Mód 1 - Fic Inf 4 - Tipos de Lentes Das Máquinas Fotográficas

Descargar como pdf o txt
Descargar como pdf o txt
Está en la página 1de 6

FÍSICO QUÍMICA APLICADA – 12º ANO; MÓDULO 1

CURSO DE COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL / DESIGN DE COMUNICAÇÃO

FICHA INFORMATIVA nº 4
Assunto: Tipos de lentes mais utilizadas nas máquinas fotográficas

As objetivas das máquinas fotográficas são, normalmente, constituídas por um conjunto


de lentes (convergentes e divergentes) que, no seu todo, funcionam como um sistema
ótico convergente.

O facto de as objetivas serem constituídas, não por uma única lente mas por um
conjunto de lentes diversas, possibilita uma qualidade de imagem melhor, reduzindo o
mais possível as “aberrações” (ou, imperfeições de imagens) ao mesmo tempo que
permite uma melhor visualização de detalhes e, uma melhor luminosidade das imagens.

Uma objetiva, de qualidade razoável, pode ter uma dezena ou mais de lentes,
constituindo um sistema ótico complexo, só possível de obter por combinação
concertada de diversas tecnologias.

Hoje, no fabrico das objetivas para máquinas fotográficas, desde a escolha do seu
desenho, escolha dos vidros/plásticos/acrílicos (com características diversas a
nível de homogeneidade, transparência, índice de refração, dispersão, …) até
à combinação das várias lentes (observando o tipo de curvatura das mesmas,
espaçamento entre si, técnica de montagem, …), passando pela qualidade de
fabrico, tratamentos “anti – reflexo”, tudo é minucioso e rigorosamente
determinado, recorrendo-se à conjugação das mais avançadas tecnologias.
Sendo, então, que numa máquina fotográfica a qualidade das fotografias está
intimamente relacionada com as caraterísticas da objetiva utilizada, para se conseguir
uma boa fotografia é desejável/necessário uma objetiva adequada.

Não esquecer que:


(1) a escolha de uma objetiva está relacionada, entre outros fatores, com o “ângulo de enquadramento” e
a “ampliação” que se pretende obter.
(2) uma vez que as objetivas são constituídas por um sistema de lentes, a “distância focal” da objetiva
traduz a distância focal equivalente desse sistema de lentes.
(3) a principal caraterística que distingue uma objetiva de outra é a sua distância focal.

A utilização, por uma máquina, de objetivas diferentes, vai permitir a obtenção de:
- diferentes ângulos de visão ( mais ou menos porção de cena)
- diferentes perspetivas (diferentes sensações de proximidade/afastamento dos
objetos)

1
Pelo exposto anteriormente, pode então dizer-se que é habitual escolher - se uma
objetiva pela sua distância focal.

São escolha comum, 3 grandes grupos de objetivas:


(1) Objetivas normais
(2) Objetivas de curta distância focal
(3) Objetivas de grande distância focal

Outros tipos de objetivas:


(4) Zoom
(5) Macro
(6) Fischeye
(7) Catadióptrica
________________________________

1. Objetivas Normais

Numa “objetiva normal” a sua distância focal é semelhante ao valor da diagonal da


imagem projetada.

Fig. 1(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa objetiva normal

Este tipo de objetiva confere uma perspetiva (alcance de visão) semelhante à do olho
humano em condições normais de visão.
- ângulo de visão equivalente ao do olho humano (aproximadamente 53º).

Fig. 2(2) – exemplo de uma objetiva normal

Recorre –se a este tipo de objetivas quando se pretende uma imagem equivalente à
obtida pelo olho humano em condições normais
_________________________________________________________________________________________________
(1) – Fig. 1 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) - Fig. 2 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetiva_normal

2
2. Objetivas de Curta Distância Focal ( “Grande Angular” )

Numa “grande angular” (objetiva de maior “potência” em relação a uma objetiva normal)
a sua distância focal é menor do que o valor da diagonal da imagem projetada –
habitualmente a distância focal é cerca de 2/3 da imagem , fato que permite um
grande campo de visão (podendo chegar aos 90º ou mesmo em alguns casos até 180º).
- ângulo de visão de aproximadamente 75º (ou seja, cerca de mais 50% do alcance do
olho humano), o que lhes permite uma fácil focalização.

Fig. 3(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa “grande
angular”

Um maior ângulo de visão permite uma maior “porção” de cena ou seja uma maior nº de
“objetos” enquadrados enquanto que simultaneamente o tamanho desses mesmos
objetos estaria reduzido se comparado com uma objetiva normal.

Fig. 4(2) – exemplo de uma objetiva “grande angular”

Este tipo de objetivas confere uma profundidade de campo maior do que as objetivas
normais, com perspetivas mais acentuadas; podem ocorrer distorções de perspetivas,
mais frequentes nos cantos.
Provocam “sensação de prolongamento” (imagens “alongadas/compridas”),com
pessoas/objetos que estejam mais próximos aparecem maiores do que pessoas/objetos
que estão mais distantes.

Objetivas bastante usadas em fotografia e vídeo, nomeadamente quando se pretendem


fotos de interiores/exteriores arquitetónicos, perspetivas mais acentuadas de
determinados pormenores, ...

_________________________________________________________________________________________________
(1) – Fig. 3 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) - Fig. 4 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetiva_grande-angular

3
3. Objetivas de Grande Distância Focal (Teleobjetivas)

Numa “teleobjetiva” (objetiva de menor “potência” em relação a uma objetiva normal) a


sua distância focal é maior do que o valor da diagonal da imagem projetada.
- ângulo de visão frequentemente entre 8 e 30º; ou seja, um ângulo muito mais agudo do
que o ângulo permitido pela visão humana, fato que permite uma imagem muito
aumentada de áreas pequenas.
A focagem é consideravelmente mais complexa do que exige uma objetiva normal.
(Não esquecer que quanto maior é a distância focal, mais difícil será a focagem porque
mais difícil será encontrar profundidade de campo adequada)

Fig. 5(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa “teleobjetiva”

Assim, pode dizer-se que as teleobjetivas “aproximam” o objeto/cena a fotografar,


aumentando o tamanho da imagem com consequente diminuição da quantidade de cena a
fotografar.
- As teleobjetivas permitem uma “sensação de isolamento” do “assunto” que se
pretende fotografar, consequência de uma redução de perspetiva.
( Não esquecer que, como a profundidade de campo está bastante reduzida, vai ser diminuída a sensação
de perspetiva entre os diversos planos que possam existir numa mesma cena)

Teleobjetivas com ângulos de visão inferiores a 18º traduzem relações pouco ou nada
naturais entre pormenores próximos e distantes e, o contraste da imagem será, sem
dúvida, inferior ao que se obteria com o recurso a uma objetiva normal.

Fig. 6(1) – exemplo de objetivas “teleobjetiva”

Estas objetivas são muito utilizadas em medicina, biologia e para captação de


fotografias à distância.

_________________________________________________________________________________________________
(1) – Fig. 5 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) – Fig.s 6 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Teleobjetiva ; https://pt.wikipedia.org/wiki/Teleobjetiva#/media/File:Minolta_Rokkor_Teleobjektive.jpg

4
4. Objetivas Zoom

Objetivas que permitem variação da distância focal, (não têm distância focal fixa), fato
que permite uma grande facilidade no enquadramento.
Uma objetiva destas permite funcionar como objetiva normal, grande angular ou
eventualmente como teleobjetiva o que, logicamente tem vantagens consideráveis em
determinadas ocasiões; nomeadamente, são uma boa opção para , por exemplo,
fotojornalistas (num determinado evento – por exemplo um concerto - com a mesma
objetiva, pode-se passar sem esforço ou mudança de objetivas, de uma foto panorâmica
para fotos dos artistas ou de alguém em especial nos espetadores.

Fig. 7(1) - Exemplos de “objetivas zoom”

Por exemplo, a “Zoom 70 – 300 mm” permite o trabalho de uma objetiva normal, uma
grande angular ou uma teleobjetiva.
Não esquecer que quando se utiliza uma objetiva zoom podem perder-se alguns pontos
de luminosidade (tal pode ser compensado com o recurso a um filme adequado) ou
mesmo perderem-se outras características se compararmos com uma objetiva fixa (por
exemplo a objetiva zoom acima mencionada, utilizada na zona dos 70 mm, fornecerá
uma fotografia com mais distorção dos bordos do que recorresse-mos a uma objetiva
de 70 mm fixa).

5. Objetivas Macro

Objetivas utilizadas para fotografias a curta distância (macrofotografia).


Possibilitam imagens pouco habituais a olho nu; permitem aproximações de grandes
planos e visualizações detalhadas de pormenores.
Pelo exposto são muito utilizadas em medicina, biologia e publicidade.

Deve acrescentar-se que este tipo de objetivas apresenta melhores resultados com
uma iluminação adequada do objeto a fotografar.
Nomeadamente, quando se iluminam objetos muito próximos com flash, pode ocorrer
“reflexão” de luz, que se for considerável, pode prejudicar a visualização de detalhes.
Para se evitar este tipo de situações pode recorrer-se ao uso de difusores junto do
flash, como por exemplo o papel vegetal.
_________________________________________________________________________________________________
(1) – Fig. 7 - http://photos.com.br/novas-lentes-super-zoom/ ; http://www.maniadefotografar.com.br/noticia.asp?url=134

5
Não esquecer que este tipo de objetiva deve ter
acoplado um flash adequado, também conhecido por flash
anelar ou “ring flash” – este tipo de flash impede os
erros de paralaxe.

Fig. 8(1) – exemplo de uma objetiva macro

6. Objetivas “fisheye”

Este tipo de objetivas não é mais do que uma grande angular capaz de um ângulo de
visão extremo (+/- 180º).
Com uma profundidade de campo extremamente elevada, é muito utilizada para
fotografias panorâmicas ou fotografias meteorológicas.
Existe distorção da imagem fato que confere um aspeto “arredondado” à imagem (as
linhas retas parecem curvas)

Fig. 9(2) – exemplo de uma objetiva “fisheye”

7. Objetivas catadióptricas

Estas objetivas não são mais do que uma alternativa às teleobjetivas extremas.
Elas permitem (com a ajuda de espelho, corretamente colocados) reduzir, para cerca de
metade, o tamanho das teleobjetivas extremas (não esquecer que uma teleobjetiva com
uma df de 1000 mm terá, pelo menos, 1 m de comprimento).

Pelo fato de terem um jogo de espelhos apresentam algumas caraterísticas que podem
acarretar alguns inconvenientes: têm abertura fixa ( não têm diafragma), têm uma
abertura relativamente reduzida (f-6/f-8) e são bastante largas.

Fig. 10(2) – Máquina com objetiva catadióptrica

___________________________________________________________________________________________ ______
(1) – Fig. 8 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Macrofotografia#/media/File:Macro_Lens_Vivitar_90mm.jpg
(2) – Fig. 9 - http://www.fdtimes.com/2010/03/09/canon-7d-fgv-pl-test/

También podría gustarte