Miss Supranational Brasil tem duas mulheres trans na disputa pela 1ª vez; conheça candidatas
Barbie brasileira Sancler Frantz se despede do reinado e coroa sucessora na quarta-feira (13)
Na noite de quarta-feira (13), será eleita a nova Miss Supranational Brasil, que vai defender o país na etapa mundial do concurso em julho de 2024, na Polônia. Um grupo de 27 mulheres concorre à coroa que hoje pertence à gaúcha Sancler Frantz —chamada pelos fãs de Barbie Brasileira—, terceiro lugar no mundial de 2023.
Desde domingo (10), as misses estão participando de uma série de desfiles e eventos, além de entrevistas, fotos e gravações preliminares. Todas essas etapas, assim como a coroação, acontecem no Machadinho Thermas Resort, no interior do Rio Grande do Sul. A final será transmitida pelo YouTube, no canal oficial do Miss Supranational.
Entre as candidatas de todo o país, há modelos, atrizes, influenciadoras digitais, estudantes universitárias, médicas, psicólogas, advogadas, empresárias, servidoras públicas e artesãs. O destaque deste ano vai para a presença inédita de duas mulheres transgênero: as misses Ceará, Angel Gadelha, 27, e Sergipe, Isabella Lima, 23.
Antes delas, em maio de 2022, a modelo Isabelle Castro, do Mato Grosso, foi a primeira mulher trans a participar de uma das etapas da franquia Supranational em todo o mundo. Vale lembrar que, no mês passado, a final do Miss Universo 2023 também contou, pela primeira vez, com duas misses trans: as candidatas de Holanda e Portugal.
O recente aumento da regra de limite de idade no Miss Supranational, que foi de 29 para 32 anos, já surtiu efeito. Tanto que a média de idade do grupo de misses desta edição é de 26 anos, a mais alta dos concursos nacionais realizados na última década.
Inclusive, duas delas já "trintaram". São elas as misses Grande Recife, Susana Andrade, e Cataratas do Iguaçu, Paula Assunção. A mais nova, a catarinense Sanny Petris, tem 20 anos. Para comparação, nos anos 1980, por exemplo, a maioria das candidatas tinha 18 ou 19 anos.
Outro fator inédito desta edição é que, pela primeira vez, a própria Miss Supranational está presente para acompanhar a etapa brasileira. A equatoriana Andrea Aguilera, 23, eleita em julho passado, chegou ao país no sábado (9) e tem participado de todas as atividades previstas no cronograma.
"É muito importante que as pessoas entendam que a miss é uma mulher como tantas outras. A beleza física, ponto comum entre todas, é apenas um dos aspectos de mulheres que lutam, sonham, conquistam, caem e se levantam centenas de vezes", pondera Marina Fontes, codiretora do CNB (Concurso Nacional de Beleza).
Do elenco deste ano, também sairá a representante do país para o Miss Charm, cuja atual vencedora é a mineira Luma Russo. O concurso vietnamita aconteceu em fevereiro deste ano e, desde então, está elegendo candidatas em todo o mundo para sua próxima eleição, ainda não agendada.
SUPRA O QUÊ?
Considerado um dos mais importantes concursos de beleza do planeta, o Miss Supranational há algum tempo já faz parte do grupo chamado de "Grand Slam da Beleza", que reúne também o Miss Universo, o Miss Mundo, o Miss International e o Miss Grand International.
Fora Andrea Aguilera, já venceram o Supra misses da África do Sul (2022), Namíbia (2021), Tailândia (2019), Porto Rico (2018), Coreia do Sul (2017), Índia (2016 e 2014), Paraguai (2015), Filipinas (2013), Belarus (2012), Polônia (2011), Panamá (2010) e Ucrânia (2009). Em 2020 não houve concurso —ele foi cancelado por conta da pandemia de Covid-19.
Vale lembrar que o concurso tem um "spin-off" masculino, o Mister Supranational, que teve como mais recente representante brasileiro o paulista Henrique Martins, 32, que é nadador olímpico e esteve neste ano no reality A Fazenda 15, da Record.
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