Biologia dos Tecidos: Relatório aulas práticas 2/3, 4/5 e 6/7
(AVA 1, AVA 2 e AVA 3)
Relatório apresentado à Universidade Veiga de Almeida como parte dos requisitos
para a graduação dos cursos de Nutrição e Educação Física.
Rio de Janeiro, 2024
Alunas:
Anna Julia Martins Pinto - Matrícula: 1240118225
Viviane Pereira Lima - Matrícula: 1240203433
AVA 1 - Tecido epitelial de Revestimento
Os tecidos epiteliais de revestimento podem ser classificados de acordo com
o formato das células e pelo número de camadas:
• Epitélio pavimentoso: As células são achatadas, parecendo escamas de
peixe.
• Epitélio cúbico: As células são quadradas, com largura, comprimento e altura
semelhantes.
• Epitélio colunar: As células são mais altas que largas, com formato retangular
ou cilíndrico.
• Epitélio de transição: As células variam de formato de acordo com a distensão
do órgão.
• Epitélio simples: É formado por uma única camada de células.
• Epitélio estratificado: É formado por mais de uma camada de células.
• Epitélio pseudoestratificado: É formado por uma única camada de células,
mas com alturas diferentes, dando a impressão de ser estratificado.
O tecido epitelial é um dos quatro tipos básicos de tecidos do organismo
humano, juntamente com o conjuntivo, muscular e nervoso. As suas principais
funções são revestir e secretar.
Além dos epitélios de revestimento, existem os tecidos epiteliais
glandulares, especializados na secreção de substâncias. Eles formam as
glândulas, que podem ser classificadas como:
1. Glândulas Exócrinas: Secretam substâncias para fora do corpo ou para
cavidades internas, como glândulas sudoríparas e salivares.
2. Glândulas Endócrinas: Secretam hormônios diretamente na corrente
sanguínea, como a tireoide e as suprarrenais.
3. Glândulas Mistas: Realizam tanto secreções exócrinas quanto
endócrinas, como o pâncreas, que secreta enzimas digestivas e hormônios como a
insulina.
Descrição aula prática:
Análise 1:
Foi realizada a análise de uma lâmina que continha tecido sublingual
glandular, na análise microscópica foi observado uma grande quantidade de
células justapostas.
Análise 2:
Coletamos uma pequena amostra salivar com o cotonete para swab,
transferimos delicadamente para a lâmina, aplicamos uma gota de azul de
metileno e cobrimos com a lâmina para visualizarmos no microscópio, na
amostra observamos uma quantidade considerável de células.
Tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo está praticamente em todo o nosso corpo. Ele
constituído de células e matriz extracelular. Diversamente dos outros tecidos do
corpo, formados predominantemente por células, a Matriz extracelular existe em
quantidade proporcionalmente maior no tecido conjuntivo e dependendo onde
ele está pode exercer função diferentes.
Principais funções do tecido conjuntivo:
• Sustentar componentes de outros tecidos;
• Conectar outros tecidos entre si e interpor-se neles;
• Sustentar o corpo, por meio das cartilagens e dos ossos;
• Conter vasos sanguíneos e nervos;
• Servir de meio de transporte, nutrientes e catabólicos entre células e
vasos sanguíneos;
• Envolver e separar estruturas e órgãos, por exemplo, por meio de
aponeuroses em torno dos músculos e de cápsulas em torno de muitos órgãos;
• Participar da defesa do organismo por meio de várias de suas células.
O tecido é o ambiente de grande parte das reações inflamatórias do corpo.
• Tipos de tecido conjuntivo
Tecido conjuntivo propriamente dito:
Frouxo - sistema digestório, respiratório, urinário e reprodutor.
Denso não modelado - Derme, camada submucosa do sistema digestório.
Denso modelado - Tendões.
Tecidos conjuntivos especializados:
Tecido mucoso - Cordão umbilical.
Tecido reticular - Órgãos hematopoiética e linfoides, fígado, glândulas endócrinas.
Tecido elástico - Ligamentos amarelos da coluna vertebral.
Tecido adiposo - Diversos locais.
Sangue - Sistema circulatório.
Tecidos conjuntivos com função de suporte:
Tecido cartilaginoso - Cartilagens
Tecido ósseo - Ossos
Descrição da aula prática:
Análise 1
Foi realizada a análise da lâmina que contia uma amostra da cartilagem
hialina. Identificamos principalmente pelas características visuais específicas
como a matriz extracelular homogênea e presença de condrócitos e células
claras.
(a) Pericôndrio fibroso
(c) Pericôndrio celular rico em condroblastos
(seta 1) Fibrócitos
(seta 2) Condroblastos.
(seta b) Condrócitos (no interior do condroplastos)
(3) Grupos Isógenos
(seta 4) Territorial
(seta5) Interterritorial
Análise 2
Já nessa análise vimos o tecido adiposo. O tecido adiposo é mais foi mais
fácil de identificar pois geralmente têm forma esférica ou poliédrica e aparecem
como grandes espaços vazios e células adiposas.
Tecido
adiposo
unilocular
Tecido
adiposo
multilocular
Análise 3
Por fim a análise do osso descalcificado. Observamos as lamelas
circunferenciais e o duto de Havers.
Canal de
Havers
Osteócitos
Lamelas
circunferenciais
Canal de
Volkmann
AVA 2 - Tecido Sanguíneo
O sangue é um tecido conjuntivo formado pelos glóbulos sanguíneos e
pelo plasma (parte líquida) contido num compartimento fechado, o aparelho
circulatório, que o mantém em movimento regular e unidirecional, devido
essencialmente às contrações rítmicas do coração. O volume total de sangue em
uma pessoa saudável é de aproximadamente 7% do peso corporal, cerca de 5 l em
um indivíduo com 75 kg de peso.
Os glóbulos sanguíneos são as hemácias ou eritrócitos (transportam
oxigênio para as células e removem dióxido de carbono das mesmas células), as
plaquetas (fragmento do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) e
diversos tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. Ele fornece um mecanismo pelo
qual gases, nutrientes, resíduos e células podem ser transportados por todo o corpo.
As hemácias ou eritrócitos, são anucleadas e contêm grande parte de
hemoglobina, uma proteína transportadora de oxigênio e gás carbônico. Em
condições normais esses corpúsculos, ao contrário dos leucócitos não saem do
sistema circulatório, permanecendo sempre no interior dos vasos. Os eritrócitos
humanos tem forma de disco bicôncavo que proporciona grande superfície em
relação ao volume, o que facilita a troca de gases. São flexíveis, passando
facilmente pelas bifurcações dos capilares mais finos, sofrem deformações
temporárias, mas não se rompem. Concentração normal é de aproximadamente 4
a 5,4 milhões por microlitro (mm³), na mulher, e de 4,6 a 6 milhões por microlitro, no
homem.
Os glóbulos brancos (leucócitos) são incolores e desempenham suas
funções nos tecidos e usam o sistema circulatório para chegar ao seu destino. Tem
a função de proteger o organismo contra infecções. São produzidos na medula
óssea e permanecem temporariamente no sangue. São classificados em
granulócitos e agranulócitos. Os principais e diferentes tipos de leucócitos que mais
vamos observar são: neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos.
Análise 1:
Foi realizada a análise de uma lâmina de raspagem de sangue;
Conseguimos observar células sanguíneas como hemácias, plaquetas e os
leucócitos que dentre os seus diferentes tipos identificamos os neutrófilos, linfócitos,
monócitos, eosinófilos e basófilos.
Glóbulos
Neutrófilo
vermelho
Linfócito
pequeno Neutrófilo
Eosinófilo
MEDULA ÓSSEA
A medula óssea é um tecido conjuntivo especializado composto de
células sanguíneas em desenvolvimento dentro de um estroma de suporte de tecido
reticular. É encontrado entre as trabéculas das porções esponjosas dos ossos.
Medula óssea é altamente celular. Isso torna a identificação de células sanguíneas
em desenvolvimento muito difícil. A exceção são os grandes megacariócitos.
Hematopoiese é o processo contínuo e regulado de produção de células
do sangue, que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular.
As células do sangue têm vida curta e são constantemente renovadas pela
proliferação mitótica de células localizadas nos órgãos hemacitopoéticos.
As células-tronco originam células-filhas, que seguem dois destinos:
algumas permanecem como células-tronco, mantendo sua população
(autorrenovação), e outras se diferenciam em outros tipos celulares com
características específicas. As células-tronco hemocitopoéticas podem ser
isoladas e caracterizadas usando-se anticorpos fluorescentes que reconhecem
antígenos específicos encontrados na superfície dessas células.
Células-tronco pluripotentes admite-se que todas as células do sangue
derivem de um único tipo celular da medula óssea, chamada, por isso, de
célulatronco pluripotente. Essas células proliferam e formam duas linhagens: a das
células linfoides, que origina linfócitos (T, B e NK), e a das células mieloides, que
origina eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas. As células mieloides
também originam mastócitos e células dendríticas.
Descrição aula prática:
Análise 2:
Foi realizada a análise de uma lâmina de medula óssea;
Foram observados orifícios brancos (vasos)
Medula óssea vermelha - formação de vários tipos de células sanguíneas
(hematopoiese). De cor vermelha por causa da hemoglobina nas células sanguíneas
vermelhas (eritrócitos).
basófilo plaquetas
Neutrófilos: grânulos pequenos e claros;
Eosinófilos: grânulos grandes, vermelho-alaranjados;
Basófilos: grânulos grandes, azul-púrpura profundo, grânulos azurófilo azul-roxo;
Monócitos: células grandes e de formato irregular, núcleos recuados e citoplasma
vesiculado;
Linfócitos: pequenas células esféricas, núcleos esféricos, borda fina do citoplasma
e grânulos azurófilo azul-roxo;
Macrófago: células grandes e irregulares com núcleo roxo ou azul-escuro,
citoplasma azul-claro ou cinza abundante e granulado.
• Tecido Muscular
O tecido muscular é constituído de células alongadas, que contêm no seu
citoplasma grande quantidade de proteínas motoras. Essas proteínas estão
organizadas de maneira a promover a transformação de energia química armazenada
em moléculas de trifosfato de adenosina (ATP) em energia mecânica, que é utilizada
para a contração das células e dos músculos. A contração individual das células
musculares que constituem um músculo é agregada de modo a gerar força e
movimento.
Tipos de Tecido Muscular: De acordo com suas características morfológicas e
funcionais, distinguem-se três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado
cardíaco e liso.
Tecido Muscular Estriado Esquelético
O tecido muscular estriado esquelético é formado por feixes de longas células
(fibras), multinucleadas, cilíndricas, arranjadas paralelamente entre si. São fibras de
contração forte e voluntária, e constituem os músculos esqueléticos do corpo.
Núcleos Características gerais:
Contração forte, rápida,
descontínua e voluntária.
Forma feixes longos,
Estrias multinucleados e compactas
(juntas).
Tecido muscular estriado esquelético
As fibras musculares esqueléticas são células alongadas de formato cilíndrico, com
múltiplos núcleos localizados perifericamente e um citoplasma cheio de filamentos
contráteis.
Tecido Músculo Estriado Cardíaco:
Estrias
Características gerais:
Contração forte, rápida,
contínua, involuntária,fibras
paralelas, presença de
discos intercalares dividem
as células, facilita a
distribuição do sistema
nervoso.
Tecido Muscular Estriado
Cardíaco
O músculo estriado cardíaco é composto por fibras curtas ramificadas,
possui um único núcleo localizado centralmente, apresenta as mesmas estrias do
músculo esquelético e está sob controle involuntário
Tecido Muscular Liso:
Núcleos
Características gerais:
Estruturas sem fibras,
contração leve, fraca, lenta
e involuntária, sem fibras.
Localizado no trato
gastrointestinal, túnica
muscular, peristalse
estomacal associados as
vísceras.
Tecido Muscular Liso
O tecido muscular liso é formado por curtas células fusiformes, isto é,
alongadas e com as extremidades afiladas. É conhecido como músculo liso porque
suas células não apresentam estrias transversais. Sua contração é lenta e não sujeita
ao controle voluntário. As fibras se localizam principalmente nas vísceras e na parede
dos vasos sanguíneos. O músculo liso é um músculo não estriado e involuntário
encontrado em muitos locais. As células musculares lisas são fusiformes com um
núcleo localizado centralmente.
Seção longitudinal: no músculo liso relaxado, os núcleos são alongados
com extremidades arredondadas. Quando contraídos, os núcleos em espiral, torção
ou torção. O citoplasma é rosa, não estriado e com poucos detalhes.
Corte transversal: células individuais variam em diâmetro dependendo de sua
localização dentro da célula. Seções transversais através do meio das células têm
núcleos localizados centralmente, geralmente cercada por uma região não manchada.
Descrição aula prática:
Análise 1: Foi realizada a análise de uma lâmina que continha o tecido muscular liso.
Foram observados que as células são alongadas e não possuem estrias visíveis: O
núcleo situa-se nas regiões centrais das células.
Análise 2: Foi realizada a análise de uma lâmina que continha o tecido muscular
esquelético. Foi observado fibras cilíndricas, alongadas com presença de estriações
e os núcleos periféricos.
AVA 3 – Tecido Nervoso
O tecido nervoso é constituído de dois grupos de células: os neurônios e as
células da neuróglia, também denominadas células da glia.
Os neurônios são responsáveis pela transmissão da informação através da diferença
de potencial elétrico na sua membrana, enquanto as demais células, as células da
neuróglia (ou glia), sustentam-nos e podem participar da atividade neuronal ou da
defesa. No SNC, essas células são os astrócitos, os oligodendrócitos, as células da
micróglia e as células ependimárias.
• Definição e localização: O tecido nervoso encontra-se distribuído pelo organismo, mas
está interligado, resultando no sistema nervoso. Forma órgãos como o encéfalo e a
medula espinal, que compõem o sistema nervoso central (SNC). O tecido nervoso
localizado além do sistema nervoso central é denominado sistema nervoso periférico
(SNP) e é constituído por aglomerados de neurônios, os gânglios nervosos, e por
feixes de prolongamentos dos neurônios, os nervos.
• Funções: O tecido nervoso recebe informações do meio ambiente através dos
sentidos (visão, audição, olfato, gosto e tato) e do meio interno, como temperatura,
estiramento e níveis de substâncias. Processa essas informações e elabora uma
resposta que pode resultarem ações, como a contração muscular e a secreção de
glândulas, em sensações, como dor e prazer, ou em informações cognitivas, como o
pensamento, o aprendizado e a criatividade. Ele é ainda capaz de armazenar essas
informações para uso posterior: é a memória.
• Composição: Apresenta abundância e variedade de células, mas é pobre em matriz
extracelular.
Neurônios:
O neurônio é a célula básica do sistema nervoso e o responsável por garantir
a transmissão do impulso nervoso. Suas partes básicas são: dendritos, axônio e corpo
celular, contendo também a bainha de mielina.
Os neurônios, também chamados de células nervosas, são células do sistema
nervoso que estão relacionadas com a propagação do impulso nervoso, sendo
consideradas as unidades básicas desse sistema.
Análise do microscópio:
Na lâmina analisada, observamos a presença de neurônios com características
morfológicas típicas, como corpos celulares grandes e arredondados, ricos em
organelas. Os núcleos são proeminentes, com nucléolos bem definidos, indicando
uma alta atividade metabólica. Os dendritos apresentam ramificações e espinhas
dendríticas. O axônio, embora menos evidente na coloração utilizada, pode ser
identificado pela sua morfologia alongada, indicando a direção da condução dos
impulsos nervosos.
Medula Espinhal:
A medula espinhal, também chamada de medula espinal, faz parte do
nosso sistema nervoso central juntamente com o encéfalo. Está localizada no interior
do canal vertebral, porém não está disposta por toda a coluna.
A medula espinal é organizada em duas partes distintas. A parte externa, denominada
substância branca da medula, em virtude de sua aparência em amostras não fixadas,
contém fibras nervosas ascendentes e descendentes. A parte interna da medula
espinal, denominada substância cinzenta, em virtude de sua aparência em amostras
não fixadas, contém os corpos celulares dos neurônios, bem como fibras nervosas.
Canal Central
Nervo Espinhal
Raiz posterior do nervo espinhal
Substância branca
Substância cinzenta
Raiz anterior do nervo espinhal
Fissura Mediana Anterior
Análise no microscópio:
Na lâmina da medula espinhal analisada, observamos uma organização em
camadas, com a substância cinza central em forma de "borboleta" cercada pela
substância branca. A substância cinza é composta por corpos celulares de neurônios,
com núcleos grandes e nucléolos proeminentes, indicando atividade metabólica
intensa. A substância branca é composta por fibras nervosas mielinizadas, que se
destacam na coloração, refletindo a condução rápida dos impulsos nervosos. No
centro da substância cinza, identificamos o canal central, uma cavidade preenchida
com líquido cefalorraquidiano, que desempenha um papel importante na proteção e
nutrição do tecido nervoso.
➢ Sistema Reprodutor Masculino
O sistema genital masculino consiste em um par de testículos, epidídimos e
ductos genitais, bem como glândulas reprodutivas acessórias e pênis. A função dupla
do testículo é produzir gametas masculinos – os espermatozoides – e hormônios
sexuais masculinos.
Os testículos adultos são órgãos ovoides pareados, localizados no escroto,
que, por sua vez, se situa fora do corpo. Cada testículo encontra-se suspenso na
extremidade de uma bolsa musculofascial alongada, que é contínua com as camadas
da parede anterior do abdome que se projeta para dentro do escroto.
Os testículos
Derivam de três fontes:
• O mesoderma intermediário, que forma as cristas urogenitais na parede
posterior do abdome.
• O epitélio mesodérmico (mesotélio celômico), que reveste as cristas
urogenitais e dá origem a cordões epiteliais digitiformes, denominados
cordões sexuais primários.
• As células germinativas primordiais, que migram a partir do saco vitelino
para dentro das gônadas em desenvolvimento, onde são incorporadas nos
cordões sexuais primários.
A formação dos espermatozoides compreende duas fases: a espermatogênese
e a espermiogênese. Na espermatogênese, ocorrem divisões celulares por mitoses e
por meiose, enquanto na espermiogênese cessam as divisões celulares e ocorrem a
diferenciação e a maturação dos espermatozoides.
As células da linhagem espermatogênica se dispõem em quatro a oito camadas
e ocupam a maior parte do epitélio germinativo. Essas células são diretamente
responsáveis pela produção de espermatozoides, porém, para que esse processo
seja bem-sucedido, há necessidade da interação e da colaboração entre as diversas
células localizadas no testículo.
Durante a espermatogênese, as espermatogônias entram em meiose e se
diferenciam em espermátides. Os espermatócitos primários duplicam seu DNA e,
portanto, têm 46 cromossomos, porém o dobro da quantidade de DNA de uma célula
diploide. Durante a anáfase da primeira divisão da meiose, os cromossomos
homólogos se separam. Resultam dessa divisão duas células menores chamadas
espermatócitos secundários
Os ductos genitais e as glândulas acessórias produzem secreções que,
impulsionadas por contração de músculo liso, transportam os espermatozoides para
o exterior. Os espermatozoides e as secreções dos ductos genitais e glândulas
acessórias compõem o sêmen.
Analise do Microscópio:
Na lâmina dos testículos analisada, observamos a presença de túbulos
seminíferos. As células espermatogônicas podem ser identificadas em várias fases,
desde as espermatogônias até os espermatozoides maduros. A estrutura do epitélio
seminífero é caracterizada por sua organização em camadas, refletindo a
continuidade do processo de espermatogênese. A análise pode também revelar sinais
de patologias, como a presença de células germinativas anormais ou alterações na
estrutura dos túbulos, que podem indicar desordens testiculares ou infertilidade.
➢ Sistema Reprodutor Feminino
O sistema genital feminino é formado pelos ovários, pelas tubas uterinas, pelo
útero, pela vagina e pela genitália externa. Os órgãos genitais femininos internos
ovários, tubas uterinas, útero e vagina estão contidos principalmente na cavidade
pélvica e no períneo.
A genitália externa inclui: monte do púbis, lábios maiores e menores do
pudendo, clitóris, vestíbulo e abertura da vagina, hímen e óstio externo da uretra.
Suas funções são: produzir gametas femininos – os ovócitos; manter um ovócito
fertilizado durante o seu desenvolvimento ao longo das fases embrionária e fetal até
o nascimento; e produzir hormônios sexuais que controlam outros órgãos do sistema
genital.
Ovários
São responsáveis por produzir as células reprodutivas femininas e os
hormônios sexuais denominados de estrógeno e progesterona. Na espécie humana
têm a forma de amêndoas e medem aproximadamente 3 cm de comprimento, 1,5 cm
de largura e 1 cm de espessura.
É composto de matriz extracelular e células, principalmente fibroblastos
dispostos em um arranjo muito característico formando redemoinhos. Esses
fibroblastos respondem a estímulos hormonais de um modo diverso dos fibroblastos
de outras regiões do organismo. É composto de matriz extracelular e células,
principalmente fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico formando
redemoinhos. Esses fibroblastos respondem a estímulos hormonais de um modo
diverso dos fibroblastos de outras regiões do organismo.
Análise no microscópio:
Na lâmina do ovário analisada, observamos várias estruturas distintas,
incluindo folículos ovarianos em diferentes estágios de desenvolvimento. A superfície
do ovário é coberta por uma camada de epitélio germinativo. Abaixo desse epitélio,
encontramos a região cortical, onde os folículos estão localizados. Os folículos
primordiais, com o ovócito envolto por uma única camada de células foliculares, são
classificados como folículos unilaminares. À medida que os folículos se desenvolvem,
alguns se tornam folículos multilaminares, caracterizados por múltiplas camadas de
células foliculares ao redor do ovócito, além do início da formação da zona pelúcida.
Na região medular do ovário, observamos tecido conectivo e vasos sanguíneos. A
análise também pode revelar a presença de corpos lúteos, que se formam após a
ovulação e são responsáveis pela produção de progesterona.
Útero
O útero humano é um órgão oco piriforme, que está localizado na pelve entre
a bexiga e o reto. Todo o desenvolvimento embrionário e fetal subsequente ocorre no
útero, que sofre aumentos drásticos no tamanho e no desenvolvimento.
A parede uterina é composta de três camadas, do lúmen para fora, as camadas
são as seguintes:
• O endométrio: é a mucosa do útero.
• O miométrio: é a camada muscular espessa. Esta é contínua com a camada
muscular da tuba uterina e da vagina. Ele é composto de três camadas
pouco definidas de músculo liso.
• O perimétrio: é camada serosa externa ou revestimento peritoneal visceral
do útero, é contínuo com o peritônio pélvico e abdominal, além do que
consiste em mesotélio e em uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo.
No microscópio:
Na lâmina do útero analisada, em fase proliferativa do ciclo menstrual,
observamos um endométrio espessado devido à proliferação das células glandulares
e estromais. A camada funcional apresenta glândulas endometriais tubulares e
ramificadas, que se tornam mais proeminentes à medida que as células epiteliais se
multiplicam. As células da camada epitelial são cilíndricas e apresentam núcleos
alongados, refletindo atividade mitótica. Abaixo do epitélio, a estroma endometrial é
rica em células e vasos sanguíneos, que aumentam em número para fornecer suporte
nutricional ao endométrio em preparação para uma possível implantação. A presença
de artérias espiraladas é notável, pois elas se desenvolvem para irrigar a camada
funcional. O miométrio, a camada muscular do útero, é composto por fibras
musculares lisas dispostas em camadas e é responsável pelas contrações uterinas.
O perimétrio, a camada externa que reveste o útero, é formado por tecido conjuntivo
e epitélio mesotelial.
Referências Bibliográficas:
Pawlina, Wojciech. Ross Histologia - Texto e Atlas (8th edição). Grupo GEN, 2021.
Luiz Carlos Uchoa Junqueira; José Carneiro 14° edição
JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e atlas. Rio de Janeiro.
12ª edição, 2013