o n a t h a s et d e D a v i d q u e l e u r s â m e s furent collées
Tune à l ' a u t r e ; a i n s i , et plus fortement e n c o r e , l ' a m o u r
a collé Ion â m e à la m i e n n e . A u j o u r d ' h u i m ô m e j e te le
démontrerai. » Ces paroles dites, deux blanches ailes
furent d o n n é e s à l'Ame q u i s'en s e r v i t p o u r v o l e r d a n s
les h a u t e u r s j u s q u e v e r s u n e g r a n d e l u m i è r e o ù , a r r ê -
t a n t sa c o u r s e , elle se r e p o s a . O r u n ange du S e i g n e u r
s'étant a p p r o c h é la s a l u a a v e c r é v é r e n c e et lui dit :
«r O n o b l e v i e r g e , p r é p a r e - t o i , il va v e n i r ton fiancé ï »
m

— « J e ne sais c o m m e n t m e p r é p a r e r , r é p o n d i t - e l l e ,
c a r si j e dois p a r a î t r e d i g n e m e n t o r n é e , c'est le B i e n -
Aimé de m o n â m e qui devra me p a r e r p o u r l u i - m ê m e
et à son g r é . » A u s s i t ô t le Roi d e gloire se p r é s e n t a s o u s
la forme d ' u n b r i l l a n t fiancé, et la revêtit d ' u n e r o b e
b l a n c h e en d i s a n t : « Reçois la r o b e de m o n i n n o -
c e n c e , j e te la d o n n e p o u r éternelle p a r u r e . » Il lui
p a s s a e n s u i t e u n e r o b e de c o u l e u r r o s e et lui dit ;
« Celle-ci, j e l'ai tissée de m e s souffrances et de tes
d o u l e u r s r é u n i e s . » C e p e n d a n t l ' A m o u r se tenait aussi
devant le S e i g n e u r , s o u s l ' a p p a r e n c e d ' u n e vierge
t r è s belle. L e S e i g n e u r r e g a r d a t e n d r e m e n t la vierge
et lui dit : « T u es ce que je s u i s . » L a m e s'aperçut
a l o r s qu'elle n'avait p o i n t de m a n t e a u , m a i s l ' A m o u r
aussitôt étendit le s i e n , d o n l i l couvrit à la fois D i e u et
l'âme, qui se c r u t d è s l o r s revêtue de l ' A m o u r m ê m e .
Mais l'or du m a n t e a u de l ' A m o u r r e c o u v r a i t des cou-
l e u r s varices et sa d i m e n s i o n était si a m p l e q u e tous les
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXIII. 99

h a b i t a n t s d c T u n i v c r s a u r a i e n t p u s'y a b r i t e r , L ' A m o u r
d i t : « A u t a n t il y a de fils d a n s le (issu de ce m a n t e a u ,
a u t a n t j e d o n n e de c o n s o l a t i o n s à ceux qui v i e n n e n t à
m o i . » L ' â m e p e n d a n t ce t e m p s se f o n d a i t e n son Bien-
A i m é et il lui s e m b l a i t ê t r e devenue u n seu3 esprit
a v e c lui q u a n d il lui dit ; « Maintenant, o r d o n n e ce
q u ' i l te plaira. — O m o n Seigneur, répondit-elle, Je
t o n d e c o m m a n d e m e n t n e m e c o n v i e n t p a s , m a i s si
j ' a v a i s q u e l q u e p u i s s a n c e , je v o u d r a i s réveiller toutes
les c r é a t u r e s , afin de c o n s a c r e r à v o t r e gloire l e u r
force, l e u r science et l e u r b e a u t é . »
C o m m e on c h a n t a i t à l'offertoire : « Tibi affermit
reges munera, les r o i s v o u s offriront l e u r s p r é s e n t s , »
elle dit au S e i g n e u r : « Q u e v o u s offrirai-je, ô le B i e n -
A i m é de m o n c œ u r ? J e n ' a i rien qui p u i s s e v o u s
p l a i r e ! L e s séculiers v o u s d o n n e n t u n e p a r t de l e u r s
b i e n s t e r r e s t r e s ; les r e l i g i e u x s'offrent eux-mêmes
a v e c l e u r entier d é v o u e m e n t . » L e Seigneur lui r é p o n -
dit : « Offre-moi ton c œ u r en cinq m a n i è r e s , et tu
m ' a u r a s fait le c a d e a u le p l u s agréable. D ' a b o r d p r é -
s e n t e - l e - m o i avec u n e fidélité entière, c o m m e les
a r r h e s de nos fiançailles, en d e m a n d a n t q u e l ' a m o u r
d e m o n C œ u r le purifie d e t o u t e faute c o m m i s e p a r
infidélité. S e c o n d e m e n t , p r e n d s ton seul plaisir à m e
le d o n n e r c o m m e u n j o y a u précieux, le d i s p o s a n t à
r e n o n c e r p o u r moi à tous les plaisirs que lu p o u r r a i s
g o û t e r en ce m o n d e . T r o i s i è m e m e n t , offre-le-moi
c o m m e u n e c o u r o n n e c o m p o s é e de l ' h o n n e u r q u e t u
p o u r r a i s o b t e n i r i c i - b a s cl m ê m e d a n s I ^ n t r e vie,
afin q u e seul, j e sois ta g l o i r e et la c o u r o n n e . Offre-
le-moi q u a t r i è m e m e n t c o m m e une coupe d ' o r où j e
m ' a b r e u v e d e ma p r o p r e d o u c e u r , el c i n q u i è m e m e n t
enfin, c o m m e le vase où j e t r o u v e r a i un m e t s exquis,
100 LK LTVRE HE LA ORA0E SPÉCIALE.

c'est-à-dire m o i - m ê m e à p r e n d r e en n o u r r i t u r e . »
A T i e r c e , c o m m e on c n l o n n n i t l c V e m (Jirrt/or, elle vil
le S a i n t - E s p r i t v o l e r d a n s le c h œ u r s o u s la forme d'un
aigle d o n t le coeur projetait a u t a n t de r a y o n s qu'il y
avail là de p e r s o n n e s ; une foule d'anges p r ê t a i t son
m i n i s t è r e à c h a q u e r a y o n . Au m o m e n t de la s a i n t e
c o m m u n i o n , une c o l o m b e p l u s b l a n c h e q u e la neige
loucha de son b e c le c œ u r d e c h a c u n e d e ces p e r -
s o n n e s p o u r en faire jaillir u n e flamme. Mais chez
q u e l q u e s - u n e s la flamme s'éteignit, t a n d i s q u e chez les
a u t r e s , elle m o n t a et d e v i n t u n g r a n d feu.
U n e a u t r e fois, cn ce m ê m e j o u r , le S e i g n e u r J é s u s
lui a p p a r u t au c h œ u r , r e v ê t u d ' u n m a n t e a u d'or, c est-
a-dire de l ' a m o u r . Il s ' a p p r o c h a avec b o n t é des p e r -
s o n n e s p r é s e n t e s et d e son C œ u r p l u s d o u x q u e le
miel» il envoya le S a i n t - E s p r i t à c h a c u n e s o u s la
forme d'une b r i s e légère et e m b a u m é e .

C H A P I T R E XXIV.

1
44. LA TRINITÉ SE R KI A N O SUR L'AME COMME UNE

SOURCE I/KAU VIVE.

en o r a i s o n le j o u r de la s a i n t e T r i n i t é , elle
I ^TANT

J désirait que tous les saints cl t o u t e s les créa-


turcs rendissent l e u r s b é n é d i c t i o n s et l e u r s , louanges
ù la s o u v e r a i n e cl a d o r a b l e T r i n i t é p o u r t o i K les bien-
faits qui leur a v a i e n t été d é p a r t i s . S o u d a i n elle eut un
ravissement d'esprit et fut a m e n é e d e v a n t le t r ô n e de
gloire. Elle vit alors la b i e n h e u r e u s e T r i n i t é sous le
s y m b o l e d'une s o u r c e d'eau vive qui avait pris son
existence en elle-même de foule élcrnilé el ronlenail:
en soi loules choses, p u i s se répandait m e r v e i l l e u s e -
ment s a n s j a m a i s d i m i n u e r , el s'en allait ainsi a r r o s e r
el Féconder tout l ' u n i v e r s entier. Cependant l'âme
liquéfiée par l ' a m o u r s'écoulait pour ainsi dire dans
la Divinité q u i , à son t o u r , se répandait d a n s celle
Ame en la c o m b l a n t d'ineffables délices. D u r a n t en
t e m p s d ' u n i o n à D i e u , clic distingua e n t r e a u t r e s
ces p a r o l e s : « Voici q u ' a v e c ma toute-puissance lu
es d e v e n u e l o u l c - p u i s s a n t e , el si lu veux tout ce que
j e veux, lu seras toujours u n i e a ma toute-puissance.
M o n i n s o n d a b l e s a g e s s e t'a aussi alliréc, el si toutes
m e s œ u v r e s et mes j u g e m e n t s te plaisent, tu seras
toujours unie à la divine sagesse. E t mon a m o u r l'a
p é n é t r é e el s'est tellement r é p a n d u en toi q u e tu sem-
blés m ' a i m e r m o i n s a v e c ton a m o u r q u ' a v e c m o n
p r o p r e a m o u r ; en celte union tu a d h é r e r a s à m o i p o u r
toujours. »
C o m m e elle allait c o m m u n i e r , elle sentit u n e joie
s p i r i t u e l l e si d é b o r d a n t e qu'elle en fut étonnée, mais
le S e i g n e u r lui dit : « Va c o m m u n i q u e r ta joie à
t o u s les saints. » E l l e s ' a p p r o c h a d'abord de la 1res
sainte V i e r g e Marie el lui fit p a r t de son allégresse en
d i s a n t : « O g r a c i e u s e V i e r g e , p o u r accroître votre
gloii^e, j e v o u s c o m m u n i q u e l'immense joie de mon
c œ u r . — E t moi, r é p o n d i t la très sainte Vierge, je te
d o n n e toute l'allégresse dont j'ai joui plus q u ' a u c u n e
a u t r e c r é a t u r e au ciel et s u r la terre. » Elle fil ensuite
p a r t de sa joie aux A p ô t r e s qui lui r é p o n d i r e n t : « E t
n o u s , n o u s le d o n n o n s toutes les c o n s o l a t i o n s que
n o u s a v o n s é p r o u v é e s a u p r è s de notre doux Seigneur
cl M a î t r e , et spécialement celle qu'il n o u s a c c o r d a en
n o u s a p p e l a n t de la m o r t à l'éternelle vie. » P u i s aux
102 T,F, M V H K DR Î,À GUACK SPÉniAT.E.

M a r t y r s , qui l'accueillirent cn d i s a n t : « N o u s to d o n -
n o n s la j o i e q u e s o n a m o u r n o u s a fait t r o u v e r d a n s Je
feu, d a n s te fer el d a n s mille m o r t s d i v e r s e s . » L o r s -
q u ' e l l e lut a r r i v é e aux C o n f e s s e u r s , ils d i r e n t : « E t
n o u s a u s s i , n o u s le d o n n o n s p a r t à toute la j o u i s s a n c e
que nous avons puisée dans l'amour du Christ au
milieu d e s t r a v a u x et d e s a u s t é r i t é s d e n o t r e O r d r e . »
Mais l o r s q u ' e l l e c o m m u n i q u a sa joie aux V i e r g e s , elle
les e n t e n d i t r é p o n d r e : « N o u s , n o u s le gratifions d e
celle allégresse q u e n o u s p o s s é d o n s en D i e u n o t r e
E p o u x , p a r u n e p r é r o g a t i v e s p é c i a l e . » O r il lui
sembla q u e la j o u i s s a n c e de D i e u p r o c u r e aux v i e r g e s
p l u s d e délices e n c o r e q u ' a u x a u t r e s s a i n t s , et q u e
les (lois d e l à D i v i n i t é coulent s u r elles avec u n e s i n -
gulière d o u c e u r , aussi c o m p r i t - e l l e l'exactitude d e
ces p a r o l e s :

« Lancia manna virginale


Munna novum el régale,
Qnocl nulli sapil hominum
Niai palalo virgituun ;

L o u e la m a n n e v i r g i n a l e , la m a n n e n o u v e l l e et
royale qui n'est d o n n é e à a u c u n h o m m e , c a r elle n'est
goûtée q u e d e s v i e r g e s . »
E l d a n s le c h œ u r des v i e r g e s , elle a p e r ç u t sa s œ u r ,
de v é n é r é e m é m o i r e , la D a m e a b b e s s e d o n t ilj a été
p a r l é ; elle était p a r é e et o r n é e d e v e r t u s c o m m e u n e
reine. E l l e vit a u s s i u n e a u t r e d e ses s œ u r s . Luit-
g a r d e , m o r t e à la fleur d e l'âge, v i e r g e a i m a b l e à
Dieu et a u x h o m m e s , p e n d a n t sa c o u r t e v i e . E l l e
était r e v ê t u e d ' u n e c y c l a d c b l a n c h e c o m m e la neige
et lamée d ' o r ; elle p r i t sa s œ u r p a r la main p o u r
PREM1ÈRE PARTIE. CHAPITRE XXV, 103

Ja c o n d u i r e devant le Irônc de Dieu, où elle c h a n t a :


<( Celle-ci est plus belle q u e le soleil, plus h a u t e
q u e les c è d r e s . »

CHAPITRE XXV.

45. DES BLESSURES DE SAINTE MAlilE-MAGDELEINE.

-^N la le te de sainte M a r i c - M a g d e l e i n e , le Seigneur


JL!i lui p a r u t t r a v e r s e r le c h œ u r en tenant sainte
Magdeleine d o u c e m e n t e n s e r r é e d a n s un de ses b r a s .
A cette v u e , elle ne fut p a s s a n s s u r p r i s e à cause de
cette p a r o l e : C'est la pureté qui rapproche de Dieu
( S a g . . vi, 20), m a i s à cela le Seigneur r é p o n d i t : « L'in-
t e n s i t é de l ' a m o u r qu'elle eut p o u r moi s u r la terre
est la p r o p o r t i o n de l'union qui me J'associe d a n s les
cieux. » E l l e dil a l o r s : « O très doux Dieu, enseignez-
moi c o m m e n t j e dois vous louer en v o t r e a m a n t e .
— L o u e - m o i p a r les cinq b l e s s u r e s q u e l ' a m o u r lui a
faites p e n d a n t ma P a s s i o n , d i l le S e i g n e u r . C o m m e
j ' é t a i s s u s p e n d u à la croix et près d'expirer, mon
a m a n l c , voyant la m o r t fermer déjà ces yeux qui
s'étaient si s o u v e n t abaissés s u r elle avec m i s é r i c o r d e ,
eut le c œ u r p e r c é c o n n u e d ' u n e flèche. Et quand la
m o r t s ' a p p r o c h a d e mes oreilles, qui s'étaient tant d e
fois prêtées à ses p r i è r e s , son c œ u r , ému de c o m p a s -
sion, r e ç u t u n e nouvelle blessure, d'autant plus p r o -
fonde qu'elle était a l o r s témoin de la p e i n e el des lar-
mes de ma M è r e , t e n d r e m e n t aimée à cause de moi.
P u i s q u a n d elle vit mes lèvres, qui avaient p r o n o n c é
p o u r elle tant de douces p a r o l e s , alin de la consoler
SAINTE MKCÏITlMHï.
104 LE LIVRE OR LA GRACE SPÉCIALE

et de r i n s t r u î r e el s p é c i a l e m e n t ces m o t s : Ta foi
fa sauvée, va eu paix ( L u c , v u , 50), q u a n d elle vit
ces l è v r e s p a l e s el closes d a n s l'immutabilité d e la
m o r L elle lut e n c o r e t r a n s p e r c é e p a r l e glaive. E t l o r s -
qu'elle vil m o n C œ u r , qui enflammait le sien d a v a n t a g e
à chacune, de ses r e n c o n t r e s a v e c m o i , q u a n d elle le
vit ouvert p a r la l a n c e , l ' a m o u r lui fil e n c o r e u n e i n s o n -
dable b l e s s u r e . Enfin q u a n d Mie me c o n t e m p l a , m o i ,
sa vie, sa joie el tout son b i e n , s a n s qui elle p e n s a i t ne
p o u v o i r v i v r e , q u a n d elle m e vit morl cl mis au t o m -
beau, s o n aine, s o u s l'effort d e son a m o u r , s e m b l a p o u r
ainsi d i r e s ' a n é a n t i r d a n s cette ineffable d o u l e u r . »

46. QUE SAINTE MARIE-MAGDELËINE PEUT OBTENIR

LA PÉNITENCE A CEUX QUÏ L'ÏNVOQUENT.

N E a u t r e fois, en l a l e l c d c cette m ê m e sainte, celle-


U ci la vit d e b o u t en p r é s e n c e du S e i g n e u r ; son
c œ u r e m b r a s é r a y o n n a i t c o m m e un soleil d o n t la
l u m i è r e se r é p a n d a i t s u r tous ses m e m b r e s . E l l e c o m -
prit q u e ce feu avait été d i v i n e m e n t a l l u m é d a n s le
c œ u r d e Marie-Magdcleine l o r s q u e le S e i g n e u r lui
a d r e s s a sa p r e m i è r e p a r o l e : Tes péchés te sont
remis. E t ce feu p r i t en elle t a n t de force q u e , dès
l o r s , t o u t e s ses actions el ses p e n s é e s se c h a n g è r e n t en
feu. D e ce fait, celle-ci conclut que toute a m e e m b r a s é e
de l ' a m o u r accroît en elle-même l'incendie de l ' a m o u r ,
p a r ses p e n s é e s , " s e s p a r o l e s , ses a c t i o n s , ses souf-
frances, qui se c h a n g e n t toutes cn feu c o m m e le bois
jeté d a n s le b r a s i e r . E l si elle jette au feu d ' a u t r e s ma-
tières c o m b u s t i b l e s , les p é c h é s véniels p a r e x e m p l e , le
feu les c o n s u m e et les r é d u i t à néant. A l o r s celle â m e
PREMIERE PARTIE. CHAPITRE XXV, 1 0 5

devient loulc d e feu, si bien q u e l o r s q u ' e l l e q u i l l e son


c o r p s , les e s p r i t s de malice ne p e u v e n t s'en a p p r o -
c h e r . Mais ceux q u e n ' e m b r a s e pas ce feu du divin
a m o u r ne v o i e n t p o i n t leurs acLcs se c o n s u m e r ainsi ;
et, de p l u s , le mal qu'ils c o m m e l t e n l les c h a r g e
c o m m e un fardeau à l'heure d e la m o r t .
Il lui sembla aussi que des pieds du S e i g n e u r p o u s -
saient deux a r b r e s v e r d o y a n t s , couverts de beaux
fruits, qui signifiaient les fruits de pénitence q u e sainte
M a r i c - M a g d e l e i n e cueille et d o n n e g r a c i e u s e m e n t à
tous ceux q u i v i e n n e n t v e r s elle. Celte image lui fit
c o n n a î t r e c o m m e n t sainte Maric-Magdeleine a o b t e n u ,
aux pieds du S e i g n e u r , le privilège d'oclroj'cr à tous
ceux qui l ' i n v o q u e n t le d o n d ' u n e vraie pénitence. La
sainte lui dil : « Q u i c o n q u e rend grâces à Dieu p o u r
les l a r m e s q u e j ' a i r é p a n d u e s aux pieds du C h r i s t ,
p o u r la b o n n e action q u e j ' a i faite en les l a v a n t de
mes mains et en les e s s u y a n t d e mes cheveux ; q u i c o n -
que r e n d g r â c e s p o u r l ' a m o u r d o n t il a alors e m b r a s é
m o u c œ u r , à tel point q u e j e ne p o u v a i s plus r i e n
a i m e r h o r s de lui, si celui-là d e m a n d e en m ê m e t e m p s
les l a r m e s d ' u n e pénitence s i n c è r e et l'infusion d u
divin a m o u r , le S e i g n e u r t r è s b o n fera en vérité droit
à sa d e m a n d e , p a r mes m é r i t e s . J e veux dire q u e Dieu
r e m e t t r a à celle p e r s o n n e , a v a n t sa mort. tous les
péchés ' q u ' e l l e a c o m m i s cl la fera de plus a v a n c e r
d a n s son a m o u r . »
106 LE LIVRE DE LA GRÂCE SPÉCIALE

C H A P I T R E XXVI.

47. HE LA GLORIEUSE ASSOMPTION OE LA EIENHEU-

REUSE VIERGE MARIE.

N la vigile de la g l o r i e u s e A s s o m p t i o n d e la d o u c e
E 1
V i e r g e M a r i e , la s e r v a n t e du C h r i s t étanl en
o r a i s o n se vit d a n s u n e m a i s o n où la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e , c o u v e r t e de linges t r è s b l a n c s , r e p o s a i t s u r un
petit lit. Celle-ci lui d i l : « C o m m e n t , ô M è r e v i r g i n a l e ,
avez-vous pu souffrir u n e l a n g u e u r q u e l c o n q u e , p u i s -
q u e v o u s étiez é t r a n g è r e , c r o y o n s - n o u s , aux d o u l e u r s
de la m o r t ? » La V i e r g e r é p o n d i t : « P e n d a n t q u e j e
p r i a i s et me r a p p e l a i s les bienfaits de D i e u e n v e r s
moi, j e fus e m b r a s é e d'un ineffable d é s i r de v o i r D i e u
et d ' ê t r e a v e c lui. Celle a r d e u r s é r a p h i q u e s ' a c c r u t h
tel point q u e les forces de m o n c o r p s m ' a b a n d o n -
n è r e n t . J e m ' é t e n d i s s u r u n lit où tous les c h œ u r s des
anges v i n r e n t m ' a s s i s t e r . L e s S é r a p h i n s m ' a p p o r t a i e n t
l ' a m o u r , a l l u m a n t de p l u s en p l u s en moi ce feu divin.
L e s C h é r u b i n s m e d o n n a i e n t la l u m i è r e d e la science,
en s o r t e q u e m o n a m c v o y a i t à l'avance les g r a n d e s
merveilles q u e le S e i g n e u r , m o n F i l s et m o n E p o u x ,
allait a c c o m p l i r p o u r m o i . A l o r s je dis ma p r i è r e : Q u e
l'esprit des t é n è b r e s ne v i e n n e p a s a u - d e v a n t de moi,
d e p e u r q u e sa p r é s e n c e n ' o b s c u r c i s s e t a n t soit peu la
céleste l u m i è r e . Les T r ô n e s c o n s e r v a i e n t e n m o i , d a n s
un calme parfait, ^ r e p o s d a n s lequel j e j o u i s s a i s de
D i e u . L e s D o m i n a t i o n s m ' a s s i s t a i e n t avec le r e s p e c t
q u e les p r i n c e s o b s e r v e n t à l'égard de la r e i n e cl d e l à
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE X X V Ï . ï07

m è r e de l e u r r o i . L e s P r i n c i p a u t é s empochaient par
l e u r p r é s e n c e q u ' a u c u n de ceux qui m ' a p p r o c h a i e n t
«e put rien dire ou faire p o u r t r o u b l e r la q u i é t u d e de
m o n â m e . Les P u i s s a n c e s c o n t e n a i e n t les t r o u p e s des
d é m o n s à <inc d i s t a n c e q u ' e l l e s n'osaient f r a n c h i r . L e s
V e r t u s , o r n é e s el parées de l e u r s d o n s cn m o n h o n -
n e u r , faisaient b o n n e g a r d e a u t o u r de moi. L e s A n g e s
e l l e s A r c h a n g e s , p a r l e u r a t t i t u d e , enseignaient aux
p e r s o n n e s p r é s e n t e s à me s e r v i r avec r é v é r e n c e et
dévotion. »
Elle vit e n c o r e en esprit c o m m e n t les anges formaient
un r e m p a r t a u t o u r de la V i e r g e glorieuse et c o m m e n t
les s é r a p h i n s se p r o m e n a i e n t c o m m e sous le souille du
z é p h y r d a n s le souffle b r i d a n t de la Vierge M a r i e .
Mais q u a n d elle a p e r ç u t p r è s de la b i e n h e u r e u s e
Vierge s a i n t J e a n l ' E v a n g é l i s l e , elle lui dit : « P a r
celte offrande q u e v o u s avez faite à Dieu cn c o n s e n -
tant, p o u r son a m o u r , à v o u s s é p a r e r de sa M è r e ,
o b t e n e z - m o i , j e v o u s p r i e , d e r e n o n c e r à tout ce qui
m'est c h e r p o u r l ' a m o u r du Christ, afin de p o u v o i r
Faimer, l u i , de tout mon c œ u r . » E t J e a n lui r é p o n d i t :
v J ai t r o u v é tant de c o n s o l a t i o n s d a n s les p a r o l e s de
1
la D a m e ma tante qu'il n'en est pas u n e dont m o n
c œ u r n'ait r e s s e n t i une joie p a r t i c u l i è r e . »

48. COMMENT i-A R I K N I I K C R E U S E VIERGE FUT ENLEVÉE


AU CIEL.

elle était au c h œ u r p e n d a n t la sainte n u i t , il


C IOMjnïk

à lui s e m b l a voir de nouveau la b i e n h e u r e u s e Vierge

1. Voir p l u s h a u t , r h . v i . Du r e s t e , c e litre n e p e u t s u r p r e n d r e ,
p u i s q u e s a i n t J e a n , iih fie Z é b é t l é e , ctail p a r sa m è r e p r o c h e
108 L E LIVRE T)E LA G R A C E SPÉCIALE.

é t e n d u e s u r son lit. E t voici qu'il lui fut d o n n é de c o m -


p r e n d r e q u e la s u p r ê m e g r a n d e u r d e l'infinie Majesté
s'inclinait vers l'abîme p r o f o n d , c ' e s t - à - d i r e j u s q u ' a u
c œ u r t r è s n u m b l c de la V i e r g e , et le r e m p l i s s a i t d u
t o r r e n t de ses d i v i n e s v o l u p t é s , à tel p o i n t q u e cette
â m e b i e n h e u r e u s e , t o t a l e m e n t a b s o r b é e , fut i n t r o d u i t e
en D i e u . C'est ainsi q u e r a m e t r è s sainte d e M a r i e ,
y
é t r a n g è r e à toute d o u l e u r , s o r t i t j o j c u s e m c n l d e s o n
c o r p s et s'envola légère d a n s les b r a s de son F i l s , se
r e p o s a n t s u r son C œ u r a v e c u n t e n d r e a m o u r , a c c o m -
p a g n é e p a r les a p p l a u d i s s e m e n t s j o y e u x d e tous les
s a i n t s j u s q u ' a u t r ô n e de la t r è s h a u t e T r i n i t é .
C o m m e n t Dieu le P è r e la r e ç u t en l u i - m ê m e , d a n s
le plus tendre s e n t i m e n t de sa c o m p l è t e p a t e r n i t é , il
est i m p o s s i b l e à a u c u n e c r é a t u r e d e l ' e x p r i m e r . L a
pensée ne pourra jamais scruter combien l'insondable
Sagesse divine lui manifesta d e filiale r é v é r e n c e en la
p l a ç a n t à sa d r o i t e , s u r le t r ô n e s u b l i m e de sa g l o i r e .
L ' E s p r i l - S a i n t l a c o m b l a si l a r g e m e n t d e s o n a m o u r , d e
sa b o n t é , de sa s u a v i t é et d e tous ses d o n s , q u e leur
p l é n i t u d e rejaillit s u r la c o u r céleste. L e s S é r a p h i n s
q u i , d e p u i s l'instant d e l e u r c r é a t i o n , o n t v é c u du foyer
m ê m e de la D i v i n i t é , s ' e m b r a s è r e n t d ' u n n o u v e a u feu
aux a r d e u r s de la c h a r i t é v i r g i n a l e . L e s C h é r u b i n s
r e m p l i s de la s c i e n c e d i v i n e , r e ç u r e n t en q u o i q u e
sorte de nouvelles i l l u m i n a t i o n s . T o u t e s les h i é r a r -
chies des anges et d e s saints o b t i n r e n t , p a r la gloire
d'une si g r a n d e R e i n e , u n a c c r o i s s e m e n t d ' a m o u r ,
d'allégresse et de r é c o m p e n s e . L a très s a i n t e T r i n i t é ,
se répandant en elle a v e c la p l é n i t u d e de sa Divinité,

psireiU de Marie. (Voir Année lilnrtjhjne de Dom (vucnmger,


T e m p s do NnëJ, tome I, on 27 d é c e m b r e . )
rnEMîrïîF. PAiiTtR. r,napïthe xxvc. 109

la p é n é t r a tellement q u e , remplie de la p l é n i t u d e d e
D i e u , ce q u ' e l l e semblait faire était plutôt l ' œ u v r e de
Dieu q u e la s i e n n e . Ainsi il voyait p a r ses y e u x , enten-
dait p a r ses oreilles et célébrait p a r la b o u c h e de
M a r i e , p o u r se glorifier l u i - m ê m e , l e s louanges les plus
d o u c e s et les p l u s parfaites ; il prenait enfin sa joie et
ses délices d a n s le c œ u r d e la Vierge, c o m m e d a n s le
sien.
La Heine d e gloire était d o n c à la droite de sou
F i l s , p o r t a n t s u r ses v ê t e m e n t s des m i r o i r s bril-
lants où se reflétaient, p a r un mode merveilleux,
les m é r i t e s des s a i n t s . A u s s i venaient ils t o u s , en
g r a n d e j o i e , d e v a n t le t r ô n e , c o n t e m p l e r c h a c u n leurs
m é r i t e s , p o u r faire éclater e n s u i t e de n o u v e a u x con-
c e r t s de l o u a n g e s . L e s p a t r i a r c h e s et les p r o p h è t e s ,
c o n s i d é r a n t l e u r s d é s i r s , l e u r s n o b l e s v e r t u s , la
familiarité d a n s lequelle ils avaient c o n v e r s é avec
Dieu s u r la t e r r e , r e c o n n u r e n t la s u p é r i o r i t é de la
b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e s u r tous ces p o i n t s ; c a r il
a p p a r a i s s a i t qu'elle avait p o s s é d é des v e r t u s plus
h a u t e s , des d é s i r s p l u s a r d e n t s , et aussi une familia-
rité p l u s i n t i m e a v e c son D i e u . Aussi tous les o r d r e s
des s a i n t s , s ' a p p r o c h a n t à l e u r tour et c o n s i d é r a n t
l e u r s m é r i t e s en la b i e n h e u r e u s e Vierge, a d m i r a i e n t
avec a l l é g r e s s e de c o m b i e n elle les avait s u r p a s s é s . E n
effet, il fui c o n s t a t é q u e , p a r m i les A p ô t r e s , nul n'était
•resté p l u s f ï d c l c m c n t a t l a c h c au Christ el n'avait mieux
c o n s e r v é ses p a r o l e s . E n t r e les M a r t y r s , cita p a r a i s s a i t
la plus forte et la p l u s c o n s t a n t e ; parmi les Confes-
s e u r s , la p l u s éclairée et la plus capable d'illuminer
p a r ses p a r o l e s et ses exemples ; parmi les V i e r g e s ,
elle était non s e u l e m e n t la p l u s chaste et la p l u s s a i n t e ,
mais la p r e m i è r e des v i e r g e s et des parfaites reli-
110 T/TVHK m LA (WtACE SPÉCIAL*,.

gieuses. L a plus d o u c e cnlro les d o u x , la p l u s m i s é r i -


c o r d i e u s e c u i r e les m i s é r i c o r d i e u x , la plus h u m b l e
e n t r e les h u m b l e s , la plus parfaite e n t r e les parfaits,
elle a v r a i m e n t s u r p a s s é en m é r i t e tous les s a i n t s .
L a b i e n h e u r e u s e Vierge s ' é c r i a : « Q u i c o n q u e v e u t
être cxaltd, h o n o r é plus q u e les a n l r e s , doit s ' e s t i m e r
le d e r n i e r ! Q u i c o n q u e veut être le p l u s r i c h e , doit se
d é p o u i l l e r de toute v o l o n t é p r o p r e ! Q u i c o n q u e v e u t
r i i o n n e u r s u p r ê m e , doit s ' é t u d i e r à p r a t i q u e r toutes
les v e r t u s I »
P e n d a n t le c h a n t du r é p o n s Salve Maria *, elle dit à
la b i e n h e u r e u s e Vierge : « O h ! q u e n ' a i - j c m a i n t e n a n t
en ma p u i s s a n c e les c œ u r s d e toutes les c r é a t u r e s !
J e v o u s s a l u e r a i s , ô t r è s d o u c e Vierge, de t o u t l e u r
a m o u r et de t o u t e l e u r force. — R e p o s e - t o i , r é p o n d i t
la V i e r g e , s u r le C œ u r de m o n très d o u x F i l s , q u i
contient en l u i - m ê m e toute c r é a t u r e d a n s son intégrité
parfaite ; et offre-moi p a r lui de d i g n e s s a l u t a t i o n s . »
E n s u i t e elle p r i a p o u r u n e p e r s o n n e afin q u e la bien-
h e u r e u s e V i e r g e lui vînt en a i d e , à sa sortie de ce
m o n d e . À quoi M a r i e daigna r é p o n d r e : « Qu'elle m e
prie p a r la f e r v e u r qui a fait r e t o u r n e r m o n â m e en
D i e u , c o m m e l'étincelle à son foyer, qui Ta fait
a d h é r e r au C œ u r divin c o m m e s ' a t t a c h e une; p l u m e
légère p a r la force d ' u n i n v i n c i b l e a t t r a i t ; qu'elle m e

1 . i$. v n Salue Maria, gemma pudicitiœ, de qua muudo iîhixit


sol justifia: ; salve pia Mater christianorum * Succurre filiis ad
Fi lin m regem unycUirnm. f. Virgo, solamen desolatorum, spes et
Mater benigna urphnnarum * Succurre.
ti|. J e vous s a l u e , M a r i e , ô p e r l e de p u r e t é , v o u s de q u i est sorti
p o u r éclairer le m o n d e le soleil d e j u s t i c e ; j e v o u s s a l u e , ô t e n d r e
m è r e des c h r é t i e n s . * I n t e r c é d e z p o u r vos e n f a n t s a u p r è s de v o t r e
F i l s , le roi des a n g e s , y. O V i e r g e , c o n s o l a t i o n d e s affliges, e s p é -
r a n c e dc> o r p h e l i n s et l e u r d o u c e M è r e .
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XXVI. 111

d e m a n d e un d é s i r a s s e / fcrvcnl pour q u e , libre de loul


o b s t a c l e à l ' h e u r e de la m o r t , elle s'envole j o y e u s e v e r s
D i e u c o m m e celte p l u m e l é g è r e . Car je veux assister
m o i - m ê m e de m o n s e c o u r s et de ma p r o t e c t i o n cette
p e r s o n n e , et tous ceux qui me servent en ce lieu. »
U n e a u t r e fois, elle p r i a i t e n c o r e p o u r u n e p e r s o n n e
d é v o t e a u x joies de N o t r e - D a m e . Elle vit alors celte
â m e d e v a n t la b i e n h e u r e u s e Vierge qui lui d o n n a i t un
magnifique collier, auquel cinq c r o i s s a n t s éiaient
s u s p e n d u s ; la b i e n h e u r e u s e Vierge d i s a i t : « E n
faisant m é m o i r e de mes j o i e s , qu'elle s ' a r r ê t e à ces
c i n q c o n s i d é r a t i o n s : d ' a b o r d , qu'elle me s a l u e dans
l'ineffable joie q u e j ' é p r o u v a i en j e t a n t u n p r e m i e r
r e g a r d s u r l'inaccessible l u m i è r e de la sainte T r i n i t é .
L à , c o m m e d a n s un clair m i r o i r , j e vis l ' a m o u r éternel
d o n t elle m'a aimée et c h o i s i e de préférence à toute
c r é a t u r e . C'est cet a m o u r qui m a fait élire c o m m e
M è r e et c o m m e E p o u s e ; et c'est à cause de lui que
D i e u a p r i s ses c o m p l a i s a n c e s en moi et en tout ce que
j ' a i accompli- s u r t e r r e p o u r son service. E n second
lieu, q u ' e l l e me salue en cette plénitude de joie dont
furent r e m p l i e s mes oreilles p a r les t e n d r e s paroles
de b i e n v e n u e q u e m ' a d r e s s a m o n tout a i m a b l e Fils,
m o n P è r e et m o n E p o u x , q u a n d il me r e ç u t a m o u r e u -
s e m e n t scion la g r a n d e u r de sa t o u t e - p u i s s a n c e , selon
les p l a n s de sa sagesse et l ' i m m e n s i t é de son a r d e n t
a m o u r , et me c h a n t a de sa voix si douce le p l u s
s u b l i m e et le plus h a r m o n i e u x cantique de son a m o u r .
T r o i s i è m e m e n t , qu'elle m e salue en cette p l é n i t u d e de
joie q u e goûta mon à m c , q u a n d clic r e ç u t le doux
b a i s e r de la Divinité, p a r lequel la s a v e u r divine
s'écoula si a b o n d a m m e n t en moi que le c o u r a n t de ce
fleuve inonda les cieux d ' u n t o r r e n t de délices. Il n'y
112 LE L I V R E D E LA O R A G E SPÉCIALE.

a s u r la ferre ni m i s é r a b l e , n i m é c r é a n t à qui j e n e
p u i s s e a c c o r d e r d e m a p l é n i t u d e , p o u r v u q u ' i l la
désire, »
Mais celle-ci fil a l o r s u n e q u e s t i o n â la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e : « Ma D a i n e , qu'est-ce q u e la b o u c h e de l ' â m e ?
— La b o u c h e de l'âme, r é p o n d i t - e l l e , c'est u n d é s i r
s e m b l a b l e à u n e o u v e r t u r e b é a n t e . Dieu i n s p i r e s a n s
cesse ce d é s i r cl il le c o m b l e en m ô m e t e m p s s e l o n
l é t c n d u e d e la s o i t et de la d é l e c t a t i o n q u ' y t r o u v e
l'âme. »
L a Vierge b é n i e c o n t i n u a : « Q u ' e l l e me s a l u e en
q u a t r i è m e lieu, d a n s la j o i e q u ' é p r o u v a mon â m e
l o r s q u ' e l l e Fut e m b r a s é e des feux du divin a m o u r , et
liquéfiée p a r la d o u c e u r du C œ u r divin. Ce fui a l o r s
q u e Dieu r é p a n d î t en moi la p l é n i t u d e d e son a m o u r ,
p o u r q u e j ' e n jouisse a u t a n t q u ' i l est possible à u n e
c r é a t u r e ; tous les s a i n t s p u i s è r e n t a l o r s d a n s m e s
a r d e u r s un n o u v e a u mode de ferveur e! d ' a m o u r .
Enfin, q u ' e l l e m e s a l u e d a n s la j o i e q u e j ' a i r e s s e n t i e
l o r s q u e la s p l e n d e u r d e la D i v i n i t é p é n é t r a t o u t m o n
c o r p s de sa l u m i n e u s e c l a r t é , de sorte q u e le ciel
reçut de ma gloire u n e l u m i è r e nouvelle, et la j o i e
des s a i n t s des a c c r o i s s e m e n t s n o u v e a u x .

19. DE CINQ PENSÉES PROPRES A CEI-UI QUI DOIT


COMMUNIER.

^N ce m ê m e j o u r , pendant q u e le couvent com-


I muniail, il lui sembla voir le Seigneur assis
à une g r a n d e table avec la V i e r g e Mère. L e s p e r -
sonnes qui avaient c o m m u n i é à une p r e m i è r e messe
étaient aussi assises à cctLe table, vers laquelle les
PUEMÏKUE p a r t i H;, CHAPITRE xxvrr, IKJ

a n g e s c o n d u i s n i e n l a v e c respect celles qui c o m m u -


n i a i e n t . O r le S e i g n e u r d o n n a i t à c h a c u n e u n m o r -
ceau de pain divisé en c i n q b o u c h é e s , ce qui fit
c o m p r e n d r e à celle-ci q u e t o u t e p e r s o n n e doit, le j o u r
d e la c o m m u n i o n , s ' a p p l i q u e r à cinq c h o s e s , et p r é -
p a r e r ainsi un festin p o u r le S e i g n e u r : 1° louer Dieu
a u t a n t q u e p o s s i b l e , et en u n i o n a v e c la gloire q u e
le Christ r e n d i t à son P è r e , p a r ses œ u v r e s et p a r
ses l o u a n g e s , faire ioules ses aelions p o u r Tamour
el l ' h o n n e u r de D i e u ; 2° en union a v e c le sentiment
d e g r a t i t u d e q u i fit p r e n d r e au C h r i s t la n a t u r e
h u m a i n e , en u n i o n avec l ' a m o u r qui lui fit r e n d r e
g r â c e s à D i e u , q u a n d il n o u s octroya le g r a n d bien-
fait de l ' E u c h a r i s t i e , p a s s e r la j o u r n é e à r e m e r c i e r ,
d a n s un p r o f o n d s e n t i m e n t de reconnaissance ;
3° m u l t i p l i e r les s a i n t s d é s i r s , afin de ne p a s r e s t e r
v i d e , p o u r ainsi d i r e , en p r é s e n c e d'un tel hôle ;
4° se p r o p o s e r d e faire toutes ses actions ce jour-là
p o u r le profil d u m o n d e e n t i e r ; 5° se p r o p o s e r a u s s i
d e faire s e r v i r les actions et les p e i n e s au salut des
â m e s des fidèles t r é p a s s é s .
D i e u l u i fit e n c o r e c o n n a î t r e q u e q u a t r e choses
lui plaisent b e a u c o u p d a n s les religieux : les pensées
c h a s t e s , les s a i n t s d é s i r s , la d o u c e u r d a n s les c o n v e r -
s a t i o n s et les œ u v r e s de la c h a r i t é .

CHAPITRE XXVÏ1.

50. D'UNE MESSE ET D'UNE PROCESSION CÉLÉBRÉES

PAR LE SEKTNKUR-

u t e m p s où les c h a n o i n e s , p e n d a n t la v a c a n c e du
A siège é p i s c o p a l , molestaient la congrégation au
114 Ï.E MVHK DR LA GRACE SPÉCIALK.

sujet d ' i n t é r ê t s t e m p o r e l s et l a n ç a i e n t m ô m e l'inter-


1
d i t , le j o u r de l ' A s s o m p t i o n de la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e , celte s e r v a n t e de Dieu é p r o u v a u n e g r a n d e
d o u l e u r d ' ê l r e p r i v é e du C o r p s du S e i g n e u r . C e p e n d a n t
son â m e haletante de d é s i r s vit le S e i g n e u r l u i - m ê m e
c s s n y e r l e s l a r m e s de ses yeux cl lui p r e n d r e les m a i n s
en d i s a n t : « A u j o u r d ' h u i tu v e r r a s des m e r v e i l l e s . »
L o r s d o n c q u e le p r ê t r e a u r a i t d û , selon l ' u s a g e ,
e n t o n n e r p o u r la p r o c e s s i o n le r é p o n s Vidi speciosam,
il lui p a r u t q u e toute la c o m m u n a u t é se mettait en
r a n g de p r o c e s s i o n , p r é c é d é e du S e i g n e u r avec sa
M è r e . Le S e i g n e u r p o r t a i t u n é t e n d a r d b l a n c et r o u g e ;
la p a r t i e b l a n c h e était o r n é e d e r o s e s d o r et la r o u g e
de r o s e s d ' a r g e n t . Cette p r o c e s s i o n lit le t o u r d u cloître
j u s q u ' a u c h œ u r , et r e v i n t d e là d a n s l'église où le
S e i g n e u r se p r é p a r a à c é l é b r e r l u i - m ê m e la m e s s e , se
r e v ê t a n t d e la c h a s u b l e r o u g e et des o r n e m e n t s p o n -
tificaux. Saint J e a n B a p t i s t e d e v a i t l i r e l ' E p i t r c , p a r c e
qu'il a c o n n u le p r e m i e r la j o i e de la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e , q u a n d il a tressailli au sein de sa m è r e . Saint
J e a n T E v a n g c l i s t e d e v a i t lire l ' E v a n g i l e c o m m e g a r -
dien de la g l o r i e u s e V i e r g e . S a i n t J e a n B a p t i s t e et
s a i n t L u c s e r v a i e n t de m i n i s t r e s au S e i g n e u r à l'autel,
t a n d i s q u e saint J e a n l ' E v a n g é l i s t e assistait la b i e n -
h e u r e u s e Vierge. E l l e se tenait à la d r o i t e de l'autel,
d a n s un v ê t e m e n t b r i l l a n t c o m m e la l u m i è r e du
soleil, p a r é e d ' u n e c o u r o n n e e n r i c h i e d e p i e r r e r i e s
incomparables.
A u m o m e n t où t o u s les saints p r é s e n t s c o m m e n -
c è r e n t la messe solennelle Gaudeanuis, la b i e n h e u r e u s e
Vierge Marie s'avança v e r s l'autel et offrit à son F i l s

1 . Voir le Héraut de l'amour divin, liv. I I I , ch. xvi cl x v n .


PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXVII. 115

o n j o y a u en or, taillé c o m m e un bloc de c r i s t a l ,


e n c h â s s a n t des p i e r r e s p r é c i e u s e s claires c o m m e d e s
m i r o i r s , où la très sainte V i e r g e pouvait c o n t e m p l e r
le reflet de toutes ses v e r t u s . O r ce joyau merveilleux,
en forme de b o u c l i e r , couvrait toute la poitrine du
S e i g n e u r et la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie s'y c o n t e m -
plait e l l e - m ê m e . L a messe se p o u r s u i v î t j u s q u ' a u d e r -
nier Kyrie eleison, p u i s le S e i g n e u r e n t o n n a d ' u n e
voix élevée le Gloria in excelsis en disant ; « D e la joie
de m o n c œ u r , j e vous offre à t o u s de goûter la gloire. »
A l'offertoire, les s œ u r s q u i avaient r e n d u des
h o m m a g e s s p é c i a u x à la t r è s sainte Vierge, s'avan-
c è r e n t p o u r offrir à l'autel d e s a n n e a u x d'or q u e le
S e i g n e u r accepta et mit à ses doigts. L o r s q u e le P r ê t r e
et Pontife s u p r ê m e eut l u i - m ê m e chanté la préface
j u s q u ' à ces m o t s : cnm qnibus et nostras voces, il dit aux
s a i n t s : « Chantez t o u s , c h a n t e z . » T o u s c h a n t è r e n t :
Sanclas, Sanctns, Sanclus, m a i s la voix de la b i e n -
h e u r e u s e V i e r g e était la p l u s suave el se distinguait
c l a i r e m e n t au milieu de celles des saints.
Q u a n d fut a r r i v é l ' i n s t a n t sacré où l'on devait
faire l'élévation de l'hostie, le Seigneur, qui csl en
;
m ê m e l e m p s p r ê t r e et v c l i m c , p a r u t élever l'hostie
r e n f e r m é e d a n s un ciboire d ' o r r e c o u v e r t d'un voile,
ligure d e ce q u e ce s a c r e m e n t est caché à t o u t e intel-
ligence h u m a i n e et m ê m e a n g é l i q u e . A p r è s le Pax
Domini, u n e table fut d r e s s é e , le S e i g n e u r s'y assit,
el sa M è r e a u p r è s de lui. A l o r s la c o m m u n a u t é entière
s ' a p p r o e h a d e la table cl c h a q u e s œ u r agenouillée p o u r
ainsi d i r e s o u s le b r a s d e la b i e n h e u r e u s e Vierge,
r e ç u t le C o r p s du Seigneur d e la main du Seigneur,
L a b i e n h e u r e u s e Vierge tenait u n e c o u p e d'or sous le
côté e n t r ' o u v e r t de son F i l s el c h a q u e s œ u r y puisait
JÎO u: f/rvHK nr: l a o r a c u smîoïALiî.

au m o y e n d'un c h a l u m e a u d ' o r In d o u c e l i q u e u r qui y


coulail. La m e s s e finie, le S e i g n e u r d o n n a la b é n é d i c -
tion de sa m a i n , et l'on v o y a i t à c h a c u n de ses d o i g t s
les a n n e a u x d ' o r qui figurent ses é p o u s a i l l e s avec les
vierges ses fiancées. Les r u b i s qui brillaient s u r les
a n n e a u x e x p r i m a i e n t bien q u e son s a n g esl la p r o -
priété spéciale et la p a r u r e d e s v i e r g e s .

CHAPITRE XXVIÏI.

51 DE SAINT BERNARD ABBÉ.

N la fête de l'insigne d o c t e u r saint B e r n a r d , p e n -


E dant q u ' o n c h a n t a i t en son h o n n e u r la m e s s e
/// média Ecclesiœ* cette a m a n t e de Dieu d o n n a i t t o u t e
sa pieuse a t t e n t i o n à ces p a r o l e s et c h e r c h a i t à s c r u t e r
leur signification : L e S e i g n e u r q u i abaisse s o n r e g a r d
s u r ses élus illumina a l o r s s o n â m e d'un r a y o n d e sa
science : « L e milieu d e l ' E g l i s e , lui dit-il, est l ' O r d r e
de saint B e n o î t ; il soutient l ' E g l i s e c o m m e u n e c o l o n n e
s u r laquelle t o u t e la maison r e p o s e , c a r il est en r e l a -
tion, non s e u l e m e n t avec l ' E g l i s e u n i v e r s e l l e , m a i s
e n c o r e avec t o u s les a u t r e s o r d r e s . Il est relié à ses
s u p é r i e u r s , c ' e s t - à - d i r e au P a p e et aux é v o q u e s , p a r
le r e s p e c t et l'obéissance q u ' i l l e u r r e n d ; et il esl
relie aux a u t r e s religieux p a r son e n s e i g n e m e n t qui
d o n n e la Forme d e la vie parfaite, p u i s q u e tous les
autres O r d r e s i m i t e n t celui de s a i n t Benoît en q u e l q u e
point. Les b o n s et les j u s t e s t r o u v e n t en lui conseil
et secours ; les p é c h e u r s y r e n c o n t r e n t de la c o m -
passion avec le m o y e n de se c o r r i g e r et de confesser
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXVIII. 1 1 7

l e u r s péchés ; les â m e s du purgatoire y t r o u v e n t P a s -


sistanec des s a i n t e s p r i è r e s . Enfin il offre aux v o y a -
g c u r s T h o s p i l a l i l é , il entretient les p a u v r e s , soulage les
infirmes, n o u r r i t ceux q u i o n t faim et. soif, console
les affliges et p r i e p o u r d é l i v r e r l é s â m e s des fidèles
trépassés. »
D a n s ce c e n t r e , in inedio Ecclesiœ, le S e i g n e u r a o u -
v e r t la b o u c h e de saint B e r n a r d , déjà s i n g u l i è r e m e n t
p r é v e n u des b é n é d i c t i o n s de sa d o u c e u r . Le Saint-
E s p r i t le remplit avec une telle s u r a b o n d a n c e q u e
s e m b l a b l e au vent impétueux dont Ja violence force
une p o r t e , il r é p a n d i t , s o u s l'impulsion d u Saint-
E s p r i t et du feu d e sa c h a r i t é , la d o c t r i n e qui lui était
d i v i n e m e n t i n s p i r é e ; il en éclaira toute l'Eglise- « El
implevil eutn Domijtus spirilu sapwulùc el inlelleclua : el.
le Seigneur le remplit de l'esprit de sagesse et d'intelli-
g e n c e », p a r c e q u e t o u t e s les incfiables c o n n a i s s a n c e s
qu'il r e ç u t de T E s p r i l - S a i n t , il les g a r d a p l u s e n c o r e
p o u r l u i - m ê m e qu'il ne les r é p a n d i t au d e h o r s .
Elle d e m a n d a a l o r s : « O le Bien-Aimé de m o n c œ u r ,
quelle est d o n c cette robe de gloire d o n t l ' E c r i t u r e dit
si s o u v e n t q u e v o u s avez revêtu vos saints ? Vous
m'avez révélé le n o m de v o t r e gloire ' , m a i n t e n a n t ayez
p o u r a g r é a b l e d e me révéler ce q u ' e s t la robe de
gloire. » A u s s i t ô t elle vil s a i n l B e r n a r d c o u v e r t d ' u n
v è l e m r n l merveilleux lissé de blanc, de vert, de r o u g e
et d ' o r ; la s p l e n d e u r du soleil se j o u a n t à t r a v e r s ces
diverses c o u l e u r s l e u r d o n n a i t une t r a n s p a r e n c e cl u n e
souplesse é t o n n a n t e s . L e Seigneur dit : « Voilà celte
robe, de. gloire, tissuc de ma blanche innocence et de
l'épais feuillage de m e s v e r t u s s o u v e r a i n e s , colorée de

1. Voir P*-- p a r t i e , c h . xvi.


118 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE,

la p o u r p r e de m o n s a n g e l c o m m e d o r é e p a r les l e v o n s
de mon a r d e n l a m o u r . D e celle r o b e j e r e v ê t s tous n u s
s a i n t s , c a r m o n i n n o c e n c e , l'éclat d e mes v e r t u s et
l ' a m o u r de ma P a s s i o n , voilà c e qui les a c o n d u i t s a u
faîte de la g l o i r e . »
L ' A m o u r , s o u s forme d u n e v i e r g e 1res belle, se
tenait d e b o u t à la d r o i t e de s a i n t B e r n a r d ; p a r t o u t où
il allait, celle vierge était sa c o m p a g n e , en signe d e
ce qu'il a m é r i t é d ' ê t r e e m b r a s é de l ' a m o u r d i v i n , et
d ' a l l u m e r en tant de c œ u r s ecl a m o u r p a r ses p a r o l e s
et ses é c r i t s . Enfin le ciel t o u t e n t i e r s e m b l a i t o r n é
de p e r l e s p r é c i e u s e s p a r ses d i s c o u r s .

CHAPITRE XXIX.

52. DE LA NATIVITÉ DE LA GLORIEUSE VIERGE MARIE.

de cette fête o ù la g l o r i e u s e V i e r g e lit


A i/APPROCHE
s o n e n t r é e e n ce m o n d e c o m m e u n e b r i l l a n t e
a u r o r e , la d é v o t e s e r v a n t e d u C h r i s t d e m a n d a à la
R e i n e d e gloire d a n s son o r a i s o n ce q u ' e l l e devait
réciter en son h o n n e u r , L a b é n i g n e Vierge lui a p p a -
ru l a u s s i t ô t en d i s a n t : « R é c i t e a u t a n t à'Ave Maria
que j e fus de j o u r s d a n s le sein de ma m è r e , c c s l - à -
dirc deux cent s o i x a n t e - d i x - s e p t . P u i s félicite-moi du
b o n h e u r q u e j e r e s s e n s à v o i r et à c o n n a î t r e la j o i e
p r o c u r é e à la très sainte T r i n i t é p a r Ja c o m p l a i s a n c e
qu'elle a toujours p r i s e en m o i . La sainte T r i n i t é s'est
réjouie au jour de ma n a i s s a n c e , à ici point q u e la
s u r a b o n d a n c e rie sa joie a rejailli s u r le ciel, la terre
et toutes les c r é a t u r e s ; s a n s en c o n n a î t r e la c a u s e ,
PKRMÏKlUt; PAUTIK. GïïAriTUK XXTX.

elles é p r o u v è r e n t toutes d e s t r e s s a i l l e m e n t s d ' a l l é -


gresse. De m ê m e q u ' u n a r t i s t e qui se réjouit d ' e n t r e -
p r e n d r e une œ u v r e magnifique, îuel tout son soin à
faire son plan et c o n t e m p l e d ' a v a n c e son o u v r a g e
d a n s la joie de son c œ u r , ainsi l'adorable T r i n i t é se
délectait et se réjouissait, c a r elle voulait iaîre de moi
u n e image parfaite où se m o n t r e r a i t tout l'art merveil-
leux de sa sagesse el de sa b o n t é . Elle savait q u e
son œ u v r e en moi ne serait jamais souillée, aussi
la p r é v i s i o n d e m a nativité et de m o n enfance lui
d o n n a i t une si g r a n d e allégresse que loules mes actions
d'enfant furent d e v a n t elle c o m m e un jeu qui c h a r m a i t
ses r e g a r d s , selon cette p a r o l e : « hidens caram ro
omni Icmpore : se j o u a n t tout le temps en sa p r é -
sence » ( P r o v . vru, 30).
S e c o n d e m e n t , r a p p e l l e - m o i cette joie q u e je r e s s e n s
cn v o y a n t D i e u m ' a i m e r p l u s que toute c r é a t u r e , si
bien q u e , p o u r m o n a m o u r , il p a r d o n n a maintes Ibis
au m o n d e , a v a n t m ê m e q u e j e fusse née. D a n s l'excès
de cet a m o u r , il anticipa u n p e u ma naissance et m e
p r é v i n t de sa g r â c e d a n s le sein de ma m è r e . T r o i s i è -
m e m e n t , rappelle-moi cette j o i e q u e j ' é p r o u v e de m o n
élévation a u - d e s s u s de tous les anges et de tous les
h o m m e s . A l'instant m ê m e où m o n â m e fut u n i e à
m o n c o r p s , D i e u me r e m p l i t du S a i n t - E s p r i t ; il m e
1
purifia totalement du p é c h é originel, et me choisit
p o u r son s a n c t u a i r e p a r ce privilège u n i q u e de s a n c -
tification afin que r o s e s a n s é p i n e , mon a u r o r e
}

t. On rc'.rçjîM'quorn q u e la sainte croît à la Conceplîciu s a n s t a c h e


d e la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie, p a r c e qu'elle la voit toute p u r e
« à l'instant o ù son â m e fut Unie à son corps », m a i s elle p a r l e
d e purification, les t e r m e s t h é o l o g i q u e s n'étant p a s e n c o r e l i x é s ù
cette é p o q u e
120 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

brillai s u r le m o n d e c o m m e l'étoile du m a l i n . >


O r les c h e v e u x de la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e sem-
blaient d ' u n e m e r v e i l l e u s e b e a u t é . T a n d i s q u e celle-ci
osait c a r e s s e r celte c h e v e l u r e s o y e u s e , la V i e r g e lui
dit : « T u p e u x t o u c h e r m e s c h e v e u x ; p l u s lu les c a r e s -
s e r a s , p l u s tu d e v i e n d r a s b e l l e . Mes c h e v e u x s y m -
bolisent m e s i n n o m b r a b l e s v e r t u s ; les l o u c h e r , c'est
imiter ces v e r t u s , et p a r là, c r o î t r e d ' a u t a n t en b e a u t é et
en gloire. — () reine des v e r t u s , c o n l i n u a - t - e l l e , d é s i -
g n e z - m o i , j e v o u s p r i e , la p r e m i è r e v e r t u (pie v o u s a v e /
pratiquée dans votre enfance? — L'humilité, l'obéis-
s a n c e et l ' a m o u r , r é p o n d i t - e l l e . J e fus si h u m b l e dès
mon enfance, q u e j e n e m e préférai j a m a i s à a u c u n e
c r é a t u r e ; j e fus si s o u m i s e et si o b é i s s a n t e à m e s
p a r e n t s , q u e j e ne les ai j a m a i s c o n t r a r i é s . C o m m e
j'avait été r e m p l i e d u S a i n t - E s p r i t dès le sein de ma
m è r e , j ' é t a i s tellement p o r t é e au bien que j ' a i m a i s tout
ce qui e s t b o n et, a v e c u n b o n h e u r i n e x p r i m a b l e ,
j ' e m b r a s s a i s la p r a t i q u e de toutes les v e r t u s . »
E n la s a i n t e n u i t , p e n d a n t le c h a n t d u r é p o n s .
« Slirps Jcsse : la lige de J c s s é » elle vit la b i e n h e u -
r e u s e V i e r g e s o u s la forme d ' u n a r b r e magnifique qui
s'étendait en h a u t et en l a r g e s u r l'univers e n t i e r . Cet
a r b r e avait l'éclat et la t r a n s p a r e n c e d'un m i r o i r ,
le b r u i s s e m e n t d e ses feuilles d'or r e s s e m b l a i t à d e
s u a v e s h a r m o n i e s . A son s o m m e t s'épanouissait une
Heur d é l i c i e u s e , qui o m b r a g e a i t le m o n d e et l'embau-
mait de merveilleuses s e n t e u r s . L a g l o r i e u s e Vierge
dit : « Won Dieu est en moi son h é r a u t , sa louange

l . rô. L a LiiÇ<« <lc J e s s è a p r o d u i t mio branche., ta b r a n c h e a p r o -


duit u n e Heur, * el s u r c e l l e fleur repose I T - s p r i l - S n m l . La
V i e r g e , More de. I ) i e u , e s l la b r a n c h e ; la (leur c'est son Kits, el s u r
celle fleur, etc
ïintfMTïïnrc IMRTMS. CHAPITRE xxir. 121
cl m ê m e sa p r o p r e n o u r r i t u r e , qu'il y trouve par un
m o d e merveilleux. »
A la messe, c o m m e on c h a n t a i t dans la prose Ave
1
pricclara la s t r o p h e : « H'me maiina veram : D'ici la
vraie m a n n e », il lui sembla que la b i e n h e u r e u s e
Vierge était assise au milieu d e l à c o m m u n a u t é , t e n a n t
un très bel enfant dont les b r a s portaient di-s brace-
lets d'or et de p i e r r e s p r é c i e u s e s . Ceci lui lit r a p p r e n -
d r e que le S e i g n e u r J é s u s a souffert d'excessives
d o u l e u r s d a n s les tiras, l o r s q u ' a p r è s avoir porté sa
croix, il y fut cloué et y d e m e u r a longtemps s u s p e n d u .
Kl c o n n u e on c h a n t a i t : « (Jra Virrjo : p r i e / , ô Vierge,
r e n d e z - n o u s dignes de ce p a i n céleste », la Vierge
M è r e éleva bien h a u t l'Enfant, qui r é p a n d i t u n e
l i q u e u r de b a u m e s u r toute la c o m m u n a u t é . P e n d a n t
la s t r o p h e : « Fac clalcem fontem : faites-nous g o û t e r
celle d o u c e fontaine », il lui semblait que la b i e n -
h e u r e u s e Vierge p r e n a i t s o u s son m a n t e a u c h a q u e
p e r s o n n e p r é s e n t e et r a p p l i q u a i t au C œ u r de son
divin F i l s en d i s a n t : « D a n s cette fontaine changez
en d o u c e u r t o u t e s vos a m e r t u m e s et t r i o m p h e z de
toutes v o s tentations. J> C o m m e elle priait ensuite
p o u r q u e la congrégation fût confirmée et affermie
d a n s son b o n p r o p o s , le S e i g n e u r lui dit : « Si elles

1. ScquGn*** aVHermann Conlract : « L e s y r a i s Israélites, filsd'À-


b r a h a m salon la n a t u r e , c o n s i d é r è r e n t autrefois avec a d m i r a t i o n
la m a n n e v é r i t a b l e ; le s y m b o l e c a c h é qu'elle contenait et q u ' e n -
trevit Moïse, n o u s le c o n t e m p l o n s à présent q u e le voile d u m y s -
tère est é c a r t é . F a i t e s , p a r v o t r e i n t e r c e s s i o n , A V i e r g e , q u e n o u s
d e v e n i o n s d i g n e s d e ce p a i n d u ciel.
« Cette s o u r c e d ' e a u d o u c e , préfigurée d a n s la p i e r r e du désert,
laites q u e n o u s p u i s s i o n s y g o û t e r d ' u n e loi sincère ; q u e n o s reins
soient ceints et q u ' a p r è s a v o i r été l a v é s d a n s la m e r , n o u s p u i s -
sions c o n t e m p l e r s u r la croix le s e r p e n t d ' a i r a i n , *
Ï22 LE LIVKH D E \A GHAGE S1MCCIALE.

v e u l e n t m e r e s t e r a t t a c h é e s , j e ne les a b a n d o n n e r a i
jamais. »

CHAPITRE XXX.

53. DES ANUhS ; C O M M E N T LHS HOMMES PEUVENT TT


TyE R

ÊTJiE ASSOCIÉS.

la fêle de s a i n t M i c h e l , la s e r v a n t e d u C h r i s t ,
A VANT

d a n s un m o m e n t d ' u n i o n avec D i e u , lui avait


d e m a n d é q u e l s h o m m a g e s elle d e v r a i t r e n d r e a u x
a n g e s . E l l e r e ç u t cette r é p o n s e : « Récite neuf fois
cn l e u r h o n n e u r le Pater noster, selon le n o m b r e des
c h œ u r s a n g é l i q u e s . » E l l e les r é c i t a , et v o u l u t les
offrir à s o n ' a n g e , le j o u r m ê m e de la fôte, alin qu'il
les p r é s e n t â t l u i - m ê m e a u x a u t r e s e s p r i t s ; m a i s le
S e i g n e u r J é s u s lui dit a v e c u n c e r t a i n m é c o n t e n t e -
m e n t : <( C'est à moi q u e t u dois l a i s s e r cette c h a r g e ,
c a r j ' a u r a i p o u r t r è s a g r é a b l e de la r e m p l i r ; s a c h e
que toute offrande h m o i confiée a r r i v e aux cieux
e n n o b l i e p a r m o n i n t e r m é d i a i r e et t r a n s f o r m é e a v e c
g r a n d profit, de m ê m e q u ' u n denier j e t é d a n s l'or en
fusion se mêlerait au p r é c i e u x métal en c e s s a n t d'être
ce qu'il était, et p a r a î t r a i t ce qu'il est d e v e n u , c e s t -
à-dire de l'or. »
Ensuite^ elle vit un vaste escalier à neuf degrés ;
il était d'or, la m u l t i t u d e des a n g e s y avait p r i s place,
les anges sur la p r e m i è r e m a r c h e , les a r c h a n g e s s u r
la seconde et ainsi de suite, c h a q u e o r d r e angélique
o c c u p a n t son d e g r é . L e ciel lui révéla q u e cet escalier
symbolisait la vie des h o m m e s . Ainsi q u i c o n q u e d a n s
PREMIÈRE PARTIE CHAPITRE XXX. ]23

l'Église d e D i e u remplit son office avec fidélité, h u m i -


lité et d é v o t i o n , assiste p o u r Dieu les p è l e r i n s el les
p a u v r e * e? s'acquitte e n v e r s son prochain de tous les
d e v o i r s de la c h a r i t é , celui-là s c r a i t p J a c é au niveau des
A n g e s , s u r le p r e m i e r d e g r é . Ceux qui s ' a p p l i q u e n t
p l u s i n t i m e m e n t à Dieu p a r la prière et la d é v o t i o n ,
d o n n a n t en o u t r e à leur p r o c h a i n l'enseignement, le
conseil e l l e s e c o u r s , seraicnLau second d e g r é , p a r m i
les A r c h a n g e s . Ceux qui p r a t i q u e n t avec énergie la
p a t i e n c e , la s o u m i s s i o n , la p a u v r e t é v o l o n t a i r e ,
l ' h u m i l i t é ainsi q u e toutes les a u t r e s v e r t u s , m o n t e -
r a i e n t au t r o i s i è m e d e g r é , en c o m p a g n i e des V e r t u s .
Ceux q u i r é s i s t e n t aux vices et à la c o n c u p i s c e n c e , qui
m é p r i s e n t le d i a b l e avec ses s u g g e s t i o n s , o b t i e n d r a i e n t
l e u r g l o r i e u s e r é c o m p e n s e s u r le q u a t r i è m e d e g r é ,
a v e c les P u i s s a n c e s . Les P r é l a t s de l'Eglise qui a d m i -
n i s t r e n t avec sagesse, qui veillent nuit et j o u r au
s a l u t des â m e s cl font s o i g n e u s e m e n t fructifier les
talents q u ' i l s ont r e ç u s , c e u x - l à r e c e v r a i e n t p o u r
l e u r s t r a v a u x le r o y a u m e de g l o i r e , s u r Je c i n q u i è m e
d e g r é , avec les P r i n c i p a u t é s . Ceux qui s'inclinent en
t o u t e s o u m i s s i o n et r e s p e c t d e v a n t la divine Majesté,
cl r e n d e n t h o n n e u r à l e u r p r o c h a i n p o u r la gloire de
Dieu et ceux q u i , se s o u v e n a n t d'avoir été créés à
l'image de Dieu, s'efforcent de lui devenir c o n f o r m e s ,
en s o u m e t t a n t la chair à Vcsprit et en élevant leur
â m e v e r s les c h o s e s célestes, se réjouiraient, au sixième
d e g r é , avec les D o m i n a t i o n s . Ceux qui s ' a d o n n e n t à
la c o n t e m p l a t i o n a s s i d u e et g a r d e n t la p u r e t é du
c œ u r avec la t r a n q u i l l i t é d e l'esprit, offrant à Dieu
u n e d e m e u r e paisible, p e u v e n t cire appelés le p a -
r a d i s de D i e u , selon celte p a r o l e : Mes délices sont
d'être avec les enfants des hommes. ( P r o v . , v i a , 31.)
C'est d'eux C [ I H Î le S e i g n e u r a d i l : Je ma promènerai
en eux el fij demeurerai (II C o r . , v i , Ifi); cl ils sont
au s e p t i è m e d e g r é , associés aux T r ô n e s . Ceux q u i
d é p a s s e n t les a u t r e s en science et en c o n n a i s s a n c e ,
dont l'esprit i l l u m i n é a le b o n h e u r de c o n t e m p l e r
D î e u face à face, ceux-là font refluer vers la s o u r c e
d e toule sagesse ce q u ' i l s y ont p u i s é p o u r e n s e i g n e r
el i l l u m i n e r leur p r o c h a i n , el ils sont au b u i l i è m e
d e g r é , avec les C h é r u b i n s , Ceux qui aïmenl Dieu
de louî l e u r c œ u r et de loul leur e s p r i t , se jcllciif
tout entiers d a n s ce feu é t e r n e l , qui est Dieu m ê m e ,
d e v i e n n e n t enfin si s e m b l a b l e s à lui q u ' i l s 1'aimcnl
c o m m e ils en sont a i m é s , d ' u n a m o u r v r a i m e n t divin ;
c e u x - l à a i m e n t aussi toutes c h o s e s en Dieu cl p o u r
D i e u , r e g a r d e n t l e u r s e n n e m i s c o m m e des a m i s ,
r i e n ne peut les s é p a r e r de D i e u , r i e n n e p e u t p l u s
m ê m e les a r r ê t e r , c a r p l u s l ' e n n e m i l e u r fait la
g u e r r e , plus ils se fortifient d a n s l'amour. L e u r c œ u r
h n i l e en e u x - m ê m e s ; ils e m b r a s e n t l e u r s frères d ' u n e
Ici le c h a r i t é q u e , si c'était p o s s i b l e , ils les r e n d r a i e n t
tous parfaits d a n s l ' a m o u r ; ils p l e u r e n t , o u t r e l e u r s
p r o p r e s fautes, les vices et les p é c h é s d'auLrui, c a r
ils a i m e n t et r c c h c r c h e n l la seule gloire d e Dieu et
n o n la l e u r ; et ils s o n t au n e u v i è m e d e g r é , avec les
S é r a p h i n s . L e p r e m i e r r a n g est le l e u r , c a r e n t r e eux
et D i e u , il n'y a p l u s d ' a u t r e s e s p r i t s .

54. COMMENT CHAQUE ANGE S'OCCUPE DE I/AME QUI

LUT EST CONFIÉE.

la m e s s e , elle vit une m u l t i t u d e d'anges


P ENOANT

qui se tenaient s o u s u n e forme h u m a i n e devant


c h a c u n e des v i e r g e s d o n t ils avaient la garde-
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXI. 125

Q u e l q u e s - u n s p o r t a i e n t des s c e p t r e s fleuris, d ' a u t r e s


des fleurs d ' o r ; l o r s q u e le c o n v e n l faisail u n e incli-
nation, ils a p p l i q u a i e n t l e u r s lèvres s u r la (leur en
signe d e paix éternelle. A i n s i liront les auges tout
le t e m p s de celte m e s s e . Mais quand \cs vierges
vinrent au b a n q u e t du Roi des eieux, les anges y
c o n d u i s i r e n t celles d o n t ils étaient p r o t e c t e u r s . I«o
R o i , d a n s sa gloire ineffable, tenait alors la place
du p r ê t r e . S u r sa p o i t r i n e brillait un j o y a u o r n é
d'un bel a r b r e à deux b r a n c h e s , et de son très doux
C œ u r (où sont c a c h é s tous les trésors de sagesse
et de science), coulait un r u i s s e a u très p u r où s'eni-
v r è r e n t , c o m m e au torrent de la divine v o l u p t é t

celles q u i s'approchaient d e Dieu.

CHAPITRE XXXI.

bh. DE LA FÊTE OE TOUS LES SAINTS ET COMMENT LE

CHRIST SUPPLÉE AUX DÉFAUTS OE L'AME.

A veille de la T o u s s a i n t , u n travail rpri lui avait été


L enjoint p a r l ' o b é i s s a n c e lui fil négliger d ' a r r i v e r
à la m e s s e ; elle y vint au m o m e n t de l'élévation, le
c œ u r t r i s t e , n'ayant p l u s q u e son retard à p r é s e n t e r a
Dieu. L e S e i g n e u r lui dh : « N e me crois-tu p a s assez
de v a l e u r p o u r p a y e r tes d e t t e s ? — O b i o u i , S e i -
g n e u r , j ' a i pleine confiance en v o t r e p o u v o i r , » r é p o n -
d i l - e l l c - Le Seigueur r e p r i t : « E s t - c e que j e ne suis
pas d ' u n e valeur assez a p p r é c i a b l e p o u r s u p p l é e r en
o u t r e à toutes les o m i s s i o n s ? Mais oui, Seigneur,
dit-elle, je sais q u e r i e n ne vous esl impossible- —
12R LK LIVRE ni-l LA CRACK SPÉCIALE.

« D o n c , dil le S e i g n e u r , je r é p o n d r a i c o m p l è t e m e n t d e
tout d e v a n t Dieu le P è r e . C e p e n d a n t d e m a n d e a u s s i
au:: d i v e r s c h œ u r s des saints d'offrir p o u r toi l e u r s
m é r i t e ; ; : a u x P a t r i a r c h e s et a u x P r o p h è t e s , l e u r d é s i r
de l ' I n c a r n a t i o n ; a u x A p ô t r e s , l e u r fidélité à p e r s é -
vérer avec moi d a n s m e s t r i b u l a t i o n s , l e u r s c o u r s e s
à t r a v e r s le m o n d e p o u r p r ê c h e r la foi et me con-
q u é r i r un peuple l i d è l e ; a u x M a r t y r s , la p a t i e n c e
avec laquelle ils ont versé leur s a n g p o u r m o n a m o u r ;
aux C o n f e s s e u r s , la sainteté h é r o ï q u e p a r l a q u e l l e ils
ont m o n t r é , p a r l e u r s p a r o l e s cl l e u r s a c t i o n s , la voie
de la vie ; aux s a i n t e s V i e r g e s , la c h a s t e t é el l'inté-
grité qui l e u r a m é r i t é d ' ê t r e p l u s p r o c h e s de m o i . »
P e n d a n t les M a t i n e s , elle vit le Roi de g l o i r e a s s i s
s u r u n t r ô n e de cristal t r a n s l u c i d e o r n é de c o r a u x
r o u g e s . A sa d r o i t e était la R e i n e du ciel, a s s i s e s u r
un t r ô n e de s a p h i r d é c o r é d e perles b l a n c h e s . EUe
r e c o n n u t d a n s le cristal du t r ô n e royal l ' i n e s t i m a -
ble p u r e t é de la D i v i n i t é ; d a n s les c o r a u x , le s a n g
v e r m e i l de l ' H u m a n i t é du V e r b e ; le s a p h i r d é s i -
gnait ce ciel qui est le c œ u r de la M è r e de D i e u ,
o r n é des p e r l e s fines de sa v i r g i n a l e p u r e t é .
C o m m e on c h a n t a i t le v e r s e t du d e u x i è m e r é p o n s :
« P r i e z p o u r le p e u p l e : ora propopulo » *, e t c . , la M è r e
de g l o i r e , se levant de s o n t r ô n e , fléchit les g e n o u x ci
sembla p r i e r le Roi son F i l s p o u r la c o n g r é g a t i o n .
T o u s les c h œ u r s des s a i n t s p r i r e n t la m ô m e altitude
à m e s u r e que l'office les m e n t i o n n a i t . Enfin, p e n d a n t
la h u i t i è m e leçon, la g l o r i e u s e Vierge se leva de
nouveau avec la t r o u p e i n n o m b r a b l e des v i e r g e s , et

1. Yorset rhi r é p o n s : Félix namque r s , usité a u x frlos ôV ln


sainte V i r r ^ o et placé c o m m e d e u x i è m e r é p o n s a u x m u t i n e s do
la T o u s s a i n t ù Hclfla.
PRKMTKKR nAUTÏF. CIÏAPÏTnF. XXXI., VA7

voîcï que du C œ u r divin, où sonl cachés les I r é s o r s de


toulc b é a t i t u d e , sortit un t r i p l e lien semblable à u n e
cluirnc d ' o r . A p r è s a v o i r t r a v e r s é le c œ u r très a i m a n t
de la Vierge M è r e , ce lien passa à t r a v e r s le c œ u r de
toutes les, vici'gcs j u s q u ' à ce q u e de Ja d e r n i è r e de ces
s a i n t e s , il revînt p é n é t r e r d a n s le C œ u r du S e i g n e u r
l u i - m ê m e . L a triple c h a î n e avait tracé s u r son par-
c o u r s un cercle m e r v e i l l e u x d o n t se trouvait exclue la
m u l t i t u d e des deux sexes q u i n'avait pas été élevée au
d o n s u b l i m e de la virginité. Celle foule formait c o m m e
u n s e c o n d c h œ u r a u t o u r du p r e m i e r , cl les s a i n t s
a n g e s , s é p a r é s d e l'un et d e l'autre, formaient un
t r o i s i è m e c h œ u r : mais de toutes les âmes de cette
m u l t i t u d e , aussi bien q u e de celle des vierges, s'élevait
un c o n c e r t mélodieux c o m m e la g r a n d e voix des
o r g u e s . Celle mélodie céleste d o n n a i t à e n t e n d r e q u ' i l
n'est a u c u n e action, si petite soit-cllc, accomplie s u r
terre c o m m e louange, action de grâces, p r i è r e , acte
ou p a r o l e , v o i r e m ê m e c o m m e s i m p l e pensée, d o n t la
r é s o n a n c e ne soit éternelle p o u r louer Dieu et ac-
c r o î t r e la gloire et la j o i e d e s b i e n h e u r e u x . Ce fait
lui rappela ce qui est écrit : Là résonnent à jamais
l
les instruments des saints ci a u s s i : Louez-le sur les
f

cijmhales el dans les chœurs, e t c . ( P s . C L , 4). L e triple


lien sorti du divin C œ u r lui parut d o n c signifier
l ' a m o u r de l ' a d o r a b l e T r i n i t é , c'est-à-dire du P è r e ,
du F i l s et d u S a i n t - E s p r i t , q u i , p a r l ' i n t e r m é d i a i r e de
la très d i g n e M è r e de D i e u , M a r i e , pénètre les c œ u r s
a m o u r e u x des vierges d ' u n e suavité spéciale, afin d e

1. Antienne : D a n s la cilc d u S e i g n e u r , là r é s o n n e n t à j a m a i s
1ns i n s t r u m e n t s dos s a i n t s ; Jà est le vimuimoine cl le b a u m e , Je
p a r f u m le p l u s s u a v e est l e u r c h a n t ; là les anges et les a r c h a n g e s
c h a u l e n t u n h y m n e à Dieu, a l l é l u i a , alléluia.
128 Wï UVKfc; 1>K IJA GKACG SPÉCÏALK.

se les unir, c'est ce q u e l ' E c r i t u r e a t t e s t e p a r eclle


p a r o l e : La pureté rapproche de Dieu. ( S a p . , vi, 20.)
A la g r a n d ' m c s s e , p e n d a n t le c h a n t de l ' E v a n g i l e ,
q u e s t i o n n a n t selon sa c o u t u m e , elle dit : « Q u e voulez-
v o u s q u e j e fasse m a i n t e n a n t , ô d o u x B i e n - A i m é ? —
Q u e t'ai-je conseillé h i e r ? » r é p o n d i t le S e i g n e u r .
Elle se souvint alors q u e le S e i g n e u r lui avail dil la
veille de p r i e r r a s s e m b l é e d e s s i n a i s afin q u ' i l s fissent
l'offrande p o u r elle. Mlle se mellail en d e v o i r d ' o b t e n i r
celle faveur, l o r s q u ' e l l e entendit le S e i g n e u r lui
d i r e : « M o i - m ê m e , j e vais p r e n d r e les d e v a n t s s u r les
s a i n t s , je m ' a p p r o c h e r a i afin de faire l'oblalion p o u r
toi à Dieu le P è r e . J e lui offrirai d ' a b o r d le t e m p s
q u e j ' a i passé au sein d e la V i e r g e m a M è r e ; ces
neuf mois où j e me suis r e p o s é c o m m e l ' é p o u x d a n s
Ja c h a m b r e n u p t i a l e , j e les offrirai p o u r ce t e m p s o ù ,
toi a u s s i , tu es d e m e u r é e d a n s le sein de ta m è r e , m a i s
souillée du péché originel et i n c a p a b l e de r e c e v o i r la
g r â c e . P u i s j'offrirai m a t r è s sainte N a t i v i t é p o u r ta
n a i s s a n c e ; tu étais a l o r s u n e é t r a n g è r e p o u r m o i , c a r
tu n ' a v a i s p a s e n c o r e été r é g é n é r é e d a n s la fontaine
b a p t i s m a l e . J'offrirai m o n enfance t r è s i n n o c e n t e ,
ma p r e m i è r e j e u n e s s e , p o u r les i g n o r a n c e s d e la
t i e n n e ; le zèle a r d e n t d e m o n a d o l e s c e n c e et de ma
jeunesse p o u r r é p a r e r les négligences d e la t i e n n e .
Enfin j'offrirai l ' e n s e m b l e d e m a vie t r è s s a i n t e et
très parfaite avec le fruit de mon a m o u r e u s e P a s s i o n ,
pour toutes tes fautes et les défaillances, afin q u e , p a r
moi et en m o i , soit c o m p e n s é tout ce qui le m a n q u e . »
Après avoir ainsi p a r l é , le Seigneur des v e r t u s , suivi
de la milice céleste, s'avança p o u r d é p o s e r l'offrande
s u r un autel magnifiquement d é c o r é de s c u l p t u r e s qui
semblaient l ' œ u v r e d'un art s u r h u m a i n . E l l e c o m p r i t
P R E M I É H E PAIITIE. C H A P I T H E XXXI. 129

q u e In était c a c h é le t r é s o r infini et inestimable de


la s u p r ê m e et i n c o m p r é h e n s i b l e Divinité ; q u e les
s c u l p t u r e s de cet autel s y m b o l i s a i e n t les bienfaits de
Dieu, d a n s l e u r ineffable d i v e r s i t é qui d é p a s s e l'intel-
ligence h u m a i n e . O n m o n t a i t à cet autel p a r t r o i s
d e g r é s : le p r e m i e r était en o r , p a r c e q u e nul ne peut
v e n i r v e r s Dieu s a n s la c h a r i t é . Le s e c o n d , c o u l e u r
d'azur, d é s i g n a i t la m é d i t a t i o n des choses célestes,
c a r celui q u i s ' a p p r o c h e de D i e u doit n é c e s s a i r e m e n t
se d é p o u i l l e r d e s idées t e r r e s t r e s p o u r s'efforcer
d ' a t t e i n d r e , p a r l ' o r a i s o n , les pensées célestes. Le
t r o i s i è m e d e g r é , de c o u l e u r v e r t e , exprimait la v i g u e u r
q u e r é c l a m e la louange d i v i n e , c a r n o s actions d o i v e n t
être a n i m é e s p a r l'intention de louer Dieu bien p l u s
q u e p a r le d é s i r de n o t r e avantage et de noire
salut.
V e r s le m o m e n t de la c o m m u n i o n elle vil, au milieu
des c h œ u r s décrits plus h a u t , une table r o n d e m a g n i -
fiquement s e r v i e . S o u s l ' e s p è c e s a c r a m e n t e l l e de
l'hostie, le S e i g n e u r d o n n a son corps et s o n s a n g
p r é c i e u x à toute la c o m m u n a u t é , assise avec lui à cette
table. E n s u i t e , c o m m e u n roi magnifique, il d o n n a à
toutes un c a d e a u royal p a r le ministère d e s célestes
p r i n c e s . O r celle qui vit c e s choses certifia q u e ce
p r é s e n t était bien conforme à ce q u e Dieu avait dit
1
a u n e à m e d é v o t e en celle m ê m e fête: en gage
d ' a m o u r spécial, il avait p r o m i s de d o n n e r à c h a q u e
m e m b r e d e la c o m m u n a u t é mille â m e s , c'est-à-dire
q u e l e u r s p i e u s e s p r i è r e s d e v a i e n t délivrer mille âmes
des liens d u péché et les faire e n t r e r d a n s le r o y a u m e
des cicux.

I- V o i r ïo Lcyal de la divine pieté. Iiv. III, cj\.


130 LE LTV H E DE LA GRACE SPÉCIALE.

56. DE L'AURÉOLE DES VIERGES

ET COMMENT DIEU DOIT ETRE LOUÉ DANS SES SAINTS.

I N cette m ê m e f è l c , c o m m e elle se d e m a n d a i t quelle


I ^ l o u a n g e r e n d r e à D i e u en l ' h o n n e u r de ses
s a i n t s J e S e i g n e u r lui dit : «r L o u e - m o i d e ce q u e j e
1
suis la c o u r o n n e de tous les s a i n t s . » Aussitôt elle
se mit à b é n i r et à l o u e r de tout son c œ u r la 1res
sainte et toujours a d o r a b l e T r i n i t é qui d a i g n e être
la c o u r o n n e et l ' h o n n e u r des s a i n t s . D e p l u s , elle
la louait p o u r la s i n g u l i è r e p r é r o g a t i v e de l'auréole
qui c o u r o n n e les v i e r g e s d a n s la b é a t i t u d e . A l o r s
elle vit s u r la lètc de la glorieuse Vierge Marie el de
t o u s les saints u n e c o u r o n n e d'un prix i n e s t i m a b l e ,
d o n t l'éclat dépassait toute e x p r e s s i o n . E l l e vit a u s s i
c o m m e n t Dieu est l'auréole spéciale d e la b i e n -
h e u r e u s e V i e r g e M a r i e cl de toutes les v i e r g e s . Cette
a u r é o l e lui p a r u t ê t r e c o m m e une g u i r l a n d e faite de
n œ u d s r o u g e s , b l a n c s et or t r e s s é s , et t r o i s p a r t r o i s .
L e r o u g e r a p p e l a i t , en m ê m e temps q u e la P a s s i o n
d u C h r i s t , t o u t e s les souffrances et les a d v e r s i t é s
souffertes p a r les v i e r g e s . Q u i c o n q u e v e u t g a r d e r sa
virginité s a n s t a c h e n'y p a r v i e n t p a s s a n s travail
et s a n s t r i b u l a t i o n . L ' o r d é s i g n a i t l ' a m o u r m u t u e l d u
C h r i s t et des v i e r g e s , c a r celles qui s o n t v r a i m e n t
v i e r g e s a i m e n t n a t u r e l l e m e n t celui a qui elles ont
voué leur parfaite c h a s t e t é . Enfin le n œ u d de b l a n c h e s
perles signifiait à la fois, et l ' i n n o c e n c e du C h r i s t , et la
virginité sans t a c h e . L e s n œ u d s d i s p o s é s trois par
trois s u r la c o u r o n n e e x p r i m a i e n t bien q u e les vierges

1. P a r o l e s d e l à liturgie à r i n v i l n l o i r c de la fVlu.
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXI. 131

p o s s è d e n t , p]us que les naïves &u'nls, irois d o n s qui


s o n t ln familiarité, la d é l e c t a t i o n cl la s a v e u r cachées
p o u r elles d a n s le S e i g n e u r . E v i d e m m e n t le c o m b l e de
la gloire et de l ' h o n n e u r où parviennent tous les saints
est o b t e n u p a r le s a n g , p a r l'innocence du C h r i s t cl
p a r ses a u t r e s v e r t u s . T o u t e â m e b i e n h e u r e u s e est
h o n o r é e de la d o u c e familiarité du Seigneur, m a i s la
p r é r o g a t i v e spéciale des v i e r g e s est de j o u i r de ces
trois biens d a n s ce Dieu qui s'est fait r é e l l e m e n t leur
E p o u x , avec u n e i n t i m i t é , u n e joie ci un r a s s a s i e m e n t
i n c o n n u s aux a u t r e s . S o u s les n œ u d s a r r o n d i s p o u r
t r e s s e r la c o u r o n n e , elle c o m p r i t que se c a c h a i t un
bien s a n s prix et s a n s n o m que les saints du ciel
m ê m e ne p e u v e n t assez c o m p r e n d r e p o u r l ' e x p r i m e r .
A v r a i d i r e , ce bien p e r s o n n e ne le connaît s'il ne l'a
reçu.
P e n d a n t la sainte nuit, c o m m e ' île célébrait avec
ferveur les l o u a n g e s de la très sainte T r i n i t é , elle vit
clans u n e extase u n e eau v i v e , plus brillante q u e le
soleil, qui p r e n a i t sa s o u r c e et s'alimentait en elle-
m ê m e et qui r é p a n d a i t d a n s l ' a t m o s p h è r e une fraîcheur
exquise et s a l u t a i r e . L a b a s s i n de celte fontaine était
c o n s t r u i t e n p i e r r e s t r è s d u r e s et p r é c i e u s e s ; s a n s
a u c u n s e c o u r s h u m a i n , la fontaine faisait elle-même
fonctionner ses eaux el les versait à tous a v e c a b o n -
d a n c e . P a r ce bassin de g r a n i t était signifiée la toute-
p u i s s a n c e d u P è r e ; p a r le s y s t è m e du f o n c t i o n n e m e n t
des eaux, la sagesse i n c r é é c d u F i l s qui, selon son bon
plaisir, r é p a n d s u r tous et se d i s t r i b u e , ' s e c o m m u -
n i q u e à c h a c u n , c o m m e elle le veut. La d o u c e t e m p é -
r a t u r e des eaux désignait la b o n t é ineffable de l ' E s p r i t -
Saint. L ' a i r s a l u b r e e n t r e t e n u p a r la fontaine signifiait
q u e Dieu est la vie de t o u t e c r é a t u r e . P r i v é d'air p u r ,
132 L E L I V R E OL- LA GRACE SPÉCIALE.

l'homme ne peut v i v r e ; de m ê m e a u c u n e c r é a t u r e ne
vil sans D i e u . A u t o u r de la fontaine cl r e p o s a n t s u r
le bassin m ê m e , se d r e s s a i e n t sept c o l o n n e s o r n é e s de
c h a p i t e a u x cn s a p h i r . P a r ces c o l o n n e s , a u t a n t de
jets versaient l e u r s eaux t r a n q u i l l e s s u r les s a i n t s , s u r
les a n g e s , s u r les p r o p h è t e s , les a p ô t r e s , les m a r t y r s ,
les confesseurs, les vierges ; le s e p t i è m e et d e r n i e r se
r é p a n d a i t s u r tous les a u t r e s s a i n t s . A l o r s r a s s a s i é s
du bien s u p r ê m e , les b i e n h e u r e u x exhalaient les u n s
p o u r les a u t r e s un parfum délicieux, q u e t o u s r e s p i -
raient, d a n s u n e m u t u e l l e et s a i n t e avidité : ceci d o n -
nait à e n t e n d r e q u e les saints se c o m m u n i q u e n t e n t r e
eux, p a r un m o u v e m e n t d ' i n é p u i s a b l e bienveillance,
leur j o i e et tous les biens qu'ils p o s s è d e n t en Dieu.

CHAPITRE XXXII.

57. OE SAINTE CATHERINE ET D E SA GLOIRE

N la le le de sainte C a t h e r i n e , privilégiée e n t r e
E toutes les v i e r g e s , la sainte lui a p p a r u t e n v e l o p p é e
dans un v ê l e m e n t c o u v e r t de r o u e s en or, e t r e t e n u
vers le h a u t p a r d e u x m a i n s é g a l e m e n t cn o r qui rejoi-
gnaient les deux p a n s de ce m a n t e a u . — Ces mains
signifiaient l ' h e u r e u s e et indivisible u n i o n d e Dieu et
de r a m e . — La s e r v a n t e du Christ se mit à s a l u e r r é v é -
1
r e n o u e n t C a t h e r i n e p a r l ' a n t i e n n e «. Ave speciosa :

1. AvPyVirgn specioaa, clnrior sidorilms, cujns unllum cl <uvo/vm


roiirnpinii DominnSy ftruïc precca (ïrettlori pro fuis aupplivibus :
.le vous s a l u e , u Vierge loulc belle, p l u s b r i l l a n t e q u e les étoiles,
vous dont la grâce et la b e a u t é ont c a p t i v é les saiuls désira d u
r«KMÏ1ïr.F, VAUTTE. CTfÀTÏTKE XXXÎÏ.

RUUIU vierge t r è s b e l l e , » e l e . P u i s elle lui d i t : « J e vous


en p r i e , a p p r e n e z - m o i ce q u e signifient ces mots que
n o u s v o u s c h a u l o n s - « ciijus vullum ne deeovem concu-
pîvilDominvs : d o n t le S e i g n e u r a convoite le visage et
la b e a u l é . » Q u ' e s t - c e q u e ce visage en v o u s convoité
p a r le S e i g n e u r ? » Elle r é p o n d i t : « Mon visage est
l'image de l'adorable T r i n i t é que le S e i g n e u r a con-
voitée en moi, p a r c e q u e j e ne l'ai j a m a i s altérée p a r
d e s péchés g r a v e s . Ma beaulé est l'éclat que le Christ
r é p a n d s u r ses fidèles, q u a n d il les d é c o r e de la riche
p o u r p r e d e son s a n g . O r , s a c h e que ecl éclat se r e n o u -
velle et s'accroît à c h a q u e c o m m u n i o n ; celui qui
c o m m u n i e u n e fois d o u b l e cet éclat ; mais celui qui
c o m m u n i e cent et mille fois a u g m e n t e a u t a n t de fois
celle beaulé de son Ame. »
E t c o m m e cette vierge avait prié sainte C a t h e r i n e
p o u r une p e r s o n n e qui lui était dévote, elle r é p o n d i t :
« Dis-lui de r é c i t e r en m o n h o n n e u r le Landcde Do-
minumommes génies et l'antienne «c Voxde eœlîs \ etc.:
U n e voix se fit e n t e n d r e d u ciel : V i e n s , ma b i e n -
a i m e c , v i e n s ; e n t r e d a n s la c h a m b r e n u p t i a l e d e t o n
E p o u x ; ce q u e tu d e m a n d e s est a c c o r d é ; ceux p o u r
qui tu p r i e s s e r o n t s a u v é s . » T u me r a p p e l l e r a s ainsi
la j o i e q u e j ' é p r o u v a i l o r s q u e le Christ, m o n Roi et
m o n E p o u x , m ' a p p e l a a i n s i . E n effet, l o r s q u e j ' e n -
tendis cetle voix, un tel a m o u r embrasa m o n c œ u r et
je me fondis d a n s u n e telle allégresse q u e toute l'hor-
r e u r de la mort s é v a n o u i t p o u r moi. >*

S o i g n e u r ; i n l e r r o d ^ a u p r o s d u O é n L c u r p o u r ceux qui ont recours


A vous.
I. Vo.v de avl'tR insoiutit : V r i u , dilecia mon, I>5»I, intra thula-
nmm sponsi ttri ; qnod postulas impetvasii, pro qnihus oras salvi
LE LÏVRF. D E LA ORAC.E sm'xrALE

CHAPITRE XXXIII.

58. O U O E R N I E R D E S SAINTS E T D E LA RONTÉ D E D I E U .

N s a m e d i , p e n d a n t le c h a n t d e la s é q u e n c e Mane
U prima sabbali, à celle s t r o p h e : « Ut fans , e t c . : [

U esl la s o u r c e de toute b o n t é , lui q u i t'a lavée de tes


fautes ; prie-le de n o u s purifier a u s s i et de n o u s d o n n e r
le p a r d o n , à n o u s ses s e r v i t e u r s et s e s c l i e n t s , » elle
réfléchissait a u x d o n s i n é n a r r a b l e s s o r t i s déjà n o m -
b r e u x el a d m i r a b l e s de celle s o u r c e de tout b i e n , et a u x
d o n s q u i en d é c o u l e n t e n c o r e s a n s c e s s e . L e S e i g n e u r
lui dit : V i e n s et c o n s i d è r e le plus petit de ceux q u i
sont au ciel, a l o r s lu c o n n a î t r a s la s o u r c e de m i s é r i -
c o r d e . » E l l e se d e m a n d a a u s s i t ô t o ù le t r o u v e r et
c o m m e n t le r e c o n n a î t r e . E t voilà q u e se p r é s e n t e
devant elle u n h o m m e habillé d e vert, a u x c h e v e u x
c r é p u s et a u x y e u x g l a u q u e s , d e petite taille et c e p e n -
d a n t d'un v i s a g e c x t r a o r d i n a i r c m c n l b e a u et r é g u l i e r .
E l l e lui dit : « Q u i es-tu ? » E t lui : « J ' é t a i s s u r terre
un v o l e u r cl u n b a n d i t , j e n'ai j a m a i s rien fait de b i e n .
— A l o r s c o m m e n t es-tu e n t r é ici d a n s la j o i e ? »
reprit-elle ? Mais lui : <c Ce q u e j ' a i fait de m a l , ce
n'était p a s psw m é c h a n c e t é , m a i s c o m m e p a r h a b i t u d e
et ne s a c h a n t rien d e mieux, c a r j ' a v a i s été ainsi élevé
par m e s p a r e n t s . Au d e r n i e r m o m e n t le r e p e n t i r m ' a

1. Ut fans snwmœ pietatis, Qui te iavit a peccatis, Semas saos


atque tuos Mandat data venta* S é q u e n c e en l ' h o n n e u r d e la r é s u r -
rection usitée a u m o y e n â g e et d o n t la d e r n i è r e s t r o p h e s'adresse
cn ces t e r m e s a s a i n l e M a d e l e i n e . ( V . Année liturgique, au jeudi
de Pâques.)
PREMIERE PARTIE, CHAPITRE XXXIV. 1ÎJ5

o b t e n u la m i s é r i c o r d e d i v i n e . J'ai passé cenl a n n é e s


d a n s le lieu des p e i n e s ; j ' y ai souffert b e a u c o u p de
t o u r m e n t s ; et m a i n t e n a n t , p a r la seule et gratuite
b o n t é de D i e u , j ' a i été a m e n é ici, d a n s le r e p o s
é t e r n e l . » A l o r s cet h o m m e livra p a r une sorte de
t r a n s m i s s i o n à celle qui v o y a i t ces c h o s e s les biens
q u e D i e u avait m i s é r i c o r d i e u s e m e n t m i s cn lui ; ceci
lui causait u n e g r a n d e j o i e . Elle c o n n u t ainsi d a n s
ce d e r n i e r h a b i t a n t du p a r a d i s ce q u ' e s t la s o u r c e
de b o n t é . Si D i e u o p è r e d e si g r a n d e s c h o s e s en
q u i n'a r i e n fait de b i e n , q u e n'accomplira-t-il p a s
d a n s ses s a i n t s r i c h e s en v e r t u s ?

C H A P I T R E XXXIV.

50. DE SAINT RARTI-IÉLEM V,

^ T X E vit u n j o u r l ' a p ô t r e saint Barthélémy d a n s une


I -À gloire m e r v e i l l e u s e et, d e v a n t lui, une croix cn
o r . C o m m e elle se d e m a n d a i t ce que cela pouvait
signifier, le S e i g n e u r lui dit : « C'est la croix d o n t j ' a i
p a r l é d a n s l'Evangile : Celai qui veut venir après moi,
qu il prenne sa croix el qu'il me suive. (Math , xvi, 24.)
L ' e s p é r a n c e cl la confiance en sont la p a r t i e s u p é -
r i e u r e , c a r elles d i r i g e n t vers moi ceux q u i , à cause de
m o i , font a b n é g a t i o n de ce qu'ils sont et de ce
qu'ils ont. L e b r a s d r o i t est l ' a m o u r du p r o c h a i n ;
le b r a s g a u c h e , la patience d a n s les a d v e r s i t é s .
L a partie inférieure est la p r é v o y a n c e , qui évite
t o u t ce qui peut éloigner l'ame de D i e u . O r c o m m e
ce disciple q u e j ' a i a i m é m'a suivi et imité avec p e r -
Q — SAINTE AlECIITII.lïK.
iPifï LE L T V H P. ])E LA GHAGE SPÉCIALE.

fcclion, il a p o r t é celle c r o i x , cl m a i n t e n a n t elle


r e h a u s s e g l o r i e u s e m e n t la d i g n i t é dont je l'ai r é c o m -
pensé. »

COMMENT L O I E K D I E U D A N S S E S S A I N T S .

La gloire si g r a n d e de cet a p o l r e lui aj'ant été ainsi


manifestée, elle désira l o u e r Dieu d a n s ses saints p o u r
la gloire qu'il d o n n e à ceux qui l'aiment. Le S e i g n e u r
daigna a l o r s s'incliner p o u r i n s t r u i r e sa dévole d i s -
ciple : « L o u e ma honlé e n v e r s les s a i n t s , dit-il, c a r
je l e u r ai a c c o r d é une si c o m p l è t e b é a t i t u d e '^ixe non
s e u l e m e n t ils s u r a b o n d e n t d e b i e n s , m a i s q u ' i l s
voient e n c o r e l e u r j o i e s ' a c c r o î t r e du b o n h e u r de l e u r s
frères. L a b é a t i t u d e des a u t r e s p r o c u r e à c h a c u n des
saints p l u s d e j o u i s s a n c e q u e les h o n n e u r s r e n d u s à
un fils u n i q u e n ' e n d o n n e n t a sa m è r e , que le t r i o m p h e
el la gloire d'un {ils n'en p r o c u r e n t à son p è r e . P a r
l'effet d ' u n e a i m a b l e c h a r i t é , u n s a i n t j o u i t d u m é r i t e
de tous les a u t r e s , c o m m e s'il lui a p p a r t e n a i t . »

60. DES SAINTS.

« E n la fêle de c h a q u e saint, tu p e u x d o n c me l o u e r
d ' a b o r d p o u r les avoir c h o i s i s d e toute é t e r n i t é . Cette
élection est ..nfirmée en eux d e telle s o r t e q u ' u n e fois
élus p o u r la b é a t i t u d e é t e r n e l l e , m ê m e s'ils t o m b e n t
en de g r a n d s p é c h é s , je ne vois plus en e u * q u e la
gloire à l a q u e l l e ils p a r v i e n d r o n t . T u p e u x m a l o u e r
ensuite p o u r l'appel au r o y a u m e de la gloire q u e
j e l e u r a d r e s s e en véritable a m i . Q u i d o n c oserait
j a m a i s s ' a p p r o c h e r de m a d i v i n e majesté si j e ne
l'appelais et l'attirais v e r s m o i 1 T u p e u x me l o u e r
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXJV. 137

enfin p o u r le loyal p a r t a g e du r o y a u m e q u e je fais


a v e c eux. J e les ai tous établis c o m m e m o i , rois et
r e i n e s ; et je les fais r é g n e r avec tant de joie et de
gloire q u ' i l s s e m b l e n t a v o i r r e ç u , n o n pas la moitié
d e m o n r o y a u m e , m a i s bien le r o y a u m e tout entier.
« T u ' p e u x ausss r a p p e l e r aux saints la joie q u ' i l s
g o û t e n t à me c o n n a î t r e m a i n t e n a n t s a n s voile, à se
délecter d a n s la c o n s i d é r a t i o n de m o n a m o u r éternel
et d e ma g r a t u i t e élection à une telle félicité. Nul ne
p e u t a p e r c e v o i r les s e n t i m e n t s qui dirigent le c œ u r
de son ami a u t a n t q u e mes élus reçoivent la puissance
tic s c r u t e r l'intime d e m o n C œ u r et de r e s s e n t i r
a v e c u n e i n d i c i b l e joie l'affection et l ' a m o u r que je
l e u r p o r t e . T u peux l e u r r a p p e l e r a u s s i la s a v e u r déli-
cieuse qu'ils g o û t e n t q u a n d ils me louent, me bénissent
et voient m a c h a r i t é e n v e r s eux. Enfin dis-leur qu'ils
ont toute la pleine liberté de leur v o l o n t é et qu'ils
p e u v e n t agir avec libéralité cn tout ce qu'ils veulent. »
O n peut e n c o r e r a p p e l e r aux saints : 1° la très
g l o r i e u s e , très s p l c n d i d e et très délicieuse d e m e u r e
p r é p a r é e p o u r eux d e p u i s l ' é t e r n i t é ; c'est-à-dire l e u r
r a p p e l e r qu'ils s o n t où est le S e i g n e u r , c o m m e c o h é -
ritiers du F i l s u n i q u e ; qu'ils ont l e u r place avec lui
d a n s le plus profond du c œ u r de son l ' è r e ; 2° l'épan-
c h c m e n l si doux p a r lequel Dieu a r é p a n d u s u r eux
ses divines voluptés eL le niouveuieni.de gratitude qui
leur lait''renvoyer à Dieu les délices qu'ils goûtent ;
3° l'insigne h o n n e u r q u e Dieu leur fait de les inviter
à sa table, de les n o u r r i r et de les r a s s a s i e r , sans
dégoût possible, d e la s p l e n d e u r de son aimable face ;
de les enivrer au t o r r e n t de la volupté divine et de
c o m b l e r i o n s leurs d é s i r s ; 1° la r é m u n é r a t i o n très
j u s t e en vertu d e laquelle la m o i n d r e chose laite.
138 I.E MVRE nrc I,A ORAGE SPÉCIALE.

a b a n d o n née ou soufferte p a r a m o u r , n'est jamais


laissée en oubli m a i s au c o n t r a i r e gardée p a r Dieu
avec jalousie, p o u r être r é c o m p e n s é e au delà d u
mérite a c q u i s -, 5° r é l e r n c l l e b é a t i t u d e qui l e u r a s s u r e
une gloire el u n e félicité s a n s fin, avec un p e r p é t u e l
accroissement de joie e l d c r é c o m p e n s e .

CHAPITRE XXXV.

61. FETE DE EA DÉDICACE DE LÉOMSE.

N la lelc d e la D é d i c a c e , p e n d a n t la m e s s e , au
E c h a n t du v e r s e t : « Deus cui adslant
1
angehrum
chori : Dieu d e v a n t qui se tiennent les c h œ u r s
des anges », elle vil en esprit la céleste J é r u s a l e m et
le Irône de Dieu qui y est é t a b l i . Ce trône est de telle
d i m e n s i o n qu'il s'étend des h a u t e u r s du ciel j u s q u ' a u x
p r o f o n d e u r s de l'enfer ; a u - d e s s o u s se t r o u v e un
levier p u i s s a n t qui écrase Ions les d a m n é s . Elle
c o m p r i t q u e ce levier désigne la j u s t i c e de Dieu, qui a
si justement s é p a r é de lui les i m p i e s . Celte cité est
c o n s t r u i t e d e p i e r r e s p r é c i e u s e s el vivantes, qui s o n t
les s a i n t s , cl c h a q u e saint a p p a r a î t d a n s le;. Miurs, avec
tous ses m é r i t e s , c o m m e on v e r r a i t u n e image d a n s u n
clair m i r o i r . L e s anges son! r a n g é s devant le t r o n c ,
selon leur o r d r e et leur dignité. C e p e n d a n t c o m m e
cette â m e d é s i r a i t a r r i v e r j u s q u ' à son B i e n - A i m é , les
Anges la p r i r e n t a v e c u n e a d m i r a b l e c o n d e s c e n d a n c e
au milieu d'eux, et la firent m o n t e r j u s q u ' a u x A r -

I . Verset d u r é p o n s - g r a d u e l -
PHEMIÈKË PAUTIE. CHAPITRE XXXV. 139

c h a n g e s , ceux-ci la c o n d u i s i r e n t aux V e r l u s cl, p a s s a n t


ainsi à t r a v e r s t o u s les c h œ u r s angéliques, elle p a r -
vint au trône de son Bien-Aimé, cl lui dit en t o m b a n t
à ses p i e d s : « J e salue vos p i e d s sacrés, qui v o u s ont
r
servi à * ous élancer c o m m e un géant d ' a m o u r et de
d é s i r , p o u r p a r c o u r i r la voie de notre r é d e m p t i o n et
de n o t r e salut. » P u i s elle r e n d i t grâces p o u r les bien-
faits qu'elle avait o b t e n u s a u x pieds de son S a u v e u r .
E l l e dit ensuite au S e i g n e u r : « Q u e demanderai-je
m a i n t e n a n t , p u i s q u ' o n n o u s invite a u j o u r d ' h u i à p r i e r
p a r l'assurance d'être e n t e n d u s aussi souvent q u e nous
1
demanderons ? » Le Seigneur répondit : « Demande
d ' a b o r d p o u r toi la r é m i s s i o n de tous tes p é c h é s , car
c'est ce qu'il y a de p l u s s a l u t a i r e p o u r l ' h o m m e et le
m e i l l e u r m o y e n d ' o b t e n i r la joie véritable. Q u i c o n q u e
en effet, v r a i m e n t p é n i t e n t , avoue ses p é c h é s , se jette
à m e s p i e d s avec la v o l o n t é s i n c è r e de les confesser,
p o u r o b t e n i r le p a r d o n , celui-là sera c e r t a i n d'avoir
pleine r é m i s s i o n , p o u r v u qu'il t r o u v e d a n s son c œ u r
u n s e n t i m e n t assez h u m b l e p o u r être p r ê t à l'obéis-
s a n c e envers toute c r é a t u r e . »
A l o r s l'ame, se levant, vit le Seigneur assis s u r son
t r ô n e , les m a i n s é t e n d u e s . Il disait : « S u r la croix, je
suis d e m e u r é les b r a s é t e n d u s j u s q u ' à ma m o r t ; j c m e
tiens e n c o r e ainsi devant m o n P è r e , en signe que je
suis toujours p r ê t à s e r r e r d a n s mes b r a s tous ceux
q u i v o u d r o n t y v e n i r . Q u e l q u ' u n désirc-t-il cette
f a v e u r ? S'il est p r ê t a souffrir toute a d v e r s i t é p o u r
m o n a m o u r , c'est un signe qu'il esl déjà p a r v e n u à cet
e m b r a s s e m e n t . Q u e l q u ' u n aspire-t-il à m o n b a i s e r ?
S'il peut se r e n d r e le témoignage qu'il aime en tout ma

1 . Allusion ù la collecl'ï d e la Dédiencs,


140 L E LIVRE D E LA GRACE SIVÉCIALE.

volonté et q u ' e l l e lui plaîl s o u v e r a i n e m e n t , c'est un


indice q u e ce b a i s e r est o b t e n u . Q u i c o n q u e veut
me faire e n t e n d r e et exaucer ses p r i è r e s doit être p r ê t
à toujours o b é i r , c a r il est i m p o s s i b l e q u e les p r i è r e s
de r i i o m m c o b é i s s a n t ne soient p a s acceptées ».
C o m m e on c h a n t a i t le r é p o n s Brncrfic, clic vit toutes
les v e r t u s qui y s o n t n o m m é e s , personnifiées par des
vierges debout d e v a n t D i e u . U n e d'entre elles, p l u s
belle que ses s œ u r s , tenait une c o u p e d'or, où les
a u t r e s vierges v e r s a i e n t u n e l i q u e u r e m b a u m é e q u e
la p r e m i è r e vierge agenouillée offrait au S e i g n e u r .
E t o n n é e de ce s p e c t a c l e , elle d é s i r a i t en c o m p r e n d r e
la signification, l o r s q u e le S e i g n e u r lui dit : « Celle-
ci est l'obéissance *, seule elle m e p r é s e n t e à b o i r e ,
c a r l'obéissance contient en e l l e - m ê m e la r i c h e s s e
des a u t r e s v e r t u s : le v é r i t a b l e o b é i s s a n t doit néces-
s a i r e m e n t p o s s é d e r l ' e n s e m b l e de ces v e r t u s . D ' a b o r d
la santé de l'àmc, c'est-à-dire l ' a b s e n c e de l'infirmité
q u ' e s t le p é c h é m o r t e l . E n s u i t e l ' h u m i l i t é , p u i s q u ' i l
se s o u m e t en tout à ses s u p é r i e u r s . L a s a i n t e t é et
la chasteté s o n t aussi en l u i , p u i s q u ' i l g a r d e la
p u r e t é d u c o r p s et d u c œ u r . L e s v e r t u s et la v i c t o i r e
lui s o n t n é c e s s a i r e s p o u r ê t r e fort d a n s les œ u v r e s
b o n n e s , et victorieux dans les luttes c o n t r e le m a l .
D ' a u t r e s v e r t u s e n c o r e c o n v i e n n e n t à l'obéissant :
la foi, s a n s laquelle nul ne peut p l a i r e à Dieu ; l'espé-
rance, qui n o u s fait t e n d r e v e r s Dieu ; la c h a r i t é e n v e r s
Dieu et e n v e r s le p r o c h a i n ; la b o n t é , qui se m o n t r e
douce et a g r é a b l e p o u r tous ; la t e m p é r a n c e , qui
r e t r a n c h e tout le superflu ; la p a t i e n c e , qui t r i o m p h e
des a d v e r s i t é s et les r e n d utiles et fructueuses ; enfin
la discipline religieuse, p a r l a q u e l l e on o b s e r v e s t r i c -
tement sa règle. »
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XXXV. 141

D u r a n t ce t e m p s , elle p r i a p o u r une p e r s o n n e qui


t r o u v a i t sa c h a r g e pénible, et elle la vit a u p r è s d e
D i e u p a r m i ces v i e r g e s . L e S e i g n e u r dit à son sujet :
« P o u r q u o i chante-t-elle p o u r moi de m a u v a i s e grâce,
p u i s q u e j e c h a n t e r a i de b o n n e grâce p o u r elle dans
l ' é t e r n i t é ? C h a n t e r un seul j o u r p o u r m o i , p a r o b é i s -
s a n c e , ' m ' e s t plus a g r é a b l e q u e tous Ic,$ c h a n t s
p o s s i b l e s exécutés d ' a p r è s la volonté p r o p r e . »
L E LtVRK D E T.A OH ACE SPÉCIALE.

PETIT T I U I T É

SLH LA H1KMIEUREUSK VIEHGE MAKJfE.

CHAPITRE XXXVI.

1. D E LA P { E N I I E U H E U S E V I E R G E MARIE ET D E S E S SEPT
SUIVANTES.

N j o u r , p e n d a n t la m e s s e Salve sanrla Parais,


U c o m m e elle saluait la V i e r g e Marie en lui d e m a n -
dant d ' o b t e n i r p a r son i n t e r c e s s i o n le p a r d o n d e ses
p é c h é s , elle vit celte b i e n h e u r e u s e Vierge d e b o u t en
p r é s e n c e du Seigneur. A l o r s , t o m b a n t à ses p i e d s , elle
t o u c h a le b o r d de ses longs v ê t e m e n t s qui t r a î n a i e n t
j u s q u ' à t e r r e , et elle s'en s e r v i t p o u r s ' e s s u y e r le
visage. P u i s , s'étant r e l e v é e , elle vit a u t o u r d'elle
p l u s i e u r s v i e r g e s qu'elle d é s i r a c o n n a î t r e , cl d o n t la
Vierge M a r i e lui dit : « Ces v i e r g e s étaient m e s ser-
v a n t e s S L i la t e r r e . L a p r e m i è r e est la S a i n t e t é : elle
m'a servie d è s le sein de m a m è r e , où elle m ' a r e m p l i e
du S a i n t - E s p r i t . L a s e c o n d e e s t la P r u d e n c e : elle m"a
g a r d é e d a n s m o n enfance de toute action p u é r i l e ,
qui n'eût p a s été conforme à la volonté de D i e u . L a
troisième est la Chasteté : elle m ' a servie à l ' h e u r e où
PREMIÈRE P A R T I E . CHAPITRE XXXVI. 143

l'ange m e s a l u a i t ; c'est son a m o u r qui me dicta les


r é p o n s e s que j e fis. La q u a t r i è m e est l'Humilité :
c'est elle qui m'a faite Mère du Dieu dont j e me
confessais la s e r v a n t e . La c i n q u i è m e est la C h a r i t é :
du sein dv P è r e elle amena le F i l s de Dieu d a n s m o n
sein. L e c œ u r d e s a u t r e s m è r e s p e n d a n t l e u r gros-
sesse souffre parfois des défaillances causées p a r la
d o u l e u r ; c'est l'excès de l ' a m o u r qui seul fit défaillir
le mien ; c o m m e le cerf d é s i r e les fontaines, ainsi j e
d é s i r a i s c o n t e m p l e r le Fils q u e je p o r t a i s d a n s mes
e n t r a i l l e s . La sixième est la Diligence a t t e n t i v e , qui
m'a s e r v i e d a n s t o u t e s mes d é m a r c h e s , à la naissance
de m o n F i l s ; elle m'a fait a c c o m p l i r p l e i n e m e n t Ja
v o l o n t é d u P è r e à son é g a r d . L a septième est la
P a t i e n c e : celle-là fut à m o n service dès la p r e m i è r e
h e u r e de l'existence d e mon F i l s et j u s q u ' à la d e r n i è r e
h e u r e de sa P a s s i o n . D e p l u s , la Crainte de Dieu
se fit ma c a m é r i è r e et ne laissa j a m a i s m e s pieds
glisser. »
A l o r s celle-ci dit : « O D a m e , obtenez-moi ces
v e r t u s . — A p p r o c h e - t o i de mon F i l s , d e m a n d e - l e s
à l u i - m ê m e , » r é p o n d i t - e l l e . O r , le Seigneur était assis
s u r u n t r ô n e d ' o r s o u t e n u p a r deux colonnes qui
étaient o r n é e s de s a p h i r s e n c h â s s é s d a n s l'or. L ' â m e
se p r o s t e r n a à ses p i e d s el le supplia d ' a c c o r d e r ces
v e r t u s non s e u l e m e n t à elle, mais e n c o r e à tous ceux
qui étaient clans le t e m p s de l'épreuve. L e Seigneur
p a r u t a c q u i e s c e r à cette p r i è r e et assigna à son ser-
vice les vierges qui étaient là. Alors elle a p e r ç u t d a n s
la main de c h a c u n e d'elles une petite lance aiguë.
Celle pointe signifiait la constance i n d i s p e n s a b l e
p o u r résister aux vices. A u t o u r des lances étaient
s u s p e n d u e s des c y m b a l e s en o r : dès q u ' o n les agitait,
144 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

elles r e n d a i e n t un son t r è s h a r m o n i e u x a u x oreilles


du S e i g n e u r , Ces c y m b a l e s signifiaient les p e n s é e s
p a r . ^ q u e l l e s on r e m p o r t e s u r les vices des v i c t o i r e s
qui s o n n e n t bien aux oreilles d e D i e u . E l l e vit a l e n -
t o u r des m u l t i t u d e s d'anges et d e s a i n t s , cl le Sei-
g n e u r dit : « T o u s ceux-ci, c e s milliers de m i l l i e r s
qui se tiennent ici, s e r o n t les d é f e n s e u r s de t o u s ceux
qui c o m b a t t e n t p o u r moi c o n t r e les e m b û c h e s de
l'ennemi. »

CHAPITRE XXXVII.

2. COMMENT ON P E U T ORTENIR UNE VRAIE SAINTETÉ.

N s a m e d i , en c h a n t a n t la m e s s e Suive sancta
U Parens, elle salua la b i e n h e u r e u s e V i e r g e et la pria
de lui o b t e n i r u n e v r a i e s a i n t e t é . L a g l o r i e u s e V i e r g e
r é p o n d i t : « Si tu d é s i r e s u n e v r a i e s a i n t e t é , t i e n s - t o i
près de m o n F i l s -, il est la s a i n t e t é m ê m e , sanctifiant
t o u t e s c h o s e s . » P e n d a n t q u ' e l l e se d e m a n d a i t c o m -
m e n t elle p o u r r a i t faire cela, la d o u c e V i e r g e lui dit
e n c o r e : « A p p l i q u e - t o i à sa très s a i n t e e n f a n c e ,
d e m a n d a n t q u e , p a r son i n n o c e n c e , les fautes et les
négligences de t o n enfance s o i e n t r é p a r é e s . A p p l i q u e -
loi à sa fervente a d o l e s c e n c e , é p a n o u i e d a n s u n
a m o u r b r û l a n t , qui eut seul le privilège d e d o n n e r
u n e m a t i è r e suffisante à l ' a m o u r de D i e u . U n i s - t o i à
ses divines v e r t u s , q u i p o u r r o n t e n n o b l i r el élever les
tiennes. S e c o n d e m e n t , tiens-loi e n c o r e p r è s de m o n
F i l s cn dirigeant vers lui l e s p e n s é e s , tes p a r o l e s el tes
a c t i o n s , a f i n qu'il efface t o u t ce qui s'y t r o u v e d ' i m p a r -
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XXXVII. 145

fait, lui qui n'a j a m a i s failli. T r o i s i è m e m e n t , tiens-toi


p r è s de m o n F i l s c o m m e l'épouse a u p r è s de l'époux
q u i , de ses b i e n s , lui fournil le vivre et le v ê l e m e n t ,
tandis qu'elle c h é r i t cl h o n o r e , p a r a m o u r p o u r lui,
les a m i s et la famille de son époux. A i n s i , que t o n
â m e se n o u r r i s s e d u V e r b e d e Dieu c o m m e d e la meil-
leure n o u r r i t u r e , et q u elle se couvre et se p a r e des
délices qu'elle g o û t e en lui, c'csl-à-dirc des exemples
qu'il lui d o n n e à i m i t e r . Unis-toi aussi à sa famille, je
veux d i r e a u x s a i n t s ; a i m e - l e s , loue Dieu p o u r eux,
d e m a n d e - l e u r s o u v e n t d'aller v e r s le B i e n - A i m é p o u r
le louer a v e c toi. C'est ainsi q u e tu seras v r a i m e n t
sainte, selon qu'il est é c r i t : « Avec le saint lu seras
saint » ( P s . x v n , 26), c o m m e u n e r e i n e devient r e i n e
cn s'associant au sort du r o i . »
D a n s la s é q u e n c e Ave Maria, c o m m e on c h a n t a i t :
« Salvatoris Christi iemplum exslitisti ; V o u s avez été
le temple d u C h r i s t S a u v e u r », elle dit à la glorieuse
Vierge qu'elle avait été, en v é r i t é , le p l u s glorieux, le
plus r a d i e u x et le plus agréable temple de Dieu. A l o r s
la très sainte V i e r g e , la p r e n a n t p a r la main, la con-
duisit v e r s u n e m a i s o n magnifique, très h a u t e ,
c o n s t r u i t e en p i e r r e s de taille, ssnis a u c u n e fenêtre et
p o u r t a n t t r è s éclairée à l'intérieur, a y a n t u n e petite
p o r t e d'un j a s p e r o u g e et épais, fermée d'une c h a î n e
d'or. Cette m a i s o n figurait la g l o r i e u s e Vierge Marie :
les p i e r r e s c a r r é e s m a r q u a i e n t que les q u a t r e élé-
m e n t s , d o n t l ' h o m m e est formé, étaient chez elle en
équilibre parfait ; la h a u t e u r et la clarté i n d i q u a i e n t
sa c o n t e m p l a t i o n si élevée et sa science si parfaite-
ment l u m i n e u s e . L a p o r t e e x p r i m a i t sa m i s é r i c o r d e ,
ouverte a qui se p r é s e n t e ; le j a s p e r o n g e , son
a d m i r a b l e patience ; et la chaîne d'or, son a m o u r . L a
146 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

Vierge lui dil : « Si tu d é s i r e s d e v e n i r la m a i s o n de


Dieu en cette m a n i è r e , p r a t i q u e ces v e r t u s . »
La glorieuse Vierge portail à la main droite q u a t r e
a n n e a u x â m e s de p i e r r e s p r é c i e u s e s ; elle p l a ç a celle
main s u r le c œ u r de la Sainte en lui disant : <? P a r ces
p i e r r e s , lu t r i o m p h e r a s de toute espèce de t e n t a t i o n .
L e s tentations n a i s s e n t de q u a t r e vices : l'orgueil, la
colère, la l u x u r e cl la p a r e s s e spirituelle. Si tu te sens
enflée p a r la s u p e r b e , o p p o s e - l u i ma sainte h u m i l i t é ;
si la colère te c h a g r i n e , r a p p e l le-toi ma d o u c e u r , c a r
je fus la plus d o u c e des c r é a t u r e s ; si l ' i m p u r e t é le
p o u r s u i t , r e c o u r s à ma t r è s sainte c h a s t e t é ; et si tu
es tentée de p a r e s s e , réfugie-loi p r è s de m o n a m o u r
si a r d e n t . A i n s i tu r e p o u s s e r a s t o u t e s les a r m e s d e
l'ennemi. »

CHAPITRE XXXVIII.

3. DES C O U R O N N E S D E LA B I E N H E U R E U S E V I E R G E MARIE.

la m e s s e Salve sanela Parens, elle vit la


P ENDANT

b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e , Ja tête o r ^ é e d ' u n e


c o u r o n n e dont les fleurons étaient inclinés v e r s la
terre. Son m a n t e a u de p o u r p r e était c o u v e r t d e cou-
r o n n e s d'or, tournées de m ê m e vers la t e r r e , el a y a n t
c h a c u n e l e u r signification p r o p r e . L a c o u r o n n e de
la tète désignait l'union à D i e u , p l u s parfaite en
elle qu'en a u c u n e a u t r e c r é a t u r e . Celle qui o r n a i t
ses épaules portail p o u r i n s c r i p t i o n : Mère de Dieu el
des hommes La troisième c o u r o n n e , placée à la h a u -
t e u r de la p o i t r i n e , p o r t a i t ce m o l : Reine des anges» L a
PREMIÈRE PARTIE. C H A P I T R E XXXIX. 147

q u a t r i è m e : Joie de loua les saints. La c i n q u i è m e :


Consolation des malheureux, La sixième : Refuge de
tous les pêcheurs. L e s fleurons de toutes ces c o u -
r o n n e s avaient l e u r pointe en bas, p o u r e x p r i m e r q u e
la Vierge M a r i e daigne s'incliner v e r s les lils des
h o m m e s , en v e r t u m ê m e des d o n s et des bienfaits q u e
Dieu lui a conférés.
L a Sainte a y a n t prié p a r t i c u l i è r e m e n t p o u r certaines
p e r s o n n e s confiées à ses s o i n s , la b i e n h e u r e u s e
Vierge lui dit : « Si un h o m m e mis en gailé p a r le vin
se m o n t r e plus libéral qu'un h o m m e s o b r e , combien
ne serai-je p a s s o u v e r a i n e m e n t libérale, moi q u i
puise s a n s c e s s e , au divin C œ u r , le vin très doux de la
suprême Divinité. »

CHAPITRE XXXIX.

D E S RAYONS SORTIS DU CŒUR D E EA RÏENITEUREUSE


VIERGE MARIE.

N s a m e d i p e n d a n t le chan! du R é p o n s : « Ave Virgo


U singularis : Salut, o Vierge entre toutes », la bien-
h e u r e u s e Vierge M a r i e lui a p p a r u t d c v a n l l'autel,ayant
cn face saint G a b r i e l . E n p r é s e n c e de celte vision, elle
t o m b a aux p i e d s de la Vierge, la s u p p l i a n t de I ;î o b t e -
n i r le p a r d o n d i m péché de m é d i s a n c e c o m m i s m o i n s
p a r malice q u e p a r le désir d'apaiser un e s p r i t i r r i t é .
M a i s l a b i e n h e u r e u s e Vierge Marie,lui p r e n a n t l a m n i n ,
d i t : « F a i s vœu à mon Eils de ne plus c o m m e t t r e
celte faute. — C'est vous, o tendre M è r e , r é p o n d i t -
elle, qui p o u r r e z m ' o b l c u i r cette grâce. »
14<S LE LTVEE DE LA GEACE SPÉCIALE.

G o m m e on c h a n l a i t le versai : « Aura vesliris inlns :


V o u s êtes revêtue d'or », deux r a y o n s s ' é c h a p p è r e n t
du C œ u r e n t r o u v e r t de la B i e n h e u r e u s e V i e r g e et
i l l u m i n è r e n t les deux cotés d u c h œ u r II fut a l o r s
i n s p i r é à celle-ci de s a l u e r le c œ u r de la g l o r i e u s e
Vierge d a n s les sept c i r c o n s t a n c e s où ce saint c œ u r
flc m o n t r a meilleur e n v e r s n o u s q u e tout a u t r e , si I o n
en excepte celui de J é s u s - C h r i s t . D'abord elle salua
son d é s i r de la n a i s s a n c e du C h r i s t , désir qui l ' e m p o r t a
s u r celui des p a t r i a r c h e s et des p r o p h è t e s ; ensuite
d a n s l ' a m o u r très a r d e n t et t r è s h u m b l e q u i la fit
c h o i s i r p o u r M è r e de D i e u , p u i s dans celte d o u c e u r
q u ' e l l e m i t à élever le petit E n f a n t J é s u s a v e c t a n t
de t e n d r e s s e ; q u a t r i è m e m e n t , d a n s son attention
à g a r d e r les p a r o l e s du C h r i s t ; c i n q u i è m e m e n t , d a n s
son i m i t a t i o n de la p a t i e n c e d e J é s u s souffrant ; sixiè-
m e m e n t , d a n s ses p r i è r e s et ses souhaits p o u r l'Eglise
n a i s s a n t e : s e p t i è m e m e n t , en ce qu'elle a c c o m p l i t
c h a q u e j o u r , d a n s le ciel, q u a n d elle a p p u i e n o s
r e q u ê t e s , a u p r è s du P è r e , du F i l s et du S a i n t - E s p r i t .
P e n d a n t que celle-ci faisait l'inclination au Gloria
Patri, la glorieuse V i e r g e , qui se tenait en face d'elle,
s'inclinait aussi de la m ê m e m a n i è r e j u s q u ' à ses
g e n o u x . E t c o m m e celle-ci s'en étonnait, Dieu lui
révéla q u e la t r è s sainte V i e r g e étant élevée a u - d e s s u s
de toute c r é a t u r e , e x p r i m e sa r e c o n n a i s s a n c e p o u r
tous les d o n s de Dieu avec p l u s de r é v é r e n c e q u e
toute c r é a t u r e . *
L o r s q u ' o n c h a n t a : « Salve, Regina nobilis : Salut,
noble R e i n e », la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie a p p a r u t
de n o u v e a u , tenant e n t r e ses b r a s le petit Enfant, e n v e -
loppé de langes cl a t t a c h é à sa mamelle virginale ;
clic d e m e u r a ainsi d e v a n t celle qui chanlait le verset :
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XL- 149

« Oinnia pasceidcm : Lui qui n o u r r i t toute c r é a t u r e ».


D a n s te r é p o n s suivant, à ces p a r o l e s : « Aynoscc oui
pnvhueris alnas : r e c o n n a i s celui que tu as p o r t é d a n s
tes b r a s », elle éleva les b r a s , p o r t a n t l ' E n t a n t bien
baul a u - d e s s u s de sa tète, c o m m e p o u r m o n t r e r qu'elle
manifeste à tous le D i e u - H o m m e .

C H A P I T R E XL,

LES ANGES C O N D U I S E N T L'AME VERS LA BIENHEUREUSE


VIERGE MARIE.

N samedi e n c o r e , c o m m e celle-ci désirait j o u i r de


U la p r é s e n c e de la b i e n h e u r e u s e Vierge p e n d a n t le
r é p o n s Regali, il lui sembla v o i r tous les c h œ u r s des
anges s ' a p p r o c h e r de la Vierge Marie, p o u r lui e x p r i -
m e r le d é s i r de cette â m e a i m a n t e et la s u p p l i e r h u m -
b l e m e n t d e v e n i r . Aussi les a n g e s dirent, au n e u m e du
1
mot Ostende : ce O h ! oui, D a m e , venez » ; et à c h a q u e
g r o u p e du n e u m e , les A r c h a n g e s , les V e r t u s , les P u i s -
s a n c e s , les P r i n c i p a u t é s , les D o m i n a t i o n s , les T r ô n e s ,
les C h é r u b i n s r é p é t a i e n t la m ê m e invitation. L o r s q u e
le m o t s'achevait : « Oslcnde /e, Maria: M o n t r e - t o i ,
M a r i e » , les S é r a p h i n s s ' e m p a r è r e n t avec p u i s s a n c e de
la Vierge, et, avec tous les a n g e s , l ' e s c o r t è r e n t en g r a n d
respect j u s q u ' a u milieu d u c h œ u r . . Cette vision fut
f r é q u e m m e n t a c c o r d é e à la S a i n t e .

1. A ces p a r o l e s : Ostende te, Marin, 1c m a n u s c r i t d o n n e neuf


n e u m e s s u r la s y l l a b e tcn. C h a c u n e d e ces p h r a s e s m u s i c a l e s
c o r r e s p o n d d o n c à l ' u n d«s c h œ u r s angclicjties.
150 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE XLÏ.

4. DESPOTES DE LA MENTIEUREUSE VIERGE MARIE*

N E fois, p e n d a n t u n e a p p a r i t i o n de ln b i e n h e u r e u s e
U Vierge, celle-ci la pria de lui a p p r e n d r e c o m m e n t
elle p o u r r a i t l ' h o n o r e r ce j o u r - l à . La b i e n h e u r e u s e
Vierge M a r i e lit cette r é p o n s e : « 1° R a p p e l l e - m o i la
j o i e qui m e fut d o n n é e l o r s q u e le F i l s de D i e u , sortant,
du sein de son P è r e , v i n t c o m m e un époux d a n s m o n
sein, et s'élança c o m m e un g é a n t p o u r c o u r i r sa voie.
« 2° R a p p e l l e - m o i la joie q u e j ' é p r o u v a i l o r s q u ' a u
s o r t i r de m o n sein v i r g i n a l , il m e devint u n F i l s de d o u -
c e u r et d'allégresse. L e s a u t r e s fils a p p o r t e n t à l e u r
m è r e d o u l e u r et t r i s t e s s e ; m a i s le F i l s de Dieu, qui
esl la d o u c e u r m ê m e , n e m'a a p p o r t é , à m o i , sa M è r e ,
q u e la joie et la s u a v i t é .
« 3° Rappelle-moi m a j o i e à l'offrande des Mages
q u a n d il d e v i n t p o u r m o i u n fils d ' h o n n e u r ; c a r ,
d e p u i s les siècles, a u c u n e m è r e n'avait été h o n o r é e de
p a r e i l s d o n s à la n a i s s a n c e de son fils.
« 4° R a p p e l l e - m o i m a j o i e l o r s q u e j'offris m o n F i l s
au l e m p l c . L à , il fui p o u r moi un F i l s de p u r e t é et de
sainteté. L e s a u t r e s m è r e s v e n a i e n t a u t e m p l e p o u r
être purifiées ; m a i s moi qui n ' a v a i s p a s b e s o i n de
purification, j ' y ai reçu u n a c c r o i s s e m e n t d e s a i n t e t é .
« 5° R a p p e l l e - m o i q u ' e n sa P a s s i o n il a élé p o u r
moi un F i l s de t r i s t e s s e , de d o u l e u r el de r é d e m p t i o n .
« <>" Qu'en sa R é s u r r e c t i o n , il me fut u n F i l s de joie
el d'allégresse.
PREMIÈRE PARTIE, CHAPITRE XUI. 151

« 7° E l qu'enfin, dans son A s c e n s i o n , il me fui u n


F i l s de majesté divine et de r o y a l e dignité. »

CHAPITRE XLII.

5. QU'ON' N E P E U T MIEUX SALUER LA BIENHEUREUSE

VIERGE MARIE QUE PAR LAVC Maria.

N s a m e d i , p e n d a n t la m ê m e messe Salve sanela


U Parens elle dit à la b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e :
?

« Si je p o u v a i s vous s a l u e r , ô Reine du ciel, de la


salulalion la plus douce q u e le c œ u r de l ' h o m m e ail
j a m a i s c o m p o s é e , j e le ferais bien volontiers. » Aussitôt
la g l o r i e u s e Vierge lui a p p a r u t , p o r t a n t la salutation
angélique écrite en lettres d ' o r s u r sa p o i t r i n e , et elle
d i t : « A u c u n h o m m e n'a t r o u v é plus haute salutation.
P e r s o n n e ne p e u t m e s a l u e r p l u s a g r é a b l e m e n t qu'en
se s e r v a n t avec r e s p e c t du m o t : Ave, que Dieu le P è r e
m ' a d r e s s a , confirmant ainsi p a r sa toute-puissance
m o n exemption de toute m a l é d i c t i o n (Va; /) du p é c h é .
Le F i l s de D i e u , de son c ô t é , m'a illuminée de sa
divine sagesse : c'est ainsi qu'il a fait de moi une étoile
b r i l l a n t e p o u r éclairer le ciel cl la terre. Ceci est
i n d i q u é p a r mon nom Maria, qui veut dire : étoile de la
mei\ L e S a i n t - E s p r i t enfin m'a p é n é t r é e de sa divine
d o u c e u r , et t e l l e m e n t r e m p l i e d e grâce q u e t o u s c e u x
qui p a r moi c h e r c h e n t la g r â c e , la trouvent : c'est ce
que. fait enLendrc c c l l c e x p r e s i o n : « gratiaplena : pleine
de g r â c e » . Ces p a r o l e s : « Dominas teenm: L e Sci^ncui
est a v e c v o u s », me r a p p e l l e n t l'union ineffable et
l ' o p é r a t i o n a c c o m p l i e en moi p a r la T r i n i t é e n t i è r e ,
152 LK L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

l o r s q u ' e l l e p r l l de la s u b s t a n c e de nia c h a i r p o u r l ' u n i r


cn u n e seule p e r s o n n e à la n a t u r e divine, en s o r t e q u e
D i e u ce fit h o m m e et q u e l ' h o m m e devint D i e u . Ce
q u e j e r e s s e n t i s de suave joie à cette h e u r e , nulle
c r é a t u r e n'en p o u r r a j a m a i s a v o i r la pleine e x p é r i e n c e .
P a r ces m o t s : « Bcncdicla tain nudierihus : Vous êtes
b é n i e e n t r e toutes les femmes », tout ce q u i a vie r e -
c o n n a î t avec a d m i r a t i o n el p r o t e s t e que j e suis b é n i e et
élevée a u - d e s s u s de toute c r é a t u r e tant du ciel q u e de
la t e r r e . P a r ceux-ci : « benedielus fruetns vcnlris tut :
B i e n h e u r e u x le fruit d e v o t r e sein », est béni el exalté
le fruit 1res excellent et 1res précieux de m o n sein
qui a vivifié, sanctifié et béni à j a m a i s t o u t e la
création. »

C H A P I T R E XLIII.

6, D E CINQ Ave Maria A RÉCITER AVANT LA COMMUNION.

N j o u r , p e n d a n t son o r a i s o n , a p r è s M a t i n e s , il lui
U v i n t u n doute : avait-elle récité la veille les Corn-
plies de N o t r e - D a m e ? T o u t e c o n t r i s t ë e , elle se mit à
confesser au Seigneur sa négligence et à a c q u i t t e r
cet oiïic.;.. E n s u i t e elle récita cinq Ave Maria qu'elle
avait c o u t u m e de d i r e a v a n t de c o m m u n i e r » — N o u s
é c r i v o n s ceci p o u r l'instruction d ' a u t r u i .
P a r le p r e m i e r Ave Maria elle r a p p e l a i t à N o t r e -
y

D a m e le m o m e n t solennel où elle c o n ç u t , d a n s sa v i r -
ginale pureté, c o m m e Fange l'avait a n n o n c é , son Eils,
a t t i r é de ses d e m e u r e s r o y a l e s j u s q u e d a n s l'abîme de
PRRMIKRK PARTIR CHAPITRE X U H , 15?»

l'humilité. Elle d e m a n d a i t ainsi la p u r e t é de c o n -


science et Ja sincère h u m i l i t é
P a r le second Ave Maria, elle lui r a p p e l a i t cet
h e u r e u x m o m e n t où elle p r i t son Fils entre ses b r a s ,
et le v o y a n t p o u r la p r e m i è r e fois en son H u m a n i t é ,
le r e c o n n u t p o u r son Dieu ; celle-ci d e m a n d a i t p a r
là d ' o b t e n i r une science v é r i t a b l e .
P a r le troisième, elle lui r a p p e l a i t qu'elle fut prête
en tout t e m p s à recevoir la g r â c e , et n'y lit j a m a i s
obstacle, la p r i a n t de lui o b t e n i r un c œ u r toujours
o u v e r t à la g r â c e divine.
P a r le q u a t r i è m e , elle lui rappelait avec quelle
dévotion el action de g r â c e s clic recevait s u r la terre-
le C o r p s de son F i l s bien-ainié, reconnaissant mieux
q u e p e r s o n n e le salut d o n t il est la s o u r c e , p o u r les
h o m m e s , et elle d e m a n d a i t d ' a r r i v e r à la vraie recon-
naissance.
P a r le c i n q u i è m e , elle lui rappelait l ' a m o u r e u s e
r é c e p t i o n q u e son F i l s lui avait faite en l'appelant à
lui, la p r i a n t de lui o b t e n i r u n e grâce de joie au
m o m e n t où elle serait aussi accueillie dans l'éternité,
c a r si l ' h o m m e connaissait le salut qui lui vient p a r
le C o r p s de J é s u s - C h r i s t , il en m o u r r a i t de b o n h e u r .
A l o r s elle vit en face d'elle la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e , qui la s e r r a e n t r e ses b r a s . Mais elle r e c o m -
m e n ç a à se r e p r o c h e r sa négligence et à se d e m a n d e r
si, le soir p r é c é d e n t , elle avait, oui ou non, récité les
C o m p l i e s . « P u i s q u e tu ne sais pas si tu les as dites,
r é p o n d i t la Vierge, mon F i l s considère q u e c'est
l'équivalent de les avoir r é e l l e m e n t oubliées. »
154 Ï.F LIVRE DK LA tinACK SPÉCIALE.

CHAPITRE XLïV.

7. F I D E L I T E DIS L A G L O R I E U S E V J E R O E MARTE.

N E a u t r e lois, c o m m e elle s'accusait d e v a n t Dieu


U de n ' a v c i r j a m a i s aimé sa M è r e a u t a n t qu'elle
l'aurait d û . et de ne l'avoir pas assez h o n o r é e et servie,
le S e i g n e u r lui d i t : « P o u r r é p a r e r celte négligence,
l o u e ma Mère de l ' i n c o m p a r a b l e fidélité qu'elle m'a
g a r d é e d u r a n t sa vie, p r é f é r a n t en toutes ses a c t i o n s
ma v o l o n t é à la s i e n n e . Exalte s e c o n d e m e n t la fidélité
avec laquelle ma M è r e s'est t o u j o u r s t r o u v é e p r é s e n t e
l o r s q u e j ' a v a i s besoin de son s e c o u r s . Vois : elle a été
j u s q u ' à r e s s e n t i r cn son â m e t o u t ce q u e m o n c o r p s a
souffert. P r o c l a m e en t r o i s i è m e lieu la g r a n d e u r de
cette tidélitéqu'cllc me c o n s e r v e d a n s le ciel, où elle
t r a v a i l l e e n c o r e p o u r moi p a r la c o n v e r s i o n des
p é c h e u r s et la d é l i v r a n c e des â m e s . Ses m é r i t e s ont
r a m e n é d ' i n n o m b r a b l e s p é c h e u r s ; des â m e s q u e ma
j u s t i c e équitable destinait aux peines éternelles en ont
été sauvées p a r sa m i s é r i c o r d e ; d ' a u t r e s ont élé
r e t i r é e s des feux du p u r g a t o i r e . »
T- . •• • — • • •• - • - i | t

CHAPITRE XLV.

8. COMMENT SALUEIl LA T3TKNIIEUREUS1? VIERGE


EN UNION AVISO TOUTE CRÉATUR.

une m e s s e Saine sancla Parena, où elle


P
ENDANT

désirait encore s a l u e r la b i e n h e u r e u s e Vierge, le


PREMIÈRE PARTTE. CHAPITRE XI ,V. 155

S o i g n e u r lui dil : « Salue ma M è r e en union avec toute


c r é a t u r e . » Elle se d e m a n d a i t comment elle obéirait
l o r s q u ' e l l e vit des S é r a p h i n s a r r i v e r du midi, p o r t a n t
des cierges a l l u m é s . L ' i n s p i r a t i o n divine lui lit aus-
sitôt c o m p r e n d r e que ces e s p r i t s venaient la s e r v i r el
l'aider, afin qu'elle pût offrir avec eux ses salutations
à la b i e n h e u r e u s e V i e r g e . E m b r a s é e d u n e a r d e u r
s é r a p h i q u e , elle salua d o n c la très douce Vierge en cet
a m o u r d o n t , plus q u e t o u t e j a u l r c c r é a t u r e , elle avait
aimé D i e u . Ccl i n c o m p a r a b l e a m o u r , p e n d a n t la P a s -
sion de son F i l s u n i q u e , avait p r i s tant de force qu'il
avait a b s o l u m e n t vaincu et éteint le sentiment h u m a i n .
E n effet, loulc c r é a t u r e p l e u r a i t alors la m o r t du Fils
de Dieu ; m a i s la Vierge s e u l e , immobile et j o y e u s e ,
unie à la Divinité, voulait q u e son F i l s fût immolé
p o u r le salut du m o n d e .
L e s C h é r u b i n s a r r i v è r e n t a u s s i . Ils p o r t a i e n t des
m i r o i r s , ce qui lui fit c o m p r e n d r e de quelle m a n i è r e il
fallait s a l u e r avec eux la b i e n h e u r e u s e Vierge, d a n s la
très manifeste el t r è s l u m i n e u s e c o n n a i s s a n c e d o n t
elle seule avait joui s u r la t e r r e , et qui la p r é p a r a i t à
c o n t e m p l e r d a n s le ciel, p l u s clairement que p e r s o n n e ,
l'inaccessible l u m i è r e de la Divinité.
L e s T r ô n e s a p p o r t è r e n t ensuite un siège d'ivoire, ce
qui d o n n a à e n t e n d r e à celle-ci combien tranquille cl
paisible avail élé le r e p o s de Dieu h a b i t a n t l'âme de sa
M è r e ; c a r mille d é m a r c h e h u m a i n e , pas meme la fuite
en E g y p t e , avec s o n F i l s , nu le retour dVxil, n'avait
pu la t r o u b l e r un i n s t a n t .
L e s D o m i n a t i o n s p e r l a i e n t une c o u r o n n e d'une
m e r v e i l l e u s e beauté, o r n é e d e fines cl g r a c i e u s e s tètes
h u m a i n e s . Cela signifiait q u e la r é d e m p t i o n des
h o m m e s est due s u r t o u t a la V i e r g e .
150 T,E U V H E OE LA fiR A CE SÏ'JCCIAEE.

Les P r i n c i p a u t é s tenaient un s c e p t r e s u r m o n t é
d'un fleuron. Cela lui fit c o m p r e n d r e q u ' e l l e d e v a i t ,
a v e c ce c h œ u r a n g é l i q u e . exalter la g l o r i e u s e Vierge
d ' a v o i r g a r d é s a n s a l t é r a t i o n cn s o n â m e l'image de
D i e u , qu'elle n o u s r e p r é s e n t e p l u s d i g n e m e n t q u e
personne.
Les P u i s s a n c e s étaient a r m é e s de g l a i v e s . Ainsi est
signifiée la s o u v e r a i n e p u i s s a n c e q u e D i e u a d o n n é e à
la Vierge, au ciel et s u r la t e r r e . Celle p u i s s a n c e
s'exerce s u r toute c r é a t u r e et cn p a r t i c u l i e r s u r les
d é m o n s ; ils t r e m b l e n t tellement en sa p r é s e n c e , q u ' i l s
ne peuvent m ê m e e n t e n d r e s o n n o m .
L e s V e r t u s p o r t a i e n t des c o u p e s d'or où le S e i g n e u r
allait, d a n s la joie, s ' a b r e u v e r de l u i - m ê m e . E l l e com-
p r i t p a r là q u e les V e r t u s p r é p a r e n t les h o m m e s aux
effusions de la D i v i n i t é , qui peut a l o r s se v e r s e r d a n s
les â m e s et y o p é r e r p a r sa g r â c e . Celle-ci devait, avec
ces b i e n h e u r e u x E s p r i t s , s a l u e r la g l o r i e u s e V i e r g e ,
pleine de g r â c e et d e v e r t u p l u s q u e t o u t e c r é a t u r e .
L e s A r c h a n g e s p r é s e n t a i e n t u n voile magnifique
d o n t ils r e c o u v r i r e n t e n s e m b l e le S e i g n e u r et sa M è r e .
Cela figurait l'étroite i n t i m i t é qui peut exister e n t r e
Dieu et u n e â m e , i n t i m i t é d o n t la t r è s s a i n t e Vierge fut
favorisée s u r la t e r r e plus q u e toute a u t r e .
L e s A n g e s faisaient l e u r service a u t o u r d u R o i , et
celle-ci c o m p r i t qu'elle devait avec eux b é n i r et louer
la Mère de D i e u , d e ce qu'elle avait i c i - b a s servi son
divin F i l s , c o m m e la p l u s fidèle et d é v o u é e s e r v a n t e .
A p r è s tous les c h œ u r s a n g c l i q u e s , v i n r e n t les
p a t r i a r c h e s et les p r o p h è t e s , p o r t a n t des é c r i n s d'or
soigneusement fermés, ce qui désignait les obscurités
cachées dans leurs p r o p h é t i e s ; mais ces oracles ont
été accomplis p a r le Christ el p a r la V i e r g e , el
PREMIÈRE PARTIE. CHAPITRE XLVI. 157

Icnr sons caché nous a été dévoilé par le S a i n l - E s p r i t .


L e s a p ô t r e s avaient des livres magnifiquement
d é c o r é s , p o u r s y m b o l i s e r l'enseignement d e la ici
qu'ils ont fait r e t e n t i r j u s q u ' a u x extrémités de *a t e r r e .
C e p e n d a n t la sérénissime Vierge l'emporte e n c o r e s u r
eux p a r r e n s e i g n e m e n t de ses exemples et de ses v é r i n s .
Les m a r t y r s tenaient d e la main droite un bouclier
d'or, et de la gauche une r o s e : ce sont les insignes de
la v i c t o i r e et de la patience : ils a p p a r t i e n n e n t à ceux
q u i ont v e r s é leur s a n g p o u r le nom et l ' a m o u r du
C h r i s t . L a glorieuse Vierge eut p o u r t a n t p l u s de
fidélité et de patience q u e tous les m a r t y r s .
L e s confesseurs offraient u n e coupe et un e n c e n s o i r
d o n t le parfum délicieux signifiait leur dévotion et leur
a m o u r d e la p r i è r e ; mais en cela encore, la t r è s dévote
Vierge d e v a n ç a t o u s les a u t r e s .
L e s vierges p o r t a i e n t u n lis d'or, en l ' h o n n e u r de la
Vierge M è r e , c a r c'est elle q u i a fait g e r m e r ici-bas
l ' h o n n e u r de la virginité.
Enfin, la foule de tous les saints, le ciel, la terre
et toute la création furent appelés et s'inclinèrent
vers celte â m e s a i n t e , en lui offrant l e u r service el
l e u r s e c o u r s p o u r saluer avec elle la très douce
Vierge M è r e de D i e u , digne à j a m a i s de toute louange.

CHAPITRE XLVI.

9. SUR U N E AUTRE M A N I E R E D E SALUER LA B I E N H E U -


REUSE VIERGE MARIE.

L lui vint un j o u r à l'esprit que j a m a i s elle n'avait


I servi N o t r e - D a m e avec assez de dévotion. T o u t e
158 LE LTV RE DE LA GRACE SPÉCIALE.

conlrislcc, clic pria lo S e i g n e u r p o u r q u e d é s o r m a i s


il l'obligeai à h o n o r e r sa g l o r i e u s e M è r e avec fer-
v e u r el d é v o t i o n , s a n s d é t r i m e n t ni gène c e p e n d a n t
p o u r son a m o u r e u s e u n i o n a v e c l u i . E l l e vit a l o r s le
S e i g n e u r J é s u s et sa r o y a l e M è r e assis e n s e m b l e s u r
un t r o u e élevé. Il disait à sa M é r c : « L e v e z - v o u s ,
v o u s qui êtes p r o c h e ; laites p l a c e à c e l l e - c i . » f / à m c ,
terrifiée à ces m o i s , se d e m a n d a si elle n ' é l a i l p a s en
p r é s e n c e d'un fantôme ; m a i s Dieu lui dit : « C'est
v r a i , très v r a i : tu n'es p a s t r o m p é e , tu ne l'as j a m a i s
été en ces c h o s e s . » E t la b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e ,
élevant l'âme d a n s ses b r a s , la livra aux e m b r a s s e -
m e n l s de son Bien-Ai nié L e S e i g n e u r la reçut avec
u n e é t o n n a n t e affabilité, et lui fil a p p r o c h e r les
l è v r e s de son divin C œ u r en d i s a n t : « D é s o r m a i s c'est
là cpie lu p u i s e r a s t o u t ce q u e tu d é s i r e s c o n s a c r e r a
ma Mère. )> E l clic sentit t o m b e r en son â m e , c o m m e
des gouttes d ' u n e eau céleste, ces p a r o l e s qu'elle
n'avait j a m a i s e n t e n d u e s : « Salut, ô Vierge 1res
i l l u s t r e , en celle d o u c e r o s é e q u i , d u c œ u r de la très
sainte T r i n i t é , se r é p a n d i t en v o u s dès l'éternité, à
cause de v o t r e b i e n h e u r e u s e p r é d e s t i n a t i o n ! Salut, ô
Vierge très s a i n t e , en celle d o u c e r o s é e qui a coulé
s u r v o u s en v e r t u d e v o t r e vie t r è s h e u r e u s e , d u c œ u r
de la très sainle T r i n i t é . Salut, ô Vierge t r è s n o b l e ,
en celte d o u c e r o s é e qui a distillé s u r v o u s du c œ u r
de la très sainle T r i n i t é , en v e r t u de la d o c t r i n e et de
la prédication d e v o t r e très d o u x F i l s . Salut, ô Vierge
A
très a i m a o t c , en celle douce rosée q u e la ~ t s sainle
T r i n i t é fit d é c o u l e r en vous p a r la très a m è r e Passion
et p a r la m o r t de v o t r e F i l s . Salut, ô Vierge très
vénérée, en celle d o u c e r o s é e q u i , du c œ u r de la t r è s
sainte T r i n i t é , t o m b a en v o u s ; salut, dans cette joie et
PREMIERE PARTIT?. CHAPITRE XLVII. 159

celle gloire dont vous jouissez maintenant el d o n 1 v o u s


j o u i r e z à j a m a i s , vous qui avez été choisie préféra-
h l c m c n l à loules les c r é a t u r e s du ciel cl de la terre,
a v a n t que le m o n d e fût c r é é . A m e n . »
U n e a u t r e fois, c o m m e elle confessait cn g é m i s s a n t
à la g l o r i e u s e Vierge M a r i e la même négligence
q u ' a v a i t c o m m i s e u n e a n t r e p e r s o n n e , la M è r e de
Dieu lui d o n n a le C œ u r de J é s u s - C h r i s t , s o u s la forme
d ' u n e l a m p e a r d e n t e , en lui disant : « Voici q u e j e te
d o n n e le très digne et t r è s n o b l e C œ u r de m o n F i l s
b i e n - a i m é afin qu'elle me l'offre avec la fidélité p a r -
faite et le s o u v e r a i n a m o u r qu'il m'a témoigné el me
t é m o i g n e r a s a n s fin. Qu'elle me l'offre p o u r toutes
ses négligences à m o n s e r v i c e , et sa faute sera a m p l e -
1
ment réparée . »

C H A P I T R E XLVII.

10. TROTS « AVE MARIA )) A RÉCITER POUR ORTENIR

LA PRÉSENCE DE LA GLORIEUSE VIERGE MARIE A LA

EIN DE LA VIE.

qu'elle priait la glorieuse Vierge M a r i e de


P ENDANT

d a i g n e r l'assister d e sa p r é s e n c e à sa d e r n i è r e
h e u r e , la sainte Vierge r é p o n d i t : « J e te le p r o m e t s ;
3
niais, lo5, récite c h a q u e j o u r trois Ave Maria . P a r le
p r e m i e r , tu t ' a d r e s s e r a s à D i e u le F é r e , q u i , d a n s sa
s o u v e r a i n e p u i s s a n c e , a exalté mon âme au point de me

1. V o i r i e lieront de l'amour divin, l ï v . fil, cxxv.


2. V o i r le Héraut de Vnmonr divin, liv. HT, cxrx.
160 LE LIVRE DR LA GRACE SPÉCIALE,

d o n n e r r a n g a p r è s lui seul, au ciel cl s u r la t e r r e , cl


l u lui d e m a n d e r a s q u e j e sois p r é s e n t e à l ' h e u r e de ta
m o r t p o u r le r é c o n f o r t e r et c h a s s e r loin de toi t o u t e
puissance adverse.
(( P a r le s e c o n d , tu t ' a d r e s s e r a s au F i l s de Dieu q u i ,
d a n s son i n s o n d a b l e sagesse, m ' a d o u é e d ' u n e telle
p l é n i t u d e de s c i e n c e et d'intelligence q u e j e j o u i s d e
la t r è s sainio T r i n i t é , d a n s u n e c o n n a i s s a n c e s u p é -
r i e u r e à celle de ions les sainls. T u lui d e m a n d e r a s
aussi q u e , p a r cette c l a r t é qui d e moi fait un soleil
assez r a d i e u x p o u r illuminer le ciel entier, j e r e m p l i s s e
ton â m e , à l ' h e u r e de la m o r t , des l u m i è r e s d e l à foi
cl d e l à s c i e n c e , el q u e tu sois a b r i t é e c o n t r e t o u t e
i g n o r a n c e et toute e r r e u r .
« P a r le t r o i s i è m e , tu t ' a d r e s s e r a s au S a i n t - E s p r i t ,
qui m'a i n o n d é e d e son a m o u r , p o u r m e d o n n e r u n e telle
a b o n d a n c e de d o u c e u r et t e n d r e s s e q u e D i e u seul
en p o s s è d e plus que moi ; et tu d e m a n d e r a s q u e je
sois p r é s e n t e à l ' h e u r e de ta m o r t , p o u r r é p a n d r e en
ton â m e la s u a v i t é du divin a m o u r . A i n s i tu p o u r r a s
t r i o m p h e r des d o u l e u r s et de l ' a m e r t u m e de la m o r t ,
au point de les v o i r se c h a n g e r en d o u c e u r s et allé-
gresses. »
DEUXIEME PARTIE

C H A P I T R E I.

1. DR QUELLE MANIÈRE DIEU INVITE Ï / A M E .

N s a m e d i , c o m m e on faisait m é m o i r e d e l à Vierge,
U M è r e de D i e u , cette s e r v a n t e du Christ avait le
désir de c é l é b r e r ses l o u a n g e s , mais n'en trouvait
a u c u n e qui fût d i g n e d'elle. Se p r o s t e r n a n t a l o r s , p a r
le m o d e q u i lui était h a b i t u e l , aux pieds de J é s u s , elle
a p e r ç u t u n s a p h i r , s u r le p i e d droit du S e i g n e u r , un
g r e n a t s u r son pied g a u c h e . E l l e s'en étonnait, q u a n d
il lui dit : « D e m ê m e q u e le s a p h i r p o s s è d e la vertu
d e c h a s s e r les h u m e u r s malignes, ainsi mes plaies
c h a s s e n t de l'âme tout v e n i n , en la purifiant de ses
s o u i l l u r e s . D e m ê m e q u e le grenal réjouit le c œ u r
de l ' h o m m e , ainsi mes plaies, après le pardon du
p é c h é , font t r o u v e r en m o i la joie v é r i t a b l e . » A l o r s ,
d a n s un r a v i s s e m e n t q u i l'emporta a u - d e s s u s d'elle-
m ê m e , elle vit le Roi de gloire. A sa droite était son
impériale Mère ; e l l e - m ê m e se tenait à sa g a u c h e ; et,
inclinant la tête s u r le sein de J é s u s - C h r i s t , elle prêta
162 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

l'oreille p o u r e n t e n d r e les v i g o u r e u x cl r é g u l i e r s
b a t t e m e n t s de son C œ u r . M a i s les p u l s a t i o n s d e ce
C œ u r divin r é s o n n a i e n t c o m m e u n e invitation a d r e s s é e
â l'âme en ces t e r m e s : « V i e n s te r e p e n t i r , v i e n s te
r é c o n c i l i e r , v i e n s te c o n s o l e r , v i e n s le faire b é n i r .
V i e n s , m o n a m i e , r e c e v o i r t o u t ce q u e l'ami p e u t
d o n n e r à cclu; qu'il aime. V i e n s , ma s œ u r , p o s s é d e r
l'éternel h é r i t a g e q u e je t'ai a c q u i s p a r m o n s a n g .
V i e n s , m o n é p o u s e , j o u i r de ma D i v i n i t é . » C e p e n d a n t
la Vierge M a r i e p o r t a i l un m a n t e a u c o u l e u r de safran,
b r o c h é de r o s e s r o u g e s , d a n s lesquelles étaient b r o -
dées de petites r o s e s d'or. La c o u l e u r j a u n e d é s i g n a i t
l'humilité qui la fil obéir à toute c r é a t u r e ; les r o s e s
r o u g e s , la p a t i e n c e qui la g a r d a i t toujours d o u c e et
paisible ; les r o s e s d'or, l ' a m o u r qui d o n n a i t l ' a m o u r
de Dieu p o u r u n i q u e m o b i l e â ses a c t i o n s .
Sa r o b e v e r t e , b r o d é e a u s s i d e r o s e s d'or, r a p p e l a i t
la p e r p é t u e l l e floraison de ses b o n n e s œ u v r e s et de
ses saintes v e r t u s . Sa t u n i q u e , d'un or p u r et b r i l l a n t ,
signifiait l ' a m o u r , c a r la t u n i q u e l o u c h e au c o r p s ,
ainsi l ' a m o u r t i e n t au c œ u r .
A l o r s cette b i e n h e u r e u s e se mit à s a l u e r l'illustre
Vierge M a r i e p a r le C œ u r d e son F i l s b i e n - a i m é ;
elle lui r e n d a i t a i n s i , p a r son F i l s , des salutations p l u s
parfaites q u e celles de toute â m e v i v a n t e . E n s u i t e elle
offrit ses l o u a n g e s au S e i g n e u r , voulant à lui seul
dédier ses c h a n t s , cl ne j a m a i s d i s t r a i r e son attention
de lui au t e m p s de la louange divine. Lv S e i g n e u r
lui dit : i< P o u r q u o i , à ton a v i s , faites-vous l'inclina-
tion a p r è s a v o i r i m p o s é u n e a n t i e n n e ? N'est-ce p a s
p o u r vous i n c l i n e r s o u s l'effusion de la grâce q u e
Dieu verse d a n s v o s â m e s , el témoigner ainsi v o t r e
louange el v o i r e r e c o n n a i s s a n c e ? » Et elle vil s o r t i r
DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE u. 163

du C œ u r divin une I r o m p e l l e qui se dirigeait vers


son c œ u r el r e v e n a i t s ' e n r o u l e r a u t o u r du C œ u r
d i v i n . N i e l l e i r o m p e l l e , e m b l è m e de la louange
w
d i v i n c , é t a i l o r n é e de n œ u d s en or r e p r é s e n t a n t les
â m e s b i e n h e u r e u s e s qui déjà l o u e n t cl glorifient Dieu
d a n s le ciel, p o u r les siècles s a n s lin.

CHAPITRE II.

2. DE EA VIGNE OU SEIGNEUR QUI EST i / É G U S E ,


ET D'UNE QUADRUPLE PRIÈRE.

N d i m a n c h e , p e n d a n t le c h a n t de YAspcrges, elle
U dit au S e i g n e u r ; « M o n Seigneur, de quoi v o u s
s e r v i r e z - v o u s m a i n t e n a n t p o u r laver et purifier m o n
c œ u r ? » A u s s i t ô t le S e i g n e u r , s'inclinanl p a r un
indicible a m o u r , c o m m e une m è r e vers son fils, vint
a u - d e v a n t d'elle el la saisit e n t r e ses b r a s en disant :
« C'est d a n s l ' a m o u r de m o n C œ u r divin q u e je te
l a v e r a i ! » Il o u v r i t a l o r s la p o r t e de ce C œ u r , trésor
où s o n t enfermées les d o u c e u r s infinies de la Divinité.
E l l e y e n t r a c o m m e d a n s u n e vigne. Elle y vil un
1
fleuve d'eau vive q u i coulait d e l'orient à l ' o c c i d e n t ;
el s u r les b o r d s d u fleuve, d o u z e a r b r e s p o r t a n t
d o u z e fruits, qui s o n t les vcrLus é n u m é r é e s p a r saint
P a u l d a n s son E p î l r c , c'esl-à-dirc : la c h a r i t é , ta paix,
la j o i e , etc. (Gai. v, 22). Ce c o u r s d'eau avait nom :
fleuve c?e l ' a m o u r . L'àrnc y e n t r a , et fut lavée d e

1. C o m p a r e z ce, c h a p i t r e t i avec lo eh fini XXYlfl du Purgatoire


de la Divin a Comeditt fit* H a n l e , cl il d e v i e n d r a é v i d e n t que (n
poète a voulu d e s i g n e r s a i n l e M e c h l i l d e p a r ta Dona Mtttelda.
1(54 LE LIVRE D E LA G R A C E SPÉCIALE,

l o u l e s ses t a c h e s . Ce fleuve c o n t e n a i t u n e m u l t i t u d e
d e p o i s s o n s a u x écailles d ' o r . Ils signifiaient les â m e s
a i m a n t e s q u i , s é p a r é e s d e t o u t plaisir t e r r e s t r e , se
s o n t p l o n g é e s d a n s la s o u r c e d e t o u s les b i e n s , c'est-
à-dire en J é s u s .
Il y avait aussi d a n s cette vigne u n e p l a n t a t i o n d e
p a l m i e r s d o n t les u n s é t a i e n t parfaitement d r o i t s , les
a u t r e s p e n c h é s vers la t e r r e . L e s p a l m i e r s élancés s o n t
ceux-là qui ont m é p r i s é le m o n d e , avec sa fleur, p o u r
é l e v e r l e u r s peusec:, v e r s les c h o s e s célestes ; les p a l -
m i e r s inclinés sont, au c o n t r a i r e , les m a l h e u r e u x q u i
gisent c o u c h é s d a n s la p o u s s i è r e de leurs p é c h é s . Le
S e i g n e u r , s o u s la figure d ' u n j a r d i n i e r , b ê c h a i t la
terre- Celle-ci lui dit : « O S e i g n e u r , quelle csL v o t r e
b ê c h e ? —- Ma c r a i n t e , » r é p o n d i t le S e i g n e u r . E n
c e r t a i n s e n d r o i t s la t e r r e était d u r e , m e u b l e cn
d ' a u t r e s . L a t e r r e d u r e signifiait les c œ u r s e n d u r c i s
d a n s le p é c h é , que ni avis ni r e p r o c h e s ne p e u v e n t
c o r r i g e r ; la t e r r e m e u b l e d é s i g n a i t les c œ u r s q u i se
sont a t t e n d r i s p a r les l a r m e s et la c o n t r i t i o n s i n c è r e .
L e S e i g n e u r dit : « Ma v i g n e , c'est l'Eglise c a t h o -
l i q u e . P e n d a n t trente-trois a n s j e lui ai d o n n é m o n
travail et mes s u e u r s . V i e n s t r a v a i l l e r avec m o i d a n s
cette vigne. — E t c o m m e n t ? — E n l ' a r r o s a n t , » r e p r i t
le S e i g n e u r . Aus^ îlot l'a me se p r é c i p i t a v e r s le
fleuve, el y puisa un vase d'eau qu'elle mit s u r son
épaule ; accablée par la c h a r g e , elle fut aidée p a r le
Seigneur lui-même, et aussitôt le fardeau lui devint
léger. El le Seigneur dît : « Ainsi l o r s q u e j e d o n n e
ma grâce aux h o m m e s , tout ce qu'ils font ou s u p p o r -
tent p o u r moi leur paraît d o u x et l é g e r ; m a i s q u a n d
je s o u s t r a i s ma g r â c e , tout leur semble p e s a n t . »
A u t o u r des p a l m i e r s , elle vil aussi une m u l t i t u d e
DEUXIÈME PARTIE CHAPITRE II. 165

d'anges qui formaient c o m m e un r e m p a r t : c'est q u e


les anges c i r c u l e n t p a r m i les h o m m e s et a u t o u r d'eux,
p o u r défendre l'Eglise de D i e u .
A p r e ; cela, le meilleur des maîtres lui a p p r i t u n e
m a n i è r e de r é c i t e r le Miserere. Elle devait diviser en
q u a t r e p a r t i e s les vingt v e r s e t s qui le c o m p o s e n t , et
les s é p a r e r cinq p a r cinq en récitant l'antienne : « O
healu et benediela el gloriosu Trinilas, Paleref Filins el
Spirilus Sanelus : O b i e n h e u r e u s e et béniecl g l o r i e u s e
T r i n i t é , P è r e , F i l s et S a i n t - E s p r i t » , el le verset : « Mi-
serere miserere, miserere nobis '• Pitié, pitié, pitié p o u r
y

n o u s ! » L e s c i n q p r e m i e r s v e r s e t s devaient être récités


p o u r les p é c h e u r s q u i , e n d u r c i s d a n s leurs c r i m e s , ne
veulent p a s se c o n v e r t i r à D i e u , afin qu'en vertu de sa
cruelle m o r t , D i e u d a i g n e les r a m e n e r p a r u n e s i n c è r e
p é n i t e n c e . L e s c i n q v e r s e t s s u i v a n t s , p o u r les p é n i t e n t s ,
afin qu'ils o b t i e n n e n t la r é m i s s i o n qu'ils d é s i r e n t et ne
r e t o m b e n t j a m a i s d a n s le p é c h é . L e s cinq v e r s e t s d e
la t r o i s i è m e série, p o u r les j u s t e s qui avancent déjà
d a n s la v e r t u e l l e s b o n n e s œ u v r e s , afin de leur o b t e n i r
la p e r s é v é r a n c e . E l l e devait réciter les cinq v e r s e t s
qui v i e n n e n t ensuite p o u r les âmes du p u r g a t o i r e ,
lesquelles o n t la c e r t i t u d e d ' e n t r e r bientôt d a n s le
r o y a u m e céleste, de b o i r e à la s o u r c e des eaux vives cl
d e r é g n e r à j a m a i s avec le C h r i s t . Cette p r i è r e devait
h â t e r l ' h e u r e de l e u r d é l i v r a n c e et l ' h e u r e de 1 éternel
festin.
P e n d a n t la p r i è r e secrète à l'élévation de l ' H o s t i e , le
S e i g n e u r lui dit : « Voici q u e j e me livre t o u t entier,
en la p u i s s a n c e de ton â m e , a v e c tout le bien qui est en
m o i , afin q u e t u aies le p o u v o i r de faire de moi tout c
qu'il te p l a i r a . » Elle ne voulul pas a c c e p t e r , m a i s
choisit de faire en tout la divine volonlé. E t le Soi-
166 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

g n c u r lui dit ! « Non pas ce q u e je veux, m a i s ce que ta


veux, soit en la p u i s s a n c e ! » M a i s elle, r e c o n n a i s s a n t
la volonté d u Seigneur, lui dit : « J e ne d é s i r e rien
p o u r m o n a v a n t a g e , je ne c h e r c h e r i e n , j e ne veux rien
sinon q u e d e v o u s - m ê m e , en v o u s et p a r v o u s , v o u s
receviez a u j o u r d ' h u i u n e l o u a n g e aussi élevée et a u s s i
parfaite q u e v o u s p o u r r e z v o u s la d o n n e r . »
A l o r s elle vil u n e h a r p e qui s o r t a i t du sein de D i e u .
Celte h a r p e était le S e i g n e u r J é s u s ; ses c o r d e s étaient
tous les élus qui sont u n en D i e u p a r l ' a m o u r . A l o r s
ce g r a n d c h a n t r e des c h a n t r e s , J é s u s , toucha la h a r p e ,
cl les a n ^ e s firent e n t e n d r e u n e m é l o d i e u s e h a r m o n i e ,
d i s a n t : « L o u o n s le R o i des r o i s , D i e u u n et t r i n e , q u i
t'a élue a u j o u r d ' h u i p o u r é p o u s e et p o u r fille. » E t
t o u s les s a i n t s c h a n t a i e n t e n Dieu avec u n parfait
e n s e m b l e : « R e n d o n s tous m a i n t e n a n t gloire à Dieu
le P è r e p o u r cette â m e e n r i c h i e d e sa g r â c e . D i e u soit
béni ! »

C H A P I T R E ÏII.

3. COMMENT DIEU VIENT VERS T.'AME,

N E n u i t où elle r e s t a i t éveillée et s a l u a i t le Sei-


U g n e u r d u plus profond de son c œ u r , elle le vit
d e s c e n d r e vers elle du palais céleste, et lui d i r e , en
p l a ç a n t son C œ u r divin s u r son p r o p r e c œ u r : « J a m a i s
abeille au p r i n t e m p s n e fut plus p r ê l e à s'envoler, p l u s
légère p o u r b u t i n e r les fleurs d a n s les p r é s v e r d o y a n t s ,
q u e je ne suis d i s p o s é à v e n i r eu hâte v e r s Ion à m e ,
au p r e m i e r appel. »
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE IV, 107

4. COMMENT ELLE FUT EMHRASÉE OE L'AMOUR DE DIEU.

L lui a r r i v a souvent, lorxqu elle se trouvait, e n g o u r -


I die et m o i n s dévote, de s e n t i r le C œ u r divin se
p o s e r s u r s o n c œ u r , c o m m e d e l'or en fusion. L ' a p p r o -
che de ce feu p r o d u i s a i t en elle une si g r a n d e d o u c e u r ,
que bientôt elle élail e m b r a s é e de l'amour qui la c o n -
sumait h a b i t u e l l e m e n t .

CHAPITRE IV.

DES EMHRASSEMENTS DU SEIGNEUR.

N s a m e d i , elle vit J é s u s , l'Epoux de l'Eglise,


U s'élancer du haut du ciel pour l ' e m b r a s s e r . Il
l'attira à lui si i n t i m e m e n t q u e , tout absorbée en D i e u ,
elle t o m b a en défaillance. Il fallut r e m p o r t e r du
c h œ u r : elle paraissait i n a n i m é e , car son e s p r i t était
passé tout entier en Celui qu'elle aimait et désirait
p a r - d e s s u s tout. Elle ressenti! p e n d a n t une s e m a i n e
entière l'effet des g r a n d e s suavités qui l ' i n o n d è r e n t
en cet i n s t a n t .
Un j o u r q u ' e l l e s'inclinait au p u p i t r e , p o u r lire u n e
leçon, le plus beau des enfants des h o m m e s , l'Enfant
J é s u s lui a p p a r u t , l ' e m b r a s s a n t et l'attirant à lui de
telle sorte qn elle ne se releva qu'avec g r a n d e diffi-
culté. C'est à peine si elle p u t ensuite c h a n t e r la leçon
LE LIVRE D E LA GRACE SRECÏAÏ E ,

C H A P I T R E V.

I.E SEIGNEUR I^AIDE A LIRE.

L luî arriva l)ien des fois, p e n d a n t M a t i n e s , d e se


I t r o u v e r si r e m p l i e de D i e u et j o u i s s a n t d e lui avec
t a n t de d o u c e u r qu'elle p a r a i s s a i t a v o i r p e r d u ses
forces, au point de ne p o u v o i r c h a n t e r sa l e ç o n . Mais
le Seigneur lui disait : « Va et lis ; m o i , j e t ' a i d e r a i . »
E l l e c o m m e n ç a i t a l o r s Ja leçon avec g r a n d c o u r a g e ,
et l'achevait h e u r e u s e m e n t .

CHAPITRE VI.

5. UN MATIN LE SEIGNEUR L'ÉVEILLE DOUCEMENT.

NE fois, p e n d a n t qu'elle lisait à M a t i n e s l'évangile


U Exsurgens Maria, le S e i g n e u r la p é n é t r a d'une
g r â c e si d o u c e q u e , s u r p r i s e p a r une défaillance, elle
s'arrêta et fui e m p o r t é e c o m m e m o r t e h o r s d u c h œ u r .
L o r s q u ' o n ' l ' e u l posée s u r sa c o u c h e , elle d e m a n d a au
S e i g n e u r d e la réveiller c n t e m p s o p p o r t u n . E t voilà
qu'à r h e u r e de P r i m e elle a p e r ç u t d e v a n t elle, en
vision, un beau j e u n e h o m m e d o n t la p r é s e n c e remplit
son c œ u r d'une telle d o u c e u r q u elle en fut i n c o n t i n e n t
réveillée.
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE Vllï.

CHAPITRE VII.

D E S C O U R S E S ET D E S T R A V A U X D U S E I G N E U R .

1 1 NE a u t r e fois, connue elle était allée d o r m i r p a r


obéissance après M a t i n e s , elle vit le Seigneur
assis s u r un t r ô n e élevé, a y a n t un escabeau sous
ses p i e d s . II disait 5 « R e p o s e - t o i ici s u r mes p i e d s ,
et d o r s . » O b é i s s a n t a u s s i t ô t , elle mil sa tèle s u r les
pieds d u S e i g n e u r , son oreille appliquée c o n t r e la plaie
de ses pieds s a c r é s . A l o r s elle entendit cette plaie
b o u i l l o n n e r c o m m e une c h a u d i è r e en ébullition. E t le
S e i g n e u r lui d e m a n d a : » Q u e dit la c h a u d i è r e bouil-
l a n t e ? » Mais elle c h e r c h a i t encore que r é p o n d r e ,
q u a n d le Seigneur r e p r i t : « L a chaudière bouillante
fait un b r u i t qui signifie : C o u r s , c o u r s . C'est ainsi
que l ' a m o u r a r d e n t de m o n C œ u r était toujours en
ébullition et me disait : C o u r s , c o u r s , de l a b e u r en
l a b e u r , de ville en ville, de prédication en p r é d i c a t i o n .
J a m a i s il n e m'a p e r m i s de m e r e p o s e r , j u s q u ' à ce que
j ' e u s s e a c c o m p l i le plus parfaitement possible tout ce
qui était nécessaire p o u r ton salut. »

C H A P I T R E VLLÏ.

» t. OU RAISEU OU SEIGNEUR.

N j o u r qu'elle était triste, elle se réfugia p a r la


U p r i è r e a u p r è s d u S e i g n e u r , scion son h a b i t u d e .
Elle lui offrit son c œ u r et sa volonté de souffrir pour
170 LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

son a m o u r non s e u l e m e n t sa peine actuelle, m a i s toutes


celles qui p o u r r a i e n t lui a r r i v e r e n c o r e . L e S e i g n e u r ,
a l o r s , s'inclina v e r s elle avec b o n t é et lui offrit sa
b o u c h e vermeille à b a i s e r . C e p e n d a n t P â m e s'étant
a p e r ç u e ^p.e le S e i g n e u r ne p o r t a i t p a s de b a r b e , se
d e m a n d a »ï Dieu le P è r e lui avait d o n n é u n e r é c o m -
p e n s e spéciale p o u r avoir souffert q u ' o n lui a r r a c h â t la
b a r b e p e n d a n t sa P a s s i o n . Le S e i g n e u r lui répondit :
« Moi, le C r é a t e u r de toutes c h o s e s , je n'ai besoin
d ' a u c u n e r é c o m p e n s e ; c'est toi qui es ma r é c o m p e n s e .
C'est toi q u e le P c r e céleste m'a d o n n é e p o u r é p o u s e
el p o u r fille. )> L ' â m e s écria : « P o u r q u o i , ô t r è s
a i m a n t Seigneur ? II n'y a c e p e n d a n t rien de bon cn
moi ! » Il r e p r i t : « C'est u n p u r effet de m a b o n t é : m a i s
j ' a i mis en loi les délices de m o n C œ u r . »

CHAPITRE IX.

COMMENT LE SEIGNEUR LUI APPARUT.

NE a u t r e fois, le S e i g n e u r J é s u s se m o n t r a à elle
U c o m m e un enfant de c i n q a n s . E l l e lui dit :
« Mon Seigneur, p o u r q u o i a p p a r a i s s e z - v o u s à cet
âge ? » L'enfant r é p o n d i t : « T u as m a i n t e n a n t cin-
q u a n t e a n s ; moi, j ' e n ai cinq. Ma p r e m i è r e a n n é e
v a u d r a p o u r les dix p r e m i è r e s , ma s e c o n d e j u s q u ' à la
vingtième, ma t r o i s i è m e j u s q u ' à la t r e n t i è m e , ma q u a -
trième el ma c i n q u i è m e p o u r les q u a r a n t i è m e el
c i n q u a n t i è m e . Ainsi tous tes péchés s e r o n t effaces, tes
a n n é e s sanctifiées, ta vie entière perfectionnée p a r l a
mienne. »
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE X. 171

L'enfant, debout, jetait s o u v e n t les y e u x s u r ses


d i v i n e s m a i n s . Celle-ci s'en é t o n n a , mais l'enfant lui
dil : « L ' h o m m e r e g a r d e s o u v e n t ses m a i n s ; ainsi
d e p u i s mon enfance j u s q u ' a u t e m p s de ma P a s s i o n , j e
p e n s a i s c h a q u e jour à m a m o r t , et je voyais d'avance
tout ce qui devait m ' a r r i v e r . » C'était là u n e leçon,
p o u r a p p r e n d r e à celle-ci q u ' i l est bon p o u r l ' h o m m e
de se l'appeler sonvenl la m o r t cl les choses à venir.

C H A P I T R E X.

8. COMMENT ELLE VIT LE SEIONEUR SOUS LA FORME


D'UN DIACRE.

LLE vit u n j o u r le S e i g n e u r J é s u s d e b o u t près de


E Tau Ici, revêtu de la d a l m a t i q u c ; une croix brillait
s u r sa poitrine ; elle lui dit : « Mon S e i g n e u r bien-
a i m e , p o u r q u o i v o u s m o n t r e z - v o u s ainsi ? » Il r é -
p o n d i t : « Un diacre s e r t à Tau Ici ; ainsi m o i , j ' o p è r e
avec l c p r ê t r e c t d a n s l e p r ê t r e t o u t c e q u ' i l a c c o m p l i t . »
Mais e l l e : « Q u e signifie la c r o i x q u e v o u s p o r t e z s u r la
p o i t r i n e ? — L a p a r t i e s u p é r i e u r e de cette croix, r é p o n -
dit le S e i g n e u r , désigne m o n a m o u r , auquel on ne doit
rien p r é f é r e r ; la p a r t i e i n f é r i e u r e , l ' h u m i l i t é , qui sou-
met l ' h o m m e à toute c r é a t u r e , à cause de moi ; le b r a s
droit signifie la c r a i n t e de Dieu, qu'il ne faut pas
a b a n d o n n e r d a n s la p r o s p é r i t é ; cl le b r a s g a u c h e , la
patience à souffrir l'adversité p o u r moi. Si q u e l q u ' u n
p o r t e cette croix d a n s s o n c œ u r p a r le s o u v e n i r con-
tinuel de ces v e r t u s , il a u r a p o u r r é c o m p e n s e d'être
accueilli dans le mien c o m m e d a n s sa m a i s o n , dès que
son â m e a u r a quitté son c o r p s . »
172 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE XL

LE FLÉAU DU SEIGNEUR.

LLE vit un j o u r le S e i g n e u r d e b o u t , la m e n a ç a n t d u
E fléau d ' o r qu'il tenait à la m a i n . A u s s i t ô t elle se
p r o s t e r n a c o n t r e t e r r e p o u r b a i s e r le fléau du S e i g n e u r .
Cela d o n n e à e n t e n d r e q u e Ton doit r e c e v o i r a v e c
r e c o n n a i s s a n c e tout ce qui v i e n t de Dieu, p r o s p é r i t é s
ou a d v e r s i t é s . L e S e i g n e u r la releva c e p e n d a n t , la
revêtit d ' u n e t u n i q u e r o u g e t o u t e p e r c é e de t r o u s , et
lui dit : <( A i n s i m o n c o r p s p e n d a n t la P a s s i o n était
partout d é c h i r é et percé p a r les b l e s s u r e s ; d e la p l a n t e
des p i e d s j u s q u ' a u s o m m e t d e la tête, il n'avait plus
de partie s a i n e . » Cette vision lui a n n o n ç a i t p a r u n
symbole la d o u l o u r e u s e m a l a d i e qui allait b i e n t ô t
l'accabler.
Elle vit m ê m e le S e i g n e u r t e n i r u n calice d ' o r q u ' i l
cachait d e r r i è r e lui. Ce geste lui fit c o m p r e n d r e
q u e l l e ne voyait et ne goûtait p a s e n c o r e la d o u c e u r
que Dieu devait r é p a n d r e en s o n â m e , p a r c e q u e cette
douceur r e s t a i t c a c h é e en D i e u , d e q u i p r o c è d e n t tous
les b i e n s .

C H A P I T R E XII.

10. COMMENT ELLE EUT CONSOLÉE DANS LA TENTATION.

E diable h a r c e l a i t s o u v e n t cette s e r v a n t e de Dieu


L p a r de violentes t e n t a t i o n s , c o m m e il a du r e s t e
c o u t u m e de m o l e s t e r tous c e u x qui s o n t d é v o u é s a u
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE Xïll* 17^
S e i g n e u r . Un j o u r d o n c où Dieu avait c o m m u n i q u é sa
g r â c e et un g r a n d don spécial à son â m e , le tentateur
a r r i v a p e n d a n t qu'elle était cn présence du Seigneur,
etjeta d a n s son c œ u r la c r a i n t e et la tristesse : le don
reçu venait-il v r a i m e n t de Dieu ? F a t i g u é e et excédée,
elle se précipita aux pieds du Scignein J é s u s , se
plaignit d'être un c œ u r s a n s cesse infidèle et lui dit :
« Voici ce d o n , m o n S e i g n e u r ; je v o u s l'offre p o u r
v o t r e éternelle gloire et louange, et j e v o u s d e m a n d e
q u e s'il ne vient pas de v o u s , il ne me soit plus jamais
offert, c a r je resterai volontiers p o u r votre a m o u r
p r i v é e de toute d o u c e u r et consolation. » Mais le Sei-
g n e u r , l'appelant de son n o m , lui dit : « N e crains pas,
m a Mechtilde b i e n - a i m é e : je te j u r e p a r la vertu de ma
Divinité que cette c r a i n t e et cette tristesse ne te n u i r o n t
p a s ; au c o n t r a i r e , elles te sanctifieront et te p r é p a -
r e r o n t à ma g r â c e . Si ces afflictions ne venaient
t e m p é r e r la joie de ton c œ u r , il se fondrait sous le
t o r r e n t des délices qui l'inondent ; ne t'élonne pas
d'être en b u t t e à ces p e n s é e s l o r s q u e tu te t r o u v e s cn
ma p r é s e n c e , c a r le diable osait bien me tenter, moi
a u s s i , l o r s q u e j ' é t a i s s u s p e n d u p o u r toi s u r la croix. »

CHAPITRE X1ÏL

11. COMMENT D I E U SOUTIENT L A M E AFFLIGEE.

N E a u t r e fois, c o m m e elle était excessivement


U troublée, elle se réfugia a u p r è s de son fidèle
défenseur. Aussitôt le Christ lui a p p a r u t , s o u s la figure
d'un très beau j e u n e h o m m e qui la conduisait à
174 L E LIVRE D E LA GRACE SPECIALE.

l'autel. E l l e eonipril alors q u e le S e i g n e u r v o u l a i t être


son avocat a u p r è s de son P è r e p o u r toutes ses Tantes
d'action ou d ' o m i s s i o n . Il lui d o n n a aussi p o u r a p p u i
une sorfc le bâton (ce b â t o n siguifiail l ' H u m a n i t é d e
J é s u s - C h r i s t ) ; mais la s e r v a n t e du Christ s ' é t o n n a
de le v o i r t o u t droit sans p o m m e a u p o u r a p p u y e r la
main. L e S e i g n e u r lui dit : « J ' y placerai ma p r o p r e
main p o u r te s o u t e n i r . D é s o r m a i s , q u a n d j e l'aurai
d o n n é consolation d a n s la tristesse, lu s a u r a s d o n c
que tu r e p o s e s s u r ma main ; m a i s lorsque*lu n e sen-
tiras p a s la consolation, t u c r o i r a s que j ' a i enlevé
ma main, et a l o r s lu t ' a t t a c h e r a s à m o i - m ê m e d a n s
la fidélité de ton c œ u r . »

C H A P I T R E XIV.

1 2 . D'UN DÉSIR DE LA CONFESSION QUI LUI ADVINT,

N j o u r , v o u l a n t se confesser, elle ne trouva p a s de


U c o n f e s s e u r ; elle en fut t r è s affligée, p a r c e qu'elle
n'osait r e c e v o i r le C o r p s d u S e i g n e u r s a n s confession
p r é a l a b l e . A l o r s , d a n s l ' o r a i s o n , elle se plaignit à
Dieu, Ponlife s o u v e r a i n , d e ses négligences et d e ses
fautes. 11 l'assura aussitôt d e la r é m i s s i o n d e t o u s ses
pochés. E n le r e m e r c i a n t , elle dit au S e i g n e u r ; « O
t r è s d o u x D i e u , qu'est-il a d v e n u m a i n t e n a n t de m e s
p é c h é s ? » Il r é p o n d i t : « Q u a n d un p u i s s a n t roi doit
venir loger q u e l q u e p a r t , on nettoie p r o m p t e m e n t la
maison p o u r que rien n'y offense ses r e g a r d s ; m a i s
si le roi esl déjà si p r o c h e q u ' o n n'ait p a s le t e m p s de
j e t e r au loin les i m m o n d i c e s , on les c a c h e d a n s u n
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XIV. 175

coin p o u r les j e t e r ensuite à la porte. Ainsi l o r s q u e tu


as le désir et la v o l o n t é s i n c è r e de confesser tes péchés
et de ne p l u s les c o m m e t t r e , ils sont si bien effacés a
mes yeux q u e je ne m'en s o u v i e n s plus, q u o i q u e
tu doives e n s u i t e les d é s a v o u e r en te confessant. T a
v o l o n t é - e t tou désir d'éviter le p é c h é , autant que tu
le peux, sont c o m m e un lien qui r e s s e r r e ton union
avec moi p a r le pacte d'une i n d i s s o l u b l e alliance. »
Toutefois, c o m m e d i v e r s e s pensées la faisaient
e n c o r e h é s i t e r , p a r c e qu'elle se trouvait indigne do
s ' a p p r o c h e r de l'impérial b a n q u e t offert p a r le Roi des
a n g e s , (elle se d e m a n d a i t , d ' u n e part, comment elle
oserait r e c e v o i r u n don si magnifique s a n s p r é p a r a t i o n
et s a n s confession, et se disait, d'autre p a r t , qu'elle
en r e t i r e r a i t e s p é r a n c e et consolation,) le Seigneur
finit p a r lui d i r e : « P e n s e d o n c q u e t o u t désir de me
p o s s é d e r , a d v e n a n t à une â m e , lui est inspiré p a r
m o i , ainsi q u e les écrits el les p a r o l e s des saints p r o -
c è d e n t et p r o c é d e r o n t toujours de m o n E s p r i t . » Elle
c o m p r i t p a r là q u e le S a i n t - E s p r i t lui avait i n s p i r é
son d é s i r de r e c e v o i r le C o r p s de J é s u s - C h r i s t .
A l o r s elle e u t confiance, et son c œ u r r e p r i t u n tel
c o u r a g e qu'il lui p a r u t i m p o s s i b l e de r e n c o n t r e r
e n c o r e un o b s t a c l e à son d é s i r .
D è s qu'elle fut rétablie d a n s sa confiance, elle
e n t e n d i t les c h œ u r s des anges d a n s le ciel c h a n t e r
joyeusement. : « Confinnulum est cor oirrjinh ' L e c œ u r
1
de la vierge a été f o r t i f i é . » Elle s ' a p p r o c h a d o n c
du délicieux b a n q u e t du c o r p s cl du sang du Christ,,
el elle l'entendit l u i - m ê m e d i r e : « V c u x - t x s a v o i r
c o m m e n t j e suis d a n s Ion â m e ? » Elle s'en répulait

1 . Répons à la fête de la Circoncision.


170 LE LIVRE D R LA GRACE SPÉCIALE.

i n d i g n e , et ne voulait toutefois rien d ' a u t r e q u e la


v o l o n t é d e D i e u . A l o r s elle vit s ' é c h a p p e r d e tous ses
m e m b r e s une l u m i è r e aussi b r i l l a n t e q u e les r a y o n s
du soleil. Ceci lui lit c o m p r e n d r e l ' o p é r a t i o n d e la
d i v i n e g r â c e en son â m e , et lui fut un i n d i c e certain
de la b o n t é de Dieu à s o n é g a r d .

CHAPITRE XV.

13. QUE L'AMOUR SUPPLÉE A TOUTES LES NÉGLIGENCES.

NE a u t r e fois, c o m m e elle réfléchissait d a n s l ' a m e r -


U t u m e d e son c œ u r au t e m p s c o n c é d é p a r Dieu
qu'elle avait i n u t i l e m e n t d é p e n s é , a u x d o n s r e ç u s de
D i e u et c o n s o m m é s s a n s profit p a r i n g r a t i t u d e ,
l ' A m o u r lui dit ; « N e te t r o u b l e p a s , j ' a c q u i t t e r a i
t o u t e s tes dettes et j e s u p p l é e r a i à toutes tes n é g l i -
g e n c e s . » Mais q u o i q u e cela lui p a r û t u n e g r a n d e
faveur, elle ne p o u v a i t c e p e n d a n t se c o n s o l e r , tant
elle était affligée d ' a v o i r p e r d u d e si g r a n d s d o n s , de
n ' a v o i r p a s aimé avec assez d ' a r d e u r ce D i e u q u i lui
avait a c c o r d é tant de bienfaits, d ' a v o i r été infidèle à
l'égard d e celui q u i , p o u r elle et p o u r t o u s , est d ' u n e
si g r a n d e fidélité. L e S e i g n e u r lui dit :<( Si Si m'es
parfaitement fidèle, tu dois préférer de b e a u c o u p q u e
l ' A m o u r r é p a r e tes négligences p l u t ô t q u e de les
r é p a r e r t o i - m ê m e , c a r il en a u r a ainsi la gloire et
l'honneur. »
DECXfÈME PARTIE. CHAPITRE XVI, .177

C H A P I T R E XVI.

14. COMMENT L E SEIGNEUR LUI DONNA L AMOUR POUR


MÈRE.

J N E a u t r e fois, l ' A m o u r la revêtit d'un vêtement


I J brillant c o m m e le soleil. Ils s'avancèrent alors
tous deux, c ' e s t - à - d i r e l ' A m o u r cl rame, j u s q u ' e n la
p r é s e n c e du Christ, où c o m m e deux vierges très
belles ils s ' a r r ê t è r e n t . L'unie aurait v i v e m e n t d é s i r é
s ' a p p r o c h e r plus e n c o r e , car, bien qu'elle c o n t e m p l a i
la divine face d a n s sa majesté, elle n'était p a s encore
satisfaite. Elle s'étonnait elle-même de son s e n t i m e n t ,
m a i s il c r o i s s a i t t o u j o u r s . L e Seigneur fit u n signe
de la m a i n , et aussitôt l ' A m o u r saisit l'âme et r a m e n a
si p r è s d e son u n i q u e S a u v e u r q u e l l e put se p e n c h e r
vers la plaie de son très d o u x C œ u r . Elle y p u i s a à
longs t r a i t s la d o u c e u r et la suavité qui c h a n g è r e n t
ses a m e r t u m e s en c o n s o l a t i o n et ses craintes en sécu-
r i t é ; elle p r i t e n c o r e d a n s ce C œ u r s a c r é un fruit
délicieux, el le p o r t a à ses l è v r e s . Ce fruit signifiait
la louange éternelle qui p r o c è d e du C œ u r divin, c a r
toute l o u a n g e de Dieu d é c o u l e de ce C œ u r , qui est
la p u r e s o u r c e de tout bien. E l l e y cueillit ensuite un
second fruit, celui de l'action de grâces, p a r c e q u e
J a i n e ne p e u t r i e n , si elle n ' e s t p r é v e n u e p a r D i e u .
L e S e i g n e u r lui dît : « J e d é s i r e c n c o r e . d e toi un
fruit meilleur q u e les a u t r e s . » L'âme répondit : « E t
quel e s l , ô Dieu très aimé, quel est donc ce fruit ? —
C'est d ' é p a n c h e r en moi Ions les désirs de ton c œ u r » ;
elle r e p r i t ; a C o m m e n t faire, ô mon u n i q u e Bien-
178 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

A i m é ? — L ' A m o u r a c c o m p l i r a cela en loi. » A l o r s


l ' â m e s'écria d a n s un t r a n s p o r t de r e c o n n a i s s a n c e :
« O u i , oui, a m o u r , a m o u r , a m o u r ! ! ! — Te: a p p e -
lais ta ^ è r e : minne \ r e p r i t le S e i g n e u r ; eh b i e n ,
m o n A m o u r sera ta m è r e ; et c o m m e les enfants
b o i v e n t au sein d e l e u r m è r e , ainsi lu p u i s e r a s au sein
de cette vierge la c o n s o l a t i o n i n t é r i e u r e , l ' i n é n a r r a b l e
s u a v i t é . Cette v i e r g e te n o u r r i r a , le d é s a l t é r e r a ,
p o u r v o i r a à ton v ê t e m e n t et à toutes tes nécessités,
c o m m e le fait u n e m è r e p o u r sa fille u n i q u e . »

CHAPITRE XVII.

1 5 . COMMENT ELLE NE FIT PLUS QU'UN AVEC SON


RIEN-AIMÉ.

N j o u r , d a n s la p r i è r e , elle désirait a v e c a r d e u r le
- R i e n - A i m é de son â m e , l o r s q u e t o u t à c o u p la
v e r t u divine l'attira si loin qu'elle s'en alla, p o u r a i n s i
d i r e , s'asseoir à côté du S e i g n e u r . O r , le S e i g n e u r ,
s e r r a n t alors l'âme c o n t r e son C œ u r d a n s u n d o u x
e m b r a s s e m e n t , la r e m p l i t de sa g r â c e a v e c u n e s u r a -
b o n d a n c e qui s e m b l a faire j a i l l i r des r u i s s e a u x d e
tous ses m e m b r e s . Ces r u i s s e a u x se d i r i g e a i e n t vers
les s a i n t s q u i , r e m p l i s d ' u n e joie n o u v e l l e , t e n a i e n t en
m a i n leurs c œ u r s , s o u s forme de l a m p e s ardcnLes.

1. L e mot JÀebe, qui signifie a m o u r , est d u genre? féminin en


a l l e m a n d ; le m o t a d r e s s é à sa m è r e , minne, est u n t e n u e a n c i e n
et affectueux qui signifie é g a l e m e n t a m o u r . Au r e s t e , le texte ici
p r é s e n t e q u e l q u e o b s c u r i t é et d e s v a r i a n t e s ; n o u s a v o n s suivi la
v e r s i o n q u i n o u s p a r a i s s a i t la p l u s p r o b a b l e à r a i s o n d u contexte,
r e s t a n t fidèle aux m a n u s c r i t s les p l u s a n c i e n s .
DEUXIÈME PARTIEi CHAPITRE XVTÏ. 179
L ' h u i l e qui hrûJaii d a n s ces lampes était le don fait
p a r Dieu «à cette â m e , et les sainls en offraient leurs
a c t i o n s de g r â c e s , p o u r elle, avec g r a n d e r e c o n n a i s -
s a n c e ex allégresse.
E l l e vit e n s u i t e d a n s Je c œ u r de Dieu une vierge très
belle, p o r t a n t à la m a i n un a n n e a u orné d ' u n e p i e r r e ,
d i a m a n t magnifique d o n t elle se servait p o u r t o u c h e r
s a n s cesse le c œ u r de D i e u . E t l'âme d e m a n d a à
la V i e r g e p o u r q u o i elle frappait ainsi ce c œ u r ; elle
lui r é p o n d i t : « Moi, j e suis l ' A m o u r ; cette p i e r r e
d é s i g n e le p é c h é d ' A d a m . D e m ê m e qu'on se sert du
s a n g p o u r b r i s e r le d i a m a n t , ainsi la faute d ' A d a m n'a
pu d i s p a r a î t r e s a n s la s a i n t e H u m a n i t é et le sang de
J é s u s - C h r i s t . Dès q u ' A d a m eut p é c h é , j e suis inler-
venu et j'ai a r r ê t é toute cette faute ; p u i s , f r a p p a n t sans
cesse s u r le c œ u r de D i e u , p o u r l'incliner vers la
m i s é r i c o r d e , j e ne lui ai laissé aucun repos j u s q u ' a u
m o m e n t où j ' a i pris le F i l s d e Dieu dans le c œ u r du
P è r e p o u r le d é p o s e r d a n s le sein de la Vierge M è r e .
L o r s q u e la Vierge e n s u i t e g r a v i t les m o n t a g n e s p o u r
s a l u e r E l i s a b e t h , le b i e n h e u r e u x J e a n , clans le sein de
sa m è r e , fut rempli d ' u n e si g r a n d e joie p a r la p r é -
sence d u C h r i s t q u e j a m a i s d a n s la suite il ne put
é p r o u v e r a u c u n e joie t e r r e s t r e . P u i s je c o u c h a i d a n s
la c r è c h e le F i l s de D i e u e n v e l o p p é de l a n g e s , et j e
le c o n d u i s i s en E g y p t e . A p r è s cela, j e l'inclinai v e r s
tout ce qu'il lit et souffrit p o u r l ' h o m m e , j u s q u ' à ce
q u e j e l'eusse a t t a c h é à l ' a r b r e de la croix, où j ' a p a i s a i
t o u t e la c o l è r e du P è r e cl u n i s l ' h o m m e à Diero p a r un
lien d ' a m o u r i n d i s s o l u b l e . »
L ' â m e d e m a n d a : « D i s - m o i , j e t'en p r i e , cn tout
ce q u e le C h r i s t a s u p p o r t é p o u r n o u s , de q u o i souf-
frit-il d a v a n t a g e ? » L ' A m o u r r é p o n d i t ; a Ce fut d'clre
7*
180 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

étendu s u r la croix, au point que tous ses m e m b r e s en


furent d i s l o q u é s . Q u i c o n q u e lui r e n d g r â c e s p o u r cette
d o u l e u r , lui offre u n service aussi a g r é a b l e q u e s'il
appliquait l ' o n g u e n t le p l u s d o u x s u r t o u t e s ses
plaies. Lui r e n d r e g r â c e s p o u r la soif du salut de
l ' h o m m e qu'il é p r o u v a s u r la croix, sera a c c e p t é p a r
lui c o m m e un r a f r a î c h i s s e m e n t a g r é a b l e . L u i r e n d r e
grâces p o u r a v o i r été attaché avec des c l o u s a l a croix,
sera p o u r lui c o m m e si un le délivrai! du gibet et
de toutes ses d o u l e u r s . »
L ' A m o u r dit e n c o r e à l'Ame ; « E n t r e d a n s la joie de
ton Seigneur- » A cette p a r o l e , elle fut totalement
r a v i e en D i e u , et c o m m e une g o u t t e d'eau v e r s é e d a n s
le vin ne peut p l u s s'en d i s t i n g u e r , ainsi cette bien-
h e u r e u s e , p a s s a n t en D i e u , devint un m ê m e e s p r i t
avec lui. D a n s cette u n i o n , l'ame s'anéantissait en
e l l e - m ê m e ; m a i s D i e u , la r é c o n f o r t a n t , lui dit : « J e
r é p a n d r a i en toi tout ce d o n t l ' h o m m e a j a m a i s pu
cire le c o n t e n a n t ; d a n s la m e s u r e où l ' h o m m e peut
recevoir, j e m u l t i p l i e r a i en toi mes d o n s . » L ' A m o u r
dit aussi : « Ici, r e p o s e - t o i d a n s le c œ u r de celui qui
t ' a i m e , et ne t ' i n q u i è t e pas d a n s la p r o s p é r i t é ; ici,
r e p o s e - t o i d a n s le s o u v e n i r d e s bienfaits d e ton Rien-
A i m é , et ne t ' i n q u i è t e j a m a i s d a n s 1 a d v e r s i t é . »

CHAPITRE XVIII.

16. UIEU DONNE SES VERTUS POUR PARURE A L A M E .

N j o u r , c o m m e on chantait le p s a u m e Lmidute
U Dominum de cœlis, a ces p a r o l e s : Et aquœ omnc$
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XVIII. 181

quœ super cœlos suât laudent nomen Domini: et que


les eaux qui sont a u - d e s s u s des cicux l o u c . ù le nom
du S e i g n e u r » ( P s . OXLVUI, 4), elle dil au Seigneur :
« Q u e l l e s s o n t les eaux de ce p s a u m e , G Seigneur ?
C a r j e sais bien qu'il n'est pas une goutte d'eau p a r
laquelle vous pn soyez s p é c i a l e m e n t loué. » L e
S e i g n e u r r é p o n d i t : « Ce sont les l a r m e s q u e tous
les saints ont v e r s é e s , l a r m e s d ' a m o u r , de d é v o -
tion, de c o m p a s s i o n , d e c o n t r i t i o n . » E t elle vit
a u s s i t ô t u n e eau très l i m p i d e , figurant les l a r m e s des
b i e n h e u r e u x ; cette eau coulait s u r u n lit d'or p u r ,
s e m é d'un sable de p e r l e s et de p i e r r e s p r é c i e u s e s qui
figuraient les v e r t u s d a n s lesquelles les saints se sont
e x e r c é s s u r t e r r e : p r i è r e s , veilles, j e û n e s et a u t r e s
œ u v r e s s a i n t e s . U n e m u l t i t u d e de p o i s s o n s jouaient
et s'agitaient d a n s cette eau, signifiant les d é s i r s qui
m e t t e n t l a n i c en m a r c h e v e r s Dieu, ainsi que les
p l a i n t e s et les s o u p i r s p a r lesquels Dieu est attiré vers
l'âme. T o u s les s a i n t s d u ciel, en effet, c o n t e m p l e n t en
Dieu l e u r s v e r t u s et l e u r s b o n n e s œ u v r e s p o u r l'aug-
m e n t a t i o n de leur joie et des délices de l e u r s c œ u r s ,
bien q u e c h a c u n d'eux ne soit p e r s o n n e l l e m e n t o r n é
q u e d e ses p r o p r e s v e r t u s .
E l l e se plaignit e n s u i t e au Seigneur de n'avoir pas
c é l é b r é le j o u r de ses fiançailles assez d é v o t e m e n t et
de n ' a v o i r pas a d h é r é à lui avec la g r a n d " fidélité que
l ' é p o u s e doit à son u n i q u e E p o u x ; mai* il la revêtit de
la r o b e de ses v e r t u s très parfaites, lui mil s u r la lètc
un d i a d è m e d'or c l l ' é t r c i g n i l dans les e m b r a s s e n i e n l s
ne la p l u s intime c h a r i t é , l'entourant d'un d e ses bras
qu'il avait d é c o u v e r t . L ' â m e s'étonnait qu'il en agît de
la s o r t e ; mais le S e i g n e u r lui dit : « C'est parce
q u ' e n t r e toi et moi il n ' y a a u c u n e o b s c u r i t é ; de tous
182 LE LIVRE OE LA GRACE SPÉCIALE.

nies m y s t è r e s , j e ne te cacherai r i e n . » Elle vil a u s s i


(les millions d ' a n g e s se t e n i r a v e c r é v é r e n c e devant
leur Roi, t a n d i s q u e le Seigneur disait à l'Ame : « J e
les mets t o u s à ton s e r v i c e . » Mais elle souhaita q u e
tout le m i n i s t è r e exercé a u t o u r d'elle n'eut p o u r b u t
q u e la l o u a n g e et la gloire de son u n i q u e R i e n - A i m é .
Aussitôt les a n g e s m i r e n t l e u r c œ u r en c o m m u n i -
cation avec le C œ u r divin, et firent e n t e n d r e un can-
tique si mélodieux q u e p e r s o n n e ne peut le r é p é t e r .
A p r è s cela, le C œ u r divin s ' o u v r i t . Le S e i g n e u r y
attira 1 â m e , puis l'y renferma en lui d i s a n t : « La
p a r t i e haute de m o n C œ u r sera p o u r toi la suavité de
l'Esprit divin qui toujours distillera sa rosée s u r ton
ànic. D a n s un d é s i r a v i d e , lève les yeux vers lui,
o u v r e la b o u c h e et a s p i r e la d o u c e u r de la divine
grâce, selon le m o t du p s a u m e : « Os meum aperui ci
allraxi spiriinm : J ' a i o u v e r t la b o u c h e et j ' a i a s p i r é
l'esprit » ( P s . c x v i n , 131). D a n s la p a r t i e inférieure, lu
t r o u v e r a s le t r é s o r de tous les b i e n s , et la s u r a b o n -
dante r é s e r v e de tout ce q u i est d é s i r a b l e . D a n s la
partie orientale, tu d é c o u v r i r a s la l u m i è r e de la vraie
science, p o u r c o n n a î t r e el a c c o m p l i r p l e i n e m e n t ma
volonté tout e n t i è r e . D a n s la p a r t i e occidentale, tu
v e r r a s le p a r a d i s des délices é t e r n e l l e s , et là tu seras
toujours a d m i s e à ma t a b l e . »
Alors p a r u t u n e table dressée, c o u v e r t d u n e b l a n -
che n a p p e . La table signifiait la largesse ; la n a p p e ,
la piété. L e S e i g n e u r était assis à cette table, el r a m e
y servait j o y e u s e . E l l e apportait d e v a n t lui des incK
nombreux qui étaient les d i v e r s d o n s de D i e u ; aussi
rendait-elle autant d'actions de g r â c e s à la m u n i -
ficence de D i e u , qu'elle posait de mets s u r sa table.
E l l e dit au S e i g n e u r : « Mon B i e n - A i m é , quel vin
DEUXIEME PARTIE. C H A P I T R E XVTII 183

v o u s oiïrirai-je en p r i a n t p o u r vos a m i s ? — L e vin


le plus g é n é r e u x , r é p o n d i t Je Seigneur, le vin qui
réjouit ;ncn c œ u r , selon qu'il est écrit : Le vin ré-
jouit le cœr "de Vhomme ( P s . c m , 15). — E l qu'est-ce
q u e j e v o u s offre q u a n d j e p r i e p o u r les p é c h e u r s ? »
c o n l i u u a - t - c l l c . Il r é p o n d i t : « Un vin p u r el plus
doux q u e le miel cl son r a y o n , c a r tu p r i e s p o u r
m e s e n n e m i s déjà en étal d'être d a m n é s , afin qu'ils
m e c o n n a i s s e n t . — - E l q u a n d j e prie p o u r les aines
du p u r g a t o i r e ? » dit-elle e n c o r e II r é p o n d i t : « T u
m'offres u n vin q u i égaie m o n c œ u r q u a n d lu p r i e s
p o u r ceux qui s o n t l'objet d e ma bienveillance, afin
q u e j e les d é l i v r e au plus loi de leurs p e i n e s . »
L ' â m e r e p r i t la parole el d i t : « O très aimable Sei-
g n e u r , avec quel a r d e n t d é s i r j e v o u d r a i s m a i n t e n a n t
v o u s offrir m o n c œ u r I » L e Seigneur s a n s t a r d e r prit
ce c œ u r e n t r e ses m a i n s , el r e s p i r a le d o u x parfum
qui s'en exhalait c o m m e d ' u n e r o s e e m b a u m é e :
« Q u e l parfum y t r o u v e z - v o u s , S e i g n e u r ? dil l'âme,
il n ' y a là r i e n d e b o n ! — P u i s q u e je suis d a n s ton
â m e , r é p o n d i t - i l , c'est ma b o n n e o d e u r qui s'échappe
d e toi. » P o u r a c h e v e r , le S e i g n e u r lui dit : « D a n s la
p a r t i e occidentale est la l o n g u e u r des j o u r s , l'éternelle
paix et 1H joie s a n s lin. D a n s la partie de l'aquilon, tu
t r o u v e r a s la p e r p é t u e l l e s é c u r i t é en face de tes a d v e r -
s a i r e s , d o n t a u c u n n e p o u r r a d é s o r m a i s prévaloir
c o n t r e toi. »
L E L I V R E D E LA G R A C E SPÉCIALE,

C H A P I T R E XIX.

17. LE SEIGNEUR L'ENSEVELIT EN L U I - M Ê M E .

N j o u r d e V e n d r e d i saint, p e n d a n t q u e les p r ê t r e s
U faisaient l ' e n s e v e l i s s e m e n t d e la croix selon la
c o u t u m e , cette dévote v i e r g e dit au S e i g n e u r : « O le
t r è s c h e r B i e n - A i m é d e m o n â m e , s i s e u l e m e n t cette â m e
était d'ivoire p o u r v o u s y e n s e v e l i r h o n o r a b l e m e n t ! »
L e S e i g n e u r r e p r i t s u r le m ê m e t o n : « C'est moi q u i
le d o n n e r a i s é p u l t u r e en m o i : a u - d e s s u s d e toi, je
serai e s p é r a n c e et joie ; au d e d a n s , je s e r a i la vie q u i
vivifiera, la s u b s t a n c e q u i r é j o u i r a et e n g r a i s s e r a t o n
â m e . D e r r i è r e toi, j e serai le d é s i r p o u r t ' a i g u i l l o n n c r ;
en avant, l ' a m o u r p o u r t ' a t t i r e r et c h a r m e r t o n â m e .
A d r o i t e , je serai la l o u a n g e q u i r e n d r a tes œ u v r e s
parfaites ; à g a u c h e , l'appui d ' o r p o u r te r e p o s e r d a n s
les t r i b u l a t i o n s ; a u - d e s s o u s d e toi, j e nerai la b a s e
i n é b r a n l a b l e qui p o r t e r a ton â m e . »

COMMENT L E S E I G N E U R LUI D O N N A SON C ™ U R EN GAGE


DE VIE ÉTERNELLE.

A q u a t r i è m e férié a p r è s P â q u e s , c o m m e elle enton-


L nait la m e s s e Venite,benedicti, elle se sentit i n o n d é e
d ' u n e joie ineffable et e x t r a o r d i n a i r e , et elle dit au
Seigneur : « O h 1 si, du m o i n s , j ' é t a i s u n e de ces â m e s
bénies qui v o u s e n t e n d r o n t d i r e cette d o u c e parole ! »
L e Seigneur lui r é p o n d i t : « Sois-en bien c e r t a i n e . J e
vais te d o n n e r en gage m o n C œ u r . T u l ' a u r a s toujours
DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE XX. 185

a v e c toi, et au j o u r où j ' a u r a i a c c o m p l i ton désir, tu


m e le r e n d r a s en t é m o i g n a g e . J e te d o n n e aussi mon
C œ u r c o m m e m a i s o n de refuge, afin qu'à l ' h e u r e de
ta m o r t il ne s ' o u v r e d e v a n t toi d ' a u t r e c h e m i n q u e
celui d e m o n C œ u r , où tu v i e n d r a s te r e p o s e r à
1
jamais . »
Ce don fut un d e s p r e m i e r s qu'elle reçut de D i e u :
a u s s i c o n ç u t - e l l e dès l o r s u n e extrême dévotion au
C œ u r divin d e J é s u s - C h r i s t , et p r e s q u e c h a q u e fois
q u e le S e i g n e u r lui a p p a r a i s s a i t , elle recevait de son
C œ u r q u e l q u e faveur s p é c i a l e , ainsi qu'on peut le v o i r
en m a i n t s e n d r o i t s de ce l i v r e . E t e l l e - m ê m e répétait
s o u v e n t ceci : « S'il fallait é c r i r e tous les biens qui me
sont v e n u s du t r è s bienveillant C œ u r de Dieu, un livre
c o m m e celui des M a t i n e s n'y suffirait p a s . »

CHAPITRE XX.

18. COMMENT LE CHRIST ACQUITTE POUR ELLE


LES LOUANGES DUES A DIEU LE PERE.

N certain j o u r , a p r è s avoir reçu te très saint C o r p s


U d e J é s u s - C h r i s t , elle c h a n t a i t à Dieu ses actions
d e grâce» et p r i a i t son F i l s J é s u s , l ' E p o u x de l'âme
a i m a n t e , de d a i g n e r r e n d r e l u i - m ê m e à Dieu le P è r e
d e s l o u a n g e s a m o u r e u s e s p o u r un don aussi g r a n d et
aussi i n e s t i m a b l e . Elle le vit aussitôt se t e n i r avec
r é v é r e n c e d e v a n t le P è r e céleste et exalter sa majesté

e e
1. V . Le H é r a u t , 1. V , c h . i v , et ici 3 P a r t i e , ch. xxxvr, 7 P a r -
tie, c h . x.
180 LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

p a r ces p a r o l e s : « Cœlus in excelsis le laudat eœlicus


omnis *, c l c . : T c n l c l ' a s s e m b l é e céleste v o u s l o u e
d a n s les h a u t e u r s s u p r ê m e s ; cl. 1 h o m m e mortel
el toutes les c r é a t u r e s s'y j o i g n e n t d e c o n c e r t . » P a r
ces p a r o l e s : Y assemblée céleste., elle c o m p r i t q u e le
S e i g n e u r attirail, en l u i - m ê m e l ' h a r m o n i e de l'univer-
selle louange des cicux. P a r celles-ci : Y homme mortel,
qu'il y u n i s s a i t l'intention de tous les mortels ; el par
ces d e r n i è r e s : toutes les créatures, qu'il c o n d e n s a i t
p o u r ainsi d i r e cn lui-même l ' e s s e n c e de tout ce qui
est c r é é , p o u r c é l é b r e r les l o u a n g e s de Dieu le P è r e
D e cette m a n i è r e , i l faisait r e t e n t i r p o u r elle la l o u a n g e
en p r é s e n c e d e son P è r e , de la p a r t des cieux, de la
t e r r e el des enfers.
Puis, s ' i n c l i n a n l s u r le sein de son B i e n - A i m é , elle
entendit r é s o n n e r trois p u l s a t i o n s d a n s les p r o f o n d e u r s
du C œ u r divin Dans s o n e t o n n e m e n t , elle désirait
savoir ce q u e cela signifiait, q u a n d le S e i g n e u r lui d i t :
« Ces trois b a t t e m e n t s i n d i q u e n t trois p a r o l e s q u e
j ' a d r e s s e à l'àme a i m a n t e : la p r e m i è r e est : viens,
c'est-à-dire s é p a r e - t o i de toute c r é a t u r e : la s e c o n d e :
entre, avec confiance, c o m m e u n e é p o u s e ; la t r o i -
sième : dans le lit nnptial, c'est-à-dire d a n s le C œ u r
divin. »
Ces t r o i s m o t s lui firent c o m p r e n d r e q u e Dieu
a d r e s s e s o n appel à c h a q u e élu e n c o r e e n t o u r é de
toutes les c r é a t u r e s , afin q u e r e n o n ç a n t d'une
v o l o n t é l i b r e cl entière aux délices qu'il peut t r o u v e r
cn elles, il s ' a p p l i q u e au S e i g n e u r Dieu seul, cn t o u t e
dévotion. L e S e i g n e u r s u g g è r e e n s u i t e la confiance

1. Slrnphc» di: T h y m u\ (Uoria /«us, à la procession d u d i m m i -


che des HiiiiuiiHix.
2. Voir P ' - P a r l i c . c h . v, 9 ; 5 Pïirlie, c h . X X X I I .
e
DEUXIEME PARTIE. CHAPITRE XXL 1«°'7

afin que l'élu, s e m b l a b l e à l'épouse qui ne craint pas


d'être r e p o u s s é e , s'avance toujours avec fermeté
cl entre d a n s le lit nuptial de son C œ u r divin. Là
a b o n d e n t et s u r a b o n d e n t les délices et la béatitude
q u e le c œ u r d e l ' h o m m e est impuissant même à
souhaiter
A l o r s celle-ci é p r o u v a un v é h é m e n t désir d'entendre
s u r quel m o d e la voix du F i l s de Dieu entonne les
louanges de Dieu le P è r e . L e Seigneur lui dil : « Ma
voix dit e n c o r e m a i n t e n a n t ce seul mot : « fiai: soit »>,
c a r elle est p o u r toujours l'invincible p u i s s a n c e de ma
divine volonté. L e ciel, la t e r r e , la m e r et tout ce qu'ils
renferment ont été créés p a r cette seule parole, au
témoignage de l ' E c r i t u r e , puisqu'il est dit : « Fiat lux,
q u e la l u m i è r e soit » ; « fiai firmaincnlum : que le
firmament soit », etc. T o u t ce qui existe au ciel ci sur
la t e r r e est régi p a r ma seule volonté divine ; cl toute
la l o u a n g e , la j o i e et la béatitude des saints d é p e n d e n t
d'un signe de m o n v o u l o i r . »

CHAPITRE XXL

19 QUE LE CCEUn DU SEIGNEUK LUI APPARUT SOUS LA


FORME D'UNE LAMPE.

u n e m e s s e , c o m m e d i v e r s e s pensées l ' e m -
P ENDANT
pêchaient de jouir de D i e u , elle supplia la m é d i a -
t r i c e de Dieu et des h o m m e s , la Vierge Marie, de lui
obtenir la p r é s e n c e de son F i l s bien-aimé. C'est d o n c
p a r celle i n t e r v e n t i o n , c r o y o n s - n o u s , qu'elle vit le
Roi de gloire, le Seigneur J é s u s , assis s u r un t r ô n e
188 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

s u b l i m e el t r a n s p a r e n t c o m m e le p u r crislal. De la
p a r t i e a n t é r i e u r e de ce t r ô n e s o r t a i e n t deux r u i s s e a u x
clairs, d o n t l'un signifiait la r é m i s s i o n des p é c h é s ,
et l'autre la c o n s o l a t i o n s p i r i t u e l l e , g r â c e s o c t r o y é e s
d ' u n e m a n i è r e plus spéciale et p l u s facile à t o u t
h o m m e p e n d a n t la m e s s e .
V e r s l'oblation de l'Hostie s a i n t e , le S e i g n e u r , quit-
tant ce t r ô n e , p a r u t élever d e ses p r o p r e s m a i n s s o n
C œ u r très d o u x , s e m b l a b l e à u n e lampe t r a n s l u c i d e ,
r e m p l i e et d é b o r d a n t e . L a l a m p e d é b o r d a i t en effet
de tous côtés a v e c tant de force q u e de larges g o u t t e s
en rejaillissaient ; toutefois il n e p a r a i s s a i t p a s (pic s o n
c o n t e n u d i m i n u â t en r i e n . Ceci d o n n a i t à e n t e n d r e q u e
les h o m m e s p e u v e n t tous r e c e v o i r de la p l é n i t u d e du
C œ u r de J é s u s la g r â c e p l u s q u e suffisante à c h a c u n ,
selon sa c a p a c i t é , s a n s q u e ce C œ u r cesse de s u r a b o n -
d e r en l u i - m ê m e de b é a t i t u d e , c a r , en se d é v e r s a n t , il
n e souffre p a s d e d é t r i m e n t .
E l l e vit d e p l u s les c œ u r s d e toutes les p e r s o n n e s
p r é s e n t e s , également s o u s forme de l a m p e s , atta-
chées p a r d e s liens au C œ u r du S e i g n e u r . C e r t a i n e s
de ces l a m p e s p a r a i s s a i e n t d r o i t e s , pleines d ' h u i l e et
a r d e n t e s ; les a u t r e s s e m b l a i e n t vides et s u s p e n d u e s
le h a u t en b a s . L e s l a m p e s q u i b r û l a i e n t d r o i t e s figu-
r a i e n t ceux q u i assistaient à la m e s s e a v e c d é s i r et
d é v o t i o n , t a n d i s q u e les l a m p e s r e n v e r s é e s d é s i g n a i e n t
ceux qui a v a i e n t négligé d e s'élever v e r s D i e u p a r u n e
dévote a t t e n t i o n . Gelle-ci, saisie a l o r s d ' u n i m m e n s e
désir de v o i r son c œ u r t o t a l e m e n t v e r s é d a n s le C œ u r
d i v i n , le vit b i e n t ô t enlevé d u milieu des a u t r e s et
p l o n g é d a n s ce C œ u r c o m m e n n poisson d a n s les eaux.
Ses dévoles s u p p l i c a t i o n s p r i r e n t aussitôt u n e
a u t r e direction : o b t e n i r du Seigneur qu'il lui e n s e i -
DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE XXI. 1 8 9

gnài les d i s p o s i t i o n s d a n s lesquelles son c œ u r ainsi


i m m e r g é devait d e m e u r e r afin de p e r s é v é r e r toujours
d a n s celte u n i o n bénie. Au m o m e n t m ê m e , elle a p e r -
çut le divin C œ u r c o m m e c h a n g é cn une g r a n d e
m a i s o n d ' o r , et le Seigneur se p r o m e n a n t au milieu
de s o n p r o p r e C œ u r c o m m e d a n s un spleudidc et
a g r é a b l e p a l a i s . Saisie d ' a d m i r a t i o n , elle se d e m a n d a i t
c o m m e n t cela pouvait se faire, q u a n d elle entendit le
S e i g n e u r lui d i r e : « A s - t u d o n c oublié ce mol d u
p s a u m e : « Perambuhtham in innocentiez cordis mei, in
medio domns ineie '• J ' a l l a i s et j e venais d a n s l'innocence
d e mon c œ u r , au milieu de ma maison »? (Ps. c, 2 . )
E t qui p e u t r é a l i s e r cela, si ce n'est moi ? P e r s o n n e
n'est i n n o c e n t p a r s o i - m ê m e , sinon moi seul. »
E l l e a p e r ç u t aussi d a n s cette maison q u a t r e vierges
d'une g r a n d e beauté qu'elle r e c o n n u t p o u r cire les v e r -
tus s u i v a n t e s : l'humilité, la patience, la d o u c e u r et la
c h a r i t é . Cette d e r n i è r e , vêtue d'une r o b e verte, r e m -
p o r t a i t e n g r â c e s u r ses s œ u r s . La v o y a n t ainsi et se
s o u v e n a n t q u e la c h a r i t é s'était déjà m o n t r é e avec un
m a n t e a u v e r t à u n e a u t r e p e r s o n n e de b i e n h e u r e u s e
m é m o i r e , elle d e m a n d a avec s u r p r i s e au S e i g n e u r
p o u r q u o i la c h a r i t é a p p a r a î t souvent sous cette cou-
leur. Sa q u e s t i o n r e ç u t la r é p o n s e suivante : « L a
c h a r i t é fait r e v e r d i r p a r sa vertu b e a u c o u p de t r o n c s
d e s s é c h e s / c ' e s t - à - d i r e les p é c h e u r s ; elte l e u r fait
p o r t e r a u s s i les fruits des b o n n e s œ u v r e s . C'est d o n c à
b o n d r o i t qu'elle p o r t e le vert. » E t le S e i g n e u r ajouta
encore : « T â c h e d'entrer d a n s l'intimité de ces vierges
et d ' o b t e n i r l e u r amitié, si tu veux r e s t e r avec m o i
d a n s celle m a i s o n cl j o u i r de ma présence- P a r exem-
ple, l o r s q u e la vanité essaiera d'affaiblir ton c œ u r ,
r a p p e l l e - t o i la force de celle c h a r i t é qui m'a tiré de
(
1 .)0 LE L I V R E . D E LA G R A C E SPÉCIALE.

mon r e p o s , au sein d u P è r e , p o u r m ' a b a i s s e r v e r s le


sein de la V i e r g e , m'a e n v e l o p p e de p a u v r e s l a n g e s ,
c o u c h é d a n s la c r è c h e el c o n l r a i u l à s u b i r lanl de fati-
gues d a n s m e s p r é d i c a t i o n s . P o i i r finir, c'est elle ;ui
m'a fait m o u r i r de la mort la p l u s a m e r e et la p l u s
i g n o m i n i e u s e . Ces s o u v e n i r s a u r o n t vite éloigné t o u t e
vanité d e ion c œ u r !
« D e m ê m e , q u a n d l'orgueil te p o u r s u i t , r a p p e l l e - t o i
mon h u m i l i t é . A c a u s e d'elle, j e ne me suis j a m a i s
exalté d a n s mes p e n s é e s ou d a n s mes p a r o l e s , d a n s
mes gestes ou d a n s m e s œ u v r e s , mais j ' a i d o n n é , p a r
toutes m e s d é m a r c h e s , l ' e x e m p l e de la plus parfaite
humilité.
« Si c'est l ' i m p a t i e n c e q u i t'envahit, s o u v i e n s - t o i de
la patience q u e j ' a i c o n s e r v é e d a n s la p a u v r e t é , l a faim,
la soif ; d a n s m e s c o u r s e s , d e v a n t les injures, le s o u -
trages cl s u r t o u t en p r é s e n c e de la m o r t .
OL D a n s les tentations de c o l è r e , aie s o u v e n i r d e ma
m a n s u é t u d e a v e c ceux qui h a ï s s a i e n t la p a i x ; j ' é t a i s
pacifique et d o u x à ce point q u e j ' a i o b t e n u de m o n
P è r e p a r d o n p o u r mes b o u r r e a u x . A p r è s avoir exercé
s u r moi t a n t de c r u a u t é s q u e l i e n ne semblait p o u v o i r
s'y ajouter, ils o s è r e n t e n c o r e , d a n s l'excès de l e u r
fureur, g r i n c e r des d e n t s c o n t r e m o i , et c'est a l o r s
(jue je l e u r ai m o n t r é celle b o n t é de c œ u r , c o m m e
s'ils n ' e u s s e n t pas été des e n n e m i s .
« C'est de la sorte q u e tu p o u r r a s t r i o m p h e r de tous
les vices p a r les v e r t u s . »
DEUXIÈME PAUTIE. CUArïTRE XXIT 191

CHAPITRE XXII.

20. UN BUISSON ; LA VEROE DE JUSTICE;


LES NEUF CHŒURS DES ANGES.

LA m o r t d u j e u n e seigneur, comte 1 3 . \ la coin-


O - m u n a u l é élail allée cn procession a u - d e v a n t du
convoi funèbre, et la s e r v a n l e de Dieu voyant les
v a s t e s plaines d e la c a m p a g n e , y avait pris b e a u c o u p
de plaisir. P l u s tard, c o m m e la maladie l'empêchait
a u t a n t d e d o r m i r q u e de s e lever p o u r p r i e r , le
S e i g n e u r , velu de blanc, lui a p p a r u t devant sa c o u c h e ,
il la consolait avec d o u c e u r d e ses peines et de ses
infirmités. Mais e l l e - m ê m e prit la parole : « Eh !
m o n S e i g n e u r , s'il m'était d o n c p e r m i s d'aller m e p r o -
m e n e r d a n s celle g r a n d e p l a i n e q u e j e traversai der-
n i è r e m e n t ! » L e S e i g n e u r r é p o n d i t ; « Ne sais-tu p a s
le p r o v e r b e v u l g a i r e : L e b o i s a des oreilles, et la
plaine d e s y e u x ? » Il ajouta ' cr L e bois a d e s
oreilles, c'est-à-dire q u e si d e u x p e r s o n n e s s'asseyent
p r è s d'un b u i s s o n p o u r c a u s e r , les p a s s a n t s p o u r -
r o n t les e n t e n d r e . » A u s s i t ô t a p p a r u t un b u i s s o n
magnifique, large et touffu, fait de j e u n e s b r a n c h e s
qui m o u l a i e n t bien d r o i t . L e S e i g n e u r était assis avec
Faîne s o u s ce b u i s s o n , dont les j e u n e s b r a n c h e s
s e m b l a i e n t ê t r e les v e r t u s d e Dieu : sagesse, b é n i -
g n i t é , j u s t i c e , m i s é r i c o r d e , charité et a u t r e s v e r t u s

î Ce jeune seigneur B. paraît âlrc l e m ê m e d o n t il e s l q u e s l u m


hh\ F>"' p a r t i e , c h . x r , c ' e s t - à - d i r e Burc.hnrd, iils de Gehhnrd de
M:uisfchl et d'Irmcngnrdc d e Schwnrzbourg, mort en 1201.
102 r/rc MVRE DE LA GRÂCE SPÉCIALE.

naturelles au Seigneur. T o u t e s en effet, s e m b l a b l e s h


l'olivier, s o n t toujours en Heurs v e r d o y a n t e s et fé-
c o n d e s en n o u v e a u x r e j e t o n s .
C e p e n d a n t l'âme e m b r a s s a la b r a n c h e de la j u s t i c e
en disant au S e i g n e u r : « Il c o n v i e n t q u e j ' o m b r a s s e
actuellement celte b r a n c h e a v e c g r a t i t u d e , p u i s q u e
vous m'exercez par la j u s t i c e , en m ' c n v o y a n l p e i n e s et
t r i b u l a t i o n s . » Mais voici q u e cette b r a n c h e lui p a r u t
être Dieu l u i - m ê m e ; elle le tint é t r o i t e m e n t e m b r a s s é
et se mit à le l o u e r p a r ces m o t s : « J e te l o u e , ô
soleil d e j u s t i c e ; j e le l o u e , ô s p l e n d e u r d e j u s -
tice, e t c . » C e p e n d a n t un fleuve sortait du C œ u r
divin p o u r se r é p a n d r e s u r elle, la p é n é t r e r tout
e n t i è r e et c h a s s e r sa t r i s t e s s e a u p o i n t d e n ' e n
laisser a u c u n e t r a c e . L e S e i g n e u r dit : « C'est là ce
b u i s s o n d o n t p a r l e l ' E c r i t u r e : « Emissiones luse pa-
radions ; t e s é p a n c h e m e n t s s o n t u n p a r a d i s ».
(Gant, iv, 13.) Mais a u t o u r de ce b u i s s o n se t e n a i e n t
les a n g e s , en s o r t e q u e l e u r s c h œ u r s l'avaient
e n t o u r é c o m m e de neuf c e r c l e s .
Le S e i g n e u r dit e n c o r e à l ' â m e : « Voici ce q u ' o n lit
d a n s l ' E c r i t u r e : « Qaœ habitas in hortis, amici auscul-
tant : toi qui h a b i t e s les j a r d i n s , tes a m i s s o n t aux
écoutes ». (Gant, v m , 1 3 . ) S o u s l ' i n s p i r a t i o n d i v i n e ,
l'âme c o m p r i t de quelle m a n i è r e les anges a s s i s t e n t le
juste d a n s t o u t le bien qu'il a c c o m p l i t .
« L o r s q u ' u n h o m m e lit les P s a u m e s ou d ' a u t r e s p a r -
ties de la sainte E c r i t u r e , o u qu'il s ' a d o n n e à u n e
œ u v r e b o n n e , les Anges sont là p o u r l'assister. L o r s -
q u e , d a n s l'oraison, il s ' e n t r e t i e n t avec Dieu, ou écoule
la p a r o l e d e Dieu, ou e n c o r e l o r s q u ' i l p a r l e d e D i e u ,
il est assisté p a r l e s A r c h a n g e s . S'il m é d i t e les v e r t u s
de D i e u , sa p u i s s a n c e , sa s a g e s s e , sa h o n l é , s a uisticc,
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXU. 193

sa m i s é r i c o r d e , sa l o n g a n i m i t é , sa charité, et q u a n d il
s'efforce d'imiter ces v e r t u s autant que p o s s i b l e , les
V e r t u s s o n t à son service.
« L o r s q u e l ' h o m m e , au s o u v e n i r de l'ineffable et
s u b l i m e D i v i n i t é , t r e m b l e d e v a n t Dieu, se s o u m e t
h u m b l e m e n t à D i e u , les P u i s s a n c e s sont ses s e r v i t e u r s .
Mais q u a n d il exalte en son c œ u r la noblesse et la
g r a n d e u r de la Divinité, q u a n d il pense à cette infinie
majesté qui a d a i g n é c r é e r l ' h o m m e à son image et à
sa r e s s e m b l a n c e , a c c o m p l i r et s u p p o r t e r tant d e
t r a v a u x ; q u a n d , en raison d e la révérence témoignée
p a r Dieu à l ' h o m m e qu'il a i m e , lui aussi r e s p e c t e
et aime tous les h o m m e s , il est servi par les P r i n c i -
p a u t é s . E t si, p a r ses i n c l i n a t i o n s , génuflexions et
p r o s t r a t i o n s , il a d o r e D i e u , les Dominations l'assis-
tent.
« L o r s q u e l ' h o m m e , d a n s la tranquillité de son c œ u r ,
médite s u r D i e u , les T r ô n e s le servent. S'il est illu-
miné d a n s la c o n n a i s s a n c e de D i e u , s'il s'élève d a n s
la c o n t e m p l a t i o n j u s q u ' à considéi'cr les m y s t è r e s
d i v i n s , les C h é r u b i n s sont ses m i n i s t r e s . Mais q u a n d
l'âme, p u i s a n t au C œ u r de D i e u un a m o u r e m b r a s é ,
aime Dieu a v e c son p r o p r e a m o u r , et aime tout h o m m e
en Dieu el p o u r Dieu, ce sont les S é r a p h i n s q u i exer-
cent a u p r è s d'elle leur m i n i s t è r e . »
Le S e i g n e u r lui dit ensuite : « Veux-tu m a i n t e n a n t
savoir ce que signifie : la plaine a des yeux ? L o r s q u e
deux p e r s o n n e s m a r c h e n t d a n s une g r a n d e p l a i n e ,
viles peuvent se voir de loin. Si ces deux p e r s o n n e s
sont c h è r e s Tune à l'autre, nul doute qu'en s ' a p e r c e -
vant ainsi, elles ne c h e r c h e n t à se rejoindre au plus
tôt Q u a n d le cerf et la b i c h e se sont r e c o n n u s à
g r a n d e d i s l a n c e d a n s la c a m p a g n e , avec quelle r a p i -
194 LE LIVRE D E LA. GRACE SPÉCIALE.

dite ils coLi.viit ! Ainsi l'âme qui m ' a i m e el me d é s i r e


m ' a t t i r e à c i l - , p a r un seul s o u p i r , p l u s vite q u e la
parole n e vient mx lèvres.
r D a n a la p!a,: e e n c o r e , les v o y a g e u r s , les é t r a n -
L

g l a r/-f-arent l e u r s forces. A i n s i , q u a n d u n e â m e se
f-;ï* é t r a n g è r e en ce m o n d e , qu'elle g a r d e son c œ u r
lîbrî» des c h o s e s t e r r e s t r e s cl dégagé de tout lien, j e
r i n v i t c s o u v e n t à mon b a n q u e t .
« D a n s la p l a i n e , on cueille a u s s i des fleurs. A i n s i
d a n s l'âme sainte o r n é e de d é s i r s aussi v a r i é s q u e la
p a r u r e d e s c h a m p s fleuris, j e cueille ces d é s i r s , j ' e n
t r e s s e u n e c o u r o n n e p o u r la d é p o s e r s u r ma lèle,
j u s q u ' a u j o u r où l'âme v e n a n t elle-même v e r s m o i , j e
puis lui r e n d r e la c o u r o n n e . »
Celle-ci dit a l o r s au S e i g n e u r : « M o n S e i g n e u r ,
quelle faute ai-je c o m m i s e en p r e n a n t plaisir à r e g a r -
d e r a u t o u r de moi l'étendue de la c a m p a g n e ? » Il
r é p o n d i t : « C'était c o n t r e l ' o b é i s s a n c e et l'attention à
moi ; de p l u s , il y avait négligence dans la p r i è r e p o u r
le défunt. )> Elle r e p r i t : « E n s e i g n e z - m o i , ô très
aimant Seigneur, c o m m e n t on doit se c o n d u i r e en
pareille c i r c o n s t a n c e . » Il r é p o n d i t : « D è s l a sortie du
c h œ u r , q u ' o n récite ce verset : « Dcduc me, Domine,
in via tua, et ingrediar in vevitale tua.Lœtetur cor meum
el l'uneat tomen tnum : C o n d u i s e z - m o i . * S e i g n e u r ,
d a n s v o t r e voie, et j ' e n t r e r a i d a n s v o t r e v é r i t é . Q u e
mon c œ u r se réjouisse à la c r a i n t e de v o t r e n o m . »
(Ps. LXXXV,11). Sortez ainsi d a n s ma crainte el prenez-
moi p o u r c o m p a g n o n de r o u t e et p o u r bâlon d ' a p p u i .
L o r s q u e vous serez d e h o r s , v o u s bénirez de ma droite
les m a i s o n s , les c h e m i n s , tout ce (pie v o u s r e n c o n -
trerez, et ils s e r o n t b é n i s . Q u a n d on a conçu u n e j o i e
v a i n e , le c œ u r en d e m e u r e c h a r g é , tandis q u e celui
DEUXIÈME PARTIE. C H A P I T R E XXIII. 195

qui conçoit ma erainlc n ' a u r a j)oint de tristesse, mais


obtiendra la j o i e v é r i t a b l e .
« A l ' a p p r o c h e du c o n v o i , vous pouvez p e n s e r à
cette p r o c e s s i o n du d e r n i e r j u g e m e n t où tous, a y a n t
r e p r i s l e u r s c o r p s , v i e n d r o n t au-devant de moi, pon-
d a n t q u e m o i - m ê m e , e n v i r o n n é des anges et des s a i n t s ,
d a n s u n e gloire cl une majesté ineffables, j e m ' a v a n -
cerai à leur r e n c o n t r e . Vous prierez en outre p o u r
Famé du défunt, afin que si elle esl dans les p e i n e s ,
elle soit plus toi d é l i v r é e ; libre de tout obstacle, qu'elle
soit r é u n i e à moi et à m e s s a i n t s et qu'elle devienne
digne de la glorification future, p o u r paraître avec joie
cl h o n n e u r devant moi en ce j o u r redoutable. »

C H A P I T R E XXIJi.

I.A CUISINE D U S E I G N E U R .

A libéralité du Seigneur lui aA'ait fait un j o u r un


L don magnifique. R e c o n n a i s s a n t sa p r o p r e imli-
gnité elle dit a v e c un h u m b l e m é p r i s d ' e l l e - m ê m e : « ()
?

Roi très g é n é r e u x , un d o n de si haute valeur ne me


convient p a s . J e suis i n d i g n e d'être employée d a n s
v o t r e c u i s i n e à laver les écuclles ! » Le S e i g n e u r
r é p o n d i t a v e c bonté : « E t q u e seraient ma cuisine et
les écuelles q u e tu v o u d r a i s l a v e r ? » Ne s a c h a n t pins
q u e r é p o n d r e , elle se tut. Mais le Seigneur qui soulève
parfois uuo difficulté, m o i n s p o u r obtenir une solution
(pie p o u r d o n n e r un e n s e i g n e m e n t , résolut la (pies-
lion au m o y e n d'une vision qu'il expliqua a i n s i : « Ma
cuisine, c'est mon C œ u r d i v i n . La cuisine esl une
1% L E L I V R E D E LA G R A C E SPÉCIALE.

salle c o m m u n e o u v e r t e à t o u s , aux esclaves c o m m e


aux p e r s o n n e s libres ; ainsi m o n C œ u r est s a n s c e s s e
o u v e r t p o u r t o u s , et d i s p o s é à fournir à c h a c u n ce
qui p e u t lui p l a i r e . L e chef d e cette c u i s i n e e s t le
S a ï n t - E s ^ i t , d o n t l ' i n e s t i m a b l e s u a v i t é rcnv^lit s a n s
cesse m o n C œ u r avec u n e libéralité d é b o r d a n t e . M e s
é c u e l l e s , ce s o n t les c œ u r s d e s s a i n t s et d e m e s é l u s ,
qui r e ç o i v e n t c o n t i n u e l l e m e n t de cette s u r a b o n d a n c e
e n i v r a n t e de m o n C œ u r d i v i n . »
Mais clic a p e r ç u t s o u d a i n la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
Marie d e b o u t p r è s de D i e u , avec la m u l t i t u d e d e s
auges et d e s s a i n t s . L e s a n g e s s e m b l a i e n t t i r e r l e u r s
c œ u r s d e l e u r p o i t r i n e s o u s f o r m e d e plats d ' o r , et les
p r é s e n t e r aux libéralités du Roi. E t c h a c u n d ' e u x
p a r a i s s a i t aussitôt se r e m p l i r au t o r r e n t d e v o l u p t é
divine q u i s ' é c h a p p a i t a b o n d a m m e n t du C œ u r s a c r é ;
p u i s , d é b o r d a n t à l e u r t o u r , les c œ u r s des s a i n t s fai-
saient refluer ce t o r r e n t v e r s la s o u r c e , c'est-à-dire v e r s
le C œ u r d u S e i g n e u r . « Va d ' a b o r d au c œ u r t r è s p u r
de ma m è r e v i r g i n a l e , dit le S e i g n e u r ; tu p o u r r a s t'y
laver en te l i v r a n t à l'action d e g r â c e s et en e x a l t a n t
celte noble fidélité avec l a q u e l l e , plus q u e t o u t e c r é a -
t u r e , elle me restait f e r m e m e n t ou plutôt i n s é p a r a b l e -
ment u n i e en toutes ses a c t i o n s . Bois l'eau m ê m e qui
t'aura lavée p a r le ûésïr et le zèle à i m i t e r ma M è r e ;
agis de m ê m e à l'égard des c œ u r s de lous les a u t r e s
saints en exaltant toujours l e u r s v e r t u s avec dévotion
et en les i m i t a n t a v e c h u m i l i t é , scion Ion p o u v o i r .
Ainsi lu p o u r r a s p a r v e n i r h e u r e u s e m e n t à j o u i r de
leur société d a n s la g l o i r e . »
DEUXIEME PARTIE. CHAPITRE XXIV. 197

CHAPITRE XXIV.

21 E A M E FAIT SON NID DANS EE CŒUR DU SEIGNEUR.

NE a u t r e fois, a p r è s la sainte C o m m u n i o n , le
U S e i g n e u r lui dit : « Toi en moi et moi en toi !
Plongée d a n s m a t o u t e - p u i s s a n c e c o m m e le poisson
d a n s l ' e a u ! — O m o n S e i g n e u r , fit-elle, les poissons
sont s o u v e n t p r i s d a n s le filet, et si cela m'arrivait ? »
Le Seigneur reprit : « T u ne p o u r r a s être tirée hors de
moi. T u te feras un nid d a n s mon C œ u r divin. —
Q u ' e s t - c e q u e ce n i d ? » L e Seigneur r é p o n d i t :
« L ' h u m i l i t é g a r d é e d a n s les d o n s et les faveurs q u e t u
reçois de m a p a r t ; plonge-toi toujours d a n s l'abîme
d ' u n e h u m i l i t é s i n c è r e . » L'Ame dit encore : « Les
p o i s s o n s se m u l t i p l i e n t d a n s les eaux : quel sera mon
fruit à moi ? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « L o r s q u e tu
m'offres au P è r e céleste p o u r la joie et la gloire des
saints, l e u r s joies et l e u r s mérites se multiplient,
c o m m e s ils me recevaient c o r p o r c l l c m e n t s u r la t e r r e .
Voilà quel sera ton fruit. » A l o r s l'âme se mit à réllé-
c h i r c o m m e n t cela se ferait p o u r les p a t r i a r c h e s et les
p r o p h è t e s qui s u r la t e r r e n'avaient j a m a i s r e ç u le
Corps du C h r i s t ; m a i s le S e i g n e u r lui dit : « Ce q u e
les a p ô t r e s ont eu en réalité, les p a t r i a r c h e s et les
p r o p h è t e s l'ont p o s s é d é p a r la foi et l'espérance :
c'est p o u r q u o i ce fruit leur a p p a r t i e n t aussi véritable-
ment q u ' a u x a p ô t r e s . »
• M * . El V U E Ï Î K r.A GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE XXV.

22. D'UNE CROIX, E T D'UN VÊTEMENT D E SOIE


DU SEIGNEUR.

R E N D A N T un r a v i s s e m e n t d'esprit, elle s é v î t u n e fols


JL d a n s une m a i s o n d ' u n e beauté merveilleuse qu'elle
r e c o n n u t parfaitement p o u r cire le C œ u r d u C h r i s t ,
c a r elle y était e n t r é e plus d ' u n e Ibis d e la m ê m e
m a n i è r e , c o m m e on l'a vu p l u s haut. Se p r o s t e r n a n t
a l o r s à t e r r e , elle t r o u v a s u r le pavé u n e g r a n d e c r o i x
et s'y étendit. E t voilà q u e d u milieu de la c r o i x sortit
un d a r d en or très effilé, qui t r a n s p e r ç a s o n â m e puis
elle e n t e n d i t le S e i g n e u r lui d i r e : « T o u t ce qui est
s u r la terre ne s a u r a i t d o n n e r de j o i e ; m a i s le salut,
la s o u v e r a i n e gloire s o n t d a n s les souffrances et la
t r i b n l a l i o n . » L ' â m e r e s s e n t a i t c e p e n d a n t de la t r i s -
tesse el de l'anxiété, c a r elle e n t e n d a i t s o n u n i q u e
B i e n - A i m é ; m a i s elle ne le v o y a i t p a s . C o m m e elle le
r e c h e r c h a i t avec u n a r d e n t d é s i r , il lui a p p a r u t d e b o u t
devant elle, vêtu d ' u n e r o b e d e soie r o u g e , et lui p r e -
nant la m a i n , il lui parla a v e c u n e g r a n d e d o u c e u r .
Mais l'âme, s a p c r c e v a n l de l'extrême s o u p l e s s e du
moelleux vêtement d o n t le S e i g n e u r était c o u v e r t , se

1. Ce q u ' o n r a p p o r t e d e sainte T h é r è s e , b l e s s é e d ' u n e flèche


il'nmoiu- p a r nu a n g e q u i aurai!, été le C h r i s t l u i - m ê m e , n o u s Je
voyons aussi a c c o m p l i en suinte G e r t r u d e ( v . liv. I I , c. v, el l i v .
V . c. xxv). Voici le m ê m e fait q u i se p r o d u i t p o u r s a i n t e Mechtilde,
ce qui atteste u n e r e s s e m b l a n c e , u n e p a r e i l l e , p o u r ainsi d i r e ,
d a n s l e u r élul de perfection.
{Note de l'édition latine.)
DEUXIÈME PARTIE- CHAPITRE XXVI 190

demandait ce que cela p o u v a i t signifier; le S e i g n e u r


lui dil : « C o n n u e une étoffe de soie est s o u p l e el
m o e l l e u s e , ainsi toute souffrance et t r i b u l a t î o n est
d o u c e p o u r l'âme qui a i m e v r a i m e n t D i e u . — l i e n
est ainsi au c o m m e n c e m e n t d e la p c ô c , r e p r i t - e l l e ,
car l'âme est saisie d a n s la p r e m i è r e v i g u e u r d e son
affection; m a i s q u a n d la souffrance a u g m e n t e , elle lui
devient l o u r d e à p o r t e r . » L e Seigneur r é p o n d i t :
« S a n s doute ; mais q u a n d on p o r t e un vêtement d e soie
o r n é d'or et de p i e r r e s p r é c i e u s e s , on ne le rejette pas
à cause d e sa p e s a n t e u r , on le tient au c o n t r a i r e p o u r
plus distingué el plus p r é c i e u x . Ainsi l'âme lidôle ne
refusera p a s la souffrance p o u r l a raison qu'elle devient
t r o p c u i s a n t e , p a r c e que ses v e r t u s s'y e n n o b l i s s e n t
et son m é r i t e s'y accroît à l'infini. »
Cette vision était le p r é s a g e de la m a l a d i e q u i lui
arriva peu a p r è s , c'est-à-dire pendant l'Avent, qu'elle
célébrait toujours avec g r a n d e dévotion et a r d e n t s
d é s i r s . A cette é p o q u e , elle fut saisie d'une d o u l e u r
aiguë ; mais ce dont elle souffrait le plus était de ne
p o u v o i r aller au c h œ u r ni à ses dévotions o r d i -
naires.

CHAPITRE XXVI.

23. DE SES NOMEREUSES ET DIVERSES SOCFPRANCES.

i'EST en p r o p o r t i o n des c o n s o l a t i o n s et des d o u c e u r s


C * q u e Dieu répand d a n s une âme aimante qu'il
multiplie p o u r elle les d o u l e u r s et les infirmités,
c o m m e n o u s le c o n s t a t o n s s o u v e n t p o u r cette â m e
200 EE U V R E D E EA GRACE SrÉCÏAEE.

fidèle. Une fois, en effet, rllesnuflïil p e n d a n t plus d'un


mois un si g r a n d mal de tête qu'elle n e pouvait ni
d o r m i r ni se r e p o s e r un i n s t a n t . E l l e p e r d i t en m ê m e
t e m p s toute grâce,, d o u c e u r et visite d i v i n e , en s o r t e
qu'elle se plaignait souvent a v e c l a r m e s de n ' a v o i r
plus s u r Dieu a u c u n e p e n s é e c o n s o l a n t e . Enfin elle
en vint à line telle t r i s t e s s e , q u ' o n l ' e n t e n d a i t q u e l q u e -
lois r é c l a m e r à g r a n d s cris D i e u , son B i e n - A i m é . Sa
voix retentissait d a n s t o u l e l a m a i s o n M a i s a p r è s sept
jours passés d a n s cet excès de d é s o l a t i o n , le S e i g n e u r
de b o n t é , q u i est toujours p r è s de ceux dont le c œ u r est
affligé,le S e i g n e u r l'inonda de si a b o n d a n t e s consola-
tions q u e s o u v e n t , des M a t i n e s à P r i m e et de P r i m e
j u s q u ' à N o n c , elle restait les y e u x clos c o m m e une
m o r t e , a b s o r b é e d a n s la j o u i s s a n c e de son D i e u . P e n -
dant ce t e m p s , le m i s é r i c o r d i e u x S e i g n e u r lui révélait
les merveilles de ses s e c r e t s et la réjouissait p a r sa
douce p r é s e n c e à tel point q u e , ne p o u v a n t c a c h e r sa
sainte i v r e s s e , elle manifestait, m ê m e a u x h ô t e s el aux
é t r a n g e r s , celte g r â c e i n t é r i e u r e q u ' e l l e avait tenue si
l o n g t e m p s c a c h é e . l i e n a d v i n t q u e p l u s i e u r s lui d o n -
nèrent leurs recommandations à porter auprès de
D i e u , et, selon q u e Dieu avait d a i g n é le lui m o n t r e r ,
elle révélait à toutes ces p e r s o n n e s les d é s i r s de l e u r s
c œ u r s P l u s d ' u n e en r e n d i t a v e c j o i e ses a c t i o n s de
g r â c e s au ^ e i g n e u r .
C'est p e n d a n t cette maladie q u e le S e i g n e u r lui
enleva p a r la m o r t sa très d o u c e s œ u r , la d a m e
A b b e s s e , de v é n é r é e m é m o i r e *. Mais elle confessait
elle-même avoir été d é d o m m a g é e s a n s m e s u r e p a r

y
1. Voir In Cv p a r t i e tout ouliiirc. — C'est eu 1291 q u e s a i n t e
.Meclilildr* souHYil <M»UO gi'siucl» m u l u d i c
DEUXIEME PARTIE. CHAPITRE XXVI. 201
Dieu de cette p e i n e et d e ses a u t r e s t r i b u l a t i o n s , c a r ii
lui était d o n n é de voir cette â m e , c h a q u e lois q u e l l e
le voulait, et de c o n n a î t r e l'étendue de sa récompense.
C e p e n d a n t c o m m e elle se plaignait e n c o r e d'avoir
p e r d u le s o m m e i l à c a u s e de cette d o u l e u r de tèle, on
c r u t a u t o u r d'elle q u e s o n infirmité l'induisait c n
e r r e u r , c a r elle s e m b l a i t ne faire autre c h o s e q u e
s o m m e i l l e r . Son i n t i m e confidente l'interrogea d o n c
s u r ce qu'elle faisait, les y e u x fermés, p e n d a n t ses
l o n g u e s h e u r e s d ' i m m o b i l i t é . Bile lui r é p o n d i t : « M o n
a m e p r e n d ses délices d a n s la j o u i s s a n c e de D i e u ,
elle nage d a n s la D i v i n i t é c o m m e le poisson d a n s
l'eau ou l'oiseau d a n s les a i r s . E n t r e l'union q u e
les s a i n t s ont avec Dieu el celle de mon â m e , il n'y a
q u e celle différence : ils en j o u i s s e n t d a n s l'allégresse,
el moi d a n s la souffrance. »
D u r a n t cette m a l a d i e , s u r v i n t le t e m p s d u C a r ê m e ,
et elle r é s o l u t de se r e t i r e r cn esprit au d é s e r t avec le
S e i g n e u r . P e n d a n t la n u i t , il lui parut y être en effet,
et elle d e m a n d a i t à son S e i g n e u r où il s o u h a i t a i t passer
celle p r e m i è r e nuit. A u s s i t ô t il lui m o n t r a u n a r b r e
magnifique, m a i s tout c r e u s é , appelé l ' a r b r e de l'humi-
lité. 11 lui dit : « C'est ici q u e je passerai la nuit. »
A u s s i t ô t il entra d a n s la cavité de l ' a r b r e . « E t m o i ,
où irai-jc ? » s ' é c r i a - l - c l l c . « N e peux-tu p a s voler s u r
m o n sein et t'y r e p o s e r c o m m e font les oiseaux ? »
r é p o n d i t le S e i g n e u r . A u s s i t ô t elle se vit s o u s / a forme
d'un petit oiseau q u i volait v e r s le sein d u S e i g n e u r ,
cl elle y prit très p a i s i b l e m e n t son r e p o s . « M i s é r i c o r -
dieux S e i g n e u r , d i t - e l l e , mettez voire doigt s u r ma
tête p o u r q u e je p u i s s e m ' e n d o r m i r . — Mais q u a n d
les oiseaux v e u l e n t d o r m i r , r e p r i t le S e i g n e u r , ils se
m e t t e n t la tête s o u s l'aile. — Seigneur, quelles sont
202 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

nies ailes ? — T o n d é s i r t o u j o u r s a r d e n t est u n e


aile rouge ; t o n a m o u r t o u j o u r s v i g o u r e u x et g r a n d i s -
sant est u n e aile v e r t e : et ton e s p é r a n c e , p a r c e qu'elle
te fait s a n s cesse s o u p i r e r v e r s m o i , est une aile j a u n e
d'or. »
E l l e a p e r ç u t r î o r s le C œ u r d i v i n distiller de p e t i t e s
gouttes q u ' e l l e recueillait a v i d e m e n t avee le bec et q u i
lui p r o c u r a i e n t une ineffable c o n s o l a t i o n , i n c o n n u e
p o u r clic j u s q u ' à celte h e u r e . E n ce m o m e n t a r r i v a , lui
semblait-il, saint P i e r r e l u i - m ê m e , g r a n d e m e n t s u r -
pris q u e le S e i g n e u r de majesté d a i g n a i s ' a b a i s s e r a
ce point v e r s l ' â m e . L e S e i g n e u r parla i <c P o u r q u o i
l'étonner, P i e r r e ? N e sais-tu p a s q u e les p r e m i e r s el
les d e r n i e r s enfants s o n t les p l u s c h é r i s ? V o u s , m e s
disciples, v o u s étiez mes p r e m i e r s - n é s à qui j ' a i témoi-
gné toute ma t e n d r e s s e , et v o u s avez trouve cn moi la
parfaite satisfaction de t o u s v o s d é s i r s . »
Mais en ce m o m e n t l'esprit de celle-ci fut ravi d a n s
le ciel où elle vit le Seigneur a s s i s à l'orient et sa s œ u r
d ' h e u r e u s e m é m o i r e , la d a m e A b b e s s c , e n t o u r é e de
tous les m e m b r e s de la c o n g r é g a t i o n tant m o r t s q u e
v i v a n t s . A u p l u s léger de ses m o u v e m e n t s , toutes les
âmes qu'elle avait g o u v e r n é e s s u r la terre faisaient
e n t e n d r e u n e mélodie si a g r é a b l e q u e la c o u r céleste
en ressentait u n e joie n o u v e l l e ; ces p e r s o n n e s , c o m m e
un essaim île b l a n c h e s c o l o m b e s , s e m b l a i e n t v o l e r
a u t o u r d'elle. L e s saints anges p r é s e n t è r e n t ensuite à
Dieu les œ u v r e s méritoires de t o u t e s ces aines p o u r
accroître le b o n h e u r de la s u s d i t e A b b e s s c . qui priait
en ces termes p o u r sa c o n g r é g a t i o n : <t P è r e saint,
conservez en v o t r e nom celles q u e vous m'avez
d o n n é e s . » L e Seigneur r é p o n d i t : « T a volonté esl la
m i e n n e ; d a n s l'innocence, je les g a r d e r a i de tout
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE X X V I I . 203

m a l . » Au F i l s clic d i s a i t : « J e vous d e m a n d e qu'elles


soient un en v o u s c o m m e n o u s sommes un » : c'est-à-
d i r e q u e p a r u n e pleine et entière volonté, elles soient
u n i e s à Dieu en tout, c o m m e lui sont unis les saints
d a n s le ciel. Le F i l s lui r é p o n d i t : « T o n d é s i r est mon
d é s i r ; j e suis en elles, ci elles sont en moi ; et ainsi je
perfectionnerai et confirmerai en moi toutes leurs
œ u v r e s . » E n s u i t e elle pria le S a i n t - E s p r i t : « Sancti-
fiez-les d a n s la v é r i t é ; daignez être leur c o n s o l a t e u r . »
E t le S a i n t - E s p r i t lui r é p o n d i t : « Ta joie est ma j o i e ,
je les consolerai et je les g a r d e r a i . »
Elle entendit alors r e t e n t i r au firmament du ciel un
son très doux qui venait du b r u i t des disciplines que
les s œ u r s prenaient en ce m o m e n t p o u r le salut des
h o m m e s . A ce b r u i t les saints anges d a n s a i e n t en a p -
p l a u d i s s a n t ; les d é m o n s , o c c u p é s à t o r t u r e r les àmes,
fuyaient au loin ; les a m e s étaient délivrées de leurs
p e i n e s , et les c h a î n e s de l e u r s péchés étaient r o m p u e s .

CHAPITRE XXVII.

24. LE SEIGNEUR PROMET DE LA REVETIR DE LUI-MEME.

NE a u t r e nuit, p e n d a n t q u e le mal de tête l'empê-


U chait toujours de d o r m i r , elle pria le Seigneur de
lui m o n t r e r au m o i n s le lieu où elle t r o u v e r a i t un peu
de r e p o s . Il lui p r é s e n t a a l o r s les q u a t r e t r o u s de ses
b l e s s u r e s el lui o r d o n n a d y choisir la d e m e u r e qu'elle
préférerait. Mais elle ne voulut pas faire de choix et
s'en remil à la divine bonté qui la logerait à son gré.
Alors le Seigneur lui i n d i q u a la plaie de son C œ u r en
204 L E El V U E D E LA GRACE SPÉCIALE

disant : « Voici, e n t r e cl r e p o s e - l o i ici ». Aussitôt elle


pénétra d a n s le C œ u r de D i e u .
11 élai' s e m b l a b l c à une m a i s o n m a g n i f i q u e ; a u m i l i c u ,
elle trouva le S e i g n e u r qui se r e p o s a i t s u r un lit o r n é
de splenclidcs t e n t u r e s v e r t e s ; et, s u r son o r d r e ,
l'ame s'arrêta p o u r p r e n d r e a v e c g r a n d e joie un peu de
r e p o s a u p r è s de lui. Il lui s e m b l a alors q u ' o n lui
d o n n a i t des oreillers cn n o m b r e égal à celui des c o u p s
Trappes d a n s sa tête p a r la d o u l e u r ; m a i s elle plaçait
tous ces o r e i l l e r s , l'un a p r è s l ' a u t r e , s o u s la tète de
son B i e n - A i m é en lui disant : « O Dieu très a i m a n t ,
que j e v o u d r a i s , moi m i s é r a b l e , être o r n é e p a r v o u s
cn cette fêle d e P â q u e s , de v ê t e m e n t s pareils aux t e n -
tures de v o t r e l i t ! — O u i , ma b i e n - a i m é e , r é p o n d i t
le S e i g n e u r , je veux m ê m e te r e v ê t i r p a r m o i - m ê m e et
de m o i - m ê m e . » Elle hésitait e n c o r e s u r le s e n s à
d o n n e r a ces p a r o l e s q u a n d le S e i g n e u r r e p r i t : « N e
s a i s - t u p a s q u e ce s o n t des v e r s qui lilcnl Ja soie ? O r
il est écrit de moi : J e suis un ver el non un homme
( P s . x x i , 6); j e t i r e r a i d o n c p o u r toi des entrailles d e
ma m i s é r i c o r d e des v ê l e m e n t s q u e n o u s p o r t e r o n s
e n s e m b l e si tu ne peux les p o r t e r seule. J u s q u ' i c i , en
effet, tu m ' a s servi avec d é v o u e m e n t d a n s le l a b e u r ;
d é s o r m a i s lu t'efforceras de m e s e r v i r d a n s l'exercice
des v e r t u s d o n t j ' a i d o n n é l ' e x e m p l e . »
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXVIII. 205

CHAPITRE XXVIII.

25. COMMENT ELLE EIT ROIEE TOUS LES SAINTS


A LA SOURCE DE MISÉRICORDE.

NE a u t r e fois, clic s'informa du Jieu où le Seigneur


U se disposait à p a s s e r la nuit. « Au pied de celle
m o n t a g n e d é s e r t e , » r é p o n d i l - i l . Il l'y e m m e n a et lui
m o n t r a la fontaine de m i s é r i c o r d e qui p r e n d sa source
au b a s de celte m o n t a g n e . U n e c o u p e d ' a r g e n t était
là. Le S e i g n e u r lui dit : « F a i s boire l'eau de celle
s o u r c e à qui tu v o u d r a s . » Elle lui r é p o n d i t : « Mon
S e i g n e u r , j e v o u s en prie, faites-le p o u r moi, j e non
suis g u è r e c a p a b l e , tant j e me sens faible et infirme. »
Ce furent les anges qui p r i r e n t sa place et offrirent à
b o i r e de cette fontaine, d ' a b o r d à la glorieuse Vierge
M a r i e , p o u r l ' a c c r o i s s e m e n t de sa b é a t i t u d e . E l p e n -
d a n t qu'elle b u v a i t , c h a q u e goutte en d e s c e n d a n t dans
sa gorge r é s o n n a i t d'une m a n i è r e si h a r m o n i e u s e que
les citoyens de la n o u v e l l e J é r u s a l e m en tressaillaient
d ' u n e n o u v e l l e j u b i l a t i o n . Ils firent b o i r e ensuite les
p a t r i a r c h e s , les p r o p h è t e s , les a p ô t r e s , les m a r t y r s ,
les confesseurs, les v i e r g e s , les v e u v e s , ceux qui
avaient été m a r i é s el tous les citoyens du ciel. El tou-
jours c h a q u e goulle a b s o r b é e p a r les saints résonnait
toujours en l ' h o n n e u r de Dieu, c o m m e n o u s l'avons
dit à p r o p o s de la Vierge Marie.
E n s u i t e les antjes firent boire de la sm:^;,c source
de m i s é r i c o r d e à l'Eglise militante. D'abord au Sei-
g n e u r a p o s t o l i q u e , aux c a r d i n a u x , aux a r c h e v ê q u e s ,
206* LE E l V U E D E LA GRACE SPÉCIALE.

aux é v o q u e s et à tous les religieux ; puis à l ' e m p e -


r e u r , a u x r o i s , a u x p r i n c e s , a u x juges el p a s t e u r s d e s
â m e s , en un mot, â tous ceux qui vivent s u r lh t e r r e .
Enfin les a n g e s , toujours cn lieu et p l a c e tic l ' a m a n t e
du Christ, firent b o i r e de celle m ê m e fontaine d e m i s é -
r i c o r d e a u x à m c s d u p u r g a t o i r e . T o u t e s se d é s a l t é r a i e n t ,
mais toutes ne faisaient p a s r é s o n n e r en elle cette
suave h a r m o n i e e n t e n d u e à t r a v e r s les élus de l'Eglise
triomphante.
P o u r a c h e v e r , le S e i g n e u r l u i - m ê m e p r é s e n t a à b o i r e
aux m e m b r e s de l'Eglise t r i o m p h a n t e et à c e u x d e
l'Eglise militante, un n e c t a r q u i se d é v e r s a i t de s o n
C œ u r d a n s u n e petite c o u p e faite d e s p r i è r e s d e sa
servante.

CHAPITRE XXIX.

E N C O R E LA F O N T A I N E DE MISÉRICORDE,

A nuit s u i v a n t e , c o n d u i t e d e n o u v e a u en e s p r i t à
L cette fontaine de m i s é r i c o r d e , elle vit b o u i l l o n n e r ,
s o r t a n t d e la m ê m e s o u r c e , la veine d'eau très a b o n -
d a n t e d e l ' h u m b l e r e c o n n a i s s a n c e . Ce c o u r s d ' e a u ,
a p r è s a v o i r t r a v e r s é le C œ u r d e J é s u s - C h r i s t , r e t o u r -
nait aussi p u r v e r s sa s o u r c e . E t ceci doit s ' e n t e n d r e
de la m a n i è r e s u i v a n t e : p u i s q u e les d o n s de D i e u
sont d i v e r s et q u e tous les h o m m e s n ' o n t p a s la m ê m e
g r â c e , vu la division des d o n s , c h a c u n doit veiller
s o i g n e u s e m e n t s u r le d o n q u i lui a été conféré p a r
D i e u , et le faire r e m o n t e r à Dieu p a r la r e c o n n a i s -
sance, s ' e s t i m a n t i n d i g n e d e toute g r â c e et m ê m e de
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXX. 207

la vie. Q u e c h a c u n d e m e u r e en sa p r o p r e abjection
el dise t o u j o u r s : J e suis a u - d e s s o u s de v o t r e pitié.
P e r s o n n e ne doit d é s i r e r p o u r soi-même plus de bien-
faits, sinon p o u r la gloire de Dieu. Q u e l'on tienne
p o u r certain q u e tout ce qui a r r i v e de j o y e u x ou de
fâcheux vient toujours de l'extrême c h a r i l é de Dieu
p o u r ses c r é a t u r e s A u s s i doit-on, a v e c r e c o n n a i s -
s a n c e et en u n i o n d'action de grâces avec J é s u s -
C h r i s t , p a r son C œ u r 1res saint faire r e m o n t e r v e r s
D i e u , qui est l e u r o r i g i n e , tous les d o n s q u ' o n a r e ç u s
de lui.
U n e a u t r e fois, elle vit le Seigneur J é s u s assis clans
les h a u t e u r s à la droite de la divine Majesté et accom-
p l i s s a n t la purification des p é c h é s L e s s œ u r s , le
c œ u r c o n t r i t et l'esprit h u m i l i é , v e n a i e n t se confesser;
le S e i g n e u r J é s u s enlaçait c h a c u n e de son b r a s
d r o i t et a n é a n t i s s a i t en l u i - m ê m e tous les péchés
a v o u é s , de telle s o r t e q u e ces fautes s e m b l a i e n t n'avoir
j a m a i s existé. Q u a n d c h a q u e s œ u r était ainsi purifiée,
il la p r é s e n t a i t au P è r e céleste, qui l'enveloppait d'un
r e g a r d b i e n v e i l l a n t et lui disait : « L a droite de m o n
J u s t e t'a r e ç u e en parfaite réconciliation. »

CHAPITRE XXX.

2(>. COMMENT LE S E I G N E U R LA GUIiRTT.

q u a r a n t e j o u r s de maladie et de continuelles
A PRÈS
d o u l e u r s de tête, elle se vit enfin de n o u v e a u ,
avec le S e i g n e u r , d a n s la c a m p a g n e fleurie el elle lui
dit : « O t r è s d o u x F i a n c é , donnez-moi votre b é n é -
208 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

diction, c o m m e j a d i s à v o t r e s e r v i t e u r J a c o b . » ïl la
bénit d e la main avec b o n t é cl dit en m ê m e t e m p s :
« Sois s a i n e d e c o r p s et d'Ame. » E l l e sentit sa d o u -
l e u r se c a l m e r s u r - l e - c h a m p T o u t e joyeuse* clic
d e m a n d a à la sainte Vierge et à tous lew s a i n t s de
louer e n s e m b l e le B i e n - A i m é d e son â m e p o u r le b i e n -
lait qu'il venait de lui a c c o r d e r . E t t o u s , la b i e n h e u -
r e u s e Vierge ayant c o m m e n c é , e n t o n n è r e n t de nou-
veaux c a n t i q u e s de l o u a n g e p o u r les bienfaits q u e
celte â m e avait r e ç u s de D i e u .
D è s ce m o m e n t , elle se t r o u v a mieux ; m a i s elle ne
se r é t a b l i t p a s tout à fait, c a r elle se livrait a v e c t a n t
d ' a r d e u r a u x exercices s p i r i t u e l s q u e ses forces n'y
p o u v a i e n t suffire.

CHAPITRE XXXI.

27. PUISSANCE D E L'AMOUR.

NE a u t r e fois, c o m m e elle p e n s a i t a v e c action de


U g r â c e s à la p u i s s a n c e de l ' a m o u r divin q u i , du
sein du P è r e , a fait d e s c e n d r e le C h r i s t au sein de sa
M è r e , le S e i g n e u r lui dit : « Me voici ; j e me m e t s en
la p u i s s a n c e de ton â m e p o u r être ton captif, p o u r
que tu o r d o n n e s de moi tout ce que tu v o u d r a s . T e l
q u ' u n p r i s o n n i e r qui ne p e u t r i e n s a n s le c o m m a n -
d e m e n t de son m a î t r e , j e serai à tes o r d r e s . Ce fut
avec u n e g r a t i t u d e p r o f o n d e qu'elle écouta ces p a r o l e s
de si g r a n d e c o n d e s c e n d a n c e , p u i s elle s o n g e a à ce
qu'elle devrait d e m a n d e r à la bonté du S e i g n e u r .
L a solennité de P â q u e s était p r o c h e ; d e p u i s TAvcnt
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXI. 209
du S e i g n e u r , excepté la Vigile et le j o u r de la Nativité
du Christ, ses d o u l e u r s continuelles l'avaient e m p ê c h é e
de se r e n d r e au c h œ u r ; elle n'avait d o n c a u c u n désir
plus v é h é m e n t q u e celui d e la s a n t é . C e p e n d a n t ,
r a m e n é e à e l l e - m ê m e p a r sa fidélité si parfaite e n v e r s
D i e u , elle r é p o n d i t au S e i g n e u r : « O le phis doux et
le plus c h e r à m o n a m e , si je pouvais m a i n t e n a n t
r e c o u v r e r toute la v i g u e u r et la santé que j'ai jamais
e u e s , je ne le v o u d r a i s p a s . Ce que je veux seulement,
c'est n ' ê t r e j a m a i s cn d é s a c c o r d avec voire volonté,
c'est vouloir toujours avec v o u s tout ce q u e v o u s
v o u d r e z et ferez p o u r moi de pénible ou d'agréable. »
A u s s i t ô t il lui s e m b l a q u e le Seigneur l'entourait de
son b r a s g a u c h e et lui inclinait la tète sur sa poitrine
en d i s a n t : « P u i s q u e tu veux tout ce que je veux, j e
tiendrai t o u j o u r s ton â m e e m b r a s s é e , j ' a t t i r e r a i cn
m o i t o u t e s les d o u l e u r s d e la tête et j e les sanctifierai
p a r mes souffrances. »
O n p o u r r a i t é c r i r e b e a u c o u p d ' a u t r e s choses s u r
1
ce qui se p a s s a d u r a n t celle m a l a d i e ; mais n o u s les
o m e t t o n s p a r c e q u e , d a n s ses récits souvent i n t e r -
r o m p u s ou d o n n é s p a r l a m b e a u x , elle s u p p r i m a i t par-
fois le m e i l l e u r , c o m m e elle le déclarait e l l e - m ê m e .
E l l e disait en effet: « T o u t ce que j e vous r a c o n t e
n'est q u e d u v e n t en c o m p a r a i s o n de ce que je ne puis
e x p r i m e r p a r des m o t s . » Parfois aussi elle parlait si
bas que n o u s ne p o u v i o n s bien la c o m p r e n d r e . C'est
p o u r q u o i , n o u s n ' a v o n s r i e n ajouté à ce q u e n o u s
a v o n s v é r i t a b l e m e n t entendu et soigneusement c o n -
s e r v é , p o u r la l o u a n g e d c D i c u et l'utilité du p r o c h a i n .

1. M a l a d i e q u i d u r a d e PAvcnl 1290 j u s q u ' à la Fric de P â q u e s


s u i v a n t e 1291. C'est d a n s cet i n t e r v a l l e q u e m o u r u t l'nbbesse G e r -
lrude.
2!0 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE XXXII.

28. RU LEMRKASSEMENT ET DU CŒUR DU SEIGNEUR.

sa m a l a d i e , elle se plaignit u n j o u r à
P ENDANT
Dieu d e ne p o u v o i r aller au c h œ u r et a c c o m p l i r
a u c u n e b o n n e œ u v r e , el il lui s e m b l a (pie le S e i g n e u r
r e p o s a i t a u p r è s d'elle s u r sa c o u c h e , la t e n a n t de son
b r a s g a u c h e , en s o r t e q u e la plaie de s o n très doux
C œ u r s ' a p p l i q u a i t s u r le c œ u r de sa b i e n - a i m é c . P u i s
il lui dit : « L o r s q u e tu es m a l a d e , j e le tiens d e m o n
b r a s g a u c h e , mais q u a n d tu es en s a n l é , c'est de mon
b r a s d r o i t . Sache p o u r t a n t bien q u ' e n l a c é e de ma
g a u c h e , t u es b e a u c o u p p l u s r a p p r o c h é e d e m o n
C œ u r . ))

C H A P I T R E XXXIII.

29. COMMENT ON PEUT PRÉPARER SON CŒUR POUR QUE


DIEU Y HABITE.

N s a m e d i , p e n d a n t la m e s s e Salve sancla Parens,


U elle dit au S e i g n e u r : a O h ! si je p o u v a i s p o u r v o t r e
a m o u r , Dieu très a i m a b l e , exalter en ce m o m e n t v o t r e
glorieuse M è r e p a r mes l o u a n g e s et lui faire h o n n e u r
de p r é s e n t s r o y a u x plus s p l c n d i d e s q u e j a m a i s reine
n en a r e ç u s ! » Le S e i g n e u r aussitôt fil u n signe à deux
a n g e s , c o m m e p o u r se faire a p p o r t e r q u e l q u e objet.
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXIV. 211

Ils p a r t i r e n t et r a p p o r t è r e n t une sorte de s a c b l a n c


qu'ils d é p o s è r e n t d e v a n t le S e i g n e u r . Ce sac contenait
les b o n n e s œ u v r e s de celle-ci. P a r m i d'autres j o y a u x ,
le S e i g n e u r p r i t u n e croix d'or qui figurait les souf-
frances Ï puis il choisit e n c o r e un lis magnifique qu'il
attachât s u r sa poitrine en g u i s e d ' o r n e m e n t .
C e p e n d a n t l'Ame, ravie de cette scène, dit a son S e i -
g n e u r : « () R i e n - A i m é de mon c œ u r , c o m m e je v o u -
d r a i s Faire de ce c œ u r le cadeau le plus riche et le
plus digne de v o u s ! » Le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « T u
ne p o u r r a s j a m a i s t r o u v e r un p r é s e n t qui me soit p l u s
a g r é a b l e q u ' u n e petite m a i s o n établie d a n s ce c œ u r ,
afin que j ' y habite s a n s cesse et que j ' y p r e n n e mes
délices Cette maison n ' a u r a en tout q u ' u n e fenêtre
p a r où je p a r l e r a i et d i s t r i b u e r a i mes d o n s aux
h o m m e s . » Elle c o m p r i t q u e cette fenêtre figurait sa
bouche d o n t elle devait se s e r v i r p o u r d i s t r i b u e r la
parole de Dieu et p o u r e n s e i g n e r ou c o n s o l e r ceux
qui v i e n d r a i e n t à elle.

CHAPITRE XXXIV.

30. COMMENT 1,'AME P E U T S E S E R V I R D E S S E N S D U S E I G N E U R .

- ^ E E E priait une fois le S e i g n e u r de lui d o n n e r quel-


1 q u e c h o s e qui g a r d â t continuellement son s o u -
venir v i v a n t en elle. Voici c o m m e n t il répondît à celle
d e m a n d e : « J e le d o n n e m e s yeux p o u r que lu voies
toutes c h o s e s p a r eux, cl mes oreilles p o u r c o m p r e n -
dre p a r elles tout ce que tu e n t e n d s . J e le d o n n e aussi
ma b o u c h e afin q u e tu fasses p a s s e r p a r elle tes
212 LE LIVRE D E LA GRACE S P É C I A L E .

p a r o l e s , tes p r i è r e s et tes c h a n t s . J e te d o n n e mon


C œ u r afin que p a r lui tu p e n s e s , q u e p a r lui tu m ' a i m e s ,
moi, et toutes c h o s e s à c a u s e de m o i . D A ce d e r n i e r
mot, il attira en lui l a m e tout entière et se l'unit à tel
p o i n t qu'il lui s e m b l a i t v o i r p a r les y e u x de D i e u ,
e n t e n d r e p a r ses o r e i l l e s , p a r l e r p a r sa b o u c h e , enfin
n'avoir plus d ' a u t r e c œ u r q u e celui de D i e u .
A p r è s cette faveur il lui fut s o u v e n t d o n n é d ' é -
p r o u v e r ce m ê m e s e n t i m e n t .

COMMENT L'HOMME EST É L E V É A LA H A U T E U R INACCES-


S I R L E D E LA D I V I N E M A J E S T É .

E Seigneur lui dit ensuite : « P l u s tu t'éloignes d e s


L c r é a t u r e s , p l u s tu r e n o n c e s aux c o n s o l a t i o n s q u e
tu p o u r r a i s en r e c e v o i r , p l u s tu m o n t e s v e r s la h a u -
t e u r inaccessible de ma s o u v e r a i n e Majesté. P l u s ta
c h a r i t é s'étend s u r les c r é a t u r e s , p a r la c o m p a s s i o n
et la m i s é r i c o r d e , p l u s tu e n s e r r e s é t r o i t e m e n t et a v e c
tendresse mon incompréhensible largeur. Plus tu
r e s t e s humiliée a u - d e s s o u s de toute c r é a t u r e p a r le
m é p r i s de t o i - m ê m e , p l u s tu es p r o f o n d é m e n t plongée
en m o i , p o u r t ' e n i v r e r d a n s u n e p l u s d o u c e i n t i m i t é
au torrent de mes v o l u p t é s d i v i n e s . »

CHAPITRE XXXV.

31. COMMENT D I E U S'EMPARA D E CETTE AME TOUT EN-


T I È R E ; D E L'AMOUR ET DU R S A L T É R I O N A DIX C O R D E S .

moMME elle r e c h e r c h a i t u n e fois a v e c a r d e u r le


Bien-Aimé de s o n â m e , celui q u i n o n s e u l e m e n t
DEUXIÈME PARTIE. C H A P I T R E XXXV, 2 1 3

exauce niais e n c o r e d a i g n e p r é v e n i r le désir d u p a u -


v r e , elle J entendit c h a n t e r cet appel d'une voix d o u c e
et forte : « Veni, dileela mea, ad me. Viens à m o i , ô ma
b i e n - a i m é e . » O r la voix d u S e i g n e u r était si s o n o r e
q u e tout le ciel en r é s o n n a j u s q u ' e n ses p r o f o n d e u r s .
E l l e c o m p r i t que les e x t r é m i t é s des cieux d é s i g n e n t
les â m e s qui a p p l a u d i s s e n t j o y e u s e m e n t à la voix du
Seigneur.
C e p e n d a n t l'ame ainsi a p p e l é e se présenta aussitôt,
et se tint d e b o u t cn p r é s e n c e du B i e n - A i m é assis s u r
un t r ô n e merveilleux et très élevé. Les c o l o n n e s de ce
siège étaient d ' a m b r e , l e u r s chapiteaux d ' é m e r a u d e
et l e u r s b a s e s de s a p h i r . L ' é i n c r a u d e signifiait la
j e u n e s s e d e l'éternité, et le s a p h i r la noblesse et l'ex-
cellence de la Divinité.
L ' A m o u r , s o u s la figure d ' u n e vierge très belle, se
p r o m e n a i t a u t o u r du t r ô n e en c h a n t a n t : « Gijrnm cœh
1
eireuivi sala : J'ai seule fait le t o u r du ciel ». P a r ces
p a r o l e s , elle c o m p r i t c o m m e n t l'amour seul avait pu
r e n d r e esclave la t o u t e - p u i s s a n c e de la divine majesté,
r e n d r e folle, p o u r ainsi d i r e , l'insondable sagesse, et
r é p a n d r e p a r effusions sa s u a v e bonté t o u t e n t i è r e .
C'est lui aussi qui a v a i n c u les r i g u e u r s de la divine
justice, les a changées en d o u c e u r , p o u r a b a i s s e r le
S e i g n e u r d e gloire j u s q u e d a n s l'exil de n o t r e m i s è r e .
P a r la p a r o l e s u i v a n t e : « el in Jluclibus maris ambulavi,
et j ' a i m a r c h é s u r les Ilots d e la m e r », d i e a p p r i t
c o m m e n t , a v a n t la loi, s o u s la loi et sous la g r â c e ,
tous ceux q u i , p a r a m o u r , d e m e u r è r e n t fidèles à Dieu
d a n s l e u r s t r i b u l a t i o n s , a v a i e n t t r i o m p h é de tous les
obstacles ef de tous leurs vices par la force de 1 a m o u r .

1
1. R é p o n s d u II ' N o c t u r n e a u x d i m a n c h e s du m o i s d a o û l .
214 LU LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE*

Et l ' A m o u r c o n t i n u a i t a c h a n t e r : « Audit cuin in


(p/rosedis, etc.: elle entend a u t o u r du t r o n c . » Elle
comprit c o m m e n t les saints c h a n t e n t m a i n t e n a n t les
g r a n d e s œ u v r e s accomplies e n eux p a r le S e i g n e u r ,
c'est-à-dire leur élection par s o n i m p é n é t r a b l e sagesse ;
leur justification gratuite a c c o m p a g n é e du don de la
grâce ; l e u r d é l i v r a n c e de toute m i s è r e par cet
a m o u r p u i s s a n t el fort qui a l'ail s e r v i r à l e u r salut le
mal c o m m e le bien. Dieu a g r é e cette l o u a n g e des saints
aussi v o l o n t i e r s q u e s'ils ne tenaient pas de l u i - m e u t e
tous ces b i e n s . L e s s a i n t s , d e l e u r c o t é , n e r e n d e n t
gloire qu'à D i e u s e u l .
L ' A m o u r lui paraissait ê t r e e n c o r e à la d r o i t e de
Dieu, l o r s q u e du C œ u r divin sortit un i n s t r u m e n t
mélodieux t o u r n é vers le c œ u r de celle vierge :
c e l a i t u n p s a l l é r i o n à dix c o r d e s qui r a p p e l a i t le
mot du p s a u m e : Je vous louerai sur le psallérion à
dix cordes ( P s . x x x n , 2). Neuf de ces c o r d e s r e p r é -
sentaient les neuf c h œ u r s des a n g e s p a r m i lesquels est
r a n g é le p e u p l e des s a i n t s . La d i x i è m e c o r d e r e p r é -
sentait le S e i g n e u r l u i - m ê m e , r o i d e s anges et
sanctificateur de tous les s a i n t s . L ' â m e a l o r s , p r o s -
ternée d e v a n t le S e i g n e u r , l o u c h a l é g è r e m e n t la p r e -
mière c o r d e el le loua p a r ces mots : « Te Dcum
1
Patrcm imjcnitum : V o u s , ô D i e u , P è r e non en-
g e n d r é ». A la s e c o n d e c o r d e , elle c o n t i n u a : « Te
Filium nnijjenitum : v o u s , o Eils, seul e n g e n d r é » ;
puis à Ift troisième : « Te Spîritum Paraclitum: vous,
Saint-Esprit P a r a c l e t » ; à la q u a t r i è m e : « Saucium et
indwiduant Trinilalem, sainte el indivisible T r i n i t é » ;
à la c i n q u i è m e : « tolo corde el ore conjilemur : n o u s

1« A n t i e n n e d e Magnificat à la lele de lu très suinte T r i n i t é .


DEUXIÈME PARTIE, CHAPITRE XXXV. 2 1 5

v o u s confessons d e c œ u r c l d e h o u c h e » ; à la sixième l
« laudamns : n o u s v o u s l o u o n s » ; à la septième :
« nique benedicitnus : et n o u s vous b é n i s s o n s » ; à la
h u i t i è m e « Tibi e/loria : à v o u s gloire »; à la neu-
v i è m e : « in siecula ; p o u r les siècles ». Mais s u r la
dixième c o r d e elle ne pul r i e n c h a u l e r , p a r c e qu'elle
ne pouvait e n c o r e a t t e i n d r e la s u p r ê m e élévation de
Dieu.
E n s u i t e elle vil s u r la poitrine du S e i g n e u r un
m i r o i r t r a n s p a r e n t , d a n s lequel apparaissait une face
d ' h o m m e r e s s e m b l a n t au d i s q u e de la l u n e . D a n s sa
s u r p r i s e , elle se d e m a n d a i t ce q u e cela p o u v a i t signi-
fier, l o r s q u e le Seigneur lui d i t : ((Que ceci l ' i n s t r u i s e » .
A u s s i t ô t elle comprit q u e lui seul est l'éternelle sagesse
désignée p a r les y ux, s a g e s s e qui sait tout au ciel et
s u r la terre, qui seule se c o n n a î t et se voit parfaitement
elle-même et que nulle c r é a t u r e ne peut c o m p r e n d r e .
«. Q u i l'enseigne ainsi ? » r e p r i t le S e i g n e u r . « C'est
v o u s , ô d i s t r i b u t e u r d e t o u s l e s biens, r é p o n d i t - e l l e ,
vous qui enseignez la science à l ' h o m m e et lui ins-
p i r e z toute sagesse. »
E l l e c o m p r i t , cn c o n s i d é r a n t la bouche de celte face
m e r v e i l l e u s e , q u e Dieu est i n c o m p r é h e n s i b l e dans sa
t o u t e - p u i s s a n c e , q u e le ciel el la t e r r e r é u n i s n e
suffisent pas à le louer p l e i n e m e n t . Lui seul peut être
u n e l o u a n g e a d é q u a t e à lui-même, lui qui connaît
r e t e n d u e de l ' a m o u r a v e c lequel il se d o n n e à l'ame
a i m a n t e , el s'offre c h a q u e j o u r s u r l'autel, c o m m e vic-
time, à Dieu le P è r e , p o u r le salut des fidèles, d a n s un
m y s t è r e c a c h é aux investigations profondes des Séra-
p h i n s , des C h é r u b i n s cl de toutes les V e r t u s des cieux.
Le S e i g n e u r prit de nouveau la parole : «t El ceci, qui te
l'a a p p r i s ?» Elle r é p o n d i t : « Vous, ô le m e i l l e u r des
216 LE LIV1ÏE D E LA GRACE SPÉCIALE.

m a î t r e s , a u t e u r de toute b o n t é , vraie lumière qui


illuminez tout h o m m e venant en ce m o n d e . »
A l o r s cette m u e se p e n c h a s u r la poitrine de son
très cher S e i g n e u r , le l o u a n t de t o u t e s ses forces en
lui-même *ct ;>ar l u i - m ê m e , a v e c t r a n s p o r t et affection.
P l u s elle le louait en s ' u u i s s a n l à lui, plus eU°. défail-
lait en elle-même j u s q u ' à se t r o u v e r a n é a n t i e . C o m m e
la cire qui fond à l ' a p p r o c h e du feu, ainsi elle se
liquéfiait p o u r ainsi dire cl passait en Dieu, h e u r e u -
sement unie à lui et e n c h a î n é e p a r le lien d ' u n e
indissoluble u n i o n . Cet étal lui faisait s o u h a i t e r q u e
t o u s , au ciel et s u r la t e r r e , d e v i n s s e n t p a r t i c i p a n t s d e
la g r â c e divine. Elle saisit d o n c la m a i n du S e i g n e u r
cl lui fit tracer une croix assez g r a n d e p o u r e m b r a s s e r
le ciel et la t e r r e . Cette a c t i o n , q u i a c c r u t la joie des
h a b i t a n t s des cieux, p r o c u r a a u s s i le p a r d o n aux cou-
p a b l e s , la c o n s o l a t i o n aux affligés, forcect p e r s é v é r a n c e
aux justes, enfin s o u l a g e m e n t et d é l i v r a n c e aux â m e s
r e t e n u e s d a n s le p u r g a t o i r e .

CHAPITRE XXXVL

32. COMMENT ON DOIT CONFIER SES PEINES A DIEU. —


TOUT RIEN DÉCOULE DE LA BONTÉ DU CŒUR DIVIN.
— HONNEURS PARTICULIERS RENDUS AUX VIEROES
DAN^ LE CIEL.

NE a u t r e fois, c o m m e elle p e n s a i t q u e sa m a l a d i e
U la rendait inutile et que ses souffrances restaient
sans fruit, le S e i g n e u r lui d i t : « D é p o s e toutes tes
peines dans m o n C œ u r , et je leur d o n n e r a i le perfee-
DEUXIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXXVI 217
t i o n n c m c n l le plus a b s o l u q u e puisse p o s s é d e r la
souffrance. C o m m e ma D i v i n i t é a attiré à soi les souf-
frances de mon H u m a n i t é et les a failes s i e n n e s , ainsi
je t r a n s p o r t e r a i tes p e i n e s d a n s ma Divinité, je les
u n i r a i à aia P a s s i o n , et je te ferai p a r t i c i p e r à cette
gloire que Dieu le P è r e a conférée à ma sainte H u m a -
nité p o u r toutes ses souffrances. Confie d o n c c h a c u n e
de tes peines à l ' a m o u r en disant : « O a m o u r , je te les
d o n n e d a n s l'intention q u e tu as eue en me les a p p o r -
tant du C œ u r de Dieu, el j e le d e m a n d e de les y
r e p o r t e r perfectionnées p a r u n e s o u v e r a i n e r e c o n n a i s -
sance. »
« L o r s q u e tu désires m e l o u e r el que la maladie y met
o b s t a c l e , prie p o u r q u e j ' e x a l t e el bénisse Dieu le
P è r e d a n s les peines, c o m m e j e l'ai fait s u r la croix, au
milieu de m e s p r o p r e s souffrances. R e m e r c i e avec la
g r a t i t u d e dont je l'ai r e m e r c i é d'avoir décrété ma
P a s s i o n p o u r le salut du m o n d e ; aime avec l'amour
qui m'a fait tout souffrir v o l o n t i e r s et l i b r e m e n t . Ma
P a s s i o n a p o r t é des fruits infinis au ciel et s u r la t e r r e ;
ainsi tes p e i n e s , les t r i b u l a t i o n s remises à moi-même
et u n i e s à ma P a s s i o n s e r o n t tellement fructueuses
qu'elles p r o c u r e r o n t a u x é l u s plus de gloire, aux
j u s t e s , u n nouveau m é r i t e ; a u x p é c h e u r s , le p a r d o n ; et
aux â m e s du p u r g a t o i r e , l'allégement de l e u r p e i n e .
Q u ' y a-t-il, en effet, q u e m o n C œ u r divin ne puisse
r e n d r e meilleur, p u i s q u e tout bien au ciel et s u r la t e r r e
d é c o u l e de la bonté de m o n C œ u r ? » E t il lui m o n t r a
t o u s les o r d r e s des s a i n t s a v e c leur gloire et leur
inestimahiV dignité, d i s a n t : « Voilà les g r a n d e s choses
que la b o n t é de m o n C œ u r a, opérées d a n s les
p r o p h è t e s , d a n s les a p ô t r e s et d a n s tous les s a i n t s .
C o m m e elle a d i g n e m e n t achevé l e u r s œ u v r e s 1
218 LE LIVRE ni; LA GRACE SPÉCIALE.

Comme elle les n r é c o m p e n s é s nu delà de leurs


mérites I »
T a n d i s qu'elle c o n s i d é r a i t ainsi avec b o n h e u r la
gloire : e s s a i n t s , elle a p e r ç u t les vierges ; et, plus r a v i e
encore de leur beauté el de l e u r b o n h e u r q u e de loul
le reste, file dit au Seigneur : « A h I m o n S e i g n e u r ,
p u i s q u e p a r un a m o u r g r a t u i t v o u s accordez tant
d'iu . m e u r s aux vierges, d i t e s - m o i , je v o u s prie, la
plus g r a n d e joie que vous p r e n e z en elles. » El le
Seigneur lui répondit : « A h ! lu veux c o m p r e n d r e la
p l u s g r a n d e et lu n é s m ê m e pas a p t e à c o m p r e n d r e la
plus petite en celte v i e ! T o u t e f o i s j e t'en a p p r e n d r a i
q u e l q u e c h o s e : Dieu m o n P è r e aime tellement
c h a q u e vierge qu'il attend s o n a r r i v é e avec plus d e
joie q u e j a m a i s roi n'attendit la fiancée de son fils
u n i q u e , d o n t i n e s p é r é avoir u n h é r i t i e r i l l u s t r e . D o n c ,
dès q u e la nouvelle a retenti : Voici u n e vierge ! toutes
l e s d i g n i t é s d u ciel s'ébranlent a v e c j o i e , et les p r e m i e r s
pas que fait la vierge d a n s les p a r v i s célestes r é -
s o n n e n t c o m m e le son p r o l o n g é d e la t r o m p e t t e ,
t r a n s p o r t e n t d'allégresse tous les saints et l e u r fait
c h a n t e r avec h a r m o n i e à sa l o u a n g e : Quelle esl belle
sa démarche ! (Gant, v u , 1 . ) M o i - m ê m e , je m ' e m p r e s s e
de me lever et d'aller a u - d c v a n l d ' e l l e , l'appelant p a r
ces p a r o l e s : Viens, mon amie, viens, mon épouse; viens
recevoir la couronne (Ibid. iv, 8). E l m a voix a l o r s esl
d'une telle a m p l e u r qu'elle r é s o n n e d a n s le ciel entier,
qu'elle p é n è t r e et les anges et les â m e s des s a i n t s
comme des o r g u e s q u i r é p o n d e n t aux accents de ma
voix,
« A r r i v é e e n ma p r é s e n c e la vierge se r e g a r d e
d a n s mes y e u x , el moi je me r e g a r d e d a n s les s i e n s ,
c o m m e en un m i r o i r . N o u s n o u s c o n t e m p l o n s ainsi
DEUXIÈME PARTIE. C H A P I T R E XXXVÏÎ. 210

l'un d a n s 1 a u t r e avec r a v i s s e m e n t . P u i s , d a n s une


a m o u r e u s e étreinte, je m ' i m p r i m e en elle, je la r e m p l i s
et la p é n è t r e de m a D i v i n i t é tout entière. Q u e l l e q u e
soit sa situation, je p a r a i s è l r e tout entier d a n s tous
ses n o m b r e s , et r é c i p r o q u e m e n t je Taltire^en m o i ,
si bien q u ' o n la voit p a r t o u t , glorieuse au d e d a n s
de m o i - m ê m e . D e p l u s , je me fais m o i - m ê m e sa
c o u r o n n e , p a r u r e digne de l'épouse légitime que je
veux o r n e r . Le S a i n t - E s p r i t la pénètre aussi de la
s u r a b o n d a n c e de sa d o u c e u r , de sa bonté, qui l'im-
p r è g n e c o m m e se t r e m p e u n e mie de pain noyée dans
un vin p u r . Elle devient d o n c aimable el r a v i s s a n t e
p o u r tous les h a b i t a n t s d u ciel. »

CHAPITRE XXXVII.

33. QUELLES SONT LES VIERGES VRAIMENT P U R E S .

N j o u r qu'elle r e n d a i t g r â c e s à Dieu p o u r ses libé-


U ralités à son é g a r d , le Seigneur lui dit : « R e m e r c i e
d ' a b o r d p o u r tout ce q u e j ' a i d o n n é à ma M è r e et aux
a n g e s ». E l l e obéit s u r d e - c h a m p , r e n d a n t g r â c e s de ce
q u e D i e u avait choisi M a r i e dès l'éternité, de préférence
à d ' a u t r e s , et l'avait p r é p a r é e à devenir sa très digne
M è r e en /a sanctifiant dès son origine au sein de sa
m è r e ; puis e n c o r e de ce qu'il l'avait c o n d u i t e p e n d a n t
son enfance et sa j e u n e s s e , si bien qu'elle ne commit
j a m a i s de p é c h é et r e ç u t la p r e m i è r e , de l ' E s p r i t Saint,
l ' i n s p i r a t i o n d ' é m e t t r e le v œ u de parfaite chasteté.
A p r è s cette l o u a n g e , le S e i g n e u r reprit : « De tout ce
q u i est c r é é au ciel et s u r la t e r r e j e n'aime rien tant
220 LE U V K E D E LA GRÂCE SPÉCIALE.

q u e la p u r e t é virginale ». Mais elle : « O S e i g n e u r , s'il


en est ainsi, j e v o u s prie de n i e d i r e quelles s o n t les
vierges assez p u r e s p o u r s ' a t t i r e r v o s p r é f é r e n c e s . » Il
r é p o n d i t : « Celles q u ' u n d é s i r ou u n e v o l o n t é quel
c o n q u e de p e r d r e l e u r v i r g i n i t é n ' a j a m a i s souillées. —
A l o r s , dit-elle, q u e feront celles q u i sont c o u p a b l e s
de n é g l i g e n c e ? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Qu'elles se
purifient p a r la p é n i t e n c e et la confession ; elles a u r o n t
société, d a n s u n e g r a n d e joie et consolation, avec les
vierges parfaitement p u r e s M a ï s q u a n t à ces délices
intimes qui d é b o r d e n t des t o r r e n t s de ma D i v i n i t é ,
elles ne p o u r r o n t les r e s s e n t i r . »

CHAPITRE XXXVIII.

34. D E S A R R H E S OU F I A N Ç A I L L E S D E LA V I R G I N I T É

A R e i n e d e s vierges se m o n t r a u n e fois à elle,


L revêtue d ' u n m a n t e a u d ' o r , b r o c h é de c o l o m b e s
r o u g e s , p l a c é e s deux à deux, t o u r n é e s Tune v e r s l ' a u t r e
et t e n a n t d a n s l e u r b e c un lis v e r d o y a n t . E l l e c o m p r i t
q u e ce m a n t e a u d ' o r signifiait le t r è s a r d e n t a m o u r d e
Dieu qui a t o u j o u r s e m b r a s é la V i e r g e M a r i e , t a n d i s
q u e les o i s e a u x r o u g e s figuraient bien sa patience a u s s i
i n v i n c i b l e q u e celle d'une d o u c e colombe p a r m i
toutes les a d v e r s i t é s . L e lis r e p r é s e n t a i t le magnifique
et noble fruit d e ses v e r t u s et de ses œ u v r e s . P o u r
s e r r e r son m a n t e a u , la Vierge p o r t a i t u n e c e i n t u r e d ' o r ,
d'où p e n d a i e n t des a n n e a u x de m ê m e métal, r a t t a c h é s
l'un à l'autre p a r des c h a î n e t t e s ; les r u b i s qui o r n a i e n t
les a n n e a u x se t r o u v a i e n t d o n c t o u r n é s v e r s la t e r r e .
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXIX. 221

L e s a n n e a u x signifiaient, les a r r h e s des fiançailles de


t o u t e s les vierges qui s o n t unies à Dieu par le v œ u de
c h a s t e t é . Ils étaient ainsi s u s p e n d u s à la c e i n t u r e de la
M è r e du„Seigneur, p a r c e que la bénigne Vierge con-
s e r v e , p^r a m o u r , avec un soin m a t e r n e l , lea */igcs qui
a p p a r t i e n n e n t aux v i e r g e s , ses dévouées s e r v a n t e s ; et
elle r e m e t à c h a c u n e au j o u r de sa m o r t les a r r h e s
i m m a c u l é e s qui lui ont été confiées, en p r é s e n c e du
Seigneur. L a c o u l e u r des r u b i s enseignait que le
Roi de gloire, J é s u s - C h r i s t . l ' E p o u x des vierges,
d é c o r e de son p r o p r e sang les a r r h e s des vierges
sacrées. Ces p i e r r e s e n c h â s s é e s sont t o u r n é e s vers la
t e r r e p a r c e que nulle vertu ne sera jugée digne de
r é c o m p e n s e si elle n'est e n n o b l i e p a r l'exercice des
travaux m a n u e l s .

CHAPITRE XXXIX.

35. COMMENT LE CHRIST SE REVET DES SOUFFRANCES


QU'ON ENDURE ET LES OFFRE A SON PÈRE UNIES A SA
PASSION.

q u e sa m a l a d i e était p l u s p é n i b l e , le Sei-
P ENDANT
g n e u r J é s u s - C h r i s t v i n t à elle revêtu d u n e r o b e
b l a n c h e , s e r r é e par u n e c e i n t u r e tissue de soie verte à
losanges d'or, d o n t les b o u t s lui p e n d a i e n t j u s q u ' a u x
genoux. T o u t é t o n n é e , elle désirait savoir ce q u e cela
signifiait, q u a n d le S e i g n e u r le lui expliqua. « Voici
(jue je me revêts de tes souffrances, lui dit-il. La cein-
ture i n d i q u e que tu es e n t o u r é e de d o u l e u r s : elles
t'atteignent j u s q u ' a u x g e n o u x . Moi, j ' a b s o r b e r a i en
222 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

m o i - m ê m e Loulcs ces souffrances et j e les s u b i r a i en


toi. C est ainsi q u e j ' e n ferai u n e offrande très a g r é a b l e
à Dieu le P è r e , p a r c e q u e l l e s s e r o n t u n i e s à ma
P a s s i o n . J e serai avec toi j u s q u ' à ton d e r n i e r s o u p i r ,
et tu ne le r e n d r a s nulle p a r t a i l l e u r s q u e d a n s m o n
C œ u r , où tu ic r e p o s e r a s p o u r j a m a i s . J e r e c e v r a i
alors ton à me d a n s ma m a i s o n et en m o i - m ê m e a v e c
un si g r a n d a m o u r q u e toute la c o u r céleste en sera
ravie d ' a d m i r a t i o n . »

CHAPITRE XL.

3(5. COMMENT LA TRINITÉ OPÈRE DANS ï/AME.

cette maladie, a p r è s a v o i r c o m m u n i é , elle


P ENDANT

dit u n e fois au S e i g n e u r : « H é l a s I ô très d o u x


D i e u , c o m m e n t ai-jc pu v o u s a p p e l e r tout à l ' h e u r e
d a n s m o n â m e , s a n s p r i è r e s , s a n s a u c u n bien a c c o m -
pli a u p a r a v a n t ? » L e S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Mon
Père opère toujours jusqu'à cette heure, et moi aussi
fopère (Joli, v, 1 7 j ; m o n P è r e a c c o m p l i t en toi, p a r sa
p u i s s a n c e , u n e œ u v r e à l a q u e l l e les forces n e suffiraient
pas ; m o i , j ' o p è r e en loi, p a r m a sagesse, u n e œ u v r e
qui d é p a s s e ton i n t e l l i g e n c e ; et le S a i n t - E s p r i t , p a r
son i m m e n s e b o n t é , opère en loi une œ u v r e q u e lu
ne peux e n c o i e ni sentir ni g o ù l e r . »
DEUXIÈME PARTIE. CHAPITRE XL!

CHAPITRE XLL

37. LE CHRIST C O N S I D E R E COMME R E N D U S A Î.UI-MÈMh


LES SERVICES QU*ON REND A SA SERVANTE.

il lui était pénible d'accepter les services


f iOMME
y
d ' a u l r u i , et qu'elle c r a i g n a i t de recevoir t r o p de
s o u l a g e m e n t s , elle s'en plaignit au Seigneur, qui lui lit
cette r é p o n s e : « N e c r a i n s p a s , ne te trouble p a s , car
c'est moi qui s u p p o r t e v é r i t a b l e m e n t tout ce que lu
s o u t i r e s ; ainsi je c o n s i d è r e c o m m e d o n n é s à moi-
m ê m e les soins q u ' o n a p o u r loi ; je les r é c o m p e n -
s e r a i , c o m m e si j e les a v a i s r e ç u s . T o u s ceux qui
t ' a s s i s t e r o n t a la m o r t a v e c u n e tendre compassion
t o u c h e r o n t a u t a n t m o n C œ u r que s'ils m'avaient
suivi d a n s ma P a s s i o n , cn p r e n a n t pari à mes dou-
l e u r s . Ceux qui a s s i s t e r o n t a v e c piété à les funérailles
feront u n e action de m ê m e v a l e u r q u e s'ils m'avaient
h o n o r é d a n s ma s é p u l t u r e . »
C o m m e elle p r i a i t s p é c i a l e m e n t p o u r la s œ u r qui
la servait, le S e i g n e u r lui a p p a r u t avec une ceinture
entièrement g a r n i e de cercles d'or. ïl les lui m o n t r a en
disant : « Voici t o u s les p a s qu'elle a faits p o u r ton
s e r v i e . , ils s e r o n t en éternelle m é m o i r e devant moi
avec tout le reste de ses c o m p l a i s a n c e s p o u r toi. )>
P u i s le S e i g n e u r r e c o m m a n d a celle-ci à l ' A m o u r , afin
qu'il prît soin d'elle et la s e r v î t d a n s ses maladies. Elle
c o m p r i t alors q u e l ' a m o u r s e r t utilement l'Ame en
trois m a n i è r e s : d ' a b o r d , il p r é s e n t e fidèlement à Dieu
toutes les affaires confiées à l a m e . E n s u i t e il c o n s e r v e
224 M i L I V R E D E LA Gît ACE S P É C I A L E .

p r é c i e u s e m e n t , d a n s l'écrin du divin C œ u r , t o u t ce
q u e cette aine lui r e m e l , et il le lui r e n d à sa s o r t i e de
ce m o n d e a u g m e n t é et e n n o b l i . E n troisième lieu, il
lui d o n n e son s e c o u r s clans les t r a v a u x et les t r i b u l a -
t i o n s , y Vaide d a n s le bien et la défend c o n t r e le m a l .
P a r c o n s é q u e n t , l o r s q u ' o n se sent m o i n s dévot,
froid d a n s l ' a m o u r , loin d e Dieu, qu'on i n v o q u e
l ' A m o u r , q u ' o n le p r e n n e p o u r a m b a s s a d e u r en le
c h a r g e a n t d ' o b t e n i r la g r â c e ou le zèle de la d é v o t i o n .
De m ê m e , q u ' o n c h a r g e l ' A m o u r de g a r d e r le bien
q u ' o n peut a c c o m p l i r afin de le r e t r o u v e r ensuite g r a n -
d e m e n t a m é l i o r é E n tout l a b e u r et t r i b u l a l i o n , q u ' o n
a p p e l l e l ' A m o u r à son aide, c a r , lui p r é s e n t , l ' h o m m e
n ' é p r o u v e ni fatigue d a n s le t r a v a i l ni défaillance d a n s
l'adversité. »

CHAPITRE XLH.

38. D U T R Ô N E D E D I E U ET D E S N E U F CHŒURS D E S A N G E S

qu'on écrivait ce livre t o u t à fait à l'insu de


P ENDANT
la b i e n h e u r e u s e dont n o u s p a r l o n s , elle e n t e n d i t
un j o u r , p e n d a n t la m e s s e , u n e voix qui a p p e l a i t p a r
1
son nom la p e r s o n n e a qui elle révélait o r d i n a i r e m e n t
ses s e c r e t s . La voix ajouta : « Quelle sera, penses-tu,
sa r é c o m p e n s e , p o u r ce q u ' e l l e a é c r i t ? » Mais elle,
étonnée, stupéfaite, q u e s t i o n n a son intime amie pour
savoir si, en v é r i t é , elle écrivait ce qui lui était

1. V . 5 « p a r t i e , c. x x i v , 2 7 . Celte personne, d'après l'intimité que


révèle le liera m entre Gertrude et Mechtilde, devait être sainte
Gertrude elle-même.
DEUXIÈME PARTIE CHAPITRE XEH. 225

r a c o n t e . La confidente s'excusa de son mieux, ne


v o u l a n t pas a v o u e r , cl lui dit d ' i n t e r r o g e r plutôt le
S e i g n e u r s u r cette affaire.
L e l e n d e m a i n , c o m m e celle-ci saluait la b i e n h e u -
r e u s e Vierge M a r i e a p r è s l'office Salve sancla Parens,
le S e i g n e u r lui dit : « G a r d e le s i l e n c e ; p r e n d s tout ce
epic je te d o n n e et j o u i s - e n . » Malgré cette p a r o l e , elle
r e s t a i t en expectative et r e c o m m e n ç a ses q u e s t i o n s ;
m a i s elle se le r e p r o c h a en p e n s a n t q u e l'obéissance
vanl mieux que le sacrifice (I R o i s , xv, 22), et n'osa pas
aller plus loin.
E t voilà q u e d e u x anges a r r i v e n t tout à c o u p et
Télèvent d a n s les h a u t e u r s tandis qu'elle se répute
i n d i g n e de cette faveur divine. Les anges d i s e n t ;
« Oublie Ion peuple et la maison de ton père » ( P s . x u v ,
11). A c e s p a r o l e s elle c o m p r i t que si Dieu daigne
élever u n e a m e à u n e c o n t e m p l a t i o n profonde, elle
doit mettre en oubli sa p r o p r e p e r s o n n e et m ê m e ses
p é c h é s , afin de v a q u e r à Dieu avec liberté el de s'atta-
c h e r p u r e m e n t à ce qui lui est révélé.
L e s anges la c o n d u i s i r e n t a l o r s j u s q u e vers une
maison s p l e n d i d e et s p a c i e u s e , où elle vit cn e n t r a n t
les neuf c h œ u r s placés a u - d e s s u s les u n s des a u t r e s
d'une m a n i è r e a u s s i a d m i r a b l e qu'inexplicable, car
ils formaient p o u r ainsi dire la t o r t u e . A u s o m m e t ,
a u - d e s s u s d u c h œ u r des s é r a p h i n s , s'élevaient le trône
de Dieis el celui d e la b i e n h e u r e u s e V i e r g ; M a r i e .
E l l e vit a l o r s neuf r a y o n s p a r t i r du C œ u r de Dieu
vers les neuf h i é r a r c h i e s a n g é l i q u e s , qui r e n v o y a i e n t
c h a c u n e l e u r r a y o n à toutes les a u t r e s . Ainsi le rayon
d ' a m o u r e m b r a s é , s o r t a n t de Dieu, se portail sans
i n t e r m é d i a i r e s u r les s é r a p h i n s , d'où il passait dans
tous les a u t r e s c h œ u r s . L e s s é r a p h i n s connu u-
220 LE LIVRE D E LA GRACE S P É C I A L E ,
n i q u a i c n t d o n c aux a u t r e s c h œ u r s la l u m i è r e d i r e c -
tement infuse qu'ils avaient r e ç u e . L a i n e a l o r s , se
p r o s t e r n a n t aux pieds du S e i g n e u r , le salua du p l u s
profond de son c œ u r . Le S e i g n e u r lui dit • « V o i c i
que j e te d o n n e ma paix, afin q u ' a u c u n e i n q u i é t u d e
ne t ' e m p ê c h e de venir à moi. » E l l e avait été tellement
c o n t r i s t é e en effet q u e , p e n d a n t toute une s e m a i n e ,
il lui était d e v e n u i m p o s s i b l e d ' a r r i v e r au S e i g n e u r ,
d a n s la paix intime de son c œ u r . Mais elle se s o u v i n t
e n c o r e de la p a r o l e e n t e n d u e la veille, et d e m a n d a au
S e i g n e u r si sa confidente avait vraiment écrit q u e l q u e
c h o s e , et si celle voix m é r i t a i t a t t e n t i o n . L e S e i g n e u r
lui r é p o n d i t : « N ' a i e d o n c ni c r a i n t e ni souci ; laisse-
la faire ce qu'elle fait; c'est m o i qui s e r a i s o n c o o p é -
r a l e u r et son a i d e . »
S a n s se t o u r m e n t e r d a v a n t a g e , elle pria le S e i g n e u r
de lui a p p r e n d r e à saluer la b i e n h e u r e u s e Vierge. Il
r é p o n d i t en lui m o n t r a n t son C œ u r : « T u r e c e v r a s ici
1
de quoi saluer ma Mère . » E t aussitôt l a m e , c o m m e
un petit oiseau, vola v e r s le côlé du S e i g n e u r et prit
d a n s son C œ u r q u e l q u e s g r a i n s b l a n c s c o m m e la
neige et s e m b l a b l e s à la m a n n e , p o u r aller les d é -
p o s e r d a n s le c œ u r de la b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e .
C h a q u e grain e x p r i m a i t u n e joie spéciale de la
glorieuse V i e r g e .
P e n d a n t les p r i è r e s s e c r è t e s , c o m m e elle r a p p e l a i t
à la Vierge la joie que lui p r o c u r a i t son union à
Dieu, p l u s intime q u e celle d ' a u c u n e c r é a t u r e , elle
vit le S e i g n e u r et sa M è r e s'incliner l'un v e r s l'autre

1 . Cf. itérant de I amour divin, plusieurs passages ù le divin 0

Cœur supplée à re qui m a n q u e d a n s les h o m m a g e s otterls à la


bienheuicuse Vierge Marie.
DEUXIEME PARTIE. CHAPITRE XLIIT. 227

d a n s u n l o n g b a i s e r . E l le S e i g n e u r dil à L A M E : « Ce
b a i s e r a p p a r t i e n d r a p o u r toujours à toi et à tous
ceux qui s a l u e r o n t ma M è r e ou moi-même dans
l'union q u e n o u s a v o n s e n s e m b l e ; ceux-là a u r o n t le
bonheur de m'elre indissolublement unis. »
P l u s tard, celte â m e d é s i r a s a v o i r où se trouvait
i
a l o r s l'amc de l ' h e u r e u s e S œ u r M. ; elle la vit d a n s
3
le c h œ u r des s é r a p h i n s , s o u s la figure d'un oiseau
qui dirigeait s o n vol direct v e r s la face du Seigneur,
ce qui r a p p e l a i t la c o n n a i s s a n c e dont s u r la terre elle
avait été éclairée plus que les a u t r e s . L'aine de son
intime M., qui ne Taisait p o u r ainsi dire q u ' u n seul
e s p r i t d a n s le C h r i s t avec la S œ u r M., lui a p p a r u t un
peu a u - d e s s o u s , q u o i q u e placée assez près pour
qu'elles p u s s e n t se d o n n e r la m a i n .
A la fin d e la m e s s e , le S e i g n e u r accorda q u a l r e
b a i s e r s à l'amc c o m m e bénédiction et l'assura, par
des paroles ineffables, qu'elle ne serait jamais séparée
de lui.

CHAPITRE XLIIL

39. D U NOM ET D E INUTILITÉ D E CE LIVRE.

iNsr q u e n o u s l'avons déjà dit, ce livre fut écrit


A p r e s q u e tout entier à l'insu de cette s e r v a n t e de

v
1. Il s a î t s a n s d o u t e ici de la Surnr Mechtilde qui a écrit le
h

l'ivre i n t i t u l é : » Lumière do la Divinité J- Voir 5'* pattf*», c. n i , el


le Héraut de Vautour divin, liv. V, r . vu.
2. Il f a u d r a i t p e u l - e t r e r e m p l a c e r p a r c h é r u b i n s . [Note de l'édition
lutine.)
228 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

D i e u . Mais q u c l q u un l'en a y a n t informée, sa tristesse


fut p r o f o n d e q u ' e n ne p o u v a i t la consoler. A u s s i se
réfugïa-t-cllc selon sa c o u t u m e a u p r è s de son S e i g n e u r
afin de lui confier sa p e i n e . Le S e i g n e u r d a i g n a lui
a p p a r a î t r e a u s s i t ô t , t e n a n t d e sa main d r o i t e ce livre
a p p u y é s u r son C œ u r . Il s'inclina j u s q u ' à offrir s o n
baiser à sa s e r v a n t e et il lui dit : « T o u t ce qui est
écrit d a n s ce livre a d é c o u l é de m o n C œ u r divin et
r e v i e n d r a v e r s lui. » P u i s il lui s u s p e n d i t le livre au
cou et l a l t a c b a s u r son é p a u l e . E l l e en c o n c l u t qu'elle
ne devait p a s plus se faire s o u c i de ce livre q u e s'il
a p p a r t e n a i t à un a u t r e , p u i s q u ' i l avait été écrit p a r un
dessein providentiel de Dieu, s a n s qu'elle en fût
avertie.
P u i s elle i n t e r r o g e a le S e i g n e u r p o u r s a v o i r si elle
devait s ' a b s t e n i r d é s o r m a i s de manifester à p e r s o n n e
les d o n s de Dieu. Il lui r é p o n d i t : « D o n n e - m o i avec
la libéralité de m o n C œ u r g é n é r e u x ; d o n n e - m o i selon
ma b o n t é et non selon la t i e n n e . » Elle r e p r i t : « Mais
q u ' a d v i c n d r a - t - i l de ce livre a p r è s ma m o r t ? E s t - c e
qu'il en r e s s o r t i r a q u e l q u e a v a n t a g e ? » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « T o u s ceux qui n i e r e c h e r c h e n t d'un c œ u r
fidèle y t r o u v e r o n t u n e c a u s e de joie ; ceux qui
m ' a i m e n t s'enflammeront e n c o r e p l u s , et ceux qui sont
affligés y p u i s e r o n t la c o n s o l a t i o n . » L ' a m e d e m a n d a
enfin a u S e i g n e u r quel serait le litre d u livre. Il
r é p o n d i t : << O n l ' a p p e l l e r a le livre de h Grâce .spé-
c'ude. »
Dès ce moment elle c o n n u t parfaitement ce l i v r e ,
sans l'avoir vu de ses y e u x . Elle le décrivit à sa confi-
dente, avec sa c o u v e r t u r e de c u i r , liée d ' u n e b a n d e .
Le c o n t e n u de ce livre est bien peu de c h o s e en
c o m p a r a i s o n de ce qui n'y est pas écrit, c a r j ' a i de
DEUXIÈME PARTIE. C H A P I T R E XEIIÎ. 229

solides r a i s o n s p o u r p r é s u m e r qu'elle cul b e a u c o u p


p l u s d e r é v é l a t i o n s qu'elle n'en voulut j a m a i s Taire
c o n n a î t r e . E l l e ne r a c o n t a i t p o u r la gloire de Dieu
q u e celles où elle croyait t r o u v e r utilité o enseigne-
m e n t ; elle s u p p r i m a i t les p a r o l e s a m o u r e u s e s de son
B i e n - A i m é . Parfois aussi ses v i s i o n s étaient si s p i r i -
tuelles qu'elle n ' a u r a i t pu t r o u v e r d'expressions p o u r
les manifester.
mOISIÈME PARTIE.

C H A P I T R E I.

L I)'UN ANNEAU DÉCORÉ DE SEPT PIERRES PRÉCIEUSES.

r ] N j o u r , la vierge du C h r i s t , p r i v é e de la p r é s e n c e
de son B i e n - A i m é , se laissait aller à ses vifs
désirs de le r e t r o u v e r , l o r s q u ' i l lui a p p a r u t s o u d a i n .
Son C œ u r était o u v e r t , c o m m e la p o r t e d'une g r a n d e
m a i s o n , p o u r lui d o n n e r e n t r é e : le p a v é était d'or
d a n s cette m a i s o n , d o n t la forme r o n d e sî-jjnï ait
l'éternité de D i e u . L e S e i g n e u r se tenait au milieu,
l'Ame a u p r è s d e lui. lis c a u s a i e n t e n s e m b l e .
P e n d a n t q u ' o n chantait à la m e s s e : « et tibi redde-
lurvolnm in Jérusalem : et l'on v o u s r e n d r a le v œ u en
1
J é r u s a l e m » ( P s . L X I V , 2 ) , elle p e n s a i t à tous les vœux
présentés <m ce m o n d e au S e i g n e u r , p a r les saints. La
b i e n h e u r e u s e Vierge Marie et toutes les vierges ont
offert leur c h a s t e t é , les m a r t y r s leur sans» p r é c i e u x ,
les a u t r e s s a i n t s b e a u c o u p de t r a v a u x el de d é v o l i o n s .
Elle s'attristait de n'avoir rien à. p r é s e n t e r a u s s i ,

1. Introït de l a m e s s e des défunts


SAIKTK MKCimi.iiK.
232 LK U V I I K ÏJK LA OJtACK SPÉCIALE.

l o r s q u e ln b i e n h e u r e u s e Vierge a p p a r u t à sa droite et
lui reniil u n anneau d'or qu'elle d o n n a i n c o n t i n e n t au
S e i g n e u r . Il l'accepta g r a c i e u s e m e n t et le m i t à son
doigt. C e p e n d a n t , au Tond de son â m e , celle-ci disait
en s o u p i r a n t : « A h ! s'il p o u v a i t le d o n n e r son anneau
en signe d e fiançailles ! » ( E t il lui a u r a i t suffi q u e le
S e i g n e u r lui fît r e s s e n t i r a u doigt a n n u l a i r e une
d o u l e u r qu'elle aurait v o l o n t i e r s soufferte t o n s les
j o u r s d e sa vie, en m é m o i r e de ses liançailles a v e c le
C h r i s t . ) L e Seigneur lui dit : « J e te d o n n e u n a n n e a u
o r n é de sept p i e r r e s : tu en a t t a c h e r a s le s o u v e n i r à
s e p t p h a l a n g e s de tes d o i g t s .
« 1° T u le r a p p e l l e r a s l ' a m o u r divin q u i , m ' a b a i s s a n l
du sein d e m o n P è r e , m'a fait travailler c o m m e un
esclave à ta r e c h e r c h e p e n d a n t t r e n t e - t r o i s a n n é e s .
Q u a n d l ' h e u r e des noces a p p r o c h a , j e fus v e n d u p a r
l ' a m o u r de m o n C œ u r , c o m m e prix d'un festin où je
me d o n n a i m o i - m ê m e c o m m e p a i n , v i a n d e et b r e u -
v a g e . P e n d a n t ce festin, j e fus a u s s i m o i - m ê m e l'orgue
et la c i t h a r e , p a r les d o u c e s p a r o l e s t o m b é e s de mes
l è v r e s , c a r j e m e lis s e m b l a b l e aux j o u e u r s de profes-
sion, p o u r é g a y e r les c o n v i v e s , c ' e s t - à - d i r e q u e j e me
suis a b a i s s é j u s q u ' a u x p i e d s de m e s d i s c i p l e s .
« 2 ° T u te r a p p e l l e r a s q u ' à la m a n i è r e des j e u n e s
é l é g a n t s , j ' a i c o m m e n c é p o u r ainsi d i r e u n e d a n s e
a p r è s ce festin, l o r s q u e en t o m b a n t t r o i s fois p a r t e r r e
je s u b i s trois chocs si violents q u e , b a i g n é de s u e u r ,
j e versai des g o u t t e s de m o n s a n g . P a r cette d a n s e j ' a i
revêtu tous m e s c o m p a g n o n s d ' a r m e s d'uu t r i p l e
costume leur o b t e n a n t la r é m i s s i o n des p é c h é s , la
satisfaction p o u r l e u r s âmes et leur p a r t à ma divine
glorification.
« 3" T u te s o u v i e n d r a s de 1 h u m b l e a m o u r qui m'in-
TROISIÈME P A R T I E . C H A P I T R E I. 233

clina v e r s le baiser de mon é p o u s e , lorsque J u d a s osa


m e d o n n e r le b a i s e r . Mon C œ u r ressentit un loi a m o u r
p e n d a n t cette action q u e si le traître se fût r e p e n t i ,
j ' a u r a i s fait d e son â m e m o n épouse p a r ce b a i s e r .
C'est a l o r s q u e j e m e suis uni toutes les âmes p r é d e s -
tinées dès l'éternité aux noces divines.
« 4° T u te r a p p e l l e r a s à q u e l s opilhalames s ' o u v r i -
rent mes oreilles, p a r a m o u r de l'épouse, l o r s q u e
je c o m p a r u s devant le j u g e , et entendis les faux
témoignages p o r t é s contre m o i .
« 5° Tu te s o u v i e n d r a s de q u e l s beaux v ê l e m e n t s je
fus o r n é p o u r Ion a m o u r ; j e p r i s tour à tour le b l a n c ,
la p o u r p r e el l'écarlale avec la guirlande de roses,
c'csl-à-dirc la c o u r o n n e d ' é p i n e s .
« 6° T u te r a p p e l l e r a s c o m m e n t je t'ai e m b r a s s é e
quand je fus lié à la c o l o n n e , où je reçus p o u r toi
tous les t r a i t s de tes e n n e m i s .
« 7° T u te r a p p e l l e r a s de quelle manière j'ai a b o r d é
le lit nuptial de la croix C o m m e un fiancé laisse ses
habits aux b a l a d i n s , ainsi ai-je a b a n d o n n é mes vête-
ments a u x s o l d a t s et m o n c o r p s aux b o u r r e a u x .
E n s u i t e , p o u r te d o n n e r de d o u x e m b r a s s e m e n t s , j ' a i
étendu mes b r a s j u s q u ' a u x c l o u s cruels et j e t'ai chanté
s u r cette c o u c h e de notre a m o u r sept canlilènes d'une
merveilleuse h a r m o n i e . Enfin j ' a i ouvert m o n C œ u r ,
pour t'y faire e n t r e r , l o r s q u e j e nie suis e n d o r m i avec
toi d'un sommeil d ' a m o u r en e x p i r a n t s u r la croix.,»
A p r è s Svoiv reçu cet e n s e i g n e m e n t , il lui sembla
voir p l u s i e u r s p e r s o n n e s rie la Congrégation s ' a p p r o -
cher du S e i g n e u r et lui offrir des deniers d'or qui
signifiaient l e u r b o n n e v o l o n t é . Mais une flamme
s'élançait d e la poitrine du S e i g n e u r et mettait aussitôt
en fusion le d e n i e r de c h a c u n e p o u r en façonner une
234 L E LIVRE D E EA fi R A C E SPÉCIALE.

fleur qui se phuv.il d d l e - i n è m e s u r la p o i t r i n e de celle


qui avait fait r o f l r a n d c .

C H A P I T R E IL

2. D'UNE R O S E ÉPANOUIE SUR LE CŒUR TUT SEIGNEUR,

SYMBOLE DE LA LOUANGE DIVINE.

T^ÉNDANT une m e s s e , elle entendit le S e i g n e u r lui


JT d i r e : « A l l o n s au fond du d é s e r t . » A u s s i t ô t il
lui p a r u t qu'elle faisait un l o n g c h e m i n cn c o m -
pagnie du S e i g n e u r . E l l e le t e n a i t p o u r ainsi d i r e
e n t r e ses b r a s , et lui a d r e s s a i t ces p a r o l e s : « J e v o u s
loue et v o u s exalte en v o t r e é t e r n i t é , i m m e n s i t é ,
b e a u t é , j u s t i c e , v é r i t é , etc. » Ils a r r i v è r e n t ainsi
d a n s u n e vaste et c h a r m a n t e s o l i t u d e . D e s a r b r e s
p l a n t é s r é g u l i è r e m e n t formaient avec l e u r s p l u s h a u t e s
b r a n c h e s un toit a u - d e s s u s d e l e u r s tètes, tandis q u e
le sol verdoyairt l e u r offrait u n tapis de Heurs, s u r
lequel le Scigneui daigna s ' a s s e o i r . L ' a m e a l o r s , s o u s
la figure d ' u n e b r c M s , se p r o m e n a d a n s la p r a i r i e ,
p o r t a n t au cou u n e petite c h a î n e faite d e c e r c l e s en
o r et en a r g e n t ; cette c h a î n e était r i v é e au C œ u r du
S e i g n e u r , p o u r signifier l ' a m o u r de Dieu et d u p r o -
c h a i n , s a n s lequel p e r s o n n e n e peut s ' u n i r à D i e u .
A l o r s l'ame, v o u l a n t e n c o r e glorifier D i e u , lui d i t :
<c Seigneur infiniment a i m a b l e , a p p r e n e z - m o i d o n c à
vous l o u e r . » A quoi le S e i g n e u r r é p o n d i t : « R e g a r d e
m o n C œ u r . » Et voici q u ' u n e r o s e magnifique à c i n q
pétales qui paraissait éclose s u r le C œ u r du S e i g n e u r ,
c o u v r i t toute sa p o i t r i n e , «r L o u e mes cinq sens dési-
TROÏSTÊME PARTIE. CHAPITRE Iï. 235
gnés p a r celle r o s e », dît Je Seigneur. Elle c o m p r i t
d o n c qu'elle devait louer Dieu p o u r le regard d ' a m o u r
qu'il lient t o u j o u r s a t t a c h é s u r l ' h o m m e . C o m m e un
p è r e à l'égard de son iils, D i e u n'a p a s le regard
sévère, m a i s t o u j o u r s bienveillant c o m m e s'il souhai-
tait et désirait v i v e m e n t q u e l ' h o m m e eût s a n s cesse
r e c o u r s à lui.
P u i s elle le l o u e r a i t , s e c o n d e m e n t , de son attention
si fine et si délicate à incliner son oreille, préférant
e n t e n d r e le m o i n d r e s o u p i r ou g é m i s s e m e n t des
h o m m e s plutôt q u ê t o n s les c o n c e r t s des anges.
E l l e offrirait, t r o i s i è m e m e n t , sa louange p o u r le
parfum exquis c a c h é p a r le Seigneur d a n s son a m o u r
afin de p o r t e r l ' h o m m e à p r e n d r e cn lui ses délices.
Qui p o u r r a i t , en effet, se délecter d a n s le Bien véri-
table si D i e u ne le p r é v e n a i t ? C'est la parole de
l ' E c r i t u r e : Mes déliées sont d'être avec les enfants
des hommes ( P r o v . v n i , 3 1 \
Elle le l o u e r a i t , q u a t r i è m e m e n t , p o u r son sens
parfait du goût qu'il met cn action à la sainte m e s s e ,
où il se fait l u i - m ê m e la n o u r r i t u r e d e J a m e . N ' e s t -
ce pas d a n s ce festin qu'il s ' i n c o r p o r e aussi les â m e s ,
d a n s u n e intimité si profonde q u e , t o u t a b s o r b é e s
par D i e u , elles deviennent cn vérité l'aliment de
Dieu ?
E l l e le l o u e r a i t , c i n q u i è m e m e n t , p o u r le sens du
tact dans lequel il a ressenti de si cruelles i m p r e s s i o n s
l o r s q u e l ' a m o u r s u r la croix enfonça les clous d a n s
ses mains et ses p i e d s , cl la lance d a n s son coté.
L ' a m e de la sainte se trouva alors c o m m e attachée
à la croix cn la p e r s o n n e du Christ p a r u n e i n c o m -
p a r a b l e d o u l e u r ; et elle d e m e u r a toujours depuis
lors s e r r é e c o n t r e ses p i e d s , ses mains cl son très
236 LE LIVRE DE LA GRÂCE SPÉCIALE.

d o u x C œ u r , d a n s la joie d'un ineffable a m o u r qui


1 e m p ê c h a d ' o u b l i e r un inslanl son S e i g n e u r .

C H A P I T R E III.

3. CINQ PAROLES OE DIVINE LOUANGE.

NE au Ire fois, p e n d a n t qu'elle sou (Trait d ' u n e


U g r a n d e m a l a d i e , elle d i t a u S e i g n e u r : « Q u e mon
e s p r i t est d o n c p a u v r e en ce m o m e n t ! J e u e p u i s ni
v o u s l o u e r , ni v o u s p r i e r . » Mais le S e i g n e u r daigna
lui r é p o n d r e : « T u peux m e l o u e r en ces t e r m e s :
Gloire à v o u s , t r è s d o u c e , t r è s n o b l e , très l u m i n e u s e ,
toujours t r a n q u i l l e et ineffable T r i n i t é . J e v e u x u n i r
ce m o l « dulcissînui : très d o u c e », à m a d i v i n e d o u -
c e u r ; <( nobilissimu : t r è s noble », à ma s u r é m i n c n l c
n o b l e s s e ; « fulgida : l u m i n e u s e » , à m o n i n a c c e s s i b l e
l u m i è r e ; « tranqiulla : t r a n q u i l l e », à m o n r e p o s éter-
nellement exempt de t r o u b l e ; « ineffabilis: ineffable »,
à mon inexprimable bonté.
Celle l o u a n g e , je la p r é s e n t e r a i m o i - m ê m e de la
m a n i è r e qui s e r a l a p l u s a g r é a b l e à l ' a d o r a b l e T r i n i t é .

C H A P I T R E IV.

4. LE SEIGNEUR OOIT ÊTRE LOUÉ EN TROIS MANIERES.

LLE vit e n c o r e le S e i g n e u r e n t o u r é d'effluves lu-


E mineux et p o r t a n t s u r la p o i t r i n e une p l a q u e
THOÏSIÈME PAUTIK. CHAPITRE IV- 237

d'argent brillant, g a r n i e de ciselures qui r e p r é s e n t a i e n t


les souflranecs e n d u r é e s p a r les saints p o u r son a m o u r .
L e u r s m é r i t e s , leurs dignités et m ê m e l e u r s p e n s é e s ,
p a r o l e s , actes s a n s g r a n d e i m p o r t a n c e , a c c o m p l i s ou
souiTcris,tGJl cet e n s e m b l e s'apercevait d i s t i n c t e m e n t ,
c a r rien ne reste sans é t e m e l l e r é c o m p e n s e , et les
saints glorifient à j a m a i s Dieu de ses d o n s , quels
qu'ils soient. A p r è s avoir c o n t e m p l é cette merveille,
celle-ci dit : « O très doux et très aimant S e i g n e u r ,
à q u o i v o u s plaît-il d a v a n t a g e de me voir occupée ?
— A la l o u a n g e », r é p o n d i t - i l . Elle r e p r i t : « A l o r s ,
apprenez-moi à vous louer dignement. »
L e S e i g n e u r lui enseigna trois manières de le louer,
qui s o n t c o m m e trois c o u p s retentissants : « T u
J o u e r a s , dit-il, la t o u t e - p u i s s a n c e d u P è r e , p a r
l a q u e l l e il o p è r e d a n s le F i l s cl d a n s le S a i n t - E s p r i t
selon son v o u l o i r ; t o u t ê t r e c r é é , q u e l q u e i m m e n s e
qu'il soil, ne peut c o m p r e n d r e ce m y s t è r e . T u l o u e r a s
la sagesse i n s o n d a b l e du F i l s , sagesse qu'il c o m -
m u n i q u e p l e i n e m e n t cl d a n s u n e liberté inaliénable
au P è r e et au S a i n t - E s p r i t ; a u c u n e c r é a t u r e ne p e u t
d a v a n t a g e s o n d e r la p r o f o n d e u r de ce m y s t è r e . T u
l o u e r a s la b o n t é d u S a i n t - E s p r i t , qu'il c o m m u n i q u e
a b o n d a m m e n t au P è r e et au F i l s selon toute sa
v o l o n t é , tandis que rien de ce qui existe ne p a r t i c i p e
p l e i n e m e n t à cslle b o n t é essentielle. »
L ' a m e s'exerçait à f r a p p e r de celte m a n i è r e au C œ u r
de son B i e n - A i m é et à le l o u e r , lorsqu'elle entendit le
c o u p r é s o n n e r d a n s le ciel entier. L e S e i g n e u r con-
tinua : « L e second c o u p ou la seconde m a n i è r e sera
d é n i e l o u e r p o u r toutes les g r â c e s et les d o n s qui ont
d é c o u l é de mon infinie bonté s u r ma Mère, la Vierge
remplie de grâce et plus c o m b l é e de biens q u e toute
238 LE L I V R E ÏJE LA GRACE SPÉCIALE.

c r é a t u r e . En o u t r e , lu nie l o u e r a s p o u r loules les


faveurs a c c o r d é e s aux sainls qui j o u i s s e n t déjà de la
p r é s e n c e de m a D i v i n i t é , el me e o n l c m p î c n l avec
b o n h e u r , moi la s o u r c e de tous les b i e n s .
« L e t r o i s i è m e c o u p sera d e m e l o u e r p o u r les d o n s
et g r â c e s que j e r é p a n d s s u r tous les h o m m e s : s u r les
b o n s , sanctifiés et aflcrmis p a r ce m o y e n ; s u r les
p é c h e u r s , invités à la p é n i t e n c e , c a r j ' a t t e n d s avec
m i s é r i c o r d e qu'ils fassent le bien ; et a u s s i s u r toutes
les a m e s q u e ma g r â c e délivre c h a q u e j o u r du purga-
toire et a m è n e aux j o i e s du p a r a d i s . »
P o u r la p r e m i è r e l o u a n g e , il lui p a r u t bon de
r é c i t e r l'antienne : « Tibi deens, etc. : à v o u s h o n n e u r
et e m p i r e , à v o u s gloire et p u i s s a n c e , à v o u s louange
et j u b i l a t i o n p o u r les siècles é t e r n e l s , ô D i e u , T r i n i t é
b i e n h e u r e u s e . » P o u r la s e c o n d e : « Te jure Uni-
fiant, etc. : C'est j u s t e m e n t q u e loules v o s c r é a t u r e s
v o u s louent, a d o r e n t , glorifienL, ô b i e n h e u r e u s e
T r i n i t é . A v o u s l o u a n g e , à v o u s g l o i r e , à v o u s action
D e g r â c e s . » P o u r la t r o i s i è m e : « Ex qno omnia, etc. :
de lui t o u t e s c h o s e s , p a r lui t o u t e s c h o s e s , en lui
toutes c h o s e s : à lui g l o i r e d a n s les siècles. A v o u s
louange ! »
Cette p r i è r e a c h e v é e , le j o y a u q u i o r n a i t la poitrine
d e son B i e n - A i m é se divisa p a r le milieu, et cette â m e
p é n é t r a , d a n s le d o u x C œ u r d u C h r i s t , selon son
désir. Là, elle devint un seul esprit avec son Bien-
A i m é , et elle p u t s a n s d o u t e g o û t e r et v o i r ce qu'il
n'est pas p e r m i s à l ' h o m m e d ' e x p r i m e r .
TROISIÈME P A R T I E . CHAPITRE V 239

CHAPITRE V.

5. D E T R O I S C H O S E S A U X Q U E L L E S L*IIOMME D O I T PENSER
SOUVENT.

E m e i l l e u r de tous les maîtres lui d o n n a e n c o r e


L celte leçon : « J e t ' a p p r e n d r a i trois c h o s e s que tu
m é d i t e r a s c h a q u e j o u r en ton â m e , et dont tu r e t i r e r a s
de g r a n d s a v a n t a g e s .
« P r e m i è r e m e n t , r a p p e l l e - t o i avec action de grâces
q u e l s bienfaits o n t été p o u r loi la c r é a t i o n et la
r é d e m p t i o n . J e t'ai c r é é e à m o n image et à m a res-
s e m b l a n c e ; p o u r t o i , j e m e s u i s fait h o m m e , et, a p r è s
d ' i n n o m b r a b l e s t o u r m e n t s , j ' a i subi la m o r t la plus
c r u e l l e p o u r ton a m o u r .
« S e c o n d e m e n t , rappelle-toi avec u n e égale g r a t i t u d e
les bienfaits q u e j e t'ai a c c o r d é s depuis ta n a i s s a n c e
j u s q u ' à cette h e u r e . E n effet, p a r u n e spéciale d i l c c -
tion, j e t'ai appelée d u m o n d e ; m a i n t e s fois, je me
suis incliné v e r s ton â m e , j e l'ai r e m p l i e , j e l'ai
e n i v r é e des d o u c e u r s d e m a divine g r â c e ; j e l'ai
éclairée p a r la science et enflammée p a r l ' a m o u r . De
plus, c h a q u e j o u r à la m e s s e , j e viens vers toi prêt à
a c c o m p l i r tes d é s i r s et tes v o l o n t é s .
« T r o i s i è m e m e n t , d a n s u n e louange pleine de recon-
n a i s s a n c e , songe à ce q u e j e te d o n n e r a i é t e r n e l l e m e n t
d a n s le ciel, l o r s q u e j e le c o m b l e r a i de biens qui
l ' e m p o r t e n t de b e a u c o u p s u r tout ce q u e tu peux
e s p é r e r cl m ê m e i m a g i n e r .
ci J e te dis en vérité qu'il m'est très a g r é a b l e de voir
240 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

les h o m m e s a t t e n d r e de moi avec confiance des c h o s e s


v r a i m e n t g r a n d e s . Q u i c o n q u e c r o i r a q u e j e ie r é c o m -
p e n s e r a i a p r è s cette vie au delà d e ses m é r i t e s et m'en
offrira p a r a v a n c e ses a c t i o n s d e g r â c e s , celui-là m e
sera si a g r é a b l e q u e tout ce qu'il a u r a p r é s u m é et
e s p é r é lui sera d o n n é , d a n s u n e m e s u r e q u i s u r p a s *
sera infiniment son m é r i t e . Il est i m p o s s i b l e q u e
l ' h o m m e soit frustré de ce qu'il a cru cl e s p é r é . D o n c
il est a v a n t a g e u x q u ' o n a t t e n d e de g r a n d e * c h o s e s et
q u ' o n se fie à m o i . » L'Ame r é p o n d i t : « O très doux
Seigneur, s'il v o u s est si a g r é a b l e q u e les h o m m e s se
confient en v o u s , q u e dois-jc d o n c c r o i r e de v o t r e
ineffable b o n t é ? » Il r é p o n d i t : « T u d o i s c r o i r e , d ' u n e
e s p é r a n c e c e r t a i n e , q u ' a p r è s ta m o r t , je te recevrai
c o m m e un p è r e accueillerait s o n fils c h é r i , cl q u e
j a m a i s p è r e ne p a r t a g e r a p l u s é q u i l a b l e m c n l un héri-
tage avec son fils q u e j e ne serai d i s p o s é à d o n n e r
tous mes b i e n s et à me c o m m u n i q u e r m o i - m ê m e . J e
te recevrai e n c o r e c o m m e u n a m i reçoit son ami le
p l u s t e n d r e , et j ' a u r a i a v e c toi u n e intimité qui d é p a s s e
t o u t ce q u e les m e i l l e u r s a m i s o n t j a m a i s pu e x p é r i -
m e n t e r . Il ne s'est p o i n t t r o u v é d'ami assez fidèle p o u r
ê t r e , p a r n a t u r e , i n c a p a b l e de t r o m p e r ou de v o u l o i r
t r o m p e r son a m i , t a n d i s q u e , m o i , je suis fidèle, j e
suis la F i d é l i t é essentielle, ctjc ne p o u r r a i fumais com-
m e t t r e la m o i n d r e fraude. J e te r e c e v r a i a u s s i c o m m e
l'époux reçoit 1 é p o u s e u n i q u e m e n t aimée * il y aura
d a n s mon accueil t a n t de d é l i c e s , tant de d o u c e u r s
q u e j a m a i s époux n ' a u r a attiré son é p o u s e p a r des
caresses aussi t e n d r e s q u e les m i e n n e s . C'est au tor-
rent de ma D i v i n i t é q u e je t ' e n i v r e r a i . » L a m e d i t ;
« Q u e d o n n e r e z - v o u s à ceux qui a u r o n t foi en ces
p r o m e s s e s ? — J e l e u r d o n n e r a i un c œ u r r e c o n n a i s -
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE VI. 243

sant, dil le S e i g n e u r , afin qu'ils reçoivent tous mes


d o n s a v e c g r a t i l u d e . J e l e u r d o n n e r a i un c œ u r t e n d r e
p o u r m V i m c r fidèlement. J e l e u r d o n n e r a i un c œ u r
qui sachi^yiie louer à la m a n i è r e des h a b i t a n t s du ciel,
c ' e s t - à - d i r e me louer d a n s l ' a m o u r qui p o r t e les b i e n -
h e u r e u x à m'exaller el à me b é n i r . »

C H A P I T R E VI.

G. COMMENT IL FAUT LOUER CHAQUE MEME RE DU CHRIST.

NE nuit qu'elle se p r é p a r a i t à la sainte c o m m u n i o n


U p a r ses prières et ses méditations, elle se vit
d e b o u t en p r é s e n c e du S e i g n e u r . L e s e n t i m e n t de
s o n c œ u r la p o r t a i l v e r s la louange, q u a n d il lui
dit : « R e g a r d e - m o i ; loue les lignes parfaites qui des-
s i n e n t les diverses p a r t i e s de mon c o r p s . L o u e m a
tète, c'est-à-dire ma divinité, c a r il est écrit : La tête
du Christ, c'est Dieu (I C o r . , xi, 3). L o u e m o n front,
c'est-à-dire ma paix cl m o n i m p e r t u r b a b l e tranquillité,
c a r c'est au front de l ' h o m m e q u e paraît son trouble.
L o u e m e s yeux, c'est-à-dire la clarté de ma Divinité.
L o u e mes oreilles inclinées avec m i s é r i c o r d e vers les
r e q u ê t e s el les m i s è r e s h u m a i n e s , aussi souvent
qu'elles entendent le p l u s léger soupir p o u s s é v e r s moi.
E n voyant la ligne droite d e m o n nez, loue l'inflexible
r i g u e u r de ma j u s t i c e qui m a i n t i e n d r a toujours ses
j u s t e s a r r ê t s . P a r mes n a r i n e s , loue le c h a r m e de mes
délices, car, p o u r l'amc a i m a n t e , a u c u n parfum ne
vaut celui de mon a m o u r . P a r ma b o u c h e , c o m p r e n d s
n i a sagesse qui a lout o r d o n n é avec perfection et
242 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

d o u c e u r . P a r m o n m e n t o n , vois cette h u m i l i t é qui


m ' a tiré du ciel, p o u r me Taire r e p o s e r au sein d e la
V i e r g e . P a r m o n c o u , vois la g é n é r o s i t é d e m a p a t i e n c e
q u i a p o r t e non s e u l e m e n t le fardeau des p é c h é s
p r é s e n t s , .nais e n c o r e celui d e t o u s les c r i m e s qui se
c o m m e t t r o n t j u s q u ' à la fin des s i è c l e s . L o u e - m o i
d ' a v o i r p o r t e Ja c r o i x , p a r m e s é p a u l e s . L o u e m o n d o s
qui a e n d u r é les cruelles d o u l e u r s de ma flagellation.
P a r mon c œ u r , exalte l ' a m o u r , la fidélité s u p r ê m e
q u e j ' a i m o n t r é e a u x h o m m e s . P a r m e s m a i n s et m e s
b r a s , c o m p r e n d s les œ u v r e s et l e s t r a v a u x a c c o m -
plis p a r m o n H u m a n i t é , p o u r le s a l u t d u m o n d e . P a r
m e s flancs, loue moi de l ' i n e x p r i m a b l e d o u l e u r q u ' i l s
o n t r e s s e n t i e , c a r u n e de m e s p l u s g r a n d e s souffran-
ces fut d'être é t e n d u cl d i s l o q u é s u r la c r o i x . P a r
m e s g e n o u x , vois quelle fut la dévotion d e m a p r i è r e ,
et par mes p i e d s , c o m p r e n d s le d é s i r avec lequel j ' a i
travaillé tous les j o u r s de ma vie au salut des h o m -
m e s . P e n s e a u s s i à l a soif q u i m ' a d é v o r é i c i - b a s p e n -
d a n t toute m a c a r r i è r e . »

CONFESSION D E S P É C H É S Qu'ïL F A U T F A I R E A D I E U SEUL


APRÈS LA CONFESSION F A I T E AU PRETRE.

ï une p e r s o n n e a le d é s i r de se confesser ou la
S c r a i n t e de s'être mal confessée, s a n s rien t r o u v e r
toutefois que sa c o n s c i e n c e n'ait a v o u é , q u ' e l l e a d r e s s e
à Dieu cette confession de l o u a n g e ; et si elle se
t r o u v e en faute s u r un point, q u ' e l l e le d é c l a r e à D i e u .
Ainsi en e x a l t a n t la Divinité, q u ' e l l e se r e c o n n a i s s e
c o u p a b l e d e n ' a v o i r p a s eu p o u r Dieu tout le r e s p e c t
convenable, d ' a v o i r tant de fois souillé en elle l'image
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE V!. 243
d i v i n e , en o c c u p a n t sa m é m o i r e de choses t e r r e s t r e s et
i n u t i l e s , en a p p l i q u a n t c u r i e u s e m e n t sa r a i s o n à la
sagesse h u m a i n e el en p r e n a n t plaisir à ce qui est vil
el p a s s a g e r . Qu'elle exalte aussi les yeux de la c l a i r -
v o y a n c e divine, el qu'elle d é p l o r e d'avoir t o u r n é vers
les c h o s e s d'ici-bas l'action de ses sens, de ses facultés
qui lui a u r a i e n t servi à a c c r o î t r e sa science de Dieu.
Q u a n d elle loue les oreilles d e sa m i s é r i c o r d e , qu'elle
s'accuse de n ' a v o i r p a s d o n n é toute l'attention r e q u i s e
à la p a r o l e de D i e u , et de n ' a v o i r pas p r ê t é l'oreille
aux r e q u ê t e s de son p r o c h a i n .
E l q u e de p é c h é s c o m m i s p a r la b o u c h e ! Mur-
m u r e s , vaines et i n u t i l e s p a r o l e s , silence i n o p p o r t u n
au sujet de la p a r o l e de D i e u et d e l à d o c t r i n e , silence
parfois d a n s la p r i è r e et d a n s le chant. Le j o u g accepté
au b a p t ê m e , c o m b i e n d e fois r a - l - e l l c s e c o u c I Et même
d a n s les c i r c o n s t a n c e s p é n i b l e s , neTa-t-elle p a s porté
de m a u v a i s c œ u r ? n'a-t-clle pas cessé quelquefois de
s'y s o u m e t t r e ? E l ce j o u g de la Religion, a c c e p t é p o u r
Dieu d a n s sa profession, faite en présence des saints,
ne l'a-t-elle pas a b a n d o n n é en se s o u s t r a y a n t à
l ' o b é i s s a n c e , en ne p r e n a n t p a s souci de la g a r d e r ? »
L o r s q u ' e l l e se r a p p e l l e r a a v e c quelle i n h u m a n i t é
J é s u s - C h r i s t a été flagellé, elle p o u r r a se r e c o n n a î t r e
c o u p a b l e d e n'avoir p a s c h â t i é sa chair, d ' a v o i r c é d é ,
p a r p a r e s s e , aux exigences d e son c o r p s et d e l'avoir
trop d é l i c a t e m e n t n o u r r i . S o n c œ u r a p é c h é quand
elle n'a pas aimé Dieu d e toutes ses forces, q u a n d , au
lieu de m é d i t e r la loi d i v i n e , elle s'est laissé e n v a h i r
p a r les p e n s é e s i n u t i l e s . Ses m a i n s ont p è c h e en com-
mettant le mal el cn s ' a b s l c n a n l du bien, s u r t o u t des
œ u v r e s c o m m u n e s de m i s é r i c o r d e et de c h a r i t é ,
vScs pieds s p i r i t u e l s p o u r ainsi dire (car ils Jigurent
9*
244 LE L Ï V E E D E L A GRACE SPÉCIALE.

les affections), elle les a plus d ' u n e fois souilles en les


d é t o u r n a n t de D i e u , q u a n d elle n'a p o i n t a s p i r é à lui
et aux c h o s e s célestes de toutes ses forces.

C H A P I T R E VIT.

7, COMMENT L'HOMME PEUT INVITER T O U T E S LES


CRÉATURES A LOUER D I E U .

N j o u r q u ' e l l e s'était l a t i g u é e à c h a n t e r , c o m m e cela


U lui a r r i v a i t s o u v e n t , elle se sentit p r e s q u e défaillir.
Il lui p a r u t a l o r s qu'elle a s p i r a i t tout son souille d a n s
le C œ u r divin et pouvait ainsi c o n t i n u e r à c h a n t e r ,
m o i n s p a r ses p r o p r e s forces q u e p a r la v e r t u d i v i n e .
Sa c o u t u m e était du reste d ' e m p l o y e r toute sa v i g u e u r
a louer D i e u avec un fervent a m o u r ; il semblait
qu'elle ne se s e r a i t j a m a i s a r r ê t é e , dût-elle en exhaler
son d e r n i e r s o u p i r . D a n s cette u n i o n , elle semblait
c h a n t e r a v e c D i e u et en D i e u , et le S e i g n e u r lui dil :
« T u p a r a i s p r e n d r e en ce m o m e n t ta r e s p i r a t i o n d a n s
m o n C œ u r ; de m ê m e toute p e r s o n n e qui s o u p i r e r a
p o u r moi d ' a m o u r ou de d é s i r , p r e n d r a sa r e s p i r a t i o n
non en e l l e - m ê m e , m a i s d a n s m o n C œ u r d i v i n , c o m m e
u n soufflet qui se gonfle de l'air qu'il a a t t i r é . »
P e n d a n t le chant du c a n t i q u e Benedicite omnia
opéra Domini Domino, elle désira s a v o i r quelle gloire
Dieu recevait d e cet appel à toutes les c r é a t u r e s
invitées à la l o u a n g e . L e S e i g n e u r lui lit celte ré-
p o n s e : « L o r s q u ' o n c h a n t e ce c a n t i q u e ou un a u t r e
d e m ê m e g e n r e p o u r c o n v o q u e r les c r é a t u r e s , elles
a r r i v e n t t o u t e s s p i r i t u e l l e m e n t en ma p r é s e n c e t
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE VIII. 245

c o m m e (les p e r s o n n e s vivanLes cpii me glorifieraient


de t o u s m e s bienfaits e n v e r s un individu, ou e n v e r s
t o u s les h o m m e s en g é n é r a l . »
11 n'y a a u c u n e r a i s o n de se refuser à c r o i r e q u e les
c h o s e s c r é é e s p e u v e n t se p r é s e n t e r d e v a n t Dieu
c o m m e d e s p e r s o n n e s v i v a n t e s , puisque rien n'est
i m p o s s i b l e à celui qui appelle ce qui riesl pas c o m m e
ce qui esl (1. Cor., i, 28), et d e v a n t qui nulle créature,
nesl invisible. ( E p aux I l e b r . , iv, 1<>). 11 convient
p l u t ô t d ' a d m i r e r c o m m e n t ce miséricordieux Seigneur
e x a u c e les v œ u x el d a i g n e mettre sa toute-puissance au
s e r v i c e des m o i n d r e s d é s i r s d e l a m e qui l'aime, pour
a c c o m p l i r ce qui d é p a s s e les forces n a t u r e l l e s de
rhomme.

CHAPITRE VIII.

8. COMMENT LHOMME DOIT SALUER LE CŒUH DIVIN

'ANGE du S e i g n e u r a p p a r u t un j o u r à la s e r v a n t e
L du C h r i s t . Vêtu d ' u n e t u n i q u e verte, il se tenait à
sa d r o i t e ; el c o n n u e elle lui d e m a n d a i t p o u r q u o i son
v ê l e m e n t était de celte c o u l e u r , l'ange r é p o n d i :
« P a r c e q u e je suis é t e r n e l l e m e n t j e u n e el v i g o u r e u x ,
e1 (pie je t ' a p p o r t e c h a q u e j o u r de n o u v e a u x d o n s .
— S'il en est ainsi, r e p r i t - e l l e , j e vous d e m a n d e de me
faire iin*présenl. » A u s s i t ô t l'ange offrit au Seigneur
un objel qu'il semblait avoir nris dans le c œ u r de
celle-ci, el rame é p r o u v a un vif désir de s a v o i r ce (pie
l'ange avait pu t r o u v e r en elle, car elle ne se sentait en
vérité ce j o u r - l à a u c u n e dévotion, ni ferveur spéciale.
246 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

Il lui fut a l o r s m o n t r e que l'ange lui avait d é r o b e une


sorte de c h a r t e s u r l a q u e l l e ces m o t s étaient écrits
avec son s a n g : Dieu est fidèle et sans aucune injustice^
el plus b a s : J'aimerais mieux mourir que de me séparer
de vous par le péché.. O r , le m a l i n m ê m e , s u r p r i s e
p a r un a s s a u t de l ' e n n e m i , elle avait résisté p a r ces
deux a r g u m e n t s . L a n g e lui dit : « V o i l à ce q u e tu as
p e n s é a u j o u r d ' h u i . O r , s a c h e - l e bien : toutes les fois
q u e l ' h o m m e se p r o p o s e d e p r é f é r e r la m o r t au p é c h é ,
en c o m b a t t a n t les p e n s é e s et l e s d é s i r s m a u v a i s , cette
volonté e s t a u s s i l ô t a g r é é e d e D i e u c o m m e si l'inten-
tion avait été suivie de l'acte l u i - m ê m e , »
Se p r o s t e r n a n t a l o r s a u x p i e d s du S e i g n e u r , elle
g é m i t d ' a v o i r p a s s é tout le t e m p s de sa vie d a n s
l'inutilité, et elle p r i t la r é s o l u t i o n d e d e m e u r e r s u r
la t e r r e p o u r y e n d u r e r j u s q u ' a u d e r n i e r j u g e m e n t ,
t o u t e s l e s d o u l e u r s et t o u t e s l e s souffrances p o s s i -
b l e s . L e S e i g n e u r lui dit : « P o u r r é p a r e r t e s négli-
gences et r e g a g n e r le t e m p s p e r d u , salue m o n C œ u r
d a n s sa b o n t é d i v i n e , c a r il e s t la s o u r c e et l ' o r i g i n e
de tout b i e n . Salue m o n C œ u r d a n s la s u r a b o n d a n c e
d e l à g r â c e qui a d é c o u l é , d é c o u l e et d é c o u l e r a s a n s
c e s s e d e lui s u r les s a i n t s e t s u r les â m e s d e t o u s les
élus. Salue cette eau pleine d e d o u c e u r q u i a jailli
t a n t de fois de m o n C œ u r infiniment b o n , p o u r
e n i v r e r t o n â m e au t o r r e n t d e s d i v i n e s v o l u p t é s . »
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE ÏX 247

CHAPTTKE IX.

9. SALUTATION ET CONSOLATION OU SEIGNEUR.

elle avait s a l u e du fond d e son c œ u r le lîien-


C OMME
A i m é de son â m e , il lui r é p o n d i t : « L o r s q u e lu me
s a l u e s , j e le r e n d s la s a l u l a l i o n ; l o r s q u e lu nie loues,
je me l o u e m o i - m ê m e en loi ; l o r s q u e Lu me r e n d s
g r â c e s , j e r e n d s m o i - m ê m e g r â c e s à Dieu le P è r e , en
loi et p a r loi. » E l l e dit a l o r s : <c Mon B i e n - A i m é , quel
esl d o n c ce salut q u e v o u s a d r e s s e z à m o n â m e ? j e
n e l ' e n t e n d s p a s ? — Ma s a l u l a t i o n n'est p a s a u t r e
c h o s e , r é p o n d i t - i l , q u e ma t e n d r e affection. Une
m è r e c a r e s s e l'enfant qu'elle tient s u r ses genoux el
lui a p p r e n d les m o t s qu'il doit lui a d r e s s e r ; alors
l'enfant r é p è t e ce qu'il v i e n t d ' a p p r e n d r e , g u i d é p a r
lalcçon maternelle p l u s q u e p a r sespropres sentiments,
et p o u r t a n t ces p a r o l e s d'enfant s o n t si a g r é a b l e s à la
m è r e qu'elle r é c o m p e n s e v o l o n t i e r s son (ils p a r un
b a i s e r . D e m ê m e m o i , j ' a p p r e n d s à u n e â m e p a r une
i n s p i r a t i o n d i v i n e , p a r un m o u v e m e n t d ' a m o u r , com-
m e n t elle doit m'offrir ses h o m m a g e s ; et q u a n d elle
le fait, j e les a c c e p t e d a n s toute l'étendue de ma ten-
d r e s s e p a t e r n e l l e , et j e l a s a l u e cn r e t o u r p a r ma grâce,
m ê m e si elle n e s'aperçoit p a s de celle faveur.
« L e s œ u v r e s d é p o u r v u e s de s a v e u r p o u r l ' h o m m e
peuvent c e p e n d a n t p l a i r e à D i e u . Il faut s a v o i r q u e si
u n e p e r s o n n e loue D i e u , le p r i e ou fait une a u t r e action
sans y avoir a u c u n a l l i a i t , Dieu, en qui rien ne croîl
ni ne d é c r o î t p a r c e qu'il est à jamais i m m u a b l e , goûte
248 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

cependant, cette œ u v r e ctracccplc l o u t a u s s i v o l o n t i e r s .


L e S e i g n e u r D i e u n e se p o r t e v e r s sa c r é a t u r e q u e
p a r un m o u v e m e n t dont Ja c a u s e est en l u i - m ê m e el.
en son rrmour C'est son bon p l a i s i r et l'avantage d ' u n e
â m e , q u i p o r t e n t Dieu à l ' a t t i r e r p a r ses c h a r m e s ,
et à la fondre en son a m o u r ; m a i s q u a n d elle n é p r o u v e
plus a u c u n goût, il lui fait u n m e i l l e u r accueil p o u r
ainsi d i r e , c a r il d é s i r e parfois exercer la fidélité de
ceux q u i l ' a i m e n t . »

C H A P I T R E X.

10. COMMENT l / l I O M M E D O I T É L E V E R S O N COEUR VERS


DIEU.

- j N E n u i t qu'elle ne p o u v a i t d o r m i r , elle dit au


T J S e i g n e u r : « O h ! q u e ce t e m p s de silence s e r a i t
bon et favorable p o u r m ' e n l r c t e n i r avec v o u s ! » L e
S e i g n e u r r é p o n d i t : « T u n e p o u r r a s jamais te t r o u v e r
d a n s u n e si g r a n d e foule q u e tu n e sois seule a v e c m o i ,
si lu le t o u r n e s e n t i è r e m e n t v e r s m o i . » E t voici q u ' e l l e
aperçut c o m m e une c o u r o n n e e n forme d e c i b o r i u m
qui d e s c e n d a i t du ciel j u s q u ' a u - d e s s u s de son l i t ; elle
s c m b ï s i t être faite de perles r o u g e s et b l a n c h e s . L e s
r o u g e s r a p p e l a i e n t le s a n g de J é s u s - C h r i s t r é p a n d u
avecav'ilanl de profusion q u e s'il eût été s a n s v a l e u r ;
les b l a n c h e s , sa vie sainle et i n n o c e n t e . L e S e i g n e u r
se m o n t r a aussi au milieu d e la c o u r o n n e ; il a c c o r d a à
Pâme ses doux e m b r a s s c m c n l s el lui a d r e s s a d'ineffa-
bles d i s c o u r s . Le visage du S e i g n e u r brillait c o m m e
TROISIÈME PARTIE, CHAPITRE X 249
r é c l a i r d ' u n c l u m i è r c d c f c u , cl aussitôt celle-ci c o m p r i t
q u e les â m e s e m p r u n t e n t l e u r b e a u t é el l e u r éclat au
r a y o n n e m e n t m ê m e de celte d i v i n e face.
E l l e vit a u s s i le C œ u r d u S e i g n e u r ouvert ; il mesn.-
r a i l e n v i r o n deux p a l m e s . Son a s p e c t était celui d u n e
(lamine a r d e n t e plutôt q u e d ' u n b n îsier i s** c o u l e u r
était a d m i r a b l e t a n d i s q u e sa forme défiait toute d e s -
c r i p t i o n . Le S e i g n e u r d i l : <c Ainsi ai-jc voulu que
les c œ u r s de tous les h o m m e s fussent e m b r a s é s du
feu de l ' a m o u r . »
Q u e l q u e s e x e m p l e s m o n t r e r o n t c o m m e n t on peut
p r a t i q u e r ce q u e d e m a n d e ici le S e i g n e u r . Q u a n d u n e
p e r s o n n e est s e u l e , qu'elle élève s a n s cesse son c œ u r
v e r s D i e u , qu'elle s ' e n t r e t i e n n e avec lui c t l e désire du
fond de son â m e , p o u s s a n t v e r s lui de profonds
s o u p i r s . Cette c o n v e r s a t i o n continuelle avec Dieu
a l l u m e r a s o n c œ u r de l ' a m o u r divin.
Q u a n d elle se t r o u v e en c o m p a g n i e d'autres p e r -
s o n n e s , qu'elle g a r d e son attention dirigée vers D i e u ,
a u t a n t q u e p o s s i b l e , et p a r l e v o l o n t i e r s de l u i . C'est
a i n s i q u ' o n a t t i s e le feu de l ' a m o u r chez soi et chez
autrui.
Il c o n v i e n t e n c o r e q u e l ' h o m m e fasse t o u t e s ses
a c t i o n s en v u e d e D i e u , p o u r le louer, et qu'il a b a n -
d o n n e p a r a m o u r p o u r Dieu toute chose défendue.
Enfin les a d v e r s i t é s et les c h a r g e s doivent être
acceptées p o u r l ' a m o u r de Dieu et p o r t é e s avec
patience»
LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

CHAPITRE XL

11. JOUIR D E LA GRACE EST CE Q U ' l L V A DE P L U S


PARE AIT.

E S e i g n e u r lui d o n n a cetle i n s t r u c t i o n ; « L o r s q u e
L j e r é p a n d s s;.r loi ma g r â c e , laisse là t o u t e s
c h o s e s , s u s p e n d s Ion activité, en s o i i c q u e , libre et
dégagée, lu j o u i s s e s a v e c p l é n i t u d e de celte g r â c e .
T u ne peux rien faire a l o r s d e meilleur el de plus
a v a n t a g e u x . L o r s q u e tu récites un p s a u m e ou quel-
q u e p r i è r e j a d i s récitée p a r les s a i n t s s u r la t e r r e ,
ils p r i e n t tous avec toi. L o r s q u e tu m é d i t e s ou t'en-
tretiens avec moi. les s a i n t s en sont tous d a n s la joie
el me b é n i s s e n t . »

C H A P I T R E XII.

12. DE TROIS DISPOSITIONS DU CŒUR HUMAIN.

ENDANT sa p r i è r e , la s e r v a n t e du C h r i s t dit au
P Seigneur : « Q u e ne puis-je d e s c e n d r e d a n s les
p r o f o n d e u r s d e l à t e r r e p o u r v o u s faire e n t e n d r e mes
g é m i s s e m e n t s , o v o u s qui êtes mille fois d é s i r é ! » Le
Seigneur lui répondit : « Q u e l avantage en r e t i r e r a i s -
tu ? P a r t o u t Les s o u p i r s m'attirent vers toi. L e c œ u r
h u m a i n ne peut vivre sans r e s p i r e r l ' a i r ; ainsi l'âme
qui ne vil pas de mon e s p r i t est m o r t e . Il y a trois
o u v e r t u r e s dans le c œ u r de l ' h o m m e : une p o u r r e s -
TROISIEME PARTIE. C H A P I T R E XIII. 251

p i r c r , une p o u r recevoir lu n o u r r i t u r e , une nuire p o u r


d i s t r i b u e r les forces au corps entier. Ainsi le c œ u r de
l'Ame a trois p o r t e s P a r la p r e m i è r e , il attire à soi mon
esprit divin, qui entretient sa vie. P a r la seconde, i
renouvelle ses forces au moyen de la parole de Dieu,
qui lui est d o n n é e c o m m e le p l u s solide des a l i m e n t s ,
p a r les p r é d i c a t i o n s et les e n s e i g n e m e n t s écrits. P a r
la troisième, il d o n n e v i g u e u r aux m e m b r e s moyen-
n a n t les œ u v r e s de la c h a r i t é . O r , c o m m e J'amc n'a
point de m e m b r e s , sa c h a r i t é doit s'exercer s u r les
m e m b r e s de l'Eglise qu'elle r e g a r d e r a c o m m e étant
les s i e n s . Ainsi elle p r é s e n t e r a à Dieu des louanges
et des actions de g r â c e s p o u r les j u s t e s cl les bons ;
des p r i è r e s p o u r l'avancement des imparfaits et p o u r
la c o n v e r s i o n des p é c h e u r s ; p o u r les affligés, afin
qu'ils soient c o n s o l é s , et p o u r les «mes du p u r g a t o i r e ,
afin qu'elles soient purifiées, el b i e n t ô t méritent d'être
appelées aux j o i e s du ciel. »

C H A P U R E XIII.

13. TROIS INSTRUCTIONS RONNES ET UTILES

ENDANT la p r i è r e , elle rendait grâces au Seigneur


P p o u r l ' œ u v r e de n o t r e r é d e m p t i o n , el elle en
était arrivée à le r e m e r c i e r d ' a v o i r daigné se faire
b a p t i s e r pour n o u s , lorsqu'il lui dit : « J e veux le
baptiser. » Au m ê m e instant, une eau a b o n d a n t e jaillit
avec impétuosité du C œ u r d i v i n , cl submergea son
a m e . Le S e i g n e u r ajouta : « J e veux être ta mari aine
L e s m a r r a i n e s i n s t r u i s e n t l e u r s iilles spirituelles, j e
252 LU U V M K OE LÀ GRACE SPÉCIALE.

t ' a p p r e n d r a i d o n c Irois c h o s e s . L a p r e m i è r e , c'est que


tu dois s u p p o r t e r loulc peine s p i r i t u e l l e ou c o r p o r e l l e ,
non p o u r toi, m a i s p o u r m o i , c o m m e si j e les souffrais
en toi. L a s e c o n d e , c'est qu'il le sera bon Ax> r e c e v o i r
avec joie el r e c o n n a i s s a n c e tous les s e r v i c e s et les
bienfaits d'uulrui, c o n n u e si le p r o c h a i n s'adressait à
moi el non à toi. La t r o i s i è m e , c'esl q u e tu dois vivre
p o u r moi si c o m p l è t e m e n t q u e lu p u i s s e s a t t r i b u e r à
m o i - m ê m e , et n o n à loi, tout l ' e n s e m b l e de tes actes ;
en un m o l , ne sois p l u s q u ' u n v ê t e m e n t dont je me
c o u v r e et s o u s lequel j e p u i s s e o r d o n n e r et e x é c u t e r
toutes tes a c t i o n s . »

CHAPITRE XIV.

.14, COMMENT L'iïOMME P E U T S*ATTRIliUER TOUTE, LA VIE


OE JÉSUS-CHRIST.

ENDANT u n e m e s s e solennelle, où elle s'était sentie


1 p a r e s s e u s e et e n d o r m i e , elle se plaignit avec
trisLesse au S e i g n e u r d e sa négligence. Il lui dit : « Si
lu n e t r o u v a i s en loi r i e n q u i te d é p l u t , c o m m e n t
r e c o n n a î t r a i s - t u ma b o n t é à ton é g a r d ? » E l l e se
r e s s o u v i n t a l o r s d ' u n e p e r s o n n e dont elle c o n n a i s s a i t
le c h a g r i n , se mil à p r i e r p o u r elle, cl reçut du
S e i g n e u r u n e r é p o n s e a p p r o p r i é e à son élal 11 lui dit,
e n t r e a u t r e s c h o s e s : « Et p o u r q u o i d o n c cette p e r -
s o n n e ne v o u d r a i t - e l l e pas recevoir ce q u e je suis
p r ê t à lui d o n n e r ? Ma t r è s s a i n t e et i n n o c e n t e vie s u r
la t e r r e , j e la lui offre v o l o n t i e r s tout entière ; qu'elle
la p r e n n e et qu'elle s u p p l é e p a r là ù ce qui lui
TROISIÈME PARTIE, C H A P I T R E XIV. 253

m a n q u e . » CcJJe-ci rej)ril : « Si v o u s aimez tant q u e


l'on s ' e m p a r e d e ce qui est à v o u s , dites-moi, je v o u s
p r i e , ô D i e u très d o u x , dites-moi c o m m e n t il faut s'y
p r e n d r e . » Il r é p o n d i t : « Q u ' o n offre à Dieu le P è r e
tous ses désirs, i n t e n t i o n s et p r i è r e s u n i s à m e s
d é s i r s et à m e s p r i è r e s . Cette offrande m o n t e r a v e r s
Dieu et sera a g r é é e c o m m e ne formant plus q u ' u n avec
la m i e n n e , ainsi q u e d i v e r s a r o m a t e s jetés e n s e m b l e
s u r le feu ne p r o d u i s e n t q u ' u n e seule fumée qui m o n t e
Iroîl au ciel. T o u t e p r i è r e offerte cn union avec ma
p r i è r e est v r a i m e n t agréée de Dieu c o m m e le parfum
d'un encens p r é c i e u x . Q u o i q u e t o u t e p r i è r e p é n è t r e
le ciel, elle n'a pas la m ê m e v a l e u r , si elle n'est pas
unie à la m i e n n e .
Q u ' o n a c c o m p l i s s e aussi ses t r a v a u x et ses actions
en u n i o n de m e s l a b e u r s et de m e s œ u v r e s . L e s
œ u v r e s de l ' h o m m e p e u v e n t être ennoblies p a r ce
m o y e n , c o m m e le c u i v r e fondu avec l'or perd sa
p r o p r e n a t u r e p o u r p r e n d r e la v a l e u r du métal p r é -
cieux. U n e p o i g n é e de froment jetée s u r u n tas d e blé
semble se m u l t i p l i e r ; ainsi les œ u v r e s de l ' h o m m e ,
qui ne s o n t r i e n p a r e l l e s - m ê m e s , s'accroissent q u a n d
on les j o i n t a u x m i e n n e s ; et l e u r v a l e u r se t r a n s -
forme. Q u e T h o m m e règle ses m o u v e m e n t s , ses
forces, ses s e n t i m e n t s , ses p e n s é e s , ses p a r o l e s , toute
sa vie enfin s u r la m i e n n e : a l o r s elle se t r o u v e r a
rajeunie et e n n o b l i e , c o m m e u n bel oiseau aui r e n o u -
vellerait sa j e u n e s s e cn passant d'un climat h u m i d e
et d'un air oestilentîe! d a n s une a t m o s p h è r e saine el
vivifiante^ C'est ainsi que l ' h o m m e t e r r e s t r e p e u t , d e
sa vie on vieillie, p a s s e r à u n e vie nouvelle, devenir
tout céleste el s'unir à moi. )i
D o n c , mes frères très c h e r s , r e c e v a n t avec une pro*
254 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE»

fonde r e c o n n a i s s a n c e celle faveur si h a u t e de l'enno-


b l i s s e m e n t divin, e m p a r o n s - n o u s de la très sainle vie
d u C h r i s t p o u r s u p p l é e r à tout ce qui m a n q u e d a n s
nos m é r i t e s . Efforçons-nous, selon notre p o u v o i r , de
n o u s r e n d r e s e m b l a b l e s à lui p a r nos v e r t u s , c a r ce
sera n o i r e gloire s u p r ê m e d a n s l'éternelle b é a t i t u d e .
Q u e l l e gloire en effet peut ê t r e plus g r a n d e (pie de
n o u s r a p p r o c h e r , p a r u n e c e r t a i n e r e s s e m b l a n c e , de
celui qui est la s p l e n d e u r d e la lumière éternelle I

C H A P I T R E XV.

15. LES MEMRRES DU CHRIST SONT POUR NOUS COMME


D E ERILLANTS MIROIRS.

ETTE m ê m e s e r v a n t e de Dieu lut un j o u r p r e s s é e de


C se p l a i n d r e à la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie
d'un obstacle qu'elle c r o y a i t a v o i r r e n c o n t r é d a n s le
s e r v i c e du S e i g n e u r . « A v a n c e , lui r é p o n d i t la très
sainle Vierge, et tiens-toi avec r é v é r e n c e d e v a n t m o n
F i l s . » Cette p a r o l e lui fil a u s s i t ô t c o m p r e n d r e q u e si
q u e l q u e obstacle s u r g i t d a n s le service d e D i e u , à cause
de l'altitude d'autrui à n o t r e égard ou de d i s p o s i t i o n s
p e r s o n n e l l e s r e s s o r t a n t des faits e x t é r i e u r s , des
d é s i r s , des r é m i n i s c e n c e s , n ' i m p o r t e quel obstacle
enfin doit être reçu p a r n o u s c o m m e un m e s s a g e r du
S e i g n e u r . 11 faut d o n c aller a u - d e v a n t de lui avec
respect, el le r e n v o y e r p o u r ainsi dire vers Dieu, p a r
la l o u a n t e et l'action de g r â c e s .
A l o r s celle-ci se p r o s t e r n a ; en se relevant, elle vît
deux m i r o i r s placés s u r les g e n o u x du S e i g n e u r ; des
TROISIÈME PARTIE. C H A P I T R E XV. 255

m i r o i r s aussi s u r ses v ê l e m e n t s , et s u r sa ooitrine uu


d e r n i e r m i r o i r si brillant qu'il p a r a i s s a i t c o m m u n i q u e r
son celai à t o u s les a u t r e s . Cette image signifiait q u e
les m e m b r e s de J é s u s - C h r i s t , d a n s leurs actions, relui-
sent p o u r n o u s c o m m e des m i r o i r s , c a r ses œ u v r e s
p r o c è d e n t de son C œ u r p a r l ' a m o u r . Ses p i e d s c'est-à-
s

dire ses d é s i r s , sont si b r i l l a n t s à n o s yeux ; ils n o u s


font voir c o m b i e n n o s p a s s o n t l e n t s , q u a n d il s'agit
des choses d i v i n e s , et c o m m e ils m a n q u e n t souvent
leur but d a n s les choses h u m a i n e s . Les genoux du
Christ s o n t d e s m i r o i r s d ' h u m i l i t é , ils se s o n t bien d e s
fois plies p o u r n o u s d a n s la p r i è r e et ils ont l o u c h é
t e r r e q u a n d le M a î t r e lava les p i e d s des a p ô l r e s . L à
nous p o u v o n s confesser n o t r e orgueil, qui n o u s em-
pêche de n o u s h u m i l i e r , c e n d r e et p o u s s i è r e que n o u s
s o m m e s . L e C œ u r d u Christ est p o u r nous le m i r o i r
du plus a r d e n t a m o u r ; n o u s p o u v o n s y voir la tiédeur
de noire c œ u r à l'égard de Dieu et du p r o c h a i n , La
bouche du Christ est p o u r n o u s le m i r o i r des s u a v e s
discours de l o u a n g e et d'action de grâces ; n o u s
pouvons y d é c o u v r i r toutes n o s p a r o l e s inutiles el nos
péchés d ' o m i s s i o n d a n s la p r i è r e et d a n s la louange
divine. L e s yeux d u Seigneur s o n t p o u r m o u s les
m i r o i r s de la vérité d i v i n e ; n o u s p o u v o n s y voir les
t é n è b r e s d e n o t r e infidélité, q u i font obstacle en n o u s
à la c o n n a i s s a n c e de la vérité. L e s oreilles du S e i g n e u r
sont des m i r o i r s d ' o b é i s s a n c e : en effet, autant le Sei-
gneur fut toujours prêt à r e n d r e obéissance à son
P è r e , a u t a n t il est m a i n t e n a n t toujours attentif à nos
prières.
LE MVlil- OK LA GRACK SPÉCIALE,

C H A P I T R E XVI.

16. COMMENT L'HOMME VIT S E L O N L E RON PLAISIR


OE ni E U .

N j o u r , a p r è s la s a i n t e c o m m u n i o n , c o m m e elle
U désirait s a v o i r ce q u e le S e i g n e u r voulait d'elle,
il lui lit cette r é p o n s e : « S o r t o n s d a n s la c a m p a g n e . »
E t aussitôt, il lui s e m b l a se t r o u v e r d a n s un c h a m p
é m a i l l é de r o s e s , de lis, de violettes et d e mille fleurs
g r a c i e u s e s . L e s r o s e s d é s i g n a i e n t les m a r t y r s ; les
lis, les vierges ; les violettes et les a u t r e s fleurs s y m -
bolisaient les v e u v e s et tous les s a i n t s . II y avait la
a u s s i u n magnifique c h a m p de blé, où le S e i g n e u r
a s s i s , était c o m m e e n f e r m é d e s q u a t r e c ô t é s d a n s Je
froment. Celle-ci c o m p r i t q u e le c h a m p signifiait t o u t
le fruit qu'avait r a p p o r t é à l'Eglise l ' H u m a n i t é de
J é s u s - C h r i s t D e s r o s s i g n o l s et des a l o u e t t e s , faisant
e n t e n d r e l e u r s plus doux c h a n t s , v o l t i g e a i e n t a u t o u r
du Seigneur ; les r o s s i g n o l s d é s i g n a i e n t les â m e s
é p r i s e s d ' a m o u r , el les a l o u e t t e s , celles q u i a c c o m -
plissent l e u r s b o n n e s a c t i o n s avec joie et m a n s u é t u d e .
U semblait aussi q u ' u n e c o l o m b e p r e n a i t son r e p o s
s u r le sein du Seigneur, s y m b o l e des â m e s s i m p l e s
qui reçoivent les d o n s célestes s a n s c a l c u l , q u i n e dis-
c u l c n l ni ïes oeuvres de D i e u , ni celles des h o m m e s .
C'est en elles s u r t o u t q u e le S e i g n e u r p r e n d ses
délices.
Celle-ci, toutefois, voulait savoir p o u r q u o i le Sei-
g n e u r était enfermé de tous côtés c o n n u e p a r les
rtftrfrffKME PARTIE. C H A P I T R E XVI. 2i)7

q u a t r e m u r s d u n e m a i s o n . A l o r s elle vit en e s p r i t
q u e la vie de J é s u s - C h r i s t s u r la lerre est c o m m e
divisée en q u a t r e p a r t i e s qu'elle pouvait c o n s i d é r e r
p o u r a p p r e n d r e à g o u v e r n e r sa p r o p r e existence.
Le Chrisl fut p r e m i è r e m e n t fervent de c œ u r . E l l e
devrait à s o n e x e m p l e , q u a n d elle serait d a n s la
solitude, p o r t e r toujours son attention vers Dieu, en
c o n s i d é r a n t , soit la D i v i n i t é , soit les œ u v r e s de la
sainte H u m a n i t é , soit les o p é r a t i o n s de Dieu d a n s ses
saints, soit ce q u e la divine m i s é r i c o r d e lui avait déjà
a c c o r d é . Le C h r i s t fut s e c o n d e m e n t d o u x et sociable
avec t o u s ; ainsi clevrait-elle se m o n t r e r aimable et
d o u c e , ne b l e s s e r p e r s o n n e p a r une parole m o r d a n t e ,
mais au c o n t r a i r e ne s ' e n t r e t e n i r q u e des actions de
N o t r e - S e i g n e u r et des s a i n t s , et de ce qui peut être
a v a n t a g e u x à a u t r u i . T r o i s i è m e m e n t , le Christ ne (il
j a m a i s q u e d e s œ u v r e s utiles, guérissant les c o r p s el
les âmes ; ainsi devrait-elle s ' a p p l i q u e r s o i g n e u s e m e n t
à a g i r c n tout d ' u n c œ u r d o u x et joj'cux.. Q u a t r i è m e -
m e n t , le C h r i s l fut d u n e s o u v e r a i n e patience d a n s
les p e r s é c u t i o n s et les d o u l e u r s ; ainsi devrait-elle
d e m e u r e r s a n s a u c u n e a i g r e u r d a n s les peines el les
injures. La b r e b i s au p â t u r a g e hèle s o u v e n t ; m a i s ,
c o n d u i t e à la m o r t , elle se lait d e v a n t le b o u r r e a u .
Ainsi l a m e fidèle doit être d a n s la c r a i n t e q u a n d clic
ne ressent a u c u n g e n r e de p e i n e ; mais au tejyos de la
t r i b u l a t i o n , elle est en pleine s é c u r i t é .
Alors celle-ci pria le S e i g n e u r de lui a p p r e n d r e
comment elle p o u r r a i t vivre à c h a q u e instant selon son
bon plaisir. L e S e i g n e u r lui dit : « Chaque m a t i n , en
te levant, offre-moi ton c œ u r p o u r que j ' y v e r s e m o n
divin a m o u r A la messe, sois a v e c moi c o m m e en u n
festin où tous se r é u n i s s e n t , d o n t nul n'est excepté,
258 L E L I V R E D E LA GRACE SPECIALE

niais ou tous a u s s i p a r t i c i p e n t à la d é p e n s e , c'est-à-


d i r e , a p p o r t e n t l e u r s p r i è r e s . M o i , le S e i g n e u r , j e
g u é r i s là toutes les b l e s s u r e s p a r la libéralité de ma
Majesté d i v i n e ; j e r e m e t s les p é c h é s , , j ' e n r i c h i s d e
v e r t u s ceux qui sont p a u v r e s et je c o n s o l e t o u s les
affligés. » L ' â m e lui dit : « S e i g n e u r , q u e faites-vous
l o r s q u e j e p r i e ou q u e je réciie des p s a u m e s ? —
J ' é c o u t e , r é p o n d i t le S e i g n e u r ; q u a n d tu c h a n t e s ,
j ' a c c o r d e m a voix a v e c la t i e n n e , q u a n d lu travailles
je m e r e p o s e , et p l u s tu es attentive et zélée à l ' o u v r a g e ,
plus m o n r e p o s e n toi est d o u x . L o r s q u e lu m a n g e s ,
j e travaille, p a r c e q u e j e m e n o u r r i s d e toi cl.toi de
moi ; enfin, l o r s q u e tu d o r s , j e veille cl j e le g a r d e . »

CHAPITRE XVII.

17. COMMENT ON DOIT SALUER LE CŒUR DIVTN ET


OFFRIR SON CŒUR A DIEU EN LUI DEMANDANT DE
GARDER NOS SENS.

m a l i n dès ton l e v e r , s a l u c l e C œ u r t e n d r e et fort


L E

de Ion très d o u x a m a n t , c a r c'est de lui q u e tout


bien, toute j o i e , t o u t e félicité ont d é c o u l é , d é c o u l e n t
cl d é c o u l e r o n t s a n s fin, au ciel et s u r la t e r r e . E m p l o i e
toutes tes forces à v e r s e r ton p r o p r e c œ u r d a n s ce
C œ u r divin, en lui disant : L o u a n g e , b é n é d i c t i o n ,
gloire et salut au t r è s doux cl très bienveillant C œ u r
de J é s u s - C h r i s t , m o n très fidèle a m a n t ! J e v o u s r e n d s
grâces p o u r la g a r d e fidèle d o n t v o u s m'avez e n t o u r é e ,
p e n d a n t cette nuit, où v o u s n'avez c e s s é d'offrir à Dieu
TUOTSIÈMK PAltriK. CHAPITKK XVII. 250

le P è r e les actions de g r â c e s et les h o m m a g e s q u e j e


lui d e v a i s .
« E t m a i n t e n a n t , ô m o n u n i q u e a m o u r , j e v o u s offre
m o u c œ u r c o m m e u n e r o s e fraîchement é p a n o u i e ,
dont le c h a r m e attire v o s yeux tout le j o u r el d o n t le
p a r f u m réjouisse v o t r e d i v i n C œ u r . J e vous offre aussi
m o n c œ u r c o m m e u n e c o u p e qui v o u s servira à v o u s
a b r e u v e r de v o t r e p r o p r e d o u c e u r et des opéra-
tions q u e v o u s daignerez o p é r e r en moi a u j o u r d ' h u i .
J e v o u s offre m o n c œ u r c o m m e u n e g r e n a d e d'un goiq
e x q u i s , digne de p a r a î t r e à v o t r e royal festin, afin que
v o u s l'absorbiez si bien en v o u s - m ê m e qu'il se sente
d é s o r m a i s h e u r e u x au d e d a n s de votre C œ u r divin.
J e v o u s p r i e de d i r i g e r a u j o u r d ' h u i loules mes p e n s é e s ,
m e s p a r o l e s , m e s a c t i o n s et m o n bon vouloir selon le
bon p l a i s i r de v o t r e très b é n i g n e volonté. »
« F a i s ensuite le signe de la croix e n disant : Au n o m
du P è r e , el d u F i l s et d u S a i n t - E s p r i t . P è r e saint,
u n i e à l ' a m o u r de v o t r e très aimable F i l s , j e vous
r e m e t s m o n e s p r i t . E l tu r é p é t e r a s celte parole au com-
m e n c e m e n t d e les a u t r e s a c t i o n s ; entrée au c h œ u r ,
i n t o n a t i o n des H e u r e s , o r a i s o n particulière. A p r è s
cela, aie foi en D i e u , qui n e laissera d e m e u r e r sans
fruit a u c u n e d e les a c t i o n s .
a Confie à la divine S a g e s s e la vue intérieure et exté-
r i e u r e , afin qu'elle le d o n n e la lumière el q u e tu
c o n n a i s s e s , o u t r e ses v o l o n t é s , tout ce qui lui est
a g r é a b l e Confie ton oreille à la divine m i s é r i c o r d e ,
afin q u ' e l l e l ' a c c o r d e d e c o m p r e n d r e tout ce q u e tu
dois e n t e n d r e ce j o u r - l à , el ne le laisse ni v o i r ni
é c o u t e r rien de n u i s i b l e . R e c o m m a n d e tes lèvres el la
voix à la fidélité d i v i n e , la p r i a n t de r é p a n d r e en loi
la s a v e u r de son E s p r i t , afin q u e tout ce q u e lu dois
260 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

d i r e ce j o u r - l à en soil r e m p l i ; q u e ta b o u c h e ne
s'ouvre q u e p o u r In l o u a n g e et l'action de g r â c e s , cl
q u e celte fidélité d i v i n e te g a r d e d e t o u t e faute.
Confie tes m a i n s à la c l é m e n c e d i v i n e , afin q u ' e l l e
u n i s s e tes œ u v r e s aux s i e n n e s , q u ' e l l e les sanctifie et
les r e n d e p a r f a i t e s , en les é l o i g n a n t de tout m a l .
R e c o m m a n d e ton c œ u r à l ' a m o u r afin qu'il le c a c h e
en son C œ u r divin et l ' e m b r a s e à tel p o i n t qu'il ne
p u i s s e d é s o r m a i s g o û t e r ni j o i e , ni d é l e c t a t i o n t e r -
restre.
« A la m e s s e , offre de n o u v e a u t o n c œ u r à Dieu ;
qu'il soit purifié, s é p a r é de t o u t e p r é o c c u p a t i o n
h u m a i n e a v a n t la S e c r è t e , et ainsi p r é p a r é à r e c e v o i r
les effusions d e l ' a m o u r divin, q u i d o i v e n t b i e n t ô t
d é b o r d e r s u r t o u t e s les p e r s o n n e s p r é s e n t e s . »
P e n d a n t la m e s s e , cette s e r v a n t e de D i e u vit le
C œ u r de J é s u s - C h r i s t s y m b o l i s é p a r u n e l a m p e t r a n s -
p a r e n t e c o m m e le p l u s p u r cristal et a r d e n t e c o m m e
la flamme. Celle l a m p e laissait d é b o r d e r d e t o u s côtés
son i n c o m p a r a b l e d o u c e u r q u i , p l u s s u a v e q u e le
miel, p é n é t r a i t les c œ u r s de tous les d é v o l s a s s i s t a n t s .
L e feu signifiait l ' a r d e u r de ce divin a m o u r q u i p o r t a
le C h r i s t à s'offrir p o u r n o u s à D i e u le P è r e , s u r l'autel
de la croix. L a d o u c e u r r é p a n d u e signifiait la s u r a -
b o n d a n c e des b i e n s et de la félicité q u ' i l n o u s a d o n n é s
d a n s s o h ' p r o p r c C œ u r . O u i , n o u s a v o n s v r a i m e n t en
lui tout ce qui peut n o u s ê t r e s a l u t a i r e et utile, c'est-
à-dire la louange et l'action de g r â c e s , la p r i è r e ,
l ' a m o u r , le d é s i r , la satisfaction, enfin tout ce qui
peut c o m p e n s e r toutes nos n é g l i g e n c e s .
TROISIÈME PARTIR- CHAPITR» XVUI, 201

CHAPITRE XVIII.

18. SATISFACTION D E LHOMMK POUR SES NÉGLIGENCES.

NE a u t r e fois, c o m m e elle priait le S e i g n e u r p o u r


U u n e p e r s o n n e e t l u i d e m a n d a i t ce qu'il accepterait
c o m m e r é p a r a t i o n d e ses négligences, clic r e ç u t de
l ' E s p r i t - S a i n t cette r é p o n s e : « Q u ' e l l e r é c i t e trois
fois c h a q u e j o u r le Laudaie Domimim ownes génies.
Au p r e m i e r , dés l ' a u r o r e , elle p r e n d r a l'enfant J é s u s
p a r la m a i n et le p r é s e n t e r a à Dieu le P è r e , avec les
œ u v r e s de son enfance, p o u r s u p p l é e r à t o u t le bien
qu'elle a o m i s d ' a c c o m p l i r , q u a n d elle était enfant.
E l l e dira le second Laudaie à la messe, et, p r e n a n t
le S e i g n e u r J é s u s c o m m e F i a n c é de son â m e , elle
s ' a c c u s e r a , d e v a n t D i e u le P è r e , de n'avoir p a s r e n d u
à cet E p o u x u n j u s t e r e t o u r de fidélité et d e t e n -
d r e s s e et tout le r e s p e c t q u i lui est d û . E l l e se
r a p p e l l e r a les bienfaits r e ç u s g r a t u i t e m e n t de l u i , car
elle était p a u v r e et vile q u a n d il a d a i g n é l ' e n r i c h i r
de ses b i e n s . Enfin, elle offrira à Dieu le P è r e le très
a r d e n t a m o u r et les v e r t u s qui c a r a c t é r i s è r e n t le
C h r i s t , au temps de sa j e u n e s s e .
Mais celle-ci, au s o u v e n i r de sa p a u v r e t é p e r s o n -
nelle, dit au S e i g n e u r : « H é l a s ! quelle t r i s t e et
m i s é r a b l e épouse v o u s avez ! J e ne p o r t e r a i s certes
pas l ' a n n e a u , signe de fidélité, si je ne le r e c e v a i s
de vous I » Aussitôt le S e i g n e u r lui m o n t r a un cercle
assez g r a n d p o u r e n f e r m e r ensemble le S e i g n e u r et
l'âme. S u r cet i m m e n s e a n n e a u brillaient sept perles
2G2 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

fines. Elle c o m p r i t que ces p e r l e s désignaient sept


m a n i è r e s s p é c i a l e s d o n t le S e i g n e u r vient v e r s n o u s à
la sainle m e s s e .
Il d e s c e n d d ' a b o r d d a n s u n e telle humilité qu'il n'y
a p a s de c r é a t u r e si vile v e r s l a q u e l l e il ne s'incline,
p o u r v u q u e l l e le d é s i r e .
P u i s il vient d a n s la patience, c a r il n'est a u c u n
p é c h e u r , a u c u n e n n e m i qu'il n e s u p p o r t e et n ' a b s o l v e ,
p o u r v u qu'il le t r o u v e r e p e n t a n t .
Il vienl là a v e c un si g r a n d amour q u e le c œ u r le
p l u s Iroïd et le plus o b s t i n é peut s'y e m b r a s e r ci se
fondre d ' a m o u r , s'il consent à n e p a s r é s i s t e r .
11 vient a v e c u n e si g é n é r e u s e libéralité qu'il n'est
pas de p a u v r e qui ne p u i s s e ê t r e p a r là magnifique-
ment enrichi.
Il se d o n n e à tous sous la f o r m e d'une nourriture si
d o u c e , si d é l i c i e u s e et si forte q u e tout m a l a d e et
tout affamé p e u v e n t t r o u v e r la s a n t é et plein r a s s a s i e -
ment.
Il vient d a n s u n e telle clarté qu'il n ' y a pas de c œ u r
assez a v e u g l e et assez t é n é b r e u x p o u r n ' ê t r e p o i n t
purifié et illuminé p a r sa p r é s e n c e .
Il v i e n t enfin, tellement r e m p l i d e sainteté et de
fl/vict», q u e l ' h o m m e Je plus lâche et le m o i n s dévot peut
secouer là sa t o r p e u r el s'enflammer de d é v o t i o n .
L e s o i r , <>lle dira le troisième Laudate Dominum en
p r e n a n t le S e i g n e u r J é s u s a v e c t o u t e sa t r è s parfaite
vie. E l l e la p r é s e n l c i a à Dieu le P è r e p o u r r é p a r e r
ses n é g l i g e n c e s , et d e m a n d e r a q u e p a r lui, il soit
suppléé à lout.es ses i m p e r f e c t i o n s . D e p l u s , sî elle
veut r e c o u v r e r c o m p l è t e m e n t tout ce qu'elle a perdu,
mal fait ou négligé, elle s ' a p p r o c h e r a souvent du très
noble et très digne s a c r e m e n t de J é s u s - C h r i s t , p a r c e
TROISIEME PARTIE CHAPITRE XIX. 2iVô
qu'il contient tous les b i e n s cl fait trouver l o u l e s les
grâces.

CHAPITRE XIX.

19. Q t M E EST RON D ' A S S I S T E R A EA M E S S E .

N j o u r , c o m m e sa faiblesse l'empêchai! d'aller


U plus loin, elle resta d a n s le cloître p o u r e n t e n d r e
la m e s s e ; m a i s elle en gémit, se plaignant à Dieu
d'être tenue à l'écart. Le S e i g n e u r répondit a u s s i t ô t :
« Où tu e s , je s u i s . » Elle demanda alors si l'on
p e r d r a i t q u e l q u e c h o s e h n ' e n t e n d r e la m e s s e q u e de
loin. Le S e i g n e u r lui dil : « Il est bon d'être p r é s e n t ; si
c'est i m p o s s i b l e , i l faut s'efforcer du m o i n s d'être assez
p r è s p o u r e n t e n d r e les p a r o l e s , car l ' A p o l r e dit : La
parole de Dieu esl vivante, efficace et pénétrante.
( H e b r . i v , 1 2 . ) L a p a r o l e de Dieu en effet vivifie l'âme,
r é p a n d en elle la j o i e s p i r i t u e l l e , ainsi qu'on le voit
chez les fidèles cl les g e n s s i m p l e s q u i , s a n s com-
p r e n d r e les l e c t u r e s , en r e s s e n t e n t n é a n m o i n s une
joie spirituelle qui les excite h la pénitence. L a parole
de Dieu fait p r o d u i r e à l a m e des vertus réelles, des
œ u v r e s b o n n e s ; elle p é n è t r e p o u r illuminer. Q u a n d
d o n c rînfirmilé, u n e o b é d i e n c e ou q u e l q u e cause
r a i s o n n a b l e e m p ê c h e une p e r s o n n e d ' a s s i s t e r à la
m e s s e , n ' i m p o r t e où elle esl, je suis avec clic. »
Celle-ci r e p r i t : « O S e i g n e u r , dites-moi m a i n -
tenant q u e l q u e s p a r o l e s de la messe q u ' o n c é l è b r e ,
pour c o n s o l e r m o n â m e . » L e Seigneur r é p o n d i t :
« V o i c i q u ' o n c h a n t e les trois Aynns Dci. P a r l e p r e -
i() âAINTK MKCUTJLDF.-
2(H LE LIVRE OE LA ORAOE SPÉCIAL;-;»

m i e r , j e m'offre à Dieu le P è r e , p o u r v o u s , avec m o n


h u m i l i t é el ma p a t i e n c e . P a r le s e c o n d , j e m'offre
avec l ' a m e r t u m e de mes d o u l e u r s , p o u r être v o i r e
r é c o n c i l i a t i o n . Au t r o i s i è m e , j e m'offre avec t o u t
l ' a m o u r d e mon divin C œ u r , p o u r s u p p l é e r à tous les
biens q u i m a n q u e n t aux h o m m e s . » Le: S e i g n e u r
ajouta : « J e te l'allirmc, voici ce q u e j e ferai p o u r
celui qui eniond la m e s s e a v e c zèle et dévotion : je
lui e n v e r r a i à sa d e r n i è r e h e u r e , p o u r le c o n s o l e r , le
défendre et faire un cortège d ' h o n n e u r à son a m e ,
a u t a n t de n o b l e s p e r s o n n a g e s de ma céleste c o u r
qu'il a u r a e n t e n d u de m e s s e s s u r la t e r r e . »
U n e a u t r e fois, en a l l a n t à la m e s s e , elle vit le
S e i g n e u r d e s c e n d r e du ciel, r e v ê t u de b l a n c . Il disait :
« Q u a n d les h o m m e s se r e n d e n t à l'église, ils d e v r a i e n t
se p r é p a r e r p a r la p é n i t e n c e , se f r a p p e r la p o i t r i n e et
confesser l e u r s p é c h é s . A l o r s ils p o u r r a i e n t aller a u -
devant de m a divine l u m i è r e et la r e c e v o i r en eux-
m ê m e s . C'est cette l u m i è r e q u e désigne la b l a n c h e u r
éclatante d e m o n v ê l e m e n t . »

C H A P I T R E XX.

20- COMMENT ON D O I T C H A S S E R LA T O R P E U R
ET L E SOMMEIL.

N j o u r d'été cette p i e u s e et d é v o t e vierge, q u i


U a s p i r a i t t o u j o u r s avec a r d e u r v e r s les c h o s e s
célestes, vit q u e l q u e s s œ u r s n o n c h a l a n t e s et e n d o r -
mies p e n d a n t la messe. D i r i g é e p a r le zèle de la j u s t i c e
et en m ê m e t e m p s p a r un s e n t i m e n t de piété, elle dit au
T R O I S I È M E P A R T I E . CHAPITRE XX. 2bT>
S e i g n e u r : « A h ! S e i g n u r D i e u , qu'est-ce d o n c que
r h o m i n e faible el m i s é r a b l e , p u i s q u e m ê m e p e n d a n t
les s a i n t s m y s t è r e s , il ne peut s ' e m p ê c h e r de d o r m i r ? »
A quoi l e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Si l'on p e n s a i t aux
joies du ciel ou s e u l e m e n t aux peines de l'enfer, on
c h a s s e r a i t b i e n le s o m m e i l . — Mais p o u r ceux à. qui
il n'est p a s d o n n é d e le faire, répondit-elle, c o m m e n t
s'en tireront-ils ? » Il r e p r i t : « Celui qui p o s s é d e r a i t
un ami très c h e r , g é m i r a i t s'il était p r i v é de sa familia-
rité. D e m ê m e si l'on réfléchissait q u e je suis l'ami
infiniment t e n d r e et fidèle, q u e j e d é c o u v r e à q u i -
c o n q u e p a r v i e n t a u p r è s de m o i des secrets dignes de
c o n t e n t e r p l e i n e m e n t tout d é s i r et tonte volonté de
s a v o i r , on s e r a i t j u s t e m e n t excité à p r e n d r e cn moi
ses délices. Si l'on p e n s a i t à la s a v e u r d o n t j e puis
r a s s a s i e r les c œ u r s , si Ton savait c o m b i e n est p u i s -
sant celui qui m e p o s s è d e et qui par là est libre de
ma p r o p r e l i b e r t é , p o u r a c c o m p l i r s a n s e n t r a v e s tout
ce qu'il veut, j e t'affirme q u ' o n c h a s s e r a i t bien le
sommeil »
A p r è s d e d o u x c o l l o q u e s e n t r e D i e u et son â m e , le
Seigneur lui dit e n c o r e : « J e suis à loi, j e suis cn la
p u i s s a n c e , c o n d u i s - m o i d o n c où lu v o u d r a s . » Elle le
conduisit a l o r s au c h œ u r , vers les s œ u r s , à qui il
témoigna sa t e n d r e affection c o m m e s'il faisait un
cadeau à c h a c u n e . C e p e n d a n t celle-ci d e m a n d a au
Seigneur ce qu'il l e u r avait d o n n é , el il répondit :
« L e souffle de mon E s p r i t . — Quel profil en retire-
ront-elles V Le souille de m o n Esprit fait ressentir à
l a m e u n e c e r t a i n e d o u c e u r , d ' o ù naît le gout d e Dieu. Si
l'ame veut se p r ê t e r cl se d i s p o s e r à r e c e v o i r davan-
tage, la r e c o n n a i s s a n c e v i e n d r a . Si elle p r a t i q u e la
r e c o n n a i s s a n c e , cn n e r e c e v a n t aucun dou de Dieu
2f>6 T,K LIVRE DE LA GRÂCE SPÉCIALE.

s a n s en r e s s e n t i r u n e g r a t i t u d e spéciale, elle s'élancera


v i g o u r e u s e m e n t v e r s le bien, et il a r r i v e r a ainsi q u e
s'avançant d e j o u r en j o u r d a n s la v e r t u , elle se t r o u -
vera enfin d a n s l ' a b o n d a n c e d e tous les b i e n s . »

CHAPITRE XXL

2!. COMMENT ON DOTT CONTEMPLER SON AME.


SPÉCIALEMENT AVANT D E COMMUNIER.

N j o u r qu'elle devait c o m m u n i e r et qu'elle ne se


U t r o u v a i t ni d i g n e , ni p r é p a r é e , le S e i g n e u r lui
«lit: <( Voici q u e je me d o n n e tout entier à toi p o u r
être ta p r é p a r a t i o n . » E t il plaça son C œ u r s u r le
c œ u r de la S a i n t e et a p p u y a la téle s u r sa tête. Celle-
ci dit a l o r s : « Mon S e i g n e u r , p a r la clarté de v o i r e
visage, i l l u m i n e z la face de m o n Ame. » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « Q u ' e s t - c e q u e la face de ton aine ? »
C o m m e elle g a r d a i t le s i l e n c e , le S e i g n e u r dil lui-
m ê m e : <( L a face de ton Ame est l'image de la s a i n t e
T r i n i t é . Cette image, ton â m e doit la c o n t e m p l e r
sans cesse s u r m o n visage c o m m e d a n s un m i r o i r
1
p o u r v o i r s'il ne s'y trouve a u c u n e t r a c e d' p é c h é . »
Celle-ci c o m p r i t p a r ces p a r o l e s «pic si Ton o c c u p e
sa m é m o i r e de pensées t e r r e s t r e s et inutiles, on souille
l'imagb d i v i n e . De m ê m e , q u a n d on a p p l i q u e sa
r a i s o n , c'est-à-dire son intelligence, à la s a g e s s e et
aux c u r i o s i t é s de ce m o n d e , on salit e n c o r e le visage
de son Ame. Q u a n d on se m e t en d é s a c c o r d avec la
volonté d i v i n e , q u a n d on a i m e quoi que ce soit h o r s
de Dieu el qu'on s e d é l e c t e d a n s les choses p a s s a g è r e s ,
TROISIÈME PARTIE. C H A P I T R E XXTÏ. 267

on d é g r a d e en soi l'image d e D i e u . P u i s q u e l'amc,


eapLive du c o r p s , c o n t r a c t e d e n o m b r e u s e s s o u i l l u r e s
au c o n t a c t d e s c h o s e s t e r r e s t r e s , il i m p o r t e que d a n s
ce m i r o i r , t y p e l u m i n e u x et i n a l t é r a b l e , qu'est la face
de Dieu, elle c o n t e m p l e souvent son visage, s u r t o u t
l o r s q u ' e l l e va r e c e v o i r le s a c r e m e n t du Seigneur.
Si l'épouse est belle, son teint est b l a n c et rose ; si
l'amc veut e n t r e t e n i r sa b l a n c h e u r , la fréquente
confession el le s o u v e n i r constant de la P a s s i o n
p o u r r o n t y ajouter la fraîcheur des r o s e s . »

C H A P I T R E XXII.

22. COMMENT ON DOIT S E P R É P A R E R A EA SAINTE


COMMUNION.

NE a u t r e fois, avant de c o m m u n i e r , elle dit au


U S e i g n e u r : « A h ! très d o u x Dieu, a p p r e n e z - m o i à
me p r é p a r e r a i ! royal festin de v o t r e C o r p s et de votre
Sang a d o r a b l e s . » A quoi le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Q u e
firent mes disciples q u a n d je les envoyai p r é p a r e r la
P â q u e que je d e v a i s m a n g e r le s o i r avec eux, avant ma
P a s s i o n ? » A u s s i t ô t , il lui p a r u t se t r o u v e r d a n s u n e
maison m e r v e i l l e u s e p a r sa g r a n d e u r , où elle vil u n e
table d°or c o u v e r t e d ' u n e n a p p e el de riche; vaisselle.
Le S e i g n e u r dit : « Celle m a i s o n désigne l'ampleur de
mon i m m e n s e l a r g e s s e , qui accueille t r i o m p h a l e m e n t
dans sa libéralité q u i c o n q u e vient à elle. Celui qui
voudra c o m m u n i e r peut se réfugier a u p r è s de ma
clémente g é n é r o s i t é : elle l'accueillera avec une mater-
268 LE L I V R E D E LA G R A C E SPECIALE.

ncllc b o n t é , et le p r o t é g e r a c o n t r e t o u s les d a n g e r s ,
L a table e s t l ' a m o u r , p r é s d u q u e l celui q u i doit c o m -
m u n i e r t r o u v e r a un s û r accès ; il e n r i c h i r a l ' i n d i g e n c e
d e l a m e C D lui c o m m u n i q u a n t tous ses b i e n s . La
n a p p e est m a t e n d r e s s e : c o m m e u n e étoffe s o u p l e et
d o u c e au t o u c h e r , elle tend f o r t e m e n t à se r a p p r o c h e r
de l ' h o m m e . D a n s ma t e n d r e s s e , la c r é a t u r e t r o u v e
un refuge a s s u r é , p a r c e q u e le s o u v e n i r de ma dou-
c e u r et d e m a m i s é r i c o r d e d o i t la r e n d r e a u d a c i e u s e
p o u r r e c h e r c h e r el o b t e n i r t o u t ce qui est n é c e s s a i r e
à son salut. »
S u r la t a b l e p a r u t u n a g n e a u p l u s b l a n c q u e la
neige. Il touchait du pied, l'un a p r è s l ' a u t r e , c h a c u n
des plats et des c o u p e s d e c e l l e table ; ce geste les
r e m p l i s s a i t a u s s i t ô t de m e t s et de b r e u v a g e s v a r i é s .
Cet a g n e a u était le C h r i s t , s e u l e n o u r r i t u r e et v é r i t a b l e
r a s s a s i e m e n t des â m e s . D a n s celte m a i s o n , deux
vierges très belles faisaient le service : elles se n o m -
m a i e n t M i s é r i c o r d e et C h a r i t é . L a M i s é r i c o r d e était
p o r t i è r e : a p r è s avoir i n t r o d u i t les a r r i v a n t s , elle les
plaçait à la t a b l e , tandis q u e la Charité s e r v a i t les
c o n v i v e s , cl versait l a r g e m e n t à boire à tous les i n v i t é s .

CHAPITRE XXIII.

23. AVEC Q U E L DÉSIR O N D O I T S*APPROGlfER D E LA

SAINTE COMMUNION.

1
j l l e posail le signe pour indiquer quelle
C OMME

devait c o m m u n i e r , elle dit au S e i g n e u r : « Ecrivez

1 . Il est p r o b a b l e , d'après» ce c b n p î l r e , q u e les m o n i a l e s d'tlelJ'la


TROISIEME PARTIE, CHAPITRE XXIII. 2G9
m o n nom d a n s vol.ro C œ u r , ô S e i g n e u r 1res a i m a b l e ,
el inscrivez a u s s i v o t r e doux n o m d a n s m o n c œ u r
p a r u n s o u v e n i r p e r p é t u e l . » Le Seigneur lui dil :
« L o r s q u e t u veux c o m m u n i e r , reçois-moi c o m m e si
tu p o s s é d a i s tous les désirs et tout l'amour d o n t un
c œ u r h u m a i n p e u t j a m a i s cire enflamme : ainsi tu
r a p p r o c h e r a s a v e c le plus g r a n d a m o u r p o s s i b l e . E l
moi, j ' a c c e p t e r a i de loi cet a m o u r , non tel qu'il s'y
t r o u v e r é e l l e m e n t , m a i s c o m m e s'il était aussi a r d e n t
q u e tu a u r a i s s o u h a i t é qu'il le fût ».

24. D E SEPT PTERRES PRÉCrEUSES.

NE a u t r e fois, en p o s a n t le m ê m e signe, elle dit :


U « E c r i v e z , S e i g n e u r , m o n n o m d a n s votre C œ u r . »
E l aussitôt il lui sembla q u e le S e i g n e u r avait s u r la
poitrine c o m m e des lettres d ' o r e n r i c h i e s de p i e r r e s
p r é c i e u s e s ; elle vit la p r e m i è r e lettre de son n o m cl
en a p p r i t la signification. Elle r e c h e r c h a ensuite les
n o m s de q u e l q u e s p e r s o n n e s qui s'étaient r e c o m -
m a n d é e s à ses p r i è r e s , et elle trouva aussi q u e les
p r e m i è r e s l e t t r e s de l e u r s n o m s étaient ornées de sept
p i e r r e s p r é c i e u s e s . La p r e m i è r e de ces p i e r r e s dési-
gnait la p u r e t é du c œ u r ; la s e c o n d e , le s o u v e n i r
assidu d e l à v i e et des p a r o l e s du C h r i s t ; la troisième,
l ' h u m i l i t é ; la q u a t r i è m e , l ' a c c r o i s s e m e n t d e s œ u v r e s
b o n n e s . La c i n q u i è m e désignait la patience d a n s les
adversités ; la sixième, l ' e s p é r a n c e ; la s e p t i è m e
enfin, l ' a m o u r des c h o s e s célestes. Voilà ce q u e doit
p o s s é d e r celui q u i se d i s p o s e à Ja sainte c o m m u n i o n .

avaient u n e m a n i è r e d ' a v e r t i r la sacristine q u a n d elles d e v a i e n t


c o m m u n i e r ; cet u s a g e se trouve f r é q u e m m e n t d a n s les m o n a s -
tères.
270 LE L I V R E D E LA ORAGE SPÉCIALE.

CHAPITRE XXIV.

25. COMMENT ON D O I T S ' A P P R O C H E R D E LA COMMUNION»

A c o u t u m e de la s e r v a n t e du C h r i s t était de
L m é d i t e r avec plus de soin la P a s s i o n de J é s u s -
C h r i s t a v a n t d e c o m m u n i e r . Si parfois elle négligeait
cette p r a t i q u e , elle c r a i g n a i t d ' a v o i r m a n q u é g r a v e -
m e n t , p a r c e que le S e i g n e u r a dit : Faites ceci en
mémoire de moi ( L u c . x x n , lî)). C'est p o u r q u o i , a p r è s
a v o i r p r i é Dieu de lui e x p l i q u e r le sens de ces p a r o l e s ,
elle fut i n s t r u i t e p a r l ' E s p r i t - S a i n l , et les c o m p r i t
c o m m e il va s u i v r e : « Hoc facile in mea mcommemora-
tionem : faites ceci en m é m o i r e d e m o i , » il y a trois
c h o s e s à se r a p p e l e r au m o m e n t de la sainte com-
m u n i o n . L a p r e m i è r e est cet é t e r n e l a m o u r d o n t Dieu
n o u s a i m a i t a v a n t q u e n o u s a y o n s r e ç u l'être. P r é -
v o y a n t n o s c r i m e s et n o t r e perfidie, il a c e p e n d a n t
d a i g n é n o u s c r é e r a son i m a g e et à sa r e s s e m b l a n c e ;
n o u s d e v o n s lui en r e n d r e g r â c e s .
L a s e c o n d e est cet a m o u r i m m e n s e qui a tiré
le F i l s d e D i e u d u sein des ineffables d é l i c e s qu'il
goûtait d a n s la gloire d u P è r e , p o u r i n c l i n e r sa majesté
infinie j u s q u ' a u fond de la m i s è r e qui est n o t r e lot
d a n s les liens d ' A d a m . L a faim, le froid, le c h a u d ,
la l a s s i t u d e , la t r i s t e s s e , les m é p r i s , les souffrances
et la p l u s i g n o m i n i e u s e des m o r t s , il a tout e n d u r é
avec u n e ineffable p a t i e n c e , afin d e n o u s d é l i v r e r
d e toutes n o s m i s è r e s .
L a troisième est cet a m o u r i n s o n d a b l e a v e c lequel
TROISIEME PARTIE. CHAPITRE XXV. 271

îl n o u s r e g a r d e à tout m o m e n t et p r e n d soin de n o u s ,
avec u n e t e n d r e s s e de p è r e , a p r è s avoir été n o i r e
c r é a t e u r et n o t r e r é d e m p t e u r . C o m m e un t e n d r e
frère, il i n t e r c è d e toujours p o u r n o u s a u p r è s du P è r e ;
il règle et Iraite ce qui n o u s c o n c e r n e , c o m m e u n
avocat et u n m i n i s t r e fidèle.
O n doit se r a p p e l e r ces trois vérités à toute h e u r e ,
mais s p é c i a l e m e n t l o r s q u ' o n p r e n d part au céleste
b a n q u e t q u e n o t r e très d o u x A m o u r n o u s a laissé,
c o m m e le t e s t a m e n t à j a m a i s m é m o r a b l e de son indi-
cible t e n d r e s s e .

C H A P I T R E XXV.

26. DE EA TMPLE ONCTION D E E AME.

PRÈS a v o i r prié p o u r u n e p e r s o n n e qui s'était


A plainte à elle de r e s s e n t i r m o i n s de dévotion lors-
qu'elle c o m m u n i a i t , elle lui d o n n a cette i n s t r u c t i o n
de la p a r t d u S e i g n e u r : « L o r s q u e tu v o u d r a s c o m -
m u n i e r , si t u s e n s ton c œ u r t i è d e d a n s la p r i è r e , s a n s
désir ni a m o u r , c r i e d e t o u t e s tes forces v e r s D i e u et
dis : Entraînez-moi après vous ; nous courrons à Vodeur
de vos parfums (Gant, i, 3). A cette parole : entraînez,
s o n g e c o m b i e n vigoureux et i m m e n s e fut l ' a m o u r q u i
e n t r a î n a le D i e u t o u t - p u i s s a n t à l'ignominieux s u p -
plice d e l à c r o i x . Souhaite q u e celui qui a dit : Quand
f aurai èièèlevè déterre, f attirerai tout à moi ( J e a n , x n ,
32), attire à lui ton c œ u r ainsi q u e toutes les forces de
ton a m e et te fasse c o u r i r d a n s l ' a m o u r et le désir, à
272 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

l ' o d e u r des t r o i s paiTums s o r t i s du t r è s n o b l e coffret


de son C œ u r p o u r e m b a u m e r le ciel et la t e r r e .
« L e p r e m i e r d e ces p a r f u m s est u n e eau de r o s e , q u e
l ' a m o u r a distillée d a n s le f o u r n e a u de la c h a r i t é , d e
la très n o b l e r o s e qui est d a n s la p o i t r i n e du S e i g n e u r .
E m p l o i e ce parfum p o u r l a v e r la face de ton â m e ; et
si, a p r è s u n s é r i e u x e x a m e n , lu y t r o u v e s q u e l q u e
tache de p é c h é , d e m a n d e qu'elle soil lavée d a n s la
fontaine d e m i s é r i c o r d e où s'est purifié le l a r r o n s u r
la c r o i x .
« L e s e c o n d parfum esl ce vin r o u g e d u n o b l e
s a n g q u e le p r e s s o i r a fait jaillir s u r la c r o i x , et q u i
e s l s o r t i a v e c l'eau, d e la b l e s s u r e v e r m e i l l e d u C œ u r
d i v i n . D e m a n d e q u e la face d e ton à m c soit colorée
p a r ce vin : ce sera d i g n e p r é p a r a t i o n à ce g r a n d
banquet.
« L e t r o i s i è m e parfum est la d o u c e u r s u r e x c e l l e n t c
cl s u r a b o n d a n t e du C œ u r divin que l ' a m e r t u m e m ê m e
d e l à m o r t n'a p u a l t é r e r . O n l'appelle b a u m e ; il r e m -
p o r t e s u r t o u t a u t r e p a r f u m a r o m a t i q u e et p e u t g u é r i r
t o u t e s les l a n g u e u r s d e l ' â m e . D e m a n d e q u e ce p a r -
fum soil r é p a n d u d a n s ton c œ u r , afin q u e ton â m e
goûte el s e n t e c o m b i e n le S e i g n e u r e s l d o u x ; qu'elle
s'engraisse» se dilate et s ' i n c o r p o r e à celui q u i s'est
d o n n é p a r un si g r a n d a m o u r .
« E t si t u c o n t i n u e s à n e p a s r e s s e n t i r la d o u c e u r des
p a r f u m s , tu d e m a n d e r a s q u e ton fidèle et t e n d r e
a m a n t daigne ne p a s p r e n d r e e n d é g o û t ton insipidité*
et qu'il réchauffe en lui la f r o i d e u r ; c a r l u i seul doit être
glorifié en t o u t e s tes œ u v r e s , ici bas et à tout j a m a i s . »

1 . Ce mot est e m p l o y é d a n s son sens l a t i n : a b s e n c e d e goiîL


L e lecteur p e u t e s s a y e r d e s u p p l é e r à n o t r e t r a d u c t i o n p a r u n e
autre expression.
TROISIÈME PARTI E . CHAPITRE XXVII. 273

CHAPITRE XXVI.

27. COM&'EN IL E S T RON P O U R l / l l O M M E OE C0MM0N1KR


FRÉQUEMMENT.

clic priaiL p o u r u n e p e r s o n n e qui s'effrayait


( I O M M R

de c o m m u n i e r t r o p s o u v e n t , Je S e i g n e u r lui
r é p o n d i t : « P l u s on c o m m u n i e , plus l a m e d e v i e n t
p u r e , de m ê m e q u e le c o r p s esl plus p r o p r e q u a n d on
le lave p l u s f r é q u e m m e n t . P l u s une p e r s o n n e c o m -
m u n i e , p l u s a u s s i j ' o p è r e en elle et elle en m o i , de
s o r t e q u e ses œ u v r e s d e v i e n n e n t plus saintes. E t plus
u n e p e r s o n n e esl zélée p o u r la c o m m u n i o n , p l u s elle
se plonge p r o f o n d é m e n t en m o i , pénètre d a n s l'abîme
d e m a D i v i n i t é et dilate s o n a m e , dont la capacité
s'accroît p o u r c o n t e n i r la D i v i n i t é , de m ê m e q u e si
l'eau c o u l e s o u v e n t s u r u n m ê m e t e r r a i n , elle s'y
c r e u s e u n lit p l u s p r o f o n d , d a n s lequel l'eau peut
couler toujours d a v a n t a g e . »

CHAPITRE XXVII.

28. COMMENT LE CŒUR D E L'IÏOMME s ' U N I T A U CŒUR

DE DIEU,

LLE venait de r e c e v o i r le s a c r e m e n t du saint


E C o r p s de J é s u s - C h r i s t , q u a n d il lui s e m b l a , a p r è s
de doux c o l l o q u e s , q u e le S e i g n e u r lui p r e n a i t le
c œ u r et le pétrissait tellement avec le sien qu'ils ne
274 L E LIVRE Ï>E LA GRACE SPÉCIALE.

faisaient p l u s q u ' u n seul c œ u r . E t il lui dit : « Ma


v o l o n t é est q u e les c œ u r s d e s h o m m e s m e soient
tellement u n i s p a r l e u r s d é s i r s que la c r é a t u r e ne
s o u h a i t e plus r i e n , m a i s d i s p o s e t o u t e s ses a s p i r a t i o n s
selon m o n C œ u r . A i n s i l o r s q u e les v e n t s souillent de
deux côtés, on ne d i s t i n g u e p l u s l e u r s c o u r a n t s ,
« La c r é a t u r e doit é g a l e m e n t n f è t r e u n i e d a n s ses
o p é r a t i o n s . S'il s'agit, p a r e x e m p l e , de m a n g e r ou de
dormir, q u e l l e dise en son c œ u r : Seigneur, en union
de cet a m o u r p a r lequel v o u s avez créé p o u r moi cette
c h o s e utile et en avez usé v o u s - m ê m e s u r la t e r r e ,
je l'accepte p o u r v o t r e é t e r n e l l e l o u a n g e et à c a u s e
d e la nécessité que m o n c o r p s en r e s s e n t . E n faisant
u n e action p a r o b é i s s a n c e , q u ' o n dise : S e i g n e u r , en
union de cet a m o u r q u i v o u s a fait t r a v a i l l e r d e v o s
m a i n s et v o u s fait e n c o r e o p é r e r s a n s r e l â c h e d a n s
m o n â m e , j ' a c c o m p l i r a i la t â c h e q u e v o u s venez d e
m ' e n j o i n d r e , p o u r v o t r e g l o i r e et p o u r l'utilité d e m o n
p r o c h a i n . Et p a r c e q u e v o u s avez dit : Sans moi IHMS
ne pouvez rien faire (Jean, xv, 5), j e v o u s p r i e d ' u n i r
cet acte à v o t r e très parfaite o p é r a t i o n , et d e le r e n d r e
parfait, afin qu'il soit s e m b l a b l e à la g o u t t e d'eau
t o m b é e d a n s u n g r a n d fleuve d o n t elle suit n a t u r e l l e -
m e n t a l o r s t o u s les c o u r a n t s .
« Enfin l'union doit s ' a c c o m p l i r p a r l ' a c c o r d des
v o l o n t é s , c est-à-dire q u ' o n veuille t o u t ce q u e j e
veux, d a n s l ' a d v e r s i t é c o m m e d a n s la p r o s p é r i t é . Un
alliage d e l é t a u x p r é c i e u x fondu d a n s le c r e u s e t
n e p e u t plus s u b i r de s é p a r a t i o n ; ainsi l ' h o m m e , p a r
l'amour, devient à j a m a i s u n seul e s p r i t a v e c moi, ce
q u i est le p l u s h a u t p o i n t de la perfection et de la
v e r t u en cette v i e . »
'IJIOIS1ÈME PAHTIE 011 \ P I T I i E XXVIII. 2771

CHAPITRE XXVifl.

2U. I M Ï N E AIUIOIHK A T l i O I S COM P A K T I M K N T S , S Y M B O L E

DU CO'ÎUK HUMAIN.

N E n u i r e fois, a p r è s a v o i r reçu le C o r p s d u Sei-


U g n e u r , elle vit d e v a n t elle u n e a r m o i r e m e r v e i l -
l e u s e m e n t d é c o r é e d'or ci de p i e r r e s p r é c i e u s e s , dont
l ' i n t é r i e u r était blanc et divisé en trois parties. L e haut
c o n t e n a i t d e s vases d ' o r ; la p a r t i e du milieu, de r i c h e s
v ê t e m e n t s , cl celle du b a s , u n e sorte de m e t s très
d é l i r a i . Cette a r m o i r e était un symbole d u c œ u r
h u m a i n , r e m p l i de v e r t u s et d e b o n n e s œ u v r e s .
L e s v a s e s à or placés d a n s le c o m p a r t i m e n t du h a u t
r e p r é s e n t a i e n t les c œ u r s d e s saints, toujours p r ê t s à
r e c e v o i r la grâce du S a i n t - E s p r i t . Nous d e v o n s les
imiter en p r é p a r a n t les n o i r e s à accepter la g r â c e du
m ê m e S a i n t - E s p r i t . La c o u l e u r blanche de l ' a r m o i r e
signifiait (pie l'ame dont la volonté est de plaire a
Dieu, doil g a r d e r son c œ u r p u r cl libr^ de tout ce
qui est t e r r e s t r e , sans se p r é o c c u p e r des n i i o n s des
hommes.
Les a c t i o n s d c J é s u s - C h r i s l en son H u m a n i t é étaient
désignées p a r les r i c h e s v ê t e m e n t s placés d a n s la
s e c o n d e partie de l ' a r m o i r e . Il y en avait de q u a t r e
s o r t e s : v ê t e m e n t s de p o u r p r e , ornés de trèfles d ' o r ;
v ê l e m e n t s v e r t s , b r o c h é s de roses d ' o r ; vêlements
d ' a / u r , p a r s e m é s d'étoiles d ' o r ; enfin des vèlemeuls
r o u g e s , relevés d e lis également cn o r .
E t c o m m e elle se d e m a n d a i t avec s u r p r i s e ce
10*
270 LE UVEE OE LA CRACK SPECIALE.

q u e tout cela signifiai), elle r e c u l du S e i g n e u r celle


r é p o n s e : « T u c h o i s i r a s un vêtement p o u r moi selon
le d é s i r de Ion c œ u r . L o r s q u e lu Joueras m o n
enfance, qui c o n t e n a i t en soi loulc la majesté de la
T r i n i t é , tu me d o n n e r a s la r o b e de p o u r p r e , o r n é e
de trèfles d'or- L o r s q u e lu feras m é m o i r e de m o n
a d o l e s c e n c e , lu me c o u v r i r a s de la t u n i q u e verte,
b r o c h é e de r o s e s d'or. E l l e d é s i g n e les délices de ma
Divinité cpie j e s u i s v e n u c o m m u n i q u e r aux. h o m m e s
scion eellc p a r o l e : Mes délices sont d'être avec les
enfants des hommes ( P r o v . v m , «il). Moi qui suis Fils
d e D i e u - d a n s t o u t e la p l é n i t u d e de la D i v i n i t é , j ' a i été
iils de la Vierge, fils de l ' h o m m e ; et à la V i e r g e , ma
M è r e , à elle seule, j ' a i c o m m u n i q u é p l e i n e m e n t les
délices de ma Divinité. »
Celle-ci dit : « P o u r q u o i , S e i g n e u r t r è s a i m a b l e , si
p e u d ' h o m m e s ont-ils goûté à ces délices p e n d a n t
v o t r e vie ? ~ Ils ne le p o u v a i e n t a v a n t que je les
e u s s e acquis p o u r ainsi d i r e , p a r ma P a s s i o n et p a r
ma m o r t , » r é p o n d i t - i l . Elle dit e n c o r e : « Q u e s i g n i -
fient, S e i g n e u r , les v ê l e m e n t s r o u g e s ? — Ma P a s s i o n ,
toute r o u g e de s a n g , dit le S e i g n e u r ; q u a n t à ma m o r t
très i n n o c e n t e , elle est e x p r i m é e p a r les lis d'or.
Q u a n d tu en feras m é m o i r e , tu me c o u v r i r a s d e ce
vêtement \ .0
Celle-ci dil e n c o r e : « Q u e signifient ces m e t s dé-
posés d a n s la p a r t i e inférieure de l ' a r m o n s ? ^ L e
S e i g n e u r r é p o n d i t : « La s a v e u r d e s g r â c e s et les
délices que l'Ame peut g o û t e r en ce m o n d e d a n s le
s a c r e m e n t de l ' E u c h a r i s t i e , où sont v r a i m e n t c o n t e -

1 . O n r e m a r q u e r a q u e le s y m b o l i s m e d u vêtement couleur
d ' a z u r n'est pns d o n n é p a r ln suinte
THOTSTÈME PARTIE, CHAPITRE XXIX. 277

n u e s toute g r â c e e.L toute d o u c e u r . L ' h o m m e qui reçoit


le s a c r e m e n t me n o u r r i t et j e le n o u r r i s . » E l l e repril :
« M a i s p o u r q u o i , S e i g n e u r , ce mets est-il placé d a n s
la p a r t i e i n f é r i e u r e ? — P a r c e que je te suis plus
intime q u e t o u t ce qu'il y a d e plus intime, » conclut
le S e i g n e u r

CHAPITRE XXIX.

30. DES SEPT HEURES CANONIALES.

A s e r v a n t e du C h r i s t , a p r è s avoir entendu p r ê c h e r
L un j o u r s u r les n o c e s , dit au S e i g n e u r : « H é l a s !
o m o n t e n d r e E p o u x , quelle infidèle épouse j e vous
suis tous les j o u r s ! Je n'ai j a m a i s témoigné m o n
a m o u r d ' é p o u s e c o m m e j e le devais, à v o u s , mon
E p o u x v é r i t a b l e ! » A u s s i t ô t le Seigneur lui a p p a r u t
dans u n e gloire ineffable et délicieuse, en d i s a n t : « La
c o u t u m e v e u t parfois q u ' a p r è s un voyage de l'époux
dans un pays très éloigné, les époux au r e t o u r
r e n o u v e l l e n t l e u r s n o c e s . Il faut que je fasse de même.
P o u r l'Ame qui a i m e , un seul j o u r loin de moi est
plus p é n i b l e q u e mille a n s de s é p a r a t i o n p o u r une
épouse de fa i e r r e . » Il plaça d o n c son C œ u r divin s u r
le c œ u r de sa b i e n - a i m é e en lui disant : « D é s o r m a i s
mon C œ u r esl à toi el le Lien à moi. » P u r un doux
c m b r a s s c m c n l où il mit toute sa force d i v i n e , il
attira tellement celle a m e qu'elle semblait ne plus
faire qu'un seul esprit avec lui.
Elle dit ensuite au S e i g n e u r : « L ' é p o u s e p r o d u i t
h a b i t u e l l e m e n t des fruits p o u r sou é p o u x ; quel fruit, ô
278 LE LIVKE D E LA G R A C E SPÉCIALE.
r

t r è s vaillant E p o u x , v o u s r a p p o r l c r a i - j c ? — Cluupie
j o u r , r é p o n d i t le S e i g n e u r , tu m e d o n n e r a s sept fils.
D ' a b o r d p e n d a n t la nuit, q u a n d tu te l è v e r a s , p a r r é v é -
r e n c e p o u r l ' a m o u r qui m'a livré c h a r g é de c h a î n e s
aux m a i n s d e s i m p i e s , et m'a r e n d u o b é i s s a n t j u s q u ' à
la m o r t , tu d i s p o s e r a s ton c œ u r à o b é i r en ce j o u r à
tout ce qui te sera enjoint ce j o u r - l à , m ê m e si tu d e v a i s
a c c o m p l i r un acte h é r o ï q u e , c o m m e en font les saints.
V e r s P r i m e , p a r r e s p e c t p o u r celle h u m i l i t é a v e c la-
quelle j ' a i c o m p a r u d e v a n t un j u g e i n d i g n e c o m m e un
très doux a g n e a u , s o u m e t s - t o i à toute c r é a t u r e , à c a u s e
de m o i , el sois p r ê t e à e x é c u t e r de vils et h u m b l e s t r a -
1
v a u x . A T i e r c e , à c a u s e de cet a m o u r p o u r lequel j ' a i
voulu être m é p r i s é , c o n s p u é et r a s s a s i é d ' o p p r o b r e s ,
estime-toi digne d ' ê t r e a b a i s s é e et v i l i p e n d é e . À S e x t e ,
crucifie le m o n d e à ton é g a r d et sois crucifiée au
m o n d e . P e n s e q u e moi, ton a m a n t , j ' a i été, p a r a m o u r ,
attaché à la croix ; par c o n s é q u e n t , toutes les délices et
les d o u c e u r s du m o n d e ne d o i v e n t p l u s ê t r e p o u r loi
q u ' u n e croix a m è r e . A N o u e , m e u r s au m o n d e el à toute
c r é a t u r e , en s o r t e q u e l ' a m e r t u m e d e ma m o r t soit
u n e d o u c e u r p o u r ton c œ u r , et q u e toute c r é a t u r e
d e v i e n n e à tes y e u x vile et s a n s a t t r a i t . V e r s l ' h e u r e d e
V ê p r e s , à laquelle je fus d é p o s é d e l à c r o i x , lu p e n s e r a s
avec joie c o m m e n t a p r è s ta m o r t cl tous les t r a v a u x ,
tu p r e n d r a s un h e u r e u x r e p o s d a n s mon sein. A
Compiles également, lu p o u r r a s p e n s e r à cette u n i o n
où, d e v e n u e u n seul e s p r i t avec m o i , tu j o u i r a s p a r f a i -
tement de m o i - m ê m e , par u n e s u p r ê m e e x p é r i e n c e .
Celte union a u r a p o u r point de d é p a r t la c o n c o r d e

1. \*\\ c o u l u m c d a n s les m o n a s t è r e s , était du d i s t r i b u e r le t r a v a i l


mvs. sœurs à l'issue de P r i m e .
TROISIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXX. 279

e n t r e nia v o l o n t é cl la t i e n n e , d a n s les joies et d a n s


les c o n t r a r i é t é s , et elle a t t e i n d r a son s o m m e t d a n s
l ' a v e n i r p o u r la gloire s a n s fin. »

CHAPITRE XXX.

31. D E TROIS P O I N T S A CONSIDÉRER P E N D A N T EES


HEURES.

i Ton veut c h a n l c r d é v o t e m e n t les H e u r e s , qu'on


S fasse attention à trois c h o s e s . Depuis le c o m m e n -
c e m e n t des H e u r e s j u s q u ' a u x p s a u m e s , q u ' o n loue el
q u ' o n exaile l'abîme d ' h u m i l i t é où s'est a b a i s s é e , du
h a u t des cieux, la s u p r ê m e Majesté en se p r é c i p i t a n t
d a n s n o i r e vallée de m i s è r e s . D a n s cette h u m i l i t é ,
le Dieu des anges s'est fait le frère et le c o m p a g n o n
des h o m m e s ; bien p l u s , l e u r h u m b l e s e r v i t e u r ,
selon ce qu'il a dit l u i - m ê m e : Je ne suis pus venu pour
cire servi, mais pour servir (Mallh. xx, 28) P o u r
h o n o r e r cette humiliLé, q u ' o n s'incline avec dévotion.
P e n d a n t les p s a u m e s , q u ' o n exalte l'insondable
sagesse de D i e u qui a d a i g n é c o n v e r s e r avec les
h o m m e s , les i n s t r u i r e e l l e - m ê m e p a r ses d i s c o u r s et
ses a v e r t i s s e m e n t s . Q u ' o n lui r e n d e g r â c e s p a r les
inclinaisons, p o u r la d o c t r i n e et les douces p a r o l e s qui
ont d é c o u l é de son C œ u r en p a s s a n t p a r ses lèvres d i -
v i n e s . Q u ' o n r e n d e g r â c e s e n c o r e pour tous les oracles
des p r o p h è t e s , p o u r les p r é d i c a t i o n s et les d i s c o u r s
des s a i n t s , c a r c'est s o u s l'inspiration du S a i n t - E s p r i t
qu'ils ont p a r l é . Q u ' o n r e m e r c i e de plus p o u r toute
influence divine exercée s u r l ' h o m m e p a r la g r â c e
280 L E L t V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

spirituelle selon le bon plaisir d e la v o l o n t é de D i e u .


A p r è s les p s a u m e s j u s q u ' à la fin des H e u r e s , q u ' o n
exalte la d o u c e b é n i g n i t é qui a p p a r a î t d a n s t o u t ce q u e
le S e i g n e u r a faitel souffert, et q u ' o n r e n d e g r â c e s p o u r
tous les d é s i r s , les p r i è r e s et les a u t r e s b o n n e s œ u v r e s
qu'il a a c c o m p l i e s p o u r n o u s . R e m e r c i o n s spécia-
lement p o u r ce qui se r a p p o r t e à l ' H e u r e m ê m e q u e
nous célébrons.

CHAPITRE XXXI.

COMMENT ON D O I T E N T O N N E R LES H E U R E S

E S e i g n e u r a p p a r u t u n e fois à sa s e r v a n t e p e n d a n t
I J les h e u r e s d u s o m m e i l . E l l e lui d e m a n d a e n t r e
a u t r e s c h o s e s s'il en est des v e r t u s c o m m e des v i c e s .
Car on lit qu'il n'y a p é c h é si léger q u e l ' h a b i t u d e n e
1
r e n d e m o r t e l ; les v e r t u s , d e l e u r côté, a c q u i è r e n t -
elles p l u s d e m é r i t e d e v a n t D i e u p a r la p r a t i q u e
h a b i t u e l l e ? L e S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Il n'est p a s
d'acte b o n , si petit, qui ne p a r a i s s e g r a n d d e v a n t
D i e u , s'il est c o n s t a m m e n t p r a t i q u é . » E l l e r e p r i t :
« Q u e l l e est la m o i n d r e b o n n e action q u ' o n p u i s s e
faire le p l u s s o u v e n t avec profit ? » L e S e i g n e u r
dit : « .est de réciter ses H e u r e s a v e c a t t e n t i o n
el ciévo-c^n, n o n q u e cet acte soit d e petite v a l e u r ,
mais parce q u ' o n ne peut faire m o i n s q u e de s ' a c -
quiller de son d e v o i r . E n c o m m e n ç a n t les H e u r e s ,

1. Ceci ne doit p a s se p r e n d r e à la lettre au sens thr-otogicjue.


mais s e u l e m e n t a u sens m o r a l . [Noie de. ledit ion latine.)
TKOTRïlîMK PARTIE. CHAPITRE XXXI. 281
q u ' o n dise d o n c de c œ u r el même de b o u c h e : S e i -
g n e u r , cn u n i o n a v e c r a l l c n l i o n que v o u s avez mise
à o b s e r v e r s u r la l e r r e les H e u r e s c a n o n i a l e s en
l ' h o n n e u r du P è r e , j e c é l è b r e celte H e u r e en v o t r e
h o n n e u r - E n s u i t e , q u ' o n ne p r ê t e plus attention qu'à
Dieu. Et q u a n d celle p r a t i q u e f r é q u e m m e n t Répétée
sera d e v e n u e une h a b i t u d e , cet exercice sera si élevé
el si noble devant Dieu le P è r e , qu'il semblera ne
faire qu'un avec ce que j ' a i p r a t i q u é m o i - m ê m e . »
D a n s la suite, le S e i g n e u r lui ayant e n c o r e a p p a r u
d a n s l'oraison, elle lui d e m a n d a si, en vérité, il avait
c é l é b r é les H e u r e s s u r la t e r r e . Il daigna lui r é p o n d r e :
« J e ne les ai pas récitées à v o t r e m a n i è r e ; c e p e n d a n t
à ces h e u r e s , je r e n d a i s h o m m a g e à D i e u le P è r e .
T o u t ce qui s ' o b s e r v e chez les c h r é t i e n s , j e l'ai
i n a u g u r é m o i - m ê m e , c o m m e le b a p t ê m e par exemple.
J ' a i o b s e r v é et a c c o m p l i ces c h o s e s p o u r l e s c h r é t i e n s ,
sanctifiant ainsi et r e n d a n t parfaites les œ u v r e s de
ceux qui croient en moi. C'est p o u r q u o i j ' a i dit au
P è r e : Je me sanctifie pour eux, afin qu'eux-mêmes
soient saints en moi (Jean, x v n , 19). D a n s les sept
H e u r e s , vous faites m é m o i r e de ce que j ' a i souffert à
ces h e u r e s m ê m e s ; ainsi m o i , jo prévoyais d a n s ma
sagesse t o u t ce q u e j e devais souffrir, c o n n u e J'atteste
l ' E v a n g é l i s t e en d i s a n t : Cesl pourquoi Jésus sachant
tout ce qui devait lui arriver » ( J e a n , x v m , 1).
2S2

CIIÀP1TUE X X X I I .

33. COMMENT ON PEUT RÉPARER SES NÉGLIGENCES.

clic priai L p o u r u n e p e r s o n n e q u i s'était


C T O M M E

^ plainte à elle de dire s o u v e n t ses H e u r e s s a n s d é -


votion et en p e n s a n t à a u t r e c h o s e , elle reçut de D i e u
cette r é p o n s e : « (Qu'elle ajoute t o u j o u r s c e s p a r o l e s à
la lin des H e u r e s : Dieu, soyez propice à moi pêcheur.
ou celle-ci : ( ) très doux A g n e a u , ayez pitié de moi ;
a v e c i n t e n t i o n d e r é p a r e r p a r là sa négligence. » A
quoi celle-ci reprit : « Mais si elle oublie de g a r d e r
celte p r a t i q u e à la fin de c h a q u e H e u r e ? » Le S e i g n e u r
r é p o n d i t : « Si elle omet de d i r e cette p r i è r e a p r è s les
H e u r e s , q u ' e l l e la dise au m o i n s sept fois p a r j o u r , à
n ' i m p o r t e quel m o m e n t , p o u r s u p p l é e r à sa n é g l i -
gence. Si en effet celte p a r o l e : Dieu, soyez propice à
moi pécheur ( L u c , x v m , 13), a eu t a n t d'efficacité p o u r
le publicain qu'elle lui a m é r i t é la justification d e tous
ses p é c h é s , p o u r q u o i n ' o b l i c n d r a i l - c l l c pas à n ' i m p o r t e
qui le p a r d o n d ' u n e négligence ? Ma m i s é r i c o r d e est
m a i n t e n a n t a u s s i clémente q u ' e l l e L'était d a n s ce
temps-là. »

CHAPITRE XXXIII.

3-J. COMMENT i/llOMME DOIT DEMANDEE A DIEU DE LUI


GARDEE LA KOI.

i q u e l q u ' u n r e c o m m a n d e sa foi à Dieu de la m a n i è r e


S - suivante, il obtiendra la g r â c e d'être p r é s e r v é , à la
TROISIÈME PARTIE CHAPITRE XXXIV. 283

fin d e sa v i e , d e l o u l c tentation c o n t r e la vraie foi.


P r e m i è r e m e n t d o n c , q u e le chrétien r e c o m m a n d e s a
foi à la t o u t e - p u i s s a n c e du P è r e , le p r i a n t de la Fortifier
tellement, p a r l a vertu de la D i v i n i t é , qu'elle ne puisse
j a m a i s s'éloigner de la vraie foi.
S e c o n d e m e n t , qu'il confie sa foi a l'impénétrable
sagesse d u F i l s de D i e u , le p r i a n t de l'illuminer p a r
les s p l e n d e u r s de la divine science, de telle s o r t e
qu'elle ne soit j a m a i s séduite p a r l'esprit d ' e r r e u r .
T r o i s i è m e m e n t , qu'il la d o n n e en g a r d e à la bien-
veillance du S a i n t - E s p r i t le s u p p l i a n t d ' a c c o r d e r à
celte foi de n ' o p é r e r q u ' e n p r é s e n c e du S a i n t - E s p r i t ,
p a r l ' a m o u r , afin q u ' à l ' h e u r e de la m o r t l'âme soit
c o n s o m m é e d a n s la perfection.

CHAPITRE XXXIV.

35. COMMENT IL FAUT S'ENOORMIR.

L E E vit un j o u r s o n aine s u r le sein du Seigneur,


E sous la forme d'un petit lièvre e n d o r m i les yeux
o u v e r t s , et elle dit : « Mon Seigneur Dieu, donnez-
moi les m œ u r s de cet a n i m a l : l o r s q u e m o n c o r p s
s'endort, q u e m o n e s p r i t veille p o u r v o u s . » L e
Seigneur fit celte r é p o n s e : « O n dit q u e le lièvre
r u m i n e et d o r t les yeux o u v e r t s ; q u ' a i n s i en allant
p r e n d r e son s o m m e i l , q u ' o n r u m i n e cette s t r o p h e :
<( Oculi somnum capiani,
1
Cor ad te semper vigilct :

1. Premiers vers d e la q u a t r i è m e strophe de l'hymne de


Compiles n ceUo é p o q u e
281 ix T.ivr.K I>K r.A C R A C K SPÉCIALE.

Q u e ]rs yeux s V m l o r m e n t ,
Q u e le c œ u r v e i l l e t o u j o u r s p o u r l o i . »

« Ou bien que l'on p e n s e à D i e u , q u ' o n lui p a r l e ,


et si l'on s ' e n d o r t de celle façon, le c œ u r v e i l l e r a t o u -
j o u r s p o u r m o i . Q u e s'il a r r i v e p e n d a n t ce t e m p s
q u e l q u e mal pénible ou fâcheux, ou si l'on se t r o u v e
m o l e s t é el l o u r d , on ne s e r a n é a n m o i n s j a m a i s s é p a r é
de m o i .
« A l ' h e u r e du s o m m e i l , on p e u t e n c o r e t i r e r u n
s o u p i r c o m m e du fond de m o n divin C œ u r , en u n i o n
avec cette l o u a n g e qui a d é c o u l é de moi s u r tous les
s a i n t s , p o u r s u p p l é e r à la l o u a n g e d o n t la c r é a t i o n
entière m'est r e d e v a b l e .
« Puis on peut s o u p i r e r u n i à cette r e c o n n a i s s a n c e
q u e les s a i n t s , en p u i s a n t les g r â c e s d a n s m o n C œ u r ,
m e t é m o i g n e n t p o u r les d o n s q u i l e u r s o n t o c t r o y é s .
« O n p e u t , t r o i s i è m e m e n t , s o u p i r e r à c a u s e d e ses
p r o p r e s péchés et des p é c h é s du m o n d e , en u n i o n
a v e c cette c o m p a s s i o n q u i m ' a fait p o r t e r les c r i m e s
de t o u s .
« Q u a t r i è m e m e n t , il faut s o u p i r e r d a n s l'affection el
le d é s i r d e tout le b i e n n é c e s s a i r e aux h o m m e s p o u r
la gloire d e Dieu el p o u r l e u r ulililé p e r s o n n e l l e , el
uni au divin désir que j ' a v a i s s u r la t e r r e p o u r le
salut d u g e n r e h u m a i n .
« C i n q u i è m e m e n t , q u e Ton gémisse en s ï i n i s s a n t à
toutes les p r i è r e s qui s o n t s o r t i e s de m o n C œ u r d i v i n
et de celui des s a i n t s , p o u r le saint des h o m m e s , d e s
v i v a n t s et d e s m o r t s . E n d é s i r a n t q u e c h a q u e r e s p i r a -
tion d u r a n t le s o m m e i l s o i l agréée d e moi c o m m e un
i n c e s s a n t s o u p i r , on m é r i t e r a q u e je c o m b l e ces
souhaits d a n s ma divine vérité, car j e ne p u i s rien
refuser aux désirs de Tànie a i m a n t e . »
TROISIEME PART]K. CHAPITRE XXXV. 285

CHAPITRE XXXV.

3fi. COMMENT M i CHRIST ACCOURT AU GÉMISSEMENT


OU PAUVRE.

N j o u r de fête, pendant, q u e le couvent, c o m m u -


U niait, la s e r v a n t e du C h r i s t , m a l a d e d a n s son lit,
gémissait vers Dieu du plus profond de son c œ u r ,
q u a n d elle vit le S e i g n e u r se lever en haie de son
t r o n c cl lui dire : « A cause de la misère des indigents
el des soupirs du pauvre, je me lèverai maintenant »
( P s . xx, 6). A son exemple, t o u s les saints se levèrent
et offrirent à D i e u en éternelle l o u a n g e , p o u r la
consolation de cette à m c , tout le service qu'ils lui
avaient r e n d u ici-bas et tout ce qu'ils y avaient
souffert. De p l u s , le S e i g n e u r J é s u s offrit aussi tout
ce qui lui a p p a r t e n a i t à Dieu le P è r e , en disant : Je
placerai dans le salut ( P s . xi, 6), c c s l - à - d i r e , cn moi-
m ê m e et p a r m o i - m ê m e , j ' a c c o m p l i r a i ses d é s i r s . E t
d e la s o r t e , il r e n d i t p o u r elle, a Dieu le P è r e , d e
dignes louanges.
L a l u m i è r e d i v i n e lui (il c o m p r e n d r e q u e toutes les
fois q u ' u n e a m e en d é t r e s s e p o u s s e des s o u p i r s v e r s
D i e u , soit afin de le l o u e r , soit afin d'obtenir une
graccj, aussitôt les s a i n t s se lèvent, louent Dieu tous
e n s e m b l e p o u r cette à m c , ou lui obtiennent la g r â c e
d é s i r é e . Si c'est à p r o p o s de ses péchés qu'elle gémit,
ils implorent son p a r d o n ; mais tout cela n'est pas
assez p o u r J é s u s - C h r i s t , il se lève lui-même et dît :
Je placerai dans le salut, c'est-à-dire j e satisferai par
286 LE L ! V R E O E LA GRACE SPÉCIALE

m o i - m ê m e son désir, j'offrirai à Dieu le P è r e des


louanges p o u r celle à m e : et il s u p p l é e ainsi l a r g e m e n t
à tout ce qu'elle p e u t d é s i r e r . A p r è s l a v o i r ainsi
éclairée, le S e i g n e u r lui dil : « O h ! si un seul s o u p i r
t r o u v e un accueil si favorable, c o m m e n t peut-il r e s t e r
e n c o r e q u e l q u e t r i s t e s s e d a n s l'àmc du p a u v r e ? »
U n e a u t r e fois, c o m m e d a n s son d é s i r elle g é m i s s a i t
e n c o r e a u p r è s du S e i g n e u r , il lui d i l : « Q u ' a s - t u
m a i n t e n a n t ? T o u t e s les fois q u e tu g é m i s , t u m ' a t t i r e s
en loi, c a r il est bien facile d e me r e c e v o i r ! Il faut
un acte de volonté p o u r a c q u é r i r l'objet le p l u s
petit el le plus insignifiant, fut-ce un b o u t de fil ou
un fétu de p a i l l e ; m a i s p o u r me p o s s é d e r , u n e seule
intention, un seul s o u p i r suffit. »

CHAPITRE XXXVI.

37. COMMENT LE C H R I S T RAFRAICHIT D A N S L'AME


LES ARDEURS D E S O N CŒUR DIVIN.

N E fois e n c o r e q u e , r e m p l i e de tristesse, elle g é m i s -


U s a i t de se v o i r i n u t i l e , p a r c e q u e la m a l a d i e l'em-
p ê c h a i t d e g a r d e r les o b s e r v a n c e s de l ' O r d r e , elle en-
tendit le S e i g n e u r lui d i r e : « A h ! v i e n s à m o n s e c o u r s ,
laisse-moi rafraîchir en toi l ' a r d e u r de m o n C<rur
1
divin. » P a r cette p a r o l e , elle c o m p r i t que ' oute p e r -
s o n n e q u i , l i b r e m e n t el v o l o n t i e r s , s u p p o r t e les peines
de c œ u r , la tristesse, l ' a b a t t e m e n t , tout, g e n r e d e t r i b u -
l a t i o n s , en u n i o n avec l ' a m o u r qui fit s u p p o r t e r à J é s u s -
C h r i s t s u r la lerreles afflictions, les p e i n e s , cl enfin
u n e m o r t i g n o m i n i e u s e ; elle c o m p r i t , d i s o n s n o u s ,
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXVR. 287

q u e celle p e r s o n n e offre au S e i g n e u r de rafraîchir C M


elle l ' a r d e u r de s o n C œ u r divin. N'est-il pas toujours
à la r e c h e r c h e du s a l u t de l ' h o m m e ? E n effet c o m m e
P

le S e i g n e u r n e p e u t plus m a i n t e n a n t souffrir ses


d o u l e u r s , il se fait s u p p l é e r p a r ses a m i s , pa^ ceux qui
a d h è r e n t à lui d a n s la fidélité. Sa Passion a servi au
m o n d e entier, non s e u l e m e n t aux h o m m e s de son
t e m p s , mais à tous ceux qui c r o i r o n t en lui j u s q u ' à la
fin des siècles ; ainsi les souffrances et les tribulations
de ceux qui l ' a i m e n t , c o n t r i b u e r o n t au mérite des
j u s t e s , au p a r d o n des p é c h e u r s et au b o n h e u r éternel
des défunts. E t l o r s q u e cette â m e , qui aura été s u r la
terre le r a f r a î c h i s s e m e n t du C œ u r divin, entrera d a n s
le ciel, elle v o l e r a d r o i t v e r s le C œ u r d e Dieu. I m -
p r é g n é e d e la Divinité c o m m e d'un onguent précieux,
elle i r a , d a n s les flammes d e ce C œ u r e m b r a s é , se
c o n s u m e r tout e n t i è r e avec ce qu'elle aura s u p p o r t é
p o u r le C h r i s t . S e m b l a b l e au b a u m e et à l'encens par-
fumé, elle r é p a n d r a d a n s le ciel entier de merveil-
leuses s e n t e u r s , d o n t les saints r e t i r e r o n t des joies et
des délices n o u v e l l e s . C'est là ce qui est dit d a n s le
p s a u m e :Dieu Va donné fonction ; oni,ton Dieu V adonné
Fonction d'allégresse avant les compagnes (Ps. x u v , 8).

CHAPITRE XXXVII

38. LES HOMMES SONT COMME UN GAGE


AUX M A I N S Ï ) E DIEU»

| N E fois qu'elle entendait c h a n t e r ce verset : « Dul-


L > cent vocem audient justi : les j u s t e s e n t e n d r o n t une
r
2<>8 EA MVRTÏ I>K EA OR A C E sptfcïAr/R,

d o u c e voix », elle se r e s s o u v î n t d'un gage q u e Dieu lui


avait j a d i s d o n n é , el lui en r e n d i t g r â c e s a v e c u n e
d o u c e effusion. Le S e i g n e u r lui dit : « de suis ton
1
gage el tu es le m i e n . » Mais elle se d e m a n d a i t e n c o r e
c o m m e n t , d é p o u r v u e de tout m é r i t e , elle p o u v a i t ê t r e le
gage de D i e u , l o r s q u e le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : a T o u s
les h o m m e s sont c o m m e un gage r e m i s e n t r e mes
m a i n s , car ils sont tous t e n u s de m e p a y e r ma m o r t
selon le m o l d e l ' A p o l r c : Mortifiez vos membres <fiii
sont sur la terre iCol. i n , 5). T o u t h o m m e d o i t en
effet mortifier ce q u ' i l y a d e vicieux cn lui, afin
q u ' a v a n t la m o r t , ou du m o i n s au m o m e n t de la
m o r t , libre d é p ê c h é , il me r e n d e j o y e u s e m e n t mon
(jacjc qui n'est a u t r e q u e l u i - m ê m e . Maïs les h o m m e s
s p i r i t u e l s sont mes o t a g e s d ' u n e m a n i è r e p l u s spéciale,
eux q u e j ' a i a p p e l é s à u n e gloire s i n g u l i è r e el s u r é -
m i n c n l c . .Toutes les fois q u ' i l s m'offrent l e u r v o l o n t é
d a n s q u e l q u e œ u v r e a r d u e , ils se p r é s e n t e n t à moi
c o m m e un gage p a r é d'un o r n e m e n t n o u v e a u . J ' a g i s à
la m a n i è r e d'un h o m m e q u i , g a r d a n t chez lui la cau-
tion de son a m i , ne la r e g a r d e j a m a i s s a n s l ' e n r i c h i r
d ' o r ou de p i e r r e s p r é c i e u s e s . »

CHAPITRE XXXVIII.

39. D E LA ROUE N U P T I A L F

elle e n t e n d a i t lire d a n s l ' E v a n g i l e celte


C OMME

: parole : Mon ami pourquoi 9 èles-vous entré ici

r e
1. Voir l parLic, c. xx ; 2" parLie, c. xix ; 7' p a r t i e , c. x i , e l le
Héraut, ïïv V, r. iv.
T R O I S I È M E P A R T I E . C H A P I T R E XXXIX, 2cS0

n*ayant pas la robe nuptiale ? (MaLlh. xxii, 12), elle dit


au S e i g n e u r : « Mon B i e n - A i m é , q u e l l e est cette r o b e
s a n s laifi^Ue p e r s o n n e n e p o u r r a v e n i r à vos noces ? »
A u s s i t ô t la S e i g n e u r lui m o n t r a u n e r o b e merveilleuse-
m e n t tissue de p o u r p r e , d e b l a n c et d'or, en lui
d i s a n t : « Voici la r o b e n u p t i a l e faite de la b l a n c h e u r
d'un c œ u r p u r , de l ' h u m i l i t é , et de l'or du divin
a m o u r . Q u i c o n q u e veut p o r t e r celle robe doit a v o i r
un c œ u r p u r , c'est-à-dire ne p e r m e t t r e v o l o n l a i r e m c n t à
a u c u n e p e n s é e m a u v a i s e d ' e n t r e r d a n s son c œ u r , p u i s
juger f a v o r a b l e m c n l tout ce qu'il voit et entend. Q u ' i l
se s o u m e l l c a v e c d o u c e u r el h u m i l i t é à ses s u p é r i e u r s
cl m ê m e à loulc c r é a t u r e , cn v u e de D i e u . Qu'il a i m e
Dieu de tout son e s p r i t , qu'il m é p r i s e loulc c r é a t u r e
en la c o m p a r a n t au C r é a t e u r , et n e s'attache à a u c u n e
chose qu'il n e soit d i s p o s e à rejeter et à fuir absolu-
ment, si elle l ' é l o i g n a i l d e D i e u . »

CHAPITRE XXXTX.

COMMENT l/AME PEUT PRENDRE I,A R E S S EMI? E A N C E

DU SEIGNEUR.

on c h a u l a i t la Messe : « Vieil Dominas : Iujo


(J•^OMMK

eopilo cofjilalionesparis et non affliclionis* : Le Sei-


g n e u r dit : mes pensées sont d e s pensées de paix el
non d'affliction, » le S e i g n e u r lui dit : « Si lu veux me
r e s s e m b l e r c o m m e une fille bien-aimée, i m i t e - m o i
dans ces p a r o l e s . J ' a i des p e n s é e s de paix et non

1. I n t r o ï t d u d e r n i e r d i m a n c h e a p r è s Ja P e n t e c ô t e .
290 LE LTVEE D E LA GHACE SPÉCIALE.

d affliction ; de m ê m e applique-toi à p o s s é d e r un c œ u r
t r a n q u i l l e et des p e n s é e s p a c i f i q u e s ; ne c o n t e s t e avec
p e r s o n n e , niais cède t o u j o u r s a v e c p a t i e n c e et h u m i -
lité. D e m ê m e q u e j ' e x a u c e ceux q u i m ' i n v o q u e n t ,
ainsi m o n t r e - t o i b i e n v e i l l a n t e et favorable à tout le
m o n d e . T r a v a i l l e à d é l i v r e r t o u s les captifs, c'est-
à-dire p o r t e s e c o u r s et c o n s o l a t i o n aux affligés et à
ceux qui sont d a n s la t e n t a t i o n . »

C H A P I T R E XL.

40. QUE DIEU DÉSIKE NOTEE CŒUR,

la messe, elle vit u n e fois le S e i g n e u r s u r


P ENDANT

l'autel s o u s la figure d'un aigle d'or, et elle pensa


aussitôt q u e le vol d e l'aigle esl le plus élevé, et son
regard le plus p e r ç a n t ; ainsi l'aigle divin p é n è t r e
j u s q u ' a u x p r o f o n d e u r s du c œ u r h u m b l e . Il lui sem-
bla a u s s i q u e cet aigle avait le bec r e c o u r b e et u n e
l a n g u e t r è s d o u c e . P a r le b e c . étaient signifiés les
d i s c o u r s d u S e i g n e u r , qui t r a n s p e r c e n t le c œ u r de
dévotion, tandis q u e la l a n g u e figurait leur suavité.
L'aigle c h e r c h e t o u j o u r s le m e i l l e u r m o r c e a u dans sa
p r o i e , c'est-à-dire le c œ u r ; ainsi Dieu désire tou-
j o u r s n o t r e c œ u r et la d o u c e offrande q u e n o u s
p o u v o n s lui en faire.
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE XU

CHAPITRE XLI.

41. COMMENT ON DOIT E X E R C E R SA MÉMOIRE.

pieuse vierge priait un j o u r le S e i g n e u r de lui


C ETTE

conférer un d o n , celui de l'avoir toujours p r é s e n t à


la m é m o i r e de son c œ u r . E t voilà que le S e i g n e u r lui
m o n t r a son divin C œ u r c o m m e une m a i s o n . L ' â m e
y p é n é t r a p a r la p o r t e , voltigea c o m m e u n e co-
l o m b e , et d é c o u v r i t un m o n c e a u de froment. L e
S e i g n e u r lui dit : « Q u a n d la colombe r e n c o n t r e du
blé eu g r a n d e q u a n t i t é , elle n ' e m p o r t e pas tout, mais
elle c h o i s i t q u e l q u e s g r a i n s q u i lui plaisent. F a i s
de m ê m e . L o r s q u e tu e n t e n d s ou lis la parole de
Dieu, ton e s p r i t ne peut tout r e t e n i r ; recueille
c e p e n d a n t q u e l q u e s mots p o u r les r e p a s s e r d a n s ta
m é m o i r e el dis-toi ceci : « V o y o n s , q u ' e s t - c e q u e
ton B i e n - A i m é t ' a n n o n c e ou te p r e s c r i t p a r cette lec-
ture ? »
Ce m ê m e j o u r , elle e n t e n d i t à la messe l ' é v a n g i l e :
« Siinile esl regnum cœlorum Ihesauro : le r o y a u m e
des cieux est s e m b l a b l e à un t r é s o r », et elle dit
au S e i g n e u r ; « Mon très d o u x Maître, que dois-jc
p r e n d r e d a n s cet évangile selon votre instruction ? »
L e S e i g n e u r r é p o n d i t e n ces t e r m e s : « Qu'est-ce q u ' u n
t r é s o r ? U n t r é s o r se c o m p o s e d'or, d'argent el de
p i e r r e s p r é c i e u s e s . L ' o r d é s i g n e l'amour ; l'argent
signifie les b o n n e s œ u v r e s , cl les pierres, les v e r t u s .
L'argent est un métal s o n o r e : ainsi les b o n n e s œ u v r e s
r e n d e n t un doux son à mes oreilles. D o n c celui qui
292 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE»

fait de bonnes a c t i o n s en se d i s a n t : T o n Dieu s'est


fait h u m b l e , il a d a i g n é s ' a b a i s s e r a u x œ u v r e s b a s s e s
e L s c r v i î e s ; à p l u s forte r a i s o n , d o i s - t u , toi, vil petit
h o m m e , être h u m b l e et s o u m i s . O n p e u t a v o i r des
p e n s é e s a n a l o g u e s au sujet de la p a t i e n c e et d e s a u t r e s
v e r t u s , et faire toutes ses a c t i o n s en m é m o i r e de moi :
j ' é c r i r a i s u r mon C œ u r le s o u v e n i r de celui qui aura
agi de la sorte, et rien ne p o u r r a j a m a i s l'en effacer. »

CHAPITRE XLII.

42. COMMENT E L L E CONSULTAIT DIEU DANS TOUTES


SES ACTIONS.

un j o u r u n c c o l o m b e d a n s son nid, elle


A PERCEVANT

dit au S e i g n e u r : « Mon R i e n - A i m é , quel p o u r -


rait d o n c être l'œuf s u r lequel j e m e r e p o s e r a i s en
méditant. ? » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : L ' œ u f (en latin
ovnm) est un mot d i s s y l l a b i q u e *. La p r e m i è r e syllabe
o signifie la h a u t e u r de ma s u r é m i n c n l c Divinité, la
s e c o n d e syllabe vum la p r o f o n d e u r d e ta bassesse.
R é u n i s ces d e u x c \ ' r e m c s el reste là coincée l'oiseau
s u r son œuf, réfléchissant à la g r a n d e u r de la divine
Majesté. Ne descend-elle pas j u s q u ' à lu bassesse
lorsqu'elle pénètre,, p a r l'effusion de ma grâce, j u s -
qu'aux moelles d e ton à m e et le joint à moi d a n s une
h e u r e u s e union ? » Elle avait c o u t u m e de. consulter

1. On piml c o n c l u r e du ceci q u e les révélations d e s a ï n l r AJeeh


titde furent le p l u s s o u v e n t reçues et écrites en latin. (Note de
l'édition latine.)
TROISIEME PARTIE. CHAPITRE XUII, ÏKW

ainsi le S o i g n e u r à p r o p o s de toutes ses a c t i o n s , m ê m e


petites el v u l g a i r e s , et elle r e c h e r c h a i t en tout le bon
plaisir d e l à divine v o l o n t é .

CHAPITRE XLÏIÏ.

43 COMMENT IL F A U T VAINCRE SES RÉPUGNANCES

PAR LA GRACE OE DIEU.

L E E vit un j o u r q u e l q u ' u n faire un gesic donl elle


E fut s c a n d a l i s é e . Mais elle r e c o n n u t sa faule s u r - l e -
c h a m p cl la confessa au S e i g n e u r , qui lui d i t : c< L o r s -
q u e tu a p e r c e v r a s un geste qui te scandalise, lu me
l o u e r a s p o u r la n o b l e s s e et la c o n v e n a n c e d e t o u s
les m i e n s . Q u a n d tu v e r r a s q u e l q u ' u n s'enorgueillir,
lu nie l o u e r a s d a n s la p r o f o n d e u r de m o n h u m i l i t é
qui m'a s o u m i s à t o u s , q u o i q u e j e fusse le S e i g n e u r
de t o u s . L o r s q u e t u a p e r c e v r a s une p e r s o n n e e m p o r t é e
p a r la c o l è r e , tu m e l o u e r a s p o u r la m a n s u é t u d e qui
m'a fait p a r a î t r e d e v a n t m e s j u g e s c o m m e un a g n e a u .
L o r s q u e t u v e r r a s un i m p a t i e n t , tu me l o u e r a s p o u r
r
ma patie»ic à tout souffrir. A i n s i tout ce qui p o u r r a
te d é p l a i r e , ai le s u r m o n t e r a s p a r moi, ca\ (oui ce q u e
lu v e r r a s cn moi te plaira s o u v e r a i n e m e n t .
20î LE Mviir, nr, LA GRACT- SPÉCIALE.

CHAPITRE XLIV.

J
44. COMMENT IL FAUT C H E R C H E R D I E U l A R LES
CINQ S E N S .

N E nuire fois, 1c S e i g n e u r lui dil. : « C h e r c h e - m o i


U d a n s les c i n q s e n s , à la façon d'un hôle q u i ,
a l t e n d a n l l ' a r r i v é e d'un ami très c h e r , r e g a r d e p a r
les p o r t e s et p a r les fenêtres p o u r v o i r si celui qu'il
d é s i r e n ' a r r i v e r a pas enfin. C'csl ainsi q u e l'a me
fidèle doit me c h e r c h e r s a n s cesse au m o y e n de ses
s e n s , qui sont les fenêtres d e s o n a r a c . Si elle voit, p a r
exemple, des c h o s e s belles ou a i m a b l e s , q u ' e l l e p e n s e
c o m b i e n est b e a u , a i m a b l e et b o n celui qui les a faites,
el qu'elle s'élève aussitôt vers le C r é a t e u r de l ' u n i v e r s .
L o r s q u ' e l l e e n t e n d u n e m é l o d i e suave ou q u e l q u e
d i s c o u r s a g r é a b l e , qu'elle se d i s e : O h ! c o m b i e n s e r a
douce cette voix qui l'appellera un j o u r ! C'est elle
qui c o m m u n i q u e h a r m o n i e el s o n o r i t é à toutes les
voix. E t q u a n d elle o u ï r a des c o n v e r s a t i o n s ou des
l e c t u r e s , qu'elle y c h e r c h e ce qui lui fera t r o u v e r son
Rien-Aimé.
« A u c o n t r a i r e , si clic p r e n d la p a r o l e , que ce soit en
vue de la gloire de Dieu et du salut de ses frères.
Qu'elle lise ou c h a n t e avec cette pensée : V o y o n s ,
qu'est-ce que Ion R i e n - A i m é le dit on le c o m m a n d e en
ce m o m e n t p a r ce verset, p a r cette l e c t u r e ? Qu'elle le
c h e r c h e d o n c en tout, j u s q u ' à ce qu'elle goûte la
saveur des d o u c e u r s divines. Si l'Ame se sert de l ' o d o -
r a t ou du l o u c h e r , qu'elle en agisse de m ê m e , se
TROISIEME PARTIE. CITA P I T R E XLV. 295

r a p p e l a n t combien esl suave l'esprit de D i e u , et


c o m b i e n s e r o n t doux ses baisers et ses étreintes.
« T o u t e délectation qui se p r é s e n t e doit d o n c r a m e n e r
le s o u v e n i r des délices cachées en Dieu, qui a créé
toulc beauté et tout plaisir p o u r nous taire c o n n a î t r e
sa bonté el n o u s attirer à son a m o u r . \ * faut agir
c o m m e une b o n n e m è r e de famille qui aide celui qu'elle
aime d a n s ses t r a v a u x et ne le laisse p o r t e r seul
a u c u n l a b e u r . C'est ainsi q u e la fidèle épouse de Dieu
doit a v o i r l'intention de s e c o u r i r la sainte É g l i s e , en
qui Dieu o p è r e toujours ; d'offrir au Seigneur, a u t a n t
que cela esl en son p o u v o i r , les louanges, actions
de g r â c e s el p r i è r e s que lui d o n n e r a i e n t toutes les créa-
turcs e n s e m b l e , si elles étaient fidèles ; et enfin tout
le service d o n t c h a c u n e en p a r t i c u l i e r devrait s'acquit-
ter. Q u ' e l l e soil p r ê t e en o u t r e à s u p p o r t e r toutes les
peines, les t r i b u l a t i o n s et les travaux qui ont j a m a i s
été soufferts pour l ' a m o u r de Dieu. »

C H A P I T R E XLV.

DE T/ORÉTSSANCE ET OE LA CRAINTE ; COMMENT ON

DOIT ACCEPTER LES BONS SERVICES D'AUTRUJ.

elle voyait la p o r t i è r e dérangée p e n d a n t


C ^OMME

* u n e messe, p a r l'arrivée des hôtes, elle en eut


compassion et pria p o u r elle. Le Seigneur lui dit :
« C h a q u e pas fait par o b é i s s a n c e est c o m m e un denier
déposé dans ma main p o u r accroître la s o m m e des
m é r i t e s . » A quoi elle r é p o n d i t : « T r è s doux D i e u v

-Il - SAINTE MECHTILDE.


20ft T-fi LIVRE DE LA OR A C E SPÉCIALE.

il m'est bien pénible d'être t r o p m a l a d e p o u r s u i v r e


la c o m m u n a u t é ; c e p e n d a n t je vous en r e n d s m e s
actions d e g r â c e s , parce q u e j e suis ainsi d é l i v r é e
d'occupations multiples. » Le Seigneur reprit :
« Q u a n d tu étais occupée a u x c h a r g e s c o m m u n e s ,
tu c r a i g u ? i $ t o u j o u r s d ' ê t r e d é r a n g é e d a n s ta vie
s p i r i t u e l l e et d a n s l'usage d u don q u e tu as r e ç u ;
m a i n t e n a n t tu c r a i n s de r e c e v o i r p l u s d e s o u l a g e m e n t
q u e n ' e n r é c l a m e n t tes infirmités ; c'est ainsi q u e
l ' h o m m e j u s t e g a r d e la c r a i n t e cn t o u t ce qu'il fait
c o m m e on le dit de J o b , à qui j ' a i r e n d u ce témoi-
gnage qu'il n'avait pas son s e m b l a b l e s u r la t e r r e ,
d a n s la c r a i n t e de Dieu et la fuite du m a l . R e l i s a i t
de l u i - m ê m e : « Verebar omnia opéra mca: j e c r a i g n a i s
p o u r toutes m e s actions » ( J o b , ix, 2 8 J .
« O n d e v r a i t u s e r de t o u t ce q u i est n é c e s s a i r e au
c o r p s en u n i o n avec m o n a m o u r c r é a n t les c h o s e s
utiles à l ' h o m m e , et d o n t je me servais m o i - m ê m e
s u r la t e r r e , p o u r l ' h o n n e u r d e mon P è r e et le salut
des h o m m e s . Enfin, on doit r e c e v o i r les s o i n s et les
services d e s a u t r e s en u n i o n avec l ' a m o u r q u ' i l s
m e t t e n t a v o u s les d o n n e r p o u r la gloire de D i e u ,
et afin d ' o b t e n i r qu'ils se sanctifient et r e ç o i v e n t la
r é c o m p e n s e de l e u r c h a r i t é . »

CHAPITRE XLVI.

48. D'UN DÉSIR DE JÉSUS-CHRIST.

N E a u t r e fois, c o m m e elle r e m e r c i a i t Dieu p o u r


U le désir qu'il avait e x p r i m é p a r ces p a r o l e s :
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE XLVII- 207

J'ai désire d'un grand désir manger celle Pàquc avec


vous ( L u c , xxii, 15), le Seigneur lui lit cette r é -
p o n s e : « J e v o u d r a i s que tous se souvinssent de la
longue attente imposée à ce désir : ils a u r a i e n t ainsi
de la patience l o r s q u e les leurs Lardent à <Hrc exau-
cés. »

CHAPITRE XLVIL

47. DE QUATRE SORTES OE PRIÈRES.

elle e n t e n d a i t une fois c h a n t e r le r é p o n s :


C OMME

« Vidi sanclam Jérusalem, etc. : J ' a i vu la sainte


cité de J é r u s a l e m o r n é e et c o m p o s é e des prières des
saints », elle se d e m a n d a c o m m e n t une cité peut être
formée et o r n é e de p r i è r e s . L e S e i g n e u r lui expli-
qua ce qui va s u i v r e : « Q u a t r e g e n r e s de p r i è r e s
o r n e n t cette cité c o m m e d ' u n e p a r u r e d'or et de perles
précieuses :1a p r e m i è r e esl la p r i è r e des justes q u i , d'un
c œ u r contrit et h u m i l i é , i m p l o r e n t le p a r d o n de leurs
péchés. La s e c o n d e est celle des affligés, qui c h e r c h e n t
refuge et s e c o u r s a u p r è s de Dieu. L a troisième esl
celle de la c h a r i t é fraternelle, qui intercède p o u r les
besoins et les m i s è r e s d ' a u l r u i . Cette p r i è r e est très
agréable â Dieu, et embellit s i n g u l i è r e m e n t la J é r u -
salem céleste. L a q u a t r i è m e est celle d'une â m e
inspirée par le p l u s p u r a m o u r , lorsqu'elle intercède
pour l'Eglise, en g é n é r a l , el p o u r chacufi do *c?s frères,
comme pour e l l e - m ê m e . Celte p r i è r e r e s s e m b l e au
lever d'un n o u v e a u soleil qui brillerait s u r loulc la
Jérusalem céleste. »
LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

CHAPITRE XLVIÏI.

48. QUEL BST LE MEILLEUR USAGE QU'ON POTS S B FAIRE

DE SON CORPS.

N E a u t r e lois le S e i g n e u r lui d i t : « La m e i l l e u r e
U et la p l u s utile des œ u v r e s à laquelle l ' h o m m e
puisse e m p l o y e r sa b o u c h e est la louange d i v i n e et la
fréquente c o n v e r s a t i o n a v e c D i e u , c'est-à-dire l'orai-
son. L e s y e u x ne p e u v e n t r i e n faire de p l u s louable
que de r é p a n d r e des l a r m e s d ' a m o u r ou de lire assi-
d û m e n t la sainte E c r i t u r e ; les oreilles, q u e d ' é c o u t e r
v o l o n t i e r s la p a r o l e d e Dieu et d e se t e n i r i n c l i n é e s
d e v a n t les o r d r e s des s u p é r i e u r s . La m e i l l e u r e œ u -
v r e des mains est de s'élever d a n s une p r i è r e p u r e
ou d'être e m p l o y é e s à é c r i r e . Ce qu'il y a de m e i l l e u r
p o u r le c œ u r , c'est d ' a i m e r , d e d é s i r e r D i e u a v e c
ferveur et d e p e n s e r d o u c e m e n t à lui d a n s la m é d i t a -
tion. P o u r l'exercice du c o r p s e n t i e r , les génuflexions,
les p r o s t r a t i o n s et les œ u v r e s de c h a r i t é s e r o n t d u n e
g r a n d e utilité. »

CHAPITRE XLIX.

49. H E l'A NOBLESSE ET D E LA VALEUR V..S ÏI'AVW;

DÉFINITION DU CORPS HUMAIN-

E Roi de gloire, le C h r i s t , lui a p p a r u t un jour d a n s


L les h a u t e u r s , e n t o u r é d ' u n éclat i n d i c i b l e , dans
T R O I S I È M E PA RTIE. C H A P I T R E X L ï X . 290

la p l é n i t u d e d e sa j o i e , p o r t a n t u n e r o b e d ' o r , b r o d é e
de c o l o m b e s et r e c o u v e r t e d'un m a n t e a u r o u g e . Ce
v ê l e m e n t était o u v e r t des deux côtés, p o u r m a r q u e r
q u e l'àme a p a r t o u t l i b r e accès a u p r è s doJDicu. L e
manteau rouge signifiait la P a s s i o n du Christ qui lui
fut t o u j o u r s p r é s e n t e , et qu'il offre e n c o r e à son
P è r e , i n t e r p e l l a n t s a n s cesse p o u r l ' h o m m e . L e s co-
l o m b e s e x p r i m a i e n t la simplicité du C œ u r divin, d o n t
les d i s p o s i t i o n s s o n t toujours i m m u a b l e s , q u o i q u e la
c r é a t u r e lui m a n q u e si s o n v e n t d e fidélité.
C e p e n d a n t l'àme qui se sentait à une g r a n d e dis-
tance du S e i g n e u r , songeait à ces paroles du P r o -
p h è t e : Hélas! cest de loin que le Seigneur in a apparu
(Jér. xxxi, 3 ) , q u a n d il lui r é p o n d i t : « Q u ' i m p o r t e ?
P a r t o u t où t u e s , là est m o n ciel. Q u e lu d o r m e s , que
tu m a n g e s , q u e tu fasses une action q u e l c o n q u e , ma
d e m e u r e esl t o u j o u r s cn toi. »
C o m m e elle se demandait ce qu'était son être cor-
p o r e l , le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : a T o n c o r p s n'est
q u ' u n s a c g r o s s i e r , e n v e l o p p a n t un cristal qui contient
une liqueur précieuse. Et de même qu'on garderait
un tel sac avec p r é c a u t i o n , s a n s le jeter ici ou là, de
p e u r de b r i s e r le cristal et de r é p a n d r e la l i q u e u r ,
ainsi l ' h o m m e doit, à cause de l'ame qui contient la
l i q u e u r de la divine g r â c e el l'onction du S a i n t - E s p r i t ,
r e s p e c t e r *on c o r p s et veiller s u r ses sens, «lin de ne
rien voirj ou e n t e n d r e , ou d i r e qui p u i s s e laisser
l'onction spirituelle de la g r â c e divine se r é p a n d r e
iiu d e h o r s ou c h a s s e r m o n E s p r i t qui règne en lui. »
300 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE L.

50. D U JARDIN ET DES ARBRES DES VERTUS.

N E lois, a p r è s s'êlrc confessée et a v o i r a c c o m p l i


U sa p é n i t e n c e , elle p r i a la g l o r i e u s e V i e r g e d ' i n t e r -
c é d e r p o u r elle a u p r è s du S e i g n e u r . II lui parut, a l o r s
q u e la V i e r g e Marie la c o n d u i s a i t e l l e - m ê m e d a n s un
j a r d i n délicieux, p l a n t é d e b e a u x a r b r e s , t r a n s p a r e n t s
cl b r i l l a n t s c o m m e le cristal qui reflète le soleil. Elle
d e m a n d a d'être c o n d u i t e v e r s l ' a r b r e de la m i s é r i -
c o r d e , d o n t A d a m avait été p r i v é si l o n g t e m p s . O r cel
a r b r e i m m e n s e , aux r a m e a u x élevés, avait ses r a c i n e s
d a n s u n sol d'or, ses fleurs et ses fruits étaient d ' o r , cl
t r o i s r u i s s e a u x p r e n a i e n t en lui l e u r s o u r c e . L e p r e -
m i e r était d e s t i n é à purifier, le s e c o n d à p o l i r , le
t r o i s i è m e à d é s a l t é r e r . S o u s cet a r b r e était p r o s t e r n é e
la b i e n h e u r e u s e M a r i e - M a d e l e i n e , et a u p r è s d'elle
Z a c h é c , agenouillé, a d o r a i t D i e u . E l l e se p r o s t e r n a
e n t r e ces d e u x p e r s o n n a g e s , p o u r a d o r e r a u s s i el
demander pardon.
E l l e vit ensuite un bel a r b r e d o n t la h a u t e u r
signifiait la longue p a t i e n c e de D i e u . Ses feuilles
étaient d ' a r g e n t ; et ses fruits r o u g e s , r e n f e r m a s d a n s
une é c o r e c d u r e cl a m è r e , r e s s e m b l a i e n t ^ une « m a n d e
très d o u c e . Il y avait aussi là un a r b r e assez b a s p o u r
être à la p o r t é e de toutes les m a i n s ; s o u s le souffle de
l'auslcr, il s'inclinait v e r s tous les h o m m e s et figurait
ainsi la m a n s u é t u d e d u S e i g n e u r . Il n e p o r t a i t point
de fruits, p a r c e q u e ses feuilles, d'un vert p l u s aceen-
TROISIÈME PARTIE. CHAPITRE Lï. 301

tue q u e celles des a u t r e s a r b r e s , possédaient la m ê m e


vertu q u e les fruits.
Elle vit a l o r s un a r b r e d'un a s p e c t a t t r a y a n t , déli-
cieux, s e m b l a b l e au p u r cristal. Ses feuilles d'or p o r -
taient t o u t e s un a n n e a u i n c r u s t é , et ses fruits, c o u l e u r
de neige, étaient a u s s i agréables au l o u c h e r q u ' a u goût.
11 signifiait la très brillante p u r e t é de la n a t u r e divine
q u e le S e i g n e u r désire c o m m u n i q u e r a t o u s . Cet a r b r e
s ' e u t r ' o u v r i t , el le S e i g n e u r y e n t r a , s'unissanl à cette
â m e dans u n e intimité qui lui sembla réaliser celte
p a r o l e du P s a u m e : Je l'ai dit : vous êtes des dieux
( P s . E X X X I , 6). S o u s cet a r b r e g e r m a i t la r o s e , la
violette, le c r o c u s , l'herbe a p p e l é e benoîte. L e Sei-
g n e u r p r e n a i t ses délices p a r m i ces llcurs, c'est-à-dire
d a n s la c h a r i t é , l'humilité, r a b a i s s e m e n t , et l'action de
g r â c e s qui t i e n t la c r é a t u r e p r ê t e à dire en tout ce
qui lui a d v i e n t : « Déni soit le n o m du Seigneur, » et
à r e m e r c i e r et b é n i r D i e u en t o u t temps

CHAPITRE U.

51. COMMENT ON DOIT S'EXAMINER AVANT

LA CONFESSION.

la confession, il faut se mettre à nu p a r l'exa-


A VANT

men de c e q u ' o n e s t , c o m m e le C h r i s l s ' e s t d é p o u i l l é


a v a n t d'être flagellé et crucifie. P u i s q u e le C h r i s t s'est
dépouille p o u r r e c e v o i r des c o u p s , l ' h o m m e peut
bien se d é p o u i l l e r aussi p o u r cire r é p r i m a n d é A v a n t
la confession, il faut aussi c o n t e m p l e r s o n visage d a n s
le miroir des v e r t u s de J é s u s - C h r i s t . L a c r é a t u r e
;]0? LE LIVRE OE LA GRACE SPÉCIALE.

r e g a r d c m son h u m i l i t é d a n s le m i r o i r d e l ' h u m i l i t é
divine p o u r voir si elle n'a p a s souillé sa face p a r l a
s u p e r h e . D a n s celui de la p a t i e n c e du C h r i s t , elle v e r r a
si elle ne d é c o u v r e p a s en e l l e - m ê m e q u e l q u e t a c h e
d ' i m p a t i e n c e . D a n s le m i r o i r d e l ' o b é i s s a n c e du C h r i s t ,
on e x a m i n e r a si le visage ne p o r t e pas des traces de
d é s o b é i s s a n c e . D a n s celui d e l ' a m o u r du C h r i s t , on
v e r r a si Ton a r e m p l i le d e v o i r de l ' a m o u r e n v e r s les
a n c i e n s , c'est-à-dire e n v e r s les s u p é r i e u r s , si l'on a
été pacifique a v e c les é g a u x , d o u x e n v e r s les i n f é r i e u r s .
E l s'il y a s u r ces p o i n t s ou s u r d'autres q u e l q u e c h o s e
de r é p r é h e n s i b l c s u r le visage de l'amc, q u ' o n s'efforce
d e l'enlever avec le linge t r è s d o u x d e l ' H u m a n i t é d e
J é s u s - C h r i s t , se r a p p e l a n t q u e le C h r i s t esl n o t r e frère,
assez m i s é r i c o r d i e u x p o u r p a r d o n n e r t o u t p é c h é dès
q u ' o n s'en a c c u s e . Q u ' o n veille à ne p a s e s s u y e r les
taches d ' u n e m a n i è r e t r o p r u d e , c'est-à-dire s a n s con-
s i d é r e r la b o n t é d i v i n e , c a r si l'on frottait le visage
avec t r o p de violence on le d é c h i r e r a i t au lieu de le
guérir.

CHAPITRE LU.

52. D E LA CHASTETÉ D E LA GLORIEUSE VIERGE,

ET COMMENT IL FÔUT GARDER LA ROJ'E DE L'INNOCENCE.

elle e n t e n d a i t exalter d a n s u n s e r m o n la
(J TOMME

chasteté de la R ï e n h e u r c u s e Vierge, elle se mil à


p r i e r celle M è r e virginale d e l u i o b t e n i r la vraie c h a s -
teté de l'esprit et du c o r p s . A l o r s il lui sembla q u e la
R i c n h e u r e u s e Vierge se tenait d e v a n t le S e i g n e u r et
TROISIÈME PARTIE. C H A P I T R E ETÏ. 305

p r e n a i t d a n s le C œ u r divin u n e r o b e b l a n c h e , p o u r la
lui d o n n e r . Mais q u a n d celle-ci voulut s'en r e v ê t i r ,
des t r o u p e s de dénions s ' a p p r o c h è r e n t à droite et à
g a u c h e p o u r l ' e m p ê c h e r de m e t t r e celle r o b e . A l o r s
elle i n v o q u a la Vierge Marie cl la pria (h venir à son
aide : et elle vit aussitôt la s e c o u r a b l e VH'-ge Ja c o u v r i r
de son o m b r e , en se plaçant devant les d é m o n s . Ils
disparurent.
L o r s q u e celle-ci fut r e v ê t u e de la r o b e , elle pria la
glorieuse M a r i e de lui e n s e i g n e r c o m m e n t elle p o u r -
rait la c o n s e r v e r sum, tache. E l l e reçut cette r é p o n s e :
« P r e n d s g a r d e qu'il ne t o m b e rien de tes y e u x , de
Ion nez ou d e La b o u c h e s u r la r o b e , et que les m a i n s
ne l o u c h e n t ce qui p o u r r a i t la salir. » P a r ces
p a r o l e s , elle c o m p r i t qu'il faut d é t o u r n e r ses yeux de
toute vanité et ne j a m a i s les a r r ê t e r s u r les h o m m e s
avec t r o p d'attention ; qu'il ne faut pas a c c o r d e r à
l'odorat un plaisir qui d é t o u r n e de Dieu. Q u a n t à Ja
b o u c h e , si elle p r o n o n c e des p a r o l e s vaines el s u r t o u t
des p a r o l e s de d i s t r a c t i o n , d e m u r m u r e et de m e n -
songe, elle souille s i n g u l i è r e m e n t l'âme. L e s m a i n s
la souilleraient aussi en s'cmployanl à des travaux qui
n'auraient pas p o u r but la g l o i r e d e Dieu et l'utilité du
prochain »
QUATRIEME PARTÏE.

OU IL EST TRAITÉ DES HOMMES ; PREMIEREMENT,


DES HOMMES EN G É N É R A L ; SECONDEMENT,
D E L ' H O M M E ION P A R T I C U L I E R ,

CHAPITRE L

1. COLLATION DU SEIGNEUR ; TROIS DISPOSITIONS

DE SON CŒUR.

pieuse et dévote s e r v a n t e de Dieu e n t e n d i t le


C ETTE

S e i g n e u r d i r e un j o u r a p r è s la sainte c o m m u n i o n :
« N o u s a l l o n s faire collation e n s e m b l e . » Aussitôt le
S e i g n e u r lui a p p a r u t assis s u r un t r ô n e devant l'autel ;
les Ames d e toutes les p e r s o n n e s de la congrégation
s o r t i r e n t de leur c o r p s , s o u s la figure de vierges
revêtues d ' u n e cyclade aussi b l a n c h e que la neige, et
v i n r e n t s'asseoir aux p i e d s d u Seigneur. Les p r é l a t s
o c c u p è r e n t les sièges placés en face du S e i g n e u r ,
et il l e u r dit : « Je suis au milieu de vous comme celui
qui sert ; mais c'est vous qui avez persévéré avec moi
J
dans mes en talions* et moi je vous prépare le royaume
comme mon Père me ta préparé, afin que vous mangiez
et buviez à ma table dans mon royaume » ( L u c , X X I Ï ,
28-30).
P a r ces p a r o l e s : Je suis au milieu de vous comme
30(5 LE L I V R E OE LA GRACE SPÉCIALE.

celui qui serf, clic c o m p r i t q u e le S e i g n e u r habitait en


t r o i s m a n i è r e s d a n s la C o n g r é g a t i o n : en q u e l q u e s -
u n s , p a r la s a v e u r de sa g r â c e ; en d ' a u t r e s , p a r l'intel-
ligence de la sainte E c r i t u r e ; en d'autres enfin, p a r
l'audition d e la d o c t r i n e . Celle-ci d e m a n d a ce q u e
signifiait le m o t : « sieul qui minislral : c o m m e celui
qui sert », et le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Ce q u e j e v o u s
s e r s , c'est m o n C œ u r » . E t a u s s i l ô l le S e i g n e u r m o n t r a
son C œ u r au milieu de sa p o i t r i n e , s o u s la (orme d'un
calice où il y avait trois c h a l u m e a u x , p o u r s i g n i l i c r t r o i s
des s e n t i m e n t s qu'il eut p e n d a n t sa vie t e r r e s t r e . O r
le S e i g n e u r v e u t q u e t o u t h o m m e o r d o n n e ses p r o p r e s
d i s p o s i t i o n s selon ces trois s e n t i m e n t s ; le p r e m i e r
esl u n e d i s p o s i t i o n d ' a m o u r et d e r é v é r e n c e à l'égard
du P è r e ; le s e c o n d , de m i s é r i c o r d e et de c h a r i t é à
l'égard du p r o c h a i n ; le t r o i s i è m e , d ' h u m i l i t é el d'abjec-
tion d e v a n t s o i - m ê m e
D a n s ces p a r o l e s : «voseslis qui permansisfis meewn
in lenlationibus meis : c'est v o u s q u i avez p e r s é v é r é
avec moi d a n s mes t e n t a t i o n s », il lui sembla e n t e n -
d r e le S e i g n e u r se p l a i n d r e d ' ê t r e si maltraité d a n s
l'Eglise et s p é c i a l e m e n t d e t r o i s m a n i è r e s : le clergé
ne s ' a p p l i q u a i t p a s à la s a i n t e E c r i t u r e , m a i s s'en
servait p a r vanité ; les h o m m e s spirituels négligeaient
les c h o s e s i n t é r i e u r e s p o u r se p o r t e r aux œ u v r e s exté-
rieures ; le c o m m u n du p e u p l e n e se souciait ni d e la
parole de D i e u ni des s a c r e m e n t s de l'Eglise.
P a r ces m o t s : « Ego dispono vobisregnum : j e d i s p o s e
p o u r v o u s le r o y a u m e , » elle c o m p r i t q u e le S e i g n e u r
prendrait sesdélices à voirlaCongrégation s'approcher
plus s o u v e n t de la table de s o n C o r p s el de son S a n g .
Il lui sembla ensuite q u e l e S e i g n e u r d o n n a i t à b o i r e
à tous ceux qui s'étaient a p p r o c h é s des c h a l u m e a u x
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE ÏT. 307
p l o n g e s d a n s son C œ u r en l e u r disant : « Bihile eline-
briamini, carissimi: buvez, et soyez e n i v r é s , mes bien-
a i m é s . » Celle-ci souhaita q u e toutes l é s â m e s * a » ciel,
s u r la t e r r e et d a n s le p u r g a t o i r e e u s s e n t p a r t à cetie
g r â c e Elle vit a l o r s la b i e n h e u r e u s e V i e r g e Marie
assise à la d r o i t e de son F i l s , s'incliner avec respect
v e r s ces c h a l u m e a u x et cn t i r e r une l i q u e u r m e r v e i l -
leuse qui s'échappait ensuite de ses lèvres en un p a r -
fum délicieux, et e m b a u m a i t toutes les p e r s o n n e s
p r é s e n t e s . P u i s les c h œ u r s des saints, s ' a p p r o c h a n t
a v e c r é v é r e n c e , b u r e n t a l e u r t o u r . Enfin le S e i g n e u r
dit : « J ' a b s o r b e r a i en moi les c œ u r s de tous ceux qui
a u r o n t ainsi bu d a n s mon C œ u r . »

CHAPITRE IL

2. LA ROBE BLANCHE ET LA COURONNE DU ROYAUME.

N E a u t r e fois, p e n d a n t que le convent c o m m u n i a i t ,


U elle vit le S e i g n e u r d e b o u t , tenant à la main u n e
r o b e b l a n c h e qu'il d o n n a i t à toutes les p e r s o n n e s qui
venaient le r e c e v o i r , Cette r o b e b l a n c h e signifiait
l'innocence du C h r i s t c o m m u n i q u é e à tous ceux q u i ,
v r a i m e n t c o n t r i t s , reçoivent le sacrement de son
C o r p s . P u i s il les e n v e l o p p a d'un m a n t e a u a u x cou-
leurs va; yées, s u r lequel b r i l l a i e n t toute** les œ u v r e s
de sa sainte H u m a n i t é . Cela signifiait q u e le Seigneur
c o m m u n i q u e les œ u v r e s de sa vie mortelle cf sa P a s s i o n
elle-même â l'âme qui le reçoit d a n s la c o m m u n i o n . Il
déposa ensuite s u r l e u r tète une c o u r o n n e magnifique
appelée couronne de règne ( I s . L X I I , 3 J . E n t r e a u t r e s
11*
30R LE L I V R E O E LA GRACE SPÉCIALE.

o r n e m e n t s , cette c o u r o n n e avait q u a t r e fleurons


b r i l l a n t s c o m m e d e s m i r o i r s . L e fleuron placé s u r le
d e v a n t d e la c o u r o n n e m a r q u a i t l ' a m o u r indicible et
éternel d o n t le c œ u r de Dieu a i m e t o u t e s ses c r é a -
t u r e s , m a i s q u e c h a q u e â m e n e c o n n a î t r a bien q u e
d a n s le ciel, où il la p é n é t r e r a j u s q u ' a u x m o e l l e s et a u x
p r o f o n d e u r s d e s o n ê t r e . L e fleuron d e d r o i t e signifiait
la pleine p o s s e s s i o n de l ' a m o u r q u i , s a n s i n t e r r u p t i o n
ci s a n s o b s t a c l e , jouit de Dieu et de tous ses b i e n s . L e
fleuron de g a u c h e désignait l'union i n d i s s o l u b l e q u i
n o u s r e n d r a s e m b l a b l e s à D i e u . Enfin le d e r n i e r
fleuron, en a r r i è r e de la c o u r o n n e , e x p r i m a i t cette
c o n n a i s s a n c e i n a m i s s i b l e q u i n o u s fera t o u j o u r s
c o n t e m p l e r s a n s n u a g e la l u m i è r e i n c i r c o n s c r i t c et \e
t r è s p u r m i r o i r de l'adorable T r i n i t é , L e S e i g n c i r
p a r e de ces o r n e m e n t s toute à m e c o n t r i t e et h u m i l i é e ,
que le d é s i r c o n d u i t à l u i .

CHAPITRE III.

3. COMMENT B R I L L E N T LES V E R T U S SUR LA COURONNE


DU SEIGNEUR.

u n e m e s s e où Ton c h a n t a i t l'offertoire
P ENDANT'

Domine Jean Chrisle, Rex glorite K le S e i g n e u r


lui a p p a r u t d e b o u t p r è s de l'autel, c o u r o n n e en tête,
a c c o m p a g n é d e t o u t l'appareil r o y a l . Celle-ci lut r a -
vie d ' a d m i r a t i o n et v o u l u t s a v o i r le s y m b o l i s m e d e s
colombes, d e s aigles cl des p i e r r e s p r é c i e u s e s q u e l l e

1 . Offertoire d e la m e s s e des m o r t s .
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE I I I . 309

voyait s u r la c o u r o n n e d u S e i g n e u r . Il lui dit : « l'hu-


milité, la loi, la p a t i e n c e , l'espérance de tous les
h o m m e s brillent c o m m e des p e r l e s s u r ma c o u r o n n e .
L e s c o l o . n b e s et les aigles qui la s u r m o n t e n t r e p r é -
s e n t e n t les â m e s s i m p l e s et les âmes éprises d ' a m o u r .
P e n d a n t les p r i è r e s s e c r è t e s , elle vit u n e s o r t e de
g r a d i n annexé à l'autel. Q u a n d le S e i g n e u r y fut
m o n t é , il sembla d e b o u t a u - d e s s u s de l'autel m ê m e . S o n
m a n t e a u était o r n é p a r d e v a n t d'une espèce d c g r é m i a l
qui d e s c e n d a i t j u s q u ' à ses g e n o u x . Celle-ci r e g a r d a i t
s u r p r i s e , q u a n d il lui fut dit q u e cet o r n e m e n t sym-
bolisait les c h e v e u x des h o m m e s , les b r i n s des her-
b e s , les poils des a n i m a u x , p a r c e que les m o i n d r e s
détails de la création v i e n n e n t se réfléchir j u s q u e
d a n s la très sainte T r i n i t é , p a r le moyen de l ' H u m a n i t é
de J é s u s - C h r i s t , c a r c'est d e la m ê m e t e r r e qui
les p r o d u i t q u e le F i l s de D i e u a tiré s o n H u m a -
nité.
Mais elle v i t a u s s i l é s â m e s des h o m m e s étinceler s u r
le m a n t e a u royal c o m m e un merveilleux o r n e m e n t ; le
S e i g n e u r , t o u j o u r s s u r l'autel, couvrit le p r ê t r e de son
m a n t e a u , a b s o r b a d a n s son C œ u r et changea en lui-
m ê m e l'hostie c o n s a c r é e . A l o r s celle-ci, p r o s t e r n é e
a u x p i e d s du S e i g n e u r , baisa ses plaies, tandis qu'il
s'inclinait a m o u r e u s e m e n t , et lui d i s a i t : « Mes désirs
s'inclinent v e r s v o u s a v e c t o u s les biens qui sont en
moi. »
310

C H A P I T R E IV.

4, COMMENT LA COMMUNAUTÉ S'APPROCIIA

DE LA COMMUNION.

N j o u r q u e la c o m m u n a u t é allait au festin d e
U T A g n e a u , clic vit le R o i clc g l o i r e , le S e i g n e u r
J é s u s - C h r i s t , s u r le t r ô n e de sa magnificence, e n t o u r é
des b a t a i l l o n s d e ses a n g e s et d e toute la g l o r i e u s e
a r m é e des s a i n t s . L a R e i n e était a u s s i p r é s e n t e , la
M è r e d u Roi d e s a n g e s , et son v ê l e m e n t p o r t a i t des
b r o d e r i e s magnifiques r e p r é s e n t a n t la vie entière d e
son F i l s b i e n - a i m é . L e s p e r s o n n e s d e la C o n g r é g a t i o n
r e s s e m b l a i e n t t o u t e s à des v i e r g e s a d m i r a b l e m e n t
p a r é e s . L a V i e r g e M è r e s ' a v a n ç a du t r ô n e v e r s elles
et l e u r p r é s e n l a à b a i s e r un a g n e a u p l u s b l a n c q u e la
neige, t a n d i s q u e les s a i n t s faisaient e n t e n d r e cette
j o y e u s e a c c l a m a t i o n : « H o n n e u r , joie de la M è r e !
etc. »

CHAPITRE V.

5. QUEL EST LE MEILLEUR MOYEN D E V A N C E R

DANS LA PERFECTION.

N v e n d r e d i , férié sixième, elle vit e n c o r e le S e i g n e u r


U J é s u s debout s u r l'autel, les m a i n s é t e n d u e s ; d e
ses plaies s a c r é e s le s a n g coulait avec a b o n d a n c e . Il
lui dit ; « V o i c i q u e toutes m e s plaies sont o u v e r t e s
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE V, 811

afin d ' a p a i s e r p o u r v o u s Dieu le P è r e . » La glorieuse


V i e r g e se tenait à la d r o i t e de son Fils ; s u r sa m e r -
veilleuse c o u r o n n e a p p a r a i s s a i e n t ses v e r t u s , ses
m é r i t e s , ainsi q u e toutes les g r a n d e s choses que Dieu
d a i g n e o p é r e r p a r sa m é d i a t i o n . Celle-ci s ' a p p r o c h a
de la b i e n h e u r e u s e V i e r g e , la p r i a n t d ' i n t e r c é d e r pour
elle et p o u r la C o n g r é g a t i o n . Aussitôt la Vierge Marie
fléchit le genou avec g r a n d e r é v é r e n c e devant son
Fils et salua ses plaies avec a m o u r , en o r d o n n a n t à
cette â m e de l'imiter, « A p p r o c h e - t o i aussi, lui dit-elle,
salue la plaie du C œ u r tant aimé de mon F i l s , c a r
c'est ce C œ u r q u i a r e s s e n t i la souffrance de toutes
les b l e s s u r e s de son c o r p s . » A p r è s l'avoir fait, la
Sainte d e m a n d a au S e i g n e u r de lui r é v é l e r le point
principal à o b s e r v e r d a n s la C o m m u n a u t é p o u r
l'accroissement de la R e l i g i o n . Il répondit : « Celui
qui v e u t d e v e n i r un v r a i religieux doit défendre à ses
yeux tout regard illicite ou inutile, défendre à ses
oreilles d'écouler a u c u n e parole qui p u i s s e souiller
son c œ u r , d é f e n d r e à sa b o u c h e toute p a r o l e inutile et
lui i n t e r d i r e d e r é p é t e r tout ce qu'il a vu et e n t e n d u .
Il doit s u r t o u t d é f e n d r e à son c œ u r de p r e n d r e plaisir
aux pensées m a u v a i s e s , et m ê m e de s'y a r r ê t e r volon-
tairement. ( O n ne p e u t e m p ê c h e r les p e n s é e s de se
p r é s e n t e r a l ' e s p r i t ; m a i s on p e u t toujours n'y pas con-
sentir, ne pas les a c c e p t e r v o l o n t i e r s ; on peut les c h a s
scr facilement.)Il doit a u s s i surveiller avec attention
tous ses actes, et c h a q u e fois qu'il se trouve en défaut,
ne s'accorder a u c u n r e p o s j u s q u ' à ce qu'il ait d e m a n d é
pardon à Dieu el p r i s la r é s o l u t i o n de se confesser ls
plus tôt p o s s i b l e .
312 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE VI.

6. DE CE QUI PEUT MAINTENIR LES RELIGIEUX

SANS DÉFAILLANCE.

N E a n t r e fois q u ' e l l e avait p r i é a v e c i n s t a n c e p o u r


U la C o n g r é g a t i o n , afin q u e Dieu d a i g n â t la m a i n -
tenir en tout t e m p s à son s e r v i c e , lui m u l t i p l i e r ses
g r â c e s , la faire fleurir p a r les v e r t u s et p r o s p é r e r d a n s
tous les b i e n s , Dieu lui lit cette r é p o n s e : « T a n t q u e
je t r o u v e r a i en clic u n e h u m b l e sujétion, l ' a m o u r d e la
chasteté virginale, une t e n d r e r e c o n n a i s s a n c e et u n e
aimable c h a r i t é , je ne d é t o u r n e r a i j a m a i s d'elle les
yeux de ma p r o t e c t i o n p a t e r n e l l e et j e ne l ' a b a n d o n -
nerai pas d a n s ses n é c e s s i t é s . L ' h u m b l e sujétion
consiste à o b é i r aux s u p é r i e u r s et à s'obéir m u t u e l l e -
m e n t avec h u m i l i t é et s i m p l i c i t é . L ' a m o u r de la
virginité va plus loin q u e la g a r d e de la v i r g i n i t é , il
fait a i m e r d ' a m o u r la c h a s t e t é et protège le c œ u r ,
aussi bien q u e les s e n s , c o n t r e tout ce q u i p e u t les
souiller, — Celui qui p o s s é d e r a i t u n j o y a u t r è s p r é -
cieux et t r è s utile veillerait à ce q u ' i l n e subît ni p e r l e ,
ni d o m m a g e : ainsi agil l ' a m o u r de la virginité. L a
tendre r e c o n n a i s s a n c e c o n s i s t e n o n s e u l e m e n t à
a c c e p t ? r d e D i e u les d o n s s p i r i t u e l s , m a i s à r e c e v o i r
tout ce q u i est n é c e s s a i r e p o u r le c o r p s , c o m m e le
vêtement et la n o u r r i t u r e , d'un c œ u r t o u c h é et
j o y e u s e m e n t satisfait, avec u n e action de g r â c e s véri-
table, p a r c e qu'on ne se r é p u t é digne de r i e n . Q u a n t
à la c h a r i t é a i m a b l e , elle c o n s i s t e non s e u l e m e n t à
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE VU, 31.1

a i m e r D i e u d'un c œ u r s i n c è r e , m a i s à s'aimer les


u n s les a n l r e s en D i e u et à se r e n d r e à l'envi tous les
b o n s offices d e la chariLé.

CHAPITRE VII.

7. OE TROÏS CHOSES TRÈS AGRÉABLES A DIEU.

i q u e l q u ' u n veut me faire u n e offrande agréable,


S qu'il s ' a p p l i q u e à p r a t i q u e r les trois c h o s e s sui-
v a n t e s : la p r e m i è r e , n e j a m a i s a b a n d o n n e r a p r o c h a i n
d a n s ses b e s o i n s ou sa d é t r e s s e , a t t é n u e r et excuser les
défauts et les p é c h é s de ses frères a u t a n t qu'il le peut.
J e p r o m e t s d ' ê t r e attentif à t o u t e s les nécessités de
celui q u i p r a t i q u e r a cela, et de c o u v r i r ses p é c h é s et
ses négligences en l'excusant d e v a n t m o n P è r e . La
s e c o n d e , ne c h e r c h e r refuge q u ' e n moi d a n s la tribu-
lalion ; ne se p l a i n d r e de ses c h a g r i n s à p e r s o n n e , mais
confier avec a b a n d o n , à m o i seul, t o u t e s les i n q u i é t u d e s
qui c h a r g e n t le c œ u r . J e n ' a b a n d o n n e r a i j a m a i s celui
qui agit a i n s i . L a t r o i s i è m e est de m a r c h e r a v e c moi
d a n s la v é r i t é . Celui qui s ' a d o n n e à ces p r a t i q u e s sera
reçu p a r moi à l ' h e u r e d e sa m o r t c o m m e p a r u n e
m è r e très a i m a n t e q u i accueille son fils. J e lui d o n n e -
r
rai le r e p o s a n s fin d a n s m e s e m b r a s s e m e n t s pater-
nels.
L a p r e m i è r e p r a t i q u e m ' e s t si a g r é a b l e qu'elle
m'oblige à p a y e r toute dette q u ' o n a u r a i t contractée
envers son p r o c h a i n . La s e c o n d e p r a t i q u e délivre des
dettes qu'on p o u r r a i t a v o i r e n v e r s s o i - m ê m e . Q u a n t à
la troisième, je l'estime c a p a b l e d'obtenir la r e m i s e de
loulc créance duc à D i e u .
L E LIVRE T>K LA GRACE SPÉCIALE.

C H A P I T R E VIII.

COMMENT ELLE VIT LES SAINTS PRIER


POUR LA CONGRÉGATION.

I N j o u r qu'elle ne sentait p a s Dieu selon sa g r â c e


L o r d i n a i r e , elle s'efforçait, d a n s l'affliction d e son
c œ u r , de le r e t r o u v e r , q u a n d elle a p e r ç u t un s p l c n d i d e
p o r t i q u e d ' a r g e n t où s ' a b r i t a i t le S e i g n e u r . Il lui
disait : « Jnlra in gmulium Domini lui : e n t r e d a n s la
j o i e de ton S e i g n e u r . » A p r è s q u o i , il se r e t i r a d a n s
un lieu a g r é a b l e où u n e t a b l e était p r é p a r é e , et le p a i n
déjà s e r v i . L e S e i g n e u r s'assit à cette table ; a u p r è s de
lui était sa M è r e , puis les p r o p h è t e s , les a p ô t r e s , les
m a r t y r s , les confesseurs et les v i e r g e s . T o u s t e n a i e n t
en m a i n des calices d ' o r ; m a i s celui de la b i e n h e u -
reuse V i e r g e M a r i e était p l u s b e a u , à c a u s e de ses
p i e r r e s p r é c i e u s e s . L a c o m m u n a u t é s'assit à terre
a u p r è s du S e i g n e u r , qui p r i t le p a i n , le r o m p i t et le
d i s t r i b u a . Q u e l q u e s - u n e s m a n g è r e n t ce pain avec
délices, t a n d i s que les a u t r e s ne lui trouvaient a u c u n e
saveur. L e s p r e m i è r e s é t a i e n t celles qui s e r v a i e n t le
Seigneur avec de fervents d é s i r s ; les s e c o n d e s , celles
qui n'avaient pas de d é v o t i o n .
C e p e n d a n t celle â m e se tenait d e v a n t le S e i g n e u r
qui lui dit*. « P o u r q u o i n e p r i e s - t u p a s ces s a i n t s ,
c o m m e tu le s o u h a i t a i s , au sujet de v o t r e Iribulation?
— O S e i g n e u r , r e p r i t l'amc, a p p r e n e z - m o i c o m m e n t
je dois p r i e r v o t r e b i e n h e u r e u s e M è r e ! » L e S e i g n e u r
r é p o n d i t : « T u la p r i e r a s p a r la l u m i è r e infuse
oTTvrmfvMr; PARTIE, CHAPITRE vin. 315
qu'elle a r e ç u e p l u s a b o n d a m m e n t q u e loulc c r é a t u r e ,
afin qu'elle t ' o b t i e n n e une aine l u m i n e u s e , où il ne reste
a u c u n recoin p o u r le p é c h é ; tu la p r i e r a s aussi p a r son
u n i o n avec la D i v i n i t é , p l u s étroite que celle de tout
ê l r e créé, afin qu'elle t ' o b t i e n n e d'être v r a i m e n t unie
à ma v o l o n t é . Enfin tu la p r i e r a s p a r la c o n n a i s s a n c e
et la j o u i s s a n c e d e ma D i v i n i t é qu'elle p o s s è d e au
s u p r ê m e d e g r é , afin qu'elle t'obtienne la j o u i s s a n c e
des d o n s et des g r â c e s q u e tu reçois selon les d e s -
seins d e ma v o l o n l é . »
L ' â m e fit cette p r i è r e à la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e ; p u i s elle s'adressa a u x p a t r i a r c h e s el aux
p r o p h è t e s q u i , t o u r n é s v e r s D i e u et les m a i n s éten-
d u e s , d i r e n t e n s e m b l e : « Sancte Deus: Dieu s a i n t » ,
ce Scinde Fortis : Saint F o r t », ayez pitié d'elles. P u i s
elle s'avança v e r s les a p ô t r e s , s ' é t o n n a n t qu'ils e u s s e n t
leur place a u - d e s s o u s de ceux qui avaient p o s s é d é des
femmes el des b i e n s en ce m o n d e . Elle exprima sa
s u r p r i s e à s a i n t J e a n l ' E v a n g é l i s t e , qui lui r é p o n d i t :
« N o u s ne s o m m e s p a s p o u r cela p l u s éloignés de Dieu,
c a r il habile en n o u s c o m m e je l'ai é c r i t : « Verbum earo
faclum est et habitavit in nobis : le V e r b e s'est fait c h a i r
et il a h a b i t é en n o u s . »11 a j o u t a : « E t toi-même es-tu
p l u s éloignée d e Dieu à c a u s e de la place q u e tu
o c c u p e s ? » A l o r s les a p ô t r e s , élevant aussi les m a i n s ,
p r i è r e n t le S e i g n e u r en d i s a n t : « P è r e el frère, m a î t r e et
S e i g n e u r , ayez pitié d'elles, » E n s u i t e elle pria les mar-
t y r s , p a r m i lesquels elle r e m a r q u a p a r t i c u l i è r e m e n t
saint E t i e n n e , o r n é d ' u n e a u r é o l e c l i n c e l a n l e d e p i e r r e s
p r é c i e u s e s , p a r c e qu'il se réjouit d'être a t - ^ b l é sous
les p i e r r e s d u t o r r e n t p o u r le n o m du Christ. Ceux-
ci, t o u r n é s v e r s D i e u , lui d i r e n t : « O Seigneur, par
votre s a n g très p u r , qui a sanctifié le nôtre, secourez-
310 LE LIVRE DE LÀ GRACE SPÉCIALE.

les. » E l l e s ' a p p r o c h a e n s u i t e des c o n f e s s e u r s , e n t r e


l e s q u e l s elle distingua s u r t o u t saint Benoît p o r t a n t
1
son b â t o n p a s t o r a l ; il offrait à b o i r e d a n s sa c o u p e à
t o u s les m e m b r e s p r é s e n t s d e s o n O r d r e . La p r i è r e
des c o n f e s s e u r s était celle-ci : « S e i g n e u r , n o u s v o u s
offrons t o u s nos t r a v a u x , afin de s u p p l é e r p o u i elles. »
Enfin elle p r i a les s a i n t e s v i e r g e s , q u e l l e s'étonna de
v o i r a la d e r n i è r e p l a c e : « T u p e u x r e m a r q u e r epic
n o u s ne s o m m e s pas p l u s loin d e Dieu, » lui d i r e n t les
v i e r g e s , puis elles p r i è r e n t ainsi : « N o u s v o u s s u p -
p l i o n s p o u r celle a s s e m b l é e d e v i e r g e s , ô v o u s , E p o u x
et A g n e a u plein d e d o u c e u r . »
L a t a b l e d u festin d i s p a r u t , et les v i e r g e s se p l a c è r e n t
t o u t e s a u t o u r du S e i g n e u r q u i , se levant l u i - m ê m e ,
c o m m e n ç a a v e c elles u n e d a n s e très j o y e u s e au son
m é l o d i e u x de c a n t i q u e s n o u v e a u x où brillait a v e c
2
h o n n e u r le nom de la C o n g r é g a t i o n . L a S œ u r M . a p -
p a r u t a u s s i , i l l u m i n é e d ' u n r a y o n q u e le C œ u r du
S e i g n e u r lançait v e r s le sien, p o u r signifier le d o n
spécial d ' a m o u r q u ' e l l e avait r e ç u en p a r t a g e .

C H A P I T R E IX.

9. COMBIEN SONT HEUREUX CEUX QUI NE VIVENT QUE

POUR SERVIR LE SEIGNEUR.

N E autrefois, pendant quele convent communiait


U et q u e la s e r v a n t e d e D i e u était r e t e n u e p a r la

J. Ainsi est affirmée la t e n d r e s s e filiale q u e sniftte Mkvhtiide


professait p o u r le b i e n h e u r e u x P è r e s a i n t B e n o i t . (Notede r édition
latine, |>nrtîi\ <*. xxvnO.
'i P r o b a b l e m e n t la S œ u r M e c h t i l d e .
QCATKIRME PARTIE. CHAPITRE \. 317

m a l a d i e , clic pria le S e i g n e u r de lui d o n n e r au m o i n s


q u e l q u e s miellés de sa table. A l o r s le Seigneurlui a p p a -
r u t a s s i s à u n e g r a n d e table a v e c tous ses saints : il lui
offrait des miettes en forme de globules d'or et de
p e r l e s , c'est-à-dire qu'il lui c o m m u n i q u a i t sa joie et
sa b é a t i t u d e . E n s u i t e la R e i n e , Mère du S e i g n e u r ,
r e m p l i ! ses deux mains d e miettes et les lui d o n n a ;
tous les s a i n t s firent de m ê m e t r è s j o y e u s e m e n t .
O r , les vierges, à cause de l e u r spéciale p r é r o g a t i v e ,
étaient a s s i s e s à cette table en face du S e i g n e u r ; c'est
à-dire qu'elles c o n t e m p l a i e n t mieux le visage et la
b e a u t é de l e u r E p o u x et p r e n a i e n t plus familièrement
cn lui l e u r s délices. Cette a m e s'approcha d'elles cn
s u p p l i a n t e , et les vierges lui d i r e n t : « A h ! b i e n h e u -
reux ê t e s - v o u s , v o u s qui vivez e n c o r e s u r la t e r r e et
pouvez a c q u é r i r t a n t d é m é r i t e s ! Si l ' h o m m e savait
c o m b i e n il p e u t m é r i t e r en u n seul j o u r , à peine serait-
il éveillé q u e son c œ u r se dilaterait de joie, en voyant
luire e n c o r e u n e j o u r n é e , p e n d a n t laquelle il p o u r r a i t
vivre à D i e u et m é r i t e r p o u r le glorifier 1 Cette joie le
r e n d r a i t c e r t a i n e m e n t p l u s allègre et plus fort p o u r
tout ce qu'il devrait faire ou souffrir ! »

C H A P I T R E X.

!
10. DIEU ACCORDE EA T L U I E A SES PRIÈRES n

N E g r a n d e s é c h e r e s s e désolait tout le p a y s , c a r
U d e p u i s l o n g t e m p s on a t t e n d a i t cn vain la p l u i e .

Voir le Héraut de Vamour diuin, livre t c. 13


318 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

Celle-ci p r i a le S e i g n e u r d a r r o s e r la lace de la t e r r e
d ' u n e eau f é c o n d a n t e . Il r é p o n d i t : « A u j o u r d ' h u i , j e
vous d o n n e r a i de la pluie. » C e p e n d a n t l'inexorable
sérénité du ciel lui lit c o n c e v o i r q u e l q u e s d o u t e s ;
m a i s , v e r s le s o i r , u n e pluie a b o n d a n t e t o m b a du ciel,
selon la p r o m e s s e d i v i n e .

C H A P I T R E XI.

11. DIEU PROTÈGE LE MONASTÈRE A CAUSE DE SES

MÉRITES.

U N E a u t r e é p o q u e , c o m m e n o u s r e d o u t i o n s beau-
A c o u p la p r é s e n c e du roi qui se t r o u v a i t à peu de
d i s l a n c e de n o i r e m o n a s t è r e *, elle pria le S e i g n e u r
p o u r qu'il daignât, lui qui est le Roi de Lous les
r o i s , nous p r o t é g e r c o n t r e les d o m m a g e s q u e p o u r -
rait n o u s c a u s e r T a n n é e du p r i n c e . L e S e i g n e u r lui
r é p o n d i t ; ce T u ne v e r r a s p a s un seul s o l d a t de cette
a r m é e . » Elle se dit : cette p r o m e s s e de n e pas les
v o i r , les e m p ê c h e r a i t - e l l e a u s s i d e n u i r e au m o n a s -
t è r e ? « P a s u n seul n ' a p p r o c h e r a d e v o s m u r s , ajouta
le S e i g n e u r , et moi j e v o u s défendrai a v e c t e n d r e s s e
c o n t r e t o u s . » C'est ce qui a r r i v a , car le S e i g n e u r
nout* # a r d a avec tant de m i s é r i c o r d e q u e n o u s
n ' a v o n s souffert a u c u n d o m m a g e , q u o i q u e b e a u c o u p
d ' a u t r e s m o n a s t è r e s aient été a t t a q u é s .

1. D a n s lo g u e r r e de l'empereur Adolphe c o n t r e les lila


d ' A l b e r t de Saxe cn 1294.
OUATIUÉME PAUTIE. CHAPITRE xm.

C H A P I T R E XII.

12. LE SEIGNEUR «ÉTABLIT LA PAIX A CAUSE D'ELLE.

u n e g r a n d e g u e r r e s'était allumée e n t r e n o s
C OMME

b a r o n s et que notre m o n a s t è r e en sou/Trait b e a u -


c o u p , elle s u p p l i a le S e i g n e u r d ' a p a i s e r ces q u e r e l l e s
et de r a m e n e r un état p a i s i b l e . L e Seigneur lui r é p o n -
dit : « J e c h a n g e r a i tout en b i e n . » L e l'ait se réalisa :
la paix Tut bientôt rétablie et le t r o u b l e fil place à la
parfaite t r a n q u i l l i t é .

CHAPITRE XTII.

13. COMMENT DIEU L'APPELA.

N d i m a n c h e où la m a l a d i e Pavait e m p ê c h é e de
U c o m m u n i e r , elle en r e s s e n t i t u n e g r a n d e tristesse
et dit au S e i g n e u r : « Mon S e i g n e u r , que voulez-vous
que j e fasse m a i n t e n a n t ? » Il lui r é p o n d i t p a r u n t r i p l e
« Virii/ : V i e n s , v i e n s , v i e n s . » Mais elle ne c o m p r i t
pas ce q u e cet appel signifiait. L e S e i g i ? u r r e p r i t
alors : « V i e n s c œ u r à c œ u r p a r l ' a m o u r : v i e n s des
lèvres „mx l è v r e s p a r le b a i s e r ; viens d'esprit à e s p r i t
par l'union. » Mais ces p a r o l e s « venir d'esprit à
esprit » la faisaient e n c o r e s o n g e r , q u a n d le S e i g n e u r
les lui expliqua : « Q u i c o n q u e aura r e n o n c é à sa
volonté, q u i c o n q u e préférera toujours ma volonté à la
320 L E L I V R E 1#E I,A CRACK SPÉCIALE

s i e n n e en tout événement h e u r e u x ou m a l h e u r e u x ,
celui-là v i e n d r a à l'union d ' e s p r i l à e s p r i t , et en lui
s'accomplira ce qui esl écrit : Celui qui s attache àDieu
devient un même esprit avec lui. (I Cor. vi, 17.)
Aloiv* elle se mit à p r i e r le S e i g n e u r afip q u e sa
c l é m e n c e v o u l û t bien é l o i g n e r du m o n a s t è r e mal-
h e u r q u ' o n r e d o u t a i t . « T u es ma j o i e , r é p o n d i t le
S e i g n e u r , et je suis la tienne : tant q u e (u vivra* et
q u e tu feras les délices de m o n C œ u r , pareil a c c i d e n t
n ' a r r i v e r a j a m a i s au m o n a s t è r e . » L ' â m e r e p r i t : « Ah !
m o n B i e n - A i m é , p o u r q u o i me p a r l e z - v o u s a i n s i , p u i s -
qu'il n'y a rien de b o n en moi ? » Il r é p o n d i t : « L e
miel mêlé au v i n a i g r e p e r d sa d o u c e u r ; m a i s a u c u n
m é l a n g e ne p e u t c h a n g e r ma d o u c e u r en a m e r t u m e . »
Voyez, m e s h i e n - a i m é s . de quelle force est la
prière assidue du juste ( J a c . v, 16), d e q u e l l e s g r â c e s
D i e u fait p a r t a u x h o m m e s à c a u s e d e ses a m i s . V r a i -
m e n t il c o n v i e n t d ' h o n o r e r e x t r ê m e m e n t vos a m i s , ô
m o n D i e u ; on n e peut j a m a i s assez les r e c h e r c h e r , les
a i m e r et les v é n é r e r , eux qui a p a i s e n t si s o u v e n t v o t r e
colère et de p l u s n o u s c o m b l e n t d e bienfaits. Qui
donnera des eaux à notre tête et à nos yeux des fontaines
de larmes ? ( J e r . ix, 1) p o u r p l e u r e r d i g n e m e n t celle
qui i n t e r v e n a i t ainsi p o u r n o u s ! P o u r son a m o u r , le
Dieu t o u t - p u i s s a n t n o u s a t a n t de fois é p a r g n é e s , t a n t
de fois î ï v t t s a v o n s r e s s e n t i le fruit d e ses p r i è r e s 1
T o u t e m b r a s é e du feu de l ' a m o u r , s e m b l a b l e au
c h a r b o n a r d e n t , elle e m b r a s a i t les c œ u r s de l ' a m o u r
1
divin. H é l a s 1 où t r o u v e r o n s - n o u s u n e telle s œ u r ? .

1. Ces r e g r e t s n e p e u v e n t avoir été e x p r i m é s q u e p a r s a i n t e


( i e r t r u d e . l'amie et la confidente d e s a i n t e M e c h t i l d e crui s'eflnec
ainsi d e v a n t celle q u ' e l l e d e v a i t e n c o r e s u r p a s s e r en g r â c e s
divines.
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE X I V . 321

m a i n t e n a n t étant e n t r é e d a n s les p u i s s a n c e s du
S e i g n e u r , elle a été i n t r o d u i t e dans la c h a m b r e
n u p t i a l e d u s o u v e r a i n R o i p o u r r e p o s e r à l ' o m b r e de
son R i e n - A i m é !

C H A P I T R E XIV.

14. COMMENT ON DOTT É M R E UNE A BRESSE.

qui était v r a i m e n t scion le c œ u r d e Dieu


L 'ABBESSE

a y a n t vieilli, la p i e u s e cl fidèle vierge p r i a le Sei-


g n e u r de p o u r v o i r son m o n a s t è r e d'une a u t r e a b b e s s e
qui lui fût a g r é a b l e . L e S e i g n e u r lui dit ; « L e j o u r où
v o u s v o u d r e z élire u n e a b b e s s e , faites c h a n t e r la m e s s e
du S a i n t - E s p r i t et q u e t o u t e la c o m m u n a u t é se mette
en p r i è r e , d e m a n d a n t à D i e u , puisqu'il connaît toutes
choses a v a n t qu'elles a r r i v e n t , de leur i n s p i r e r le
choix clc celle qu'il a d e s t i n é e de toute éternité p o u r
cette c h a r g e . Q u ' o n c h o i s i s s e u n e p e r s o n n e sage et
c r a i g n a n t D i e u , et q u e c h a c u n e , a p r è s a v o i r p r i é , la
c h a r g e de c o n s i g n e r p a r é c r i t le nom de celle qu'elle
v o u d r a i t v o i r élue. L e s s œ u r s ne doivent pas se c o m -
m u n i q u e r l e u r o p i n i o n , ni faire l e u r élection p a r des
motifs d'aiïcclion p a r t i c u l i è r e , mais selon le bon p l a i -
sir de D i e u , a u t a n t qu'elles p e u v e n t le c o n n a î t r e .
« E n s u i t e , il faut c o n s t i t u e r sept p e r s o n n e s sages et
c r a i g n a n t Dieu, p o u r faire le choix d'un n o m p a r m i
toutes les élues ; la c o m m u n a u t é d e m e u r e r a en p r i è r e
j u s q u ' à ce q u e l'accord (plaise â Dieu qu'il en soit
ainsi h se fasse s u r un m ê m e n o m . Si l'accord ne peut
H établir, q u ' o n en réfère au p r é v ô t ; il p r é s i d e r a
322 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE

a l o r s au lieu et place cle D i e u . Q u ' o n reçoive e t


q u ' o n établisse celle qu'il mettra à la téte c o m m e si
elle était d o n n é e p a r D i e u . Les officiers m a j e u r s , tels
q u e le p r é v ô t et la p r i e u r e , p e u v e n t ê t r e élus en la
m ê m e forme ' . »

C H A P I T R E XV.

15. COMMENT ON P E U T RENOUVELEE SES ENGAGEMENTS.

^ O M M K elle r e p a s s a i t d e v a n t Dieu toutes les an-


^ nées de sa vie d a n s l ' a m e r t u m e de son â m e , se
d i s a n t c o m b i e n elle avait eu de n é g l i g e n c e , c o m b i e n
les i n n o m b r a b l e s grâces r e ç u e s de D i e u et m ê m e sa
c o n s é c r a t i o n c o m m e é p o u s e a v a i e n t été souillées p a r
ses p é c h é s , le S e i g n e u r lui dit : « Si on te d o n n a i t
le choix, q u e p r é f é r e r a i s - t u ? A c q u é r i r les b i e n s q u e
je t'ai d o n n é s p a r l'effort de tes œ u v r e s et de tes v e r -
t u s , ou les r e c e v o i r tous g r a t u i t e m e n t de m o i ? » E l l e
r é p o n d i t : « O m o n Seigneur, j e fais p l u s d e cas d u
m o i n d r e d o n c o n c é d é p a r v o u s q u e de l'acquisition
des m é r i t e s de t o u s les saints p a r les p l u s g r a n d s tra-
v a u x et les plus h a u t e s v e r t u s . » L e S e i g n e u r r e p r i t :
« A c a u s e de cela, sois à j a m a i s b é n i e ! » P u i s il
ajouta : « Si tu veux r e n o u v e l e r tes fiançailles, a p -
p r o c h e - t o i de m e s p i e d s , r e n d s g r â c e s p o u r la r o b e

1. Il est p r o b a b l e q u e l ' a b b e s s e q u i d e v a i t c i r e ainsi r e m p l a c é e


a m u s e c?« son g r a n d àgc n e fui p a s l ' a b b e s s e G e r t r u d e , scenr
de s pinte h î e e h t i l d c , m o r t e à 59 a n s , m a i s S o p h i e de MansfeJd,
q u e sa m a u v a i s e s a n t é obligea à se d é m e t t r e , et q u i , a p r è s u n
i n t e r r è g n e , fut remplacée, p a r .luUn d e H u l h c r s t a d l » l o r s q u e déjà
B i n n t e Mechtilde était déeedec.
QUATTMKME PAKT1K. C H A P I T R E XV. 323

cVinnoccnce q u e j e t'ai graluitemenL conférée, c a r ce


n ' e s t point p a r ton m é r i t e q u e tu l'as g a r d é e , et de-
m a n d e q u e ma très parfaite i n n o c e n c e c o r r i g e tout ce
q u ' i l y a de vicié en toi. P u i s , approche-toi de mes
m a i n s , r e n d a n t g r â c e s p o u r mes actions^ qui t'ont
o b t e n u des m é r i t e s et a u s s i p o u r les tiennes, o p é r é e s
p a r m o i - m ê m e en toi. Enfin, d a n s la fournaise de mon
divin C œ u r fais r e f o n d r e l'anneau d e l à foi et de ton
a m o u r , c o m m e l'or é p r o u v é p a r le feu, cl lave sa
p i e r r e d a n s l'eau el le s a n g d e mon C œ u r alin qu'elle
r e p r e n n e sa v a l e u r cl son éclat. »
C e p e n d a n t l'ame, d é s i r a n t louer Dieu d'une m a n i è r e
ineffable, pria le P è r e d e d a i g n e r être l u i - m ê m e pour
l u i - m ô m e cette s u p r ê m e l o u a n g e q u c l a très s a î n t c T r i -
nité se d o n n e et reçoit cn son p r o p r e sein. P o u r satis-
faire ce d é s i r , le S e i g n e u r p r i t le c œ u r de celle-ci sous
le s y m b o l e d'un vase de c r i s t a l , taillé en triangle,
r e h a u s s é d'or et de p i e r r e s p r é c i e u s e s . Cette c o u p e d é -
signait l'ineffable l o u a n g e d e l'adorable T r i n i t é , la-
quelle b u v a i t p o u r ainsi d i r e avec délices sa p r o p r e
l o u a n g e . Enfin Dieu offrit la c o u p e à la m u l t i t u d e des
s a i n t s . Mais celle-ci se m i l a l o r s à prier p o u r q u e les
â m e s d e s fidèles défunts e u s s e n t aussi p a r t à cette
faveur ; aussitôt elle les vit v e n i r en foule et p u i s e r
avec joie d a n s ce v a s e . Q u e l q u e s - u n e s y b u r e n t q u o i -
q u e l e u r purification ne fût p a s achevée, et elle en fut
r
s u r p r i s e . Le S e i g n e u r lui dit ; « Ce que tu " ois ne se
passe pas d a n s le ciel v é r i t a b l e ; mais parce que lu me
vois, moi qui c o n t i e n s toute c r é a t u r e , tu vois aussi
toutes les c r é a t u r e s c o m m e si elles Tétaient p r é -
sentes. »
E l l e a p e r ç u t l'ame d'un certain religieux, et c o m m e
elle d e m a n d a il p o u r q u o i il n'était pas au ciel, le Seigneur
324 L E L I V U E D E LA G R A C E SPÉCIALE.

lui r é p o n d i t : « Il se j u g e a i t p l u s sage que son s u p é -


r i e u r . Ce q u e faisait son s u p é r i e u r n e lui plaisait p a s ,
p a r c e q u i i a v a i t la p r é t e n t i o n d e mieux faire. Cette
idée se d r e s s a d e v a n t lui c o m m e u n obstacle^après sa
m o r t , c a r un religieux ne p e u t j a m a i s se c r o i r e d ' u n e
sagesse q u i le d i s p e n s e d ' o b é i r en t o u t e h u m i l i t é à s o n
p r é l a t , et d e se s o u m e t t r e à s e s v o l o n t é s en tout ce
qui est b i e n . » D a n s la suite, a y a n t p r i é de n o u v e a u
p o u r ce r e l i g i e u x c o n v e r s , elle vit son à m c d a n s
une g r a n d e l u m i è r e , s u r p a s s a n t en gloire les a u t r e s
c o n v e r s a u t a n t q u e les p r ê t r e s se d i s t i n g u e n t , p a r
l e u r d i g n i t é , a u - d e s s u s d u v u l g a i r e . O r il avait m é -
rité cette p r é r o g a t i v e p a r s o n zélé et sa dévotion à
s e r v i r les p r ê t r e s à l'autel a u t a n t qu'il le pouvait, et
i\ les a i d e r p o u r c h a n t e r la m e s s e a u t a n t q u e p o u r la
célébrer.

C H A P I T R E XVI.

KL COMMENTEES JEUNES FILLES ENCORE NOVICES DOIVENT

SE COMPORTE!*.

V E C la b i e n v e i l l a n t e c h a r i t é q u i ne lui laissait ou-


A blier o e r s o n n e , elle priait a u s s i le S e i g n e u r poul-
ies n o v i c e s , alin qu'il d a i g n â t les c o n f i r m e r d a n s la
profession de la religion el d ' u n e vraie s a i n t e t é . D i e u
lui fil à l e u r sujet cette r é p o n s e : « Je marcherai au
milieu (Telles, f habiterai en elles, et elles seront mon
peuple (II Cor. vi, lfi). J e m a r c h e r a i au milieu d'elles
p a r l e u r s s a i n l s d é s i r s et l e u r b o n n e volonté ; j ' h a b i t e -
rai en elles p a r l'union de l ' a m o u r . Elles s e r o n t m o n
OrATTHÈME PARTIE. CHAPITRE XVII 325

p e u p l e , p a r une vie b o n n e et digne de l o u a n g e , p a r l e


p r o g r è s cl la p r o s p é r i t é qu'elles p r o c u r e r o n t à la
sainte E g l i s e . T o u s ceux qu'elles a t t i r e r o n t p a r leurs
b o n s e x e m p l e s , l e u r s v e r t u s , leurs i n s t r u c t i o n s , ou
q u ' e l l e s g a g n e r o n t p a r l e u r s p r i è r e s pour l'avance-
m e n t des j u s t e s , la c o n v e r s i o n des p é c h e u r s e l l a déli-
v r a n c e des â m e s souffrantes, tous ceux-là seront
c o m p t é s au n o m b r e de leur peuple.
« Q u e l l e s s ' a p p l i q u e n t s u r t o u t aux p r a t i q u e s sui-
vantes : p r i e r souvent et avec dévotion, lire et écouter
v o l o n t i e r s la sainte E c r i t u r e , s ' a p p l i q u e r à l'élude,
g a r d e r avec soin l'obéissance et la règle en tout ce qui
les c o n c e r n e , c o n s e r v e r p a r t o u t l'humilité, s a n s se
c o m p a r e r aux a u t r e s et ne m é p r i s e r p e r s o n n e . P e n -
d a n t q u ' e l l e s p r i e r o n t ainsi, je l e u r enseignerai ma
d i v i n e v o l o n t é et t o u t ce q u ' e l l e s doivent savoir ;
p e n d a n t l e u r l e c t u r e , je l e u r ferai goûter ma d o u c e u r .
D a n s les travaux, je les sanctifierai ; dans l'obéissance
et l ' o b s e r v a n c e r é g u l i è r e , je l e u r d o n n e r a i ma c o m -
p a s s i o n , ma force et m o n s e c o u r s ; et d a n s leur h u m i -
lité, j e veux t r o u v e r m o n r e p o s . »

C H A P I T R E XVII.

16. COMMENT LE CHRIST LES ACCUEILLE Q U A N D ELLES

F O N T P R O F E S S I O N .

e l l e a v a i t e n c o r e p r i e p o u r les m ê m e s novices
(J"IOMME

au j o u r de l e u r profession, le Seigneur lui d i t :


v Elles doivent me d e m a n d e r les yeux de l'intclli
Kcncc avec l e s q u e l s on peut me voir et r e c o n n a î t r e
326 L E LIVRE D P , LA GllAGE SPÉCIALE.

loul ce qui osi salutaire ; les oreilles de l ' o b é i s s a n c e


p r ê t e s a u x c o m m a n d e m e n t s et v o l o n t é des s u p é r i e u r s ,
la b o u c h e d e l à sagesse qui sait c h a n t e r mes l o u a n g e s ,
e n s e i g n e r et dire ce qui c o n v i e n t au p r o c h a i n . 'Qu'elles
d e m a n d e n t aussi un c œ u r a i m a n t , avec lequel elles
p u i s s e n t m ' a i m e r et a i m e r t o u t en moi et p o u r moi ;
e n f i n q u ' c l l c s d c m a n d c n l les m a i n s des b o n n e s œ u v r e s ,
alin d ' a c c o m p l i r loules l e u r s a c t i o n s a v e c u n e atten-
tion parfaite. »
P e n d a n t qu'on r é c i t a i t p o n r c l l c s les L i t a n i e s , celle-
ci vit la b i e n h e u r e u s e V i e r g e Marie el e n s u i t e c h a c u n
d e s s a i n t s i n v o q u é s fléchir les genoux a v e c r é v é r e n c e
en p r i a n t le S e i g n e u r , cl p e n d a n t qu'elles é m e t t a i e n t
l e u r p r o f e s s i o n , le S e i g n e u r J é s u s les r e ç u t avec
a m o u r e n t r e ses b r a s , et t e n d i t à c h a c u n e sa m a i n
d r o i t e p o u r les s o u t e n i r d a n s l ' a c c o m p l i s s e m e n t de
l e u r s v œ u x et les p r o l é g e r de tout m a l . L o r s q u ' e l l e s
s ' a p p r o c h è r e n t de la c o m m u n i o n , il leur d o n n a u n
très doux b a i s e r ; el elles d e v i n r e n t un seul e s p r i t
a v e c l u i , d a n s cette h e u r e u s e u n i o n .

CHAPITRE XVIII.

17. COMMENT L E S E I G N E U R S E R R E ENTRE S E S B R A S CEUX


QUI VOUENT L'OBÉISSANCE

de c o m p a s s i o n p o u r u n e p e r s o n n e q u i , s u r
T OUCIÏKE

un point, ne p o u v a i t se m e t t r e p l e i n e m e n t d ' a c c o r d
avec la volonté de son s u p é r i e u r , elle p r i a i t le Sei-
g n e u r de l'éclairer p a r sa g r â c e cl de l'incliner à se
s o u m e t t r e . E t voici q u ' e l l e a p e r ç u t le S e i g n e u r J é s u s
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE XIX. 327

d e b o u t , e n l a ç a n t do son b r a s droit relie p e r s o n n e , en


disant : « Dès l ' h e u r e où elle m'a engagé sa volonté
p r o p r e en îa r e m e t t a n t aux m a i n s de ses s u p é r i e u r s ,
je l'ai r e ç u e d a n s mes b r a s ; ma droite ne la quittera
j a m a i s , à m o i n s q u e l l e ne r e t o u r n e v o l o n t a i r e m e n t
en a r r i è r e et n e se d é r o b e à m o i . Si elle le faisait, elle
ne p o u r r a i t r e t r o u v e r sa place élevée sans s'être
abaissée. » P a r ces p a r o l e s elle c o m p r i t q u e Dieu, au
j o u r de la p r o f e s s i o n , p r e n d c h a q u e religieux d a n s
son sein paternel et n e l'en rejette j a m a i s , à m o i n s q u e ,
de p r o p o s d é l i b é r é (ce dont D i e u n o u s p r é s e r v e I) on
ne m a n q u e à l ' o b é i s s a n c e ; a l o r s on se d é r o b e , p o u r
ainsi d i r e , à la main de Dieu et Ton devient incapable
de la saisir de n o u v e a u , a v a n t de s'être p r o s t e r n é
h u m b l e m e n t d e v a n t lui p a r u n e vraie pénitence, une
satisfaction c o n v e n a b l e et la p r o m e s s e d'obéir volon-
tiers a l'avenir.

CHAPITRE XIX.

18. COMBIEN IL EST UTILE DE BRISER SA VOLONTÉ

PROPRE.

N E p e r s o n n e lui d e m a n d a un j o u r de p r é s e n t e r à
U Dieu un sacrifice pénible qu'elle avait accompli
pour son a m o u r : c'était un acte d e r e n o n c e m e n t à sa
volonté p r o p r e . Celle-ci s'acquittait de ce message,
à la messe, lorsqu'elle vit s o r t i r du ciboire où était
contenu le C o r p s de J é s u s - C h r i s t , un tout petit enfant
qui g r a n d i t s o u d a i n p o u r d e v e n i r une vierge t r è s
J2 — SAIN l'k MliCHllI.IJb.
328 LE LIVRE D E LA OR A CE S P E C I A L E .

belle, s y m b o l i s a n t la v o l o n t é divine. Q u e l q u e s p e r -
s o n n e s , s'étanl apj)roebées de celte v i e r g e , la r e g a r -
d a i e n t a v e c u n e infinie t e n d r e s s e , l ' e m b r a s s a i e n t et
liaient c o n v e r s a t i o n a v e c elle. Ces p e r s o n n e s signi-
fiaient les i i u p s qui s ' a p p l i q u e n t à c o n f o r m e r l e u r
v o l o n t é a celle de Dieu d a n s l e u r s p e i n e s a u s s i bien
que d a n s leurs joies, et qui se s o u m e t t e n t t o u j o u r s
1
aux ordres des anciens .
Celle-ci vit de l'antre c ô t é un m a r m i t o n d a n s ses
b a b i l s n o i r c i s par la fumée. Il était le s y m b o l e de la
v o l o n t é p r o p r e et du s e n t i m e n t p a r t i c u l i e r . Ce mé-
p r i s a b l e valet s'efforçait de d é t o u r n e r de la vierge
les p e r s o n n e s s u s d i t e s et d ' a t t i r e r l e u r s r e g a r d s .
Q u e l q u e s - u n e s ne p r ê t è r e n t a u c u n e a t t e n t i o n à ce
m a n è g e et se remirent a u s s i t ô t à c o n t e m p l e r la vierge ;
m a i s d ' a u t r e s , s'étanl t o u r n é e s v e r s le petit h o m m e
n o i r , lui s o u r i a i e n t , c a u s a i e n t , c h u c h o t a i e n t avec
lui. Ces d e r n i è r e s signifiaient les Ames qui se d é t o u r -
nent parfois de la v o l o n t é divine p o u r s u i v r e la leur
ci préfèrent a b o n d e r d a n s l e u r p r o p r e s e n s , p l u t ô t q u e
de se r a n g e r aux avis de l e u r s p r é l a t s . Si elles ne
r e t o u r n e n t p a r la p é n i t e n c e vers cette v i e r g e , c'est-
à - d i r e v e r s la volonté de D i e u , il l e u r faudra souffrir
u n e p e r p é t u e l l e p a u v r e t é a v e c le m i s é r a b l e m a r m i -
t o n , p a r c e q u e la v o l o n t é p r o p r e n ' e n g e n d r e rien
d a n s la vie spirituelle s i n o n l'éternelle i n d i g e n c e .

^ 1 ) E x p r e s s i o n tirée de la Uàgle (le saint B e n o i t .


QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE XX. 829

C H A P I T R E XX.

19. DU LIBRE ARBITRE DE L'HOMME.

L L E vit un j o u r le S e i g n e u r J é s u s ; cn face de lui,


E un h o m m e se tenait d e b o u t . Dans le C œ u r
divin elle a p e r ç u t u n e r o u e qui tournait sans cesse
et u n e l o n g u e c o r d e qui se dirigeait vers le c œ u r de
l ' h o m m e , où il y avait aussi u n e r o u e en m o u v e m e n t .
Cet h o m m e figurait lous les h u m a i n s , et la roue signi-
fiait q u e D i e u a c o m m u n i q u é de son libre a r b i t r e
aux h o m m e s , la libre volonté de se t o u r n e r vers le bien
et v e r s le m a l . L a c o r d e , c'est la volonté de Dieu, qui
attire t o u j o u r s au bien et non au mal. Cette c o r d e
va d o n c du c œ u r de Dieu à celui de l'homme ; et plus
la r o u e t o u r n e r a p i d e m e n t , plus l ' h o m m e se r a p p r o c h e
de Dieu. Mais si la c r é a t u r e choisit le mal, la r o u e
se met aussitôt à t o u r n e r en s e n s i n v e r s e et l ' h o m m e
s'éloigne de D i e u . S'il p e r s é v è r e d a n s le mal j u s q u ' à
sa m o r t , la c o r d e se r o m p t et il t o m b e dans la d a m -
nation é t e r n e l l e . S'il se r e l è v e p a r la pénitence, D i e u ,
qui est t o u j o u r s prêt à p a r d o n n e r , le reçoit de nou-
veau en sa g r â c e ; la r o u e t o u r n e alors dans le m ê m e
sens q u ' a u p a r a v a n t , et l ' h o m m e r e c o m m e n c e à se
r a p p r o c h e r de Dieu.
330 L E LIVRE DK LA GRACIA SPECIALE.

C H A P I T R E XXL

20. COMISIEZ-? IL E S T UTILE D E DOMINER SES SENS-

N j o u r qu'elle avait dit e n t r e a u t r e s c h o s e s à D i e u ,


U d a n s un élan d ' a m o u r : « Q u e j e v o u d r a i s être
v o t r e p r i s o n n i è r e ! » le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Ce-
lui qui d é s i r e être m o n captif s u r la t e r r e d o i t d é t o u r -
n e r ses yeux de tout r e g a r d illicite ou inutile, el les
e n c h a î n e r ; et m o i , d a n s la gloire de m o n ciel,
j ' o u v r i r a i ses y e u x , je lui dévoilerai la l u m i è r e d e m o n
visage et lui manifesterai ma gloire ; j e m e d é c o u -
v r i r a i à lui d ' u n e m a n i è r e si d é l i c i e u s e q u e la milice
céleste en sera d a n s l'allégresse et d a n s l ' a d m i r a t i o n .
« Il doit aussi fermer l e s o r e i l l c s aux inutilités et aux
c h o s e s d a n g e r e u s e s , et j ' e m p l o i e r a i d a n s l ' é t e r n i t é les
p l u s s u a v e s m o d u l a t i o n s d e m a voix à lui c h a n t e r la
d o u c e mélodie d ' u n e gloire t o u t e p a r t i c u l i è r e . S'il t i e n t
sa b o u c h e close p o u r t o u t e p a r o l e o i s e u s e o u n u i s i b l e ,
je la lui o u v r i r a i si p a r f a i t e m e n t p o u r m e l o u e r qu'il
c é l é b r e r a ma gloire a v e c u n e dignité s p é c i a l e .
« Celui qui i n t e r d i t à son c œ u r toute p e n s é e v a i n e ou
m a u v a i s e et tout désir n u i s i b l e , sera doté p a r moi avec
tant de libéralité qu'il a u r a en sa p u i s s a n c e m o i - m ê m e
et tout ce qu'il v o u d r a ; en o u t r e , son c œ u r tressaillira
é t e r n e l l e m e n t d a n s mon divin C œ u r et y j o u i r a d ' u n e
liberté d é l i c i e u s e .
« E t celui qui se lie les m a i n s p o u r n e faire a u c u n e
œ u v r e de p é c h é , j e l ' h o n o r e r a i cn le d é l i v r a n t de
tout travail, je lui d o n n e r a i le r e p o s é t e r n e l , et j ' e x a l -
QUATRIÈME P A H T I E . CITAPITKE XXI. 331

tcrai scs b o n n e s œ u v r e s u n i e s a u x m i e n n e s avec t a n t


d e magnificence que toute la c o u r céleste en r e c e v r a
un s u r c r o î t de j o i e . »

C H A P I T R E XXI.

20. EFFICACITÉ DE LA PRIÈRE FAITE EN COMMUN.

E c o u v e n t d a n s u n e p r e s s a n t e nécessité, avait
L récité t o u t un p s a u t i e r et Pavait confié à la ser-
vante du C h r i s t p o u r qu'elle PolTrît à D i e u . Elle dil à
son ange g a r d i e n : « O r ça, mon ange b i e n - a i m é , v o u s
connaissez c o m m e v o u s êtes c o n n u , t a n d i s q u e m o i ,
j e ne c o n n a i s qu'en partie *. Veuillez p r é s e n t e r ma
p r i è r e au Roi que v o u s s e r v e z d a n s la gloire et
les délices. » L ' a n g e r é p o n d i t : « P o i n t du tout, j e ne
connais p a s a u t a n t que je suis c o n n u , car celui qui
m'a fait m e c o n n a î t c o m m e s o u v e r a i n e p u i s s a n c e ,
s u p r ê m e sagesse et s o u v e r a i n a m o u r , tandis q u e j e le
connais s e u l e m e n t d a n s la m e s u r e de m o n être c r é é .
C e p e n d a n t j e suis plus h e u r e u x de p r é s e n t e r à mon
Dieu ton m e s s a g e q u ' u n e m è r e ne le serait de voir son
fils u n i q u e c o m b l é d ' h o n n e u r s et de r i c h e s s e s . » A l o r s
l a n g e reçut ces p r i è r e s s o u s forme d'alouettes
vivantes, d é p o s é e s s u r un linge b l a n c , et les offrit
joyeusement à Dieu. Q u e l q u e s - u n e s e s s a y è r e n t de
voler, mais elles ne m o n t è r e n t pas bien haut et r e v i n -

1 Allusion ÎI ces piirol"s dv. saint P a u l : R Nuito rogiinsro


ox \y,\rU\ ; l u n e ï U U c n i c o g n o s c a m sirul rl c o g n i l u s su m. B
(I Cor. xnij 12.)
332 LE LIVRE D E LA GRACE SPECIALE.

r e n i s u r la b l a n c h e n a p p e : d ' a u t r e s , p o r t é e s s u r l e u r s
ailes, allèrent se r e p o s e r s u r la p o i t r i n e du S e i g n e u r ;
d ' a u t r e s e n f i n , v o l a n t j u s q u ' à la h a u t e u r d e son v i s a g e ,
lui d o n n è r c n t d e s b a i s e r s . E t le S e i g n e u r dit : « A u t a n t
il y a de p e r s o n n e s q u i o n t récité ces p r i è r e s , a u t a n t
de fois je veux les r e g a r d e r d'un œil d e m i s é r i c o r d e
et incliner v e r s elles les oreilles de m a c l é m e n c e . >>

C H A P I T R E XXIII.

22. COMMENT J É S U S - C H R I S T S U P P L É E A CE QUI NOUS


MANQUE.

A s e r v a n t e de D i e u p r i a i t un j o u r p o u r u n e p e r s o n n e
L qui lui avait a v o u é c o m b i e n s o n a m e était triste
de ne p a s a i m e r Dieu el de le s e r v i r s a n s d é v o t i o n .
E l l e - m ê m e était t o m b é e d a n s u n e g r a n d e t r i s t e s s e et
se c r o y a i t tout à fait inutile p u i s q u e , a p r è s a v o i r reçu de
si g r a n d e s g r â c e s , elle n ' a i m a i t p a s D i e u c o m m e elle
l'aurait d u . Le S e i g n e u r lui dit a l o r s : « E h ! m a
h i e n - a i m é e , n e sois pas triste ; tout ce q u i e s t a m o i
est à toi ». E l l e lui dit : « Si v r a i m e n t t o u t ce qui est à
v o u s est à m o i , v o t r e a m o u r est d o n c m i e n , et il est
v o u s - m ê m e , ainsi q u e dit J e a n ; Dieu est amour ( J e a n ,
iv, K)); alors j e v o u s offre cet a m o u r p o u r qu'il
s u p p l é e â tout ce qui me m a n q u e . » L e S e i g n e u r
accepta cette p a r o l e , et r é p o n d i t : « C'est b i e n , et
q u a n d lu v o u d r a s me l o u e r ou m ' a i m e r et q u e lu
n ' a r r i v e r a s pas à satisfaire ton d é s i r , tu dira» : « . l e
v o u s loue, ô bon J é s u s ; â tout ce qui me m a n q u e ,
suppléez v o u s - m ê m e , j e vous p r i e , » E t q u a n d il te
QïwrnnbrE PARTIE, CHAPITRE xxiv. 333
plaira de m ' a i m e r , tu d i r a s : « J e vous a i m e , ô b o n
J é s u s ; à ce qui me m a n q u e , daignez s u p p l é e r en
offrant à voire P è r e p o u r moi l ' a m o u r de votre
c œ u r . » Ti. d i r a s à la p e r s o n n e p o u r laquelle tu
p r i e s de faire la m ê m e c h o s e . Si elle y revient mille
fois p a r jour, mille lois j e m'offrirai p o u r elle au P è r e ,
car j e ne peux r e s s e n t i r ni l a s s i t u d e , ni e n n u i . »

CHAPITRE XXIV.

23. CE QU'ON DOIT FAIRE D A N S LA TRISTESSE.

elle a d r e s s a i t à Dieu une prière a n a l o g u e


C OMME

p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e , elle r e ç u t cette r é p o n s e :
« Qu'elle récite s o u v e n t ce v e r s e t : Vous êtes b é n i , ô
A d o n a ï , au firmament du ciel, louable, glorieux cl
exalté d a n s les siècles ; v o u s qui v o u s avez fait le
ciel, la t e r r e , la m e r et t o u t ce qu'ils c o n t i e n n e n t ,
soyez loué, glorifié et exalté d a n s les siècles, alléluia.
« E t si la p e n s é e qu'elle n ' e s t pas du n o m b r e des
élus lui vient j a m a i s à l'esprit, qu'elle agisse à la
m a n i è r e de q u e l q u ' u n qui c h e m i n e dans u n e vallée
o b s c u r e : si cet h o m m e était pris tout à c o u p du dé-
sir de voir le soleil, il m o n t e r a i t de la vallée s u r
la colline afin d ' é c h a p p e r a u x o m b r e s . C'est ainsi
qu'elle doit agir. Est-elle e n v e l o p p é e des n u a g e s de
la t r i s t e s s e ? qu'elle g r a v i s s e la montagne de 1 espé-
rance cl qu'elle m e c o n t e m p l e des yeux de la foi,
moi, le céleste firmament a u q u e l sont fixées, c o m m e
des étoiles, les Ames d e tous les élus. Ces étoiles p e u -
vent bien être cachées s o u s les nuages du p é c h é et
334 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

les b r o u i l l a r d s d e l ' i g n o r a n c e ; c e p e n d a n t elles ne


p e u v e n t c e s s e r de b r i l l e r à l e u r firmament, c'est-à-
dire d a n s ma c l a r t é divine, p a r c e q u e les élus, bien
q u e c h a r g é s parfois de p é c h é s é n o r m e s , sont t o u -
j o u r s e n v e l o p p é s à mon r e g a r d p a r ma c h a r g é qui les
a choisis et les fera p a r v e n i r à m o n é t e m e l l e l u -
m i è r e . C'est p o u r q u o i il est b o n à l ' h o m m e de se
r a p p e l e r souvent ma g r a t u i t e b o n t é q u i , a p r è s l'avoir
élu, peut d a n s ses m e r v e i l l e u x et s e c r e t s j u g e m e n t s
le r e g a r d e r c o m m e j u s t e , m ê m e s'il est a c t u e l l e m e n t
d a n s le p é c h é , p a r c e q u e je m ' o c c u p e d e lui avec
a m o u r p o u r s u b s t i t u e r au mal le b i e n q u e j e v e u x
voir en lui. A l o r s on peut m e b é n i r , moi qui s u i s
l'éternel firmament des élus ! P a r cette p a r o l e : Que
Unis tes anges el les saints te bénissent, q u ' o n d é s i r e
me louer avec eux ».

C H A P I T R E XXV.

24. COMMENT ON D O I T C O N F I E R T O U T E S S E S PEINES


A DIEU.

j-ioMME elle p r i a i t e n c o r e p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e ,
*.>« elle e n t e n d i t Dieu lui faire celle r é p o n s e :
« L o r s q u ^ o n est d a n s la p e i n e , o n doit se p r o s t e r n e r
a m e s p i r d s , y d é p o s e r tout son f a r d e a u et m e le
c o n f i e r p a r cette p r i è r e : Regardez, nous vous en
prions, Seigneur, votre servante^ pour laquelle Noire-
Seigneur Jésus-Christ n'a pas hésité à se livrer aux
mains de ses ennemis et à souffrir le supplice de la
croix. Par le môme Jésus-Christ Notre-Seigneur»
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXV. 335

Ainsi soil-il Celle p e r s o n n e d e m a n d e r a p a r ces


p a r o l e s q u e j e la r e g a r d e d'un œil de m i s é r i c o r d e ,
q u e j ' é c l a i r e son à m e afin de lui faire c o n n a î t r e
p o u r quelle raison el a v e c quel a m o u r j ' a i p e r m i s
ecl é v é n e m e n t . EnsuiLc qu'elle souffre sa peine p o u r
m a gloire il toutes ses a u t r e s adversités.
« Q u ' e l l e se dirige en second lieu vers mes mains
en d i s a n t le R é p o n s : « Emilie Dominesapienfiam, etc. :
E n v o y e z , S e i g n e u r , la divine sagesse du tronc de vo-
tre majesté, afin qu elle d e m e u r e avec moi et daigne
p a r t a g e r m e s travaux p o u r q u e je c o n n a i s s e en tout
t e m p s le m o y e n de v o u s plaire. D o n n e z - m o i , Sei-
g n e u r , celle sagesse qui a s s i s t e à vos conseils éter-
nels ! » P a r ces p a r o l e s , elle d e m a n d e que la divine
Sagesse soit sa coopéraLrice cl l'aide à s u p p o r t e r cette
peine p o u r la gloire de D i e u , pour sa p r o p r e utilité
et p o u r celle de tout l ' u n i v e r s .
« Enfin qu'elle s ' a p p r o c h e d é m o n C œ u r en disant :
« 0 mira circa nos tnsepielalis dignalio, etc. ; puis O admi-
rable pretium, etc. O m e r v e i l l e u s e c o n d e s c e n d a n c e de
votre b o n t é p o u r n o u s , excès i n c o m p r é h e n s i b l e de vo-
tre c h a r i t é ! P o u r r a c h e t e r l'esclave, vous avez livré le
F i l s I O prix a d m i r a b l e p a r lequel v o u s avez r a c h e t é
la captivité du m o n d e , les b a r r i è r e s infernales o n t été
b r i s é e s , e l l e s p o r t e s d e la vie ouvertes p o u r n o u s !
Ainsi pricra-t-elle afin q u e l'amour de m o n divin
C œ u r , qui m'a c h a r g é du fardeau de tous les h o m m e s ,
l'aide à s u p p o r t e r ce p o i d s d e tristesse avec un
amour reconnaissant. »

(1] O r a i s o n d e l'Office a u x ;ois d e r n i e r s j o u r s do la Somaiiio


samte.
LE L Ï V U E D E LA G R A C E SPECTALE.

C H A P I T R E XXVI.

25. COMMENT ON D O I T O F F R I R SON CŒUR A DIEU


DANS LA TR1BULATION.

]^JL Ldé.siiait
E priait u n e a u l r e fois p o u r u n e p e r s o n n e qui
être a s s u r é e d e s a p e r s é v é r a n c e , q u a n d elle
vit 1 a m e de celte p e r s o n n e à g e n o u x p o u r ainsi dire
d e v a n t Dieu, lui offrant son c œ u r s o u s le s y m b o l e
d ' u n e c o u p e d o n l l e s deux a n s e s signifiaient la v o l o n t é
et le désir. L e S e i g n e u r accepta v o l o n t i e r s celte c o u p e
et la cacha d a n s son sein. Il avait a u p r è s de lui deux
a m p h o r e s , u n e d'or à sa d r o i t e , u n e d ' a r g e n t à sa
g a u c h e , et ce qu'il v e r s a i t t o u r à t o u r de Tune et de
l'autre se mélangeait d a n s la c o u p e . D e la p r e m i è r e
a m p h o r e coulait la d o u c e u r de sa D i v i n i t é , de l'autre
les l a b e u r s de son H u m a n i t é . N ' e s t - c e pas ce qu'il
v e r s e à la fois au c œ u r de l ' h o m m e q u a n d il lui fait
s e n t i r d a n s ses peines les d o u c e u r s de la consolation
divine, et qu'il lui d o n n e en m ê m e t e m p s p o u r r é c o n -
fort les t r a v a u x d e sa sainte H u m a n i t é ?
L e S e i g n e u r dit : « Q u a n d u n e peine s u r v i e n t , si
on avait a u s s i t ô t l'intention d e m e d o n n e r à b o i r e , nies
lèvres, en se p o r t a n t vers le calice, y infuseraient,
tant de d o u c e u r q u e le c h a g r i n d e v i e n d r a i t n o b l e cl
fructueux. Mais si l ' h o m m e boit le p r e m i e r au ca-
lice, il c o r r o m p t le b r e u v a g e ; el p l u s il boit, p l u s la
coupe devient a m è r e , de s o r t e qu'il ne convient plus
q u e j ' y puise m o i - m ê m e , à moins q u e la c o u p e n'ait été
purifiée p a r la p é n i t e n c e et la confessa**-; "
Q U A T R I E M E PARITE. Cil A PITRE X X V I I . '»«»/

G l o s e : Q u a n d vient la irisles.se, il Faudrait aussitôt


en offrir le p o i d s à Dieu : a l o r s il e n v e r r a i t la d o u c e
c o n s o l a t i o n , il e n c o u r a g e r a i t à la patience el n e per-
m e t t r a i t p a s q u e r a l l l i e t i o n d e m e u r â t s a n s fruit. Si
l ' h o m m e , p a r faiblesse, r e v e n a i t i n d û m e n t à sa peine,
soit p a r p e n s é e , soit p a r p a r o l e , sa faute serait vile
effacée p a r la p é n i t e n c e . Mais quand on v e u t p o r t e r
s o i - m ê m e ses c h a g r i n s , on t o m b e d a n s T i m p a t i e n c c . et
p l u s on s'en o c c u p e , soit p o u r les raconter, soit p o u r
les r e v i v r e en esprit, plus ils deviennent l o u r d s et
a m e r s . Q u a n d on r e n t r e ensuite en s o i - m ê m e , on
n ' o s e p l u s les offrir à Dieu p a r c e qu'on y verrait de
l ' i n c o n v e n a n c e . T o u t e f o i s , m ê m e alors, il n e faut
p a s p e r d r e confiance, c a r si cette œ u v r e a été purifiée
p a r la confession et la p é n i t e n c e , on p o u r r a encore
l'offrira Dieu d'un c œ u r c o n t r i t et humilié. »
A p r è s ces p a r o l e s , le S e i g n e u r embrassa cette per-
s o n n e avec bonté e n d i s a n t : « O n ne me r a v i r a ja-
m a i s ton â m e . » P u i s il la bénit en t r a ç a n t s u r elle le
signe de la croix a c c o m p a g n é de ces p a r o l e s : « Q u e
ma Divinité t e b é n i s s e , q u e m o n H u m a n i t é te r é c o n -
forte, q u e ma t e n d r e s s e te réchauffe et q u e m o n a m o u r
te c o n s e r v e ! »

1
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CHAPITRE XXVII.

2î). COMMENT ON P E U T JOUER AUX UÉS AVEC L E CTTRJST.

r iOMME elle priait e n c o r e la glorieuse V i e r g e Marie


* p o u r la même p e r s o n n e , il lui sembla «pie celle
b i e n h e u r e u s e Vierge lui remettait trois d é s en lui
338 L E ETVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

d i s a n t ; « D o n n e - l e s - l u i d e ma p a r t afin qu'elle j o u e
a v e c mon F i l s . L o r s q u ' u n époux fait u n e p a r t i e de dés
avec son é p o u s e , il a i m e à lui p r e n d r e au j e u ses
a n n e a u x , ses bijoux, les j o l i s o u v r a g e s qu'elle a faits
de ses m a i n s ; et, de son côté, l ' é p o u s e s'adjuge t o u t
ce q u e p o s s è d e son b i e n - a i m é , »
Celle-ci vit a l o r s , par l ' i n s p i r a t i o n divine, q u e le
point un du dé, signifie la b a s s e s s e et Je néanl de
l ' h o m m e ; il le m e t p o u r ainsi d i r e en jeu c o n t r e le
Chrisl, q u a n d il s u p p o r t e le m é p r i s et la c o n t r a d i c t i o n ,
et il se tient v o l o n t i e r s s o u s la d é p e n d a n c e de toute
c r é a t u r e ; m a i s 1 a m e gagne ce q u e le C h r i s l p o s s è d e
lorsqu'elle reçoit de lui l'élévation et les h o n n e u r s q u e
son P è r e lui a d o n n é s , en c o m p e n s a t i o n des a b a i s s e -
m e n t s qu'il a s u b i s s u r la t e r r e , selon ce m o t du P r o -
p h è t e : Je suis un ver de terre, et non un homme,
1 opprobre des hommes el te rebut du peuple ( P s ,
xxi, 7).
Les deux p o i n t s signifient le c o r p s et l'ame ; on les
expose au jeu q u a n d on a c c o m p l i t ses œ u v r e s s p i r i -
tuelles et c o r p o r e l l e s p a r a m o u r , cn v u e d e glorifier le
C h r i s l , qui d o n n e a l o r s cn é c h a n g e t o u t e s les œ u v r e s
de sa Divinité et de son H u m a n i t é .
L e s trois p o i n t s s o n t les trois p u i s s a n c e s de l'ame :
m é m o i r e , intelligence et v o l o n t é . E l l e les j e u e au jeu
l o r s q u ' e l l e l e u r d o n n e p o u r règle le bon plaisir divin ;
mais elle gagne ce qui a p p a r t i e n t à son époux q u a n d
l'image de la s a i n t e T r i n i t é , i m p r i m é e s u r elle à la
création, peut s'y parfaitement r e p r o d u i r e , p&r la g r â c e
de J é s u s - C h r i s t .
L e s q u a t r e p o i n t s sont a m e n é s p a r l'âme q u a n d elle
se confie totalement à Dieu, d a n s la p r o s p é r i t é et d a n s
l'adversité, p o u r le p r é s e n t et p o u r l'avenir. Le C h r i s t
QUATRIÈME P A R T I E . CHAPITRE XXVIII. 339

j e t t e les m ê m e s p o i n t s q u a n d les q u a t r e p a r t i e s du
m o n d e , avec ce qu'elles contiennent, régies p a r sa
p u i s s a n c e et sa s a g e s s e , s o n t , par lui, assujetties au
s e r v i c e de cette âme.
L e s c i n q p o i n t s s o n t les c i n q sens de l'âme : clic les
j e t t e q u a n d elle ne c h e r c h e plus A j o u i r de ses cinq sens
en d e h o r s du bon p l a i s i r de Dieu. A l o r s le C h r i s t lui
d o n n e les c i n q plaies qu'il a reçues p o u r l ' a m o u r et le
s a l u t d e cette a m e , et il y ajoute tout le fruit de sa
Passion.
L e s six p o i n t s s o n t les six âges de l ' h o m m e , et l a i n e
les a m è n e q u a n d clic r e c o n n a î t les négligences et le
mal qu'elle a c o m m i s t o u s les j o u r s de sa vie. P a r
c o n t r e , le C h r i s t , d a n s sa bénignité, j e t t e à ce jeu
toute sa très sainte vie el c o n v e r s a t i o n , avec l'absolue
perfection de ses v e r t u s .

C H A P I T R E XXVIII.

27. L'AME UOIT CHERCHER TOUT CE QU'ELLE DÉSIRE

DANS LE CŒUil DE DIEU.

N lui a v a i t d e m a n d é d ' o b t e n i r p o u r q u e l q u ' u n un


O c œ u r p u r , h u m b l e , plein de d é s i r s , a r d e n t et
tout s p i r i t u e l . Elle entendit la r é p o n s e suivante pour
cette p e r s o n n e : « Ce qu'elle veut, ce dont elle a besoin,
qu'elle le c h e r c h e d a n s mon C œ u r ; qu'elle me prie de
le lui d o n n e r , à la m a n i è r e d'un enfant qui e x p r i m e tous
ses désirs à son p è r e Veut-elle la p u r e t é ? qu'elle
r e c o u r e à mon i n n o c e n c e ; l ' h u m i l i t é ? qu'elle la
12*
310 LE LIVRE ne LA GRÂCE SPÉCIALE.

p r e n n e riiez moi. Qu'elle e m p r u n t e e n c o r e an m ô m e


fonds l'esprit de d é s i r , et s ' e m p a r e avec confiance de
mon a m o u r et d e t o u t e ma s a i n t e et divine m a n i è r e
d'être d u r a n t ma v i e . »
Celle-ci ajouta ; « Mon S e i g n e u r , j e v o u s p r i e d'agir
m i s é r i c o r d i e u s e m e n l avec elle à ses d e r n i e r s m o -
m e n t s , <*n lui d o n n a n t l ' a s s u r a n c e d'être toujours a v e c
v o u s , » A q u o i le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Quel est
l ' h o m m e sage qui j e t t e r a i t et d é t r u i r a i t un t r é s o r a i m é ,
a c q u i s à force de travail ? J'ai sanctifié t o u t son être
h u m a i n d a n s ma sainte H u m a n i t é ; j ' a i vivifié en
mon e s p r i t au b a p t ê m e tout son ê t r e spirituel. Q u ' e l l e
a d h è r e d o n c à moi p a r les d e u x côtés de sa n a t u r e :
ses t e n t a t i o n s , ses a d v e r s i t é s , tout ce qui est de
l ' h o m m e e x t é r i e u r , qu'elle nie le confie en l ' u n i s s a n t à
mon H u m a n i t é ; et p o u r ce qui e s t de l ' h o m m e s p i r i t u e l ,
qu'elle le dirige v e r s moi seul p a r l ' e s p é r a n c e , la j o i e
et l ' a m o u r ; a l o r s j e ne l ' a b a n d o n n e r a i j a m a i s . »

CHAPITRE XXIX.

28. COMMENT ON PEUT REPARER SES NÉGLIGENCES

PAR LA LOUANGE.

L L E vit un j o u r d e v a n t le S e i g n e u r u n e p e r s o n n e
E affligée p o u r qui elle p r i a i t , et elle vit aussi le
Seigneur : « Voici, disait-il, q u e je r e m e t s à celui-là
tous ses p é c h é s ; mais il devra r é p a r e r , p a r l a l o u a n g e ,
ses fautes el ses négligences. Q u a n d il e n t e n d r a ces
paroles d e l à Préface : «perquem majrstulrm luani lan-
dau t aiifjeli : p a r qui les anges l o u e n t v o t r e majesté »,
VUATIUKME P A R T I E . C H A P I T R E XXX. 341

il m e louera en union avec celle louange s u p r a -


céleste dont les p e r s o n n e s d e la T r i n i t é a d o r a b l e se
louent et s o n t l o u é e s r é c i p r o q u e m e n t ; c'est cette
s u p r ê m e l o u a n g e qui découle d ' a b o r d s u r la b i e n h e u -
reuse Vierge M a r i e et ensuite s u r les anges <;t s u r les
s a i n t s . Q u ' i l récite un Palev el qu'il l'offre en union de
cette louange q u e le ciel, la t e r r e et toute c r é a t u r e font
r é s o n n e r p o u r me l o u e r et m e bénir. Qu'il d e m a n d e
que p a r moi, J é s u s - C h r i s t , F i l s de Dieu, sa p r i è r e soit
acceptée, p u i s q u e ce qui est offert par m o i - m ê m e au
P è r e lui plail s o u v e r a i n e m e n t . Ainsi je suppléerai à
ses p é c h é s et à ses n é g l i g e n c e s . »
Si q u e l q u ' u n se livre à la m ê m e p r a t i q u e , on doit
croire p i e u s e m e n t qu'il recevra la m ê m e g r â c e , car,
ainsi que Ta dit plus haut le Seigneur, il est impos-
sible de ne pas o b t e n i r ce q u ' o n croit et ce q u ' o n
espère.

CHAPITRE XXX.

20. COMMENT D I E U S E REVET D E L A M E .

N E s œ u r s'étant t r o u v é e souffrante un j o u r de fête,


U la vierge du C h r i s t , d a n s un s e n t i m e n t de t e n -
dresse, adressait au Seigneur pour elle des prières et
de doux r e p r o c h e s , se plaignant qu'il eût r e n d u sa
bien-aimec m a l a d e q u a n d elle l'aurait si bien servi au
chœur. Le Seigneur r é p o n d i t : « Kl depuis q u a n d ne
ni'cst-il pas p e r m i s d e m ' a m u s e r gaiment, à mon jour,
avec ma bien-aiméc \' Q u a n d u n e p e r s o n n e esl malade,
je me revèls de son à m c c o m m e d'un manteau d e gloire
342 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE

et d a n s la joie de m o n c œ u r , je me p r é s e n t e à m o n
P è r e , lui r e n d a n t g r â c e s et l o u a n g e s p o u r toutes
les souffrances qu'elle e n d u r e . » E l il ajouta : « Si
q u e l q u ' u n d é s i r e q u e j e m e r e v ê t e aussi do son â m e ,
il doit <lès l ' a u r o r e s o u p i r e r v e r s moi avec a r d e u r ,
d é s i r a n t q u e j ' o p è r e en lui ce j o u r - l à , loules les
œ u v r e s qu'il doit a c c o m p l i r . E n m ' a s p i r a n t p o u r ainsi
dire en lui, p a r ses s o u p i r s , il d e v i e n d r a m o n vête-
m e n t et de m ê m e q u e l'âme a n i m e el régit le c o r p s ,
ainsi l'âme qui vit de moi o p é r e r a p a r m o i . »
L e S e i g n e u r dil e n c o r e : « L e s s o u p i r s ont de g r a n d s
effets. J a m a i s on ne g é m i t d e v a n t D i e u s a n s se r a p -
p r o c h e r de lui. L e s s o u p i r s q u i o n t p o u r c a u s e l'a-
m o u r , le d é s i r d e m o i - m ê m e ou d e ma g r â c e ont trois
b o n s effets d a n s l'âme. P r e m i è r e m e n t , ils la fortifient,
c o m m e un parfum s u a v e et fort réconforte l ' h o m m e .
S e c o n d e m e n t , ils l'illuminent c o m m e le soleil éclaire
une maison o b s c u r e . T r o i s i è m e m e n t , en a d o u c i s s a n t
ses a c t i o n s et ses souffrances, ils l e u r c o m m u n i q u e n t
u n e a g r é a b l e s a v e u r . Q u a n t aux g é m i s s e m e n t s c a u s é s
p a r l a conlrilion des p é c h é s , ils s o n t c o m m e un bon
a m b a s s a d e u r qui r é c o n c i l i e l'âme a v e c D i e u , obtient
la g r â c e au c o u p a b l e et r a s s é r è n e la c o n s c i e n c e t r o u -
blée. »
Mais cette p e n s é e s u r v i n t en son e s p r i t : C o m m e n t
p e u t se vérifier la p a r o l e d'EzéchicI : a A q u e l q u e
h e u r e que le p é c h e u r s o u p i r e , j ' o u b l i e r a i toutes ses
i n i q u i t é s » ( E z c c h , x v m , 22), p u i s q u ' o n est e n c o r e
obligé de confesser t o u s ses p é c h é s , sauf e m p ê c h e -
m e n t majeur » ? L e Seigneur r é p o n d i t : « Q u a n d on a
d e m a n d é la g r â c e d'un s e r v i t e u r c o u p a b l e , il n'a pas
c e p e n d a n t la p r é s o m p t i o n de se p r é s e n t e r i n c o n t i n e n t
d e v a n t son m a î t r e ; il c o m m e n c e p a r se laver et p a r
QUATRIEME P A R T I E . C H A P I T R E XXXT. 34-3

se revêtir p r o p r e m e n t . Ainsi convient-il que le pé-


c h e u r déjà r e n t r é cn g r â c e se purifie de ses souillures
et se révèle de l'éclat des v e r t u s . »

CHAPITRE XXXI.

30. COMMENT ON DOIT VIVRE SELON LE BON PLAISIR


DE DIEU.

N l'avait suppliée de p r i e r p o u r une p e r s o n n e


O qui désirait savoir c o m m e n t elle p o u r r a i t v i v r e
conformément au bon p l a i s i r de D i e u . Il lui d o n n a
pour elle celle r é p o n s e : « Q u ' e l l e agisse c o m m e
une j e u n e é p o u s e qui o r n e d e p a r u r e s sa tête, ses
mains, ses b r a s et sa p o i t r i n e et se couvre d'un
manteau. Sa tèle, c'est ma D i v i n i t é , que sa l o u a n g e et
sa r é v é r e n c e p e u v e n t c o u r o n n e r d'un d i a d è m e . Ses
mains et ses b r a s s e r o n t o r n é s d'anneaux, de b r a c e -
lets et de j o y a u x si elle e n t r e p r e n d ses actions et ses
travaux, unie à l'intention q u i dirigeait mes œ u v r e s
et mes l a b e u r s . E l l e doit p o r t e r aussi l'anneau de la
sagesse, c'est-à-dire s ' a d o n n e r a la lecture a s s i d u e d e s
saintes Lettres et les a p p r e n d r e p a r C C C U T , p u i s q u e
l'épouse de la Sagesse a le d e v o i r d'être savante d a n s
les choses d i v i n e s . Elle d o i t p o r t e r l'anneau d e l'a-
mour, c'est-à-dire aimer D i e u seul de tout son c œ u r
et de toutes ses forces ; p u i s l ' a n n e a u de la foi, en me
gardant avec jalousie la fidélité qu'elle m'a v o u é e ;
l'anneau de la noblesse cn i m i t a n t mes v e r t u s : l'hu-
milité, l'obéissance, la patience, la p a u v r e t é volontaire
«U4 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

cl nies a u t r e s v e r t u s , qui l ' e n n o b l i r o n t et la r e n d r o n t


digne de nies e n i b r a s s c m c n l s .
« Qu'elle o r n e aussi sa p o i t r i n e : c'est-à-dire q u ' e l l e
s ' e n t r e t i e n n e d e p e n s é e s d ' a m o u r et se fasse un b o u -
quet de m e s p a r o l e s , de mes a c t i o n s el de mes souf-
frances, et q u e p a r un c o n t i n u e l s o u v e n i r , elle le g a r d e
à j a m a i s s u r son c œ u r . Q u ' e l l e s'enveloppe aussi
d'un m a n t e a u , c'est-à-dire, qu'elle se m o n t r e a u x yeux
des a u t r e s c o m m e un m o d è l e d e toutes les v e r t u s . »
Une a u t r e fois qu'elle priait e n c o r e à la m ê m e i n t e n -
tion, il lui s e m b l a q u e le S e i g n e u r étendait la m a i n v e r s
cette p e r s o n n e qui baisait c h a c u n des doigts d e cetle
m a i n d i v i n e . Elle c o m p r i t ainsi le sens de c e l l e a c t i o n :
Je petit doigt signifiait qu'elle devait a i m e r et v é n é r e r
toutes les œ u v r e s et les souffrances de l ' H u m a n i t é de
J é s u s - C h r i s t ; l ' a n n u l a i r e m a r q u a i t l ' a m o u r i n t i m e et
la fidélité d u s au C h r i s t son E p o u x ; le m a j e u r signi-
fiait l'élévation de la c o n n a i s s a n c e et de la c o n t e m -
plation ; l'index, la s a g e s s e et l ' e n s e i g n e m e n t q u ' e l l e
devait d o n n e r a ceux qui en avaient besoin ; p a r le
p o u c e , enfin, étaient d é s i g n é e s la force el la p e r s é -
v é r a n c e d e l ' a m o u r divin et d e s b o n n e s œ u v r e s . Ce
b a i s e r aux doigts du S e i g n e u r donnait à e n t e n d r e
qu'il ne lui suffisait pas de p o s s é d e r ces v e r t u s , m a i s
qu'il fallait d e plus les a i m e r , p a r c e qu'on a r r i v e à y
p r e n d r e ses délices, en p r o p o r t i o n d e ce q u ' e l l e s
sont r é e l l e m e n t a c q u i s e s .
Q r A T R I l b l E PA RTII.. CHAPITRE W X f l . 3 -If)

CHAPITRE XXXII.

31. COMMENT ON DOIT SE COMPORTER AVEC DIEU.

N E n u i r e fois e n c o r e , elle se mit en prière p o u r une


U p e r s o n n e d é s i r e u s e de savoir ce que Dieu voulait
s u r t o u t qu'elle fil. E l l e entendit p o u r celle p e r s o n n e
la r é p o n s e s u i v a n t e : « Qu'elle se c o m p o r t e avec moi
c o m m e un enfant qui a i m e t e n d r e m e n t son p è r e , ne
s'adresse j a m a i s q u ' à lui p o u r o b t e n i r q u e l q u e chose
et trouve toujours ce qu'il reçoit beau et précieux à
cause de son affection filiale. De môme elle doit aspi-
rer toujours à r e c e v o i r la g r â c e , et tout ce q u e je
lui d o n n e ne doit j a m a i s lui p a r a î t r e petit, p a r c e
qu'elle peut r e c e v o i r t o u t p a r a m o u r d a n s u n e g r a t i -
tude profonde.
« Qu'elle se c o m p o r t e e n c o r e c o m m e la j e u n e épouse
que ni la beauté, ni la r i c h e s s e , ni la noblesse ne d i s -
tinguent, mais q u e l ' a m o u r seul a fait choisir, a i m e r el
élever aux h o n n e u r s de la c o u r o n n e . Celte é p o u s e
sera naturellement p l u s r e c o n n a i s s a n t e et plus fidèle,
elle a i m e r a d a v a n t a g e ; et s'il lui fallait souffrir
quelque chose de la p a r t de son époux ou p o u r lui, elle
montrerait plus d e p a t i e n c e . Ainsi cette Ame p o u r r a se
rappeler sans cesse a v e c r e c o n n a i s s a n c e que j e l'ai
élue gratuitement a v a n t la création du m o n d e , q u e je
l'ai c h è r e m e n t r a c h e t é e au prix de mon sang, et d e s -
tinée d é p l u s , à un a m o u r spécial et à la familiarité
avec moi.
« P u i s , elle p o u r r a p r e n d r e l'attitude d'un ami à
346 L E LIVRE OE LA. GRACE S P E C I A L E .

r e g a r d de son ami, lequel e s t i m e c o m m e sien tout ce


qui a p p a r l i e n l à son a m i . Q u ' e l l e c h e r c h e d o n c a u s s i
en toutes c h o s e s la gloire de D i e u , qu'elle l'accroisse
a u t a n t qu'il est cn son p o u v o i r , et n e voie j a m a i s avec
indifférence ce qui peut o u t r a g e r D i e u .
-* Si c e p e n d a n t elle n ' a r r i v e p a s e n c o r e ainsi au
1
comble d e ses d é s i r s , si sa g r â c e habituelle ou la con-
solation divine lui est enlevée, qu'elle ne s'en afflige
p a s , qu'elle ne pense pas a u s s i t ô t q u e cela vient d u mé-
c o n t e n t e m e n t ou de l ' a b a n d o n d e D i e u . Q u a n d u n b o n
père refuse à son fils u n e c h o s e que celui-ci a le t o r t
de d e m a n d e r , ou q u ' u n é p o u x p r e n d à l'égard de s o n
épouse u n e attitude s é v è r e , ce n'est pas la c o l è r e qui
les i n s p i r e , m a i s le d é s i r d e l e u r d o n n e r un e n s e i -
g n e m e n t . C'est ainsi q u e Dieu veut é p r o u v e r la
lidélité de l'âme, non qu'il l ' i g n o r e , lui qui sait
tontes choses avant qu'elles arrivent (Sa]), vin, (S), mais
p a r c e qu'il veut faire v a l o i r cette fidélité d e v a n t tous
ses s a i n t s . »

32. D E T R O I S A U T R E S M A N I È R E S D'ÊTRE D E V A N T D I E U .

d'une a u t r e p e r s o n n e , le S e i g n e u r dit :
A PROPOS
<( Q u ' e l l e ait trois a t t i t u d e s à m o n é g a r d : d ' a b o r d ,
qu'elle soit p o u r moi q u a n d elle est en société c o m m e
un petit chien fidèle, q u i , souvent c h a s s é , r e v i e n t
sans cesse d e r r i è r e son m a î t r e . Si elle est blensée p a r
u n e p a r o l e , qu'elle ne s'écarte point p a r i m p a t i e n c e ,
ou q u e , si elle s'est éloignée un i n s t a n t , le regret
la r a m è n e et qu'elle se lie à ma m i s é r i c o r d e , qui p a r -
d o n n e t o u l à un seul s o u p i r .

\l) C ' e s t - à - d i r e le d o n d ' o r a i s o n o u de c o n t e m p l a t i o n .


QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXITÏ. 3-17

« Au c h œ u r et clans la p r i è r e , qu'elle soit à mon


égard c o m m e l'épouse avec son époux, p a r les témoi-
gnages de son a m o u r et de sa t e n d r e familiarité.
« A l'heure de Ja c o m m u n i o n , qu'elle vienne c o m m e
une r e i n e vient à son r o i . U n e reine a d m i s e à la table
du roi se m o n t r e libérale ; elle p r o d i g u e les d o n s et
les a u m ô n e s ; qu'elle d i s t r i b u e d o n c g é n é r e u s e m e n t
à tous, les d o n s de son roi et les s e c o u r s de ses
prières. »

CHAPITRE XXXIH.

33. COMMENT L'AME D O I T S ' A S S O C I E R A JÉSUS-CHRIST.

cette s e r v a n t e du C h r i s t se r e c o m m a n d a i t
(^IOMMK

une fois à la g l o r i e u s e Vierge Marie, il lui sembla


que celle-ci la c o u v r a i t de son m a n t e a u c o m m e d'une
protection en lui d i s a n t ; « L ' a m c qui veut e n t r e r en
société avec m o n F i l s doit se c o m p o r t e r c o m m e une
noble j e u n e fille, u n i e à un époux d'un r a n g très s u p é -
rieur au sien, et q u i , p o u r l ' h o n n e u r de cet époux,
respecte a t t e n t i v e m e n t toutes les règles de l'étiquette,
de c r a i n t e de lui d é p l a i r e p a r la m o i n d r e i n c o r r e c -
tion. Ainsi l'Ame ne doit se laisser c n L r a î n c volon-
tairement à aucun p é c h é , si léger qu'il soit.
« E n s u i t e , d a n s t o u s ses b e s o i n s et ses d é s i r s , qu'elle
cherche en Dieu son refuge a s s u r é , ne d e m a n d a n t
qu'à lui seul s e c o u r s et c o n s o l a t i o n . S'il ne veut pas
la soulager aussitôt, elle doit souffrir patiemment,
comme u n e é p o u s e fidèle, q u i ne confie qu'à son
époux ses secrets et ses b e s o i n s , parce qu'elle juge
348 T,E M V U E DF, LA on A C E S P É C I A L E ,

déplacé d'être consolée p a r u n a u t r e q u e p a r lui,


« Enfin qu'elle i m i l c l c s v c r l u s du C h r i s t a u l a n t ([u'il
iui esl p o s s i b l e . P u i s q u e J é s u s - C h r i s t fut h u m b l e
et o b é i s s a n t , qu'elle s'efforce de se s o u m e t t r e à toute
c r é a t u r e , et mémo si la c i r c o n s t a n c e l'exige, d ' o b é i r
j u s q u ' à la m o r t . Un acte d e vertu ainsi uni aux
v e r t u s du Christ, est p l u s n o b l e q u e mille a u t r e s
a c c o m p l i s sans celle i n t e n t i o n . »

C H A P I T R E XXXIV.

34. COMMENT DIEU COMMUNIQUE SES ŒUVRES

A L'HOMME.

L L E priait u n j o u r p o u r u n e p e r s o n n e e m p r e s s é e
E à tous les travaux, s u r t o u t a u x p l u s v i l s . E l l e la
vit c o m m e en p r i è r e d e v a n t le S e i g n e u r , à g e n o u x et
les m a i n s élevées. L e S e i g n e u r a p p l i q u a ses deux
m a i n s d'où découlait u n e l i q u e u r e m b a u m é e s u r celles
de cette p e r s o n n e . l\ faisait distiller ce b a u m e goutte à
g o u t t e en d i s a n t : « Voici q u e j e t e d o n n e t o u t e s m e s
œ u v r e s p o u r sanctifier les tiennes el s u p p l é e r à ce
qui l e u r m a n q u e » E l l e c o m p r i t ainsi q u e les travaux
d e cette p e r s o n n e étaient t r è s a g r é a b l e s à Dieu. L e
S e i g n e u r ajouta : « L o r s q u e l'ouvrage l ' e m p ê c h e de
p e n s e r à m o i , qu'elle récite l ' a n t i e n n e : « G ratios
tibi, Deus, etc. : J e v o u s r e n d s g r â c e s , ô D i e u , j e vous
r e u d s g r â c e s , ô T r i n i t é v r a i m e n t u n e et v é r i t é trine » ;
ou cette a u t r e : « Ex qvoomnia, etc. : D e q u i toutes
c h o s e s , p a r q u i loules c h o s e s , en q u i t o u l e s choses
QUATRIEME PARTIE. CHAPITRE XXXV. «319

sont ; à lui lu gloire d a n s les siècles, » De plus,


qu'elle s'efforce de r é p o n d r e avec douceur à tout le
inonde. »

C H A P I T R E XXXV.

35 D E LA DOUCE CONSOLATION QUE DONNE


LE SEIGNEUR.

c
" c p r i a i t encore p o u r une a u t r e , elle vit
C V M M E

J le Seigneur la p r e n d r e p a r l a main et la c o n d u i r e
dans une p r a i r i e délicieuse el toute fleurie. Ceci lui lit
c o m p r e n d r e que cette p e r s o n n e serait é p r o u v é e avant
la mort p a r diverses maladies. L e Seigneur avait s u r la
poitrine des r o s e s , des lis et de petits écussons d ' o r q u e
cette p e r s o n n e reçut de lui avec joie et confiance, puis
les ajusta s u r elle-même c o m m e cn se j o u a n t . E l l e com-
prit que les petits é c u s s o n s désignaient la constance
el la v i c t o i r e ; les r o s e s , la patience qui la ferait
triompher d a n s ses m a l a d i e s ; les lis, la p u r e t é du
cœur qui la r e n d r a i t conforme au C h r i s t .
Alors celle qui j o u i s s a i t de cette vision dit au Sei-
gneur : « A l ' h e u r e de sa m o r t , ô très doux D i e u ,
donnez-lui un avant-goût de la vie éternelle, c'est-à-
dire l'assurance de n'être j a m a i s séparée de v o u s . »
Dieu lui r é p o n d i t : « Quel navigateur, a p r è s avoir
transporté h e u r e u s e m e n t ses r i c h e s s e s j u s q u ' a u p o r t ,
les jetterait alors v o l o n t a i r e m e n t à la mer ? Cette â m e
cpic j'ai élue dès l'enfance pour la vie religieuse, que
fui tenue par la main droite el conduite, dans ma
volonté P s . L X X I I , 2-lj, sera élevée avec gloire j u s q u ' à
350 LIC LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

m o i , l o r s q u e je l'aurai r e n d u e parfaite, selon mon b o n


plaisir. »

CHAPITRE XXXVL

36. D E T R O I S V O I E S S U I V I E S P A R L E S E I G N E U R .

N priant p o u r u n e â m e affligée, elle recul de Dieu


E celte r é p o n s e : « J ' a i m a r c h é p a r Irois voies en ce
m o n d e : p a r é e s m ê m e s voies doit me s u i v r e q u i c o n -
q u e v o u d r a p a r f a i t e m e n t m ' i m i l e r . La p r e m i è r e fut
a r i d e et é l r o i t e ; la s e c o n d e , semée de (leurs et plantée
d ' a r b r e s fertiles ; la t r o i s i è m e , e n v a h i e p a r les r o n c e s
el les é p i n e s .
« L a p r e m i è r e est celle de la p a u v r e t é v o l o n t a i r e que
j ' a i tenue é t r o i t e m e n t e m b r a s s é e tous les j o u r s de ma
vie ; la s e c o n d e est m a vie elle-même, r e m p l i e de
v e r t u s et digne d e louange ; la t r o i s i è m e est m o n
ainère cl cruelle P a s s i o n . C'est p o u r q u o i celui qui
veut me s u i v r e doit n e d é s i r e r a u c u n e possession
en ce m o n d e p a r a m o u r de la p a u v r e t é ; puis m e n e r
u n e vie digne d'éloge, et enfin souffrir v o l o n t i e r s p o u r
m o n a m o u r , les p e i n e s et les t r i b u l a t i o n s . »

C H A P I T R E XXXVII.

37. COMMENT L'AME PEUT SE RÉFUGIER EN DIEU.

L L E se vit une fois d e b o u t en p r é s e n c e du S e i -


E g n e u r et a d r e s s a n t des salutations à ses plaie.»
QUATRIÈME PAP.TTE. CHAPITRE XXXVII. 351

sacrées e n t o u r é e s do perles p r é c i e u s e s . C o n n u e elle


en était é t o n n é e , le S e i g n e u r lui dil : « De m ê m e q u e
les perles o n t u n e vertu spéciale et peuvent m ê m e
chasser c e r t a i n e s m a l a d i e s , ainsi mes plaies ont u n e
telle efficacité qu'elles g u é r i s s e n t toutes les l a n g u e u r s
de l'amc. U y a des c œ u r s t i m i d e s qui n'osent j a m a i s
se fier à ma t e n d r e s s e et qui, d a n s l e u r frayeur, c h e r -
chent à fuir m a face ; on p e u t dire que ceux-là s o n t
atteints de la p a r a l y s i e t r e m b l a n t e . S'ils se réfugiaient
dans ma P a s s i o n el saluaient s o u v e n t mes plaies avec
a m o u r , j e les a u r a i s b i e n t ô t d é l i v r é s de toute c r a i n t e .
D'autres o n t des c œ u r s v o l a g e s et i n c o n s t a n t s , ils
courent d ' u n e pensée à l'autre, u n seul mol suffit p o u r
les faire t o m b e r d a n s l'impatience ou la colère. S'ils
se s o u v e n a i e n t de ma P a s s i o n , s'ils fixaient m e s plaies
dans l e u r c œ u r , ils a c q u e r r a i e n t la stabilité et t r o u -
veraient la p a t i e n c e . Il en est d'autres atteints d e l à
paralysie d o r m a n t e , c'est-à-dire qu'ils agissent en tout
avec p a r e s s e c t t i é d e u r . Combien le pieux s o u v e n i r de
ma P a s s i o n , l'attention à mes plaies si profondes et si
douloureuses serait efficace p o u r les réveiller de l e u r
torpeur ! »
Elle se m i t a l o r s à p r i e r p o u r u n e p e r s o n n e qu'elle
aperçut a u s s i t ô t devant Dieu, c o u v e r t e d'un vêtement
blanc. L e s m a i n s du S e i g n e u r étaient posées s u r les
siennes, ce q u i d o n n a i t à e n t e n d r e q u e Ja drohedu
Seigneur a c c o r d e r a i t à cette Ame s e c o u r s et force p o u r
toute œ u v r e b o n n e , t a n d i s q u e sa gaucho la p r o t é -
gerait contre toute a d v e r s i t é .
Puis elle se d e m a n d a ce q u e signifiaient les m a n c h e s
du vêtement q u i est en usage chez les religieux, et le
Soigneur lui dît : « L ' a m p l e u r de ces m a n c h e s signifie
que les religieux doivent toujours avoir le c œ u r large
352 LE LIVRE DE LA GRACE RPlV.TALE.

el p r ê t à exécuter tout c o m m a n d e m e n t . » L e Seigneur


ajouta : « Tu d i r a s à la p e r s o n n e p o u r qui tu pries de
r e t e n i r ses l a r m e s . Q u a n d elle ne le p e u t , qu'elle les
u n i s s e au m o i n s à m e s l a r m e s , en r e g r e t t a n t de ne p a s
v e r s e r les siennes p o u r les p é c h e u r s ou p a r a m o u r .
A l o r s , si elle le d é s i r e , j e p r é s e n t e r a i ses l a r m e s u n i e s
aux m i e n n e s , c o m m e louange à mon P è r e . i>
U n e autre fois, p r i a n t p o u r la morne, elle vit son
a m e s o u s la Forme d'un petit enfant qui s e m b l a i t de-
b o u t d a n s le C œ u r de D i e u , et tenait en m ê m e t e m p s
ce divin C œ u r e n t r e les m a i n s . L e S e i g n e u r dit :
« Qu'elle vienne ainsi vers moi d a n s toutes ses t r i b u -
l a t i o n s ; qu'elle se tienne d a n s mon C œ u r ; q u e l l e 3*
c h e r c h e la c o n s o l a t i o n , et j e ne l ' a b a n d o n n e r a i
jamais. »

C H A P I T R E XXXVIII.

38. COMMENT D I E U PEUT CHANGEE DES LARMES RÉPAN-


D U E S INUTILEMENT.

N E p e r s o n n e é p r o u v a i t une g r a n d e peine de ne
U p o u v o i r , p a r infirmité, a r r ê t e r ses l a r m e s . P e n -
d a n t p r e s q u e c i n q a n s , elle avait tant p l e u r é q u e , s a n s
un s e c o u r s de la m i s é r i c o r d e d i v i n e , elle en aurait
perdu le sens ou la vue. Elle supplia d o n c celle-ci et
d'autres de p r i e r p o u r elle afin q u e la clémence de
Dieu la délivrât d e cette p é n i b l e é p r e u v e . T o u c h é e
de c o m p a s s i o n , celle-ci la c o n s o l a i t souvent et
r e d o u b l a i t ses p r i è r e s a u p r è s de D i e u . La p e r s o n n e
fut alors si vite délivrée, q u e celle-ci d e m a n d a au
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE XXXVJÏÏ. 353
Seigneur c o m m e n t une. p a r e i l l e tristesse p o u v a i t
passer s u b i t e m e n t . L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Sa déli-
vrance est u n effet d e ma s e u l e b o n t é . » E t il ajouta :
« Dis-lui d e n i a p a r t qu'elle peut me d e m a n d e r
de t r a n s f o r m e r ses l a r m e s c o m m e si elle les avait
versées p a r a m o u r , p a r dévotion el p a r contrition
de ses p é c h é s . » A ces p a r o l e s , celle-ci conçut
une vive s u r p r i s e : des l a r m e s r é p a n d u e s si inutile-
ment p o u r r a i e n t - e l l e s d o n c se c h a n g e r en saintes
larmes? « Qu'elle se confie s e u l e m e n t à ma bonté,
dit le S e i g n e u r , el, d a n s la m e s u r e de sa foi, j ' a c c o m -
plirai m o n œ u v r e cn elle. »
O é t o n n a n t e et a d m i r a b l e c o n d e s c e n d a n c e de la
miséricorde d i v i n e , q u i , d a n s sa libéralité, daigne
venir au s e c o u r s des m a l h e u r e u x par d e si g r a n d e s
consolations ! L e c t e u r , toi q u i a p p r e n d s c o m m e n t
Dieu a d o n n é ses c o n s o l a t i o n s aux h o m m e s p a r son
amante, je te conseille de les p r e n d r e c o m m e si elles
t'appartenaient, c a r Dieu lui a révélé qu'il aime a v o i r
réclamer aussi p a r toi la faveur qui est a c c o r d é e à
un a u t r e .
Un g r a n d n o m b r e de p e r s o n n e s ont r e ç u p a r
celle-ci des c o n s o l a t i o n s s p i r i t u e l l e s ; mais elle les
leur d o n n a i t le p l u s s o u v e n t s o u s forme d'ins-
truction, ou c o m m e si elle les avait a p p r i s e s p a r un
intermédiaire. Q u e Dieu soit d o n c béni de n o u s avoir
accordé une telle m é d i a t r i c e q u i s'est m o n t r é e la
tendre m è r e des m a l h e u r e u x p a r ses p r i è r e s conti-
nuelles, ses i n s t r u c t i o n s zélées cl ses c o n s o l a t i o n s .
354 LE U V R I i DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE XXXIX

39. D'UNE PERSONNE TENTÉE ET DÉLIVRÉE.

N h o m m e vint d e loin lui dévoiler u n e tentation


U dont il s'était o u v e r t à b e a u c o u p d e p e r s o n n e s , à
1
d e s F r è r e s et m ê m e à d ' a u t r e s h o m m e s de D i e u , s a n s
en r e c e v o i r le m o i n d r e s o u l a g e m e n t . Celle-ci le
c o n s o l a et p r i a D i e u a v e c ferveur p o u r lui. L e len-
d e m a i n cet h o m m e v i n t la r e m e r c i e r cn lui disant q u e
sa tentation avait d i s p a r u , et que j a m a i s p e r s o n n e ne
l'avait aussi bien c o n s o l é .

CHAPITRE XL.

40. D'UN FRÈRE DE L'ORDRE DES PRÊCHEURS.

L L E priait p o u r u n e a u t r e p e r s o n n e t r o u b l é e , q u a n d
E le S e i g n e u r lui a p p a r u t d e b o u t , a u p r è s d ' u n e
m o n t a g n e fleurie, la m a i n droite levée v e r s cette m o n -
t a g n e qui lui p a r u t s o u s un nuage de petits insectes
semblables^ à des m o u c h e r o n s . L e S e i g n e u r dit :
at U n h o m m e é c a r t e r a i t facilement de la maûr tous ces
m o u c h e r o n s ; il m e serait bien p l u s facile e n c o r e , si
j e le voulais, d ' e n l e v e r tout ennui à celui p o u r qui
tu p r i e s ; mais j e ne le veux p a s . T e n t é cn petites

1 . Ce mot désigne sans doute les Frères Prêcheurs.


QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE X U . 355

c h o s e s , il a p p r e n d , par ma g r â c e qu'il i m p l o r e ,
c o m m e n t il d o i t d o n n e r conseil cl s e c o u r s a u x
autres d a n s l e u r s g r a n d e s t e n t a t i o n s . » E t il ajouta :
« Sache à n'en p a s d o u t e r , q u e les e m b a r r a s où il
se trouva ne lui n u i r o n t pas p l u s que ces petits m o u -
c h e r o n s n e r a v a g e r o n t la m o n t a g n e . »
Une a u t r e l'ois elle priait p o u r le m ê m e , et le Sei-
gneur lui d i l : « J e l'ai élu à c a u s e de m o i - m ê m e , et
je le g a r d e r a i à j a m a i s ; p a r t o u t où il sera, je le gou-
v e r n e r a i , et j e c o o p é r e r a i à t o u t e s ses œ u v r e s . J e
serai le p r o t e c t e u r , le c o n s o l a t e u r et le p o u r v o y e u r
de la m a i s o n qu'il h a b i t e . Q u a n d il p r ê c h e , qu'il
p r e n n e m o n C œ u r p o u r p o r t e - v o i x ; quand il e n s e i g n e ,
qu'il p r e n n e m o n C œ u r p o u r l i v r e . Il doit d o n n e r a u x
F r è r e s trois a v e r t i s s e m e n t s : le p r e m i e r est d'éviter
p o u r e u x - m ê m e s toute délectation sensible ; le s e c o n d ,
de fuir les h o n n e u r s et l'élévation ; le troisième, de
ne r é c l a m e r q u e le strict n é c e s s a i r e d a n s les c h o s e s
temporelles. Si les F r è r e s n'obéissent p a s à ces
r e c o m m a n d a t i o n s , il ne doit c e p e n d a n t pas cesser de
les avertir afin de p o u v o i r d i r e avec le P r o p h è t e :
Je nui point caché votre justice ( P s . xxxix, 11). Qu'il
ne p r e n n e p a s p o u r lui-même les h o n n e u r s qui lui s o n t
r e n d u s , m a i s qu'il les r a p p o r t e à moi, et qu'il accepte
comme p o u r m o n p r o p r e c o r p s les s o u l a g e m e n t s
qui lui sont offerts. »

CHAPITRE XLI.
41. D'UN AUTRE FRÈRE PRÊCHEUR.

^ E E E r e ç u t d a n s la p r i è r e cette r é p o n s e au sujet d'un


I J autre F r è r e : « J e me suis livré en son p o u v o i r
356 LE LIVRE OE LA GRACE SPÉCIALE,

de telle s o r t e q u e je n e veux frapper a u c u n p é c h e u r


c o n t r e sa v o l o n t é . î)e p l u s , j e veux a c c o r d e r à tous
ceux p o u r qui il p r i e r a , telle p a r t de ma grâce qu'il
lui plaira de d é t e r m i n e r . »

CHAPITRE XLII.

COMMENT ELLE PRIA POUR UN AUTRE.

N E a u t r e fois, elle priait e n c o r e p o u r u n F r è r e , et


U le S e i g n e u r p r i t la p a r o l e : « Ainsi q u ' u n e p l u m e
légère soulevée p a r le vent se p r e n d à la l i q u e u r de
b a u m e , ainsi son â m e a d h é r e r a à m o n divin C œ u r . »

CHAPITRE XLIII.

42. LE SEIGNEUR SE COMPARE A L'ABEILLE.

L L E vit une fois u n h o m m e qui s'était totalement


E épuisé au service de D i e u . E l l e dit a l o r s au
S e i g n e u r : « H é l a s ! m o n S e i g n e u r , c o m m e v o u s avez
attiré à v o u s toute la force d e c e t h o m m e ! V o u s avez
bien imité l'abeille qui suce tout le s u c d e la (leur ! »
Le Seigneur lui r é p o n d i t : « J e suis l'abeille qui ne
puise qu'en m o i - m ô m e ma p r o p r e d o u c e u r . » A l o r s
elle vit c o m m e u n e abeille s ' é c h a p p e r d e la b o u c h e
de Dieu el y r e n t r e r . Elle songeai! à ce q u e signifiait
ce s y m b o l e , q u a n d le S e i g n e u r lui dit : « Celle
abeille ligure m o n e s p r i t . L o r s q u e je r é p a n d s ma
QUATRIÈME PARTfE. r.TTAPTTUF X L V , 357

grâce, s u r les h o m m e s cl que j e la lais revenir en moi,


je distille cn m o n C œ u r d i v i n le miel de l'éternelle
douceur. »

CHAPITRE XLIV.

43. COMMENT LE SETCNEim J É S U S S E PATT LE SERVITEUR

DE CEUX QUI LE SERVENT.

q u ' u n e s œ u r récitait les Collectes au c h œ u r ,


P
ENDANT

celle-ci vit le S e i g n e u r J é s u s s o u s la forme d'un


beau j e u n e h o m m e q u i , d e b o u t devant cetle s œ u r ,
tenait son livre et s'inclinait v e r s elle cn lui d i s a n t :
« .le te s u i v r a i p a r t o u t ; lu n e p e u x m'être enlevée. »
Celle-ci fut é t o n n é e de voir le Seigneur t é m o i g n e r
tant d'affection à cetle s œ u r ; m a i s il lui dit : « J e sais
ce que j e puis faire en elle, et je multiplierai ses
forces p o u r toutes c h o s e s . »

CHAPITRE XLV.

44. JOIE DU SEIGNEUR A LA CONVERSION D'UN

PÉCHEUR.

clic priait p o u r une a u l r e p e r s o n n e , elle r e -


C OMME

çut cette r é p o n s e : « J e la suis sans c e s s e , et


quand elle se r e t o u r n e v e r s moi p a r la p é n i t e n c e ,
le désir ou l ' a m o u r , ma joie est indicible. ïl n'y a
pas p o u r un p a u v r e d é b i t e u r de plus g r a n d p l a i s i r
que de r e c e v o i r un cadeau assez riche p o u r a c q u i t t e r
:*f>S Î J K LTVRE DE LA. GRACE SPÉCIALE.

.-.es d é l i e s . O r , je nie s u i s , p o u r ainsi d i r e , c o n s t i t u é


le d é b i t e u r de m o n P è r e en m ' c n g a g o a n t à satisfaire
p o u r la faute du g e n r e h u m a i n ; a u s s i r i e n n'est p o u r
moi plus a g r é a b l e et plus d é s i r a b l e q u e de v o i r
l ' h o m m e r e v e n i r à moi p a r la p é n i t e n c e et l ' a m o u r . »

CHAPITRE XLVI.

45. COMMENT LE SEIGNEUR JÉSUS SE DONNE

TOUT ENTIER A L A M E FIDÈLE.

u n e s œ u r infirme d e v a i t c o m m u n i e r , celle-ci
C OMME

vit J é s u s , le D i e u de majesté, l ' E p o u x plein de


j e u n e s s e , assis s u r un t r ô n e élevé d e v a n t le lit de la
m a l a d e . L o r s q u e le p r ê t r e d é p o s a l'hostie sainte s u r
ses lèvres, J é s u s - C h r i s t l u i - m ê m e , pain de vie et ali-
m e n t i n é p u i s a b l e des a n g e s , se d o n n a t o u t entier à
cette â m e , lui offrant sa b o u c h e v e r m e i l l e à baiser et
o u v r a n t ses b r a s p o u r l'y r e c e v o i r . A i n s i cette b i e n -
h e u r e u s e â m e , c o m m e une b l a n c h e c o l o m b e , devint
tellement u n e a v e c le B i e n - A i m é , q u ' o n n ' a p e r c e v a i t
p l u s (pie Dieu en elle.

C H A P I T R E XLVII.

D'UNE PERSONNE QUI CRAIGNAIT D E COMMUNIER SOUVENT.

elle priait p o u r une p e r s o n n e qui, par t i é d e u r


C OMME

et légèreté, o m e t t a i t souvent de r e c e v o i r le C o r p s
de J é s u s - C h r i s t , elle la vit en p r é s e n c e du S e i g n e u r
QUATRIEME P A R T I F.. CHAPITRE XLVITÏ. 359

et e n t e n d i t ces p a r o l e s : « Ma très c h è r e , lui disail-


il, p o u r q u o i me fuis-tu? » Celle-ci s'étonna d'un mot
si a i m a b l e a d r e s s é à cette p e r s o n n e ; mais le Seigneur
r e p r i t : «r T o u s les j o u r s de sa vie, elle se; .3 appelée
d e ce n o m . » Celle-ci a r r ê t a alors son e s p r i t à la
c r a i n t e de lui voir p e r d r e un tel nom a p r è s sa mort,
mais le S e i g n e u r r e p r i t e n c o r e : « Ce nom lui restera
à j a m a i s . » E t l'âme de cetle p e r s o n n e lui a p p a r u t
devant Dieu s o u s la forme d ' u n e vierge très belle,
v e r s qui le S e i g n e u r se t o u r n a cn disant : « A p p r o c h e
avec confiance de la t o u t e - p u i s s a n c e du P è r e p o u r
te r é c o n f o r t e r ; de la sagesse du F i l s p o u r l'éclairer ;
de la bénignité du S a i n t - E s p r i t p o u r te r e m p l i r de
douceur. »

CHAPITRE XLVHI.

4G D ' U N E A U T R E P E R S O N N E QUT AVAIT LA MÊME CRAINTE.

N E a u t r e p e r s o n n e était tentée de la même m a n i è r e ,


U c a r en s a p p r o c h a n t du sacrement de vie (dont
1
p e r s o n n e p o u r t a n t ne peut se j u g e r digue elle crai-
gnait toujours d'être spécialement indigne. Celle-ci
pria p o u r elle avec confiance et r e ç u t celle r é p o n s e :
<( Qu'elle s ' a p p r o c h e s o u v e n t de moi, et c h a q u e fois
je la recevrai c o m m e ma véritable reine. » Cette
parole consola b e a u c o u p la p e r s o n n e tentée, et elle
en r e m e r c i a le Dieu de b o n t é .

13 — • 4A.INTK MKCLlTlLlJIi
• 'fiO L E L I V R E ]>]«: L A r.PiAcrc 5;PKCT A L E .

CHAPITRE XLIX.

47. C'EST POUR DIEU QU'EST ACCOMPLIE TOUTE ACTION

ENTREPRISE POUR LE PROCHAIN EN VUE DE DIEU.

t jN j o u r qu'elle s'était bien fatiguée au service d e


J q u e l q u ' u n cl qu'elle c r a i g n a i t d ' a v o i r d é p a s s é la
m e s u r e par tant d ' a s s i d u i t é , le S e i g n e u r lui a p p a r u t
t e n a n t s u r ses g e n o u x les v ê t e m e n t s de cette p e r s o n n e
a f i n de les r e c o u d r e . Il d i t ; « Ne c r a i n s p a s : tout ce

que tu as fait p o u r elle, c'est à moi q u e tu l'as fait. »


C e p e n d a n t celle-ci ne sut p a s r é s i s t e r a la c r a i n t e q u i
l'avait e n v a h i e , et il lui fallut p r i e r le S e i g n e u r
d'éloigner la t e n t a t i o n . L e S e i g n e u r l'exauça si
bien, que d a n s la suite elle eut s o u v e n t à souffrir de
la p a r t de cette p e r s o n n e ; m a i s elle acceptait tout
avec j o i e , p o u r l ' a m o u r d e D i e u , d e m a n d a n t de ne
r e s s e n t i r a u c u n e a i g r e u r et d e n e j a m a i s c o m m e t t r e
de fautes à ce sujet.
O r , le S e i g n e u r lui m o n t r a s o n petit doigt, mais elle
ne c o m p r i t pas ce q u e p o u v a i t signifier ce geste ; a l o r s
il lui dit : « N e t'ai-je pas s o u v e n t dit q u e ce doigt
ligure mon H u m a n i t é ? Q u e vois-tu d a n s ce doigt V
— Trois articulations, » répondit-elle. Le Seigneur
r e p r i l : \ ha plus g r a n d e d é s i g n e l'humilité : sache
que c'est r.fttïoul p a r elle q u e je p r é p a r c l'homme à
ma g r â c e . Celle du milieu d é s i g n e la patience qui fait
s u p p o r t e r t o u t e c o n t r a r i é t é à c a u s e de moi. L ' a r t i c u -
lation s u p é r i e u r e qui esl m i n c e el effilée peut p é n é t r e r
p a r t o u t : elle désigne la c h a r i t é . P r a t i q u e ces trois
T
QUATWKMG P A R T I E . CHAPITRE L . 361

v e r t u s , cl lu t r i o m p h e r a s d a n s mon amoiiî fie loulc


contradiction. »

CHAPITRE L.

4<S. AUTRE FAIT REMARQUABLE*

une p e r s o n n e r e s s e n t a i t une extrême tristesse,


C OMME

celle-ci, d a n s sa c o m p a s s i o n , pria dévotement


afin de lui o b t e n i r la c o n s o l a t i o n du S a i n t - E s p r i t . Le
Seigneur lui dit : « P o u r q u o i se trouble-t-elle ? J e l'ai
créée p o u r moi, j e nie suis d o n n é à elle p o u r tout ce
qu'elle peut d é s i r e r de m o i . J e suis p o u r elle père
dans la c r é a t i o n , m è r e d a n s la r é d e m p t i o n , frère d a n s
le p a r t a g e du r o y a u m e et s œ u r p a r n o t r e douce asso-
ciation. »

CHAPITRE LI.

QU'oK DOIT ABANDONNER SES ENNEMIS A DIEU.

N E p e r s o n n e quv vivait a se p l a i n d r e d ' u n e autre


U vint lui confier sa peine. Elle s'adressa en sa fa-
veur au S e i g n e u r , qui r é p o n d i t : « Dis-lui de me don-
ner ses e n n e m i s , et moi j e m e d o n n e r a i à elle, avec
tous m e s s a i n t s , en r é c o m p e n s e éternelle. »
362 L E LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE LU.

49. COMMENT D I E U ACCEPTE LA V O L O N T É POUK LE FAIT.

priait e n c o r e p o u r u n e p e r s o n n e d a n s
I O R S Q U ' E L L E

J l'affliction, le S e i g n e u r lui d i t : « Si q u e l q u ' u n


est t r i s t e au point qu'il en v i e n n e à c r o i r e la m o r t
préférable à sa p e i n e , et s'il m'offre son fardeau a v e c
la volonté de le p o r t e r , j e r e c e v r a i celte oblation
c o m m e s'il avait r é e l l e m e n t souffert la m o r t p o u r
m o i . y*

CHAPITRE LUI.

50. QUE D I E U D É S I R E LA C O N V E R S I O N D E S P É C H E U R S .

elle priait p o u r u n e p e r s o n n e affligée d o n t


(^ ^OMME

les d i s p o s i t i o n s étaient m a u v a i s e s , elle r e s s e n t i t


en m ê m e t e m p s c o n t r e cet h o m m e un m o u v e m e n t
d ' i n d i g n a t i o n , car elle lui avait s o u v e n t a d r e s s é de
s a l u t a i r e s r e m o n t r a n c e s , s a n s o b t e n i r son' a m e n d e -
ment. A l o r s le Seigneur lui dit : « V o y o n s , c è d e -
moi et p r i e p o u r les m i s é r a b l e s p é c h e u r s . J e le sai
achetés d'un g r a n d prix, et j e d é s i r e tant leur c o n -
version ! »
QUATRIÈME P A R T I R . CHAPITRE LV. *»(>3

C H A P I T R E LIV.

OUE DIEU PREND SES PLUS GRANDES DÉLICES

DANS LE CQÎUR D E l/llOMMK

N E a u t r e lois, le S e i g n e u r lui dit : « lîien ne me


U p r o c u r e a u t a n t de délices que le c œ u r des
h o m m e s , d o n t j e ne j o u i s p o u r t a n t que r a r e m e n t . J a i
t o u s les b i e n s cn a b o n d a n c e , excepté le c œ u r de
r h o m m e , qui m ' é c h a p p e s o u v e n t . »

CHAPITRE LV.

51. LE SEIGNEUR JÉSUS-CHRIST INTERCÈDE AUPRES

DU PÈRE POUR LES PÉCHEURS.

en p r i è r e , elle vit u n e fois le S e i g n e u r c o u -


E TANT

v e r t d ' u n v ê t e m e n t t o u t e n s a n g l a n t é , et il lui dit :


« D e m ô m e q u e m o n H u m a n i t é c o u v e r t e de plaies
s a n g l a n t e s s'est p r é s e n t é e a m o u r e u s e m e n t à Dieu le
P è r e , c o m m e u n e v i c t i m e , s u r l'autel de la croix, ainsi
je m'offre au P è r e céleste p o u r les p é c h e u r s , d a n s le
même s e n t i m e n t d ' a m o u r , et j e lui r e p r é s e n t e tous les
supplices de ma P a s s i o n . Ce que je désire le p l u s ,
c'est que le p é c h e u r se convertisse p a r u n e vraie péni-
tence et qu'il vive. »
LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE LVL

52. D É LA RÉCITATION DE CINQ MILLE QUATRE CENT

SOIXANTE PATER.

N E a u t r e fois, p e n d a n t q u ' e l l e offrait à D i e u cinq


U mille quatre, cent soixante Paler récités p a r la
C o m m u n a u t é en l ' h o n n e u r d e s t r è s saintes plaies d e
J é s u s - C h r i s t , le S e i g n e u r lui a p p a r u t a y a n t les m a i n s
é t e n d u e s et t o u t e s les plaies b é a n t e s , il lui d i t : « L o r s -
q u e j ' é t a i s s u s p e n d u à la c r o i x , c h a c u n e d e m e s
plaies était u n e voix qui i n t e r c é d a i t a u p r è s d e D i e u
le P è r e p o u r le salut des h o m m e s . M a i n t e n a n t e n c o r e
leur cri m o n t e v e r s lui p o u r a p a i s e r sa colère c o n t r e
le p é c h e u r . J e te l'assure, j a m a i s un m e n d i a n t n'a
reçu l'aumône accordée à ses clameurs importunes
avec p l u s d e joie q u e j e n'en é p r o u v e à r e c e v o i r u n e
prière faite en l ' h o n n e u r de mes plaies. J e l ' a s s u r e
aussi q u e p e r s o n n e ne dira j a m a i s u n e telle p r i è r e
avec attention et dévotion s a n s s'établir p a r là en état
de salut. » E l l e dil a l o r s : « M o n S e i g n e u r , quelle
intention iaut-il avoir en r é c i t a n t celte p r i è r e ? » Il
r é p o n d i t : « O n doit p r o n o n c e r les p a r o l c r n o n s e u -
lement des l è v r e s , mais a v e c l'attention du c œ u r et
me r c m c l l r c e n t r e les m a i n s les cinq Paler, »
L ' i n v o c a t i o n suivante lui fut i n s p i r é e p a r Dieu p o u r
être j o i n t e a u x cinq Pater: « S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t ,
F i l s du Dieu vivant, recevez cette prière a v e c cet
a m o u r e x t r ê m e qui v o u s a fait e n d u r e r toutes les
plaies de v o t r e c o r p s s a c r é ; ayez pitié de m o i , d e s
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE LVTT. 3C>5
p é c h e u r s el de tous les fidèles vivants et t r é p a s s é s .
A m e n . » L e S e i g n e u r r e p r i t la parole : « Un p é c h e u r ,
tant qu'il est d a n s son p é c h é , m ' e n c h a î n e p o u r ainsi
dire s u r la croix ; m a i s q u a n d il lait pénitence, il
me délivre a u s s i t ô t . E t moi, ainsi d é t a c h é d t la croix,
j e tombe s u r lui a v e c ma g r â c e el ma m i s é r i c o r d e ,
c o m m e j e tombai d a n s les b r a s de J o s e p h q u a n d il
m'enleva du g i b e t ; je me livre en sa p u i s s a n c e , de
sorte qu'il peut (aire de moi tout ce qu'il veut. Mais si
le p é c h e u r p e r s é v è r e d a n s le mal j u s q u ' à sa mort,
il tombera au p o u v o i r de ma j u s t i c e , et elle le jugera
selon ce qu'il a u r a m é r i t é . »

C H A P I T R E LVII.

53. COMMENT LE SEIGNEUR LUI ACCORDA CENT PÉCHEURS

elle e n t e n d a i t lire d a n s l'Evangile : Le Fils


G OMME

de Vhomme viendra avec grande pirissnnce et


majesté ( L u c , xxr, 21), tout i n o n d é e de joie s p i r i -
tuelle, elle dit au S e i g n e u r : « O h ! oui, soyez bien
v e n u ! » Le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Epelle ce q u e tu
dis : Bien, hene, te fera r e m a r q u e r q u e je suis le Rien
d'où procède et p r o c é d e r a à j a m a i s tout bien. Le mot
venins * que tu v i e n n e s , te fera p e n s e r à cette divine
charité avec laquelle je viens à l'âme tout e n i v r é du
vin p u r de l ' a m o u r . » Elle pria a l o r s f 2 S e i g n e u r de
converfJr tous ceux qui étaient en étal de péché, et il
lui répondit : « E h bien, cn r é p o n s e à ta d e m a n d e , j e
convertirai cent p é c h e u r s . »
J,E U V M E ME EA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE LVIII.

54. COMRIEN DIEU EST DISPOSÉ A AOCUEIEUK

LES PÉCHEURS.

L E E souffrait un j o u r de violentes d o u l e u r s de
E tète, l o r s q u ' a u m o m e n t d e l'oblalion d e l'boslie,
p e n d a n t la M e s s e s o l e n n e l l e , elle offrit sa souffrance
au S e i g n e u r avec l'hostie sainte cn l o u a n g e é t e r n e l l e .
L e S e i g n e u r lui a p p a r u t a u s s i t ô t . Il t e n a i t e n t r e ses
m a i n s délicates un c e r c l e de bois d e s s é c h é , cl s e m -
blait y a t t a c h e r de belles r o s e s . La S a i n t e a d m i r a i t ,
en se d e m a n d a n t ce q u e p o u v a i t signifier cette
action : fixer des r o s e s fraîches s u r du b o i s sec, l o r s -
q u ' e l l e e n t e n d i t le S e i g n e u r lui dire : « C o m p r e n d s
p a r là qu'il n'y a p a s de p é c h e u r dont le c œ u r soit si
d e s s é c h é p a r la rouille du vice, qu'il ne p u i s s e r e v e r -
d i r s u r - l e - c h a m p , s'il est saisi d ' u n e m a l a d i e q u e l -
c o n q u e . Il lui suffit d e la s u p p o r t e r avec, i n t e n t i o n de
souffrir bien d a v a n t a g e p o u r m o n a m o u r et p o u r
nia gloire, et il d e v i e n t c a p a b l e de r e c e v o i r g r â c e et
miséricorde.
« J e te dis m ê m e qu'il n'y a si g r a n d c r i m i n e l auquel
je ne r e m e t t e tous ses p é c h é s clés qu'il se r e p e n t s i n -
c è r e m e n t , et v e r s lequel je ne sois d i s p o s é à i n c l i n e r
m o n C œ u r divin a v e c a u t a n t de c l é m e n c e et de d o u -
c e u r q u e s'il n'eût j a m a i s p é c h é . » E l l e dit alo*-*; : « S'il
en est ainsi, p o u r q u o i , ô très d o u x D i e u , l ' h o m m e
1
misérable ne le sent-il p a s ? — Cela v i e n t , r e p r i t le
Seigneur, de ce qu'il n'a pas e n c o r e t o t a l e m e n t p e r d u
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE LIX. 3G7

son inclination au mal. Si le pécheur résistait assez


v i g o u r e u s e m e n t à ses vices d è s qu'il s'est r e p e n t i ,
p o u r e x t i r p e r i n c o n t i n e n t de son âme le goût cl la
délectation du péché, il s e n t i r a i t sans a u c u n d o u t e
la d o u c e u r de l'Esprit d i v i n . »
O p r o f o n d e u r v r a i m e n t i n s o n d a b l e de sagesse et d e
m i s é r i c o r d e ! Dieu très d o u x , q u e vous faites d'efforts
p o u r a t t i r e r à v o u s le c œ u r d u p é c h e u r par des voies
d i v e r s e s el a d m i r a b l e s ! V o u s ne voulez pas qu'il se
d é s e s p è r e , p u i s q u e votre c l é m e n c e le p o u r s u i t p a r des
invitations si p a t e r n e l l e s I

CHAPITRE LIX.

5f> eu QU'ELLE ÉCRIVIT A U N E DAME SÉCULIÈRE,

S O N AMIE *.

« T r è s c h è r e fille d a n s le Christ,

« L ' a m a n t de t o n â m e t i e n t la main d a n s sa d r o i t e ;
il louche de ses doigts c h a c u n des tiens, afin de te
m o n t r e r c o m m e n t il o p è r e en ton â m e et c o m m e n t tu
dois le s u i v r e en i m i t a n t ses exemples.
« Son petit doigt signifie sa vie très h u m b l e s u r la
terre on il vient, non pour être servi, mais pour servir
(Marc, x, 45), et p o u r se s o u m e t t r e à toute c r é a t u r e .
Sur sou doigt a p p l i q u e le t i e n , c'est-à-dire r a p p e l l e -
loi, q u a n d g r o n d e la s u p e r b e , l'humiliai ion et la sujé-

1. Cette lettre esl lout ce qui MOUS reste de ce que .sainte Mech-
tilde a écrit.
i e
2Volc de la i
v édition.t
3G8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

tion de ton D i e u . D e m a n d e - l u i , p a r son h u m i l i t é ,


d ' a b a t t r e tout orgueil et t o u t e v o l o n t é p r o p r e , ces
rejetons de l ' a m o u r - p r o p r e q u e c h a c u n e n t r e t i e n t
chez soi.
« S o n doigt a n n u l a i r e s y m b o l i s e la fidélité d e s o n
C œ u r . Il a souci d e n o u s ; c o m m e u n e m è r e t r è s (idèle,
il soulève nos c h a r g e s et nos fardeaux avec u n e i n d i -
cible c o n s t a n c e , etil nous g a r d e de tout mal. A ce doigt,
j o i n s le tien, en confessant ton infidélité e n v e r s ce
doux et fidèle a m a n t : tu a s éloigné d e lui ton â m e
créée p o u r le l o u e r et l'aimer ; ton c œ u r est froid, et
tu p e n s e s r a r e m e n t à lui, toi qui es destinée à j o u i r
de lui seul d a n s les délices de l'éternité I
« Son doigt majeur désigne l'éternel, le s u p r ê m e , le
divin a m o u r qui incline son C œ u r v e r s u n e â m e et ne
lui laisse a u c u n r e p o s j u s q u ' à ce qu'il se soit r é p a n d u
tout e n t i e r d a n s cette â m e , c o m m e la s o u r c e j a i l l i s s a n t c
qui a d é c o u v e r t un lit p r o f o n d p o u r ses eaux r a p i d e s .
P r è s de ce doigt, place le t i e n , c ' e s t - à - d i r e ta v o l o n t é .
Si tu n e p e u x être à toute h e u r e d a n s l'exercice
actuel d e l ' a m o u r de D i e u , d o n n e - l u i un d é s i r q u i
puisse r e m p l a c e r l'acte, et p a r ton i n t e n t i o n , d i s - l u i
q u e tu d i r i g e r a i s v e r s lui s e u l l ' a m o u r d e t o u s les
sainls cl de toutes les c r é a t u r e s si ton c œ u r p o u v a i t
le c o n t e n i r ,
« L ' i n d e x d e sa divine m a i n signifie l ' o r d r e m y s t é -
rieux cl a d m i r a b l e de sa P r o v i d e n c e , qui p r e v o i l a v e c
m i s é r i c o r d e tout l'avenir et d o n t la sagesrr. r a m è n e
l ' h o m m e d a n s la voie d r o i t e à t r a v e r s les joies el
les d o u l e u r s . Mets v o l o n t i e r s t o n doigt s u r c e l u i - l à ,
c ' e s t - à - d i r e crois que t o u t ce qui t'advîenl, bien ou
mal, r e s s o r t de son a m o u r cl le p r o c u r e r a d ' a u t a n t
plus d'avantages que tu n e v o u d r a s r e c e v o i r d e lui ni
OTMTTUKMK PARTIR C H A P I T R E LIX. 369

a u t r e m e n t , ni a u t r e c h o s e . Offre-lui d o n c en tout,
l o u a n g e et a c t i o n s de grâces.
« L e pouce désigne sa t o u t e - p u i s s a n c e divine et Ja
protection de sa bonté paternelle p a r laquelle il écarte
et r é p r i m e tout ce qui nuirait à l'âme fidèle, ne lais-
sant a r r i v e r j u s q u ' à elle rien qui ne c o n c o u r e à la
sanctifier et à l'exercer d a n s la v e r t u . U n i s ton pouce
à celui-là, c'est-à-dire sois forte d a n s la p r a t i q u e des
v e r t u s , et résiste aux vices avec un viril c o u r a g e . Ne
te délie j a m a i s de la m i s é r i c o r d e de Dieu, m ê m e s'il
p e r m e t à la Iribulalion de l a p p r o c h e r ou s'il te sous*
trait les c o n s o l a t i o n s de sa g r â c e . »

56. EXCELLENTE CONSOLATION A LA MÊME.

A M E fidèle et qui aime Dieu, considère avec


O attention et a m o u r la loi q u e t ' a donnée le P r i n c e
r o y a l , J é s u s , (ils de la t e n d r e s s e d u P è r e , lorsqu'il t'a
choisie p o u r é p o u s e , lorsqu'il s'est d o n n é à loi c o m m e
un aimable E p o u x , c é l é b r a n t les noces à ses frais et
en sa p r o p r e p e r s o n n e . Au jour de celle grande solen-
nité et de la joie de son Cœur (Cant. n i , 11), il s esl
revêtu d'une r o b e de c o u l e u r r o s e teinte p a r l'amour
dans le s a n g d e son C œ u r . Il a placé s u r sa tète un
diadème de r o s e s et de lis, e n t r e m ê l é s de nobles p e r l e s ,
c'est-à-dire des gouttes de son précieux Sang. Il a
p o r t é des g a n t s si bien p e r c é s q u e ses mains ne
p o u v a n t plus rien tenir, il t'a l i v r é t o u t ce qu'il y
avait c a c h é p o u r le m o n d e entier. Sa couche nuptiale
fut une d u r e croix, s u r laquelle II s'élança avec plus
de joie et d ' a r d e u r q u ' u n époux ravi de p o s s é d e r un
lit o r n é d'ivoire et de t e n t u r e s p r é c i e u s e s . S u r ce lit
:{70 LE LIVRE l)K LA OR A CE SPÉCIALE,

d ' a m o u r , b r û l a n t de d é s i r s ilaLtend e n c o r e Les e m b r a s -


s e m e n l s . Q u e si m a i n t e n a n t l u veux être son é p o u s e ,
il le faut r e n o n c e r à toute joie sensible, p a r t a g e r
avec lui cette c o u c h e d e souffrance et d'ignor: inics et
t'unir à la plaie béante de s o n C œ u r .
« C o n s i d è r e a t t e n t i v e m e n t le gage p r é c i e u x qu'il t'a
offert cn o u v r a n t p o u r toi ce C œ u r si doux, t r é s o r
d e l à D i v i n i t é , cn le p r é s e n t a n t à boire le n e c t a r de
l ' a m o u r d e s t i n é à g u é r i r t o u t e s les l a n g u e u r s d e Ion
âme. O u i , ce noble gage est d'un prix i n a p p r é c i a b l e
p u i s q u e t o u t e g r â c e , toute v e r t u , toute b o n t é s'y
t r o u v e n t c o n t e n u e s . Il ne v e u t pas te l'enlever p u i s -
qu'il t é m o i g n e de sa foi p r o m i s e . C o m m e un roi qui
n'a pas e n c o r e c o n d u i t sa tiancée d a n s ses p a l a i s ,
livre cn gage à ses a m i s q u e l q u e cité o p u l e n t e , ainsi
l ' E p o u x , qui est ton a m a n t , a r e m i s à Dieu le P è r e un
don p r é c i e u x , c ' e s t - à - d i r e s o n C œ u r divin. Voilà le
gage qui p r o u v e sa r é s o l u t i o n de ne j a m a i s l ' a b a n -
d o n n e r , toi qui es son é p o u s e . E t ce n'est p a s assez,
il offre e n c o r e ce C œ u r c h a q u e j o u r sur l'autel, p o u r
manifester l ' a m o u r d o n t il t'a p r é v e n u e d e toute
éternité.
« D o n c , ô fille du P è r e é t e r n e l , épouse choisie d e son
F i l s u n i q u e et coéterncl. a m i e du S a i n t - E s p r i t et
lieu de r e p o s qu'il c o n v o i t e , a i m e un tel A m a n t , qui
est tout a m o u r et d o n t tu es l a b i e n - a i m é e . Sois fidèle
à celui qui est la fidélité m ê m e . S'il l'arrivé un e n n u i ,
accepte-le c o m m e u n e c h a î n e d'or q u e L-L?u a t t a c h e
s u r toi p o u r l ' a t t i r e r à l ' a m o u r de son P i n . Cède
aussitôt à cette d o u c e violence ; élève-toi, élève ton
c œ u r afin qu'il strïlplus efficacement attiré ; p r é p a r e -
toi p a r la patience cl p a r la r e c o n n a i s s a n c e , et c o n s i -
d è r e le salut q u e Dieu veut o p é r e r ainsi d a n s ton â m e .
QUATRIÈME VARTïE. CTTAVTTRE LPC. 371

« C o n s i d è r e aussi ce qui le m a n q u e de v é r i n s .
Est-ce de riuimililé ou d'une a u t r e que lu es s u r t o u t
dépourvue'*' O u v r e , p a r la clef de l'amour, le précieux
écrin de toutes les v e r t u s , c'est-à-dire Se C œ u r divin
de J é s u s - C h r i s t ; d e m a n d e à ce Seigneur des a r m é e s
de te doiii/cr sa force p o u r t r i o m p h e r de l'assaut des
vices. Si les l a r r o n s des m a u v a i s e s pensées essaient
de te s u r p r e n d r e , c o u r s à l'arsenal et empare-loi des
a r m e s toujours brillantes qui s o n t la Passion et la
mort de ton S e i g n e u r . T u les fixeras s u r ton c œ u r
p a r un s o u v e n i r c o n t i n u e l , et la tourbe des pensées
sera réduite à Fuir h o n t e u s e m e n t .
« Si des p e n s é e s d e d é s e s p o i r le font la g u e r r e , r e c o u r s
au Irésor inépuisable de cette tendresse qui ne veut
laisser p é r i r p e r s o n n e , mais s o u h a i t e attirer tous les
h o m m e s à la c o n n a i s s a n c e el à l ' a m o u r de la vérité.
Ceux-là seuls s o n t exceptés qui choisissent volon-
taire mon l l'éternel le d a m n a lion. Happellc-loi c o m -
ment Dieu est plus p r ê t a r e c e v o i r l ' h o m m e qu'il
ne l'est à venir v e r s Dieu. Happcllc-toi que le désir
suprême du S e i g n e u r est de voir l'homme si bien
disposé, qu'il puisse verser s a n s cesse sa grâce en lui
et a u g m e n t e r les biens qu'elle y a d é p o s é s . »

57. EXCELLENTE INSTRUCTION ADRESSÉE A LA MEME.

des h o m m e s , le Seigneur J é s u s - C h r i s t
I 'AMANT

souhaite d'un i m m e n s e d é s i r s'unir à l'âme.,


surtout à celle qui veut ê t r e consolée par lui,
connaître les délices (pic lui seul p r o c u r e , et rejeter
au loin les joies cl les consola!ions terrestres i n c a -
pables d'attirer une â m e ou cle la perfectionner d a n s
372 LE MVKK DE LA GRACE SPÉCIALE.

r a n i o n r de Dieu. L o r s q u ' o n r e n c o n t r e ce qui plaît


ou ce q u ' o n aiine, il Faut p e n s e r q u e cela vient de
Dieu afin de nous p o r t e r à l ' a m o u r . E t si l'on s'aperçoit
que l'objet aimé, au lieu de faire p r o g r e s s e r d a n s
l ' a m o u r , revient à la p e n s é e plus s o u v e n t q u e Dieu
m ê m e , il faut 1 é c a r t e r quel qu'il soit, H o m m e ou
c h o s e , si l'on ne veut être p r i v é de l'intimité avec
D i e u . Celte intimité est excessivement délicate : elle
ne souffre rien a u - d e s s u s d'elle, ni m ê m e avec elle,
(/est J é s u s lui • m ê m e . Fils de la c h a r i t é du P è r e , qui
veut être Je b i e n - a i m é et l'intime ami de ton c œ u r . »

58. AVIS UTILE A LA MEME.

I E U fait don de son C œ u r divin à l'ame p o u r


D qu en r e t o u r elle lui d o n n e son c œ u r . Si elle
l'offre avec joie et confiance, il le d o n n e r a en g a r d e à
sa p u i s s a n c e , de telle s o r t e q u e cette p e r s o n n e ne
p o u r r a j a m a i s t o m b e r d a n s u n p é c h é g r a v e . Il faut
d o n c aussi g a r d e r avec soin le C œ u r d e D i e u et étu-
d i e r a t t e n t i v e m e n t ce qui lui plaît d a v a n t a g e . D a n s la
t r i s t e s s e , il faut c h e r c h e r refuge el consolation a u p r è s
du t r é s o r qui n o u s est confié, et si, p a r une d i s p o s i -
tion de la g r â c e divine, la consolation n e vient p a s ,
p e r s é v é r e r n é a n m o i n s à l o u e r Dieu et à lui r e n d r e
grâces. Ce qui plaîl à Dieu d a n s une a m e fidèle, c'est
de l c v ; ; ; i r c h e r c h e r , n o n p a s ses i n t é r ê t s , m a i s ceux
de Jc.vùr.-Clîrisl (1 C o r . X I I I , 5), c'est de lui voir p r é -
férer à sa consolation la gloire et l ' h o n n e u r d e
Dieu. »
QUATRIÈME PARTIE. CHAPITRE EX.

C H A P I T R E LX.

59. TRIPLE INTERROGATION DU SEIONEUH.

q u ' o n lisait d a n s l'Evangile ces paroles •


P ENDANT

Simon, fils de Jean, iuuimes-lu plus que ceux-ci . ;

( J e a n , xxi, 15), son attention fut captivée et p e n d a n t


un r a v i s s e m e n t elle se vit en la p r é s e n c e du Seigneur
qui lui disait : « Moi, je t ' i n t e r r o g e aussi ; r é p o n d s
dans la sincérité de ta c o n s c i e n c e . Y a-l-il au m o n d e
quelque c h o s e qui te soit tellement cher que tu ne
consentes, si c'était légitime, à l ' a b a n d o n n e r p o u r
mon a m o u r ? » Elle dit : « V o u s savez, Seigneur, e u e
si le m o n d e e n t i e r était à m o i , avec tout ce qu'il
renferme, je l ' a b a n d o n n e r a i s totalement p o u r votre
a m o u r . » E t le Seigneur accepta cette volonté c o m m e
si, p o s s é d a n t le m o n d e , elle l'eût vraiment quitté.
Le S e i g n e u r l'interrogea u n e seconde fois : « Y a-
t-il un travail q u e l c o n q u e ou un j o u g d'obéissance que
tu ne v o u d r a i s p o r t e r p o u r m o n a m o u r ? » Elle r é p o n -
dit : « O h ! n o n , S e i g n e u r , j e suis prèle à tout s u b i r
pour v o t r e a m o u r . »
Le Seigneur p o u r s u i v i t : « Y a-t-i) quelque peiue
si lourde ,/ue i u r e l u s c r a i s de l'endurer p o u r m o n
amour ?».Elle r é p o n d i t : « Mon Seigneur, a v t c v o u s et
avec votre aide je suis prèle à e n d u r e r toutes les souf-
frances. » E t le Seigneur agréa ces trois r é p o n s e s
comme si elles eussent été suivies de leur effet.
Enfin le S e i g n e u r r e p r i t la p a r o l e : « J e te confie
trois catégories de p e r s o n n e s . D ' a b o r d les enfants
374 LE MVHE DE LA GRACE SPÉCIALE.

înnnccnlscL s i m p l e s , d é s i g n e s p a r l ' i n n o c e n t A g n e a u ;
tu les i n s t r u i r a s , tu les p r é p a r e r a s à me c o n n a î t r e et
A in'aimcr. E n second lieu, ceux qui s o n t clans la d o u -
leur el 1"mépris, d é s i g n é s a u s s i p a r la m a n s u é t u d e de
l ' A g n e a u ; tu les c o n s o l e r a s et tu t'efforceras de les
a i d e r st>Ion tes m o y e n s . Enfin, je te confie t o u t e
l'Eglise, figurée p a r la b r e b i s , si utile à l ' h o m m e ; p a r
les d é s i r s confiants cl ta p r i è r e infatigable, tu la p r é -
s e n t e r a s s a n s cesse d e v a n t les yeux de m a m i s é r i -
corde. »
CINQUIEME P A R T I E

C H A P I T R E I.

1, D K r/AJllfi »15 S A S Œ l ' H OKFUNTIv


L ' A B I U Î S S K GKItTKUDK.

vierge d'une piété é i n î n e n l c , pleine de len-


C KTTK

dresse j)our les affligés, se souvenait devant le


Seigneur non s e u l e m e n t des v i v a n t s , mais aussi des
morts, a u x q u e l s elle a p p l i q u a i t ses dévots suffrages
Il arriva d o n c plus d'une fois q u e , priant pour des
Aiues qui n'avaient plus besoin de ee s e c o u r s , leur
mérite cl l e u r gloire lui furent manifestés p a r l e misé-
ricordieux S e i g n e u r .
Un j o u r q u ' o n chantait la m e s s e pour les défunts
dans la chapelle \ elle récitait p o u r f a m é de sa s œ u r ,
la Dame a b b e s s c G e r l r u d e d ' h e u r e u s e mémoire, la
série des r é p o n s de la sainte T r i n i l é en action de
grâces e n v e r s D i e u . P l u s i e u r s fois déjà elle avait vu

1. Ce mol doit d é s i g n e r &aus d o u t e celle d o n t il est (jucstion a u


ch. Jtvi de celle îv' p a r t i e .
376 L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

cette â m e d a n s la g l o i r e . P e n d a n t sa p r i è r e , le Seigneur
lui dit : « L a r e v e r r a i s - t u v o l o n t i e r s m a i n t e n a n t ? » E t
s u r - l e - c h a m p sa s œ u r lui a p p a r u t . Elle portail s u r la
tète un "oile de lin é c l a t a n t de l u m i è r e . Celle-ci
d e m a n d a ce q u e signifiait ce voile, et elle lui r é p o n d i t :
« Il r e p r é s e n t e la vie q u e j ' a i m e n é e d a n s le cloître ;
la d i v i n i t é p é n è t r e de gloire et de s p l e n d e u r tous les
fils d o n t il est tissé. » Ces p a r o l e s firent c o m p r e n d r e à
celle-ci qu'on ne g a r d e a u c u n e c o u t u m e p a r d é v o -
tion ou p a r fidélité a u x règles de son état, c o m m e p a r
e x e m p l e celle de p o r t e r des voiles et des c o u r o n n e s ,
s a n s q u e ce détail soit recueilli p a r le s o u v e n i r de
D i e u , et s a n s que l'ame cn reçoive u n e r é c o m p e n s e
spéciale. « Où est ta c o u r o n n e ? » r e p r i t c e l l e - c i .
L ' â m e r é p o n d i t : « Ma c o u r o n n e est tellement g l o -
r i e u s e qu'elle s'élève de la t e r r e j u s q u ' a u t r ô n e de
D i e u , et qu'elle t o u c h e les confins du m o n d e . E l l e
c o m m e n c e s u r la t e r r e où j ' a i laissé aux h o m m e s ma
m é m o i r e et m e s exemples ; elle monte j u s q u ' a u t r o n c
de Dieu, parce que m e s v e r t u s p r o c u r e n t h o n n e u r et
l o u a n g e à Dieu et r é j o u i s s e n t en m ê m e t e m p s t o u s
les s a i n t s . Elle e m b r a s s e aussi les q u a t r e p a r t i e s du
m o n d e , p a r c e q u e m a vie a profité à toute l'Eglise et
lui servira j u s q u ' à la fin des siècles. »
C o m m e celle-ci l'interrogeait ensuite s u r un point
qui avait été l'objet d e ses p r i è r e s p e n d a n t sa v i e , elle
r é p o n d i t : « Ma p r i è r e est d é s o r m a i s plus efficace, plus
utile et o i n s fructueuse q u ' a u t e m p s d e ma vie. » E t
c o m m e celle-ci t é m o i g n a i t q u e l q u e s u r p r i s e cn enten-
d a n t ces p a r o l e s , elle ajouta : « II en est ainsi p a r c e
q u e la p r i è r e , m ê m e a p r è s la m o r t du j u s t e qui l'a
faite, j a m a i s ne périt ni ne m e u r t . La p r i è r e qui a u r a
sollicité le salut des p é c h e u r s c o n s e r v e r a sa valeur
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE II 377

a p r è s la m o r t de l ' i n t e r c e s s e u r . Il en est de m ê m e
pour toutes les a u t r e s p r i è r e s . »
Ceci est c o n f o r m e à ce qui se lit au second livre
des M a c h a b é e s , où l'on voit le g r a n d p r ê t r e O n i a s
a p p a r a î t r e avec le p r o p h è t e J é r é m i e à J u d a s M â c h a -
bée et lui d i r e de J é r é m i e : Voilà celai qui prie tant
pour le peuple (II M a c h . , xv, 14). Il est certain q u e
l'âme de J é r é m i e était alors d a n s les limbes. Mais
celui q u i , p e n d a n t sa vie, c o m m e un vrai p r ê t r e du
Seigneur, avait apaisé Dieu par ses prières p o u r le
peuple, est m o n t r é a p r è s sa m o r t , intercédant e n c o r e
p o u r lui. D ' o ù Ton peut c o n c l u r e que si l'on donnait
à ses d é s i r s une intention qui s'étendrait à tous les
siècles, c ' e s t - à - d i r e si l'on voulait vivre et se p e r f e c -
tionner j u s q u ' à la fin du m o n d e p o u r l'amour et la
gloire de D i e u , en p r i a n t , t r a v a i l l a n t et souffrant
afin de s e c o u r i r les vivants et le;, u n i e s du p u r g a t o i r e ,
on verrait s û r e m e n t Dieu a c c e p t e r ce vœu c o m m e
l'acte l u i - m ê m e .

C H A P I T R E II.

F
2. DE E AME DE SA SŒUR ET COMMENT LES AMES BIEN-

HEUREUSES OFFRENT A DIEU LES PRIÈRES RÉCITÉES

A LEUR INTENTION-

N E a u t r e fois, p e n d a n t q u e le convciu c o m m u -
U niait, clic vit e n c o r e l'âme de sa s œ u r toute
resplendissante de beauté, se t e n i r à la droite de
Dieu et r e c e v o i r du S e i g n e u r a u t a n t de baisers qu'il
venait de p e r s o n n e s à la c o m m u n i o n . Ceci exprimait
378 LF. IAVHF. OK LA CUACK XVKCIALK.

Je mérite p a r t i c u l i e r que lui avail a c q u i s son zèle


à r é c l a m e r (les s œ u r s qu'elles fussent e m p r e s s é e s
à c o m m u n i e r souvent.. TouL en considérant, avec j o i e
et a d m i r a t i o n u n tel s p e c t a c l e , celle-ci v o u l u t s a v o i r
si le p r ê t r e gagnait q u e l q u e m é r i t e à d i s t r i b u e r le
C o r p s du^Christ ; à quoi le S e i g n e u r l u i - m ê m e r é -
p o n d i t : « Si un s i m p l e soldat p o r t a i t le tils u n i q u e
du roi aux p r i n c e s de la c o u r , et q u e l'enfant r e ç û t de
c h a c u n d'eux cent m a r c s , le soldat n e s'enrichirait-il
pas l o r s q u e , r a p p ,riant le fils du r o i , il en r e c e v r a i t
tout l'argent d o n n é p a r les p r i n c e s ? D e m ê m e
s'accroît le m é r i t e du p r ê t r e q u i , a v e c dévotion et
sainle joie, d i s t r i b u e aux fidèles le s a c r e m e n t du
C o r p s de J é s u s - C h r i s t . »
E n s u i t e elle dit à sa s œ u r : « D i s - m o i , s œ u r b i e u -
a i m é c , quel a v a n t a g e r e ç o i s - t u l o r s q u e n o u s récitons
p o u r toi les r e p r i s de la sainte T r i n i t é ou q u e l q u e
a u t r e p r i è r e ? » E l l e r é p o n d i t : <( J e reçois toutes les
paroles de vos l è v r e s s o u s forme de r o s e s q u e j'offre
avec joie à m o n B i e n - A i m é . » P u i s elle lui m o n t r a d a n s
les plis de son m a n t e a u de très belles r o s e s a y a n t u n e
feuille d'or à leur c e n t r e , et elle lui dit : <( Cette feuille
d'or est celle d u c œ u r , c'est-à-dire d e la c h a r i t é d'où
1
vient la v a l e u r d. la p r i è r e . N ' e s t - c e pas plutôt p a r
c h a r i t é que p a r d e v o i r q u e v o u s m e faites cette
offrande? — M a i s q u ' a d v i c n l - i l , r e p r i t celle-ci, des
offrandes faites aux saints ? >> E l l e r é p o n d i t : « Ils les
reçoivent aussi a v e c joie et les p r é s e n t e n t de m ê m e à
Dieu leur rtoi. N'ofl'riricz-vous à tous les s a i n t s q u ' u n
seul Pater avec l'intention d'en d o n n e r a u t a n t a c h a c u n
si vous le pouviez, qu'ils accepteraient tous cet u n i q u e
Pater c o m m e s'il avail été récité en p a r t i c u l i e r p o u r
chacun d'eux, »
CHAPITRE III.

3. DE L'AME OE LA SŒUU MEC'.IfTTLDK.

m o u r u t la s œ u r M e c h t i l d e , d'heureuse m é -
Q U A N D

m o i r e , son aine a])j)arul à ccllo-ci sous la Forme


d'une très belle vierge. E n v e l o p p é e d'un linceul
vert, elle portail u n e c o u r o n n e s u r la l è l e e L s c t r o u -
vait e n t o u r é e d'une m u l t i t u d e de vierges et de saints
qui lui témoignaient une vive t e n d r e s s e . C e p e n d a n t
celle-ci c o n n u t cn esprit q u e la s œ u r M. attendait
encore son e n t r é e d a n s la gloire ; elle ne devait
l'obtenir qu'au m o m e n t où se ferait p o u r elle à la
messe l'obJation de l'hostie. L e Seigneur se d o n n a i t
1
alors à celte i i m c d'une m a n i è r e spéciale p o u r la
dédommager d'avoir été p r i v é e d u r a n t quelque t e m p s
par la m a l a d i e de recevoir le s a c r e m e n t de son C o r p s
sacré.
P e n d a n t le chant de l'offertoire Domine Jesu Chrisle,
comme p e r s o n n e ne se p r é s e n t a i t p o u r faire l'offrande
en faveur de cette p a u v r e t t e , celle-ci vit le Roi de
gloire, l'Epoux des v e r t u s , s ' a p p r o c h e r de Dieu le
Père et lui offrir toutes les œ u v r e s , p r i è r e s , travaux
el souffrances de sa très s a i n t e H u m a n i t é , p o u r
accroître la b é a t i t u d e de sa n o u v e l l e épouse. E n s u i t e
la bienheureuse Vierge, Mère de l'Epoux glorieux de
la virginité, offrit en sacrifice toutes les grâces et
privilèges qu'elle possédait p o u r a u g m e n t e r la gloire
de cette épouse de son F i l s . Les p a t r i a r c h e s , les p r o -
phètes, les a p ô t r e s , les m a r t y r s , les confesseurs, les
380 L E U V M F . D E LA GRACE SPÉCIALE.

vierges, les o r d r e s des s a i n t s firent tous de m ê m e .


M ais, à l'oblation de l'hoslic s a i n t e , il a p p a r u t à
l'orient une m e r v e i l l e u s e l u m i è r e qui r e p r é s e n t a i t ia
gloire de la D i v i n i t é et d a n s laquelle fut ravie l'âme
b i e n h e u r e u s e . Là celte c o m m u n i o n , dont il est p a r l e
plus h a u t , lui fut d o n n é e d a n s la v é r i t a b l e société et
j o u i s s a n c e d e D i e u . Là e n c o r e , elle recul la pleine et
s u r a b o n d a n t e r é c o m p e n s e de ses travaux et. de ses
p e i n e s . C r o i r e à celte b é a t i t u d e est plus facile au c œ u r
de l ' h o m m e q u e de l ' i m a g i n e r ou de la d é c r i r e .

C H A P I T R E IV.

4. DE LAME DE LA PIEUSE RECLUSE YSENTRUDE,

IELLE-CI c o n n u t encore c o m m e n t rame d ' Y s c n t r u d c


la r e c l u s e , d ' h e u r e u s e m é m o i r e , était p a s s é e à
Dieu. Il lui sembla que tous les c h œ u r s des anges lui
faisaient un corlège de gloire el d ' h o n n e u r , p a r c e
qu elle était p a r t i c u l i è r e m e n t digne d e l e u r ê t r e a s s o -
ciée et c o m m e a s s i m i l é e . E l l e avait en effet r e s s e m b l é
aux e s p r i t s a n g é l i q u e s p a r l ' e m p r e s s e m e n t h u m b l e cl
affectueux qui lui faisait accueillir ses v i s i t e u r s . E l l e
avait i m i t é les A r c h a n g e s p a r sa familiarité avec D i e u ;
les V e r t u s , p a r la p r a t i q u e v i g o u r e u s e d u bien, p a r les
b o n s exemples et m ê m e p a r un zèle si a r d e n t q u e
p l u s i e u r s p e r s o n n e s s'étaient c o n v e r t i e s en é c o u -
tant ses v é h é m e n t e s e x h o r t a t i o n s . E l l e a r : i t e n c o r e
porté la r e s s e m b l a n c e des t r o i s c h œ u r s s u i v a n t s p a r
son c o u r a g e et sa p u i s s a n c e c o n t r e les d é m o n s et les
vices, p a r son respect et sou a m o u r p o u r l'image de
CINQUIÈME P A R T I E . C H A P I T R E V. 381

Dieu i m p r i m é e en tout h o m m e et conservée s a n s


tache d a n s son à m c ; p a r les p r i è r e s cl les a d o r a t i o n s
ferventes qu'elle offrait à D i e u j o u r et nuit. E l l e avait
m ê m e élé l'émule des anges qui a p p a r t i e n n e n t aux
o r d r e s les plus élevés, c a r Dieu trouvait en son à m c
un r e p o s délicieux, tandis qu'elle possédait une vraie
plénitude d e c o n n a i s s a n c e et entretenait p o u r le Sei-
g n e u r u n e e x t r ê m e ferveur d ' a m o u r .
La b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e et J e a n r E v a n g é l i s t c
p r é s e n t è r e n t d o n c son â m e d e v a n t le t r ô n e de g l o i r e .
N o i r e - S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t la r e c u l dans ses e m b r a s -
s e m e n t s , la conduisit d e v a n t Dieu le P è r e et chanta
d'une voix m é l o d i e u s e en l ' h o n n e u r de son é p o u s e :
« Hœc est qiuc nescivil Ihorum in deliclo, etc. : Voici
celle q u i n'a pas c o n n u le m a r i a g e •» etc. Voici
celle qui m'a aimé de t o u t son c œ u r et de toutes ses
forces. Voici celle qui s'est a t t a c h é e à moi d a n s toute
la p u r c l é de son â m e . » S u r sa c o u r o n n e , la P a s s i o n
du C h r i s t ;'objcl de sa g r a n d e dévotion), l ' a m o u r et la
chasteté b r i l l a i e n t d'un éclat p a r t i c u l i e r qui se r é p a n -
dait a u s s i s u r ses v ê t e m e n t s et s u r toute sa p a r u r e

C H A P I T R E V,

1
5. rm L A M E DE LA MONIALE R. DE B/ -

l'agonie d ' u n e m o n i a l e , elle vit Notre-


P ENDANT

Seigneur J é s u s - C h r i s t t e n i r un linge très blanc


devant la b o u c h e d e l à m o u r a n t e , c o m m e p o u r y recc-

E
1. 3 A n t i e n n e des V ê p r e s ù l'office des vierges.
382 Mi LIVUK lîh LA GlïACK SPÉCIALE.

voir son a m e . Des qu'elle fui m o r t e , on célébra la


m e s s e p o u r elle. Celle m e s s e était à peine c o m m e n c é e
que le S e i g n e u r J é s u s . E p o u x des vierges, p a r u t v e n i r
à l'autel p o u r y d é p o s e r u n g r a n d I r é s Q r . Cela
signifiait qu'il o (Trait p o u r elle à son P è r e tout ce
{fui est à l u i , m ê m e sa P a s s i o n . P u i s la b i e n h e u r e u s e
Vierge a p p o r t a les d i v e r s j o y a u x dont on a c o u t u m e
de p a r e r les fiancés p o u r le j o u r de l e u r s n o c e s .
C'étaient les o p é r a t i o n s du S e i g n e u r cn sa g l o r i e u s e
Mère q u V I l c - m è n i c offrait s o u s cette forme à la
très sainte T r i n i t é p o u r c o m p l é t e r la gloire de la
nouvelle é p o u s e de son F i l s , cl fêler j o y e u s e m e n t
son a r r i v é e . A l'élévation de la sain le hostie, le
S e i g n e u r p a r u t d e b o u t s u r l'autel et, s'inclinant v e r s
le p r ê t r e , il lui dit : « T a v o l o n t é est ma v o l o n t é . »
A ces p a r o l e s , celle-ci c o m p r i t q u e le désir du p r ê t r e
en ce m o m e n t avait été de d é l i v r e r l'ame, et il lut
exaucé. Q u a n d on eu fut a r r i v e à VA g nus Dei cl q u e
le p r ê t r e eut p r i s le C o r p s d u S e i g n e u r , cette â m e ,
sous la forme d'une v i e r g e très belle, s ' a p p r o c h a d e
l'autel d'où le S e i g n e u r s inclinant, lui a c c o r d a le doux
b a i s e r qui T'introduisit d a n s l ' h e u r e u s e p a r t i c i p a t i o n
à la vie du ciel.
A la lin de la m e s s e , au m o m e n t de la b é n é d i c t i o n
du p r ê t r e , on entendit d a n s les airs des voix qui
chaulaient a c c o m p a g n é e s de t a m b o u r i n s , ri^tyrpes,
el de louie espèce d ' i n s t r u m e n t s , c o m m e r, est la
c o u t u m e e u x noces des r o i s . E t celte âme fut a d m i s e
à p a r t a g e r h* sort des anges et des saints qui se t i n r e n t
j u s q u ' à sa tin des p r i è r e s d ' u s a g e a u - d e s s u s du m o n a s -
tère où gisait le c o r p s . A l o r s , tressaillant de j o i e , ils
e m m e n è r e n t celle à m e d a n s la p a t r i e céleste.
Le l e n d e m a i n , j o u r de la s é p u l t u r e , le S e i g n e u r
ciNoniïMH PAUTIP. CUAPITIÏK v, «îS'ï

a p p a r u t e n c o r e p e n d a n t la m e s s e ; el Tome, suivie
d ' u n e g r a n d e Iroupe d e v i e r g e s , arriva parée de roses
d ' o r c o m m e u n e é p o u s e nouvellement introduite d a n s
la m a i s o n . A l'offertoire Domine Je:;;: Chrisic. le
S e i g n e u r lui dil avec b i e n v e i l l a n c e : « Va m a i n t e n a n t
et offre au P è r e tout ce q u e m a Mère el moi t'avons
d o n n é hier. Ce trésor t ' a p p a r t i e n t p o u r Ion éternelle
béatitude. » T o u j o u r s suivie d e la t r o u p e des vierges,
elle s ' a v a n ç a p o u r offrir c e s d o n s précieux r e ç u s du
S e i g n e u r ; et l o u l e s les a u t r e s vierges présentèrent
p o u r l e u r c o m p a g n e les m e r v e i l l e s opérées e n c h a c u n e
d'elles p a r la très sainte T r i n i t é . Ce c h œ u r de vierges
formait cercle a u t o u r d e Taule] : la nouvelle épouse
occupait le milieu, et elles m e n è r e n t ainsi u n e r o n d e
joyeuse j u s q u ' à la lin d e l à m e s s e . Puis elles p a r u r e n t
dans les a i r s , c h a n t a n t l e u r s l o u a n g e s au Seigneur
a u - d e s s u s du lieu où l e c o r p s r e ç u t la s é p u l t u r e , j u s -
qu'à ce q u e la c é r é m o n i e fut t e r m i n é e . A l o r s , r e p r e -
n a n t l e u r s t a m b o u r i n s et l e u r s célestes c a n t i q u e s , elles
c o n d u i s i r e n t l ' é p o u s e , c'est-à-dire cette à m c bienheu-
r e u s e , j u s q u ' à la c h a m b r e n u p t i a l e de l'Epoux
immortel à qui soient h o n n e u r et gloire dans les siècles
étemels ! Amen.
i
O h e u r e u s e à m c , B e r t h a p a r la grâce de Dieu el
par le n o m ! P o u r la p u r e t é d e ta très i n n o c e n t e vie,
le voilà u n i e au S e i g n e u r d e s anges p a r l'indissoluble
lien de l ' a m o u r ! T u suis l'Agneau partout où il va.
D a n s ces délices s u r a b o n d a n t e s , souviens-loi encore
de n o u s !

1 . Ihrllut, en vieux lan^nge gormnniqno, v e u t «lire b r i l l a n l ,


t'cliHanl. II a p o u r f*cjiii\atuuL m l a t i n L u c / / / , Clara ^ c l s e t r a d u i t
«tfiiiunjfiiil p a r brillant
384 LE LIVRE PE LA GRACE SPÉCIALE.

Celte a p p a r i t i o n du S e i g n e u r s'offranl n Dieu le


P è r e p o u r cette â m e , n o u s a p p r e n d qu'il s'offre ainsi
p o u r les r e l i g i e u x , c a r a y a n t tout q u i i l é ici-bas p o u r
son a m o u r , ils n'ont plus p e r s o n n e qui fasse l'offrande
p o u r eux a p r è s l e u r m o r t , et le S e i g n e u r y s u p p l é e
l u i - m ê m e deras sa m i s é r i c o r d e .

CHAPITRE VI.

6. D'UNE AME QUI S'ENVOLA DANS LES BRAS DE LA

BIENHEUREUSE VIERGE MARIE EN SORTANT DE SON

CORPS.

N E s œ u r qui avait servi D i e u d é v o t e m e n t t o u s les


U j o u r s de sa vie d a n s la sainte religion t o m b a
m a l a d e . Celle-ci se mit en p r i è r e et vit l ' â m e de cette
s œ u r c o m m e agenouillée d e v a n t le S e i g n e u r . Il lui
m o n t r a i t ses plaies v e r m e i l l e s , qu'elle s a l u a i t p a r la
p r i è r e s u i v a n t e , i n c o n n u e d e celle-ci : « O plaies salu-
taires d e m o n très c h e r a m a n t , J é s u s - C h r i s t , s a l u t !
Salut ! salut ! en la t o u t e - p u i s s a n c e d u P è r e q u i v o u s
a p e r m i s e s , en la sagesse d u F i l s q u i v o u s a e n d u r é e s ,
cn la b é n i g n i t é du S a i n t - E s p r i t q u i , p a r v o u s , a
a c c o m p l i l ' œ u v r e de n o t r e r é d e m p t i o n . »
C o m m e la s œ u r devait r e c e v o i r l'onction de l'huile
sainte, et q u e la c o m m u n a u t é s'était r é u n i e a u t o u r de
son lit, cellc-cri vit deux a n g e s qui p o r t a i e n t des b a s -
sins pleins d ' u n e eau qui signifiait la m i s é r i c o r d e et
la v é r i t é , d i s p o s é e s à laver l'âme de t o u t e s ses souil-
l u r e s , selon cetle p a r o l e : La miséricorde el la vérité
marcheront devant votre face ( P s . L X X X V I I I , 15). E l l e
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE VI. 385

vit e n s u i t e a r r i v e r q u a t r e a n g e s : ils s u s p e n d i r e n t
a u - d e s s u s du lit u n e t e n t u r e r o u g e , p o u r s y m b o l i s e r
le m é r i t e et la d i g n i t é q u e cette s œ u r recevrait a p r è s sa
m o r t , c a r tant q u ' u n e â m e est enfermée d a n s son enve-
l o p p e m o r t e l l e , elle ne p e u t c o n n a î t r e la gloire d o n t
Dieu la c o u r o n n e r a d a n s le ciel.
C e p e n d a n t celle-ci fut saisie de tristesse, c a r son
B i e n - A i m é était a b s e n t . L a p r é s e n c e des anges ne
suffisait p a s à la c o n s o l e r , et elle se mît à c h e r c h e r
avec l'œil du c œ u r , d'un coin à l'autre, celui qu'elle
aimait u n i q u e m e n t . Il p a r u t t o u t à c o u p au milieu de
l ' a p p a r t e m e n t ; s o n v ê t e m e n t était b l a n c , o r n é d'éeus-
sons d ' o r ; la c o u l e u r b l a n c h e désignait la p u r e t é de
la m a l a d e , el les é c u s s o n s , sa patience inaltérable
d a n s les d o u l e u r s et les infirmités. L e Seigneur avait
d o n c choisi ces v ê t e m e n t s p o u r h o n o r e r les v e r t u s de
son é p o u s e .
C e p e n d a n t il p r i t la place du p r ê t r e a u p r è s de
la m a l a d e . La b i e n h e u r e u s e Vierge Marie s'assit à
la tête du lit, et p e n d a n t q u e les p r ê t r e s récitaient les
litanies, le S e i g n e u r fit t r o i s fois s u r elle le signe de la
croix en disant : « J e te b é n i s p o u r la santé de ton
âme et p o u r la sanctification d e ton c o r p s . » Q u a n d on
p r o n o n ç a son n o m , la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie
souleva la m a l a d e en d i s a n t : « Voici, ô m*:n F i l s ,
cette é p o u s e q u e j'offre à vos é t e r n e l s c m h r a s -
sements. » Et c h a q u e saint, à l'invocation de son n o m ,
fléchissait le genou afin d ' i n t e r c é d e r p o u r clic.
E n s u i t e ils f o r m è r e n t t o u s u n e r o n d e a u t o u r de ce lit,
les vierges y m a r c h a n t les p r e m i è r e s a u p r è s du S e i -
g n e u r . Q u a n d les o n c t i o n s furent finies, le Seigneur
dit à sa Mère : « J e v o u s la confie p o u r me la r e p r é -
senter i m m a c u l é e . #
C e p e n d a n t l'heure du b i e n h e u r e u x p a s s a g e a p p r o -
c h a i t ; et c o m m e Sa s œ u r était à toute e x t r é m i t é ,
celle-ci, touchée de c o m p a s s i o n , r e d o u b l a i t de ferveur
d a n s ses p r i è r e s . Elle vit a l o r s a r r i v e r "tae a r m é e
i n n o m b r a b l e de s a i n t s . L e s m a r t y r s se r a n g è r e n t p r è s
de la tète de la malade ; ils étaient velus de p o u r p r e ,
portaient des b o u c l i e r s j u s q u e s u r l e u r s v ê l e m e n t s
el se disaient les u n s aux a u t r e s : « A g i t o n s nos
b o u c l i e r s . » Ce bruit d ' a r m e s p r o d u i s i t u n e h a r m o n i e
si s u a v e , (pie les d o u l e u r s d e l à malade se c h a n g è r e n t
en a l l é g r e s s e . Le B i e n - A i m é de celte Ame, J é s u s , se
tenait e n c o r e a u p r è s du lit, a y a n t sa M è r e à coté de
lui : a l o r s celle b i e n h e u r e u s e à m c , délivrée d c s l i e n s de
la c h a i r , s'envola j o y e u s e d a n s les b r a s de la V i e r g e -
M è r e . D é l i v r é e de toute d o u l e u r , elle allait r e c e v o i r
l'éternelle c o u r o n n e ! Mais la Vierge M a r i e la d o n n a
a u s s i l o l â son Fils qui la reçut en s e s e m b r n s s e m e n t s
avec u n e ineffable t e n d r e s s e . 11 la lit r e p o s e r s u r
son sein j u s q u ' à la c é l é b r a t i o n de la m e s s e ou fut
offerte la victime pascale.
C e p e n d a n t le S e i g n e u r avait r e c o m m a n d é à la p e r -
s o n n e qui voyait toutes ces c h o s e s de faire c h a n t e r au
plus tôt la m e s s e p o u r elle, ce qui eut lieu, c a r la
m e s s e fut célébrée avant P r i m e . L e S e i g n e u r s'était
r e v ê t u , en l ' h o n n e u r de sa nouvelle é p o u s e , ^ n n o r n e -
m c n t b l a u e b r o d é d'aigles. La c o u l e u r b l a n c h e signifiait
la p u r e t é el chasteté de la m a l a d e ; les aigles, son
a m e c o n t e m p l a t i v e . D è s le c o m m e n c e m e n t de la m e s s e ,
il sembla que le souverain P i è t r e et Pontife véri-
table célébrai! l u i - m ê m e , le t r é s o r d'infinie r i c h e s s e
qu'on voyaiï déposé s u r l'autel était l'ensemble des

l. V o i r \ullcnml. l i v . V, i l i . vif. MM\S la fin*


CINQUIÈME P A R T I E . CHAPITRE VI. 3S7

œ u v r e s o p é r é e s p a r le Fils de Dieu s u r la t e r r e p o u r
le salut du g e n r e h u m a i n . Il l'offrit à son P è r e p o u r
s u p p l é e r aux m é r i t e s de cette Ame que la glorieuse
Vierge M a r i e c o n d u i s i t elle-même près de l'autel,
a p r è s lui avoir r e m i s un écrin d ' o r copton^Mf. le t r é s o r
de ses p r o p r e s v e r t u s et œ u v r e s sainte.-,, q u i , s u r a -
joutées à celles q u e celle a i n e avait elle-même prati-
q u é e s , c o u v r a i e n t toutes l e u r s d é f e c t u o s i t é s A l ' E v a n -
gile, le S e i g n e u r la p r e n a n t p a r la main lui dil : « .le
le p r o m e t s , ma hien-aiméc, q u e ton c o r p s qui a été
c o n s a c r é tout en lier à m o n s e r v i c e , ressuscitera
glorieux au d e r n i e r j o u r . »
L ' â m e c e p e n d a n t p a r é e c o m m e u n e é p o u s e , portait
au doigt un a n n e a u dont la p i e r r e repx-ésentait u n e l è l c
d ' h o m m e ; un éclat merveilleux d o n n a i t à son c œ u r la
t r a n s p a r e n c e d'un clair m i r o i r , mais l o r s q u e le divin
Agneau pascal fui offert p o u r elle au Père céleste, il
jaillit du c œ u r de Dieu u n e l u m i è r e plus brillante
encore qui e n v e l o p p a celle â m e et la déroba aux
r e g a r d s . Ainsi i r r a d i é e par la l u m i è r e de la divinité,
remplie p a r la d o u c e u r ineffable de l ' E s p r i t - S a i n l ,
enrichie de tous les d o n s célestes, elle devint un seul
esprit a v e c D i e u p a r le lien d'un indissoluble
mariage.
C o m m e on p o r t a i t le c o r p s à la s é p u l t u r e , celle-ci
entendit r é s o n n e r l ' h a r m o n i e u x c a n t i q u e des saints
qui voulaient h o n o r e r ainsi les o b s è q u e s de l'épouse
du Roi i m m o r t e l . Ils c h a n t a i e n t ; « Tu es bienheu-
reuse, et tout est bien p o u r loi, ô Mechtilde, épouse
chois'ic d u C h r i s t : lu p a r t a g e r a s la joie des saints et
l'allégresse des a m'es à jamais. » D^s torches a r d e n t e s
aux larges flammes précédaient le corps pour r e p r é -
senter les œ u v r e s q u e celle u œ u r avait accomplies avec
3X8 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

la c o o p é r a t i o n de Dieu et q u i l'avaient p r é c é d é e d a n s
l'éternité. E n s u i t e I J Roi des r o i s , le S e i g n e u r des
s e i g n e u r s r e ç u t son é p o u s e et l ' e m b r a s s a é t r o i t e m e n t ;
mais elle, s a c h a n t de quelle m a n i è r e elle d i s p o s a i t du
Dieu (fui se mettait cn sa p u i s s a n c e , saisit N m a i n du
S e i g n e u r et lui fit b é n i r la C o n g r é g a t i o n .
C'est d o n c ainsi q u e le S e i g n e u r t r a n s p o r t a j o y e u -
s e m e n t sa bién-aiméc, e s c o r t é e p a r la g l o r i e u s e a r m é e
des s a i n t s j u s q u e d a n s les célestes r é g i o n s . Celle-ci
vit e n c o r e celte a m e en p r é s e n c e de l ' a d o r a b l e
T r i n i t é , où elle brillait d ' u n e indicible s p l e n d e u r . Le
S e i g n e u r s'inclinait vers elle c o m m e p o u r lui d o n n e r
le b a i s e r ; m a i s il ne le lui donnait p o i n t . Et c o m m e
elle cn était s u r p r i s e , le S e i g n e u r lui cn e x p l i q u a
la r a i s o n ; « Le b a i s e r signifie la p a i x . O n ne la
d o n n e p a s an ciel, séjour de l'éternelle paix : aussi
elle n'a a u c u n besoin d u b a i s e r de paix. » P u i s le
S e i g n e u r dit à cette a m e b i e n h e u r e u s e : « L è v e - t o i , et
viens c o m m e une fille te p r é c i p i t e r d a n s les b r a s d e
Ion P è r e . » E l l e obéit aussitôt avec joie, et le S e i g n e u r
r e p r i t : « Cet e m b r a s s e n t c n l signifie l ' u n i o n cn
laquelle l'ame m'est à j a m a i s j o i n t e p a r un i n d i s -
soluble lien d ' a m o u r . »

CHAPITRE Vil.

8. D E r/AME DU Fit EUE N . , D E L* O R D R E D E S P R Ê C H E U R S .

A N S les huit j o u r s qui s u i v i r e n t la m o r t du frère N . ,


D de Tordre des P r ê c h e u r s , ami intime et lidèle du
C[\QT'IÈME PARTIE CHAPITRE VIT. '180

m o n a s t è r e \ colle-ci oui une révélation s u r son a m e


qui, pendant la m e s s e , lui a p p a r u t dans les a i r s . Le
religieux s e m b l a i t p o r t e r des c h a u s s u r e s si a d m i r a -
blement b r o d é e s q u e celle qui le voyait désirait
vivement o b t e n i r q u e l q u e chose de ces o r n e m e n t s . Il
lui dit : <c Reçois la perle de patience. » Ces c h a u s s u r e s
symbolisaient les c o u r s e s fatigantes du P r ê c h e u r .
Il appela e n s u i t e celle-ci p a r son n o m , et lui dit :
«r Ah ! ah ! ah ! tout ce q u e lu me cachais, je le
sais m a i n t e n a n t t — O seigneur, priez p o u r n o u s » ,
répondit-elle. « N e m'appelle p a s seigneur, r e p r i t - i l ,
mais frère % c a r nous s o m m e s tous frères d a n s le
Chrisl, » Elle dit : « P r i e z p o u r nous, je vous en
supplie, afin q u e n o u s ne s o y o n s pas trompées par
l'ennemi d a n s le don - q u i nous est fait. » Il r é p o n d i t :
« Revêtez-vous de l ' a r m u r e d e la foi, comme des élus
de Dieu, c ' e s t - à - d i r e , croyez v r a i m e n t et p u r e m e n t
que ce don vient de D i e u . »
L o r s q u ' o n fut a r r i v é à l'offertoire de la messe, elle
entendit u n e voix qui d i s a i t : « E l l e s sont ouvertes, les
portes du ciel. » E t elle c r u t voir à l'instant s'ouvrir
une i m m e n s e p o r t e p a r laquelle entra joyeuse l'âme
du susdit F r è r e . Le S e i g n e u r vint a u - d e v a n t de lui,
les m a i n s é t e n d u e s ; il le r e ç u t d a n s ses b r a s et le
conduisit j u s q u ' a u t r ô n e de g l o i r e , où il l'arrêta p o u r
le revêtir d'un éclat merveilleux, qui dépasse les e x p r e s -
sions de toute langue h u m a i n e . Il Inî mil aux m a i n s
des gants t r è s blancs, et aux pieds des c h a u s s u r e s
encore plus belles et plus brillantes q u e les p r e m i è r e s ,
disant : « A p p o r t e z vite la p r e m i è r e r o b e . » O r , cette

1. Voir 4-" p a r t i e eh X L .
2. C V i t - î w l i r e tu clou fie r é v é l a t i o n .
r o b e , le S e i g n e u r l ' a faite de l u i - m ê m e . Voici c o m m e n t
celle-ci c o m p r i t q u e Dieu revèi une â m e : s u r la t e r r e ,
iJ est p o u r elle Fauteur el le d i s t r i b u t e u r de loulc
g r â c e ; d a n s les cieux, il est l ' o r n e m e n t , la gloire et
la s u r a b o n d a n t e r é c o m p e n s e des b i c n h c u i v t i x , qu'il
p a r c et r é m u n è r e de l u i - m ê m e p o u r toutes les b o n n e s
œ u v r e s et les v e r t u s qu'ils ont p r a t i q u é e s s u r la t e r r e .
E n s u i t e on lui m i t u n e g r a n d e c o u r o n n e d'or r o u g e ,
o r n é e de perles lincs. E n la r e c e v a n t , il se jeta aux
p i e d s du S e i g n e u r , r e n d a n t g r â c e s et confessant qu'il
tenait tous ces d o n s de la s e u l e b o n t é divine el non en
vertu de ses m é r i t e s .
A l o r s celle-ci désira s a v o i r quel m é r i t e ce F r è r e
avail a c q u i s en a p p r é c i a n t a v e c fidélité de c œ u r le don
de Dieu en la s œ u r M . . . *. E l elle vil s o r t i r du C œ u r
divin c o m m e un c o u r a n t qui se r é p a n d i t s u r ce b i e n -
h e u r e u x F r è r e ; elle connut q u e ce m ê m e c o u r a n t se
portail également v e r s toutes les â m e s qui a i m e n t le
don de Dieu chez les a u t r e s , bien q u ' e l l e s - m ê m e s n'en
r e ç o i v e n t pas de p a r e i l s . A u s s i t ô t la s œ u r M. a p p a r u t
en g r a n d e j o i e , e n t o u r é e de gloire et de l u m i è r e . Celle-
ci lui dit en J ' a d m i r a n t ; Faites-moi c o n n a î t r e quel-
q u e c h o s e de v o t r e magnifique p a r u r e >"> -, mais elle
r é p o n d i t i « Tu ne p o u r r a i s rien y c o m p r e n d r e , c a r j e
porte maintenant p l u s d ' o r n e m e n t s qu'il n'y a de fils
d a n s un vêlement o r d i n a i r e , et ils sont un p r é s e n t du
Seigneur mon E p o u x . » P a r ces p a r o l e s , elle c o n n u t
q u e les saints n ' a t t r i b u e n t r i e n à l e u r s p r o p r e s m é r i t e s ,
tuais qu'ils font r e m o n t e r tout ce qu'ils p o s s è d e n t de

1 . D ' a p r è s w l a i n e s é d i t i o n s , Mechtilde, In moi ne d o n t il est


p a r l é au cli \ M Ï de lu 2 ' p a r t i e , d a n s 1<> c h . vi d e cetU» f>'' partie
1

vl d a n s le Ilrrnut, liv V, ch. vif, c esl à - d i r e la su*.ur M e c h t i l d e ,


a u t e u r de la Lwnivrr dr in Divinité
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE VIII. 391.

r é c o m p e n s e el de gloire, â la g r â c e ci à la m i s é r i c o r d e
divines.

CHAPITRE VIII.

9. OE I/AME OU FRÈRE II. OE PLAUEN

N F r è r e lui a y a n t d e m a n d é de p r i e r Dieu p o u r
U l a m e d'un a u t r e F r è r e , elle ne se hAta point de le
faire ; mais un j o u r , étant en o r a i s o n , elle reçut l'ins-
piration de p r i e r p o u r celte â m e . Elle s'y refusait
encore, l o r s q u e le Seigneur lui dit avec u n e c e r t a i n e
sévérité : « Ainsi j e ne p o u r r a i p a r toi satisfaire le
désir de m o n ami ! » P u i s , la p r e n a n t p a r la main il
lui dit : (c Viens, el je t ' i n t r o d u i r a i au lieu de l'admi-
rable tabernacle jusque dans ma maison. » ( P s . x u , 5).
Aussitôt elle fut ravie au ciel où elle vit l'âme de ce
F r è r e c o m m e d e b o u t devant le S e i g n e u r ; cinq r a y o n s
parlant du C œ u r divin v e n a i e n t l'orner merveilleu-
sement.
Le p r e m i e r r a y o n entra d a n s ses yeux, p o u r signifier
celte c o n n a i s s a n c e si délicieuse p a r laquelle un bien-
heureux c o n t e m p l e Dieu s a n s cesse dans la gloire de
sa divinité. Le second p é n é t r a d a n s ses oreilles, p o u r
désigner la joie qu'il é p r o u v e à écouter les p a r o l e s et
les salutations si pleines de t e n d r e s s e el de d o u c e u r
qu'il entend é t e r n e l l e m e n t de la bouche de Dieu. L e
troisième r a y o n lui r e m p l i t la b o u c h e , p o u r d é s i g n e r
la louange ineffable qu'il a d r e s s e à Dieu i n c e s s a m -
ment. L e q u a t r i è m e r e m p l i t s o n c œ u r , p o u r manifester
1 \- • i r MI-X.II ni n:-*
,'192 ï,H MVIÎR UK OUACK KPtiCÏÀI.F,.

la s u a v i t é , la j o i e e l l e s ineffables délices qu'il goûte à


se l a i s s e r p é n é t r e r p a r la volupté d i v i n e . L e c i n q u i è m e
revêtit el illumina I o n s ses m e m b r e s d ' u n indicible
éclat, p o u r signifier q u e son c o r p s a v e c toutes ses
forces avait été v o u é aux b o n n e s œ u v r e s et a la p r a -
tique des v e r t u s .
Ce F r è r e portail s u r la tête u n e c o u r o n n e d o n t les
fines c i s e l u r e s r e p r é s e n t a i e n t la P a s s i o n d u S e i g n e u r :
celle-ci en conclut qu'il avail e u u n e d é v o t i o n p a r -
ticulière p o u r ce m y s t è r e . A l o r s , d a n s u n s e n t i m e n t
d ' a d m i r a t i o n , e l l e dit au S e i g n e u r : « T r è s doux D i e u ,
p o u r q u o i avez-vous si l o t e n l e v é celle Ame d u
siècle, où t a n t d e m o n d e a u r a i t profité d e s e s p a r o l e s
et d e ses e x e m p l e s ? * L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « Son
violent désir m'y a c o n t r a i n t ; c a r ainsi q u e l'en-
fant s e v r é du sein de sa m è r e , s o n â m e s'est
a t t a c h é e à moi el a m é r i t é d e p o s s é d e r le r e p o s
e n m o i . E l l e devait ê t r e si élevée en d i g n i t é et en
gloire q u e son a d m i s s i o n a souffert q u e l q u e délai,
m a i s p e n d a n t celte a t t e n t e je l'ai fait r e p o s e r s u r
m o n sein. » E l l e reprit : « O S e i g n e u r très a i m a b l e ,
c o m b i e n de t e m p s ce r e p o s a-l-il d u r é ? » 11 r é p o n -
dit : « L'espace d'un m a t i n , j u s q u ' à ce q u e l ' a m o u r
eût accompli p o u r lui ce qu'il avait d é c r é t é de t o u t e
éternité. »
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE IX.

C H A P I T R E IX.

]0. D E S AMES U E S FRÈRES AEEKflT E T THOMAS,

DE L OUI)RE DES PRECHEURS.

v i t q u e les Ames d e Don» AIbcrl et d e


1 ^ F<LE

J F r è r e T h o m a s *, d'illustre m é m o i r e , avaient
pénétré d a n s les cicux. c o n n u e des p r i n c e s d e haute
noblesse. C h a c u n e était p r é c é d é e de deux g r a n d s
anges a r m é s d e flambeaux, d o n t l'un a p p a r t e n a i t au
c h œ u r d e s s é r a p h i n s , el l'autre à celui des c h é r u b i n s .
Le c h é r u b i n indiquait q u e s u r la terre ils avaient é t é
éclairés d e la science d i v i n e ; le s é r a p h i n , qu'ils
avaient b r û l é d'un a r d e n t a m o u r , non s e u l e m e n t p o u r
Dieu, mais aussi p o u r celte connaissance el. c è d e
intelligence qu'ils aimaient c o m m e le plus excellent
des d o n s d i v i n s .
L o r s q u ' i l s furent a r r i v é s devant Je trône de D.Wi,
toutes les p a r o l e s de l e u r s écrits a p p a r u r e n t s u r l e u r s
vêlements en lettres d ' o r ; la lumière de la divinité
les faisait toutes briller c o m m e l'or q u i r e s p l e n d i t
sous un soleil r u t i l a n t , et c h a q u e parole r e n v o y a i t
à son tour u n rcllet magnifique s u r la divinité. U n e
inexprimable d o u c e u r découlait aussi d e ces paroles
mêmes s u r les m e m b r e s de ces saints, p o u r a u g m e n t e r
la joie de l e u r s â m e s . Il n ' y c n avait p a s u n e t r a i t a n t
de la divinité ou d e l ' h u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t ,

l . L e li. AtlxM'i le (iratwl m o i m i l o n 1"K0. S o n culte Ci11 «-mlnrisn


| n > u r le (liorïîsr d e I l n l i s h o i i u c p : i r ( i r r » o i i v X V r,n 11»* \> rwitliMiit i . l .
Saint T h o m a s d ' A q u i i M n o r l e n 12/1, f u t r a n o n i s o L J I 1:125.
304 LE LIVUE 1)K L- \ GUACE SPÉCIALE.

qui ne donnai à leurs âmes une gloire particulière,


el ne p a r u t c r é e r en eux u n e s o r t e de r e s s e m b l a n c e
a v e c la d i v i n i t é . De m ê m e l e u r s e x p o s i t i o n s s u r la
g l o i r e el la félicité d e s a n g e s , s u r les p a r o l e s des
p r o p h è t e s et des a p ô t r e s , s u r le t r i o m p h e d e s m a r t y r s ,
s u r le m é r i t e de Ions les s a i n t s , r e p r o d u i s a i e n t p o u r
eux la gloire des u n s el des a u t r e s ; aussi voyail-on
b r i l l e r en ces d o c t e u r s la c l a r t é des a n g e s , les m é r i t e s
des p r o p h è t e s , la d i g n i t é s u r é m i n c n l c d e s a p ô t r e s ,
la gloire t r i o m p h a l e des m a r t y r s , la d o c t r i n e d e s a i n -
I H - -i'.'s c o n f e s s e u r s , eniin la glorification d e tous les
saints.

C H A P I T R E X.

11. DIS i/AMK OU SEIONKUR H. ; FONDATEUR


DU MONASTÈRE.

u jour a n n i v e r s a i r e du S e i g n e u r c o m t e B . *, n o i r e
A fondateur, de pieuse cl éternelle m é m o i r e , p e n d a n t
la m e s s e qu'on célébrait p o u r l u i , la s e r v a n t e d u C h r i s t
vil cette â m e devant D i e u . E l l e p o r t a i t d e s v ê l e m e n t s
s u r lesquels a p p a r a i s s a i e n t c o m m e de très belles
i m a g e s , loules les Ames a p p a r t e n a n t à la c o m m u n a u t é
qu'il avait fondée, tant celles qui r é g n a i e n t déjà d a n s le
ciel que celles qui devaient y p a r v e n i r un j o u r . Sa
c o u r o n n e avail autant de fleurons d ' o r qu'il avail gagné
d'Ames à Dieu d a n s ce m ê m e m o n a s t è r e . L e s deux

1 . iîurr.hnrd. comle d e MansIVld, qui fonda le m o n a s t è r e vu


r
122 J.
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE X. 305

1
a b b c s s e s qui s'étaient déjà s u c c è d e dans le g o u v e r n e -
ment, se tenaient d a n s la g l o i r e , à sa droite et à sa
g a u c h e , cl le S e i g n e u r les félicitait, avec des p a r o l e s
pleines d e t e n d r e s s e de ce q u e pas une des b r e b i s
à elles confiées ne s'était p e r d u e . Les m e m b r e s de
la c o m m u n a l e a v w q u e l q u e s - u n s des h é r i t i e r s du
Comte, q u i s u r la terre a v a i e n t fait bon usage de l e u r s
b i e n s , f o r m è r e n t a u t o u r de lui c o m m e u n e r o n d e
ci d i r i g è r e n t vers cette Ame un rayon qui la faisait
briller d'un éclat m e r v e i l l e u x . Chacune m o d u l a i t
aussi de d o u c e s poésies p o u r n a r r e r les bienfaits qui
leur avaient été octroyés p a r D i e u , el cet élu écoutait
dans l'allégresse de son c œ u r . T o u t ceci donnait
à c o m p r e n d r e que le C o m t e se réjouissait d'avoir
sa p a r t d a n s les m é r i t e s d e toutes ces Ames et une
s o r t e d e d r o i t s u r le b i e n accompli en elles p a r
Dieu.
Elle vit aussi p a r m i ces b i e n h e u r e u x , le p r é v ô t O A
e n t o u r é d'un éclat m e r v e i l l e u x . Il r e s s e m b l a i t à un
cloître g a r n i de g r a c i e u s e s petites fenêtres d a n s les-
quelles d e s a m e s v e n a i e n t s ' a s s e o i r c o m m e d e s s t a t u e s
selon la c o u t u m e des m o n i a l e s . A n - d e s s u s , d a n s la
frise, c o u r a i e n t des i n s c r i p t i o n s p o u r r a p p e l e r toutes
les b o n n e s o b s e r v a n c e s i n s t i t u é e s au t e m p s de ce
Prévôt.
Elle v v i t e n c o r e l'amc du s e i g n e u r C , c u r é d ' O s -
3
torhausen . Il portait un v ê t e m e n t brodé de cercles

1 . G u n c g o n d o d ' I ï o l b o r s t a d l , p r e m i è r e Abbesse et G e r t r u d e
de l l a c k e h o r n , s œ u r de s a i n l e M e c h t i l d e . morte en ï201 -
2. O t l a , prévôt, n o m m e d a n s 1 acte île fondation du m o n a s t è r e
il U e d c r s l e b e n sous J'Abbesse G c r l r u d o , en 12(>2
«î. P a r o i s s e à trois lieues e n v i r o n au sud d'IIelfta, p r è s de
l'abbaye c i s t e r c i e n n e d e S i c h e m ou Sillichen.
396 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE

d'or e n t o u r a n t d e s saints p o u r figurer sa g r a n d e


d é v o t i o n e n v e r s les b i e n h e u r e u x . L e p r ê t r e qui célé-
b r a i t a l o r s la m e s s e p o u r cette â m e s e m b l a i t lui
p r é s e n t e r des calices d'or, l'un a p r è s l ' a u t r e . Ceci
d o n n a i t à c o m p r e n d r e q u e le p r ê t r e félicitait l'Ame de
son b o n h e u r et offrait p o u r elle à D i e u des p r i è r e s ci
des actions de g r â c e s .
A u m o m e n t ou fut i m m o l é e la v i c t i m e du s a l u t , ic
S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t e n t r ' o u v r i t son t r è s d o u x C œ u r ;
il s'en exhala un s u a v e p a r f u m , qui p r o c u r a u n r a v i s -
s e m e n t n o u v e a u à l ' à m e du c u r é et à toutes les a u t r e s .
O r , celle qui v o y a i t ces choses dit au S e i g n e u r : « P o u r -
quoi cette a m e a-t-cllc m é r i t é q u e v o u s lui i n s p i r i e z
la volonté de faire u n e œ u v r e si g r a n d e et si g l o r i e u s e
p o u r v o u s ? » Il r é p o n d i t : « C'était un h o m m e d'un
c œ u r doux el bienveillant. Q u a n d il p é c h a , ce ne fut
j a m a i s p a r m é c h a n c e t é ; c'est p o u r q u o i m a sagesse a
trouvé p o u r lui cette voie du s a l u t . U n c œ u r b i e n v e i l -
l a n t m'est t r è s a g r é a b l e , t a n d i s q u ' u n p é c h é c o m m i s
p a r malice c h a r g e b e a u c o u p u n e â m e . E t p a r c e q u e
celui-ci a fondé ce m o n a s t è r e , n o n p o u r s'attirer la
faveur des h o m m e s , mais p o u r ma g l o i r e et p o u r le
salut de son â m e , et p a r c e qu'il a fortement aimé ic
c o n v e n l qui l ' h a b i t e , il s'est a c q u i s les mérites de
c h a c u n de ses m e m b r e s , et j o u i t des biens d e tous
c o m m e des siens p r o p r e s . »
CTNO T T T
I ' ' M E PARTIE. Cïf APïTflF XL Sî*7

C H A P I T R E XI.

12. D E L'AMK DU COMTE E., MOUT A L'AGE

DE DIX-NEUF ANS *.

E lendemain du j o u r où m o u r u t le comte 13., d ' h e u -


I 1 reusc m é m o i r e , celte d é v o t e vierge étant en orai-
son le vil étendu aux p i e d s du Seigneur el v e r s a n t
d'abondantes larmes, parce que à sesderniers moments
il s'était r e p e n t i plutôt p a r c r a i n t e que p a r a m o u r de
Dieu. Il p l e u r a i t aussi p a r c e qu'il n'avait j a m a i s r é -
pandu de l a r m e s d ' a m o u r . Celle-ci c o m p a t i s s a n t ;>
cette d é t r e s s e , pria le S e i g n e u r de d o n n e r à cette a m e
comme r e m è d e el c o m p e n s a t i o n toutes les l a r m e s
que son innocent a m o u r lui avait fait v e r s e r à elle-
même. L e S e i g n e u r d a i g n a e x a u c e r cette p r i è r e , et le
défunt en r e s s e n t i t une g r a n d e j o i e .
Mais celle-ci dit au S e i g n e u r : « P o u r q u o i l'avez-
vous enlevé p a r u n e m o r t p r é m a t u r é e , ô m o n S e i g n e u r ,
quand il a u r a i t pu faire t a n t d e bien en ce m o n d e
avec le b o n e s p r i t d o n t il était d o u é ? » L e S e i g n e u r r é -
pondit : « Ne s a i s - t u p a s q u e les œ u v r e s b o n n e s a c c o m -
plies p a r un h o m m e en état de p é c h é m o r t e l sont
comme de nulle v a l e u r ? » E l l e r e p r i t : « A quoi lui
servent les éloges que les h o m m e s font m a i n t e n a n t de sa
bonté, de ses qualités cl de ses m a n i è r e s élégantes ? »
Le Seigneur r é p o n d i t : ((Toutes Jes fois que les h o m m e s
sur la terre célèbrent ses v e r t u s et l'innocence de sa

1 . Le jeune B u r c h n r d XII de Mansi'eld, mort e n 1294.


398 L E L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

v i e , t o u s les s a i n t s m e r e n d e n t u n h o m m a g e p a r t i c u -
lier p o u r les v e r t u s n a t u r e l l e s d o n t j ' a v a i s o r n e son
â m e . D e p l u s celle â m e e l l e - m ê m e , q u o i q u e n o n e n -
c o r e béatifiée, c é l è b r e m e s l o u a n g e s avec allégresse
toutes les Fois q u ' o n dil d u bien d'elle s u r la t e r r e . »
A la m e s s e du h u i t i è m e j o u r c é l é b r é e p o u r le défunt
d a n s la c h a p e l l e où il avait été i n h u m é , elle a p e r ç u t
le S e i g n e u r t o u r n é v e r s le p r è l r e p e n d a n t qu'il lisait
l ' E v a n g i l e , et vit q u e loules les p a r o l e s d u S e i g n e u r
r a p p o r t é e s d a n s cel évangile t r a v e r s a i e n t le p r è l r e
c o m m e des r a y o n s b r i l l a n t s . E t le S e i g n e u r dil :
« T o u t e s les p a r o l e s q u e j ' a i p r o n o n c é e s s u r la t e r r e
onl g a r d é l e u r efficacité : elles o p è r e n t e n c o r e d a n s
c e u x q u i les r é p è t e n t a v e c d é v o t i o n les m e r v e i l l e s
qu'elles ont o p é r é e s en s o r t a n t de mes lèvres. Mes
p a r o l e s ne p a s s e n t p a s c o m m e les p a r o l e s des h o m m e s .
L'effcl de mes p a r o l e s est éternel p a r c e q u e je suis
éternel. »
P e n d a n t qu'on c h a n t a i t l'offertoire, le S e i g n e u r dit :
« L e s offrandes des fidèles q u e le p r ê t r e reçoit et
m'offre avec j o i e , n o n p a r a m o u r d e l'argent, m a i s s i m -
plement p o u r le s a l u t des â m e s , s o n t d'un g r a n d profil
p o u r elles. » E l l e vit a l o r s le défunt c i r c u l e r a u t o u r d e
Taulel en c h a n t a n t : « J e sais, S e i g n e u r , q u e v o u s
m'avez livré à la m o r t p o u r mon salut. V o u s avez
d o n n é joie et consolation à m o n â m e 1 » Celle-ci lui
d i l : « Q u i donc vous a appris à c h a n t e r ? » L'âme
répondit J e sais t o u t ce q u e j e p u i s et dois c h a u l e r
à la louange de m o n C r é a t e u r . — Souffrez-vous quel-
que p e i n e ? — A u c u n e , r é p o n d i t l'amc, sinon q u e j e n e
vois pas e n c o r e mon Dieu très a i m a b l e , el j ' a s p i r e si
a r d e m m e n l à l e c o n t e m p l e r ! Q u a n d b i e n m ê m e tous les
désirs qui ont j a m a i s existé a u c œ u r d e l ' h o m m e
CTNQCïÊME P A R T I E . CHAPITRE Ml. 890

se t r o u v e r a i e n t r é u n i s , ils ne s e r a i e n t r i e n en c o m p a r a i -
son de m o n désir. » A l o r s elle dit : « C o m m e n t serait-
ce v r a i , p u i s q u e t a n t de s a i n t s ont soupiré v e r s D i e u p a r
des g é m i s s e m e n t s i n é n a r r a b l e s ? — T a n t q u ' u n e â m e
est a p p e s a n t i e p a r le p o i d s de la chair, r e p r i t le défunt,
les nécessités de son c o r p s l'entravent s a n s cesse.
M a n g e r , d o r m i r , agir, être en r a p p o r t s avec les h u -
mains ne laisse p a s au d é s i r le moyen de s'enflammer,
tandis q u ' u n e Ame délivrée de la chair, libre de tout
obstacle el de t o u t e néccssiU^ a s p i r e i n c e s s a m m e n t
vers son Créa leur. »
T r o i s mois a p r è s sa m o r t , le susdit c o m t e a p p a r u t
e n c o r e à la vierge du C h r i s t . Son â m e élait c o n d u i t e
p a r deux j e u n e s h o m m e s éclatants de l u m i è r e . Il p o r -
tail la t u n i q u e g r i s e , le s u r c o t e t tout l ' é q u i p e m e n t d'un
chevalier. L a vierge lui dit : « P o u r q u o i ctes-vous
encore habillé c o m m e d a n s Je siècle? » 11 r é p o n d i t :
« Ma mère a lait de mes v ê t e m e n t s un emploi si
bon et si a g r é a b l e p o u r moi q u e j ' e n veux a p p a r a î t r e
couvert e n c o r e m a i n t e n a n t . — N'a-t-ellc pas lait
aussi bon usage de tout ce qui vous a p p a r t e n a i t ? »
continua la vierge. « E l l e a v r a i m e n t t o u t b i e n d i s -
t r i b u é ; mais en ce qui c o n c e r n e cet é q u i p e m e n t ,
elle a p a r t i c u l i è r e m e n t r é u s s i à me d o n n e r s a l i s -
faction. J e v o u s d e m a n d e d e témoigner m a grati-
tude à ma m è r e , et aux p a r e n t s el a m i s qui ont
agi à mon égard a v e c t a n t de bienveillance et
d'affection* » Elle lui dit : « N'esl-ce pas un obslacle
pour vous (Vôtre liml pleure pur vos pnronls et p a r
votre famille? — N o n , répondîl-il ; je désire seule-
ment qu'ils s a c h e n t ïe bien q u e Dieu a fait à mon â m e
en la r e t i r a n t d u siècle. » E l l e lui dit : « P o u r q u o i
poriez-vous ce v ê t e m e n t g r i s ? — P a r c e q u e , au mo-
400 U: JAYWK DV, f,A G R A C E SPECIALE.

ment de m o u r i r , a p r è s avoir r e ç u le C o r p s du S e i g n e u r ,
j e m'étais r é s o l u , d a n s l a p l é n i t u d e d e m a v o l o n t é , à m e
fairesoldal du C h r i s t si j e g a r d a i s la vie. » E l l e dit.
a l o r s : « Avcz-vous la dignité r é s e r v é e a u x v i e r g e s ?
— Je ne /'ai p a s d a n s sa p e r f e c t i o n , p a r c e q u e les c o n -
seils des m é c h a n t s ont i n c l i n é m e s d é s i r s et ma vo-
lonté v e r s les c h o s e s de la t e r r e et d u siècle, et m o n
à m c en a c o n t r a c t é u n e s o u i l l u r e . » L a vierge dit
e n c o r e : « Q u ' e s t - c e qui v o u s a le plus profilé ? » Il
r é p o n d i t : « L e s m e s s e s c é l é b r é e s p o u r m o i , les a u m ô -
nes et la p r i è r e p u r e . — Mais q u ' e n t e n d e z - v o u s p a r
la p r i è r e o u r c ? — C'est celle q u i s o r t d'un c œ u r p u r ,
c'est-à-dire e x e m p t d é p ê c h é , ou d'un c œ u r q u i a l'in-
tention de se purifier et q u i confesse sa faute à D i e u
dès qu'il a c o n s c i e n c e d ' a v o i r p é c h é . U n e p r i è r e ainsi
offerte c o u l e d a n s le C œ u r d i v i n c o m m e u n e e a u t r è s
l i m p i d e , et y o p è r e des m e r v e i l l e s ; m a i s la p r i è r e d u
p ê c h e u r n e m o n t e que c o m m e u n e eau t r o u b l e . » Elle
r e p r i t : « Q u i v o u s a e n s e i g n é ces c h o s e s ? — T o u t
ce q u e n o u s v o u l o n s savoir, D i e u n o u s l ' a p p r e n d . —
E t qui s o n t ces j e u n e s g e n s ? — L ' u n est l'ange à
qui Dieu m ' a v a i t confié s u r la t e r r e , r é p o n d i t l a m e ,
l'autre a p p a r t i e n t au c h œ u r où j e dois être c o n d u i t . »

CHAPITRE XII.

14. ttE L A M E D'UNE PETITE RÎIJJ2 APPELAI.

E. D'OHLAMUNDE.

N E d a m e a v a n t m ê m e la n a i s s a n c e de son cnfant
U l'avait c o n s a c r é e D i e u d a n s l'intention de b a n -
v
fïTNonrftMK PAUTTTC, CTIAPÏTRTC XVT. A0\

cor au Seigneur la fille qu'il p o u v a i t lui d o n n e r . Celle


enfant, mourut, d a n s la d e u x i è m e a n n é e de son Age, et
son Ame apparut, à la servant e de Dieu sous V forme
d ' u n e vierge t r è s belle, r e v ê t u e d ' u n e tunique, w s o eh
d'un m a n l e a u d ' o r lïrodé de lis aussi blancs que la
neige. £elle-ci dil. à l ' e n f a n t : « D ' o ù te v i e n t t a n t de
gloire? » E l l e r é p o n d i t : « L e Seigneur d a n s sa b o n t é
m ' a confié ces d o n s ; la robe rose signifie q u e j ' é t a i s
n a t u r e l l e m e n t a i m a n t e ; le m a n t e a u d'or, c ' e s t l ' h a b i t
de la religion. L e îvjigncur me l a donné jjaree que ma
mère m'avait destinée A la vie religieuse ; o r , tout ce
dont le S e i g n e u r m ' a u r a i t enrichie si j ' a v a i s p r a t i q u é
la perfection religieuse, il me l'accorde m a i n t e n a n t
p a r un effet de sa libéralité-, il m ' a t t r i b u e m ê m e ,
c o m m e m é r i t e p a r t i c u l i e r , d'avoir été c o n s a c r é e à
Dieu dès le sein de ma m è r e , »
E t c o m m e ces p a r o l e s causaient une g r a n d e sur-
prise à la s e r v a n t e de Dieu, le Seigneur lui expliqua
ce qui s u i t : « P o u r q u o i t'étonner ? E s t - c e que les
enfants baptisés ne s o n t pas sauvés s u r la foi d ' a u t r u i ?
Q u a n d la m a r r a i n e a voué à la religion c h r é t i e n n e
l'enfant dont elle p r e n d la responsabilité, si l'enfant
vient à m o u r i r , il est s a u v é p a r cette p r o m e s s e ; de
même ici, j ' a i a c c e p t e la volonté formelle de la m è r e
pour le fait, et j ' a i a t t r i b u é a l'enfant p a r une r é c o m -
pense éternelle t o u s les biens q u e sa m è r e lui avait
désirés. » Elle fit cette q u e s t i o n au S e i g n e u r : « Mais
p o u r q u o i , ô m o n B i e n - A i m é , avez-vous si tek enlevé
cetle e n f a n t ? » Il r é p o n d i t : « Elle était si aimable
qu'il"n'était pas o p p o r t u n p o u r elle de r e s t e r s u r la
terre. De p l u s , son p è r e , a p r è s la morl de sa fille aînée,
aurait annulé le vœu de sa m è r e et l'aurait gardée
pour le siècle, *
402 LE LIVRE DE LA GRACE SPECIALE.

C H A P I T R E XIIT.

15 D ' U N E A U T R E AME,

elle p r i a i t p o u r un a u t r e défunt, le S e i g n e u r
(J"IOMME

p a r l a ainsi à celte à m c : « Bois la joie q u e t u p u i -


s e r a s d a n s la moelle même d e m o n C œ u r , et r e ç o i s - l a
de la p a r t de tous ceux qui p r i e n t p o u r toi. »

C H A P I T R E XIV.

16, D E LA R É S U R R E C T I O N FUTURE,

la m e s s e , c o m m e elle e n t e n d a i t l i r e d a n s
P ENDANT

l'Evangile : « Et lerlia die resnrget : et il r e s s u s -


citera le t r o i s i è m e j o u r » ( M a l t h . X V Ï I I , 22), elle se
p r o s t e r n a c o n t r e t e r r e , et r e n d i t g r â c e s à D i e u p o u r
la r é s u r r e c t i o n et la glorification future. E t voilà q u e ,
1
d a n s la c h a p e l l e où elle p r i a i t , elle vit trois c o r p s
qui avaient reçu la s é p u l t u r e d e v a n t l'autel, se
lever d e l e u r s t o m b e a u x el élever les m a i n s au ciel,
comme pour rendre grâces à Dieu. Leurs c œ u r s
étaient c o m m e o r n é s de p i e r r e s p r é c i e u s e s ; il s e m -
blait, à v o i r l e u r s m o u v e m e n t s , q u ' i l s se p r é p a r a i e n t
au j e u ; ils tressaillaient d e j o i e à c a u s e des v e r t u s cl
des b o n n e s œ u v r e s q u ' i l s a v a i e n t p r a t i q u é e s p e n d a n t

1. C h a p e l l e de S a i n t - J e a n , c o n s t r u i t e e n 1265 p a r B u r c h a r d d e
QueiiWt.
r.ïN'oriKMK PAUTÎE. CHAPITRE XV, 4 A3
l e u r existence. A l o r s colle-ci dit nu Seigneur î
« C o m m c n l d o n c , mon Seigneur, ces corps repren-
d r o n t - i l s l e u r s urnes? Quelle sera leur '4arté lorsque
r a m e leur sera de nouveau a s s o c i é e ? » Le Seigneur
lui r é p o n d i t : « A la r é s u r r e c t i o n , Je corps sera sept
fois p l u s b r i l l a n t q u e le soleil, et l'Ame sept fois plus
brillante q u e le c o r p s . L ' a m e r e p r e n d r a son corps
c o m m e un v ê t e m e n t et illuminera tous ses m e m b r e s
c o m m e Je soleil qui r a y o n n e à travers le cristal. Et
moi je p é n é t r e r a i le fond m ê m e de l'âme d'une ineffable
l u m i è r e , et les élus brilleront ainsi dans le séjour
céleste, c o r p s cl Ame r é u n i s p o u r j a m a i s . »

C H A P I T R E XV.

17. DK L'AMI-: DU COMTE fi.

de l'un des m o r l s dont on a déjà


A L'ANNIVERSAIRE

p a r l é , le Comte R., la D a m e A b b e s s e donna 1

l'ordre p r e s q u e formel à la s e r v a n t e de Dieu de prier


p o u r c o n n a î t r e q u e l q u e chose s u r l'étal de son père.
Mais elle v o u l u t se d é r o b e r à cet o r d r e , c a r elle ne
sollicitait p r e s q u e j a m a i s de révélation ; elle préferait
s'en r e m e t t r e à la volonté de Dieu, ayant toujours
pour agréable tout ce qui lui plaisait.
O r , p e n d a n t la messe, vers les p r i è r e s s e c r è t e s ,
le Seigneur lui dit : « A c c o m p l i s ton o b é d i e n c e . »
Comprenant a u s s i t ô t , elle l'épondil : « Mais j e n'avais

7. Sapin? do, Mnnsfeld. tille de Uurvhaid do Qnrrfr;, ;, petit-


fils du [onduleur Burchavd de Manstcld par sa m è r e , Sophie de

U *
•ifM l,K U V M K OK ),A OUACK S|>Kl.iALK,

p a s p r i s cela p o u r un o r d r e , o L e S e i g n e u r c o n t i n u a :
« Agis c o m m e je l'ai l'ail : m o n P è r e a c o m m a n d é et je
suis d e s c e n d u s u r la l e r r c . » Ces p a r o l e s lui d o n n è r e n t
à c o m p r e n d r e qno le S e i g n e u r J é s u s en s o r t a n t d u
sein de son P è r e , s'était a b a i s s é devanl lui en si
g r a n d e r é v é r e n c e el s o u m i s s i o n q u e j a m a i s {ils ne
s'esl a u t a n t incliné d e v a n t son p è r e ni s e r v i t e u r
d e v a n t son m a î t r e . E n effet, il était prêt à p o r t e r
les fardeaux, les misères cl les l a b e u r s de t o u s les
h o m m e s , el à s u p p l é e r à loutes leurs i m p u i s s a n c e s .
A p r è s a v o i r reçu celle l u m i è r e , elle dit a D i e u : « M o n
S e i g n e u r , exaucez le d é s i r d e v o t r e s e r v a n t e . »
A u s s i t ô t elle vit r a m e du s u s d i t Comte d e v a n l le
S e i g n e u r , a y a n t un v ê l e m e n t d e c o u l e u r v e r t e et u n e
magnifique c e i n t u r e toute b r i l l a n t e , d o n t les b o u t s lui
tombaient jusqu'aux pieds. La couleur verte désignait
l'éternité toujours nouvelle et r e n a i s s a n t e , et la cein-
ture signifiait la foi c a t h o l i q u e que le C o m t e avait
toujours g a r d é e ferme, i n v i n c i b l e et e n r i c h i e p a r l e s
b o n n e s œ u v r e s . Il p o r t a i l a u s s i s u r la p o i t r i n e un
j o y a u d a m a s q u i n é qui le c o u v r a i t c o m m e u n e c u i r a s s e
du c o u j u s q u ' à la c e i n t u r e . Là étaient r e p r é s e n t é e s
t o u t e s ses v e r t u s et ses b o n n e s œ u v r e s . O n y
distinguait surtout son h u m i l i t é , qui le r e n d a i t sou-
m i s m ê m e à son é p o u s e ; p u i s la t e n d r e s s e d e s o n
c œ u r , qui te p o r t a i t à se m o n t r e r a c c e s s i b l e et bien-
veillant e n v e r s t o u s ; sa m i s é r i c o r d e p o u r les p a u v r e s
et les i n d i g e n t s ; enfin la d é v o t i o n p r o f o n d e a v e c
laquelle il avait offert sa lillc à D i e u . A l o r s celle-ci
dit à cette à m c : « Q u e r e c o m m a n d e z - v o u s à v o i r e
fille? » Il répondit : « D e g a r d e r une e n t i è r e fidélité
el une s o u m i s s i o n parfaite à celui qui d a i g n e en
toute fidélité s'abaisser j u s q u ' à être son E p o u x . »
GïNyÏTFÈMIS P A I J T U : . C T I A P Î T I U C X V T . 40O

1
Elle connut aussi que IAme d e l à Comtesse r e s s e n -
tait une g r a n d e j o i e dans le ciel de ce que, volontai-
rement el s p o n t a n é m e n t , clic avait Coudé pour l'ame
du s u s d i t C o m t e u n e a u m ô n e a n n u e l l e p o u r les
pauvres.
Elle dit e n s u i t e au Seigneur : « Mon Seigneur, avec
cette extrême bonté qui v o u s a l'ail ainsi p r e n d r e le
fardeau de tous les h o m m e s p o u r s u p p l é e r à t o u t ce
qui n o u s m a n q u e , et v o u s a r e n d u obéissant j u s q u ' à
la m o r t , j e v o u s p r i e de ? e n d r e g r â c e s au P è r e de ce
que v o u s avez voulu a c c o m p l i r m o n obédience ». L e
Seigneur lui r é p o n d i t : « C o m m e j ' a i obéi à m o n P è r e ,
ainsi j ' o b é i s e n c o r e à tous les obéissants q u i , p o u r
moi, d o m i n e n t leur volonté ; ceux-là j o u i r o n t en m o i ,
a p r è s cetle v i e , d u n e liberté spéciale c l de délices
éternelles, E l m o i , de m o n coté, je veux jouir en
eux de p a r t i c u l i è r e s délices afin de manifester aux
habitants d e s cieux combien il m'est agréable q u e
l'homme b r i s e s a ' p r o p r e v o l o n t é p a r n u e obéissance
véritable ».

CHAPITRE XVI.

IX. DKS AMP.S DE SALOMON, 1)K SAMSON, D'OIUOÈNH


HT D E T K A J A N .

Q VJ}\ la r e q u ê t e d ' u n F r è r c , elle d e m a n d a au Seigneur


O où étaient les Ames de S a l o m o n , de S a m s o n ,
d'Origène et de T r a j a n . A quoi le Seigneur répondit :

1 . L a comtesse O d a d e K c i n s l c n i .
406 LE LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

« J e v e u x q u e les d i s p o s i t i o n s d e mu m i s é r i c o r d e
e n v e r s l'Ame d e S a l o m o n r e s t e n t cachées a u x h o m m e s ,
afin q u ' i l s évitent p l u s s o i g n e u s e m e n t les p é c h é s
de la c h a i r . Ce q u e m a b o n t é a fait d e l'amc d e
S a m s o n restera a u s s i i n c o n n u , afin q u ' o n r e d o u t e
de tirex v e n g e a n c e de ses e n n e m i s . Ce q u t -na b o n t é
a fait de l'Aine d O r i g c n e r e s t e r a aussi c a c h é , afin
1
q u e p e r s o n n e n e s'élève en se liant a sa s c i e n c e .
Knlin ce q u e ma libéralité a décidé p o u r r a m e de
T r a j a n d e m e u r e r a , de p a r ma volonté, i g n o r é des
h o m m e s , afin q u e la foi c a t h o l i q u e soit p l u s exaltée,
c a r cet e m p e r e u r , q u o i q u e d o u é de toutes les v e r t u s ,
n'a eu ni la foi c h r é t i e n n e , ni le b a p t ê m e . »

CHAPITRE XVII.

19. DES AMES Q U I ONT ÉTÉ DÉLIVRÉES PAR SES PRIÈRES.

u j o u r de la C o m m é m o r a t i o n des anics des fidèles


A t r é p a s s é s , elle v o u l a i t p r i e r , m a i s elle en fut em-
pêchée p a r des p e n s é e s i n c e s s a n t e s au sujet d'une per-
s o n n e d o n t elle c o n n a i s s a i t l'état d é p l o r a b l e . E t voilà
qu'elle vit le S e i g n e u r J é s u s tout à c o u p s u s p e n d u
d a n s P a i r , pieds el m a i n s liés, et lui disant : « C h a q u e
fois que. l ' h o m m e p è c h e m o r t e l l e m e n t , il me lie ainsi,
el il me retient lié tant qu'il p e r s é v è r e d a n s ie p é c h é . »

I . Dans Ui seul manuscrit de Saint-Cinll on trouve ajoulé en


ccl eiulroiî, mais à ta marge : <' Ce (pic ma bonté a fait pour
l'âme d'Aristotc sera carhé, <lc p o u r v u e le philosophe s'arrête à
lis nature et méprise Jes choses célestes et surnaturelles. »
CINQIHF-MR PAHTTK. CJTAPTTUK XVÏI. 407

Le Seigneur lui a p p a r u t e n c o r e sous la l'orme d'un


jeune h o m m e de la plus g r a n d e beauté, d'un fiancé
dans toute sa g r â c e , a y a n t p a r m i d'autres o r n e m e n t s
trois j o y a u x p r é c i e u x s u r la p o i t r i n e . L e p r e m i e r s i -
gnifiait l'éternel désir d o n t Dieu b r i d e p o u r l'àme ; le
second,, l ' a m o u r de son divin C œ u r , a m o u r brûlant et
immualAi-, quoicpie les h o m m e s d e m e u r e n t lièdes et
sans a m o u r ; le troisième exprimait le sentiment du
C œ u r divin dont parle l ' E c r i t u r e : <( Delieitv me se esse
eu m filiis hominum: Mes délices sont d'être a v e c les
enfants des h o m m e s » ( P r o v . v i n , \\\). 11 avait e n c o r e
autour de la poitrine une c e i n t u r e d'or, p o u r signifier
le lien d ' a m o u r p a r lequel il e n s e r r e les Ames d a n s
son union ineffable. E t le S e i g n e u r lui dit : « C'est
ainsi que je suis lié avec l'àme aimante. » P r e n a n t
alors la Sainte p r è s de lui, il la conduisit d a n s un
agréable j a r d i n , situé n o n loin du ciel. Il y avait là
une foule d ' â m e s toutes assises à u n e g r a n d e table, du
côté de l ' a q u i l o n . C e p e n d a n t le Seigneur daigna s'ap-
p r o c h e r p o u r s e r v i r lui-même à cetle table, sous
forme d e m e t s el de b r e u v a g e s , les paroles des Vigiles
récitées au c h œ u r et tous les offices célébrés d a n s
l'Eglise u n i v e r s e l l e en ce j o u r . L'ame de celle qui
voyait ces c h o s e s aidait le S e i g n e u r à s e r v i r .
1
P e n d a n t le v e r s e t : « Siqntc illh sinlJ)ominc: s'ils
ont e n c o r e S e i g n e u r , etc. », elle dit à Dieu : « A quoi
peuvent leur s e r v i r ces p a r o l e s , o mon Seigneur, puis-
qu'elles sont d a n s une si g r a n d e joie ? » A l o r s les Ames
se dévouèrent p o u r ainsi d i r e , cl elle vit dans le c œ u r

1 Verset fl'uu r é p o n s usité d a n s l'iinc-irn oHice d**s d é d u i t s : « Si


qivr Mis sint dù/ner, Domine, cruriatihts vulpa\ lu ris tjralirt
Icnitatis induhjv : Si elles méritent e n c o r e i|ue)(|ues tourment!»
pour la i'uuLe, d a n s la j i n i r c d e lu d o u e e u r , j ' n d o u n e , ô S e i g n e u r . »
408 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

d e c h a c u n e d'elles c o m m e un v e r ayanL u n e tête de


c h i e n et q u a t r e p a t t e s , o c c u p é à r o n g e r ces c œ u r s et
à les d é c h i r e r de ses ongles. Ce ver était l e u r p r o p r e
c o n s c i e n c t , bien r e p r é s e n t é e p a r le c h i e n , a n i m a l
fidèle, c a r la c o n s c i e n c e r o n g e el c o n s u m e ('àmc en
lui r e p r o c h a n t d ' a v o i r été infidèle à u n Dieu si t e n d r e
el si b o n , et de n ' a v o i r pas m é r i t é de p r e n d r e son
e s s o r vers lui s a n s o b s t a c l e a p r è s la m o r t . Les p â l i e s
de d e v a n t d o n n é e s au v e r , d é s i g n a i e n t les fautes c o m -
mises c o n t r e les p r é c e p t e s de D i e u , et p o u r lesquelles
on est t o u r m e n t é a p r è s la m o r t . L e s p a t t e s de d e r r i è r e
figuraient les m a u v a i s désirs et les v o i e s p e r v e r s e s
qui ont éloigné l ' â m e d e son D i e u . Mais le v e r avait en
o u t r e une l o n g u e q u e u e ; chez q u e l q u e s - u n s , elle
était lisse et p l a t e ; chez d ' a u t r e s , r a i d e et h é r i s s é e de
p o i l s . Cette q u e u e r e p r é s e n t a i t la r e n o m m é e q u e
c h a c u n laisse a p r è s soi en ce i n o n d e . Chez ceux qui
s'étaient a c q u i s u n e b o n n e r e n o m m é e , le v e r avait u n e
q u e u e tout u n i e , el l e u r Ame souffrait m o i n s ; m a i s
chez ceux qui a v a i e n t laissé un m a u v a i s r e n o m , la
q u e u e d u v e r était h é r i s s é e et r e c o u r b é e , ce qui
a c c r o i s s a i t l e u r t o u r m e n t . Ce ver ne m e u r t j a m a i s , el
l ' â m e n e p e u t en ê t r e délivrée a v a n t d ' e n t r e r d a n s la
joie de son S e i g n e u r et d'être u n i e à D i e u p a r u n e
alliance i n d i s s o l u b l e .
xMors celle-ci e m p l o y a t o u t e s ses forces à p r i e r le
S e i g n e u r d ' a c c o r d e r à ces â m e s u n e n t i e r p a r d o n et de
les p r e n d r e d a n s la gloire de sa l u m i è r e . E t voilà q u e
t o u s ces v e r s se m i r e n t à t o m b e r et à m o u r i r , t a n d i s
q u e les â m e s , d a n s une g r a n d e a l l é g r e s s e , s'envolè-
rent d a n s les j o i e s é t e r n e l l e s .
Après cette v i s i o n , Dieu r e m m e n a p o u r lui mon-
t r e r le p u r g a t o i r e et les t o u r m e n t s q u ' o n y souffre.
CINQUIÈME I M H T Ï E . CTTAPITKE XVHT. 400

Elle vil c e r t a i n e s â m e s qui s e m b l a i e n t sortir de Peau,


nues el r u i s s e l a n t e s ; elle en vil d'autres qui s o r t a i e n t
du feu, h o r r i b l e m e n t b r û l é e s et noircies. P e n d a n t
qu'elle p r i a i t , ces â m e s s o r t a i e n t de leurs t o u r m e n t s ,
reprenaieut. la forme et l'étal qu'elles avaient s u r la
terre, et passaient d a n s ce beau j a r d i n , d'où les pre-
mières â m e s avaient été tirées.

CHAPITRE XVIII.

20. DE LA PKTÈHE APPELÉE : « FoilS VWUSl


SOURCE VIVE ».

E prélat i n t e r d i t à la d é v o t e s e r v a n t e du C h r i s t de
L faire c o n n a î t r e ses r é v é l a t i o n s s u r les Ames des
t r é p a s s é s , p a r c e qu il c r a i g n a i t q u e le fait ne devînt
public et n'attirât des d é s a g r é m e n t s au m o n a s t è r e .
Mais, t o u c h é e de c o m p a s s i o n p o u r les â m e s , elle dit
au Seigneur : « H é l a s 1 ô t r è s doux c o n s o l a t e u r et
secours des affligés, q u e f e r o n s - n o u s d é s o r m a i s p o u r
l é s â m e s , s u r t o u t q u a n d n o u s r e c e v o n s des a u m ô n e s
pour aider à l e u r délivrance ? » L e Seigneur lui r é p o n -
dit avec o o n t é : « Récitez la p r i è r e appelée : S o u r c e
vive, c'est-à-dire le p s a u m e :Beati immaculali in via
(Ps. cxvni), avec l'oraison qui lui est assignée. Vous
porterez ainsi un g r a n d s e c o u r s a u x à m c s , et v o u s com-
penserez largement les a u m ô n e s faites p o u r elles. »
•\,rc Î.IVIU". ni«: r-A OKACK SVÏXJALE

2J- COMMENT ON PKCT IMUKU AVEC SUCCÈS


1>0UK L E S AMKS I>KS DÉFUNTS.

Un j o u r qu elle avait c o m m u n i e cl offert A D i e u


l'Hostie p r é c i e u s e afin q u ' e l l e lût. la d é l i v r a n c e d e s
a m e s , la r é m i s s i o n de l e u r s p é c h é s cl la r é p a r a t i o n
de leurs négligences, le S e i g n e u r lui dit : « R é c i t e
p o u r elles le Paicv en union a v e c l'intention q u e j ' e u s
en le tirant de mon C œ u r p o u r l'enseigner a u x
h o m m e s . » En m ê m e t e m p s l ' i n s p i r a t i o n d i v i n e lui
dévoila ce qui suit :
P a r les p r e m i è r e s p a r o l e s • « Notre Père qui êtes aux
vieux », on doit d e m a n d e r p o u r les Ames le p a r d o n d e
la faute c o m m i s e e n v e r s un P è r e si a d o r a b l e et si
a i m a b l e . Sa b o n t é cn effet a élevé les h o m m e s à u n tel
h o n n e u r qu'ils sont n o m m é s et sont en réalité les
enfants de D i e u . E u x , au c o n t r a i r e , n'ont pas a i m é et
r é v é r é Dieu ; ils ne lui o n t p a s d o n n é l ' h o n n e u r
qui lui est dû \ ils l'ont m ê m e s o u v e n t i r r i t é p a r des
p é c h é s qui le c h a s s a i e n t de l e u r c œ u r , où il avait
résolu de r é g n e r c o m m e d a n s son ciel. O n p r i e
a l o r s cn u n i o n de cette a m o u r e u s e satisfaction offerte
p o u r eux p a r l e u r frère i n n o c e n t , J é s u s - C h r i s t , afin q u e
le P è r e reçoive en r é p a r a t i o n du p é c h é , l ' a m o u r d u
C œ u r divin avec l ' h o n n e u r cl la r é v é r e n c e qui lui o n t
été r e n d u s p a r le Dieu fait h o m m e .
« Qiu- poire nom soit sanctifié », en r é p a r a t i o n de ce
que les h o m m e s n ' o n t pas r e s p e c t é le n o m de D i e u , le
nom d'un tel P è r e ; de ce q u ' i l s l'ont p r i s en vain ou
trop s o u v e n t o u b l i é , cl se s o n t r e n d u s i n d i g n e s , p a r
l e u r vie p e r v e r s e , d'être a p p e l é s du nom de c h r é t i e n s ,
qu'ils tenaient du C h r i s l . O n d e m a n d e alors au P è r e
de daigner a c c e p t e r la 1res parfaite sainteté a v e c la-
quelle le F i l s a exalte son n o m d a n s tons ses d i s c o u r s ,
et Ta h o n o r é par tons les actes de sa sainle H u m a n i t é .
« Que votre, règne arrive. » P a r ce mot J é s u s - C h r i s t
avait l'intention d e d e m a n d e r le p a r d o n p o u r les aines
qui n'ont p o i n l a s s c z d é s i r é le règne de Dieu, ni a s p i r é
vers Dieu l u i - m ê m e qui v e u t ê t r e c h e r c h é diligemment,
car en lui seul s o n t le vrai r e p o s el la joie éternelle.
O n prie a l o r s le P è r e d ' a g r é e r le 1res saint d é s i r
q u ' é p r o u v a son a i m a b l e F i l s d'avoir ceux-là p o u r
héritiers de son r o y a u m e , cl de r é p a r e r p a r son a m o u r
Ja tiédeur q u ' i l s o n t m o n t r é e p o u r le bien.
<c Que votre volonté soif faite sur la terre comme an
Ciel. » Les h o m m e s n ' o n t pas préféré la v o l o n t é de Dieu
à la l e u r , ils ne l'ont p a s aimée en t o u t e s c h o s e s . O n
d e m a n d e a l o r s au P è r e d ' o u b l i e r cette d é s o b é i s s a n c e ,
en vertu du 1res a i m a n t C œ u r de son F i l s uni au sien
p a r l a très p r o m p t e s o u m i s s i o n qui le rendit obéissant
j u s q u ' à la m o r t . E l l e c o n n u t en particulier q u e les per-
sonnes religieuses p è c h e n t b e a u c o u p c o n t r e celte
parole : que votre volonté soit faite, etc., c a r il est r a r e
qu'elles offrent p l e i n e m e n t l e u r volonté à Dieu -, et,
quand elles l'ont offerte, elles la lui r e t i r e n t souvent.
Aussi est-il très n é c e s s a i r e de les m e n t i o n n e r à celle
demande, p a r c e q u e l e u r négligence les relient a p r è s
la m o r t d a n s un g r a n d éloignemenl de D i e u .
« Donnez-nous aujourd'hui notre pain quotidien. »
B e a u c o u p d'âmes n'ont pas reçu le t r è s noble et très
profitable s a c r e m e n t de l ' E u c h a r i s t i e avec assez de
désir, de dévotion et d ' a m o u r , el se sont r e n d u e s indi-
gnes de l u i ; un plus g r a n d n o m b r e encore ne Pont que
r a r e m e n t ou m ê m e j a m a i s r e ç u . On prie Je P è r e
d'agréer l ' a m o u r e n ^ r a s é , l'ineffable désir, la g r a n d e
412 Î , K i.ivnr U K I , A O U A C K S I M V J I A M Î .

sainlcté et dévotion qu'avait J é s u s - C h r i s t son Fils


lorsqu'il n o u s a l'ait ce don s u p r ê m e .
<( Kl pardonnez-nous nos offenses comme nous les re-
mettons à ceux quinausonl offensés. » A ces p a r o l e s on
doit d e m a n d e r p a r d o n p o u r loules les fautes com-
mises p a r les â m e s , c ' e s t - à - d i r e p o u r les sept p é c h é s
capitaux et tous ceux qui en d é c o u l e n t , i m p l o r e r aussi
le p a r d o n p o u r ceux qui o n t refusé d ' a i m e r l e u r s
a d v e r s a i r e s et de se r é c o n c i l i e r avec eux, et enlin
s u p p l i e r D i e u d ' a c c e p t e r la p r i è r e si a m o u r e u s e de
son F i l s p o u r ses e n n e m i s .
« Et ne nous induisez pas en tentation » : c'est-à-dire
p a r d o n n e z à ces â m e s de n ' a v o i r pas r é s i s t é a u x vices
et à la c o n c u p i s c e n c e , et de s ' è l r e v o l o n t a i r e m e n t i m -
pliquées d a n s le mal en c é d a n t au diable et à la c h a i r .
O n p r i e le P è r e céleste d ' a c c e p t e r , en r é p a r a t i o n de
t o u t e s ces fautes, la g l o r i e u s e v i c t o i r e q u e le C h r i s t a
r e m p o r t é e s u r le diable el s u r le m o n d e , d ' a c c e p t e r sa
t r è s s a i n t e v i e t o u t e n t i è r e a v e c ses t r a v a u x et s e s souf-
frances, et enfin on lui d e m a n d e d e d é l i v r e r ces â m e s
d e tous m a u x et d e les c o n d u i r e a u r o y a u m e d e gloire
qu'il est l u i - m ê m e . A m e n .
Q u a n d elle e u t récité l ' O r a i s o n d o m i n i c a l e a u x s u s -
dites i n t e n t i o n s , elle vit u n e g r a n d e m u l t i t u d e d ' â m e s
rendre grâces à Dieu de leur délivrance, avec une
joie e x t r ê m e .
CINQUIEME PAKTIE. CHAPITRE XX 413

CHAPITRE XIX.

22. DK CINQ Pater h HÈCITER AUSSITÔT QU'UNE

PERSONNE VIENT D'EXPIRER.

Q E L O N la c o u t u m e , elle avait récité p o u r un défunt


O c i n q Pater en l ' h o n n e u r des plaies sacrées du
C h r i s l , c o m m e n o u s les d i s o n s dés q u ' o n a n n o n c e
un t r é p a s , et elle désirait s a v o i r q u e l soulagement
l a m e en avait r e s s e n t i . L e S e i g n e u r lui d i t ; « E l l e en
r e t i r e cinq a v a n t a g e s : à d r o i t e les anges lui d o n n e n t
protection : à g a u c h e , consolation ; devant elle, ils
placent l ' e s p é r a n c e ; d e r r i è r e elle, la confiance ; et
p l a n a n t a u - d e s s u s , la joie d u ciel. » L e S e i g n e u r
ajouta : « Q u i c o n q u e , p a r un s e n t i m e n t de c o m p a s s i o n
ou de charité, i n t e r c è d e p o u r un m o r t , a u r a p a r t à
tout le bien q u i s'accomplit d a n s l'Eglise p o u r ce
défunt, et au j o u r où il sortira l u i - m ê m e de ce m o n d e ,
il trouvera ce bien déjà p r é p a r é p o u r le soulagement
cl le salut de s o n â m e . »

CHAPITRE XX.

23. OE L'ENFER ET DU PURGATOIRE,

sa p r i è r e elle vit u n e lois l'enfer ouvert


P ENDANT

sous ses p a s , et d a n s le gouffre la m i s è r e , l'hor-


r e u r infinie, des s e r p e n t s , des c r a p a u d s , des lions,
des chiens, les s p e c t r e s h o r r i b l e s d e toutes les béfe**
414 LK L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

féroces qui se déchiraient c r u e l l e m e n t les u n e s les


a u t r e s . Elle dil a l o r s : « O S e i g n e u r , qui s o n t ces i n -
fortunés ? » Le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « Ce s o n t ceux
qui n'ont j a m a i s p e n s é d o u c e m e n t à moi pendant une
seule h e u r e . »
J
Elle vi aussi le p u r g a t o i r e , où il y avait autant de
t o u r m e n t a que de vices d o n t les â m e s s'étaient faites
les esclaves s u r la t e r r e . L e s orgueilleux t o m b a i e n t
s a n s cesse d'un a b î m e d a n s un a u t r e ; ceux qui avaient
été infidèles à l c u r règle et à leur profession religieuse
m a r c h a i e n t c o u r b é s c o m m e s o u s un fardeau é c r a s a n t .
Les g o u r m a n d s et les i v r o g n e s gisaient à t e r r e , p r i v é s
de s e n t i m e n t et d e s s é c h é s p a r l a faim et la soif. Ceux
qui avaient satisfait leurs d é s i r s c h a r n e l s se fondaient
d a n s le feu c o m m e la v i a n d e et la g r a i s s e s u r le
gril. Ces â m e s souffraient d a n s le p u r g a t o i r e la p e i n e
qu'avait méritée l e u r vice préféré. Mais l o r s q u e celle-
ci eut prié p o u r elles, le S e i g n e u r en délivra un g r a n d
nombre.

C H A P I T R E XXI.

24. COMMENT L'HOMME JUSTE QUITTE SON COUPS.

Pâme d'un j u s t e s o r t de son c o r p s , si elle


L OHSQUE

est assez libérée de tout p é c h é p o u r e n t r e r a u s s i -


tôt d a n s l e s e i e u x , à l'heure m ê m e , Dieu p é n è t r e celle
fune I m m e n s e de sa vertu d i v i n e , cl p r e n d tellement
possession de tous ses sens qu'il devient l'œil p a r
l e q u c i r à m c voit,la l u m i è r e à t r a v e r s laquelle clic voit,
ella beauté qu'elle voit. A i n s i , d ' u n e m a n i è r e merveil-
CïXQnf-MK P A R T T K . CJÎAPITHK XXÏ. 415

leuse cl s o u v e r a i n e m e n t a g r é a b l e , Dieu dons l'Ame el


avee l'ame c o n t e m p l e et l u i - m ê m e , et l'ame, et tous
les s a i n t s . 11 esl l'ouïe de l'ame p a r où elle entend ses
paroles p l e i n e s d e d o u c e u r , c a r e s s â m e s c o m m e la p l u s
maternelle t e n d r e s s e , el aussi le concert de Dieu avec
tous les s a i n t s . P a r Dieu é g a l e m e n t , l'Ame sent et
respire le souffle vivant et d i v i n q u i s'échappe d e lui-
même ; p l u s e m b a u m e q u e les plus suaves p a r f u m s ,
il vivifie l'ame p o u r l'éternité. 11 est le goût de l'âme,
afin de lui taire e x p é r i m e n t e r sa douce s a v e u r . Dieu
esl e n c o r e la voix el la l a n g u e d e l'Ame, c a r il se loue
l u i - m ê m e en elle et p o u r elle, de la m a n i è r e la p l u s
haute et la p l u s c o m p l è t e . Il esl aussi le c œ u r de
l'Ame p o u r la c h a r m e r el la réjouir, jouissant l u i -
m ê m e , d a n s l'Ame el avec l ' a m e , des plus r a v i s s a n t e s
délices. D e p l u s , Dieu esl la vie de 1 ame et le m o u v e -
ment de t o u t e s ses p a r t i e s , en s o r t e que toute a c t i o n
de l'Ame s e m b l e être faite p a r D i e u . Ainsi se t r o u v e
accomplie d a n s les saints celte p a r o l e : Et Diru sera
tant en tons (I C o r . xv, 28).
Les Ames qui ne sont pas e n c o r e purifiées r e ç o i v e n t
des anges la l u m i è r e de la c o n n a i s s a n c e , l ' a s s i s t a n c e
el la consolation d a n s l e u r s p e i n e s .
Les Ames d e s d a m n é s , à l e u r sortie du c o r p s , s o n t
envahies p a r les t é n è b r e s , l ' h o r r e u r , l'infection,
l ' a m e r t u m e , la peine i n t o l é r a b l e , l ' i n e x p r i m a b l e t r i s -
tesse, le d é s e s p o i r el u n e d é t r e s s e infinie, E l l e s sont
en elles-mêmes si c o r r o m p u e s et si d e s t i t u é e s de
tout bien q u e , lors m ê m e q u ' e l l e s ne t o m b e r a i e n t p a s
en enfer et au p o u v o i r d e s d é m o n s , les m a u x d o n t
elles sont r e m p l i e s s e r a i e n t p o u r elles une t o r t u r e
suffisante.
Fin des visions concernant les tunes.
416 L E L I V R E ï>r LA OR A CE SPÉCIALE.

CHAPITRE XXII.

25. D E LA VÉHACTTli DE CE LIVRE : « D E LA GRACE

SPÉCIALE )> *.

une m e s s e , le S e i g n e u r apj>arul d e v a n t sa
P ENDANT

s e r v a n t e , a s s i s s u r le t r o n c de s a majesté. L o r s -
q u ' o n sonna la c l o c h e à la p r i è r e s e c r è t e (de la c o n s é -
c r a t i o n ) , elle dit au S e i g n e u r : <c V o u s voici m a i n t e n a n t
t o u t e n t i e r s u r Paulcl a u x m a i n s d u p r ê t r e , et c e p e n -
dant v o u s êtes tout e n t i e r ici avec m o i . » Il lui
r é p o n d i t : « T o n â m e n ' e s t - e l l e pas d a n s toutes les
p a r t i e s de ton c o r p s , et c e p e n d a n t t o u j o u r s en nia
p r é s e n c e d a n s le ciel ? Si ton â m e , q u i n'est q u ' u n e
s i m p l e c r é a t u r e , a ce p o u v o i r , p o u r q u o i moi, le
C r é a t e u r de toutes c h o s e s , n e puis-je p a s ê t r e d a n s
toutes m e s c r é a t u r e s et p a r t o u t ? » E t au m ê m e i n s -
tant, il lui p a r u t q u e son â m e était d a n s le ciel, en
p r é s e n c e de la s a i n t e T r i n i t é , et r e v ê t u e d ' u n e r o b e
é c l a t a n t e de b l a n c h e u r . L e S e i g n e u r l'éleva j u s q u e
d a n s son sein, la r e g a r d a a v e c t e n d r e s s e et lui dit
ces a m o u r e u s e s p a r o l e s : « Ma b e a u t é sera ta c o u -
r o n n e ; ma j o i e , t o n collier ; m o n a m o u r , ton m a n t e a u ,
et m e s délices s e r o n t t o n h o n n e u r . »
Il ajouta, en la faisant d o u c e m e n t r e p o s e r s u r s o n
C œ u r : « Reçois m o n divin C œ u r tout e n t i e r . » L ' â m e
sentit la D i v i n i t é s'élancer en elle c o m m e u n t o r r e n t
i m p é t u e u x , et clic dil : « Rien q u e v o u s veniez de me

1 . Tout ce qui suit semble avoir été écrit après la mort de sainte
Mechtilde fNo'r ilf é d i t i o n latine.)
CINQUIEME PARTIE. CHAPITRE XXTT. 4 1 7

r e m p l i r tout e n t i è r e et de n f i l l u m i n c r merveilleuse-
m e n t , j e s u i s p o u r t a n t u n e c r é a t u r e si petite q u e tout
ce q u e j e c o n n a i s de v o u s et p u i s en /aire c o n n a î t r e
aux h o m m e s , équivaut à p e i n e à ce que la fourmi
p o u r r a i t e m p o r t e r de la g r a n d e montagne- »
E l l e se ressouvint a l o r s d u livre dans lequel on
avait écrit les r é v é l a t i o n s q u e le Seigneur avait d a i g n é
lui faire, et elle dit : « P o u r q u o i ce qu'on a fait m'est-il
si p é n i b l e , ô mon Dieu t r è s a i m a b l e q u o i q u e j e ne
d o u t e p a s q u e v o u s ne l'ayez voulu ? » Le S e i g n e u r
lui r é p o n d i t : « P a r c e q u e tu n ' a s pas eu assez de g r a -
2
titude p o u r le don q u e je t'ai a c c o r d é . » E l l e r e p r i t :
« E l q u ' e s t - c e qui v o u s a c o n t r a i n t à conférer d e tels
d o n s à moi si vile et si i n d i g n e ? » Il répondit : « Mon
i n l i n i c b o n l é . Si je ne t'avais pas attirée, alléchée, p o u r
ainsi d i r e , p a r de l e l l c s f a v e u r s , lu a u r a i s t r o u v é a u t a n t
de c o n s o l a t i o n s s u r la t e r r e q u e j ' e n a u r a i s t r o u v é
peu en toi. »
Mais elle r e p r i t e n c o r e : « Gomment puis-je s a v o i r
si tout ce qui esl écrit est v r a i , p u i s q u e je ne J'ai ni lu
ni a p p r o u v é ? E t e n c o r e l ' a u r a i s - j c lu que j e ne m ' e n
r a p p o r t e r a i s pas parfaitement à m o i - m ê m e . » L e S e i -
g n e u r lui r é p o n d i t : « J e s u i s d a n s le c œ u r de celles
qui d é s i r e n t t ' e n t e n d r e , c'est moi qui excite en elles ce
désir J e s u i s l e u r intelligence l o r s q u ' e l l e s f é c o u l e n t ;
je leur fais c o m p r e n d r e ce q u e tu leur r a p p o r t e s . J e
suis a u s s i d a n s l e u r b o u c h e q u a n d elles cn p a r l e n t ; j e
suis d a n s leurs m a i n s q u a n d elles écrivent, j e suis
leur aide et l e u r c o o p é r a i e n t A i n s i tout ce q u ' e l l e s
dictent et é c r i v e n t p a r moi et en moi, qui suis la v é r i t é ,

R
1. Voir 2 partir., rli N I n*
r
'J. Voir h purlie, ch. xxv.
418 LE LIV HE DE LA ftHACE SPÉCIALE.

est vrai. Un artiste a s o u v e n t des o u v r i e r s p o u r l ' a i d e r ;


ils ne p e u v e n t , c o n n u e le m a î t r e , d o n n e r à l ' œ u v r e sa
d e r n i è r e p e r f e c t i o n ; mais ils l ' a i d e n t scion l e u r talent,
en s o r t e q u e tous c o n c o u r e n t r é e l l e m e n t à p r o d u i r e
l ' œ u v r e . D e m ô m e les écrits d e c e l l e s - c i , bien q u e
d é p o u r v u s du c h a r m e avec lequel j e te c o m m u n i q u e
ma l u m i è r e , s o n t c e p e n d a n t le fruit d e ma g r â c e ,
qui les aide et c o o p è r e à leur o u v r a g e ; aussi s e r o n t -
ils confirmés et a p p r o u v é s d a n s ma v é r i t é . T u m ' a s
d'ailleurs si s o u v e n t p r i é de n e p a s te laisser s é d u i r e
p a r l'esprit d ' e r r e u r , q u e lu p e u x à b o n d r o i t te c r o i r e
exaucée s u r ce p o i n t p a r ma b o n t é . »
Elle vit a l o r s trois r a y o n s du C œ u r divin se d i r i g e r
v e r s le c œ u r d e deux p e r s o n n e s qui écrivaient ce
l
l i v r e , ce qui d o n n a i t à e n t e n d r e q u ' e n a c c o m p l i s s a n t
cette œ u v r e , elles étaient i n s p i r é e s et fortifiées p a r la
g r â c e d i v i n e , et q u ' e l l e s étaient prêtes à a c c e p t e r d e
b o n c œ u r le travail et tout ce qui p o u r r a i t e n r é s u l t e r
p o u r elles.
Celle-ci dit e n c o r e : « H é l a s ! ô mon très d o u x a m i ,
p u i s q u e j ' a i été i n g r a t e p o u r vos d o n s el ne v o u s ai
j a m a i s assez r e m e r c i é , je d é s i r e q u e tous ceux q u i
liront ce livre r e n d e n t p o u r m o i , m i s é r a b l e , d e s a c t i o n s
de g r â c e s à v o u s - m ê m e , p a r v o u s - m ê m e . J e serai c o n -
solée s'il doit r e v e n i r de ce livre louange à v o u s et
profit aux l e c t e u r s . » L e S e i g n e u r r é p o n d i t : « T o u s
;
ceux q u l i r o n t ce livre ou e n t e n d r o n t p a r l e r de toi
n ' a u r o n t >|u'à r é c i t e r à celte i n l e n L i o n l ' a n t i e n n e :
« Tibi decus: A v o n s la gloire », ou q u e l q u e a u t r e p a r o l e

1 . T / u n e de ces p e r s o n n e s est, A n o i r e a v i s , s a i n l e G e r t r u d e , d o n t
les relations p a r t i c u l i è r e avec*. sainte Mechtilde son! plus d une fois
e
accusées d a n s le livre du s a i n t e ( i e r i r i i d r et aussi d a n s la 7 p a r t i e
de celui-ci.
C I N Q U I È M E P A R T I E . C H A P I T R E XXTV. 419

de l o u a n g e . Ce sera c o m m e s'ils faisaient e n t e n d r e


a u t a n t de c h a n t s d ' a m o u r d a n s le ciel, p o u r m ' h o n o r e r
cn p r é s e n c e d e l à t r è s sainte T r i n i t é .

CHAPITRE XXIII.

2f>. C E U X Q U I A I M E N T L E O O N D E O I E U D A N S L E S

A U T R E S P A R T A G E R O N T L E U R S M É R I T E S .

N E a u t r e f o i s , a p r è s a v o i r p r i é Dieu p o u r tous ceux


U qui liraient ce l i v r e , elle lui demanda quel mérite
p e u v e n t a c q u é r i r ceux qui a i m e n t le don de Dieu chez
a u t r u i , et elle r e ç u t cette r é p o n s e : « T o u s ceux qui
aiment m e s d o n s chez les a u t r e s r e c e v r o n t le même
mérite et la m ê m e gloire que ceux a qui j ' a i o c t r o y é
cette grâce *. Si une fiancée était ornée d'une p a r u r e
exquise qui la ferait briller au milieu de ses c o m p a -
gnes, d'autres fiancées p o u r r a i e n t a c q u é r i r une p a r u r e
semblable et d e v e n i r aussi belles ; ainsi les Ames de
ceux q u i , p a r l e u r c h a r i t é , s ' a p p r o p r i e n t de tels d o n s ,
p e u v e n t g a g n e r le m é r i t e et la gloire q u e je destine
aux p e r s o n n e s e n r i c h i e s d e ces d o n s . »

C H A P I T R E XXIV.

27. C O M M E N T C E L I V R E F U T C O M P O S É .

U E ce livre est v r a i m e n t de D i e u , qu'il a été com-


Q posé par sa g r â c e , qu'il esl, de nom c o m m e d'effet,
e
1 . Voir 5 p a r t i e cb. vu.
420 LE LIVRE DE LA GRACE SPÉCIALE.

le Livre de la grâce spéciale, c'est ce qui a clé déjà


exposé p l u s h a u l La p e r s o n n e qui l'écrivit, d ' a p r è s ce
qu'elle tenait d e l à b o u c h e de celle-ci ou d ' a p r è s les r é -
cils d'une p e r s o n n e qui causait familièrement avec elle'-,
fut favorisée d ' u n e vision p e n d a n t s o n s o m m e i l , il y a
e n v i r o n t r o i s a n s . Il lui s e m b l a i t q u e cette p e r s o n n e
agréable à D i e u , d o n t il est ici q u e s t i o n , c o m m u n i a i t
très d é v o t e m e n t . Au r e t o u r de la c o m m u n i o n , elle tenait
une g r a n d e fiole d'or, longue d ' u n e c o u d é e , et c h a n t a i t
à h a u t e v o i x : « S e i g n e u r , v o u s m'avez r e m i s c i n q
talents ; en voici de plus c i n q a u t r e s q u e j ' a i g a g n é s » ;
puis elle dit à tous : « Qui v e u t d u miel d e la céleste
J é r u s a l e m ? » T o u t e s les s œ u r s p r é s e n t e s au c h œ u r
s ' a p p r o c h a i e n t et r e c e v a i e n t un r a y o n d u miel c o n t e n u
d a n s la fiole. O r , la p e r s o n n e qui avait cette vision
s ' a p p r o c h a ; celle-ci lui d o n n a u n e b o u c h é e de p a i n
t r e m p é e de ce miel. Mais p e n d a n t qu'elle la tenait
d a n s ses m a i n s , elle vit u n e a u t r e merveille : ectle bou-
chée et le miel c o m m e n c è r e n t à a u g m e n t e r si b i e n q u e
la b o u c h é e d e v i n t un pain e n t i e r , Irais et t e n d r e , t a n -
dis q u e le miel a y a n t p é n é t r é le p a i n de toutes p a r t s
coulait c o m m e de l'huile non s e u l e m e n t s u r ses m a i n s ,
mais e n c o r e s u r t o u s ses v ê t e m e n t s et m ê m e s u r la
t e r r e qu'il i n o n d a .
J e ne c r o i s pas d e v o i r taire n o n p l u s le fait s u i v a n t .
Les p e r s o n n e s qui écrivaient ce livre le tenaient
s o i g n e u s e m e n t c a c h é ; or, un j o u r de fêle,Tune d'elles,
d é s i r a n t y l i r e , n'eut pas plus tôt o u v e r t le livre q u ' u n e
a u t r e lui dit avec impétuosité : « E h bien ! quel t r é s o r

1 . Voir 2" p a r t i e , r h \ u r .
e
2 C e s l - A - d i r e suinte ( î e r l i u d e . V o i r 5 p a r t i e , c h . x x n . et tes
notes.
CTVQTTIKMP PARTIE. (Aï \ ÎMTE!•' XXV. 421

y a - t - i l d a n s ce l i v r e ? A u m o m e n t où je Tai a p e r ç u ,
mon c œ u r cn a r e s s e n t i u n e si forte émotion, q u e tout
mon c o r p s en a t r e s s a i l l i . »
C'est d o n c avec r a i s o n q u e ce v o l u m e a reçu de
Dieu le n o m d e Livre delà grâce spéciale, p u i s q u ' o n
vient de le voir p r é s e n t é s o u s la figure d ' u n e si douce
liqueur et qu'il p é n è t r e d e s e n t i m e n t s si agréables
ceux qui seulement l ' a p e r ç o i v e n t . Rien n'est p l u s doux
en effet q u e la c o n s o l a t i o n d e la grâce divine ; rien
ne touche et n'éclaire l'âme c o m m e cette g r â c e qui
f a n i m e et la fortifie p o u r toute bonne œ u v r e . D'où
cette parole d e l ' A p ô t r e : Il est bon d affermir l'ame
parla grâce. i H e b . x i n , 9.) D e môme Je psalmisle
démontre q u e les p a r o l e s d e D i e u <el elles a b o n d e n t
dans ce livre) i l l u m i n e n t l'âme, c a r il dit : L'exposi-
tion de vos discours, Seigneur, donne 1 intelligence aux
petits enfants. ( P s . c x v m , HMÏ.i

C H A P I T R E XXV.

28. QUE LFS ŒUVRES DE CHARITÉ PURIFIENT DE TOUT


PÉCHÉ VÉNIEL.

on Ta écrit plus h a u t *, Dieu avait r e p r o c h é


(~iOMME
à celle-ci d e n e l'avoir p a s r e m e r c i é d e ses d o n s
connue elle l'aurait d û . A l o r s ses deux confidentes,
dans l'intention d'y s u p p l é e r p o u r elle, firent réciter
comme louange à Dieu l'antienne Ex qno omiua, e t c . ,

(1) Voir c h . XII.


422 î,K LIVUF OF, LA fiP.ACF. S P K 0 1 A L T Ï .

1
autant de fois qu'elle avait vécu de j o u r s s u r la t e r r e .
E t c o m m e celle-ci offrait c e s l o u a n g e s à D i e u , en
union de l ' a m o u r qui a l'ail c o u l e r de son c œ u r t o u s
ces dons; cl en union do la r e c o n n a i s s a n c e q u i , p a r
son F i l s , les l'ail lous refluer v e r s l u i - m ê m e , elle vit
jaillir d u c œ u r de Dieu les eaux l i m p i d e s d'un lleuve
i m p é t u e u x . D a n s son c o u r s , il purifiait de toute
souillure les â m e s de celles q u i , p a r c h a r i t é , a v a i e n t
récité ces p r i è r e s , el le S e i g n e u r d i t : « C'est ainsi
q u e tout acte de c h a r i t é purifie d u p é c h é v é n i e l ;
mais le p é c h é mortel, qui a d h è r e â l'âme a u s s i f o r t e -
ment q u e la poix, ne p e u t ê t r e enlevé q u e p a r la c o n -
lession et u n e plus g r a n d e c o n t r i t i o n . J e g a r d e aussi
tout acte de c h a r i t é d a n s m o n c œ u r , c o m m e u n t r é s o r
s p é c i a l e m e n t aimé, j u s q u ' à ce q u e v i e n n e à moi
celui qui Ta a c c o m p l i , cl a l o r s j e le lui r e n d s p o u r
m e t t r e le c o m b l e â son m é r i t e el à sa grâce. »
Mais u n e des p e r s o n n e s qui a i m a i e n t si t e n d r e m e n t
celle-ci d a n s le C h r i s t ne s'en t i n t p a s là. E l l e v o u l a i t
q u e la n é g l i g e n c e fût p l u s q u e l a r g e m e n t c o m p e n s é e ,
et, ne t r o u v a n t rien de m i e u x , clic lit c é l é b r e r a u t a n t
de m e s s e s q u e celle-ci avait p a s s é d ' a n n é e s s u r la
t e r r e . D e s religieux, c ' e s t - à - d i r e des F r è r e s et d e s
3
prélz'cs p i e u x , c é l é b r è r e n t d o n c l a messeBcncdîcla sit
à celte i n t e n t i o n , en l ' h o n n e u r de l ' a d o r a b l e T r i n i t é .
E l c o m m e oclle-ci offrait é g a l e m e n t ce» m e s s e s à
Dieu, d a n s u n sentiment d'action de g r â c e s et d ' a d -
miration p o u r la c h a r i t é q u i lui a fait o p é r e r d é t e l l e s
c h o s e s p a r m i les h o m m e s , le S e i g n e u r lui dit :
« D o n n e - m o i tout ce qui e s t à loi. » Aussitôt elle

1. Voir le ITérani, 1. V . . c h . iv à l a l i a .
2. Introït d e la T r i n i t é .
CINQUIEME PARTÏE. OUAPfTRK XXVI. 123

vida sa main, c o m m e si elle c u l clc pleine, d a n s la


main même de D i e u . Mais ce qu'elle avait d o n n é lui
apparut alors c o m m e un j o y a u de grand prix, une
sorle de collier en perles b l a n c h e s , roses el p o u r p r e s ,
figurant l'humble el g r a t u i t e c h a r i t é que ccDe-ei avait
pratiquée e n v e r s t o u t le m o n d e . Le Seigneur plaça
ce joyau s u r son c œ u r , et u n e merveilleuse et indici-
ble suavité s'en é c h a p p a . « T o u s ceux, dit le Seigneur,
qui a i m e r o n t ce don de ma g r â c e spéciale, tous ceux
qui,croyant à ma b o n t é , me r e m e r c i e r o n t h u m b l e m e n t
pour les âmes que j ' a i a d m i s e s à m o n intimité, j e l e u r
ouvrirai mon c œ u r a v e c une t e n d r e s s e spéciale. »
Cependant celle-ci put e n c o r e a d m i r e r q u a t r e lis qui
entouraient le m y s t é r i e u x j o y a u , e l l e Seigneur ajouta :
« Ce sont les vierges qui m ' o n t fait p o u r toi cet h o m -
mage. »

CHAPITRE XXVI.

29. COMMENT ON PEUT RENDUE POUR EEEE DES ACTIONS

DE U RACES A DIEU.

N E dévote p e r s o n n e avait l ' h a b i t u d e de r e p r é s e n -


U _ ter au Seigneur d a n s ses o r a i s o n s q u ' a y a n t t r a n s -
féré l'esprit de Moïse en d'autres ( N o m b r e s , xi), l'esprit
v
et la v e t u d'Elie en son disciple Elisée il p o u r r a i t
bien c o m m u n i q u e r aux s œ u r s l'esprit de sa s e r v a n t e
(de qui ces c h o s e s sont écrites) et aussi ses v e r t u s et
sa grâce. Elle traitait de ces d o n s , pour ainsi d i r e ,
comme d'un héritage à recevoir p a r testament.
Une fois d o n c elle dit à Dieu d a n s Je recueillement
IT> - SAINTE Mfa.CHm.tiF.
12î i.rc L I V I M : I > K I.A O J S A C K S Î ^ C T A L F .

cl la p r i è r e : « Mon S e i g n e u r Dieu, q u e dois-je faire


m a i n t e n a n t ? » Le S e i g n e u r lui r é p o n d i t : « J e vais le
d é c o u v r i r l'objet de les p r i è r e s et de tes v œ u x . Mon
a m a n t e , p o u r qui tu m e r e n d s si s o u v e n t des a c t i o n s
d e g r â c e s , avait des v e r t u s insignes ; mais elle m'a
plu s u r t o u t p a r les s u i v a n t e s : r e n o n c e m e n t c o m p l e t
à e l l e - m ê m e , parfaite union de sa v o l o n t é a v e c la
m i e n n e . Elle n'a r é e l l e m e n t j a m a i s v o u l u que l'ac-
c o m p l i s s e m e n t de ma v o l o n t é ; toutes mes œ u v r e s ,
t o u t e s mes décisions lui étaient a g r é a b l e s . E l l e était
aussi très c o m p a t i s s a n t e , et portail avec t e n d r e s s e
s e c o u r s et consolation aux â m e s affligées. E l l e aimait
son p r o c h a i n a b s o l u m e n t c o m m e e l l e - m ê m e ; j a m a i s ,
d a n s tout le c o u r s de sa v i e , elle n'a c h e r c h é à lui
n u i r e . Son c œ u r était c a l m e et pacifique : j a m a i s elle
n ' y a g a r d é ce qui a u r a i t pu t r o u b l e r m o n r e p o s en
elle. J ' a t t i r e r a i d o n c a v e c p l u s de d o u c e u r et d ' i n t i m e
suavité tous ceux qui l ' a i m e r o n t à c a u s e de m o i . A
ceux qui me l o u e r o n t p o u r elle ou m'offriront des
a c t i o n s d e g r â c e s , ou me féliciteront d ' a v o i r élu
el perfectionné u n e telle â m e , j e d o n n e r a i ce qui
leur a u r a plu d a v a n t a g e en elle, et j ' y ajouterai
e n c o r e ce qui a u r a été l'objet d e mes p r o p r e s préfé-
rences.
« Q u a n d celle-ci t o u c h e r a à sa d e r n i è r e h e u r e et
q u e j e v i e n d r a i la p r e n d r e a v e c moi, v o u s q u i p r é p a -
r e r e z a l o r s vos c œ u r s p o u r r e c e v o i r ma g r â c e , et qui
me r e m e r c i e r e z des d o n s q u e j e lui ai d é p a r t i s , v o u s
serez e x a u c é e s selon v o s v œ u x : les u n e s r e c e v r o n t
des c o n s o l a t i o n s s p i r i t u e l l e s ; je d o n n e r a i à d ' a u t r e s
h l u m i è r e de l ' e s p r i t ou la ferveur d e l ' a m o u r ; à
d ' a u t r e s e n c o r e , u n e s a g e s s e d i s c r è t e ou la d o c t r i n e
p o u r i n s t r u i r e le p r o c h a i n , ou l ' a v a n c e m e n t d a n s la
CINQUIÈME PAUTTE. C H A P I T R E XXV1T1. 42iï

sainte Religion afin qu'elles servent, d'exemple a u t o u r


d'elles- »
Alors cetle dévote p e r s o n n e d e m a n d a au S e i g n e u r :
«c E t de quelle façon, S e i g n e u r , p o u v o n s - n o u s vous
1
r e n d r e g r â c e s et l o u a n g e s p o u r elle ? » I-- r é p o n d i t
« Remerciez-moi p o u r tous les biens que j ai' o p é r é s ,
que j ' o p è r e e n c o r e cn elle cl q u e j ' o p é r e r a i à j a m a i s ,
spécialement p o u r les délices et l'agréable r e p o s que
j'ai goûtés d a n s son â m e , p o u r ce l o r r e n l de félicité
que j ' y ai fait c o u l e r , p o u r les saintes o p é r a t i o n s de
mon Esprit el p o u r la parfaite liberté avec laquelle je
pouvais p r e n d r e en elle m e s délices. »

CHAPITRE XXVII.

DE LA RÉSURRECTION FUTURE *

CHAPITRE XXVIII.

9
30 D E LA R É D E M P T I O N D E S CAPTIFS .

E Seigneur lui dit e n c o r e : « Celui qui v o u d r a me


L prier a v e c profil p o u r les captifs, p r i s o n n i e r s

c h a p i t r e xxvu do n o t r e é d i t i o n latine Je futura remn-



rectione a p p a r t i e n t a u c h . ix de la () p a r t i e cl concerne 1 Aine de
l'abbcssc G c r l r u d e : c est p o u r q u o i n o u s ne l'avons pas i n s é r é
n
dans celte ft p a r t i e .
2. Les deux c h a p i t r e s x x v m et xxix m a n q u e n t d a n s les g r a n d e s
éditions et ne se t r o u v e n t à celle p l a c e q u e d a n s les éditions
abrégées, m a n u s c r i t e s ou i m p r i m é e s .
426 L E L Ï V R E D E LA CRACK SPÉCIALE.

d a n s leurs c o r p s ou p r i s o n n i e r s de l e u r s p é c h é s ,
p o u r r a le Taire a i n s i :
« l ° P a r l ' a m o u r q u i m'a r c l c n u neuf m o i s captif a u
sein de la V i e r g e ;
(( 2 " Piv»-l'amour q u i m a e n v e l o p p é de langes el de
bandelettes ;
« o" P a r l ' a m o u r q u i m ' a l i v r é g a r r o t t é a u x m a i n s d e s
impies ;
« 4° P a r les c h a î n e s d o n t les juifs m ' o n t c h a r g é p o u r
m e livrer au j u g e ;
« 5° P a r les l i e n s q u i m ' a t t a c h è r e n t à la c o l o n n e de
la flagellation ;
<f 6 ° P a r les c l o u s qui m ' o n t fixé à la croix ;
« 7° P a r le s u a i r e q u i m'a e n v e l o p p é a p r è s la mort
p o u r q u e j e fusse m i s au s é p u l c r e ;
« P a r l ' a m o u r qui m'a e n c h a î n é d a n s toutes ces cir-
c o n s t a n c e s , on peut d e m a n d e r q u e j e délivre tel
h o m m e d e ses c h a î n e s o u d e s e s p é c h é s . »

CHAPITRE XXIX.

31. COMMENT LE S E J ON E U R JÉSUS LA RECOMMANDA

A SA MÈRE.

- J N E fois qu'elle venait de lire l ' E v a n g i l e : « Sfabat


X J jnxta evueem : D e b o u t p r é s de la c r o i x » ( J e a n ,
2(V), elle dil au S e i g n e u r , d a n s un élan d ' a m o u r :
« IICROMmandez-moi à voire Mère, ô Seigneur,
c o m m e vous lui a v e / r e c o m m a n d é J e a n v o t r e bien-
a i m é . » Aussitôt le S e i g n e u r , a c q u i e s ç a n t à son désir,
la remit aux m a i n s de sa Mère, en d i s a n t : « J e v o u s
CTNQDTÊME P A R T I E . C H A P I T R E XXX. 427

confie cetle â m e , ô ma M è r e , c o m m e j e vous confie-


rais mes p l a i e s . Si v o u s me v o y i e z g i s a n t b l e s s e , d e -
vant v o u s , v o u s v o u d r i e z m e p a n s e r et me g u é r i r ;
ainsi c a r e s s e z et consolez celle-ci d a n s t o u t e s ses
peines. J e v o u s la confie, c o m m e je vous r e m e t t r a i s le
prix qa-*? je v a u x , afin q u e v o u s ayez s o u v e n i r d u p r i x
auquel j e l'ai estimée, p u i s q u e je n'ai pas refusé de
mourir p o u r son a m o u r . J e vous la r e c o m m a n d e
comme l'objet d a n s lequel j ' a i placé toulcs les délices
de mon c œ u r , selon cette p a r o l e : Mes délices sont
d'être avec les enfants des hommes » ( P r o v . V T I I , 31).
L'Aine dit a l o r s : « O S e i g n e u r , ne voulez-vous pas
agir de m ê m e p o u r tous ceux qui vous désirent ? » Il
répondit : « O u i , c a r j e ne fais acception de p e r -
sonne. »

CHAPITRE XXX.

32. OE L'ADMIRABLE VIE D E CETTE VIERGE.

ous ne v o u l o n s pas n o u s é t e n d r e davantage q u o i -


N qu'il n o u s soit p o s s i b l e d'ajouter e n c o r e b e a u -
coup de faits ; mais la prolixité ou la multiplicité de
nos recils p o u r r a i t , ce q u ' à D i e u n e plaise, fatiguer
le lecteur. Ce que nous a v o n s écrit est peu de chose
en c o m p a r a i s o n d e tout ce q u e n o u s avons o m i s .
C'est pour la gloire de D i e u seul et p o u r Futilité du
prochain q u e n o u s p u b l i o n s ceci, parce qu'il n o u s
semblerait injuste de g a r d e r le silence s u r tant de
grâces que celle-ci a r e ç u e s d e D i e u , non tant p o u r
elle-même, à n o t r e avis, q u e pour n o u s et p o u r
428 I,K MVRTC DE I.A GïîACK SPÉCIALE.

ceux qui v i e n d r o n t a p r è s n o u s . M a i s c o m m e n o u s
n ' a v o n s r i e n dit e n c o r e d e la d i g n e el a d m i r a b l e vie
d u n e si v é n é r a b l e p e r s o n n e , il c o n v i e n t d e la l o u e r
en q u e l q u e m a n i è r e a v a n t cle t e r m i n e r , afin d e la
p r é s c n l e r c o m m e m o d è l e à c e u x qui v o u d r o n t m a r -
c h e r s u r se t r a c e s .
O r , celte m o n i a l e v é n é r a b l e a g a r d é avec un g r a n d
soin la v i r g i n i t é (qu'elle avail vouée dès l'âge de
sepl a n s ) , a v e c la parfaite p u r e t é du c œ u r . D e s s o n
enfance, elle s'était mise en g a r d e c o n l r e le p é c h é , à Ici
point q u e ses deux c o n f e s s e u r s a l l e s l è r e n l n ' a v o i r
j a m a i s r e n c o n t r é d ' à m c s aussi p u r e s et i n n o c e n t e s ,
q u e celle-ci cl sa s œ u r , la D a m e a b b e s s e . A u s s i , a p r è s
a v o i r e n t e n d u sa confession g é n é r a l e , le c o n f e s s e u r
ne lui i m p o s a - t - i l , p o u r tous ses p é c h é s , q u e la r é c i t a -
tion d u Veni Creator. Un a u t r e , en p a r e i l l e c i r c o n s -
t a n c e , lui d o n n a p o u r p é n i t e n c e le Te Deiun. Le p l u s
g r a n d p é c h é d e s o n enfance, et elle n e se le r a p p e -
lait q u ' a v e c d o u l e u r , était d ' a v o i r dit u n e fois q u ' e l l e
voyait u n v o l e u r d a n s la c o u r , t a n d i s qu'il n ' y en
avait p o i n t . E l l e n e se s o u v e n a i t p a s d'avoir j a m a i s
c o m m i s s c i e m m e n t a u c u n a u t r e m e n s o n g e . O n l'assi-
milera d o n c en t o u t e j u s t i c e a u x v i e r g e s qui s u i v e n t
l ' A g n e a u , p u i s q u ' e l l e p o u r r a le s u i v r e p a s à p a s p a r -
tout où il ira ; p o u r s'élever à celle s u b l i m i t é d e la
gloire s u p r ê m e , l'humilité i n d i s p e n s a b l e ne lui a p a s
plus m a n q u é q u e celle c h a s t e t é v i r g i n a l e , qui associe
familièrement cl d é l i c i e u s e m e n t à l'Agneau
O n la c o m p a r e r a bien a u s s i à nos p è r e s d a n s la
religion p u i s q u e , p o u r l ' a m o u r du C h r i s t , elle a m é -
p r i s é le m o n d e d a n s sa fleur, cl si bien e m b r a s s é la
p a u v r e t é qu'elle refusait m ê m e le n é c e s s a i r e . Ce n ' é -
tait qu'en vertu de l'obéissance qu'elle acceptait un
CWOmKVV P A U T Ï B . CÎTAVITRE XXK. 429
voile ("d'une étoffe p l u s (vue) ; ses a u t r e s v ê l e m e n t s
étaient du tissu le p l u s c o m m u n ; ses t u n i q u e s
étaient r a c c o m m o d é e s et r a p i é c é e s d a n s t o u s les s e n s
tandis qu'elle a u r a i t pu s'en p r o c u r e r d ' a u t r e s au gré
de ses d é s i r s .
Elle posséda en perfection toutes les a u t r e s v e r t u s
de la vie religieuse : le r e n o n c e m e n t à sa v o l o n t é
p r o p r e , le m é p r i s d e soi, la p r o m p l e o b é i s s a n c e , le
zèle de la prière et de la d é v o t i o n , l ' a b o n d a n c e des
larmes, l ' a m o u r d ' u n e c o n t e m p l a t i o n a s s i d u e . Elle
avait tellement r e n o n c é à elle-même et, d a n s cet o u b l i ,
s'était si bien a b s o r b é e d a n s le Christ, qu'elle usait
peu de ses sens e x t é r i e u r s , c o m m e on le lit de saint
B e r n a r d . Aussi m a n g e a i t - e l l e parfois des œufs p o u r r i s
sans m ê m e s'en a p e r c e v o i r ; l ' o d o r a t de ses voisines le
découvrit p l u s i e u r s fois. Q u a n d elle mangeait avec les
hôtes, elle refusait o b s t i n é m e n t de t o u c h e r à la v i a n d e .
Ceux qui c o n n a i s s a i e n t ses h a b i t u d e s m e t t a i e n t a l o r s
de la viande d e v a n t elle, et elle cn mangeait s a n s
le s a v o i r ; mais le s o u r i r e d e s h ô t e s la r a m e n a i t à
elle-même et elle s'apercevait a l o r s de sa m é p r i s e .
Elle distribuait la d o c t r i n e avec une telle a b o n -
dance que s e m b l a b l e m a î t r e s s e ne s'est j a m a i s vue
dans le m o n a s t è r e et q u e n o u s c r a i g n o n s fort, hélas !
qu'on ne l'y r e n c o n t r e j a m a i s p l u s L e s soeurs se
réunissaient a u t o u r d'elle c o m m e a u p r è s d'un p r é -
dicateur, pour e n t e n d r e la p a r o l e de Dieu E l l e était
le refuge cl la c o n s o l a t r i c e d e t o u s , et p o s s é d a i t p a r

1 . La p e r s o n n e q u i e x p r i m e celle c r a i n t e l o r s q u e la r e n o m m é e
de sainte G e r l r u d e était si g r a n d e au d e d a n s c o m m e a u d e h o r s
du monastère, ne p e u t ê t r e q u e celle s a i n t e e l l e - m ê m e . Les
dons spéciaux de sainte ( î e r l n u l e s o n t p r e l e n t s à ceux de s a i n t e
Mechtilde dans le llvvtxnl, liv. I, cii. m .
430 us uvnrc DE Ï-A GRÂCE SPÉCIALE.

un don s i n g u l i e r la g r â c e d e se faire o u v r i r a v e c
confiance les s e c r e t s des c œ u r s . Bien des p e r s o n n e s ,
non s e u l e m e n t d a n s le m o n a s t è r e , m a i s e n c o r e p a r m i
les r e l i g i e u x et les s é c u l i e r s , v e n a i e n t de loin et
attestaient q u ' i l s a v a i e n t été p a r elle d é l i v r é s d e l e u r s
p e i n e s , et n e t r o u v a i e n t nulle p a r t a u t a n t d e c o n s o l a -
tion q u ' a u p r è s d'elle. E l l e a d i c t é et e n s e i g n é u n si
g r a n d n o m b r e de p r i è r e s q u e si elles étaient r é u n i e s ,
elles d é p a s s e r a i e n t la v a l e u r d ' u n p s a u t i e r .
E l l e fut t e l l e m e n t é p r o u v é e p a r les d o u l e u r s et les
infirmités q u ' o n est en d r o i t de l'associer a u x m a r t y r s ;
de p l u s , elle mortifiait r i g o u r e u s e m e n t son c o r p s p o u r
o b t e n i r le s a l u t d e s p é c h e u r s . U n e fois, d a n s les j o u r s
qui p r é c è d e n t le C a r ê m e , elle e n t e n d i t le p e u p l e
c h a n t e r a v e c folie; e m b r a s é e du zèle d e Dieu et
t o u c h é e d e c o m p a s s i o n , elle p a r s e m a sa c o u c h e d e
m o r c e a u x d e v e r r e et d ' a u t r e s objets c a s s é s , p o u r
offrir au m o i n s à D i e u u n e r é p a r a t i o n , et s'y r o u l a
j u s q u ' à en ê t r e d é c h i r é e et c o u v e r t e d e plaies ; s o n
s a n g r u i s s e l a de t o u t e s p a r t s , et la d o u l e u r l ' e m -
p ê c h a l o n g t e m p s de se c o u c h e r ou d e s ' a s s e o i r .
A u t e m p s de la P a s s i o n d u S e i g n e u r , elle était si
é m u e q u ' e l l e n'en p o u v a i t p a r l e r s a n s v e r s e r d e s
l a r m e s . S o u v e n t a u s s i , q u a n d ses e n t r e t i e n s a v a i e n t
p o u r sujet la P a s s i o n ou l ' a m o u r de J é s u s - C h r i s t ,
elle s ' e m b r a s a i t d'une telle f e r v e u r q u e son visage et
ses m a i n s p r e n a i e n t la c o u l e u r de T é c r e v i s s e . Ceci
n o u s p o r t e à c r o i r e qu'elle a p l u s d u n e fois, en
e s p r i t , r é p a n d u son sang p o u r l ' a m o u r d j C h r i s t .
Ainsi q u e ces h o m m e s c h o i s i s , c ' e s t - à - d i r e les
a p ô t r e s , q u i s e r v a i e n t J é s u s - C h r i s t j o u r et n u i t ,
é c o u t a i e n t ses e n s e i g n e m e n t s p l e i n s de d o u c e u r et
j o u i s s a i e n t de sa p r é s e n c e , cette dévote d i s c i p l e da
CINQUIÈME PARTIE. CHAPITRE XXX.

C h r i s t c o n t e m p l a i t D i e u face à face par les y e u x de


son â m e , j o u i s s a i t v é r i t a b l e m e n t c h a q u e j o u r de ses
suaves e n t r e t i e n s et, c o m m e une disciple et u n e fille
chérie, était i n s t r u i t e p a r l u i - m ê m e de tout ce qu'elle
f
avait le désir ou la n é c e s s i t é de savoir. E h e c tait en
effet si i n t i m e m e n t u n i e à Dieu et lui avait fait de sa
volonté u n e offrande si parfaite, q u ' a p r è s sa p r o f e s -
sion, ainsi q u e l l e Ta r a p p o r t é e l l e - m ê m e , clic n'eut
j a m a i s , en a u c u n e c i r c o n s t a n c e , d'autre volonté que
le bon plaisir d e D i e u .
Les paroles de l'Evangile lui étaient u n e n o u r r i t u r e
merveilleuse et excitaient en elle des s e n t i m e n t s d une
telle d o u c e u r q u e s o u v e n t , en les lisant au c h œ u r , son
enthousiasme l ' e m p ê c h a i t d ' a c h e v e r et la faisait pres-
que tomber en défaillance. La m a n i è r e d o n t elle lisait
ces paroles saintes était d ' a i l l e u r s si fervente qu'elle
excitait la dévotion. D e m ê m e q u a n d elle chantait au
c h œ u r , elle était tout e n t i è r e à D i e u ; son a r d e u r l'en-
levait à elle-même d e s o r t e q u ' e l l e manifestait quel-
quefois ses s e n t i m e n t s p a r ses gestes, é t e n d a n t les
mains ou les é l e v a n t v e r s le ciel. D ' a u t r e s fois,
comme ravie en extase, elle ne sentait p a s le mou-
vement qu'on voulait lui i m p r i m e r et ne r e v e n a i t qu'à
grand'pcine aux c h o s e s e x t é r i e u r e s .
Douée aussi de l'esprit de p r o p h é t i e , elle a n n o n ç a
plus d'une fois l ' a v e n i r à c e r t a i n e s p e r s o n n e s . Une
dame était en g r a n d e c r a i n t e p o u r son m a r i à qui
ses ennemis p r é p a r a i e n t u n e e m b u s c a d e * ils vou-
laient l'attendre s u r le c h e m i n et le r e t e n i r p r i s o n -
nier jusqu'à ce qu'il eût consenti à l i b é r e r leurs
captifs. Cette d a m e vint se r e c o m m a n d e r à la
servante du Christ, qui lui répondit a p r è s avoir
1
prié : « J'ai vu le S e i g n e u r , sa main était dur*
432 r,K U V R K T)\l lé A CRACK SPKCTAUv

c o m m e Ja c o r n e el il disait : O n ne peut b l e s s e r cetle


m a i n ; d e m ê m e ses e n n e m i s n e p o u r r o n t lui faire de
m a l , » A p r è s celle r é p o n s e la d a m e p r i t c o n f i a n c e ,
p a r c e q u ' e l l e avait m a i n t e s fois r e c o n n u la vérité d e s
p a r o l e s d e celle-ci, et elle r e t o u r n a d a n s sa m a i s o n .
E l l e était a p e i n e r e n t r é e d a n s la ville, q u e les e n n e -
m i s s u r v i n r e n t el a s s i é g è r e n t le c h â t e a u , m a i s s a n s
s u c c è s . L a m ê m e d a m e r e c o m m a n d a u n e a u l r e fois
à la s e r v a n t e d e Dieu la p r o s p é r i t é et le s a l u t de
son m a r i , d o n t les e n n e m i s étaient n o m b r e u x ; elle
r é p o n d i t d ' u n ton p r o p h é t i q u e : « A d v e r s i t é s el p é r i l s
ne lui m a n q u e r o n t p a s , m a i s de captivité et d e b l e s -
s u r e m o r t e l l e le S e i g n e u r le p r é s e r v e r a . » L ' é v é n e -
m e n t justilia la p r o p h é t i e , c a r ce s e i g n e u r é c h a p p a
s o u v e n t p a r m i r a c l e au d a n g e r d'être fait captif.
M a i n t e n a n t que d i r o n s - n o u s e n c o r e ? N e peut-elle
pas ê t r e c o m p a r é e a u x e s p r i t s a n g é l i q u e s ? U n i e
avec eux s u r la t e r r e p a r u n lien d'étroite a m i t i é ,
elle était r a r e m e n t p r i v é e d e l e u r p r é s e n c e , el il
s e m b l e q u ' e l l e ait exercé l'office d é v o l u à c h a c u n de
l e u r s c h œ u r s . A i n s i elle r e s s e m b l e bien a u x A n g e s ,
d o n t le m i n i s t è r e est de s e r v i r , p u i s q u e sa c h a r i t é
c o m p l a i s a n t e et son c o m m e r c e a g r é a b l e o n t d o n n e
aux m a l h e u r e u x sa c o m p a s s i o n , aux p é c h e u r s ses
p r i è r e s , a u x tiedes le s t i m u l a n t de ses c o r r e c t i o n s ,
aux i g n o r a n t s ses sages l e ç o n s . A la m a n i è r e d e s
A r c h a n g e s , elle servit à p l u s i e u r s de m e s s a g e r a u p r è s
de Dieu par sa m i s é r i c o r d i e u s e i n t e r v e n t i o n . N e
r e s s c m b l a i i - c l l c pas aux V e r t u s , p u i s q u ' e l l e fut un
illustre m o d è l e de toutes les v e r t u s ? E t n o u s p o u v o n s
la c o m p a r e r aux P u i s s a n c e s , c a r la majesté foule-
p u i s s a n t e s'est r e m i s e bien s o u v e n t cn sa p u i s s a n c e
et lui a d o n n é un g r a n d p o u v o i r s u r le d é m o n . Un
CTNOT7IKMK P À K T Ï R OITAPJTUF X X X . 433
jour m ê m e , il s'en plaignit, d i s a n t a q u e l q u ' u n , d a n s
u n e a p p a r i t i o n , q u e ses m é r i t e s et ses p r i è r e s lui
enlevaient tous les j o u r s des â m e s .
Elle mérite aussi place à côté des P r i n c i p a u t é s
parce q u e s e m b l a b l e à un p r i n c e de la céleste milice,
s

elle s'est unie à sa s œ u r , la v é n é r a b l e D a m e A b b e s s e ,


pour g o u v e r n e r le m o n a s t è r e au spirituel et au tem-
porel avec u n e g r a n d e sagesse el r é g u l a r i t é . O n
l'associe également s a n s c i r e u r a u x D o m i n a t i o n s ,
puisqu'il esl p r o u v é qu'elle fut m a î t r e s s e de ses
affections et de ses a c t i o n s . O u i , elle dominait s e s
sentiments, c a r elle les dirigeait t o u s vers Dieu ; elle
dominait son c œ u r p a r une g a r d e vigilante exercée
sur lui ; elle d o m i n a i t ses actions en les a c c o m p l i s s a n t
toutes p o u r D i e u .
La sérénité el la p u r e t é parfaite d e son esprit
peuvent lui d o n n e r Je n o m de T r ô n e très tranquille
et très délicieux d u S e i g n e u r . R e m p l i e de la grâce
divine, elle i n d i q u a i t à q u i c o n q u e venait l'interroger
comment il fallait vivi^e et se c o n d u i r e ; elle semblait
alors r e n d r e des o r a c l e s au nom de Dieu r é s i d a n t
en elle. N o u s p e n s o n s m ê m e qu'elle r e s s e m b l e aux
Chérubins, c a r s o u v e n t p l o n g é e d a n s la s o u r c e de la
sagesse et p é n é t r a n t les p r o f o n d e u r s de la l u m i è r e ,
comme le soleil qui brille d a n s le t e m p l e de D i e u ,
elle a éclairé ceux qui venaient à elle p a r sa science
et sa sagesse. E l l e n o u s a s o u v e n t confié que p e n d a n t
la psalmodie c h a n t é e ou récitée, son esprit recevait
subitement d u S e i g n e u r l'intelligence de vérités incon-
nues pour d i e j u s q u ' a l o r s . Mais c'est s u r t o u t aux
Séraphins qu'il c o n v i e n t de c o m p a r e r cette vierge
angélique. Si s o u v e n t unie s a n s i n t e r m é d i a i r e à
L'amour même qui esl D i e u , si souvent s e r r é e avec
434 L E LIVRK O E LA (ÏUAOTC SPlÏGTALE.

t e n d r e s s e c o n t r e son C œ u r e m b r a s e , elle d e v i n t a v e c
lui un seul esprit de feu. S o n l a n g a g e était n o b l e
q u a n d elle parlait de D i e u ; l o r s q u ' i l s'agissait de
l ' a m o u r , ses p a r o l e s d e v e n a i e n t si ferventes q u ' e l l e s
e m b r a s a i e n t aussi ses a u d i t e u r s , d'où l'on p e u t d i r e
q u e ses d i s c o u r s , à l'exemple d e c e u x d ' E l i e , brûlaient
comme une torche ardente ( E c c l . XLVIII, 1).
N o u s a v o n s écrit ces q u e l q u e s lignes p o u r l o u e r sa
vie et la c o m p a r e r a u x s a i n t s a v e c q u i elle était si
é t r o i t e m e n t u n i e s u r la t e r r e q u ' e l l e j o u i s s a i t f r é q u e m -
m e n t de l e u r p r é s e n c e , s u r t o u t au j o u r de l e u r fête.
Mais q u e p e r s o n n e ne p e n s e qu'il est a b s u r d e de
c o m p a r e r à t o u s les s a i n t s u n e p e r s o n n e d u t e m p s
actuel, où n o u s v o y o n s déjà la fin des siècles, c'est-à-
dire la lie d e t o u s les vices et le d é g o û t de t o u t ce q u i
est b i e n . S a i n t G r é g o i r e dit en c o m m e n t a n t Ezéchiel :
ff D i e u d a i g n e i l l u m i n e r de p l u s en p l u s les h o m m e s
d ' u n e c o n n a i s s a n c e s u p é r i e u r e et l e u r r é v é l e r d a v a n -
tage ses s e c r e t s ; avec le t e m p s s'accroît l'intelligence
des c h o s e s spirituelles ». F a i s a n t i n t e r v e n i r ce p a s -
sage de D a n i e l s u r la fin d e s t e m p s : « La plupart
passeront, et la science se multipliera » ( D a n . x u , 4), il
dit e n c o r e : « Moïse en a p l u s c o n n u q u ' A b r a h a m , les
p r o p h è t e s p l u s q u e M o ï s e , les a p ô t r e s p l u s q u e les
p r o p h è t e s ». C'est ce q u e D a v i d atteste d e l u i - m ê m e :
<( Plus que ceux qui m enseignent et plus que les vieil-
lards f ai compris » ( P s . CXVIII, 100). O n lit d a n s jes vies
des P è r e s qu'ils firent cette p r o p h é t i e s u r la d e r n i è r e
g é n é r a t i o n : les h o m m e s d e ce t e m p s s e r o n t négli-
gents ; m a i s ceux q u i p a r m i eux s e r o n t parfaits v a u -
l
d r o n t m i e u x q u e n o u s et n o s frères .

1. A la suite de ce c h a p i t r e , 411e l ' é d i t i o n v u l g a i r e d e C o l o g n e


CïNQlMKME PAHTIE. CHAPITRU XXXÏ.

C H A P I T R E XXXI.

32. ACTIONS OE ORAGES POUR INACHÈVEMENT


D E CE M VUE.

É N I soit le S e i g n e u r , Dieu de Loule grâce, dont


B la volonté n o u s a d o n n é de t e r m i n e r ce livre,
e n t r e p r i s , n o n p a r la décision ou la p r é s o m p t i o n de
celles qui l'ont écrit, m a i s d'il près les conseils et les
a
o r d r e s de la D a m e a b b e s s e et le c o n s e n t e m e n t de
leur P r é l a t . La s e r v a n t e du C h r i s t à q u i fui i n s p i r é et
révélé ce qu'il c o n t i e n t , a lu elle-même, a p p r o u v é el
corrigé ce livre. Voici c o m m e n t le fait arriva :
Une nuit qu'elle était en p r i è r e , le S e i g n e u r lui
a p p a r u t , tenant ce l i v r e ouvert d a n s sa main droite.
Elle raconta eette vision aux deux p e r s o n n e s qui
écrivaient, el les p r i a de lui m o n t r e r le v o l u m e . Elles
refusèrent, c r a i g n a n t de l'affliger; mais celle-ci eut
une g r a n d e peine d e l e u r r e l u s cl leur dit qu'elle ne
se consolerait p a s a v a n t d'avoir lu l e u r m a n u s c r i t . La
nuit s u i v a n t e , étant e n c o r e en p r i è r e , elle vit la
glorieuse Vierge M a r i e p o r t a n t un bel enfant s u r son
bras. Elle se p r o s t e r n a à ses pieds et lui exposa la

e e
complc p o u r l e 3 3 , colle é d i t i o n e n pince u n 3 4 qui n'est que
l'abrégé de la 7° p a r t i e et q u e , p o u r c e l l e r a i s o n , n o u s a v o n s l a i s s é
de côté. L à s ' a r r ê t e n t t o n t e s les é d i t i o n s a b r é g é e s .
1. Celle a b b e s s e esl S o p h i e de Mansi'cld, qui prît le g o u v e r n e -
ment après ( i c r l r u d e de ï l a e k e b o r n el ne Ir qui lia p a s a v a n t
12Ï18, année de la m o r l de sainle M e r h l i l d e . Le Prélat est lit
Prévôt du m o n a s t è r e ou p e u t - ê t r e l ' é v é q u e d ' ï t a l b e r s t a d t .
(Noie de l'édition latine»)
16*
436 L E LIVRE D E LA CRACK SPÉCIALE.

c a u s e d e sa t r i s t e s s e . Mais la V i e r g e lui confia l ' E n f a n t


en lui d i s a n t : « R e ç o i s m o n F i l s , le c o n s o l a t e u r d e s
affligés : il a le p o u v o i r d ' a d o u c i r ton c h a g r i n . » E l l e
le p r i t avec j o i e et c'est à lui q u ' e l l e e x p o s a t o u t e
l'affaire : « N e c r a i n s r i e n , lui dit le S e i g n e u r ; cest
moi q u i ai p e r m i s tout cela ; d o n c ce livre esl m o n
o u v r a g e . Le don q u e lu a s reçu vient de moi ; aussi
réellement q u e tu as r e ç u de m o n e s p r i t , celles-ci o n t
été p o u s s é e s p a r mon e s p r i t à é c r i r e et à p o u r s u i v r e
l e u r t r a v a i l . A i n s i , ne c r a i n s r i e n , il n ' y a pas de
r a i s o n de l'affliger. C'est moi qui p r é s e r v e r a i ce livre
de tout d o m m a g e et de toute e r r e u r . » Il mit son
Ame en g r a n d e a s s u r a n c e , il lui dit t o u c h a n t l'exacti-
t u d e de l ' o u v r a g e : « E l l e s o n t cn t o u t e v é r i t é é c r i t
d ' a p r è s m o n e s p r i t t o u s les m o t s de ce l i v r e ; ils
brilleront à jamais dans leur couronne devant mes
yeux. »
C'est ainsi q u e le S e i g n e u r la d é l i v r a de s o n c h a -
g r i n , el à p a r t i r de ce j o u r , on lui m o n t r a le l i v r e
selon son d é s i r , et on lui en d o n n a l e c t u r e , s a n s rien
o m e t t r e , o J u f le d i a l o g u e et le d e r n i e r c h a p i t r e . E l
toutes les fois qu'il s'y r e n c o n t r a u n p a s s a g e d o u -
teux, elle en référa a u S e i g n e u r , qui se fit a l o r s le
vrai c o r r e c t e u r de ce l i v r e p a r l ' i n t e r m é d i a i r e d e sa
servante.
CINQlTfKME PARTIR. C H A P I T R E XXXII. 437

CHAPITRE XXXII.

D E TROIS BATTEMENTS DU COïUB DIVIN LORSQUE


J
L E SEIGNEUR EXP3RA .

N E interrogation fol. posée au Seigneur p o u r savoir


U c o m m e n i il avait si vile e x p i r e a p r è s trois b a l l e -
menls de son C œ u r d i v i n , ainsi qu'il a été dil d a n s
2
ce l i v r e . L e S e i g n e u r d o n n a celle r é p o n s e : « À
l'instant m ê m e où, d a n s l'allégresse de la très sainte
T r i n i t é , mon à m c fut créée, celle a d o r a b l e T r i n i t é ,
l'embrassant d a n s son i m m e n s e a m o u r , se r é p a n d i t
cn elle avec la plénitude d e sa d i v i n i t é , et lui lit don
de tout ce qu'elle p o s s é d a i t . D i e u le P è r e lui d o n n a
sa toute-puissance ; la p e r s o n n e du F i l s , sa sagesse
incréée ; le S a i n t - E s p r i t , toute sa b o n t é ou a m o u r , en
sorte que m o n â m e p o s s é d a i t p a r g r â c e t o u t ce q u e la
Divinité p o s s è d e p a r n a t u r e . D a n s cette union m ê m e ,
ce divin et éternel d é s i r q u ' e u t toujours la sainte
Trinité d ' u n i r la n a t u r e h u m a i n e à la divinité p o u r
racheter l ' h o m m e , e m b r a s a mon a m e d'un ineffable
amour p o u r l ' a c c o m p l i s s e m e n t de celle œ u v r e .
Connue, d ' a u l r e part, je c o n n a i s s a i s p l e i n e m e n t et
clairement, d a n s ma sagesse d i v i n e , la gloire de m o n
humanité, tout ce qui devait lui a r r i v e r el consé-
quemment le salut de l ' h o m m e d a n s toute son é t e n d u e ,

1. C'est p o u r n o u s c o n f o r m e r J U I X m e i l l e u r e s éditions q u e n o u s
donnons ici ce c h a p i t r e , q u i ne se t r o u v e pas d a n s les éditions
abrégées.
, e
2, l Partie, ch. v .
438 LE Ï.IVRK nu LA GRÂCE SPÉCIALE.

j ' e n c o n c e v a i s u n e joie d i v i n e d é p a s s a n t toute m e -


sure. Le très b i e n v e i l l a n t a m o u r inl'us d a n s mon
Ame p a r l ' E s p r i t - S a i n l la r e n d i t si e m p r e s s é e , si p r é -
parée à s a u v e r l ' h o m m e q u e le fardeau lui est d o u x
et lécjer.
« M a i s au m o m e n t où j ' a i été c o n ç u p a r l'opération
du S a i n t - E s p r i t , c'est-à-dire q u a n d m o n â m e fut u n i e à
mon c o r p s , la l o u l e - p u i s s a n c e dut m o d é r e r ce d é s i r
divin, la sagesse t e m p é r e r cette j o i e , l'onction du
S a i n t - E s p r i t a d o u c i r cette f e r v e u r d ' a m o u r , afin q u e
m o n h u m a n i t é c o n s e r v â t sa vie d a n s le t e m p s .
C e p e n d a n t , à l'heure de ma m o r t , cette c h a r i t é t o u t e -
p u i s s a n t e , sage et b i e n v e i l l a n t e , qui avait déjà si
v i g o u r e u s e m e n t fait b a t t r e m o n C œ u r , céda la v i c t o i r e
à la d i v i n i t é et d o n n a libre c o u r s à mon d é s i r et à ma
joie. E l l e saisit mon C œ u r d'un s u p r ê m e et i m m e n s e
a m o u r , el s é p a r a mon â m e d ' a v e c mon c o r p s . A u c u n
tourment dépassant m ê m e tout ce que l'esprit peut
i n v e n t e r ne m'eut s a n s cela d o n n é la m o r t . »

I
1
SIXIEME PARTIE .

CHAPITRE I.

D E LA V I E E T D E T.A M O R T O E LA V É N É R A B L E OA M E

A1JHESSE GEItTUITOE.

a b b e s s e , de 1res d o u c e m é m o i r e , D a m e Gcr-
N O T É E

Irudc, l'illustre ci. g l o r i e u s e lumière de noire


Eglise, s'épanouit c o m m e la rose d a n s loules les ver-
tus. Modèle de sainteté, ferme colonne de la vraie
religion, elle fut la s œ u r selon la e b a i r de la vierge
dont nous p a r l o n s en cet écrit. Dès son enfance, sa
sagesse et sa d i s c r é t i o n furent si merveilleuses qu'en
la dix-neuvième a n n é e d e s o n âge, r élection la lit
abbesse.
Elle g o u v e r n a i t a v e c t a n t d e m é r i t e , <V d o u c e u r et

1 . Cette sixième p a r t i e , q u i m a n q u e en b e a u c o u p de m a n u s c r i t s ,
fait un éloge pompeux de l'abbesse Gcrtrudc de Hackeborn, déjà
louée d a n s les ch. i cl n de la 5°partie, et clans le lieront liv. Y, c. n.
Ce qui concerne cette i l l u s t r e a b b e s s e fut révélé eu p a r t i e à sa
sœur sainte M e c h t i l d e , en p a r t i e à s a i n t e G e r t r u d e , el se t r o u v e
consigné d a n s l e u r s livres respectifs. P l u s i e u r s faits a y a n t trait à
ses vertus et s u r t o u t à sa m a l a d i e el à sa m o r t sont relatés en
termes tellement s e m b l a b l e s q u ' i l s s e m b l e n t bien d u s à la p l u m o
du même a u t e u r .
(Note il" l'édition latine.)
440 I.E LIVHE T>E EA OU A CE SPECIALE.

d e p r u d e n c e qu'elle .s'attira la v é n é r a t i o n et l ' a m o u r


d e t o u s ; elle se m o n t r a i t g r a c i e u s e et a i m a b l e d e v a n t
Dieu et d e v a n t les h o m m e s . L ' h u m i l i t é de sa c o n d u i t e
et de ses d é m a r c h e s b r i l l a i t d a n s ses p a r o l e s cl d a n s
ses œ u v r e s . O n la v o y a i t s o u v e n t p a r t a g e r avec les
s œ u r s les o u v r a g e s les p l u s v i l s et les t r a v a u x c o m -
m u n s . Parfois elle y a r r i v a i t la p r e m i è r e , ou m ê m e
travaillait seule j u s q u ' à ce q u e celles qui lui élaionl
s o u m i s e s fussent a t t i r é e s à l'aider p a r son e x e m p l e
ou ses b o n n e s p a r o l e s . A m a n t e de la v r a i e p a u v r e t é ,
elle éloignait d'elle-même et d e celles qui lui étaient
s o u m i s e s toute superfluilé d a n s les c h o s e s t e m p o -
relles.
Elle p r e n a i t le p l u s g r a n d soin des m a l a d e s ; au-
c u n e o c c u p a t i o n ne pouvait l ' e m p ê c h e r d é p a s s e r un
seul j o u r s a n s les visiter l'une a p r è s l ' a u t r e , p o u r
s ' e n q u é r i r avec sollicitude d e l e u r s m o i n d r e s d é s i r s ;
elle les s e r v a i t souvent de ses p r o p r e s m a i n s , a u t a n t
p o u r les d i s t r a i r e q u e p o u r les s o u l a g e r . A u s s i q u a n d
la vieillesse v i n t l'accabler d ' i n l i r m i t e s , elle se faisait
e n c o r e p o r t e r a u p r è s d e s m a l a d e s , et l o r s q u ' i l lui fut
i m p o s s i b l e de l e u r p a r l e r , son attitude et ses gestes
l e u r manifestaient e n c o r e un s e n t i m e n t fidèle de c o m p a s -
sion qui les a t t e n d r i s s a i t j u s q u ' a u x l a r m e s . E l l e était
a c c e s s i b l e à loules, et les c h é r i s s a i t toutes d ' u n a m o u r
si m a t e r n e l q u e c h a c u n e se c r o y a i t la p l u s a i m é e ; c'est
à peine sî l'on p o u v a i t d i s t i n g u e r celles de ses filles qui
lui étaient u n i e s p a r les liens du s a n g . Ses m a n i è -
r e s élaienl d o u c e s et a i m a b l e s ; aussi l o r s q u ' e l l e avait
adressé par devoir à quelque s œ u r une remontrance
s é v è r e , sans r e t a r d cl au m ê m e lieu, elle lui a d r e s s a i t
la p a r o l e avec autant d ' a m i t i é cl de d o u c e u r q u e si la
d é l i n q u a n t e n'eut pas failli. E l l e en agissait de m ê m e
STXTKMK PAttTÏK. CT1APITJÏF. ï. 411

lorsqu'au C h a p i t r e la justice l'obligeait à r é p r i m a n d e r


avec vigueur ; le C h a p i t r e fini, la s œ u r qui avait été
reprise était s û r e de t r o u v e r bon a c c u e i l . Il n'y avait
aucune s œ u r , m ê m e p a r m i les p l u s j e u n e s , qui n ' o s â t
lui p a r l e r avec confiance. J a m a i s on ne la vit, j a m a i s
on ne l'entendit se m o n t r e r s é v è r e sans molif r a i s o n -
nable, ni c o n l r i s l e r q u e l q u ' u n e p a r une saillie de
caraelèrc. P e n d a n t sa maladie, elle se munira d o u c e
et bienveillante, si gaie m ê m e el si patiente qu'elle
égayait et réjouissait tous ceux qui venaient la visiter
ou la servir.
Elle se délectait d a n s l'étude attentive des saintes
E c r i t u r e s , elle s'y livrait le plus p o s s i b l e . Elle exigeait
des s œ u r s non s e u l e m e n t l ' a m o u r des saintes lettres,
niais aussi u n e é t u d e capable de les fixer d a n s leur
mémoire. C'est p o u r q u o i elle se p r o c u r a i t p o u r son
église, ou faisait t r a n s c r i r e p a r les s œ u r s tous les b o n s
livres qu'elle pouvait t r o u v e r . Elle tenait b e a u c o u p
aussi aux p r o g r è s des j e u n e s filles d a n s les arts libéraux,
disant que si le zèle de la science venait à se refroidir,
on ne c o m p r e n d r a i t plus la sainte E c r i t u r e , el q u e
deviendrait a l o r s le culte de la religion? Aussi obli-
geait-elle souvent les plus j e u n e s , moins formées aux
lettres, à u n e é t u d e plus a s s i d u e , surveillées p a r les
maîtresses q u ' e l l e l e u r d o n n a i t . Sa dévotion et
sa ferveur étaient g r a n d e s p e n d a n t la p r i è r e , ses
larmes t a r i s s a i e n t r a r e m e n t . S o n â m e était si t r a n -
quille, son c œ u r si l i b r e et si dégagé de tout souci
que, souvent a p p e l é e à la fenêtre (du parloir) ou à
d'autres affaires p e n d a n t l ' o r a i s o n , elle r e t r o u v a i t
dès son r e t o u r toute la p u r e t é d e sa dévotion. Enfin
elle s'était fait de la p r i è r e une telle h a b i t u d e , q u e d a n s
la vieillesse, m a l g r é la défaillance d e ses ïoixca el m ê m e
442 LE L1VHE D E LA GRACE SPÉCIALE.

de scs s e n s , p u i s q u ' e l l e lui p r i v é e d e l'usage d e la p a r o l e ,


elle c o m m u n i a i t e n c o r e a v e c le r e s p e c t cl l ' a b o n -
d a n c e de l a r m e s qu on avail r e m a r q u é s en elle tous les
a u t r e s j o u r s de sa v i e . L o r s q u e les s œ u r s lui parlaient
d e Dieu, elle témoignait sa satisfaction en r e m e r c i a n t
p a r l'expression de ses trails el p a r des s i g n e s de tête ;
j a m a i s elle ne fut assez a b s o r b é e p a r la m a l a d i e p o u r
n e p o i n t manifester son c o n t e n t e m e n t q u a n d elle en-
tendait un d i s c o u r s ou m ê m e s e u l e m e n t u n e p a r o l e s u r
Dieu. E l l e voulait q u ' o n la c o n d u i s î t s o u v e n t à la
m e s s e , et suivait avec tant d e zèle el d ' a t t e n t i o n les
heures canoniales qu'elle triomphait de l'assoupis-
sement el de ses h a b i t u d e s p o u r se t e n i r en éveil
tout le temps q u ' e l l e s d u r a i e n t .
L a p u r e t é de son c œ u r fut si g r a n d e d è s s o n enfance
q u ' e l l e ne voulait pas e n t e n d r e la m o i n d r e p a r o l e
c a p a b l e de la s o u i l l e r . Q u e d i r e e n c o r e ? T o u t ce
qu'on p e u t i m a g i n e r de v e r t u , de s c i e n c e , d e véritable
e s p r i t religieux, brillait en elle c o m m e en u n m i r o i r .
T r è s fervente d a n s son a m o u r et sa piété envers
D i e u , elle atteignit le p l u s h a u t d e g r é d e la t e n d r e s s e
et d e la sollicitude à l'égard du p r o c h a i n , et fut la
p r e m i è r e d a n s l ' h u m i l i t é el la mortification à l'égard
d'elle-même. Avec les enfants, elle se m o n t r a i t douce
et i n d u l g e n t e , sainle et d i s c r è t e a v e c les s œ u r s plus
j e u n e s , très sage et p r é v e n a n t e avec les a n c i e n n e s .
J a m a i s on ne la t r o u v a i t i n o c c u p é e , c a r elle t r a -
vaillait des m a i n s dès qu'elle cessait de p r i e r , d'ins-
t r u i r e o"* de l i r e . Enfin elle fut si v r a i m e n t g r a n d e ,
se g o u v e r n a e l l e - m ê m e et dirigea ses filles d ' u n e
m a n i è r e si digne de l o u a n g e q u e , si j ' o s e ainsi p a r l e r ,
elle n'eut point sa pareille d a n s le p a s s é et uc l'aura
j a m a i s d a n s l'avenir.
SIXTÊMF PARTIT,. C I 1 A P Ï T R F . X. 44^

Il y avail q u a r a n t e ans q u ' e l l e gouvernait n o t r e


m o n a s t è r e l o r s q u ' e l l e lut a t t e i n t e de n o m b r e u s e s
infirmités. Malade p e n d a n t p l u s d'une a n n é e , elle
perdit e n s u i t e l'usage de la p a r o l e . Sa pieuse s œ u r ,
qui c r a i g n a i t u n e fin p r o c h a i n e , r e d o u b l a de Ferveur
dans ses p r i è r e s afin q u e le S e i g n e u r daignai d i s p o s e r
toutes c h o s e s d ' u n e p a r t selon son bon plaisir, de
l'autre selon les besoins d e celte ânu. Mais elle
lut tout à c o u p ravie d a n s le ciel où elle vil d a n s le
miroir de la divine P r o v i d e n c e q u e sa s œ u r la D a m e
Abbessc ne m o u r r a i t pas e n c o r e malgré celte maladie.
Cependant l ' a r m é e des s a i n t s p r é p a r a i t déjà avec
allégresse l'arrivée et Ja r é c e p t i o n de cetle g r a n d e
épouse de D i e u .
La b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e , o u t r e ses s p l c n d i d e s
o r n e m e n t s , se m e t t a i t aux m a i n s des gants b l a n c s
comme la neige : s u r l'un était b r o d é u n aigle d ' o r , s u r
l'autre un lion également d'or. Ces gants s y m b o l i s a i e n t
1 ame q u e la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie se disposait à
accueillir s o l e n n e l l e m e n t et q u i , s u r trois p o i n t s en p a r -
ticulier, peut lui être c o m p a r é e : son i n n o c e n c e virgi-
nale n'csl-cllc p a s a u s s i b l a n c h e que les gants de la
Vierge, tandis q u e sa s u b l i m e et profonde c o n t e m p l a -
tion est figurée p a r un aigle, et sa v i g o u r e u s e c o n -
stance à t r i o m p h e r des v i c e s , p a r un l i o n ?
Les P a t r i a r c h e s el les P r o p h è t e s p r é p a r a i e n t des
corbeilles d ' o r r e m p l i e s de d i v e r s j o y a u x , i n d i q u a n t
p a r l a qn'ellc avait p o u r v u a v e c sagesse et fidélité aux
besoins s p i r i t u e l s e t t e m p o r e l s de t o u s s e s s u b o r d o n n é s .
Les A p ô t r e s p o r t a i e n t d e v a n t eux p o u r lui faire h o n -
neur, de g r a n d s livres magnifiquement o r n é s , c a r elle
avait distribué aux siens la s a i n e doctrine, ce qui lui
lui d o n n a i l les mérites d'un a p o l r e . Les M a r t y r s
444 LE LIV HE D E LA OHACK SPÉCIALE.

avaient en m a i n de r e s p l e n d i s s a n t s b o u c l i e r s d ' o r dont


ils devaient lui Taire h o m m a g e à c a u s e d e son infa-
tigable patience d a n s t o u t e s les a d v e r s i t é s , ce qui
e n faisait l e u r é m u l e . L e s C o n f e s s e u r s é t a i e n t c o u v e r t s
de c h a p e s s p l e n d i d e s aux l a r g e s plis afin d e lui faire
c o r t è g e , c a r sa vie d a n s la sainle religion et ses s a i n t s
e x e m p l e s lui avaient a c q u i s des m é r i t e s égaux aux
l e u r s . L e s Vierges d a n s l e u r s a p p r ê t s niellaient des
a u r é o l e s el des m i r o i r s , p o u r les offrira la m a l a d e , en
signe de son i n n o c e n t e p u r e t é et p o u r r a p p e l e r la loua-
ble c o u t u m e qui la portait à e x a m i n e r s o u v e n t sa vie
au clair m i r o i r des e x e m p l e s de J é s u s - C h r i s t , afin de
c o n s t a t e r si elle a r r i v a i t à p r e n d r e p l u s ou m o i n s la
r e s s e m b l a n c e de Dieu. C'est ainsi qu'elle avait mérité
d'être r é u n i e aux s a i n t e s vierges et. d ' o c c u p e r m ê m e
un r a n g s u p é r i e u r p a r m i elles

C H A P I T R E IL

D O U Z E A N G E S A S S I S T E N T LA MALADE.

A N S la suite, sa s œ u r , p r i a n t e n c o r e p o u r elle, vit


D s o n a m e s o u s l a f o r m e d ' u n e maison t r a n s p a r e n t e ,
au milieu de laquelle D i e u était a s s i s et r a y o n n a i t
c o m m e le soleil à t r a v e r s le cristal. L e S e i g n e u r dit :
« De m ê m e q u e lu m e vois s a n s o b s t a c l e à t r a v e r s e e l t e
m a i s o n , ainsi tu peux me r e c o n n a î t r e en son rime, d a n s
toutes les œ u v r e s el les v e r t u s qu'elle p r a t i q u e a c -
tuellement, en p a r t i c u l i e r d a n s la p a t i e n c e , la bien-
veillance, la b o n n e h u m e u r ; la g r â c e de Dieu lui a
s r x i K M K p A i m u . eu A P I T R K II. 445
départi ces fions plus e n c o r e q u e la n a t u r e . C'est moi
qui opère ces v e r t u s en clic et p a r clic. »
P u i s elle vit a u t o u r rie la c o u c h e de la m a l a d e
douze a n g e s d é p u t é s à s o n s e r v i c e qui r a p p o r t a i e n t
sans cesse au Seigneur tout ce qui se passait a u t o u r
d'elle, ainsi q u e ses v e r t u s el les actions des p e r s o n n e s
qui la s e r v a i e n t . A ses p i e d s étaient trois anges qui
e n t r e t e n a i e n t sa patience ; elle cn était si largement,
p o u r v u e q u e les douze anges n'étaient pas trop nom-
breux p o u r en l o u e r le S e i g n e u r D i e u . A g a u c h e , trois
a r c h a n g e s lui i n s p i r a i e n t la b o n n e volonté, les i n t e n -
tions, les saints d é s i r s . A d r o i t e , trois anges du c h œ u r
des T r ô n e s lui servaient la t r a n q u i l l i t é , la m a n s u é t u d e
el Ja piété. À la tête, trois a n g e s d u c h œ u r des D o m i -
nations s ' e m p a r a i e n t de l ' h o n n e u r , de la vénération
et de la c h a r i t é témoignés p a r les s œ u r s à la m a l a d e
et les t r a n s p o r t a i e n t avec j o i e en présence du Roi
suprême.
Mais sa s œ u r se r e p r o c h a c o m m e un p é c h é de
d e m e u r e r si volontiers a u p r è s d'elle, p a r c e q u e l l e
craignait de céder en cela à u n sentiment h u m a i n ; elle
consulta d o n c le Seigneur qui lui r é p o n d i t : « T u n'as
commis a u c u n e faute. Ses s e n s , ses m o u v e m e n t s , tous
les moyens de p é c h e r lui o n t été e n l e v é s ; j e l'ai mise
cn un état où sa vie n e peut en rien me d é p l a i r e . De
plus, tu ne me t r o u v e r a s cn a u c u n lieu, si ce n ' e s t au
sacrement de l'autel avec p l u s d e vérité cl d e certi-
tude qu'en elle et avec elle, et tu r e n c o n t r e r a » en elle la
conformité parfaite avec mes m œ u r s et mes vertus.,fe
me suis m o n t r e plein de b é n i g n i t é , de m a n s u é t u d e el

1. Le S e i g n e u r d é c l a r a la m ê m e c h o s e à propos de s u i n t e Ger-
trude. (V. le Héraut, l i v . I, ch. m.)
446 LE LTVRE DE LA GRACE SPÉCIA TE.

d'amabilité e n v e r s n i e s disciples cL e n v e r s lous les


h o m m e s ; elle en agit de m ê m e à Végard de ses sujets
cl de quicon((uc vient vers elle. J a i e n d u r é a v e c
d o u c e u r , joie et p a t i e n c e toutes les injures et les peines
q u ' o n m a faites; c'est ainsi qu'elle s u p p o r t e cf'uncœur
doux et c o n t e n t les maladies et les d o u l e u r s . Dans m o n
e x t r ê m e libéralité, j ' a i d i s t r i b u é à mes b o u r r e a u x tout
c e q u e j e p o s s é d a i s ; ainsi avec la libéralité de c œ u r
qui Ta toujours d i s t i n g u é e , elle d o n n e m a i n t e n a n t tout
ce qui lui a p p a r t i e n t . »

CHAPITRE [II.

QUE LE cnmsT JÉSUS SE REÇOIT EN ELLE-MÊME

N E a u t r e fois, c o m m e elle devait c o m m u n i e r , sa


U s œ u r pria le S e i g n e u r de d a i g n e r se r e c e v o i r lui-
m ê m e en clic et d'offrir à D i e u le P è r e un digne t r i b u t
de l o u a n g e et d'actions de g r â c e s , p u i s q u ' e l l e ne
pouvait p a r l e r . A quoi le S e i g n e u r r é p o n d i t ; ce N e
suis-je pas obligé d'agir ainsi ? U n v o l e u r m ê m e le
ferait s'il v o u l a i t se m o n t r e r j u s t e ; il r e n d r a i t l'objet
volé ou r e s t i t u e r a i t l'équivalent. Je lui ai enlevé l'usage
de la p a r o l e ; j ' a c q u i t t e r a i p a r m o i - m ê m e au c e n t u p l e
ce qu'elle ne p e u t d o n n e r . »
Il l u i s e m b l a q u e le S e i g n e u r se tenait à la d r o i t e de
la m a l a d e , r e v ê t u d'un m a n t e a u d ' o r g a r n i de fleurs
v e r t e s , et q u e la p r e n a n t a v e c a m o u r e n t r e ses b r a s ,
il lui donnait: u n baise»' en d i s a n t : « Reçois-en des
milliers de mille, o mon é p o u s e . » L e vêlement d'or
du Seigneur figurait l ' a m o u r d e son C œ u r divin, el le&
SIXIKMP- VA1ÏTÎR. rnAPTTP.K TfJ. 447

fleurs v e r t e s , la fraîcheur el l ' é p a n o u i s s e m e n t d e s


vertus qu'il avait p r a t i q u é e s s u r la t e r r e . U n e rose
splendide brillait s u r sa p o i t r i n e ; elle semblait aussi
de c o u l e u r v e r t e , m a i s t o u t e n r i c h i e de p i e r r e s p r é -
cieuses ; la m a l a d e j o u a i t a v e c cette fleur qui signifiait
le c o m p l e t a b a n d o n qu'elle avait p r a t i q u é en toutes
circonstances.
Le visage de la m a l a d e devint alors d ' u n e si écla-
tante beauté, q u e celle-ci ne croyait pas en avoir
jamais vu d'aussi s p l e n d i d e ; il laissait p o u r ainsi dire
percer la beauté de l'âme i n v i s i b l e ; ses s o u r c i l s
en p a r t i c u l i e r , bien d e s s i n é s , légèrement a r q u é s ,
remettaient cn m é m o i r e la merveilleuse p r é v o y a n c e
qui avait présidé à toutes les dispositions de son gou-
vernement. L e r a y o n n a n t éclat d e ses y e u x rappelait
le r e g a r d de m i s é r i c o r d e q u ' e l l e dirigeait a v e c t a m de
compassion s u r ses sujets en d é t r e s s e , t a n d i s q u e ses
lèvres vermeilles r e d i s a i e n t les fréquents e n s e i g n e -
ments qu'elle faisait e n t e n d r e à ceux q u i vivaient
sous sa c r o s s e ou q u i , de l o i n , venaient la c o n s u l t e r .
Une a u t r e fois, sa s œ u r , a p r è s avoir c o m m u n i é , dit
encore au S e i g n e u r : « J e v o u s en conjure, ô S e i g n e u r ,
souvenez-vous d u zèle a v e c lequel v o t r e s e r v a n t e
amenait les s œ u r s , tantôt p a r c a r e s s e s , t a n t ô t p a r
menaces, à p r a t i q u e r v o l o n t i e r s la c o m m u n i o n fré-
quente. L a maladie l ' e m p ê c h e m a i n t e n a n t de r e c e v o i r
votre c o r p s a d o r a b l e , veuillez donc v o u s d o n n e r
vous-même à elle p a r le m o y e n qui convient à v o t r e
royale libéralité. » L e S e i g n e u r r é p o n d i t - « Elle me
possède c o m m e E p o u x , ami fidèle e l s e u l c o n s o l a t e u r .
— Comment peut-il être exact, reprit-elle, q u e v o u s
soyez son seul c o n s o l a t e u r , p u i s q u e son s o u r i r e
dénote une certaine satisfaction q u a n d elle reçoit dea
448 LE LIVRE DE LA «RACE SPÉCIALE.

a u t r e s un s e r v i c e ou un pclil p r é s e n t ? N e s e m b l e -
t-clle pas p r e n d r e e n c o r e plaisir aux c h o s e s t e r r e s -
t r e s ? » Le S e i g n e u r r é p o n d i t : « Mais ne r e m a r q u e s - t u
pas q u e , l o r s q u e v o u s faites le c o n t r a i r e d e ce qu'elle
d e m a n d e , Faute de c o m p r e n d r e ses s i g n e s , olle v o u s
sourit c e p e n d a n t a v e c a u t a n t de b o n t é q u e si v o u s
lui aviez fait g r a n d b i e n ? S a c h e d o n c qu'elle est
si fermement établie on moi q u e , d e v a n t tout ce qui
a r r i v e d ' a g r é a b l e ou de pénible, elle g a r d e toujours
la m ê m e a t t i t u d e . »
Une a u t r e fois e n c o r e qu'elle d e v a i t c o m m u n i e r ,
celte m ê m e s œ u r vit le S e i g n e u r J é s u s s o u s la forme
d'un beau et n o b l e j e u n e h o m m e , â g é d ' e n v i r o n d o u z e
a n s . D e son b r a s d r o i t , il enlaçait son é p o u s e et il Jui
d i s a i t : « J e l'ai p r i s la main d r o i t e , c a r je m e fais
t o n c o o p c r a l e u r en toutes tes œ u v r e s ; je t'ai p r i s le
pied d r o i t , j e me fais Ion c o n d u c t e u r . J e te d o n n e r a i
l'éclat d ' u n e v i r g i n i t é p e r p é t u e l l e ; la joie et l'allé-
g r e s s e p o u r c o m p e n s e r tes infirmités ; l'agilité p a r -
faite au lieu du poids actuel de ton c o r p s . Enfin tu
j o u i r a s de moi d a n s u n e éternelle félicité. »

C H A P I T R E IV.

DE SON HEUREUX TRÉPAS.

L A fin d o n c , c o m m e ce r a y o n d e soleil d e s c e n d a i t
A vers le c o u c h a n t d e la m o r t , et q u e cette b r i l l a n t e
c o u r o n n e de n o t r e gloire s'inclinait déjà v e r s le tom-
b e a u , afin de la mieux p r é p a r e r le S e i g n e u r lui enleva
p e n d a n t v i n g t - d e u x semaines l'usage de la p a r o l e ,
SIXIÈME P A K T I E . CIIAPTTÏ1K IV. 449

d ' u n e m a n i è r e en q u e l q u e s o r t e m i r a c u l e u s e , p u i s -
qu'elle ne p o u v a i t p l u s dès lors faire c o n n a î t r e ses
b e s o i n s m ê m e p a r signes \ et q u e c e p e n d a n t elle p r o -
nonçait e n c o r e deux mots : « spirilus meus : mon
e s p r i t ». E l l e se s e r v i t dès l o r s de ces deux m o t s p o u r
tout e x p r i m e r . Il a r r i v a p l u s d'une fois q u e , ne le
c o m p r e n a n t p a s , on lit tout le c o n t r a i r e de ce qu'elle
voulait, et elle le s u p p o r t a i t sans se d é p a r t i r de sa
bonté et de sa p a t i e n c e a d m i r a b l e s . Dieu habitait
v r a i m e n t en elle et avec elle ; il la dirigeait entière-
ment selon son bon p l a i s i r , p a r son très d o u x esprit.
C o m m e elle ne faisait q u e r é p é t e r ces mots : « Mon
e s p r i t » , sa s œ u r lui dit une f o i s : « El qui d o n c est
votre e s p r i t ? ou bien à quel c h œ u r des auges a p p a r -
tient-il? » Aussitôt sa l a n g u e se délia, cl elle pul
r é p o n d r e : « Mon esprit esl u n séraphin »
Il y avait e n v i r o n u n mois qu'elle avait ainsi p e r d u
la parole, l o r s q u ' u n matin elle se trouva si mal q u ' o n
la c r u t à l'agonie. C o m m e on lui d o n n a i t cn hàle les
d e r n i è r e s o n c t i o n s en p r é s e n c e du couvent r a s s e m b l é ,
le Seigneur J é s u s a p p a r u t à plusieurs p e r s o n n e s ,
revêtu de la b e a u t é q u e d é c r i t saint B e r n a r d , é t e n d a n t
les b r a s c o m m e p o u r l'y recevoir, la regardant avec
tendresse, et se p l a ç a n t toujours en face d e l à malade,
de quelque côté qu'elle se t o u r n a i , c o m m e s'il cul
attendu l'heure de sa d é l i v r a n c e avec de v é h é m e n t s
désirs.

1. V . le Ilcrauf, l i v . V . c h . i.
2. C est à-dire m o n e s p r i t , m o u Ame est toute l i r û î a u t r da
J'amour de Dieu Comme u n s é r a p h i n .
450 u: T/TVRÏ; or. I.A GRÂCE SPÉCIALE.

C H A P I T R E V.

SUITE

E j o u r a p p r o c h a i t , s a l u é d ' a v a n c e p a r lant de
L j o y e u x d é s i r s , p r é p a r é p a r lant d e d é v o t e s p r i è r e s ,
j o u r où elle e n t r a v r a i m e n t en a g o n i e . L e S e i g n e u r
p a r u t v e n i r en h â t e à sa r e n c o n t r e , a y a n t à côté d e lui
la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e à d r o i t e , s o n b i e n - a i m é
d i s c i p l e saint J e a n r E v a n g é l i s t c à g a u c h e . L e s h a b i -
tants d e la c o u r céleste a r r i v a i e n t en foule à l e u r suilc
et s p é c i a l e m e n t l ' a r m é e des vierges ; elle p a r u t ce
j o u r - l à r e m p l i r la m a i s o n et se m ê l e r au c o n v e n t , qui
d e m e u r a toute la j o u r n é e au lieu m ê m e où t r é p a s s a i t
sa M è r e . L e s s o u p i r s et les sanglots t r a h i s s a i e n t la
d o u l e u r des filles ; m a i s elles d o n n a i e n t a u s s i à l e u r
M è r e d e dévotes o r a i s o n s . C e p e n d a n t le S e i g n e u r
J é s u s semblait p a r ses gesles t é m o i g n e r t a n t d'affec-
tion à la m a l a d e q u e l ' a m e r t u m e d e l à m o r t dut lui
ê t r e bien a d o u c i e . Q u a n d on en fut d a n s la P a s s i o n
à ces m o t s : puis inclinant la tête, il rendit F esprit
( J o a m xix, 30), le S e i g n e u r , c o m m e s'il ne p o u v a i t
c o n t e n i r d a v a n t a g e l ' a r d e u r de son a m o u r , s'inclina
v e r s la m o u r a n t e el, de ses deux m a i n s , o u v r i t au-
d e s s u s d'elle son p r o p r e C œ u r .
SrXCFMR PA K T I K . CM\rpT,ï< VÏ f 451

C H A P I T R E VI.

OU MOMKNT MKMK I)K S O N IIKUIilttTX T K É P A S .

était près Ho s o n n e r où l'Epoux céleste,


L 'IIKITIÎK
royal Eils du P è r e l o u l - p u i s s a n l , allait r e c e v o i r
sa b i e n - a i m é e , délivrée de la p r i s o n terrestre de son
corps a p r è s d e longs s o u p i r s . E l l e allait r e p o s e r avec
lui d a n s le lit nuptial de l ' a m o u r . Celle à m c h e u r e u s e ,
cent lois h e u r e u s e , prit son e s s o r avec un b o n h e u r
inestimable v e r s ce s a n c t u a i r e surexcellenU c'est-à-
dire v e r s le C œ u r 1res doux d e J é s u s - C h r i s t , qui lui
avait été o u v e r t avec tant d e joie el de fidélité. Ce
qu'elle e n t e n d i t , ce qu'elle ressentit là. la part de
béatitude q u e la s u r a b o n d a n c e de la m i s é r i c o r d e fit
p é n é t r e r en elle, a p r è s lui a v o i r d o n n é le privilège
spécial d ' ê t r e t r a n s p o r t é e p a r un tel m o y e n , q u i ,
parmi les m o r t e l s , p o u r r a j a m a i s l ' i m a g i n e r ? Avec
quelles délices l ' E p o u x toujours brillant de j e u n e s s e
l'introduisit d a n s sa douce intimité, avec q u e l s t r a n s -
ports d'allégresse lui firent cortège ceux qui a p p o r -
taientlcs c o u r o n n e s de j o i e , q u e l l e s furent les louanges
qui a c c o m p a g n è r e n t celle glorification b i e n h e u r e u s e ,
la faiblesse h u m a i n e ne peut m ê m e lenler de le bal-
butier. Il ne r e s t e d o n c q u ' à c h a n t e r à D i e t a u t e u r do
toutes c h o s e s , le c a n t i q u e de jubilation et celui de
l'action de g n u es, en u n i o n avec les citoyens du
ciel.
Lors d o n c q u e ce soleil éclatant qui avail r a y o n n é
au loin s u r notre terre eut d i s p a r u , lorsqu'au r e g a r d
452 TJK LIVHU DR 1-A GRACK SPÉCIALE

de la divinité, cet Le pelile g o u t t e d'eau fut r e n t r é e


d a n s l'abîme d'où vile était s o r t i e , ses filles, r e s t é e s
d a n s la région des t é n è b r e s , é l e v è r e n t les yeux de l e u r
foi p a r le c h e m i n de l ' e s p é r a n c e , v e r s la b é a t i t u d e de
leur Mère. L e u r s larmes sincères coulèrent abon-
d a n t e s ; mais elles p r i r e n t cn m ê m e t e m p s p a r t aux
j o i e s célestes de leur A b b e s s c . A u milieu des t r i s -
tesses de l e u r p r o p r e d é s o l a t i o n , elles a d r e s s è r e n t
à haute voix l e u r s louanges au ciel, et r e p r é s e n t è r e n t
leur a b a n d o n à l e u r t e n d r e M è r e cn lui c h a n t a n t le
r é p o n s : Stirgc virgo Mais à ces p a r o l e s : « Quin
pansas snb timbra Dilerii : T o i q u i r e p o s e s à l ' o m b r e
de ton B i e n - A i m é , » on e n t e n d i t la D a m e a b b e s s c r é -
p o n d r e : « Il ne m e suffirait p a s d e r e p o s e r à s o n
o m b r e ; c'est d a n s le C œ u r d u B i e n - A i m é q u e j e r e p o s e
avec d o u c e u r , s é c u r i t é et q u i é t u d e . »
D a n s la suite la vierge du C h r i s t é t a n t u n j o u r cn
p r i è r e s , vit l ' à m e de sa s œ u r r a y o n n a n t e d e g l o i r e .
Saint Benoît, le P è r e de l ' O r d r e , la p r é c é d a i t t e n a n t
la c r o s s e d ' u n e m a i n , cl e n t o u r a n t de son a u t r e b r a s ,
avec a m o u r et v é n é r a t i o n , son h e u r e u s e fille, c'est-
à-dire, l'àme de n o t r e A b b e s s c . Il la c o n d u i s i t ainsi
j u s q u e d e v a n t le trône de l ' a d o r a b l e T r i n i t é où il
c h a n t a d ' u n e voix s o n o r e , s u r u n e d é l i c i e u s e m é l o -

t . R é p o n s do l'oHiec do s a i n t e (inlhorine. : Vierge., lève-toi et


présente vos prières (t ton /',/>o/i.r, / 0 1 t]ni reposes à 1 ombre de ion
K
Hien-Aimè. Du désert hrnlant du mande, transporte-nous dans les
jardins délicieux du paradis, ) . Illustre fille de Sion, pour ton vête
ment mortel, tu as été couverte de. la toison de VAgneau el ornée de
la couronne de gloire. U est à p r o p o s d o c o m p a r e r ce p a s s a g e et
p l u s i e u r s de ceux qui p r é c è d e n t a v e c la n a r r a t i o n des m ê m e s faits
d a n s le livre de sainte ( l e r l r u d o , p o u r voir c o m m e n t on évite ici
à dessein tout ce qui se r a p p o r t e p e r s o n n e l l e m e n t à cette s a i n t e .
i V . Héraut, liv. V , c h . u)
SÏXïEMK PARTIE. CHAPITRE VTT. 4fiR
dïc, le R é p o n s : (Jutr est ista <jtur processif sicul sol
à la l o u a n g e et à l ' h o n n e u r de celle â m e . P u i s le
S e i g n e u r s'inclinanl vers elle avec a m o u r , lui dit :
« S o i s la n i e n v e n u e , ma fille 1res belle. » Mais elle
t o u j o u r s fidèle pria le S e i g n e u r p o u r la c o m m u n a u t é
qui lui avait été confiée. Celle qui voyait ces c h o s e s
lui dil ensuite : « S œ u r b i e n - a i m é e , que voulez-vous
Ç}
m a n d e r à vos filles » Elle répondit : « Dites leur
d ' a i m e r toujours de toutes leurs entrailles le Bîen-
À i m é de mon c œ u r el d e mon â m e , el de ne préférer
rien ù son amour bien p l u s , de ne rien préférer à
son s o u v e n i r ». Celle-ci r e p r i t alors : « R e c o m m a n -
d e z - n o u s toutes à D i e u , p u i s q u e v o t r e sort est si
h e u r e u x ! » E l l e r é p o n d i t : « Moi, j e r e c o m m a n d e
m e s filles p o u r l e u r o b t e n i r le r e p o s plein de
d o u c e u r où je vis avec lanl de s é c u r i t é , c'est-à-
d i r e le très doux C œ u r de J é s u s - C h r i s t . »

C H A P I T R E VIL

COMMENT F U T S A L U É E CETTE AME BIENHEUREUSE.

L s e m b l a aussi à la s e r v a n t e d u C h r i s t qu'elle
I saluait en s o n g e l'âme de sa s œ u r défunte p a r ces
p a r o l e s • « J e te s a l u e , é p o u s e du Christ, c k n s l'amour

1 . R é p o n s de l ' A s s o m p t i o n : « Quelle est celle-ci qui s'avance


comme le soleil ci belle comme. Jérusalem? * Les filles de Sion Vont
vue et Vont dite bienheureuse, et les reines Font louée, f. Et les /leurs
des rosiers et les lis des vallées rentonraient comme un jour de
printemps. »
1>. Règle cîc sniut Remiîl, c h . rv, n" 2 1 ,
1f>4 r,rc uvnrc nr. LA CHACT: SPI-;OIAÏ/E.

d o n t lu as b r û l e l o r s q u e lu as vu p o u r la p r e m i è r e
fois la face et la b e a u t é de D i e u t o n C r é a t e u r , d a n s la
révélation de sa gloire. J e le s a l u e , vierge du C h r i s t ,
d a n s les d é l i c e s q u e lu as g o û t é e s l o r s q u e tu a s c o n n u
par une expérience complète l'amour inestimable dont
Dieu t'a aimée de toute é t e r n i t é . J e te salue d a n s l'é-
clalanle b e a u t é qui a brillé e n loi l o r s q u e lu as r e ç u
de la main d u S e i g n e u r , ton A m i et Ion E p o u x , la
parfaite r é c o m p e n s e de toutes les œ u v r e s . » Q u a n d
elle eut a c h e v é , elle se d e m a n d a c o m m e n t elle a v a i t
osé saluer ainsi l'amc d ' u n e p e r s o n n e non c a n o n i s é e
p e r p l e x e , elle i n t e r r o g e a le S e i g n e u r , qui daigna lu
r é p o n d r e : « C e l a i t c o n v e n a b l e , lu as bien agi ; c a r
elle est l ' h o n n e u r de ma t o u t e - p u i s s a n c e , l'éclat d e
ma sagesse et le c h a r m e d e ma divine b o n t é . »
U n e a u t r e fois, elle vit cette â m e faisant p a r t i e d ' u n
c h œ u r de d a n s e , qui exécutait ses m o u v e m e n t s d a n s
il n c gl o i r e i n erv e i 11 e u s e. U n e p a r u r e cl e ch c v e u x
magnifiques relevait sa j e u n e s s e et sa b e a u l é . L e
S e i g n e u r J é s u s , son n o b l e el b r i l l a n t E p o u x , la tenait
par la m a i n et disait : « Ses c h e v e u x s o n t d é p a s s é s en
n o m b r e p a r ses v e r t u s ! »
Elle la vit e n c o r e un a u t r e j o u r d a n s la gloire et lui
d e m a n d a quelle r é c o m p e n s e elle avail o b t e n u e p o u r
sa dévote c o u t u m e de r é c i t e r si souvent le p s a u m e
Laudale Dominum omnes génies, s u r t o u t en J*^ fèle d e
la R é s u r r e c t i o n . P o u r r é p o n s e , elle m o n t r a Ï* sa s œ u r
les s p l e n d i d e s v ê t e m e n t s v c r l s d o n t elle était p a r é e .
D ' i n n o m b r a b l e s étoiles d'or p a r s e m a i e n t ces v ê l e m e n t s ,
d o n t les c o u t u r e s étaient g a r n i e s de p e r l e s b l a n c h e s
a l t e r n a n t avec de petites p i e r r e s de r u b i s . A l o r s celle-
ci lui dil : « P u i s q u e v o u s êtes d a n s l ' a b o n d a n c e d e
tous les b i e n s , dites-moi ce q u e vous voulez m a i n t e -
SIXIÈME PARTÏK. flHA P1TRE V1H- 455

nnnl d o n n e r à ln s œ u r qui v o u s a servie avec tant de


fidélité d u r a n t v o t r e m a l a d i e . « Mcllant aussitôt la
main s u r un de ces r u b i s , elle répondit : « ^ s r l e z - l u i
cela de ma p a r t . » Mais celle-ci r é p l i q u a : « Vous
savez bien q u e j e ne vois ici q u ' e n e s p r i t ; j e ne p u i s
d o n c lui offrir cetle p i e r r e en réalité ». Elle répondit :
« L a c o u l e u r b l a n c h e qui a p p a r a î t s u r la c o u t u r e de
mon vêtement signifie l ' H u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t
qui était d ' u n e s u p r ê m e d o u c e u r et m a n s u é t u d e ;
la c o u l e u r r o u g e des r u b i s désigne la P a s s i o n de
l'Auneau i m m a c u l é . Dis-lui d o n c de se confier en
la m i s é r i c o r d e d e D i e u , p a r c e q u e j e veux obtenir
du Seigneur qu'il lui d o n n e la m a n s u é t u d e et la
patience de souffrir p o u r lui toutes les c o n t r a r i é t é s . »

CHAPITRE V1IL

COMMENT ELLE APPARUT Llî TRENTIÈME JOUR APRÈS


SON DECES.

E trentième j o u r a p r è s sa m o r t , son a m e a p p a r u t à
L la même d a n s u n e gloire nouvelle e t s u r é m i n e n l c .
Les princes célestes l ' e n t o u r a i e n t de l e u r s batail-
lons comme d'un r e m p a r t : ils avaient tous en main
des cymbales dont la très suave h a r m o n i e a c c o m p a -
gnait ce verset : Louez Dieu sur les cijwbales reten-
tissantes ( P s . or,, 5 ). Au milieu de ce concert, cette
âme bienheureuse fut c o n d u i t e devant le - t r ô n e du
Roi de gloire, où J é s u s , son très doux a m a n t , lui
adressa ainsi la parole ; « Sois la bienvenue, ma
très chère. » A l'instant m ê m e , la divinité la pénétra
16 — SMML MLCirilLUI'.
456 1/E lïTVrtK D E Ï,A fiR A CE SPÉCIALE.

d'un s c n l i m c n l 1res d o u x , c ' e s t - à - d i r e q u ' e l l e prit


l'expérience d e 1» m a n i è r e d o n t la T o u t e - P u i s s a n c e
infiniment s i m p l e r e g a r d e et a i m e c h a q u e v r é a t u r e .
c o m m e si e/le l'aimait à l'exclusion de toute a u t r e . La
p l é n i t u d e d e ses s u r a b o n d a n t e s délices la fit é c l a t e r en
l o u a n g e s à l ' h o n n e u r de son E p o u x , et elle c h a n t a :
« Anima mea liqnefaelu esl : M o u â m e s'est liquéfiée »
(Gant, v, 6), A l o r s le c h a n t r e p a r excellence v o u l u t
r e n d r e la p a r e i l l e à sa b i e n - a i m é e en c é l é b r a n t aussi
ses l o u a n g e s , et il fit r é s o n n e r du fond de l u i - m ê m e ,
a b î m e d e toute b é a t i t u d e , c o m m e n c e m e n t et fin de
toute perfection, cette i n t o n a t i o n qu'il d o n n a s u r un
mode très m é l o d i e u x : « O Gcrlrudis! ô pia ! » T o u t e
la c o u r céleste c o n t i n u a l ' a n t i e n n e : « Quam pium
eslipuidevc. de te, ô Gertrndis, pvophetis comparl O Ger-
t r u d e , o m i s é r i c o r d i e u s e , q u ' i l est p i e u x de se réjouir
à ton sujet, ô G e r l r u d e , é m u l e des p r o p h è t e s ! » Ges
p a r o l e s la l o u a i e n t s p é c i a l e m e n t d'avoir eu t a n t d e foi
s u r la t e r r e , et d'avoir t a n t j o u i des d o n s d i v i n s . L e
texte s u i v a n t l'exaltait à c a u s e d e l à d o c t r i n e s p i r i t u e l l e
qu'elle avait d i s t r i b u é e à s o n m o n a s t è r e : « Apostolis
conserta, etc. : A d m i s e p a r m i les a p ô t r e s , p e r l e des p r é -
l a t s , d i s t i n g u é e p a r ta foi et les m é r i t e s , p a r la piété, la
m i s é r i c o r d e et u n e c h a r i t é ineffable, t r i o m p h e à j a m a i s
!
ici et d e v a n t D i e u ! »
A l o r s sa s œ u r , celle qui v o y a i t ces c h o s e s , lui dit :
« A p p r e n e z - m o i d o n c , ô s œ u r t r è s c h è r e , ce q u ' e s t
la liquéfaction d o n t v o u s c h a n t e z : « Moii" cime s'est
fondue. » E l l e r é p o n d i t : « L o r s q u e l ' a m o u r de la
divinité s'élance i m p é t u e u x d a n s l'âme p o u r la
p é n é t r e r , il le l'ait avec u n e d o u c e u r si p u i s s a n t e qu'il

1 . P a r o l e s prises d ' u n e A n t i e n n e d e s a i n t M a r t i n ,
SIXIÈME P A R T I E . CHAPITRE IX. 457

devient i m p o s s i b l e à la c r é a t u r e de le c o n t e n i r . Son
être a l o r s se d i s s o u t et se liquéfie p o u r ainsi dire, afin
de refluer ^nsiiiU vers la s o u r c e d'où lui est venue
cette g r a n d e b é a t i t u d e . » Sa s œ u r reprit : « Priez
p o u r vos filles qui v o u s e n t o u r a i e n t d'un a m o u r si
fidèle s u r la t e r r e . -- J e l'ai déjà fait et je le ferai sans
cesse. — Q u e l e u r m a n d e z - v o u s ? — Q u e la suavité
de l ' a m o u r qui exislc d a n s m o n c œ u r remplisse aussi
leurs c œ u r s et l e u r s s e n s ! » Celle-ci dit e n c o r e :
« Qu'avcz-vous reçu en a r r i v a n t au ciel ? » Elle
répondit : « L e S e i g n e u r D i e u , mon C r é a t e u r , mon
R é d e m p t e u r et m o n a m a n t , m'a p r i s e en lui-même, et
m'a remplie d'une ineffable j o i e . Il m'a revêtue de lui,
il m'a n o u r r i e de l u i , il s'est d o n n é à moi c o m m e
E p o u x , cl m'a h o n o r é e d ' u n e gloire i n é n a r r a b l e . »

C H A P I T R E IX.

DE L ' A N N I V E R S A I R E O E LA MÊME DAME A B B E S S E .

}I-iN douce
l'anniversaire de celle m ê m e D a m e a b b e s s e , de
m é m o i r e , p e n d a n t q u ' o n c h a n t a i t a u x Vigiles
le Répons Iiedemplor meus vivit, sa s œ u r vit son à m c
qui, avec d'ineffables délices, tenait e m b r a s s é le Sei-
gneur J é s u s en p e r s o n n e , à qui elle chantait douce-
ment ces m ê m e s p a r o l e s . P u i s , l'inspiration divine
apprit à celle-ci c o m m e n t les â m e s tressaillent c'.nns
les cieux d u n e joie qui é m a n e p o u r C I I C N ' ^ l e I 7 ï u -
manité de J é s u s - C h r i s l ; c o m m e n t aussi, lorsqu'on
ebanle avec attention ces paroles ou d'autres
ayant trait à la future r é s u r r e c t i o n des h o m m e s ,
4i>(S L E MVIîK LA OU A CE SPECIALE.

ces â m e s glorifiées en r e t i r e n t un indicible b o n h e u r


p a r c e q u ' e l l e s c o n s t a t e n t l e u r v é r a c i t é en les v o y a n t
a c c o m p l i e s p o u r l ' H u m a n i t é de J é s u s - C h r i s t . L e s
élus, qui s o n t c e r t a i n s de l e u r p r o p r e r é s u r r e c t i o n ,
p r i e n t p o u r ceux qui p s a l m o d i e n t s u r la" t e r r e afin
q u ' i l s o b t i e n n e n t d ' a v o i r p a r t à la m ô m e félicité. E l l e
a p p r i t a u s s i q u e ces p a r o l e s d é v o t e m e n t c h a n t é e s o n t ,
p a r la foi, u n e vertu qui sanctifie m ê m e les c o r p s
afin d e les p r é p a r e r , eux a u s s i , à j o u i r plus d i g n e m e n t
de Ja g l o i r e
E n s u i t e il lui sembla a p e r c e v o i r D i e u le P è r e
T
assis a v e c cette â m e à u n e t a b l e roj alc, lui a d r e s -
sant les p a r o l e s les p l u s a i m a b l e s et la c o m b l a n t d e s
plus flatteuses p r é v e n a n c e s , c o m m e si sa s e u l e j o i e
el ses u n i q u e s délices e u s s e n t été de faire festin avec
elle. L e S e i g n e u r J é s u s ceint d u b a u d r i e r , c o m m e
le j e u n e fils d ' u n e m p e r e u r , servait à cette table
divers m e t s a s s a i s o n n é s de la d o u c e u r du Saint-
E s p r i t . T o u t e s les p e r s o n n e s de la C o n g r é g a t i o n
venaient e n s u i t e c o m m e en p r o c e s s i o n el fléchissaient
le g e n o u a v e c g r a n d e r é v é r e n c e , p o u r offrir des coffrets
d'ivoire, d'argent ou d'or, r e m p l i s de parfums m e r -
veilleux. Celles qui brillaient p a r la p u r e t é d u c œ u r
a p p o r t a i e n t les coffrets d ' i v o i r e ; les plus a r d e n t e s à se
d é p e n s e r - ^ o u r le service d e D i e u offraient eaux d ' a r -
g e n t ; les coffrets d'or étaient aux m a i n s d e s p l u s
ferventes d a n s l ' a m o u r . Une m u l t i t u d e d'âmes v i n r e n t
aussi en g r a n d e j o i e r e n d r e g r â c e s p o u r l e u r d é l i v r a n c e
à Dieu et à l'âme de celle à qui Dieu les avait d o n n é e s
p o u r r e h a u s s e r la gloire d e sa fêle. E n s u i t e toutes les

1 ( " e s l r e l i e jjrciiiirrc pnrtic- tin r l i n p i l i u q u i , duiib l o , é.dîiiun^


atn'ryt'cs, fonm» l o c h . ,\.\.«n, l i v . V.
SïXTÏCME PARTIE. C H A P I T R E IX. 450

âmes de sa C o n g r é g a t i o n , tant d e s F r è r e s q u e d e s
S œ u r s , se r a n g è r e n t en cercle a u t o u r d'elle c o m m e
des c h œ u r s de d a n s e . P a r m i cçs Ames était celle d ' u n
F r è r e , m o r t d a n s Tannée ; celle-ci le vit r e v ê t u d ' u n e
robe bla clic o r n é e de d e s s i n s variés, ce qtr^désignait
s a h i c n v c i l l a n c c , d u m o i n s elle le c o m p r i t aillai, c a r ce
F r è r e avait t o u j o u r s eu le c œ u r t r è s bon et u n e
volonté d i s p o s é e à lout Ces Ames chantaient j o y e u -
sement tout en m e n a n t l e u r s c h œ u r s : « O Maler
noslra, e t c . : O n o t r e M è r e , » e t c . , m a i s l e u r s voix
pénétraient d a n s u n e l o n g u e t r o m p e t t e placée d a n s le
C œ u r d u S e i g n e u r J é s u s p o u r ne p r o d u i r e toutes
ensemble q u ' u n e s u a v e m é l o d i e .
Le l e n d e m a i n , p e n d a n t u n e m e s s e célébrée e n c o r e
p o u r l'ame de la m ô m e p e r s o n n e , ce désir vint tout a
coup à l'esprit de celle-ci : Si j ' é t a i s u n e p u i s s a n t e
reine, j'offrirais a Dieu s u r l'autel, p o u r l'Ame de ma
s œ u r chérie, u n e image d ' o r r i c h e m e n t o r n é e . A cette
pensée, le S e i g n e u r r é p o n d i t : « E t q u e dirais-tu si j ' a c -
complissais t o n d é s i r p a r m o i - m ê m e dès m a i n t e n a n t
s u r - l e - c h a m p ? » E t le S e i g n e u r a p p a r u t d e v a n t elle
sous la forme d'un j e u n e h o m m e r e s p l e n d i s s a n t d'un
éclat royal, ou p l u t ô t divin, et il lui dit : « Me voici,
1
prends-moi et va m offrir selon ton d é s i r . » Mais elle, le
saisissant a l o r s d a n s un t r a n s p o r t ineffable de joie et
de gratitude, le c o n d u i s i t a l'autel. L e Seigneur J é s u s
s'offrit donc à s o n P è r e a v e c toutes ses v e r t u s , p o u r
accroît r* encore la beauté de cette â m e : il s'offrit avec
la joie, la d o u c e u r et l ' a m o u r de son C œ u r , p o u r
augmenter sa joie et sa béatitude éternelles.
Ensuite cette a m e b i e n h e u r e u s e , telle q u ' u n e reine

1. Voir le Héraut, l i v . V . ch. xx.


460 L EL I V R E T)E T A GRACE SPÉCIALE

qui a p u i s s a n c e s u r son é p o u x , se p r é c i p i t a a v e c a m o u r
d a n s les e m b r a s s e m e n t s de D i e u , p u i s le c o n d u i s i t
p a r le c h œ u r à loules les S œ u r s d i s a n t à c h a c u n e :
« Recevez le S e i g n e u r des v e r t u s et d e m a n d e z - l u i les
v e r t u s . •» A l o r s celle qui v o y a i t ces c h o s e s dit : « Ma
s œ u r c h é r i e , q u e d é s i r e z - v o u s le plus n o u s -voir o b s e r -
v e r ? » Elle r é p o n d i t : « U n e h u m b l e s o u m i s s i o n , une
aimable c h a r i t é m u t u e l l e , u n e fidèle attention à D i e u
en toutes c h o s e s . » P u i s elle ajouta : « O u i , d o n n e à
l ' a m o u r ton c œ u r tout e n t i e r et a i m e tout, le m o n d e ;
alors l ' a m o u r de Dieu et de t o u s ceux qui ont j a m a i s
aimé D i e u sera t o u t à toi. D e m ê m e , si tu es h u m b l e ,
l ' h u m i l i t é d u C h r i s t et d e tous ceux qui se s o n t h u m i -
liés p o u r son n o m t ' a p p a r t i e n d r a r é e l l e m e n t E t s i t u
lais m i s é r i c o r d e à ton p r o c h a i n , la m i s é r i c o r d e de
Dieu et de ses saints sera é g a l e m e n t e n ta p o s s e s s i o n ,
et s a c h e qu'il en est ainsi d e toutes les a u t r e s v e r t u s . »

De quoi Dieu soit béni en ses dons et en toutes ses


œuvres.
SEPTIEME PARTIE

CHAPITRE L

ï)j;S THîHNIEKS MOMKNTS 1)12 SOHTH MECTIT1MJE,


VUCHGË, MONIALE OE UELKTA.

iETTE h u m b l e et dévoie s e r v a n t e d e Noire-Seigneur


f À Jésus-Christ, celle tendre mère el douce c o n s o l a -
trice de n o u s t o u s , s u r qui n o u s avons écrit ce petit
livre, après a v o i r passé jusqu'à la cinquante-septième
1
année de sa vie d a n s la Religion qu'elle avait e m b r a s -
sée, y p r a t i q u a n t toutes les v e r t u s à leur plus h a u t
degré, fut saisie, trois a n n é e s d u r a n t , de d o u l e u r s
continuelles q u i l ' a c h e m i n è r e n t vers sa fin.
En effet, l ' a v a n t - d e r n i e r d i m a n c h e (après la P e n t e -
â
eôle) Si iniquilales , c o m m e r e l u e de Dieu venait de
recevoir p o u r la d e r n i è r e fois a v a n t sa m o r t le vivi-
fiant s a c r e m e n t du c o r p s et du sang de J é s u s - C h r i s t ,
une p e r s o n n e a p p l i q u é e à D i e u en g r a n d e dévotion
vit Nolrc-SeigneïM' J é s u s - C h r i s t debout devant Ja

1, Les trois d e r n i è r e s a n n é e s d o i v e n t «Mre complues d a n s le


nombre total de c i n q u a n l c - s e p l Sainte Mechtilde m ou ru I en
125)8.
'2, P r e m i e r mot d e l'Introït de.ro d i m a n c h e alors a v a n t - d e r n i e r ,
p
de notre t e m p s x x n d i m a n c h e .
462 LE UVUK P K LA OttAOR SPÉCIALE.

m a l a d e et lui disant a v e c b e a u c o u p de t e n d r e s s e :
« H o n n e u r el joie de m a d i v i n i t é , c o u r o n n e et r é c o m -
p e n s e de m o n h u m a n i t é , délices el r e p o s de m o n
e s p r i t , veux-lu v e n i r m a i n t e n a n t el ne p l u s d e m e u r e r
q u ' a v e c m o i ? Ne s e r a i t - c e pas satisfaire ton d é s i r et
le m i e n ? » A q u o i elle r é p o n d i t : « Mon S e i g n e u r
D i e u , p l u s q u e m o n salut, j e d é s i r e v o t r e g l o i r e . C'est
p o u r q u o i , je v o u s en c o n j u r e , p e r m e t t e z q u e j ' a c q u i t t e
e n c o r e clans les souffrances tout ce q u e m o i , faible
c r é a t u r e , j ' a i négligé p o u r votre l o u a n g e . » L e
S e i g n e u r a c c e p t a f a v o r a b l e m e n t cette r é p o n s e el dit :
<( P a r c e q u e tu as fait ce c h o i x , tu a u r a s e n c o r e ce
Irait de r e s s e m b l a n c e a v e c m o i : j ' a i a c c e p t é el s u b i
v o l o n t a i r e m e n t les souffrances de la c r o i x et la m o r t
p o u r la gloire de D i e u le P è r e et p o u r le s a l u t du
m o n d e . D e m ê m e q u e toute m a souffrance a t r a v e r s é
le d i v i n c œ u r d e m o n P è r e , ainsi tes souffrances et
la m o r t p é n é t r e r o n t au p l u s profond de m o n c œ u r et
c o n t r i b u e r o n t au salut d u i n o n d e entier. »

CHAPITRE IL

COMMENT ELLE F U T A P P E L É E P A R L E SEIGNEUR JÉSUS.

l N E a u t r e p e r s o n n e c n l c n d i l aussi q u e le S e i g n e u r
I J l'apoelait en ces t e r m e s ; « V i e n s , m o n élue, ma
c o l o m b e .non c h a m p fleuri, où je t r o u v e tout ce q u e
je d é s i r e , m o n beau j a r d i n , où mon C œ u r goûte toutes
ses délices, où fleurissent les v e r t u s , où s'élèvent les
a r b r e s des b o n n e s œ u v r e s et coulent les eaux des
dévotes et ferventes l a r m e s , j a r d i n qui fui toujours
SEPTIÈME PARTIE. CHAPITRE III- 4fi3
ouvert à t o u t e s mes volontés. C'est en toi q u e je nie
retire q u a n d les p é c h e u r s i r r i t e n t ma colère ; c'est de
ton eau q u e j e m ' e n i v r e p o u r o u b l i e r les injures qui
me sont faites.

C H A P I T R E III.

COMMENT ELLE EST DIVINEMENT AVERTIE OE RECEVOIR

L'ONCTION.

E S e i g n e u r s'adressa'à l'esprit d'une p e r s o n n e qui


L étail en p r i è r e , el lui d o n n a la c h a r g e d ' a v e r t i r
celle-ci de se p r é p a r e r à r e c e v o i r le sacrement d e l à très
sainte O n c t i o n . Cette p e r s o n n e devait lui a s s u r e r , tou-
j o u r s de la p a r t de D i e u , q u ' a p r è s la réception de ce
sacrement s a l u t a i r e , celui qui est le plus vigilant des
amis la p l a c e r a i t d a n s son sein afin d e l à mettre à
l'abri de t o u t e faute. Ainsi le p e i n t r e veille a v e c soin
sur le tableau qu'il vient d ' a c h e v e r p o u r le p r é s e r v e r
de toute p o u s s i è r e .
4
[Il fut é g a l e m e n t révélé à une a u t r e p e r s o n n e que le
Seigneur v o u l a i t qu'on lui d o n n â t l ' E x t r è m c - O n c t i o n
ce jour-là m ê m e . L a m a l a d e c o n n u t p a r cette p e r s o n n e
la volonté de D i e u ; et c o m m e elle avait toujours clé
h u m b l e m e n t s o u m i s e en tout à ses s u p é r i e u r s , elle
laissa eeth* affaire à l e u r bon p l a i s i r , sans e s s a y e r d e
leur d o n n e r la m o i n d r e impulsion ; elle s'en vernit à la
divine P r o v i d e n c e qui n ' a b a n d o n n e j a m a i s ceux qui

1. Celte p e r s o n n e est s a i n t e G e r t r u d e d ' a p r è s le Héraut, 1. V,


ch. iv.
4CA L E LIVRE D E LA GRACE SPÉCIALE.

e s p è r e n t en elle. L e s s u p é r i e u r s , q u i la t e n a i e n t en
g r a n d e v é n é r a t i o n , ne d o u t a i e n t pas q u ' e l l e ne sût
p a r f a i t e m e n t à l'avance le m o m e n t où il p l a i r a i t au
S e i g n e u r quVlIe r e ç û t ce s a c r e m e n t : a u s s i , v o y a n t
qu'elle n ' i n s i s t a i t p a s et q u ' i l n'y a v a i t a u c u n e
u r g e n c e , ils différèrent p o u r ce j o u r - l à l ' a d m i n i s t r a -
tion du s a c r e m e n t . T o u t e f o i s le S e i g n e u r vérifia
e n c o r e ce m o t de l ' E v a n g i l e : Le ciel et la lèvre
passeront ; mais mes paroles ne passeront pas
( M a t t h . , X X Ï V , 3 5 ) ; et il confirma cn cette m a n i è r e
la p a r o l e des deux t é m o i n s d i g n e s d e foi. La
s e c o n d e férié, a v a n t les M a t i n e s , M*** d ' h e u r e u s e
m é m o i r e , fut saisie tout à c o u p d e telles d o u l e u r s
q u ' o n la c r u t à ses d e r n i e r s m o m e n t s . O n a p p e l a a l o r s
les p r ê t r e s en h a i e , et ils lui d o n n è r e n t l ' E x t r ê m e -
O n c t i o n . Si d o n c elle ne fut p a s a d m i n i s t r é e le j o u r
m ê m e , selon la volonté manifestée p a r Dieu, elle le
j
fut du m o i n s avant le lever du j o u r s u i v a n t . ]

C H A P I T R E IV,

QUE LES SAINTS LUI DONNERENT LE FRUJT D E LKURS


MÉRITES AU MOMENT D E LONCTION.

L fut révélé à trois p e r s o n n e s q u e le Seigneur


I lui-même était là, s o u s la forme d'un noble
fiance, p o u r a d m i n i s t r e r à son élue ce s a c r e m e n t de

1. Ce qui esl e n t r e les c r o c h e t s ( ] esl lire de hi vieille é d i t i o n


a l l e m a n d e d e 1505 cl c o n f o r m e d u reste à ce q u i se lit d a n s ie
Héraut, liv. V , c h . X Y »
SEVTïÈME PARTIR. CITA VITRE IV. 4f>i)
1
vie. L ' u n e d'elles vît au m o m e n t où le p r ê t r e Taisait
l'onction s u r les yeux de la m a l a d e , que le S e i -
gneur dirigeai! v e r s elle un regard qui r é s u m a i t
toute la t e n d r e s s e dont son C œ u r divin avait jamais
été é m u p o u r elle. P u i s , d a n s u n .-rayon r'e l u m i è r e
divine, il se t o u r n a vers elle p o u r lui c o m m u n i q u e r
touie la s p l e n d e u r de ses y e u x très s a i n t s , avec
toutes l e u r s o p é r a t i o n s . Tl s e m b l a i t alors découler des
yeux de la m a l a d e une huile e m b a u m é e p r o d u i t e par
la s u r a b o n d a n t e m i s é r i c o r d e de Dieu. Ceci d o n n a à
e n t e n d r e (pie le S e i g n e u r a c c o r d e r a i t largement le
secours de sa consolation p a r les mérites de celle-ci. à
tous ceux qui l ' i n v o q u e r a i e n t a v e c confiance. Ce d o n ,
elle l'avait m é r i t é p a r sa bienveillance et ses senti-
ments de c h a r i t é e n v e r s tous.
L o r s q u ' o n lui fit les a u t r e s o n c t i o n s , le Seigneur
lui c o m m u n i q u a p a r e i l l e m e n t les actions qu'il avait
accomplies p a r chacun de ses m e m b r e s . Mais, à l'onc-
tion des l è v r e s , cet a m a n t j a l o u x donna à son é p o u s e
un baiser d e sa b o u c h e p l u s d o u x q u e le miel ; il lui
c o m m u n i q u a en m ô m e t e m p s t o u t le fruit, c'est-à-dire
tous les m é r i t e s de sa b o u c h e s a c r é e .
Aux L i t a n i e s , c o m m e on récitait cette i n v o c a t i o n :
« V o u s t o u s , s a i n t s c h é r u b i n s et s é r a p h i n s , priez,
pour elle, » elle vit les s é r a p h i n s et les c h é r u b i n s
s'écarter, p o u r ainsi d i r e , a v e c g r a n d e r é v é r e n c e el
allégresse afin d'offrir p a r m i eux la place qui conve-
nait à cette élue de D i e u . Ils estimaient s a n s doute
qu'elle avait m e n é s u r la t e r r e , dans la p r a t i q u e de la
sainle virginité, une vie n o n seulement a n g é l i q u e ,

1 . Cette p e r s o n n e est sainte G e r t r u d e d ' a p r è s le Ucraut, l i v . V,


cb iv
466 LE T/IVRK DE LA GRACE SPÉCIALE.

mais p l u s élevée e n c o r e , c a r elle avait p u i s é avec les


c h é r u b i n s à la s o u r c e m ê m e de loutc sagesse les eaux
de l'intelligence s p i r i t u e l l e , el avail e m b r a s s é des
é t r e i n t e s de son a m o u r , c o m m e les a r d e n t s s é r a p h i n s ,
celui qui est un feu consumant ( D c u l . , iv, 24). A u s s i
ces e s p r i t s , p l u s p r o c h e s q u e t o u t e s les c r é a t u r e s d e l à
d i v i n e Majesté, lui d o n n a i e n t place au milieu d'eux.
A m e s u r e que c h a q u e saint était n o m m é à son t o u r
d a n s les L i t a n i e s , il se levait joyeux avec un p r o -
fond r e s p e c t et fléchissait les genoux cn d é p o s a n t ses
m é r i t e s d a n s le sein de D i e u , c o m m e un r i c h e p r é s e n t
d o n t le S e i g n e u r faisait c a d e a u à sa h i e n - a i m é e p o u r
a c c r o î t r e sa gloire el son b o n h e u r .
Q u a n d l'onction fui t e r m i n é e , le S e i g n e u r prit la
m a l a d e avec t e n d r e s s e e n t r e ses b r a s et l'y s o u t i n t
p e n d a n t deux j o u r s , de telle s o r t e que la plaie de son
t r è s d o u x C œ u r était a p p l i q u é e c o n t r e la b o u c h e de
la m a l a d e , qui s e m b l a i t t i r e r d e l à sa r e s p i r a t i o n el
r e n v o v e r a u s s i son souille d a n s le C œ u r d i v i n .

C H A P I T R E V.

DE LA GRANDEUR ET DE LA FERVEUR DE SON ZÈLE

POUR TOUS LES HOMMES.

L L E allait d o n c s o n n e r l ' h e u r e joyeuse d e s o n


E b i e n h e u r e u x t r é p a s où, a p r è s les fatigues d e tant
d e m a l a d i e s , le S e i g n e u r avait d é c r é t é de d o n n e r h
s o n élue le t r a n q u i l l e s o m m e i l de l'éternel r e p o s . E n
SEPTIÈME PARTIE C H A P I T R E V. 4C>7
*a troisième féric veille de sninle E l i s a b e t h , a v a n t
Nonc, il devint évident q u e l l e enlrnil en agonie.
Le c o n v e n t s'assembla avec dévolion ; il *iltrudnil
tristement le dép; H de cette s œ u r bien-aimée, et il
lui d o n n a i t le s e c o u r s des p r i è r e s d'usage L ' u n e des
s œ u r s , ravie d a n s un a r d e n t t r a n s p o r t de dévotion,
vit son à m c s o u s la forme d u n e élégante j e u n e (iJIe
qui se tenait devant le S e i g n e u r el lanyai! le souille de
sa r e s p i r a t i o n p a r l ' o u v e r t u r e de la plaie sacrée
j u s q u e d a n s sou C œ u r très d o u x . Le C œ u r d i v i n ,
sous l'impulsion de sa honte el de sa tendresse sans
b o r n e s , à c h a q u e r e s p i r a t i o n qu'il recevait ainsi,
r é p a n d a i t les Ilots de g r â c e d o n t il débordait s u r toute
F Eglise et s p é c i a l e m e n t s u r les p e r s o n n e s p r é s e n t e s .
Celle qui v o y a i t ces c h o s e s c o m p r i t qu'il en était
ainsi p a r c e q u e la b i e n h e u r e u s e malade, par un don
de Dieu, entretenait une d é v o i e intention el u n zèle
fervent p o u r tous, vivants et m o r l s . Le Seigneur, en
vue de ses m é r i t e s , lit a l o r s u n e large dislribuiion des
d o n s d e sa g r â c e ,

1 . D ' a p r è s {'édition de L a n s p e r g dos Hévèlnlions de sninle


Gertrude, liv. V, cli. iv, ii faudrait lire In férié (pialrième. e.Vsl-
à-dire m e r c r e d i , vk'lte de s a i n l e KHsnhelli . mais 1rs a u t r e s édi-
tions d o n n e n t ln férir t r o i s i è m e , e/est-à-dire m a r d i , ce q u i c o n -
corde mieux avec les a u t r e s i n d i c a t i o n s et d o n n e 1 aiuiéo *.*2i)8
pour celle de la m o r t de s a i n t e MccJihide.
'lf.ft LE LIVRE DP. \,\ GRAGI* SPÉCIALE.

C H A P I T R E VI.

GOMMENT LA R J K N Ï Ï E U R E U S E VIERGE M A R I E PRIT SOIN


D E LA CONGRÉGATION Q U ' E L L E LtJÏ RECOMMANDA.

qu'on c h a n l a i l l'antienne Salve Regina,


P ENDANT

aux p a r o l e s : Notre avocate, l'élue d e D i e u ,


s ' a d r e s s a n t à la Vierge M è r e , lui r e c o m m a n d a ten-
d r e m e n t ses s œ u r s qu'elle allait q u i t t e r , la p r i a n t de
v o u l o i r b i e n , à c a u s e d'elle, les p r e n d r e en plus
g r a n d e affection.
C o m m e elle s'était m o n t r é e , p e n d a n t sa vie, avo-
c a t e bienveillante et t o u j o u r s d i s p o s é e à s o u t e n i r la
c a u s e de ses s œ u r s , elle d e m a n d a i t q u ' a p r è s sa
m o r t , la Mère de m i s é r i c o r d e daignât se m o n t r e r
p e r p é t u e l l e m é d i a t r i c e et avocate de la C o n g r é -
gation. L a Vierge très p u r e fil aussitôt d r o i t à celte
d e m a n d e , avec u n e m e r v e i l l e u s e t e n d r e s s e , et, p o u r
cn d o n n e r la p r e u v e , elle étendit ses n o b l e s m a i n s s u r
celles de la m a l a d e , c o m m e p o u r r e c e v o i r de ses
m a i n s m ê m e s la C o n g r é g a t i o n d o n t elle venait de lui
confier le soin.
SEPTIÈME PARTIE, CHAPITRE VII. 469

C H A P I T R E VIL

D'UNE VAPEUR QUI PARAISSAIT SORTIR DES MEMRRES

DE LA MALADE, ET DE DIVERSES PRIÈRES RÉCITÉES

AUPRÈS D'ELLE

N récita e n s u i t e l'oraison ; Ave Jesv Christe. À ces


O m o t s : « Via dulcis : D o u c e voie », le Seigneur
J é s u s , é p o u x des â m e s a i m a n t e s , p a r u t r é p a n d r e les
richesses d e sa divinité s u r le c h e m i n qu'allait p a r c o u -
rir son é p o u s e , afin de l'attirer p l u s d o u c e m e n t à lui.
C o m m e le c o n v e n t avait r é p é t é les p r i è r e s a u p r è s d e
la malade j u s q u ' a p r è s l ' h e u r e d e N o n e et qu'elle s e m -
blait r e p r e n d r e un peu de v i e , on lui d e m a n d a si les
s œ u r s p o u v a i e n t aller p r e n d r e l e u r repos. La m a l a d e
répondit : « Elles p e u v e n t y aller. »
Elle passa d o n c toute cetle j o u r n é e en agonie, ne
disant q u e ces mois : « O b o n J é s u s ! O bon J é s u s ! »
manifestant ainsi qu'elle avait au plus profond de son
c œ u r celui d o n t le n o m r e v e n a i t sans cesse s u r ses
lèvres, au milieu des cruelles d o u l e u r s dont ses gestes
attestaient la violence.
C e p e n d a n t les s œ u r s lui faisaient chacune leurs
r e c o m m a n d a t i o n s , lui coniiant l e u r s b e s o i n s ot ceux
de leurs a m i s . Elle ne p o u v a i t déjà plus p a r l e r et
disait s e u l e m e n t à voix b a s s e : « V o l o n t i e r s », ou bien :

1. Ce c h a p i t r e vu ne se t r o u v e p a s d a n s les m a n u s c r i t s l a t i n s ,
mais s e u l e m e n t d a n s l'édition a l l e m a n d e de L e i p z i g 1T»05, d où
nous P a v o n s p r i s . Il se t r o u v e p r e s q u e mot à mol d a n s le Héraut %

liv. V, ch. iv.


470 L E M VIVE O E LA GRACE SPÉCIAL*.

« O u i »». E l l e m o n t r a i l ainsi d a n s quel s e n t i m e n t elle


p r é s e n t a i t t o u t e s l e u r s r e q u ê t e s à Dieu son B i e n -
A i m é . A u d e r n i e r m o m e n t , n e p o u v a n t plus p a r l e r du
tout, clic c o n t i n u a toutefois d ' e x p r i m e r la t e n d r e s s e
d o n t elle était a n i m é e e n v e r s ses s œ u r s el ses a m i s
s p i r i t u e l s , en levant a m o u r e u s e m e n t ses y e u x ou ses
m a i n s vers le ciel.
1
La même p e r s o n n e q u ' o n a déjà i n d i q u é e vit
s'élever des m e m b r e s les plus souffrants de cette b i e n -
h e u r e u s e m a l a d e une s o r t e de v a p e u r légère qui péné-
trait son Ame, la purifiait, la sancliliail et la p r é p a -
rait à la b é a t i t u d e é t e r n e l l e . Mais la s u s d i t e p e r s o n n e
se p r o p o s a de tenir sa vision secrète p o u r ne pas se
faire r e m a r q u e r . O n v e r r a , p a r ce qui va s u i v r e ,
c o m b i e n cette r é s e r v e était c o n t r a i r e à la v o l o n t é de
D i e u , d o n t cesf In gloire de révéler les discours ( T o b . ,
xii, 7), et qui a dit d a n s son E v a n g i l e : « Ce que vous
%
entendez à l oreille, prêchez-le sur les loits » ( M a t t h . .
x, 27).
E n effet, pendant, les V ê p r e s , cette élue d e Dieu,
dame Mechtilde, d'heureuse mémoire, sembla de
nouveau si p r è s d ' e x p i r e r q u e le c o n v e n t , s u b i t e m e n t
r a p p e l é du c h œ u r , omit les suffrages p o u r r é c i t e r
a u p r è s d e la m a l a d e les p r i è r e s d ' u s a g e . Mais pen-
d a n t ce t e m p s la p e r s o n n e s u s d i t e , m a l g r é l'applica-
tion de ses s e n s i n t é r i e u r s , n e p u t r i e n a p e r c e v o i r
des ges* *s de Dieu à l'égard de son élue. Il \ui fallut
d ' a b o r d r e n t r e r en e l l e - m ê m e , r e c o n n a î t r e sa faute,
et l'effacer p a r la d o u l e u r et le r e p e n t i r ; p u i s elle
promît à Dieu de r é v é l e r , p o u r sa gloire et p o u r la

1 . Sainte OnrLrurle, c o m m e te rapporte le Héraut, liv. V,


t h . 8"t.
SEPTIEME PARTIE. CJIAPITRK V i l . 471

consolation d u p r o c h a i n , (oui ce qu'il c o n s e n t i r a i t


encore à lui m a n i f e s t e r .
A p r è s C o m p l i c s , on c r u t la m o r t i m m i n e n t e p o u r la
troisième fois. A l o r s la m ê m e p e r s o n n e , rpvie en
esprit, a p e r ç u t e n c o r e l'ame de la malade s o u s la
forme d ' u n e g r a c i e u s e cl a i m a b l e j e u n e tille, o r n é e de
nouvelles p a r u r e s par les souffrances qu'elle avait
endurées ce j o u r - l à . D a n s un r a p i d e élan, elle se
jetait au cou du. S e i g n e u r J é s u s , son E p o u x , elle le
serrait d a n s u n e a m o u r e u s e é t r e i n t e , et, connue une
abeille q u i b u t i n e de fleur en (leur, elle recueillait
une v o l u p t é spéciale d a n s c h a c u n e des plaies du
Seigneur.
P e n d a n t la récitation du r é p o n s ; Avesponsa, etc.,
la Reine des v i e r g e s , la r o s e s a n s épines, M a r i e ,
Mère de D i e u , s'avança p o u r p r é p a r e r de p l u s en
plus l a m e de la m a l a d e à j o u i r des délices de la d i v i -
nité. A l o r s le Seigneur J é s u s s ' e m p a r a , pour ainsi
dire, des m é r i t e s de sa M è r e i m m a c u l é e cl de la
dignité qu'elle seule p o s s è d e d'être Mère et Vierge
tout e n s e m b l e , il en forma u n e s o r t e de joyau e n r i c h i
de p i e r r e s b r i l l a n t e s , qu'il s u s p e n d i t au cou de la
malade, en lui d o n n a n t c o m m e à sa Mère v i r g i n a l e le
privilège spécial d'être n o m m é e vierge et aussi m è r e
parce q u e , d a n s un c h a s t e a m o u r , elle avait enfanté
la constante m é m o i r e d u S e i g n e u r dans le c œ u r d^
plusieurs-
472 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

CHAPITRE VIII.

LE CHRTST SA LUE CETTE AME RIEN H E U R E U S E D*UNE

MANIÈRE ADMIRABLE.

E S M a t i n e s étaient déjà c o m m e n c é e s d a n s la nuit


I J de sainte E l i s a b e t h , l o r s q u e les traits d : l'élue
s'altérèrent c o m p l è t e m e n t . O n n a t t e n d i t p l u s q u e son
d e r n i e r s o u p i r . L e s Matines furent i n t e r r o m p u e s cl le
c o n v e n t se r é u n i t en hâte a u t o u r d'elle selon la cou-
t u m e . A l o r s , b r i l l a n t de l'éclat de sa vertu divine, le
S e i g n e u r a p p a r u t s o u s la forme d ' u n fiancé, c o u r o n n é
de gloire el d ' h o n n e u r , o r n é d e l ' é b l o u i s s a n t éclat de
sa divinité. A v e c une exquise t e n d r e s s e , il a d r e s s a
ainsi la parole à la malade : « M a i n t e n a n t , ô m a b i e n -
a i m é e , j c vais t'exalter devant tes p r o c h e s , c'est-à-dire
en p r é s e n c e de la Congrégation qui m'est c h è r e . »
E n s u i t e il salua cette â m e b i e n h e u r e u s e en vérité,
d u n e m a n i è r e m y s t é r i e u s e et a d m i r a b l e s u p é r i e u r e à
l'intelligence h u m a i n e , inouïe d e p u i s le c o m m e n c e -
m e n t des siècles ; il la salua p a r toutes les plaies de
son c o r p s s a c r é d o n t on dit q u e le n o m b r e s'élève à
c i n q miMe q u a t r e cent q u a t r e - v i n g t - d i x De chacune
de a-< plaies é m a n a i e n t s i m u l t a n é m e n t u n e d o u c e
h a r m o n i e , u n e v a p e u r bienfaisante, u n e a b o n d a n t e
rosée et u n e a g r é a b l e l u m i è r e . L e S e i g n e u r qui se
d é r o b a i t p o u r a i n s i d i r e s o u s ces formes d i v e r s e s ,
appelait l'âme et la saluait c o m m e en p a s s a n t .

r
t . V . l " p a r t i e , ch x v m . 29, et le Héraut, 1. I V , c h . xxxv*
SEPTIÈME PAHTÏE CHAPITRE VIM. 473

O r , colle d o u c e h a r m o n i e qui surpassait celle des


orgues les plus parfaites rappelait loules et c h a c u n e
des p a r o l e s q u e l'élue de Dieu avail, d u r a n t sa vie,
a d r e s s é e s à Dieu p o u r sa p r o p r e consolation ou en
vue d e Dieu à son p r o c h a i n , p o u r lui être utile. Ces
paroles qui avaient fructifié au centuple d a n s l e C œ u r
d i v u s r e ^ e u a i e n t à l'élue c o m m e une r é c o m p e n s e , p a r
c h a c u n e des plaies de J é s u s - C h r i s t .
La m e r v e i l l e u s e v a p e u r signifiait ses d é s i r s de la
gloire d e Dieu et du salut de 1 univers, en vue de
Dieu et suivant les p r o p r e s désirs de Dieu ; ces
désirs a v e c l e u r multiple elfel étaient aussi d o n n é s en
r é c o m p e n s e à l'élue p a r les plaies du S e i g n e u r .
La r o s é e a b o n d a n t e e x p r i m a i t son a m o u r p o u r
Dieu et p o u r la c r é a t u r e , à cause de Dieu. P a r les
plaies d u S e i g n e u r , cet a m o u r revenait fortifier son
âme et lui p r o c u r e r d'ineffables délices.
Enfin la l u m i è r e r e s p l e n d i s s a n t e signifiait les souf-
frances du c o r p s et de l'ame q u ' e l l e avait s u p p o r t é e s
depuis son enfance j u s q u ' à ce j o u r . Ces souffrances
d é p a s s a i e n t la capacité n a t u r e l l e de la c r é a t u r e ;
e n n o b l i e s p a r l e u r u n i o n à la P a s s i o n de J é s u s - C h r i s t ,
elles conféraient la sainteté à l'âme élue, cl V a d a p -
taient à la clarté d i v i n e .
Toutefois l'élue, a y a n t g o û l é un certain r e p o s d a n s
la j o u i s s a n c e de ces délices célestes, ne m o u r u t point
encore celte fois, mais a s p i r a de nouveau aux biens
s u p é r i e u r s q u e lui p r é p a r a i t son divin A m a n t . C e p e n -
dant l e ^ S c i g n e u r r é p a n d i t a v e c largesse la r o s é e de
sa divine bénédiction s u r loules les p e r s o n n e s p r é -
sentes en disant : « Mû p a r ma p r o p r e bénignité,
j ' a i ressenti en m o i - m ê m e u n e g r a n d e joie d a n s m o n
a m o u r , en voyant tous les m e m b r e s d'une c o m m u n a u t é
474 LE L I V R E D E LA GRACE SPÉCIALE.

qui m'est si c h è r e a s s i s t e r à l ' a d m i r a b l e transfigura-


tion q u e j ' a i s u b i e tout à l ' h e u r e . E l l e s en r e c e v r o n t
a u t a n t d ' h o n n e u r d a n s les cicux, d e v a n t tous mes
s a i n t s , q u ' e n o n t e u mes t r o i s a p ô t r e s P i e r r e , J a c q u e s
cl J e a n , c h o i s i s d e p r é f é r e n c e aux a n l r e s a p ô t r e s p o u r
t é m o i n s de ma t r a n s f i g u r a t i o n s u r la m o n t a g n e . »
La p e r s o n n e qui avait cetle vision dit a l o r s : « Sei-
g n e u r , de quoi peut s e r v i r cette d o u c e bénédiction et
cette a b o n d a n t e effusion de g r â c e s a u x p e r s o n n e s qui
ne les g o û t e n t pas i n t é r i e u r e m e n t ? » Il r é p o n d i t :
« L o r s q u un h o m m e reçoit de son m a î t r e la c o n c e s s i o n
d'un v e r g e r a b o n d a n t en fruits, il uc peut c o n n a î t r e le
g o ù t d e tous ces fruits avant le temps d e l e u r m a t u r i t é .
A i n s i l o r s q u e j e r é p a n d s s u r q u e l q u ' u n les d o n s de
m a g r â c e , cette p e r s o n n e n'en p e r ç o i t a u c u n e d é l e c -
tation i n t é r i e u r e a v a n t d ' a v o i r b r i s é , p a r la p r a t i q u e
des v e r t u s e x t é r i e u r e s , la d u r e é c o r c e d e la d é l e c t a -
tion t e r r e s t r e , s o u s laquelle elle m é r i t e enfin de t r o u -
v e r et de g o û t e r l ' a m a n d e de la s u a v i t é i n t é r i e u r e . »
C e p e n d a n t , a p r è s avoir r e ç u cette s a l u t a i r e bénédic-
tion du S e i g n e u r , le c o u v e n t r e t o u r n a au c h œ u r p o u r
a c h e v e r les M a t i n e s .

CTIAPTIRE IX.

LA S A I N T E T R I N I T É ET LES S A I N T S SALUENT L'AME.

le c h a n t du d o u z i è m e r é p o n s 0 lampas,
P ENDANT

l ' à m e d c la m a l a d e a p p a r u l i n t e r c é d a n t avec ferveur


p o u r l'Eglise, cn p r é s e n c e de la très sainte T r i n i t é .
Dieu te P è r e la salua cn c h a n t a n t a v e c d o u c e u r ces
SKPTTKMK PAHTTK. CHAPITUK TX, 175
paroles : « Ave,cleclu mea ! SaluL, o mon élue, q u e
les exemples de ta sainle vie font n o m m e r l a m p e de
l'Eglise, c a r lu r é p a n d s des t o r r e n t s d'huile, c'est-à-
dire des flots de p r i è r e s , s u r t o u t e la surface d u
monde.
L e F i l s de D i e u e n t o n n a d o u c e m e n t à son t o u r :
« Gaude, sponsa mea : Réjouis-toi, ô mon é p o u s e , q u i
es n o m m é e en vérité r e m è d e de la grâce, medicina
gralisc, c a r les s a i n t e s p r i è r e s m é r i t e r o n t u n e g r â c e
a b o n d a n t e à ceux qui l'avaient p e r d u e . »
E n s u i t e l ' E s p r i t - S a i n l c h a n t a : « Ave, immaeufala
mea . Salut, i m m a c u l é e ; tu s e r a s appelée aliment de la
foi, nutrimentum fidei, car la foi sera augmentée et
entretenue cn tous ceux qui c r o i r o n t pieusement aux
œuvres spirituelles et c a c h é e s que j ' a i o p é r é e s en
ton â m e . »
La t o u t e - p u i s s a n c e du P è r e lui c o m m u n i q u a en-
suite le p o u v o i r de g a r d e r cn sécurité ceux qui,
effrayés e n c o r e p a r l ' h u m a i n e fragilité, n'osent p a s se
confier p l c i n e m c n t à l a b o n t é d i v i n e . L ' E s p r i t P a r a c l e t ,
qui est a p p e l é feu consumant, lui c o m m u n i q u a le
pouvoir de p u i s e r d a n s la c h a r i t é divine les a r d e u r s
nécessaires aux tièdes. Enfin le F i l s de Dieu lui con-
céda, cn u n i o n de sa très s a i n l e Passion el m o r t ,
de guérir ceux qui l a n g u i s s e n t d a n s le p é c h é .
Alors la m u l t i t u d e des s a i n t s anges l'élcva avec
honneur d e v a n t Dieu et c h a n t a à h a u t e voix : « Tu Dei
saluritas, etc. : T u es le r a s s a s i e m e n t de D i e u , olivier
chargé de fruits, d o n t b r i l l e la p u r e t é et r e s p l e n d i s -
sent les œ u v r e s . » P a r les m o t s : dont brille la pureté y

les anges louaient s p é c i a l e m e n t ce r e p o s t r a n q u i l l e


que le S e i g n e u r avait daigné p r e n d r e cn son aine. L e s
mots suivants : dont les œuvres resplendissent ^ cé)é-
'170 LE LTVRE OK J,A CHAPE SPÉCIALE.

b r a i e n t spécialement l'inlenlion très p u r e et d i g n e de


louange qui dirigeait toutes ses a c t i o n s . Enfin tous
les saints se m i r e n t à c h a n t e r : « Deus palam omnibus
revi'lavil juslilium, e t c . : Dieu a manifesté d e v a n t
tous sa j u s t i c e , » e t c .

CHAPITRE X.

LK SEIGNEUR PRÉPARE MERVEILLEUSEMENT CETTE AME

A LA (i LOIRE FUTURE.

la Préface de la g r a n d ' m e s s e , J é s u s ,
P ENDANT

c o m m e u n é p o u x b r i l l a n t d e j e u n e s s e , r e v ê t u de
la s p l e n d e u r d ' u n e gloire n o u v e l l e , p r i t a v e c u n e
infinie t e n d r e s s e entre ses m a i n s si délicates le m e n -
ton de son é p o u s e , d o n t il t o u r n a le visage c o n t r e
sa face d i v i n e , de telle sorte qu'il s e m b l a i t a s p i r e r
d i r e c t e m e n t le souffle de la m a l a d e d a n s sa d i v i n i t é .
Il plaça a u s s i ses yeux d i v i n s en face des y e u x de
la m a l a d e , et les i l l u m i n a d u m e r v e i l l e u x r a y o n
de sa d i v i n i t é . Il béatifia d o n c , p o u r ainsi d i r e , cette
Ame en l ' i l l u m i n a n t et la sanctifiant d a n s la foi ; il la
p r é p a r a i t ainsi à la b é a t i t u d e d e la g l o i r e future.
1
C e p e n d a n t la p e r s o n n e q u i voyait en e s p r i t
toutes ces c h o s e s , c o m p r i t q u e celle-ci ne serait pas
enlevée a v a n t q u e la v e r t u divine eut c o n s u m é et
anéanti c o m p l è t e m e n t toutes ses forces : s e m b l a b l e à
u n e goutte d'eau mêlée à un vin g é n é r e u x , elle devait

"J S a i n t e G e r l r i u l e , qui eut les a u t r e s visions de cette d e r n i è r e


partie s u r s a i n t e M e c h t i l d e .
SEPTIÈME PARTIE, CHAPITRE XT. 477

prendre celte s a v e u r qui fait défaut à toute n a t u r e


humaine, el se p l o n g e r d a n s l'abîme de la béatitude,
afin de d e v e n i r un seul e s p r i t avec Dieu. Le c o u v e n t
réeila d o n c a u p r è s d'elle p o u r la c i n q u i è m e fois les
prières a c c o u t u m é e s , et elle n e s'envola point.
A p r è s T i e r c e , la m a l a d e é t e n d i t les j a m b e s et plaça
ses pieds c o m m e ceux du S e i g n e u r crucifié. Je pied
droit croisé s u r le g a u c h e . U n e des personne?; qui
l'assistaient replaça e e p i e d à côté de l ' a u t r e ; m a i s elle
le relira a v e c v.igucur et le c r o i s a de n o u v e a u s u r le
pied g a u c h e . Elle manifestait ainsi qu'elle n'agissait
pas au h a s a r d , mais p a r un s e n t i m e n t de d é v o t i o n ,
afin q u e , p o r t a n t j u s q u e d a n s l'attitude de son c o r p s
la r e s s e m b l a n c e de son u n i q u e Bien-Aimé, elle
méritai de lui d e v e n i r s e m b l a b l e d a n s la gloire. E n
r e c o n n a i s s a n c e du crucifiement q u e le S e i g n e u r a v a i t
subi p o u r son a m o u r à la sixième h e u r e , q u a n d il
fut attaché par les p i e d s el les m a i n s , au milieu
de cette sixième h e u r e , elle étendit v o l o n t a i r e m e n t
ses p i e d s , et offrit ainsi un sacrifice de l o u a n g e .
Alors le S e i g n e u r , c o m m e un ami plein de t e n d r e s s e ,
parut r a n i m e r p a r ses c a r e s s e s les m e m b r e s à demi
niorls de la m a l a d e .

C H A P I T R E XI

COMMENT E E E E S E N V O I ..A E T E U T REÇUE DANS E E Cf ÏUH


M

IWVJN.

.si désirée était enfin a r r i v é e : déjà dépouil-


L
'HEURE

lée, pour ainsi d i r e , de tout ce qui esl de


•178 LK L I V R E D E LA OR\CE SPÉCIALE.

l ' h o m m e , parfnilcmcnl d i s p o s é e au g r é de son Bicn-


A i m é , cette l e n d r e épouse allait q u i t t e r la p r i s o n de
la c h a i r p o u r e n t r e r d a n s la c h a m b r e n u p t i a l e de s o n
royal E p o u x . O n venait de se l e v e r de table. L a M è r e
du m o n a s t è r e était a r r i v é e la p r e m i è r e , suivie d~ o u e l -
q u e s s œ u r s , l o r s q u e le visage d e la m a l a d e prit t o u t
à c o u p une e x p r e s s i o n d'ineffable t e n d r e s s e , s i g n e
certain d'une consolation i n t é r i e u r e . Ses très a i m é e s
s œ u r s , en J é s u s - C h r i s t a r r i v a n t , elle semblait v o u l o i r
les inviter, p a r l'expression et l'amabilité de s o n
visage ( p u i s q u ' e l l e ne p o u v a i t p l u s le faire p a r ses
p a r o l e s ; , à la féliciter des i n e x p r i m a b l e s bienfaits
(pie lui avait o c t r o y é s son S e i g n e u r . A l o r s le D i e u
de majesté, s o u r c e de délices, seul r a s s a s i e m e n t d e
l'ame qui l ' a i m e , lit briller a u t o u r de son é p o u s e et
p é n é t r e r cn elle la l u m i è r e de la D i v i n i t é . P u i s ce
c h a n t r e des c h a n t r e s , de sa voix d o n t les a c c e n t s
s u r p a s s e n t toute h a r m o n i e t e r r e s t r e , v o u l u t c h a r m e r
la philomèle qui avait tant de fois attiré son C œ u r
divin p l u s e n c o r e p a r une t e n d r e dévotion q u e p a r le
c h a r m e de sa voix. U lui c h a n t a : « Venitc vos, benedicli
Palris /ne/, etc. : Venez, ô v o u s les b é n i s de m o n P è r e ,
recevez le r o y a u m e , » puis il lui r a p p e l a !a faveur in-
signe qu'il lui avait faite huit a n s a u p a r a v a n t l o r s q u ' o n
disant ces m ê m e s p a r o l e s , il lui avait d o n n é son
C œ u r d i v i n , c o m m e gage d ' a m o u r et de s é c u r i t é . L e
S e i g n e u r lui dit en la saluant avec t e n d r e s s e : « E l mon
1
gage, où est-il ? » A ces m o t s , elle o u v r e de ses deux
m a i n s son c œ u r , placé en face du C œ u r ouvert d e son
l î i e n - A i m é . A l o r s le S e i g n e u r a p p l i q u e son C œ u r

r e e
1 . Voir J p a r t i e , c. xx ; 2 p . . c h xix ; 3° p . , c h . x x x v n , et le
Héraut, iiv. V, c h . iv.
SKPTiKMF PARTIE. r . r M p r n t K xrï. 479

sacré s u r celui de son é p o u s e , el, l'absorbant tout


entière p a r la v e r t u de sa divinité, il l'associe à sa
gloire.
Q u ' e l l e se s o u v i e n n e m a i n t e n a n t de ceux qui g a r -
dent sa m é m o i r e ! Qu'elle n o u s obtienne p a r ses
saintes p r i è r e s q u e l q u e s g o u t t e s des s u r a b o n d a n t e s
délices qu'elle s a v o u r e a u p r è s de Celui avec q u i ,
devenue u n seul e s p r i t , e l l e se réjouira é t e r n e l l e m e n t !
Amen.

CHAPITRE XII.

DR LA JOÏK ET DE Ï/ACCROISSEMKNT DU M É JUTE

DES SAINTS.

on faisait ensuite la c o m m é m o r a t i o n o r d i -
C IOMME

J naire p o u r la défunte, le S e i g n e u r p a r u t assis


dans la majesté de sa g l o i r e , c o m b l a n t d e d o u c e s
caresses l'àme de la défunte, qui reposait cn son sein.
P e n d a n t q u ' o n récitait l e S n b o c n i l e , Sancli Dcù etc.,
les anges s e l e v a i e n t en g r a n d e r é v é r e n c e . Ils n'avaient
plus m a i n t e n a n t à a c c u e i l l i r son Ame déjà r e ç u e p a r
D i e u l u i - m c m e avec t a n t d ' h o n n e u r et de magnificence;
mais i L fléchirent le genou d e v a n t le Seigneur c o m m e
font les p r i n c e s d e v a n t l ' e m p e r e u r qui lee investit de
leur lief. P u i s ils r e ç u r e n t l e u r s mérites offerts la
1
veille p o u r a c c r o î t r e c c u x d e la b i e n - a i m é e d u C h r i s t ;
mais ces mérites l e u r étaient r e n d u s doublés p o u r ainsi
dire et m e r v e i l l e u s e m e n t r e h a u s s é s p a r l'usage quo

2 . Voir c h . J V p l u s h a u t .
(
1S0 LE UVRI: nr, LA on\r.K SPÉCIALE.

celle-ci o» avail In il. Los s a i n t s en avaient agi de


m ê m e q u a n d ils avaient été n o m m é s â l e u r l o u r
d a n s les litanies.
1
A l o r s celle qui v o y a i t ces c h o s e s d e m a n d a à l'Ame
d ' o b t e n i r ce qui m a n q u a i t à c h a c u n de ses a m i s p a r
Imuliers, p a r le même s e n t i m e n t d'affection q u ' e l l e
avait p o u r eux en ce m o n d e . Elle r é p o n d i t : « Voici
q u e je r e c o n n a i s déjà c l a i r e m e n t d a n s la lumière de la
vérité que ma t e n d r e s s e p o u r ceux (pie j ' a i m a i s s u r
la t e r r e est à peine c o m m e une goutte d'eau au
r e g a r d de l'océan, en c o m p a r a i s o n des s e n t i m e n t s
dont est a n i m e e n v e r s eux le C œ u r divin. J e vois
aussi l ' i n c o m p r é h e n s i b l e m a i s très a v a n t a g e u s e r a i s o n
p o u r l a q u e l l e Dieu p e r m e t q u e l ' h o m m e g a r d e c e r t a i n s
défauts q u i l ' h u m i l i e n t et l'exercent, mais le font a v a n -
cer c h a q u e j o u r d a n s la voie du salut. J e n e v o u d r a i s
d o n c p a s a v o i r la m o i n d r e p e n s é e v o l o n t a i r e d e
c h a n g e r un iota à ce que la s a g e s s e t o u t e - p u i s s a n t e el
la très sage bienveillance de m o n d o u x et b i e n - a i m é
S e i g n e u r a d é c r é t é p o u r c h a c u n , selon son bon p l a i s i r .
A u s s i , en face d ' u n e d i s p o s i t i o n si bien o r d o n n é e p a r
la divine m i s é r i c o r d e , j e ne p u i s q u e m e r é p a n d r e en
louanges et en actions de g r â c e s . »

CHAPITRE XIII.

MANIÈRE DE PETER DIEU PAR LES MÉRITES OE CETTE


VIERGE.

E l e n d e m a i n , pendant la m e s s e Rcyuirin ivlvrnam


I J l a m e de la défunte a p p a r u t . Elle semblait p l a c e r

1 . C'csl-à-diro snîiitc (iorlrude.


SEPTIEME PAP.TTE. CHAPITRE XTTT. 4SI
tin t u y a u d ' o r e n t r e le C œ u r divin el c h a c u n d e ceux
qui l a v a i e n t e n t o u r é e de d é v o u e m e n t ou d'affection,
afin qu'ils p u i s s e n t a t l i r e r p a r là de ce C œ u r s a c r é
en e u x - m ê m e s tout ce q u ' i l s d é s i r e r a i e n t . O r , l'embou-
c h u r e de ces tuyaux était a u s s i en or. afin de laisser
passer les p a r o l e s qui vont s u i v r e el d'attirer p a r ce
moyen la bienveillance d i v i n e .

Dévale prière à réciter souvent pour remerrter Dieu


des faveurs accordées à celle vierge

A R l ' a m o u r qui v o u s a fait c o m b l e r de tant de


P bienfaits M e c h t i l d e v o t r e bien-aiméc (ou m ê m e
qui q u e ce soil de vos é l u s , ou dont vous auriez c o m -
blé t o u t h o m m c c a p a b l e de les recevoir"), p a r loules les
laveurs q u e v o u s a c c o r d e r e z e n c o r e s u r la terre ou
dans les cicux, exaucez-moi, ô très bénin Seigneur
J é s u s - C h r i s l , p a r ses m é r i t e s et p a r ceux de tous vos
élus. »
A l'élévation de l'hostie, il sembla q u e celte â m e
b i e n h e u r e u s e d é s i r a i t ê t r e offerte en m ê m e temps a
Dieu le P è r e , en l o u a n g e é t e r n e l l e , p o u r le salut du
m o n d e . C'est p o u r q u o i le F i l s u n i q u e de D i e u , qui ne
r e p o u s s e j a m a i s les d é s i r s de ceux qui l'aiment, l'attira
tonte à lui el la présenta avec lui à Dieu Je P è r e ; puis
il a c c o r d a l'effet s a l u t a i r e de ce sacrifice, doublé p a r
cette union, à tout le ciel, à la t e r r e et au purga-
toire.
1«S2 LE LÏVUE D E LA GUACE S P E C I A L E .

CHAPITRE XIV.

r j u ' l l - E S T UTILE D E PUÊSENTEU L E S MÉIUTES D E -IÉSUS-


C D I U S T ET D E S S A I N T S COMME O E E l i A N D E A LA M E S S E ,
POU H L E S AMES.

la messe s u i v a n t e , elle a p p a r u t logée d a n s


1 - R E N D A N T

le C œ u r d i v i n , se s e r v a n t de ce C œ u r c o m m e
d ' u n e l y r e , d o n t elle t o u c h a i t q u a t r e c o r d e s , qui
p r o d u i s a i e n t u n e délicieuse mélodie à p l u s i e u r s
p a r t i e s : c h a n t de l o u a n g e , d ' a c t i o n s de g r â c e s , de
t e n d r e p l a i n t e et de p r i è r e . E l l e s u p p l é a i t ainsi aux
négligences de ceux q u i , en ce m o m e n t , c h a n t a i e n t
ses o b s è q u e s el m ê m e des p e r s o n n e s q u i , s u r la t e r r e ,
a u r a i e n t a i m é à les c é l é b r e r , si e l l e s avaient eu c o n -
n a i s s a n c e des d o u s g r a t u i t s d é p o s é s p a r Dieu d a n s
son Ame. À l'Offertoire on lui d e m a n d a ce q u e l u i a v a i t
obtenu l'offrande des m é r i t e s de J é s u s - C h r i s t el des
s a i n t s , q u ' e l l e faisait t o u j o u r s à ce m o m e n t p o u r les
a m e s . P o u r r é p o n s e , elle s ' i n c l i n a et p a r u t faire des-
c e n d r e d e s corbeilles r e m p l i e s de b o î t e s , q u ' e l l e
p r é s e n t a i t a u x a m e s r e t e n u e s cn d i v e r s lieux de souf-
frances. C h a q u e à m c p r e n a i t la boîte avec g r a n d e j o i e ,
et à peine l'avait-cllc o u v e r t e q u e . délivrée de toute
souffrance, e l l e était envoyée d a n s un lieu d ' a g r é a b l e
repos.
Les corbeilles d e s c e n d u e s p r è s des a i n e s signi-
fiaient les v e r t u s d e eciie-ei : ies boites d é s i g n a i e n t
ces m ê m e s v e r t u s mises en e x e r c i c e ; par e x e m p l e :
l'humilité effective, la b é n i g n i t é , la c o m p a s s i o n et
SEPTIÈME PARTIE. CHAPITRE XV,

('uitrcs s e m b l a b l e s . C o m m e elle d e s c e n d a i t c h a q u e
corbeille d a n s un Heu dislinci du p u r g a t o i r e , les âmes
qui s'y trouvaient d é t e n u e s el. avaient p r a t i q u é s u r la
t e r r e q u e l q u e c h o s e de celte vertu spéciale p a r t i c i p a i e n t
à ses m é r i t e s et p a s s a i e n t aussitôt des souffrances au
b o n h e u r . C'est ainsi q u e , p o u r m e t t r e le c o m b l e à la
joie et à la gloire de sa b i e n - a i m é e , le Seigneur t r a n s -
p o r t a u n e m u l t i t u d e i n n o m b r a b l e d'âmes aux p o r t i q u e s
du p a r a d i s . Q u a n t a celles q u e la j u s t i c e ne permet-
tait p a s d'associer e n c o r e a u x h a b i t a n t s des cicux, il
daigna les a d m e t t r e d a n s les agréables r é g i o n s d'un
bienheureux repos.

CHAPITRE XV.

AU JOUR OE SON TRÉPAS, A U C U N E AME OE CHRÉTIEN


NE DESCENDIT DANS L'ENFER.

Risque n o u s v e n o n s de d i r e s u r la délivrance des


C A âmes du p u r g a t o i r e fut aussi révélé à deux
autres p e r s o n n e s . Mais u n e troisième r e ç u t devant
Dieu la c e r t i t u d e q u ' a u j o u r d e ce b i e n h e u r e u x t r é p a s ,
par la s u r a b o n d a n t e b o n t é du C œ u r de J é s u s - C h r i s t ,
pas une seule â m e de chrétien n'était d e s c e n d u e d a n s
les enfers. C ' e s t - à - d i r e q u e les p é c h e u r s décédés ce
jour-là o b t i n r e n t le r e p e n t i r , p a r les mérites de cette
âme b i e n h e u r e u s e si c h è r e à Dieu, cl ceux d'entre eux
qui étaient t r o p p e r v e r s cl e n d u r c i s p o u r suivre le
mouvement de la g r â c e ne m o u r u r e n t pas c e j o u r - h ï
par une volonté du S e i g n e u r . Il s'ab tint de p r o n o n c e r
un seul arrêt terrible au j o u r d'une telle solennité et
d'une si g r a n d e joie p o u r son C œ u r .
484 TJE LTVRE DE LA GRACE SPÉCTALE.

C H A P I T R E XVI.

QUE LA LOUANT. E DIVINE DOIT ETRE RECHERCHÉE AVANT


TOUTES CHOSES ET CÉLÉBRÉE AVEC UNE INTENTION

PURE.

u n e nuv.se, elle a p p a r u t p r e n a n t u n d o u x
P ENDANT

r e p o s d a n s les e m b r a s s e n i e n l s du S e i g n e u r ; m a i s
1
c o m m e la p e r s o n n e qui la voyait d é s i r a i l l u i a d r e s s e r
la p a r o l e , le S o i g n e u r ouvrit ses b r a s p o u r lui d o n n e r
un peu de l i b e r t é . A l o r s la p e r s o n n e vit cette aine
e n t o u r é e d ' u n e g l o i r e ineffable, o r n é e d'un vêtement
fait de c r i s t a l taillé qui étincelait c o m m e les étoiles,
ou brillait c o m m e ('es m i r o i r s . U n cercle d'or e n c h â s -
sait ces c r i s t a u x m e r v e i l l e u x , à t r a v e r s lesquels on
a p e r c e v a i t des p i e r r e s p r é c i e u s e s , r u b i s , é m e r a u d e s
et a u t r e s de c o u l e u r s et d e formes d i v e r s e s . Ce
vêtement était d o u b l é d ' u n e soie lissée des v e r t u s
et des b o n n e s œ u v r e s de celte à m c b i e n h e u r e u s e .
Le cristal désignait aussi ses œ u v r e s , et l'or d o n t il
étail s e r t i , la c h a r i t é qui les avait a c c o m p a g n é e s .
Les p i e r r e s p r é c i e u s e s signifiaient les v e r t u s de
J é s u s - C h r i s t a u x q u e l l e s elle avait uni les s i e n n e s ,
puisqu'elle ne faisait a u c u n e action s a n s se confor-
m e r aux i n t e n t i o n s d e J é s u s C h r i s t . L a b i e n h e u r e u s e
s'clanl levée, son vêlement se déploya d a n s toute s o n

\ . La me nie s a n s d n u l r qui eut les visions m o n t r é e s à u n e


seule p e r s o n n e , rîicoiïl es a v a n t le c h . xv, où doux p e r s o n n e s
\ ienneul sijoulrr c o m m e un inculciil au récit &clierai. Colle p e r -
s o n n e <*st s a i n t e ( j u r l r m l e .
SEPTIÈME pAïmK. CTTAPTTnr W E 485
a m p l e u r el elle s'y m i r a p o u r ainsi dire ; tandis q u e
la s p l e n d e u r de cette r o b e suffisait à éclairer le p a r a d i s
d ' u n e l u m i è r e n o u v e l l e , el q u e la suave h a r m o n i e
nie ses vêtements c r i s t a l l i n s résonnait à travers le ciel
«r tout ce qu'il c o n t i e n t .
A l o r s <:ellc qui voyait ces choses lui demanda
quel élail son p r i n c i p a l désir au sujet de sa Congré-
gation. Elle r é p o n d i t : « J e d é s i r e p a r - d e s s u s tout la
louange de m o n S e i g n e u r , qui m'a tellement glorifiée
el exallée a u - d e s s u s de m o n m é r i t e q u e tout ce qu'il
m'a conféré p a r a î t ê t r e l'effet de sa g r a t u i t e b o n t é .
A u s s i m "est-il t r è s a g r é a b l e q u e v o u s lui offriez sans
cesse v o s l o u a n g e s p o u r moi. Il m'a t r a n s p o r t é e p a r m i
les saints cn qui il p r e n d le p l u s de c o m p l a i s a n c e ,
goule le plus d e délices et r e ç o i t p l u s d e l o u a n g e s .
La p e r s o n n e r e p r i t : « E t c o m m e n t p o u v o n s - n o u s louer
Dieu en v o u s ? » Elle r é p o n d i t : « T o u t ce q u e vous
faites, j e le faisais a u s s i s u r la t e r r e . D o n c , p o u r tout
dire en un m o t , faites v o s a c t i o n s en u n i o n de cette
intention p u r e et d e ce parfait a m o u r a v e c lesquels je
faisais tout p o u r la gloire de Dieu el p o u r le salut du
m o n d e . P a r e x e m p l e , l o r s q u e v o u s entrez au c h œ u r
p o u r a d o r e r ou p o u r c h a n t e r , pensez avec quelle p u r e t é
cl quelle ferveur j ' é t a i s à D i e u , et efforcez-vous de
m ' i m i t e r a u t a n t q u e v o u s le p o u v e z . D e m ê m e si vous
allez p r e n d r e v o t r e s o m m e i l ou votre r e p a s , pensez à
l'intention p u r e et au b r û l a n t a m o u r avec lesquels
j ' a c c e p t a i s les s o u l a g e m e n t s utiles à mon c o r p s et
j'ur.ais des c r é a t u r e s . E l de m ê m e p o u r tout le reste.
F a i t e s a o n c toutes vos actions à la louange de mon
R i e n - A i m é , et v o u s y trouverez votre salut. » Mais
elle d e m a n d a e n c o r e : « Q u e v o u s revient-il de la
louange que n o u s a d r e s s o n s à Dieu p o u r vous ? » Elle
180 L E LTVUE DK LA nHAT.F SPÉCIALE

r é p o n d i t : « Un e m b r a s s r m e n l cl u n b a i s e r qui r e n o u -
vellent t o u t e ma joie. »
La m ê m e p e r s o n n e vit a l o r s trois r a y o n s qui
p a r l a i e n t du C œ u r divin, et p a s s a i e n t p a r cette â m e
béatifiée p o u r se d i r i g e r s u r t o u s les s a i n t s I l l u m i n é s
et r é j o u i s , ceux-ci c o m m e n c è r e n t à louer p o u r elle le
S e i g n e u r en disant : « N o u s v o u s l o u o n s p o u r la
r a v i s s a n t e b e a u l é de v o t r e é p o u s e , p o u r l ' a i m a b l e
c o m p l a i s a n c e q u e v o u s p r e n e z en elle el p o u r la p a r -
faite u n i o n qui l'a laite u n e a v e c v o u s . » E t c o m m e la
p e r s o n n e v o y a i t e n c o r e q u e l l e s délices ces l o u a n g e s
p r o c u r a i e n t au S e i g n e u r , elle lui dit : « P o u r q u o i ,
m o n S e i g n e u r , p r e n e z - v o u s u n si g r a n d p l a i s i r à être
loué en celle a m c ? » Il r é p o n d i t : « P a r c e q u e , pen-
dant sa vie, elle désirait m o n h o n n e u r p a r - d e s s u s tout ;
c o m m e elle a c o n s e r v é ce d é s i r , j e la r a s s a s i e r a i de
mon i n c e s s a n t e louange *. »

CIIAPITHP: XVII.

nu NOM ET t>R L'UTILITÉ DE CE LIVEE DE L À

« (HtACE SPÉCIALE ».

r i E T i'E m ê m e p e r s o n n e i n t e r r o g e a e n c o r e l a m e afin
-<* de s a v o i r quelle gloire était la s i e n n e p o u r son don
de g r â c e s p é c i a l c . E l l c r é p o n d i t : « C e t t e g l o i r e d é p a s s e
c
t o u l P * » a n t r e s : l ' a m o u r s a n s b o r n e s qui a p o r t é
o s

I)ï"i4 a se faire h o m m e m'a confie g r a t u i t e m e n t ce d o n

1. Ainsi jusqu'il la fin la Lonaïuje divine est Ja canictoristique


1
île sain!* Mcrlitilda*
SEPTIÈME PARTIE. C H A P I T R E XV1IL 4R7

par sa puissante s a g e s s e , sa divine d o u c e u r el sa 1res


libérale bienveillance. »
A une a u l r e q u e s t i o n posée p o u r s a v o i r sî elle était
salisfaile ou m é c o n l c n l e que ce livre (Vil écrit, l a i n e
fil celte r é p o n s e : « C'est ma plus g r a n d e j o i e , c a r il
procurera la l o u a n g e c l r a c c o m p l i s s c m c n t d e la volonté
de mon Dieu et a u s s i l'avantage d u p r o c h a i n . Ce livre
sera appelé : « L u m i è r e de l'Eglise », parce que ceux
qui le liront s e r o n t illuminés p a r la lumière de la
connaissance ; ils y r e c o n n a î t r o n t de quel ?sprit ils
sont a n i m é s , et les affliges y t r o u v e r o n t consola-
tion. » En effet, q u i c o n q u e a i m e ce don en reçoit sa
part aussi réellement q u e l'Ame à qui Dieu l'a d o n n é .
Si quelqu'un recevait un c a d e a u du roi p a r un inter-
médiaire, ce cadeau lui a p p a r t i e n d r a i t en p r o p r e , el il
en retirerait les m ê m e s a v a n t a g e s q u e s'il le t e n a i t de
la main m ê m e d u r o i . E n de tels d o n s , Dieu r é c l a m e
pour lui seul la l o u a n g e , la gloire et la r e c o n n a i s -
sance.

C H A P I T R E XVIII.

D E LA S É C U R I T É ACCORDÉE AUX PERSONNES


QUI CÉLÉBRAIENT SES FUNÉRAILLES.

u jour de la s é p u l t u r e , p e n d a n t le chant du Répons


A Libéra me Domine, elle a p p a r u t d e m a n d a n t au
Seigneur p a r d ' a r d e n t e s s u p p l i c a t i o n s p o u r toutes les
personnes p r é s e n t e s a ses o b s è q u e s , q u ' a u c u n e d'elles
n'encourut la m o r t éternelle. Elle obtint d e l à largesse
divine la p r o m e s s e de celle complète sécurité. Pendant
488 LE LIVRE OE LA OR A C E SPÉCIALE.

le r é p o n s Regnum mnndi, à ce moi : « q w / n que j'ai


vu », elle se m i l à c h a u l e r e l l e - m ê m e , disant : « O u i , j e
l a i vu d a n s la divinité, celui q u e j ' a i c o n s i d é r é tant de
fois s u r la t e r r e des yeux de l'intelligence . « quem
amavi, qwe j ' a i a i m é de toutes m e s forces » . « in quem
credidL en qui j ' a i cru de tout mon c œ u r » : « quem
dile.ri, q u e j ' a i chéri de toute m o n affection ». P u i s ,
se t o u r n a n t v e r s le c o u v e n t , elle dit : « J e v o u s prie
toutes et v o u s r e q u i e r s de c h a n t e r et de r é c i t e r tou-
j o u r s v o l o n t i e r s ce r é p o n s , p a r c e que Dieu le P è r e
s'en réjouit, Dieu le Fils y est s a l u é , el Dieu le S a i n t -
E s p r i t y t r o u v e ses d é l i c e s . P o u r quelle r a i s o n le
S e i g n e u r vous Iransmil-il p a r s œ u r Mechtilde l ' o r d r e
de le c h a n t e r ainsi, sinon p a r c e qu'il é p r o u v e u n e
ineffable j o i e à v o u s e n t e n d r e ? »
1
C o m m e on c h a n t a i t ensuite le r é p o n s Snrge virgo ,
elle a p p a r u t d e b o u t en p r é s e n c e du Seigneur, p a r é e
c o m m e u n e r e i n e , puis elle se précipita d a n s les b r a s
d u S e i g n e u r , et a p p u y a la tête s u r son C œ u r s a c r é . Le
Seigneur lui dit alors : « J o i e et délices de m o n C œ u r ,
tous m e s b i e n s s o n t à toi. S e l o n ton d é s i r , j ' e x a u c e r a i
t o u t e s les p e r s o n n e s qui s o n t p r é s e n t e s à tes funé-
r a i l l e s , et les a s s i s t e r a i d a n s l e u r s nécessités. »

C H A P I T R E XIX.

NOTRE—SEIGNEUR JÉSUS-CHRIST AIME ET CHATIE

LES SIENS.

L U S tard, en la fête de s a i n t e C a t h e r i n e , elle p a r u t


P t r a v e r s e r le c h œ u r en c o m p a g n i e du S e i g n e u r el

E
1 . V. 6 p a r t i e , c h . vi
SKPTTKME PAUTIK. CHAPITRE XTX. 489

diriger le c h a n t selon sa c o u t u m e . Celle qui voyail ces


choses en fut é t o n n é e , mais r â m e l u i dit ; a L o r s q u e
je chantais en c h œ u r des g r o u p e s de noies a s c e n -
dantes, mes d é s i r s s'efforçaient toujours d ' e n t r a î n e r
les vôtres v e r s D i e u , d a n s les h a u t e u r s ; aux noies
d e s c e n d a n t e s , j e v o u l a i s au c o n t r a i r e faire tomber
la grâce s u r vous ; et c'est ce q u e je désire encore
sans cesse. »
Alors celle-ci l'interrogea : <x Avez-vous q u e l q u e
chose à m a n d e r aux s œ u r s ? » E l l e r é p o n d i t : « lié-
jouissez-vous c o r d i a l e m e n t en votre B i e n - A i m é ! Son
a m o u r à v o t r e é g a r d est aussi t e n d r e et attentif que
celui d'une m è r e p o u r Tenfanl u n i q u e qu'elle lient tou-
j o u r s s u r son sein, afin d ' é c a r t e r de lui tout d a n g e r .
Ainsi Dieu v o t r e a m a n l d é s i r e que v o u s lui soyez tou-
j o u r s a t t a c h é e s , s a n s v o u s éloigner j a m a i s . Si vous
vous écartiez, il v o u s e n v e r r a i t u n e peine afin de vous
r a m è n e r a lui. U n e m è r e châtie son fils avec la verge
s'il court loin d'elle et t o m b e : elle lui a p p r e n d ainsi
à ne point la q u i t t e r . U n e m è r e trouve du c h a r m e aux
paroles a i m a b l e s cl t e n d r e s de son enfant; mais v o i r e
E p o u x désire bien d a v a n t a g e e n t e n d r e sortir de vos
lèvres des p a r o l e s qui p é n è t r e n t j u s q u ' a u fond de
son C œ u r , C o u r a g e , d o n n e z - l u i d o n c votre c œ u r
tout entier, c a r il est p o u r v o u s P è r e , Seigneur,
Epoux, A m i , et il v o u s sera tout en toutes choses. »
Celle p e r s o n n e d o n n a le s e n s suivant à ces paroles :
puisqu'il esl P è r e , n o u s d e v o n s lui millier tout notre
bien ; puisqu'il esl S e i g n e u r , il faut n u i l r e en lui noire
espérance ; puisqu'il est E p o u x , il faut l'aimer de loul
notre c œ u r el de loulc notre a i n e ; puisqu'il esl A m i ,
nous p o u v o n s lui exposer avec confiance nos peines et
nos b e s o i n s , el n ' a l l e n d r e q u e de lui la consolation.
490 LE L I V R E DK LA GRACE SPÉCIALE.

C H A P I T R E XX.

5 1
DE L AME D U COMTE I L , FONDATEUR DU MONASTERE ,

A N S l'intervalle du i r e n t c n a i r c de celle-ci, en l'anni-


D v e r s a i r e d u C o m t e B . , t b n d a l e u r d u m o n a s t è r e , elle
vit l'àme du C o m t e d a n s u n e s p l e n d e u r m e r v e i l l e u s e ,
r e v ê t u e d ' u n e t u n i q u e de p o u r p r e , o r n é e d e toutes les
v e r t u s el p o r t a n t un m a n t e a u d e c o u l e u r r o u g e cl v e r t e .
La p a r t i e r o u g e était b r o c h é e de cercles d ' o r entou-
r a n t d e s lions d o n t le c œ u r p o r l a i t u n c r o s e magnifique ;
s u r la p a r t i e verte étaient b r o d é e s en relief t o u t e s ses
v e r t u s . L e C o m t e p o r t a i t s u r la p o i t r i n e un j o y a u bril-
l a n t c o m m e u n e étoile ; enfin il avait e n c o r e un m a n -
teau d'or p u r et brillant, d o u b l é d'argent, et s u r la tête
u n e c o u r o n n e magnifique. L a p e r s o n n e qui avait cette
vision lui dit : « Où d o n c a v e z - v o u s a c q u i s u n e telle
variété de v e r t u s ? » L'Ame r é p o n d i t : « Ce n ' e s t p a s de
m e s œ u v r e s (pie je tiens u n e telle g r â c e , m a i s d e la
b o n t é de m o n Dieu et des m é r i l e s de la C o n g r é g a t i o n
q u e j ' a i t a n t a i m é e . CcLle t u n i q u e c o m p o s é e de t o u t e s
les v e r t u s m ' a été d o n n é e à l ' a v è n e m e n t de la r e i n e
magnifique, la D a m e a b b e s s c G e r l r u d e . C o m m e u n e
reine p u i s s a n t e et r i c h e , elle e s l c n l r é e d a n s l e palais du
ciel cn g r a n d e g l o i r e , de s o r t e qu'on p e u t lui a p p l i q u e r
la p a r o l e d u livre des R o i s : « Et la reint entra en
Jérusalem, etc. » (III R c g . x , 2,) D e l o n g t e m p s , en effet,

e
1. B t i r e h a r d de Mansfeld. V. 5 p a r t i e , c h . X. II m o u r u t le 13 d é -
G
c e m b r e 1229, d ' a p r è s la notice d e P a b h e s c Sophie de S l o l b e r g .
FEFTIÈME PARTIE. CHAPTTRE "XX. 4U1

on n'avait vu p é n é t r e r d a n s les célestes parvis u n e


â m e a i n s i p a r é e de v e r t u s . J e dois encore ce vêlement,
rouge cl v e ' t aux mérites d e celle g r a n d e abbesse ;
mais il est tisse p a r la sainle vie des p e r s o n n e s qui lui
étaient s o u m i s e s . Sa c o u l e u r r o u g e désigne la gloire
du m a r t y r e q u e les religieux o b t i e n n e n t p a r une obéis-
sance s i n c è r e , c a r celui qui p r é s e n t e s p o n t a n é m e n t à
Dieu sa v o l o n t é p r o p r e i m m o l e une hostie plus digne
et plus agréable q u e s'il offrait sa p r o p r e tète. Les lions
désignent les fortes œ u v r e s de l'obéissance ; les cercles
d'or les liens de l ' o b é i s s a n c e ; et les r o s e s , la patience
(pic les religieux doivent c o n s e r v e r au milieu de toutes
leurs œ u v r e s . La c o u l e u r v c r l c e x p r i m e la v i g u e u r des
vertus, et l ' o r n e m e n t en relief r e p r é s e n t e le cachet
p r o p r e à c h a c u n e . J e dois d o n c mon splcndidc
vêtement a u x m é r i t e s a c q u i s p a r c h a q u e m e m b r e du
m o n a s t è r e d o n t j e suis f o n d a t e u r .
L e j o y a u cLincelant signifie le désir de la v é n é r a b l e
a b b e s s e . S e m b l a b l e à l'étoile toujours scintillante, ce
désir n'a s u b i a u c u n e i n t e r r u p t i o n ; et son intention
n'a pas été m o i n s p u r e q u e l'étoile, c a r elle a voulu
toujours et p a r - d e s s u s toutes c h o s e s la gloire de Dieu
eL le salut d e son p r o c h a i n . L ' o r et les perles fines qui
ornent ce j o y a u signifient l'intention el les œ u v r e s de
son c œ u r dirigé par ses d é s i r s . Enfin ce m a n t e a u d'or,
figure de l ' a m o u r cl d e la c o n n a i s s a n c e , ainsi q u e cette
c o u r o n n e de c h a r i t é m'ont été d o n n é s r é c e m m e n t par
le Seigneur à c a u s e des m é r i t e s de cet aigle a d m i -
rable qui a p é n é t r é d a n s les inaccessibles p r o f o n d e u r s
des cicux. » Celle p e r s o n n e dil au C o m t e : « A p p r e n e z -
nous quelle fut a l o r s la joie d e s saints ? » Celte Ame
répondit : « Lorsqu'elle c o m m u n i a p o u r la der-
nière lois, elle p a r u t tellement unie à Dieu que n o u s la
492 ^tt r.if'RE D E LA OU ACE SPÉCIALE,

voyions déjà d a n s le ciel en D i e u , et il s o r t i t de la D i -


vinité un r a y o n nouveau p o u r i l l u m i n e r t o u s les s a i n t s ;
dans ce ^ayon il n o u s éiait d o n n é d ' a p e r c e v o i r la r é -
c o m p e n s e et la dignité qui allaient ê t r e le p a r t a g e d e
cette â m e t r è s h e u r e u s e , et dès l o r s n o u s n o u s p r é p a -
r â m e s en g r a n d c a l l é g r e s s e . A u m o m e n t de son p a s s a g e ,
le S e i g n e u r l'attira au d e d a n s de l u i - m ê m e p a r son
souffle divin avec une i n e x p r i m a b l e t e n d r e s s e . T o u s
les s a i n t s , d u p r e m i e r au d e r n i e r , étaient p r é s e n t s à ce
t r é p a s ; et l o r s q u e l c S e i g n e u r la p r i t avec lui, ils c h a n -
tèrent cn c h œ u r : « Prnilens el vigilans Virgo. qualis
es cuni sponso Mo : V i e r g e p r u d e n t e et v i g i l a n t e ,
c o m m e n t ê t e s - v o u s avec cet E p o u x qui v o u s a élue ? »
A ces p a r o l e s : « Quani pulchva es ! quant mirabilis!
quanta lucc spectabilis! Q u e v o u s êtes belle ! q u e v o u s
êtes a d m i r a b l e ! quelle l u m i è r e brille cn vous ! » cette
a m e , d é b o r d a n t e de d é l i c e s , s'élança du C œ u r divin
c o m m e r é p o n s e sort de la c h a m b r e n u p t i a l e , et se
tint d e v a n t le t r ô n e , sous le m a n t e a u m ê m e de la divi-
nité qui la r e m p l i s s a i t . L o r s q u e les saints c h a n t è r e n t
ensuite : « Thalamo garnies regio, conjuncla DeiFilio :
V o u s êtes r e ç u e cn é p o u s e r o y a l e , unie q u e v o u s êtes
au F i l s de Dieu », le S e i g n e u r la p r i t de n o u v e a u e n t r e
ses b r a s et chanta m é l o d i e u s e m e n t à sa l o u a n g e :
« Ista esl speciosa, etc. : Voici celle qui est belle e n t r e
les filles de J é r u s a l e m ; v o u s l'avez v u e pleine de
c h a r i t é cl d ' a m o u r » p o u r D i e u et p o u r le p r o c h a i n :
« in cnbilibns : d a n s les r e t r a i t e s c a c h é e s », c ' c s l - à - d i r c
d a n s la c o n t e m p l a t i o n : « el inhorlis aromahtm : et d a n s
les j a r d i n s e m b a u m é s », c'est-à-dire d a n s cet e n s e i g n e -
m e n t fructueux qu'elle é l a b o r a i t p o u r son p r o c h a i n .
T o u s les saints cependant offraient à Dieu l e u r s m é r i t e s
cn l ' h o n n e u r de son é p o u s e , c l c o m m e j e m ' a p p r o c h a i s
SEPTIÈME P A R T I E . C H A P I T R E XXI. 493
avec eux, le S e i g n e u r m ' e m b r a s s a avec effusion et me
d o n n a ce m a n t e a u d'or, s y m b o l e d ' a m o u r et de con-
n a i s s a n c e , à c a u s e des m é r i t e s de sa b i e n - a i m é e , cl il
p o s a s u r ma tête la c o u r o n n e d e la c h a r i l é . D è s l o r s
mon a m o u r et ma c o n n a i s s a n c e de 1 a d o r a b l e T r i n i t é
ont reçu un accroissement qui d u r e r a toujours. »
Celle-ci dit e n c o r e : « Q u e désigne celle s p l e n d e u r dont
vous êtes e n t o u r é ? » L'amc r é p o n d i t ; « Dans celle
l u m i è r e , j ' a p e r ç o i s la bienveillance et la m i s é r i c o r d e
de Dieu à m o n é g a r d , et je s a v o u r e l'ineffable d o u c e u r
de son a m o u r éternel e n v e r s m o i . » Celle-ci lui d e -
m a n d a e n c o r e quel profit il retirait des a n n i v e r s a i r e s
que la C o n g r é g a t i o n célébrait p o u r lui s u r la t e r r e avec
des c h a n t s s o l e n n e l s . Il r é p o n d i t : « Mon Maitrt
envoie aux â m e s d u p u r g a t o i r e t o u t ce qui se fait p o u r
moi, et p l u s i e u r s o b t i e n n e n t a i n s i leur délivrance. II
m e d o n n e ces â m e s , c o m m e u n e m p e r e u r confie des
troupes aux p r i n c e s qui c o m m a n d e n t ses a r m é e s . Ce
sera p o u r moi u n éternel h o n n e u r d a n s les cieux. »

CHAPITRE XXL

1>U MERVEILLEUX AMOUR D E DTEU ENVERS L A ME D E LA


JJIENJ1EUKEUSIS S<EUU MECHTILDE.

U t r e n t i è m e j o u r , c o m m e cette p e r s o n n e voyait
A . e n c o r e l ' â m e de M*** de b i e n h e u r e u s e m é m o i r e , et
l'interrogeait s u r sa gloire, elle r é p o n d i t : « Mon
mérite, ma g l o i r e , l'œil ne l'a p a s vu, l'oreille ne l'a
pas entendu, le c œ u r de l ' h o m m e ne l'a pas c o m p r i s . »
A ces mois, celle p e r s o n n e fut attristée ; mais l'àme
494 u- MVUTÎ nr LA an A CE SPÉCIALE.

lui dit p o u r ln c o n s o l e r : « S œ u r 1res c h é r i e , ne t'afflige


p a s . Q u a n d un cnfanl veut e m b r a s s e r son p è r e el
qu'il en est e m p ê c h e p a r sa petite taille, le p è r e
t e n d r e et c o m p a t i s s a n t s ' i n c l i n e assez bas p o u r q u e
l'enfant p u i s s e l'enlacer de ses b r a s et le b a i s e r Ainsi
le d o u x S e i g n e u r daigne s ' i n c l i n e r vers l'âme a i m a n t e
et lui m o n t r e r par des c o m p a r a i s o n s les i n v i s i b l e s et
ineffables secrets des cicux. J ' a i d o n c été t r a n s p o r t é e
d a n s la divinité, unie à la divinité, de telle s o r t e
(pie j e s u i s , p o u r ainsi d i r e , p u i s s a n t e de sa p u i s -
s a n c e , sage de sa s a g e s s e , b o n n e de sa b o n t é ,
e n r i c h i e , en u n mot, de t o u s les b i e n s qui s o n t en
Dieu. C'est p o u r q u o i tout ce que v o u s avez fait
p o u r moi d a n s ces trente j o u r s , p r i è r e s , a c t i o n s de
g r â c e s et a u t r e s b o n n e s œ u v r e s , a été accepté p a r l e
S e i g n e u r a b s o l u m e n t c o m m e si v o u s l'aviez fait p o u r
l u i - m ê m e , et il a e x a u c e v o s p r i è r e s selon le b o n
p l a i s i r cle sa v o l o n t é . S a c h e z aussi q u e toutes les
p r i è r e s q u e v o u s ferez a v e c d é v o t i o n et confiance au
tombeau d e ma s œ u r b i e n - a i m é e s e r o n t e x a u c é e s ;
et si F objet de v o t r e d e m a n d e ne v o u s était p a s
a v a n t a g e u x , la clémente b o n t é de Dieu le c h a n g e r a i t
en un a u t r e qui v o u s serait m e i l l e u r et p l u s utile. »
A l o r s cette p e r s o n n e lui dit : « T o u t e s les â m e s
des élus ont-elles avec D i e u cette b i e n h e u r e u s e
union d o n t v o u s p a r l e z ? » L ' â m e r é p o n d i t ; « O u i ;
mais il y a u n e différence b a s é e s u r le degré de l e u r s
m é r i t e s : les unes r e m p o r t e n t p a r la l i b é r a l i t é , les
a u t r e s p a r l a c o n n a i s s a n c e , et ainsi du r e s t e . »

1. Ceci r a p p e l l e 1 e x e m p l e d u p o r e et de l'enfant f a m i l i e r à
s a i n t e G e r t r u d e d a n s ses r é v é l a t i o n s . V. Je Héraut, liv. I I , c. xviii.
(Noie de l'édition latine, )
sr.rnLMK PARTIE, CHAPITRE xxn.

CHAPITRE x x n .

QUE CETTE AME RESSEMELE EN QUELQUE MANIERE P * P.

SES VERTUS A LA EIENHEUREUSK VIEIÎGE MARIE.

la m e s s e , la glorieuse Vierge Marie a p p a -


P ENDANT

rut à la m ê m e p e r s o n n e , qui osa lui d e m a n d e r si


cetle à m c b i e n h e u r e u s e avail avec elle quelque t r a i t
de r e s s e m b l a n c e . A quoi la b é n i g n e Vierge répondit :
« O u i , elle me r e s s e m b l e cl s u r t o u t par les sept v e r t u s
suivantes.
D'abord elle s'est distinguée p a r l'humilité, ne s'es-
timant rien et n e se préférant à p e r s o n n e , c'est p o u r -
quoi Dieu l'a élevécau r a n g des plus g r a n d s saints.
S e c o n d e m e n t , p a r la p u r e t é de son c œ u r et l'innocence
de sa vie, ce qui l'a associée aux saints les plus r a p
proches de D i e u , à ceux d o n t l'œil est doué d'une p l u s
claire c o n n a i s s a n c e . T r o i s i è m e m e n t , p a r son a m o u r
fidèle, ce qui lui vaut la s u r a b o n d a n c e du meilleur
bien q u ' u n e â m e p u i s s e p o s s é d e r , c'est-à-dire j o i e ,
allégresse, h o n n e u r et b é a t i t u d e .
Elle me r e s s e m b l e , q u a t r i è m e m e n t , par le désir
qu'elle eut de la gloire de D i e u en c h e r c h a n t de toutes
ses forces à p r o m o u v o i r la l o u a n g e divine : aussi est-
elle placée p a r m i ceux qui c é l è b r e n t avec le plus de
délice" les l o u a n g e s de D i e u , et le Seigneur accepte
comme offert à l u i - m ê m e tout h o m m a g e el toute action
de grâces q u ' o n r e n d s u r la t e r r e à sa hien-aimée ; de
plus, il veut a c c o m p l i r tous les désirs qu'elle n'a p u
elle-même r é a l i s e r . C i n q u i è m e m e n t , p a r l a m i s é r i c o r d e
17* — SAINTE MECHTIJLDÎÏ.
496 LE LIVRE T)E LA G R A C E SPÉCIALE.

et la c o m p a s s i o n qui lui ont valu r h o n n e u r d ' ê i r e a s s e z


p u i s s a n t e p o u r a i d e r tous ses h u m b l e s c l i e n t s . Sixiè-
m e m e n t , p a r sa bénignité et sa r e c o n n a i s s a n c e : aussi
le S e i g n e u r a-t-il établi en elle u n e s o r t e do fontaine,
dont les eaux d é b o r d a n t e s p r o c u r e n t a u x s a i n t s u n e
allégresse p a r t i c u l i è r e d o n t ils b é n i s s e n t le S e i g n e u r .
Enfin elle m e r e s s e m b l e p a r l'union intime qui lui a
valu d'être associée à Dieu d a n s une familiarité s p é -
ciale. Elle jouit e n c o r e de la p r é r o g a t i v e d'exaucer
tous ceux qui i n v o q u e r o n t Dieu au n o m de ce m u t u e l
a m o u r d o n t Dieu Ta chérie et dont elle a a i m é s o n
Seigneur. »
La g l o r i e u s e Vierge ajouta e n c o r e : « D e p u i s le j o u r
l
où Dieu v o u s a enlevé votre M è r e , que v o u s aimiez
a u t a n t q u e v o t r e â m e , il v o u s a r e c o m m a n d é e s à moi
d a n s la foi cl l ' a m o u r qui l'ont p o r t é à me c h o i s i r p o u r
M è r e ; aussi tout m o n zèle s'emploie à vous o r n e r
c o m m e il convient à d e s é p o u s e s de mon F i l s . E l
m a i n t e n a n t qu'il v o u s a e n l e v é v o t r e c o n s o l a t r i c e , il
s'est d o n n é l u i - m ê m e de n o u v e a u , avec tout ce qu'il
est, p o u r être votre c o n s o l a t e u r , »
Qu'il soil béni p e n d a n t les siècles des siècles.
Amen.

I. L ' a b b e & s e G e r t r u d e d e Haekehartu


T A B L E D E S C H A P I T R E S

Pagra.
PHÊFACF. « t

PREMIÈRE PARTIE.

P r é a m b u l e h i s t o r i q u e . Naissance de sainte
Mechtilde ; son e n t r é e a u m o n a s t è r e et ses
dons admirables • • 4
C H A P Ï T H K I. De l ' A n n o n c i a t i o n d e la b i e n h e u r e u s e Vierge
M a r i e ; d u Coeur d e N o t r e S e i g n e u r et d e sa
louange 6
De l ' E v a n g i l e Missus est et de la b i e n h e u r e u s e
Vierge . . . . . 9
11. C o m m e n t saluer la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie. 11
l i t De la p a r o l e du S e i g n e u r et de ses d i v e r s sens. 12
IV. P o u r q u o i la face d u S e i g n e u r est c o m p a r é e nu
soleil 12
V. L e C h a p i t r e en Ja Vigile d e Nnf*] . . . 15
De la d o u c e Nativité de J é s u s C h r i s t . . . lfi
De la Nativité el de. l ' a m o u r divin . . . 18
Q u a t r e p u l s a t i o n s du C œ u r de Jésn.s-Chrisi. 20
S u r la N a t i s i l é de J é s u s - C h r i s t 22
VI. De saint J e a n , a p ô t r e el é v a u g é l i s t e . . . . 24
Douze privilèges de saint J e a n ('Kvaugelistc. 2fî
V i l . Ses p r i è r e s p o u r la C o m m u n a u t é . Circoncision
spirituelle 28
TABLE DES CHAPITRES.

Pasros.
VIII Les cinq portes de la s a i n t e H u m a n i t é d e J é s u s -
C h r i s t , et le b n p l è m o d u S e i g n e u r 30
JX. C o m m e n t le C h r i s t s u p p l é e a u x i m p u i s s a n c e s
spirituelles • 33
C o m m e n t le Christ a p a i s e la colère d e son P è r e . 33
ii De la v é n é r a t i o n de l ' i m a g e d u Christ el d e son
banquet r . . . 35
De q u a t r e r a y o n s sortis d e la F a c e du i^ncur. 38
XI De s a i n t e Agnès el do ce q u e tous les s a i n t s
p e u v e n t d o n n e r tous l e u r s biens à l e u r s dévols
clients 39
XII !)c lu Purification de la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
Marie, de sainte A n n e , ele 43
XIII. De la m o n t a g n e aux s e p t étages et a u x sept fon-
t a i n e s ; du troue d e Dieu et d e celui de la
bienheureuse Vierge 47
De la m o n t a g n e des v e r t u s et des s a i n t s q u ' o n
y voit 52
XIV. C o m m e n t celle, s a i n t e â m e servit le S e i g n e u r . - 54
XV. De cinq m a n i è r e s d e l o u e r Dieu 55
XVI. D u n o m de J é s u s et d e ses plaies sacrées. . . 57
D'un désir de l ' à n i e 58
XV!!. De l ' a r b r e de la croix d e N o t r e - S e î g n e u r J é s u s -
Christ 59
XVIII, De la P a s s i o n d e N o t r e - S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t . 61
S u r la Passion du S e i g n e u r Ci
C o m m e n t on peut h o n o r e r la P a s s i o n d u C h r i s t
chaque vendredi de l'année 70
Quel esl le s e n t i m e n t qui plait d a v a n t a g e à Dieu. 71
XIX. De la r é s u r r e c t i o n d e N o t r e - S e i g n e u r J é s u s -
Christ cl de sa glorification. 71
De l'onction s p i r i t u e l l e 72
L e C œ u r d e J é s u s - C h r i s t , d e m e u r e des â m e s . 73
F e s t i n servi p a r le S e i g n e u r 7G
L o u a n g e el prière, s u r les cinq joies de N o i r e -
S e i g n e u r e n sa r é s u r r e c t i o n . . . . 78
Do r i l u m a u i l é d u Christ glorifié en sa r é s u r -
rection 80
(Dominent Dieu d e m e u r e a v e c r a m e ; du b a n -
quel du S e i g n e u r SI
Dr l'Octave de P â q u e s 83
XX. C o m m e n t Dieu le P è r e r e ç u t son Fils. . . . . 84
C o m m e n t on peut r a p p e l e r à D i e u la r é d e m p -
tion d e l ' h o m m e . « 89
TABLE DES CHAPITRES. 499

X X I . Des l a r m e s d ' a m o u r d u S e i g n e u r 91
X X I I D ' u n e t r i p l e o p é r a t i o n d u S a i n t - E s p r i t d a n s les
a p ô t r e s et d a n s toute Jimc de désir. . . . 92
De la v i g n e d u S e i g n e u r qui est l ' â m e d u juste. 94
D e cinq b a i s e r s , 95
X X I I I . D e l ' a m o u r ; c o m m e n t l ' h o m m e doit offrir son
c œ u r à Dieu. 97
X X I V . L a T r i n i t é se r é p a n d s u r P â m e c o m m e u n e
s o u r c e d ' e a u vive 100
X X V . D e s b l e s s u r e s d e sainte M a r i e - M a d e l e i n e . . - 103
Q u e s a i n t e M a r i e - M a d e l e i n e p e u t o b t e n i r la p é
n i t e n e e à ceux qui l ' i n v o q u a n t . . . . . . 104
X X V I . De la glorieuse A s s o m p t i o n de la b i e n h e u r e u s e
Vierge Marie . 100
Coin m en i In b i e n h e u r e u s e Vierge l'u! enlevée
a u ciel 107
De cinq p e n s é e s p r o p r e s a celui qui doit c o m -
munier 112
X X V I I . D ' u n e m e s s e el d ' u n e p r o c e s s i o n célébrées p a r
le S e i g n e u r 118
XXVHI. De saint Bernard abbé 11«
XXIX De la N a t i v i t é d e la g l o r i e u s e Vierge Marin. . 118
X X X . Des a n g e s ; c o m m e n t les h o m m e s p e u v e n t leur
être associés 122
C o m m e n t c h a q u e a n g e s'occupe de l'âme qui lui
est confiée . 124
XXXÏ De la fêle d e tous les s a i n t s et c o m m e n t le
C h r i s t s u p p l é e a u x d é f a u t s de l ' à m e . . . . 125
X X X I I . D e s a i n t e C a t h e r i n e et d e sa gloire 132
X X X I I I . D u d e r n i e r d e s s a i n t s el d e l à boulé «le Dieu. , 134
XXXIV. De s a i n t l ï a r t h é l e m y 135
C o m m e n t l o u e r Dieu d a n s ses saints. . . . 130
Des s a i n t s , • 136
X X X V . Fêle, d e ln Dédicace d e l'église. . . . . . . . 138

PETIT TRAÏTK

Stllï T \ WF.NUinTnKUNK VlFïïfiK ÎUVlîIE

XXXVI. D e la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie el de se^ sept


suivantes 142
X X X V I I . C o m m e n t on peut o b t e n i r u n e vraie sainteté . 144
X X X V I I I . Dos c o u r o n n e s de la b i e n h e u r e u s e Vierge Marie. 143
500 TABLF TJKR CHAPITRES.

Pages,
X X X I X . Des r a y o n s sortis d u Citmr d e la b i e n h e u r e u s e
Vierge Marie 147
X L . L e s a n g e s c o n d u i s e n t l ' â m e vers la bienheu**
reusc M a r i e . . 149
X L I . Des j o i e s d e la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e . . 150
X L I I . Q u ' o n n e p e u t m i e u x s a l u e r la b i e n h e u r e u s e
V i e r g e M a r i e q u e p a r YAve Maria . . . . 151
XLKIL De cinq Ave Maria à réciter avant la c o m m u -
nion 152
XL1V. Fidélité de la glorieuse V i e r g e M a r i e . . . 154
X L W C o m m e n t s a l u e r la b i e n h e u r e u s e Vierge e n
u n i o n avec, toute c r é a t u r e 154
X L V I . S u r u n e a u t r e m a n i è r e d e s a l u e r la b i e n h e u -
reuse Vierge Marie 157
X L V I I . T r o i s Ave Maria à réciter p o u r o b t e n i r la p r é -
sence de la g l o r i e u s e V i e r g e M a r i e à la fin d e
la vie. . 149

DEUXIÈME PARTIE.

ï. D e quelle m a n i è r e Dieu invite l'Ame. • . • 161


I I . D e la vigne d u S e i g n e u r q u i est l ' E g l i s e et d ' u n e
quadruple prière. . . . . . . . 163
III. C o m m e n t Dieu v i e n t v e r s l ' à m c . 166
C o m m e n t elle fut e m b r a s é e de l ' a m o u r de D i e u . 167
IV. Des embrassements d u Seigneur 167
V . L e S e i g n e u r l'aide à l i r e . . 168
V I . Un m a t i n le S e i g n e u r l ' é v e i l l e d o u c e m e n t . . . 168
V I I . Des courses et d e s t r a v a u x du S e i g n e u r . . . 169
VIII. Du baiser du Seigneur 169
IX. C o m m e n t le S e i g n e u r lui a p p a r u t 170
X. C o m m e n t elle vit le S e i g n e u r sous la f o r m e
d'un diacre 171
X L Le lïéau du S e i g n e u r . . 172
X I I . C o m m e n t elle l'ut c o n s o l é e d a n s la t e n t a t i o n . 172
XIII C o m m e n t Dieu soutient l'âme, affligée. . . 173
X I V . D'un désir de la confession qui lui a d v i n t . . . 174
XV. Q u e l ' a m o u r s u p p l é e à toutes les négligences. . 176
XVI. C o m m e n t le S o i g n e u r lui d o n n a l ' a m o u r p o u r
mère . . . . . . . . . , 177
X V I I C o m m e n t elle n e lit p l u s q u ' u u a v e c s o n B i e u -
Aimé . • • • » « « • • • 178
TABLE DES CHAPITRES, 501
Pages.
X V î l l . Dieu d o n n e ses v e r t u s p o u r p a r u r e h l ' â m e . . 180
X I X . Le. S e i g n e u r l'ensevelit en l u i - m ê m e . . . . 184
C o m m e n t le S e i g n e u r lui d o n n e son C œ u r en
g a g e d e vie é t e r n e l l e 184
X X . C o m m e n t l e C h r i s t a c q u i t t e penav vile les l o u a n -
ges d u c s à Dieu le P è r e 185
XXI. Q u e le C œ u r d u S e i g n e u r lui a p p a r u t sous la
forme d'une lampe 187
XXÏÏ. Un b u i s s o n ; la v e r g e d e j u s t i c e ; les neuf
c h œ u r s d e s anges . . 191
XXIÏÏ. L a c u i s i n e d u S e i g n e u r 11)5
X X I V . L ' â m e fait son nid d a n s le Creur du Seigneur. 197
X X V . D ' u n e croix et d ' u n v ê t e m e n t d e s o i e du S e i g n e u r . 198
XXVI De. ses n o m b r e u s e s el d i v e r s e s souffrances. 199
X X V I I . Le S e i g n e u r p r o m e t d e l à r e v ê t i r de l u i - m ê m e . 203
XXVIII C o m m e n t elle fît b o i r e t o u s les s a i n t s à la source
de m i s é r i c o r d e . . . . 205
X X I X . E n c o r e l a fontaine de m i s é r i c o r d e 206
XXX. C o m m e n t le S e i g n e u r la g u é r i t 207
XXXI Puissance de Tamour 208
X X X I I . De l ' e m b r a s s e m e n t el d u C œ u r d u S e i g n e u r . . 210
XXXUl. G o m m e n t on peut préparer son cœur pour que
Dieu y habite 210
X X X I V . C o m m e n t l ' â m e p e u t se s e r v i r d e s sens d u Sei-
gneur 211
C o m m e n t l ' h o m m e est élevé à la h a u t e u r i n a c -
cessible d e la Divinité 212
X X X V . C o m m e n t Dieu s ' e m p a r a d e cette à m e tout
e n t i è r e ; d e l ' a m o u r et d u p s a l l é r i o n à dix
cordes 212
X X X V I . C o m m e n t o n doil confier ses peines à D i e u .
T o u t bien découle d e la bonté du Cœur divin.
H o n n e u r s p a r t i c u l i e r s r e n d u s aux vierges
d a n s Je ciel 216
X X X V Ï I . Quelles s o n t les vierges v r a i m e n t p u r e s . . . 2151
XXXVIII. Des a r r h e s ou liauçailles d e la v i r g i n i t é , . . 220
X X X I X . C o m m e n t le C h r i s t se r e v ê t des souffrances
q u ' o n e n d u r e et les offre à son Père u n i e s à sa
Passion 221
X L . C o m m e n t la Trinité o p è r e d a n s l'âme . . 222
X L I . Le C h r i s t c o n s i d è r e c o m m e r e n d u s à l u i - m ê m e
les services q u ' o n rend à sa s e r v a n t e . . . . 223
X L I I . Du t r ô n e d f Dieu el des neuf c l v e u j s d e s a n g e s . 224
X L I I I . D u n o m et d e l'utilité d e ce l i v r e , . « . . 227
l'A B L E D E S CHAPITRES,

TROISIÈME PARTIE.

Pages.
D ' u n a n n e a u d é c o r e d e s e p t p i e r r e s p r é c i e u s e s . 231
H* D ' u n e r o s e é p a n o u i e s u r l e C œ u r d u S e i g n e u r .
s y m b o l e d e la l o u a n g e d i v i n e . . 234
I H . Cinq p a r o l e s d e d i v i n e l o u a n g e 236
I V . L e S e i g n e u r doit ê t r e l o u é eu t r o i s m a n i è r e s . 236
V, De trois choses a u x q u e l l e s l ' h o m m e doit p e n -
ser s o u v e n t . . . 239
V I . C o m m e n t il faut l o u e r c h a q u e m e m b r e d u C h r i s t . 241
Confession d e s p é c h é s q u ' i l faut faire à Dieu
seul a p r è s la confession faite au p r ê t r e . . . 242
V I I . C o m m e n t l ' h o m m e p e u t inviter toutes les c r é a -
tures à louer Dieu. 244
V I I I . C o m m e n t l ' h o m m e doit s a l u e r le C œ u r divin 245
I X . S a l u t a t i o n el c o n s o l a t i o n d u S e i g n e u r . . . . 247
X . C o m m e n t l ' h o m m e doit élever son c œ u r v e r s
Dieu 248
X I . J o u i r d e la g r â c e est ce q u ' i l y a d e p l u s p a r f a i t . 250
X I I . D e trois d i s p o s i t i o n s d u c œ u r h u m a i n . . 250
X I I I . T r o i s i n s t r u c t i o n s b o n n e s el utiles 251
X I V . C o m m e n t l ' h o m m e p e u t s ' a t t r i b u e r toute la vie
de Jésus-Christ 252
XV. Les membres du Christ sont pour n o u s c o m m e
de b r i l l a n t s m i r o i r s . . 254
X V I . C o m m e n t l ' h o m m e vit selon le b o n p l a i s i r d e
Dieu 256
X V I I . C o m m e n t on d o i t s a l u e r le. C œ u r d i v i n et offrir
s o n c œ u r à D i e u e n lui d e m a n d a n t de g a r d e r
n o s sens 258
X V I I I . Satisfaction d e l ' h o m m e p o u r ses n é g l i g e n c e s 261
X I X . Qu'il esl b o n d ' a s s i s t e r à la messe 263
X X . C o m m e n t on doit c h a s s e r l a t o r p e u r et le s o m -
meil 264
X X L C o m m e n t o n doit c o n t e m p l e r son â m e , Spé-
cialement avant de communier 266
X X I I . C o m m e n t on doit se p r é p a r e r â In s a i n t e
communion 267
X X U L Avec quel désir on doit s'approcher d e la sainle
communion 268
D e sept p i e r r e s p r é c i e u s e s .
X X I V . C o m m e n t ou d o i t s ' a p p r o c h e r d e l à c o m m u n i o n . 270
XXV. D e l à triple onction de l'âme 271
TABLE DES CHAPïTEKS 503

Pages.
X X V I . C o m b i e n il es! b o n p o u r l ' h o m m e d e c o m m u -
nier fréquemment 273
X X V I I , C o m m e n t le coeur d e l ' h o m m e s'unit au c œ u r
de Dieu 273
X X V I I I . D ' u n e a r m o i r e à trois c o m p a r t i m e n t s , s y m b o l e
du cœur humain. . . 275
X X I X , D e s sept H e u r e s c a n o n i a l e s 277
X X X . D e trois p o i n t s à c o n s i d é r e r p e n d a n t les H e u r e s . 279
X X X I . C o m m e n t on doit e n t o n n e r les H e u r e s . . . . 280
X X X I I . C o m m e n t o n p e u t r é p a r e r ses négligences. . . 282
X X X I I I . C o m m e n t l ' h o m m e d o i t d e m a n d e r à Dieu de
l u i g a r d e r la foi 282
XXXIV. C o m m e n t il faut s ' e n d o r m i r 283
X X X V . C o m m e n t le C h r i s t accourt au g é m i s s e m e n t d u
pauvre . 285
X X X V I . C o m m e n t le C h r i s t r a f r a î c h i t d a n s P â m e les
a r d e u r s d e son C œ u r divin 286
X X X V I I . L e s h o m m e s sont c o m m e u n gage aux m a i n s
d e Dieu 287
XXXVIII. De la robe nuptiale 288
X X X I X . C o m m e n t l ' â m e p e u t p r e n d r e la r e s s e m b l a n c e
du Seigneur 289
X L . Que Dieu désire notre cœur 290
X L 1 . C o m m e n t o n d o i t exercer sa m é m o i r e . . 291
X L I I . C o m m e n t elle c o n s u l t a i t Dieu d a n s toutes ses
actions 292
X L I I I . C o m m e n t il faut v a i n c r e ses r é p u g n a n c e s p a r
la g r â c e de Dieu 293
X L I V . C o m m e n t il f a u t c h e r c h e r Dieu p a r les cinq s e n s . 294
X L V . D e l ' o b é i s s a n c e et d e la c r a i n t e ; c o m m e n t o n
doit a c c e p t e r les b o n s services d ' a u t r u i . . . 295
XLVI. D'un désir de Jésus-Christ 296
XLVII. De q u a t r e sortes de prières 297
XLVIII- Q u e l est le m e i l l e u r u s a g e q u ' o n puisse faire
de son corps. 298
X L I X . De la n o b l e s s e et de la v a l e u r d e P â m e ; défini-
tion d u corps humain 298
L . D u j a r d i n et d e s a r b r e s d e s v e r t u s 300
L I . C o m m e n t o n doit s ' e x a m i n e r a v a n t la confes-
sion 301
L U . D e la c h a s t e t é d e la g l o r i e u s e Vierge M a r i e , et
c o m m e n t il faut g a r d e r la r o b e de l ' i n n o c e n c e . 302
giTATIUKME PAHTIH.

Pnçes
ï, Collation d u S e i g n e u r ; trois d i s p o s i t i o n s d e son
Coîiir 305
ÎI. L a rose b l a n c h e el la e o u r o n u e du r o y a u m e . . 3 0 7
I I I . (dominent b r i l l e n t les v e r t u s sur la c o u r o n n e d u
Seigneur . . 308
IV. C o m m e n t la c o m m u n a u t é s*approeha de la
communion. . . . . . 310
V . Quel esl le m e i l l e u r m o y e n d ' a v a n c e r d a n s la
perfection 310
VI. De ce qui peut m a i n t e n i r les religieux s a n s
défaillance 312
V I L De trois choses 1 r e s agréables- à Dieu . 313
V I I I . C o m m e n t elle vil les s a i n t s p r i e r p o u r la c o n g r é -
gation 314
IX. C o m b i e n sont h e u r e u x ceux q u i ne vivent q u e
p o u r servir le S e i g n e u r .31(5
X . Dieu a c c o r d e la p l u i e à ses prières 317
X I . D i e u protège le m o n a s t è r e à c a u s e d e ses m é -
rites 318
X I I . L e S e i g n e u r r é t a b l î t Ja paix à cause d ' e l l e . . 31V)
X I I I . C o m m e n t Dieu l ' a p p e l a 319
X I V . C o m m e n t ou doit élire u n e a b b e s s e 321
X V . C o m m e n t on p e u t r e n o u v e l e r ses e n g a g e m e n t s . 322
X V I . C o m m e n t les j e u n e s filles e n c o r e novices d o i v e n t
se c o m p o r t e r . . 324
X V I I . C o m m e n t le C h r i s t les accueille q u a n d elles
o n t profession 325
X V I I I . C o m m e n t le S e i g n e u r s e r r e e n t r e ses b r a s ceux
qui v o u e n t l ' o b é i s s a n c e 320
X I X . C o m b i e n il est u t i l e de b r i s e r sa v o l o n t é p r o p r e . 327
XX. Du libre arbitre de l ' h o m m e - 329
X X L C o m b i e n il est u t i l e de d o m i n e r ses sens- . 330
X X I I . Efficacité de. la p r i è r e faite en c o m m u n . . . . 331
X X I I I . C o m m e n t J é s u s - C h r i s t s u p p l é e à ce q u i n o u s
manque. 332
X X I V . Ce q u ' o n doit faire d a n s la tristesse . . 333
X X V . C o m m e n t on doit confier toutes ses p e i n e s à
Dieu 334
X X V I . C o m m e n t ou d o i t offrir son c œ u r à Dieu d a n s
la t r i b u l n i i o n 330
X X V I I . C o m m e n t un p e u t j o u e r a u x dés avec le C h r i s t . 337
TABLE DES CHAPTTKKS. 505

Pagrs.
X X V I I I . L ' â m e doil c h e r c h e r tout ce qu'elle désire d a n s
le c œ u r d e Dieu . , . 339
X X I X , C o m m e n t on peut r é p a r e r ses négligences p a r
la l o u a n g e . . . . 340
X X X . C o m m e n t Dieu se revêt d e l ' â m e 341
X X X I . C o m m e n t on d o i t v i v r e s e l o n le b o n p l a i s i r d e
Dieu 343
X X X I I . C o m m e n t on doil se c o m p o r t e r avec Dieu. . . 345
D e t r o i s a u t r e s m a n i è r e s d'clro d e v a n t Dieu. . 34b'
X X X I I I . C o m m e n t l'âme doit s'associer à J é s u s - C h r i s t 347
X X X I V . C o m m e n t Dieu c o m m u n i q u e ses œ u v r e s à
l'homme 348
X X X V . D e la d o u c e consolation q u e d o n n e le Seigneur. 34i)
X X X V I . D e trois voies suivies p a r le Seigneur. . . . 350
X X X V I I . C o m m e n t l ' â m e peut se réfugier en Dieu. . 350
X X X V I I I , C o m m e n t Dieu peut c h a n g e r des l a r m e s r é p a n -
dues inutilement. 351?
XXXIX. D ' u n e personne tentée el délivrée 354
X L . D ' u n F r è r e d e l ' O r d r e dos P r ê c h e u r s . . * . . 354
XLI. D'un autre Frère Prêcheur 355
X L I I C o m m e n t elle p r i a p o u r u n a u l r e . . . . . 350
X L I I I . L e S e i g n e u r se c o m p a r e à l'abeille 350
X L I V , C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s se fait le s e r v i t e u r
d e c e u x q u i le s e r v e n t 359
X L V . J o i e s d u S e i g n e u r A la c o n v e r s i o n d ' u n p é c h e u r . 357
X L V I . C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s se d o n n e tout entier
à l'âme fidèle 358
X L V I I D ' u n e p e r s o n n e qui c r a i g n a i t de c o m m u n i e r
souvent 358
X L V I I I . D ' u n e a u t r e p e r s o n n e q u i a v a i t la m ê m e c r a i n t e . 359
X L I X . C'est p o u r Dieu qu'est a c c o m p l i e toute action
r
e n t r e p r i s e p o u r le p r o c h a i n , cn A uc d e D i e u . 300
L . A u t r e fait r e m a r q u a b l e 301
L I . Q u ' o n doil a b a n d o n n e r ses e n n u i s à Dieu, . . 361
L U . C o m m e n t Dieu accepte la volonté p o u r le fait. 302
L U I . Q u e Dieu d é s i r e la c o n v e r s i o n d e s p é c h e u r s . . 302
LÏV Que. Dieu p r e n d ses p l u s g r a n d e s délices d a n s
> le c œ u r d e l ' h o m m e . . . 363
L V . L e S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t intercède a u p r è s du
P è r e p o u r les p é c h e u r s 363
L V ï . De la récitation de c i n q mille quai;t* cent
s o i x a n t e Pater 364
LV1I. Comme.nl le Seigneur lui accorda cent p é c h e u r s . 365
LVI1I. C o m b i e n Dieu e s t d i s p o s é â accueillir l e s p é c b c u r s 366
TART.K D E S CfTAPtTP. K S .

L I X . Ce q u ' e l l e écrivit n u n e d a m e s é c u l i è r e , son


amie. . «167
Excellentes c o n s o l a t i o n s à la m ê m e 309
Excellente i n s t r u c t i o n a d r e s s é e à la m ê m e . . «371
Avis utile à la m ê m e 37$
LX. T r i p l e i n t e r r o g a t i o n d u S e i g n e u r 373

CINQUIÈME PAUTIE.

ï. D e l a m e d e s a s œ u r d é f u n t e , l ' A b b e s s e C e r -
trude 375
II. De l'Ame de sa s œ u r cl c o m m e n t les Aines bien-
h e u r e u s e s offrent à Dieu les p r i è r e s récitées à
leur intention 377
III. De l'Ame de la s œ u r M e c h t i l d e 370
IV. D e l'Ame de la p i e u s e r e c l u s e Y s e n t r u d c . . . 380
V. De l'Ame d e la m o n i a l e 11. d e B a r 381
V I . D ' u n e Ame q u i s ' e n v o l a d a n s les b r a s de la
b i e n h e u r e u s e Vierge M a r i e en s o r t a n t d e son
corps . . . . . . 384
VII De l ï i m c d u F r è r e N**" de l ' O r d r e des P r ê -
cheurs 388
V I I I . De l'Ame d u F r è r e H . d e P l a u c n 391
IX. Des Ames des F r è r e s A l b e r t cl T h o m a s , d e
l ' O r d r e des P r ê c h e u r s 393
X . D e l'Ame d u s e i g n e u r 13., f o n d a t e u r d u m o n a s -
tère 394
X I . De l'àinc du c o m t e 13., m o r t à l'Age d e dix-neuf
ans 397
X I I . De l'Ame d ' u n e petite fille a p p e l é e E . d ' O r l a -
muude 400
X I I I . D ' u n e a u t r e Ame 402
X I V . De la r é s u r r e c t i o n future 402
X V . De l'Ame d u c o m l e H 403
XVI Des Ames de S a l o m o n , de. S a m s o n , d ' O r i g è n e
et d e T r a j a n . 405
X V I I . Des Ames qui o n t été d é l i v r é e s p a r ses p r i è r e s . 406
X V I I I . De la p r i è r e a p p e l é e : <( Fans vivus, source
vive » . . 109
X I X . D e cinq Pater à réciter aussitôt q u ' u n e p e r s o n n e
vient d ' e x p i r e r . . 413
X X . De l'enfer el du p u r g a t o i r e 413
X X I . C o m m e n t l ' h o m m e j u s t e q u i t t e son c o r p s . 414
TABLE D E S CHAPITRES. ô07
Pages.
X X I I . D e la véracité d e ce l i v r e : » De la g r â c e s p é -
ciale. » 4-16
X X I I I . C e u x q u i a i m e n t le d o n d e Dieu d a n s les a u t r e s
partageront leurs mérites . . . . . 419
X X I V . C o m m e n t ce livre fut c o m p o s é 419
X X V . Q u e les œ u v r e s d e c h a r i t é purifient de tout
p é c h é véniel 421
X X V I . C o m m e n t on peut r e n d r e p o u r elle des actions
de grâces à Dieu 423
X X V I I . De la r é s u r r e c t i o n future 425
X X V I I I . D e la r é d e m p t i o n d e s captifs 425
X X I X . C o m m e n t le S e i g n e u r J é s u s la r e c o m m a n d a à
sa m è r e 426
X X X . De l ' a d m i r a b l e vie d e cette vierge 427
X X X I . Actions d e grâces p o u r l ' a c h è v e m e n t d e ce livre.. 435
X X X I i . D e trois b a t t e m e n t s d u C œ u r divin lorsque, le
S e i g n e u r expira 437

SIXIÈME PARTIE.

I. D e la vie et de la mort d e la v é n é r a b l e Abbesse


Gertrude 439
II. Douze a n g e s a s s i s t e n t la m a l a d e 444
I I I . Q u e le C h r i s t J é s u s se reçoit e n e l l e - m ê m e . . 446
I V . D e son h e u r e u x t r é p a s 448
V . Suite 450
VI. Du m o m e n t même de son heureux trépas . . 451
V I I . C o m m e n t fut saluée cette â m e b i e n h e u r e u s e . 453
V I I I . C o m m e n t elle a p p a r u t le trentième j o u r a p r è s
son décès 455
I X . D e l ' a n n i v e r s a i r e d e la m ê m e D a m e A b b e s s e 457

SEPTIÈME PARTIE.

I. Des d e r n i e r s m o m e n t s d e s œ u r Mechtilde.
vierge, m o n i a l e d e I l c l f t a 461
II C o m m e n t elle fut a p p e l é e p a r le Seigneur J é s u s . 462
IÏJ C o m m e n t elle fut d i v i n e m e n t a v e r t i e de recevoir
l'onction 463
IV. Q u e les s a i n t s l u i d o n n è r e n t le fruit d e l e u r
mérite a u m o m e n t d e l'onction . . - . . 464
TABLE D E S CHAt'ITKES

Pages,

V. D e la g r a n d e u r et d e la f e r v e u r d e son zèle
p o u r tous les h o m m e s 466
V I . C o m m e n t la b i e n h e u r e u s e V i e r g e M a r i e p r i t
soin de la c o n g r é g a t i o n q u ' e l l e l u i r e c o m -
manda • - 468
VII D'une v a p e u r q u i p a r a i s s a i t sortir des m e m b r e s
d e la m a l a d e , et d e diverses p r i è r e s r é c i t é e s
a u p r è s d'elle 469
V I I I . L e Chrisl s a l u e cette â m e b i e n h e u r e u s e d ' u n e
manière admirable . 472
IX. L a sainle T r i n i t é el les anges s a l u e n t l ' â m e . 474
X. Le Seigneur p r é p a r e merveilleusement cette
â m e à la gloire future 476
X I . C o m m e n t elle s ' e n v o l a , et fut r e ç u e d a n s le
C œ u r divin 477
X I I . De la joie et de l ' a c c r o i s s e m e n t du m é r i t e d e s
saints 479
X I I I . M a n i è r e de p r i e r Dieu p a r les m é r i t e s d e cette
vierge . . 480
Dévoie p r i è r e à r é c i t e r s o u v e n t p o u r r e m e r c i e r
Dieu d e s f a v e u r s a c c o r d é e s à celte v i e r g e . 481
I V . Qu'il est ul.le d e p r é s e n t e r les mérites de J é s u s -
Christ et des s a i n t s c o m m e offrande à la
m e s s e , p o u r les â m e s . 482
X V . Au j o u r d e son t r é p a s , a u c u n e â m e d e c h r é t i e n
n e d e s c e n d i t d a n s l'enfer 483
X V I . Q u e la l o u a n g e d i v i n e doil être r e c h e r c h é e
a v a n t t o u t e s c h o s e s et célébrée a v e c u n e i n t e n -
tion p u r e . 484
X V I I . D u n o m et d e l'utilité d e ce livre d e la « G r â c e
spéciale » 486
X V I I I . D e la sécurité a c c o r d é e a u x p e r s o n n e s q u i célé-
b r a i e n t ses f u n é r a i l l e s 487
X I X . N o t r e - S e i g n e u r J é s u s - C h r i s t a i m e et c h â t i e les
siens . . 188
X X . De l'âme du c o m t e H., f o n d a t e u r d u m o n a s t è r e . 490
X X L Du m e r v e i l l e u x a m o u r de Dieu e n v e r s IVtuK?'}.€
la b i e n h e u r e u s e s œ u r Mechtilde 493
X X I I . Q u e cette â m e r e s s e m b l e en q u e l q u e m a n i è r e
p a r ses v e r t u s à la b i e n h e u r e u s e V i e r g e
(
H .M8. — 1930. — T O U R S I M P R .Ï A M E

F a b r i q u é e n France,

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