O criminalista Nythalmar Dias Ferreira Filho, tido por advogados como “homem-bomba” da Lava Jato do Rio de Janeiro, procurou colegas para mostrar áudios de conversas que diz ter gravado quando atuou na operação. Do outro lado da linha estariam, segundo disse, agentes que participaram das investigações. Os advogados ficaram impressionados —embora não tenham como checar a autenticidade das gravações.
RADAR
Nythalmar entrou no radar da advocacia do Rio quando começou a ter êxito considerado fora da curva na defesa de investigados da Lava Jato —atraindo clientes que antes contratavam bancas renomadas de defesa.
DE PERTO
O sucesso foi tanto que advogados apresentaram representação contra ele, acusando-o de cooptar clientes alegando uma suposta proximidade com o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.
DE LONGE
Nythalmar passou então a ser investigado sob a suspeita de usar o nome do juiz para vender facilidades a alvos da Lava Jato, chegando a sofrer operações de busca e apreensão em seus endereços. Ele nega tudo. Mas, acuado, partiu para o contra-ataque nos bastidores.
CARTA
Em sua atual cruzada, além de mostrar supostas conversas que teria tido com investigadores, ele exibe documentos para provar que não tentou cooptar clientes. Um deles é uma carta de próprio punho do ex-governador Sergio Cabral negando que tenha sido procurado pelo defensor, como havia sido publicado.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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