Mód 1 - Fic Inf 4 - Tipos de Lentes Das Máquinas Fotográficas
Mód 1 - Fic Inf 4 - Tipos de Lentes Das Máquinas Fotográficas
Mód 1 - Fic Inf 4 - Tipos de Lentes Das Máquinas Fotográficas
FICHA INFORMATIVA nº 4
Assunto: Tipos de lentes mais utilizadas nas máquinas fotográficas
O facto de as objetivas serem constituídas, não por uma única lente mas por um
conjunto de lentes diversas, possibilita uma qualidade de imagem melhor, reduzindo o
mais possível as “aberrações” (ou, imperfeições de imagens) ao mesmo tempo que
permite uma melhor visualização de detalhes e, uma melhor luminosidade das imagens.
Uma objetiva, de qualidade razoável, pode ter uma dezena ou mais de lentes,
constituindo um sistema ótico complexo, só possível de obter por combinação
concertada de diversas tecnologias.
Hoje, no fabrico das objetivas para máquinas fotográficas, desde a escolha do seu
desenho, escolha dos vidros/plásticos/acrílicos (com características diversas a
nível de homogeneidade, transparência, índice de refração, dispersão, …) até
à combinação das várias lentes (observando o tipo de curvatura das mesmas,
espaçamento entre si, técnica de montagem, …), passando pela qualidade de
fabrico, tratamentos “anti – reflexo”, tudo é minucioso e rigorosamente
determinado, recorrendo-se à conjugação das mais avançadas tecnologias.
Sendo, então, que numa máquina fotográfica a qualidade das fotografias está
intimamente relacionada com as caraterísticas da objetiva utilizada, para se conseguir
uma boa fotografia é desejável/necessário uma objetiva adequada.
A utilização, por uma máquina, de objetivas diferentes, vai permitir a obtenção de:
- diferentes ângulos de visão ( mais ou menos porção de cena)
- diferentes perspetivas (diferentes sensações de proximidade/afastamento dos
objetos)
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Pelo exposto anteriormente, pode então dizer-se que é habitual escolher - se uma
objetiva pela sua distância focal.
1. Objetivas Normais
Fig. 1(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa objetiva normal
Este tipo de objetiva confere uma perspetiva (alcance de visão) semelhante à do olho
humano em condições normais de visão.
- ângulo de visão equivalente ao do olho humano (aproximadamente 53º).
Recorre –se a este tipo de objetivas quando se pretende uma imagem equivalente à
obtida pelo olho humano em condições normais
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(1) – Fig. 1 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) - Fig. 2 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetiva_normal
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2. Objetivas de Curta Distância Focal ( “Grande Angular” )
Numa “grande angular” (objetiva de maior “potência” em relação a uma objetiva normal)
a sua distância focal é menor do que o valor da diagonal da imagem projetada –
habitualmente a distância focal é cerca de 2/3 da imagem , fato que permite um
grande campo de visão (podendo chegar aos 90º ou mesmo em alguns casos até 180º).
- ângulo de visão de aproximadamente 75º (ou seja, cerca de mais 50% do alcance do
olho humano), o que lhes permite uma fácil focalização.
Fig. 3(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa “grande
angular”
Um maior ângulo de visão permite uma maior “porção” de cena ou seja uma maior nº de
“objetos” enquadrados enquanto que simultaneamente o tamanho desses mesmos
objetos estaria reduzido se comparado com uma objetiva normal.
Este tipo de objetivas confere uma profundidade de campo maior do que as objetivas
normais, com perspetivas mais acentuadas; podem ocorrer distorções de perspetivas,
mais frequentes nos cantos.
Provocam “sensação de prolongamento” (imagens “alongadas/compridas”),com
pessoas/objetos que estejam mais próximos aparecem maiores do que pessoas/objetos
que estão mais distantes.
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(1) – Fig. 3 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) - Fig. 4 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetiva_grande-angular
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3. Objetivas de Grande Distância Focal (Teleobjetivas)
Fig. 5(1) – Relação entre a distância focal e o valor da diagonal da imagem projetada numa “teleobjetiva”
Teleobjetivas com ângulos de visão inferiores a 18º traduzem relações pouco ou nada
naturais entre pormenores próximos e distantes e, o contraste da imagem será, sem
dúvida, inferior ao que se obteria com o recurso a uma objetiva normal.
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(1) – Fig. 5 - http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-lentes.htm
(2) – Fig.s 6 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Teleobjetiva ; https://pt.wikipedia.org/wiki/Teleobjetiva#/media/File:Minolta_Rokkor_Teleobjektive.jpg
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4. Objetivas Zoom
Objetivas que permitem variação da distância focal, (não têm distância focal fixa), fato
que permite uma grande facilidade no enquadramento.
Uma objetiva destas permite funcionar como objetiva normal, grande angular ou
eventualmente como teleobjetiva o que, logicamente tem vantagens consideráveis em
determinadas ocasiões; nomeadamente, são uma boa opção para , por exemplo,
fotojornalistas (num determinado evento – por exemplo um concerto - com a mesma
objetiva, pode-se passar sem esforço ou mudança de objetivas, de uma foto panorâmica
para fotos dos artistas ou de alguém em especial nos espetadores.
Por exemplo, a “Zoom 70 – 300 mm” permite o trabalho de uma objetiva normal, uma
grande angular ou uma teleobjetiva.
Não esquecer que quando se utiliza uma objetiva zoom podem perder-se alguns pontos
de luminosidade (tal pode ser compensado com o recurso a um filme adequado) ou
mesmo perderem-se outras características se compararmos com uma objetiva fixa (por
exemplo a objetiva zoom acima mencionada, utilizada na zona dos 70 mm, fornecerá
uma fotografia com mais distorção dos bordos do que recorresse-mos a uma objetiva
de 70 mm fixa).
5. Objetivas Macro
Deve acrescentar-se que este tipo de objetivas apresenta melhores resultados com
uma iluminação adequada do objeto a fotografar.
Nomeadamente, quando se iluminam objetos muito próximos com flash, pode ocorrer
“reflexão” de luz, que se for considerável, pode prejudicar a visualização de detalhes.
Para se evitar este tipo de situações pode recorrer-se ao uso de difusores junto do
flash, como por exemplo o papel vegetal.
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(1) – Fig. 7 - http://photos.com.br/novas-lentes-super-zoom/ ; http://www.maniadefotografar.com.br/noticia.asp?url=134
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Não esquecer que este tipo de objetiva deve ter
acoplado um flash adequado, também conhecido por flash
anelar ou “ring flash” – este tipo de flash impede os
erros de paralaxe.
6. Objetivas “fisheye”
Este tipo de objetivas não é mais do que uma grande angular capaz de um ângulo de
visão extremo (+/- 180º).
Com uma profundidade de campo extremamente elevada, é muito utilizada para
fotografias panorâmicas ou fotografias meteorológicas.
Existe distorção da imagem fato que confere um aspeto “arredondado” à imagem (as
linhas retas parecem curvas)
7. Objetivas catadióptricas
Estas objetivas não são mais do que uma alternativa às teleobjetivas extremas.
Elas permitem (com a ajuda de espelho, corretamente colocados) reduzir, para cerca de
metade, o tamanho das teleobjetivas extremas (não esquecer que uma teleobjetiva com
uma df de 1000 mm terá, pelo menos, 1 m de comprimento).
Pelo fato de terem um jogo de espelhos apresentam algumas caraterísticas que podem
acarretar alguns inconvenientes: têm abertura fixa ( não têm diafragma), têm uma
abertura relativamente reduzida (f-6/f-8) e são bastante largas.
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(1) – Fig. 8 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Macrofotografia#/media/File:Macro_Lens_Vivitar_90mm.jpg
(2) – Fig. 9 - http://www.fdtimes.com/2010/03/09/canon-7d-fgv-pl-test/