Cartas Filosóficas
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DE ARIST?OtELES
ESCRIBIÓ EL RMO. P A D R E MAESTRO
POR
EL FILÓSOFO RANCIO,
en las que demuestra la insuhsistencia y futilidad de la filosofía mo-
derna p a r a el c o n o c i m i e n t o de la naturaleza , m oposición ron los dog-
mas'de nuestra santa R e l i g i ó n , sus perniciosas doctrinas c o n t r a lis b u e n a s
c o s t u m b r e s , y su influencia en el t r a s t o r n o de los G o b i e r n o s l e g í t i m o s .
IMS da á luz con las cuarenta y siete anteriores el Rmo. Paire Vicario
General del Orden de Sanio Domingo.
TOMO V.
CON LICENCIA.
6104876331
PPiÓLOGO AL LECTOR.
M -
l " J L u y señor m í o : M e t e m o , c o n r a z ó n , que esta mi c a r -
ta cause á V. a l g u n a t u r b a c i ó n : que su f e c h a de la p a r t e de
acá del L e t é o le obligue á s a n t i g u a r s e á dos m a n o s : que la
firma de u n A r i s t ó t e l e s le llene d e d u d a s ; y m a s que t o d o ,
que la m a t e r i a , sobre que le e s c r i b o , le ocasione mil e s c r ú -
pulos y escándalos. P e r o á p e s a r del susto, que p r e v e o e n V . ,
y que el a f e c t o , q u e le p r o f e s o , m e i n c l i n a á e v i t a r l e , m e
veo en la precisión d e m o l e s t a r l e s u p l i c á n d o l e o i g a la o c a -
sión que me m u e v e á e s c r i b i r l e ; y m e saque d e este p u r g a t o -
rio de d u d a s , que v i e n e n á p e r s e g u i r m e h a s t a el infierno.
Ya h a y , amigo m i ó , m u c h o s siglos q u e soy h a b i t a d o r de
estas r e g i o n e s , d o n d e cuidados d e m a y o r m o m e n t o me h a n
tenido t a n a g e n o de las cosas del m u n d o , y t a n p o c o solíci-
t o de lo que sucede e n é l , que he p a s a d o la vida c o m o u n
m u e r t o : las pocas n o t i c i a s , que de p o r allá m e h a n venido,
h a n sido h a s t a a q u í p a r t e de g u s t o , p a r t e d e risa. M e h a n
referido algunos que e n esos países l o g r a b a n mis escritos u n
crédito i n c o m p a r a b l e ; que á boca llena me l l a m a b a n el Di-
vino Aristóteles, el Príncipe de la Filosofía, el Filósofo por ex-
celencia, y o t r o s tales e p í t e t o s que si ellos hubiesen sido s u -
fragios , y yo estuviese e n disposición d e que m e a p r o v e c h a -
ran , muchos años h a que estaría h a b i t a n d o e n t r e los m o r a -
dores de la l u n a , que ( s e g ú n m e i n f o r m a n ) se h a n d e s c u -
bierto a h o r a . O t r o s me h a n dicho que á c o n s e c u e n c i a de este
crédito n o h a habido filósofo ni filosofastro, que n o h a y a
querido cubrirse c o n mi n o m b r e : que divididos los p r o f e s o -
res de la f a c u l t a d en v a r i o s , é irreconciliables p a r t i d o s , c a -
d a cual me alegaba p o r el s u y o : que c a l e n t á n d o s e las f a n t a -
Tom. v . i
sias e n forjar v a r i a s s u t i l e z a s , de todas ellas querían h a c e r -
m e a u t o r : que quisiese y o ó lo r e p u g n a s e servia mi n o m b r e
p a r a a u t o r i z a r d i c t á m e n e s o p u e s t o s , y que n o h a habido dis-
p a r a t e que n o se h a y a p o d i d o a p o y a r c o n mis escritos. C o -
m o vivo e n la t i e r r a de los d e s e n g a ñ o s , n o he p o d i d o m e -
nos que r e í r m e de e s t o , b u r l a r á c a r c a j a d a s los inútiles eslu-
dios d e h o m b r e s , que n a c i e r o n p a r a n o saber m a s que c o n -
t r a d e c i r , y p a s a n su vida á c a z a de quisquillas (ellos las lla-
m a n s u t i l e z a s ) , p u d i e n d o e m p l e a r l a c o n m a s utilidad e n c a -
z a r moscas : p e r o p o r fin las p r i m e r a s noticias m e h a c í a n
p a s a r a l g u n o s días m e n o s t r i s t e s con la consideración del
b u e n n o m b r e , q u e l o g r a b a e n t r e los m o r t a l e s , y el a p r e c i o ,
q u e ellos h a c í a n de mis tareas y sudores.
E s t e solo c o n s u e l o , que me habia q u e d a d o e n t r e tatitos
objetos c o m o m e e n t r i s t e c e n , h a y y a c e r c a de tres a ñ o s que
lo t e n g o p e r d i d o . F u e el c a s o que c i e r t o r e v e n d ó n de las pla-
zas de esa c i u d a d , después que m u r i ó c o m o mejor p u d o , v i -
n o a estos paises t r a i d o d e los infinitos embustes y r a p i ñ a s
e n que p o r oficio se habia e g e r c i t a d o ; acudimos todos los
v e c i n o s , n o t a n t o á felicitarlo d e su l l e g a d a ( q u e c i e r t a m e n -
te no es d i g n a de s e m e j a n t e c u m p l i m i e n t o ) , c u a n t o c o n el
deseo de saber el estado de las cosas de p o r allá a r r i b a . E n -
t r e v a r i a s noticias de p o c a ó n i n g u n a i m p o r t a n c i a nos dio
u n a , q u e fue p a r a m í de i n c o m p a r a b l e dolor. Refirió pues
que e s t a n d o y a e n los últimos o y ó al fraile , q u e e n aquella
h o r a le a s i s t í a , d i s p u t a r á g r i t o p e l a d o con u n c l e r i z o n t e
que le p a r e c i ó j e s u i t a : c a r a v e n e r a b l e , j u a n e t e s e n ella, c a r -
rillos s u m i d o s , barba y labios s a c a d o s , ojos modestos de p o r
f u e r z a ; a c c i o n e s , p a l a b r a s y a d e m a n e s todos estudiados y
fingidos. A p l i c ó la a t e n c i ó n á percibir la m a t e r i a sobre que
sufría la d i s p u t a : las m u c h a s voces que d a b a n los a r g u m e n -
t a n t e s s o l a m e n t e le d e j a r o n entreoír a l c l é r i g o , que con t a n -
to magisterio como pudiera hacerlo un santo padre decia:
Aristóteles no sirve. Aristóteles no supo filosofía. Aristóteles de-
be desterrarse. Quien lo siga nunca ha de ser filósofo. C o m o
el p u n t o me p i c a b a t a n en lo v i v o ; p r e g u n t é á n u e s t r o n u e -
vo huésped á fin de r a s t r e a r las r a z o n e s que m o v i a n á ese
s a n t o señor p a r a d a r al traste c o n m i g o ; p e r o él n o s u p o d e -
cir o t r a c o s a , sino que n o habia podido entenderle m a s , y s o -
lo se a c o r d ó de q u e p a r a d e s p e d i r s e , lo hizo con estas ó se-
sircantes p a l a b r a s : E n esto estamos convenidos todos ios doc-
tores : solamente cuatro frailes fanáticos perseveran tercos; y si
cierto fraile que se halla en el catálogo de los Santos hubiese de
haber sido canonizado en el din, en que las cosas se miran de
otro modo, no sé yo como se le habia de quitar la mancha de
haber seguido á Aristóteles. Yo pobre de m í que oí esto, y que
a l misino t i e m p o me hallaba e u esta situación d o n d e ni podía
r e s p o n d e r , ni me e r a fácil a v e r i g u a r qué p e c a d o s e r a n ios mios
p a r a sufrir por ellos t a n a m a r g a s e n t e n c i a , n o tuve p o r e n -
tonces mas arbitrio que j u n t a r á mis a m i g o s , exponerles tni
d e s g r a c i a , y pedirles consuelo e n t a n i r r e m e d i a b l e aflicción.
Galeno, Theofrasto, Themistio, Averroes, Avieembron, A v i -
c e n a y otro> innumerables que m ; tuvieron afición en v i -
d a , y son mis c o m p a ñ e r o s e n la m u e r t e , esforzáronse en v a -
n o en consolarme. P o r m a s que ellos m e r e c o r d a r o n el g e n e -
raí aplauso c o n que viví en el m u n d o , el sumo a p r e c i o que
después he tenido , la n o i n t e r r u m p i d a sucesión de sabios que
m e h a n r e s p e t a d o por m a e s t r o , el c o n s e n t i m i e n t o de los m a s
juiciosos siglos, la confesión misma d e mis m a s poderosos a d -
versarios , j a m a s p u d i e r o n a p e a r m e del escrúpulo de que ¡os
que a h o r a se c o n j u r a b a n c o n t r a mí e r a n los señores doctores.
E s t e n o m b r e Doctor, ó sea por lo r e t u m b a n t e del t é r m i n o , ó
sea p o r lo hueco del significado, me hacia estremecer como
un chiquillo. Suponia y o que los que lo t e n i a n , serian u n o s
h o m b r e s con quienes se q u e d a r í a en mantillas mi maestro P l a -
t ó n . Se me figuraba ( ¡lo que puede la a p r e n s i ó n ! ) que u n doc-
t o r sería un h o m b r e á quien e n recompensa de u n a vida en-
t e r a e m p l e a d a en los mas serios y penosos estudios, se le d a -
b a como premio de su t a r e a este n o m b r e , que lo hiciese r e s -
petable e n t r e los m o r t a l e s , y se le hacia al publico el g r a n d e
beneficio de colocarlo á la frente de la e n s e ñ a n z a , p a r a que
s a c a n d o luces del fondo de sus c o n o c i m i e n t o s , fuese la gloria
y a d o r n o de la p a t r i a . N o sabia y o e n t o n c e s ( c o m o después
he s a b i d o ) que p a r a d o c t o r sobra c o n m u c h o m e n o s : que u n
d o c t o r , e n habiendo d i n e r o s , se hace de cualquier cosa , y
que es u n oficio tan fácil de a p r e n d e r c o m o el de m a n d a d e -
ro de m o n j a s ; y como n o lo s a b i a , tuve que p e r s u a d i r m e á
que pues los doctores me ajaban de este m o d o , bien e s t u d i a -
do lo t e n i a n . D e s d e aquel entonces hemos t o m a d o mis d i s c í -
pulos y y o c u a n t o s medios nos p u d o sugerir el a p u r o , á fia
d e descubrir mi p e c a d o : h e m o s d i s c u r r i d o , hemos c o n f e r e n -
c i a d o , hemos p r e g u n t a d o á c u a n t o s h a n venido de nuevo á
este p a i s ; p e r o lo mas que hemos conseguido h a n sido n o t i -
cias obscuras é i n e x a c t a s . Q u i s i é r a m o s h a b e r podido e n c o n t r a r
m o d o de salir d e estas c a v e r n a s , p a r a d a r u n paseo p o r el
m u n d o , y descubrir la causa de t a n e x t r a ñ a n o v e d a d ; pero,
a m i g o mió.... Facilis des'census avemij sed revocare gradum, su-
peraste evadere ad auras, hoc opus hic labor est.
Así nos hemos p a s a d o este t i e m p o , que p a r a mí h a sido
c i e r t a m e n t e e t e r n i d a d , h a s t a que la buena d i c h a nos d e p a r ó ,
c u a n d o menos lo p e n s a m o s , u n a r b i t r i o p a r a volver al m u n -
do. U n francés que h a c o n s u m i d o g r a n p a r t e de su vida e n
p a s e a r el c a m p o d e los g o r r i o n e s , tuvo estos últimos dias la
d e s g r a c i a de que r e v e n t á n d o s e el globo aereostútico en que
hizo su ú l t i m o viage ; d e r r a m ó sobre la t i e r r a n o s o l a m e n t e
su p o b r e h u m a n i d a d , sino t a m b i é n una a t a r a z a n a e n t e r a que
l l e v a b a e n c e r r a d a e n el e s t ó m a g o . Sin t o p a r en r a m a v i n o
á p a r a r d o n d e n o s o t r o s estamos; y después que d u r m i ó el p o -
co vino que le h a b i a q u e d a d o , y p u d o repararse del dolor del
g o l p e , nos dio en la noticia de su muerte una bella idea de
esta n u e v a y a s o m b r o s a invención. N o sabré decir á V . si fue
m a y o r n u e s t r o e s p a n t o que n u e s t r a a l e g r í a : pues si p a r a unos
filósofos ranciosos debió ser a d m i r a c i ó n ver que y a los aires
se p o d i a n n a v e g a r sin p l u m a s ; p a r a unos h o m b r e s que t a n t o
deseaban que los aires fuesen n a v e g a b l e s , n o pudo h a b e r motivo
d e m a s c u m p l i d o gusto. Al i n s t a n t e t r a t a m o s de t r a z a r las m á -
q u i n a s : t o m a m o s lienzo de la m o r t a j a de un s e r r a n o , y nos
surtieron d e a b u n d a n t e m a t e r i a p a r a el gas las l a n a s d e un
doctor. D e n t r o de breves horas y a estaba t o d o listo p a r a m a r -
c h a r : y mi amigo A v e r r o e s , que ( M a h o m a se lo p a g u e ) como
es discípulo á la a n t i g u a , hace á favor de su m a e s t r o c u a n -
t o e n c o n t r a de los suyos suelen h a c e r los discípulos á la m o -
d e r n a , se ofreció al viaje p a r a el que y o mismo me prevem'a;
a l e g a n d o que n o e r a d e c e n t e que u n h o m b r e de mis anos y
c a r á c t e r anduviese v o l a n d o c o m o bruja.
F a l t a b a solamente e n c o n t r a r boquete por d o n d e desde es-
tos sirios se pudiese salir á la superficie de la t i e r r a ; p e r o el
m i s m o A v e r r o e s se a c o r d ó entonces que n o muy lejos de C ó r -
d o b a , su p a t r i a , h a y u n a g u j e r o , que según d i c t a m e n de las
gentes p e n e t r a h a s t a estas regiones. Pusimos en b u s c a r l o t o -
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da diligencia , y tuvimos la dicha de e n c o n t r a r e n b r e v e la
Sima de C a b r a : p o r allá a r r i b a se r e m o n t ó n u e s t r o buen
amigo, y nosotros quedamos á su e m b o c a d u r a e s p e r a n d o la v u e l -
t a , que a u n q u e p r o n t a , se hizo á nuestros deseos m a s que d i -
latada. V o l v i ó en fin á b a j a r por el mismo sitio: apeóse d e
la prodigiosa c a v a l g a d u r a , y poniéndose a m b a s m a n o s en la
cabeza en a d e m a n de a t ó n i t o , p r o r r u m p i ó e n estos gritos: " I n -
felices n o s o t r o s , que nos hemos m u e r t o a n t e s de ver el m u n -
do como está en estos d i a s , y que m u y t a r d e h e m o s a l c a n -
z a d o el d e s e n g a ñ o . N o s o t r o s , mis a m i g o s , hemos e r r a d o el c a -
mino de ser s a b i o s , p a s a m o s los dias en p e r t i n a c e s estudios,
velamos las n o c h e s en c o n t i n u a s m e d i t a c i o n e s , y toda n u e s -
t r a vida fue p a r a nosotros un í m p r o b o , y porfiado t r a b a j o :
perdimos la salud en la d e m a n d a , nos d e v a n a m o s la sesera,
malogramos el precioso t i e m p o , y p a r a escribir c u a t r o libra-
e o s , de que a h o r a n o se h a c e c a s o , n o p e r d o n a m o s t r a b a j o
ni fatiga. P e r o a h o r a , s e ñ o r e s , a h o r a se h a descubierto o t r o
nuevo r u m b o p a r a la s a b i d u r í a , a h o r a su c a m i n o n o ofrece
mas que flores: pero ¿ qué digo flores ? A h o r a la ciencia p r o -
duce doblones y d i s t i n c i ó n , sin t e n e r u n a b r o j o que pisar.
Aquella filosofía que a p r e n d i m o s nosotros á fuerza de t a n t a s
fuerzas, y que siempre confesamos n o h a b e r a c a b a d o de c o m -
prender, en el dia es negocio de t r e s a ñ o s : de éstos se g a s t a n
en vacaciones t r e i n t a m e s e s , dos de los r e s t a n t e s e n esperar
a\ catedrático , otros dos e n m u r m u r a r de los f r a i l e s , y los
dos que q u e d a n en escribir u n prólogo m u y l a r g o , y a p r e n -
der á n o d e c i r : sed, ni ergo, sino at, y igitur. C o n este a p a -
r a t o de erudición salen todos los dias unos fiiosofones c a p a -
ces de decidir sobre el A l c o r a n de M a h o m a : son bachilleres,
licenciados, doctores y c u a n t o les d a la g a n a . D e n t r o de n a -
da , como sea h o m b r e que a c o m o d e p a r a ciertas m i r a s , c á t a -
telo h e c h o catedrático con mas ínfulas que u n O b i s p o ; c o n
mas campanillas que u n a calesa : a c u d e n á la c á t e d r a u n c u a r -
to antes que se acabe la h o r a : h a c e n que se repira ad fasti-
dium u n a hoja de lección, que ellos n o e n t i e n d e n n i sus discí-
pulos e n t e n d e r á n : citan p a r a la n o c h e o t r a h o r a de repaso:
no h a y certificación como n o se a s i s t a : n o h a y asistencia c o -
mo no se p a g u e : no h a y p a g a que baje de u n d u r o ; y veis
aquí cómo se recompensa a h o r a el h a b e r p e r d i d o el t i e m p o p o r
solos tres a n o s ; y c ó m o cualquier filósofo d e a g u a dulce saca
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m a s r e n t a que u n m i n i s t r o que vela sobre la quietud p ú b l i c a ,
y e x p o n e su vida por defender la p a t r i a . N o se yo c i e r t a m e n -
te que la r e n t a de estos a l c a n c e á o c h e n t a ó n o v e n t a d u r o s
por m e s , n o o b s t a n t e que los pobres n o tienen la c u a r t a p a r -
te del tiempo p a r a disertar con las niñas que tienen los p r o -
fesores: h u b i e r a n a p r e n d i d o buen oficio. D e aquí es que p o r
S e v i l l a , como después o b s e r v é , a n d a n ios sabios m a s a b u n -
d a n t e s que las m a l v a s , los escritores t a n espesos c o m o ¡as p u l -
g a s , los eruditos t a n de sobra como, ios p e r r o s . Vierais allí
cuantísimo a u t o r , c u a n t í s i m o libro n u e v o , cuantísimo p a p e -
l o t e , cuantísima disertación , c u a n t í s i m a apología , cuantísi—
m a disputa , a u n q u e sea el por qué n o tienen vigotes los g a -
l á p a g o s . P a r a nosotros c o m p o n e r u n a o b r a , era obra de toda
l a v i d a : p e r o a h o r a no h a y cosa m a s fácil. En m e d i a hora
se escribe un curso de filosofía ecléctica, pues en haciendo un
p r ó l o g o con todas las d e s v e r g ü e n z a s que le q u e p a n c o n t r a t í ,
m a e s t r o m i ó , y c o n t r a tus discípulos; en poniéndonos de b á r -
baros tres veces lo m e n o s e n c a d a folio, y copiando y a de es-
t e , y a del o t r o a u t o r los párrafos e n t e r o s , mas que n o lle-
v e n conexión ni o r d e n , sale u n ecléctico de siete suelas. A h o -
r a se escribe u n a o b r a original en una noche t o m a n d o un d í s -
tico de J u a n O b e n , y s a c a n d o de é l , m a s que n o quiera salir,
u n a conclusión de m o r a l . A h o r a se h a c e una apología e c h á n -
dose al c o n t r a r i o a c u e s t a s el exorcismo del toro de san M a r -
cos. A h o r a se g a n a n doscientos ó trescientos reales con d a r á
luz pública c o m o propio el trabajo a g e n o , a u n q u e esté i m p r e -
so. ¡ Q u é cosecha de críticos! Á vuelta de c a d a esquina se e n -
c u e n t r a n á d o c e n a s : h a s t a los a g u a d o r e s son filósofos: h a s -
t a los
P o c o á p o c o , señor m i ó , le i n t e r r u m p í y o : V . lleva t r a -
z a de estarse h a b l a n d o m u c h o , y esas n o t i c i a s son mejores
p a r a después. S e p a m o s por a h o r a qué razón nos t r a e de lo que
h a ido á averiguar. L o único que he s a b i d o , r e s p o n d i ó A v e r -
r o e s , fue que y e n d o y o á e n t r a r por la puerta de C a r m o n a ,
vi a t r a v e s a r á u n costalero que llevaba á cuestas u n n e g r o
a t a ú d : movióme la curiosidad si t e n d r í a m o s o t r o h u é s p e d , le
p r e g u n t é que quién era el m u e r t o , y respondió que el i n s t r u -
m e n t o aquel iba á servir e n el e n t i e r r o de Aristóteles , que al
siguiente día 9 de m a y o se c e l e b r a b a e n N . N . Pues ¡ c ó m o ! le
p r e g u n t é s o r p r e n d i d o , ¿Aristóteles que h a dos rail años que mu-
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r i ó , se va á e n t e r r a r a h o r a ? ¿ A r i s t ó t e l e s gentil e n t e r r a r s e
en sagrado? E x p l í q u e m e , h o m b r e , eso mas b i e n ; p o r q u e y o n o
alcanzo este misterio. C o n responderme que él n o sabia m a s ,
se salió de la dificultad , y me dejó sumergido en u n a b i s m o
de dudas. E n t r e en Sevilla, y no h a b i a b a n c o de h e r r a d o r ,
ni t i e n d a de z a p a t e r o de lo v i e j o , donde n o se t r a t a s e de tu
e n t i e r r o , a m a d o m a e s t r o mió.
E n u n a de las l i b r e r í a s d e C a l l e - G e n o v a fue d o n d e vi el
m a y o r c o n c u r s o . M e puse e n a c e c h o de la c o n v e r s a c i ó n , y
p e r c i b í p o r fin q u e tu m u e r t e y e n t i e r r o habia d e ser e n tus
e s c r i t o s ; q u e unos i n g r a t o s discípulos t u y o s q u e n o p u d i e r o n
e n t e n d e r t e , se habían r e v e l a d o c o n t r a t í ; que deseosos d e
h a c e r g e n t e , y n o p u d i e u d o l o g r a r l a p o r sólidos estudios, q u i -
sieron Jiacerse famosos ( c o m o el que q u e m ó el t e m p l o efesi-
iio de D i a n a ) c o n e c h a r t e p o r t i e r r a ; que t o m a n d o de R e -
nato D e s - C a r t e s , Pedro Gasendo , Nicolás Malt-branche,
I s a a c , N e u t o n y otros a u t o r e s que ni ellos e n t i e n d e n , ni q u i -
zas ellos se e n t e n d i e r o n , h a n q u e r i d o ser P a t r i a r c a s de u n a
n u e v a filosofía, que llamase la a t e n c i ó n de los i g n o r a n t e s ;
y que viéndose c a d a vez m a s a t r a s a d o s e n su n u e v o p r o y e c -
to , habian buscado un s o c o r r o p o d e r o s í s i m o e n dos r e l i -
giosos N . N . , g r a n d e s m a e s t r o s e n la f a c u l t a d , d e los c u a -
les el u n o te habia herido m a l a m e n t e e n 15 de febrero d e
Í 7 8 3 , y el o t r o p e n s a b a e n r e m a t a r t e el c i t a d o día 9 de m a -
y o . Mudóse la c o n v e r s a c i ó n c o n h a r t o s e n t i m i e n t o m i ó ; p e -
ro habiéndose t r a t a d o después de d o n M a n u e l C u s t o d i o , q u e
fue tiempos p a s a d o s tu d i s c í p u l o , me a l e g r é d e saberlo p a r a
a c o n s e j a r t e que le escribas, que él es h o m b r e d e r a z ó n , y n o
se n e g a r á á d a r n o s noticia de todo c u a n t o p a s e ; pues y o f a l -
to en la ciudad de conocimientos é i n t r o d u c c i ó n , h o m b r e á r a -
be de diferente lengua y t r a g e , n o p u e d o p r e s e n c i a r todo lo
que fuera necesario p a r a i n s t r u i r m e p l e n a m e n t e .
N o sabré d e c i r á V . , a m i g o m i ó , c u á n t o sobresalto h a -
yan c a u s a d o e n mí semejantes noticias. C u a n d o y o a n d a b a
por el i n u n d o , n o habia sabio e n t o d a la G r e c i a q u e se a t r e -
viese á c h i s t a r d o n d e y o le o y e s e , y a h o r a c o m o m e v e n
viejo y c a í d o , m e d a n c o m o á t o r o m u e r t o g r a n l a n z a d a .
Por fin t e n g a m o s paciencia p o r a h o r a , y p e n s e m o s e n q u e
esos i g n o r a n t e s e n t i e n d a n que se las h a n c o n A r i s t ó t e l e s . E s
p r e c i s o t o m a r el consejo de A v e r r o e s , y v a l e n n e ( c o n la a y u d a
8
de V . ) de u n buen a m i g o que por lo m e n o s m e i n s t r u y a en
qué p e c a d o s he c a i d o , q u e asi me l l e v e n á r a n e s t r o n d o s o
suplicio. Sabe V . n o es j u s t o que m u e r a i n d e f e n s o : n o se me
h a c i t a d o ; y de m i delito n o t e n g o m a s noticias que la de
e s t a r c o n d e n a d o á m u e r t e . P o r lo que le pido á V . y le c o n -
j u r o d e p a r t e de J u a n O b e n ; p o r la h o m b r í a d e bien que t a n -
to o s t e n t a e n sus a p o l o g í a s ; p o r la leche que m a m ó de mis
c a t e g o r í a s , y p o r c u a n t o t e n g o de a m a b l e e n ese m u n d o , q u e
h a g a p o r d o n d e v e n g a n á m í p o d e r los a u t o s , e n vi->ta d e
los cuales h e sido s e n t e n c i a d o , q u e quiero pedir y a l e g a r e n
c o n t r a , m a s que m e e n t i e r r e n setecientas veces.
E s t e favor espero d e la b u e n a a m i s t a d de V".; y si en el
país e n d o n d e h a b i t o , c o n t e m p l a h a y cosa que puede s e r -
v i r l e p a r a sacudir las m o s c a s á los c u r a s , n o t e n g a d i f i c u l -
t a d e n a v i s a r m e , c o n t a n d o e n mi p e r s o n a con un a p a s i o n a -
d o s e r v i d o r que le desea t a n t o s años de vida, c u a n t o s él cuen-
t a d e s e p u l c r o . —Aristóteles Estagiritct.
P. D. E l p o r t a d o r d e esta es A v e r r o e s : b a s t a esto p a r a
q u s e n t i e n d a ser p e r s o n a de mi m a y o r s a t i s f a c c i ó n , y q u e
n o d e s m e r e c e la suya. Si se hiciere el e n t i e r r o , s í r v a s e V".
p a g a r los g u r u l l a p e s , pues n o i g n o r a que solo el i n t e r é s los
lleva á e n t e r r a r m e , y n o q u i e r o c o n esa g e n t e d i s p u t a e n
m a t e r i a de m a r a v e d i s e s , p o r q u e e n eíia r e c o n o z c o q u e m e
son s u p e r i o r e s .
9
CARTA IL
A, .migo y s e ñ o r : m u c h o mas t a r d e de ío q u e d e s e a b a , l l e
garon á mi poder la m u y a p r e c i a b l e de V . y los dos p a p e l o
nes que con ella me r e m i t e . C o m o y o le habia pedido me e n
viase ios p r o c e s o s , en v i r t u d de los cuales h a b i a sido s e n t e n
ciado ; luego que vi los dos abultados v o l ú m e n e s q u e me trajo
A v e r r o e s , me p a r e c i e r o n no y a u n o s a u t o s , sino los c i n c u e n
t a líbeos de las P a n d e c t a s . E l p o r t a d o r me sacó de esta i g
n o r a n c i a , a s e g u r á n d o m e que n o e r a el e n v o l t o r i o , ni sumaria,,
ni libros, sino dos papeles de conclusiones que c o n t r a las a l
g a r a b í a s de mi d o c t r i n a y las de mis d i s c í p u l o s , se h a b i a n sos
renido en la casa g r a u d e de san N . de esa ciudad. C u á n t a
fuese mi a d m i r a c i ó n e n aquel e n t o n c e s , n o puedo explicar á
V . b a s t a n t e m e n t e . C o m o en mis t i e m p o s se t r a b a j a b a t a n t o
p a r a descubrir u n a sola v e r d a d , y se tenia por dichoso cual
q u i e r a sabio, que al fin de u n a vida e n t e r a del m a s p e r t i n a z
e s t u d i o , se h a l l a b a en disposición de sostener c u a t r o ó cinco
theses ó p r o p o s i c i o n e s , me llené de a s o m b r o , c u a n d o e n t e n d í
que doi h o m b r e s que a p e n a s t o c a r á n en los t r e i n t a y seis a ñ o s ,
h a n tenido espíritu p a r a p r o p o n e r á u n a públics d i s p u t a t a m a
multitud de aserciones, y algunas de ellas tales, que con todos
los años que y o llevo de vivo y de m u e r t o , a u n n o m e hallo
capaz de sostenerlas. Ya me iba i n c l i n a n d o á que en estos días
se h a b r í a descubierto a l g ú n i m p o r t a n t e s e c r e t o , p o r d o n d e
en c u a t r o s e m a n a s se habilitasen los h o m b r e s p a r a h a b l a r con
acierto sobre t o d a s m a t e r i a s ( pues las theses sobre todas h a
b l a n ) c u a n d o el m i s m o Averroes me p r e v i n o que n o fuese t a n
sencillo: que el secreto que a h o r a se s a b i a , t o d o se reducía,
том. v. 2
10
á s a b e r a p a r e n t a r : que semejantes theses se t o m a b a n de uno ó
m u c h o s liaros : que p a r a defenderlas n o h a b í a mas t r a b a j o
que e m p l e a r , que copiarlas y hacerlas imprimir de s e g u n d a ,
sin meterse en la m a j a d e r í a de estudiarlas: que el acto so.ia
ser de c u m p l i m i e n t o : que a u n q u e no lo fuese, al a r g u m e n t o
m a s serio se le r e s p o n d i a c o n c u a t r o sales de P l á u t o y u n a
fábula de E s o p o ; y que al fin las conclusiones p a s a b a n en un
dia , y q u e d a b a un testimonio eterno- á favor del d e f e n s a n t e
en lo> papeles, i b a A v e r r o e s á h a c e r m e manifiesto e n ellos
tnismos m u c h a p a r t e de lo que a c a b a b a de d e c i r m e ; y t o m ó
el primero p a r a t r a d u c í r m e l o ; pues como en mi tiempo y e n
mis países n o se c o n o c í a la lengua l a t i n a , es m u y poco el uso
que lie a l c a n z a d o de ella. Yo tenia f o r m a d o un excelente c o n -
c e p t o de los dos p a p e l e s ; le fui á la m a n o al i n s t a n t e , h a -
ciéndole ver que era temeraria presunción el que él quisiese
t r a d u c i r l o s : le r e c o r d é que ni él, ni sus c o m p a n e r o s , ni todos
c u a n t o s en los sigios posteriores h a b í a n seguido mi d o c t r i n a ,
supieron m a s que u n a g r a m á t i c a p a r d a , u n latin m a z o r r a l , y
u n a elocuencia de precisiones: que a h o r a , c u a n d o las bellas
l e t r a s e s t a b a n restituidas á su e x p l e n d o r n a t i v o , se h a b l a r í a
y escrioiria u n latin quizá mejor que el del siglo de A u g u s t o ;
y que si era tal c o m o me p r e s u m í a el de las conclusiones, s e -
r í a u n a c o m p a s i ó n que un á r a b e b á r b a r o tocase con sus i n -
m u n d a s m a n o s á las Musas Sevillanas a c a b a d a s de vestir de
limpio, y se expusiese al sonrojo de n o poder e n t e n d e r ni u n a
p a l a b r a . Mis razones fueron p a r a él de t a n t a f u e r z a , que sin
p e r d e r t i e m p o me obligó á que fuésemos á bascar al mejor
m a e s t r o de la lengua l a t i n a que se hallase en estos países. D i -
mos al fin con M a r c o T u l i o , mi a n t i g u o a p a s i o n a d o , h o m b r e
i m p a r c i a l , y que e n la m a t e r i a pienso que tiene voto. Después
de \ O Í saludos regulares le dimos c u e n t a del fin que nos había
conducido á su p r e s e n c i a ; le suplicamos se t o m a s e el t r a b a j o
d e e x p l i c a r n o s qué q u e r í a n decir aquellos asertos, y por si e n
ei¡o> e n c o n t r a b a a l g u n a cosa que le e n m e n d a s e la p l a n a , le
a ñ a d i m o s n o e x t r a ñ a s e que la lengua l a t i n a hubiese q - i z á a d -
quirido mas h e r m o s u r a al c a b o de t a n t o s años de estudio so-
b r e ella, de t a n t o s planes de e n s e ñ a r l a , de tantos métodos de
c o m p o n e r l a , c o m o en estos dias se están viendo e n t a b l a r . T o -
m ó los p a p e l e s , los h o j e ó , leyó a l g u n a s cosas p a r a sí, y c e r -
r á n d o l o s de r e p e n t e , se vino el buen viejo p a r a m í con los
brazos a b i e r t o s ; y con los ojos lleno ; de l á g r i m a s d á n d o m e un
1
a b r a z o e s t r e c h o , p r o r r u m p i ó en estas p a l a b r a s : ¡ Ay A r i s t ó -
teles de mi a l m a ! que n o es contra tí c o n t r a quien se d i r i g e n
estos golpes. Yo solo soy el v e r d a d e r o m u e r t o : el e n t i e r r o q u e
se ha h e c h o , es el mió. Si h a s t a la p r e s e n t e he vivido e n el
m u n d o en la lengua de a l g u n o s , y a llegó p a r a m í la ú l t i m a
hora. ¿Ves estos dos papeles? Pues en ellos se m e d a n por c i -
ma de q u i n i e n t a s heridas m u c h o m a s a t r o c e s , que l a s q u e d i -
vidieron de sus h o m b r o s mi c a b e z a : mi lengua q u e h a sido
todo mi c a u d a l , tiene m a s p i c a d u r a s que las que p u d o d a r l e
la m u g e r de M a r c o A n t o n i o mi e n e m i g o ; y los solecismos y
b a r b a r i s m o s que h a n a m o n t o n a d o c o n t r a m í , e c h a n sobre mi
sepulcro un m o n t e mas p e s a d o , q u e el que J ú p i t e r e c h ó s o -
bre ios gigantes.
Puede V . , a m i g o m i ó , h a c e r s e c a r g o de qué tales q u e d a -
ríamos n o s o t r o s , viendo l a m e n t a r s e de este m o d o á n u e s t r o
amigo C i c e r ó n . P o r lo que á mí hace , le a s e g u r o á V . q u e
m e parecía sueño c u a n t o me p a s a b a , y n o podia a c a b a r m e d e
persuadir á que fuese C i c e r ó n quien decia esto. Averroes p o r
el c o n t r a r i o lo hubo d e t o m a r á p u l l a , y luego que del m o -
do que p u d o , consoló al pobre v i e j o , e m p e z ó á h a c e r l e c a r -
gos de que mirase lo que d e c i a : que él a c a b a b a de venir d e
Sevilla, d o n d e se p e n s a b a m u y al c o n t r a r i o : que hombres que
por su elocuencia h a b i a n a l c a n z a d o los t í t u l o s , u n o de divi-
no y o t r o de chrisólogo ( piquito de p l a t a ) e r a n de dictamen q u e
n o se habia visto cosa de mejor gusto ni mas fina c r i t i c a , q u e
aquellas conclusiones , que como tales e r a n celebradas por ellos
y por una inmensa multitud de gentes que a d o r a b a n al divino,
y pendían de la boca del chrisólogo: que n o se dejase t r a n s -
p o r t a r t a n t o de la e n v i d i a que defraudase de su m e r e c i m i e n t o
á ios eruditísimos autores. ¡ Q u é chrisólogo, n i ' q u é divino, ni
qué c a l a b a z a s ! respondió C i c e r ó n : es imposible que hombres
que a p l a u d e n esto, e n t i e n d a n siquiera la lengua castellana. Oi-
gan V V . ( r e s p o n d i ó un pelafustán q u e e n esa ciudad h a b i a
sido pirnporrero de u n j a b a r d i l l o de m ú s i c o s ) , y o conozco al
uno y al o t r o s u g e t o , de quienes V V . h a b l a n , y á o t r o s m u -
chos de su mismo j a e z ; y en lo poco que e n t i e n d o , puedo a s e -
g u r a r á V V . que he visto dos traducciones del divino, que p o r
voto de algunos inteligentes n o p u e d e n ser n i a u n del h u m a -
n o . H e oido del m i s m o m u r m u r a r á u n c o m p a ñ e r o mío aficio-
Í 2
n a d o al latin , que n o sabe hacer mas que poner pedazos del
señor C i c e r ó n que me está o y e n d o , y luego les añade o t r o s
pedazos suyos que se p a r e c e n los unos con ios o t r o s , como la
cruz de los Polaineros con la falúa del resguardo. Y t a m b i é n
h e sabido que y e n d o u n a vez á predicar (me lo c o n t ó un frai-
le amigo m i o ) en cierto c o n c u r s o , todo el mérito de su ser-
m ó n consistió en llenarlo de terminacos a n t i g u o s , como si e s -
tuviese h a b l a n d o con la m a d r e del Cid C a m p e a d o r . D e ! o t r o
n o h a y que decir sobre lo dicho acerca d e este-, que es r e p u -
t a d o por m a e s t r o y c o n d u c t o r .
N o hicimos caso de lo que aquel h o m b r e decía, y p e d i m o s
á Cicerón que pues él conoeia los d e f e c t o s , se tomase el t r a -
bajo de a p u n t a r n o s si juiera algunos de los mas visibles, p a r a
p o d e r yo escribírselos a V . y a l e g a r c o n t r a esos P a d r e s d e
nulidad d¿ autos. R e p u g n ó al p r i n c i p i o ; pero al fin lo v e n c i -
mos Tomó el primer p a p e l , y omitiendo el t í t u l o . y d e d i c a -
t o r i a por respeto á aquel i n c o m p a r a b l e s a b i o , á quien se c o n -
s a g r a b a , e m p e z ó á leer el a s e r t o , y á hacer su crítica en la
siguiente f o r m a Ex prolegomenis, lín. 1 . , p r i m e r a p a l a b r a ( p a -
a
P. D. Al p a s a r Averroes p o r la M o n c l o a se e m p e ñ ó c o n él
el v e n t e r o , p a r a q u e un hijo que h a e n v i a d o á esa U n i v e r s i d a d
p a r a que a p r e n d a á e c h a r paja y c e b a d a , v u e l v a á su casa
c o n la certificación del a ñ o d e estudios. L o s c a t e d r á t i c o s n o
se la quieren d a r m i e n t r a s n o p a g u e por entero este mes de
m a y o . Sírvase V . p r e s t a r l e al chico los veinte r e a l e s , q u e su
p a d r e es h o m b r e que s a b r á c o r r e s p o n d e r .
CARTA III.
v e n e r a d o a m i g o : n o creía y o tuviese V . c o r a z ó n p a r a
h a b e r m e p r i v a d o del consuelo d e ver sus l e t r a s , d e j a n d o q u e
Averroes se viniese sin c a r t a ; y m u c h o m a s c u a n d o p o r el t e x -
to de la a n t e r i o r v e n d r í a e n conocimiento de lo fatigado que
m e h a l l a b a , s u m e r g i d o h a s t a el pescuezo e n el fango de t a n -
t o solecismo y b a r b a r i s m o c o m o se sirvió de i n g e r i r e n su p a -
pel el r e v e r e n d í s i m o P . N . M e p e r s u a d o á que pues V". n o m e
escribió le sería imposible el h a c e r l o ; p e r o le suplico, c o n c u a n -
tas veras le puedo s u p l i c a r , n o use m a s c o n m i g o de s e m e j a n -
te d u r e z a ; y c u a n d o n o t e n g a lugar p a r a o t r a c o s a , m e dé
siquiera aviso del estado de su s a l u d y negocios. L o s míos y a
v é V . que v a n c o n m u c h a m a s p a c h o r r a que lo que y o q u i -
s i e r a ; pues sin saber c ó m o ni por d ó n d e , me he visto e n la
precisión de ser m a e s t r o de g r a m á t i c a de mis e n t e r r a d o r e s ,
y distraerme á p u n t o s á g e n o s de mi i n t e n t o y f a c u l t a d : p e r o ,
a m i g o m i ó , t e n g a m o s p a c i e n c i a pues la s u e r t e lo quiere así;
y vamos a p l i c a n d o el h o m b r o á ver si en e s t a c a r t a p o d e m o s
concluir con lo que p e r t e n e c e á musa, musce.
E n la a n t e r i o r , si m a l n o m e a c u e r d o , i n t e r r u m p i m o s
nuestra crítica en el p a r á g r a f o de ratiocinatione. T o m e m o s pues
el cabo desde a q u í , y oiga V . ello por ello lo que sobre el p a r -
ticular oimos nosotros al señor C i c e r ó n . N o t ó , en p r i m e r i u -
g a r , que en la lín. ó , v e n i a n silogismos, y entimemas con i
latina, pudiendo el P . y sabiendo ( como p i a d o s a m e n t e s u p o n -
g o ) que debian ponerse con la g r i e g a . A la lín. 1 2 , se p a r ó
C i c e r ó n ; leyó hasta c u a t r o veces las siguientes p a l a b r a s : /20c
frincipíum genérale: pr<smissa dsbent continere conclusionem. Y
20
h a b i é n d o l a s l e í d o , dijo á A v e r r o e s que le hiciese el favor de
ir por coda la v e c i n d a d , á ver si por casualidad e n c o n t r a b a
un verbo con que se pudiese a p u n t a l a r a niel hoc principium
generóle, que se e s t a b a c a y e n d o deí papel, tí izóse así ; p e r o
viendo que todos los verbos de mas arriba y m a s abajo e s t a -
b a n o c u p a d o s , n o tuvimos de donde echar m a n o . Si V. quie-
re hacer esa buena o b r a , sáqueio de cualuuier D i c c i o n a r i o , y
póngaselo de limosna, que no lo perderá. A la lín. I +, e n c o n -
t r ó Cicerón con un e m b o z a d o q u e por mas que lo quiso d e s -
cubrir n o logró c o n o c e r l o , y nos aseguró con toda f o r m a l i -
d a d que ni a u n en las o b r a s de M e r l i n C o c a y o había visto á
latáis, de que se sirve el P . N o le sucedió así á falaciiis, que
viene en la lín. 2 í t a n d i s f r a z a d o , que p a r a c o n o c e r l o fue
n e c e s a r i a t o d a la h a b i l i d a d y experiencia de este buen l a t i n o .
V e n VV. a q u í , nos dijo, lo que h a c e el ser un h o m b r e m a -
n í - r o t o : el P. h a g a s t a d o las // con t a n t a g e n e r o s i d a d , que
c u a n d o Üegó la h o r a de p o n e r á fallada, fallada con dos, se
halló que no tenia m a s que u n a que d a r l e , p o r h a b e r e m p l e a -
d o las o t r a s c o n t a n larga m a n o ; p e r o p a r a que también v e a n
VV. que su revendísima n o quiere q u e d a r s e con n a d a de n a -
die , viendo que n o t e n i a dos / / , le echó un p u ñ a d o de iii,
d e modo que falaciiis lleva t r e s . A p l a u d i m o s Averroes y yo
esta g e n e r o s i d a d , y pasó Cicerón á las líneas 2-r , 25 y 27,
d o n d e salen á cuentas y p a r t i c i ó n ios ajos h e m b r a s ó las ajas;
p e r o como y a los h a b í a m o s visto o t r a s veces n o nos causó n o -
vedad. En la lín. 2 8 nos puso dessunt en sospecha, de que una
s que llevaba de mas quizá sería h u r t a d a , ó que tal vez el P .
p o r compasión se la d a r i a de l i m o s n a ; p a r a que si h a s t a aquí
h a d i c h o el pobre verbo — y o f a l t o , desum: diga de aquí e n
a d e l a n t e — yo t e n g o de sobra.
Se a c a b a r o n los disparates de esta p l a n a por haberse a c a -
b a d o los r e n g l o n e s , y pasó nuestro t r a d u c t o r á la s i g u i e n t e ,
d o n d e lín. 3 , se e n c o n t r ó con este r a s g o de e l o c u e n c i a : inu—
tiliter tempus ferant. Fero, fers, d i j o , significa llevar , sufrir,
decir, y t a n t í s i m a s o t r a s cosas que y o n o sé como este e r u -
d i t o P . pudo e n c o n t r a r m o d o de p o n e r l o , sin que él fuese
b u e n o p a r a significar lo que queria d e c i r ; pero p o r fin él se
h a salido con la s u y a , y p a r a decir g a s t a r el tiempo i n ú t i l -
m e n t e inutiliter tempus tereré, h a usado de fero, que todo lo
p u e d e menos eso. £ n la lía. siguiente está nolliní c o n dos U. Ya
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parece que le h a n t r a í d o mas surtido de ellas : c o n eso si se
vuelve á ofrecer falaciis, n o saldrá el p o b r e con sola una m u -
leta- E n la lín. 7 vimos a C i c e r ó n que e m p e z ó á d e m u d a r s e ,
y nos temimos que quizá q u e r r í a darle a l g ú n accidente , s e -
gún se nos puso el pobre hombre. ¿ Q u é es e s o ? le p r e g u n t ó
A v e r r o e s , ¿ te has p u e s t o m a l o ? Quieres que v a y a a l l a m a r -
te a Avicena ? Q u é ha da s e r , s e ñ o r e s , respondió. ¿ V V . s a -
ben lo que me he e n c o n t r a d o a q u í ? ¿ E s acaso a l g ú n tigre?
le pregunté yo. T o d a v í a es p e o r , m e respondía él. Pues sin
duda es a l g ú n d o c t o r del t i e m p o , replicó A v e r r o e s , que se
h a b r á a p a r e c i d o e n t r e esas letras. E s , dijo C i c e r ó n , u n í'hi—
losophi abstineantur, el m a y o r disparate que se habrá oído e n -
t r e hombres de bien , el barban',¡no mas g a r r a f a l que h a b r á
s:it\ido la lengua l a t i n a , el solecismo de m a r c a m a y o r que se
h a fabricado en el m u n d o ; es en u n a pieza, ademas da ser p a -
l a b r a e x t r a n g e r a , un solecismo cornudo. ¿ Q u é quiere d e c i r
cornudol le p r e g u n t ó Averroes. ¿ N o l l a m a n V V . al D ü e m m a
silogismo cornudo porque hiere con dos p u n t a s ? Sí señor, res-
pondimos. Pues por e^o mismo le ¡lamo yo á este solecismo
cornudo, porque es solecismo de dos cuernos. E s solecismo,
p o r q u e siendo v e r b o de significación c o g n a t a n o debió p o n e r -
se en pasiva: es solecismo, p o r q u e aun c u a n d o tuviese p a s i v a ,
como los filósofos son los que se h a n de a b s t e n e r , ó por d e -
cir mejor , los que h a n de a b s t e n e r su estudio , aplicación ó
lo que el P . quisiere, ab invesúgandis & c ; los filósofos son p e r -
s o n a que h i c e , y esta no se pone en n o m i n a t i v o en pasiva.
M u c h o nos detenemos y el p a p e l c a d a vez va d a n d o mas.
de sí: lo que V V . pueden h a c e r es t i r a r m e de ¡a toga c u a n -
do me pare demasiado, p o r q u e si n o , me t e m o que nos h a d e
coger con las m a n o s en la m a s a el dia d e la m a g n a r e v o l u -
ción de Hesiodo. C o n que asi n o nos m e t a m o s c o n u n com-
prehiiidoruin que está e n la lín. 8 , q u e , p o r si n o lo s a b í a -
mos . nos avisa que el P. M t r o . n o sabe conjugar; p o n g á m o s -
le comprehendendorum que el P . no d e j a r á de a g r a d e c e r l o . P a -
sen o t r a vez las señoras ajas en la lín. 1 3 , y si n o quieren
e n c o n t r a r s e con los a;os m a r c h e n a p r i s a , p o r q u e ya les vie-
nen en alcance dos líneas m a s abajo. P a s e n o t r a s cosas s o -
b r e que ya hemos hecho a l t o , y a l g u n a s sobre que no l o q u e -
remos hacer; y v a m o n o s c o r r i e n d o á la p l a n a siguiente, d o n -
d e en la lín. 4 me está a g u a r d a n d o alliud, que sin d u d a h a
22
v e n i d o de! O r i n o c o no m a s de p o r d a r n o s r u i d o : á mí n o me
lo ha de d a r y a , déselo a! P . , quien si tuviere á bien d e c i r -
nos quien e s , le d a r e m o s las gracias. A la lín. 7 está predi*-
cati sin d i p t o n g o ; h a y e s p e r a n z a s de que llegue á su tiempo;
u n a flota de ellos. T e n g a s e presente p a r a e n t o n c e s y r e m e -
diaremos e s t a necesidad. H a c i a el fin de te p l a n a v a n otras
pocas de a j a s : buen viaje señoras j m a n d e n V V . en que
les sirva. E n la línea p e n ú l t i m a está prodúcete según p a r e c e
en infinitivo : es l á s t i m a que n o traiga verbo d e t e r m i n a n t e .
N o nos d e t e n g a m o s e n llorar estas l á s t i m a s , que eso viene á
ser solecismo m a s ' ó m e n o s .
P l a n a siguiente lín. 5 h a y o t r o infinitivo, nuevecito, ñ a -
m a n t e , dice a s í : meditare: p o r poquito io a c i e r r a , si c o m o le
dio en el pie le h a d a d o en la p a t a ; todo consistió en h a b e r
p u e s t o u n a i e n lugar de la e, pues es verbo d e p o n e n t e . Contra
sic argumentor, dijo entonces A v e r r o e s , r e m a n g á n d o s e el a l q u i -
cel, y a l a r g a n d o el b r a z o y el dedo; ex or f.nitis activam fingi-
to vocem: ergo m u y bien dicho meditare. ¿ D ó n d e has a p r e n -
dido á a r g ü i r así ? p r e g u n t ó C i c e r ó n . E n la U n i v e r s i d a d , r e s -
p o n d i ó el o t r o , que allí se a p r e n d e n m u c h a s cosas b u e n a s .
E n la c á t e d r a de P r i m a de T e o l o g í a sé y o que se h a e n s e ñ a -
d o su c a c h o de m a r c i a l i d a d ; y m u y bien h e c h o : p o r q u e á d ó n -
de v a m o s á p a r a r con que un e s t u d i a n t e , que m a ñ a n a lia d e
ser c u r a , salga por esas calles con dos d a m a s al lado y sea l a
irrisión de todo el m u n d o , sin saber qué lado debe d a r l e s , qué
p a s o d e b e l l e v a r , con qué m a n o h a d e a g a r r a r el s o m b r e r o ,
c u á n t o s dedos ha de m e t e r en la pila p a r a d a r a g u a b e n d i t a ,
y cuál de las p a t a s h a de s a c a r p a r a hacerles u n a cortesía á
la francesa? S e ñ o r e s , dije y o , ¿nos hemos de e t e r n i z a r en es-
t o ? Si se m e t e n o t r a s conversaciones n o s a l d r e m o s del a s u n -
t o en m u c h o s años. Sirva de d e s c a n s a d e r o , dijo C i c e r ó n , y
sigamos. E n la lín. 17 viene suposito con una p sola: así m a r -
c h a r á mas ligero. E n la lín. 2 0 y 2 3 alliquod con dos //. V e -
r á n V V . si n o nos h a c e n falta p a r a e n adelante. Z a f a r r a n -
c h o , s e ñ o r e s , que á la lín. 2 9 viene a s o m a n d o u n a p r o c e -
sión g e n e r a l d e a j a s , a j o s , s o l e c i s m o s , b a r b a r i s m o s , d i s p a -
r a t e s , y t o d a c u a n t a m a l a c a n a l l a se puede i m a g i n a r ; allá va:
allias ex alliis legitimas illationibus deduce. ¿ V e n V V . la p r o -
cesión? D e l a n t e v a n las a j a s , como en las cofradías de ma-
d r u g a d a , allias: detras los ajos c a u s a n d o devoción con sus bar-
bas l a r g a s , ex álliis: mas atrás viene u n a h e r m a n d a d n u e v a ,
hecha e n t r e legitimas é illationibus : el i m p e r a t i v o d e deduco
viene con la r o p a que le a r r a s t r a de presente. N o falta m a s
sino que viniera u n a a l b a r d a por p e n d ó n p a r a que la p r o c e -
sión fuese completa. ¿ H a n visto VV". qué c o n c o r d e va íegiti-
mus n o m i n a t i v o , s i n g u l a r y masculino , c o n illationibus a b l a -
t i v o , plural y f e m e n i n o ? ¿ N o ven VV". á deduce la g a r n a c h a
que lleva puesta c o n aquella e de mas? Q u i e n n o lo c o n o c i e -
re que lo c o m p r e .
T i r ó l e e n t o n c e s A v e r r o e s á Cicerón de la t o g a , e n t e n d i ó
él y volvió la hoja á la p l a n a siguiente. A la l í a . 5 vio m a s
a j o s , p e r o n o quiso meterse con ellos. A la Un. 7 t r o p e z ó
c o n ut llevando la oración á indicativo : l l é v e l a , dijo , el P .
á d o n d e le dé la g a n a ; si mi consejo valiera podia llevarla
al pilar y con eso se refrescaría. A la lín. 2 1 está el per p e -
l e á n d o s e con su c a s o , y picándole la r e t a g u a r d i a de está m a -
n e r a , perconsequens; sino e s , que es a l g ú n n o m b r e nuevo que
la g e n e r o s i d a d del P . M t r o . quiera regalar á la l e n g u a l a t i -
n a . P o r debajito de él v a o t r a r i s t r a de a j o s : es de p r e s u -
m i r aue con t a n t o arasto se e n c a r e z c a n . L í n . 2 5 , está en no—
m i n a t i v o la p e r s o n a que p a d e c e , y la o r a c i ó n es de a c t i v a :
ó i g a n l a V V . : regularum, quee Amoldas assignavit. Puede s e r ,
respondió A v e r r c e s , que el quee sea acusativo; y a u n q u e en t a l
caso es preciso que esté e n t e r m i n a c i ó n n e u t r a , p u e d e t a m b i é n
h a b e r sucedido que regula, l<z, h a l l á n d o s e m a l c o n a q u e l l o
d-e A primtz í r r e , se h a y a ido á vivir á A plurale est neutrum.
E l P . puede h a c e r e s o , dijo C i c e r ó n , y o t r a s m u c h a s cosas"
m a s , y y o desde ahora le c e d o c u a n t a s facu/rades m e c o m p e -
t e n sobre la lengua l a t i n a , p a r a que h a g a de ella lo que se
le antoje.
S i g a m o s : p l a n a s i g u i e n t e , l í n . 4 está u n assertare que vo
n o lo c o n o z c o ; y si significa acertar ( que t o d o p u e d e s e r ) ,
es e n e m i g o c a p i t a l del P . Allí m i s m o está atenúo c o n u n a í
de menos; quizá le habrán dado en ella algún balazo. Si / e
hace falta p a r a a l g u n a c o s a , á bien q u e e n la lín. 1 9 viene
cassus con u n a s d e sobra: q u e se la p r e s t e , y luego él la c a m -
bie en el b a r a t i l l o de las l e t r a s . A la l í n e a p e n ú l t i m a v a si-
iogisticam c o n i l a t i n a , p o r q u e el P . h a r e ñ i d o c o n el y p s i -
l o n , y lo tiene s e n t e n c i a d o á q u e h a d e i r f u e r a d e su sirio.
P l a n a siguiente se r e p i t e p o r dos v e c e s l a m i s m a o r t o g r a f í a ,
y e n la línea 5 viene un demnnstractiow* ':.¡vi:i \:
:
como una
casa V a y a , a p u e s t o un o e n a v o a que ct L . p L u .¡ que es de-
r i v a d o de trato., ¡lis, xi.etum. v q u e d e con»it»uiente 1 2 0 sabe
lo que significa. Dejémonos de a p u e s t a s , di ¡o A ver roe >: lo
c i e r t o e s , que demonstractio suena m a s r e t u m b a n t e que cie-
monstratio; y bien h a y a ei a l m a de quien es aficionado a re-
t u m b a r . Si y o t u v i e r a u n a botija Dejémonos de eso, dije v o ,
y s i g a el s e ñ o r C i c e r ó n , pues según p a r e c e , nos q u e d a a u n
el rabo p o r desollar. A la lín. 13 viene con v procabilior; si
se ofrece h a c e r l e i n f o r m a c i o n e s , lo t e n d r á n p o r hijo de Ja
c u n a , y no p o r hijo de probabilis y nieto de probo. A la lín.
1 6 viene t a m b i é n chriterium c o n h: que me a p e d r e e n si no
es h u r t a d a . E n las 2 0 y 21 esta methaphisica sin el ypsilon:
p u e d e ser que luego p a r e z c a c u m p l i e n d o su p e n i t e n c i a . E n la
p e n ú l t i m a alliud. ¡ Q u e no p o d a m o s c o n o c e r á este s e ñ o r de
las dos m u l e t a s ! ¿Y quién nos m e t e e n eso? dijo A v e r r o e s :
p e r o pues lleva dos p a l o s , p u e d e ser q u e sea P e r i q u i l l o ei de
los p a l o t e s -
D e j e m o s , p r o s i g u i ó C i c e r ó n , un p u ñ a d o de / / l a t i n a s que
v i e n e n s u p l i e n d o p o r las o t r a s , y v a m o s á la o t r a p i a ñ a d o n -
de á la lio. 15 se halla e s t a m p a d a la siguiente o r a c i ó n : su-
pradictas relaiionis rejicimus. Ai P . se le h a b r á h e c h o e s c r ú -
p u l o el que n o ha puesto t o d a v í a e n genitivo la p e r s o n a que
p a d e c e , y t e m e r á con r a z ó n que dé c o n t r a él una queja es-
t e c a s o , que es t a n bien n a c i d o c o m o los o t r o s , p e r o p a r e -
ciéndole que es c a r g o de c o n c i e n c i a d e s a i r a r s i e m p r e , s i e m -
p r e , s i e m p r e al a c u s a t i v o , lo que h a h e c h o h a sido p a r t i r ¡a
d i f e r e n c i a , p o n i e n d o á relationis en el p r i m e r o , y á supra-
dictas en el s e g u n d o ; y p a r a que los n ú m e r o s t a m p o c o se t e n -
g a n e n v i d i a , e n c a j a u n o e n el s i n g u l a r , y o t r o en el p l u r a l ,
í t e m : h a h e c h o u n g r a n servicio al idioma l a t i n o , que h a s t a
a q u i n o c o n t a b a m a s que tres g é n e r o s de c o n c o r d a n c i a s : aho-
r a c o n esta tiene c u a t r o ; y c o n las o t r a s que hemos a d v e r -
tido y a l g u n a s o t r a s que t e n e m o s que a d v e r t i r , sucederá q u e
t e n g a c u a r e n t a . E n la última conclusión de esta p l a n a p u e d e
ser q u e falte u n verbo; si f a l t a r e , que lo p o n g a el l e c t o r , que
n o lo ha de h a c e r el P. todo.
V a m o s á la p l a n a siguiente , y d e j a n d o en ella a l g u n o s
e s c r u p u l i l l o s , p a r e m o s en la lín. 1 2 , d o n d e se verifica mi
p r o f e c í a a c e r c a de las c o n c o r d a n c i a s : dice nullus roboris. A b o -
25
ra me lia o c u r r i d o u n p e n s a m i e n t o , que si tal vez se lo a p u n
tasen al eruditísimo a u t o r , lo a d o p t a r í a , y se h a l l a b a , a mi
p a r e c e r , c o n u n arbitrio el mas lindo p a r a h a c e r s e famoso
en el m u n d o . Podia seguir el genio o r i g i n a l que t i e n e , e s c r i
bir u n a nueva g r a m á t i c a s a c a d a de su c a l e t r e , y h a c e r s e m a s
célebre p o r esta i n v e n c i ó n , que el o t r o que i n v e n t ó que los
h o m b r e s a n d u v i e s e n á g a t a s . ¿ N o les p a r e c e á V V . ? H a es
tado ingenioso el a r b i t r i o , r e s p o n d i m o s n o s o t r o s ; p e r o la d e s
g r a c i a es que se p i e r d e n é inutilizan e n t r e los h o m b r e s los
m e j o r e s t a l e n t o s p o r n o s a b e r seguir su v o c a c i ó n . E n la m i s
m a l í n e a , p r o s i g u i ó T u l i o , viene Atheistte: q u i z á p e n s a r í a el
P . que estaba h a b l a n d o e n c a s t e l l a n o , y lo p u s o e n l u g a r d e
Athei. Dos líneas m a s abajo dice a s í : invictissimis potest de
monstran. ¿Qué invictísimos son estos? S e r á n , r e s p o n d i ó A ver
r o e s , e g é r c i t o s , a r m a s ó lo que el P . hubiere p e n s a d o . P u e s
¿ p o r qué n o lo puso ? p r e g u n t ó C i c e r ó n : ¿ n o s a b e que los
n o m b r e s adjetivos son c o m o las d o n c e l l i t a s q u e n o p a r e c e
bien que s a l g a n solas? Q u i z á s e r á , dijo A v e r r o e s , que el P .
le p o n d r í a c o m p a ñ e r o , y s u c e d e r í a c o n ios dos , lo q u e c o n
algunos frailes q u e s a l e n j u n t o s d e su c o n v e n t o , y á la p r i
m e r a calle t o m a c a d a u n o p o r su l a d o : sigue t ú l e y e n d o , q u e
y o me p o n d r é a t i s b a n d o , y si es c o m o lo p i e n s o , al a n o c h e
c e r y a v e n d r á n j u n t o s . Pues m i r a , dijo C i c e r ó n , si te d a m i e
d o de q u e d a r t e s o l o , o t r a s dos l í n e a s m a s abajo viene u n al
liud que puede h a c e r t e c o m p a ñ í a . A las l í n e a s 2 2 , 2 3 y 3 1
v i e n e n o t r o s d o s , vestidos á lo m i l i t a r c o n sus l e t r a s g r a n d e s
c o m o si fueran s e ñ o r e s , y son u n p o b r e a d v e r b i o y u n r u i n
l a g a r t o : cátelos a h í , Summé, Lacertis. L í n . 3 2 está u n a p a
l a b r a que y o n o sé c o m o se p r o n u n c i a , v é a n l a V V . e s c r i t a :
pront. E l l a p a r e c e p o l a c a ó r u s a , y c u a n d o m a s f a v o r q u e
r a m o s h a c e r l a , se asemeja al ponch ó punch d e los i n g l e s e s .
V a m o s á la o t r a p l a n a : dice así el p r i m e r r e n g l ó n , unió
mentís cum corpore, que ñeque est, &с. M e s a b r á n V V . d e c i r
quien es este s e ñ o r que, q u e nos h e m o s h a l l a d o p o r n u e s t r a s
c u l p a s ? E s o está c l a r o , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , ese es el que
c o n j u n c i ó n : ¿ n o te a c u e r d a s d e aquello q u e t ú d e c i a s , quod
precatus d jove óptimo máximo, deterisque Diis, &c. ? ¿ Y q u é
n e n e que ver lo u n o c o n lo o t r o ? E l que c o n j u n c i ó n s i e m p r e
se p o s p o n e , y va a g a r r a d o c o m o ciego de a l g ú n l a z a r i l l o ;
p e r o este que está á p r i n c i p i o de o r a c i ó n d e s p u é s d e c o m a , y
том. v. 4
c a m p a solo p o r su r e s p e t o . Yo n o sé qué decir, á n o ser q u e
diga que es qui, qu<e* quod, que h a b r á recogido este caso n u e v o
e n t r e los latines de R a i m u n d o Luiio que tienen m u c h a a n a -
l o g í a c o n los del P. y sino que io diga la h n . <+ d o n d e viene
o t r a c o n c o r d a n c i a á lo c h a t r e : véanla V V . aquí : variis sunt
doctorum sensus ¿ H a n visto V V . y a como el d a t i v o c o n c u e r -
d a c o n el n o m i n a t i v o ? Si s e ñ o r , r e s p o n d i ó A v e r r o e s ; c o m o
esas cosas se ven e n el m u n d o . Pues a n d a v e , di,o C i c e r ó n ,
p o r esas conclusiones a r r i b a , y de t a n t í s i m a l c o m o h a v d e
sobra , t r á b e m e u n a p a r a el p o b r e de refelere que viene c o -
g e a n d o sin ella en la lín. 2 3 . H i z o s e a s í , siguió Cicerón h a s -
t a t r o p e z a r con estas p a l a b r a s que e s t á n á la iin. 2 : ut Sarda-
7
E n la siguiente p l a n a n o h a y e n que t r o p e z a r de p r o v e -
cho. E c h e n V V . el v i c t o r , y v a m o s á la o t r a , d o n d e e n la
lín. 4 nos está e s p e r a n d o reflectio, p a r a testificar que el r e -
v e r e n d í s i m o P . bien p u e d e d e s c u i d a r s e , p e r o n o d o r m i r s e ; y
28
si e n la p l a n a p í s a l a hizo el m i l a g r o <3e n o p o n e r a l g u n a ' c o -
sa g o r d i t a , no está su r e v e r e n d í s i m a todo» los dias p a r a h a -
c e r esos m i l a g r o s : p ó n g a s e reflexio; pues el supino d e reflec-
to , de d o n d e se d e r i v a , n o es reflectan-i, sino reflexum. Há-
gase lo m i s m o e n la lín. 13 , d o n d e el P. r e m a c h a el c l a v o
c o n o t r o reflectio; y v a m o s á l a l í n . 2 2 , d o n d e dice el P .
M t r o . in Fellium oculis: si la p a l a b r a Fellium no v i n i e r a c o n
l e t r a g r a n d e , e s t a b a f á c i l m e n t e c o n o c i d a , sería fel, llis, y
e n t e n d e r í a m o s que el P . h a b l a b a de los ojos d e las Hieles;
p e r o tenemos el g r a v e i n c o n v e n i e n t e de que y o j a m á s h e oí-
d o decir q u e las Hieles t e n g a n o j o s , y m u c h o m e n o s q u e es-
tos tales ojos les r e l u m b r e n á o b s c u r a s . S a l t ó e n t o n c e s el p i m -
p o r r e r o , y d i j o : Si V . , s e ñ o r C i c e r ó n , n o lo h a o i d o , yo
lo he visto. Yo c o n o c í e n T r i a r í a u n a g i t a n a r e g a ñ o n a , á
q u i e n l l a m a b a n la tia Hieles, y de esa sin d u d a h a b l a r á el P . ;
p u e s la p o n e con l e t r a m a y ú s c u l a : y c i e r t a m e n t e a u n q u e y o
n u n c a la vi los ojos á o b s c u r a s , m e p a r e c e que le h a n de r e -
l u m b r a r c o m o á los g a t o s . P u e s que sea esa tia la que dice
el P . , dijo C i c e r ó n : lo c i e r t o es, q u e h a c i a el fin d e la p l a n a
vuelve el P . á p e g a r n o s o t r o reflectio, y e n la l í n e a p e n ú l t i -
m a t r a e u n coloros, q u e a h o r a m e d e s a y u n o y o d e que tal p a -
l a b r a tiene el l a t i n . M i r a si dice coluros, dijo A v e r r o e s . N o
s e ñ o r , que dice coloros. D i g a , r e p l i c ó el o t r o , lo que le d é
g a n a , que el P . tiene licencia p a r a t o d o .
A la p l a n a s i g u i e n t e , p r o s i g u i ó T u l i o , n o t e n e m o s e n
q u e p a r a r n o s . E n la o t r a v i e n e c o n p e l u c a á la U n . 1 8 el
adverbio Philosophicé. E n las 2 4 y 2 6 está el v e r b o pronun-
tio s u p l i e n d o las veces d e su h e r m a n o pr&nuntio, que quizá
a n d a r á o c u p a d o e n lo q u e n o sea m e n e s t e r . V a m o s á la o t r a
p l a n a , d o n d e se e m p i e z a p o r u n a d e las n u e v a s c o n c o r d a n -
cias q u e el P. h a i n v e n t a d o ; dice a s í : triplex materia; species
á Carthesio asignata non sunt Í7c. ¿ V e n VV". al n o m i n a t i v o e n
s i n g u l a r , y al verbo e n p l u r a l ? ¿ L o v e n V V . ? Ya lo v e -
mos , respondió A v e r r o e s ; pero me persuado á que t a n t í s i -
m o d i s p a r a t e n o h a d e ser hijo del t a l e n t o del P . , sino d e
su descuido e n revisar el i m p r e s o . ¿ C ó m o es eso ? r e s p o n d i ó
C i c e r ó n : a q u í m i s m o e n la lín. 6 h a y u n d o c u m e n t o i r r e -
f r a g a b l e d e lo c o n t r a r i o : a q u í está e n m e n d a d a de m a n o u n a
p a l a b r a , c o n que es s e ñ a l d e q u e a n d u v o p o r aquí l a v i r g a
censoria del P . M t r o . , y que las d e m á s cosas q u e n o s h a n
29
h e c h o e s c r ú p u l o las h a puesto sciens et volens. N o h a y d u d a
en que habiéndose m e t i d o á r e f o r m a d o r d e la l i t e r a t u r a , h a
e m p e z a d o , c o m o debia e m p e z a r , p o r la latinidad.
V a m o s á o t r a p l a n a , que estoy d e s e a n d o a c a b a r . E n la
s i g u i e n t e , lía. 7 , viene diáfanas con f: saqúese a q u e l l a p
que sobró de apperta, y la h de Chriterium, y t e n e m o s Ia/>/z
de que necesita diaphanus. E n la lín. 2 f h a y un gutulla q u e
y o no sé de d o n d e h a b r á venido. Pase p o r fin, pues y o y a
estoy p a s a d o c o n t a n t o d e s a t i n o ; y v a m o s á la p e n ú l t i m a
p i a ñ a , d o n d e á la lín. 3 falta u n a h á exalationes. Bien p u -
d i e r a el F. h a b é r s e l a p u e s t o , y nos a h o r r á r a m o s de t a n t a s
d e t e n c i o n e s . Bien p o d i a t a m b i é n haber e s c r i t o á sulfur c o n
ph, c o m o debia s e r ; ó p a r a a c e r t a r l a m e j o r , bien podia n o
haberse metido en d a r al publico las c o n c l u s i o n e s : así n o
se vería excitant e n i n d i c a t i v o regido d e ita ut á la iín. 7: n o
se vería t a m p o c o la c o n c o r d a n c i a t a n b o n i t a q u e viene á l a
iín. 1 9 , prztermisso.... motas tamquam phenomenon difficilli—
mum. N o se v e r í a ; p e r o ¿ q u é es esto que veo y o e n l a l í -
n e a 2 2 ? Aqui h a y u n a n o t a d e a d m i r a c i ó n a s í : ! q u e si se
a t i e n d e á lo que se h a dicho a n t e s , p e g a t a n l i n d a m e n t e co-
m o p e d r a d a e n ojo de t u e r t o . A la v e r d a d , después d e d e -
cir pro quo sit, ¿á qué viene esa a d m i r a c i ó n ? ¿Es a c a s o a l g ú n
e s p a n t a j o , como p o n e n los h o r t e l a n o s e n la h u e r t a p a r a q u e
los g o r r i o n e s n o les p i q u e n el lechuguino? ¿ T e m e el P . M i r o ,
que v e n g a a l g ú n b o r r i c o á c o m e r l e las c o n c l u s i o n e s ? V a y a
q u e sin d u d a , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , a l l l e g a r á ese p a s o el
e r u d i t í s i m o P . , volvió los ojos á todo lo que l l e v a b a p u e s t o e n
su p a p e l ; y al ver t a n t o g o l p e de e r u d i c i ó n , t a n t a a b u n d a n -
cia d e cosas excelentes c o m o ha p r o d u c i d o , n o p u d o m e n o s
que a d m i r a r s e , y e n a m o r a r s e de sí m i s m o , s e m e j a n t e á a q u e l
otro N a r c i s o , q u e vio su h e r m o s u r a e n el espejo de los a s -
nos. Y c i e r t a m e n t e , si las o b r a s son los espejos d o n d e c l a r a -
mente a p a r e c e n los ingenios de los a u t o r e s , n o puede d a r s e
cosa mas á p r o p ó s i t o p a r a c o n o c e r al a u t o r d e estas conclu-
siones, q u e el h e r m o s o espejo q u e ellas p r e s e n t a n . A la l í n e a
siguiente , prosiguió C i c e r ó n , está vicera , que si quiere d e -
cir lo que y o p i e n s o , deberia decir viscera. A la que se sigue
e x t r a ñ o m u c h o que p o n i e n d o el P . c o n l e t r a g r a n d e los a d -
v e r b i o s , n o se h a y a d i g n a d o d e p o n é r s e l a á Caspium, que la
m e r e c e mejor p o r ser n o m b r e p r o p i o . A la l í n . 2 8 viene u n
30
Salcedo del m a r : quizá será- a l g ú n p e r s o n a g e distinguido,
p o r q u e p a r a decir lo salado, se p o n e salsedo con s. En la ul-
t i m a p l a n a n o o c u r r e cosa q u e d e c i r , y se a c a b a r o n y a es-
tas conclusiones.
Ya V. , a m i g o mió , v e q u e he sido m u y l a r g o en esta
C a r t a ; p e r o t a m b i é n h a b r á n o t a d o que h a sido muchísimo
lo que ella nos h a d a d o que h a c e r . E r a m u y n a t u r a l que
a h o r a hiciésemos c u a t r o reflexioncitas sobre el a s e r t o del P . ,
y quizá el P. las e s t a r á e s p e r a n d o . Si V. lo ve , d í g a l e : que
n o se desconsuele p o r e s o , que todo se c o m p o n d r á . P o r aho-
r a solo i n s t a que V. se sirva de h a c e r m e u n favor. H a a d -
v e r t i d o C i c e r ó n e n el p a p e l v a r i e d a d de estilos , y a l g u n a s
e x p r e s i o n e s d e m a s i a d o i m p r o p i a s p o r su p r o p i e d a d e n la bo-
ca del P. , y a s e g u r a que p a r a p o n e r l a s se t u v i e r o n p r e s e n -
tes diferentes libros. E s p e r o , p u e s , de la a m i s t a d d e V. que
h a g a diligencia de cuales s o n , y me los remita sin p é r d i d a
de t i e m p o ; p u e s y a lo es de que y o v a y a a p r o v e c h a n d o a l -
g u n o s r a t i t o s p e r d i d o s . A o t r o viage irá a l g u n a cosa sobre
l a g r a m á t i c a d e las s e g u n d a s conclusiones , que cual m a s ,
c u a l m e n o s , toda la l a n a es pelos. Se repite á la d i s p o s i -
c i ó n de V . , y q u e d a t a n suyo c o m o siempre. E s t a m o s á prin-
cipio d e j u n i o . — El Estagirita.
C A R T A IV.
A, .migo m í o : d o y á V . las m a s s i n c e r a s g r a c i a s , t a n t o p o r -
que m e h a s a c a d o d e cuidados e s c r i b i é n d o m e , c u a n t o p o r -
que m e remite n o s o l a m e n t e a l g u n o s de los libros que le p e -
dí , sino t a m b i é n o t r o s que m e p u e d e n s e r v i r m u y bien. H e
vi-.to e n t r e ellos la fé de e r r a t a s , que V. h a c o m p u e s t o , q u e
, p o r c i e r t o me ha p a r e c i d o m u y l i n d a ; y c r e a que si y o h u -
biera saoido su habilidad p a r a h a c e r l a , me hubiera a h o r r a d o
d e t r a b a j a r u n p o c o , y le hubiera p e d i d o q u e hiciese lá d e
los dos p a p e l e s d e c o n c l u s i o n e s ; p e r o h a sido la m a l a f o r t u -
n a , que c u a n d o ella l l e g ó a mis m a n o s , y a e s t a b a c o n c l u i -
d a la del a>erto del P. N . , y casi p a r a c o n c l u i r s e la del P .
N . N o o b s t a n t e si V . quiere d i v e r t i r s e , u n o y o t r o e s c r i -
t o t i e n e n t o d a v í a m u c h o q u é d a r d e sí; pues n o s o t r o s h e m o s
c a m i n a d o m u y de p r i s a , y p i e n s o ' q u e n o e s t a r í a d e m a s q u e
V . hiciese algo. P o r lin e*to q u e d a á su v o l u n t a d , pues l a
m í a solo es d e s p a c h a r e n esta C a r t a c o n los solecismos y b a r -
b a r í s i m a que nos q u e d a n . O i g a V . pues lo q u e a c e r c a d e ellos
h a resultado de n u e s t r a c o n s u l t a .
C o n c l u y ó C i c e r ó n la c r í t i c a del p r i m e r p a p e l , y a u n q u e
le i n s t a m o s p a r a que c o n s e c u t i v a m e n t e hiciese t a m b i é n la d e l
s e g u n d o , n o hubo p o d e r de r e d u c i r l o : dijo q u e e s t a b a s o f o -
cado c o n t a n t o d e s a t i n o ; y que o b l i g a r l e á q u e se met-iese e n
o t r o b e r e n g c n a l c o m o el p a s a d o , s e r í a e x p o n e r l o á un t a b a r -
dillo : que lo dejásemos u n poco ir á refrescarse p o r las o r i -
llas de la l a g u n a , y á b u s c a r a l g u n o s a m i g o s , c o n quienes
d e s a h o g a r s e , y á quienes d a r c u e n t a d e l a d e l a n t a m i e n t o e n
q u e el P . N . había p u e s t o las l e t r a s h u m a n a s , y que o t r o dia
32
v o l v e r í a á c o n c l u i r su t a r e a . C o n o c i m o s la r a z ó n , y bien á
p e s a r n u e s t r o tuvimos que c e d e r . M a s c o m o A v e r r o e s y y o
e s t á b a m o s t a n deseosos de c o n c l u i r con lo que p e r t e n e c í a á
este r a m o ; v i e n d o que C i c e r ó n n o p a r e c i a e n muchos d i a s ,
t o d o se nos iba e n ir y v e n i r á el p a p e l : lo l e í a m o s ; y c o m o
n u e s t r a instrucción e n la l e n g u a l a t i n a es t a n e s c a s a , e r a t a m -
bién m u y p o c o lo que nos o c u r r í a c o n t r a él. V e í a m o s las c o n -
clusiones distinguidas ( ¡ a h í es n a d a ) c o n n ú m e r o s r o m a n o s ,
1
los d i p t o n g o s r e s u e l t o s , la o r t o g r a f í a de u l t i m a m o d a , el
a s e r t o distribuido en p á g i n a s , las letras g o r d a s , el p a p e l m u y
b l a n c o , y pro corónide su c o r r e c c i ó n de e r r a t a s : y c o m o el
p a p e l a n t e r i o r n a d a d e esto t e n i a , nos e n c o g i m o s de h o m -
b r o s , confesamos nuestra i g n o r a n c i a , y aun sospechábamos
q u e C i c e r ó n t e n d r í a q u e a r r e p e n t i r s e de h a b e r t r a t a d o d e
u n a m i s m a m a n e r a a m b o s p a p e l e s . Bien es v e r d a d q u e A v e r -
roes n o las t e n i a t o d a s c o n s i g o , á c a u s a d e la noticia q u e V .
le dio, de q u e la t a r d e q u e se d e f e n d i ó el s e g u n d o , a p a r e c i ó
e n la e s c a l e r i l l a de la c á t e d r a el a u t o r del p r i m e r o , s e n t a d o
e n ella c o m o u n viejecito, s e g ú n se d i s c u r r i ó , p a r a s o p l a r es-
pecies al d e f e n s a n t e , si a c a s o se veia a p r e t a d o e n a l g u n a s .
Y a u n q u e e s t a p r e v e n c i ó n n o t u v o efecto , pues n o se o f r e -
ció s o b r e q u e a b r i r la b o c a ; h a h e c h o n o o b s t a n t e c r e a m o s
q u e el P . N . r e c o n o c e e n el o t r o s u p e r i o r i d a d e n la i n s t r u c -
ción : d e d o n d e i n f e r í a m o s q u e pues tal habia sido el m a e s t r o ,
¿qué podia e s p e r a r s e del d i s c í p u l o ? C o n t r a este p e n s a m i e n t o
n o s v e n i a l u e g o o t r o , y c o n t r a el o t r o o t r o , y lo p e o r e r a
q u e C i c e r ó n n o p a r e c i a . V i n o p o r fin u n dia de estos , y
d e s p u é s d e h a b e r e s c u s a d o su t a r d a n z a c o n v a r i a s r a z o n e s ,
q u e n o son m u y d e l c a s o , t o m ó el v o l u m e n , y quiso e m p e -
z a r d e s d e la p r i m e r a hoja. A d v i e r t a V . , le dijo A v e r r o e s ,
q u e n o s o t r o s n o p r e t e n d e m o s m a s c e n s u r a q u e la de las ú l -
t i m a s conclusiones que e s t á n e n este t o m o : las p r i m e r a s y
s e g u n d a s son d e T e o l o g í a , y n o s o t r o s ni e n t e n d e m o s d e e s a
f a c u l t a d , ni s o m o s j u e c e s c o m p e t e n t e s p a r a decidir e n e l l a s .
Yo soy j u e z c o m p e t e n t e , dijo C i c e r ó n , p a r a j u z g a r t o d o g é -
n e r o d e l a t í n ; y el juicio a c e r c a de e s t e , n a d a tiene que v e r
sobre las m a t e r i a s á que se a p l i c a : n o o b s t a n t e les d a r é á
V V . g u s t o , a u n q u e m e p r i v e del que h a b i a de recibir e n mu-
c h o s t r o z o s de elocuencia que es p r e c i s o v e n g a n e n t r e estos
a s e r t o s , y que m e p r o m e t e u n prafatum que e s t á aquí e n -
33
m e d i o coa l e t r a s m u y g r a n d e s y en p a l a b r a recién l l e g a d a á
R o m a , d o n d e s i e m p r e se h a dicho prafatio. P e r o p o r íin v a
mos a lo que V V . quieren. Dice la dedicación... P o c o á p o c o ,
señor C i c e r ó n , le dige v o : h á g a m e V . el favor d e n o h a b l a r
una p a l a b r a de e l l a : se y o que n o t a r sus defectos s e r í a in
j u r i a r al inistre p e r s o n a g e á quien se d i r i g e , que n a d a d e
sea con mas ansias q u e el que los literatos e s p a ñ o l e s a c a b e n
de olvidar sus d e f e c t o s : q u i e r o pues que q u e d e s a l v a la hoja
donde esta escrito su n o m b r e c o m o p a r a p r u e b a de n u e s t r a
afición y r e s p e t o . E s t a m u y bien p e n s a d o e s o , dijo C i c e
r ó n , y p a r a testimonio d e que lo j u z g o a s í , v a m o n o s c o r
r i e n d o al a s e r t o . Es m e n e s t e r , dijo A v e r r o e s , que a d v i e r t a
V. que tiene al íiu c o r r e g i d a s las e r r a t a s . Ya lo h e v i s t o ,
respondió;, y p a r a que n o nos m e t a m o s c o n e l l a s , l l a m e n
VV. á ese p i m p o r r e r o que tiene b u e n a v i s t a , y p u e d e e s t a r
la; atisbando p a r a a v i s a r n o s . H í z o s e a s í , y e m p e z ó C i c e r ó n .
a
Pag. 1. c o n c . 4 dice : eam tamen scientiam á Deo ipso, &c.
¿Y qué tiene eso de m a l o , le p r e g u n t o yo? ¿Qué t i e n e ? r e s
p o n d i ó . D í g a m e V"., s e ñ o r A r i s t ó t e l e s , ¿ n o h a d i c h o la c o n
clusión a n t e r i o r que r e p u t a p o r cosa c i e r t a q u e el C r i a d o r
infundió á A d á n la filosofía? Si s e ñ o r . N o v a á d e c i r en e s t a
que A d á n t r a n s m i t i ó á su p o s t e r i d a d la ciencia que había r e
cibido del C r i a d o r ? E s c o n s t a n t e . Y d í g a m e V . ¿ e n t r e estas
dos p r o p o s i c i o n e s h a y a l g u n a c o n t r a r i e d a d ? Yo c i e r t a m e n t e
n o la v e o , a n t e s b i e n m e p a r e c e que la u n a es c o n t i n u a c i ó n
de la o t r a . Asi es sin duda. L u e g o a q u e l tamen c o n que e m
p i e z a la s e g u n d a , es un s o l e m n í s i m o d i s p a r a t e . D e b í a el P .
h a b e r advertido que tamen es c o n j u n c i ó n a d v e r s a t i v a q u e equi
v a l e á attamen, nihilominus, verumtamen; que solo se debe usar
cuando la segunda p a r t e del p e r i o d o c o n t r a d i c e e n a l g ú n
modo á la p r i m e r a ; que las p a l a b r a s á quienes c o r r e s p o n d e ,
son e s t a s : etsi, etiamsi, quamquam, quamvis, izfc. ; que vea el
modo de u s a r l a e n mi o r a c i ó n pro lege manilla que se la c i t o ,
porque sería lo p r i m e r o de mis o b r a s que t r a d u c i r í a e n la
clase: qnamquam mihi sernper frequerís conspectus vester multo
jucundissimus.... est visus.... tamen hoc aditu laudis.... me<z vites
raiiones prohibuerunt. C o n que tamen significa no obstante,
sin embargo, con todo , empero, apesar de esto, y o t r a s cosas
a s í , que no p e g a n p a r a lo que el P . quiere a p r o p i a r l o .
E n la m i s m a p á g . c o n c . 7 p o n e el P . á Vhtsnices con л
том. v. 5
34
d i p t o n g o , debiéndolo h a b e r p u e s t o c o n ce. M i r e V . , s e ñ o r
p i m p o r r e r o , si está e n las e r r a t a s . N o h a y a q u í tal c o s a , r e s -
p o n d i ó é l , y V V . s i g a n , que y o a v i s a r é c u a n d o sea p r e c i s o .
E n la 8 está apellare c o n u n a sola p: estoy p e n s a n d o si q u i z á
del n o m b r e substantivo apella, ce que significa el d e s p e l l e j a -
d o ó c i r c u n c i d a d o , h a b r á salido este v e r b o q u e significa d e s -
pellejar ó c i r c u n c i d a r ; y q u i e r a este P . d e c i r n o s que los g r i e -
g o s c i r c u n c i d a r o n á los b á r b a r o s , p o r q u e c i e r t a m e n t e ap~
pello, as l l a m a r , se escribe c o n dos pp. Pues eso s e r í a , dige
y o , u n a cosa i n t o l e r a b l e : y o t o d a mi vida la pasé e n la G r e -
c i a , y n o v i q u e - d e s o l l a s e n á n i n g u n o . E n la c o n c . 9 , dijo
C i c e r ó n , t e n e m o s o t r o hueso que r o e r : dice d his. A la c u e n -
t a el P . R e v e r e n d í s i m o tiene á la h p o r Ierra h e c h a y d e r e -
c h a , y n o s o l a m e n t e l e t r a , sino c o n s o n a n t e de a q u e l l a s a n t e
las cuales se p o n e a y n o ab. Poco h a estudiado c u a n d o n o
h a leido siquiera la p r i m e r a p á g i n a de Ambrosio C a l e p i n o ,
d o n d e h a b l a n d o de d y ab dice a s í : in hoc tamen dijferunt,
quod d mmqaam conjungitur cum dictionibus incipientibus a vo-
cali. Y si se hubiera m e t i d o p o r la o b r a a r r i b a , h u b i e r a visto
q u e l a h n o es m a s que n o t a d e a s p i r a c i ó n ; y a u n q u e hic,
hzc, hoc, e m p i e z a c o n ella, n o p o r eso deja d e e m p e z a r p o r
vocal.
E n la c o n c . 10 está el p o b r e Pitagoras sin y p s i l o u . P a r e c e
que los dos P a d r e s se h a n h e c h o á u n a c o n t r a esta p o b r e l e -
t r a . D i m e , A v e r r o e s , ¿fue a c a s o c o n t e m p o r á n e o t u y o este
Averrhoas de que h a c e el P . m e n c i ó n e n la c o n c . l o ? Bien
p u e d e s e r , r e s p o n d i ó él, que fuese; p e r o c o m o y o me crié
e n la E s p a ñ a , y ese p a r e c e g r i e g o , n o l l e g ó á mi n o t i c i a que
hubiese tal h o m b r e . N o s e ñ o r , dijo C i c e r ó n , n o es griego
que es á r a b e , s e g ú n se dice a q u í . A v e r , dijo A v e r r o e s , l é a -
m e V . t o d a la conclusión. L a leyó C i c e r ó n : con que ese se-
ñ o r , dijo A v e r r o e s , que el P. p o n e a h í fue á r a b e y c o m e n -
t a d o r de A r i s t ó t e l e s ? Así, e s , r e s p o n d i ó el o t r o : ¿ q u i e r e n
V V . que a p o s t e m o s a l g o , prosiguió A v e r r o e s todo e n f u r e c i -
d o , á que ese A v e r r h o a s soy y o ? ¿ D ó n d e h a y p i c a r d í a c o -
m o esta de m u d a r l e su n o m b r e á los h o m b r e s de bien? C u a n -
d o vuelva á S e v i l l a , siento u n a q u e r e l l a c o n t r a el P . ; pues
si dejo p a s a r que a h o r a me l l a m e n A v e r r h o a s , m a ñ a n a o t r o
m e l l a m a r á A v e j o r r u c o , y d e n t r o de n a d a t e n d r é m a s n o m -
bres que c o n t i e n e el a l m a n a k . F u e r a de que ¿ n o es u n a ig¡-
35
nominia que h a y a n cíe h a c e r que mi n o m b r e se d e c l i n e p o r
musa, Í C , p o r d o n d e se d e c l i n a n las h e m b r a s , siendo asi q u e
y o soy t a n v a r ó n c o m o el que m a s ? Sosiégúese V . , s e ñ o r
A v e r r o e s , dijo C i c e r ó n , que n o es V . el ú n i c o m a c h o q u e v a
p o r musa, ce; y a u n q u e p o r este n o m b r e n o se d e c l i n a r a n
m a s q u e las h e m b r a s , ¿ q u é m a s p o d i a V . a p e t e c e r e n u n
t i e m p o , en que t a n t o s h o m b r e s a f e c t a n p a r e c e r l o ? D í g a n o s
V . su n o m b r e p r o p i o , que así q u e el P . lo s e p a , se e n m e n -
d a r á ; pues esto lo hizo sin m a l i c i a , n o m a s de p a r a a f e c t a r
erudición. P u e s , s e ñ o r , mi n o m b r e p r o p i o es M a h u m e d A b u i -
g a i l : soy c o n o c i d o p o r el d e A v e r r o e s p o r m a r y t i e r r a ; e n
l a t i n del m i s m o m o d o que- e n el c a s t e l l a n o , y c u a n d o m a s
se q u i e r a , p e r m i t i r é m e d i g a n A v e r r o e s , y e n latin Averrois,
p o r q u e m¡ n o m b r e es o r i g i n a l de dos p a l a b r a s a r á b i g a s , á
s a b e r ; Aven ó Aben y R o s h e d , que quiere decir e n buen r o -
m a n c e hijo de Roshed. Y c ó m o V . , señor p i m p o r r e r o , d i g e
y o , n o nos h a a d v e r t i d o n i n g u n a e r r a t a ? Ya h a y r a t o q u e
estamos e n la c e n s u r a , y es p r e c i s o que v a y a d i m i d i a d a . P e r o
p o c o á p o c o s e ñ o r , dijo C i c e r ó n : d i m i d i a d a ? A h o r a a c a b a -
mos de salir d e la p r i m e r a p á g i n a . P e r d i d o s somos, dije y o ;
de esta m a n e r a n u n c a llegará el caso d e q u e y o h a b l e . N o
t e n g a V . c u i d a d o , r e s p o n d i ó , que yO a l i g e r a r é .
£11 ias conclusiones 18 y Í 9 , ( p á g . 2 ) viene sceculum c o n
<e d i p t o n g o ; e n las 13 y 15 a n t e r i o r e s h a b í a n v e n i d o sin é l .
E n qué q u e d a m o s P . R e v e r e n d í s i m o , ¿ h a d e ser c o n d i p t o n g o
c o m o e r a e n los siglos l a t i n o s , ó sin él c o m o e n los b á r b a -
r o s ? C o m o s a l i e r e , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , m i r e n V V . que d e -
licadezas.- acuérdese V . del p i n t o r de U b e d a , y siga a d e l a n -
t e . E n la c o n c . 2 0 e s t á n Metaphisica y Pliisica s e g ú n c o s t u m -
b r e sin rabo en la i: t e n g a m o s p a c i e n c i a . E n la 2 2 se v u e l -
ve á e m p e z a r con d hoc fine. ¿Si quizá q u e r r á , e l P . p a s e p o r
archaismo ? V a y a , s e ñ o r C i c e r ó n , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , que
está V . i m p e r t i n e n t e . ¿ Q u é entiende el P . de a r c h a i s m o s ni
á qué fin los habia de p e g a r e n las c o n c l u s i o n e s ? ¿ S o n e s t a s
a l g u n a i n s c r i p c i ó n s e p u l c r a l ? E s t o es v e r d a d , r e s p o n d i ó é l ,
a u n q u e p u d i é r a m o s decir que son el epitafio p a r a la s e p u l -
tura d e A r i s t ó t e l e s . E n la c o n c . 2+.... a l t o a h í , dijo el p i u i -
p o r r e r o , que esa t r a e a q u í u n a e n m e n d a t u r a . ¿ C u a l es? p r e -
g u n t ó C i c e r ó n : prtscipue dijo el o t r o . M i r a b i e n , r e p l i c ó este:
no está a h í e n m e n d a d o u n quais c o n d i p t o n g o y todo? A g u a r -
36
dése V. s a c a r é los espejuelos. Q u e me desuellen v i v o , si h a y
tal cosa. C o n que según eso el P . R e v e r e n d í s i m o , prosiguió T u -
b o , piensa q u e el a b l a t i v o queis se escribe c o n d i p t o n g o . B u e n
e s t u d i a n t e nos hemos e c h a d o á la c a r a . Prosiguió C i c e r ó n á
las conclusiones 2 5 y 2 6 , y p a r á n d o s e , p r e g u n t ó : ¿ c u á n t a s
son las p e r s o n a s que h a b l a n a q u í , señores? ¿ Q u i é n h a de s a -
ber esto , r e s p o n d í y o ? P e r o V . ¿ p o r qué lo p r e g u n t a ? P o r -
q u e e n la p r i m e r a d e esas conclusiones y en o t r a s que las a n -
t e c e d e n , v a h a b l a n d o en p l u r a l el p a p e l : defendimus, ap~
pellamus; e n la s e g u n d a a p a r e c e este p l u r a l e n s i n g u l a r : ape-
rire non renuam. P u e d e h a b e r sucedido, dige y o , que de esas
c o n c l u s i o n e s , u n a s e s t é n p u e s t a s p'or a m b o s r e v e r e n d o s , o t r a s
p o r el u n o , y o t r a s p o r el o t r o , y s e g ú n son ó dos ó u n o el
que las p o n e , así v a r í e n de n ú m e r o s . Si s e ñ o r , dijo C i c e r ó n ,
ese está u n v a l i e n t e p e n s a m i e n t o p a r a solver la dificultad;
p e r o el caso e s , que en las c o n c l u s i o n e s 2 9 y 3 0 se h a c e lo
m i s m o con las p e r s o n a s con quienes se h a b l a : e n la p r i m e r a
son m u c h a s , sumite materiam : e n la s e g u n d a es u n a s o l a , ne
adoptes; d e m a n e r a q u e n o sabemos si el P . d a estas r e g l a s
p a r a u n o , ó p a r a muchos , ó p a r a nadie.
T o d a v í a me q u e d a o t r o escrupulillo. D í g a m e V . , señor
A r i s t ó t e l e s , ¿ l a s c o n c l u s i o n e s que se e x p o n e n á p ú b l i c a d i s -
p u t a n o deben ser p r o p o s i c i o n e s ? Si señor, le r e s p o n d í yo. Y
d í g a m e V . ¿ las o r a c i o n e s de i m p e r a t i v o y subjuntivo se lian
l l a m a d o j a m á s p r o p o s i c i o n e s ? S e ñ o r , e n mi t i e m p o , r e s p o n d í
y o , n o habia m a s p r o p o s i c i o n e s que las e n u n c i a c i o n e s , y
e n u n c i a c i ó n n o p u e d e ser p o r o t r o m o d o del v e r b o , que p o r el
indicativo que se l l a m a a s í , p o r q u e p o r él i n d i c a m o s nues-
t r o s juicios a c e r c a de las cosas: v. g r . digo y o ccelumestfluidum;
ócoelum-est solidum p a r a e x p l i c a r mi d i c t a m e n a c e r c a de es-
ta c o n t r o v e r s i a ; y n o sé y o c ó m o p u e d a e x p l i c a r s e de o t r o
m o d o : p o r q u e p o r i m p e r a t i v o bien puedo y o m a n i f e s t a r
lo que quiero q u e o t r o h a g a ; p e r o n o lo que j u z g o a c e r c a de
a l g u n a c o s a : el o p t a t i v o e x p l i c a mis deseos, p e r o n o mi m o -
d o de p e n s a r : el subjuntivo á veces se r e d u c e al i m p e r a t i v o , y
á veces n a d a dice si n o se j u n t a c o n a l g ú n i n d i c a t i v o . E s t o
e r a e n mi t i e m p o : y e n el mió t a m b i é n , r e s p o n d i ó C i c e r ó n ,
e n q u e las aserciones e r a n p r o p o s i c i o n e s , y quien dice p r o -
p o s i c i o n e s , dice p r e c i s a m e n t e q u e e s t a b a n e n i n d i c a t i v o . L o s
i m p e r a t i v o s s o l a m e n t e servían á los c ó n s u l e s , tribunos y de-
57
m a s legisladores, y los o p t a t i v o s y subjuntivos á los o r a d o r e s .
H e dicho esto, p o r q u e el P . a q u í nos e m b o c a u n e g é r e i t o d e
i m p e r a t i v o s q u e me h a n h e c h o a c o r d a r de aquello de las d o -
ce t a b l a s : quodeumque senatus decreverit, agunto. Bien lo h e
r e p a r a d o y o , r e s p o n d í ; y c u a n d o se l e y ó el o t r o p a p e l , o b -
servé también o t r o d e f e c t o de esa m i s m a e s p e c i e , pues dicien-
do que iba á p r e s e n t a r u n a s p r o p o s i c i o n e s , p r e s e n t ó u n f á r -
rago de cosas p a r t e p r u e b a s , p a r t e p r ó l o g o s y p a r t e p r o p o -
siciones. P o r fin n o nos d e t e n g a m o s en e s t o , y c r e a m o s fir-
m e m e n t e que la r e f o r m a de la l i t e r a t u r a i n t e n t a d a p o r los pa-
d r e s , a l c a n z a t a m b i é n al m o d o de e n u n c i a r los s e n t i m i e n t o s ,
y d e e x p o n e r l o s á la d i s p u t a .
Siga V . a n t e s q u e se me olvide , dijo C i c e r ó n ; c u a n d o
V V . h a y a n de h a c e r la c r í t i c a del a s e r t o , l l á m e n m e e n lle-
g a n d o a la c o n c . 2 8 , que t e n g o q u e decir sobre ella. Sea m u y
e n b u e n a h o r a , r e s p o n d i m o s , y p r o s i g u i ó él p a g . 3 : n o h a -
g o m a s caso de la m u t a c i ó n d e n ú m e r o s que h a y e n ella , y
de que y a he h a b l a d o ; y m e p a r o solo e n la c o n c . 3 4 d o n -
d e está u n d i s p a r a t e de alto b o r d o . Ó i g a n l o V V . : voces qui-
bus aliis manifestamus ideas.... signa sunt tune cogitationum no-
strarum, tune ipsarum r e r u m ; q u e t r a d u c i d o al c a s t e l l a n o , d i -
ce a s í : las voces c o n que m a n i f e s t a m o s á o t r o s las ideas....
son signos entonces de n u e s t r o s p e n s a m i e n t o s , entonces de las
m i s m a s cosas. Podia el P a d r e c r e e r m e , n o e c h a r l a de e l o -
c u e n t e , p o r q u e n o tiene v o c a c i ó n p a r a e l l o ; y p o n e r s e n c i -
l l a m e n t e á estilo p a t a n o sus p r o p o s i c i o n e s , y evitar que lo
tuviésemos p o r p e d a n t e . P o r fin, por si no quisiere e n m e n -
d a r s e , sepa p a r a o t r a vez que e n l u g a r de tune y tune d e b i ó
p o n e r tum y tum , ó cuín y tum; que h a g a p o r q u e n o se le
olvide esto, p o r q u e lo d e m á s n o puede p a s a r sin c a u s a r risa.
E n m i e n d e t a m b i é n á obscene e n la c o n c . 3 6 , p o n i é n d o l e u n <¡¡
d i p t o n g o e n l u g a r d e l a e, y reciba m u c h a s g r a c i a s p o r la
noticia que nos d a e n la 39 de que p u e d e s e ñ a l a r las r e g i a s
de la a r t e h e r m e n é u t i c a : ojalá que pudiese a s e g u r a r !o mis-
mo de las del a r t e d e A n t o n i o de N e b r i j a . E n r e c o m p e n s a
sepa q u e si en la c o n c . 4 5 hubiera puesto Aristoteleos en l u -
g a r de Aristotélicos, m e p u d i e r a c i t a r por t e x t o del buen la-
tín que asesta.
Vamos á la p á g . 4 d o n d e la c o n c . 4 9 p o r d o n d e e m p i e -
z a , tiene m u c h o sobre q u e h a b l e m o s : h a r é p o r a b r e v i a r . Au-
38
dio, is, significa o i r , y á c o n s e c u e n c i a se u s u r p a p a r a signifi-
c a r to.lo a q u e l l o que tiene a n a l o g í a c o n o i r , como obe.-.ecer,
e n t e n d e r , & c . E n t r e las t r a s l a c i o n e s que se íiacen de este
v e r b o , no es la m e n o s e l e g a n t e la que y o hice cu m u c h a s
p a r t e s de mis o b r a s , a ñ a d i é n d o l e unas veces bene, y o':ra> ma-
te: de este m o d o bem audit tiene buena faina., mole and]:
l a tiene m a l a . L a r a z ó n e n que esto se fundaba es m a n i f i e s -
t a , p o r q u e los r u m o r e s d e l pueblo a c e r c a de esta ó la o t r a
p e r s o n a ú l t i m a m e n t e l l e g a n á su n o t i c i a , y si son favorables
bene audit, sin minus, mdle audit. D a aqui t o m a r o n m o t i v o
a l g u n o s ( n o sé si c o n r a z ó n ) p a r a j u n t a r á audio con n o m -
b r e s de a l a b a n z a y v i t u p e r i o : v. g r . , audit philosophus, es te-
n i d o p o r filósofo: audit scelestus, lo r e p u t a n p o r m a l h e c h o r ;
p e r o ( c u i d a d o c o n e s t o ) s i e m p r e a l u d i e n d o á aquel á quien
d a b a n estos t í t u l o s , ó los o i a , ó p o d í a oírlos. Supuesto e s t o ,
¿ m e q u e r r á n V V . d e c i r qué i n t e n t a el P . c u a n d o dice : Ra-
tiocinatio verbis enuntiata argumentatio audit . Este n o m b r e ar-
2
gumentatio, ¿ e s a l a b a n z a ó v i t u p e r i o ? Y a u n c u a n d o lo fue-
s e , ¿tiene ratiocinatio orejas p a r a o í r l o ? Ya se lo he dicho al
P . que n o h a n a c i d o p a r a c u l t o ; y a h o r a le digo que se v a y a
p o r el c a m i n o t r i l l a d o , y e n l u g a r de audit, p o n g a dicitur,
ó vocatur, ú o t r o v e r b o e q u i v a l e n t e . S e ñ o r A v e r r o e s , dijo el
p i m p o r r e r o , h á g a m e V . el f a v o r d e e s t a r m i r a n d o aqui m i e n -
t r a s yo hablo u n a p a l a b r a . ¿ H a visto V . ese l a t í n , señor C i -
c e r ó n ? Si s e ñ o r , a m i g o , r e s p o n d i ó ; pues lo mismito e s , a ñ a -
dió é l , q u e el que c o m p o n e el d o c t o r d i v i n o , d e que y o he
h a b l a d o . Sigan V V . que me vuelvo á mi oíicio de vista de
a d u a n a . E n las conclusiones 53 y 54- se v a r í a n t a m b i é n los
n ú m e r o s : dice en u n a rejicimus, y en o t r a subscribo; ténga-
lo V . p r e s e n t e p a r a n o v o l v e r á n o t a r l o .
P á g . 5 , c o n c . 6 2 , d i c e : Hae ( c o n su d i p t o n g o r e s u e l -
t o ) humana auctoritate sunt dijudkandce. V V . h a b r á n p e n s a d o
q u e este ha¡ y este dijudicandx concertarán con algún feme-
n i n o : no señores q u e c o n c i e r t a n c o n u n n e u t r o : o i g a n V V .
el p e d a z o a n t e r i o r : ínter ea quee extra tíos posita sunt , quí-
dam captum nostrum omnino excedunf, quia remotissimis iocis,
atque temporibus contigerunt. Y luego e n t r a lo que V V . h a n
o í d o : j ú n t e s e esta c o n c o r d a n c i a con las del p a p e l a n t e c e d e n -
t e , y s e r á n p o r t o d a s ellas sobre p o c o m a s ó m e n o s c u a r e n -
t a y u n a . E n las conclusiones ó ó y 6 7 d i c e : co&vi y coeve-
39
rum: t o l a s las faltas f u e r a n c o m o e s t a , pues t e n e m o s bien de
donde suplirla.
P a g . ó , en la c o n c . 7 8 viene inierpollatus c o n dos t r a n -
cas. ¿Quién se ha de m e t e r con él? V a m o s h u y e n d o á la pá-
gina 7 , no sea que nos d é de palos E n el t í t u l o q u e t r a e e n
e l l a el tercer r e n g l ó n , p a r a c o n v i d a r el P . á q u e lo e x a m i -
n e n sobre el m é t o d o de d i s p u t a r y e s t u d i a r , esta l l o r a n d o el
pobre de la palestra p o r q u e se le h a p e r d i d o el <e d i p t o n g o ;
conduélese el p o b r e c i t o que todo se r e m e d i a r á . N o le p o d e -
mos o f r e c e r o t r o t a n t o á Metaphisica, que viene e n el título
s i g u i e n t e , y c o n c . 8> sin y p s i l o n : esta fruta está m u y c a r a ,
con que t e n g a n p a c i e n c i a ; p e r o p o c o á poco que y a lo h a y .
E n las conclusiones H'J y 9i la t r a c Lcybnitius sin q u e le h a -
g a falta : es creíble que quiera c a m b i a r . P e r o lo q u e n o h a -
brá con que p o d e r c a m b i a r s e es el p e d a z i r o de latin siguien-
te : pro venan contingentium existentiam comprobandam , q u e
esta e n la misma c o n c . 8 9 . N o sabia y o que pro e r a p r o p o -
sición de a c u s a t i v o : me a l e g r o de s a b e r l o p a r a e n m e n d a r to-
dos mis l i ó r o s , d o n d e la puse con a b l a t i v o ; y t a m b i é n les
a v i s a r é á los amigos de esta n o v e d a d , p a r a q u e e n a d e l a n t e
n o a l e g u e n i g n o r a n c i a . E n el título ú l t i m o está Vsycologia c o n
y g r i e g a : allá a r r i b a queda con i l a t i n a , p a r a q u e se s e p a
que el P . sabe c o m o se escriben a m b a s .
P a s e m o s á la p á g . 8 : dejemos mil e s c r ú p u l o s que nos de-
t e n d r í a n d e m a s i a d o , y p a r é m o n o s á v e r si p o d e m o s e n t e n -
d e r qué quiere decir un motum in corpore exitum, que viene
e n la conc. / 0 + : v e r d a d e r a m e n t e , s e ñ o r e s , q u e n u n c a m e
h a sucedido io que a h o r a , y es e n c o n t r a r u n latin q u e n o
p u e d o entender. Preciso es que sea l a t i n o r r o , r e s p o n d i ó A v e r -
roes , c u a n d o tu no lo e n t i e n d e s ; p e r o d i m e : ese exitum,
i no es supino de exeo, is ? Si no es, r e s p o n d i ó C i c e r ó n , s e r á
ei participio de p r e t é r i t o del m i s m o v e r b o , ó exitus, us su de-
r i v a d o ; y yo n o e n c u e n t r o o t r a cosa que p u e d a ser. P u e s
bien , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , ese motum exitum , q u e r r á d e c i r
movimiento salido. ¿Y qué c a s t a d e p á j a r o es m o v i m i e n t o s a -
lido ? p r e g u n t ó el o t r o . V e r g ü e n z a e s , dijo A v e r r o e s , que
V. no sopa lo que sabe c u a l q u i e r z a g a l de b o r r i q u e r o : p r e -
g u n t e V . á uno d e ellos que le e x p l i q u e lo q u e q u i e r e d e c i r
b u r r a salida. Ya e n t i e n d o , dijo el o t r o . Sigamos. E n la c o n -
clusión 103 habla el P . c o a suma p r o p i e d a d c u a n d o dice:
40
sedera ver sari: n o sabia y o que las sillas se m e n e a b a n t a n t o ;
p e r o dejemos esto , c o m o h e m o s dejado o t r a s locuciones d e
igual e l e g a n c i a .
D e j e m o s el Phisiologi c o n la p r i m e r a i l a t i n a ; y v a m o s
á la siguiente p í g . 9 , d o n d e nos e s p e r a la c o n c . 1 1 0 c o n
dos p r i m o r c i t o s : el p r i m e r o es imprcessas c o n a d i p t o n g o ,
quítesele , y llévese p o r a h í a r r i b a p a r a r e m e d i a r á ios p o -
b r e c i l l o s que h a n ido sin é l : el s e g u n d o es Creationis c o n C
g r a n d e , a r r á n q u e s e l e la m i t a d , y désele al P. p a r a si se le
o f r e c e o t r a c o s a e n que a p l i c a r l a . E n la 1 2 0 dice asi : juest
mentí facultas denuo cogitandi jam alias cogitatas: quien h u -
b i e r e h a l l a d o ó visto el f e m e n i n o c o n quien c o n c i e r t a este co-
gitatas , a c u d a , y se le d a r á su h a l l a z g o , s o p e ñ a d e q u e se
p e d i r á p o r h u r t a d o . E n la 121 viene reppetunt c o n dos pp,
u n a le s o b r a , que n o e n t o d a s p a r t e s ha de venir de falta.
E n la T 2 2 n o sé y o qué h a c e la p r e p o s i c i ó n e: quizás e s t a r á
de h u é s p e d a ; dejémosla. L o que el P. l l a m a c o n c . 1 2 3 , y y o
le l l a m a r í a p r ó l o g o , t r a e u n a s c u a n t a s cosas d i g n a s de que
n o las t r a j e s e : • t r a e collit c o n dos //. Sin d u d a que el P .
le ha e n v i a d o al a u t o r a l g u n a c a r r e t a d a de ellas. T r a e Poli-
theus con i l a t i n a , y p a r a r e c o m p e n s a r el ypsilon t r a e á
Panth.zisttz sin ella. T r a e t a m b i é n u n n o m b r e recien a c a b a -
d o de i n v e n t a r , á s a b e r : PoUtichismus con su / ; : con este
m o d o d e forjar p a l a b r a s , p u e d e el P . a u m e n t a r c o n s i d e r a -
b l e m e n t e el d i c c i o n a r i o d e la l e n g u a l a t i n a . P u e d e escribir
Sceptichismus, Djgmatichismus, Platonichismus, y todos los
chismas que le dé la g a n a . T r a e p o r fin á machiabellismus con
o r e j a s : machiabellismus audit; sera m u y posible q u e á o t r a
v e z s a l g a c o n r a b o , y con p a t a s . E n la c o n c . 1 2 4 vuelve á
salir politichismus c o n su h n u e v a .
V a m o s á la p á g . 1 0 : e n ella la c o n c . 1 3 0 h a c e m e n c i ó n
de los rivales d e la escuela T h o m i s t a ; p o r q u e esto m e p a r e c e
que quiere decir la p a l a b r a Thomistarum, pues p a r a p o n e r
Atomista n o se p o n e h , c o n que allá se las h a y a el P. c o n
los S c o t i s t a s , Suaristas y B a c o n i s t a s . E n la Í 3 Í está scolas—
ticis sin h: puede el p o b r e decir que su m a d r e se l l a m a b a
h o g a z a , y él se m u e r e d e h a m b r e . E n la 1 3 4 v i e n e n los p e -
r i p a t é t i c o s c o m o g e n t e ruin con p p e q u e ñ a , c u a n d o á c a d a
i n s t a n t e nos e s t a m o s e n c o n t r a n d o con letra g r a n d e á Corpus.
y o t r a g e n t e de m e n o s v a l o r . E n la que se le sigue p a d e c e n
4Í
la misma a f r e n t a los escolásticos. N o es lo p e o r , sino q u e
t r a s de c u e r n o s p e n i t e n c i a ; pues v i e n e n d e s n u d o s de la h:
consuélense con ver en la p i g i í , c o n c . Í 3 ó , á los C o n c i
lios g e n e r a l e s venir t a m b i é n e n t r e la g e n t e m e n u d a .
M i e n t r a s C i c e r ó n iba leyendo las conclusiones siguientes,
' se m e antojó t o m a r u n libro de los que V . a c a b a b a d e e n
v i a r m e : lo abrí p o r t a n buena p a r t e , q u e e ü o p o r ello se h a
llaban i m p r e s a s e n él las c o n c i a dones que leía C i c e r ó n : le su
pliqué que p a r a s e , é hiciésemos c o t e j o ; p e r o r e s p o n d i ó : q u e
sin h a c e r l o e s t a b a c o n o c i d o que lo m a s del a s e r t o e r a c o p i a
do , y bien se conocía d o n d e el P. p o n i a el r e m i e n d o d e su
p r o p i o l a t i n ; pues de o t r a m a n e r a los solecismos y b a r b a r i s
m o s a n d a r í a n m a s espesos que l o , mosquitos e n las b o d e g a s :
que n o ie i n t e r r u m p i e s e , p o r q u e e n el tít. 2.° de la m i s m a
p a g i n a , y e n la c o n c . í + 9 , lo e s t a b a n e s p e r a n d o divissibili
tate y divissibilis c a d a u n o c o n su s d e m a s , q u e n o la t e n
d r í a n si el P . hubiera tenido la curiosidad d e m i r a r bien el
4
l i b r o ; p e r o p a r e c e que es malísimo c o p i a n t e . E n la c o n c . 1 5 0
viene un Ulitis que t r a e c o n s i g o t o d a s las s o s p e c h a s d e s o l e
c i s m o : quizá el P. q u e r r í a decir illorum; y si n o lo quiso d e
cir , no le h a g a m o s f u e r z a , que h a y e x c o m u n i ó n c o n t r a los
que la h a c e n á los Eclesiásticos.
D e j e m o s otras c o s i l l a s , y v a m o s á la p á g . 1 2 . A p o c o s
pasos está la c o n c . <57 c o n un atrorsum que yo n o c o n o z c o ;
p u d i e r a el P . h a b e r b u s c a d o o t r o t é r m i n o m a s l a t i n o : p u d i e
ra t a m b i é n h a b e r q u i t a d o á repp¿ti u n a p q u e le s o b r a e n la
Í 5 9 . P e r o lo que y o n o p u e d o e n t e n d e r e s , qué v e r b o sea
este que viene en la conc. Í 6 5 d o n d e dice desringatur: esto
está c l a r o , r e s p o n d i ó A v e r r o e s , será desringo^ as, que quizá
signifique estar d e r r e n g a d o . Pues dejemos esta p á g i n a q u e
eso sera, dijo C i c e r ó n , y v a m o s á la 1 3 : e n e l l a , c o n c . 1 7 2 ,
me he e n c o n t r a d o u n a n o v e d a d m u y p a r t i c u l a r . S e p a n V V .
que la m a d e r a se d e r r a m a y a , c o m o a n t e s se solia d e r r a m a r
el a g u a , el v i n o , y c u a l q u i e r a o t r o l i c o r ; y si a l g u i e n les
p r e g u n t a r e quien les h a d a d o t a n i m p o r t a n t e n o t i c i a , c i t e n
al P . , que n o es h o m b r e que se h a de p o n e r á m e n t i r , y lo
dice cía r i t o : lignum funditur. A m i g o s m í o s , ¡ l o que se sabe
de cosas con el t i e m p o ! A g u a r d e n V V . que h a y o t r a noticia
que llevar h a c i a a l l á , y es que cellerrimas se e s c r i b e c o n dos //.
Si V V . lo h a n m e n e s t e r p a r a a l g o , b ú s q u e n l o e n la c o n c . 1 7 8 .
ТОМ. v. 6
4 2
V a m o s á la p á g . 1 4 . ¿ E s p o s i b l e , señor C i c e r ó n , le di-
g e y o , que n o h a de h a b e r p l a n a d o n d e n o t r o p e z e m o s ? Pues
q u é , r e s p o n d i ó él, ¿ u n a s conclusiones t a n e r u d i t a s h a b í a n de
ir u n a p á g i n a siquiera sin p r i m o r e s ? E s o se q u e d a bueno p a -
r a el o t r o a u t o r ; p e r o este n o lo p e r m i t i r á . O si n o ¿ v a y a
q u e V . n o m e a c i e r t a q u é quiere d e c i r u n violina corda que
está e n el r e n g l ó n s e g u n d o , y p e r t e n e c e á la c o n c . í 8 2 ? Y o 9
c i e r t a m e n t e , j a m á s h c o i d o eso. | Y V . , señor A v e r r o e s ? E n
mí vida h e o í d o , dijo é l , s e m e j a n t e a l g a r a b í a . Pues s e ñ o r e s ,
p r o s i g u i ó C i c e r ó n , nos q u e d a r e m o s sin s a b e r l o , p o r q u e y o
t a m p o c o m e a t r e v o á a d i v i n a r l o . Saltó e n t o n c e s el p i m p o r r e -
r o , y dijo : T e n g a V . c u e n t a , s e ñ o r A v e r r o e s , c o n estas
e r r a t a s que n o se e s c a p e n , que y o voy á decir lo q u e es eso
q u e V V . no saben. S e ñ o r e s , violina corda quiere d e c i r , c u e r -
d a d e v i o l i n : este i n s t r u m e n t o es p o c o m a s ó m e n o s c o m o
el que se l l a m a barbitos e n la t i e r r a d e l s e ñ o r A r i s t ó t e l e s , cí-
tara ó lira e n la del señor C i c e r ó n , y rabel e n la del s e ñ o r
A v e r r o e s , que c o m o y o he sido f a c u l t a t i v o le t e n g o a v e r i -
g u a d o s todos sus a p e l l i d o s ; p e r o el P . n o queriéndose m e t e r
e n t a n t o , ha h e c h o lo que el o t r o m u c h a c h o , á quien le
e c h a r o n esta o r a c i ó n : el piojo p i c a la c a b e z a ; y d i j o : piojus
picat cabezam. Q u e d a m o s e n t e r a d o s . N o t ó t a m b i é n C i c e r ó n
q u e en la c o n c l u s i ó n , d e q u e v a m o s h a b l a n d o , se v a r i a á
c a d a i n s t a n t e de t i e m p o c o n u n a m i s m a p a r t í c u l a , y u n
m i s m o s e n t i d o : v. g r . , cur d a r , cur contremiscant; pero pasó
sin d e t e n e r s e h a s t a t r o p e z a r con asficit e n la c o n c . 1 8 4 : le
hizo u n a r e v e r e n c i a , y n o habló m a s p a l a b r a h a s t a que en
la 1 9 8 , p á g . 1 5 , e n c o n t r ó á exalationibus, q u e e n medio de
t a n t a s o b r a de hh iba sin a s p i r a c i ó n . L o dejó p a s a r sin m e -
terse c o n é l , q u e h a r t o t r a b a j o lleva el p o b r e ; y se p a r ó
en las conclusiones 2 0 0 y 2 0 í , d o n d e e s t i r a n d o las cejas e n
a d e m a n de a d m i r a d o , nos d i j o : H a s t a a h o r a , s e ñ o r e s , n o
h a b i a y o sabido q u e n a c i a n los e c l i p s e s : de los h o m b r e s , de
los a n i m a l e s , de los a s t r o s , v a r i a s veces lo he oido d e c i r ;
p e r o que el eclipse n a z c a , c r é a n m e V V . , s e ñ o r e s , que si n o
v i e r a a q u í u n oritur eclypsis, es imposible que lo c r e y e r a . Ya
no t e n d r é dificultad e n decir q u e n a c e n los defeatos d e luz
( e s t o es lo que quiere decir e c l i p s e ) , que n a c e n las t i n i e -
b l a s , que n a c e la c e g u e r a , y que n a c e la m u e r t e . Si h a s t a
a q u í s i e m p r e nace se ha a p l i c a d o á a l g o , y a p o d e m o s decir
43 ,
que naca la n a d a . ¿Pero qué m u c h o sí á Genethliaci le h a n a -
cijo una a e n medio de la p a n z a , y u n a s e n l u g a r de ¡a cí
V é a n l o V V. e n la c o n c . 2 0 7 Genethaliasi, q u e n o lo c o n o c e -
rá la m a d r e que lo p a r i ó .
V a m o s á la pág. 1 6 : en e l l a , c o n c . 2 1 6 , viene el que
conjunción mas a b a j o d e d o n d e debía v e n i r ex ejusque,
pues ni los poetas t i e n e n licencia p a r a lo c o n t r a r i o . E n la
2 1 7 viene t a m b i é n el viento c o n gages de o i d o r : ventus au-
dit: ya v a n t a n t o s oidores n u e v o s que se puede f o r m a r u n a
cnancillería. E n la 2 2 1 está m u y h o n r a d o el adjetivo Sphoe-
ricus c o n su l e t r a g r a n d e : el m u n d o a n d a al r e v é s : y a n o p o -
demos distinguir las gentes por los t r a g e s . H a n p a s a d o m u -
chos hombres de bien á p i e , y el señor Sphcsricus va t a n lu-
cido á caballo. E n la conclusión siguiente quiso el P . R e v e -
rendísimo p o n e r u n a cosa, y puso o t r a : quiso p o n e r Sphueroi-
dale, y puso Spharodiale: p e r d ó n e s e l e n o o b s t a n t e p o r q u e esto
de las etimologías es m u c h a g r i n g u e r í a p a r a su r e v e r e n d í s i m a ; y
no es r a z ó n que u n i n g e n i o de o r d e n t a n superior se encarcele
en las reglas de g r a m á t i c a . L o mismo debemos h a c e r con o t r o s
dos disparatillos que vienen de r e a t a en la 2 2 5 , v é a n l o s V V .
aquí: ignivorum eructiones. P a d r e m i ó , n o h a y tal ignivus, ni tal
eruciio , p a r a o t r a vez que vuestra reverendísima los h a y a m e -
nester , p o n g a iguivomus y eruptio: y si t o d a v í a n o sabe el
genitivo de plural del u n o , ni el n o m i n a t i v o del o t r o , y o se
los p o n d r é : ignivomorum eruptiones. Al fin de la conc. 2 2 7 ,
se vuelve el P a d r e á confirmar e n que palestra se escribe sin
<z d i p t o n g o : que se escriba como el P . q u i s i e r e , y nos q u i -
t a m o s de ruidos. L o que yo n o consentiré ( p u e s sería m u -
c h o c o n s e n t i r , y me e x p o n í a á que me sacasen á la v e r g ü e n -
z a con coroza y ristras de ajos) e s , que en las o r a c i o n e s , q u e
l l a m a n ios m u c h a c h o s de que, la persona q u e h a c e se p o n g a e n
n o m i n a t i v o , n o y e n d o c o n c e r t a d a la o r a c i ó n ; ó p o r el tiempo
llano pospuesto el v e r b o d e t e r m i n a n t e : con que así c u a n d o el
P. dice e n la conc. 2 2 8 : Aqute partícula sphericam habere fi-
guram probabile est: m e veo en la precisión de decirle que q u i -
te el solecismo de en medio y p o n g a partículas: y n o le digo
mas, porque m e voy á la p á g . 17 que queda que h a c e r m u c h o .
Dejemos á palestra que vuelve á q u e b r a r n o s la cabeza , y
vamos á la conc. 2 + 4 , d o n d e dice fabulis amandandas para
decir que ciertas lluvias prodigiosas referidas p o r los historia-
44
dores se deben d e s t e r r a r á las fábulas. E l P . no sabrá , o se
le h a b r á o l v i d a d o , que el lugar a donde se cnvia a l g u n a c o -
s a , se p o n e en acusativo con ad, y otras sin ella : con que
p o n g a m o s ad fábulas, y volvamos á a d v e r t i r l e que no la eche
de culto que le sale m u y mal. E n la misma c o n c . que d e s c a -
beza en la pág. i >5 viene hystoricus con ypsilon: a u n q u e me de-
t e n g a le he de c o n t a r un c u e n t o que oí n o ha muchos dias.
H a b i a en una escuela, entre otros m u c h a c h o s , u n o que se l l a -
m a b a Poncio de A g u i r r e , y á quien lo's c o m p a ñ e r o s i m p a -
c i e n t a b a n llamándole P o n c i o P i l a t o s . Llegó esto á noticia del
m a e s t r o , y m a n d ó d e s a t a c a r á los mas c u l p a d o s ; íes dio u n a
linda z u r r a y t r a s de c a d a a z o t e les d e c í a : no^se dice P o n -
cio P i l a t o s , sino Poncio de A g u i r r e ; a c a b a d o el castigo los
puso á decir la d o c t r i n a , y c u a n d o u n o de ellos llegó al C r e -
d o , a c o r d á n d o s e de lo que se le h a b i a a d v e r t i d o , dijo así:
p a d e c i ó debajo del poder de Poncio de A g u i r r e . L o mismo le
h a sucedido al P . : ha t r a í d o sin ypsilon, que lo t i e n e n , las
p a l a b r a s que hemos n o t a d o ; y como lo h e m o s reñido, h a sido
la e n m i e n d a p o n e r l o a h o r a donde n o lo h a n menester. E n la
c o n c . 25 6 , está el ce d i p t o n g o s e g ú n costumbre supliendo p o r
ce en la p a l a b r a ¿economía. Si este pecado no se repitiera e n
cacod&mones conc. 2 6 0 , y phisicos v i n i e r a con ypsilon en la
2 6 1 , p a s a r i a sin t a c h a la p á g . 1 9 .
E n la 2 0 , á la segunda p a l a b r a , está un g a r r a p a t o n c i -
11o, que se repite e n la c o n c . 2 7 3 : dice olfatur y olfatus: c o n
u n a c que se le p o n g a y diga olfactus, está t o d o c o m p u e s t o .
E n la 2 7 7 viene havitant con v: yo n o sé p a r a qué se c a n -
só el P . en ir á buscar esta letra al ú l t i m o del a l f a b e t o , t e -
niendo la b en la s e g u n d a casa. E n la 2 8 2 , h a y poco á
p o c o dijo el p i m p o r r e r o , que aquí e s t á n e n m e n d a d o s dos d i s -
p a r a t e s : ¡ q u é l á s t i m a , respondió*Cicerón, que el P . n o h u b i e -
se e n m e n d a d o t r e s , y con eso n o nos d e t e n d r í a m o s en esos
d o s ! A ñ a d a V . el propriissime con dos ii, siendo así que con
u n a le s o b r a : si la que h a y de m a s f u e r a / p o d í a m o s a c o m o -
d a r í a con afirmo, que viene falto de ella e n la c o n c . 2 8 3 .
V a m o s t r a s de o t r a p á g . que es la 2 1 . Aqui viene e n la
c o n c . 2 9 7 voluptas supliendo p o r voluntas, de este m o d o : te-
nemur etiam voluptatem componere , ut ea ad bontim verum je-
ratur: sepa el P . que h a y t a n t a diferencia del u n n o m b r e al
o t r o , c u a n t a h a y de los p e p i n o s á los c a r n e r o s ; n o se c o n -
45
renta con empezar por un disparate , sino que t a m b i é n c o n -
cluye con o t r o . D í g a n o s , si gusta , qué p a r t e de la o r a c i ó n
es radicitur. Pág- 2 2 , conc. 3 0 2 , viene u n a locución de las
mas p r i m o r o s a s : quodcumque sibi fieri nolil , nec aliis faceré
obligatur. si en lugar de nec aliis faceré, hubiese puesto ne aliis
facial, sería posible que n o estuviese t a n m a l a . C o m o ya el p a -
pe! se va a c a b a n d o n o quiere el P . p e r d e r la ocasión de e n c a -
j a r todos los d i s p a r a t e s que c u p i e r e n : por eso en la c o n c . 3 0 3
viene dtslendw con <e d i p t o n g o ; p o r eso en la 3 0 5 está cetas
sin é l , siendo así que debía h a b e r s e escrito con ce ; por eso
en esta m i s m a conclusión está bonum communein, c o m o si bo-
num, i, fuese masculino ó f e m e n i n o ; por eso e n la 3 0 9 viene
fadera t a m b i é n con x. e n lugar de ce. d i p t o n g o ; por eso pa-
lestra vuelve á salir m a s abajo sin é l ; por eso en la conc. 3 / 2
viene u n a cosa que n o se puede e n t e n d e r , á saber: Deo MÍ in-
stituere; n o se d a r á latin peor en las B a t u e c a s ; diga ut ir.sti-
tuente, ó MÍ institutore, q u e b a s t a n t e s d i s p a r a t e s h a d i c h o y a :
por eso en la c o n c . 3 Í 5 pone sediciosii, en la 3 ( 6 sediciosa,
la p r i m e r a con dos ii, y a m b a s con un b a r b a r i s i n o ; p o r
eso, en fin. en esta u l t i m a está t a m b i é n ejfucientis con c, d o n -
de debía h a b e r puesto t. P a g . 2 3 y p e n ú l t i m a , c o n c . 3 1 9 ,
está prosequere en i u t i n i t i v o : sin d u d a que este P . h a a p r e n -
dido del o t r o á formar los infinitivos de ios verbos d e p o n e n -
tes : dígase prosequi y v a m o s á a c a b a r .
P e r o n o t e m o s a n t e s que en e s t a m i s m a c o n c . viene praeces
con ¿e d i p t o n g o resuelto , p o r q u e n o quede r a z ó n de d u d a r el
d i s p a r a t e : quítesele y m a r c h e m o s h a s t a la conc. ú l t i m a , esto
es 3 3 0 , donde está exttinguit con una t de sobra; y d o n d e u n
quam, que es t é r m i n o de c o m p a r a t i v o , está a g u a r d a n d o su
comparación, ú o t r a cosa e q u i v a l e n t e á que poder referirse.
P a g . u l t i m a , no h a y mas que u n a conclusión; p e r o p o r q u e ni
aun esa se escape viene phylosophis con el ypsilon , que h a
faltado en t a n t a s o t r a s p a r t e s . I b a C i c e r ó n á c e r r a r el p a p e ! ,
pero a n t e s le dio g a n a d e leer la letra b a s t a r d i l l a , y en la
última n o t a , que está antes de las e r r a t a s , se halló con este
solecismo de r e t a g u a r d i a : phylosophicas tlieses propu^nabuntur,
y dijo de esta s u e r t e : n u n c a m a s bien q u e a h o r a se verifica
lo de finís coronal opas.
¡ E h ! señores, p r o s i g u i ó : y a h a n visto V V . muchos de los
primores que ingieren en sus papeles los dos famosos íilóio-
46
fos que i n t e n t a n e n t e r r a r al señor Aristóteles : h e m o s p e r -
dido m u c h o tiempo y n o p o c a paciencia en n o t a r l o . ; con que
a h o r a es r e g u l a r que los dos P a d r e s g a s t e n un poquito de es-
tas dos cosas en oirme u n a s reflexiones que yo tengo que h a -
c e r l e s . S e ñ o r C i c e r ó n , le dije y o , suspenda V. eso por a h o -
r a , pues esta C a r t a h a salido muy l a r g a , y por mucho que
i n t e n t e a b r e v i a r c r e c e r á d e m a s i a d o . P a r a el viage que viene
cito á V . , y entonces p o d r á decir c u a n t o se le a n t o j e . M e
c o n v e n g o , r e s p o n d i ó é l , y aun n o deja de a c o m o d a r m e que
se h a g a así p a r a e m p l e a r y o el tiempo intermedio en a d q u i -
rir a l g u n a s noticias e n t r e los a m i g o s , que están en este p a í s .
D e s p a c h e V". e s a , y avíseme e n siendo h o r a de escribir otra.
E s t o es, a m i g o d o n M a n u e l , lo que ha resultado de n u e s -
t r a j u n t a : n o t e n g o p o r a h o r a p a r a qué d e t e n e r m e m a s . L o
q u e se ofrece y e s p e r o de V . e s , que e n llegando A v e r r o e s á
su casa, l l a m e un b a r b e r o que lo afeite, y le presente unos h á -
b i t o s p a r a que p u e d a salir p o r esa c i u d a d disfrazado en t r a g e
d e e s c o l a r ; pues sería conocido si lo viesen con alquicel y b i -
g o t e s , y él lleva e n c a r g o de b u s c a r m e a l g u n a s citas de a u t o -
r e s : dígale V . t a m b i é n en qué librería las p o d r á e n c o n t r a r ;
pues a u n q u e u n o d e los libros que V . me r e m i t i ó , y se l l a -
m a M e l c h o r C a n o , e q u i v a l e á u n a librería e n t e r a , quiero n o
o b s t a n t e s a b e r a l g u n a s especies con m a s e x t e n s i ó n , V . p e r d o -
n e t a n t a molestia , y m a n d e sin e m b a r g o á su a m a n t e m a e s -
t r o y a m i g o zz Aristóteles.
E s t a m o s á fines de j u n i o .
P. D. L a p o n g o p o r n o p e r d e r la c o s t u m b r e : dé V . mis
m e m o r i a s á los señores D o c t o r e s mis a m i g o s .
47
CARTA V.
A ?
JTJLmigo'y s e ñ o r : n o m e a c u e r d o de hab'erme reido desde
que estoy e n estos países h a s t a a h o r a , e n q u e h e visto e n t r a r
al a m i g o A v e r r o e s con su s o t a n a y s o m b r e r o t e , y c o n la b a r -
ba t a n r a p a d a que p a r e c e m u g e r . C o m o e s t á b a m o s h e c h o s á
v e r l o c o n unos vigotes que le t a p a b a n h a s t a las o r e j a s , y
con un alquicel t a n m a n c h a d o y r o t o c o m o e r a c o n s i g u i e n t e
á los muchos a ñ o s que h a que lo t r a e p u e s t o , y á lo t i z n a d o
de estas e s t a n c i a s , se nos hizo t a n t a n o v e d a d el n u e v o a s p e c -
to y t r a g e c o n que viene d i s f r a z a d o , que n o p u d i m o s c o n t e -
n e r la risa. E l á quien sobre su genio t a n a d u s t o , c o m o su
n a c i ó n , se le h a b í a infundido u n a l e g i ó n ( p o r n o decir o t r a
c o s a ) de m a g e s t a d y p r e s u n c i ó n , nos a m o n e s t ó c o n t o d a se-
r i e d a d que contuviésemos la r i s a , q u e m i r á s e m o s q u e y a ve-
nia vestido de d o c t o r , y e r a n e c e s a r i o que lo t r a t á s e m o s c o n
el r e s p e t o y m i r a m i e n t o , c o n que él había visto q u e se t r a -
t a b a á los d o c t o r e s d e esa t i e r r a . L e p r e g u n t é y o si a c a s o el
ser doctor consistía e n el vestido; y r e s p o n d i ó él c o n la m i s -
ma g r a v e d a d que a n t e s , q u e esta e r a sin d u d a la p a r t e p r i n -
cipal; pues que le c o n s t a b a que h a b i a m u c h o s d o c t o r e s , q u e
p a r a serlo n o n e c e s i t a b a n el v e s t i d o ; habia t a m b i é n o t r o s ,
que en d e s n u d á n d o l o s de é l , se p o d í a n vestir sin m i l a g r o d e
hojas y bellotas. A g r a d e c í m u c h o la n o t i c i a ; le supliqué q u e
pues V". habia t e n i d o la b o n d a d de d a r l e a q u e l l a s o p a l a n d a s ,
que las d o b l a s e , y m i r a s e p o r e l l a s , ó q u e al m e n o s se las
q u i t a s e ; pues me t e m í ( y esto lo digo e n c o n f i a n z a ) q u e
r e v e n t a s e , según venia s o p l a n d o desde q u e se vio con g a g e s
de d o c t o r .
43
Va había r a t o que C i c e r ó n e s p e r a b a su v e n i d a , deseoso de
d e s e m b u c h a r las especies q u e t e n i a p e n s a d a s . C o n que luego
que el d o c t o r A v e r r o e s , q u i t a d o s los Hábitos, se t r a n s f o r m ó
e n A v e r r o e s e n p e l o , s u p l i c a n d o á n u e s t r o c o r r e c t o r de g r a -
m á t i c a acabase de d e s p a c h a r n o s , hízoio a s i , e m p e z a n d o su
r e t a i l a d e este m o d o : E n tres ocasiones c o n s e c u t i v a s hemos
h a b l a d o l a r g a m e n t e a c e r c a del latín de los dos R e v e r e n d i .irnos
P a d r e s : c o n t r a i g a m o s a h o r a las v e l a s ; y p a r a r e d u c i r a un
p a n t o de vista su v a s t a e r u d i c i ó n en esta f a c u l t a d , h a g a m o s
u n c o m o e p í l o g o de todos sus p r i m o r e s . La g r a m á t i c a t i e n e
c u a t r o p a r t e s , y e n t o d a s ellas h a n p u e s t o su r e f o r m a . H a n
r e f o r m a d o la o r t o g r a f í a , c o m o lo d e m u e s t r a n un millón de
e g e m p i o s q u e n o f e p i t o , p o r q u e s e r í a fastidiar. H a n d a d o u n
n u e v o aspecto á la e t i m o l o g í a e n todas sus p a r t e s : en las d e -
c l i n a c i o n e s , v. g r . gravidem del p r i m e r p a p e l y quxis del se-
g u n d o : e n las c o n j u g a c i o n e s transUeremus del p r i m e r o , y
prosequere infinitivo del o t r o , n o m e d e j a r á n m e n t i r . E n l a s
r e g l a s d e g é n e r o s regida n e u t r o del P . N . , y bonum masculi-
n o d e su c o m p a ñ e r o e s t á n desafiando á que los v a y a n á v e r .
E n las de p r e t é r i t o s reflectumde reflecto que se c o d g e del p r i -
m e r p a p e l , y exitum d e exuo que está c l a r o e n el s e g u n d o lo
p r u e b a n suficientemente. E n la f o r m a c i ó n de c o m p a r a t i v o s
V s u p e r l a t i v o s q u e lo d i g a n dificlltior del p r i m e r o y propriis-
sime del s e g u n d o . H a n d e s e n v u e l t o t o d a la s i u t a x i s , pues e n
ella a p e n a s h a q u e d a d o t í t e r e c o n c a b e z a . D e s c u e l l a n e n t r e
sus solecismos las n u e v a s c o n c o r d a n c i a s y la v a r i a colocaciou
d e p e r s o n a s , asi que h a c e c o m o que p a d e c e , s o b r e que hemos
h a b l a d o y a b a s t a n t e . E s c i e r t o que n o los h e m o s oido h a b l a r ;
p e r o su m o d o de escribir nos d a s o b r a d a idea del nuevo a s -
p e c t o que h a b r á n d a d o á la prosodia. P o n g a m o s u n e g e m p l o :
dice el P . N . alliquod con dos / / , y el o t r o P . reppetunt c o n
dos pp. Si t i e n e n p o r l a r g a la p r i m e r a sílaba de c a d a u n a
d e estas dos p a l a b r a s , la t i e n e n sin d u d a p o r u n a cosa q u e
n o e s ; si las t i e n e n p o r b r e v e s , es p r e c i s o q u e h a y a n e n m e n -
d a d o la famosa r e g l a de consona si dúplex. C o n q u e según eso,
dijo A v e r r o e s , los r e v e r e n d í s i m o s q u e se h a n p r o p u e s t o e n -
t e r r a r la l ó g i c a , física y metafísica y m o r a l del m a e s t r o , h a n
e n t e r r a d o p r i m e r o la e t i m o l o g í a , s i n t a x i s , p r o s o d i a y o r t o -
g r a f í a de V . ; y sobre V". h a caido a q u e l l a i m p r e c a c i ó n de
mala pedrada te den por darle á otro. Asi e s , a m i g o , r e s p o n d i ó
49
Cicerón , n o se p v e d e n e g a r que si h u b i e r a m u c h o s latinos
с о л ю estos dos P a d r e s , s e r í a m e n e s t e r i r m e á vivir c o n mis
escritos á la isla del P e r e g i l ; si es que q u i e r o que n o me e n
t e r r a s e n vivo c o m o al s e ñ o r A r i s t ó t e l e s .
D í g a m e V . , señor C i c e r ó n , le dije y o : ¿ y á V . n o !e a c u
sa la conciencia d e h a b e r a ñ a d i d o algo , ó e x a g e r a d o d e m a
siado? ¿ C ó m o m e dice V . eso? respondió él. ¿ S o y y o h o m b r e
de esos tratos y de tales i m p o s t u r a s ? A h í e s t á n los p a p e l e s ;
cualquiera puede verlos , y h a l l a r á la j u s t i c i a con que h a b l o ,
y la m u c h a i n d u l g e n c i a que h e t e n i d o . P u e s d í g a m e V . ¿ si
y o me hubiese puesto á n o t a r las i m p r o p i e d a d e s de infinitas
l o c u c i o n e s , si hubiese h e c h o a l t o sobre las voces que los l a
tinos tienen por b a r b a r a s ó s o s p e c h o s a s , piensa V . que h u b i é
r a m o s a c a b a d o en m u c h o s años ? Y si nos h u b i é s e m o s q u e r i d o
m e t e r con los t é r m i n o s propios de los e s c o l á s t i c o s , de que se
ríen t a n t o ios que como los P a d r e s q u i e r e n p a s a r p o r filóso
fos de p r i m e r a suerte, ¿ c u a n d o nos p o d r í a m o s d e s e n r e d a r d e
t a n t o , como ellos nos d i e r a n que d e c i r ? N o piensen V V . p o r
e s t o , que yo repruebo dichos t é r m i n o s : después d a r é mi p a
r e c e r acerca de ellos; lo que deben p e n s a r e s , que ellos u s u r
pados por los Reverendísimos P a d r e s les h a c e n u n a r g u m e n t o
ad ¡tominera que no tiene respuesta. P o r q u e si u n a de las c a u
sas p r i n c i p a l e s del desprecio y risa con que m i r a n la filosofía
e s c o l á s t i c a , es el lenguage b á r b a r o é i n c u l t o ( c o m o ellos Je
l l a m a n ) de que u s a : si en vista de este l e n g u a g e e s t á n á ¡os
p e r i p a t é t i c o s g e r i n g á n d o l o s con daca la filosofía b á r b a r a , t o
m a ¡a barbarie del Aristotelismo; ¿que d i r á n , t a n t o sus R e v e
r e n d í s i m a s , c o m o los d e m á s amigos s u y o s , c u a n d o les h a g a
m o s ver no solo que su latin es c o n t r a t o d a r e g l a de g r a m á
tica , sino que t a m b i é n u s u r p a á quidditatis, abstractive, emi
tas, colorifici, motibus, divisibilitate y o t r o s seiscientos t é r m i
nos nacidos e n la escuela y u s u r p a d o s por los escolásticos d e
que t a n t o se ríen ? ¿ T i e n e n a c a s o a l g u n a bula p a r a q u e n o
sea p e c a d o e n eilos lo q u e e n d i c t a m e n de ellos m i s m o s es
t a n leo p e c a d o e n los o t r o s ? C r é a m e V . , s e ñ o r A r i s t ó t e l e s ,
los dos p a p e l e s son algo p e o r e s de lo que p a r e c e n . Ya e s t o y
en e s o , le r e s p o n d í y o , y c o n el t i e m p o p i e n s o d e c i r cosas
q u e lo p o n d r á n fuera de t o d a d u d a .
Si hubiese de valer mi d i c t a m e n , dijo C i c e r ó n , n o n e c e
sitaba V. de h a c e r cosa a l g u n a : c o n solo d e c i r á los P a d r e s
том. v. 7
50
que se p o n g a n en estado de p a s a r p o r rsramáticos a n t e s d e
m e t e r s e á jueces d e los filósofos, les tenia V. c e r r a d a la b o -
ca. Y si n o d í g a m e , ¿ d ó n d e p u e d e e n c o n t r a r s e u n a i m a g i n a -
ción t a n fresca c o m o la de los autores, que n o sabiendo casi
los p r i m e r o s r u d i m e n t o s del l a t í n , se p o n g a n á erigir u n t r i -
b u n a l á d o n d e c o m p a r e z c a n á juicio c u a n t o s de c u a t r o , y
m a s siglos á esta p a r t e h a n p a s a d o e n el m u n d o p o r filóso-
fos? ¿ Q u i é n sino la i g n o r a n c i a p u e d e d a r alientos á unos h o m -
bres p a r a que e n u n t e a t r o d e p e r i p a t é t i c o s , m u c h o s d e ellos
n o t o r i a m e n t e e r u d i t o s , p r e s e n t e n un a s e r t o , p o n i e n d o á los
p e r i p a t é t i c o s p o c o m e n o s q u e d e b u r r o s , siendo asi que si los
a u t o r e s estuviesen e n u n a ciase de g r a m á t i c a , s i e m p r e serian
de la b a n d a del b u r r o ? ¿ L e s p a r e c e m e j o r la filosofía nueva
q u e la a n t i g u a ? Sea en h o r a b u e n a : m a s n o z a h i e r a n t a n abier-
t a m e n t e á los a n t i g u o s ; y si los z a h i e r e n , sea de un modo-
q u e n o se les p u e d a e c h a r e n c a r a u n defecto t a n v e r g o n z o -
s o , c o m o es la i g n o r a n c i a e n la g r a m á t i c a . E l P . N . es el
p r i m e r p e r i p a t é t i c o q u e se h a p r e s e n t a d o e n S e v i l l a , r e n e -
g a n d o de la filosofía q u e n o a p r e n d i ó , y e m p e ñ a d o e n e n -
s e ñ a r u n a que p r o b a b l e m e n t e n o s a b e : q u i e r e p a s a r p o r h o m -
b r e sin p r e o c u p a c i o n e s , i n s t r u i d o , fino, sabio á la m o d a :
q u i e r e ser tenido p o r o r á c u l o d e la filosofía m o d e r n a . Y qué?
¿ c o n s i g u e esto h a c i e n d o esta c o n c o r d a n c i a e n el l a t í n ca-
tegoría gravidem rejicimus ? ¿ T a n i g n o r a n t e s c o n t e m p l a á
los sevillanos que piense h a n de d e j a r s e l l e v a r de u n a e l o c u e n -
cia t a n d i v i n a ? N o h a f a l t a d o quien lo a p l a u d a ; esa es su
m a y o r i g n o r a n c i a . Si reflexionase sobre sus a p r o b a d o r e s , les
d a r i a c u a l q u i e r a cosa p o r q u e cesasen de a p l a u d i r l o . Los libros
d e filosofía escritos p o r a u t o r e s e x t r a n g e r o s , a u n q u e t e n g a n
lo que t u v i e r e n ( p u e s e n esto n o debo m e t e r m e ) , h a b l a n si-
q u i e r a u n latin r e g u l a r . Pues asi c o m o t o m a de ellos las s á -
t i r a s c o n t r a los escolásticos, ¿ p o r que n o t o m a t a m b i é n el
estilo c o n que las p o n e n ? ¿ Consiste acaso la filosolia q u e s a -
b e , e n saber r e c o g e r y a m p l i f i c a r c u a n t o los filósofos d e l día
dicen c o n t r a la escuela d e A r i s t ó t e l e s ? ¿ Q u é d i r á n los e x t r a n -
geros , si llegase á sus m a n o s el p a p e l del P.? ¿ Q u é c o n c e p t o
t a n a l t o f o r m a r í a n d e la erudición e s p a ñ o l a , y m a s c u a n d o
e s t á n e n p o s e d o n de j u z g a r i n i c u a m e n t e de la E s p a ñ a , infi-
r i e n d o p o r los despropósitos de u n o la i g n o r a n c i a d e todos?
¡ A h ! T r a b a j a n sabios e s p a ñ o l e s e n v i n d i c a r á su n a c i ó n de
51
l a b a r b a r i e é i g n o r a n c i a e n q u e sus émulos la s u p o n e n : h a -
c e n j u s t i c i a m u c h o s e x t r a n g e r o s al m é r i t o d e sus s a b i o s , y
h a y h o m b r e s e n E s p a ñ a , q u e á t í t u l o d e c o r r e g i r los d e f e c -
tos que h a y , ó a l g u n a s veces s u p o n e n , p r e s e n t a n á los e x -
t r a n g e r o s nuevas a r m a s c o n que la c o m b a t a n . Si el a s e r t o d e
q u e h a b l o , c o m p a r e c i e s e e n P a r í s ó en B o l o n i a , ¿no s e r í a b a s -
t a n t e á destruir c u a n t o h a n edificado C a v a n i l l a s , J u a n A n -
d r é s , Lampillas y Masdeu ?
¿ Q u é d i r é del s e g u n d o ? É l está c o n s a g r a d o á un m i n i s -
t r o sabio , serio y j u i c i o s o ; á u n m i n i s t r o a m a n t e de la l i t e -
r a t u r a , q u e la p r o m u e v e e n c u a n t o le es p o s i b l e ; que c o n o -
c i e n d o t o d o el v a l o r de los ingenios de E s p a ñ a , quisiera q u e
r e n a c i e s e e n sus dias el siglo X V I , y que e n fin ¡levando t a n
nía/ que ios franceses p r e t e n d a n el a b s o l u t o d o m i n i o d e las
l e t r a s , c o m o que los ingleses p r e t e n d i e s e n el de los m a r e s ,
está m u y lejos de recibir con g u s t o los solecismos y b a r b a -
r i s m o s ; y m u c h o m a s lejos e s t á de l l e v a r á b i e n , q u e á t í t u -
lo de p r o m o v e r el buen g u s t o d e las l e t r a s , se a r r a s t r e n c o m o
t r a p o s los e s c o l á s t i c o s , a l g u n o s d e los cuales h a n s i d o , son
y s e r á n la g l o r i a de la n a c i ó n , y esto p o r b o c a d e h o m b r e
que t r a s de c a d a p a l a b r a l a t i n a que p o n e d e s u y o ( p u e s c o -
p i a r l a s lo b a r i a mi a b u e l a ) , e n s a r t a dos d i s p a r a t e s . Si este
p e r s o n a g e e n a l g ú n r a t o ocioso t o m a el p a p e l e n t r e m a n o s ,
y se e n c u e n t r a c o n prorerum existentiam comprobandam, ¿no
les p a r e c e r á á V V . q u e q u e d a r á m u y satisfecho del l o g r o d e
sus deseos? ¿ Q u e f o r m a r á u n g r a n juicio d e la i n s t r u c c i ó n
d e S e v i l l a U n a s conclusiones que d e d i c a u n c u e r p o t a n
2
sa-
bio y respetable c o m o a q u e l á d o n d e el P . p e r t e n e c e , á u n
h o m b r e tan instruido y t a n ilustre , llevan c o n s i g o el c a r á c r
ter t a n t o de las p e r s o n a s que d e d i c a n , c u a n t o d e a q u e l l a á
quien se dedica. S u p o n e s u m o c u i d a d o e n a q u e l l o s p a r a d a r -
lo ai p u b l i c o , y el debido c o n c e p t o de la l i t e r a t u r a de este.
¿Y tiene el P . v a l o r p a r a d a r á la p r e n s a e n n o m b r e de su
religión u n p a p e l que le h a c e t a n p o q u í s i m o h o n o r ? ¿Y tie-
n e v a l o r p a r a p o n e r l o s e n m a n o s d e u n t a n sabio ministro?
Qué ¿ p i e n s a a c a s o que á este le d i v i e r t e n , c o m o d i v i e r t e n á
c u a t r o i g n o r a n t e s a q u e l l a s g r a c i a s ( p o r n o l l a m a r l a s c o n su
n o m b r e p r o p i o ) turpiter errarunt scolastici, irridendi sunt sco~
lastici, &c. ? ¿ P i e n s a q u e u n h o m b r e t a n i n s t r u i d o n o ha d e
h a c e r caso de t a n t o solecismo y b a r b a r i s m o c o m o p o n e ? E n -
59
t i e n d a el P. p a r a e n a d e l a n t e q u e e n m a n o s de s e m e j a n t e s
M e c e n a s solo d e b e n p o n e r s e escritos llenos de s a b i d u r í a y
m o d e r a c i ó n ; y que lo c o n t r a r i o está t a n lejos de ser obsequio,
que se r o z a c o n el insulto.
Dijo esto C i c e r ó n ( s u p o n g o q u e c o n estas p a l a b r a s ) p e r o
c o n t a n t o n e r v i o y v e h e m e n c i a , que puedo a s e g u r a r á V., ami-
go d o n M a n u e l , que m e q u e d é c o m o t r a n s p o r t a d o , y a u n t u -
ve lástima de los a u t o r e s de mi e n t i e r r o , con solo p e n s a r el
b o c h o r n o que p o d r i a o c a s i o n a r l e s , si lo hubieran oido. A v e r -
roes que estuvo a l g o m a s p a s m a d o que yo , después que v o l -
vió u n p o c o d e su a d m i r a c i ó n , d i j o : no tiene d u d a , seiíor C i -
c e r ó n , que los dos P a d r e s la h a n e r r a d o del t o d o ; con u n
p a r de libras de c h o c o l a t e p u d i e r a n h a b e r evitado esta n o t a ,
d á n d o s e l a s , y a que ellos n o e r a n c a p a c e s de h a c e r l o , á un
m a e s t r o de g r a m á t i c a que les corrigiese el a s e r t o . E s o e s t a r í a
b u e n o , dijo C i c e r ó n , p a r a que los P a d r e s conociesen su t a i -
ta ; pues el que la c o n o c e , tiene a n d a d o m u c h o p a r a r e m e -
d i a r í a ; p e r o t a n lejos e s t á n de c o n o c e r l a , c u a n t o lo d e m u e s -
t r a u n a conclusión del s e g u n d o p a p e l que p a s é en c l a r o al
t i e m p o de l e e r l o , p o r q u e V V . n o se i r r i t a s e n , d o n d e su e r u -
d i t o a u t o r la e c h a de facultativo e n t r e s l e n g u a s , y p o n e á
V V . de r o p a de p a s c u a . D i c e así c o n c . 1 7 : post insignes adeo
commendatores, unas Aristóteles ex graco non bono malus ¡ati-
nas, iffe. ¿ C o n que esa t e n e m o s ? r e s p o n d i ó A v e r r o e s , ¿el se-
ñ o r m a e s t r o C i r u e l a que n o sabe leer p o n e e s c u e l a ? Q u i e n
viere e s o , p e n s a r í a q u e el R e v e r e n d í s i m o P . es p e r i t o e n las
t r e s l e n g u a s ; que h a tenido á la vista los e g e m p l a r e s y las
t r a s l a c i o n e s , y que después de un estudio d u r í s i m o y de u n a
l a r g a meditación h a p r o f e r i d o t a n m a g i s t r a l y decisiva sen-
tencia. ¿ Q u i é n p u e d e a g u a n t a r esto ? N o sabe á musa, ce, y
quiere decidir sobre el m é r i t o de los a u t o r e s en las l e n g u a s
l a t i n a , a r á b i g a y g r i e g a . P l u g u i e r a á Dios que hablase bien
la c a s t e l l a n a ! Si u n o de los malteses que hay en a q u e l l a c i u -
d a d , se hubiera vestido de f r a i l e , y c o m p a r e c i d o e n el t e a -
t r o p a r a a r g ü i r ai P a d r e , le p o d i a h a b e r d a d o u n s o l e m n e
c a p u z , sin estudiar m a l d i t a cosa. E n t o m a n d o de m e m o r i a u n
t r o z o de la t r a d u c c i ó n l a t i n a de A r i s t ó t e l e s , y o t r o p e d a z o ,
v a fuese del A l c o r á n , y a de c u a l q u i e r e s c r i t o a r á b i g o , s u p o -
n i e n d o que e r a la t r a d u c c i ó n a r á b i g a del m i s m o filósofo; e n
e m p e z a n d o á h a c e r u n cotejo e n t r e la a l g a r a b í a y el l a t í n ,
í' 1
todo seria a l g a r a b í a p a r a el Р . , y q u e d a r í a e s c a r m e n t a d o p a
ra no m e t e r s e e n со.as que no e n t i e n d e .
E s o , dijo Cicerón , t a n digno de ridiculizarse, a u n t o d a
vía es n a d a si se c o m p a r a coa la m a l a fe , peor juicio y p é
sima instrucción ( q u e yo también sé usar de malas, pejor,
pessimus) con que la conclusión está puesta. Mala fé. Ы
p r i m e r o que dijo a l g o que se pareciese á eso que el P . p o n e ,
y de donde ó el P. ó el a u t o r que copió lo lia t o m a d o , fue el
célebre y e r u d i t o valenciano J u a n Luis Vives, E s t e c i t a d o
por don Nicolás A n t o n i o ( p u e s el sugeto que me dio la no
ticia n o pudo haber á las m a n o s el o r i g i n a l ) lib. 3. de caíais
corrupta: eloquentice, dice h a b l a n d o de las t r a d u c c i o n e s de
Aristóteles: in qtta translatione ex PTSCÍÍ bonis facta sunt latina
non buha : ex latinis vero malis arábica pessima. Si el P . h u
biera querido pudiera h a b e r e n r i q u e c i d o su papel con las p a
labras de este g r a n d e h o m b r e . P e r o e n t o n c e s , ¿ c ó m o se ha
bía de m o r d e r á Aristóteles que es el a s u n t o ? N o q u e d a b a m a s
recurso que valerse de los términos de V i v e s , poniéndole u n a
cosita que le hiciese decir lo c o n t r a r i o . H í z o s e a s í ; y d o n d e
éí dice gnecis bonis, puso el P . ex greco non bono. ¿ Se hace e s
to entre gente de b i e n?
Pues si m a l a es la f é , peor es el juicio. A u n d a d o caso
que el P . e n c o n t r a s e escrito en a l g u n o de esos filosoíillos c e
tres al c u a r t o lo que d i c e : e s t a n d o e n c o n t r a el célebre Luis
Vives ¿á cuál de los dos se debería a t e n e r ? Ai señor Z u r r i
b u r r i que e n t e n d i ó t a n t o el griego como el c h i n o , ¿ ó á este
famoso maestro en esta lengua ? ; N o debiera h a b e r r e c u r r í
a o á la crítica que éi forma de las o b r a s del señor A r i s t ó t e
les? Si antes de e s t a m p a r su conclusión lo hubiera h e c h o ,
á fé mía que no se h u b i e r a p r e c i p i t a d o . H u b i e r a e n t o n c e s
visto que este sabio espaqol dice ( i n cens. oper. A r i s t o t . pág.
25. tom. Ш . edir. V a l e n t . 1 7 8 2 ) : Nihil est ineo vacans , aut
inane: omnia solida, et plena: nunquam sinit lectorem cui
tan, aut airad legere. De hoc veré dici potest, qued Lisia athe
niensi, minori de causa attribuitur, ruituram structuram uni
versam, si vel verbulum wium tanquam lapidan detraxeris. Y
después a ñ a d e : Scripserunt veteres philosophi ante Aristotelem
Раиса, atque ea conjuse. Primas omnium Plato eleganter sane multa
et docte; sed ad docendum, discendumque parum accommodate.
Anstotelis omina ordinem, et formam habent institutionis ac
5+
disciplines, nec fuit dexteritas in aliquo ad artes tradendas par.
Omnia vero sunt illi certis pr<zceptis et formulis conscripta, ea
brevitate et gravitate verborum , ac sententiaram, ut accipi fu-
cile, retinerique possint, et ad usum, cum res postulat, accom-
modari. Verba autem nidias gnecorum habet ceque apposita, i ta
ut ex rebus videantur nasci quas tractat. Non per sequilar vocurn
/¡ósculos , et orationis deliciólas, queis inani oblectamento delini-
tum lectorem teneat, postea remittat vacuum. Plena est Ulitis ara-
ño ingenti fructu cognitionis rerum scitu dignarum: non cantal
pmsentem gratiam leuem , ac momentaneam, sed affert diutur-
nan utilitatem. Este es el c a r á c t e r g e n u i n o d e las obras d e !
señor Aristóteles , la e l o c u e n c i a sin a f e c t a c i ó n , la p r o p i e d a d ,
la c o n c i s i ó n , el fruto.
P e r o por c u a n t o al P . se le h a r á esto difícil de c r e e r , oiga
t o d a v i a o t r o p e d a c i t o del señor L u i s V i v e s , que merecía e s t a r
escrito con c a r a c t e r e s de o r o . Idcirco nec ad quemlibet gustum
facit tantas auctor, nec quemlibet lectorem desiderat: volunt Ari-
stotelis opera lectorem ingenii non acuti tantum, sed etiamprofun-
di, solidi, sani, circunspecti ( m i r e n V V . c u a n t a impertinencia):
volunt attentum , diligentem, imbutum cognitione rerum multa-
rum. Hcec si desint, nihil Aristotelicis libris existimabitur aspe-
rius, insuavius, inamenius^ quemadmodum nonnulli de eo ju-
dicant, vel propter ignorantiam , vel propter teneritudinem in~
genioram, pondus non férenles tantee doctrina;; quemadmodum
infirmis oculis lux solis, et diei splendor molestus est, quo nihil
est sanis et valentibus jucundius." ¿ N o les p a r e c e á V V . que
Luis Vives tuvo muchísimo de p r o f e t a , y que e n estas últimas
p a l a b r a s p i n t a con sus colores n a t u r a l e s á los dos r e v e r e n d o s ,
V á todo el j a b a r d i l l o de doctores m i n u t o s que h a n c o n s p i r a -
do c o n t r a el señor Aristóteles? N i a u n viéndolos y c o n o c i é n -
dolos se p o d r i a h a b l a r c o n m a s p r o p i e d a d . C i e r t a m e n t e q u e
si el P . N . hubiese leido esto, quizá n o se h u b i e r a a t r e v i d o con
aquello de gr&co non bono, y después que llegue á su noticia
q u e Vives lo dijo , r e n e g a r á de él m u c h o m a s q u e del t o c i -
no M a h o m a .
P e r o n o es lo p e o r , sino que V i v e s n o dijo o t r a cosa sino
lo que habia leido en c u a n t o s pasamos e n el m u n d o p o r i n -
teligentes e n la elocuencia y ' g r a t n á t i c a : p e r m í t a s e m e c i t a r m e
á mí misino que soy t e n i d o por el P r í n c i p e e n a m b a s facul-
t a d e s , y que del g r i e g o tuve eí c o n o c i m i e n t o que es c o n s t a n -
55
te á todos. E n el lib. 3 de or-atore dije , que A r i s t ó t e l e s re-
rum cognitionem cum orationis exercitatione conjunxit. E n las
cuestiones a c a d é m i c a s : flamen orationis aureum fundens Ari-
stóteles. E n la oración 3 4 q u e : lsocratem ( y este era un c é l e -
bre o r a d o r g r i e g o ) orationis ornatu lacessivit. E n ¡os T ó p i c o s :
Aristotelis dicendi copia, et suavitas incredibiiis. Y en E r u i o :
Aristotele tierno verbosior in scribendo. N o me d e t e n g o e n d e -
c i r , que é! fue el p r i m e r o que redujo á a r t e la r e t o r i c a , y
escribió la o b r a m a e s t r a que h a y a c e r c a de e l l a , p o r q u e eso
lo saben hasta los m u c h a c h o s . N o es buena t r a z a esta de ser
Aristóteles t a n defectuoso en el g r i e g o , c o m o quiere el P. p i n -
t a r l o . D e o t r o s infinitos que pudiera c i t a r , me c o n t e n t o c o n
t r a e r solo á Q u i n t i l i a n o , á quien n a d i e disputa el vero sobre
la facultad. Ó i g a n l o V V . en el lib. ÍO. inst. orat. Quid Ari-
stotelem ? quem dubito scientia rerum, an scriptorum copia, an
eloquendi suavitate , an inventionum acumine, an veritate ope-
rum clariorem putem . 2
Ahora bien; P. reverendísimo, ¿ y de
qué sirven t a n t a s reglas de crítica como vuestra r e v e r e n d í s i m a
sabe? ¿ H a y a l g u n a de ellas que m a n d e que en los p u n t o s q u e
n o entendernos, d e g e m o s á un lado el d i c t a m e n de los f a c u l -
t a t i v o s , y a b r a z e m o s el que nos inspira nuestro a n t o j o ? ¿ H a y
a l g u n a que m a n d e que d e s a c r e d i t e m o s á aquel á quien a c r e -
d i t a n ios maestros e n la f a c u l t a d ?
T e n e m o s pues vista la m a l a c r í t i c a del P . : v a m o s á su ins-
trucción. S u p o n g o que u n h o m b r e que no la tiene en el l a t i n ,
peor la t e n d r á en el g r i e g o ; y que p a r a f o r m a r juicio de e s -
critos griegos y latinos debía tenerlas a m b a s . C o n que r e c o r -
démosle aquello de tractent fabrilia fabri, y vamos á hacer
o t r a reflexión sobre el malus latinas. Ya que este e p í t e t o le
viene al P . tan de perilla , y y a que no p u d o resistir la ten-
tación de echarle en c a r a á los escolásticos la m a l a t r a d u c -
ción de Aristóteles, debió haberse i n s t r u i d o en las causas que
influyeron en que n o fuese exacta la t r a d u c c i ó n . P o r q u e si ella
ha sido m a l a sin culpa de los t r a d u c t o r e s , n o es r a z ó n que se
les desacredite por esto. ¿ Q u i é n se h a de a t r e v e r á decirle á
uno por baldón que es mortal ? N i n g u n o tiene la culpa de ser-
lo porque esta es condición de la n a t u r a l e z a , y no defecto que
se procura por los que la tienen. P u e s , s e ñ o r e s , la m a l a t r a -
ducción de Aristóteles es como n a t u r a l al t e x t o g r i e g o , y le
es como natural por la suma perfección del t e x t o g r i e g o . Q u i -
56
z í el P. se e s c a n d a l i z a r á de esta p r o p o s i c i ó n ; poro a g u á r d e s e
u n poco h a s t a e s c u c h a r las pruebas. T o d o s saben las v e n t a -
j a s que la lengua g r i e g a hizo á la latina en la a b u n d a n c i a y
e n la facilidad de frases c o n que se e x p l i c a b a : de aqui es, que
V i r g i l i o , y o y c u a n t o s e n m i siglo h a b l a r o n bien en R o m a ,
t r á g a n o s del griego infinitas p a l a b r a s con que enriquecer n u e s -
t r a l e n g u a , y con todo eso ella n o salió de p o b r e . Séneca se
queja de ella en la E p í s t . 58 , y muchos erudito* ¡o h a n h e -
c h o ver después. S e g ú n el d i c t a m e n de Juan- Luis V i v e s , c i -
t a d o a r r i b a , y según la v e r d a d , las o b r a s del señor A r i s t ó t e -
les e s t á n escritas -con s u m a p r o p i e d a d d e p a l a b r a s y con tal
e x a c t i t u d d e e x p r e s i o n e s , que v a r i a d a u n a se destruye t o d a
la locución. A esto se j u n t a , que los latinos no conocieron
m a s voces filosóficas que las que usé y o , y usó L u c r e c i o con al-
g u n o s otros pocos que escribieron filosofía en el siglo de A u g u s -
t o y p o s t e r i o r e s ; y que n o h a b i e n d o n i n g u n o de ellos escrito
c o m o p e r i p a t é t i c o , n o tuvimos necesidad de v a l e m o s de n u e -
v a s voces q u e e x p l i c a s e n las ideas que Aristóteles t a n feliz-
m e n t e explicó e n el griego. D e d o n d e resulta , que aquel que
i n t e n t a s e t r a d u c i r sus o b r a s del i d i o m a g r i e g o al n a l i v o , se
h a l l a b a s i e m p r e con dificultades que n i n g u n a s fuerzas p u e d e n
vencer. P o r una p a r t e u n t e x t o ; d o n d e v a r i a d a u n a p a l a b r a se
p e r d í a t o d o u n t e x t o con mil p a l a b r a s y expresiones p r o p i a s
d e la facultad que t r a t a b a : p o r o t r a u n i d i o m a m u c h o m a s
e s c a s o , y e n d o n d e ni a u n se h a b í a n c o n c e b i d o las ideas que
se i b a n á explicar. ¿ Q u é se h a b i a de h a c e r ? ¿ C e ñ i r s e á u n a
t r a d u c c i ó n l i t e r a l ? Eso hicieron u n o s , y s a c a r o n un latin n e -
c e s a r i a m e n t e d u r o y desusado. ¿ T o m a r s e licencia de p e r i f r a -
s e a r ? E s t e c a m i n o siguieron o t r o s ; p e r o e s t a n d o s i e m p r e e n
pie la dificultad de que la l e n g u a l a t i n a n o t e n i a expresiones
e q u i v a l e n t e s al t e x t o g r i e g o , se a p a r t a n con m u c h o del s e n -
t i d o de este.
A esto se a ñ a d e , que como n o t a J u a n Luis V i v e s , el s e n -
tido de Aristóteles es confuso e n m u c h a s p a r t e s ; lo p r i m e r o ,
porque en su t i e m p o e r a c o s t u m b r e e n t r e los filósolos e x p o -
n e r sus d o c t r i n a s bajo de símbolos y frases q u e no fuesen a s e -
quibles á todos. Si hicieron bien ó mal yo n o lo q u i e r o d e -
cir a h o r a : lo cierto e s , que ojala siempre se hubiese escrito
así la filosofía, pues de este m o d o n o se h u b i e r a abierto ca-
mino p a r a q u e quisiesen d a r voto en ella h a . t a los c a r d a d o r e s .
57
L o segundo , p o r q u e el señor A r i s t ó t e l e s , u n a s veces p o r q u e
n o a l c a n z a b a b i e n las cosas , o t r a s p o r q u e n o estaba m u y s e
g u r o d e la c e r t i d u m b r e d e ellas, t u v o la p i c a r d í a de e x p l i c a r
se de m o d o , que como dice M e l c h o r C a n o lib. 1 0 c a p . 5. si
a doctis fortasse jure quandoque ac veré reprehenderetur, haberet
quo posset élabi., atque ab amicis excusan. L o t e r c e r o , p o r q u e
e n los mas de sus libros se vale de muchos a d a g i o s , dichos de
poetas y pasages d e historia q u e entonces los sabían h a s t a las
viejas y los e n t e n d í a n ; y e n el dia de h o y p e r d i d a la m e m o
r i a de t o d o s ellos n o son t a n fáciles d e c o m p r e n d e r . C u a l
q u i e r a que tiene u n a m e d i a n a i n s t r u c c i ó n , sabe m u y bien c u a n
t a dificultad e n c i e r r a t r a d u c i r sin que c o n c u r r a n t a n t a s c i r
cunstancias capaces de h a c e r imposible la t r a d u c c i ó n . El so
lo idiotismo de c a d a l e n g u a g e p r e s e n t a u n a dificultad insupe
r a b l e : ¿ q u e s e r a c u a n d o á el se agregue la o b s c u r i d a d en m u
chos p u n t o s , la a m b i g ü e d a d de s e n t i d o , y las alusiones á c o
sas t a n r e m o t a s ? ¿ Q u i é n h a de n e g a r el m é r i t o á m u c h o s e x
t r a n g e r o s t r a d u c t o r e s d e la h i s t o r i a de d o n Q u i j o t e ¿ Y c o n
todo eso ¿ c o n s e r v a ella en la t r a d u c c i ó n a l g u n a semejanza de
la belleza de su o r i g i n a l ? N o t o r i o es lo m u c h o e n que fiaquea,
n o por culpa de e l l o s , sino por excelencia de ella. T o d o s e n
t i e n d e n bien lo que quiere d e c i r , tomó las de Villa diego: y
con todo eso c o m o n o h a y c o r r e s p o n d e n c i a en el l e n g u a g e
e x t r a ñ o , siempre la t r a d u c e n m a l . ¿ Q u é m a s? V i v a h o y la
l e n g u a e s p a ñ o l a c o a t a n t o s q u e pueden d a r r a z ó n del sentido
de sus locuciones: ¿ h a b r á quien se a t r e v a á v e r t e r al francés
el c u e n t o de cuentos de Q u e v e d o , ó la H i s t o r i a d e historias
d e T o r r e s ? E s t a s dos o b r a s de t a n t o m é r i t o e n el idioma es
p a ñ o l h a r í a n u n m o n s t r u o en el o t r o , y n o o b s t a n t e esto h a y
mejores recursos p a r a t r a d u c i r l a s que los que tuvieron los i n
térpretes de Aristóteles. ¿ Q u é es pues lo que e s t o ; debieron
hacer ? D i r á el P . traducir bien. = TÑo se podia. Dejarlo en %rie
g o . = : E l O c c i d e n t e , que n o poseía esta lengua, ¿ h a b i a de q u e
darse sin saber lo que dijo este g r a n filósofo ? ¿ Q u é es pues
¡o que r e s t a b a ? = T r a d u c i r I o lo mejor q u e se puáo.=Señor, que
no se entiende.=Tara eso son los C o m e n t a r i o s . == \Ah\ que los
Comentarios son grandísimos. = P a d r e m i ó , no h a y remedio,
e s t u d i a r : siempre es preciso que se e n t i e n d a p o c o : si ellos son
b u e n o s , no pecan por l a r g o s : si malos, por breves que fuesen
serian larguísimos. E s v e r d a d que algunos quisieran traducir á
том. v. 8
58
Aristóteles sin ser p a r a e l l o , así c o m o muchos lo quieren i m -
p u g n a r sin e n t e n d e r j o t a ; pero t a m b i é n es cierto que m u c h o s
inteligentes h a n puesto las m a n o s á t r a d u c i r sus o b r a s . Si la
t r a d u c c i ó n se mira sin respeto al o r i g i n a l , puede ser que n o
sea b u e n a : pero si se tiene p r e s e n t e , como debe t e n e r s e , que
el original n o sufría o t r a , es lástima quitar el crédito á unos
h o m b r e s que sirvieron al g é n e r o h u m a n o con t a n t o t r a b a j o , é
hicieron lo mejor que se p u d o .
Ya y o , s e ñ o r e s , he d i c h o lo q u e m e p a r e c e a c e r c a d e l
ex gríseo non bono matus latinas. Diga a h o r a el señor Aver—
roes lo que se le a n t o j e sobre pessimus arabs. Yo n o q u i e r o ,
r e s p o n d i ó é l , m e t e r m e e n eso. Confieso que el P . lleva r a -
zón e n m u c h a p a r t e ; p e r o á su t i e m p o le h a r é a l g u n o s c a r -
g o s , . que él debió h a b e r s e hecho. L o que sí q u i s i e r a , s e ñ o r
C i c e r ó n , es q u e V . ( p e r d o n á n d o m e a n t e s la c u r i o s i d a d ) m e
dijese p o r d o n d e h a a v e r i g u a d o t a n t a s cosas c o m o nos h a di-
c h o a q u í , siendo así que las m a s d e ellas h a n p a s a d o e n e l
m u n d o m a c h o después de e s t a r V . p o r estos países. Rióse
C i c e r ó n , y r e s p o n d i ó : que en los t i e m p o s i n t e r m e d i o s de la
c e n s u r a de los p a p e l e s , se habia a n d a d o i n f o r m a n d o e n t r e
m u c h o s g r a m á t i c o s , e s p e c i a l m e n t e a l e m a n e s , q u e habia e n
el p a i s ; p o r m a s s e ñ a s que p a r a h a b e r d e l l e g a r á los lu-
g a r e s d o n d e e s t a b a n a l g u n o s , c o m o e r a n Kemnicio , Me—
l a n e t n o n , C a r n e r a r i o y o t r o s , había tenido m u c h o q u e t r a -
bajar. Y d í g a m e V. , le p r e g u n t ó el o t r o , a u n q u e nos d i s -
t r a i g a m o s u n p o c o del a s u n t o , J h a e n c o n t r a d o V . c o n u n
tal H e i c n e c i o ? Si s e ñ o r , r e s p o n d i ó . P e r o V . , ¿ p o r qué lo
p r e g u n t a : Lo p r e g u n t a b a , dijo A v e r r o e s , p o r q u e allá e n
Sevilla m e d i j e r o n que este e r a el libro favorito d e los doc-
t o r e s a n t i b í r b a r o s , y de él s a c a b a n a l g u n o s d i c h o t e s c o n t r a
los escolásticos. Así es v e r d a d , r e s p o n d i ó C i c e r ó n . E n la
o b r a d e este h o m b r e , p o r o t r a p a r t e sabio, se e n c u e n t r a u n a
c o m p a r a c i ó n m u y fina y m u y juiciosa del estilo de los p r í n -
cipes d e la escuela con las pelotas de los escarabajos , y d e
los escarabajos c o n los p r í n c i p e s de la escuela. Y estos , s e -
ñ o r e s m í o s , así que o l i e r o n la p e l o t a , se fueron t r a s e l l a , y
n o la sueltan de la boca. N o les falta m a s que seguir el d i c -
t a m e n de este l a t i n o , que t a n t o a p r e c i a n . Y p u e s , s e g ú n él,
n o ha h a b i l j escolástico q u e escriba c o n b u e n l a t í n , irse tras
las instituciones d e J u a n C a l v i n o , y o b r a s de F e l i p e M e i a n c -
59
í h o n , C a r n e r a r i o y o t r o s , que él cita c o m o textos de la t e o -
logía del b u e n gusto. A estos desatinos lleva el deseo de z a -
herir. E s t o s h o m b r e s p u d i e r a n h a b e r n o t a d o que H e i c n e c i o
tenia , eso s í , buen e n t e n d i m i e n t o j p e r o p é s i m a v o l u n t a d :
que n o p i e r d e o c a s i ó n , a u n e n los a s u n t o s m a s i n d i f e r e n t e s ,
d e i n s i n u a r s e f a n á t i c a m e n t e á favor de la r e f o r m a de L u t e -
r o : que h e r e d a n d o de éste la m a n í a á los P r í n c i p e s de la t e o .
l o g i a , cuyos escritos t a n m a l t e r c i o le h a c e n , n o p i e r d e o c a -
sión de d e s a c r e d i t a r l o s , a u n q u e sea c o n u n a s o l e m n í s i m a i m -
p o s t u r a , c o m o n o h a f a l t a d o quien lo h a g a ver. ¿Y se fian d e
s e m e j a n t e h o m b r e ? L e a n si q u i e r e n á o t r o t a n h e r e g e , y t a n
e r u d i t o c o m o él : l e a n á J o r g e V a l c h í o , que c a n d i d a m e n t e
c o n f i e s a , que si p o r q u e los escolásticos u s a r o n de los t é r m i -
nos propios de la facultad se hubiesen de c o n d e n a r p o r m a -
los l a t i n o s , sería p r e c i s o h a c e r o t r o t a n t o c o n t o d a la serie
de P a d r e s d e la I g l e s i a , de d o n d e ellos e n m u c h a p a r t e los
t o m a r o n , y d o n d e ellos a p r e n d i e r o n á n o ser escrupulosos e n
a d o p t a r nuevas p a l a b r a s p a r a nuevas ideas. Suplico á V . , se-
ñ o r C i c e r ó n , le dije y o e n t o n c e s , q u e p u e s se h a t o c a d o c a -
s u a l m e n t e el p u n t o , nos d i g a a l g u n a cosa sobre el estilo d e
mi e s c u e l a ; p o r q u e h e sabido q u e este es u n o d e los c a p í t u -
los c o n que e n el dia la q u i e r e n c o n d e n a r .
Sí h a r é , r e s p o n d i ó é l ; y pues sobre el p u n t o h a y bastan-
t e e s c r i t o , m e c o n t e n t a r é c o n i n s i n u a r á V . mi d i c t a m e n , d e -
j a n d o á los s e ñ o r e s d o c t o r e s elwtrabajo de estudiar , si q u i e -
r e n i m p o n e r s e m a s á f o n d o . Q u e la elocuencia está bien e n
el filósofo y t e ó l o g o si la t r a e ; y si n o la t r a e , n o h a c e f a l -
t a , fue d i c t a m e n m í o , que después a b r a z ó ese señor C a n o ,
c u y a obra tiene V. a h í . Y y a V. ve que t a n t o él c o m o y o
fuimos a p a s i o n a d í s i m o s á e l l a ; p e r o la p a s i ó n n o nos q u i t ó
el conocimiento. E l p r i n c i p a l objeto de c u a l q u i e r a que e s c r i -
b í , no p a r a m o v e r , sino p a r a instruir ( q u e es el oficio de
filósofo y t e ó l o g o ) , debe ser e x p o n e r la v e r d a d c o a n e r v i o ,
precisión y c l a r i d a d . D é m e V . esto e n sus o b r a s ; y m a s que
en todas n o se e n c u e n t r e u n t r o p o p i r a un r e m e d i o , s i e m -
p r e s e r á n a c a b a d a s y d i g n a s de i n m o r t a l i d a d . A veces esta
sencillez n o s o l a m e n t e n o es c u l p i b l e , sino que t a m b i é n se
hace n e c e s a r i a ; y que e n mil ocasiones un d i s p a r a t e m i l for-
m a d o ha l o g r a lo a c e p t a c i ó n por solo el t í t u l o de bien d i c h o .
Y será r a z ó n que á la v e r d a d le s u c e d a o t r o t a n t o ? ¿ S e r á
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r a z ó n q u e se p i e n s e q u e ella d e b e su fuerza al artificio de las
p a l a b r a s ? N o , s e ñ o r e s , n o : que m u c h a s veces ornari res ip~
su vetat, contenta doceri. L a v e r d a d d e s a l i ñ a d a , y que c o m -
p a r e c e c o n su h e r m o s u r a n a t u r a l , tiene un n o sé qué de efi-
c a z , que n o puede c o n t r a e r la m a s estudiada elocuencia. E s
ella ( p a r a p o n e r u n e g e m p l i t o , en que n o quede d u d a á los
d o c t o r e s del d i a ) , es ella c o m o las lindas m o z a s : e s t á n b o -
n i t a s c u a n d o se e n g a l a n a n ; p e r o ya saben sus S e ñ o r í a s q u e
el g u s t o es v e r l a s de t r a p i l l o , y que entonces tiene su h e r -
m o s u r a u n a fuerza t a n t o m a y o r , c u a n t o m a s n a t u r a l . Al con-
t r a r i o las f e a s : si se e m p e r e g i l a n p a r e c e n a l g o ; q u i t á n d o s e -
les los m o ñ o s , al diablo q u e las m i r e . E s t o sucede c o n los
d i s p a r a t e s : n o h a y e n ellos d e bueno m a s q u e el v e s t i d o ; e n
q u i t á n d o l e s é s t e , a p a r e c e lo que son. N ó t e s e q u i e n e s son los
que d e c l a m a n c o n t r a la falta de elocuencia e n los e s c o l á s t i -
cos : véase qué es lo que ellos e n s e ñ a n e n t r e sus anthítesis y
e p i p h o n e m a s ; y p u e d e ser que se dé c o n la causa que d i r i g e
sus p l u m a s . E s t o es c u a n t o á la elocuencia. E n c u a n t o á la
g r a m á t i c a p r o t e s t o p r i m e r o , q u e los solecismos y b a r b a r i g -
mos q u e t r a e n estos dos p a p e l e s , ni á mi p a d r e se los d i s i -
m u l a r é ; y que son d i g n o s d e r e p r e n s i ó n los que los u s a n ,
m a s que s e a n mas escolásticos que E s c o t o . T a m b i é n debo con-
f e s a r , que a u n q u e los escolásticos quizá todos juntos n o t r a i -
g a n la c u a r t a p a r t e de solecismos y b a r b a r i s m o s q u e t r a e n e s -
tos dos p a p e l e s q u e hemos leido, t r a e n n o o b s t a n t e c i e r t a s l o -
cuciones que n o h a y p o r d o n d e l i b r a r l a s , p u d i e n d o y debien-
d o h a b e r usado d e las que son c o m u n e s e n t r e los latinos p a -
r a e x p l i c a r el m i s m o p e n s a m i e n t o , v. gr. , t i e n e n que decir
á mi parecer, n o d i g a n meo videri, sino meo jndicio, ó ut ego
judico. N o se p u e d e n e g a r , q u e m u c h o s de ellos u s a r o n e n
sus frases de g e r m a n i s m o s , h i s p a n i s m o s , & c , s e g ú n que e s -
t a b a n a c o s t u m b r a d o s á h a b l a r e n sus países. E s t o es d i g n o d e
n o t a r s e , y de r e p r e n d e r s e ; p e r o n o todos i n c u r r i e r o n e n ello.
D e m o s que i n c u r r i e s e n , p r e g u n t o yo á los P a d r e s y s e ñ o r e s
m í o s , p o r q u e son malos l a t i n o s , ¿ n o se h a n de l e e r ? ¿ Y sí
son buenos filósofos y t e ó l o g o s ? ¿Y si t r a e n cosas útilísimas?
Q u i é n debe p r e f e r i r s e , ¿ e l que d i g a las verdades c h a p u r r a -
d o , ó el que t r a i g a c o n b u e n l a t i n la m e n t i r a ? ¿ T i r a r á n ellos
el d i n e r o , p o r q u e la bolsa q u e lo tiene está s u c i a ? ¿Qué c o -
m e r í a mejor el P . N . , u n a p e r d i c i t a bien c o m p u e s t a en un
61
p l a t o de su r e f e c t o r i o , ó u n p o t a g e de h a b a s c o c h a s e n p l a t o
de o r o e m b u t i d o d e e s m e r a l d a s ? b i e n c o n o z c o y o q u e su .re-
ligiosidad le i n c l i n a r l a a la mortificación de las h a b a s ; p e r o
t a m b i é n sé que el a p e t i t o c l a m a r í a p o r el p l a t o de b a r r o .
E s t o s u p u e s t o , d i g o ú l t i m a m e n t e , que las p a l a b r a s y í r a -
ses d e s c o n o c i d a s e n mi s i g l o , que son c o m o el idioma de los
e s c o l á s t i c o s , no d e b e n r e p u t a r s e p o r b á r b a r a s ,. á m e n o s de
q u e r e r p a s a r , el q u e las r e p u t e , p o r un i g n o r a n t e de seten-
ta suelas. P a r a n u e v a s ideas son n e c e s a r i a s n u e v a s voces.
Q u i e n niegue e s t o , échese á a n d a r en c u a t r o p a t a s . V i r g i l i o ,
Ovidio , Salustio , C é s a r , y o , y c u a n t o s vivimos e n el siglo
de A u g u s t o , t r a g i m o s de la G r e c i a c u a n t a s voces h a b í a m o s
m e n e s t e r , y n o e n c o n t r á b a m o s en R o m a . D e las q u e h a b i a
en la ciudad d e r i v á b a m o s m u c h í s i m a s , que j u z g á b a m o s n e -
cesarias p a r a e x p l i c a r n o s ; y esto que n o t e n í a m o s que p a r i r
t a n t a multitud de quisicosas c o m o e n c i e r r a la filosofía p e r i -
patética. M u c h a s de ellas p o d r i a n e x p l i c a r s e c o n un c i r c u n -
loquio de p a l a b r a s ; p e r o ¿quién h a de o b l i g a r á nadie á que
lo h a g a ? E n p r i m e r l u g a r saldría la cosa casi ininteligible:
e n s e g u n d o se i n c u r r i r í a e n el i n c o n v e n i e n t e de a u m e n t a r m u -
c h a s voces p a r a u n a i d e a , y sería a u m e n t a r c o n f u s i ó n : e n
t e r c e r o n o se p o d r í a o b s e r v a r la precisión y c l a r i d a d que r e -
quieren la d o c t r i n a y disciplina. C a d a ciencia, c a d a a r t e t i e -
ne sus voces t é c n i c a s , c o n que se e n t i e n d e n los f a c u l t a t i v o s .
A u n las cosas q u e v u l g a r m e n t e se e x p l i c a n de o t r o m o d o ,
a l c a n z a n e n t r e ellos u n a frase peculiar. E n la náutica si se
d i j e r a , v. g r . , tirar c o n u n a c u e r d a de la e m b a r c a c i ó n d e s -
de la o r i l l a , sería un m o d o de h a b l a r m a s c o m ú n que sirgar;
y c o n todo eso, ¿quién ha d e r e p r e n d e r á los m a r i n e r o s p o r -
que se e x p l i c a n del ú l t i m o m o d o ? C u a n d o , p u e s , esos s e ñ o -
ritos ridiculizan t a n t o el l e n g u a g e e s c o l á s t i c o , n o s a b e n lo
que se dicen , y solo c o n s i g u e n o s t e n t a r q u e i g n o r a n el e s p í -
ritu de la g r a m á t i c a . P a r a c o n c l u i r q u i e r o p o n e r l e s u n a r e -
c e n t a que t r a e el g r a n l a t i n o M a r c o A n t o n i o M u r e t o , a d
epist. 5 8 Séneca?, V é a n l a á q u i : ídem accidit iis, qui possibile
et impossibile dicere saltem in disputationibus philosophicis refor-
midant: cum Plato, Aristóteles , Epicurus, Zeno in lingua, in-
finitis pariibus copiosiore, innumerabilia tamen vocabula fingere
necesse habuerint. Equidem ( a ñ a d e ) ut de meo sensu libere^ at-
que ingenue jatear, multa puto ab istis ddicatis in S. Thoma, in
62
Joanne Scoto, aliisque ejusmodi eruditissimis hominibus irrideri,
que et necessaria sunt, et taita ut si quis ea vetustis Mis tem-
poribus protulisset, magnam el gratiam omites philosophici studio-
si habituri fuisse videantur. Nos , dum teneris auribus videri
volumus, teñera nobis ac puerilia esse ingenia, ñeque vene, ac soli-
da: eruditionis capada ostendimus. Y lo mas g r a c i o s o del c a s o
es que M u r e t o h a b l a así de otros que e n t e n d í a n b a s t a n t e de
l a f a c u l t a d : ¿ q u é h u b i e r a d i c h o si hubiese visto a ios s e ñ o -
res d o c t o r e s que son e n ella unos medio c u c h a r a s , y esto
h a c i é n d o l e s m u c h í s i m o f a v o r ? Ese d o c t o r d i v i n o , p o r o t r o
n o m b r e C i c e r ó n Sevillano , t u v o u n a v e z que c o m p o n e r u n
elogio á u n tal O l a v i d e , bien c o n o c i d o e n E s p a ñ a , y m u c h o
m a s e n Sevilla. ¿Y s a b e n VV. lo que hizo? T o m a r al P. Sa-
h u t e l , célebre y piadoso J e s u i t a , que escribió e p i g r a m a s e n
h o n o r d e los S a n t o s , c o p i a r ad pedem vigorniae el que t r a e
p a r a s a n J u a n C r i s ó s t o m o , y a p l i c a r l o á aquel h o m b r e , q u e
c i e r t a m e n t e n o lo merecía. A n d a i m p r e s o , y c u a l q u i e r a lo
p u e d e ver. V e n V V . a q u í la dichosa i n s t r u c c i ó n de mi tocayo
p o r m a l n o m b r e . P o r fin , a u n q u e es m u c h o lo que m e q u e -
d a que decir , m e p a r e c e que y a he d i c h o b a s t a n t e . V . , se-
ñ o r A r i s t ó t e l e s , déjese de q u e b r a r la c a b e z a , y a t é n g a s e á
mi d i c t a m e n , de q u e quien t a n m a l sabe l a t i n , p e o r h a de
saber filosofía: p e r o si a c a s o porfía en h a b l a r a l g o , h á g a m e
el gusto de l l a m a r m e c u a n d o t e n g a e s c r i t a s sus C a r t a s , que
me c o m p l a c e r é e n leerlas.
F u e s e C i c e r ó n así que dijo e s t o : y y o , a m i g o don M a -
n u e l , n o t e n g o p o r a h o r a o t r a cosa que d e c i r ; pues me p a -
r e c e que lo dicho n o es poco. E n t r e t é n g a s e V. c o n ello, m i e n -
t r a s yo me e n t r e t e n g o c o n las c o n c l u s i o n e s ; p u e s a u n q u e co-
n o z c o que C i c e r ó n dice b i e n , ya estoy resuelto á h a b l a r m u -
c h a s c o s a s , y d a r las g r a c i a s p o r los favores que A v e r r o e s
h a e x p e r i m e n t a d o de V . , quien puede c o n t a r s i e m p r e c o n la
afición y respeto de — El Estagirita.
E s t a m o s e n v í s p e r a s de la C a n í c u l a , a u n q u e p o r a c á
s i e m p r e la h a y .
P. D. Se me h a o c u r r i d o a h o r a , que m u c h a s a u t o r i d a d e s
v a n p u e s t a s e n l a t i n , y ni los P a d r e s , ni los d o c t o r e s sus
a m i g o s , las e n t e n d e r á n . H á g a m e V . el favor d e t r a d u c í r s e l a s .
63
CARTA VI.
J - ^ . m í g o , y s e ñ o r : n o p a r e c e sino que V . m e t i e n e a s a l a r i a -
d o , según m e m e t e bulla c o n su c a r t a p a r a que t r a b a j e . Se
queja d e que las mias se d e t i e n e n m u c h o ; m e r i ñ e p o r q u e
n o v a u n a c a d a dia , y j u r o á tal q u e y o n o he de h a c e r
o t r a cosa, q u e e c h a r de mi p l u m a c a r t a s sobre c a r t a s . A m i -
go m i ó : estos n o son b u ñ u e l o s , ni conclusiones del P . N . ,
ni curso de filosofía á la m o d a , ni fé de e r r a t a s , ni a p o l o -
g í a , ni n i n g u n a d e t o d a s esas cosas q u e se h a c e n p o r a l l á
e n u n i n s t a n t e . A n t e s de p a r i r las especies , t e n g o q u e p e n -
s a r l a s ; d e s p u é s , que c o n s u l t a r l a s con nuestros filósofos los d e
p o r a c á , y p o r ú l t i m o t e n g o que a g u a r d a r á u n t u e r t o , q u e
m e sirve de a m a n u e n s e , p a r a que las escriba. A m a s de q u e ,
las o c u p a c i o n e s que p o r a c á h a y , n o m e d e j a n o c i o s o s , sino
m u y breves r a t o s : y c o m o V . n o tiene m a s q u e h a c e r , q u e
t o m a r su c a r t a , soltar la m o s c a p o r e l l a , y p o n e r s e á l e e r -
l a , se le figura, que todos p o d e m o s d e s p a c h a r t a n e n b r e v e .
C o n que t e n g a p a c i e n c i a , que y o t a m b i é n l a t e n g o : y s i n
mas preámbulo vamonos al asunto.
H e oido c o n t a r e n estos países, q u e el m a e s t r o de g r a m á -
tica de J u a n Luis Vives solía d e c i r á su d i s c í p u l o , que c u a n -
to mejor g r a m á t i c o fuera , t a n t o peor filósofo y t e ó l o g o s e -
ría. Este d i s p a r a t e t a n c u n d i d o e n t o n c e s , p a r e c e q u e t o d a -
vía p e r s e v e r a ; pues m e a s e g u r a V . que m u c h o s e r u d i t o s d e
ese país, no h a c i e n d o caso de las r e c o n v e n c i o n e s d e mis c a r -
t a s a n t e r i o r e s , e s p e r a n que h a b l e m o s de filosofía, que e s ,
s e g ú n ellos d i c e n , el p u n t o de la d i f i c u l t a d : c o m o si fuera
posible que unos h o m b r e s , q u e n o e n t i e n d e n el Sintaxis gvcz-
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сё de N e b r i j a , e n t e n d i e s e n , ó fuesen c a p a c e s de e n t e n d e r ,
l a s Entelechias de A r i s t ó t e l e s . C o n d e s c e n d a m o s n o obstante
c o n este a n t o j o , a u n q u e t a n fuera de r a z ó n , y e n t r e m o s e n
l a discusión de a l g u n o s p u n t o s de filosofía: digo a l g u n o s ,
p o r q u e p a r a m e t e r s e c o n todos s e r í a m e n e s t e r escribir m a s
o b r a s , q u e las que c o m p u s e e n v i d a ; pues a p e n a s se p r e s e n
t a n en ambos asertos algunas proposiciones, que no pudie
r a n y d e b i e r a n i m p u g n a r s e c o n m u c h a s o l i d e z , y acaso con
e v i d e n c i a b a s t a n t e . M a s siendo esto o b r a t a n d i l a t a d a , me
c o n t e n t a r é c o n e s c o g e r a q u e l l a s , e n que a b i e r t a m e n t e se m e
z a h i e r e , y c o n las q u e se p r e t e n d e d a r c o n m i g o al t r a s t e .
U n a ú o t r a vez h a r é a l t o sobre aquellos d e s p r o p ó s i t o s , q u e
m e p a r e z c a n d e m a s b u l t o , sin p e r d e r de vista mi objeto,
q u e es m a n t e n e r m e sobre la defensiva ; y esto n o con toda
la e x t e n s i ó n , de que sea c a p a z la m a t e r i a , sino c o n la que
baste p a r a d e m o s t r a r , que n o son los r e v e r e n d í s i m o s p a d r e s
los que h a n n a c i d o p a r a s o c h a n t r e s de mi e n t i e r r o . P a r a h a
c e r l o , quiero que p r i m e r o s u p o n g a m o s a l g u n a s cosas que en
a d e l a n t e nos a h o r r e n de dimes y d i r e t e s , y de dificultades.
L o p r i m e r o pues que d e b e m o s s e n t a r , es la m a t e r i a de
la d i s p u t a , p o r q u e he oído d e c i r : q u e m u c h o s , p a r a i m p u g
n a r m e , se s a l e n p o r la b o c a m a n g a de q u e , las que c o r r e n
c o n mi n o m b r e , n o son mis v e r d a d e r a s o b r a s . N o quiero dis
p u t a r este p u n t o . Yo desde luego r e c o n o z c o p o r mios , m a s
que n o lo s e a n , todos los libros que los escolásticos c o n f o r
m e m e n t e r e c o n o c e n por tales. Si tienen d i s p a r a t e s , mios son:
si cosas b u e n a s , mias son ; de m o d o , que y o he de ser r e s
p o n s a b l e á todas ellas.
M a s p o r c u a n t o los escolásticos é i n t é r p r e t e s mios se d i
v i d e n e n n o pocos p u n t o s , y c o n v i e n e n e n o t r o s ; y e n e s
tos e n que c o n v i e n e n , n o h a faltado quien d i g a , que no e n
t e n d i e r o n mi m e n t e , y d i c e n cosa distinta de lo que y o di
go : p r o t e x t o en s e g u n d o l u g a r , que a d m i t o como v e r d a d e
r o p e n s a m i e n t o mió c u a n t o ellos u n á n i m e m e n t e me a t r i b u
y a n . D e c l a r o : que ese fue mi v e r d a d e r o s e n t i r ; y r e v o c o ,
a n u l o , y d o y p o r n i n g u n a s , y de n i n g ú n v a l o r , t o d a s las
o t r a s i n t e r p r e t a c i o n e s que q u i e r a n d a r m e a l g u n a s p e r s o n a s ,
que p r e t e n d e n d a r voto sobre la inteligencia d e mis o b r a s ,
las m a s veces sin h a b e r l a s lcido : siendo mi v o l u n t a d q u e d a r
r e s p o n s a b l e á los d i s p a r a t e s que la escuela h u b i e r e ingerido
65
en mi filosofía, con tal que á ello h a y a n c o n c u r r i d o los v o -
tos todos de los v e r d a d e r o s escolares.
O t r o s í p r o t e x t o : que n u n c a j a m a s h e d e c o n s e n t i r que
ios e r r o r e s mios se m e z c l e n con los d i c t á m e n e s de los e s c o -
lásticos , ni los p e c a d o s de éstos con mis escritos , ni los
d i s p a r a t e s de los á r a b e s c o n unos ni c o n o t r o s . Ya V . v e ,
q u e s u p o n g o q u e y o e r r é ; que e r r a r o n los á r a b e s ; q u e p e -
c a r o n los e s c o l á s t i c o s , y que solo p r e t e n d o n o se h a g a u n
c u e r p o de todos estos p e c a d o s , é i n d i s t i n t a m e n t e se a t r i b u y a
á c u a l q u i e r a ; sino que c a d a pobre c a r g u e c o n los suyos. R e -
c o n o z c o c o m o p e c a d o s m i o s , a d e m á s de la e t e r n i d a d del
m u n d o , todos aquellos que el señor M e l c h o r C a n o a p u n t a
e n su libro d é c i m o de loéis; a u n q u e , si q u i s i e r a , podia v a -
l e r m e de las modestas i n t e r p r e t a c i o n e s que m u c h o s h o m b r e s
sabios h a n d a d o ( y quiza c o n v e r d a d ) á m u c h o s de los p a -
sages que cita este ilustrísimo a u t o r : m a s n o q u i e r o c o n t e s t a -
ciones. Déseles la i n t e r p r e t a c i ó n m a s m a l a que a d m i t a n , y
e n r e c o m p e n s a de esta m i g e n e r o s a confesión , confiesen los
p a d r e s que los escolásticos n o h a n seguido mis modos de p e n -
s a r e n estos p u n t o s ; y y a sea que eiios me t r a j e s e n á b u e n
sentido , y a que a b i e r t a m e n t e m e i m p u g n a s e n , ellos ni a d -
m i t e n ni e n s e ñ a n mis e r r o r e s . Solo y o soy r e s p o n s a b l e á ellos,
y d i g o : que e r r é c o m o h o m b r e , y q u e e n e s t a p a r t e soy bien
i m p u g n a d o . E r r a r o n los á r a b e s t a m b i é n : v. g r . , A v e r r o e s
e n aquello d e la u n i d a d del e n t e n d i m i e n t o ; p e r o si él s o ñ ó
este d i s p a r a t e , si y*o n o le d i m o t i v o á que lo hiciese, n o h a y
r a z ó n p a r a que se m e e c h e la c u l p a : désele á él la z u r r a
q u e m e r e c e ; p e r o déjese quieto al p o b r e d e A r i s t ó t e l e s , q u e
n o t u v o la' culpa de que fuese t a n loco. P e c a r o n , p o r u l t i m o ,
m u c h o s escolásticos, e n r e d a r o n las cosas m a s c l a r a s , m o v i e -
ron infinitas cuestiones d e n o m b r e , g a s t a r o n n o p o c o p a p e l
y t i e m p o i n ú t i l m e n t e . Y b i e n : ¿ les e n s e ñ é y o á h a c e r l o así?
j h a l l a r o n e n mis o b r a s d o n d e a p r e n d e r l o ? ¿ p u e s q u é j u s t i -
cia es c o n d e n a r a l m a e s t r o p o r los pecados p r o p i o s de los
discípulos? Asi p u e s , a m i g o d o n M a n u e l , es m e n e s t e r q u e
hablemos c o n distinción. Si se i m p u g n a á Aristóteles e n lo
que escribió m a l , c u e n t e n los P a d r e s r e v e r e n d í s i m o s c o n los
escolásticos c o n t r a A r i s t ó t e l e s . Si se r e p r e n d e , lo que es d i g -
n o de r e p r e n s i ó n e n los escolásticos , c u e n t e n c o n A r i s t ó t e -
les c o n t r a e l l o s ; y solo e n t o n c e s d a r á n e n el c l a v o de la d i -
TOM. v . 9
66
ficultad, cuando descubran un disparate , ó enseñado por
A r i s t ó t e l e s , y seguido p o r los e s c o l á s t i c o s , ó a d m i t i d o p o r
los e s c o l á s t i c o s , y a p o y a d o e n Aristóteles. O t r a s p r e v e n c i o -
nes tenia que h a c e r ; p e r o las o m i t o p o r q u e el asunto no ¡o
p i d e , y a u n esta ú l t i m a q u e hice esta de m a s ; p o r q u e los
r e v e r e n d o s i n t e n t a n d o i m p u g n a r a m í y a los e s c o l á s t i -
c o s , ni a u n h a n t e n i d o habilidad p a r a saber b u s c a r n o s las
cosquillas.
M e p a r e c e que h e supuesto lo b a s t a n t e e n c u a n t o - á la
m a t e r i a de las d i s p u t a s : v a m o s al modo de ella. L o p r i m e -
r o e n que hemos d e c o n v e n i r , e s : en que eso de m e n t i r a s
ni falsos testimonios n o tiene d e valer. M e dirá V . que ¿quién
d u d a e s o ? Y yo le r e s p o n d o : que bien sé lo que me d i g o ; y
V . lo sabrá , c u a n d o sea t i e m p o . P o r fin , c o n v e n g a n . o s en
que en n u e s t r a c o n t i e n d a n o n a de h a b e r a r m a s p r o h i b i d a s ;
y el que las usare , quede ipso facto po'r i m p o s t o r , por p i c a -
r o , y p o r todas las cosas m a l a s q u e m e r e z c a .
Q u i e r o t a m b i é n que á V . n o se le o l v i d e , que el i n t e n t o
de los R e v e r e n d í s i m o s n o es así c o m o q u i e r a l l e v a r o p i n i o -
nes c o n t r a r i a s á las m i a s , sino t a m b i é n r i d i c u l i z a r l a s ; no s o -
lo i m p u g n a r m e , sino e n t e r r a r m e , y y a V . ve que son cosas
m u y d i s t i n t a s . P a r a i m p u g n a r á u n o , b a s t a p o n e r la s e n t e n -
cia c o n t r a r i a e n e s t a d o de p r o b a b i l i d a d ; p e r o p a r a e n t e r r a r -
lo , es m e n e s t e r l l e v a r 1.a cosa h a s t a el g r a d o de c e r t i d u m -
bre , c u a n d o n o m e t a f í s i c a , siquiera f í s i c a , ó m o r a l ( y p e r -
d o n e n los P a d r e s y señores d o c t o r e s que m e h a y a valido de
estos t e r m i n i t o s , p u e s n o he e n c o n t r a d o otros m a s a m a n o
c o n que e x p l i c a r m e ) : c o n que si los P a d r e s se e n c u e n t r a n
c o n u n d i c t a m e n m i ó , m i r e n bien c o m o le t o m a n el pulso,
n o sea que s a l g a n g r i t a n d o c o n a q u e l l o de ya está muerto'; y
en el e n t r e t a n t o se d e s p e r e c e el m u e r t o . E s t á n en la o b l i g a -
ción de m a n i f e s t a r mis e r r o r e s , y c o n t r a p o n e r l e s sus v e r d a -
d e s ; p o r q u e si á u n a o p i n i ó n mia no c o n t r a p o n e n m a s que
Otra m e r a o p i n i ó n , me a s e g u r a n todos los médicos, c o n q u i e -
nes he c o n s u l t a d o , que p o r eso n o me he de m o r i r : y si á
u n d i s p a r a t e mío o p o n e n o t r o d i s p a r a t e , les p o n d r é un p l e i -
t o , a u n q u e sea a n t e P o n c i o P i l a t o s , p i d i e n d o se m e m a n t e n -
g a en p o s e s i ó n ; pues e n caso d e que sea preciso que a l g ú n
d i s p a r a t e se e s t a b l e z c a , t i e n e n ios mios el d e r e c h o de p r e s -
cripción.
O t r a suposícioncilla quería yo que hieiésetuot, que me p a -
rece r e g u l a r ; p e r o dificultoso que los P a d r e s se a l l a n e n á a d -
mitiria. Ü s t a e r a , que a s í c o m o y o he s e ñ a l a d o la m a t e r i a de
la d i - p u t a , la s e ñ a l a s e n ellos t a m b i é n p o r su p a r t e , y supié-
semos qué principios s e g u í a n , y qué filosofía p r o f e s a b a n .
Bien sé y o , p o c o m a s ó m e n o s , de d o n d e e s t á n t o m a d a s las
p r o p o s i c i o n e s , ó al menos d e d o n d e se p u d i e r o n t o m a r ; p e -
r o como t a m b i é n sé que los P a d r e s son eclécticos c o n s u m a -
dos , t e n g o mi-> e s c r ú p u l o s de que ellos n o hicieron m a s que
t o m a r las p r o p o s i c i o n e s d e los l i b r o s , q u e d á n d o s e c o n la li-
b e r t a d d e s a c a r de sus meollos los p r i n c i p i o s y f u n d a m e n t o s
c o n que h a b í a n de sostenerlas. Y en tal caso , ¿ qué h a r é y o
c o n i m p u g n a r las r a z o n e s de los a u t o r e s , si allá los P a d r e s
tienen o t r a s r a z o n e s m a s c o n v i n c e n t e s , m a s finas, m a s fuer-
tes ( ¡ c o s a de j u e g o e s ! ) m a s dignas d e su p e n e t r a c i ó n y t a -
lento? P a r a temerlo a s í , tengo un poderoso fundamento;
pues de a m b o s he oido decir que leen m u y p o c o e n esto d e
filosofía, y de uno sé de b u e n a t i n t a que se p a s a las m a s d e
las noches en c l a r o e s t u d i a n d o en u n librito q u e , a u n q u e sea
m u y p r o v e c h o s o p a r a otros a s u n t o s , n o sé c o m o c o n d u z c a
p a r a ser lector , teólogo , ecléctico , enterrador de A r i s t ó t e l e s ,
y o t r a s y e r b a s . A c o n s e c u e n c i a me veo e n r e d a d o e n el asun-
t o , sin saber de qué arbitrio v a l e r m e p a r a a l c a n z a r ¡as a l t í -
simas causas d e sus a s e r t o s , que ellos tienen g u a r d a d a s d e -
bajo d e l cerquillo. L o que h a r é s e r á i m p u g n a r las r a z o n e s
que y o vea escritas e n los libros, á v e r si los P a d r e s se m u e -
v e n á d a r p o r escrito las s u y a s , y á e n r i q u e c e r de esta m a -
n e r a al publico con el caudal d e sus m e d i t a c i o n e s .
E l d i a b l o , que c o m o lo t e n g o t a n c e r c a m e t i e n t a siem-
p r e que le da la g a n a , m e está s u g i r i e n d o que h a g a o t r a
suposición; pero y o abrenuncio de e l l a , como del m a y o r dis-
p a r a t e . C o n t e m p l e V. lo que q u e r i a que pusiese p o r condi-
ción : que los P a d r e s tuviesen u n a m e d i a n a i n s t r u c c i ó n e n la
filosofía que i m p u g n a n . ¡ M i r e V . qué l o c u r a ! E n la que si-
guen la quisieran ellos. ¡ Q u e d e s p r o p ó s i t o ! ¡ g a s t a r el t i e m p o
i r r e p a r a b l e en leer fruslerías! Q u i t a allá, e n e m i g o , vade foras;
que p a r a i m p u g n a r á A r i s t ó t e l e s , b a s t a c o n saber que lo h a y ,
y que los otros frailes lo tienen en a p r e c i o . C o n q u e , a m i g o
d o n M a n u e l , t e n g a V . esto u l t i m o p o r n o d i c h o : y en c u a n -
to á lo a n t e r i o r , d í g a m e su d i c t a m e n ; p o r q u e yo n o q u i e r o
68
cosa que n o sea r a z ó n ; y m i e n t r a s n o sepa si he h e c h o a l -
g ú n supuesto i r r e g u l a r , n o m e d e t e r m i n o á d e s c e n d e r á la
disputa.
L o que s o l a m e n t e p i e n s o , que se puede t r a t a r a h o r a sin
perjuicio de los d e r e c h o s q u e á los P a d r e s y a mí nos c o m -
p e t a n , es la causa de los á r a b e s , que según el e s t a d o de las
cosas, no tiene o t r a r e l a c i ó n con n u e s t r o negocio q u e la que
o b s e r v a el P. N . desde la concl. 1 4 h a s t a la iS. Se d i c e n dos
c o s a s : la u n a , que los á r a b e s t o m a r o n mi filosofía, y la pu-
sieron p e o r que e s t a b a ; y la o t r a , que ¡a E u r o p a t o d a la
a p r e n d i ó de ellos. Y ' a u n q u e el P . no lo dice m u y c l a r o , pa-
rece c o m o que i n s i n ú a que los e u r o p e o s aristotélicos a d o p t a -
r o n los e r r o r e s de los á r a b e s . C o m o todo esto p e r t e n e c e á
ellos , se lo hice saber : les intimé que c o m p a r e c i e s e n á d a r
sus d e s c a r g o s , ó p o r sí m i s m o s , ó p o r p r o c u r a d o r ; y ellos,
escogiendo esto ú l t i m o , h a n n o m b r a d o á A v e r r o e s , q u i e n
h o y m i s i n o , c o m p a r e c i e n d o d e l a n t e de m í , m e encajó e n el
c u e r p o la siguiente a r e n g a .
"Si el P . N . se hubiese c o n d u c i d o e n su a s e r t o p o r el
« a m o r de la v e r d a d , p o r la estimación á que son a c r e e d o -
r e s los que t r a b a j a r o n en b u s c a r l a , y p o r el h o n o r á su
« n a c i ó n , p u d i e r a tal vez á p o c a costa h a b e r c o m p a r e c i d o
» c o m o buen filósofo, c o m o buen c r í t i c o , c o m o buen e s p a -
ñ o l , y h a b e r puesto en m a n o s de su M e c e n a s u n p a p e l dig-
a n o de su a p r e c i o . Se dejó l l e v a r del deseo de m o r d e r á o t r o s ,
5?y solo h a conseguido m a n i f e s t a r , ó su m a l a f é , ó su i g n o -
« r a n c i a . C u l p a á los á r a b e s de h a b e r seguido á Aristóteles:
« d e h a b e r escogido e n t r e sus o b r a s lo m a s o b s c u r o é ininte-
ídigible, y lo m a s á p r o p ó s i t o p a r a a l t e r c a c i o n e s y d i s p u t a s :
« d e haberle a ñ a d i d o i n m e n s o s C o m e n t a r i o s : de h a b e r sido
«autores d e que solo Aristóteles p r e v a l e c i e s e ; y de h a b e r e n -
s e ñ a d o á todo el O c c i d e n t e u n a filosofía medio p e r i p a t é t -
i c a , medio arábiga. N o h a y e n todas estas acusaciones u n a
5?que n o cojee. Seguimos á A r i s t ó t e l e s , es v e r d a d ; p e r o t ú
« m i s m o , mi estimado m a e s t r o , tú m i s m o debes justificar
« n u e s t r a elección. E l P a d r e e n a d e l a n t e te t r a t a i n d i g n a m e n -
« t e : debes h a c e r tu a p o l o g í a , y c u a n d o en ella le d e m u e s -
t r e s tu m é r i t o , t a n lejos e s t a r á d e h a b e r sido c u l p a e n nos-
o t r o s el h a b e r t e seguido , que este solo c a p í t u l o nos l l e n a -
n r á de g l o r i a . D i c e : que escogimos e n t r e tus o b r a s obscu--
69
nrissima queque, et rlxantium clrculls aplissima. O c u a n t o t u
^escribiste e r a de esta calidad , ó lo que el P a d r e dice es
« u n a solemne i m p o s t u r a . C o r r i m o s t o d a s tus o b r a s ; sobre
?>todas ellas t r a b a j a m o s , y n a d a se nos p r e s e n t ó bajo d e tu
« n o m b r e que no m e r e c i e s e n u e s t r o a p r e c i o .
« M a s demos que fuese lo que el P. p r e t e n d e . ¿ T a n g r a n
« p e c a d o es h a b e r n o s aplicado á la metafísica ? ¿ N o sabe el P . ,
«que esta es la fuente de las o t r a s ciencias? ¿ N o sabe que sin
india, ellas n o e x i s t i r í a n ? L a física, la l ó g i c a , ia é t h i c a , a u n
«las m i a ñ a s m a t e m á t i c a s , ¿ á donde sino á ella v a n á buscar
« l a s e g u r i d a d de sus principios ? E s o b s c u r a , n o lo n e g a m o s ;
« p e r o es necesaria , y t a n n e c e s a r i a , que ni todo el a p a r a t o
« d e experimentos y o b s e r v a c i o n e s , ni el mejor talento y a p l i -
« c a e i o n , h a r í a n cosa de p r o v e c h o sin sus conocimientos. ¿ U n
« t e ó l o g o c a l u m n i a las metafísicas? ¿Y las c a l u m n i a en un tiem-
» p o en q u e , c u a n d o n o las hubiese, debian inventarse? Establez-
« c a el P . sin ellas la teología n a t u r a l : i m p u g n e , si es que p u e -
« d e , á E s p i n o s a , Bayle y otros t a l e s , con los globos y p a r -
« t í c u l a s de su filosofía: sin t a n t o ; registre las o b r a s de los
« m a y o r e s apologistas de la religión, escritas e n su m i s m o si—
« g i o , y vera que sin un e x a c t o c o n o c i m i e n t o de la m a s r e -
«córidita m e t a f í s i c a , poco puede hacerse que sea de p r o v e -
a d l o : y lo m u c h o que se ha h e c h o , se d e b e á las luces q u e
« e s p a r c i e r o n tus o b r a s , y las de tus discípulos. ¿ E s culpa t r a -
« t a r los mas obscuros a r c a n o s de la filosofía ? Pues sin d u d a
« h a n incurrido en ella todos los filósofos amigotes del P. D e s -
« c a r t e s , M a i e b r a n c h e , N e w t o n , C l a r k , L e y b n i t z , Wolfio,
« ¿ q u e de materias y cuestiones a b s t r a c t a s n o t r a t a r o n ? C o n
«esta diferencia, que donde h a b l a r o n como tu, allí a c e r t a r o n :
« d o n d e te i m p u g n a r o n , allí dieron d e hocicos. Sera posible
« q u e en a d e l a n t e tengas que d i s p u t a r con ellos a l g u n a s c u e s -
«tiones que lo h a g a n ver b a s t a n t e m e n t e claro. N o hav d u d a
«en que nosotros excedimos en esto algunas v e c e s , y I l e v a -
«mos nuestras investigaciones á c o s a s , ó i n ú t i l e s , ó i n a v e r i -
g u a b l e s : m a s este :io ha sido vicio n u e s t r o peculiar; lo es de
«todos los h o m b r e s : lo es a u n de aquellos m i s i n o s , que d e -
« c l a m a n contra las cuestiones i n ú t i l e s , y a b s t r u s a s . Puedes
>'también hacerlo ver e n adelante.
" C o m e n t a m o s tus o b r a s : este es o t r o pecado. ¿ P e r o a c a -
« s o clias se podían e n t e n d e r sin c o m e n t a r i o s ? Avicena las
7 0
C A R T A VII.
i venerado a m i g o y s e ñ o r : m e alegro t o d o lo q u e m e
p u e d o a l e g r a r de que V . h a y a admitido las suposiciones t o -
das de mi C a r t a a n t e r i o r , y a u n a q u e l l a s m i s m a s que y o p u -
se c o n t a n t a desconfianza. E l voto de V . es p a r a mí de t a n -
t o aprecio-, q u e a u n c u a n d o n o hubiese ( q u e lo d u d o ) quien
las r e p u g n a s e , me b a s t a r í a p a r a d e s e n t e n d e r m e d e t o d o , y p r o -
ceder en mi defensa según e l l a s , el que V . las hubiese a p r o -
bado. D a d o este paso d e t a n t a c o n s i d e r a c i ó n , n o m e sería
m u y difícil c o r r e r á satisfacción por lo que m e q u e d a de c a -
m i n o . , si mil i m p r o p o r c i o n e s n o me lo e s t o r b a s e n . L a escasez
d e libros e n que me v e o , es el estorbo mas p o d e r o s o . N o t e n -
g o m a s e n mi poder que los c u a t r o ó c i n c o que V . m e r e m i -
t i ó . E n este país n o tenemos b i b l i o t e c a s : los f a c u l t a t i v o s que
p u d i e r a n c o n s u l t a r , ó están olvidados de lo que s u p i e r o n , ó
n o tienen noticia de esas c i e n c i a s , que a h o r a son d e m o d a ,
ó h a b i t a n separados por u n i n m e n s o espacio, ó , lo que es m a s
que t o d o , distraídos c o n sus fatigas n o tienen guato p a r a
discurrir e n o t r a cosa. V . , que es e s c r i t o r público, sabe m u y
bien cuántos auxilios se necesitan p a r a serlo : c u á n t o s libros
hay que c o n s u l t a r : c u á n t a s especies que c o m b i n a r : c u á n t o c u i -
dado se debe t e n e r e n resolver. C o n t é m p l e m e pues a h o r a sin
mas libros, que los que y a he d i c h o , sin recurso a l g u n o p a r a
tenerlos, y con solo el auxilio d e a l g u n a s citas, que me t r a e
Averroes m a l escritas e n el p r i m e r papel q u e e n c u e n t r a e n
esas calles. N o es esto lo peor , s i n o que h a b i é n d o l e e n c a r g a -
d o que me tragese m u c h a s m a s , no h a d a d o con ellas, ó p o r -
q u e n o supo buscarlas en las b i b l i o t e c a s , ó p o r q u e n o a t r e -
76
viéndose á e n t r a r en a l g u n a s de esa ciudad por c i e r t o - i n -
c o n v e n i e n t e s , n o pudo ver los l i b r o ; , ó p o r q u e ( y esta ha
sido la causa p r i n c i p a l ) falta á u n a ciudad como esa m u c h o
s u r t i d o d e ellos.
D e aquí e s , que a u n c u a n d o yo quisiese t r a t a r algunos
p u n t o s con e x t e n s i ó n , siempre q u e d a r í a m u c h o q u e a ñ a d i r ,
luego que se e n c o n t r a s e n los m a t e r i a l e s , que f a l t a n ; p e r o c o -
m o he dicho á V . la situación en. que me veo, n o me lo p e r -
mite. H e dicho esto, porque t e n g o deseos de que a l g u n o de los
g r a n d e s hombres que tiene esa c i u d a d , se tomase el t r a b a j o
cié vindicar pro digtlitate mi filosofía, no t a n t o por ser m i a ,
c u a n t o p o r q u e ella ha sido seguida de todos los sabios E s p a -
ñ o l e s : y p o r q u e los monsieures esrrangeros c a l u m n i a n á la E s -
p a ñ a por este c a p í t u l o , que e n mi sentir es u n a prueba d e -
cisiva del juicio y solidez de sus h a b i t a d o r e s : pues en c u a n t o á
los P a d r e s y D o c t o r e s n o hay que tener cuidado, yo me a v e n -
dré con e l l o s , y si todos los e n e m i g o s del Aristotelismo fue-
sen de su corpulencia l i t e r a r i a , necesitaba y o p a r a c o m e r un
dia t a n t o s Filósofos á la m o d a , c u a n t o s c a m a r o n e s se come
u n sevillano , que n o come o t r a cosa.
P o r fin, d e j a n d o a p a r t e estas f a n f a r r o n a d a s , v a m o s al ne-
g o c i o : sigamos en c u a n t o los P a d r e s lo p e r m i t a n el o r d e n
de m a t e r i a s , y empecemos por la historia de la filosofía. E n
ella n o tengo que c o m b a t i r m a s que con el P . N . , p o r q u e el
o t r o se ha q u i t a d o de historia. L e p e r d o n o al P . u n a n a c r o -
n i s m o que t r a e , p o r q u e n o quiero p a r a r m e en pelillos, y s o -
lo h a g o alto sobre el elogio q u e . d a á mi filosofía en la c o n -
clusión 1 9 ; la empieza a s í : Tándem Aristotelis exetissojugo nu-
gísque derelictis &c, E n estas p a l a b r i t a s t e n e m o s el negocio.
A q u e l l o de excusso jugo n o me coge de n u e v o : sé que es c a n -
tinela cien veces r e p e t i d a , y que no h a h a b i d o , ni h a y filó-
sofo de m o d a , que no la t r a i g a tres veces á lo menos en los
p r o l e g ó m e n o s ; p o r q u e de o t r a m a n e r a sería u n i g n o r a n t e , un
p r e o c u p a d o y o t r a s muchísimas cosas. L o que sí es noticia
n u e v a e n t e r a m e n t e p a r a m í , es a q u e l l a de nugisque derelictis.
¿ M a s n o había de ser n u e v a , si ella trae todas las pintas de
p a r t o original del fecundísimo e n t e n d i m i e n t o del P. ? Sé que
muchos m e h a n d a d o o t r a s c e n s u r a s : sé que h a n t r a t a d o mi
filosofía unos de o b s c u r a , o t r o s de i n s u f i c i e n t e , otros de a b s -
t r a í d a , o t r o s , e a fin, de lo que les h a d a d o g a n a ; pero de-
77
cir que ella es u n a b a g a t e l a , u n a b u r l a , u n a fruslería, u n a
c u c h u f l e t a , u n a s ( á qué me c a n s o , si no he de e n c o n t r a r
terminito m a s bonito q u e el del P.) unas migas, es v e r d a d e r a -
m e n t e un d e s c u b r i m i e n t o , que de cabo á r a b o se lo debe la
l i t e r a t u r a á este g r a n d e sabio del siglo X V I I I , á este héroe de
filosofía, a este apolo de V i l l a l b a . ¿Y quién ha de a t r e v e r s e
á contradecirle? Solo y o , a m i g o d o n M a n u e l , solo yo que h a -
bito donde no puede v e r m e ; solo y o que lo h a g o , n o por c o n -
v e n c e r l o , sino p a r a d a r l e motivo á que ilustre m a s y m a s su
siglo con t a n felices producciones. M a n o s pues á la o b r a .
C o n q u e , P . m i ó , ¿ello es que n o se h a de r e b a j a r n a d a d e
aquello de nugis . Supongo que vuestra r e v e r e n d í s i m a t e n d r á
2
Sed quis omnium doctior . Quis acutior . Quis in rebus vel inve-
2 2
quienes yo n o üe q u e r i d o b u s c a r , p o r q u e estoy y a h a r t o de
cosas. • ,
¿ V u e s t r a r e v e r e n d í s i m a q u e r r á t o d a v í a un p a r de P a d r e s
de la Iglesia? Es regular. P u e s , s e ñ o r , ¿ c o n o c e vuestra r e -
v e r e n d í s i m a a l g r a n d e Aurelio A g u s t í n , Obispo de H i p o n a ,
p o r o t r o n o m b r e la m a s h e r m o s a a n t o r c h a de la Iglesia? ¿Lo
conoce vuestra reverendísima? Pues éste en su lib. 8. de Civi-
taté Del, c a p . i2- dice a s í : Aristóteles Platonis discipulus, vir
excellentis ingenii, et eloquio Platoni quidem impar, sed mul-
torum ja ile princeps. ¡Que ni toda la perspicacia de este g r a n -
de h o m b r e a l c a n z a s e , á ver mis b a g a t e l a s ! ¡ni toda la afición
q u e profesaba á P l a t ó n le hubiese podido estorbar que m e
pudiera dos deditos mas, abajo de é l ! Este J u a n Luis V i v e s ,
que en todas p a r t e s se h a l l a p a r a mortificación de v u e s t r a re-
v e r e n d í . i m a , también t r a e c u a t r o c o d t a s muy lindas sobre el
p a s a g e citado. H a g a v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a p o r v e r l o , que
85
él no lo deja de m e r e c e r . P e r o este testimonio á mi f a v o r ,
a u n q u e es s o b r a d í s i m o p a r a r o m p e r l e la c a b e z a al migis de
vuestra r e v e r e n d í s i m a , n o es todavía tan honorífico p a r a m í ,
como el que t r a e el buen viejo san G e r ó n i m o e n la o c a -
sión misma en que se puso a r e g a ñ a r c o n m i g o . Busquelo
v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a e n el libro intitulado: Regula Monacho-
rum, c a p . I í , que está en el t o m . 4.° de sus o b r a s ; y si n o ,
mas vale que yo se lo p o n g a aq'.n , y le a h o r r e ese t r a b a j o .
D i c e p u e s . Aitende ¿t tu fumar uní sapientium princeps Arista,
teles, et si fueris , ABSQVF. DUBITATIONK prodigium , grandeque
miraculuin in tota natura, cui pené videtur infusum quidquid
naturaíitér est capax hamanum genus , quoniam sapientia mun-
di stultitia est apud Deum , &c. ¿ Q u é t a l , padre m i ó ? N o
quiero decir cosa a l g u n a : c o n v e n g a m o s en que vuestra r e -
v e r e n d í s i m a , ó no e n t e n d i ó lo que quería decir nugis , ó si
lo e n t e n d i ó , no pudo v e n c e r la t e n t a c i ó n de p o n e r esa m e n -
tirilla.
H a s t a a q u í , P a d r e mío , n o h e hecho m a s que m e t e r m e
e n mi c o n c h a p a r a d e f e n d e r m e . P e r m í t a m e vuestra reveren-
dísima que sin salirme de la cuestión asome un p o q u i t o la
c a b e z a , y dé u n a m i r a d a hacia sus filósofos y filosofía: n o
m e e n t r e t e n d r é m u c h o , ni e c h a r é á p e r d e r n i n g u n o de sus
p r i m o r e s . Solamente h a r é t r e s refiexioncitas , p a r a que s a l -
g a la media d o c e n a , que he p e n s a d o que v u e s t r a r e v e r e n d í s i -
m a merece.
Sea la p r i m e r a . Ya h a visto v u e s t r a reverendísima que
cuantos h a n merecido el n o m b r e de sabios de c e r c a y m i a s de
dos mil años á esta p a r t e , n o q u i e r e n e n t r a r p o r aquello d e
nugis, que vuestra reverendísima se sirve de a p l i c a r m e . Pues
señáleme a h o r a unos pocos de sabios de s o l a m e n t e dos siglos
p a r a a c á , que t r a t e n con igual r e s p e t o á C a m p a n e l a , D e s -
c a r t e s , G a s e n d o , W o l f i o , Leibnitz, N e w t o n , y demás hom-
bres doctísimos que d e s e n t e r r a r o n la filosofía , como dice
vuestra r e v e r e n d í s i m a , en los tres siglos últimos. N o h a y
cosa mas fácil, que lo que y o pido , ni t a m p o c o puedo pedir
menos ; pues ya vuestra reverendísima sabe que el a p l a u s o
de un p . i r de siglos no decide á favor de un a u t o r , , y m u -
cho menos en estos t i e m p o s , en que ni á favor mió d e c i d e n
veinte , ni á favor de los escolásticos c i n c o . Pues con t o d o
eso me c o n t e n t o con t a n p o q u i t o ; y e n s e ñ a l á n d o s e m e u n o ,
86
en c u y o elogio h a y a n c o n v e n i d o ó t o d o s , ó la m a y o r p a r t e
d e los sabios, desde luego d o y p o r b a g a t e l a s todos mis e s c r i -
tos. ¿ Q u é d i c e n , p u e s , D e s c a r t e s de G a s e n d o , G a s e n d o d e
D e s c a r t e s , W o l t i o y N e w t o n de los d o s ? V u e s t r a r e v e r e n -
d í s i m a lo sabe m u y bien. S e ñ o r , si c a d a u n o t i r ó p o r su
c a m i n o , ¿qué m u c h o q u e los c a n t o r e s m u t u a m e n t e se c e n s u -
r e n ? P a d r e m i ó , si son h o m b r e s que s o l a m e n t e p o r e m u l a -
c i ó n se i m p u g n a n , no m e los c u e n t e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a
p o r sabios. ¿ Q u é d i c e n d e ellos u n H u e t , u n G e n u e n s e , u n
L e r i d a n , un P l u c b e , un P i q u e r , y el c o p i a n t e V i l l a l p a n d o ?
D e D e s c a r t e s , q u e fue un filósofo de p u r a i m a g i n a c i ó n : d e
M a l l e b r a n c h e , q u e t o d o s sus p e n s a m i e n t o s son poéticos : d e
G a s e n d o , que n o tuvo habilidad m a s que p a r a i m p u g n a r ; y
a s í v a n c r i t i c a n d o á todos los d e m á s . ¿Pues es posible que es-
tos hombres d o c t í s i m o s , como vuestra reverendísima dice,
e n s e ñ a n d o la v e r d a d y la solidez h a y a n de sufrir t a n m a l
t r a t a m i e n t o , c u a n d o el A r i s t ó t e l e s , el N u g i v e n d o , h a t e n i -
d o á favor de sus bagatelas t a n t o s sabios? ¿ y esto e n b o c a y
p l u m a de aquellos , que n o o b s t a n t e i m p u g n a r l o s se a p l i c a n
a e l l o s , y no se d i g n a n siquiera de g a s t a r u n a h o r a e n Aris-
tóteles? V a y a , p a d r e m i ó , que el m u n d o está a h o r a m a s t r a s -
t o r n a d o que n u n c a .
Sirva de s e g u n d a reflexión u n a que se d a m u c h o la m a -
n o c o n esta. L o s g r a m á t i c o s a l e m a n e s , que se m e t i e r o n á
t e ó l o g o s c o n t a n t o d a ñ o s u y o y d e la I g l e s i a , l e v a n t a r o n el
g r i t o c o n t r a la escuela y c o n t r a mí. Yo n o sé si p o r q u e sus
libros c u n d i e r o n m a s d e lo que debieron c u n d i r , se les p e g ó
•á m u c h o s católicos esta m a n í a , que ellos j u z g a r o n i n o c e n t e ;
ó si el haberse metido á i m p u g n a d o r e s mios fue efecto de a l -
g u n a c o n s t e l a c i ó n a n t i - a r i s t o t é l i c a que reinase e n t o n c e s . Lo
c i e r t o e s , que mi d o c t r i n a , que h a s t a aquel t i e m p o , ó h a s t a
a q u e l p u n t o , se h a b í a m a n t e n i d o e n pie c o n t r a las i m p u g n a -
ciones de tal c u a l c a b e z a g o r d a , que le habia p u e s t o los pun-
tos , e m p e z ó á c a e r con b a s t a n t e prisa. ¿ D e s c a r t e s por una
p a r t e , G a s e n d o p o r o t r a , ¿qué esfuerzos o m i t i e r o n para ar-
r u i n a r m e ? N o les faltó m a s que d e c i r aquello de nugis: por-
q u e t o d o lo d e m á s que se p u e d e decir c o n t r a un h o m b r e de
b i e n , lo dijeron c o n t r a m í ; y a u n e x c e d i e r o n en esta p a r t e
sus escritos al célebre t r a t a d o d e C a m p a n e l a de Genttlism»
non retinendo. C u n d i e r o n sus libros mas de lo que merecían;
87
t u v i e r o n mas discípulo:-, que lo que se p o l i o e s p e r a r , y se
hizo como p r i n c i p i o i n c o n t e s t a b l e en todos ios filósofos d e
la n u e v a e x t r a c c i ó n , q u e leer á Aristóteles era p e r d e r el
tiempo. V i n i e r o n después d e ellos o t r o s filósofos, que p o c o
satisfechos de las o b r a s d e sus m a e s t r o s , se fueron á o t r a s
p a r t e s á buscar la v e r d a d . A n d u v i e r o n de a q u í p a r a a l l í , h a s -
t a d a r ú l t i m a m e n t e c o n mis o b r a s : p e r o c o m o s a c a r p u b l i -
c a m e n t e d e ellas a l g u n a s cosas e r a u n c o n t r a b a n d o t a n g r a n -
de , lo que hicieron fue sacarlas p o r a l t o , y d i s i m u l a r l a s d e
¡nodo q u e pudiesen p a s a r . L a universidad de Leipsfk fue ¡a
p r i m e r a q u e se quitó la m á s c a r a : y u¡ s e ñ o r T o m a s i o ( q u e
v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a sabe que es testigo fuera de toda s o s -
p e c h a ) a s e g u r a e n el p r ó l o g o de su F í s i c a , que en ella se
suele seguir á Aristóteles; y que a u n q u e los libertinos del día
( a s í los l l a m a é l ) d i g a n de esto que es u n a i n d i g n a s e r v i -
d u m b r e , espera n o o b s t a n t e que e n t r e los justos e s t i m a d o r e s
de las cosas m e r e z c a a c e p t a c i ó n y a p r e c i o . E l s e ñ o r L e i b -
nitz hizo lo m i s m o , y tuvo v a l o r ( m i r e v u e s t r a r e v e r e n d í s i -
m a qué p i c a r d í a ) p a r a i m p r i m i r u n a c a r t a de Aristotele re-
cent ioribtu conciliabili.
Ú l t i m a m e n t e los Eclécticos se p r e c i a n y a de leer mis o b r a s ,
y de t o m a r de ellas sus c o s i t a s ; y á pesar d e las e x c o m u n i o -
nes que impusieron D e s c a r t e s y G a s e n d o c o n t r a el que v o l -
viese á t o m a r e n boca aquello de materia , forma , acto , po-
tencia , cualidad, y o t r a s tales d e mis b a g a t e l a s , y a se leen
e n sus libros c o n n o p o c o consuelo mió. A ñ a d a v u e s t r a r e -
v e r e n d í s i m a á esto la v a r i a f o r t u n a d e todos sus filósofos.
Al p r i n c i p i o e r a n de c o r a z ó n , ó C a r t e s i a n o s , ó G a s e n d i s -
t a s . V i n o M a l i e b r a n c h , y le quitó unos p o c o s de discípulos
á D e s c a r t e s su m a e s t r o . V i n o M a i g n a n , y e n m e n d ó los ato-
mos de G a s e n d o . Ya t e n e m o s c u a t r o filosofías r e a l m e n t e dis-
tintas. Vinieron o t r o s , y c o m o h a l l a r o n p o r t i l l o a b i e r t o , se
salieron p o r d o n d e les dio g a n a , y y a se a u m e n t ó c o n s i d e -
rablemente el n ú m e r o de sectas. V i n i e r o n W o l f i o , L e i b n i t z ,
N e w t o n , L o c k e y otros , y d e s t r u y e r o n lo p o c o q u e h a b i a
quedado de los anteriores , sin d e j a r p o r esto d e destruirse
mutuamente. E n t a n t a multitud de s i s t e m a s , hipótesis , o p i -
niones y d i s p a r a t e s , i<\aé q u e d a b a que h a c e r ? ¿ V o l v e r s e á
las bagatelas d e A r i s t ó t e l e s ? Absit. E l r e m e d i o , q u e se i n -
t e n t ó , fue sacar á p l a z a pública la g r a n p a n t o m i m a del
38
Eclecticismo. N o >e e s c a n d a l i c e vuestra r e v e r e n d í s i m a , que á
su t i e m p o se lo haré v e r t a n c l a r i t o , c o m o le he h e c h o ver
que no sabe g r a m á t i c a . D e d o n d e se s i g u e , que si hubiese
un Bosuet en la filosofía, c o m o lo hubo en la t e o l o g í a , t e n -
d r í a ios mas bellos m a t e r i a l e s p a r a sacar u n a historia de va-
r i a c i o n e s ; y p o d r í a n a c e r v e r , que así como - ios pretensos
r e f o r m a d o r e s de la religión , que ai principio d e c l a m a b a n
c o n t r a los católicos c o m o a n t i - c r i s t i a n o s , c o m o j u m e n t o s ,
c o m o c o r r u p t o r e s de la l e y , el ccziera, se vieron en la p r e -
cisión de v a r i a r h a s t a h a c e r s e indiferentistas, y a s e g u r a r , que
n o solo los católicos , sino t a m b i é n los m a h o m e t a n o s y g e n -
tiles h a b í a n de salvarse ; del mismo modo ¡os reformadores
de la filosofía , que t a n t o g r i t a r o n c o n t r a mis escrito* , y
t a n a l t a m e n t e los d e s p r e c i a r o n , n o habían dejado de i n n o -
v a r y v a r i a r h a s t a el e s t r e m o de c a e r en el i n d i f e r e n t i s m o
de filosofía , que ellos quieren que pase p o r eclecticismo.
V a m o s , p a d r e m í o , á la ultima reflexión. ¿Mis b a g a t e -
las h a n servido á la divina t e o l o g í a ? E s i n c o n t e s t a b l e . ¿Y
t o d a v í a se a t r e v e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a á t r a t a r l a s de b a -
gatelas ? ¿ Es v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a del n ú m e r o de aquellos
que j u z g a n que con ia teología puede j u n t a r s e cualquier c o -
sa ? L a v e r d a d es u n a , es la m i s m a , y a sea que la n a t u r a -
leza la d e s c u b r a , ya sea que la g r a c i a la r e v e l e : la v e r d a d
a b o r r e c e el e r r o r : es imposible que j a m á s se c o m p a d e z c a
con é l , como ni la luz con las tinieblas , ni el ser c o n la
n a d a . V e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a que c o n mi filosofía se ha
establecido firmísimamente la teología n a t u r a l : que en la re-
velada h a servido ella e n c u a n t o le h a n m a n d a d o . Es v e r d a d
que n o ha p r o b a d o los misterios , p o r q u e ellos n o lo serian,
si se pudieran p r o b a r ; p e r o es cierto t a m b i é n q u e ella les h a
buscado las r a z o n e s de c o n g r u e n c i a ; que h a servido p a r a e x -
p l i c a r l o s en c u a n t o son e x p l i c a b l e s , y sobre todo que ella
h a destruido c u a n t a s cavilaciones t o m a r o n de la sabiduría
p r o f a n a los enemigos de la religión. V e a vuestra r e v e r e n d í -
sima e n t r e m u c h o s otros á s a n t o T o m á s en la Suma c o n t r a
g e n t i l e s ; y si tiene todavia algo de libertad su p r e o c u p a -
d o e n t e n d i m i e n t o , c o n o c e r á , que cosas como las que allí h a y ,
n o deben l l a m a r s e b a g a t e l a s . Pues a h o r a bien , manifiéste-
me e n su filosofía favorita u n a c o s a , que se p a r e z c a á aque-
lla. H á g a m e v e r que ella h a servido á la t e o l o g í a , como
89
sirvió la m i a . M e p o n d r á v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a mil e g e m
plos de h o m b r e s , que fueron muy buenos c a t ó l i c o s , y con t o
do eso la siguieron. N o es esa la dificultad: se puede ser buen
c a t ó l i c o , y mal filósofo, así c o m o se p u e d e ser buen filóso
fo, y m a l c a t ó l i c o , m a s n o es este el p u n t o de la dificultad,
ó de la disputa. S e ñ á l e m e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a uno q u e
h a y a hecho s e r v i r los átomos, partículas, atracciones, y d e
mas z a r a u d a j a s al estudio de la religión. Es p r e c i s o que vues
t r a r e v e r e n d í s i m a se e m b a r a z e d e m a s i a d o c o n lo que le p i
d o ; pues t o d o s , ó los m a s de sus a n t e c e s o r e s , salen p o r el
r e g i s t r o d e que h a b l a n c o m o filósofos, y n o c o m o t e ó l o g o s ,
y que u n a cosa que es v e r d a d s e g ú n la filosofía, puede ser
falsa e n b u e n a teología. Efugio i n d i g n o de u n h o m b r e q u e
sepa las difmiciones siquiera de a m b a s f a c u l t a d e s : efugio q u e
c o n d e n a la r a z ó n , y que c o n d e n ó la Iglesia e n el siglo X I I
ó X I I I ; pues y a n o m e a c u e r d o c u a n d o fue. N o e s t r e c h o
m a s esta p r e g u n t a p o r q u e me voy á o t r a .
¿ Q u é j u z g a v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a de t a n t a secta d e i m
píos, que i n u n d a n el m u n d o á título de filósofos? ¡ A h ! s e ñ o r
Aristóteles , me dirá vuestra r e v e r e n d í s i m a , n o h a y que t o
c a r en e s o : n i n g ú n filósofo católico debe sufrir la n o t a de
p a t r i a r c a de los i m p í o s . Y o , p a d r e m i ó , c o n v e n g o e n ello:
t e n g o por católicos á D e s c a r t e s y G a s e n d o , y á todos los d e
mas á quienes la Iglesia r e c o n o c e p o r tales. N o m e p a s a pol
la i m a g i n a c i ó n c r e e r de e l l o s , que fuese su á n i m o e c h a r p o r
t i e r r a la religión de sus p a d r e s , y c r e o firmemente q u e ni
aun les o c u r r i ó , que su filosofía podia s e r v i r p a r a s e m e j a n t e
c o s a ; p e r o vuelvo á p r e g u n t a r á vuestra r e v e r e n d í s i m a : ¿ d e
d ó n d e proviene que los i m p í o s , de quienes a p e n a s habia n o
ticia a n t e s , se h a y a n a u m e n t a d o e n t a n t o n ú m e r o , se h a
y a n atrevido á l e v a n t a r p a r t i d o , y reducir á sistema sus l o
curas y d e s b a r a t o s , desde q u e e m p e z ó la licencia de e c h a r
cada uno en la filosofía p o r d o n d e le p a r e z c a ? Piense v u e s
t r a r e v e r e n d í s i m a la respuesta q u e d e b e d a r , m i e n t r a s y o
atiendo á lo que ellos r e s p o n d e n . B e n i t o E s p i n o s a d i c e : q u e
él no es m a s q u e discípulo d e D e s c a r t e s , y c a d a u n o de los
otros le hace igual injuria al mismo D e s c a r t e s , á G a s e n d o ,
ó á otros. ¿ Será i m p o s t u r a ? Q u é sé y o , p a d r e mió. P a r a
q u e yo no la t e n g a p o r t a l , m e d a n suficientísimos motivos
un G e n u e n s e , un H u e t , un L e r í d a n , u n Villalpando , u n
том. v. 12
90
P i q u e r , y o t r o s m a c h o s filósofos m o d e r n o s . E l sistema d e los
átomos fue i n v e n t a d o p o r E p i c u r o p a r a q u i t a r de e n medio
la p r o v i d e n c i a , la existencia de u n a p r i m e r a c a u s a , la i n -
m o r t a l i d a d del a l m a , y o t r a s tales v e r d a d e s . N e g ó G a s e n d o
t o d a s estas c o n s e c u e n c i a s , es v e r d a d ; ¿ p e r o d e qué sirve n e -
g a r l a s , si q u e d a n e n pie los p r i n c i p i o s , que n a c i e r o n p a r a es-
t a b l e c e r l a s ? E n I n g l a t e r r a se p i e n s a c o m u n m e n t e , que es
imposible que c r e a que h a y D i o s el q u e fuere b u e n atomista.
Y p a r a el caso ¿ h a y m u c h a diferencia e n t r e á t o m o s y p a r t í -
culas , en que se m e n e e n h a c i a acá , ó h a c i a allá ? C o n q u e
a g r e g u e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a á los á t o m o s t o d a la filoso-
fía c o r p u s c u l a r .
D í g a m e t a m b i é n , ¿ n o es c i e r t o que D e s c a r t e s , n e g a n d o
q u e los b r u t o s t i e n e n a l m a , e x p l i c ó t o d a s sus o p e r a c i o n e s
p o r el mecanismo 7
Pues a h o r a , p ó n g a m e v u e s t r a r e v e r e n d í -
s i m a u n h o m b r e p e r s u a d i d o á que c u a n t a s acciones se v e n
e n ellos p r o c e d e n de sola la artificiosa disposición de p a r t e s ,
y n o t a r d a r é y o e n p o n é r s e l o materialista. N o t a r d a r á él e n
d e c i r que ¿ q u i é n puede c o m p r e n d e r lo que puede h a c e r el
A u t o r de la n a t u r a l e z a , en vista de lo que p u e d e la l i m i t a d a
fuerza y s a b i d u r í a d e los h o m b r e s ? C o n q u e si el h o m b r e
p u e d e d a r t a n a d m i r a b l e m o v i m i e n t o á u n r e l o x , v. g r . ; si
D i o s , siguiendo el m i s m o artificio , p o r la m e c á n i c a d i s p o -
sición de las p a r t e s h a f o r m a d o u n a s m á q u i n a s t a n a d m i r a -
bles , ¿ qué dificultad h a y e n que sean t a m b i é n m á q u i n a s los
h o m b r e s ? Es v e r d a d que estos e x c e d e n i n c o m p a r a b l e m e n t e
á los b r u t o s ; p e r o esto está c o m p u e s t o c o n que el m e c a n i s -
m o que los f o r m a , tiene en ellos sobre los brutos u n a i n c o m -
p a r a b l e p e r f e c c i ó n , que el A u t o r de la n a t u r a l e z a les p u d o
y supo d a r , y el h o m b r e n o a l c a n z a á c o m p r e n d e r . ¿ Q u é
t a l , p a d r e m í o ? Q u i e n raciocinase a s í , sería m a l c r i s t i a n o ,
m a l filósofo; ¿ p e r o n o es c l a r o que sería buen C a r t e s i a n o ?
D e j o o t r o s i n n u m e r a b l e s e g e m p l o s que podia p o n e r , p o r
t o m a r u n o de las conclusiones de v u e s t r a reverendísima. S a l -
g a p a r a ello la Í 4 2 , d o n d e dice del espacio ( e n t r e o t r a s co-
s a s ) que n o tiene t é r m i n o s , que es eterno, é improducto.
V u e s t r a r e v e r e n d í s i m a a q u í , p a r a n o decir u n a i m p i e d a d ,
t o m ó u n t r o z o de c a d a u n a de dos s e n t e n c i a s c o n t r a d i c t o -
r i a m e n t e o p u e s t a s , y de las dos h a c e aquello que p i n t a H o -
r a c i o en los p r i m e r o s versos de su c a r t a á los Pisones. H u b o
9i
u n a reñidísima c o n t r o v e r s i a sobre el e s p a c i o e n t r e N e w t o n y
Leionitz. D e c i a éste : que el e s p a c i o e r a merum parúmeu: ni-
hil. Decia el o t r o : que lo era t o d o ; pues e r a el misino D i o s ,
ó c u a n d o m e n o s su i n m e n s i d a d , q u e t o d o es lo mismo. L e i b -
n i t z n o atribuia al e s p a c i o m a s que nihil, y nihil, y m a s ni-
hil, y en esto iba c o n s i g u i e n t e á su s e n t e n c i a . N e w t o n p o r
el c o n t r a r i o , c o m o lo t e n i a p o r Dios , le e c h a b a e n c i m a la
i n m e n s i d a d , e t e r n i d a d , i n d e p e n d e n c i a , y otros tales a t r i -
butos de la d i v i n i d a d . L l e g a v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a a q u í : ¿ y
qué h a c e ? P o n e p o r sugeto al espacio de L e i b n i t z , á saber
nihil, y luego le a p l i c a todos los atributos de N e w t o n , que
s o n los atributos de D i o s ; y p a r a que la cosa se p o n g a m a s
b o n i t a , se vale del t e r m i n i t o negativé , h u r t a d o de la escue-
la , y í n a l í s i m a m c n t e p e g a d o al asunto. Yo t e n g o á v u e s t r a
r e v e r e n d í s i m a p o r t a n buen c r i s t i a n o c o m o m a l filósofo ( y
c r e a que este es el m a y o r elogio que p u e d o d a r á su o r t o -
d o x i a ) ; y á c o n s e c u e n c i a a u n q u e veo q u e la c i t a d a p r o p o -
sición de vuestra r e v e r e n d í s i m a c o n t i e n e nugacissimas nugas,
conozco n o o b s t a n t e , que ella p u e d e p a s a r sin perjuicio de la
religión. P e r o demos caso q u e u n o d e los d i s c í p u l o s d e vues-
t r a r e v e r e n d í s i m a se viese t e n t a d o p o r u n a p a r t e del d i a b l o ,
y p o r o t r a del r e s p e t o de su m a e s t r o : d e m o s que f o r m a s e
del espacio la idea que , á e x c e p c i ó n d e p o c o s , h a n f o r m a -
d o t o d o s , á s a b e r : que él es u n s e r , que tiene a l g u n a e n -
t i d a d ; y p o r o t r a p a r t e , a c o r d á n d o s e d e la d o c t r i n a de su
m a e s t r o , le atribuyese la infinitud, la e t e r n i d a d , la i n d e p e n -
d e n c i a . Este tal sería menos m a l filósofo q u e su m a e s t r o ,
p o r q u e al menos p o n d r i a u n d i s p a r a t e m a s i n t e l i g i b l e ; p e r o
al mismo tiempo , y no i n c u r r i r í a en el politeísmo de M a n e s ?
¿No admitiría dos Dioses, u n o el que todos c o n o c e m o s , v o t r o
este s e r , este espacio e t e r n o , i m p r o d u e t o , y d e m á s d e s a t i n o s ,
que vuestra r e v e r e n d í s i m a le a t r i b u y e ?
H e t o c a d o estas especies, P a d r e m i ó , p o r q u e v u e s t r a r e -
v e r e n d í s i m a es t e ó l o g o , y siéndolo debía a d v e r t i r p o r r a z ó n
de su p r o f e s i ó n , lo que n o a d v i r t i e r o n t a n t o s monsieures fi-
lósofos, q u e se m e t i e r o n e n el c o l m e n a r sin c a r e t a ; quiero
d e c i r , que t r a t a r o n la filosofía sin c o n o c e r l a , ni e n t e n d e r el
enlace que ella tiene c o n la religión. C u a n d o la que y o e n -
señé n o tuviese o t r a e x c e l e n c i a , s e r í a c o s a i n d i g n a t r a t a r l a
de b a g a t e l a s ; y c u a n d o la que v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a sigue
92
n o tuviese m a s i n c o n v e n i e n t e , a u n q u e ella fuese t a n l i n d a
c o m o la p r e d i c a n sus p a t r o n o s , siempre sería u n a v a n i d a d ,
u n a i g n o r a n c i a , u n a b a g a t e l a . Q u e d e m o s , pues , en que la
p a l a b r i t a nugis está m a l í s i m a m e n t e p u e s t a ; p e r o que se le
debe p e r d o n a r á v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a , p o r q u e n o e n t e n d i ó
lo que puso.
Si y o p u d i e r a e x p l i c a r l e el s e n t i m i e n t o que m e q u e d a p o r
lo m u c h o que dejo p o r d e c i r , c i e r t a m e n t e me t e n d r í a l á s t i -
m a , c.otno h o m b r e que sabe p o r e x p e r i e n c i a c u a n g r a n d e s
son los deseos de p a r i r las cosas que se p e g a n al c o r a z ó n ;
p e r o me h a g o c a r g o , lo u n o d e que no es m e n e s t e r t a n t o ,
lo o t r o de que todavía nos v e r e m o s d e s p a c i o ; y ú l t i m a m e n -
t e , de que no es m u y p o c o lo que he a p u n t a d o . P a r a u n a
sola cosa me h a de d a r vuestra r e v e r e n d í s i m a licencia. T e n -
' g o m u c h o e s c r ú p u l o de h a b e r e x p u e s t o á Luis Vives al eno-
j o de vuestra reverendísima, y tanta otra gente doctora co-
m o me q u i e r e n m a l , c i t a n d o a q u e l p a s a g e donde d a las cau-
sas de p o r qué mi filosofía les p a r e c e á m u c h o s b a g a t e l a s .
M e t e m o que v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a lo saque a l g ú n dia e n
o t r o p a p e l de conclusiones con u n vestido peor q u e el que
m e h a puesto á m í ; y por t a n t o p a r a que el pobrecito v a y a
m e n o s a f r e n t a d o , si llega este c a s o , he q u e r i d o d a r l e u n
c o m p a ñ e r o que le a y u d e á p a s a r la v e r g ü e n z a . E s t e es el s e -
ñ o r G a n o en su lib. 1 0 , c a p . 3. Nec video.... ( l o dice é l ) cur
ejusmodi philosophos tanto Lutherani ( n o t e n i a y o e n t o n c e s
o t r o s enemigos que m e r e c i e s e n a t e n c i ó n ) odio prosequantur,
ni SÍ quod auctores obscuros-, intellectuque difficiles perdiscere nec
volunt, nec vero possttnt. Etenim optimi cujmque philosophi
commentaria, praesertimque Aristotelis", discipvdum non modo
ingeniosum, sed amantem etiam laboris exigunt. Isti vero cum
parum ingenio- valent, tum in laboribus é vita christiana pcllen-
dis occupati, et sunt, et fuerunt. Quamobrem, quod in philoso-
phorum libris difficile, atque arduum esse vident, id et horrent
ipsi, et ab eo juvenum ánimos alienant. P e r d o n e v u e s t r a r e v e -
r e n d í s i m a la c o r t e d a d , y e s p é r e m e con a q u e l l o de excusso
jugo p a r a la c a r t a q u e viene.
A m i g o d o n M a n u e l : y o n o sé lo que m e h e h e c h o . T a n -
to m e h e olvidado de V . , que mi c a r t a p a r e c e m a s bien d i -
rigida al P. M a s n o h a estado e n mi m a n o n o t r a n s p o r t a r -
m e , c u a n d o t a n i n s o l e n t e m e n t e se me injuria. V . p e r d o n e
93
que yo me e n m e n d a r é , y n o v o l v e r é á c o m e t e r s e m e j a n t e
d e s a t e n c i ó n . N o t i e n e que d u d a r de mi buen a f e c t o , y p u e -
de c r e e r que soy su mas a p a s i o n a d o servidor.z=: Aristóteles.
á ií d e s e p t i e m b r e d e 8ó.
P. D. L o que t e n i a m a s e n m e m o r i a se m e iba y a o l v i -
d a n d o . V. se a c o r d a r á d e a q u e l c l e r i z o n t e , d e quien m e dio
noticias el r e v e n d ó n de mi p r i m e r a C a r t a h a b e r d i c h o : q u e
s a n t o T o m á s n o p o d r i a j a m á s q u i t a r s e la m a n c h a de h a b e r
a d o p t a d o mi d o c t r i n a ; y q u e si a h o r a se ofreciese c a n o n i z a r -
lo , n o a n d a r í a la cosa t a n fácil. H á g a m e V . favor de husm-
e a r l e ; pues a u n q u e los c l e r i z o n t e s de esta especie son p o r
allá mas que los de ROJAS , las señas que di e n t o n c e s , y
o t r a que a ñ a d o a h o r a , y consiste e n u s a r d e u n b o n e t e j e -
suítico en gloria y h o n r a de los J e s u í t a s , sus m a e s t r o s , p u e -
den servir á V. de c a b o p a r a descubir el ovillo. L u e g o q u e
V. lo e n c u e n t r e , m á n d e l e e c h a r , p o r mi c u e n t a , un l i n d o
a r n e r o d e p a j a y t r e s c u a r t i l l o s d e c e b a d a , q u e es lo q u e
justamente merece.
9+
CARTA VIH.
A•
_ / l u n i g o m í o : a n o a s e g u r á r m e l a V . c o n su i n n a t a f o r m a -
lidad , e r a imposible que c r e y e s e y o la n o v e d a d de que me
avisa. ¿ Q u i é n habia d e c r e e r que u n a s C a r t a s escritas p o r
m í , firmadas de p r o p i o p u ñ o , llevadas p o r A v e r r o e s , y e n -
t r e g a d a s e n m a n o p r o p i a , se h a b í a n de t e n e r p o r a n ó n i m a s ,
y se h a b í a n de a t r i b u i r á ese s u g e t o que V . m e d i c e , que ni
las e s c r i b e , ni las firma, ni las l l e v a , ni las e n t r e g a ? V e r -
d a d e r a m e n t e que la malicia a n d a m u y de s o b r a ; y que los
h o m b r e s , q u e e n el dia de h o y se e s t á n t r a g a n d o c o n la b o -
c a a b i e r t a t a n t í s i m a s p a p a r r u c h a s , solo e s t á n m a l dispuestos
p a r a c r e e r la v e r d a d . V . , a m i g o mió ( p e r m í t a m e que se lo
d i g a ) , V . tiene la c u l p a e n m u c h a p a r t e . D e b i a V . m a n i -
festar mis C a r t a s á esos i n c r é d u l o s : d e b i a , si fuese n e c e s a -
r i o , a s e g u r a r l e s c o n t o d a f o r m a l i d a d q u e y o soy el e s c r i t o r ;
y n o le digo que debia l l a m a r l o s á su c a s a p a r a que p o r sus
mismos ojos viesen á A v e r r o e s , p o r q u e m e t e m o que quizá
h a r í a n con él lo que c o n S a n c h o P a n z a e n la v e n t a - c a s t i l l o
d e d o n Quijote. A m í n o se me d a r i a c u i d a d o de que las atri-
b u y e s e n á o t r o a u t o r , si estuviésemos e n o t r o t i e m p o . Si ellas
t i e n e n a l g o de p r o v e c h o , y o p o r acá n o lo he de m e n e s t e r :
si faltas , o t r a s cosas p e o r e s d a n d e c o m e r á q u i e n las e s -
c r i b e : c o n que p o r e s t a p a r t e lo mismo se me diera d e que
las tuviesen p o r m í a s , ó de que se las a d o p t a s e n á P e r i q u i -
llo F e r n a n d e z . M a s , a m i g o m i ó , los tiempos se h a n m u d a -
d o . H u b o ocasión e n que el P a r l a m e n t o de P a r í s t u v o p o r pe-
c a d o el que se m e i m p u g n a s e ; a h o r a n o es hijo de buenos
p a d r e s el q u e n o me i m p u g n a : y n o quisiera yo q u e n i n g ú n
p o b r e tuviese q u e p a s a r p o r la ignominia d e ser n o solamen-
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te p e r i p a t é t i c o , que hiede á fraile que a p e s t a , sino t a m b i é n
defensor d e Aristóteles, que m a s v a l d r í a m e t e r s e á f r a n c m a -
són. P o r esto e s p e r o m e r e c e r á V . el f a v o r , p r i m e r o : d e
que d e s e n g a ñ e á los que p u e d a : y después de q u e le h a g a
u n a visita á ese s u g e t o ; le p i d a p e r d ó n e n mi n o m b r e , si es
que y o t e n g o la c u l p a de q u e le e c h e n la que n o tiene , le
consuele del mejor m o d o que p u e d a , y le a s e g u r e que desde
luego a b a n d o n a r í a y o mi trabajo p o r q u e él n o tuviese q u e
sentir, si no t e m i e r a que mi silencio había de ser e n boca d e
los filósofos sietemesinos a r r e p e n t i m i e n t o y confusión. N o
o m i t a V . esto q u e le e n c a r g o , y vamos á a n u d a r el hilo de
mi d e f e n s a , que se i n t e r r u m p i ó e n la c o n c . 1 9 . del P . N .
E s t a m i s m a conclusión y este m i s m o P . h a n de d a r t a m -
bién m a t e r i a á esta C a r t a , a u n q u e el P. N . t o m e queja d e
que p o r a h o r a no h a g o caso d e él ; bien q u e y o p r o c u r a r é
desenojarlo á su debido t i e m p o . D i c e , p u e s , así la c o n c l u -
sión c i t a d a : Tándem Aristotelis excusso jugo, nugisque dereli-
ctis, philosophia tribus superioribus s&culis multiplici observatio-
« e , el experientia novo quodam lumine perfusa, á viris sapien—
tissimis, licét non onnitio, magna tamen ex parte, ab ignoran—
tice tenebris fuit effossa. Si no me hubiese p r o p u e s t o desde el
p r i n c i p i o m a n t e n e r m e s o l a m e n t e sobre la defensiva, t e n d r í a -
mos m a t e r i a en sola esta conclusión p a r a u n p a r d e d o c e -
nas de c a r t a s . D i r í a m o s a l g o sobre la o b s e r v a c i ó n y e x p e -
riencia que el P . m a g n i f i c a t a n t o , y sobre la n u e v a luz q u e
dice h a a m a n e c i d o á la filosofía: nos reiríamos un poquito de
estos v a r o n e s que inflatis bucéis l l a m a s a p i e n t í s i m o s , y le h a -
r í a m o s ver que esto de ser crítico r e q u i e r e u n a s narices m a s
l a r g a s y mas bien s o n a d a s que las que tiene v u e s t r a r e v e r e n -
dísima. P a r a m u e s t r a de ello , h a g á m o s l e u n a p r e g u n t i t a .
; Q u é quiere decir su r e v e r e n d í s i m a c u a n d o d i c e , q u e la fi-
losofía fue d e s e n t e r r a d a desde el siglo XV" h a s t a el p r e s e n t e ?
¿ E s t a r á creído acaso e n que los h o m b r e s n o s u p i e r o n filoso-
fía en ios c i n c u e n t a y m a s siglos que p r e c e d i e r o n al quince?
Si piensa esto , n o h a y d u d a que h a c e u n g r a n obsequio a l
género h u m a n o . P e r o c i e r t a m e n t e n o lo p i e n s a , pues desde
la conc. 6 h a s t a la 13 refiere la r e p a r a c i ó n y p r o g r e s o s d e
e l l a , hasta que la invasión de los b á r b a r o s la p r e c i s ó , c o m o
el P. d i c e , á ir h u y e n d o á la A r a b i a , que es c o m o si d i j é -
semos, salir de T e b a s , y e n t r a r e n H a r d a l e s . ¿Con que según
9 6
esto ia filosofía d e s e n t e r r a d a es la m i s m a que r e f o r m a r o n los
c a l d e o s , p e r s a s , i n d o s , & c . , y c u l t i v a r o n los g r i e g o s ? ¿Y
p o r d ó n d e ha tenido el P . esta n o t i c i a ? ¿ Q u é filosofía de ios
g r i e g o s es esta d e s e n t e r r a d a ? ¿ D ó n d e e s t á ? Yo bien sé que
B e n i t o E s p i n o s a h a d e s e n t e r r a d o el Uno todo de los e l e a t e n -
ses : que o t r o s h a n h e c h o p a r e c e r de nuevo el f a t a l i s m o , ó
h a d o de a l g u n o s G r i e g o s , el ateísmo de E p i c u r o , el Dios sin
p r o v i d e n c i a de o t r o s , la i m p u d e n c i a de los cínicos , la e t e r -
n i d a d del m u n d o que y o a d m i t í , y n o e x t e n d í t a n m a l a m e n -
te c o m o ellos. ¿Es esta quizá la filosofía, que debe su restau-
r a c i ó n á esos s a p i e n t í s i m o s d e s e n t e r r a d o r e s , que a p l a u d e el
P a d r e r e v e r e n d í s i m o ? Yo c i e r t a m e n t e n o e n c u e n t r o que se
h a y a d e s e n t e r r a d o o t r a . O sino , d í g a m e el P . , ¿ d ó n d e e s -
t a n los que se p r e c i a n de discípulos de P l a t ó n , de S ó c r a t e s ,
de a l g ú n o t r o , y a sea g r i e g o , y a sea l a t i n o , de Jos que m e -
r e c i e r o n el título de v e r d a d e r o s sabios? ¿ D í g a m e siquiera cuál
de sus filósofos favoritos se h a p r o p u e s t o de r e c o g e r e n t r e
ellos lo que debe r e c o g e r s e ? Y m i e n t r a s el P . n o me lo d i g a ,
n o lleve á m a l que c r e a y o , que c u a n d o t o m ó la p l u m a p a r a
escribir su a s e r t o , fue c o m o el p i n t o r de U b e d a , que t o m a -
b a el pincel p a r a p i n t a r lo que saliese.
M a s ¿piensa el P. que les h a c e a l g ú n h o n o r á sus a m a -
bilísimos d e s e n t e r r a d o r e s con d e c i r , que ellos h a n s a c a d o á
l u z la filosofía que c u l t i v a r o n o t r o s , y q u e d ó s e p u l t a d a e n -
t r e el e s c o m b r o de los p e r i p a t é t i c o s ? Yo le a s e g u r o que si
D e s c a r t e s , G a s e n d o , N e w t o n , Leibnitz , y d e m á s p a t r i a r -
c a s d e la filosofía d e b u e n gusto lo o y e s e n , e n el mismo
p u n t o lo h a b i a n de a p e d r e a r . T o d o s ellos h a n a s p i r a d o á ser
filósofos o r i g i n a l e s , a u n q u e en la realidad n o lo h a y a n sido.
Sabemos de D e s c a r t e s que t o m ó casi t o d o su sistema de la
M a r g a r i t a A n t o n i a n a , de G ó m e z , de P e r e i r a , y d e las o b r a s
d e u n t a l J o r d á n B r u n o , que m u r i ó q u e m a d o p o r la I n q u i -
s i c i ó n ; p e r o t a m b i é n sabemos que el mismo D e s c a r t e s e n su
o b r a d e los Principios , e m p i e z a s u p o n i e n d o que n i n g u n o de
los antiguos habia t e n i d o felicidad e n sus i n v e s t i g a c i o n e s , y
q u e él se p r o p o n í a b u s c a r u n c a m i n o p a r a l l e g a r á la filo-
sofía que ellos n o e n c o n t r a r o n . Sabemos que G a s e n d o n o h i -
z o m a s que d a r l e u n a e s c a r d a á los átomos d e E p i c u r o , y
e n t r e s a c a r l e s aquella m a l a y e r b a que sus ojos p u d i e r o n d e s -
c u b r i r , d e j á n d o l a m a c h a s raices que p r o d u j e s e n después t i -
zon , neguilla , v a l l i c o , & c . ; p e r o t a m b i é n sabemos que n o
p o r e-.ro cede él el d e r e c h o de ser p a t r i a r c a de l o , á t o m o s .
Sabemos que el m o v i m i e n t o de atracción fue b a s t a n t e c o n o c i -
do de los a n t i g u o s ; p e r o t a m b i é n sabemos que N e . v t o n n o
r e b a j a r á ni u n m a r a v e d í d e aquello que h a sido d e s c u b r i -
m i e n t o suyo. Sabemos q u e Leibnitz quiere de p o r fuerza q u e
l o t e n g a m o s p o r d e s c u b r i d o r d e la razón suficiente; p e r o t a m -
bién sabemos que P e d r o A b a e l a r d o habia d a d o m u c h o s siglos
a n t e s e n el d i s p a r a t e del Optimismo. P o r ú l t i m o : a p e n a s h a y
filósofo del d í a , g r a n d e ó c h i c o , a m a r i l l o ó c o l o r a d o , q u e
n o se t e n g a p o r i n v e n t o r . C o n que y o n o sé c o m o el P a d r e
r e v e r e n d í s i m o tiene c o n c i e n c i a p a r a p r i v a r l o s de esta g l o r i a ,
y de filósofos hechos y derechos p o n e r l o s á la ignominia d e
¿ e s e n t e r r a d o r e s . Allá se las h a y a c o n e l l o s ; pues yo sobre
esto h e hablado m a s d e lo q u e p e n s a b a , y n o es p o c o lo que
t e n g o que decir sobre m í , que es lo que m a s m e i m p o r t a .
N o nos m e t a m o s m a s c o n el nugis derelictis, y atengá-
m o n o s s o l a m e n t e á aquello d e Aristoteíis excusso jugo. D e j a -
r í a el P . de ser filósofo c o n s u m a d o á la m o d a , sí n o hubiese
puesto esta e x p r e s i ó n favorita de la filosofía m o d e r n a ; y
a u n todavia n o ha h e c h o t o d o lo que d e b i e r a e n e s t a p a r t e ,
pues n o es filósofo de bien el que c u a n d o se t r a t a d e mí n o
t r a e a q u e l l a c o m p a r a c i ó n t a n b o n i t a que h a c e V e r u l a m i o d e
Aristóteles con el g r a n T u r c o , q u e á todos los d e s t r u y e p a -
ra r e i n a r solo. Sírvase V . de avisarle este descuido p a r a q u e
o t r a vez no i n c u r r a en él, ni salga su aserto sin ese p e r f i l i -
t o que t r a e n h a s t a los filósofos m o d e r n o s d e m e n o s v a l e r ; y
v a m o s a h o r a á e x a m i n a r esta e x p r e s i ó n favorita que se h a
h e c h o de m o d a , que t o m a n sin e x a m e n unos filósofos d e
o t r o s , y que no tiene ni mas s e r , ni m a s s u b s t a n c i a , que el
sonsonetillo d e las p a l a b r a s . ¿ Q u é quiere d e c i r este yugo de
Aristóteles, que p a r a el bien del g é n e r o h u m a n o h a n s a c u -
dido las cervices de los eruditos ? ¿ Q u é t i r a n í a , qué o p r e -
sión es esta t a n d i g n a de quitarse del m u n d o , a u n q u e sea p o r
el medio de o t r a s v í s p e r a s sicilianas? Si se les h a c e esta p r e -
g u n t a á esos oráculos de D e l f o s , los v e r á V . , a m i g o d o n
M a n u e l , ó n o saber r e s p o n d e r , ó r e s p o n d e r u n d i s p a r a t e ,
:
y quedar en n a d a la t i r a n í a , el y u g o , la e s c l a v i t u d , y o t r a s
cosas semejantes de Aristóteles. L o s v e r á V". envueltos e n el
f a n a t i s m o , que ellos mismos a t r i b u y e n á los e s c o l á s t i c o s , y
TOM. v. 13
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v e r á que los escolásticos ni h a n gemido bajo de y u g o a l g u -
n o , ni se h a n c o n d u c i d o m a s q u e p o r unos p e n s a m i e n t o s d i g -
nos de unos h o m b r e s filósofos.
E n e f e c t o : los c a p í t u l o s de acusación que se p o n e n c o n -
t r a ellos p a r a justificarles que son esclavos, se reducen á t r e s .
E l p r i m e r o : que con c i t a r mi autoridad j u z g a n decidida la
causa. El s e g u n d o : que con s e g u i r m e , se c r e e n dispensados
d e h a c e r caso ni uso de cualquiera o t r o filósofo. Y el t e r c e -
r o : que á consecuencia de e s t o , son i n c a p a c e s de a l c a n z a r
la v e r d a d e r a filosofía , que ó n o se halla e n mis e s c r i t o s , ó
si se halla esta m u y d i m i n u t a . D i g a m o s algo sobre todo e s -
to , defendamos á los e s c o l á s t i c o s , y v e a m o s si los a c u s a d o -
res y testigos tienen t a c h a e n lo mismo de que los acusan.
¿ D ó n d e h a y p a c i e n c i a , dicen ellos , p a r a q u e u n hom-
bre que tiene su j u i c i o , tal cual Dios se h a servido d á r s e l o ,
n o h a y a de usar de é l , h a y a de a t e n e r s e á Jo que hubiere
dicho A r i s t ó t e l e s , y se le h a y a de a t u r r u l l a r c o n su a u t o r i -
d a d y su n o m b r e lo m i s m o que los m u c h a c h o s c o n el bú?
D i c e n muy bien sus S e ñ o r í a s ; y n o h a y d u d a que p o r este
p r i n c i p i o se puede a d e l a n t a r m u c h o , y que p o r este p r i n c i -
pio h a n a d e l a n t a d o m a s de lo que d e b i e r a n toda c a s t a de
h e r e g e s , y m a s que todos los i n c r é d u l o s del día, que p i e n s a n
que su r a z ó n es la v a r a de medir todas las c o s a s , y el t r i -
b u n a l s u p r e m o de d o n d e n o h a y a p e l a c i ó n p a r a o t r a p a r t e .
D i c e n m u y b i e n ; y p o r este p r i n c i p i o deben r e f o r m a r s e t o -
das las ciencias y t o d a s las a r t e s , y n o s o l a m e n t e la filoso-
fía. P o r q u e ¿ d ó n d e h a y p a c i e n c i a p a r a que en las m a t e m á -
ticas nos h a y a m o s de a t e n e r á lo que dijo E u c l i d e s ; e n la
medicina á H i p ó c r a t e s : en la j u r i s p r u d e n c i a á U l p i n i a n o ; y
e n las d e m á s ciencias á los que , p o r q u e los h o m b r e s q u i e -
r e n , h a n p a s a d o y p a s a n p o r m a e s t r o s ? ¿ N o t e n g o yo mi
r a z ó n p a r a u s a r de ella ? Pues ¿ p o r qué he d e sujetarme á
lo que dijeron o t r o s , que mutatis mutandis fueron unos h o m -
bres c o m o y o ? ¿ P o r qué r a z ó n he de c r e a r , que p a r a ser
b u e n o r a d o r debo f o r m a r mis o r a c i o n e s al e g e m p l a r de C i c e -
r ó n ó de D e m ó s t e n e s ; p a r a mis poesías al de H o m e r o ó
V i r g i l i o ; p a r a mis m ú s i c a s al de u n i t a l i a n o , que quizá s e -
r í a medio h o m b r e , siendo así que y o soy h o m b r e e n t e r o y
v e r d a d e r o ? ¿ P o r qué r a z ó n t e n i e n d o y o un juicio t a m a ñ o c o -
m o u n a casa p a r a decidir sobre lo que se m e a n t o j e , h e de
rlar crédito á ¡os historiadores h a c i é n d o m e dificultad las ..u
co-
sas que r e f i e r e n ? ¿ N o p u e d o yo p i n t a r l a s á mi a m a ñ o , co-
m o ellos las p i n t a r o n a l s u y o ? ¿ P o r q u é r a z ó n , e n fin, y o ,
que soy a p r e n d i z de cualquier oficio, he d e s u j e t a r m e á io
que m e diga el m a e s t r o , he de l l a m a r las h e r r a m i e n t a s c o n
n o m b r e s e s t r a m b ó t i c o s , las he de m a n e j a r c o m o él m e m a n -
d e , y he de e m p e z a r y c o n c l u i r las f a e n a s , n o s e g ú n mi ca-
l e t r e , sino c o m o el del o t r o , q u e según t o d a s las señas es
inferior al m i ó ? ¿ N o s e r í a mejor que c a d a u n o se e n t e n d i e -
se c o m o p u d i e s e , y lo hiciese todo e n d e r e c h o d e sus n a r i -
ces? V e V . a q u i , amigo don M a n u e l , hasta donde t r a s -
c i e n d e el c é l e b r e p r i n c i p i o de la filosofía moderna, sobre el
que c o m o b a s a h a n fundado y fundan los q u e q u i e r e n s a c u -
dir mi y u g o ; y ve V. aqui la raíz de los infinitos d e s a t i n o s
que se h a n dicho y se d i r á n p o r estos filósofos, p o r q u e el
diablo q u i e r e .
A d m i t i d o u n a vez p o r p r i n c i p i o q u e el h o m b r e n o debe
sujetarse al d i c t a m e n d e o t r o , y q u e todo lo debe ver p o r
sus propios ojos , c r é a m e V . no h a b r á locura q u e n o p a s e ,
ó por decir mas b i e n , q u e n o deba p a s a r p o r filosofía; así
como admitido este m i s m o p r i n c i p i o e n la t e o l o g í a , n o h a y
blasfemia que n o deba p a s a r e n t r e los discípulos del pérfido
L u t e r o . N o hay r e m e d i o , a m i g o m i ó , lo p r i m e r o que c u a l -
quier h o m b r e que lo sea debe suponer e s , q u e la n a t u r a l e z a
( n o digo Dios p o r q u e n o m e t e n g a n p o r a n ó n i m o ) h a p r o -
ducido y p r o d u c e h o m b r e s p a r a que sean los p r i n c i p e s y c o n -
d u c t o r e s del g é n e r o h u m a n o e n c a d a u n a de las facultades:
q u e así como siendo todos los hombres iguales p o r n a t u r a l e -
za , es de la misma n a t u r a l e z a el que h a y a L e g i s l a d o r e s ,
P r í n c i p e s , M a g i s t r a d o s , á quienes los o t r o s se s u j e t e n , á
quienes o b e d e z c a n , á quienes r e s p e t e n ; del m i s m o m o d o ins-
p i r a ella misma s e m e j a n t e r e s p e t o á unos genios felices, q u e
de c u a n d o e n c u a n d o p r o d u c e p a r a m a e s t r o s de los r e s t a n -
tes hombres. Sabe V. la infinita diferencia que h a y e n t r e los
ingenios. Sabe V. ( y bien, p u d i e r a n c o n o c e r l o algunos a m i -
g o s ) q u e hay hombres á q u i e n e s , si las orejas les c r e c i e r a n
u n poco , se les podia e c h a r u n a a l b a r d a . Sabe que los h a y
de mejores luces. S a b e , e n fin, que se e n c u e n t r a n a l g u n o s
de un entendimien-o prodigioso. Pues ¿ d ó n d e h a y juicio p a -
r a llevarlos á todos p o r un r a s e r o ? ¿ Q u é d e s a t i n o es p r e -
100
t e n d e r que c u a l q u i e r a b o r r i c o de dos p a t a s , hoc ipso, que sfi
m e t a á íilósofo, ha de seguir en todo su miserable c a p r i c h o ,
y lia de despreciar los d i c t á m e n e s de aquellos g r a n d e s h o m -
b r e s , dados al m u n d o p o r m a e s t r o s , y respetados como t a -
les p o r el c o n s e n t i m i e n t o de siglos y mas siglos? ¿No es una
l o c u r a esta la mas fuera de p r o p ó s i t o ?
Esos s e ñ o r e s m í o s , que c u a n d o los discípulos les i n s t a n
con a l g ú n a r g u m e n t i l l o á que n o saben r e s p o n d e r ( c o m o su-
cede s i e m p r e q u e se lo p o n e n ) se d a n á B a r r a b á s , ios p o n e n
c o m o un t r a p o , y quieren defenderse c o n que son m a e s t r o s ,
d e b i e r a n h a c e r s e c a r g o que y o también lo s o y : y que si ellos
q u i e r e n que su a u t o r i d a d decida c o n t r a la r a z ó n , no valien-
d o su a u t o r i d a d , ni a u n á favor d e la r a z ó n , lo que vale
u n a c a s c a r a de n u e z , n o deben e s t r a ñ a r que otros q u i e r a n
v a l g a mi a u t o r i d a d d o n d e no se e n c u e n t r a la r a z ó n . Yo n o
me a c u e r d o si es C l e m e n t e A l e j a n d r i n o , ó si es o t r o P a d r e
de la Iglesia , el que d i c e : que Dios fue Autor de dos Tes-
t a m e n t o s : u n o revelado , que depositó e n t r e los h e b r e o s :
o t r o adquirido c o n las luces de la r a z ó n , que e n t r e g ó á los
griegos. C o n que si V V . allá p a r a las c o n t r o v e r s i a s de la fé
a c u d e n , como d e b e n , á los libros del T e s t a m e n t o h e b r e o ,
¿ por qué r a z ó n no deberán acudir e n las controversias de la
filosofía al T e s t a m e n t o de los g r i e g o s ? S e ñ o r , d i c e n , las
controversias de la filosofía no deben t e r m i n a r s e p o r a u t o r i -
d a d : sola la r a z ó n debe decidir. Señores m i o s , eso es ver-
d a d ; y p o r q u e la r a z ó n sola es la que debe d e c i d i r , p o r eso
debe e n t r a r de c u a n d o e n c u a n d o la a u t o r i d a d . O si n o , dí-
g a n m e : cuál de estas dos cosas es m a s ajustada á r a z ó n ,
¿ e c h a r s e á s o ñ a r cada u n o su d i s p a r a t e c u a n d o la v e r d a d
n o se e n c u e n t r a , ó seguir en este caso el d i c t a m e n y las
c o n j e t u r a s de un h o m b r e que casi s i e m p r e dio con la verdad?
C u á l de estas dos cosas es m a s c o n f o r m e á r a z ó n , ¿ p r e s u -
mir y o de m í mismo que he de a l c a n z a r lo que otros t a l e n -
tos superiores al mió n o a l c a n z a r o n ; que puedo decidir c o -
m o se me a n t o j e en lo que los otros no decidieron ; ó g u a r -
dar u n a modestia r a c i o n a l , r e c o n o c e r la superioridad d o n d e
la h a y , y d o n d e f a l t a n las d e m o s t r a c i o n e s a t e n e r m e al jui-
cio de los p e r i t o s ?
se pueden engañar. Es verdad: mas mien-
¡ A h ! que estos
tras no se hace manifiesto el engaño, ¿ no es mas natural,
101
que nos e n g a ñ e m o s nosotros? S e ñ o r A r i s t ó t e l e s : m i r e V . que
miserum est auctoritate decipi (san Agustín de utilitate creden-
di). Señores m í o s : sed certé miserius non moveri, c o n t i n ú a el
mismo S a n t o . Si es miseria dejarse e n g a ñ a r de la a u t o r i d a d ,
m a y o r miseria es n o h a c e r caso de ella. Si es miseria c r e e r ,
es este uno de los males necesarios ( c o m o a l g u n o s l l a m a n á
las m u g e r e s ) : si es miseria , es una miseria que h a n j u z g a -
d o p o r necesaria todos los hombres g r a n d e s . Yo m e a c u e r d o
de h a b e r m e estado t o d a u n a n o c h e sin d o r m i r p a r a h a b e r
salido diciendo p o r la m a ñ a n a : oportet addiscentem credere.
San A m b r o s i o dijo también ( n o sé si después de h a b e r e s t u -
diado t a n t o ) : primus discendi ardor nobüitas est magistrl. Y
n u e s t r o a m i g o C i c e r ó n h a b l a n d o sobre cierto p u n t o , en que
n o c o n c o r d a b a n con Sócrates y P l a t ó n los filósofos m e n u -
dillos de aquel tiempo , se a t r e v i ó á decir : Plato, el Sócrates,
ut rationem non redderent , auctoritate tamen hos minutos phi-
losophos vincerent. D e m o d o , que si a h o r a viviese el señor
T u l i o , t e n d r í a que decirlo de esa buena g e n t e con quien t e n -
g o yo mis c o n t r o v e r s i a s . Q u e d e m o s , p u e s , en u n a cosa e n -
t e r a m e n t e c i e r t a , y e s : que en la filosofía, como e n todas
las cosas h u m a n a s , es n e c e s a r i o que u n a ú o t r a , ó m u c h a s
v e c e s , nos a t e n g a m o s á la autoridad.
Sentado u n a vez este principio , t e n g o g a n a d o el pleito
sin d i s p u t a ; pues si la a u t o r i d a d debe valer algo en la filo-
sofía , bien c l a r o es que no h a de ser la a u t o r i d a d del lector
t e ó l o g o , ni la del P. N . , ni la de los señores c a t e d r á t i c o s ,
n i la de n i n g ú n otro filó>o!o de i n f a n t e r í a , sino la de aquel
ó aquellos que se r e p u t a n p o r filósofos de p r i m e r a suerte. Á
m í , c u a n d o no me reputen p o r el p r í n c i p e de la filosofía,
p o r el filósofo por a n t o n o m a s i a , p o r el ingenio mas feliz
que ha tenido el g é n e r o h u m a n o ( c o m o m e r e p u t a r o n t a n -
tos siglos y t a n t o s g r a n d e s h o m b r e s ) , n o p o d r á n al m e n o s
n e g a r m e la gloria de h a b e r s i d o , c u a n d o n o el m e j o r , u n o
d e los mejores. E s , p u e s , u n a manifiesta injusticia l a q u e se
h a c e á los escolásticos c u a n d o se les culpa de que en las
cuestiones indecisas se acogen al s a g r a d o de mi autoridad.
N o saben c i e r t a m e n t e esos señores d o n d e tiene la filoso-
fía las n a r i c e s : ni c o n o c e n lo mismo que a d m i t e n , como d i -
r é después ; ni m u c h o m e n o s tienen idea de lo que i m p u g -
n a n . O y e n decir á los e s c o l á s t i c o s : Aristóteles lo dice en tal
í02
parte : ven que e n diciendo esto se d a el o t r o p o r v e n c i d o ,
y al i n s t a n t e a r g u y e n : b l a n c o , y m i g a d o : luego leche. L u e -
g o que se citó á A r i s t ó t e l e s , c a l l o la c o n t r o v e r s i a : luego son
unos miserables esclavos d e Aristóteles. P o c o á p o c o , s e ñ o -
res p e n s a d o r e s , que todo el m o n t e no es o r é g a n o . ¿ S a b e n
V"V". lo que quiere decir esta p a l a b r i t a : Aristóteles lo dice . 2
S e ñ o r i t o s , quiere d e c i r : Aristóteles lo d e m u e s t r a : A r i s t ó t e -
les lo p r u e b a , ó en t a l libro de Aristóteles está d e m o s t r a d o
ó p r o b a d o . N o se m e a l b o r o t e n los angelitos, que voy á e x -
plicarles el c ó m o y la m a n e r a . H a n de saber sus S e ñ o r í a s ,
que e n mi tiempo- habia dos castas de filósofos: una que e n
c u a n t o e n s e ñ a b a tenia como último p r i n c i p i o , ó las t r a d i c i o -
nes de sus m a y o r e s , ó la a u t o r i d a d del gefe de la secta. Sa-
bido es aquello de los p i t a g ó r i c o s , que con su magister dixit
t e n i a n d a d a la r a z ó n de c u a n t o e n s e ñ a b a n . H a b i a otros que
n o se c o n t e n t a b a n c o n esto ; que m i r a b a n las cosas en sí
m i s m a s , p r e s c i n d i e n d o de lo que otros habian d i c h o , y n o
c o n o c í a n o t r o n o r t e en la filosofía que la r a z ó n . D e esta
r a z a fuimos S ó c r a t e s , P l a t ó n mi m a e s t r o , y m a s que todos
y o : hasta los m u c h a c h o s saben aquello de árnicas Sócrates,
árnicas Plato, sed magis árnica ventas. D i g o : que y o fui m a s
que t o d o s , p o r q u e ni S ó c r a t e s , ni P l a t ó n , se a t u v i e r o n tan-
to á la d e m o s t r a c i ó n c o m o y o me atuve. L é a n s e una p o r u n a
mis o b r a s , y se verá e n todas p a r t e s este c a r á c t e r .
M a s p a r a a h o r r a r l e s á los señores mios este trabajo t a n
fastidioso y t a n inútil ( p u e s de la lección de ellos han de s a -
lir t a n vírgenes como e n t r a r e n , según la profecía de Luis Vi-
v e s ) , oigan el d i c t a m e n de uno que las leyó y las e n -
tendió : este fue el señor Diogeues L a e r c i o , que dice en mi
vida : in descriptione rerum naturalium préster caleros rallo—
nem máxime secutas est, adeo ut minimarum quarumcumque
rerum reddiderit causas. E s t o mismo dicen casi todos los que
hacen crítica de m í : de modo que el c a r á c t e r que me d i s -
tingue de todos los otros filósofos e s , que mas que todos
ellos fui aplicado á buscar la razón , y que por de poco m o -
m e n t o que fuese lo que e s t a b l e c í a , habia yo de buscar y d a r
las causas de mi proposición. D e aquí fue aquel mi célebre
dicho de Barbaras Ule bené loquitur, sed nihil probat, al leer el
Génesis de Moisés. Admiré en él la magestad de la expresión,
la belleza del l e n g u a g e : p o r fin, la excelencia de un libro
103
dictarlo por el E s p í r i t u D i v i n o : y con todo eso cerré los ojos
á la luz, p o r q u e no e n c o n t r é las razones y los silogismos, q u e
e r a n todo mi embeleso. D e aquí fue el odio irreconciliable
que me tuvieron algunos P a d r e s de la Iglesia. C o m b a t í a n e s -
tos con v a r i a s suertes de h e r e g e s , especialmente con ios a r -
r í a n o s , les a r g u m e n t a b a n , como pedia la m a t e r i a , con la d i -
v i n a Escritura ; pero ellos respondían con ios silogismos. E n
una m a t e r i a en que sola la fé habia de decidir, buscaban la
r a z ó n : á una expresión t e r m i n a n t e de san P a b l o o p o n í a n u n a
regla de mis c a t e g o r í a s , y de aqui p r o v i n i e r o n las terribles
invectivas de los Padres c o n t r a ellos y c o n t r a m í : contra ellos,
p o r q u e debiendo ser discípulos de Jesucristo lo e r a n m i o s : c o n -
t r a m í , porque de mis escritos t o m a b a n armas p a r a rebatir
la verdad. C o n t r a ellos, porque no q u e r í a n sujetarse á la a u -
toridad : c o n t r a m í , porque los habia ensenado á que en t o -
do buscasen la razón. D e aquí fue por fin la afición que m u -
chos Padres antiguos tuvieron á los P l a t ó n i c o s y E s t o i c o s : á
é s t o s , porque la rigidez de su filosofía simbolizaba algo c o n
la santa a u t o r i d a d del E v a n g e l i o : á aquéllos , porque en los
libros de su m a e s t r o se h a l l a b a n m u c h a s verdades reveladas
de la religión, que éi a p r e n d i ó de los h e b r e o s : mas e n mis
l i b r o s , en mis decisiones n a d a h a y sin p r u e b a , n a d a sin c a u -
s a ; y ve V . a q u i , a m i g o don M a n u e l , c ó m o c u a n d o los e s -
colásticos me c i t a n , no se a t i e n e n á que y o lo d i g e , sino á
que yo lo p r o b é : y el recurso á l a a u t o r i d a d n o es o t r a cosa
que recurrir á la prueba ó demostración.
P e r o donde mas se deja ver la injusticia d e los filósofos
blanquillos contra los escolásticos, es en la falsa suposición
que aquellos hacen de que mis dichos y mis razones se t o -
m a n y se aplican sin e x a m e n , y que todos ellos me tienen
por infalible. Es esta una c a l u m n i a p r o f e r i d a sin c o n o c i m i e n -
to, y desmentida por hechos los mas auténticos é indubitables.
Sabido es, que en mis escritos se e n c u e n t r a n algunos errores.
Negué el principio al m u n d o , d i s m i n u í la providencia á la
Causa de todas las causas, é incurrí en algunos otros defectos,
hijos de la ignorancia h u m a n a , g u i a d a solamente por sus e s -
casas luces. P r e g u n t o : ¿ d ó n d e está el escolástico que m e si-
gue en estos errores ? ¿ D ó n d e al menos el que no los i m p u g -
n a ? Admití como verdades invariables a l g u n a s , en las cua-
les la fé ha hallado su excepción: v. g r . Ex nihilo nihil fit. A
10+
privadme ad habitum non fit regressus. Accidemis esse est in-
esse. QUÍS sunt eadem un: tertio, sunt eadem ínter se iffc. ¿ D ó n -
d e esta el escolástico, que en llegando á estos axiomas n o les
p o n e la excepción que d e b e ? A n t e s que los árabes se a p l i c a -
sen á mi filosofía, ¿ qué de exámenes no sufrió ella de los
griegos y de los l a t i n o s ? D e s p u é s que se a p l i c a r o n , ¿ q u é co-
sa dejaron sin d i s p u t a r ? A t é n g o m e á los perpetuos c o m e n t a -
rios que cita el P . N . , y á o t r o s que quizá no h a b r á n llega-
d o á su noticia. D e s p u é s que ella llegó á m a n o s de los c r i s -
t i a n o s , ¿ h a habido libro a l g u n o en el m u n d o que h a y a sido
ni mas e x a m i n a d o , ni por m a y o r e s h o m b r e s , que mis obras?
¿ N o existen los i n m o r t a l e s c o m e n t a r i o s que en el siglo X í l í
y siguientes se escribieron sobre ellos? ¿ Q u é proposición h a
q u e d a d o sin p r u e b a , qué prueba sin e x a m e n , qué p a l a b r a ,
qué coma no h a sido e x p e n d i d a con la m a y o r atención y con
la mas exacta solidez? L e a n esos s e ñ o r e s , lean a l g u n o de los
m u c h o s y excelentes libros que se h a n escrito sobre m í : v e r á n
e n t o n c e s una i m a g e n de la v e r d a d e r a filosofía: v e r á n las d e -
m o s t r a c i o n e s m a s e s p e s a s , que las equivocaciones de sus l i -
b r o s f a v o r i t o s : v e r á n la solidez y el n e r v i o con que se afir-
m a n mis dichos ; la c l a r i d a d con que se i m p u g n a n mis e r r o -
res ; la felicidad con que se resuelven mis d u d a s , y el juicio
con que se e x p e n d e n mis dictámenes. Y después que h a y a n
visto cuánto h a n sudado sobre mí hombres t a n g r a n d e s ; c u á n -
t o se h a y a n acrisolado mis d o g m a s , confesarán ( s i es que n o
tienen almas de borrico ) , que c u a n d o se c h a u n a a u t o r i d a d
de A r i s t ó t e l e s , a d m i t i d a por t o d o s , se cita una v e r d a d ó u n a
p r o b a b i l i d a d de aquellas en que es necesario c o n v e n i r ; de
aquellas que con mas tesón y solidez se han e x a m i n a d o :
confesarán, que c u a n d o los escolásticos se r e m i r e n á mis d i -
c h o s , se remiten á cosa p a s a d a en autoridad de cosa j u z g a -
d a : c o n f e s a r á n en fin, que si sobre cada uno de los p u n t o s
de filosofía no h a n de ser e t e r n a s las c o n t r o v e r s i a s , sino q u e
a l g u n a vez se h a n de dar por suficientemente e x a m i n a d a s ,
n u n c a mas bien se puede esto verificar, que cuando se s a -
c a n á p l a z a pública las proposiciones de Aristóteles. Sobre
este m i s m o p u n t o t e n g o que h a b l a r m a s , c u a n d o t r a t e m o s del
eclecticismo y nos c o n t r a i g a m o s á cosas mas sensibles. B a s t e
por a h o r a lo que he dicho p a r a desvanecer el p r i m e r o y p r i n -
cipal c a p í t u l o , por donde se les quiere p r o b a r á los escolas-
ÍOJ
l i e o s , que son unos meros esclavos de Aristóteles. Si siguen su
a u t o r i d a d , p o r razón de filósofos a l g u n a deben seguir: si Ja s i -
g u e n , es c i t a n d o á un h o m b r e , que p o r confesión de todos es
excelente m a e s t r o : si la s i g u e n , tienen la confianza de que
siempre está a p o y a d a con la r a z ó n : ú l t i m a m e n t e , si la s i g u e n ,
n o es sin elección y conocimiento de c a u s a ; es después de
e x p u r g a d a y c o n t r o v e r t i d a por los hombres de m a s t a l e n t o que
h a conocido el m u n d o e n muchos siglos.
Ai segundo c a p i t u l o responderé con m a s b r e v e d a d , a u n -
que n o deja de t e n e r sobrada m a t e r i a , sobre que decir. D i -
cen pues esos c a b a l l e r o s : que los peripatéticos e n c a n t a d o s
c o n su filosofía no se d i g n a n de leer otros filósofos. C o n c e d a -
m o s r e d o n d a m e n t e por a h o r a esta m e n t i r a : ¿luego son unos
esclavos de Aristóteles? L a consecuencia mas n a t u r a l y m a s
verdadera que debia sacarse era e s t á : luego j u z g a n que c u a n -
to se ha escrito después de Aristóteles ha sido un perdedero
de tiempo. N o quiero decir con esto que e n mis o b r a s se h a -
lla completa toda la filosofía; sería u n a i g n o r a n c i a a s e g u r a r -
l o : diré después sobre este p a r t i c u l a r . L o que digo e s : q u e
cuantos han t r a t a d o de e n m e n d a r m e la p l a n a , c u a n t o s h a n
t o m a d o la pluma p a r a descubrir u n nuevo r u m b o en la filo-
sofía, ó es notorio que no h a n escrito mas que d i s p a r a t e s , ó
al menos se d u d a c o n sobradísimo f u n d a m e n t o . Recogí yo e n
mis escritos c u a n t o los a n t i g u o s h a b i a n d i c h o de p r o v e c h o :
me valí de sus trabajos ( q u e a u n por esto me a c u s a n ) , a ñ a -
dí los m i o s , y saqué u n c u e r p o de filosofía d o n d e se e n c e r -
r a b a c u a n t o los hombres g r a n d e s , que me p r e c e d i e r o n , h a b í a n
a d e l a n t a d o en la verdad. Después de mi m u e r t e n o se vieron
m a s en la Grecia aquellos filósofos c o r p u l e n t o s , que m e r e c i e -
ron el nombre de sabios. T o d o el que p u d o se e c h ó á la f a -
rándula de Ja filosofía; y de las i n n u m e r a b l e s sectas y escritos
en que ésta se dividió , a p e n a s ha q u e d a d o m e m o r i a . D i g a n
esos señores; ¿ c u á l de estos filósofos debe l e e r s e , y cuál lean
ellos: y si ellos ni los e n c u e n t r a n , ni leen lo tal cual que h a
q u e d a d o , n o lleven á m a l que los peripatéticos los imiten:
bien e n t e n d i d o s , que a u n q u e ellos l e a n á Lucrecio como fi-
lósofo, n u n c a c o n s e n t i r é y o que mis discípulos lo lean m a s
que como á p o e t a . Después h a b l a r e m o s de los latinos y árabes.
V a m o s á los m o d e r n o s . Se q u e j a n pues de que mis e s c o -
lásticos hacen m u y poco caso de ellos. ¿ P e r o a c a s o los e s c o -
TOM. v. i 4
406
lásticos ni y o tenemos la culpa de que ellos no se lo m e r e z -
c a n ? Pues qué ¿ q u e r í a n esos señores que unos hombres s e r i o s ,
como somos n o s o t r o s , nos anduviésemos d e bagatela en ba-
g a t e l a , y ú l t i m a m e n t e tuviésemos de por fuerza que e c h a r -
nos á la g r a n p a m p l i n a del eclecticismo ? ¿ Q u é es lo que h a
p a s a d o e n t r e esos filósofos de m o d a ? Salieron los señores D e s -
cartes y G a s e n d o : y al ruido de la n o v e d a d a r r a s t r a r o n t r a s
sí á infinitos c h a r l a t a n e s : de m o d o que las p a r t í c u l a s y á t o -
mos se hicieron de m o d a e n el siglo pasado. ¿ H a y en el día
d e h o y a l g ú n h o m b r e de bien que q u i e r a pasar p o r c a r t e -
siano ó g a s e n d i s t a ? V e n V V . aquí p o r q u e los peripatéticos
hicieron bien en despreciarlos, por n o verse ellos después d e s -
preciados t a m b i é n . N e w t o n , L e i b n i t z , W o l f i o son a h o r a de
moda. Pero acaso ¿ h a y u n r a c i o n a l siquiera que d u d e , que ellos
h a n de c a e r en el mismo desprecio que los a n t e r i o r e s ? Ya
ha dias que se h a n e m p e z a d o á a b a n d o n a r . Ya n i n g u n o q u i e -
re apellidarse con sus n o m b r e s : y a u n q u e su filosofía n o sea
o t r a cosa que varios remiendos t o m a d o s de estos a u t o r e s , u n o s
pegados y o t r o s mal c o s i d o s ; con t o d o eso n o quieren los ecléc-
ticos del dia ser tenidos p o r sus discípulos.
El a b a d Pluche está gracioso en esta p a r t e : fue primero
c a r t e s i a n o , y su buen t a l e n t o le hizo en breve d e s e r t a r de C a r -
tesio. Se acogió á N e w t o n pareciéndole que sería o t r a cosa;
y c á t a t e a h í que á toda p r i s a tuvo que renegar de N e w t o n .
N o quiso fiarse m a s de los otros sapientísimos v a r o n e s , y
p a r a e n t a b l a r su p l a n de filosofía j u z g ó p o r mejor acogerse
al s a g r a d o d e : In principio creavit Deus coelum, et terram , de
donde nadie lo tiene de sacar. Señores mios , ¿ c ó m o quieren
V V . que los escolásticos se c o n v e n g a n e n leer y seguir á sus
aplaudidos filósofos, si ni a u n V V . mismos se c o n v i e n e n e n
s e ñ a l a r quien es el que m e r e c e los aplausos ? E n boca d e un
gasendista no valen m a l d i t a la cosa Descartes ni N e w t o n . L o s
discípulos de estos dicen lo mismo de G a s e n d o , L e i b n i t z , & c .
U n o s á otros se descubren la c a c a ; y los escolásticos que e s -
t a n viendo los toros desde t a l a n q u e r a , dicen l o q u e L a c t a n -
cio de falsa sapient. lib. 3 . c a p . 4 . Unaqwsque secta omnes alias
evertit, ut se suaque confirmet, nec ulli alteri sapere concedit,
ne se decipere fateatur; sed sicut alias tollit, sic ipsa quoque
ab aliis ómnibus tollitur. Nihilominus enim philosophi sunt, qui
eam stultitice aecusant: quamcumque laudaveris, veramque di-
107
xerls, a philosophls vituperatur ut falsa. Credemus ne igitur uni
sese, suamque doctrinam laudanti; an multis unius alterius ig-
norantiam culpantibus ? Rectius ergo sit necesse est, quod plu-
rimi sentiunt, quám quod unus. Señores mios, vuelvo á decir;
c o n v é n g a n s e V V . e n s e ñ a l a r esos libros d o n d e está e n c e r r a -
d o el tesoro de la filosofía. L u e g o q u e estén convenidos a v í -
senme y veremos ; m i e n t r a s n o , dejen á los escolásticos que
se e n t r e t e n g a n con sus m e t a f í s i c a s ; pues d a d o caso que ellas
sean disparates ( y a lo t e n g o d i c h o ) son d i s p a r a t e s m a s a n -
tiguos y e s t á n p r i m e r o .
P e r o es el caso , que la acusación sobre que h a b l a m o s , es
u n a abierta m e n t i r a : s e g u n d a respuesta. J a m a s h a n pensado
los peripatéticos que con l e e r m e , se hallan dispensados de
aplicarse á leer en otros filósofos. L o s del siglo X I I I , á p e -
sar de la p e n u r i a de libros que entonces se e x p e r i m e n t a b a , t u -
vieron mas noticia de los filósofos y filosofías griegas , q u e
las que tienen los señores de a h o r a . Léase á s a n t o T o m á s e x -
poniendo mis metafísicas en sus libros contra gentiles; y en casi
c a d a p á g i n a de las d e m á s de sus o b r a s . L é a n s e o t r a s d e a q u e l
mismo t i e m p o , y se h a l l a r á ser u n a c a l u m n i a la que se les
opone. E n o r d e n á los latinos es menester que esté ciego el
que no vea el uso que h a n h e c h o los m a s de los escolásticos
de T u l i o , S é n e c a , los P u n i o s y Boecio. N o t i e n e n los s e ñ o -
res eruditos del dia t a n t a curiosidad. Q u e leyeron y se a p r o -
v e c h a r o n de los á r a b e s , es t a n cierto, c o m o que el P. N . los
acusa por este capítulo. Ú l t i m a m e n t e tienen d e los m o d e r n o s
m a s noticia de lo que se p i e n s a : y con la g r a c i a de h a b e r
sabido aprovecharse mejor de lo que estos h a n descubierto.
A n d a n en m a n o s de todos el F e r r a r i s , el G o u d i n , el G u e -
r i n o i s , el Rosselli y otros que h a n sabido usar bien de los
descubrimientos de ¡os nuevos filósofos que son lo que ellos
alegan por m é r i t o , como si e n c o n t r a r s e u n a p e r l a n o fuese
t a n fácil á un c e r d o como á un h o m b r e . D e los sistemas y
algarabías de esos señores tienen m u c h a m a s n o t i c i a , que la
que esos señores tienen del p e r i p a t o ; p e r o esto es p o c o . V.
s a b e , amigo don M a n u e l , que y o soy t a n peripatético c o m o
que soy A r i s t ó t e l e s : sabe V . el m u c h o tiempo que ha q u e e n
Sevilla se está siguiendo la filosofía de m o d a ; pues después
de esto me tengo por mas instruido en ella que todos esos s e -
ñoritos que h a c e n profesión de m o d e r n o s , y quieren p a s a r en
108
esa ciudad por p a t r i a r c a s de la filosofía de buen gusto. N o
a t r i b u y a V". esto á a r r o g a n c i a . E l p i m p o r r e r o me ha i n f o r -
m a d o m u y por e x t e n s o de lo que ellos s a b e n ; y veo yo que
mis noticias son mas extensas que las suyas. Sé de buena t i n -
t a que en esa ciudad h a y muchos vestidos de l a n a , y p e r i p a -
téticos h a s t a los t u é t a n o s , d e quienes se puede' asegurar lo
m i s m o : y q u e , si su seriedad se lo p e r m i t i e r a , e c h a r í a n de
su cuerpo mas corpúsculos que el que los i n v e n t ó . E s f a l -
sa pues la segunda acusación. V a m o s á la t e r c e r a que voy
siendo m u y largo.
Acusan p o r ú l t i m o á los escolásticos de q u e , atenidos A
mis e s c r i t o s , no hacen en la filosofía los progresos que p u -
dieran y d e b i e r a n , á causa de que en ella ó no se halla la
filosofía ó se halla m u y diminuta. C u a t r o p a r t e s tiene la fi-
losofía; lógica, metafísica, é t h i c a y física. P r e g u n t o á estos s e -
ñ o r e s , ¿ qué falta le hallan á las tres p r i m e r a s c o n t e n i d a s
e n mis escritos? ¿ E n el a r t e de raciocinar se h a a d e l a n t a d o
a l g o sobre lo que y o e n s e ñ é ? ¿ H a h a b i d o que e n m e n d a r ?
M u c h í s i m a s lógicas se h a n f o r m a d o después: e x c l u y a n s e los d i -
ferentes métodos de escribirla : e x c l u y a n s e también no pocos
d i s p a r a t e s que se les h a n i n g e r i d o , y q u e d a r a n mondos y li-
r o n d o s mis p r e c e p t o s . E n la metafísica h a n querido a l g u n o s
e n m e n d a r m e la p l a n a . T i e m p o llegara en que disputemos s o -
b r e algunos puntos e n que los P a d r e s reverendísimos los s i -
guen , y e n t o n c e s nos veremos las caras. Por lo demás bien
sabido es que se me a c u s a , y t a m b i é n á los e s c o l á s t i c o s , del
d e m a s i a d o uso de las razones abstractas. E n la etílica dige c u a n -
to puede decir u n hombre. V i n o después todo un D i o s á e n -
señarla , y t o m ó ella aquel divino aspecto que no p u d o darle
t o d a la sabiduría de los mortales.
V a m o s á la física que es el p u n t o de la dificultad. D i -
v i d á m o s l a , según c o s t u m b r e , en general y particular. L o s
m o d e r n o s h a n hecho algunos a d e l a n t a m i e n t o s en e s t a , pero
todos sus tiros c o n t r a mí han tenido á aquella por blanco. S o -
b r e la g e n e r a l disputaremos c u a n d o lo dé la ocasión. Sobre
la p a r t i c u l a r debo decir , que ni yo ni los escolásticos h e m o s
tenido p o r suficientes mis a d e l a n t a m i e n t o s . T r a b a j é yo sobre
ella m u c h o mas de lo que p i e n s a n esos señoritos. T e s t i g o s ¡>on
de esta verdad los muchos libros míos que existen, cuales son
de calo, et mundo.... de O J Í Í Í , et interitu de animalibus.... de
ioo
plantis.... de melheoris.... de somno, el vigilia... de anima.... de
pirvis naturalibus: los cuales suelen subdividirse en otros, sin los
muchos que se h a n p e r d i d o después que salieron de mis m a n o s .
C o n todo eso , j a m a s pensé y o haber c o m p r e n d i d o m a s q u e
u n a c o r t í s i m a p a r t e de este r a m o . Sabia y o , y saben los esco-
lásticos , que es m u y v a s t o el c a m p o de la n a t u r a l e z a , que
e n c i e r r a en sí infinitas especies de cosas y causas t a n d i g n a s
como diticiles de conocerse. Sabemos t a m b i é n , que la n a t u -
raleza no es t a n asequible á las investigaciones de los h o m -
bres como p r e s u m e n los mas de los m o d e r n o s : que ella fue
f o r m a d a por Dios , mas p a r a que los h o m b r e s a d m i r a s e n sus
m a r a v i l l a s , que p a r a que investigasen su constitución y m e -
canismo : que como dice el abad P i u c h e , no quiso Dios c o n -
cederle de sus conocimientos sino los q u e le e r a n n e c e s a r i o s ,
y no le eran necesarios mas que aquellos que pueden c o n d u -
cir p a r a el uso y provecho de la h u m a n a v i d a ; pues n o t i e -
n e el h o m b r e p a r a que formar u n a flor, u n a p i e d r a , un v i -
v i e n t e , como tiene que hacer un silogismo e s p e c u l a t i v o , u n o
práctico , un edifieio, u n a fortificación , & c . P o r esto t i e n e
exacto conocimiento de la lógica, de la é t h i c a , de las m a t e -
máticas , y no se le concede t e n e r l o igual de la física. T o d o
esío sabemos, y de aquí es que siempre confesamos, que la n a -
turaleza es i n c o m p r e n s i b l e ; que no puede conocerse sino e n
p a r t e , y que a u n esa p a r t e es negocio que j a m a s concluirá
toda la aplicación de los mortales. Esperé , que asi como \ o
supe a p r o v e c h a r m e d é l o s trabajos de los que me p r e c e d i e r o n ,
asi t a m b i é n los que me siguiesen sabrían a p r o v e c h a r s e de los
míos, y que todos procurásemos unir nuestros a d e l a n t a m i e n -
tos p a r a coman utilidad de los m o r t a l e s . N u n c a creí que p a -
ra con los hombres tuviesen t a n t a a u t o r i d a d esos filósofos
de r e b u s c o , que se j a c t a n d e h a b e r p e n e t r a d o toda la n a t u -
r a l e z a , de saber las reglas y de ser capaces de e n m e n d a r las
leyes de sus m o v i m i e n t o s , que hasta este p u n t o llegó la s o -
berbia de Descartes y de N e w t o n . N u n c a creí sucediese lo
que me informan suceder a h o r a , y e s : que n o habiéndose
adelantado sino muy p o c o , y entre eso poco a l g u n a s b a g a -
telas, aspirasen y consiguiesen los inventores el p o m p o s o n o m -
bre de oráculos de la n a t u r a l e z a .
C A R T A IX.
x •
1 j»_m¡go m i ó : voy sin detención á satisfacer los deseos de
V . c o n c l u y e n d o la c a r t a a n t e r i o r , que p o r la e x t e n s i ó n de la
m a t e r i a sobre que t r a t a b a , y por el fastidio en que advertí á
mi t u e r t o a m a n u e n s e , no pudo salir mas que dimidiada. P e -
ro antes d e b o p r e v e n i r l e , q u e en el discurso de esta n o espe-
r e á que me d e t e n g a en a p u r a r las cosas, y d a r l a s aquella e x -
tensión de que ellas son capaces. E n mi concepto, si esto h u -
biese de h a c e r s e , se p o d r í a n llenar m u c h o s v o l ú m e n e s , y á
m í me precisa c o n t r a e r m e á las a n g u s t i a s de u n a c a r t a , t a n -
t o por a t e n d e r á las muchísimas especies que t e n g o que e x a -
m i n a r , c u a n t o ( c o m o y a o t r a vez h e d i c h o ) ni tengo sufi-
cientes m a t e r i a l e s á m a n o , n i o t r a s noticias de los hechos
m a s c o n d u c e n t e s , que las que me da el p i m p o r r e r o . H e c h a e s -
t a p r e v e n c i ó n me acerco al a s u n t o , que n o es o t r o que c u m -
p l i r la p a l a b r a d a d a en mi anterior de h a c e r v e r q u e d o s c a -
;
Capítulo I.
P. D. Al p o n e r la fecha m e a c o r d é de q u e . e s t a b a n VV".
e n p a s c u a s , y d e q u e s e r í a u n a g r o s e r í a i n d i s c u l p a b l e , si y o
omitiese este c u m p l i d o c o n mis a m i g o s ios d o c t o r e s . H e e s -
t a d o p e n s a n d o qué a g a s a j o e n v i a r l e s , p o r q u e sin él veo que
sería el viage e n v a n o , y el c o m i s i o n a d o m u y m a l recibido.
P e r o el ca»o es que a q u í n o h a y p a v o s , ni o j a l d r e s , ni c h o -
c o l a t e , ni amarillejos. I b a y a a d e s p a c h a r á A ver roes d e va-
c í o , c u a n d o e l p i m p o r r e r o se a c o r d ó d e q u e t e n i a e n la fai-
t r i q u e r a un villancico. C o m o el t i e m p o los p e r m i t e , me p a -
reció bien : se lo p e d í : a n t e s hice que le m u d a s e la p r i m e r a
p a l a b r a p a r a que viniese al a s u n t o ; y e n efecto viene t a n
d e p e r i l l a , c o m o si n o se h u b i e r a h e c h o p a r a o t r a cosa.
A l l á va.
VILLANCICO.
Eclecticistas a n d a n t e s ,
T r i s t e s figuras de E s p a ñ a ,
T a n Quijotes e n el c u e r p o ,
C o m o Sanchos e n el a l m a .
Estrivlllo.
Y dijo M e l c h o r , & c .
TOM. V- 17
1 3 0
C A R T A X.
A • -
-IJLmigo y s e ñ o r m í o : anees q u e m e t e r m e e n o t r a cosa, me
precisa hacer á V . una consulta. Cuando Cicerón me leyó
los dos p a p e l e s de c o n c l u s i o n e s , sobre q u e h a o c h o meses
q u e e s t o y escribiendo á V . , fue t a l la m u l t i t u d d e especies
q u e se t u m u l t u a r o n e n mi i m a g i n a c i ó n , q u e creí s e r m e difí-
cil d i g e r i r l a , d a r l a o r d e n , y p o n e r l a bajo u n a s p e c t o r a z o -
n a b l e . A c o n s e c u e n c i a d e esto p e n s é , q u e p a r a salir d e t a n t a
c o n f u s i ó n , y h a c e r a l g u n a cosa de p r o v e c h o , e r a n e c e s a r i o
d e s e n t e n d e r m e de m u c h o , y c e ñ i r m e á u n d e t e r m i n a d o p e n -
s a m i e n t o . Así lo p e n s é , así lo p r o p u s e , y así había e m p e z a -
d o á e g e e u t a r l o . Ya V . se a c o r d a r á q u e dije e n la C a r t a Vi
ó V I I , y repetí en l a V I I I , q u e mis á n i m o s no e r a n o t r o s
q u e m a n t e n e r m e sobre l a d e f e n s i v a , sin t r a s c e n d e r á m a s .
D e s p u é s , s o s e g a d a m a s la i m a g i n a c i ó n , vistos los p a p e l e s c o n
m a s p a c h o r r a , y e x a m i n a d o s c o n m a s e x a c t i t u d los libros
eclécticos, que p o r d e s g r a c i a s u y a y m í a h a n caldo en mis
m a n o s , m e he ido a r r e p i n t i e n d o p o c o á p o c o d e mi p r i m e r
propósito, hasta llegar á a r r e p e n t i r m e por entero. Quisiera,
a m i g o m i ó , q u e a n t e s q u e el t u e r t o hubiese escrito s e m e j a n t e
p r o m e s a , se le h u b i e r a s a l t a d o el o t r o o j o ; quisiera q u e m e
h u b i e r a n e n t e r r a d o p r i m e r o , q u e hubiese d i c h o s e m e j a n t e c o -
sa : e n s u m a , e s t o y t a n o t r o , q u e si estuviese e n m i m a n o
c o m e n z a r a h o r a las C a r t a s , n o c o m e t í a t a n e n o r m e d e s a -
c i e r t o ; y á p r e s e n c i a de t o d o el m u n d o p r o t e s t a r í a : q u e e r a
mi á n i m o d e f e n d e r m e , y o f e n d e r ; s a l v a r mis d i c h c * . , y s a -
c a r á la luz p ú b l i c a sus d i s p a r a t e s ; q u i t a r m e d e e n c i m a las
p u l g a s q u e m e t i r a n , y e c h á r s e l a s á ellos e n l a s o r e j a s .
15!
M a s c o m o e g e c u t a r esto es p u n t o , q u e t o c a en cosa de
c o n c i e n c i a , q u e no sé si t e n d r á d i s c u l p a , y si sera bien vis-
to e n t r e las g e n t e s , p o r n o o b r a r p o r solo m i c a p r i c h o , d i
e n el p e n s a m i e n t o de h a c e r sobre ello u n a c o n s u l t a . C o m u -
n i q u é la especie al p i m p o r r e r o , quien: desde luego se dio
p o r c o n v i d a d o p a r a c o n s u l t o r a l e g a n d o q u e él había p r e -
senciado m u c h a s c o n v e r s a c i o n e s de m o r a l e n el b a n c o d e
h e r r a d o r de la p u e r t a de la M a c a r e n a . C i t ó t a m b i é n p a r a
el mismo efecto al t u e r t o a m a n u e n s e , h o m b r e q u e m i e n t r a s
a n d u v o e n ese m u n d o , e s t u v o e n posesión d e d a r voto sobre
t o d o s los s e r m o n e s , c o n l a i n t e l i g e n c i a q u e se deja v e r , y
q u e es p o r allá d e m a s i a d o c o m ú n . N o s f a l t a b a o t r o v o t o p a -
r a e n caso de d i s c o r d i a ; m a s el m i s m o p i m p o r r e r o , que es
u n v a l i e n t e t r a z i s t a , se a c o r d ó de q u e A v e r r o e s , c o n las
idas y venidas á esa ciudad , a l g o se le h a de h a b e r p e g a -
do. M e c o n f o r m é c o n su d i c t a m e n , p o r n o p o d e r o t r a c o -
s a ; convidé al t u e r t o , que a d m i t i ó el c o n v i t e c o n t a n t a c o n -
fianza, c o m o si t o d a su vida hubiese sido c a t e d r á t i c o de m o -
r a l , y d e s p u é s pasé á c i t a r á A v e r r o e s . E s t e e s t u v o u n p o -
co remiso á c a u s a de su i g n o r a n c i a , q u e i n g e n u a m e n t e con-
fesó; p e r o mis i n s t a n c i a s ú l t i m a m e n t e lo v e n c i e r o n , p o n i e n -
d o él a n t e s p o r c o n d i c i ó n , que p a r a d a r su v o t o había d e
p r e s e n t a r s e c o n las h o p a l a n d a s d e d o c t o r , p o r q u e en p o n i é n -
doselas se le infundía u n e s p í r i t u t a n v e h e m e n t e d e d e c i d i r ,
que e r a c a p a z d e h a b l a r lo q u e fuese, y n o fuese m e n e s t e r .
J u n t ó s e pues la r e s p e t a b l e a s a m b l e a ; p r o p u s e mis e s c r ú p u l o s ;
esforcé p o r u n a y o t r a p a r t e mis r a z o n e s , s i e m p r e con la
m i r a de q u e se m e concediese d e r e c h o p a r a usar de r e p r e s a -
lias. H a b l ó el tuerto p r i m e r o q u e t o d o s , y c o m o él sabia, que
si la decisión salía á ini f a v o r , le había d e llover sobre las
costillas, t e n i e n d o m a s C a r t a s q u e escribir, r e s p o n d i ó r e d o n -
d a m e n t e q u e n o ; q u e e r a u n g r a n c a r g o de c o n c i e n c i a , y
me lo e n c a r g a b a , c o m o insistiese e n v a r i a r de p e n s a m i e n t o .
A p o y ó su d i c h o con el f a m o s o t e x t o de másenla sunt maribus,
y con el o t r o de vinurrt aquatwn. E l p i m p o r r e r o todo p o r el
c o n t r a r i o , dijo: q u e n o m e s a l v a b a de p e c a d o g o r d o , y o b l i -
gación de restituir, si n o d e s c u b r í a las m a r a ñ a s de la filosofía
d e m o d a , y p r o c u r a b a d e s e n g a ñ a r al p ú b l i c o . P a r a esto t r a -
j o ( s i n que ella quisiese v e n i r ) la d o c t r i n a del lucro cessante,
y damno emergente, y s o l t ó los a r g u m e n t o s d e l t u e r t o , a l e -
132
g a n d o , que era p a r v e d a d de m a t e r i a el escrúpulo que resulta-
ba. Pusimos.los ojos todos e n el doctor A v e r r o e s , quien a n -
tes de e m p e z a r á h a b l a r se p u s o un g o r r o p r i n g o s o , se t e r -
ció el m a n t e o , se e s t r e g ó las m a n o s , se m a n o s e o las n a r i c e s ,
tosió, e s c u p i ó , y a u n creímos que tuviese que h a c e r otras d i -
ligencias de m a s m o n t a . E m p e z ó á h a b l a r n o s n o con su a c o s -
t u m b r a d o l e n g u a g e , sino c o n o t r o t a n . n u e v o y desudado, que
a p e n a s , apenas se lo p o d í a m o s p e r c i b i r : t a n r e t u m b a n t e y
c a s c a r r e ñ o , que el ruido que h a c i a h a b l a n d o , se semejaba mu-
c h o al d e u n costal de nueces c u a n d o se d e r r a m a . A r e n g ó p r i -
m e r o como si estuviésemos e n oposiciones, y después que nos
q u e m ó la s a n g r e c o n r n a g n i ü c e n t í s i m o Aristóteles . oeulatísi-
m o t u e r t o , y eruditísimo p i m p o r r e r o , d i s e r t ó l a r g a m e n t e s o -
bre los i m p e d i m e n t o s del m a t r i m o n i o ; luego sobre el r e t r a c -
to g e n t i l i c i o , y luego sobre el pecado filosófico, c o n c l u y e n -
d o su discurso c o n estas p a l a b r a s latinas. Atque ut rem uni-
versam egregiissimé a nobis explicatam sub unius ejusdemque lu-
minosissim¿e argumentationis exponam veritate,, hoc á me erudi-
tissimum syllogismum confectum iri putavi. Quisquís de rebus du-
bitat exploratissimis, is ¡taque cramben recoctam obtrudit, et no~
dum irt scirpo qucerere convincitur: at, qui nodum in scirpo quse-
rit, actum agere, videtur, Aithiopem lavare pergit, et in ferro
frigidante machacat. Nulla igitur me res d concepto animi judi-
cio dimovere poteritur.
Q u e m e cuelguen de las n a n c e s , a m i g o d o n M a n u e l , c o -
m o á los e s t o r n i n o s , si y o p u d e e n t e n d e r n a d a de c u a n t o d i -
j o n u e s t r o famoso doctor : lo m i s m o y m u c h o m a s sucedió á
los o t r o s ; y n o c r e y e n d o que e n ello c o m e t í a m o s pecado a l -
g u n o , le suplicamos nos e x p ú e a s e su. sentir e n t é r m i n o s m a s
sencillos. ¡ N u n c a tal hubiéramos p e n s a d o ! pues enfurecido el
d o c t o r , nos p r e d i c ó u n s e r m ó n terrible c o n t r a el espíritu d e
p a r t i d o . C u l p ó al p i m p o r r e r o y al tuerto del a t r a s o de la l i -
t e r a t u r a , y me dijo v e i n t e mil frescuras sobre el materialitcr,
y formalitér, ut quo , y ut quod, y d e m á s distinciones de la
escuela. T u v i m o s á dicha q u e quisiese callar. Poco á poco p u -
dimos persuadirlo á que se q u i t a r a los h á b i t o s ; y después que
se los quitó , y le r e c o n v i n i m o s , h a l l a m o s o t r o h o m b r e m u y
diverso. N o s p r o t e s t ó i n g e n u a m e n t e : q u e j a m a s h a b l a s o n a d o
decir tales d i s p a r a t e s , y q u e pues los había d i c h o , sin duda
e r a n causa de ello aquellas h o p a l a n d a s ; que él p r o m e t í a firme-
133
m e n t e n o t r a e r l a s puestas sino m i e n t r a s anduviese p o r S e v i -
lla , pues n o q u e r í a volver á hacer o t r a e n t r e n o s o t r o s . Se
a c a b ó pues n u e s t r a c o n s u l t a á c a p a z o s , sin h a b e r n o s c o n v e -
nido,, ni ser posible que nos c o n v i n i é s e m o s , p o r q u e el v o t o de-
c h i v o estuvo de m u y m a l h u m o r : mas n o h a b i é n d o s e m e a c a -
b a d o mi e s c r ú p u l o , me valgo de V . , a m i g o don M a n u e l , p a -
r a que p r o p o n g a esta dificultad á u n p a r de c o n s u l t o r e s . N o
lo hago por medio de A v e r r o e s , p o r q u e si va á buscarlos c o n
hábitos n o t e n e m o s s u g e t o ; si sin ellos, e n p r i m e r lugar p u e -
de ser c o n o c i d o , y e n s e g u n d o , como su t r a g e s e r á d e p o -
b r e t o n , es m u y de t e m e r q u e quizá n o s a l g a á mi favor l a
decisión, y será e n t o n c e s mi d e s a z ó n d o b l a d a . E l p i m p o r r e r o
m e a s e g u r a , que en esa ciudad h a y consultores d e t o d a s c a s -
tas. N o ' busque V . á n i n g u n o s de aquellos m e l a n c ó l i c o s , q u e
n o saben mas teología, que la q u e se e n c u e n t r a en las E s c r i -
t u r a s , P a d r e s , Concilios y D o c t o r e s . N o h a g a V . c a s o d e
ellos, pues e s t á n en posesión de que pocos lo h a g a n . B ú s q u e -
m e V , teólogos de C o m p e n d i o , c o n s u l t o r e s de aquellos q u e
m i r a n a n t e s á la c a r a al que c o n s u l t a , y siempre le a d i v i -
n a n el p e n s a m i e n t o , decidiendo n o c o m o se d e b e , sino c o m o
se quiere por p a r t e del que c o n s u l t a ; pues de todos m o d o s y o
quiero que la resolución sea f a v o r a b l e . Y pues a n t e s de o c u r -
rí rme esta d u d a , y a y o h a b í a e m p e z a d o á buscar las c o s q u i -
llas á los filósofos rabones , y e n mis dos a n t e r i o r e s t e n g o
p r o m e t i d o c o n t i n u a r b u s c á n d o s e l a s ; m i e n t r a s la dificultad se
r e s u e l v e , ó n o , estoy en posesión de s e g u i r , p o r q u e in dubiis
mdior est conditio possidentis.
Asi pues volvamos á n u e s t r o excusso jugo, y v e a m o s , sí se
les puede ver el cabo á los dos capítulos que q u e d a r o n de su-
perávit en las dos C a r t a s ú l t i m a s . E r a el p r i m e r o , si m a l n o
me a c u e r d o , que los eclécticos que t a n t o e n g r a n d e c e n la m i -
seria de los escolásticos e n seguir mi filosofía , n i h a c e n ni
pueden h a c e r el buen u s o , que los escolásticos h a n h e c h o de
las otras : el segundo , que con la filosofía que siguen, n u n c a
pueden ser v e r d a d e r o s filósofos. E n t r e m o s en el primero. Si
y o quisiese d e s e m b a r a z a r m e en breve de este n e g o c i o , con dos
p a l a b r a s lo tenia hecho. E n a m o n t o n a n d o á todos los filóso-
fos m o d e r n o s , c o m o deben a m o n t o n a r s e , y en h a c i e n d o ver
c u a n poco h a n a d e l a n t a d o sus p l u m a s , y cuan m u c h o p e l e a n
sus principios con el p e r i p a t o , s a l í a m o s d e u n a vez d e c a -
4 34
m o r r a . P e r o entonces ¿ q u i e n habia de a g u a n t a r l o s ? Serian
t a n t o s los g r i t o s de los C a r t e s i a n o s , t a n t a la bulla de los G a -
sendistas, t a n enormes los c l a m o r e s de los W o l f i a n o s , N e w t o -
n i a n o s , L e i b n i t z c i a n o s , y d e m á s a c a b a d o s en ANOS , y t a n
dolorosas las quejas de los e c l é c t i c o s , que n o nos podríamos
a v e r i g u a r . C a d a uno a l e g a r í a sus títulos de p e r t e n e n c i a ; - p r o -
b a r i a su v e c i n d a d e n e s t e , ó en o t r o p a i s , y b a r i a i n f o r m a -
ción de que ellos e r a n hijos de o l i v o , y los o t r o s de a c e i t u -
n o ; y e n semejante caso n o s p o d r í a m o s e n t e n d e r , c o m a se
e n t i e n d e n los que e s t á n h a b l a n d o á la p u e r t a de u n h e r r e r o .
N o a g r a v i e m o s , p u e s , á n a d i e ; consérvensele á cada uno sus
f u e r o s : el que n o quisiere ser sino e c l é c t i c o , que sea e c l é c t i -
c o hasta que y o le a v i s e : el que N e w t o n i a n o , que n o ¡o
m e z c l e n con los e c l é c t i c o s , que eso n o es r a z ó n .
Y p a r a e v i t a r todo g é n e r o de q u e j a s , y a le h e d a d o á
A v e r r o e s el p l a n p a r a que forme u n á r b o l p r e d i c a m e n t a l d e
las filosofías, p o n i e n d o por s u p r e m o g é n e r o á Disparate , el
cual g é n e r o se irá dividiendo en especies s u b a l t e r n a s hasta l l e -
g a r al eclecticismo, que será la especie á t o m a n o divisible ul-
terius, sino en eclécticos d o c t o r e s , y eclécticos r e v e r e n d o s .
P o r o t r a p a r t e se r e i r í a n de mí á c a r c a j a d a s , p o r q u e exclui-
das las o t r a s , solo tenia á la p e r i p a t é t i c a p o r v e r d a d e r a fi-
losofía, q u e m a y o r d i s p a r a t e no lo p e n s a r í a B a r r a b á s . E v i t e -
mos pues estos escollos : h a g a m o s u n a suposición que h a c e n
los e c l é c t i c o s , y que nos está bien á t o d o s , á s a b e r ; que t o -
das las filosofías son d i g n a s de a p r e c i o , y que d e t o d a s ellas
se p u e d e h a c e r buen uso. H e c h o e s t o , v a m o s á e x a m i n a r c ó -
m o h a n usado unos de o t r o s los señores m o d e r n o s , y c ó m o
h a n usado todos ellos de m í . D i s t r i b u y a m o s los m o d e r n o s e n
t r e s clases. Sistemáticos, que siguen los p r i n c i p i o s de u n o ú
o t r o filósofo : Scépticos, que á n i n g u n o s i g u e n , y son c o m o
las m o n j a s de e s t ó m a g o tan delicado , que n a d a se a t r e v e n
á t r a g a r , no sea que se les i n d i g e s t e ; y Eclécticos, g e n t e de
b u e n a s t r a g a d e r a s , que c o m e n de todo c o m o las c a b r a s , ó
si n o les a g r a d a la c o m p a r a c i ó n , que c h u p a n de t o d o c o m o
las abejas.
E n c u a n t o á los Sistemáticos no t e n e m o s duda. E s t u d i a r o n
ellos la filosofía que les tocó en s u e r t e , se a f e r r a r o n e n e l l a ,
y todo lo d e m á s que e s t a b a escrito e r a en su d i c t a m e n una
g r a n p a t a r a t a . T e n í a n sus fervorosas disputas á favor de su
f 35
s e c t a , y c o n t r a todas las o t r a s ; y p a s a b a e n t r e s i s t e m á t i -
co , v sistemático á c o r t a diferencia , lo que los señores filó-
sofos' de m o d a r e p r u e b a n t a n t o e n los a n t i g u o s : y así c o -
m o e n t r e éstos fueron célebres los c h o q u e s de N o m i n a l e s ,
R e a l i s t a s , T o m i s t a s , E s c o t i s t a s , Jesuitas , & c . , así e n t r e
ellos son famosas las b a t a l l a s literarias de G a s e n d o c o n D e s -
c a r t e s , de éste con él y o t r o s : de A r n a l d o c o n M a l e b r a n -
c h e , de L e i b n i t z con K e y l , C l a r k , & c : de éstos y del A b a d
de C a t e l a n y m o n s i e u r P a p i n c o n t r a a q u é l : de los D i a r i s t a s
y A c t a s d e L e i p s i c c o n t r a estotros , et cutera , et cutera.
C u a n d o les llegue su v e z , s e r á n e x a m i n a d a s estas d i s p u t a s , y
c o t e j a d a s c o n las que h a n tenido los escolásticos : p a r a e n -
t o n c e s cito á los que se tienen p o r j u e c e s i m p a r c i a l e s , p a r a
q u e juzguen sobre la m a t e r i a . L o que p o r a h o r a m e h a c e a l
caso es, que se vea q u e los filósofos sistemáticos n o h a n p e n -
sado e n e x a m i n a r s e m u t u a m e n t e , p a r a a p r o v e c h a r s e u n o s d e
o t r o s , sino p a r a i m p u g n a r s e . D e mí es c o n s t a n t e el poquísi-
m o c a s o , que se hizo. V a l i a e n t o n c e s m u c h o m a s q u e a h o r a
la ( n o me a t r e v o á l l a m a r l a preocupación) certidumbre, de
que e n mis o b r a s n o se e n c o n t r a b a n cosas q u e a c o m o d a s e n .
L e i b n i t z e m p e z ó á j u z g a r de o t r o m o d o . M a s d e s p u é s p o n -
d r e m o s u n o ú o t r o e g e m p l o de la t e l i c i d a d c o n que él y o t r o s
p u s i e r o n p o r o b r a el p e n s a m i e n t o de p o n e r a l g u n o s de m i s
d o g m a s en uso.
D e los S á l t i c o s n a d a t e n g o q u e a ñ a d i r : c r e o q u e p o c o s
h a y que los c u e n t e n e n t r e los filósofos, y ellos e n r e a l i d a d
ni p o r m a l n o m b r e m e r e c e n este título. T o m a d o el s c e p t i c i s -
m o e n t o d a su extensión es u n p i r r o n i s m o c o n s u m a d o , c a -
p a z de destruir h a s t a las evidencias m a t e m á t i c a s . T o m a d o el
scepticismo c o n m o d e r a c i ó n ( s i es q u e la m o d e r a c i ó n p u e d e
a c o m o d a r s e c o n lo que n a t u r a l m e n t e es v i c i o s o ) , está a d -
mitido p o r p r i n c i p i o y b a s a del eclecticismo. L l e g a r á el c a s o
de que t o q u e m o s en é s t e , y d e s e n t r a ñ e m o s este p u n t o . E s ,
p u e s , el eclecticismo el ú n i c o de quien se debe d e m o n s t r a r ,
que no h a h e c h o b u e n u s o , n i de las o t r a s filosofías d e m o -
d a , ni m u c h o menos d e la mia. M a s siendo este u n p u n t o
que si llega á h a c e r s e p a l p a b l e , d e s t r u y e h a s t a el n o m b r e (si
es que h a y o t r a c o s a ) d e este t a n a p l a u d i d o m o d o de filoso-
f a r , reputo por muy conducente dejarlo, p a r a hablar a c e r -
ca de él con la e x t e n s i ó n que m e r e c e , c u a n d o de i n t e n t o
136
e x a m i n e las o b r a s de u n p a r de eclécticos de los que están
m a s e n m o d a . E n t o n c e s , si n o m e e n g a ñ a el c o r a z ó n , h a r é
v e r que t a n lejos está de ser uso, que p o r el c o n t r a r i o es un
abuso de todas las filosofías; h a r é v e r , que j a m a s puede lle-
g a r á ser uso útil ( q u e es la s e g u n d a p a r t e de mi p r o p u e s -
t a ) , y s e r á esta la p r i m e r a vez que se o i g a , n e g a r el posse
desde q u e mi escuela es escuela.
i Q u é es e s t o , s e ñ o r A r i s t ó t e l e s ? ¿ T o d a s son r e m i s i o n e s
p a r a lo futuro? A m i g o d o n M a n u e l , yo soy h o m b r e de b i e n ,
v c u m p l i r é sin falta mi p a l a b r a . P o r a h o r a n o sufre m a s e s -
t a C a r t a , que el d a r u n a p r e n d a . Yo le p o n d r é á V . a l g u -
n o s e g e m p l i t o s d e l p é s i m o uso q u e h a n h e c h o los e c l é c t i -
cos, y sus p a d r e s , d e mi filosofía : y o t a m b i é n me iré á e n -
t r e t e n e r u n r a t o al aserto ele los dos R e v e r e n d í s i m o s , que
t a n de la a p r o b a c i ó n h a n sido de los s e ñ o r e s eclécticos sevi-
l l a n o s ; y t o m a n d o de ellos a l g u n a c o s i t a , le m o s t r a r é a V .
(velutiex ungué leonem) lo que p o d e m o s e s p e r a r del c a c a r e o
d e los señores eclécticos. Yo t a m b i é n , c u a n d o al fin de esta
C a r t a t o q u e e n el t e r c e r c a p í t u l o , le p o n d r é un e n s a y o de
filosofía e c l é c t i c a ; p e r o esto de t o c a r el p u n t o con toda ex-
tensión , déjelo p a r a c u a n d o le he dicho , pues n o se p u e d e
todo de u n a vez.
V a m o s á elio. Antonio G e n u e n s e , aquel famoso e c l é c t i -
c o , que no se puede ni debe n o m b r a r e n t r e los filósofos d e
b u e n gusto , sin q u i t a r s e el s o m b r e r o y el g o r r o , quiso d a r
u n a p r u e b a a u t é n t i c a d e su b a s t a e r u d i c i ó n , t e n i e n d o la b o n -
d a d de t o m a r las p a l a b r a s y definiciones de m i escuela p a r a
i m p u g n a r l a s . C o s a p o r c i e r t o n u e v a , y n a d a u s a d a e n t r e ios
-suvos, que e s t a b a n e n posesión de i m p u g n a r n o s con e s p í r i t u
p r o f é t i c o , es d e c i r , s u p o n i e n d o y no viendo lo que q u e r í a -
m o s decir. T o m ó pues su microscopio (pues a u n q u e la leyen-
d a n o se m e t e e n esta m e n u d e n c i a , y o a c á c o n t e m p l o q u e
s e r í a así , p o r q u e u n m o d e r n o sin m i c r o s c o p i o es u n s a s t r e
sin a g u j a s , u n z a p a t e r o sin a l e s n a s , y un c u e r p o sin a l m a ) :
t o m ó t a m b i é n todos los escolásticos habidos y p o r h a b e r ,
p u e s él lo dice de t o d o s , c o m o se v e r á d e s p u é s , y puesto
q u e él lo dice es p r e c i s o que sea v e r d a d ; y buscó en ellos
a q u e l l o de las ideas i m p r e s a s y e x p r e s a s : las m i r ó l i n d a m e n -
te p o r a r r i b a y p o r a b a j o ; y e n t e r a d o á f o n d o en lo que
ellas e r a n , salió diciendo ( A r e . L o g . crit. edíc. a u n . 17 5 5.
137
lib. 2. c a p . §. 2 . ) : Scholastici philosophi ideam materialem vo-
cant impressam speciem, intellectualem vero speciem expressam;
y luego c o n a q u e l l a m a g e s t a d y t o n o decisivo, t a n p r o p i o d e
los e c l é c t i c o s , a ñ a d e : utrumque, quod mireris, propriissimé.
A v e r , a m i g o d o n M a n u e l , ¿ qué t a l le h a p a r e c i d o í
V . a q u e l quod mireris, que merecía e s t a r c o n l e t r a s de p l a -
n a ? ¿ N o está la i r o n í a m a s resalada del m u n d o aquel pro-
priissimé l P u e s , a m i g o m i ó , los escolásticos (quod mireris)
ni h a n d i c h o , ni h a n s o ñ a d o d e c i r , q u e l a especie expresa
sea la i n t e l e c t u a l , y la impresa la m a t e r i a l . I d e a i m p r e s a e n -
t r e t o d o s ellos es (quod mireris) imago rei, qua mens detcrmi-
natur ad rem Mam cognoscendam: p o r o t r o n o m b r e principium
cognitionis. I d e a ó especie e x p r e s a est conceptus rei, quem mens
format, dum cognoscit objectum: p o r o t r o n o m b r e terminus
cognitionis; p o r o t r o n o m b r e Verbum. Si V . q u i e r e v e r l o a s í ,
busque á c u a l q u i e r a p e r i p a t e t i q u i l l o de esos de m e n o s m o n -
t a , y e n c a d a p á g i n a se lo e n c o n t r a r á mil v e c e s : y a c e r c a
del propriissimé i r ó n i c o del c a b a l l e r o G e n u e n s e , c o n que s e
b u r l a de n o s o t r o s , d í g a l e á sus a m i g o s , q u e si q u i e r e n s a b e r
de d o n d e h a n t o m a d o los escolásticos estas dos g r a n d e s frio-
leras de especie i m p r e s a y e x p r e s a , v a y a n p o r las o b r a s d e
s a n A g u s t í n a r r i b a , y e n su e x p o s i c i ó n sobre el s a l m o 1 3 9 .
se e n c o n t r a r á n c o n la i m a g e n i m p r e s a e n el e n t e n d i m i e n t o ;
y e n el lib. 9 . de Trinitate c a p . 1 2 . c o n la e x p r e s a . D í g a l e s
t a m b i é n : que h e oido d e c i r , q u e u n a y o t r a s i r v e n a d m i r a -
b l e m e n t e p a r a e x p l i c a r la g e n e r a c i ó n d e l V e r b o E t e r n o , q u e
ellos q u e la e c h a n de t e ó l o g o s , p u e d e n v e r , si es v e r d a d ; p e -
r o q u e e n c u a n t o al G e n u e n s e , el p o b r e c i l l o n o j u n t ó c a u -
d a l p a r a m a s , y c o m o sabia p a r a q u i e n e s c r i b í a , n o fue t a n
e s c r u p u l o s o , que hubiese de o m i t i r t o d a s las m e n t i r a s , que se
le vinieron.
V a y a o t r o e g e m p l i t o del m i s m o G e n u e n s e , t o m a d o d e
su Metafísica ( p a r t . 1. p r o p . 9 5 . edit. 1 7 7 4 . ) . S e r í a u n a cosa
muy l a r g a de referir lo que le dio m o t i v o á decir la p r e c i o -
sidad sobre q u e voy á h a b l a r ; p o r t a n t o a b r e v i a r é . P a r a p r o -
b a r él q u e los u n i v e r s a l e s se h a c e n p o r a g r e g a c i ó n , y n o
como e n s e ñ a m o s n o s o t r o s p o r a b s t r a c c i ó n , le pidió p r e s t a -
d o á G a s e n d o u n o de sus p a r a l o g i s m o s ; y u s a n d o d e las fa-
cultades que p o r r a z ó n d e ecléctico le c o m p e t e n , lo b a u t i -
z ó , y le puso el n o m b r e d e demostración e n la edición p r i -
TOM. v. 18
438
m e r a d e su M e t a f í s i c a . Y o n o sé quién fue el q u e le hizo
c i e r t o s r e p a r i l l o s á la d e m o s t r a c i ó n c i t a d a , no^ t a n d e p o c o
m o m e n t o , q u e dejasen d e d e m o s t r a r ser u n a abierta c o n t r a -
dicion. E l G e n u e n s e c o m o u n o de aquellos filósofos n a d a p r e -
o c u p a d o s , y que e n v i e n d o la r a z ó n al i n s t a n t e ceden á e l l a ,
n o t u v o dificultad en.... ¿ p e n s a b a V". que yo iba a decir r e -
t r a t a r s e ? N o , señor m i ó , q u e eso s e r í a v e r g ü e n z a , e n un
e c l é c t i c o c o m o él. E n e c h a r p o r la via de T a r i f a , y buscar
n u e v o s d i s p a r a t e s c o n q u e t a p a r el p r i m e r o . E n t r e ellos está
u n o que es el q u e nos h a c e a l caso. Se a c o r d ó de los p o s i -
bles de los e s c o l á s t i c o s , y p e n s ó que s e r i a n buenos p a r a h i -
las c o n que c u r a r la h e r i d a d a d a á su demostración, y en un
escolio que p u s o e n la edición c i t a d a al p r i n c i p i o , encajó es-
te p a r c h e : cum se ac essentiam. suam, contemplatur Deas, in se,
ac natura sua possibilium omnium essentias intelligibiles procreen.
V e V. a q u í u n a b r i l l a n t e idea de los pasibles. Posibles q u e se
p r o c r e a n . Y n o t e n e m o s que a n d a r c o n d a c a si lo que se
p r o c r e a es, a q u e l l o , á q u i e n se le c o m u n i c a la e x i s t e n c i a ex-
tra Deum, y t o m a si los posibles son aquellos, á quienes n u n -
c a se les h a . d e c o m u n i c a r . N o a n d e m o s c o n e s t o , p o r q u e a h í
está el p r i m o r e n que s e a n posibles y se p r o c r e e n , ó e n que
se p r o c r e e n sin d e j a r de ser posibles : que esto no es o t r a co-
sa q u e la metafísica e s c o l á s t i c a , l l e v a d a p o r este famoso
ecléctico u n p o c o m a s a r r i b a del p r i m e r p r i n c i p i o de c o n -
t r a d i c i o n , y n o c o m o los p e r i p a t é t i c o s , q u e a l c a b o de t a n t o s
años, s i e m p r e se h a n estado p o r debajo de él.
N o p e r d a m o s de vista al m i s m o G e n u e n s e , q u e es a m i -
g o m i ó , y es m e n e s t e r d i s t i n g u i r l o en c u a n t o se p u e d a ; pues
él e n t r e los eclécticos o c u p a u n l u g a r distinguido. Este t a l
s e ñ o r definió á la n a t u r a l e z a c o m o m e j o r le p a r e c i ó e n su
M e t a f í s i c a ( p a r t . i. c a p . 3 . §. 3 2 . ) . Después de h a b e r l o h e c h o ,
confiesa i n g e n u a m e n t e e n su L ó g i c a I t a l . lib. i. c a p . ult. que
n o . se p u e d e e n t e n d e r , qué cosa sea la n a t u r a l e z a : y p o c o
después d i c e , q u e y o la definí entelechiam primam. N o nos
p a r e m o s en el e s c r u p u l i l l o de haher definido la n a t u r a l e z a ,
y c o n f e s a r que i g n o r a lo q u e es ; pues esto no a r g u y e o t r a
cosa sino que definió lo que n o e n t e n d í a , y esto es y a t a n
c o m ú n , que c u a l q u i e r e c l é c t i c o lo h a c e s i n c a l e n t a r s e m u -
c h o la c a b e z a : n o nos p a r e m o s en: q u e j u z g u e n o p o d e r s e
e n t e n d e r la n a t u r a l e z a , p o r q u e él n o la e n t e n d i ó ; pues esto
439
está suelto f á c i l m e n t e c o n s u p o n e r q u e los e c l é c t i c o s eo ipso
que lo s o n , e n t i e n d e n p e r f e c t a m e n t e las c o s a s c o n p r i v i l e g i o
exclusivo de q u e o t r o s las e n t i e n d a n . Y si a c a s o el dicho G e -
nuense fue a b o g a d o ( d e lo q u e n o he t e n i d o n o t i c i a , p u e s d e
su v i d a n o h a n l l e g a d o á m í m a s que los m i l a g r o s ) m u c h o
m e j o r ; pues en siéndolo es preciso é indisptmsable q u e e n -
t i e n d a n de t o d o . T a m p o c o nos hemos d e p a r a r e n la c o n s e -
cuencia que se está s a l i e n d o d e esta d o c t r i n a , á saber.: si
n o se p u e d e e n t e n d e r q u é cosa es n a t u r a l e z a , luego t a m -
p o c o qué cosas s o n , ó n o son n a t u r a l e s : l u e g o n o se p u e d e
j u z g a r , q u é cosas son s o b r e n a t u r a l e s . E s t e escrupulillo es d e
p o c o m o m e n t o ; pues e n tal c a s o , lo m a s q u e p o d r í a s u c e -
d e r s e r í a q u i t a r los m i l a g r o s , y á c o n s e c u e n c i a t o d a la R e -
ligión. E n lo que sí me p a r o es e n lo que viene al caso p r e -
sente, que es la definición q u e dice q u e y o h e d a d o á la n a -
t u r a l e z a . ¿Si llevaría el m i c r o s c o p i o p a r a l e e r l a ? Yo he e s -
tado recapacitando, y no me acuerdo de haber dicho t a l c o -
sa. Bien t e n g o p r e s e n t e q u e e n el lib. 2 . d e Physico audita
la definí a s í : Principium, et causa motus, et quietis ejus, in
quo est primo, et per se, et non secundúm accidens. C o n q u e
es m u y de t e m e r que el e n c a n t a d o r , q u e tras-formó á la s i n
p a r D u l c i n e a del T o b o s o e n u n a g r o s e r a l a b r a d o r a , ese m i s -
m o le t r a s f o r m a s e á n u e s t r o ecléctico la c i t a d a definición e n
entelechiam primam.
T o d a v í a q u i e r o v e a V . o t r a g r a c i a de l a s infinitas q u e
t r a e el m i s m o señor. H a de s a b e r V". que L e i b n i t z , después
d e h a b e r a n d a d o de H e r o d e s á P i l a t o s , y a p u r a d o c o n su
b u e n i n g e n i o c u a n t o los m o d e r n o s h a n d i c h o sobre la mate-'
r í a , nos hizo el h o n o r ( q u e n o h a b í a m o s m e n e s t e r ) d e d e -
c i r : que n o podia m e n o s que c o n v e n i r c o n los e s c o l á s t i c o s ,
e n que la materia primera y l a forma substancial e r a n u n a s
meras p o t e n c i a s , la p r i m e r a pasiva, y la s e g u n d a activa.
Así e n el s e g u n d o t o m o de sus o b r a s p a r t . 1. p á g . 2 1 4 y , 3 1 7 .
N o nos p i r e m o s e n la p r o p i e d a d c o n que l l a m a p o t e n c i a a c -
tiva á la f o r m a s u b s t a n c i a l , que esto d e u s a r de n u e s t r a s c o -
sas como se d e b e , r e q u i e r e m a s i n s t r u c c i ó n e n ellas que la
que tuvo Leibnitz. P a r e m o s e n el G e n u e n s e , q u e e n su L ó g i -
c a italiana lib. 5. §. 8 7 . t r a e u n a s p a l a b r i t a s , q u e y o no en-
t i e n d o p o r serme l e n g u a desconocida. E n t r e g u é el l i b r o , d e
d o n d e s a c ó estas a p u n t a c i o n e s , a l p i m p o r r e r o , p a r a q u e bus-
140
case q u i e n las t r a d u j e s e a l c a s t e l l a n o . H i z o t o a s í , t o p ó p o r
b u e n a d i c h a á u n tiple c o n o c i d o suyo , y este dijo q u e q u e -
r í a n d e c i r : En buena física no se ha encontrado un ser me-
ramente pasivo: sería una quimera de ignorantes. ¡ A h , p o -
b r e i g n o r a n t e L e i b n i t z ! bien te se e m p l e a p a r a que n o te
metas, en c a m i s ó n de o n c e v a r a s . V u e l v e , vuelve á salir con
la especie e x t r a v a g a n t e de la materia meramente pasiva , que
el G e n u e n s e h a r á q u e se b o r r e n de sus obras los g r a n d e s elo-
gios que te h a d a d o , y te q u e d a r á s e n t o n c e s e n t r e los i g n o -
r a n t e s quimeristas.
D e j e m o s , a m i g o d o n M a n u e l , al G e n u e n s e p o r u n r a -
t o , que h a y o t r o s m u c h o s á quienes c o n t e n t a r , y es m e -
n e s t e r que V . v e a , que la profesión del eclecticismo es la m a s
a j u s t a d a á r a z ó n , y la m a s n e c e s a r i a al m u n d o literario. L o s
c a b a l l e r o s e c l é c t i c o s , á s e m e j a n z a d e los a n d a n t e s , n o t i e -
n e n mas-oficio q u e d e s h a c e r t u e r t o s , v e n g a r i n j u s t i c i a s , y
d a r l e á c a d a u n o lo q u e es s u y o , y q u e o t r o s p o r i g n o r a n -
cia ó p o r m a l i c i a le hari q u i t a d o . ¿ Q u i e r e V . v e r u n h e r m o -
so r a s g o d e esta v e r d a d ? Pues s a l g a á p l a z a el s e ñ o r V e r -
n e y . E s t e e n su libro 2 . d e re Lógica ( c a p . 3 . not. 3.) les d a
u n a linda z u r r a á los escolásticos p o r h a b e r m e e n t e n d i d o ,
n o / c o m o d e b í a n , sino c o m o se les a n t o j ó . P e c a d o sin d u d a
t a n t o m a s g r a v e e n e l l o s , c u a n t o m a s se j a c t a n de ser mis
fieles i n t é r p r e t e s . Y á la v e r d a d , ¿si ellos h a c e n p r o f e s i ó n
d e t a l e s , n o es u n a p i c a r d í a la m a s d i g n a d e a z o t e s , que se
p o n g a n á e n g a ñ a r al p ú b l i c o , diciendo las cosas al revés de
c o m o y o las dije ? Dios se lo p a g u e á V e r n e y q u e n a c i ó á
este m u n d o p a r a e n m e n d a r todas las c o s a s , y n o s o l a m e n t e
-esta de que t r a t o . P e r o el caso es que d o n d e á él le p a r e c i ó
q u e habia e n c o n t r a d o dos e n c a n t a d o r e s m a l a n d r i n e s , que
¡llevaban- r o b a d a s a l g u n a s P r i n c e s a s , n o e n c o n t r ó sino c o a
dos m o n g e s B e n i t o s , que tal vez iban de misión. T o d o el ser-
m ó n q u e p r e d i c ó d i c h o s e ñ o r c o n t r a los e s c o l á s t i c o s , t u v o
p o r t e m a u n a s p a l a b r i t a s , que él t r a e e n el lugar c i t a d o , r e -
firiendo el m o d o d e p e n s a r d e los escolásticos. Alter (dice)
dicitur inteUect-us agens, sivé cognoscens. Y e n efecto, si intelle-
etus agens e n t r e los escolásticos- q u i e r e d e c i r cognoscens , ni
ellos me. e n t e n d i e r o n , ni d i j e r o n m a s que u n d i s p a r a t e ; pe-
r o l a m a l a f o r t u n a es q u e e s t a i n t e r p r e t a c i ó n d e cognoscens
la puso el V e r n e y d e su, c a u d a l , sin. que á los escolásticos
Ui
les costase u n m a r a v e d í , a n t e s p o r el c o n t r a r i o e s t á n ellos
t a n lejos d e p o n e r el c o n o c i m i e n t o e n el e n t e n d i m i e n t o a g e n -
te , que m u y a l revés lo a d m i t e n , y p r u e b a n su n e c e s i d a d ,
ut ea, qua sunt intelligibilia in potentia, faciat intelligibilia in
actu. D é n s e l e , pues , las g r a c i a s á V e r n e y p o r su b u e n a i n -
t e n c i ó n , y dígasele de m i p a r t e , que si c o m o fueron m o n g e s
Benitos h u b i e r a n sido e n c a n t a d o r e s , h a b r í a h e c h o sin d u d a
u n i n c o m p a r a b l e s e r v i c i o á m í y á todos los l i t e r a t o s ; y
que p a r a o t r a v e z se i m p o n g a m e j o r , ó busque q u i e n le
e x p l i q u e mis a l g a r a b í a s .
L o q u e n o es r a z ó n , n i y o c o n s e n t i r é j a m á s , es lo q u e
h a c e el m i s m o V e r n e y e n el l u g a r c i t a d o , y el G e n u e n s e e n
su a r t . L o g . crit. lib. 2 . c a p . i. que es m u d a r los n o m b r e s
que y o h e p u e s t o á mis h e r r a m i e n t a s de filosofar. P a r a esto
es m e n e s t e r l i c e n c i a mía ,. y t í t u l o d e s p a c h a d o e n m i s e c r e -
t a r í a , en cuyos registros n o se h a l l a h a b é r s e l e s l i b r a d o á
n i n g u n o de los d o s , p a r a q u e á lo que y o l l a m o intellectits
possibilis, le llame el p r i m e r o patiens,, y el s e g u n d o passivus.
S e p a n a m b o s que h a n d i c h o u n d i s p a r a t e m u y g o r d o , que n o
puede p a s a r e n mis M e t a f í s i c a s ; y n o les d i g o el p o r q u é ,
lo uno p o r q u e he h e c h o p r o p ó s i t o de n o m a r m u c h o de ellas
e n mis C a r t a s , y lo o t r o p o r q u e ellos n o son c a p a c e s de e n -
t e n d e r l a s . D é j e n s e pues de a n d a r con lo que n o e n t i e n d e n ; y
pues y o n o me m e t o c o n su natura genitrix,.principium Ay—
larchicon, spiritus plastkus, vires moñua, et viva, centrifu-
ga, centrípeta, centrales;, ínsita:, y d e m á s b a r a t i j a s de la. fi-
losofía de buen g u s t o , n o v e n g a n ellos á e n m e n d a r m e los.
n o m b r e s de e n t e n d i m i e n t o a g e n t e y posible.
N o puedo m e n o s que p o n e r siquiera u n e g e m p l i t o de la-
suma inteligencia c o n q u e t r a t ó mis cosas el invicto^ y n u n -
ca b a s t a n t e m e n t e a l a b a d o i m p u g n a d o r d e mi fiiiosofía P e d r o -
G a s e n d o . E n su libro 2 . ( e x e r c . 3 . adv. A r i s t o t e l e o s §..7.) h a -
blando de la o p i n i ó n , n o d e t o d o s , sino de a l g u n o s e s c o l á s -
ticos, que n i e g a n p u e d a Dios ser c o m p r e n d i d o e n las catego»
r í a s , d e s a t a la r e p r e s a d e su elocuencia a d m i r a b l e , , y d e r r a -
ma la siguiente a v e n i d a d e erudición. Scilicet, tu, cathegoriam
imaginaris, quasi car.cerem , in quem níhil possit ingredi. sine
jactara libertatis;. nonné vides cathegoriam nihil esse aliud, qudrm
negotiationem intellectus nostri ad eamdem classem referentis om*
nia, qua aliqno eodem conceptu generali apprehenduntur . 2
Auné
142
mtellectus propterea injlcit quas't compedes infinita Dei natura,
IUÍ in cathegoria quasi reluctantem detineasl Aut putas forte ca-
thegoriam esse velut classes, quibus mens riostra, ut alter Vul~
¡canus, tantum Martem irretire, ludibrioque daré contendasí
i H a oido V . esta m o n s e l g a , a m i g o d o n M a n u e l ? ¿ H a visto
V . ( p a r a e m p e z a r p o r lo ú l t i m o ) la p r o p i e d a d c o n q u e se a p l i -
c a el caso d e ia fábula d e V u l c a n o y M a r t e ? C i e r t a m e n t e
n o sé y o p o r d o n d e este s e ñ o r c a n ó n i g o , ó p r e b o s t e , ó a b a d ,
•ó lo que q u i e r a que f u e , a g a r r ó la c o m p a r a c i ó n de V u l c a -
n o c o n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o . ¿Sería quizá p o r la p a t a coja?
¿ p o r la h e r r e r í a ? ¿ ó p o r d o n d e ? P e r o lo q u e m a s m e m a r a -
villa e s , q u e u n c r i s t i a n o y p r e s b í t e r o le a p l i c a s e á D i o s la
p e r s o n a l i d a d d e M a r t e , a l u d i e n d o al c a s o e n que V u l c a n o lo
c o g i ó e n u n m a l l a t í n c o n V e n u s su m u g e r . Alusión i n d i g n a
d e u n E s p i n o s a , c u a n t o m a s de u n S a c e r d o t e c r i s t i a n o ; p e -
r o alusión, q u e t i e n e o t r o s e g e m p l a r e s e n a l g u n o s sabios r i -
d í c u l o s d e a h o r a , q u e p a s a n ( p o r q u e las c o s a s lo l l e v a n así)
p o r e r u d i t o s . L o q u e nos h a c e al c a s o e s , q u e V . n o t e lo
b i e n que e n t e n d i ó G a s e n d o , qué cosa e r a n c a t e g o r í a s , y qué
cosas e r a n las q u e se c o m p r e n d í a n bajo d e ellas. E s v e r d a d
q u e e l l a s n o son c á r c e l e s , y q u e p a r a c o l o c a r s e en e l l a s , n o
es m e n e s t e r q u e se p i e r d a ó se g a n e l a l i b e r t a d ; pues esto
viene t a n al caso c o m o u n a g u i t a r r a e n u n e n t i e r r o .
P e r o d í g a n o s ese s e ñ o r , ¿ d ó n d e h a leido que los e s c o l á s -
ticos n o quieren a d m i t i r á D i o s e n el p r e d i c a m e n t o p o r no
q u i t a r l e la l i b e r t a d ? V e n e l l o s , y tienen bien visto , que la
c a t e g o r í a n o es o t r a cosa q u e u n a distribución ( ó l l a m é m o s -
l a , c o m o él la l l a m a , n e g o c i a c i ó n ) del e n t e n d i m i e n t o ; pero
u n a distribución e n t r e cuyas partes h a y p r o p o r c i ó n y o r d e n ,
u n a distribución o b r a del e n t e n d i m i e n t o a r r e g l a d a á las ideas
que tiene de has cosas. N o es n i n g ú n m o n t ó n de cosas r e b u -
j a d a s , sino puestas c a d a c u a l e n su s i t i o , p a r a que la ú l t i m a
sea a n t e c e d e n t e de t o d a s l a s p r i m e r a s , y l a p r i m e r a c o n s i -
g u i e n t e de todas las ú l t i m a s . P o r lo cual así como se a r g u y e
b i e n e m p e z a n d o por a b a j o , homo, ergo animal: ergo vivens:
ergo corpóreas: ergo substantia: así se inferiría m a l e m p e z a n -
d o por a r r i b a , substantia, ergo corpas: ergo vivens, fcrc. C o n
que c u a n d o el señor G a s e n d o l l a m a á la c a t e g o r í a negotiatio-
nem intellectus ad eamdem classem referentis omnia, qua aliquo
eodem concepta generali apprehenduntur, dijo e n muchísimas
1+3
p a l a b r a s la m i t a d de la definición , y se dejó la o t r a m i t a d
en los libros de los aristotélicos que i m p u g n a b a . D e b i ó pues
h a c e r s e c a r g o del orden , de las reglas y distribución de las
c a t e g o r í a s . E n t o n c e s hubiera s a b i d o , que á ellas no se r e d u -
cen m a s que aquellas ideas que convieueu u n í v o c a m e n t e e n
un c o n c e p t o c o m ú n : h u b i e r a sabido que en ellas n o a d m i t i -
mos otras ideas sino a q u e l l a s que pueden p a r t i r s e en o t r a s d o s ,
d e las cuales u n a e x c l u y a la o t r a ; y viendo e n t o n c e s q u e cual-
quiera de las ideas, q u e se f o r m a n del Ser infinito, i n c l u y e n e -
c e s a r i a m e n t e t o d a s las o t r a s ideas que debia. excluir p a r a e n -
t r a r e n c a t e g o r í a , pues de o t r a m a n e r a n o sería, idea del Ser
infinito ; c o n o c e r í a que los escolásticos q u e n i e g a n que p u e d e
D i o s ser c o m p r e n d i d o en ellas, entienden c o m o deben las c a -
tegorías : y si hubiese tenido la d i g n a c i ó n de leer á los que
p r e t e n d e n colocarlo e n e l l a s , hubiera visto que lo p r e t e n d e n ,
no por esos disparates que él ha. d i c h o sin inteligencia , sino
por la suposición que hacen de que n u e s t r a c o r t a c a p a c i d a d ,
c u a n d o e n t i e n d e al ente i n f i n i t o , n o lo c o n o c e de este m o d o
sino al m o d o de los e n t e s finitos con g é n e r o y diferencia; p o r
la suposición q u e h a c e n d e que la idea d e s u b s t a n c i a en, c o -
m ú n es m a s e x t e n s a en n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , que la idea
d e substancia infinita que concebimo?. de u n m o d o l i m i t a d o .
C o n que quede e n t e n d i d o el monsieur de la c o m p a r a c i ó n , de.
V u í c a n o y M a r t e con n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o y con. D i o s , e m
que según su c o s t u m b r e i m p u g n ó á los aristotélicos , sin s a -
ber ni el s u g e t o , ni el p r e d i c a d o de la cuestión, ni haber e n -
t e n d i d o las sentencias c o n t r a que escribía.
E l reverendísimo F o r t u n a t o de Brixia, h o m b r e el m a s c o r -
t e s a n o del mundo (pues siempre que t u v o que n o m b r a r a l g ú n
m o d e r n o le encajó el Don, q u e , e s moda, e n el i a t i n , p o n i é n -
dole antes su (.' g r a n d e y su / chica p a r a decirles durísimos,
y que t o d o por el c o n t r a r i o c o n los escolásticos siempre que
tomó á a l g u n o e n t r e m a n o s le dijo t a n t a s m a j a d e r í a s , c o m o
si le hubiera h u r t a d o a l g u n a lata.de t a b a c o ) : este tal r e v e r e n -
do se p u , o á definir la esencia del c u e r p o f í s i c o , y n o quiso-
convenir ( p o r q u e n o e s t a b a de ese h u m o r ) con D e s c a r t e s , n i
con G a s e u d o , ni con n i n g ú n o t r o ; p e r o e l caso e r a , que n o
le ocurría una. cosita b o n i t a sobre el particular que, diese g o l -
pe. Lo estuvo p e n s a n d o , y m i e n t r a s lo p e n s a b a , el enemigo)
que n u n c a d u e r m e , le trajo á la m e m o r i a que en sus grincL-
144
p i o s había sido escotista. A c u d i ó á ¡a escuela á ver si e n c o n -
t r a b a a l g u n a idea buena p a r a e l l o : la descubrió al i n s t a n t e , y
c á t a t e l o aquí p o n i e n d o la esencia del cuerpo ( a t i é n d a m e V . ,
a m i g o don M a n u e l ) in naturali exigentia occupcmdi locum im-
penetrabiliter (Phis. g e n . dis. 1. sect. 2.). Yo no sé qué ta! les
h a b r á p e g a d o á los m o d e r n o s esta exigencia; lo que sí sé es,
que ni y o , ni t o d a mi escuela , cuya p e r s o n a l i d a d represen-
t o e n v i r t u d de poderes legítimos , le p e r d o n a m o s el a g r a v i o
d e h a b e r ido á m e t e r al p o b r e c i t o de exigentia n u e s t r o hijo
e n t r e t a n t o s escribas y fariseos.
N o h a y d u d a en que debo estar a g r a d e c i d o á L e i b n í t z ,
p o r h a b e r sido e n t r e los m o d e r n o s el d e m a s n o m b r e y el
p r i m e r o que j u z g ó d e b í a valer mi filosofía, y que ella en m o -
d o n i n g u n o e r a irreconciliable con los nuevos d e s c u b r i m i e n -
tos. Sin e m b a r g o él h a h e c h o m a s d a ñ o que p r o v e c h o con h a -
berlo d i c h o , y con el m o d o c o n que h a p e n s a d o e g e c u t a r l o .
H a m e z c l a d o mis d o g m a s con los s u y o s , y habiendo sido ios
suyos t a n descabellados h a n p e r d i d o por ello el crédito los
mios. Y n o solo e s t o , sino que queriéndosele p a r e c e r muchos
eclécticos, h a d a d o ocasión p a r a que me equivoquen c u a n t a s
ideas puse y o de distinto m o d o ' , y él m e h a equivocado. Ya
V . h a visto c o m o él a d m i t e mi materia y mi forma; y verá
e n el discurso de mis C a r t a s las o t r a s cosas mías que a d m i -
te; pero t a m b i é n vea a h o r a u n e g e m p l i t o de c o m o m e las h a
e c h a d o á perder. P a r a explicar et o r i g e n de las f o r m a s , las
s u p o n e c r i a d a s desde el p r i n c i p i o , les m u d a el n o m b r e lla-
m á n d o l a s MONADES ( n o m b r e que n o me h a p a r e c i d o m u y
b o n i t o ) , las p r e t e n d e e n t e r a m e n t e i n d i v i s i b l e s , dice que m u -
c h a s j u n t a s c o m p o n d r í a n e x t e n s i ó n , y ú l t i m a m e n t e con d o c -
t r i n a , que él dice que es, y y o digo que n o es, de s a n t o T o -
m á s , c o m p a r a las a l m a s de las bestias en lo indivisible con
las de los hombres. E s t a es u n a g r a n p i c a r d í a , y bien p u d i e -
r a el citado señor haberse a h o r r a d o de meterse á p e r i p a t é t i -
c o , pues nadie lo l l a m ó p a r a ello; ó si se m e t i ó , h a b e r e x p l i -
c a d o las cosas c o m o y o las d i g e .
Yo me d a r i a por c o n t e n t o a h o r a , a m i g o don M a n u e l , si
n o me hubiese p a r e c i d o m u y c o n d u c e n t e ponerle á V . o t r o
p a r de egemplitos que se dejan á los pasados en m a n t i l l a s .
C o m o P r í n c i p e que soy de todos los escolásticos d e b o t o m a r
á m i c a r g o la defensa de t o d a s las e s c u e l a s ; y a u n q u e p e r -
445
m i t a á todos los q u e h o n r a n mi n o m b r e t e n e r allá sus c h i r -
richofas sobre si la materia tiene acto e n t i t a t i v o ó n o lo t i e n e ,
no puedo p e r m i t i r que n i n g ú n picarillo le levante á a l g u n o
de mis m a s acreditados discípulos falsos testimonios. L o s s e -
ñores eclécticos y sus precursores siguiendo ( á lo que parece)
el d i c t a m e n de W o l f i o , q u e enseña que u n a ú o t r a vez se p u e -
de m e n t i r , no h a n h a l l a d o dificultad en l e v a n t a r m u c h í s i m o s .
I r á n saliendo á su t i e m p o u n o s t r a s de otros. P o r a h o r a v a y a
este p a r de ellos que d e r r i e n g a n la m a n o .
E l señor Heinecio , ese famosísimo filósofo , ese crítico
a p l a u d i d o , t r a t a n d o d e los filósofos d e la edad inedia en sus
Elein. hist. P h i l . §. 4 0 0 . , c u e n t a e n t r e ellos á los s a n t o s T o -
m á s y B u e n a v e n t u r a , l l a m a d o s , como él d i c e , fastu schola-
stico Cherubico el u n o , y Seráfico ei o t r o , y al p á r r a f o s i -
guiente dice: Et tamen hi Doctores Angelici Cherubici, seraphi—
ci in philosophiam moralem invexerunt sacerrima ista principia
prababilismi, methodi dirigendi intentionem, reservationis metí'
talis, peccati philosophici. P a r a hacer creíble u n a c a l u m n i a t a n
a t r o z , ó p a r a decir m a s bien, p a r a h a c e r l a i n a v e r i g u a b l e , c i -
ta , no los pasages de estos s a n t o s , como d e b i e r a , sino c i n c o
ó seis o b r a s e n t e r a s , á s a b e r ; las C a r t a s Provinciales , las
N o t a s d e N i c o l e , las D e n u n c i a c i o n e s d e A r n a l d o , el T r a t a d o
del r e c t o uso de las opiniones probables de T i r s o G o n z á l e z ,
y la Historia n a t u r a l de F r a n c i s c o Buddeo. E s t e ú l t i m o dice
a l g o , que t r a í d o por los cabellos puede servir á Heinecio p o r -
que también ex Mis est, y por esto cita el lugar d o n d e p u e -
de buscarse. M a s en cuanto á los o t r o s , con quienes n o lo hizo
u n o d e estos autores que tengo c u t r e m a n o s , tuvo la p a c h o r r a
d e e x a m i n a r l o s de cabo á r a b o , y n o e n c o n t r ó m a s sino que
todos ellos i m p u g n a b a n los referidos monstruos de la m o r a l
con la d o c t r i n a d e estos dos s a n t o s D o c t o r e s . L a e r r ó H e i -
n e c i o , pudiendo haber citado después ai B e y e r l i n k , luego
los Alíñales de B a r o n i o , luego los B o l l a n d o s , y luego la o b r a
de los Salmanticenses , é imposibilitaba el descubrimiento d e
l a c a l u m n i a , pues el que se quisiese m e t e r á e x a m i n a r l o s m o -
riría en medio de la faena.
Coronemos la fiesta con A n t o n i o Genuense. E s t e en su
metafísica (part. 1. cap. 7. de su ú l t . edic.) a s e g u r a : que e n
la materia de los aristotélicos está e n c e r r a d o el espinosismo.
Ya se v é , p a r a que esta m e n t i r a n o tuviese miedo de salir
TOM. v. 49
146
s o l a , p o r q u e era doncellita acabarla d e f r a g u a r , le puso p o r
c o m p a ñ e r a o t r a m e n t i r a a l g o m a s a n c i a n a y mucho m a s a l -
c a h u e t a . E s t a f u e , que nuestra materia era universal d parte
rei. ( E s t o y persuadido á que si el Genuense hubiese leido el
Credo en los e s c o l á s t i c o s , habia de h a b e r buscado modo de
a s e g u r a r que ellos e n s e ñ a n en él el p a n t e i s m o ) . Y añade lue-
go este literato i l u s t r a d o : Est htec doctrina valde hodie f>eri-
culosa, prcesertim si cum quibusdam alus theorematis adjunga-
tur. ( E n efecto materia d parte rei, que es decir e x i s t e n t e y
al mismo t i e m p o u n i v e r s a l , con pocas mas a ñ a d i d u r a s , sirve
m u y bien p a r a el ajo de E s p i n o s a . D i e n cavilar qué otros
t e o r e m a s serian los que i n s i n u a b a este i m p o s t o r ; y me a c o r -
dé de u n a cita que vi en unos de estos libros de un tal F r a n -
cisco Buddeo ( t r a i t e de F A t h e i s m . et de la superst. §. '20.
n o t . n u m . 1. ) , que vuelta en c a s t e l l a n o dice : Esta hipótesi
( habla de la n a t u r a l e z a universal de E c o t o ) digo yo que con-
duce derechamente al espinosismo. Y luego con aquella m o d e -
r a c i ó n a f e c t a d a con que suelen h a c e r mas creíbles sus c a l u m -
nias prosigue diciendo : que los escolistas en modo ninguno con-
vienen en esta consecuencia, y que si ellos la hubiesen previsto
no hubieran aprobado tal doctrina.
A m i g o d o n M a n u e l , el t u e r t o me h a a s e g u r a d o que h a y
en esa ciudad escotistas , hombres p e r f e c t a m e n t e instruidos y
j u n t a m e n t e a c r e d i t a d o s . D í g a l e s V. de mi p a i t e que h a g a n
p o r a b a n d o n a r los trabajos en que me h a n dicho que se o c u -
p a n , y se empleen n o e n manifestar la impostura de estos s e -
ñores ( q u e ese es poco n e g o c i o ) , sino e n d e m o s t r a r que el
Genuense y otros tales como el G e n u e n s e , son los que ponen
el huevo p a r a el espinosismo, y todo g é n e r o de impiedad; p a r a
la a n a r q u í a , y todo género de d e s o r d e n : que los materiales
p a r a d e m o s t r a r l o están t a n de s o b r a , que su misma m u c h e -
d u m b r e causa c o n f u s i ó n ; que yo h a r é lo que p u e d a , a u n q u e
en las circunstancias en que me hallo puedo poco. D í g a l e s V .
aquello de V i r g i l i o de sic vos non vobis : que dejen de t r a b a -
j a r p a r a otros y trabajen p a r a s í : que el que quisiere ser d o c -
t o r , c a t e d r á t i c o ó escritor p ú b l i c o , que haga las lecciones,
saque los a r g u m e n t o s y escriba los papelotes. El que quisiere
a g a r r a r u n a buena pieza de r e n t a á título de p r e d i c a d o r , que
haga los s e r m o n e s , ó sino en el A b a d L a - T o u r los tiene he-
c h o s , y no será ¡a p r i m e r a vez que han s e r v i d o . Pues todo
Í47
lo d e m á s es criar c u e r v o s , que nos saquen los ojos. D i g a V .
lo mismo á los tomistas que c o n o z c a , m i e n t r a s y o le digo al
Genuense que p o r todo lo que él quisiere p a s a r á n los e s c o l a s -
r i c o s , por i g n o r a n t e s , p o r inciviles, p o r i n ú t i l e s , y c u a n t o
á él y á los que se le p a r e c e n se les antoje; pero esto de m a -
los cristianos ó malos vasallos no es asunto que tengo de su-
frir, v c u a n d o fuera menester hacer otro agujero como la s i m a
de C a b r a p a r a salir de d o n d e e s t o y , lo habia d e h a c e r n a d a m a s
que p a r a p r e s e n t a r m e d e l a n t e de él y de los s u y o s , y d e c i r -
íes: que es m e n t i r a , y m e n t i r a , y mil setecientas veces m e n -
tira. E s pues m e n t i r a lo d e l Universal á parte rei. L o a d -
m i t i ó P l a t ó n , y c o n t r a él han escrito todos los escolásticos,
y E s c o t o el p r i m e r o . E s v e r d a d que éste a d m i t e U n i v e r s a l
ex natura rei: p e r o n o a parte rei: términos que distan t a n t o
el uno del o t r o como la sombra de la l u z , y la v e r d a d de
los escritos del G e n u e n s e . V é a s e al citado d o c t o r ( 2 . sent. disr.
3. quecst. 1.) y se h a l l a r á que n o h a y t a l c o s a ; que e n s e ñ a
que toda n a t u r a l e z a existente es s i n g u l a r , a u n q u e ella en su
concepto objetivo ( mire V . que bien p e g a esto c o n el á par-
te rei) es indiferente p a r a ser ó c o m ú n ó singular.
Aquí tiene V . , a m i g o d o n M a n u e l , algunas muestras de
la inteligencia c o n que los m o d e r n o s ó h a n usado de mi fi-
losofía, ó la h a n i m p u g n a d o . E s t a s , como d i g o , n o son mas
que unas m u e s t r a s , pues en el discurso de n u e s t r o comercio
epistolar ( q u e á lo que y o e n t i e n d o v a u n poquillo l a r g o )
a p e n a s se ofrecerá C a r t a d o n d e n o t e n g a ocasión de p o n e r -
les muchos egemplos. Se a t u r d i r á V . c u a n d o p o r una p a r t e
los v e a , y considere por o t r a la confianza con que unos h o m -
b r e s , que en p a r t e no me vieron siquiera, y en p a r t e me v i e -
ron con los ojos c e r r a d o s , que t r a s t o r n a r o n todas las ideas
de mi filosofía , y que corrompieron la de los e s c o l á s t i c o s , se
glorian de haber triunfado de nosotros con t a n t a s e g u r i d a d ,
como p u d o S c i p i o n gloriarse de h a b e r asolado á C a r t a g o . M a s ,
amigo mió , n o es nuevo este egemplar. El famoso hidalgo
don Quijote de la M a n c h a se persuadió á que h a b i a d e s c a -
bezado al g i g a n t e usurpador del reino Micomieon , y bien
veía el v e n t e r o que á q u i e n habia d e s b a r r i g a d o e r a á uno d e
sus pellejos de vino.
T o m e V . un p o l v o , a m i g o don M a n u e l , descanse un r a t o ,
y rehágase de fuerzas que tenemos que m e t e r n o s en otro m a -
148
y o r b e r e n g e n a t . Ya V . se h a b r á hecho c a r g o de que lo cito
p a r a que e n t r e m o s por las famosas conclusiones de los dos
P a d r e s r e v e r e n d í s i m o s , y cojamos en ellas no toda la f r u -
t a m a d u r a , que p a r a eso s e r i a n necesarias seis c a r r e t a s , si-
n o unas pocas de b e r e n g e n a s de las que e s t é n mas á m a n o ,
d e j a n d o p a r a en a d e l a n t e casi toda la cosecha. Escojamos pues
a l g u n o s egemplitos que demuestren cid sensum, que ellos ui se
e n t e n d i e r o n , ni nos e n t i e n d e n ; y sirvan de m u e s t r a p a r a el.
buen uso que hacen de la filosofía los escolásticos. V e n g a
p r i m e r o el P . N . , cuyo aserto es menester i n t e r p r e t a r l o , t a n -
t o p o r los infinitos defectos de g r a m á t i c a , c u a n t o ( y esto es
lo mas ) por el e n o r m e t r a s t o r n o con que vienen los puntos,
comas y c o l o n e s ; que mas de c u a t r o veces h a n hecho titubear
á Cicerón. A g r a d é z c a m e pues el P. que ¡o p o n g o de modo
que h a b l e , y a g r a d é z c a m e también que d i s p o n g a sus c o n c l u -
siones de modo que se p u e d a n c i t a r ; pues él ni tiene folios,
n i n ú m e r o s , ni colocación o r d e n a d a , a n t e s por el c o n t r a r i o ,
es u n fárrago, informe, y mole indigesta. P a r a e n t e n d e r n o s pues,
foliaré las fojas útiles á estilo de a u t o s , porque V . no t e n -
g a que leer t o d o el t o m o , si quiere cotejar algo con lo q u e
y o diga.
E m p i e z a la vuelta del p r i m e r folio con esta proposición:
Verceptio, qu¡z idea quoque appellatur, dúplex est , formalis, et
objectiva. A q u í tenemos de un p o r r a z o un p u ñ a d o de cosas, y
o t r o de disparates. P a r a h a c e r l o s ver con t o d a la c l a r i d a d
que sufra la m a t e r i a , j u z g o p o r m u y del caso fijar la siguí—
ü c a c i o n de los cuatro términos que j u e g a n en la proposición
c i t a d a . E l n o m b r e de percepción es e q u í v o c o : á veces se t o m a
p o r la acción del e n t e n d i m i e n t o que p e r c i b e , á veces por la
m i s m a cosa percibida , ó p a r a explicarlo de o t r o m o d o , por
el concepto que resulta en el e n t e n d i m i e n t o de la acción
d e percibir. Idea e n t r e los lógicos equivale á lo que yo , y
m i escuela l l a m a m o s término , ó concepto , ó especie Inteligi-
ble , &c. L a distinción de percepción , ó concepción objetiva
y formal, la i n v e n t a r o n los escolásticos p a r a solver el a r g u -
m e n t o d e los n o m i n a l e s , que abusando de los dos s e n t i d o s ,
que he dicho tiene la voz percepción, querían p r o b a r que so-
las nuestras c o n c e p c i o n e s , esto e s , nuestras acciones de p e r -
c i b i r , e r a n universales. Distinguía pues la escuela de este m o -
d o : Concept'w objectiva, hoc est, terminas conceptionis, sivs
449
conceptas , est universalis, concedo : conceptio formalis, hoc est,
actio ana concipimus, negó. Resulta pues que la v o z de perce-
ptio puede significar dos cosas; peto si se le p o n e objectiva, s o -
lo puede significar la i d e a , y si se le p o n e formalis, no p u e -
de significar o t r a cosa que la p r i m e r a o p e r a c i ó n del e n t e n -
d i m i e n t o , á quien los m o d e r n o s llaman p e r c e p c i ó n , y n o s -
o t r o s aprehensión:, p e r o la voz idea en toda t i e r r a de lógicos
siempre se t o m a p o r el t é r m i n o .
H a y disputa sobre si la percepción se distingue de la idea:
llevan la p a r t e n e g a t i v a M a l l e b r a n c h e , y L o c k e , y la a f i r m a -
tiva casi todos los demás lógicos. E s t o supuesto, vamos á n u e s -
t r o r e v e r e n d o . C o m o b u e n ecléctico compuso su proposición
d e estas dos s e n t e n c i a s , p a r a que n i n g u n a quedase quejosa.
A g a r r ó por supuesto la sentencia de M a l l e b r a n c h e ; t o m ó p o r
atributo la de ios o t r o s : t r a j o de la escuela lo objetivo y for-
mal , é hizo u n lio que ni u n e s c r i b a n o c o h e c h a d o . D e este
m o d o no hay distinción e n t r e la percepción y la idea , y son
u n a misma cosa la acción del e n t e n d i m i e n t o que concibe , y
la cosa concebida. Perceptio, qu¿s idea quoque appellatur. De
este modo la p e r c e p c i ó n , que y a se h a d i c h o que es u n a
m i s m a cosa con la i d e a , es sin e m b a r g o distinta de ella, p o r -
que est dúplex , formalis: ve V . aquí la p e r c e p c i ó n : et obje-
ctiva, ve V . aquí la idea. D e m a n e r a que es y n o es d i s t i n t a :
es y no es de dos modos. D e este m o d o la idea ha d e s e r , y
n o ser p e r c e p c i ó n : será percepción p o r q u e l o s u p o n e : n o lo
será porque puede ser o b j e t i v a , esto es, puede quedarse sien-
d o idea sin meterse e n mas. D e este m o d o la distinción d e
formalis, y objectiva, t o m a d a de la escuela y aplicada s o l a -
m e n t e á la concepción, está e x t e n d i d a á la idea, y así n o s o -
lo habrá ideas objetivas como hasta a q u í , ( s i e n d o casi s i n ó -
n o m a s estas p a l a b r a s ) sino también ideas formales que q u i e -
r a n decir la acción de a p r e h e n d e r . Salve, feliz Eclecticismo, glo-
ria de nuestro siglo, honor de las letras, y restauración de ellas.
¡ Q u i é n si n o es tú h a sabido unir en t a n pocas p a l a b r a s t a n -
tas cosas a n t e s i n c o m p a t i b l e s ! ¿ Q u é n o deberemos e s p e r a r
de principios t a n felices, de pasos t a n bien d a d o s , y de c a -
bos tan bien unidos c o m o son los t u y o s ? ¡ A h ! que si D i o s
le da vida á este tu invicto c o r i f e o , es m u y de esperar que
se destierren de Sevilla y el m u n d o la p r e o c u p a c i ó n y el error
E s m u y de esperar que vivan en a r n i s u d m o r e n en una m i s -
?
150
m a e s t a n c i a , y c o m a n e n u n m i s m o plato las h a s t a a h o r a
e n e m i g a s contradicciones.
N o es m e n e s t e r , a m i g o d o n M a n u e l , que nos c a n s e -
mos en hojear ; le debemos al P . el favor de habernos puesto
los disparates seguíditos u n o s t r a s de o t r o s , y no como en el
aserto del P. N . que es menester buscarlos de aquí p a r a allí,
c o m o los que buscan conejos. Dice pues s e g u i d a m e n t e a las
p a l a b r a s c i t a d a s : Idearum divisio in ideam substantia, modo-
ruin , et relationum adaquata est. P. m i ó , bien pudiera su r e -
verendísima haberse explicado m a s c l a r o , pues como c o n f u n -
de a r r i b a la p e r c e p c i ó n con la idea, y luego la desconfunde,
n o sabemos e n qué sentido h a b l a . Si por idea entiende el a c -
to de p e r c i b i r , yo no sé que este acto sea substancia, modo 6
r e l a c i ó n ; y a u n c u a n d o sea algo me parece que no lo es t o d o ,
y entonces la división n o es adecuada. Si por idea entiende
s o l a m e n t e la o b j e t i v a , ¿ c ó m o hemos de componer aquello de
q u e esta es lo mismo que la percepción? ¡ V a l i e n t e a t r e v i m i e n -
to , a m i g o d o n M a n u e l , querer y o e n m e n d a r la plana al P.l
Sobre que Aristóteles se v a t o m a n d o m a s m a n o de la que le
d a n . Y o , a m i g o , me r e t r a c t o de lo d i c h o , y d i g o : que pues
el P . h a dicho que e s t a división es a d e c u a d a , adecuada e s ,
y pésele á quien le p e s a r e ; a d e c u a d a e s , y bajo de ella e s t á n
c o m p r e n d i d a s las p a r t e s t o d a s del todo dividendo. S i g a m o s
pues c o n lo que sigue el P . Necessariam judicamus idearum
divisionem in sensationem, imaginationem, &c. ¡ Z a p e ! ¿ C o n
q u e a h o r a e s t a m o s a h í ? ¿ N o a c a b a m o s de c o n v e n i r n o s e n
que a q u e l l a división e r a a d e c u a d a ? ¿ Pues c ó m o salimos con.
o t r a , y n o a h í c o m o q u i e r a , sino n e c e s a r i a ? ¿ E s posible,
P . d e mi a l m a ? ¿Si e r a a d e c u a d a a q u e l l a , c ó m o es n e c e s a -
ria e s t a ? ¿ Y si es n e c e s a r i a e s t a , c ó m o p u d o a q u e l l a ser a d e -
c u a d a ? O yo soy u n b o r r i c o , P. m i ó , lo que n o quiero c r e e r ,
ó h a y e n ese m u n d o m u c h a s cosas buenas. ¿De qué d e m o n i o s
sirve aquella r e g l a que p o n e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a al folio 2
v u e l t o : divisio ad.eqnet totum divinan, ita ut nec plura, nec
pauciora sint in divisione membra , quám in tota diviso ? ¿ Si
q u e d a b a n y e r a n n e c e s a r i o s plura membra, con qué c o n c i e n c i a
dice a n t e s que la división e r a a d e c u a d a ? ¿ Es subdivisión e s -
t a s e g u n d a ? Ya sabe v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a que n o ; pues u n a s
de sus p a r t e s c u a d r a n á todos los miembros d e la p r i m e r a ,
y o t r a s á n i n g u n o . ¿ A qué nos c a n s a m o s ? V u e s t r a r e v e r e n -
dísima t o m ó lo m e n o s m e n o s dos a u t o r e s opuestos. Pues a h í
está el p r i m o r del e c l e c t i c i s m o : fue c o p i a n d o de u n o que la
p e r c e p c i ó n e r a lo mismo que la i d e a , y d e o t r o que n o : d e
este ultimo que la idea, q u e él e n t e n d i ó s e g ú n el c o m ú n u s o ,
se dividía e n substancia , relación y modo. Puesto esto h a l l ó
v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a que el o t r o traía m a s m i e m b r o s á c o n -
secuencia de su m o d o de p e n s a r ; y dijo v u e s t r a r e v e r e n d í s i -
m a : pues v a y a t o d o j u n t o que n a d a se p i e r d e en eso. E s o d e
las c o n t r a d i c c i o n e s es u n a p a m p l i n a : lo que i m p o r t a es q u e
e n g o r d e el p a p e l o t e , q u e tiene que ir á M a d r i d á p o d e r de
unos e r u d i t o s t a n literatos c o m o y o . C u i d a d o c o n que esto
n o es m a s que p r e s u n c i ó n mia.
Salte V . , amigo d o n M a n u e l , unos pocos de r e n g l o n e s ,
p o r q u e sobre ellos tenemos el P . y y o p l e i t o e n tela de j u s -
t i c i a , y e s t o q u e estoy h a c i e n d o a h o r a es p u r a g r a c i a . B u s -
que V. aquello de las c a t e g o r í a s de P u r c h o t , que el P . c o n -
t r a p o n e a las mias y a d m i t e ( n ó sino n ó ! ) c o m o febrífugo
c o n t r a ellas. L a s de P u r c h o t son siete en m e m o r i a de los sie-
te dias de la s e m a n a c o m p r e n d i d a s e n estos v e r s i t o s : Meas,
mensura, quies, motus, positura, figura —sunt cum materia
cunctarum exordia rerum. Yo me a l e g r o m u c h o d e q u e el P .
las h a y a a d m i t i d o , pues al m e n o s e s t á n p u e s t a s en m ú s i c a ,
y esto huele á m a t e m á t i c a s . Sin e m b a r g o quisiera que me s a -
case de u n a d u d a que con este m o t i v o me h a o c u r r i d o . ¿ N o
son las c a t e g o r í a s las diversas clases d o n d e se c o l o c a n las d i -
versas especies de ideas? C o n que t a n t a s deben ser las c l a -
ses , c u a n t o s los miembros en que se d i v i d e n las ideas. E s t á
m u y b i e n : y vuelvo á p r e g u n t a r al P . , ¿ C ó m o se c o m p o n e
p a r a c o n solas tres especies de i d e a s , q u e d i v i d e n á la idea
e n c o m ú n a d e c u a d a m e n t e , l l e n a r siete c a t e g o r í a s ? Yo n o veo
mas a r b i t r i o que ó p a g a r de v a c í o c u a t r o j ó h a c e r p e d a z o s
a l g u n a de las t r e s .
Bien sé yo que el P. , c u a n d o d e s p u é s d e la c i t a d a d i v i -
sión adecuada pone la n e c e s a r i a , a u m e n t a nuevos m i e m b r o s ,
á s a b e r : la sensación, la .imaginación , la intelección, y luego
de>pues las universales, particulares y singulares: p e r o t a m b i é n
veo que las tres p r i m e r a s no pueden ajustarse ahí c o m o q u i e -
r a en las siete c a t e g o r í a s de P u r c h o t : y a u n q u e intellectio
p u e d a e n t r a r de v e c i n a con mens, ¿ á d ó n d e hemos de m e -
t e r á imaginatio y sensatio 2
¿ C o n las medidas, con las pos-
Í52
turas, ó c o a quién ? L a s t r e s ú l t i m a s , á s a b e r : universal,
particular y singular , c a b e n c o n todas c o m o es c o n s t a n t e ; y
y o todo es e c h a r la c u e n t a y n u n c a me sale, pues saco o c i n -
c o ó n u e v e ; ó c u a n d o n o , o c h o diferencias de ideas, y s o l a -
m e n t e siete c a t e g o r í a s . M e d i r á el P . , y con r a z ó n , yo n o
a p r u e b o esas c a t e g o r í a s sino e n c u a n t o son c o n t r a V". señor
A r i s t ó t e l e s ; pues e n c u a n t o á m í estoy t a n indiferente sobre
el p u n t o , q u e c o m o V . v e , dos l í n e a s m a s abajo las reduzco
á d o s ; nempe substantiam et modum. P . m i ó , ¿sabe V . lo que
h a d i c h o ? ¿ N o son t r e s las divisiones de i d e a s , substancia,
modo y relación ? ¿ N o es esta división a d e c u a d a ? ¿ Pues c o n
q u é c o n c i e n c i a p o n i e n d o V . u n a c a t e g o r í a á la substancia, o t r a
al modo, deja á la p o b r e c i t a de relación á la i n c l e m e n c i a ?
T e n g a p i e d a d de e l l a , m i r e que las noches son m u y frías,
m u y crudos los t e m p o r a l e s , m u y n o c i v a la e s t a c i ó n . E n una
p a l a b r a ; si v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a n o le d a p o s a d a e n sus dos
c a t e g o r í a s , se la d a r é y o e n u n a d e mis diez.
¿ Q u é t a l , a m i g o d o n M a n u e l ? ¿ H a visto V". en t o d a su
vida h o m b r e que m a s pelee consigo mismo en solo el e s p a -
cio de u n a c a r i l l a ? P o r esta m u e s t r a p u e d e V". .formar idea
d e qué t a l será lo r e s t a n t e del p a ñ o . Sin e m b a r g o el P . N .
es e c l é c t i c o , r e c o n o c i d o p o r t a l p o r los p e r i t o s de Sevilla,
que le c o n s u l t a n c o m o á o r á c u l o , lo c e l e b r a n c o m o á tínico,
y h a c e n p a s a r su fama á las d e s m e m o r i a d a s m e m o r i a s de unos
e r u d i t o s b r a v i o s , que todos los meses t i e n e n ( á s e m e j a n z a
d e las m u g e r e s ) su e v a c u a c i ó n de l i t e r a t u r a . E n e f e c t o , no
se le p u e d e n e g a r este n o m b r e , pues él lo d e s e m p e ñ a a l t a -
m e n t e , y e n solo los pasajes que llevo c i t a d o s , h a h e c h o uso
d e casi todos los sistemas d e filosofía, sin excluir el e s c o l á s -
tico. N o p u e d o a s e g u r a r o t r o t a n t o del P . N . Yo n o sé p o r
que c a p í t u l o quiera ser e c l é c t i c o ; pues ni lo es ni lo p u e d e
s e r , el que se ciñe á solo un a u t o r . Sus conclusiones casi t o d a s
e s t á n t o m a d a s del A l t í e r i ; con que mas bien será a l t i e r i s t a
que eclecticísta. M e d i r á el P . que Altieri es e c l é c t i c o , y así
su reverendísima que lo copia también lo será. A esto t e n g o
c i e r t a s cosillas que decir en a d e l a n t e : por a h o r a diré q u e lle-
v a r a z ó n , p e r o t a m b i é n le d a r é las quejas de que del Altieri
n o sacó aquellas proposiciones en que pudiéramos e n t r e t e n e r -
nos a l g o ; n o supo escoger m a s que las verdades d e P e d r o
G r u l l o , y d o n d e pudiera haber r a z ó n de d u d a r , se remitió
Í53
á ia palestra con la nueva invención de interroganti apenen-
das. M a s no p o r esto se desconsuele V . , a m i g o d o n M a n u e l ,
no nos f a l t a r a n berengenas p a r a poner uu p u e h e r i í o , a u n q u e
n o h a y a p a r a hacer u n a boronía como la del P . N . E m p e c e -
mos pues á buscarlas.
E n la concl. 2-r. pág. 2. dice el P . N . : mentís operatio-
nes plurima adsignantur á philosophis: pr<scipu<s, et veluti
coeterarum capita sunt perceptio, judicium , et discursus. A q u í
tenemos divididas las operaciones del e n t e n d i m i e n t o e n tres
diferentes o p e r a c i o n e s que son como las principales. Sea e n
h o r a b u e n a . P a d r e m i ó , ¿ y esta división está b u e n a ? ¿ P u e s
n o h a de e s t a r l o ? ¿quién p r e g u n t a eso? Yo m e a l e g r o de que
lo e s t é , y pues lo e s t á , g u a r d a r á la segunda regla que v u e s -
t r a reverendísima pone en su concí. 4 6 . p á g . 3 . que está c o n -
cebida en estos t é r m i n o s : pars ana aliam non comprehendat.
¿ N o es v e r d a d ? preciso. E s t á m u y b i e n : pues salga a h o r a
la concl. 4 0 . que está p á g . 3 . y d i c e : judicium est perceptio
relationis , aune ínter duas, pluresve ideas intercedit. ¿ Q u é es
e s t o , P . m i ó ? ¿ E l juicio es p e r c e p c i ó n ? L u e g o el juicio está
c o m p r e n d i d o bajo la p e r c e p c i ó n . L u e g o ó e s t á n m a l divididas
las o p e r a c i o n e s del e n t e n d i m i e n t o e n la c o n c l . 2 4 . in perce-
ptionem, judicium, fcrc. ó e s t á n m a l señaladas ¡as r e g l a s de la
división e n la 4 6 . pars una i5"c. ó ( lo que es m a s c i e r t o ) e s -
tá p é s i m a m e n t e definido el juicio en la 4 0 . c u a n d o se l l a m a
perceptio. V u e s t r a r e v e r e n d í s i m a escoja de estas t r e s c o n s e -
cuencias la que le a c o m o d e m e j o r , pues á mí me b a s t a con
saber, que todas t r e s conclusiones n o p u e d e n subsistir c o m o
e s t á n , y que m u t u a m e n t e se d e s t r u y e n . Y p o r q u e m e b a s t a
esto n o le hago c u a t r o reílexioncitas p r i m o r o s a s sobre Ja c i -
t a d a definición del juicio.
¿ Q u i é n , P . mió, r e n t ó á v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a p a r a q u e
h a b l a n d o d e inteíiectu ratiocinante, perdiese d e vista al Al—
tieri? P e r o ¿ q u i é n habia de s e r ? El mismo A l t i e r i , que h a -
biendo p r o m e t i d o escribir u n a filosofía ecléctica e n el t r a t a -
do c i t a d o , n o se a c o r d ó de mas que de e n c a j a r las r e g l a s
de los escolásticos p a r a la f o r m a c i ó n de ios silogismos: y c o -
mo vuestra r e v e r e n d í s i m a veia que esto e r a p e r d e r t i e m p o ,
y una buena ocasión de decirnos u n a cosita p r i m o r o s a , no
quiso que la tal ocasión p a s a s e , sino que envió á p e d i r p r e s -
t a d o al P . N . el librito d e d o n d e él sacó p a r a su a s e r t o v a -
TOM. v. 20
154
rías pullas c o n t r a n o s o t r o s . E ! citado Р . , que p a r a s e m e j a n
tes cosas s i e m p r e está d i s p u e s t o , p a r e c e que hubo de e n v i a r
lo: pues si se cotejan las conclusiones de vuestra r e v e r e n d í s i
m a en esta m a t e r i a c o n las s u y a s , se v e r á que solecismo m a s
o m e n o s , a m b a s d i c e n u n a misma cosa.
E n e f e c t o , vuestra r e v e r e n d í s i m a en su c o n c l . 52. des
p r e c i a c o m o inútiles las m u c h a s reglas q u e t r a e n los e s c o
lásticos p a r a los silogismos: e n la 5 3. desecha á los modos
s o l o s , ó los modos y las figuras , pues ella h a c e á dos h a
ces; y e n la 54. nos dice estas palabritas llenas de sal y g r a
c e j o : Ars sillogistica veluti divinum inventum ad veritatem in~
veniendam, et commodissimum instrumentum, ut veritas inven
ta alus manifestetur , communiter pradicatur. Verum kona pace
eorum, qui ila opinantur , eos utroque pollice subscribo , qui ar
tem silíogisticam, пес ad inveniendum verum factam, пес ad
inventa demonstrationem satis commodam jure, meritoque pro
nuntiant. E n c u a n t o á aquello de a h o r r a r de las reglas d e
los e s c o l á s t i c o s , pienso que está m u y bien h e c h o , y vuestra
r e v e r e n d í s i m a h a h e c h o lo q u e d e b i a , pues c a r g a n d o en otras
m a t e r i a s de reglas inútiles , era m e n e s t e r que en esta a h o r
r a s e a l g u n a s de las n e c e s a r i a s . M a s en c u a n t o á lo u l t i m o ,
P . m i ó , debo p r e v e n i r l e ; q u e o t r a vez que se le ofrezca t o
c a r e n el p u n t o , n o subscriba s o l a m e n t e con los dos dedos
p u l g a r e s , pues se e x p o n e á que los índices , lo.; meñiques y
todos los o t r o s e s c r i b a n lo c o n t r a r i o ( c o m o h a n h e c h o a h o
r a ) y p e l e e n dedos con d e d o s , que es u n a cosa pocas veces
vista, ó s i n o , d í g a m e v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a , ¿ l a concl. 2 1 .
n o dice que la lógica es A r t e ? ¿ Q u e su oficio es d a r p r e c e p
tos al e n t e n d i m i e n t o p a r a que a y u d a d o de ellos llegue al c o
n o c i m i e n t o de la v e r d a d ? ¿ N o e g e c u t a esto la l ó g i c a , s e
g ú n la c o n c l . 2 3 . d a n d o regias p a r a c o r r e g i r lo* e r r o r e s de
las o p e r a c i o n e s del e n t e n d i m i e n t o ? ¿No reconoce la concl. 2 4 .
p o r una ele estas o p e r a c i o n e s al discurso o a r g u m e n t a c i ó n?
(
¿ S e g ú n la 0 . t o d a a r g u m e n t a c i ó n no puede reducirse al s i
l o g i s m o ? ¿ E n la 5 1 . n o se previene u n p r e c e p t o p a r a que
el silogismo s a l g a bien h e c h o ? ¿Y este p r e c e p t o no se Паша
en la 5 3. regla g e n e r a l?
C o n que t e n e m o s , P. m i ó , s e g ú n la d o c t r i n a de vuestra
r e v e r e n d í s i m a , que d o n d e q u i e r a q u e se bailen d a d a s r e g i a s
Vara la i i e e e e i o a de a l g u n a de las o p e r a c i o n e s del e n t e n d í
155
m i e n t o , allí está el a r t e q u e se l l a m a l ó g i c a : t e n e m o s que el
silogismo, q u e es u n a o p e r a c i ó n del e n t e n d i m i e n t o , n e c e s i -
ta de a l g u n a regla p a r a h a c e r s e bien. T e n e m o s de c o n s i g u i e n -
te arte p o r la p r i m e r a proposición , y de silogismos p o r la
segunda. \ P. m i ó , y el a r t e de h a c e r silogismos se p o d r á
l l a m a r arte s i l o g í s t i c a ? P i e n s o que n o h a b r á m u c h a d i f i c u l -
t a d en responder q u e sí. T i e n e pues v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a
a p r o b a d a el a r t e s i l o g í s t i c a , antes de e s t a m p a r la concl. 5+.
y en esta c o n su jure, meritoque la r e p u t a por inútil. ¿ Q u é
se dice á e s t o ? C l a r o está. L a ú l t i m a conclusión se escribió
«troque pollice, p e r o las a n t e r i o r e s c o n los o t r o s dedos. L a s
a n t e r i o r e s se t o m a r o n de Altieri j esta o t r a de qué sé y o quien.
V a y a , P . mió, que n o es v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a t a n m a l e c l é c -
tico como yo p e n s a b a .
Sin salir de esta p á g i n a d o n d e e s t a m o s , ni de la m a t e r i a
que hemos t o c a d o , e c h a r e m o s á p l a z a pública o t r a contra—
dicioncilla, y con ella me d a r é p o r a h o r a p o r c o n t e n t o , pues
la C a r t a v a saliendo l a r g a . D e s p u é s q u e v u e s t r a r e v e r e n d í -
sima e n su p a r á g r a f o de methodo h a d a d o c o n su a c o s t u m -
b r a d a erudición las reglas p a r a descubrir la v e r d a d , y a p o r
la conciencia , y a p o r la e x p e r i e n c i a , p a s a á d a r e n la
concl. 6 1 . las reglas de que debemos v a l e m o s , si res extra
nos posita sensibus minims subjiciantur. D i c e que ad veritatem
inveniendam utemur mentís ratiocinio , in quo ha regula ser-
vando sunt ; y á c o n s e c u e n c i a i n s e r t a c i n c o r e g l a s r e a l m e n -
te distintas. P r e g u n t o , P . m i ó , ¿este raciocinio del e n t e n d i -
m i e n t o n o es lo mismo que lo que a n t e s q u e d a l l a m a d o dis-
curso , raciocinación y argumentación? ¿ Y esta tal a r g u m e n -
t a c i ó n no es la que según la c o n c l . 5 0 . se puede c o m p r e n -
d e r bajo la idea de silogismo? ¿Y p a r a este tal silogismo, se-
gún la concl. 5 2. , n o h a y b a s t a n t e hac única, facillima, ct
generali regula, que se h a puesto e n la 5 / . , quin opas sil tot
peripateticorum difficiles regulas memoria mandare ? Pues ¿ c ó -
mo a h o r a no h a y b a s t a n t e con aquella única, y facillima r e -
g l a , sino que son m e n e s t e r cinco s e p a r a d a s u n a s de o t r a s coii
sus números arábigos? Sin d u d a , P. m i ó , que si la a r g u m e n -
tación se l l a m a silogismo , necesita de m e n o s r e g l a s que c u a n -
d o se llama raciocinio. C u a n d o vuestra r e v e r e n d í s i m a copió
ai Alíieri en la concl. 6 1 . debia haberse a c o r d a d o , que este
a u t o r admitía muchas reglas p a r a los s i l o g i s m o s ; que a h o r a
156
n o h a c í a o t r a cosa que r e p e t i r bajo o t r o aspecto la d o c t r i n a
q u e antes habia d a d o ; y que t o d a esta d o c t r i n a e r a o p u e s t a
d i a m e t r a l r n e n t e á la de las conclusiones 5 1 , 5.2, 5 3 y 5 4 ,
q u e fue v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a á buscar qué sé y o d o n d e .
P o r a ñ a d i d u r a , P . mió, v a y a o t r a p r e g u n t i i l a . ¿ L a s d e -
m o s t r a c i o n e s se c o m p r e n d e n bajo de la a r g u m e n t a c i ó n ?
Confiesa v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a que sí, y si n o lo confiesa e s -
p e r o á vuelta d e c o r r e o l a causa de p o r qué no. ¿ L a a r g u -
m e n t a c i ó n n o hemos dicho y a mil veces que toda se reduce
a l s i l o g i s m o ? V u e l v o á citar p a r a esto la c o n c i . 50. ¿ E l si-
logismo se h a c e p o r r e g l a s ó n o ? V u e s t r a r e v e r e n d í s i m a s e -
ñ a l a e n la 5 1 . la r e g l a c o n que quiere se h a g a todo s i l o -
gismo. L u e g o t a m b i é n se h a r á c o n r e g l a el silogismo d e m o s -
t r a t i v o , ó si v u e s t r a r e v e r e n d í s i m a q u i e r e , m a s bien la d e -
m o s t r a c i ó n . P r e g u n t o : ¿ y las reglas de h a c e r silogismos n o
son lo mismo que el a r t e de hacerlos ? ¿ Y el arte de h a c e r -
los n o es p o r o t r o n o m b r e el a r t e silogística? ¿Pues c ó m o
la citada c o n c l . 5 4 . dice de este a r t e , que ni es n a c i d o p a r a
e n c o n t r a r la v e r d a d , ni c ó m o d o p a r a m a n i f e s t a r l a después
d e e n c o n t r a d a ? ¿ E s acaso p o r q u e la v e r d a d n o se puede
h a l l a r s e g u r a m e n t e p o r medio de la d e m o s t r a c i ó n ? ¿ Ó p o r
que puede haber d e m o s t r a c i ó n , en cuyas premisas n o se c o n -
t e n g a y se manifieste c o n t e n e r la conclusión, que es la r e g l a
de la 5 í . ? Si es esto último p o d r á h a b e r d e m o s t r a c i ó n , sin
que lo s e a : si lo p r i m e r o , las conclusiones 5 1 . , 52.y 5 3. e s -
t a n m u t u a m e n t e empujándose del p a p e l . B a s t e , P . mío,
por ahora.
¿ H a visto V . , amigo d o n M a n u e l , e n estos pocos e g e m -
plitos el buen, uso que h a n hecho los muchos filósofos que
h e c i t a d o , t a n t o de mi filosofía c u a n t o de la s u y a ? ¿Ha visto
V . c o m o s i e m p r e m e e n t i e n d e n a l r e v é s ? ¿ H a visto en los
dos P a d r e s , que el ser ecléctico consiste en a m o n t o n a r p r o -
posiciones r e p u g n a n t e s ? Sus.contradicciones son tan manifies-
t a s , que no d e j a n r a z ó n p a r a d u d a r l o . Pues v e a V . de c o n -
siguiente el juicio q u e debe f o r m a r s e de estos h o m b r e s todos
p r e c i a d o s de e r u d i t o s , y m u y llenos d e que hacen uso de to-
d a s las filosofías. H a c e r un uso c o m o el que V. ha visto , es
t a n f á c i l , que e n el m u n d o n o h a y cosa que mas felizmente
se h a g a ; y conozco yo m u c h o s locos que p u e d e n e c h a r la
p i e r n a , á. los eclécticos e n esto de a m o n t o n a r d i s p a r a t e s . Yo,
4 57
que t e n g o la f o r t u n a de n o ser ni lo u n o n i lo o t r o , voy á
hacérselo á V . sensible e n el c a p í t u l o t e r c e r o .
M a s a n t e s de e m p e z a r l o , amigo don M a n u e l , ó i g a m e V .
u n cuento. E s t a b a u n s a i v a g e sacudiendo l i n d a m e n t e el p o l -
vo á su m u g e r c o n u n g a r r o t e ,. c o m o el q u e e r a m e n e s t e r
p a r a c o n v e n c e r á a l g u n o s : d e s c a r g a b a los m a s d e los golpes
hacia la cabeza ( t a l vez t e n d r í a la m u g e r e n ella la e n f e r -
m e d a d , p o r q u e e*to de- e n f e r m a r dé- la c a b e z a se va h a c i e n -
do m o d a ) : la p o b r e que sentía e n ella m u c h o m a s los p a -
litrocazos y a d v e r t í a el m a y o r p e l i g r o , suplicó al b á r b a r o
(cuidado que n o e r a escolástico)'de su m a r i d o m u d a s e de d i -
rección , y d e s c a r g a s e e n o t r a p a r t e los golpes. N o t e n g a s
c u i d a d o , dijo é l , acabemos aquí que todo se a n d a r á . T o d o . s e
a n d a r á , amigo don M a n u e l . — Aristóteles.
Estamos á i9 del mes de los g a t o s , commerch"nostri au-
no secundo.
P. D . E l s u p l e m e n t o de esta C a r t a se h a l l a r á , c o m o t o -
das las o t r a s , en la librería de P i l l a d o , calle de la C o m p a -
ñ í a : su precio cinco c u a r t o s : p o d r á ir p o r el c o r r e o .
458
CARTA XL
J l T L m i g o y s e ñ o r : V". h a b r á e x t r a ñ a d o , y c o n r a z ó n , el des-
usado final de mi ú l t i m a C a r t a . M a s , a m i g o mió, n o estuvo
e n mi m a n o o t r a cosa. E l t u e r t o a m a n u e n s e se p i c ó c o n m i -
g o desde el principio, p o r aquello que dige de que se le s a l -
tase el o t r o ojo. A fuerza de persuasiones p u d e c o n v e n c e r l o
á que c o n t i n u a s e : volvióse á r e s a b i a r , c u a n d o vio el modo con
q u e le i n t e r p r e t a b a n su i n t e n c i ó n e n la consulta , y fue n e -
c e s a r i o a p l i c a r l e nuevos p a ñ o s calientes. D e s p u é s , como la
m a t e r i a e n que t o q u é es i n a g o t a b l e ; p o r m u c h o que quise
c o n t r a e r m e , n o dejé de ser demasiado d i f u s o , ni de d a r l e
m o t i v o á que t r e s veces me a m o n e s t a s e de que y a la C a r t a
iba c a m i n a n d o á c a r t a p a c i o . Y o , que t e n i a h e c h o firme p r o -
p ó s i t o de e n c e r r a r e n ella t o d a s las e s p e c i e s , que t a n t a s ve-
ces había i n s i n u a d o ; a u n q u e vi que t e n i a r a z ó n ; a u n q u e noté
q u e y a de t a n t o escribir le salían l a g a ñ a s e n el ojo s a n o , m e
d e s e n t e n d í c o n la m i r a de a b r e v i a r e n c u a n t o me fuese p o -
sible e n el t e r c e r c a p í t u l o . M a s a p e n a s él vio que lo p r o p o -
n í a p a r a e m p e z a r á h a b l a r , e s c a r m e n t a n d o de lo m u c h o que
m e había e x t e n d i d o e n los o t r o s , y h a r t o de m e n e a r ios d e -
dos t i r ó l o s t í t e r e s de escribir, y en dos brincos se p u s o ( c o -
m o p o r allá se dice ) e n lo del R e y . P o r mas que le insté
n o hubo f o r m a de que volviese siquiera á p o n e r dos r e n g l o -
n e s , t a n t o que fue n e c e s a r i o v a l e r m e del p i m p o r r e r o ( q u e es
quien e m p i e z a á escribir e s t a , p o r q u e el tuerto n o se me es-
<• u n e ) , p a r a que escribiese las ú l t i m a s p a l a b r a s . D e estos
a p u r o s , a m i g o m i ó , p a s o m u c h í s i m o s : y c r é a m e V . que se
le debe t e n e r lástima á u n h o m b r e que d e p e n d e del favor de
o t r o ; , v es m e n e s t e r que de p o r fuerza se a c o m o d e c o a lo
que ellos quieran.
Sin e m b a r g o este a c c i d e n t e , al p a r e c e r a d v e r s o , h a d a -
do motivo á que p u e d a y o lisonjearme de p a s a r de n u e v o e n
el m u n d o p o r uno de los hombres mas b e n e m é r i t o s del g é n e -
ro h u m a n o . El deseo d e n o faltar á mi p a l a b r a de e n c e r r a r
e n u n a sola C a r t a los dos c a p í t u l o s p o r u n a p a r t e , y la i m -
posibilidad de e g e c u t a r l o así p o r la o t r a , de tal m a n e r a a p r e -
t a r o n mi e n t e n d i m i e n t o , y en t a l suerte lo e x p r i m i e r o n , que
vino á p a r i r ú l t i m a m e n t e u n a i n v e n c i ó n c a p a z d e h a c e r m e
famoso e n el ilustrado siglo X V I I I . E s t a fue p o n e r suplemen-
to á las C a r t a s , cosa j a m a s vista ni o i d a , al menos que y o
sepa , cosa d i g n a de la a d m i r a c i ó n de las g e n t e s de m o d a ,
y cosa cual se p o d r í a e s p e r a r de un e n t e n d i m i e n t o corno el
mió. A h o r a si que soy un g r a n d e h o m b r e , u n filósofo c o n -
s u m a d o , un v a r ó n e r u d i t o , un qué sé y o qué. A h o r a sí
cae p o d r e h o m b r e a r m e con los famosos i n v e n t o r e s que e n
tan g r a n d e n u m e r o lia p r o d u c i d o la F r a n c i a , y p o r b u e n a
n¡cha de V V . e m p i e z a á p r o d u c i r la E s p a ñ a . A h o r a sí que la
m v e n c i o n de s u p l e m e n t o de C a r t a s , ó de C a r t a s con s u p l e -
m e n t o , será p u e s t a al lado de la m a q u i n a f u m i g a t o r i a , b r a -
gueros de P a r í s , y o t r o s tales d e s c u b r i m i e n t o s t a n útiles c o -
mo necesarios. Suplico á V . , a m i g o d o n M a n u e l , con la m a s
v e h e m e n t e t e r n u r a , que así que llegue la felice h o r a , que
este descubrimiento mío se a n u n c i e en las publicas g a c e t a s ,
me h a g a la limosna de e n v i a r m e c o n A v e r r o e s la hoja en
que v e n g a e s c r i t o , y e n c a r g ú e l e V . que no me la m a n c h e .
¡ Q u é regocijo t a n g r a n d e ocupa mi c o r a z ó n solo cíe p e n s a r -
l o ! ¡ Q u é será ver á Aristóteles metido e n d o c e n a con t a n t a
g e n t e h o n r a d a ! ¡Qué será ver a l g ú n d i a r i o de P a r í s , que
e n e a g e o í a s ó s e m e j a n t e s p a l a b r a s 1 La republique des leí-
tres a eté eurichie ees jours avec decouverte le plus merveie-
Ikux , et brilhmt; Mr. fllstoglrite a inventé finir les lettres
mis si va, saris cependanl les finir: c\st par le suplen^nt nom-
ine hphláairc. Voilá un sur¡n euant recours pour ptolonger les
lettres pusqu'd tome i'eteraité. A m i g o m i ó , esto será u n
p r o d i g i o , y m i e n t r a s ¡lega ó n o la h o r a de que lo veamos-,
d e g é m o s l o ; pues :.i d o y c u ello, el gusto me h a de v o l v e r loco.
P a r a e m p e z a r pues n u e s t r o s u p l e m e n t o en el m i m o c a -
pitulo en qae luc i n t e r r u m p i d a la C a r t a , v o y á d a r á V. u n a
i ta
p r u e b a la mas auténtica cíe que soy h o m b r e d e s a p a s i o n a d o ,
y de que n i n g u n a preocupación es c a p a z de c e r r a r m e ios ojos
h a s t a ral p u n t o que deje de conocer la verdad. D i g e con el
calor de la d i s p u t a , que ¡a filosofía, que hace las delicias de
los señores eclécticos , no es capaz j a m a s de formar un v e r -
d a d e r o filósofo, y p a r a decirlo a s í , n o me faltaron algunas
a u n q u e fútiles r a z o n e s . P e n s a b a yo que no podia haber filo-
sofía donde n o hubiese p r i n c i p i o s : y como veía que el e c l e c -
ticismo n i n g u n o s fijaba y todos los a d m i t í a , a u n q u e fuesen
t a n r e p u g n a n t e s e n t r e sí como los círculos y c u a d r o s ; j u z g a -
ba de consiguiente que el eclecticismo había de ser un m o n -
t ó n de opiniones que m u t u a m e n t e se desbaratasen. P e n s a b a
que p a r a ser filósofos e r a n necesarias las mas serias y p r o f u n -
das meditaciones de las cosas h u m a n a s y divinas, c o m p r e n d i -
d a s en el v a s t o dominio de la sabiduría; y como conocía que
los libros filosóficos que son de m o d a , no a b u n d a n en o t r a
cosa que en especulaciones m a t e m á t i c a s , en relaciones ó f a l -
sas ó inverosímiles , en hipótesis t e m e r a r i a m e n t e a d m i t i d a s ,
y o t r a s cosas á estas s e m e j a n t e s : concluía de aquí y de la
facilidad con que veía copiarse unos á otros m u c h í s i m o s fi-
lósofos, que d i s t a b a n m u c h o de llegar á serlo. M i r a b a la lógi-
ca , y esta me r e p r e s e n t a b a mis preceptos ó dislocados ó t e -
nidos por inútiles , al p a s o que e n los libros de los filósofos
d e m o d a veia crecer á g r a n d e s volúmenes las reglas de la c r i -
tica , que en t o d a su e x t e n s i ó n son inútiles p a r a muchísimos
que n u n c a h a n de t e n e r que d e s e n t e r r a r los códigos antiguos
ó superfinos p a r a aquellos que son capaces de hacerlos , y
en quienes la misma luz n a t u r a l y el buen juicio suple sobra-
d a m e n t e p o r las m e n u d e n c i a s de las reglas. V e i a en ella nue-
vas y e x t r a ñ a s o p i n i o n e s , que lejos de e n m e n d a r las c u e s t i o -
nes frivolas h a c í a n crecer su n ú m e r o p r o d i g i o s a m e n t e .
M i r a b a l a física: ¡ y qué caos tan confuso no p r e s e n t a -
b a ella á mis ojos! Veia reformadas las sepultadas o p i n i o n e s
que los antiguos c o m b a t i m o s , sin que se hubiesen desecho ni
a u n t o m a d o e n boca las poderosas razones con que lo e g e -
c u t a m o s . V e i a á las a n t i g u a s locuras añadidos nuevos dispa-
r a t e s , puestas e n desorden las ideas mas a r r e g l a d a s , y d e s -
preciadas las mas sencillas y comunes. Volvia los ojos á la n a -
turaleza, y cuando las i n n u m e r a b l e s observaciones, que se di-
cen hechas en e l l a , e m p e z a b a n á d a r m e e s p e r a n z a s de que
fóí
serían revelados algunos de sus misterios, rae hallé con que
se habían obscurecido mas. V i pelear e x p e r i m e n t o con expe
r i m e n t o , observación con o b s e r v a c i ó n , libro con libro, a u t o r
con a u t o r , y mil veces filósofos consigo m i s m o s : d e d o n d e
infería que p a r a a v e r i g u a r la verdad en estos casos de hecho,
cuales son las o b s e r v a c i o n e s , era necesario mas trabajo que
p a r a e n r a b i a r de nuevo las mismas observaciones h e c h a s p o r
t a n t í s i m o s , y r e f e r i d a s , n o como se d e b í a , sino como i n s p i
raba ó la i g n o r a n c i a , ó la m a l a fé, ó la ligereza, ó la p r e o
cupación.
Pues ¿qué diré de la metafísica . ¿ Q u é de la moral . ¿ H a
1 2
Historia de la Filosofía.
E s t a puede V . sacarla de B r u k e r o , de H e i n e c i o , ó de
cualquiera o t r o de los muchos que la h a n e s c r i t o : y si q u i e -
re a h o r r a r s e a l g ú n t r a b a j o , tome cualquiera de los cursos de
íilo.ofia que la t r a e n , c ó p i e l a ; y p a r a a ñ a d i r l e a l g u n a cosa
que de g o l p e , puede d e c i r : que los españoles fueron siempre
a m a n t í s i m o s de la s a b i d u r í a , e s p e c i a l m e n t e A d á n y N o é . Si
le replican á V . que A d á n y N o é n o fueron e s p a ñ o l e s , sino
p a d r e s de todos ios h o m b r e s e s p a ñ o l e s , p e r s a s , c h i n o s , a m e -
ricanos &c , diga V . que los cuenta por españoles con la m i s -
m a facultad que H e i n e c i o los c u e n t a por hebreos. Hist. filos.
§. i 4 . Sapientiai studiosissimafuitgens hebrea, inque ea Ada-
mas , Noachus &c. por el cual capitulo pueden c o n t a r l o s p o r
suyos ios polacos, los f r a n c e s e s , y cualquiera nación a quien
se le antoje. E n llegando á ios tiempos posteriores puede V .
d e c i r : que de P i a r o n n o se tuvo noticia en el O c c i d e n t e h a s t a
que F i c i n o lo tradujo al ¡atin. Si le c i t a r e n á V. pasages de
san A g u s t í n que d e m u e s t r e n lo c o n t r a r í o , cite en c o n t r a a l
mismo F i c i n o , que lo dice en el p r o e m i o de su versión, y al
m e n o s q u e d a r á n V V . t a n t o s á t a n t o s . E n llegando á mí pue-
de V. y debe decir ( s o b r e que le e n c a r g o e s t r e c h a m e n t e la
conciencia ): Aristotelem diro casu fuisse intruductum in selló-
las christianorum incurrentibus Wandalis, Gothis , í?c. P o d r á
ser que Eusebio y san Agustín d i g a n lo c o n t r a r i o , pero á té
mia que puede V . c i t a r por a u t o r al famoso T o m a s C a m p a -
nela , con quien n a d i e se las ha de c a m p a n e a r . B u s q u e l o en
su t r a t a d o de gentilismo non retinendo fq. i. ads. 3.): y luego,
que le e c h e n á V . en c o n t r a Ensebios por a l m u d e s , ó san
Agustines por fanegas. N o t e n g o que p r e v e n i r e n o r d e n a los
Í63
escolásticos: cualquiera ecléctico surtirá á V . a b u n d a n t e m e n -
te de especies relativas á e l l o s , con q re p u e d a e n r i q u e c e r su
historia. Pasemos á la
Lógica.
E n o r d e n á ella le p r e v e n g o á V . t e n g a p r e s e n t e que el
i n c o m p a r a b l e G a s e a d o (¡ib. 2. exerc. i.adv. Arist.) la reputa
por inútil. Si V . pues quiere s e g u i r l o , se a h o r r a de e n t r e t e -
nerse e n m u c h a s frioleras. P e r o si no q u i e r e ; p i d i e n d o p r i -
m e r o la d e b i d a licencia á este eruditísimo v a r ó n , p a s e á
tratar
De intellcctu percipíente.
Ve intclleclu judicante.
De intellectu raliocinanle.
T o d o el b a t i b o r r i l l o de r e g l a s que se d a n a q u í , n o tie-
n e n o t r o objeto que la d e m o s t r a c i ó n y el s i l o g i s m o : mas este
y a q u é l l a deben dejarse á las artes p o p u l a r e s según el d i c t a -
m e n de V e r u l a m i o in distrib. novi organi p.ig. quamvis re-
linquamus sillogismo, et hujusmodi demonstrationibus famosis
jurisdictionem in artes populares. Asi pues h a r á V . un g r a n
servicio á la r e p ú b l i c a , si abre e n su casa u n a a c a d e m i a don-
de los z a p a t e r o s , p a s t e l e r o s y s a s t r e s , a p r e n d a n á silogizar
y d e m o s t r a r : y s e g ú n el consejo de V e r u l a m i o use de la i n -
ducción p a r a toda casta de proposiciones.
Mas c o m o la inducción es tan e n g o r r o s a si se han de e n u -
m e r a r suficientemente ¡os p a r t i c u l a r e s , N e w t o n ensena á V.
u n m o d o facilísimo de h a c e r l a e n su regla t e r c e í a de filosofar.
Qualitates corpor um, quee intendi , et remitti nequeunt, queeqm
corporibus ómnibus competunt, in quibus experimenta instituere
licet, pro qualitatibus corporum universorum habendee s-unt. C o n
que en a v e r i g u a n d o V. que cinco ó seis borricos que h a visto
son m o h í n o s , debe n e g a r á pie j u n t i l l a que h a y b o n i c o s r u -
c i o s , m a s que se desespere S a n c h o P a n z a .
Sin e m b a r g o , p o r si V . quisiere definir la d e m o s t r a c i ó n ;
t e n g a presente el c a n o n que inserta G r a v c s a n d o (iutrod ad pili-
los. §. 6 6 6 ) . Si ubi proposiíio mihi evidenter demónstrala appa-
ret, argumenta in contrarium, quee mihi etiam evidentia viden-
tur , ptoponantur, in dubium mihi hoerendum erit. A q u í tiene
V . dos evidencias c o n t r a d i c t o r i a s .
N o quisiera yo t o m a r en boca los p a r a l o g i s m o s y sofis-
m a s , p o r q u e c o m o le e s t o y e n s e ñ a n d o á ecléctico, en casa del
a h o r c a d o n u n c a es bueno m e n t a r la soga. P o r fin, si quisiere
17Í
valerse de c ü o s , e n cualquier librito d e esos los h a y á d o c e -
n a s , asi como las contradicciones de que n o he h a b l a d o , p o r -
que y a mi a n t e r i o r a p u n t ó a l g u n a s , y las posteriores las ofre-
cerán á p u ñ a d o s . Solo quiero que V. sepa que el G e n u e n s e ,
h a b l a n d o de los silogismos de c u a t r o p a t a s , q u e es u n g é n e -
ro de sofismas poco c o m ú n , asegura (log, ¡tal. lib. 4. c a p . 5.
§. 6.) que es infinito su n ú m e r o en la física y la m o r a l ( y a
se entiende que de los m o d e r n o s ) , y luego a ñ a d e : ¿ Q u i é n
habia de c r e e r que t a m b i é n los hubiese en la d o c t a y divina
o b r a del espíritu de las leyes? Si s e ñ o r , n o solo Sevilla t i e -
n e su divino: t a m b i é n lo tuvo la F r a n c i a e n el señor M o n -
t e s q u i e u , de c u y a divinidad h a b l a r e m o s e n a d e l a n t e . V a y a
por u l t i m o
De Ble ti iodo.
Física general.
P a r a i n t r o d u c i r s e e n ella , me ha de e s t a b l e c e r V . p r i -
m e r o las nociones de la naturaleza, violencia, y arte: d e s -
pués m e ha de definir el cuerpo físico ; y ú l t i m a m e n t e h a d e
s e n t a r el método de p r o c e d e r .
A c e r c a de la naturaleza q u i e r o que t e n g a V . p r e s e n t e ,
que solo este n o m b r e e n s e n t i d o p e r i p a t é t i c o es c a p a z de d a r
a! t r a s t e c o n t o d a la religión. Así lo dice el s a p i e n t í s i m o M a -
l e b r a n c h e (en su traite de la natur. et de la Grac. Eclair. 1.
n. 3.). C o n que lleve V"., a m i g o d o n M a n u e l , e n t e n d i d o que
el n o m b r a r la naturaleza s i q u i e r a , es t a n t a señal de h a b e r
r e n e g a d o d e la fé , c o m o lo es e n t r e los m o r o s l e v a n t a r el
dedo. P o r eso dice el m i s m o M a l e b r a n c h e ( d e inquis. verit.
p a r t . 2. c a p . 3 . ) : Si atiente consideremus ideam, quam habemus
de causa, aut de potenlia agendi, haud dublé illa idea nobis re-
prcssentabit aliquid divinum. C o n que s i e m p r e esto de p o d e r
h a c e r a l g o , a u n q u e sea u n a j a u l a p a r a un g r i l l o , tiene u n si
e s , n o es de divinidad. O i g a V. la r a z ó n , que tiene un huevo.
f\am idea patentice summce est idea summi nuniinis, et idea po-
tentice inferioris est idea numinis inferioris, sed veritatem nu~
minis, saite.m juxta ethnicorum mentem. T i e n e V . . a q u í numen
iuferius verum, que es c u a n t o de p r i m o r o s o se puede i m a g i -
n a r ; y tiene a q u í juxta ethnicorum mentem. Sirva de r e g l a
d e c r í t i c a p a r a lo sucesivo, que c u a n d o los i d ó l a t r a s dijeron
u n a b s u r d o , debe h a c e r s e a p r e c i o de su a u t o r i d a d . C o n c l u y a
V . , ú l t i m a m e n t e , su d i s p u t a c o n estas m e m o r a b l e s p a l a b r a s
d e l m i s m o , á s a b e r : que c u a n d o los p e r i p a t é t i c o s a d m i t e n es-
te p r i n c i p i o a c t i v o , si cor christianorum sit, farsam mérito
dicere possumus mentem esse ethnicam. Ya veo que es d i f i c u l -
toso de e n t e n d e r , c ó m o p u e d a ser cristiano e' c o r a z ó n , y la
m e n t e p a g a n a ; m a s de e s t a dificultad s a c a r á á V . S a n c h o
P a n z a , c u a n d o siendo g o b e r n a d o r m a n d ó , que a h o r c a s e n al.
m e d i o h o m b r e , y dejasen p a s a r p o r la p u e n t e a! o t r o medio.
L a violencia s u p o n e la n a t u r a l e z a ; mas a u n q u e V . niegue
esta u l t i m a , debe t r a t a r de la p r i m e r a . Y así p a r a d a r una
idea de que .cosa es m o v i m i e n t o v i o l e n t o , t i e n e V . al señor
173
C a s e n , l o , que se la da m a s c! a rita que la s o t a n a del sacris-
tán de ios venerables (in a n i m a d v . de Philos. E p i c . p á g . 4 0 2 . ) ,
y consiste e n que todo m o v i m i e n t o que n o g u a r d a i g u a l d a d
es violento. D e d o n d e d e b e V . s a c a r , que t o d a s las cosas que
se m e n e a n en ese m u n d o , se m e n e a n v i o l e n t a m e n t e ; pues,
es c o n s t a n t e la d e s i g u a l d a d de sus m o v i m i e n t o s . Y p a r a p o -
n e r u n e g e m p l o d e m o v i m i e n t o s n a t u r a l e s , d i g a Y. c o n el
mismo: Motas cnelestes ex eo arguuntur esse naturales, qv.od sint
tecpiabiles, ac proinde perpetui. E n c o n f i a n z a , a m i g o d o n M a -
n u e l , s e p a V . que esta p e r p e t u i d a d l a e n s e ñ ó E p i c u r o , d i -
c i e n d o : que el m o v i m i e n t o del cielo s i e m p r e d u r a r á . L a fé
n o e n t r a p o r e s t o ; p e r o G a s e n d o s í , y V . t a m b i é n , con t a i
q u e se intitule Ecléctico.
A c e r c a del Arte p u e d e decir c o n i n f i n i t o s , que en d á n -
doles las cenizas de c u a l q u i e r a , se a t r e v e p o r c i e r t a q u í -
mica á volver á f o r m a r l o . E s t a es la P a l i n g e n e s i a .
E n o r d e n á la definición d e l c u e r p o c r e a V . que h a y t a n -
tas cosas, que por mi d i c t a m e n s e r í a lo m e j o r , que se hicie-
se i d e a l i s t a , y n e g a s e á p u ñ o c e r r a d o , q u e h a y c u e r p o s , y
con eso a c a b á r a m o s ia F í s i c a á c a p a z o s . P e r o n o , n o : V .
me h a de ser e c l é c t i c o ; y ni h a de a d m i t i r los c u e r p o s t a n
á t o n t a s y á locas c o m o los escolásticos, ni me los h a de n e -
g a r t a n p o r f i a d a m e n t e c o m o los idealistas. A s í , p u e s , o i r á
V . con M a l e b r a n c h e , c o n F r a n c i s c o L a m y , y c o n Miguel.
Á n g e l F a r d e l l a , lo que los escépticos d e c í a n : incomprehensi-
bile est, an sit corpas. N o le cito p a r a lo m i s m o á P e d r o Bai-
l o , n o p o r q u e deje de t e n e r a u t o r i d a d , sino p o r q u e h a n d a -
do en la m a j a d e r í a , de que fue un h o m b r e sin religión ; y
d e éstos , a u n q u e se t o m e la d o c t r i n a , n o p a r e c e bien toda-
vía c i t a r la a u t o r i d a d , h a s t a q u e a c a b e de d e s t e r r a r s e la
preocupación. C o n que lo que V . debe d e c i r , e n t e n t á n d o s e
las n a r i c e s , e s : incomprehevsibile est, an sint nares. Y en r e c i -
biendo a l g u n a c a r t a m i s i v a : incomprehensibile est, an sit q u i e n
las escriba , q u i e n las i m p r i m a , & c . & c . N o m e p o n g a W .
mala c a r a , que el que quiere ser Ecléctico, n o debe p a r a r -
se en pelillos. A d e m a s de que el P. M a l e b r a n c h e d a u n a - c l a -
ve maestra p a r a h a c e r i n e x p u g n a b l e la a s e r e k n . A ios a r -
g u m e n t o s tomados de la e x p e r i e n c i a , d i c e é l , debe decirse:'
que estos cuerpos que vemos y p a l p a m o s , , p u e d e .ser que ni;
los veamos ni los p a l p e m o s , á causa de que a l g ú n mal :;e.iio:.
474
n o s e n g a ñ e con m e r a " ilusiones; y esta es una cosa qve pue-
d e c o n t i r i n a r s e con mil e x p e r i m e n t o s . V a ya V. a C a s t ü í c i a ,
ó á C a m a s (si es que h a y C a s t i l l e j a , ó C a m a s , p o r q u e koc
incomprehensibile en), y c u a l q u i e r a vieja le c o n t a r a lo, d u e n -
des que ha visto, y a vestidos de Irailes, ya de m o l i n e r o s , ya
de h e r m i t a ñ o s , ya d e o t r a s c o s a s ; y con todo e,o , real y
v e r d a d e r a m e n t e , lo que t i l a , h a n visto no h a n s i l o frailes,
ni h e r m i t a ñ o s , ni m o l i n e r o s : ¡ta paritér se debe c r e e r que ¡a
t o r r e dei O r o n o es tal c u e r p o , ni tai z a n a h o r i a , sino a l g ú n
d u e n d e que se ha a p a r e c i d o allí e n íigura de t o r r e , o que sin
a p a r e c e r s e nos p o n e p o r d e l a n t e este e s p e c t r o .
Di esta d o c t r i n a t a n sólida y t a n m a c i z a debe sacar V .
la c o n s e c u e n c i a que s a c a el mismo M a l e b r a n c h e ( p a r t . 2. de
Methoclo, c a p . 6.) á s a b e r : omnia argumenta, qu<e vulgo ajfer-
ri soleut ad probandam Dei existentiam , et ipsius perfectiones,
deprompta ex existentia , et perfectione rerum creatarum, hoc
vino laborare, quod nempe mentem simplici intuitu non convin-
cant: hxc argumenta quidem sunt ratiocinia, qux per se convin-
cunt: sed cum sint ratiocinia, non convincunt, supposito malo ge-
nio,, qui nos fallat. ¿Qué m a s quiere V. si de un p o r r a z o e c h a
p o r t i e r r a , c o m o viciosos, los a r g u m e n t o s , que d e m u e s t r a n la
existencia de D i o s ? T o d o s ellos hoc vitio laborant, que a l g ú n
m a l genio p u d o e n g a ñ a r n o s . C o n que así p r o c u r e V. que m a n -
d e n b o r r a r u n a e x p r e s i ó n , que he leido yo en M e l c h o r C a n o ,
q u e la t r a e e n l e t r a b a s t a r d i l l a , y y o n o sé de quién e s ; p e -
r o ella d i c e : Invisibilia ipsius á creatura mundi per ea, qute fa-
cía sunt, intellecta conspiciuntur, sempiterna quoque virtus ejus,
et di umitas. Aquel intellecta conspiciuntur esta m a l d i c h o , p o r -
que no saciemos, si el m a l genio de M a i e b r a n c h e se m e t e r í a
V ¡r medio p a r a f a s c i n a r n o s . ¿ E s t á V . i m p u e s t o ? P o r fin,
p o r si los h u b i e r e , ó n o los h u b i e r e , n a d a se p i e r d e en d e -
finir ei c u e r p o . H á g a l o V". c o m o se le a n t o j e , que definicio-
nes se e n c o n t r a r á n á p u ñ a d o s . Si le gusta tome la de D e s -
c a r t e . , coloque su esencia e n las tres d i m e n s i o n e s , y p ó n -
g a l e por a ñ a d i d u r a , que todo lo que se puede concebir c o n
d i c h a s dimensiones , y t o d o lo que se puede i m a g i n a r c o a
e l l a s , es v e r d a d e r o c u e r p o , y s a c a r á un m u n d o infinito por
e s e n c i a , que sea un r e g a l o .
V a m o s al método de p r o c e d e r en la física. A q u í n o ha
d e h a c e r m a s que hipótesis y e x p e r i m e n t o s . A t é n g a s e V. á
Y 75
la d o c t r i n a de la C a r t a IX, y será e n la m a t e r i a casi c o n -
s u m a d o ; que yo en a d e l a n t e lo a c a b a r é de c o n s u m a r . D e s -
pués se lia de niñear d e v o t a m e n t e las r o d i i i a s , se ha de qui-
tar el g o r r o (si lo g a s t a ) , y con a d e m a n e s de sumisión y res-
peto h a d e copiar ías t r e s famosas r e g l a s d e N e w t o n , p a r a
que le sirvan de luz y guia e n el i n t r i n c a d o y obscuro labe-
r i n t o de la n a t u r a l e z a . N o i m p o r t a que le p a r e z c a n de p o c o
m o m e n t o , de p o c a v e r d a d , de utilidad n i n g u n a : h a g a lo
que le dígO , y n o le digo m a s , sino que ellas son p a r t o del
e n t e n d i m i e n t o m a s prodigioso que ha visto el m u n d o s e g ú n
unos , y de un t a l e n t o de p o c o m o m e n t o según o t r o s .
Z a n j a d o s y a los p r o l e g ó m e n o s de t o d a la f í s i c a , lo p r i -
m e r o que ha de disputarse y establecerse son los principios
del e n t e n a t u r a l . Aquí c o n v i e n e m u c h o r e p r o d u c i r algo de
la historia de la fiio.iofí» , t r a y e n d o á la m e m o r i a los casi
innumerables sistemas d e p r i n c i p i o s q u e lía h a b i d o , y ha-
ciendo sobre ellos la c r í t i c a que m a s le a g r a d e . P o r e g e m -
pio , en t r a t a n d o de los eleatenses ( d e quienes a s e g u r a C i -
c e r ó n lib. 4 . A c a d . que dijeron omnia esse unum , ñeque id
esse mutabile, et id es se Deum, ñeque natum ttnquam, et sem-
pitemum conglóbala figura), puede V . a f i r m a r con A n t o n i o
G e n u e n s e , que si ellos hubiesen sido p a n t h e i s t a s , n o h a b r í a n
podido e x p l i c a r c o n mas c l a r i d a d su s e n t e n c i a . Así lo dice
en la d i s p u t a c i ó n que hizo, p a r a que sirviese de i n t r o d u c c i ó n
á la física de M u s c h e m b r o e k : mas sin e m b a r g o , debe t a m -
bién decir con el mismo ibid. magnam animo eleatenses univer-
si imaginem , et praclaram gessisse. D e modo que sin e m b a r g o
de e s t a r allí claríto el p a n t h e i s m o , es g r a n d e y p r e c l a r a la
idea del universo que formaron estos filósofos. M a s no es por
esto solo por lo que V . h a de a l a b a r l o s , sino por lo que el
Genuense mismo alaba después : nec quod pusiiUmimes philo-
sophi fecerunt, omnia telhíre conclusisse. Sí s e ñ o r , es u n a p u -
silanimidad, por n o decir o t r a cosa p e o r , e n c e r r a r al.'genero
humano en la pequenez de la t i e r r a ; y persuadirse q u e esos
inmensos orbes, que nos r o d e a n , ó, si á V . le parece m a s bien,
con los que r o d a m o s , estén de vacío n a d a mas que p a r a c o -
modidad y servicio del h o m b r e . Últimamente, e x t i e n d a V . c o n -
t r a los mismos eleatenses su v i r g a c e n s o r i a , y. diga con ei c i -
t a d o a u t o r : illud imperité simul, et minas pié, quod hac om-
nia ingénita fecerwn..Quede, p u e s , e n t e n d i d o e n el m o d o c o a
i 76
q u e ha de censurar. D e c i r que el m u n d o , ó ¡os muchos mun-
d o s , son i n g é n i t o s , esto e s , eternos é i n d e p e n d i e n t e s , no es
i m p i e d a d , ni a b s u r d o , ni e r r o r , sino aserción minus pía, c u a -
les h a y sin n ú m e r o e n t r e los católicos. Sirva rodo esto de e g e m -
p l o , p a r a que sepa V . como h a de manejarse con las s e n t e n -
cias de los o t r o s a n t i g u o s .
V e n g a m o s á los m o d e r n o s , que son los que h a n de d a r -
le los principios al e n t e n a t u r a l . Si quiere t o m a r l o s de D e s -
c a r t e s , empiece p r o t e s t a n d o , que n a d a ha de a d m i t i r como v e r -
d a d e r o , quod non ex communibus noiionibus tam evidenter de-
ducatur, utpro mathematica demonstrenione sit habendum (2. p.
P r i n c i p . §. 6'+.). Supuesto e s t o , encaje V . la m a t e r i a dividida
e n p a r t e s iguales con dos diferentes m o v i m i e n t o s , & c . &c. Y
después que esté c o p i a d a toda esta t r a m o y a , ó a n t e s , ó cuan-
d o á V. le pareciere, diga con el mismo ( 3 . p a r t . P r i n c i p . §. 4 4 . )
Verumtamen, ne etiam nimis arrogantes esse videamur, si ds
tautis rebus philosophando genuinam earum veritatem á nobis in~
ventam esse affirmemus, malim hoc in medio relinquere; atque
vmnia, qu¿e deinceps sum scripturus, tanquam hypothesim pro-
ponere. Y si alguien le p r e g u n t a r e á V . d ó n d e se ha dejado la
p r o m e t i d a e v i d e n c i a m a t e m á t i c a , r e s p o n d a : que el Bú se la
l l e v ó ; y s a c a de este m o d o u n sistema de P r i n c i p i o s , que ni
el d i a b l o sea c a p a z de f o r m a r l o mas bonito.
Si n o gusta de D e s c a r t e s por lo m u c h o que ha c a i d o , a c o -
módese V . con L e i b n i t z y W o l f i o , que t r a e n m a s Mónadas,
que puede haber e n las costas de África. E s t a s tales Mónadas
h a n de ser s u b s t a n c i a s simples sin p a r t e s , que n o puedan na-
c e r sino por creación , ni p e r e c e r sino por aniquilación , ni
recibir m u t a c i ó n a l g u n a p o r causa c r i a d a : que ellas tienen
ciertas c u a l i d a d e s , y c a d a u n a se diferencia de las o t r a s : que
c a d a u n a se está m u d a n d o p e r p e t u a m e n t e , y esta mutación
n a c e de u n principio i n t e r n o . Ú l t i m a m e n t e , que c a d a M ó n a d a
tiene n o s o l a m e n t e p e r c e p c i ó n , sino es también a p e t i c i o n , y
que p o r este m o t i v o se p u e d e n l l a m a r almas. H e : ve V . a q u í .
M u c h a s M ó n a d a s j u n t a s hacen un r á b a n o , v . g r ; y este tal
r á b a n o tiene no sola un a l m a ( c o m o q u e r í a n los m a n i c h e o s ,
que esta es u n a c i c a t e r í a ) c o n su p e r c e p c i ó n , y su a p e t i t o ,
sino t a n t a s a l m a s , t a n t a s percepciones , y tantos a p e t i t o s ,
c u a n t a s son las infinitas M ó n a d a s de que se c o m p o n e : que
es d e c i r , t a n t a s a l m a s c o m o en un p u r g a t o r i o ; t a n t o s p a r e -
177
c o r : ; , como en un b a r t u l o ; y t a n t o s a n t o j o s , como e n vein-
te p r e ñ a d a s . N o está este sistema m u y m a l o t e .
¡Mas si acaso quiere V . el de m a s m o d a , tiene ni mas m
menos que el del l a m o s í s i m o N e w t o n e n sus partículas primi-
genias. E s t a todavía p o r a v e r i g u a r si ellas son lo que É p i e u -
ro l l a m ó á t o m o s , ó á lo q u e A n a x á g o r a s puso el n o m b r e de
Homa:meria. P o r c u a l q u i e r a de los dos c a m i n o s v a V . linda-
m e n t e . L o que sí c o n s t a e s , lo que el citado c a b a l l e r o (lib. 3.
opric. cuest. 3 1 . ) a d v i e r t e , y es que m i e n t r a s d u r e n las cita-
das p a r t í c u l a s , poterunt sané per omnia scecula ex iis composi-
ta esse corpora ejusdem semper natura;, et textura;. Y p o c o des.
p u e s a ñ a d e : exceptis irregularitatibus quibusdam vix notatu di-
gnis, quae ex mutuis Cometarum, et Vlanetarum in se invicem
actionibus oriri potuerint, quaeque verisimile est fore, ut longin-
quítate temporís majares usque evadant, doñee hcec natura; com-
pages manum emendatricem tándem sit desideratura. A saber,
como e x p o n e L e í b n i t z : este m u n d o es el relox de la f a l d r i -
q u e r a de D i o s , c o m p u e s t o , c o m o de r u e d a s y resortes , de
las p a r t í c u l a s de N e w t o n . Y así c o m o todos los r e i o g e s de
t i e m p o e n t i e m p o n e c e s i t a n d e que se les d é c u e r d a , se les
eche m u e l l e , ó se les l i m p i e ; así t a m b i é n l l e g a r á t i e m p o e n
que este m u n d o necesite de u n a c o m p o s i c i ó n , cual suele ser
la que un r e l o g e r o d a á su o b r a . Y ve V . a q u í , a m i g o d o n
M a n u e l , u n principio p a r a p o d e r e x p l i c a r las i r r e g u l a r i d a -
des de estaciones , q u e e n ese m u n d o se e x p e r i m e n t a n a h o -
r a . A l g ú n c o m e t a a g u a n o s o , como el del d i l u v i o , está a g n -
g e r e a d o , y Dios todavía n o h a b r á tenido l u g a r , ó v o l u n t a d
de c o m p o n e r l o : esta será la causa de p o r qué llueve t a n t o .
P o r u l t i m o : ¡o mejor que h a y que h a c e r en esto de p r i n -
c i p i o s , es n o d e j a r á nadie q u e j a r s e . P o r t a n t o p ó n g a l o s V .
de todo .sistema : el mió le d a r á ios n o m b r e s de materia , y
forma: N e w t o n las partículas: G a s e a d o el movimiento: Leíb-
nitz Información, & c . & c . : de m a n e r a que saque V . u n o s
principios sin fin; y si p u d i e r e ser, sin p r i n c i p i o , ni a t a d e r o .
Explicados de esta m a n e r a los p r i n c i p i o s del c u e r p o , se
sigue t r a t a r de sus p r o p i e d a d e s . L a extensión es la p r i m e r a .
Puede V. constituir en ella la esencia del c u e r p o , como y a
he dicho con D e s c a r t e s ; ó c u a n d o n o , n o c o n o c e r m a s e x -
tensión que la e x t e r n a , c o m o ha hecho G a s e n d o : p r e v i n i e n -
d o , que estos dos modos de p e n s a r , y algunos o t r o s , que h a y
T O M . v. 23
í 78
sobre la m a t e r i a , son a d m i r a b l e s p a r a hacer imponibles m u -
c h a s cosas , que la teología y la le a d m i t e n como ciertas.
Sobre la divisibilidad del c u e r p o también hay no p o c o
que decir. Siga V . el d i c t a m e n de W o l f i o , que e n s e ñ a : q u e
t o d o c u e r p o c o n s t a de p u n t o s indivisibles , p o r o t r o n o m b r e
átomos de la n a t u r a l e z a , c o m o él los llama. Y e.n eso e s t a -
r á la g r a c i a , en que muchos puntos inextcnsos c o m p o n g a n
u n a e x t e n s i ó n , así c o m o m u c h o s ciegos p u e d e n c o m p o n e r
u n o con vista , y m u c h a s bolsas v a c í a s un p a r de r e a l e s .
L u e g o se sigue, que ajuste V . la c u e n t a de cuántos son los in-
divisibles de que se c o m p o n e , v. g r . , u n a avellana, E s t o es-
t á c o m p u e s t o ' c o n p o n e r u n a hilera de t r e i n t a ó c u a r e n t a n ú -
m e r o s , que se m u l t i p l i q u e n p o r o t r o s quince ó veinte con
q u e b r a d o s ; y s a c a r á V. u n a c á f i l a , que el diablo que se la
ajuste. A d e m á s de q u e , \ qué le va ni le viene ai diablo e n
que la c u e n t a esté bien ajustada ?
L a impenetrabilidad me la ha de p o n e r V . esencial á los
c u e r p o s c o n G a s e n d o , y c o n el p a d r e de T u r r e , y si con
ella no se p u d i e r e n c o m p o n e r los m i l a g r o s , que no se c o m -
p o n g a n ; pues c o m o dice el ú l t i m o f P h y s . g e n . §. '209.) las
d o c t r i n a s de los filósofos n a d a tienen que ver con los m i l a g r o s .
Sobre la inercia t e n g a V . p r e s e n t e con N e w t o n ( I . p a r r ,
p r i n c . def. 3.) que ella nomine sii.niificantis.umo se llama vis
inertice, ó con el p a d r e de T u r r e (loco c h a t o §. 2 1 5 . ) vis pus-
siva. N o i m p o r t a que C i c e r ó n (lib. i. de nat. Deor.) d i g a : que
vis actuosa est; pues p u e d e V . r e s p o n d e r , que y a n o hay i n -
c o n v e n i e n t e en decir tinieblas l u m i n o s a s , m u e r t e viva, ó c o -
m o dijo A v e r r o e s en su a r e n g a , o c u l a t í s i m o tuerto.
L a mensurabilidad y figurabilidad de los cuerpos d a r á n á
V . m u c h o pie p a r a e c h a r l a de m a t e m á t i c o . Sobre ellas h a y
m u c h o e s c r i t o : tome lo que le p a r e z c a de c u a l q u i e r a u t o r ,
y pase después á t r a t a r del espacio.
M u c h í s i m o h a y que decir a q u í : dejaré lo mas de ello
p a r a c u a n d o de i n t e n t o e x a m i n e el p u n t o ; y solo a p u n t a r é
p o r a h o r a lo que p u e d a servir á V . de gobierno. Si p u e s
quiere p o n e r u n e s p a c i o , que sea n a d a , G a s e n d o se lo pres-
t a r á , t o m a d o d e E p i c u r o : si lo quiere p o n e r que sea t o d o ,
E n r i c o M o r o , N e w t o n , C l a r k , y e n t r e los católicos J u a n
Bautista Sea rebla se lo d a r á n , que sea nada m e n o s que la
¡ n m e n s i d a d d e D i o s , o o! m i s m o Dios, P a r a e n t e n d e r esto
Í79
m a s bien, p u e d e leer á N e w t o n , que e n su Ó p t i c a quest. 2$.
dice de D i o s : qui in spatio infinito tanquam sensorio suo res ipa s
intime cern.it. D e m o d o , que Dios es c a p a z de sensación , y
necesita del e s p a c i o , c o m o de s e n s o r i o , p a r a p e r f e c c i o n a r
las o p e r a c i o n e s sensitivas. D e consiguiente es c o r p ó r e o , ¡o
u n o porque tiene s e n s o r i o , y io o t r o p o r q u e siendo el e s p a -
cio d o n d e se r e c i b e n los c u e r p o s , es e v i d e n t e que debe ser
corpóreo.
T o d a v i a p u e d e V . a d e l a n t a r mas c o n la d o c t r i n a de este
p e r s p i c a c í s i m o y s a p i e n t í s i m o filósofo, á s a b e r : que la ma-
teria n o es o t r a cosa q u e u n a porción de este espaeio, ó un
t r o z o del mismo Dios. P a r a esto c o n v i e n e que V . s e p a q u e
J u a n L o c k e (Esai s u r le e n t e n d . hum. iib. 2. c a p . 1 3 . §. ib»)
r e s p o n d i e n d o á a l g u n a s dificultades que se le p r o p o n í a n s o -
bre el e s p a c i o , dijo en francés lo que y o a h o r a e n c a s t e l l a -
no. ¿ Q u i e n os h a d i c h o q u e n o h a y , ó que n o p u e d e h a -
ber mas que s e r e s sólidos , q u e n o p u e d e n p e n s a r , y s e r e s
p e n s a d o r e s , q u e n o s o n e x t e n s o s ? E n el lib. 4. c a p . f O .
§. i S. h a b l a n d o d e la m a t e r i a n o se a t r e v i ó á dar sobre ella
su d i c t a m e n , p o r q u e ( s o n sus p a l a b r a s t r a d u c i d a s ) " e s t o m e
a p a r t a r í a quiza demasiado de las n o c i o n e s , sobre las cuales
está al p r e s e n t e fundada en el m u n d o ia filosofía." Se m u r i ó
L o c k e c o n este e n t r i p a d o d e n t r o del cuerpo. M a s P e d r o C o s -
te , á quien le dio l á s t i m a que el referido e n i g m a q u e d a -
se s e p u l t a d o , fue á verse c o n N e w t o n sobre el p a r t i c u l a r ; y
éste le dijo , que ya habia descubierto el m o d o de explicar la
p r o d u c c i ó n de la m a t e r i a , que L o c k e n o quiso d e c l a r a r . " S e
p o d r í a , d i j o , formar a l g u n a idea de la creación de la m a -
teria , suponiendo que Dios con su poder impidió que e n t r a -
se a l g u n a cosa e n cierta porción del espacio p u r o , que de su
n a t u r a l e z a es p e n e t r a b l e e t e r n o , n e c e s a r i o i n f i n i t o ; pues d e
este ¡nodo esta p o r c i ó n de espacio o b t e n d r í a la i m p e n e t r a b i -
lidad , que es u n a de las cualidades esenciales á la - m a t e r i a . "
Cosilia de juei$o es los p r i m o r e s que se pueden s a c a r de e s -
tas pocas palabritas. A s a b e r : que la materia es un pedazo
de ¡a inmensidad de Dios , ó que la m a t e r i a es D i o s ; ó , si
A V V. mas le a g r a d a , que Dios tiene su lindo c a c h o de m a -
teria. Hasta a q u í tiene v . no mas que el Dios de los A n t r o -
p o m o r p h i t a s . Si quiere el de E s p i n o s a , a t é n g a s e á que el c i -
t a d o espacio es e t e r n o , necesario é i n f i n i t o , que j u n t o c o n
ISO
ío o t r o de m a t e r i a l y s e n s o r i o , y otros infinitos cribos que
o m i t o , p o n g a n la cosa á las mil m a r a v i l l a s . ¡ P o d e r de Dios!
¡Y qué famoso filósofo ha de salir V. si toma mi consejo! Si
n o quiere t o m a r l o , n o se fatigue. E n c o n t r a r á espacio que n o
sea D i o s , y sin dejar de ser a ' g o , sea sempiterno:, lo e n c o n -
t r a r á que n o sea n a d a , y sea i m p r o d u c t o , e t e r n o . &c. : io
e n c o n t r a r á hecho substancia criada a n t e s de t e d a s las subs-
t a n c i a s , y sin límite a l g u n o , que se lo d a r á el P . T u r r e : !o
e n c o n t r a r á i n c o r p ó r e o en la t i e n d a de G a s e a d o ; y por fin lo
e n c o n t r a r á V . de t a n t a s m a n e r a s , y todas ellas t a n p r e c i o -
sas , que t e n d r á bien que hacer e n escoger.
V a m o s al tiempo, que yo c o n s u m o m u c h o . Antonio G e -
n u e n s e (iViethaph. p a r t . 1. c a p . 1 1 . p r e p . 1 4 4 . ) le d a r á a V .
u n a linda idea de la e t e r n i d a d con su p r e s e n t e , pretérito y
f u t u r o ; pues en ella admite u n a sucesión m e t a f í s i c a , que es
un regalo. Del tiempo forma G a s e n d o u n bello concepto ( P h y s .
sec. i, lio. 1. cap. 7 . ) que puede V . a d m i t i r d i c i e n d o : que es
u n a quisicosa i n c o r p ó r e a , que c o r r i ó antes que hubiese m u n -
d o , y que habia de correr supuesta su destrucción. San Agus-
t í n (¡ib. 1 I. de Civitate Dei cap. 6.) dice t e d o lo c o n t r a r i o . A
esto debe r e s p o n d e r s e , que san A g u s t í n n o fue filósofo m o -
d e r n o , y G a s e n d o s í ; s a n Agustín fue a f r i c a n o , y G a s e n d o
f r a n c é s : á v e r , que le l e v a n t e n á V . la solución.
Pasemos á las fuerzas de tos cuerpos. M e las h a de d i v i -
dir V . en m u e r t a s , y v i v a s : las muertas me parece á mí que
p o d r á e x p l i c a r l a s bien c o n el egemplo de la c a r a b i n a de A m -
brosio, y las vivas con el de las muías de un coche. D i g a V .
t a m b i é n con el a n o t a d o r de la física de M u s c h e m b r o e k ad
§. 1 7 4 . que de la fuerza m u e r t a p r o v i e n e en cada m o m e n t o
el i n c r e m e n t o de la velocidad , ó una velocidad i n f i n i t a m e n -
te p e q u e ñ a . P e r o p a r a que n o se a d m i r e n de que los m u e r -
t o s , esto e s , las fuerzas m u e r t a s empujen t a t u ó , puede V .
s o s t e n e r con el m i s m o , que la velocidad que ellas c a u s a n ,
se a p a g a á t o d a priesa con la r e s i s t e n c i a , y dificultad del
obstáculo. D i r á después que la fuerza muerta consiste en el
i n c r e m e n t o de la v e l o c i d a d ; y luego que ia viva en ¡a sema
de estos infinitos i n c r e m e n t o s , y H a e n t e n d i d o V. ? Pues ni
yo t a m p o c o . L e mas que saco de aquí , es que el i n c r e m e n t o
de la velocidad es efecto de la fuerza m u e r t a , y también es
la misma fuerza m u e r t a , ¡toe est, que ya la c a u s a , y el efec-
i8i
t o son una misma cosa. Que la velocidad por instantes se a p a -
g a ; v con todo eso m o n t a u n a suma iníinita. ¿ Q u é sería si
nunca se a p a g a s e ? O t r a cosida se saca también , y es q u e
la fuerza viva consiste en u n a suma infinita. ¿ Pues c ó m o se
m i d e , y se hace la c u e n t a de ella? Pero ya veo que son bue-
nos a r i t m é t i c o s , y s a b r á n s u m a r los infinitos.
O t r a s c o m í a s podia a p u n t a r á V . p a r a las fuerzas e n g e -
n e r a l ; pero me llama, á t o d a priesa el a m i g o N e w t o n c o n
su fuerza de atracción. Si V . acierta á establecerla b i e n , se-
rá el mejor físico que h a y a nacido de m a d r e . C o n que t é n -
g a m e cuenta c o n los preceptos que voy á i n s i n u a r l e , y m i r e
c o m o los pierde d e vista , p o r q u e entonces todo se e c h a á
perder. L o p r i m e r o que debe h a c e r es v i n d i c a r á N e w t o n su
descubrimiento , porque malas l e n g u a s h a n d a d o en d e c i r ,
que es h u r t a d o de otros. Y e n efecto p a r e c e que un tal G u i -
llelmo G i b e r t o y o t r o s h a b l a r o n con b a s t a n t e e x t e n s i ó n d e
la atracción g e n e r a l . P e r o V . , a m i g o , c u a n d o n o pueda p r o -
bar que á N e w t o n se le debe t o d o , ha de hacer u n a de dos
c o s a s , ó comerse el libro del c i t a d o a u t o r de muguete, mag-
neticisque corporibus, et de magno magnete tellure , ó v a l e r s e
de la opinión de M a l e b r a n c h e sobre la existencia de los c u e r -
p o . , y d e c i r : incomprehensibile est an extiterint tal G i b e r t o ,
tal G.isendo , & c . : que por lo que hace a la a t r a c c i ó n p a r -
ticular , yo e n n o m b r e de todos mis discípulos le h a g o á V .
cesión y donación firme y v a l e d e r a de la s i m p a t í a , y de los
movimientos de tracción , pulsión , volucion y veccion , de
que hice mención y explicación en el séptimo de los físicos,
p a r a que V . se los regale á la física de N e w t o n . .
E v a c u a d o esto , se sigue explicar e n qué consiste e s t a
a t r a c c i ó n . Aquí no faltan t r a b a j i l l o s ; pues N e w t o n y a la lla-
ma vires centrípetas (i. princ. sec. f i.); y a vertís impulsus ibid..
Y ea el escolio á la prop. 6 9 . del lib. c i t a d o d i c e : vocem
attractiunis hic generaliter usurpo pro corporum conatu quocum—
que accedendi ad ineicem. P a r a explicar este c o n a t o a ñ a d e :
sive conatus iste fíat ab actione corporum , vel se mutuo peten-
tium , vel per spiíitus emissos se invicem aghantium,. sive is
ab actione ittheris, vel aeris, mediive cujuscumque, sive corpo-
rei, sive incorpvrei oriatur. ¿ E n qué q u e d a m o s ? M e dirá V".,
en que todavia hay mas explicaciones. O i g a V . lo que d i c e
e n el escolio general á sus principios m a t e m á t i c o s : adjicere
Í82
jam liceret nominila de spirita quodam subtìlissimo corpora cras-
sa pervadente , et in eisdem latente , cujus vi, et net ioni bus par-
tic alee corporum ad mínimas distantias se mutuo attrahunt. C o n
que tiene V . , p a r a e x p l i c a r la a t r a c c i ó n , á la acción de ¡os
c u e r p o s , al e t h e r , al a i r e , al espíritu sutilísimo ; y , si e s -
t o no le gusta , á cualquier medio que q u i e r a escoger , sive
corporeo, sive incorporeo, con cuyas ultimas p a l a b r a s e s t a b a n
a h o r r a d a s las p r i m e r a s . Si alguien cavilare diciendo : que
N e w t o n , a d m i t i e n d o toda esta c a r r e t a d a de causas i n c i e r t a s
p a r a explicar la a t r a c c i ó n , c o n t r a v i n o á su primera regia d e
filosofar: causas rerum naturalium non plures admitti debere,
quam ques veres sint, et earum phisnómenis explicandis sufjicianti
r e s p o n d a V . que p o r a h o r a se ha dispensado en la regla : 6
si n o , d i g a que N e w t o n tiene ¡a campanilla del sacristán. Q u é
c o a sea aquel espíritu sutilísimo es o t r a dificultad , que t i e -
5
N o p u e d o m e n o s que e s t r a ñ a r m u y m u c h o , c ó m o s a -
biendo V". la p e n u r i a de libros e n que me h a l l o , n o se haya
m o v i d o á e n v i a r m e u n o , que n a t u r a l m e n t e y a a n d a r á por
185
a h í . E l p i m p o r r e r o , c u y a s noticias son de c l a v o p a s a d o , me
a s e g u r a , que c u a n d o él a n d a b a por el m u n d o diez ú o n c e
anos h a , se t r a t a b a de i m p r i m i r cierto curso de filosofía.
P a r a p r u e b a de ello me h a d i c h o , que él m i s m o c o n t r i b u y ó
á las colectas. Es decir , que tuvo que soltar la cuota q u e
tocó e n r e p a r t i m i e n t o á un sobrinilk) suyo , que e n t o n c e s
estudiaba filosofía , y h o y es un t o r e r o r e g u l a r . Si s e ñ o r ,
a m i g o don M a n u e l : esto sí que es t e n e r discípulos que p a -
guen las producciones de sus m a e s t r o s , y que s i e m p r e que
á él le dé g a n a de e s c r i b i r , t e n g a con g a n a ó sin ella que
a f l o j a r ; y n o c o m o y o , que c o n t a n t í s i m o s discípulos c o m o
t e n g o , c a d a piojo que m e a n d a p o r el l o m o es c o m o u n a a l -
m e n d r a . V o l v a m o s al caso. Se r e c o g i ó el d i n e r o , y a u n q u e
c u a n d o el p i m p o r r e r o m u r i ó n o había salido a u n la o b r a ,
y a no tiene motivos p a r a n o salir. Se h a n p a s a d o ios n u e v e
años que p r e v i e n e H o r a c i o , y y a h a n v i s t o la luz p ú b l i c a
otros h e r m a n o s m e n o r e s del c i t a d o c u r s o , cuales fueron dos
t r a d u c c i o n e s que n e c e s i t a n u n o s c o m e n t a r i o s , y u n p r ó l o g o
s u b s t a n t i v o , pues a n d a p o r sí solo. C o n que ó la p e c u n i a se
h a vuelto á sus dueños r e s p e c t i v o s , ó la o b r a filosófica y a
ha de a n d a r al aire. Yo la quiero p a r a mi i n s t r u c c i ó n ; pues
a u n q u e el p i m p o r r e r o diga lo que d i g e r e , ella es p a r t o de
un t a l e n t o divino (llamóle divino en el sentido en que p o r
allá se u s u r p a este n o m b r e , ó p a r a q u i t a r t o d a e q u i v o c a -
c i ó n , según y como significa él e n t r e los e c l é c t i c o s ) . Si hu-
b i e r e pues s a l i d o , puede V . e n v i á r m e l a ; que y o en r e c o m -
p e n s a le remitiré u n a c a r g a de c i s c o , que el de p o r acá es
m u y bueno.
TOM. V. 2*
186
CARTA XII.
A
X a L m i g o y s e ñ o r : son de t a n t o p e s o p a r a m í las r a z o n e s
que V. me i n s i n ú a á fin de q u e me esfuerce á d e m o s t r a r ia
insubsistencia d e la nueva filosofía, y las fatales c o n s e c u e n -
cias d e que ella es y puede ser o r i g e n , que sin m a s e s c r u -
p u l i z a r sobre mi p a l a b r a , se la doy a h o r a de h a c e r c u a n t o
p u e d a . P u e d o p o c o ( y a lo he d i c h o ) á causa d e la situación
en que me h a l l o , y p e n u r i a de lib.ros e n que me veo ; p e r o
sin e m b a r g o , c o m o y o c o n s i g a d e s p e r t a r el deseo de egecu-
t a r la cosa c o m o se debe e n a l g u n o de los buenos ingenios
d e esa c i u d a d , m e t e n d r é p o r feliz á p e s a r de h a l l a r m e e n
la t i e r r a de la miseria. P a r a esto es necesario que V. t a m -
bién m e a y u d e . A v e r r o e s es u n t o p o p a r a buscar a u t o r i d a -
des : n o se sabe dar t r a z a e n el m a n e j o de los s a n t o s P a -
d r e s , ni de o t r o s l i b r o s , c u y a s especies necesito. M e d i r á
V . q u e siendo yo p u r a m e n t e filósofo, y e s t a n d o e n el infier-
n o , p a r e c e e x t r a ñ o q u e ansie p o r u n a s cosas que me son
t a n inútiles. ¡ A y , a m i g o m i ó ! P o r q u e estoy e n el infierno,
h a l l e g a d o y a á m í el d e s e n g a ñ o : c o n o z c o a h o r a las c o s a s ,
c o m o m e hubiera t e n i d o m u c h a c u e n t a conocerlas en v i d a ;
y á consecuencia e s t o y e n la firme persuasión de que la fi-
losofía tiene t a n t a c o n e x i ó n , y se d a t a n t o la m a n o c o n la
r e l i g i ó n v e r d a d e r a , c u a n t o ella p u g n a con la falsa. N o h a y
m e d i o , a m i g o d o n M a n u e l . C o m o Dios no h a g a u n m i l a -
g r o de aquellos , que n o suele h a c e r todos los dia-,; en p r e -
v a l e c i e n d o u n a filosofía falsa , h a de d e s m a y a r la v e r d a d e -
r a religión. Este p u n t o m e r e c e C a r t a s e p a r a d a , que t r a b a -
j a r e c u a n d o sea t i e m p o , confiado mas e n mis b u e n a s m í e n -
487
ciones, que e n mis escasas luces. L o q u e p o r a h o r a insta es,
que a y u d e V . á A v e r r o e s á b u s c a r las citas q u e le e n e a r g o ,
m i e n t r a s y o p o r a c á m e v a l g o del f a v o r d e C i c e r ó n , del
p i m p o r r e r o , y algunos otros conocidos, p a r a que anden de
c a v e r n a e n c a v e r n a , de g e n t e e n g e n t e e x a m i n a n d o á los
infelices sabios de los p a s a d o s s i g l o s , q u e , a u n q u e c o n p o c a
e x a c t i t u d , suelen a l u m b r a r n o s . P u e d e V . t a m b i é n h a c e r m e
el favor de e x t e n d e r la v o z e n t r e sus a m i g o s , p a r a q u e si
a l g u n o tiene noticias d e especies que m e p u e d a n servir , se
llegue e n u n i n s t a n t e á l a sima de C a b r a , y p o r ella las
e c h e , q u e y o p o n d r é acá bajo u n a e s p o r t i l l a p a r a r e c o g e r -
las. B a s t e d e e s t o , y v a m o s á" n u e s t r o e n s a y o d e filosofía,
que h a y m u c h o q u e h a c e r .
Física particular.
C o n c l u i d a la física g e n e r a l , e n t r a r á V . e n el v a s t o c a m -
p o d e la n a t u r a l e z a , y e m p e z a r á su física p a r t i c u l a r p o r el
t r a t a d o de mundo. C o n s i d e r e e n éste su o r i g e n , su u n i d a d ,
su extensión y d u r a c i ó n . Sobre el origen a u n q u e á fuerza d e
consecuencias t o m a d a s d e los m a s célebres m o d e r n o s p u d i e -
r a V . l l e g a r al pantheismo, n o q u i e r o que lo a d m i t a ; p u e s
ellos al m e n o s in voce lo r e p r u e b a n . T a m p o c o h a d e decir
con L u c r e c i o que ortus est casu. L o m a s q u e a q u í se p o d r á
es asegurar c o n D e s c a r t e s , q u e D i o s p a r a c r i a r l o n o t u v o
n e c e s i d a d de m a s que de p o n e r la m a t e r i a , c o m o él la p o n e ,
y d a r l e el m o v i m i e n t o que él le d a ; pues e n d a n d o la m a t e -
r i a , y torbellinos ó turbilIones, e s t á n h e c h o s todos los c u e r -
p o s c o n la misma facilidad q u e se h a c e u n pozillo de choco-
late. F r a n c i s c o B u d d e o , y u n tal Spanemio (quorum neuter
est scholasticus), q u i e r e n q u e este m o d o d e h a b l a r lleve e n
d e r e c h u r a al a t e í s m o ; p e r o estas son i m p e r t i n e n c i a s , d e que
V . no me h a de h a c e r caso. Si n o a g r a d a r e D e s c a r t e s , a h í
está G a s e n d o , y e s t á n t o d o s los q u e e x p l i c a n la f o r m a c i ó n
del inundo p o r el m e c a n i s m o , que m a l q u e bien v i e n e n á
s a l i r allá.
S u p o n i e n d o , p u e s , q u e Dios c r i ó al m u n d o , p r e g u n t a r á
V . si lo c r i ó p o r q u e quiso, ó p o r q u e n o p u d o o t r a co^a. Es-
t o último lo dice R o b i n e t o , d e s e n t e r r a n d o p a r a ello cierras e s -
pecies m u y preciosas d e la a n t i g ü e d a d ; p e r o a s í , así r e d o n -
188
d a r n e n t e n o m e lo h a de decir. D i g a con M a u p e r t u i s (en su
p r e f a c i o al Esai de C o s m o l . ) que es probable; que no d e j a r á
de l l e g a r t i e m p o en que se diga rotundé; y ya se v e , si es
p r o b a b l e que Dios lo crió ex necessitate, probable es también
que es e t e r n o . Y de esta m a n e r a puede V . t e g e r una a p o l o -
g í a á in; f a v o r , á quien los picarillos de ios escolásticos han
d e s a m p a r a d o en u n a aserción t a n preciosa. P e r o cuidado,
q u e a u n q u e yo lo supuse ab ¿eterno, la invención de h a b e r si-
d a c r i a d o ex necessitate no se m e debe á mí.
V a y a a h o r a : ¿ y c u a n t o s m u n d o s h a y ? R e s p o n d a V. que
m i l e n t a . Si se a t i e n e á vejeces, e n c o n t r a r á que A t e n á g o r a s ,
; r m i a s , Basilio , A m b r o s i o , T e o d o r e t o é Isidoro , Lo h a n
n e g a d o . E n c o n t r a r á que s a n Agustín (lib. d e Haeresibus,
heeres. 7 7 . ) c u e n t a este m o d o de p e n s a r e n t r e las h e r e g í a s ,
P e r o , a m i g o m i ó , todos estos son filósofos pusilánimes en
sentir del G e n u e n s e , c u y o pasage c i t é , t r a t a n d o de los e l e a -
tenses e n mi C a r t a a n t e r i o r . C o n que j ú n t e s e c o n los filó-
sofos m a g n á n i m o s , c u y o gefe p a r e c e que es F o n t e n e l l e , y
d i g a : que t o d o s , ó los m a s de los p l a n e t a s , e s t á n habitados,
y las estrellas , ni m a s ni m e n o s ; y déjese de p u s i l a n i m i d a -
des. Si quiere t o d a v í a m a s a p o y o p a r a su a s e r c i ó n , acuda á
D u t e n s ( o r í g e n e s des d e c o u v e r t e s p . í . c a p . 7 . ) y verá que
d i c e : cette opinion de la pluralité des mondes jut done enseignee
generalement par les anciens Phiiosophes Grecs. A la c u e n t a Pla-
t ó n , y o , T h a l e s f u n d a d o r de la secta J ó n i c a , y nuestros
d i s c í p u l o s , ó n o fuimos filósofos, ó no fuimos g r i e g o s , p o r -
que e n s e n a m o s lo c o n t r a r i o . Mas sin e m b a r g o estas son quis-
quillas de que no se lia de h a c e r caso. P o n g a V . , p u e s , un
e g é r c i t o d e filósofos c o n t r a los p a d r e s c i t a d o s : lleven l a v a n -
g u a r d i a los i m p í o s del día , que son buenos soldados, c o n t r a
ellos: el b a t a l l ó n d e r e c h o se le puede d a r á Jos eleatenses, eí
i z q u i e r d o á ios m a r r a n i t o s de E p i c u r o : e n e! c e n t r o p o d e -
m o s ir los r e s t a n t e s g r i e g o s , y en la r e t a g u a r d i a Jos m a g n á -
nimos m o d e r n o s .
A u n soio c a ñ o n a z o p u e d e V . t e m e r , si acaso los p u s i -
lánimes Jo t i r a n , que le h a g a n esta p r e g u n t i t a . 'Y estos habi-
(
e r r o r i m p u g n a r esta m e r a p r o b a b i l i d a d ; pues i m p u g n a r u n a
probabilidad m o d e r n a es u n e r r o r filosófico, y esto en b u e -
na filosofía.
Baste con esto de e s t r e l l a s fijas, y v a m o s á los astros
errantes. Los p r i m a r i o s son s i e t e , si es que el sol ha de ser
p l a n e t a ; sobre los s e c u n d a r i o s h a y d i f e r e n c i a , acproinde que-
de V . en libertad de p o n e r los que le dé la g a n a . Ajuste des-
pués sus c u e n t a s p a r a la d i s t a n c i a que h a y de ellos á la tier-
r a , y de unos á o t r o s , ó si n o tómelas p o r ahí de quien le
p a r e z c a . H e c h o e s t o , e n t r e a v e r i g u a n d o si son h a b i t a b l e s , y
si en efecto se h a b i t a n . N e g a r l o , y r e n u n c i a r á los fueros c e
filósofo de m o d a y ecléctico sería todo u n o : que aun p o r es-
TOM. v. 25
494
t o h a caído m u c h o , e n mi c o n c e p t o , el P . N . P a r a sota u n a
c o s a se p u e d e d a r l i c e n c i a , y es p a r a p o n e r h a b i t a d o r e s e n
é s t e , y n e g a r l o s e n el o t r o ; y si se q u i e r e , p a r a h a c e r u n
n u e v o m u n d o e n c a d a e s t r e l l a , como y a he dicho á V . c o n
F o n t a n e l l a . P o b l a d o s pues los p l a n e t a s , c o m o á V. le d é la
g a n a , empiece á r e f e r i r noticias de aquel m u n d o con la se-
g u r i d a d de que todas p u e d e n p a s a r p o r c i e r r a s ; el t a m a ñ o ,
v. g r . ( p a r a u s a r del m i s m o e g e m p l o de W o l f i o ) de los g i -
g a n t e s h a b i t a d o r e s de Júpiter, la c a r t a geográfica de los m o n -
tes , v a l l e s , m a r e s , i s l a s , p e n í n s u l a s , r i o s , & c . de la luna.
í t e m : el t a m a ñ o y . a l t u r a de estos m o n t e s , medidos p o r W o l -
fio, los n o m b r e s q u e les puso H e v e ü o ; y puede V. a ñ a d i r d e
suyo los r e i n o s , p r o v i n c i a s , c i u d a d e s , l e y e s , a r t e s é indus-
t r i a s ; y t a m b i é n ( ¿ p o r qué n o ? ) las noticias de c u á n d o em-
p i e z a n y a c a b a n p o r allá las pulgas ; si tienen r a b o los pio-
j o s , si los b o r r i c o s son bípedes ó c u a d r ú p e d o s , y si t a m b i é n
h a y filósofos c o m o los de p o r acá. E n c o n t r a de esto p u e d e n
d e c i r l e que H u g e n i o no vio los m a r e s que habia visto W o l -
fio , ni N e w t o n vio cosa que se p a r e c i e s e á los m a r e s . P e r o
n o i m p o r t a : r e s p ó n d a s e que W o l f i o vio la luna como ella es
e n s í : que H u g e n i o e n vez de a p u n t a r con el telescopio á la
l u n a , a p u n t ó á la c a b e z a de un c a l v o que estaba a s o m a d o á
u n a v e n t a n a de f r e n t e de su c a s a , y la tenia llena de b. r—
r u g a s ; y N e w t o n m i r ó á la l u n a e n t i e m p o que en ella h a -
bía m u c h a lluvia y a r r i a d a , y p o n e V . de casquis u n a solu-
ción a s o m b r o s a . ¿ P u e s qué ( m e dirá V . ) también llueve e n
la luna ? Si s e ñ o r mió. Y si n o aquellos animalitos , ¿ c ó m o
h a b í a n de subsistir ? T i e n e la luna su a t m ó s f e r a i g u a l m e n t e
c r a s a , ó m a s c r a s a que la de la t i e r r a e n sentir de W o i f i o j
y de c o n s i g u i e n t e u n a s veces lloverá en ella, o t r a s h a r á frió,
o t r a s c a l o r , p o c o m a s ó m e n o s c o m o e n ese m u n d o . Y a u n
si hubiere de v a l e r mi d i c t a m e n , le aconsejaría yo á V . q u e
sacase u n a l m a n a l c p a r a los habitadores de la l u n a , que es
lo ú n i c o e n que t o d a v í a n o h a n d a d o los m o d e r n o s , y s e -
r í a de este m o d o u n héroe e n t r e ellos. L o que se ha di¿:ho
d e la l u n a , debe t r a n s f e r i r s e á los o t r o s p l a n e t a s , je; varis
servandis.
P. D . T e n e m o s al p i m p o r r e r o a l b o r o t a d o c o n u n a e s p e -
cie que ha oido á A v e r r o e s , y o n o sé d ó n d e ni c ó m o . D i j o ,
que había u n a s c á t e d r a s que p r o v e e r p o r oposición; y el p i m -
p o r r e r o , Dios es D i o s , que se tiene de o p o n e r . M e h a e m -
p e ñ a d o fuertemente p a r a que me v a l g a de V. p a r a saber
si s a l d r á otro p e o r , q u e lo p r i v e del d e r e c h o de p e o r í a e n
q u e se c o n t e m p l a . V . y a h a b r á podido n o t a r su i n s t r u c c i ó n :
c o n que d í g a m e su d i c t a m e n . D e s e a saber i g u a l m e n t e , si e n
la elección de jueces que se n o m b r a r e n p a r a proveerlas , se
p o d r á m a n i o b r a r de m o d o que el n o m b r a m i e n t o recaiga s o -
b r e él infaliblemente. A l e g a p o r m é r i t o s m u c h a s cosas j e n -
t r e ellas que n o e n t i e n d e el l a t í n , si n o se lo e x p l i c a n , y
q u e en el c a s t e l l a n o n o f a l t a n trabajillos. E n t r e estos y otros
m u c h o s peros que él m i r a c o m o m é r i t o , solamente lo d e s a n i -
m a el n o t e n e r á su favor siquiera u n a p e r a . E s p e r o á vuel-
t a de A v e r r o e s respuesta de V". p a r a que d e t e r m i n e el viaje,
ó se deje de eso. E s p e r s o n a de m u c h a s t r a z a s , y sabrá d a r -
se m a n a á q u e la cosa siga e n el pie q u e estuviere , y a u n ,
si fuese p o s i b l e , á p o n e r l a u n t a n t i c o p e o r .
213
CARTA XIII.
p. í. .lis. 1 3 . ) : q u e la relación e s , ó r e a l , ó m o r a l , ó i n t e -
lectual : que ia p r i m e r a ir, ipsa rerum natura constat, velitti ne-
xus patrem el fit'iu n : ¡a s e g u n d a opinione hominum, ve-
la'i relaiio v'trum Ínter ¿1 uxorem, inter actiones quasdam aut
hotiíi'.uis, aut tttrpitudinis, el seculi leges; y la t e r c e r a sola
cogí: añone constituí ut. E n el p r i m e r e g e m p l o tiene V". que si
219
a l padre se te m u e r e el h i j o , se acaba la n a t u r a l e z a de p a -
d r e , pues se a c a b a la relación qti& in ipsa nat'ura constat;
p e r o esto es n a d a . T i e n e V . en el s e g u n d o , que el v í n c u l o
del m a t r i m o n i o n o consiste mas que e n el m o d o d e p e n s a r
d e las g e n t e s ; de suerte, que si m a ñ a n a a m a n e c i e r a n ios nom-
b r e s persuadidos á que las mugeres d e b í a n ser c o m u n e s , c o -
m o quiso Piaron mi m a e s t r o , ó á que ios h o m b r e s podían al-
quilar sus m u g e r e s , e n eso consistiría el m a t r i m o n i o . í t e m :
si íes diera g a n a d e p e n s a r que dos casados n o ¡o e s t a b a n ,
c á t a t e a h í el m a t r i m o n i o disuelto. É l misino G e n u e n s e lo c o n -
firma e n s e n a n d o (loe. cit. p r o p . 4 0 . ) que las dichas relaciones
m o r a l e s son mere arbitrarias. D e d o n d e e s t á c l a r o , que ios
m a t r i m o n i o s que n o son m a s que estas r e l a c i o n e s , son mere
arbitrarios, y de consiguiente d u r a b V ; y estables ad nnium.
C u n d a V. esta e s p e c i e , y verá lo que se So a g r a d e c e n t a n t o s
casados de . c o n t e n t o ; . V n o olvide a q u e l l o de q u e ciertas a c -
ciones de t o r p e z a y h o n e s t i d a d , n o son o t r a cosa que m o d o s
de p e n s a r de la g e n t e : yo le diré á V. á su t i e m p o d e d o n -
d e vino esta d o c t r i n a .
D e j e m o s sobre las relaciones o t r a s infinitas c o s a s , y va-
mos á decir a l g o sobre las p r o p i e d a d e s de! e n t e . L a p r i m e r a
es su unidad. S e p a V. que en esto de cual es el principio de
i n d i v i d u a c i ó n , L e i b n i t z y su m a e s t r o J a c o b o T o m a s i o siguen
á A v i c e n a y A v e r r o e s . C o n que v e a V. si el P . N . t u v o r a -
z ó n p a r a reñir c o n ellos. E s v e r d a d q u e los escolásticos n o
h a n q u e r i d o s e g u i r l o s ; pero <il m e n o s ellos h a n servido a l -
g u n a vez. L u e g o el mismo T o m a s i o nos l e v a n t a cinco ó seis
falsos testimonios á m í , á los e s c o l á s t i c o s , y s a n t o T o m á s :
es c u e n t o largo ; dejémoslo p a r a e n a d e l a n t e .
Lo que aquí ni se puede ni se debe d e j a r , es la famosa
d o c t r i n a d e la identidad y d i v e r s i d a d de - las p e r s o n a s . E r a
m e n e s t e r escribirle á V . un libro p a r a e x p l i c a r l a s con toaos
r
X ¿ -i: .í> ib J> «1» A> J< * •!> -i» >li -í* «í» >¿» * i*' * * * * 6 ^ i * d i i ) i i l i 4 4 A 4 A ¿ 4 4 . S ¿ 4 * 4 í w * 6 A a ) *
C A R T A XIV.
V
Y e r d a d e r a m e n r e , a m i g o don M a n u e l , que si las m u c h a s
p r u e b a s de estimación que V. m e h a d a d o n o d e s v a n e c i e s e n
mi s o s p e c h a , t e n d r í a s o b r a d o m o t i v o p a r a f o r m a r l a de q u e
V. n o e r a mi v e r d a d e r o a m i g o . M e h a visto V . u n a ñ o h a
e s t a r e c h a n d o c a r t a s d e mi c u e r p o ; m e h a oido mil veces pro-
m e t e r m a s t r a b a j o ; ha o b s e r v a d o que éste va creciendo á v o -
l u m e n ; p u e d e h a b e r p r e s u m i d o q u e seré c o n t a d o d e n t r o de
dos dias e n t r e los e s c r i t o r e s del siglo X V I I I : ¿ y n o h a sido^
p a r a a v i s a r m e de u n defecto t a n e n o r m e , c o m o el en que h e
i n c u r r i d o de e s p a r c i r mi o b r a sin Prólogo? ¿ Q u é se h a b r á d i -
c h o de m i ? E n u n t i e m p o $n q u e h a s t a los A l m a n a k e s t i e -
n e n su prefación-, e n u n t i e m p o e n que lo m a s esencial d e
u n a t a r e a literaria consiste e n el p r ó l o g o y el í n d i c e , salir el
p e d a z o de s a l v a g e d e Aristóteles con u n a o b r a m o c h a , sin d e -
cir : ¡ e n t r ó m e acá que l l u e v e , n i a g u a v á ! D i o s le p e r d o n e á
V . la p e s a d u m b r e que con esta omisión me h a o c a s i o n a d o ; y
así lo libre de p a p e l e s i n s u l s o s , d e escritores de r e p e n t e , d e
sabios a b o r o n d o n a d o s , que t e n g a e n a d e l a n t e , m a s c u i d a d o ,
con mis cosas, y n o me deje e n tales descubiertos.
A u n a casualidad se le ha debido el que y o lo a d v i r t i e s e . .
Como allá e n mi t i e m p o e r a t a n escasa la cosecha de p r ó l o -
g o s , y éstos las m a s veces.consistían en u n v o c a t i v o que iba,
pegado t r a s la p r i m e r a p a l a b r a del c u e r p o de la o b r a ; n i , a u n
p o r la i m a g i n a c i ó n me había p a s a d o p o n é r s e l o á la mía. E n
esta buena fé me c o g i ó un dia de estos el P i m p o r r e r o , d i v i r -
t i é n d o m e con el p a p e l del P . N . ; y m i r a n d o c o m o p o r d e s -
a h o g o los asertos que le p r e c e d e n , e n c o n t r é dos p r ó l o g o s : se
240
m e hizo n u e v o el h a l l a z g o : le p r e g u n t é sobre é l ; y tnc a s e -
g u r ó ser t a n de ú l t i m a m o d a , t a n p r e c i s o , tan i n d i s p e n s a -
ble prologizar, no solo p a r a e s c r i b i r , sino también p a r a h a -
b l a r , q u e h a s t a los b o r r i c o s c o n v e n c i d o s d e esta v e r d a d h a -
c í a n p r ó l o g o s á su m o d o , y r e b u z n a b a n dos veces seguidas,
la p r i m e r a como i n t r o d u c c i ó n , y la s e g u n d a c o m o libro ó
tratado.
Ya V . puede c o n s i d e r a r si m e q u e d a r í a y o t r i o c o n esta
n o t i c i a . P u e d o c i e r t a m e n t e a s e g u r a r l e , que m a s de u n a vez
estuve t e n t a d o p a r a d e j a r m e de c a r t a s ; pues ellas con un p e -
c a d o t a n g o r d o , y .á mi ver t a n i r r e m i s i b l e , p e r d í a n todo el
m é r i t o y r e p u t a c i ó n , á q u e p o r ser escritas e n el siglo X V Í I I
las j u z g a b a yo a c r e e d o r a s . •
C o n o c i ó mi t u r b a c i ó n el P i m p o r r e r o , y a u n le c o m u n i -
q u é mi d e s i g n i o ; pero él (que es h o r a b r e ' c a p a z d e h a l l a r s a -
lida p a r a t o d o ) t a n lejos estuvo de a p r o b a r l o , que bien p o r
el c o n t r a r i o deshizo m i confusión, y a u n se b u r l ó de mi c o -
b a r d í a . ¿ C ó m o es e s o , me d i j o , s e ñ o r A r i s t ó t e l e s ? ¿ U n h o m -
b r e c o m o V . a c o b a r d a r s e por t a n poco? ¿ U n escritor de m o d a
p a r a r s e e n pelillos? ¿ P e r d e r t a n b u e n a o c a s i ó n de hacerse fa-
m o s o ? ¿Y-dejar ir la f o r t u n a de e n t r e las m a n o s ? A u n c u a n -
d o las c a r t a s de V . fuesen m a s m a l a s que l a C a v a , debia h a -
c e r s e c a r g o de que y a e s t a m o s en tiempo en que es c o n t r a -
b a n d o p u b l i c a r cosas b u e n a s . Si .saliera V . á ese m u n d o d e
p o r a h í a r r i b a , y t o m a r a m u c h o s libros e n las m a n o s , v e r í a
en ellos los a n a c r o n i s m o s p i s á n d o s e unos á o t r o s , ios solecis-
mos r e b o s a n d o , los b a r b a r i s m o s a p i ñ a d o s , los falsos t e s t i m o -
nios m o n t a d o s unos sobre o t r o s , los desatinos e n procesión,
la m a l a fé c o n la c a r a a s o m a d a , el e s p í r i t u de p a r t i d o ( c o -
m o n o sea á lo escolástico) t r a s t o r n á n d o l o t o d o , las b l a s f e -
m i a s á m e d i o v e s t i r , y la i g n o r a n c i a en p e l o t a : todo esto,
y m u c h o m a s v e r í a ; y vería t a m b i é n como n o faltaba q u i e n
aplaudiese tales l i b r o s ; quien los mirase como á unos o r á c u -
los de D e l p h o s ; q u i e n se valiese d e ellos p a r a h a c e r frente
á la ( c o m o por allá se d i c e ) preocupación; quien los pusiese
e n u n a s m e m o r i a s e r u d i t a s , y quien diese ruido c o n ellos á
los sabios ranciosos y p r e o c u p a d o s . ¿Y quiere V . a h o r a a c o -
quinarse? ¿Y n o tiene e s p í r i t u p a r a e c h a r á volar sus c a r t a s ?
V a y a , que es V . mas a p r e n s i v o que ¡o que es menester. D é -
las al p ú b l i c o por vida m í a , d é l a s al p ú b l i c o ; y c u a n t o al
24Í
p r ó l o g o , que ni puede ni debe p e r d o n a r s e , t o m e u n consejo
que le voy á d a r . V . h a d i c h o , y así es la v e r d a d , q u e s o n
infinitas las c a r t a s q u e tiene que escribir. H a «scrito t r e c e ,
c u y o n u m e r o c o m p a r a d o c o n el que reserva in pectore, tiene
ia p r o p o r c i ó n d e u n s e g u n d o de tiempo c o n t o d o el c u r s o d e
u n a ñ o . Ya sabe V . que u n segundo c o m p a r a d o con t r e s c i e n
tos sesenta y t a n t o s dias reputatur pro nihilo. E r g o a u n q u e V .
h a y a escrito t r e c e c a r t a s , puede c o n t a r con q u e t o d a v í a n o
ha e m p e z a d o su o b r a , y e n c a j a r el p r ó l o g o e n la c u a r t a d é
cima. A d e m a s : que á V". n o se le oculta que los p r ó l o g o s s o n
c o m o la c a r a de la o b r a , porque es lo p r i m e r o que a s o m a
d e e l l a . C o n que así c o m o u n a c a r a c o n b a r b a s l a r g a s , a n
tes d e a s o m a r e l l a , a s o m a n las b a r b a s ; así t a m b i é n este p r ó
logo d e V . puede ser la c a r a de su o b r a , sin e m b a r g o de h a
ber y a a s o m a d o trece c a r r a s , que deben r e p u t a r s e c o m o p o r
vigores del p r o l o g o . N o h a y pues q u e a c o b a r d a r s e : eche V".
do su c u e r p o u n valiente p r o l o g a z o , y c u e n t e c o n m i g o e n su
a y u d a , si acaso n o se sintiere c o n t o d a s l a s fuerzas q u e se
n e c e s i t a n p a r a ello.
V i el cielo a b i e r t o , a m i g o d o n M a n u e l , c o n esta i n d u s
t r i a : me a b r a c é c o n mi P i m p o r r e r o , le di las m a s e x p r e s i
vas g r a c i a s , y t r a t é desde luego d e p r o c e d e r c o n su a y u d a á
p r o l o g i z a r . E n fé de lo cual le p r o t e s t o á V . c o n todas las
formalidades que de d e r e c h o se r e q u i e r e n , que esta m i C a r
t a X I V es el p r ó l o g o d e mi o b r a : que la escribo p a r a q u e
sea p r ó l o g o : que con la a u t o r i d a d , que sobre ella m e c o m
p e t e , la p o n g o el n o m b r e d e p r ó l o g o ; y q u i e r o q u e t o d o s y
c a d a u n o de los que la l e y e r e n , la t e n g a n formalher redupli—
cative como p r ó l o g o d e las C a r t a s A r i s t o t é l i c a s : que así es
mi v o l u n t a d .
M a s p o r c u a n t o el P i m p o r r e r o m e h a a d v e r t i d o que e l
p r o l o g o , p a r a que siente b i e n , y sea de ú l t i m a m o d a , d e b e
ser prólogo á la francesa , o m i t o el t í t u l o de Prólogo Galeo
ta que q u e r i a p o n e r l e , y desde a h o r a p a r a s i e m p r e q u i e r o
que se l l a m e Prólogo con polvillos, ó Prólogo con surtout, ó
"¡Prólogo con erizan: q u e a s í será d e m o d a , y á l a francesa.
Puesto así el t í t u l o de mi p r ó l o g o , m e dice el P i m p o r
r e r o que lo p r i m e r o q u e e n él se d e b e h a c e r , es p o n e r u n a s
p o c a s de a l a b a n z a s m i a s , decir d e mi t a l e n t o , de mi p o r
fiado e s t u d i o , d e mi b u e n j u i c i o , d e lo libre q u e e s t o y d e
т о м . v. 31
2+2
p r e o c u p a c i o n e s ; y si p u d i e r e ser, los h o n o r e s que o b t e n g o ,
que a u n q u e e s t e n conseguidos- p o r o t r o s c a p í t u l o s , d e b e n su-
ponerse c o m o n a c i d o s d e mis m é r i t o s , y debidos a el ios. Si
h e de d e c i r la v e r d a d , a l principio se me hizo duro c o n v e -
n i r c o n lo que decia el P i m p o r r e r o . M e p a r e c í a á mí que el
p r ó l o g o t o d o debía i r r e s p i r a n d o modestia y sencillez ; que
m i s a l a b a n z a s n o las h a b í a n de o i r los lectores de mi boca,
sino yo e s p e r a r l a s d e l a s u y a ; y que referir los h o n o r e s y
d i s t i n c i o n e s q u e tuviese , e r a p o n e r m e e n obligación de h a -
cer ver a l m u n d o t o d o , q u e n o se h a b í a n conseguido p o r m e -
dios e x t r a o r d i n a r i o s , p u e s si luego en mi o b r a a d v e r t í a n n o
c o r r e s p o n d e r el Don c o n la 1/'einucnutría, q u i e r o d e c i r , la ins-
trucción c o n los e m p l e o s , s e r i a n estos m a s bien o p r o b i o , que
elogio del a u t o r . M a s el misino i i m p o r r e r ò me sacó de este
e s c r ú p u l o , r e t i n á n d o m e dos p a s a g e s de dos a m o r e s , que h o y
v i v e n e n ese m a n d o ; el p r i m e r o escritor de u n curso e c l é c t i -
co de moda, y el s e g u n d o d e c i e r t a s reflexiones y c a i t a , d o n -
de a m b o s p r a c t i c a n sus p r e c e p t o s . JNO pude menos que c o n -
vencerme , y sujetarme también á egecutarlo.
P o r lo c u a l , señores l e c t o r e s , h a n d e saber V V . que soy
lile ego, qui quondam m e llamé A r i s t ó t e l e s : estudié c o n Pla-
t o n , c o n q u i e n t a m o i e n e s t u d i a r o n o t r o s z o q u e t e s : fui a v e -
ces t u n a n t e , y á veces a p l i c a d o : tuve a m i g o s , pero como e n -
tonces el t e n e r a m i g o s sabios n o p r o b a b a serio t a m b i é n , n o
t e n g o p a r a q u é decir q u i e n e s f u e r o n : tuve e n e m i g o s , y en
esto me p a r e c í a t o d o s , q u e y a por b u e n o s , ya por m a l o s ,
los tienen. Enseñé e n el L i c e o , porque si n o e n s e n a b a no c o -
m i a . A l e j a n d r o m e favoreció a t i t u l o de s a b i o , y con esto
t a n lejos estuve d e c r e e r m e d i s p e n s a d o de t r a b a j a r , que p o r
l o m i s m o redoblé mi> estudios. Escribí lo que D i o s fue s e r -
v i d o , y m e m o r í , c o m o se m u e r e n todos. Después de m u e r -
t o fui g e n t i l , c o m o lo h a o i a sido en v i d a : p a s é luego a s e r -
vir e n c a s a de m u c h o s h e r e g e s , e s p e c i a l m e n t e a r r í a n o s : m e
a c o m o d é p o c o d e q x i e s con a l g u n o s c a t ó l i c o s : fui riempo a d e -
l a n t e M u . s u u m n : u n fraile m e b a u t i z ó ; y desde e n t o n c e s acá
h e sido c r i s t i a n o , m é d i c o , j u r i s c o n s u l t o , t e ó l o g o , y casi
t o d o Jo q u e h a y q u e ser. H a b i é n d o s e c a m b i a d o los t i e m p o s ,
h e t e n i d o que i r m e r e t i r a n d o d e u n a h o r r o r o s a n u b e que,
levantándose del Aquilón, me amenazaba con piedras y r a -
y o s . M e a t r i n c h e r é e n ta E s p a ñ a á m e d i a d o d e l siglo X V i l ,
243
d o n d e !o he p a s a d o r e g u l a r m e n t e h a s t a estos a ñ o s ú l t i m o s ,
e n que viM¡do q u e la c o s a n o a n d a m u y f a v o r a b l e , t o m é
resolución de m e t e r m e f r a i l e , y h a c e r p e n i t e n c i a e n lo m a s
r e c ó n d i t o de mis m e t a f í s i c a s . E s t a h a sido mi vida y e g e r -
c i c i o s : ellos me g r a n g e a r o n el h o n o r de h a b e r sido c a s a d o ,
que h a sido el e m p l e o de m a s i m p o r t a n c i a q u e he t e n i d o e n
el m u n d o . Acá a b a j o a n d a la cosa m a l í s i m a , y lo peor es
que sin remedio ; y lo m a s peor , que h a y sabios que t o d o s
los días v i e n e n á p a r t i c i p a r de mi suerte , y d e j a n semilla-
p a r a que t r a s ellos v e n g a n i n n u m e r a b l e s infelices. L o d e m á s
que s o y , mis C a r t a s lo d i r á n . Bien que p o r ellas n o d e b e
f o r m a r s e c o n c e p t o de lo que fui tiempos a t r á s , p o r q u e mis
m u c h o s anos y mis trabajos m e t i e n e n meliloto.
D i c e el P i m p o r r e r o que después d e b o e x p o n e r las c a u -
sas que me ob igan á e s c r i b i r , v. g r . : la necesidad q u e h a y
m a t e r i a s que c o m p r e n d o se t r a t e n d i g n a m e n t e ;
ia s u m a i g n o r a n c i a e n que se debe s u p o n e r al p ú b l i c o ; los
m u c h o s d e s ó r d e n e s que h a y que c o r r e g i r ; el c e l o p o r el bien
de la p a t r i a , e m p e z a n d o p o r estas ó semejantes p a l a b r a s : acer-
bíssimo namque dolare disrumpor, quoties serió considero, &c.
m a s que ni y o c o n s i d e r e serio , ni r e b i e n t e de dolor ; p o r
último la u t i l i d a d d e los j ó v e n e s , el h a b é r m e l o p e d i d o así
a l g ú n discípulo , y o t r a s infinitas s a c a l i ñ a s . N o quisiera y o
e m p e z a r m i n t i e n d o t a n á t r a p o t e n d i d o . Si por m í f u e r a , di-
ría que escribo p o r q u e se m e h a puesto e n los c a s c o s : q u e
a u n q u e n i n g ú n e s c r i t o r lo h a y a confesado así , me a t r e v í a
á a p o s t a r á que , á excepción de a l g u n o s pocos del t i e m p o
d e M a r i c a s t a n a s , todos ó los m a s h a n escrito p o r lo m i s -
m o que y o , ó quizá p o r m e n o s ; e s p e c i a l m e n t e e n este si-
g l o , en que el que n o puede g a n a r de c o m e r por o t r o l a -
do , se mete á escritor que es s a n t a c u c a ñ a . Solo y o , que
soy el sastre del C a m p i l l o , me q u e d a r é siendo el A d á n de
¡os escritores, el Prosista in re, y P o e t a in pecunia. N o cos-
í a n t e todo esto , debo a c o m o d a r m e c o n lo que m a n d a mi
maestro de p r ó l o g o s ; y así d i g o : que esta o b r a es n e c e s a r i a
p a r a que h a y a u n a m a s : q u e el público i g n o r a lo que n o s a -
be : que los d e s ó r d e n e s que h u b i e r e , corríjalos a q u e l á q u i e n
le t o q u e : que mis discípulos no h a n soñado p e d i r m e e s t a s
c a r r a s ; y que el celo n o lo conozco , p o r q u e mi m u g e r F i -
t i n a s siempre fue b u e n a c a s a d a . H e a q u í , lector c a r í s i m o ( ó
244
b a r a t o , ó como fueres), lo que t e n g o que decirte sobre la i m -
p o r t a n c i a de mi o b r a . H o m b r e s impíos y blasfemos h a n ridi-
culizado i n d i g n a m e n t e c u a n t o h a y en el m u n d o de s a n t o y
de d i v i n o : se h a n abierto c a m i n o p a r a e! "plauso con el f a l -
so n o m b r e de filósofos; y al p a s o que se h a n b u r l a d o de las
cosas m a s s a c r o s a n t a s , h a n a d m i t i d o ellos lo que era de e s -
p e r a r de unos h o m b r e s a b a n d o n a d o s al reprobo s e n t i d o : c u n -
d e n sus o b r a s c u a n d o d e b i e r a n a r d e r : se leen por g e n t e s bien
^y m a l i n t e n c i o n a d a s : estos ú l t i m o s b u s c a n las sales de sus
blasfemias; y los p r i m e r o s la solidez que c r e e n hallar en a l g u -
n a s d e sus d o c t r i n a s . ¿ P u e d o y o h a c e r t e m e j o r servicio que
s a c a r á p ú b l i c a p l a z a lo ridículo de ellas? Si quieres mi p e n -
s a m i e n t o m a s c l a r o , a n d a á b u s c a r quien te lo explique.
Sigúese d e s p u é s , teste Pimporrero, que e x p o n g a el t í t u -
l o de mi o b r a . Aquí te c o n f i e s o , lector pió ó c a s t a ñ o , q u e
aqua h&ret; y m a s bien q u i s i e r a n o h a b e r m e m e t i d o á e s c r i -
t o r , que t e n e r q u e p o n e r l e n o m b r e á mis escritos. C o m o n o
es r e g u l a r , ni d e c e n t e , q u e ellos se l l a m e n Carfaí á s e c a s ,
sin m a s a ñ a d i d u r a s n i e p í t e t o , y c o m o por o t r o lado es t a n
difícil h a l l a r u n o q u e les c u a d r e , todo se m e va en r a s c a r m e
l a c a b e z a , a r r u g a r la f r e n t e , y no s a c a r cosa que sirva.
¿ L a s l l a m a r é Cartas instructiva ; i Así las llamó u n o que lue-
1
m i a s fuesen s u b v e r t e n t e s . ¿Provinciales
2
N o : que aquellas m e -
t i e r o n m u c h o r u i d o , y luego hubo aquello de C l e a n d r o y el
o t r o . -¿Judías . A b r e n u n c i o : que t i e n e n rabo. ¿Persianas
2 2
Mal-
d i t a s s e a n ellas. ¿ P u e s c ó m o las hemos de l l a m a r ? V o t o á
N a s a n e s que y a las e n c o n t r é el título : Cartas
r
Lógico-Físico-
Éthico-Ontológico-Crítico-Aero siáticas. E s t e s í ' q u e es u n n o m -
b r e t a n p r o p i o , c o m o el que d o n Quijote le puso á su c a b a -
llo. Al m e n o s aquello d e Aerostático le viene t a n d e m o l d e ,
como que explica el m o d o de llevarlas.
Dice t a m b i é n el P i m p o r r e r o : que p a r a que desde el p r ó -
l o g o se c o n o z c a la s u m a i n s t r u c c i ó n del a u t o r , debe éste di-
245
s e r r a r u n p o c o , t o m a n d o motivo del n o m b r e q u e le p o n e á
su obra , sobre la historia d e l a cosa q u e t r a t a , h a s t a d e s c u -
brirle los ú l t i m o s huesos. V . g r . escribe u n o ¡a gatomaquia:
debe e x p l i c a r con m u c h o a p a r a t o de e r u d i c i ó n , q u i é n fue e l
p r i m e r o q u e tuvo g a t o e n su c a s a ; e n q u é p a r t e del m u n d o
r i ñ e r o n los gatos p o r la p r i m e r v e z ; c u á n t o s meses t e n i a e l
g a t o que e n t r ó e n el a r c a d e N o é , y c ó m o se l l a m a b a la g a -
ta q u e c a z a b a los r a t o n e s e n casa d e M a r c o T u b o . Ya v e o ,
a m i g o m i ó , l a suma i m p o r t a n c i a de estas disputas, y q u e s u s
d e c i d o n e s p u e d e n servir a d m i r a b l e m e n t e p a r a h a c e r feliz á
la p a t r i a : y a v e o q u e el q u e p o r allá sabe d a r g o l p e e n e l
c l a v o de semejantes dificultades, m e r e c e el n o m b r e d e e r u d i -
t o : p e r o y o ( ¡ p o b r e d e m í ! ) ¿ d ó n d e he de i r á b u s c a r t a l e s
noticias ? A A v e r r o e s le e n c a r g u é que m e las buscase c o n d e -
signio de t r a t a r del o r i g e n de las c a r t a s . M e d i c e : q u e h a -
biendo e s t a d o d e s e n v o l v i e n d o libros todo u n d í a , e n c o n t r ó
p o r fin u n m a n u s c r i t o e n l e n g u a c h i n a q u e decia : q u e las
c a r t a s deben su o r i g e n al p r i m e r o q u e las escribió. Yo n o sé
si esto será a s í ; lo e x a m i n a r é c o n el cuidado q u e p i d e la m a -
t e r i a , p a r a p o d e r i n s t r u i r t e , lector b e n é v o l o , e n u n a c o s a
que t e h a c e t a n t o al caso. T a m b i é n pienso e m p l e a r m e e n a v e -
r i g u a r el o r i g e n d e l p a p e l , p l u m a y t i n t a , q u e s o n las t r e s
cosas m a s necesarias p a r a escribir , n o solo las c a r t a s , s i n o
c u a n t o se escribe. D e las dos ú l t i m a s cosas n a d i e h a t r a t a d o
que y o sepa. A c e r c a d e l a p r i m e r a , a u n q u e y a n o f a l t a n m a s
q u e c i n c u e n t a siglos p a r a q u e los a u t o r e s se c o n v e n g a n e n
c u á l e s la n a c i ó n q u e i n v e n t ó el p a p e l de t r a p o s , n o h e v i s -
t o u n o siquiera que e n s e n e , d e q u é t r a p o s se c o m p o n í a el p r i -
m e r p a p e l . H a r é lo q u e p u e d a en d e s c u b r i r l o , y v e r e m o s e n -
tonces si se h a n de llevar esta gloria los escarpines ó l a s c a l -
cetas. V a m o s á o t r a cosa.
M e m a n d a m i m a e s t r o q u e h a g a u n sinopsis d e t o d a l a
o b r a ; p e r o esto n o le d a r á e n el p i c o . C u a n d o se usaba e s -
cribir el p r ó l o g o después de h e c h o el libro, e r a cosa fácil: m a s
ahora q u e e m p i e z a u n o escribiendo el p r ó l o g o , s i n saber d e
lo que h a d e decir d e s p u é s , o t r a cosa m a s , sino q u e t i e n e
m u c h o q u e d e c i r ; ¿qué diablo d e sinopsis h a d e h a c e r ? P a -
se mi prólogo e n t r e los p r ó l o g o s e r r a n t e s q u e se a n d a n d e
a q u í p a r a a l l í , sin fijarse á p e n s a m i e n t o a l g u n o ¡as m a s v e -
c e s , p o r q u e el a u t o r v a á escribir lo q u e s a l g a : p u e s y o d e
2*6
mi o b r a so!o deseo que s a l g a en l i m p i o , que es mentira lo de
mi entierro, y que es v e r d a d lo de que es o t r a cosa la que
d e b e e n t e r r a r s e . Esto lo h a r é e n el n u m e r o de C a r t a s que p u -
d i e r e ; y así n o a g u a r d e s , lector p r u d e n t e , ( q u i e r a Dios que
l o s e a s ) á que yo te v a y a d i c i e n d o : esta C a r t a t r a t a r á d e
e s t o : la que se s i g u e , de lo o t r o ; ni t a m p o c o , s e r á n t a n t a s
C a r t a s . Solo sabré d e c i r t e ; que s e r á n m u c h a s , á n o ser que
a l g ú n m a l a n d r í n follón v e n g a y t a p e el boquete d e la s i m a
d e C a b r a , p o r q u e e n t o n c e s n o t e n d r á A v e r r o e s por d o n -
de salir.
L u e g o se sigue q u e yo te dé cuenta de los a u t o r e s que he
s e g u i d o , y del t r a b a j o q u e he e m p l e a d o e n sacar á mi o b r a
de m a n t i l l a s . I n g e n u a m e n t e te c o n f i e s o , d i s c r e t í s i m o l e c t o r ,
q u e n i n g u n a cosa h a g o c o n m e n o s g a n a . Sería m u y posible
q u e así q u e h a y a s visto mis C a r t a s con t a n t a s citas, con r e l a -
c i ó n á t a n t o a u t o r , á t a n t o siglo, á t a n t o h i s t o r i a d o r , á t a n -
to filósofo, & c . & c . te h a y a s p r e s u m i d o q u e soy y o a l g ú n
non plus ultra d e e r u d i c i ó n , a l g ú n O m n i s c i o v e n i d o de l a
p a r t e de a l l á d e los P i r i n e o s , a l g ú n h o m b r e de s u m o fondo
é i n s t r u c c i ó n . A n a d i e le p e s a d e que j u z g u e n de él de este
m o d o ; ni al que j u z g a a s í , se lo h a de t o m a r Dios e n c u e n t a .
P e r o , lector mió de mi a l m a , así q u i e r a D i o s que sea m e n -
t i r a lo d e . m i e n t i e r r o , c o m o ¡o es eso q u e tu has p e n s a d o .
¿ Quieres mi difinicion e n p o c a s p a l a b r a s ? Pues m i r a , y o soy
Petras in cunctis, h o m b r e u n i v e r s a l e n índices de l i b r o s : q u e
e n t i e n d o a l g u n a s veces lo p o c o que leo , y o t r a s veces m e
q u e d o e n a y u n a s , c o m o te sucederá á ti. Sé que hay g r a -
m á t i c a , y que los q u e la s a b e n n o h a c e n s o l e c i s m o s : he o í -
d o decir q u e e n t i e m p o s a n t i g u o s hubo filósofos y filosofías:
estudié esta allá en mis m o c e d a d e s , é hice los p r o g r e s o s q u e
d i c e n u n o s y n i e g a n otros. Supe las m a t e m á t i c a s ; p e r o se m e
h a n o l v i d a d o , y de ellas n o m e a c u e r d o d e o t r a cosa m a s
sino de q u e los p u n t o s n o son l í n e a s . A h o r a también m e o c u r -
r e sobre la a r i t m é t i c a , que dos veces dos son c u a t r o : sobre
la g e o g r a f í a , q u e p a r a ir á F i l i p i n a s es m e n e s t e r e m b a r c a r -
s e ; y sobre la a s t r o l o g í a , q u e las siete Cabrillas e s t á n en el
cielo , c o m o lo a s e g u r a el famoso a s t r ó l o g o S a n c h o P a n z a .
D e la teología he oído decir a l g o ; e s p e c i a l m e n t e t e n g o m u y
e n m e m o r i a , que non licet estafar á nadie c o n t í t u l o de s a n t i -
d a d . D e la m e d i c i n a se m e h a n q u e d a d o e n la c a b e z a a l g a -
247
nos t é r m i n o s , para saber explicarme c u a n d o q u i e r o q u e me
e n t i e n d a n ; v. g r . , d i g o hueso sacro, c u a n d o v o y á n o m b r a r
la r a b a d i l l a ; y oleum serpentium terrestrium, p a r a decir a c e i -
te de l o m b r i c e s . Sobre la j u r i s p r u d e n c i a n o he a c a b a d o d e
a v e r i g u a r , si ella es la ciencia de d a r l e á c a d a uno lo que es
s u y o , ó q u e d a r s e c o n lo q u e es de t o d o s ; bien q u e e n t i e n d o
m e d i a n a m e n t e , q u e si C a y o y S e m p r o n i o l i t i g a n , es p o r q u e n o
están en paz. D e historia t a m b i é n sé m u y b u e n p e d a z o : t e n g o
leída la de las g u e r r a s civiles d e G r a n a d a , la de F e r n a n - M e n -
d e z - P i n t o y o t r a s m u c h a s . E n la c r í t i c a he h e c h o a s i m i s -
m o u n o s p r o g r e s o s no v u l g a r e s : m e a t r e v o á defender que
J u l i o C é s a r n u n c a e s t u v o en M é g i c o , y que A l e j a n d r o mi dis-
cípulo n o c o n o c i ó á R o d r i g o D í a z de V i b a r . Soy un r e t ó r i c o
t a l c u a l ; y c o n un libro de, elocuencia en la m a n o p u e d o d e -
cirte u n o p o r u n o todos los t r o p o s .
E i t a es mí i n s t r u c c i ó n ; y si bien lo c o n s i d e r a s , l e c t o r
a m a n t í s i m o , esta es la i n s t r u c c i ó n d e t a n t o s , q u e a p e n a s se
e n c o n t r a r á q u i e n e n t i e n d a a l g u n a c o s a m a s q u e lo que yo e n -
t i e n d o . C o n este a p a r a t o , c o n el d e m e d i a d o c e n a d e l i b r o s ,
con c u a t r o citas q u e m e t r a e A v e r r o e s , c o n las n o t i c i a s q u e
m e d á el P í m p o r r e r o y a l g u n a s o t r a s p o q u h l a s , m e he m e -
tido á e s c r i t o r s i g u i e n d o la c o s t u m b r e del siglo , y rio s o l a -
m e n t e s o b r e filosofía, sino t a m b i é n sobre tocio lo d u n a s q u e
t e n g a a l g u n a c o n c e r n e n c i a c o n mis C a r t a s . N o te a d m i r e s ;
h a y e n ese m u n d o infinitos e s c r i t o r e s , q u e t a n t o y m a s que
y o se s a l e n d e su f a c u l t a d . V e r a s á los a b o g a d o s h e c h o s m a e s -
t r o s d e a g r i c u l t u r a , p o r q u e h a n visto los c a m p o s ; d e p i n t u r a
p o r q u e h a n leido á P a l o m i n o ; d e filosofía, p o r q u e e s t u d i a r o n
d o s a n o s ; d e t e o l o g í a , p o r q u e t a m b i é n q u i e r e n q u e Dios les
p o - i g a pleitos. V e r a s a los t e ó l o g o s t r a t a r d e i n d u s t r i a , s i e n -
d o unos h o m b r e s á q u i e n e s p o r lo c o m ú n es m e n e s t e r q u e
t o d o se l o d e n h e c h o y g u i s a d o ; d e a r q u i t e c t u r a , p o r q u e h a -
blaron con un peón de a l h a m í ; de e c o n o m í a , p o r q u e salen
á la calle a c o m p a ñ a d o s del c o c i n e r o . V e r á s en fin p o r este
estilo t r a t a r c a d a u n o d e a q u e l l o , d e que p o r r a z ó n de su d e s -
t i n o debía e n t e n d e r m e n o s .
E s t a b a la E s p a ñ a pocos a ñ o s ha m e t i d a e n un error: se
creía c o m u n m e n t e q u e cada u n o debia ceñirse t a n t o á los lí-
m i t e s de su f a c u l t a d , q u e n u n c a le fuese lícito ni a u n s a l u -
dar las otras. Vino e l desengaño: el modo de remediar el mal
24 S
p a r e c í a ser, q u e c a d a u n o p r o c u r a s e instruirse á f o n d o e n l o
q u e era de su profesión, y t o m a r a l g u n a s noticias que le d i e -
s e n i d e a d e las o t r a s ; p e r o n o s e ñ o r , el remedio q u e se h a
p u e s t o es e s t u d i a r l o t o d o , decidir de l o d o , escribir sobre rodo;
y e n caso de a p l i c a r s e á a v e r i g u a r a l g o , m a s bien escoger-
l o que ni nos t o c a ni p o d e m o s , que lo que se p o d r í a y c o n -
s e g u i r í a c o n m a s p r o v e c h o y felicidad.
Así q u e , lector m i ó , ó de quien fueres, yo he de e s c r i -
b i r d e c u a n t o m e v e n g a e n v o l u n t a d ; y a u n estoy t e m a d o p o r
p a r i r u n libro d e n a v e g a c i ó n , sin e m b a r g o de n o h a b e r vis-
to m a s n a v i o s q u e u n o p i n t a d o . L a s especies q u e te a p u n t a
l a o b r a p r e s e n t e , u n a s son vistas e n sus o r i g i n a l e s , o t r a s e n
u n í n d i c e . Q u i s i e r a y o h a b e r p o d i d o e v a c u a r l a s citas t o d a s ;
lo he h e c h o c o n a l g u n a s , h a z l o tú c o n las r e s t a n t e s ; q u e
u n h o m b r e m e t i d o e n estas c a v e r n a s n o p u e d e t a n t o c o m o
los que a n d a n p o r a h í a r r i b a . E n los casos de hecho m e h e
a t e n i d o á mi P i m p o r r e r o , quien dice los a p r e n d i ó de a u t o -
res c o n t e m p o r á n e o s . P o d r á ser que h a y a a l g u n a e q u i v o c a c i ó n
t a n t o e n aquellas c o m o e n e s t o s : e n m i é n d a l a si la e n c o n t r a -
r e s , y si t e d a la g a n a h a z m e f a v o r d e c r e e r , que p a r a mi
i n t e n t o ni d e s e o , ni he d e m e n e s t e r á la m e n t i r a . Si quieres
l l á m a m e doctor índice: p e r o m i r a que c o n esa p e d r a d a has d e
m a t a r á m u c h o s p á j a r o s ; y a u n q u e e n p a r t e digas bien , c u
p a r t e c o n o c e r á s q u e h a y o t r o s índices m a s índices q u e y o .
S a b e p o r ú l t i m o , que c o m p o n e r e s t a s C a r t a s n o m e h a c o s -
t a d o n i u n m a r a v e d í . S i e m p r e e x c e p t ú o el papel y la t i n t a ,
e n q u e l l e v o g a s t a d o s n u e v e r e a l e s y m e d i o , que bien sabe
D i o s la falta q u e m e h a c e n . P e r o e n lo d e m á s , l e c t o r d e v o -
t í s i m o , así te p u d i e r a s e s t a r t ú t o d a tu vida sin v e r u n a C a r t a
m i a , c o m o e s t o y y o lejos d e a n d a r a l q u i l a n d o quien m e ha*
g a escritor. C i c e r ó n , A v e r r o e s y el P i m p o r r e r o me a y u d a n :
debes e s t a r l e s a g r a d e c i d o , c o m o t a m b i é n al T u e r t o a m a n u e n -
s e , quien c o n este m o t i v o te se ofrece p o r s e r v i d o r .
E l ú l t i m o c a p í t u l o d e mi p r ó l o g o debe ser sobre mi e s -
t i l o , p o r q u e así lo dice el señor P i m p o r r e r o . Yo quisiera, ó p -
t i m o l e c t o r , que él fuese el m a s puiidito y m a s a f r a n c e s a d o
q u e hubiese n a c i d o de p l u m a . Quisiera e m b e l e s a r t e con é l , y
g r a n g e a r m e tu b u e n c o n c e p t o en vez de tus r e p r o c h e s , e s -
c r i b i é n d o t e c o m o u n C o r n e i l l e : p e r o ( t e lo confieso c o m o si
estuviera á tus p i e s ) n o h e p o d i d o c o n s e g u i r l o p o r m a s que
249
l o h : envidiado. ¡ A h ! ¡Si y o s u p i e r a e n c a j a r t e las b r i l l a n
tes locuciones u n e veo i m p r e s a s en o t r o s t a n e s p a ñ o l e s con,o
t u ! Si y o s u p i e r a decir seno farmador, p a r a d e c i r vientre; pe
riodos brillantes y de golpeo, p a r a decir qué sé y o q u é ; inge
nios cortadores, sin que tú entendieses á los c a r n i c e r o s ; in
mortalidad ventosa, p a r a que rae tuviesen p o r c i r u j a n o ; rayos
de bronce, que significasen c a ñ o n a z o s : si y o s u p i e r a e s t o , l e c t o r
m i ó , n o me c a m b i a b a p o r el C a p i g i Bacín de C o n s t a n t i a o p l a .
¡ P u e s qué me q u e r r á s d e c i r , si yo p u d i e r a u s a r de a q u e l l a s
m e t á f o r a s que m e e n c a n t a n y me s u s p e n d e n ! El mundo
batía can libertad sus máximas, t o m a n d o la alusión quizá d e l
c h o c o l a t e . O t r a : Vaciado en la presunción nada le acomoda, si
no lo que larga sus alas al vienta , y solo descansa en el trena
que se levanta muchos codos sobre la tierra. N o d i g o yo рос
saber c o m p o n e r l a s , sino p o r e n c o n t r a r quien me las e x p l i
case , d a r i a . d e buena g a n a u n a g o r r a vieja que t e n g o . ¡Ahí
í Qué felicidad de e n t u s i a s m o este, que te voy á p o n e r c o
p i a d o á la l e t r a del m i s m o p a p e l e m b e l e s a n t e i A vista de la
soberbia ¡(ama , y en donde se respiraba todavía el vienta, que
en otros tiempos sopló al alto capitolio, y á aquel senado alta
nera que dominó al universo. ¿ P u e d e d a r s e cosa m a s l i n d a?
N i el mismo V i r g i l i o , todo p o e t a q u e es é l , sería c a p a z d e
p r o d u c i r t a n bellas locuciones. N i el P . S o t o m a r n e l l e g a á
los zancajos de este a l t i s o n a n t e y e n f á t i c o m o d o d e e x p l i c a r
se. N o me d e t e n g o mas , juicioso l e c t o r ', en* este p u n t o , p o r
el m u c h o s e n t i m i e n t o que me cuesta v e r m e t a n a t r a s a d o e n
el a r t e de h a b l a r á lo c u i t o , sin p o d e r p o n e r t e siquiera m e
d i a d o c e n a de p e r i o d o s , que tú n o puedes e n t e n d e r ni y o t a m
p o c o . C o n que no h a y m a s r e m e d i o que p a c i e n c i a . Yo m e
explicaré á la p a t a la l l a n a , y tú me e n t e n d e r á s c o n t a n t a
facilidad como si te se hablase en c a s t e l l a n o .
C o n c l u i d o y a todo lo que tenia que d e c i r t e , n o me fal
ta o t r a cosa mas q u e p o n e r u n a p e r o r a c i o n c i t a , p a r a que
salga mi p r ó l o g o como m u c h o s que ha visto el P i m p o r r e r o .
D o s cosas dice éste que d e b e c o m p r e n d e r : la p r i m e r a o c u
p a r tus objeciones ; y la segunda pedirte p e r d ó n . P a r a sol
ver tus a r g u m e n t o s a n t e s q u e me los p o n g a s , dice que d e
b o prevenirte de este modo. N o f a l t a r á n quizá p r e o c u p a
dos , que c e r r a n d o los ojos á la luz de la v e r d a d , sean Z o i
los y Aristarcos de mis C a r t a s ; m a s si ellos t i e n e n a l g u n a
том. v. ЗЯ
250
c o s í que o p o n e r m e , , no m u r m u r e n en tos r i n c o n e s , saquen
l a c a r a al p ú b l i c o , q u e c o r t a d a s t e n g o las plumas p a r a m a -
n i f e s t a r , c u a n a t r e v i d a es la i g n o r a n c i a . Y o , lector a m a b i -
lísimo , n o quiero a c o m o d a r m e coa esto precepto de proio-
gizar ; pues se me l i g a r a que ¡él n o es o t r a cosa que un r e -
m o r d i m i e n t o de la c o n c i e n c i a , que c o n o c i é n d o s e rea de a l -
g ú n p e c a d o , se a n t i c i p a á eludir las reprensiones. M e a c u e r -
d o de h a b e r visto un librito de excelentes versos en c u a n -
to á su forma ; p e t o de m a l í s i m o s en c u a n t o á la m a t e -
ria. En él a p u r a b a e! autor ( que si n o se ha m u e r t o t o -
d a v í a v i v e ) la fuerza de t o d a su i m a g i n a c i ó n , p a r a t r a s l a -
d a r al papel c o n t o d o su fuego a l g u n o s pensamientos a m o -
rosos. El i n c e n d i o del c o r a z ó n , la c o n m o c i ó n de los afec-
tos , la viveza de Jas i m a g i n a c i o n e s , el impulso de los d e -
seos , todo e s t a b a t a n bien p i n t a d o , que n o parecía sino
que era la m i s m a cosa ; de m o d o que no h a i i a n mas ni
u n O v i d i o , ni un H o r a c i o , ni u n C á t u l o . N o t e n i a a mi
ver m a s falta que u n a , que equivale p o r t o d a s , á saber:
q u e ni a q u e l l o p u d o c o n c e b i r s e sin l l e n a r s e a n t e s el a l m a de
i m á g e n e s lascivas , ni puede leerse sin que u n o se a c u e r d e
d e lo que n u n c a se debe a c o r d a r . Él i m i t a b a á H o r a c i o : esa
es la v e r d a d ; p e r o t a m b i é n lo es que H o r a c i o a d o r a b a , si
a d o r a b a á alguien., á un J ú p i t e r a d u l t e r o ; y el a u t o r que ci-
t o , á u n D i o s crucificado. Sin e m b a r g o él se p r e v i e n e del
m o d o referido e n el p r ó l o g o c o n t r a los espíritus t í m i d o s , y
r i d i c u l a m e n t e supersticiosos; pues esto viene á decir sobre po-
c o m a s ó m e n o s , p o r q u e y a ha m u c h o tiempo que lo leí. T e n -
g o h e c h a la m i s m a o b s e r v a c i ó n en otros p r ó l o g o s . C o m o el
autor empiece á curarse en s a l u d , no hay r e m e d i o , n o v e -
d a d t e n e m o s , d i s p a r a t e s nos a m e n a z a n , ó se nos v e n d e n g é -
n e r o s de c o n t r a b a n d o . Ú l t i m a m e n t e d e c i r y o á mi l e c t o r
( q u e t o d a v í a no sé quién s e r á ) que está p r e o c u p a d o , que es
u n f a n á t i c o , un d e v o t o r i d í c u l o , ó cosa s e m e j a n t e , es h a -
c e r u n juicio t e m e r a r i o , g r a n g e a r m e u n e n e m i g o , sin q u é
n i p a r a qué ; y r e ñ i r c o m o los m u c h a c h o s con a q u e l l o d e ,
mas picaro eres tú.
Mis C a r t a s , lector v e n e r a b l e , n o te t r a e n n a d a c o n t r a
Dio» , ni c o n t r a la Religión , ni las costumbres. Son á f a -
v o r de todo e s t o ; y si bien lo consideras, de tí m i s m o , p o r -
que n o p i e r d a s el tiempo e a cosas que n o has m e n e s t e r . E l l a s
2U
d e c u a n d o e n c u a n d o p e g a n a l g u n a v e n t o s i l l a ; p e r o n o e?
n í a , que con el fin d." disolver ciertas h i n c h a z o n e s e n f a d o s a s .
Asi pues si te se a n t o j a r e escribir c o n t r a ellas, no te mortifi-
ques , lector amigo : t o m a tu p a p e l , tu p l u m a y tu t i n t e r o ,
y escribe hasta satisfacer el a n t o j o . L a das c o n m i g o , q u e sé
p o r experiencia cuan v e h e m e n t e es la t e n t a c i ó n de e s c r i b i r , y
le t e n g o lástima a l p o b r e c i t o á quien le a c o m e t e . T e n g o a d e -
m is de eso c i n c o fanegas y media de p a c h o r r a , que m e d e -
j a r o n mis p a d r e s e n h e r e n c i a , d o n d e pienso s e m b r a r las m a -
j a d e r í a s que te d i g n a r e s d e c i r m e . C o n que así n o te me que-
des c o r t o , a b r e esa poderosa b o c a , y v e m e e c h a n d o e n c i m a
t o d o s los e p í t e t o s que e n c o n t r a r e s . Si a c a s o y o n o te r e s -
p o n d i e r e , a t r i b u y e l o á que rengo m a s cuidado con a c a b a r m i
o b r a , que con distraerme c o n t i g o . H e dicho si acaso, p o r q u e
t a m b i é n p o d r á suceder que te c o n t e s t e , c u a n d o n o por o t r a
cosa , siquiera p o r política.
V a m o s al p e r d ó n . C o m o n o m e has pedido limosna , n o
t e n g o p a r a qué decirte que p e r d o n e s . Si estas C a r t a s m í a s te
costasen diez reales c a d a u n a , c o m o te h a b r á c o , t a d o o t r a ,
e n tal caso, lector g e n e r o s o , te pediría p e r d ó n del dinero q u e
gastases i n ú t i l m e n t e . P e r o después de d á r t e l a s d e v a l d e , y d e
d e r r e t i r m e el meollo e n escribirlas, p e d i r t e que m e p e r d o n e s ,
como si yo te hiciera a l g ú n a g r a v i o , eso v e n d r í a á ser a q u e -
llo que se dice tras de cuernos penitencia. T ú sí que tienes p o r
qué p e d i r m e p e r d ó n , l e c t o r curioso , pues y o soy el v e r d a -
dero a g r a v i a d o en n o p o d e r e c h a r de mi cuerpo a l g u n a s v e r -
d a d e s , que t e n g o s e n t a d a s e n la boca del e s t ó m a g o , y me
h icen m a l a vecindad ; y con todo eso n o las e c h o por c o n -
s i d e r a c i ó n t u y a : y á trueque de que n o te se indigesten á t í ,
m e e x p o n g o yo á m o r i r de a h i t o Sin e m b a r g o no quiero que
me t e n g a s p o r indócil. T a l vez e n c o n t r a r á s e n mis C a r l a s c o -
sas que n o te g u s t e n , y c o s a s q u e te p a r e z c a n mal : p o r t o -
das ellas te pido p e r d ó n . P e r d ó n a m e p u e s , lector piadosísimo,
p e r d ó n a m e . A c u é r d a t e de que m i e n t r a s estamos en el m u n d o
nadie puede decir , de esta agua no beberé. P o d r a suceder que
te embista la t e n t a c i ó n de hacerte e s c r i t o r c u a n d o menos lo
pienses, como me ha sucedido á m í . H a z l o pues c o n m i g o , c o -
m o querrás que c o n t i g o se haga. Y pues te p u e d e sobrevenir
esra f a t a l i d a d , y m u c h o mas e n este siglo en que se respira
un. aire e s c r i t o r e r o , debes p e r d o n a r á e s t e p o b r e e s c r i t o r , por-
252
que D i o s d e p i r e quien te p e r d o n e á tí, si e n semejante t r a n -
ce te vieres. V a l e .
I b a á p o n e r fecha y p o s t d a t a , c u a n d o m e a d v i r t i ó el Pím-
p o r r e r o que j a m á s había visto p r ó l o g o con estos r e m a t e s . Pe-
ro y o , lector e r u d i t o , que tenia a u n o t r a cosilla que d e c i r -
t e , le supliqué q u e m e diese su arbitrio p a r a h a c e r l o . Se
a c o r d ó de h a b e r visto p r o t e s t a s en algunos l i b r o s , y me dio
l i c e n c i a p a r a que y o . t a m b i é n p r o t e s t a s e . U s a n d o de la cual
te p r o t e s t o , q u e c u a n d o veas que en mis C a r t a s se d a n los
títulos de s a p i e n t í s i m o , e r u d i t í s i m o , i n c o m p a r a b l e , d o c t í -
s i m o , y o t r o s s e m e j a n t e s á los señores e c l é c t i c o s , n o es m i
á n i m o que tú lo entiendas , sino c o m o ellos p i d e n ser e n -
tendidos. A nadie le q u i t o , ni le pongo, Si tú en vez de sa-
p i e n t í s i m o s los tienes por o t r a c o s a , buen p r o v e c h o te h a g a ,
y con tu p a n te lo c o m a s . Ú l t i m a m e n t e , si el público se
c o n v i n i e r e e n que estos n o m b r e s deben entenderse al revés,
soy t a n d ó c i l , y t e n g o t a n buen g e n i o , q u e luego , Juego
subscribiré á su d i c t a m e n .
2)3
• 'W' &
r
-fT w ^ ^ í i r ? * ^
C ARTA XV.
A . . .
X l u i i i í g o y s e ñ o r : quisiera y o que V . me confesase u n a v e r -
d a d . C u a n d o en la c a r r a q u e . a c a b o de recibir m e d i c e : que
h a y en esa c i u d a d p e r s o n a s q u e m i r a n con sobrecejo mi t r a -
bajo, y r e p u t a n por perdido el t i e m p o que g a s t a r í a n en p a s a r
mis C a r t a s p o r la vista ; c u a n d o me dice e s t o , ¿ lo h a c e p o r
t e n t a r m e ? V a l g a la i n g e n u i d a d . N o soy t a n b o b o que desde
luego no h a y a previsto que h a b i a d e suceder así. H a y en S e -
villa p e r s o n a s , que c i e r t a m e n t e p e r d e r í a n el t i e m p o que c o n -
sumiesen en l e e r m e , á causa d e q u e n a d a d i g o d e que ellos
n o estén m e d i a n a m e n t e i n s t r u i d o s , y de que si fuese posible,
n o m e pudiesen i l u m i n a r : las h a y á q u i e n e s las C a r t a s n e c e -
s a r i a m e n t e h a n de d e s a g r a d a r , p o r q u e les t o c a n e n lo m a s
vivo d e su l i t e r a t u r a , y p o r q u e d e r r i b á n d o l e s el único a p o -
y o de su m o d o de subsistir, t i r a n á dejarlos p o r p u e r t a s . E s -
t o , c o m o he dicho á W , y a y o m e lo s a b i a : mi á n i m o n o
lia sido escribir p a r a los sabios v e r d a d e r o s , ni el á n i m o de
los sabios f a n t a s m a s h a sido j a m a s que y o escribiese; a n t e s
bien si pudiesen ellos m e t e r m e un p o q u i t o m a s h o n d o del s i -
tio d o n d e e s t o y , n o habian de d e j a r l o p o r falta de v o l u n t a d
ni diligencia. E s t e m o s e n esto, y si n o fuese m a s q u e esto lo
que V . m e dice , habría p e r d i d o el t i e m p o que g a s t o e n e s -
cribirlo ; p e r o c o m o a l - i n s t a n t e me a ñ a d e que las referidas
p e r s o n a s tienen m u c h a r e p u t a c i ó n de e r u d i t a s : que a l g u n o s
h a n estudiado mes y medio de l e y e s : o t r o s c o n o c e n los libros
p o r los a t o r r o s , y s a b e n los n o m b r e s de todos los i m p r e s o -
r e s habidos y p o r h a b e r : o t r o s e s t á n de c o n t i n u o á ¡a p u e r -
t a de una librería , q u e - n o p a r e c e sino que p i d e n l i m o s n a :
254
o t r o s son poetas con a y u d a de v e c i n o s : otros en fin ( y estos
son los m a s ) se d a n á la lección de a l g ú n d i c c i o n a r i o de las
ciencias y a r t e s , c o m p r e n d i d o e n c i n c u e n t a folios e n o c t a v o ;
d e b o r e s p o n d e r l e , que ó yo n o e n t i e n d o de ironías ó es u n a
i r o n í a la que V. hace y quiere que y o c o n t i n ú e .
M a s a m i g o m i ó : si t o d o lo que m e r e c e ridiculizarse en
m a t e r i a de l i t e r a t u r a hubiese d e llevar, su repaso , h a g a V .
c u e n t a que s e r í a n e c e s a r i o l l a m a r p a r a que escribiesen a t o -
dos los gallegos de G a l i c i a . L a a b u n d a n t í s i m a c o s e c h a d e
e r u d i t o s que estos ú l t i m o s tiempos h a n p r o d u c i d o , tal vez
p a r a c a s t i g o de n u e s t r o s p e c a d o s , las infinitas especies de s a -
b i o n d o s que me a s e g u r a n m u l t i p l i c a r s e c a d a d i a , y los v a -
rios r a m o s sobre que f u n d a n el m é r i t o de su e r u d i c i ó n , p r e -
s e n t a n u n objeto c a p a z de a t e r r a r a u n ai m a s d e t e r m i n a d o
é instruido. P a r a p e r s e g u i r á esta c a s t a d e g e n t e s , e r a n n e -
c e s a r i a s m u c h í s i m a s m a s fuerzas que las m í a s ; que si h u b i e -
se de v a l e r mi d i c t a m e n s e r í a m e n e s t e r h a c e r , c o m o se h a -
ce en este t i e m p o con los grajos y los g o r r i o n e s , á saber;
r e p a r t i r c u a t r o docenas de estos víchos á c a d a v e c i n o del P a r -
n a s o , p a r a que p o c o á p o c o se e x t e r m i n a s e esta cruel p l a g a que
t a n sin p i e d a d nos c o n s u m e . E s t o n o está e n n u e s t r a m a n o :
c o n que n o nos q u e d a m a s remedio que el que t e n e m o s c o n -
t r a las p u l g a s ; r a s c a r n o s si nos p i c a n , y d a r u n e s t r u j ó n á
l a que cae e n n u e s t r o p o d e r .
D i c e V . que se a d m i r a d e q u e d e s p r e c i e n a q u e l l o , de q u e
n o h a n t o m a d o c o n o c i m i e n t o , ni s a b e n c o m o será. Y y o d e -
bo r e s p o n d e r l e , que esa i n g e n u i d a d con que p a r e c e que me
h a b l a , es c o n t r a b a n d o e n el siglo X V T I I , y de consiguiente
se m e h a c e s o s p e c h o s a . ¡ H o m b r e d e D i o s ! ¿ C o n qué V . e s -
ta c r e i d o e n que e n estos t i e m p o s n a d i e debe d a r voto sin
c o n o c i m i e n t o d e la c a u s a ? E a que n o lo c r e o m a s que V .
m e lo diga. L o q u e debería a t u r d i m o s s e r í a , si e n t r e t a n t o s
v o t a n t e s c o m o h a y s o b r e t o d a s c o s a s , se descubriesen s i q u i e -
r a un p a r de d o c e n a s q u e s u p i e r a n lo q u e h a b l a n : y vé
V. a q u í la c a u s a , d e p o r q u é esas p e r s o n a s ( s e a n q u i e n e s
f u e r e n , pues n o rae i m p o r t a saberlo) tienen t a n t a e n e m i g a e n
mis C a r r a s , p o r q u e los p o b r e c i t o s h a b l a n lo q u e saben. Se
h a n t o m a d o el t r a b a j o de leer c u a t r o cositas e n el V e r n e i , ó
e n o t r o autor ejusdem fariña ; se les han q u e d a d o e n la m e -
m o r i a las preciosas i n v e c t i v a s q u e allí h a y c o n t r a mí y con-
255
t r a mi e s c u e l a ; v e n que p o r ahí va el a g u a , q u e es m o d a
h a b l a r así ; y c o n sola esta prevención e s t á n e n posesión de
despreciar eíato supsreilio ai P e r i p á t o , de quien no saben s i -
quiera ni un signiiicado ; a p l a u d i r los descubrimientos d e la
( c o m o ellos le d i c e n ) verdadera filosofía, de c u y a s d o c t r i n a s
e s t á n e n a y u n a s , y ( a q u í e s t á el n e g o c i o ) reírse de los e s -
c o l á s t i c o s , como de g e n t e sin c u l t u r a , sin i n s t r u c c i ó n , b á r -
b a r a , p u s t r a n a , p a r t i d a r i a , p e t a r d e r a y o t r o s tules seiscien-
tos epítetos. E s t a es su c o n v e r s a c i ó n , este su d i v e r t i m i e n t o ,
esta toda su i n s t r u c c i ó n y d o c t r i n a . Si las C a r t a s de A r i s t ó -
teles les h a c e n ver a l g u n a cosa e n c o n t r a , se les a c a b a t o d o
el c a u d a l de l i t e r a t u r a , y es n e c e s a r i o que se a p l i q u e n á la
g a c e t a p a r a m a n t e n e r l a . Déjelos V". pues h a b l a r en g e n e r a l
c o m o a c o s t u m b r a n , pues ni ellos ni aquellos que los o y e n ,
q u i t a n ni p o n e n m é r i t o á mis C a r t a s . T o d o s sus votos son
e n blanco. Si me c e n s u r a n , me r e i r é : si m e a p l a u d e n , e n -
t r a r é e n s o s p e c h a ; pues h a b l a n d o c o n t o d a i n g e n u i d a d , n o
quisiera y o t e n e r t a n e r u d i t í s i m o s a p r o b a d o r e s .
O t r a cosa e s , a m i g o m i ó , la o t r a e s p e c i e de g e n t e , q u e
a u n q u e no c o n m u c h a a b u n d a n c i a p r o d u c e esa ciudad. T a n -
tos h o m b r e s de bien vestidos de l a n a ; t a n t o s s o m b r e r o s d e
c a n o a , debajo de los cuales se e n c u b r e m a s d e lo q u e p a r e -
c e ; t a n t o s C a t o n e s t o g a d o s , y sin t o g a : bien los c o n o c e Y . :
son muchos de ellos sus a m i g o s ; p e r t e n e c e n n o p o c o s al cuer-
p o r e s p e t a b l e , d e que V . es m i e m b r o ; y a u n q u e su m é r i t o ,
p o r q u e las cosas e s t á n a s í , viva c o m u n m e n t e d e s a i r a d o , se
hace visible, á p e s a r de t a n t a p a n t a l l a de h o j a r a s c a c o m o le
p o n e n p o r d e l a n t e . Estos son los a p r o b a d o r e s q u e b u s c o ; e s -
tos los c e n s o r e s que t e m o , y de quienes quisiera , ó que n o
l e y e s e n mis C a r t a s si son m a l a s , ó n o las d e j a s e n de las ma-
nos si son buenas.
¿ Q u é es e s t o , s e ñ o r A r i s t ó t e l e s ( e s t a r á V . diciendo p a -
ra s í ) { ¿ T e n e m o s o t r o p r ó l o g o e n t i e r r a ? P o q u i t o m e n o s ,
amigo d o n M a n u e l ; y n o es p o q u i t o m a s , p o r q u e c o n t r a to-
d o mi gusto r e p r i m o u n a a v e n i d a d e especies que h a i n u n -
d a d o mi i m a g i n a c i ó n , y p o r q u e y a me p a r e c e t i e m p o de em-
p e z a r á c u m p l i r mis r e p e t i d a s p r o m e s a s e n o r d e n al e c l e c t i -
cismo. Mi p r i m e r p r o y e c t o fue dejar esta m a t e r i a p a r a el fin:
h e v a r i a d o de p e n s a m i e n t o p o r las m u c h a s c i t a s q u e he h e -
c h o c u las a n t e r i o r e s , y q u i e r o e m p e z a r á e v a c u a r , p a r a
2<6
que mi t r a b a j o ¡leve e! mejor o r d e n , de que la m a t e r i a sea
susceptible.
C o n d e s o á V . con t o d a i n g e n u i d a d que n o dejo de t e n e r
mis t e m o r e s , c u a n d o eclio m a n o a i m p u g n a r este modo de fi-
l o s o f a r , que se ha h e c h o en el dia t a n c o m ú n . Ya pues sea p o r
Ja i n c l i n a c i ó n que tiene la escuela p e r i p a t é t i c a a r e s p e t a r lo
que ve g e n e r a l m e n t e a p l a u d i d o de los sabios, y a sea p o r a l -
g u n a o t r a causa q u e i g n o r o , m i r o como e m p e ñ o difícil r e b u -
t i r lo que a p r u e b a n n o s o l a m e n t e la c h u s m a de filósofos m i -
n u t o s , sino t a m b i é n m u c h o s h o m b r e s que t i e n e n y m e r e c e n
el n o m b r e de v e r d a d e r o s . s a b i o s . P o r o t r a p a r t e si reflexiono
l a s r a z o n e s q u e me asisten , m e p a r e c e n t a l e s , que á su vis-
t a se deshace todo el c r é d i t o de la filosofía e c l é c t i c a , y q u e -
d a ésta reducida á u n a e n o r m e e o u i v o c a c i o n , ó á u n a s o l e m -
n e p a t a r a t a . ¿ Q u é h a r é pues ? C o n f e s a r i n g e n u a m e n t e q u e
el eclecticismo es la m o d a del dia , y v a l e r m e p a r a i m p u g -
n a r l o del m i s m o a r b i t r i o que se h a n valido p a r a e s t a b l e c e r -
lo. E s t e es el i n s t a r á que la m a t e r i a se m i r e e n sí m i s m a ,
d e p u e s t a t o d a p r e o c u p a c i ó n . Se h a c l a m a d o c o n t r a la p r e -
o c u p a c i ó n h a s t a a q u í : se ha d i c h o de ella que es la que h a
p e r d i d o las l e t r a s : sobre este v e r d a d e r o ó falso p r e t e x t o se
h a l e v a n t a d o el vasto edificio de la n u e v a filosofía: con e s -
t a m á q u i n a , m a s q u e c o n todas las o t r a s , se ha i m p u g n a d o
á Aristóteles. O i g a n , p u e s , á Aristóteles convencido de que
es d a ñ o s a la p r e o c u p a c i ó n : ó i g a n l o p e d i r que n o se h a g a
caso de ella. C i c e r ó n m e dejó a p u n t a d o en u n p a p e l el m e -
m o r i a l c o n que d e b o p e d i r l o , s a c a d o de la o r a c i ó n que el
dijo p o r u n tal C l u e n c i o . D i c e a s í :
"Quamobrem á vobis, judien, antequam de ipsa causa di-
cere incipio, hace postulo: primum id, quod¡equissimum est, utne
quid huc preejudicati ajferatis. Etenim non modo authoritatem, sed
etiam nomen Judicum amittemus, nisi hic ex ipsis causis judi-
cabimus, ac si ad causas judicia j'am jacta domo dejerremus: delu-
de si quam opinionem jam vestris mentibus comprehendistis, si
eam ratio convellet, ratio labefactabit, si denique veritas extor-
quebit; ne repugnetis, eamque animis vestris, aut libentibus, attt
¡equis remittatis: tum autem, cum ego unaquaque de re dicam,
et diluam, ne ipsi, qu& contraria sunt, taciti cogitationi vestrez
subjiciatis: sed ad extremum exPectetis, et me meum dicendi
ordinem servare patiamini.... Ego me, Judices, ad eam causam
2Í7
accederé, quee jam per anuos ocio ( m u c h o m a s h a y que se dis-
p u l a de esta m a t e r i a ) continuos ex contraria parte audiatur,
atque ips.a opinione hotninum tacita, prope convicta atque dam-
nata sit, fucile intelligo. Sed si quis mihi Deus vestram. ad me
audiendum benevolentiam conciliarit, efficiam profecto, ut intel-
ligatis, nihil esse homini tam timendum, quam invidiam: nihil
innocenti, suscepta invidia, tam optandum, quam eequum judi-
cium: quod in hoc uno denique falsee infamiee finis aliquis, atque
exitus reperiatur. Qiiamobrem magna me spes tenet, si ea, ques
sunt in causa, explicare, atque omnia dicendo consequi potuero,
hunclocum,consessumque vestrum ( y o diria e s t a d i s p u t a y-jui-
cio v u e s t r o ) , quem illi horribilem A. Cluentio (este soy y o p o r
a h o r a ) ac formidolosum fore putaverunt, eum tándem ejus for-
tunes miseree, multumque jactatee portum, ac perfugium futurum.
Tametsi permulta sunt, quee mihi ante quam de causa dicam, de
communibus invidiee per ¿culis dicenda esse videantur; tamen ne
diutius oratione mea suspensa expectatio vestra teneatur, aggre-
diar ad crimen ( á la d i s p u t a ) cum illa deprecatione, Judices,
qua mihi seepius utendum esse intelligo, sic ut me audiatis, qua-
si hoc tempore heec causa primum dicatur, sicuti dicitur;non
quasi seepe jam dicta, et nunquam probata sit. Hodierno enim die
primum ( a l menos e n S e v i l l a ) veteris istius criminis diiuendi
potestas est data: ante hoc tempus error in hac causa, atque in-
vidia versuta est. Quamobrem dum multorum annorum aecusa-
tioni breviter, dilucideque respondeo, queeso ut me, Judices, sicu-
ti faceré instituistis, benigné, attentéque audiatis."
Si h e m o s de e s t a r á lo q u e nos d i c e n ios mismos filóso-
fos e c l é c t i c o s , R e n a t o D e s c a r t e s debe ser m i r a d o c o m o el
p r i m e r o ó el p r i n c i p a l r e s t a u r a d o r d e l e c l e c t i c i s m o . É l fue
q u i e n , s a c u d i e n d o el y u g o de t o d a a u t o r i d a d h u m a n a e n l a s
m a t e r i a s filosóficas, a b r i ó el c a m i n o p a r a q u e e n ellas se
consultase sola la r a z ó n : q u i e n , i n s t i t u y e n d o u n a d u d a u n i -
versal sobre t o d o lo q u e p u e d e c a e r debajo de n u e s t r o cono-
cimiento , nos e n s e ñ ó a d e s p r e n d e r n o s d e l a s p r e o c u p a c i o -
n e s , y á d a r v o t o sobre c a d a c o s a , n o p o r lo q u e se h a b i a
p e n s a d o h a s t a a l l í , n o p o r el n ú m e r o , p e s o y a u t o r i d a d d e
los que a n t e s h a b í a n d e c i d i d o , sino p o r lo q u e n u e s t r a s p r o -
p i a s luces descubriesen e n ella. N i n g u n a cosa n a c e desde lue-
g o p e r f e c t a ; p o r esto a u n q u e D e s c a r t e s hizo m u c h o , d e j ó
m u c h o que hacer á los que le s u c e d i e r o n . C a d a c u a l fue a n a -
TOM. v . 33
dietuío sus o b s e r v a c i o n e s , . s u s estudio*- , sus t r a b a j o s á ¡os r u -
-
E s t e es el c a r á c t e r del e c l e c t i c i s m o , á esto se r e d u c e ; y
a u n q u e h a b e r l o e x p u e s t o d e este m o d o es h a b e r l o p r o b a d o ,
sin e m b a r g o m e p a r e c e o p o r t u n o a ñ a d i r las r a z o n e s con que.
los eclécticos lo p r u e b a n , y r e f o r z a r l a s e n c u a n t o me sea
posible*
1. E n p r i m e r l u g a r la v e r d a d e r a filosofía , c o m o t o d a s
las c.osas h u m a n a s , debe fijarse en u n buen m e d i o : c u a l -
quier estremo es vicioso. A h o r a b i e n , c u t r e los m o d o s de fi-
losofar n i n g u n o g u a r d a este m e d i o c o m o el e c l e c t i c i s m o . H a y
ciertos filósofos, ó q u i e r e n p a s a r p o r t a l e s , q u e t o d o lo n i e -
g a n , que t o d o lo d u d a n , y que nos q u i t a n la e s p e r a n z a ' de
saber a l g u n a c o s a : tales son los Pirronianos. L o s h a y que t o -
d o c r e e n que lo s a b e n , y q u e . t o d o j u z g a n p o d e r d e c i d i r l o
p o r ¡os p r i n c i p i o s de su secta : estos son ios Dogmáticos y
SistemátiqqL. A n i n g u n o de estos e x t r e m o s va el v e r d a d e r o
EelJctio: ni desconfía de e n c o n t r a r - l a v e r d a d , ni j u z g a que
en a g u n a secta precisamente ha de encarcelarse: duda t e m -
pla l a m e n t e , y solo asiente c u a n d o le c o n v e n c e la r a z ó n .
2. V e n e f e c o ¿ p a r a qué había Dios de h a b e r n o s d a d o
esta noble p o t e n c i a ? ¿ P a r a q u e á m a n e r a de bestias nos de-
j i j e m o s g u i a r de o t r o s ? ¡ A h ! Q u e esto sería ser servían pe-
cas , c o m o dice el G e u i e n s e : resultaría de a q u í verificarse e n
n o s o t r o ; lo que m u c h o t i e m p o h a n o t ó H o r a c i o , y copia el
mi.:no G i i i u e n s e : libértate caref, •Dutninum veliet improbas,
al que.,., serviet, celemum ingenio qu¡# nescit'uti. Si pues se nos
h i dado u n a p o t e a c i a l i b r e , usemos l i b r e m e n t e de n u e s t r a
r a z ó n . L o d e m á s es i m p o n e r n o s u n y u g o v e r g o n z o s o .
3. ¿Qué y u g o n o - s e i i M i i m p u e s t o ios p e r i p a t é t i c o s ? E n -
seña.los a n o - s a b e r m a s que e x p l i c a r á A r i s t ó t e l e s , h a n t e -
n i d o la filosofía p o r largos años sin d a r siquiera un p a s o e n
ella. Aquel e r a r e p u l i d o por m a y o r sabio , que m a s trabaja-
ba en las obscuras é inútiles o b r a s de este r e c ó n d i t o Í Í Í Ü » O -
io : salir de aquí e r a u n e n o r m e p e c a d o . D e m o d o , que n o
200
p a r e c í a sino que A r i s t ó t e l e s h a b í a sido f o r m a d o d e o t r a ma»
sa q u e los r e s t a n t e s h o m b r e s , y éstos solo nacidos p a r a a d -
m i r a r á este filósofo, p a r a t r i b u t a r l e supersticiosos c u l t o s , y
n o a t r e v e r s e á m o v e r los p i e s ni las m a n o s sin su b e n e -
plácito.
4. ¿ P u e d e d a r s e cosa m a s a b s u r d a ? Sea A r i s t ó t e l e s s a -
bio , t o d o c u a n t o q u i e r a n sus d i s c í p u l o s : m a s a c a s o ¿ lo h a
sabido él todo? Si el m i s m o A r i s t ó t e l e s hubiese de r e s p o n d e r ,
diría q u e n o . ¿ Q u é l o c u r a e s , p u e s , a t e n e r s e á él solo? S e a n
. m a l o s todos los o t r o s filósofos, c u a n t o los p e r i p a t é t i c o s q u i e -
r a n p o n d e r a r , ¿ p o d r á n e g a r s e que t i e n e n m u c h o bueno?
¿ P o r q u é , p u e s , n o h e m o s d e a p r o v e c h a r n o s d e lo t a l c u a l
b u e n o q u e t e n g a n ? T o d o s fueron h o m b r e s , t o d o s t u v i e r o n
sus d e f e c t o s , todos p u e d e n p r o p o r c i o n a r n o s g r a n d e s v e n t a -
j a s . Busquémoslos á t o d o s , e x a m i n é m o s l o s c o n c u i d a d o , y
h á g a s e de c u a n t o b u e n o t r a i g a n u n c u e r p o de filosofía.
i. E s p r o p i o d e u n h o m b r e r a c i o n a l b u s c a r la s a b i d u r í a
d o n d e q u i e r a que esté. V i a j a r o n p a r a este efecto los a n t i g u o s
filósofos , y n o se c o n t e n t a r o n con las luces que t e n í a n e n
su p a t r i a , m i e n t r a s p u d i e r o n e n r i q u e c e r s e c o n las que p r o -
d u c í a n las a g e n a s . V i a j e m o s n o s o t r o s t a m b i é n , n o y a de p r o -
v i n c i a e n p r o v i n c i a , sino ( l o que es m e n o s t r a b a j ^ o ) de au-
t o r e n a u t o r , de libro e n libro. L a v a r i e d a d de d o c t r i n a h e r -
m o s e a r á n u e s t r a i n s t r u c c i ó n ; y la mrÜtitud de modos d e e x -
p l i c a r las cosas n a t u r a l e s nos f a c i l i t a r á m e d i o s , p a r a demos-
t r a r e n t o d o sistema q u e es v e r d a d e r a , s a b i a é i r r e p r e n s i o i e
nuestra Religión.
•6. Se a c a b a r á n de este m o d o las t o r p e s c o n s e c u e n c i a s , á
q u e nos h a c o n d u c i d o u n a c i e g a é i g n o r a n t e s e r v i d u m b r e :
c e s a r á el e s p í r i t u d e p a r t i d o q u e t a n t o h a d a d o que h a c e r á
la r e p ú b l i c a , y t a n t o s males le ha t r a í d o ; n o se d i r á n y a
a q u e l l a s i m p o r t u n a s y e n / a d o s a s voces d e : Yo soy Tomista,
yo soy Scotista, yo Baconista, iXc. Sola la v e r d a d t r i u n f a r á :
n o e s t a r á n los h o m b r e s de bien obligados á s e n t i r p o r f u e r -
z a c o n t r a su p r o p i o s e n t i r ; ni r e s o n a r á n las aulas c o n las in-
finitas cuestiones de solo n o m b r e , q u e c o n t a n p o c o fruto se
e s t u d i a n , c o n t a n t o e s c á n d a l o se d i s p u t a n , y q u e t a n t o es-
t r a g a n los i n g e n i o s .
7. Ú l t i m a m e n t e , tiene á su favor la filosofía ecléctica no
solo la r a z ó n , c o m o y a se h a e x p u e s t o , sino t a m b i é n la a u -
261
t o r i d a d , y el e g e m p l o de los m a y o r e s h o m b r e s . E s t á n d e c i -
didos por ella P o t a m o n y C l e m e n t e A l e j a n d r i n o ; todos los
filó>ofos de b u e n g u s t o q u e h a n nacido desde la r e p a r a c i ó n
de las l e t r a s h a s t a nuestros dias:, y si se m i r a b i e n , todos los
P a d r e s d e l a I g l e s i a , y los m a s célebres de los filósofos a n -
tiguos , que a m a r o n m a s la v e r d a d d o n d e q u i e r a que ella se
e n c o n t r a s e , que la t e n a z a d h e s i ó n á la s e c t a donde" n a c i e r o n ,
y e n cuyas d o c t r i n a s fueron e d u c a d o s .
Estos s o n , a m i g o d o n M a n u e l , los a r g u m e n t o s que h a -
c e n á f a v o r d e l e c l e c t i c i s m o , expuestos ( c o m o V . puede h a -
ber n o t a d o ) c o n t o d a s i n c e r i d a d , y con el nervio que me h a
sido posible. N o sé si h a b r á otros. L o s eclécticos que h e leí-
d o n o los t r a e n , ni á m í m e h a n podido o c u r r i r . P o r t a n t o ,
m i e n t r a s n o p a r e z c a n m a s , n o t e n g o que r e s p o n d e r á m a s
q u e estos. P e r o como la r e s p u e s t a á ellos h a de ser la i m p u g -
n a c i ó n del e c l e c t i c i s m o , y p a r a esto s e r á n n e c e s a r i a s m u c h a s
especies , y n o pocas c a r t a s , m e c o n t e n t a r é en ésta c o n s o l -
v e r l o s al estilo de mi escuela , y t r a t a r é después el p l a n d e
i m p u g n a c i ó n c o n que pienso l l e n a r las o t r a s .
D i g o pues al p r i m e r o , que e s t r i b a sobre dos falsedades:
la p r i m e r a es que el eclecticismo g u a r d a el m e d i o . H a r é v e r
que declina a! p i r r o n i s m o . L a s e g u n d a que los filósofos s i s -
temáticos c r e e n que todo lo saben. C o n solo leer á c u a l q u i e -
ra de e l l o s , está c o n v e n c i d o lo c o n t r a r i o .
Al s e g u n d o r e s p o n d o : que t a n m a l o es p e r d e r la l i b e r -
t a d e n filosofar, c o m o e x t e n d e r l a á mas d e lo que, ella a l -
c a n z a . Q u e los eclécticos h a n . e g e c u t a d o esto ú l t i m o , lo c o n -
v e n c e r é ; y que no e s t á n libres de lo p r i m e r o y a lo t e n g o
r
c o n v e n c i d o en mi C a r t a I X .
Al t e r c e r o he dicho lo b a s t a n t e e n la C a r t a V I H . - E x -
puse en ella los f u n d a m e n t o ; q u e asisten á las p e r i p a t é t i c o s
p a r a h a b e r de s e g u i r m e , y el juicio y p r u d e n c i a c o n que me
siguen.
Al c u a r t o d i g o : que n o todos d e b e n - l e e r s e ; que e n t r e
los que se leen, debe e s c o g e r s e u n o que s i r v a de m a e s t r o ; q u e
lo (lúe uno n o e n s e ñ a r e , se b u s q u e en el o t r o ; que en lo
que e r r a r e se c o r r i j a ; p e r o que ni á título de que u n a u -
tor es bueno ha de seguirse sine delectu, ni á t í t u l o de -que
t r a e algo malo ha d e d e s p r e c i a r s e , ni m u c h o m e n o s p o r q u e
a c i e r t e e n algo se h a de q u e r e r que se siga e n todo. A esto
- O *
f a l t a n los eclécticos. Su a v e r s i ó n á m í es u n a p r u e b a la m a s
decisiva : su p r o p e n s i ó n á los n o v a d o r e s es o t r a n o m e n o s
convincente.
R e s p o n d o al q u i n t o : que la v e r d a d n o es trías que u n a .
D e las e x p l i c a c i o n e s v a r i a s que se d a n a la n a t u r a l e z a , n o
p u e d e c u a d r a r l e m a s que u n a : las d e m á s n e c e s a r i a m e n t e h a n
d e ser f a l s a s ; y las falsedades ni h e r m o s e a n al h o m b r e , ni
m u c h o menos d e f i e n d e n la Religión.
D i g o al sexto : que t o d a s las que se a p u n t a n c o m o c o n -
s e c u e n c i a s de la filosofía sistemática , n o son vicios de c h a ,
sino de sus p r o f e s o r e s . A l c o n t r a r i o el eclecticismo , p o r sí
p r o d u c e el e s p í r i t u de p a r t i d o , y es s u s c e p t i b l e , c o m o ios
sistemas de todos los o t r o s defectos.
Al último r e s p o n d o : q u e si los señores eclécticos se c o n -
v i e n e n e n que t e r m i n e m o s n u e s t r a s diferencias a p l u r a l i d a d
d e t e s t i g o s , n o t e n d r é e m b a r a z o , y c o n t a r é desde hoy p o r
m i a la victoria. D i g o t a m b i é n q u e P o t a m o n , C l e m e n t e , y ios
o t r o s P P . y F F . fueron libres e n filosofar; p e r o no p e n s a r o n
e n ser e c l é c t i c o s , c o m o lo e n t i e n d e n los q u e los c i t a n .
T e n g o a p u n t a d a s y a las soluciones que pienso d a r á los
a r g u m e n t o s . E l l a s e n v u e l v e n m u c h o s p u n t o s que he de c o n -
t r o v e r t i r ; p u n t o s m u c h a s veces d i s p u t a d o s , y o t r a s t a n t a s
decidido». ¿ Q u i é n habia de c r e e r l o ? C u a n d o y o p e n s a b a que
t e n d r í a m u c h o que t r a b a j a r e n ia a v e r i g u a c i ó n d e u n a s m a -
t e r i a s que se d i c e n n u e v a s , m e he h a l l a d o que s o n - m a s v i e -
j a s que la. s a r n a , y c o n que las h a n c o n t r o v e r t i d o y a p a r a -
d o m u c h o s escolásticos ranciosos. M e h a l l o el t r a b a j o casi he-
c h o , y el eclecticismo i m p u g n a d o á poca c o s t a . N o e c h e -
m o s y a m a s p a l a b r a s al v i e n t o : t r a c e m o s el p l a n de mis s i -
g u i e n t e s d i s c u r s o s , a los que he d a d o el o r d e n que se sigue:
í.° N o h a y filosofía ecléctica ,. c u a l se describe p o r los
eclécticos.
2° N o puede haberla.
3.° A u n a d m i t i d a , s e r í a i n v e n c i ó n ridicula.
4.° Y también i n ú t i l , y en mucha parte perjudicial
5.° E l p e n s a m i e n t o de h a c e r s e ecléctico esta l l e n o de
soberbia.
6.° Y de d i f i c u l t a d e s , de que n o se puede salir c o n f e -
licidad.
7.° L a d a d a , que se supone c o m o b a s a del e c l e c t i c i s -
26?
m o , tiene g r a v e s i n c o n v e n i e n t e s . P r o p e n d e al p i r r o n i s m o , y
n o libra de la c r e d u l i d a d de ios p i t a g ó r i c o s .
S.
1 0
L o s eclécticos no e n t i e n d e n bien la l i b e r t a d : idea da
la que se r e q u i e r e . p a r a filosofar con a c i e r t o : n o la t i e n e n
ios e c l é c t i c o s : p e l i g r o s d e la libertad m a l e n t e n d i d a . •
•9° E x t reñios e n que h a n d a d o los eclécticos en el uso d e
los filósofos: no lian h e c h o la distinción que se debe.
fO. N o es el eclecticismo del dia el que c u a d r a c o n la
Religión. C o m o se debe la filosofía s u j e t a r ' á é s t a : p e l i g r o s
que le t r a e : c u á n t o la r e p u g n a . E x a m e n del p e r i p a t o e n e s -
ta p a r t e , y de la filosofía m o d e r n a .
11. E s p í r i t u de p a r t i d o se suele l l a m a r á lo que n o lo
e s : se fija su i d e a : n o puede el e c l e c t i c i s m o d e s t r u i r l o : s i r -
ve m u c h o p a r a p r o m o v e r l o .
12. Cuestiones inútiles de los e s c o l á s t i c o s se e x a m i n a n :
se hace cotejo con las que c o n t r o v i e r t e n ios m o d e r n o s . V o -
ces b a r b a r a s : vuelve á i l u s t r a r s e este p u n t o ; y se a v e r i g u a
cual es e n la m a t e r i a el m é r i t o de los m o d e r n o s .
13. L o s P P . y F F . n o f u e r o n eclécticos c o m o los d e
ahora.
. 1 + . C o n c l u s i ó n , q u e d e b e r á n a c e r d e estas v e r d a d e s :
idea de u n a filosofía ú t i l : se prefiere la escolástica , y se le
d a á la m o d e r n a e l l u g a r que debe t e n e r y la c o r r e s p o n d e .
Aquí t i e n e V . , a m i g o u ñ o , el í n d i c e d e las m a t e r i a s que
t e n g o que e x a m i n a r , y que e x a m i n a r é c o n la b r e v e d a d q u e
m e sea posible. E s t o y e n t e n d i d o en que n o son difíciles d e
p r o b a r ios p u n t o s que he p r o p u e s t o , y que u n a vez p r o b a -
d o s , ó d a r á n con el eclecticismo p o r t i e r r a , ó al m e n o s n o s
l i b r a r á n de las i m p o r t u n í s i m a s i n v e c t i v a s con que los e c l é c -
ticos nos están g e r i n g a n d o . P r e s t e V . pues p a c i e n c i a , p r e -
p á r e s e p i r a una g r a n runfiada d e c a r t a s ; y n o deje d e a v i -
sarme si a c a s o sabe que los eclécticos t i e n e n á su f a v o r a l -
gún a r g u m e n t o que y o no me h a y a o b j e t a d o . E s t o es lo q u e
tengo que decir p o r - a h o r a ; pues a u n q u e q u i s i e r a e m p r e n d e r
l a - i m p u g n a c i ó n desde esta C a r t a , el T u e r t o me t i e n e c o n -
m i n a d o sobre que no h a de escribir e n v i e n d o q u e soy t a n
l a r g o como en las u l t i m a s . Fue ut valeas. — Aristóteles.
Fecha aquí m i s m o , e n u n ufa q u e t r a e el A l m a n a q u e .
P. D. Este P i t n p o r r e r o y e! m i s m o diablo no p a r e c e s i n o
264
q u e son u n a m i s m a cosa. T o d o lo d i s p u t a , ú todo se o p o n e ,
y e n t o d o malicia. C u a n d o A v e r r o e s volvió de l l e v a r el p r ó -
l o g o , venia eí b u e n h o m b r e t a n afligido y lleno de l á g r i m a s ,
q u e e r a u n a c o m p a s i ó n m i r a r l e . M o v i d o s de ella , quisimos
s a b e r la causa d e su p e n a ; y a r r a n c a n d o él d e lo intimo d e l
p e c h o u n suspiro t a n g r a n d e , q u e e n esa t i e r r a . p u d i e r a h a -
b e r p a s a d o p o r r e b u z n o , se l a m e n t ó a m a r g a m e n t e d e su m a -
la s u e r t e , p o r q u e n o le dejó n a c e r e n siglo t a n feliz c o m o
el p r e s e n t e . Pues ¿qué t i e n e este siglo mas que los o t r o s ? r e -
plicó el P i m p o r r e r o . A y a m i g o , r e s p o n d i ó Averroes , ¿ q u é
tiene ? ¿ E s p o c o t e n e r el q u e a h o r a p u e d a u n h o m b r e c o n
t o d a s e g u r i d a d s a b e r q u e es d o c t o y v i r t u o s o ? C h ú p a t e e s a ,
dijo el P i m p o r r e r o , d i é r a m o s g r a c i a s á Dios d e que a h o r a
s u p i e r a n los cojos d e q u é pie c o j e a b a n , c u a n t o y m a s de que
s u p i e r a n u n a s c o s a s , d e las cuales la p r i m e r a no debe s a b e r -
l a el que la t i e n e , y la s e g u n d a n o p u e d e c o n o c e r l a m a s que
D i o s . P u e s y o , dijo A v e r r o e s , sin ser D i o s , lo c o n o z c o , y
m e c o n s t a . Pues V . es u n s a l v a g e , r e p l i c ó el o t r o . D e a q u í
se a g a r r a r o n : ¡ q u é g r i t o s , qué p a t a d a s , qué d i c t e r i o s ! N o s
vimos y nos d e s e a m o s p a r a a p a c i g u a r l o s , p o r q u e el P i m p o r -
r e r o p a r e c í a que habia c o m i d o l e n g u a , y h a b l a b a rnas que
u n c o r r a l de m u g a r e s . E s c a r m e n t a d o y o de este r u i d o , y t e -
m i é n d o m e q u e l a c o s a p a s a s e o t r o d i a á lo q u e n o q u e r í a -
mos , l l a m é á A v e r r o e s , y le p r e g u n t é si e r a c i e r t a la e s -
pecie : él m e a s e g u r ó q u e n o a d m i t í a d u d a : q u e h a b i a visto
p o r aquellos ojos q u e h a b i a c o m i d o la t i e r r a , á u n o q u e e s -
t a b a e n c o n o c i m i e n t o d e q u e e r a s a n t o y d o c t o ; y n o sola-
m e n t e lo e s t a b a , sino q u e e n fuerza d e ello p r e t e n d í a c o n s e -
guir n o sé qué c o s a , n o y a p o r la vía o r d i n a r i a , sino p o r
la e g e c u t i v a , siendo él e n u n a p i e z a p a r t e q u e pedia , j u e z
que. s e n t e n c i a b a , y e s c r i b a n o que lo h a c i a saber. L e p r e g u n -
t é sobre si e r a j u s t a la s e n t e n c i a ; á que r e s p o n d i ó : q u e e n
caso de no ser j u s t a , s e r í a s o l a m e n t e p o r la p a r t e d e d o c t o ,
sobre q u e h a b í a n r e s u l t a d o v a r i a s i n s t a n c i a s , n o d e m u y po-
co m o m e n t o ; p e r o en c u a n t o á lo s a n t o e r a n e g o c i o p a s a -
d o e n a u t o r i d a d d e c o s a j u z g a d a en u n t r i b u n a l , q u e p a r a
d e c i d i r e n esta m a t e r i a h a y e n el m u n d o , sin licencia del
R e y , ni a p r o b a c i ó n del P a p a . Certificado a s í , m e h a ocur-
r i d o a p r o v e c h a r m e d e este d e s c u b r i m i e n t o p a r a c o n t e n e r al
P i m p o r r e r o . H á g a m e V". favor d e b u s c a r p o r a h í á u n o de
26->
esos virtuosos que s a b e n que lo s o n , c ó r t e l e s V . u n a r e l i -
quia (no i m p o r t a que sea u n a o r e j a ) , y envíemela c o n A v e r -
r o e s ; pues a u n q u e á este sitio no puede venir n a d a de v i r -
tuoso , esto lo entiendo y o m u y bien de los que lo son sin
saberlo ; p e r o los q u e lo c a c a r e a n , t e n d r á n privilegio p a r a
q u e sus reliquias se p u e d a n llevar á todas p a r t e s . E n v í e m e -
la V . , p u e s , p a r a tocársela al P i m p o r r e r o , á v e r si quiere
Dios que n o hable en dos a ñ o s .
TOM. v. 34
266
CARTA XVI.
P . D . V e n i a A v e r r o r e s c a m i n o de la s i m a , c u a n d o h e
aquí que j u n t o á Ranillas le sale á a t a j a r u n m o z o d e p o c a s
b a r b a s , m a l a p e r s o n a y ropaje peor. ¿ E s V. ( l e d i j o ) el
c o r r e o del infierno ? ¿Y V. por qué lo p r e g u n t a ? R e s p o n d i ó
A v e r r o e s . N o t e n g a V. c u i d a d o , señor A v e r r o e s , r e p l i c ó el
o t r o , no lo p r e g u n t o p o r m a l , q u e si por. m a l fuera le h u -
biera hecho ya pedazos la m á q u i n a a e r o s t á t i c a que tiene e s -
condida en el o l i v a r de allí e n f r e n t e . H a b i é n d o l a visto m e
p r e s u m í s e r í a la de V . , y le he e s t a d o a g u a r d a n d o p a r a q u e
m e haga favor de llevar h a c i a allá esta c a r t a p a r a mi tio.
¿ Pues quién es su tio de V . ? Yo s e ñ o r , r e s p o n d i ó , soy el s o -
brino del P i m p o r r e r o , p a r a que V. me m a n d e . Sea m u y en
h o r a buena, dijo A v e r r o e s : e n e s t o , y e n t o d o lo d e m á s que
se ofrezca al sobrino de mi buen a m i g o , n o tiene éste sino
m a n d a r . T o m ó su c a r t a , y Uida nos ha p a r e c i d o t a l , que de
• 28 +
comiin a c u e r d o resolvimos p o n e r l a por p o s t d a t a . D i c e así:
Señor t i o : c o m o hay muchos p i m p o r r e r o s e n el m u n d o ,
n o pude p r e s u m i r con c e r t e z a , que fuese V . el que h a c e de
S a n c h o P a n z a en las C a r t a s de Aristóteles. L a postdata de
l a o n c e me s a c ó de d u d a s , por ver que en ella se hace m e n -
ción de mi persona. Pudiera V. haber h e c h o que a n t e s se p u -
siese la noticia , y c o n eso me hubiera a h o r r a d o de r e z a r l e ;
bien que según la poca devoción con que yo r e z o , c r e o que
n a d a tenemos perdido.
M e p a r e c e , según el c o n t e x t o de las c a r t a s , que V . es el
o b l i g a d o de las p o s t d a t a s ; y t a n t o por ello, c u a n t o por c o n s -
t a r m e lo aficionado que es á noticias, me ha parecido remi-
tirle copia de u n a pieza de erudición que c o r r e a q u í con b a s -
t a n t e aplauso. N o es á la l e t r a c o m o salió de la boca de su
a u t o r ; p e r o ello p o r ello es el mismo p e n s a m i e n t o que se c o n -
cibió en su a l m a , sin que le falte pelo ni señal. F u e un a r -
g u m e n t o que yo no sé d o n d e ni c ó m o se pu->o c o n t r a u n a
conclusion, en que se defendia la divinidad del E s p í r i t u San-
t o , y que e x t r a c t a d o viene á ser c o m o s i g u e :
Solum Pater , et tilias sunt Deus : igitur Spiritus Sanctus
non est Deus.
P r o b , Ant. ha tenendum est, si ita ex Sacra Scriptura (y
a q u í encajó todo lo que M e l c h o r C a n o trae e n confirmación
de la a u t o r i d a d de las divinas letras) habetur: ita autem habe-
tur: ighur i!?c.
P r o b . A s s u m p t . Jesús Christus, qui est, ventas ipsa (y a q u í
e n t r a r o n todos los atributos del S a l v a d o r ) , ita loquitur: haz
est vita atenía , uf coguoscant te Deum verum, et quem mi-
sisti jenim Christian: sed tal, y tal, y tal : igitur d?c.
L e d i s t i n g u i e r o n el consiguiente, y a r g u m e n t ó así e n con-
trario :
Sed laudota verba accipienda sunt cum exclusione Spiri-
tus Sancti : nidia igitur solutio.
Prob. Subs. Laudata verba eo sensu accipienda sunt, quo
catholica Ecclesiu, columna, et firmamenlum veritatis &c. &c.
intellexit : catholica autem Ecclesia $2c. cum exclusione Spiritus
Sancti accepit : igitur <e7c.
P r o b . ivlin. Synodus (¡Ecuménica, authoritate Romani Pon-
tifias conzfeçata, et confirmata ( y todos los d e m á s p r e d i c a -
dos ) caiholicam Ecclesiam représentât : atqui Synodus dEcu-
285
menica Constantinopolitana prima, in oriins gencralium secun-
da, Spiritu Sánelo congrégala, excluso Spiritu Sancto inttl-
lexit: igitur iD'c.
P r o b . A s s u m p t . Symbolum fidei, quod tanquam regula & C
Chrisliano populo á laúdala Synodj proposituin full, ejus fidem,
et doclrlnam exhibel: in íioc autem symbolo , Pater quidem,
et Filias Deus habenlur , non autem Spiritus Sanctus: igitur.
Prob. A s s u m p t . De Patre dicitur: Credo in unum Deum,
Patrem Omnipotentem. De Filio: Deum de Deo. De Sancto autem
Spiritu ni ful tale; sed solum: qui cuín Patre, et Filio simal
adoratur , et conglorificatur : igitur.
N o supo aquí el defensante c o m o responder á u n a r g u -
m e n t o t a n p o d e r o s o , y ( ¡ c o n t e m p l e V . I ) le n e g ó la c o n s e -
c u e n c i a é inteligencia, que el divino a r g u m e n t a n t e d a b a á las
p a l a b r a s . Mas este nihil cunctatus a n a d i ó :
Atqui hcec est genuino, legitima, naturalis ( y o t r a s cosas)
Symboli interpretatio: ruit ergo solutio.
P r o b . A n t . A nidio potius eorum verborum petere interpre-
tationem debemus, quam d patribus, qui Synodo interfuere, et
qui Spiritu Sancto inspiran Í5T. & C . , ejus exposuere sensum:
Patres autem fox. ita interpretantur: igitur &c.
P r o b . Min. Basilius, Gregarias Naziancenus, et Chrysostomus
hezc habent ( y puso u n a a u t o r i d a d e n n o m b r e de todos tres).
F u e la desgracia que al l l e g a r á e s t o , se a c a b ó el t i e m p o de
a r g ü i r ; pues e s p e r á b a m o s t o d a v í a oir m u c h a s cosas b u e n a s ,
y c r e í a m o s que así c o m o el a r g u m e n t a n t e había a n d a d o e n
c a d a uno de sus silogismos (exclusis colckonibus, sive cande-
lerls) u n lugar teológico, hubiese a n d a d o los que r e s t a b a n e n
los que dejó p o r p r o d u c i r : y a u n después hubo q u i e n se p e r -
s u a d i e s e , á que habían de salir t a m b i é n á colación y p a r t i -
ción los Tópicos de Aristóteles.
El aplauso ha sido tan universal c o m o m e r e c i d o , p o r h a -
ber tenido habilidad p a r a p o n e r u n a r g u m e n t o nuevo en c a -
da silogismo; por h a b e r l o s a d o r n a d o con t a n t a erudición y
fondo d e d o c t r i n a , q u e no hubo e n todos ellos u n s u b s t a n -
tivo á quien no se le aplicasen t o l o s sus a t r i b u t o s ; p o r h a -
ber subido valerse p a r a i m p u g n a r la conclusión de las m i s -
mas a r g u m e n t a c i o n e s que h a n nacido p a r a e s t a b l e c e r l a ; p o r
h a b e r tenido h a b i u d a d p a r a e n c o n t r a r u n a s p a l a b r a s s o l a s ,
dichas i d é n t i c a m e n t e p o r boca de m u c h o s P P . ; y d e j a n d o
236
o t r a s c o s a s , p o r haber c i t a d o como P a d r e s del Sínodo C o n s -
t a n t i n o p o ü t a n o á s a n Basilio , que habia m u e r t o dos anos
a n t e s que se j u n t a r a ; y á s a n J u a n C r i s ó s t o m o , d i á c o n o , que
por e n t o n c e s e r a , de la Iglesia de A n t i o q u í a , donde p e r m a -
n e c i ó m i e n t r a s el Sínodo se celebraba.
M e p a r e c e q u e es digno este a r g u m e n t o de. que el s e -
ñ o r Aristóteles le dé l u g a r e n sus postdatas; lo cual si se h i -
ciere, me servirá de e s t í m u l o p a r a remitir o t r a s piezas i g u a l -
m e n t e curiosas. T o d o s estamos buenos, menos lia Bélica que
tiene a l m o r r a n a s , y dice el médico que así que se le quiten
n o las t e n d r á . N o puedo e s c r i b i r mas p o r q u e estamos e s p e -
r a n d o e n c i e r r o , y dicen que v i e n e n dos toros m u y b r a v o s .
Si se ofreciere a l g o , que n o sea d i n e r o ni cosa que lo valga,
n o se d e t e n g a V. en a v i s a r . Q u e d a m u y suyo su sobrino. —
El Pimporrerillo.
M o n t e - r e y , e x t r a m u r o s de S e v i l l a , y J u n i o 2 3 de 8 .
7
287
CARTA XVII.
e s p e r a n cosas m a s g o r d a s , y lo o t r o p o r q u e p a r a p o n e r l o s
e n c l a r o , sería m e n e s t e r t r a b a j a r m u c h o , y y o c o n p e r d ó n
de V . n o t e n g o g a n a , p o r q u e a q u í son m u c h o s los c a l o r e s ,
y p o r o t r a s cosas que ni á mí m e tiene c u e n t a d e c i r , ni á
V . le i m p o r t a saber. Solo quiero que reflexione e s t a s p r e c i o s a s
p a l a b r i t a s con que c o n c l u y e en el l u g a r . c i t a d o , lllud tamen
explórate historia: est, Chaldceos mundi aliquam professos origi-
nem, eamque ex Chao, suprema: alicujus mentís imperio, ítem ut
Hebrxi. A p r e n d a V . a q u í á t o d o lo q u e q u i s i e r e , p o r q u e d e
todo h a y b u e n a c r í t i c a , b u e n a f é , b u e n m o d o d e j u z g a r sin
pasión ni p r e o c u p a c i ó n ; e n u n a p a l a b r a , b u e n a r b i t r i o p a r a
iludir la sinceridad del l e c t o r q u e t e n g a al G e n u e n s e p o r e s -
t o n i o ? P o r q u e W o l f i o lo d i c e . Y a u n q u e W o l f i o lo d i g a , ¿no
sabe V". que todos ó casi t o d o s , e s p e c i a l m e n t e c a t ó l i c o s , lo r e -
p u g n a n ? N a d a i m p o r t a : lo dice Wolfio. Pues s e ñ o r , ¿ n o se-
r á bueno p o n e r eso q u e W o l f i o d i c e , c o m o o p i n i ó n , ó c o m o
p r o b a b i l i d a d que h a r t o f a v o r se le h a r á en eso ? N o s e ñ o r , q u e
e n d i c i e n d o W o l f i o la c o s a , es p r e c i s o que sea verum, y los
que p r i m e r o d i e r o n en el d i s p a r a t e ó lo i n s i n u a r o n , acute per-
viderunt. M u c h a s g r a c i a s , s e ñ o r d o n A n t o n i o .
Refiérese d e s p u é s c o n las p a l a b r a s de D i o d o r o la historia
de la f o r m a c i ó n del m u n d o , según la a d m i t í a n los egipcios.
L a s u b s t a n c i a d e ella es que p r e c e d i ó al c a o s : que le siguió la
s e p a r a c i ó n de los c u e r p o s : q u e con ésta h u b o lo b a s t a n t e p a -
r a q u e hubiese e n el m u n d o el o r d e n que a h o r a v e m o s : q u e
el aire o b t u v o p e r p e t u o m o v i m i e n t o : q u e del a i r e las p a r t e s
í g n e a s se fueron a r r i b a , las h ú m e d a s y c e n a g o s a s a b a j o : q u e
de estas p a r t e s a g i t a d a s c o n el m o v i m i e n t o se h i z o l a s e p a -
r a c i ó n d e las sólidas p a r a f o r m a r la t i e r r a , y d e l a s h ú m e -
d a s p a r a el m a r ; p e r o que la tierra q u e d ó d e m a s i a d o c e n a -
g o s a : q u e con el c a l o r del Sol se c a l e n t ó , se a v e g i g ó y e m -
p e z ó á f e r m e n t a r s e . C o n esta f e r m e n t a c i ó n se f o r m a r o n unos
t o l o n d r o n e s , ó c o m o V . quisiere l l a m a r l e s , c u b i e r t o s de unas
d e l g a d a s pielecitas ó m e m b r a n a s , c o m o a u n h o y se dejan ver
293
e n los l u g a r e s c e n a g o s o s . Ú l t i m a m e n t e q u e d e estos t u b é r c u -
los e m p r e ñ a d o s de v a r i o s f e t o s , a l i m e n t a d o s c o n la n i e b l a y
f o m e n t a d o s c o n el c a l o r , s a l i e r o n t o d o g é n e r o d e a n i m a l e s ,
y c a d a u n o se fue á a q u e l e l e m e n t o que m a s s i m b o l i z a b a c o n
su n a t u r a l e z a . E s t e G é n e s i s del m u n d o es mutatis mutandis,
el de E p i c u r o y el d e los impíos m a s a t r e v i d o s , y de c o n -
s i g u i e n t e mas i g n o r a n t e s d e estos dias. ¿Y q u é juicio f o r m a
sobre él el G e n u e n s e ? Ó i g a l o V.: Qui Diodori locus... ostendit
mechanicam ph'dosophandi rationem non penitus fuisse veteribus
ignotam. N o m e a t r e v o á d e c l a r a r al G e n u e n s e p o r p a t r o n o d e
l a i m p i e d a d ; h á g a l o aquel á quien le t o c a , si h a l l a r e m é r i t o s
p a r a e l l o ; ni m e d e t e r m i n a r é á h a c e r m a s que u n a o b s e r v a -
c i ó n , que manifieste lo p r e o c u p a d o que e s t a b a á f a v o r de los
malditos l i b r o s , e n que se c o n t i e n e n t a n absurdas y p e s t i l e n -
ciales d o c t r i n a s .
El G e n u e n s e p o r t o d a s p a r t e s respira el m e c a n i s m o : es
fácil v e r l o , d o n d e q u i e r a q u e t r a t a de c ó m o se d e b a filosofar,
i n c l i n a r s e , ó p o r d e c i r m a s b i e n , e s t a r decidido á f a v o r del
m o d o m e c á n i c o . L o hemos visto f o r m a r el m u n d o c o n las l e -
yes del m e c a n i s m o : e x p l i c a r el diluvio por el mismo estilo, é
i n s i n u a r s e siempre que tenia o c a s i ó n por la filosofía m e c á n i -
c a . ¿ Q u é es pues lo que quiere d e c i r , c u a n d o á u n sistema t a n
impío y d e s b a r a t a d o no d a m a s c e n s u r a q u e e s t a , á s a b e r ; q u e
el modo m e c á n i c o de filosofar n o fue d e s c o n o c i d o d e los a n -
tiguos? ¿ n o era esta la ocasiou de haber puesto siquiera u n
t e r m i n i t o que r e p r o b a s e al menos t a n m a l d i t a m e c á n i c a ? C u a n -
d o lo que refiere no le g u s t a , como puede v e r s e s i e m p r e q u e
dice a l g o d e la e s c u e l a , bien sabe i n s i n u a r s e c o n t r a ello, i m -
p u g n a r l o , ridiculizarlo, y a u n c u a n d o lo a d m i t e , rebajarle el
m é r i r o . 3 Le h a g u s t a d o pues la i m p i e d a d que c o p i a ? ¿ O se
g u a r d a n todas p a r a i m p u t á r s e l a s á A r i s t ó t e l e s ? P o r o t r a p a r -
te los sistemas de los otros que se refieren eu esta d i s e r t a c i ó n ,
apenas se i n s i n ú a n , se t o c a n m u y p o r e n c i m a . E l de los e g i p -
cios se copia e n t e r a m e n t e , ¿ q u é tienen estos d e mejor q u e los
o t r o s ? C o m o no sea la explicación m e c á n i c a , y o no lo a d i -
vino. ¡Ah, señor G e n u e n s e ! ¿ Q u é de cosas n o nos h a c e V".
sospechar?
¿ Quiere V - , a m i g o d o n M a n u e l , que dejemos esto? L a d i -
sertación sobre q u e estoy h a b l a n d o , e m p i e z a a h o r a : t o d a v í a
n o hemos e n t r a d o en lo m a s bonito de ella, e n l l e g a n d o á t r a -
294
t a r d e los filósofos g r i e g o s , y especialmente de mí y de E p i -
c u r o , es m e n e s t e r e c h a r s e á n a d a r : e n t o c a n d o en los refor-
m a d o r e s de la filosofía de los tres últimos siglos, estamos peor.
Sabe V . que n o soy p o n d e r a t i v o ; y n o siéndolo, le puedo a s e -
g u r a r que p a r a e x a m i n a r t o d a esta disertación, n o tengo b a s -
t a n t e c o n seis meses. B a s t e pues lo d i c h o ; que ello demuestra
suficientemente el p r i m e r c a p í t u l o que m e p r o p u s e p r o b a r con-
t r a el G e n u e n s e , y e s que escribió p r e v e n i d o á favor d e q u i e -
n e s n o debiera. Los solos d o c u m e n t o s que he c i t a d o , m e p a -
r e c e n s o b r a d o s . E l que n o los tenga p o r s u f i c i e n t e s , que lea
c o n un poco de cuidado lo que se sigue, y se los h a l l a r a con
t a n t a a b u n d a n c i a q u e n o p o d r á m e n o s que fastidiarse , c o m o
m e h a sucedido á m í . P e r o si la p r e o c u p a c i ó n á favor del G e -
n u e n s e ha e c h a d o t a n p r o f u n d a s raices que se necesitasen t o -
d a v í a m a s d e m o s t r a c i o n e s que la a r r a n q u e n ; á la p r i m e r a n o -
ticia que se m e d é , p r o d u c i r é t a n t a s que los que están a p a -
sionados p o r é l , se a r r e p i e n t a n de h a b e r l o estado. V a m o s por
a h o r a á concluir c o n é l , que es m u c h o el c a m i n o que nos resta.
L a mala fé fue lo s e g u n d o que me p r o p u s e p r o b a r . E s t á
p r o b a d o (si n o m e e n g a ñ a t o d o ) e n solas las observaciones
q u e sobre él he h e c h o . E s imposible que t a n t o t r a s t o r n o d e
i d e a s ; t a n t a s suposiciones falsas; t a n t a s v o l u n t a r i a s i n t e r p r e -
t a c i o n e s ; t a n t o cuidado d e a p r o v e c h a r s e a u n de las m i s m a s
s i l a b a s , si es que a c o m o d a n p a r a su i n t e n t o ; t a n t a d e s t r e -
z a e n d e s e n t e n d e r s e c u a n d o son c o n t r a r í a s ; t a n t a diligencia
e n b u s c a r lo que p u e d e servir a l intento , a u n q u e n o v e n g a
m a s que p o r el s o n s o n e t i i l o de las p a l a b r a s ; t a n t o cuidado
e n o b s c u r e c e r s e , c u a n d o n o quiere m a s que i n s i n u a r s e ; t a n -
t a m a ñ a p a r a d e j a r s i e m p r e u n c a b o suelto d e d o n d e asirse;
e n fin t a n t a s o t r a s cosas á este m o d o q u e se e s t á n viendo en
c a d a p á g i n a de sus o b r a s , y de q u e he h e c h o a l g u n a m u e s -
t r a , e x a m i n a n d o esta d i s e r t a c i ó n ; es i m p o s i b l e , d i g o , que
t o d o ello n a z c a de i g n o r a n c i a , y será u n ciego el q u e p o r
tela de c e d a z o n o d e s c u b r a e n el G e n u e n s e m u c h í s i m a m a -
licia. D e m i l l a r e s d e e g e m p l o s que p o d r í a p o n e r , m u c h o s
d e ellos t o m a d o s de e s t a d i s e r t a c i ó n , q u i e r o s o l a m e n t e esco-
g e r u n o de fuera de ella que v a l g a por todos los m i l l a r e s .
E n la pág. 2. c a p , 1 3 . de sus lecciones de c o m e r c i o t o -
m a el p a t r o c i n i o d e la usura, escogiendo a n t e s s e n t i r con
C a l v i n o y sus s e c u a c e s , y con los filósofos G r o c i o , P u f l e n -
295
d o r t , Barbeirac , H e i n e c c í o , L o c k , Monresquieu y otros,
q u e coa los mus a c r e d i t a d o s filósofos del g e n t i l i s m o , y t o d o s
los sabios y siglos católicos. Manifiesta desde luego su m a l a
fé e n escribir así después d e la r e p r o b a c i ó n , q u e hizo R o m a
d e la u s u r a e n la c o n s t i t u c i ó n que B e n e d i c t o X I V e x p i d i ó
e n í . ° de n o v i e m b r e de 1 7 4 5 . iÑi sé y o c ó m o p u e d a el G e -
n u e n s e c o m p o n e r , n o d i g o su obediencia al V i c a r i o de C r i s -
to con h a b e r d a d o á luz esta d o c t r i n a , sino su m i s m a p r o f e -
sión , y sus p a l a b r a s . E n la d e d i c a t o r i a que p u s o este b u e n
h o m b r e á aquel sabio Pontífice de su L ó g i c a c r í t i c a , si n o
m e e n g a ñ o , y e n n o sé qué o t r a p a r t e de sus o b r a s , q u e n o
t e n g o p r e s e n t e p o r a h o r a , confiesa ( y a u n q u e n o lo c o n f e s a -
r a fuera lo m i s m o ) la a l t a erudición de a q u e l sucesor d e s a n
P e d r o ; s o m e t e á su c o r r e c c i ó n su d o c t r i n a , y se g l o r í a d e
q u e en u n a c a r t a q u e m a n d ó d e s p a c h a r l e , se d a por c o n t e n -
to de que Je d e d i q u e la o b r a c o n t a n t a s a t i s f a c c i ó n , c o m o sí
Je hubiese m a n d a d o e s c r i b i r , q u e e s t a b a e n ella b i e n s e r v i d a
la fé y la religión. Si este ecléctico h u b i e r a t e n i d o u n a p o -
quita d e v e r g ü e n z a , d e b i a h a b e r r e f l e x i o n a d o q u e sus m i s -
m a s p a l a b r a s y p r o t e x t a c i o n e s le p o n í a n e n o b l i g a c i ó n d e r e s -
p e t a r las decisiones d e este Pontífice , c u a n d o n o p o r V i c a -
rio de J e s u c r i s t o , al m e n o s p o r ser el m i s m o P r ó s p e r o L a m -
b e r t i n i , c u y a erudición había a d m i r a d o , c u y a a p r o b a c i ó n
q u e r í a , y á c u y o d i c t a m e n se había s o m e t i d o . N a d a d e esto
se p e n s ó . H a b l ó la I g l e s i a , h a b l ó L a m b e r t i n i c o n t r a la usu-
r a ; p e r o de n a d i e se hizo caso. M a s e s t o es m u y p o c o t o d a -
vía. E n el §. 2 0 . t r a e á favor de su m o d o de p e n s a r á la di-
v i n a E s c r i t u r a ( D e u t . 2 3 . v. 1 9 . ) . P e r o ¿ c ó m o ? D i c e el d i -
v i n o t e x t o e n este l u g a r : Non fcenerabis fratri uto ad usuratn
pecuniam, nec fruges, nec quam'.ibet aliam ran, sed alieno.
Dice el G e n u e n s e , ó p a r a h a b l a r m a s b i e n , c o r r o m p e así:
Non fcenerabis fratri tuo PAUPERI: fcenerabis ALIENÍGENO.
D e d o n d e infiere luego lo que le d a la g a n a . Ouis unquam
patasset ( e x c l a m a aquí un p i a d o s o y sabio e s c r i t o r , de q u i e n
me valgo e n casi todo mi t r a b a j o ) ad tantam malam fidem
deventnros homines essel In hoc Genuensis excessit, vel ipsos
heterodoxos, qui id non sunt ausi faceré (**).
CARTA XVIII.
Esta p r o p o s i c i ó n , d e d o n d e se t o m a el a r r a n q u e , se l l a
ma principio; si ella f a l t a , n o p u e d e el e n t e n d i m i e n t o d a r
u n p a s o : es p e o r que u n h o m b r e sin p i e s ; peor que u n c i e
g o sin b o r d ó n ó l a z a r i l l o ; peor q u e un chiquillo de dos m e
ses , que no puede t e n e r s e e n pie. P o r esto ni h a y ni p u e d e
h a b e r ciencia sin principios, y c a d a una los tiene asegurados
en la evidencia : v. gr. L a s m a t e m á t i c a s p r o c e d e n de éstos:
dos veces dos son cuatro, &c: cualquiera todo es mayor que sus
том. v. 40
3Í4
partes: si de pares se quitan pares, quedan pares; si nones, que-
dan nones, ifc. í3"c. ÜXc., y lo m i s m a e n todas las o t r a s cien-
cias n a t u r a l e s ; pues d e t e n e r m e e n la i n d u c c i ó n sería t a n t a
m a j a d e r í a , c o m o p o d r í a serlo el que se pusiese en duda esta
v e r d a d . C o n v e n g á m o n o s pues en e l l a , señores e c l é c t i c o s , si
n o q u i e r e n V V . q u e a n d e m o s á dimes y d i r e t e s ; y vamos á
establecer o t r a p r o p o s i c i ó n i g u a l m e n t e c o n s t a n t e . E s t a es:
q u e e n t r e los p r i n c i p i o s de c a d a ciencia h a y cierta c o n c a t e -
n a c i ó n , que ú l t i m a m e n t e los reduce á p o c o s , y estos pocos
v i e n e n á p a r a r e n u n o . T e n g o e n e s t a a s e r c i ó n á favor mió
ni m a s ni m e n o s q u e al i n c o m p a r a b l e D e s c a r t e s , q u e fundó
t o d a la m á q u i n a de su filosofía sobre este solo f u n d a m e n t o :
Ego cogito: ergo sum. A u n q u e su señoría no se hubiese m e t i -
d o en e l l o , es mi proposición t a n v e r d a d e r a , que solo podrá
d u d a r l a el que ó n o h a y a s a l u d a d o las c i e n c i a s , ó si las ha
s a l u d a d o , no h a m e r e c i d o el que ellas le h a y a n c o r r e s p o n -
dido. Se p r u e b a por u n a e x a c t a inducción de todas e l l a s , y
y o me c o n t e n t a r é c o n h a c e r l o evidente e n sola la lógica. Sir-
v e n en ésta de principios las siguientes reglas. Medias termi-
ñus distribuendus est in prcemissis. Nullus terminus in conclu-
sione distribuí potest, quin distribuías fuerit in pramissis. Ex
solis particularibus nihil sequitur : nihil ítem ex solis negativis;
y o t r a s que se d e d u c e n , y se reducen á é s t a s , especialmen-
te e n m a t e r i a de silogismos. T o d a s estas reglas d e p e n d e n de
o t r a , q u e es el p r i m e r p r i n c i p i o en la l ó g i c a , á saber ; qurn
sunt eadem uní tertio, sunt eadem ínter se; y e s t e , que es e n
la lógica p r i m e r p r i n c i p i o , se r e d u c e , como todos los p r i n -
cipios de las r e s t a n t e s f a c u l t a d e s , á u n o , que es el principio
de todos ios p r i n c i p i o s , y l l a m a n los metafísicos el primer
principio de contradicion.
P o n g a m o s u n e g e m p í i t o á mi m o d o p a s t r a n o , que nos dé
idea de t o d a la cosa. D e l g r a n o de semilla b r o t a el t a l l o :
c r e c i e n d o é s t e , se f o r m a e n c a ñ a : se explica e n h o j a s : p r o -
duce flores, y m a d u r a f r u t o s ; y todo procede , c o m o es evi-
d e n t e , de solo el g r a n i t o que se sembró. D e la misma m a n e -
r a , de uno ó pocos mas principios empieza la c i e n c i a , se va
e x p l i c a n d o e n consecuencias deducidas de estos p r i n c i p i o s ,
q u e t a m b i é n son principios p a r a s a c a r o t r a s , y así e n r a m a
e n la multitud de c o n o c i m i e n t o s , de que es susceptible la m a -
teria. Si q u i t a V . el g r a n o de s e m i l l a , se a c a b ó ; n o tiene
315
q u e e s p e r a r ni c a ñ a , ni h o j a s , ni f r u t o : si lo c o r t a p o r la
inedia c a ñ a , bien p o d r á buscar la r a i z y el t r o n c o ; pero n a -
da mas. D e l mismo m o d o : si me q u i t a V . el p r i m e r p r i n c i -
p i o , se llevó p a t e t a á la c i e n c i a : si d e j á n d o l o q u i e t o , c o r t a
p o r m a s a b a j o , todo lo q u e c o r t e como s e p a r a d o de a q u e l l a
raiz se h a de m a r c h i t a r sin remedio. L a s consecuencias i n t e r -
medias son las v e n a s y fibras por d o n d e pasa el j u g o y el v i -
g o r á las ú l t i m a s : s e p a r a d a s éstas de a q u e l l a s , es e v i d e n t e
que q u e d a n sin j u g o y sin vigor. ¿ M e e n t i e n d e n V V \ , seño-
res eclécticos? Yo c i e r t a m e n t e me quedo con algunos temores
de que n o ; p e r o n o me a t r e v o á e x p l i c a r m e m a s , por el m i e -
do de que se piquen al v e r m e que les hablo con t a n t a m a t e -
rialidad , como pudiera h a b l a r á un a p r e n d i z . C o n que q u e -
demos , señores m i o s , e n que los principios de las ciencias
deben g u a r d a r c o n e x i ó n , y n o se hable sobre esto m a s p a l a b r a .
V a m o s á o t r a proposición. C u a l q u i e r a , a u n l a m a s leve v a -
riación de p r i n c i p i o s , induce diversidad y oposición universal
de d o c t r i n a s . Aquí fica ó punto, y aquí quiero y o la a t e n c i ó n
t o d a de los señores eclécticos. E s t a proposición es de t a n t a im-
p o r t a n c i a c o m o c e r t e z a . C o n o b s e r v a r u n p o q u i t o , se c o m -
p r e n d e esta verdad. S u p o n g o pues que si los p r i n c i p i o s son
c o n t r a r i o s , es imposible de toda imposibilidad que j a m á s p u e -
d a n c o n f o r m a r s e las d o c t r i n a s , así como es i m p o s i b l e que dos
líneas rectas t i r a d a s desde u n c e n t r o , u n a v. g r . h a c i a el S e p -
t e n t r i ó n , y otra hacia el M e d i o d í a lleguen á e n c o n t r a r s e j a -
m á s . ( Q u é tal le p a r e c e á V . , a m i g o , ¿no soy un famoso m a -
t e m á t i c o ? ) Y así es i m p o s i b l e , p a r a p o n e r u n p a r d e e g e m -
p l o s , que j a m á s p u e d a n concillarse la m o r a l de E p i c u r o , y la
divina filosofía del E v a n g e l i o , p o r q u e éste s e ñ a l a p o r biena-
v e n t u r a n z a la m o r t i f i c a c i ó n , y el o t r o p e r r o c a n a l l a la c o l o -
ca en el placer. Es imposible q u e j a m á s se c o n v e n g a n los que
señalan como c a n o n de la c r í t i c a , que n u n c a se debe e s t a r á
lo que r e p r e s e n t a n los sentidos , c o n los a u e e n s e ñ a n q u e se
debe estar; ó á solo el testimonio de ellos, como dice o t r a p e r r a
c a n a l l a ; ó a l testimonio de ellos r e g u l a d o y e n m e n d a d o p o r
la razón. D e principios t a n opuestos n a c e n después ilaciones
t a n m o n s t r u o s a m e n t e opuestas. P e r o n o es esto solo lo que y o
d i g o , digo algo m a s , y e s : que c u a l q u i e r a v a r i a c i ó n , p o r m í -
nima que sea en los p r i n c i p i o s , causa u n a n o t a b l e oposición
e n todo el discurso d e la ciencia. O i g a n V V . , señores e c l é c -
3<6
ticos, la c a u s a , y después se lo h a r é palpable con dos ó t r e s
egemp'os
Han d e saber V V . que c u a l q u i e r a principio es una p r o p o -
sición. La proposición h a n a c i d o p a r a decir la verdad o l a m e n -
t i r a : por e.so la definí y o : OÍMIO signijicans verum, vel fatuim.
S u p o n g a m o s , pues, que G a ñ e n d o y Descartes a d m i t e n a l g u n a
p r o p o s i c i ó n f u n d a m e n t a l ; p e r o que el ultimo la v a r í a en a l -
g o , de como la a d m i t e el p r i m e r o . E s t a variación puede a l -
t e r a r ó no a l t e r a r el s e n t i d o . Si no lo a l t e r a , es una m i s m a
proposición la de a m b o s , pues la diterencia que tiene, c o n s i s -
te e n las p a l a b r a s que en este caso p e r t e n e c e n solamente á
l a i n s p e c c i ó n del g r a m á t i c o . Si la a l t e r a el s e n t i d o , y a n o es
la inLina proposición. C o m o la v e r d a d es u n a é indivisible, n a -
ce de esta a l t e r a c i ó n q u e , ó n o siendo v e r d a d e r a la p r o p o s i -
ción a n t e r i o r , q u e d a v e r d a d e r a con la a ñ a d i d u r a , ó s i é n d o -
lo a n t e s , la a ñ a d i d u r a le hace d e g e n e r a r e n falsedad. L o m i s -
m o sucede con la diminución. E s t o supuesto, r e s u d a que la
p r o p o s i c i ó n a n t e s de a l t e r a r s e , y después de a l t e r a d a , n o pue-
. de decir u n a m i s m a cosa : luego ó a n t e s ó después ha de t e -
n e r falsedad. L a falsedad se o p o n e d i a m e t r a l m e n t e á la v e r -
d a d , c o m o es c o n s t a n t e ; de d o n d e resulta que d i c h a s p r o -
posiciones, a u n q u e n o lo p a r e z c a n , son en c i e r t o m o d o c o n -
t r a r i a s ; y la c o n t r a r i e d a d que ellas o c u l t a n , y al p r i n c i p i o
casi n o se c o n o c e , se h a c e luego sensiole eu las i n n u m e r a b l e s
consecuencias que n a c e n de ellas c o m o de p r i n c i p i o s . ¿ Q u é
g r i n g u e r í a es e s t a , señor Aristóteles í Señores i n i o s , esto es
m e t a f í s i c a , y m e t a f í s i c a cierta. ¿ P u e d o yo r e m e d i a r q u e s e a
p r e c i s o u s a r l a ? ¿ T e n g o yo la c u l p a de que V V . no la sepan?
P e r o v a m o s , probemos la p r o p o s i c i ó n con algunos e g e m -
p l o s , t o m a d o s de las sectas y filósofos. Ya saben V V . la g r a n -
d e s a r r a c i n a q u é h a y e n t r e tomistas y e s c o t i s t a s : no p a r e c e
sino que n a c i e r o n p a r a n o c o n v e n i r s e j a m á s . C o n todo eso
ambo» p a r t i d o s son A r i s t o t é l i c o s : ambos p a r a s i n g u l a r g l o r i a
mía mis discípulos, y a m b o s convienen e n los principios fun-
d a m e n t a l e s de mi secta. Admiten ellos la potencia y acto que
es el t o m a t e c o n que s a z o n o todos mis g u i s o s : a d m i t e n t o -
d a s mis d o c t r i n a s , todos mis libros, todas mis decisiones. Pues
s e ñ o r , ¿de d o n d e proviene t a n t a diferencia c o m o e n t r e ellos
h a y ? ¿ De d ó n d e ? D e sola la v a r i a c i ó n de dos p r i n c i p i o s , á
quienes los escotistas a ñ a d e n , y los tomistas no q u i e r e n que se
317
llegue. Dicen los escotistas que a d e m a s de la distinción real y
virtual, se tía de a d m i t i r la formal ex natura rei: la n i e g a n ios
tomistas. C o n esto solo hay bastante p a r a que las lógicas y me-
tafísicas de la una y o t r a p a r r e p a r e z c a n de diversísimas s e c -
tas. Q u i e r e n los tomistas que la m a t e r i a p r i m a sea potencia
pura , d o n d e no h a y a forma, ni a c t o , ni cosa que se le p a -
r e z c a : la dan los escotistas una forma de corporeidad con-
génita con ella que j a m a s la d e s a m p a r a . E s t o es lo suficiente
p a r a que en la física c a d a escuela se v a y a por distinto c a m i -
no. Si se "conviniesen sobre los dos puntos e x p r e s a d o s , serian
c o n f o r m e s sus d o c t r i n a s . N o se c o n v i e n e n , y son e n t e r a m e n t e
diformes. ¿Y p o r q u é ? P o r q u e se separan m u y desde a r r i b a ;
esto e s , p o r q u e la variación está m u y cerca de los p r i n c i p i o s .
M a s dejemos la escuela, que estoy h a b l a n d o con e c l é c t i c o s ,
y en casa del a h o r c a d o es i m p r u d e n c i a t o m a r la soga en la
boca. T o m e m o s algún otro egemplo de los que h a n o c u r r i d o
en todos los sistemas nacidos desde la d e c a n t a d a r e s t a u r a c i ó n
de la filosofía. El j u d i o Espinosa pensó e c h a r por t i e r r a la Re-
ligión y la filosofía : y en efecto si sus a b o m i n a b l e s escritos
se c o n s i d e r a n , no puede darse idea mas d i a b ó l i c a p a r a p o n e r
en egecucion el p e n s a m i e n t o . C o n la invención de d e m o s t r a r ,
según él d i c e , por el m é t o d o de Euclides, sus a b s u r d o s , h i z o
un cuerpo de d o c t r i n a t a n opuesto á la Religión y á la r a z ó n ,
c u a n t o se o p o n e n la luz y las tinieblas. ¿Y de qué medios se
valió él ? De dos proposiciones las mas c o m u n e s en todas las
sectas y filósofos, las mas c i e r t a s , y las que en todas las fi-
lo .olías se reconocen como principios. E s t a s s o n : Substantia
est ens per se subsisten*, y ens est unum. Ya vé V. que la p r i -
m e r a es la definición de la substancia , y la s e g u n d a es u n a
proposición en que se le a t r i b u y e ai e n t e su mas íntima p r o -
p i e d a d : es d e c i r , las e x p r e s a d a s proposiciones son dos de los
primeros principios de t o d a metafísica. P u e s , señor, ¿ c ó m o
de ellos sacó el panteísmo tí ¿Como? Valuándoles el sentido á
ambas proposiciones. C u a n d o dijo de la s u b s t a n c i a que e r a
ens per se sabsistens, e n t e n d i ó por la p a r t í c u l a per se la t o t a l
independencia d e causas; de m o d o que digese la definición q u e
la substancia e r a u n e n t e que no debe su ser á nadie. C u a n -
d o dice ens est unum, no e n t i e n d e , como h a b í a n e n t e n d i d o
todo>, que la unidad se sigue al e n t e , y que d o n d e quiera q u e
h a y a e n t e , ha de h a b e r u n i d a d ; sino q u e no hay m a s que un
318
e n t e : como si dijésemos ens est unicum. Puesto así el huevo,
n o e r a diíicil sacar el pollo del p a n t e í s m o , p o r q u e si n o h a y
m a s que u n e n t e , este d e b e r á ser substancia; y si la substan-
cia á n a d i e debe su s e r , sale de por fuerza u n a quisicosa q u e
sea D i o s , m u n d o y t o d o lo que éste tiene. L o s escolásticos
c o n l a g r a n d e friolera de las perseidades y reglas de la a p e -
lación e s t á n t a n lejos de i n c u r r i r en las consecuencias de E s -
p i n o s a , que por el c o n t r a r i o d e s h a c e n su sistema en p o l v o c o n
u n p a r de distinciones b á r b a r a s , con que descubren la m a l i g n i -
d a d de que se valió aquel P a t r i a r c a de los impíos de este tiem-
p o , ut fucum imperitis faceret. T e n e m o s pues, señores e c l é c t i -
cos , o t r o e g e m p l o que manifiesta de c u á n t a i m p o r t a n c i a es
p a r a la oposición de d o c t r i n a s la variación sola de u n a e x p r e -
sión de los p r i n c i p i o s .
Q u i e r o que V V . a d v i e r t a n de c a m i n o u n a cosa que les
p u e d e s e r m u y ú t i l , si es que quieren filosofar a l g u n a vez de
buena fé: y es que t o d a la m a q u i n a de la n u e v a filosofía sue-
le flaquear p o r el m i s m o m o d o que el a b s u r d o sistema de E s -
p i n o s a , á s a b e r : p o r la variación de las definiciones, que son
unos de los p r i m e r o s p r i n c i p i o s de las ciencias. P á r e n s e V V .
p o r Dios e n ellas, y m i r e n que la filosofía no tiene cosa mas
s a g r a d a . Definir debe ser e m p l e o de los m a y o r e s h o m b r e s ,
y aun t o d a v i a sus definiciones n o deben subsistir hasta que
u n l a r g u í s i m o e x a m e n h e c h o p o r los que le s u c e d a n , d e c l a -
re la rectitud de sus definiciones. E n m e t i é n d o s e todos á d e -
finidores, es imposible que j a m á s nos e n t e n d a m o s , y h a de
n a c e r e n la r e p ú b l i c a literaria el mismo d e s o r d e n que se v e -
ría e n la c i v i l , si todo aquel á quien le diese g a n a , se m e -
tiese á definidor de litigios. Señores m i o s , e s t a es o b r a de los
m a g i s t r a d o s . L a definitiva d e un pleito t r a e consigo el bien
ó el mal de m u c h a s familias, y así requiere la ciencia, la pru-
r
C A R T A XIX.
(*) Tan pronto como los Editores de las Cartas del R a n c i o lle-
garon á entender que las Aristotélicas debían ser mas de diez y nue-
ve , según el Autor lo ofrece en este lugar, practicaron las mas efi-
355
sea fácil á c a d a filósofo, y a d e m a s de esto q u e r e r que todos
los filósofos la h a g a n ; insistir también en que este es el único
modo de filosofar que debe establecerse y seguirse.... S e ñ o r e s
m i o s , p e r d o n e n V V . que se lo d i g a : hoc est insanire.
¿ P u e s c ó m o somos eclécticos? m e d i r á n V V . M a s y o y a
les h e respondido. N o h a c i e n d o n a d a de c u a n t o d i c e n que d e -
be hacerse p a r a s e r l o , siendo p l a g i a r i o s , p e d a n t e s , y h a b l a n -
d o sin c o n o c i m i e n t o : c o n t r a d i c i é n d o s e á c a d a p a s o , n o s a -
biendo lo que n i e g a n , y lo que a f i r m a n , y a c a b a n d o de p o -
n e r á la filosofía en un caos de o b s c u r i d a d . D e este m o d o son
V V . eclécticos , y eso lo estoy y o d i c i e n d o e n casi t o d a s
mis C a r t a s .
A la v e r d a d , a m i g o d o n M a n u e l , ¿á quién n o se le r e -
v o l v e r á todo el e s t ó m a g o o y e n d o d e c i r , que e n Sevilla h a y
eclécticos ? i D ó n d e están , p r e g u n t a r á , y q u i é n e s son ? H é -
telos a q u í , dirá cualquiera. U n o s h o m b r e s que estudiaron tres
años y no e n t e n d i e r o n al F r o i l a n , al M a s t r i o ó al L o s a d a ;
que de r e p e n t e se c o n v i r t i e r o n e n filósofos m o d e r n o s , p o r -
que de r e p e n t e e n t r ó la m o d a ; que a u n de la filosofía m o -
d e r n a saben p o c o m a s q u e aquellos en c u y o s t i e m p o s n o h a -
bía p a r e c i d o ; que sucesivamente h a n sido discípulos de P u r -
c h o t , de B r i x i a , de V i l l a l p a n d o y J a c q u i e r ; que ni a u n p o r
el forro h a n visto á los m a s célebres d e los m o d e r n o s ; que
n o t i e n e n m a s libros que u n o s pocos que p u e d e n l l e v a r s e
debajo del b r a z o á d o n d e se les a n t o j e ; que a u n estos son los
m a s b a r a t o s (hoc est, los peores ) que se h a n escrito sobre la
j P o b r e c i t o libro mió
E n las m a n o s del l i b r e r o ,
Q u e c u a n d o te está a l a b a n d o
E n t o n c e s te está v e n d i e n d o ! .
APENDIX.
PREGÓN DE LA MASCARA
Ante omnia.
I -11 señor A n i m a s L o c a s ( * ) ,
Oróte M a y o r del P u e b l o ,
Con facultad in abstracto
Y su l o c u r a en concreto,
M a n d a ut quo q u e el v e i n t e y dos
INDICE
DE COSAS NOTABLES.
CANO MELCHOR: Dice que Aristóteles fue obscuro, ¿por qué moti-
vos? 57. Su dictamen acerca del estilo escolástico, 59. Reconoce
por suyos Aristóteles los errores que cita Cano en su libro De lo-
éis , 6 5 . Singular elogio de este ilustre sabio, 7 8 . Indica las cau-
sas, por las que los luteranos aborrecían á los peripatéticos, 9 c
CICERÓN : Es buscado por Aristóteles para que traduzca unas conclu-
siones, 10 sig. Larga enumeración de los barbarisinos y solecis-
mos que encuentra en ellas, 12 sig. Hace un epílogo de ellos, 4 8 .
Que' juicio formó de la elocuencia y talento de Aristóteles, 5 4 ,
8 3 . Da las razones por qué es difícil traducir bien las obras del
Filósofo, 5 5 sig. Su dictamen sobre el estilo escolástico, 5 9 .
CONCIUOS : Muchos generales hicieron uso de Ja filosofía peripatéti-
ca para impugnar las heregías: Aristóteles desafia á sus contrarios
para que digan otro tanto de la ecléctica, 7 9 .
ECLÉCTICOS: N O hacen, ni pueden hacer buen uso de la filosofía de
las otras sectas, 1 3 6 , 2 3 7 . Contradicciones en que incurren, 1 4 8 .
Ciencia de los eclécticos sevillanos, 2 5 3 : que hace Aristóteles de
algunos autores eclécticos, 2 7 3 . Su modo de filosofar, 3 2 3 . Foco
respeto que tienen á los Santos Padres, 3 4 3 . Qué se necesita pa-
ra ser un buen ecléctico, 3 3 3 .
ECLECTICISMO: Compendio ó ensayo de e'l hecho por Aristóteles 1 6 2 .
La lógica ecléctica, 1 6 3 . Crítica, 1 6 8 . Método, 1 7 1 . Física gene-
ral, 1 7 2 . ídem particular, 187. Metafísica, 2 1 3 . Moral, 2 2 5 . De-
finición del eclecticismo, 2 5 8 . Razones en que se fundan sus sec-
tarios, con una breve respuesta á ellas, 2 5 9 sig. Plan de la im-
pugnación que Aristóteles intenta hacer de él, 2 6 2 . No sé da tal
eclecticismo ni en los que se llaman eclécticos, 2 6 8 . Ni in rerum
natura, 3 1 1 sig. Ni es posible darse, por la imposibilidad de po-
seer nadie las condiciones que para ser ecléctico se requieren, 3 3 3 .
ESPAÑOLES : Prueba Aristóteles la solidez y rectitud de su juicio por
su constancia en seguir sus doctrinas, 7 9 . Progresos asombrosos
que hicieron en las ciencias en el siglo X V I , 8 0 .
EXPERIMENTOS : Poca seguridad que ofrecen los que alegan Jos mo-
dernos, 119 , 3 4 8 .
FILOSOFÍA EN COMÚN: Su definición , 3 1 1 . Son necesarios los prin-
cipios, 3 1 2 . Estos deben estar enlazados entre sí, y venir últi-
mamente á parar al principio de contradicción, 3 1 4 . Cualquiera
variación en ellos por mínima que sea, produce una grande opo-
sición y contrariedad de doctrinas, 3 1 5 . Las cuales no pueden
365
concordarse entre sí por un raciocinio exacto, 322. El eclecticis-
mo no es, ni puede ser filosofía de esta clase, 323 sig. Leihnitz
quiso reconciliar la antigua con la moderna filosofía: ¿con qué
suceso? 144.
FILÓSOFOS ESCOLÁSTICOS: Tres capítulos por los que son acusados por
los modernos, 98. En qué términos admiten la autoridad de Aris-
tóteles ; saben también impugnarle, 102 sig. Talento y erudición
de los escolásticos: poco favor que en esta parte les hacen los
modernos, 107. Argu.nento de un escolástico á un ecléctico, 128.
FÍSICA : Están y estarán muy atrasados los hombres en los conoci-
mientos físicos, 108. La moderna está fundada sobre hipótesis ar-
bitrarias y falsas, 114. Y sobre observaciones muy poco segu-
ras, 119. Física general ecléctica, 172. Física particular, 187.
FKANCISCO VICTORIA : Cuánto contribuyó á la ilustración de los es-
pañoles en el siglo X V I , 80.
GASEÑDO : Usa de una comparación indecorosa é impía, tratando de
si Dios está ó no en predicamento, 1 4 1 .
GENUESSB (Antonio): Famoso ecléctico, entendió muy m a l a los es-
colásticos, 136. Injuria atrozmente á los peripatéticos, queriéndo-
los hacer reos de espinosismo, 145. Su opinión sobre el origen
de las voces, se burla de él con mucha gracia Aristóteles, 164.
sig. En qué se fundó para graduar de cierta inoralmente la pro-
posición que dice : haberse Dios valido de nn cometa para inun-
dar la tierra , 206. Solemnísimo disparate en querer se introdu-
gese una Teología física, 223. Qué maestros señala para la m o -
ral, 225 sig. Pone media docena por muestra de errores suyos en
la moral, 234. Juicio que de él formó Aristóteles: según este el Ge-
nuense escribió con preocupación, sin crítica, sin buena fé y sin
consecuencia, 274 sig. 287 sig. Como interpretó el primer cap.
del Génesis, 277. Muchas proposiciones suyas son no solamente
falsas, mas también perjudicialísimas á la .Religión, 289. Señala
cuatro grados por los que dice pasaron los hombres hasta llegar á
la civilización, 290. Defiende la usura, 294. Se separe» mucho de
la doctrina de la Iglesia, 319. Los principios de su moral con-
trarios á Jos del Evangelio, 320 sig.
GRANADA (Fr. Luis d e ) : Elogio muy particular que se hace de es-
te sabio, 322.
HEICNECCIUS: SU odio contra los escolásticos, 57. Calumnia atroz-
mente á los santos doctores Santo Tomás y san Buenaventura, 145.
KEPLERO : Qué causa asigna del movimiento de los astros: cómo se
burla de él Aristóteles, 198.
METAFÍSICA : Es útil y necesaria, 69. Errores que han introducido
en ella los modernos, 161.
M O R A L : La lian corrompido los que se decían sus reformadores, i 6 r .
¿Quiénes son estos y sus gravísimos errores? 225 sig.
366
NEWTON Qué principios señala del ente natural, 1 7 7 , La atracción
y sus leyes , 181 sig.
T I E R R A : Varias opiniones sobre su origen, forma, 2 0 4 , 2 7 9 .
SANTO TOMÁS : Escribió contra los errores de los árabes, 7 2 . Prefi-
rió la filosofía de Aristóteles á la de Platón, 7 8 .
VIVES ( J u a n L u i s ) : Grande elogio que haca de Aristóteles, 53. Le
tiene por el mayor ingenio del mundo, 8 2 .
VERDAD : Ama el estilo sencillo, 59.
VERNEI : Rígido censor de los escolásticos: los entendió muy mal, 1 4 0 .
CONCLUYE LA LISTA
DE LOS SUSCRIPTORES AL RANCIO.
E N M A D R I D .
A L A S X'LVII. C A R T A S
D E L
FILÓSOFO RANCIO.
C O N T I E N E
P O R E L M I S M O A U T O R .
M A D R T D 1825,
IMPRENTA DE D. M I G U E L DE BURGOS.
En alabanza del Rmo. P. Miro. Fr. Francis-
co Alvar ado, del orden de Predicadores,
conocido por el FILÓSOFO RANCIO,
SONETO.
Cuando sin rienda impávido corría,
Extinguir pretendiendo la Fé pura
En España, la bárbara locura
Del ateísmo, no de la heregía:
Y en el propio momento, que creía
Con el fiero terror de su bravura ,
Sentar el Real de la opresión mas dura,
Que de extrangeras gentes protegía :
E L GRANDE, EL SABIO, EL ENCUMBRADO, EL SANTO,
(Que á un único Campeón dio valor tanto,
Que del feroz Goliat causó la muerte)-,
Suscitando de nuevo un varón fuerte,
Dijo: ¿David libró mi pueblo amado?
Pues vuélvalo á librar solo ALVAR ADO.
D I Á L O G O
THEOPHILO. EUSEBIO.
la h a d e j a d o , ¡ n s d a .e^toafio es q u e se d é por v a c a n t e su
á la m u e r t e , é i n d e f e n s o , n o p u d o m e r e c e r d e estos m o n s -
truos la h u m a n i d a d y c o n s i d e r a c i ó n , q u e a u n los h o m b r e s
m a s bárbaros h a n g u a r d a d o hasta con los e n e m i g o s c u a n d o
los h a n visto enfermos. L o levantan v i o l e n t a m e n t e de la ca-
m a , y le fusilan con la m i s m a serenidad con q u e lo p u -
d i e r a n hacer con u n a fiera.
Euseb. H o r r o r Causa el solo recuerdo de este h e c h o .
Thcoph. ¡Alí! Pues si los Obispos n o t u v i e r a n q n e temer
Otra cosa m á s , q u e el q u e esta barbarie se repitiese enr sus
p e r s o n a s , p o d r í a n r e p u t a r s e dichosos.-Feotes cosas tes i n s t a n ;
y m a y o r íque el de la vida es el peligro d e la obligación y la
Conciencia. Al siguiente día d e la e n t r a d a del ejército fran*
Ces se le m a n d a r á q u e celebre d e pontifical á presencia d e
los e x c o m u l g a d o s por el P a p a , d e los notorios ateístas, d e
los p ú b l i c o s profanadores d e c u a n t o hay d e santo en la tierra;,
d e los q a e h a n s a q u e a d o , y luego han d e c o n t i n u a r saquean-
d o las Iglesias, d e los q u e h a n d e s t i n a d o al desprecio y a b u -
so las sagradas I m á g e n e s , de tos q u e h a n e x t e n d i d o sus m a n o s
sacrilegas á los vasos q u e sirven para Jos sacrosantos misterios,
y ( l o cpie n o puede decirse sin tm e x t r e m o h o r r o r ] d e los
q u o h a n arroiado al s u e l o , y tal vez ttacltí á sus caballos al
inferno adorable S a c r a m e n t o , q n e por' la mas i n s o l e n t e d e
todas las hipocresías y maldades fingen v e n i r á 'adorar e n el
i n c r u e n t o sacrificio. Si y a q u e lo h a c e n celebrar por c o n v e -
n i r así á su d e p r a v a d a p o l í t i c a , dejasen al Obispo y al
p u e b l o la triste libertad d e ofrecerlo ' á Dios para remedio
Úe sus m a l e s ; restaría tanto al u n o c o m o al otro el consuelo
d é l l o r a r delante d e su D i o s , é i m p l o r a r p ú b l i c a r h e n t e su m i -
s e r i c o r d i a . P e r o n o s e ñ o r , la función h a d e ser d e acción
(s)
d e gracias, y el Obispo h a - d e comportarse e n ella c ó m o si ía
calamidad e n q u e se vé e n v u e l t o j u n t a m e n t e con su afligida
plebe fuese u n a verdadera felicidad, u n triunfo d e su R e l i -
g i ó n , u n a ventaja de la Iglesia, y un beneficio d e sus hijos.
L u e g o se sigue el j u r a m e n t o , por el cual el h o m b r e mas m o n s -
truoso q u e esperan ver los siglos, aspira á q u e la D i v i n i d a d
sirva de garante de la fidelidad q u e tan sin justicia exige d e
nosotros, y q u e él jamas ha g u a r d a d o mas q u e á su a m b i c i ó n ;
y á q u e la Religión consagre u n o de los m a y o r e s desacatos
q u e pueden cometerse contra e l l a , la u s u r p a c i ó n m a s injus-
ta c o n t r a el m a s i n o c e n t e d e los P r í n c i p e s , y la o b l i g a c i ó n
mas inicua contra la o p r i m i d a y desgraciada patria. A u n
c u a n d o dejásemos aparte los clamores q u e contra semejantes
gestiones n o cesa de l e v a n t a r l a c o n c i e n c i a , ¿se necesita mas
q u e el pudor n a t u r a l , para q u e cualquiera h o m b r e de b i e n
anteponga mil muertes á la infamia de q u e se lea e n los p a -
peles p ú b l i c o s , q u e el Obispo de tal parte hizo esto y lo otro,
e n testimonio y reconocimiento ele la felicidad q u e á él y á
su pueblo les había v e n i d o por la regeneración francesa?
Pues todavía n o h e m o s h e c h o mas q u e empezar. Se le
m a n d a r á q u e p r e d i q u e , ó q u e circule pastorales á sus ovejas.
T e n d r á para obedecer q u e profanar el e v a n g e l i o , aplicando
sus divinas m á x i m a s de sumisión y paz á lo q u e su c o n c i e n -
cia y su experiencia le están sin cesar r e p r e s e n t a n d o c o m o
objetos d e resistencia basta d e r r a m a r la ú l t i m a gota de ía
eiistiana sangre. Se le mandará q u e recoja las licencias q u e
ha darlo tle predicar y confesar á los Sacerdotes de su diócesij
para concederlas d e s p u é s á los q u e las m e r e z c a n ; y en solo el
h e c h o de obedecer á este m a n d a t o confiesa en p r i m e r lugar
n o haberlas dado á quien las m e r e c e , y se e x p o n e e n s e g u n -
do á concederlas á los q u e ya resultan i n d i g n o s por el solo
h e c h o de solicitarlas. V e n d r á hiego m í o á 'pedirle d i v o r c i o ,
y segundas bodas viviendo su consorte. Si se n i e g a , es reo del
código n a p o l e ó n , y del N a p o l e ó n q u e dictó el c ó d i g o , ' y
q u e no supo perdonar este pecado n i aun á su m i s m o b é t -
m a n o y principal autor d e su fortuno L u c i a n o . Si se presta;
ya p u e d e olvidarse para* toda la e t e r n i d a d del q u e tan severa-
m e n t e prohibió al h o m b r e d i v i d i r lo q u e h a j u n t a d o Dios.
V e n d r á otro á instarle q u e le dispense en los grados p r o h b
bidos por la Iglesia, n o solo e n c o n t r a , sino (lo q u e es p e o r )
e n desprecio d e esta p r o h i b i c i ó n . V e n d r á otro
Euscbio. V e n d r á n m o c h o s , eso n o tiene duda.; p e r o por
lo m i s m o q u e se h a n d e i n t e n t a r y se i n t e n t a n tantas y tan,
escandalosas n o v e d a d e s , m e parece á m í q u e mas q u e , r a m e a
c o n v i e n e la presencia del O b i s p o , para q u e d e s e n g a ñ e á su
p u e b l o , para q u e lo p r e v e n g a contra el e r r o r , y para
q u e si fuere necesario le dé e l - g r a n d e ejemplo q u e á todos
los pastores dio n u e s t r o S o b e r a n o Pastor d a n d o su vida p o r
sus ovejas.
T/ieoph. Eso estaña b u e n o si las h u b i é s e m o s con N e r ó n ,
V a l e r i a n o ó D i o c l e c i a n o ; pero n o las h e m o s sino con N a p o -
l e ó n , q u e á la i m p i e d a d ríe aquellos perseguidores extraños,
j u p t a las artes d e J u l i a n o q u e había sido doméstico , y de Va-
l e n t e q u e todavía q u e r í a parecerlo. Acuérdate de lo q u e leí-
m o s estos días pasados e n los papeles públicos h a b e r d i c h o
S , M . I m p e r i a l y Real al Arzobispo d e Malinas y á su clero,
q u e no los m a n d a b a arrojar al rio p o r q u e el pueblo su}>trsú-
cioso n o los tuviera p o r m á r t i r e s ; y toda la causa que. h u b o
para esto consistió e n q u e aquel b u e n prelado no había cele-
b r a d o u n a p ú b l i c a acción d e gracias por elr a d u l t e r i n o m a -
t r i m o n i o d e Napoleón y María Luisa. E n la h o r a e n q u e los
satélites del tirano se enterasen en q u e el Obispo era h o m b r e
d e firmeza, en esa m i s m a hora q u e d a b a el pueblo sin volver á
saber d e su Obispo, hasta el cha d e la resurrección universal.
Esto d e sacarlo á degollar en p ú b l i c o titi Rom'inh infensus
d.iis. ct.leg'dms c o m o se hizo con san C i p r i a n o , se q u e d a b a
b u e n o para aquellos perseguidores q u e n o t e m a n una políti-
ca peculiar c o m o N a p o l e ó n : este señor sabe m u c h o mas:
tanteará p r i m e r o sacar algún p a r t i d o del Obispo seduciendo*
lo si es p o s i b l e ; ó d e n o , obligándolo á fuerza d e amenazas á
q u e firme algo contra su c o n c i e n c i a , así c o m o o b l i g ó á
n u e s t r o F e r n a n d o á q u e firmase contra sus d e r e c h o s . C u a n -
d o n o haya esperanza d e q u e firme, n i «le q u e se p u e d a
i n t e r p o l a r algo d e lo q u e h a f i r m a d o , c o m o se h i z o e n el
c o n c o r d a t o c o n el P a p a , n i d e adoptarle escrito q u e n i h a
yisto n i h a firmado; se sigue el s e g u n d o recurso d e publicar
q u e al pobrecit© se le lia ido la c a b e z a , y d e usar con él
la e x t r a o r d i n a r i a h u m a n i d a d d e e n v i a r médicos imperiales
y reales para q u e le c u r e n d e locura. E n t r e t a n t o , y n o fián-
dose d e estas fraude^ q u e por lo c o m ú n n a d i e cree y a , se
{ 7 )
echa mano del tercero y mas s e g u r o , q u e es llevárselo c o m o
al Papa d o n d e n a d i e vuelva á saber de é l , y d o n d e acaso vaya
á morir d e u n a d e las m u c h a s apoplegías q u e tan c o m u n e s
se h a n h e c h o e n los e n c e r r a m i e n t o s d e Napoleón. V e n d r á
pues á resultar de t o d o , q u e el pueblo ó se q u e d e sin Pastor
c u y a voz oiga y c u y o ejemplo siga, ó tenga q u e oir y seguir
u n a voz y un ejemplo q u e n o es d e su P a s t o r , ó si acaso
lo e s , es ya de u n Pastor á q u i e n la violencia h a c o n v e r t i d o
en lobo. ¿ Q u é te parece , Eusebio ?
Euseb. M e parece q u e todo es á la letra.
Theoph. Pues bien , colígese d e ahí cuánta mayor utilidad
traerá á su p u e b l o el Obispo q u e h u y e , q u e el q u e q u e d á n d o -
se se e x p o n e á sí m i s m o , y lo e x p o n e á todas estas malas c o n -
secuencias. Nada deseaban tanto los Arriarlos c o m o poder a p o -
derarse tle la persona d e San Atanasio. Mas este glorioso de-
fensor de la té católica les e n t e n d i ó m u y b i e n la m a n o , y
h u y e n d o a q u í , escondiéndose a l l í , p r e s e n t á n d o s e c u a n d o p o -
d í a , ocultándose c u a n d o convenía, conservó la té católica, n o
solo 011 su Diócesi tle Egipto , mas t a m b i é n e n el resto del
orbe cristiano. Nos hallamos e n u n a s circunstancias iguales á
las d e su siglo. Y para m í es mas claro q u e la luz del m e d i o
dia , q u e el Obispo q u e quiera mirar por su rebaño debe a n t e
todas cosas poner en salvo su p e r s o n a , y desde el lugar d e s u
seguridad proveer á las necesidades de su p u e b l o , c o m o lo e s -
tán h a c i e n d o m u c h o s por cartas y por ministros celosos y p o -
co visibles q u e o c u l t a m e n t e van á confirmarlo,
Euseb. Un solo escrúpulo m e resta, y consiste e n la c o n -
ducta de tantos Prelados nada inferiores al nuestro en el celo
y s a b i d u r í a , (pie han permanecido e n sus ciudades después d e
ocupadas por el enemigo.
Theoph. Es fácil la respuesta. A cualquiera d e t e r m i n a c i ó n
concurren el d e r e c h o y el h e c h o ; q u i e r o decir, el c o n o c i m i e n -
to de las reglas generales q u e d e b e n r e g i r , y el juicio q u e se
forme de si estas reglas son aplicables á las actúalos circunstan-
cias. No hay Obispo q u e ignore q u e la fuga le es lícita c u a n d o
su presencia es inútil á su grey, y necesaria c u a n d o la p r e s u m e
nociva. Pero á unos n o les h a s i d o posible n i a u n presumir,-
q u e había de presentarse caso d e deliberar sobre el p u n t o . E n
estos c o m p r e n d o yo á los q u e recibieron á los franceses bajo
seguridad q u e el g o b i e r n o les dio d e q u e e r a n nuestros ca-
< 8
)
ros y fieles aliados, y se h a l l a r o n á consecuencia esclavos antes
ele saber q u e tenian d e n t r o d e casa al enemigo. Otros tuvie-
ron t i e m p o d e deliberar y h a b í a n deliberarlo fugarse luego q u e
instase el peligro. Mas el peligro n o dio t i e m p o , y los r e v e -
ses sufridos por nuestros ejércitos juntos con las rápidas m a r -
chas del e n e m i g o frustraron e n t e r a m e n t e el proyecto. Otros
e n fin ( y d e esto h a sucedido m u c h o e n t r e nosotros} dotados
d e u n corazón incapaz d e persuadirse del m a l , n o se pres-
taban á creer tanta i n i q u i d a d como se decía d e los france-
ses. E s p e r a b a n m a s m i r a m i e n t o en unos h o m b r e s q u e se tu-
c e n católicos; confiaban e n sus pérfidas p r o m e s a s ; y solo se
t r a g a r o n el desengaño c u a n d o ya no era d e p r o v e c h o . Yes a q u í
las causas por q u é m u c h o s n o h u y e r o n .
Euscb. Estoy por ese m o d o de pensar, y ojalá q u e n o solo
todos los O b i s p o s , mas también todos los cabildos eclesiásticos,
torios los curas y ministros conocidos hubiesen seguido el
ejemplo de nuestro P r e l a d o : m u c h o h u b i e r a ayudado á n u e s -
tra causa esta i m p o r t a n t e precaución.
Theoph. D e esa m i s m a o p i n i ó n eran los Gen?rales fran-
ceses y sn d e p r a v a d o E m p e r a d o r . De nada cuidan ellos tanto
c o m o d e apoderarse d e los Obispos y d e m á s ministros de la
R e l i g i ó n , especialmente d e aquellos q u e nías aceptación é i n -
flujo tienen e n los pueblos. El a m o r q u e estos profesan á la
Santa Religión d e q u e ellos y su gefe h a n i n d i g n a m e n t e apos-
t a t a d o , h a sido, es y será el m a y o r estorbo contra sus d e p r a v a -
dos d e s i g n i o s ; y ellos n o e n c u e n t r a n o t r o m e d i o d e v e n c e r es-
te e s t o r b o , q u e seducir si p u e d e n á los pastores y ministros
con halagüeñas promesas y esperanzas; y apoderados q u e estén
d e sus personas n o dejar m e d i o n i violencia q u e n o e m p l e e n
para hacerlos i n s t r u m e n t o s d e su seducción y tiranía. C o n v e n -
gamos pues e n q u e n u e s t r o Prelado h a h e c h o m i l veces b i e n
e n escaparse. \
Euseb. R e p i t o q u e estoy por ese m o d o d e p e n s a r .
Theoph. P u e s yo q u i e r o a h o r a q u e lo varíes , y q u e su-
p o n g a s q u e fugándose h a c o m e t i d o u n c r i m e n , y u n c r i m e n
p o r el cual m e r e c e ser d e p u e s t o . ¿ P u e d e n p r e t e n d e r m a s los
franceses ni los españoles sus alcahuetes y esbirros?
Euseb. N o me atrevería yo á concederles t a n t o .
Theoph. L a justicia p u e d e conceder m u c h o c u a n d o por
todas partes se d e s c u b r e la picardía. Supuesto p u e s q u e núes-
tro Prelado h u b i e s e m e r e c i d o la deposición, ¿ q u i é n lo h a sen
tenciado y d e p u e s t o ? » . .o! mi • ".»'••.¡;.;>.¡ ?•»
Euseb.' El gobierno. >!» . •/.»• ?''*>.,¡i
;
Thcoph. ¿Qué gobierno? •/• ¡¡ ::rir.'.'• :•<: • .o£i. •
Euseb. Si lo h e d e llamar por su n o m b r e , el i n t r u s ó * el
í! !
u s u r p a d o r , el t i r á n i c o , e l : : : : : : > > a? ">"!' ° *
Thcoph. N o es menester tanto. A m i m e basta c o h q u e
m e digas el civil, sea este tuerto ó derecho. ¿Yhde c u á n d o o
d ó n d e el gobierno civil h a podido d e p o n e r los Obispos? <>:''!
Euseb. N o había yo reflexionado eso.uboT .«,'memp № ) » p
Theoph. P u e s reflexiónalo b i e n , y verás h a s t a d ó n d e llega
4
la ignorancia y temeridad con q u e se h a : c o m e t i d o e s t é . a t e n
tado. El Obispado es la magistratura <le este Reyno¡ espiritual
q u e Jesucristo estableció, y q u e según la expresa voluntad d e
este D i v i n o Legislador nada tiene q u e v e r con el B.eyno d e l
M u n d o . El Espíritu Santo es el ú n i c o q u e provee d e Obispos
á su Iglesia, y la Iglesia el ú n i c o i n s t r u m e n t o d e q n e el D i v i
n o Espíritu se vale para proveerla d e Obispos. E l c a r á c t e r , la
potestad, !a jurisdicción y oficios de estos, e n c u a n t o tales, per*
tenecen exclusivamente á la línea espiritual. Las faltas p u e s
q u e contra ellos se c o m e t a n n o son n i p u e d e n ser d e la ins«
peccion d e u n a autoridad temporal. D e aquí la constante p r á c
tica y Doctrina d e la Iglesia e n todas las circunstancias y si*
glos d e q u e n i los h e r e g e s , n i los cortesanos ( q u e á veces s o n
p e o r e s ) se h a n atrevido á apartarse jamás. ¿ C u á n d o ha h a b i
d o u n e m p e ñ o e n d e p o n e r á u n Obispo igual al q u e los A r
riarlos t o m a r o n contra San Atanasio? ¿ Q u i é n m a s b i e n q u e
ellos, d u e ñ o s q u e eran del corazón del E m p e r a d o r Constancio,
p u d i e r o n concluir el negocio d e u n golpe s o l o , si este g o l p e
h u b i e s e d e d i m a n a r de ía autoridad t e m p o r a l ? Sin e m b a r g o ,
ellos q u e abusaron hasta lo s u m o d e esta autoridad contra el
Santo Obispo, n u n c a creyeron q u e alcanzase al logro d e su i n
tento. Sacaron del E m p e r a d o r decretos d e d e s t i e r r o , y a u n
creo q u e d e m u e r t e c o n t r a é l : m a s para la sentencia d e d e p o
sición q u e tantas veces d i e r o n , s i e m p r e e c h a r o n m a n o d e los
Sínodos. V e n g a m o s á San J u a n Chrisóstoaio. L a E m p e r a t r i z
E u d o x i a era m u g e r , y m u g e r p e r s o n a l m e n t e ofendida c o n t r a
el S a n t o , poderosa para hacer c u a n t o q u i s i e s e , y rodeada (co
m o suele suceder ) d e aduladores q u e n o estudiaban e n m a s
q u e e n satisfacer sus antojos. Con todo eso la i m p o t e n t e ira d e
«ta muger favo que aguardar para que fuese el Santo Patriar-
ca depuesto á que viniese mi tocayo, el de Alejandría, y pu*
diese éste seducir á los demás Obispos que compusieron el
conciliábulo llamado de la Encina. Recorre toda la historia
eclesiástica. No encontrarás ni un ejemplo solo de este atenta-
do que se está cometiendo entre: nosotros. Puede el gobierno
civil dar títulos tle Duques, Condes y Marqueses. Puede de-
poner Generales, Consejeros, Jueces , Administradores ckc.
Puede encarcelar, desterrar y matar con justicia ó sin ella á
quien quisiera. Todo esto una vez hecho, hecho se queda. Pe-
ro si se mete á instituir un Obispo , el instituido se quedará
tan Obispo como yo; y si en destituirlo, tan Obispo será des-
pués de esta destitución sacrilega, como lo fué desde el rlia
de su legítima ordenación.
¡Euseb. Eso no tiene réplica, y en fuerza de ello mientras
nuestra Prelado viva no hay que pensar en admitir nuevo
Obispo, aunque venga á traerlo el mismo Napoleón en per-
sona armada de sus omni potentes bayonetas. Mas variemos
nuestro caso por otros que en la actualidad se verifican. Hay
alguno* obispados vacantes. Si al nuestro le sucediese otro tan-
to, y el gobierno intrusónos nombrase un Obispo, ¿podríamos
admitirlo entonces?
. Theoph. Antes de responderte en derechura , quiero que
me digas con qué título podría el gobierno intruso proceder á
ese nombramiento.
Euseb. Creo que por el título de Patronato.
Theoph. ¿Lo crees?
Euseb. En verdad que no sé lo que te diga, ahora que
comienzo á reflexionar. •;•?.
Theoph. Pues continúa reflexionando , y darás al través
con,aquella tu primera creencia. El título y derecha de Patro-
nato es , como tú sabes, únagraciaoeoa que la Iglesia premia
los servicios ck aquellos 9us buenos hijos que expenden sus
caudales en la creación ó restauración ele sus Templos, ó en
la:roagestarí y magnificencia de su culto. Díme, pues , atendi-
da esta difinicíon.del Patronato;, ¿podrá el Señor José Napoleón
>ser ni llamarse el patrono de nuestras Iglesias?
Easeb.. Si como el Patronato se funda en erigir y enri-
quecer, se fundase en destruir y saquear, nadie tan patrono
como él: eu muy pocas semanas ha arruinado, y robado cuan-
to la piedad y Religión habian erigido, y aumentado en mas
de diez siglos. Mas como se halla dueño de nuestro Trono:::::
Theoph. También se'halla "dueño del Patronato: ¿no es
esto? <•'•
Euseb. No digo yo que sea, sino que él lo dá por tan
supuesto como si fuese el resultado de alguna demostración
geométrica. - p
Theoph. Con que según eso, si nuestro vecino el Empe-
rador de Marruecos volviese á traer á España las lunas de
Mahoma, entraría en posesión del Patronato ele nuestras Igle-
sias, y podría á troche y moche darnos y quitarnos Obispos.
Euseb. Alguna diferencia es menester que pongamos en-
tre el marroquí, coya Religión lo hace absolutamente incapaz
de cosa alguna que,diga relación con la nuestra , y el intruso
José, que (sea como fuere) por fin ha ^recibido las aguas del
Bautismo. •: , . : : - M;
Theopli. La diferencia que yo pusierasiempre sería en
favor del mahometano: si él no es cristiano, puede en ello ha*
ber tenido mas culpa la desgracia y la ignorancia que la de-
pravación y malicia. Mas del Señor José podemos presumir sin
temeridad que él reputa como desgracia babee nacido.entre
cristianos* y tratai de enmendar este yerro de su nacimiento.
Si el Emperador de Marruecos no conoce ni admite el Evan-
gelio, conoce al menos.el;derecho de gentes que nos obliga á
guardar los pactos, y no9 hace respetar lai Religión ,que en
tuerza de ellos debe quedar libre á los pueblos conquistados,
Pero José Napoleón todo lo promete y lo • jurfk por el San^
to Evangelio, y luego lo que hace es empeñarse en abolir el
Evangelio por quien promete y jura. Si el Emperador de Mar-
ruecos «os mandase en cualquiera negocio que peíteneciese
á nuestra Religión y recurriésemos á su autoridad ,' estaría por
lo ,que ios maestros de la misma Religión declarasen ser con*
íuriue á ella, como lo han hecho y están haciendo ¡cuantos
Príncipes infieles y hereges tienen católicos bajo su dominio;
pero al Señor José Napoleón basta saber que una cosa es con-
forme con. los cánones para tratar luego de aboliría. Ven pues
ahora á alegarme su Bautismo. Yo te remitiré á que examines
Jas obligaciones que tiene un hijo de la. Iglesia; y Juego que
veas la manera con que las cumple no tardará en ser para tí
sicut echnicus etpublicanus, según la sentencia del Salvador.
B 2
( I » )
Euseb. T o d o eso m e parece v e r d a d e n derecho. Resta q u e
en el hecho p o d a m o s h a c e r taso d e esta verdad. E n n u e s t r o s
m i s m o s dias h e m o s visto á algunos P r í n c i p e s , q u e en vez de
portarse c o m o hijos y p a t r o n o s de la Iglesia , h a n hecho c o n -
tra ella t a n t o c o m o p u d i e r a n hacer sus mas sangrientos perse-
guidores. Y con t o d o , ellos haii continuado e n la posesión e n
q u e sus antecesores estuvieron, y h a n usado d e todo el dere-
c h o de patronos. ; *
Theoph. E f e c t i v a m e n t e los h e m o s v i s t o , p o r q u e Dios h a
q u e r i d o q u e naciésemos en este siglo e n q u e se vé d e todo.
Mas ésto n o q u i e r e decir q u e ellos u o se hayan h e c h o i n d i g -
n o s del P a t r o n a t o , s i n o q u e la Iglesia n o ha juzgado c o n v e -
n i e n t e usar d e su d e r e c h o contra ellos. Cualquiera gestión d e
esta clase q u e se h u b i e s e i n t e n t a d o h u b i e r a traido á la Iglesia
m u c h o s mayores males q u e los q u e trataba de evitar. La Igle-
sia ha de durar hasta la c o n s u m a c i ó n d e los siglos. L o q u e n o
sucede á u n hijo díscolo, q u e m a ñ a n a ú el otro irá á dar c u e n -
ta á D i o s , y dejará e l trono a u n sucesor q u e , en vez d e sus
recientes ejemplos, seguirá los d e aquellos sus predecesores q u e
fueron las delicias y los defensores *le la Iglesia \\y q u e m e r e *
rieron d e ella el Patronato-; y - a u n n o s é ; s í diga t a m b i é n la
paciencia con q u e tolera á s u s inconsiderados! descendientes.
Nada d é e s t b en J o s é B o n a p a r r e , á excepción d e los crímenes
en q u e excede á los Príncipes cuyo-ejemplo m e sacas. N o sa-
b e m o s - q u i e n e s h a n sido sus p r o g e n i t o r e s ; pero nos consta
q u e n i n g u n a d e ellos se cuenta e n t r e los Patronos de la Iglesia
cíe España n i d é - a l g u n a otra del m u n d o . Sabemos por el con-
trario q u e vivé el legítimo P a t r o n o , y c o n él otros m u c h o s
á q u i e n e s por falta suya d e b e pasar el Patronato. Sabemos e n
fin q u e la r e n u n c i a q u e el inocente P r í n c i p e hizo e n Bur-
deos ó d o n d e la hizo (si es verdad q u e se hizo, tal r e n u n c i a )
b á s i d o tari e á p a z d e transferir á José ó á su h e r m a n o el T r o -
;
o b t e n e r el P a t r o n a t o q u e la c o n c e s i ó n , ó al m e n o s el c o n s e n -
tí ftíieútó'éte'la I g l e s i a s y ya t ú ves cuan distante está la Iglesia
d e prestar este c o n s e n t i m i e n t o : ya t ú ves q u e la prisión y
m a r t i r i o d e l v e n e r a b l e P i ó Y I I tiene por p r i m e r a causa la en-
;
( i3 )
tereza con q u e se n e g ó á reconocer ál tal José por R e y de Ñ a -
p ó l e s , y sucesivamente de E s p a ñ a : ya t ú ves q u e nuestros
Obispos tan lejos están de confiarle el P a t r o n a t o d e sus respec-
tivas Iglesias, c o m o d e e x p o n e r bajo su protección la s e g u r i -
dad d e sus personas: ya t ú ves en fin q u e cuantos e n la E s -
paña se glorian del n o m b r e de cristianos, p r i m e r o creerán q u e
e l fuego enfria y cpie el agua seca , q u e persuadirse á q u e
haya h e c h o ó sea capaz d e hacer mas q u e robos y desacatos
á la Iglesia toda la casta d e los Napoleones. ¿Creerás t ú , p u e s ,
reflexionado todo esto, q u e José Napoleón p u e d a p r o v e e r núes-:
tras Iglesias á título del Real P a t r o n a t o ?
Euseb. Ya veo q u e n o ; pero m e parece q u e lo q u e no
p u e d e por este título acaso podrá p r e t e n d e r l o por el d e Re-
galía:
Thcoph. La palabra es e q u í v o c a , é i m p o r t a lo p r i m e r o
d e todo fijar su significación. ¿ Q u é e s , p u e s , lo q u e tu e n -
tiendes por ella?
Euseb. P o r Regalía e n t i e n d o lo q u e los legistas l l a m a n de-
rechos mttyestáticos; por ejemplo sellar m o n e d a , sancionar
l e y e s , crear m a g i s t r a d o s , negociar la p a z , declarar la guerra::::
Theoph. E n u n a p a l a b r a , los derechos i n h e r e n t e s á la
soberanía d e u n R e y . l e g í t i m o . u
Eüseb. Estamos convenidos.
Theoph. Pues todavía nos falta c o n v e n i r en q u e José
Bonaparte tenga la soberanía del p u e b l o español. E l pleito
p e n d e aun , y yo confio e n Dios q u e lo h e m o s d e g a n a r .
Mas dejando e s t o á su m i s e r i c o r d i a , y á la p r o v i d e n c i a de
los q u e nos g o b i e r n a n á n o m b r e del q u e el m i s m o Dios nos
h a dado por g e f e , q u i e r o q u e m e digas si e n tu concepto es
igual la autoridad q u e el gobierno civil ( s u p r e m o se s u p o -
ne) tiene para presentar O b i s p o s , q u e la q u e le c o m p e t e para
crear magistrados.
Euseb: N o se m e p r e s e n t a razón alguna d e d i s p a r i d a d .
Theoph. ¿ N o te se presenta? L u e g o c u a n d o el colegio
apostólico p r o m o v i ó á Matías para substituir la v a c a n t e de
Judas sin aguardar la presentación d e T i b e r i o , ó del q u e e n -
tonces tenia las r i e n d a s , y s u p r e m a a u t o r i d a d d e ! i m p e r i o ,
c o m e t i ó u n c r i m e n d e alta t r a i c i ó n , y lo m i s m o cada u n o
d e los Apóstoles c u a n d o esparcidos p o r el m u n d o i b a n o r -
d e n a n d o Obispos sin cjue los P r í n c i p e s p r o p u s i e r a n ; y lo m i s -
mo ó mucho mas los primeros Pontífices y Obispos de to-
do el cristianismo que hicieron otro tanto, no solo sin la
licencia , mas contra la prohibición expresa, amenazas y cas-
tigos de los Emperadores.
Euseb. En verdad, en verdad que esa consecuencia no
puede tragársela ninguno, á no ser que sea discípulo de Vol-
taire, Mirabeau y otras iguales pestes.
Theoph. El dolor es que muchos que la detestan y re-
pugnan se ven en la necesidad de tragarla en fuerza de esa
Regalía que me citas entendida como tú la entiendes; pe-
ro pregunto masr Si los Apóstoles juntos ó separados, ó los
Pontífices, ó los sínodos se hubiesen incluido en sellar mo-
neda, sancionar leyes, crear magistrados civiles, 8cc. ¿pudie-
ran delante de Dios ni de los hombres tergiversar el aten-
tado, ni escusarse del crimen de lesa magestad?.
Euseb. Ya se ve que no.
Theoph. Luego alguna grande diferencia hay entre la
Regalía de presentar para el Obispado, y esas otras que tú
me citas, innatas á la soberanía de todo supremo y legíti-
mo gobierno.
Euseb. Sin duda debe haberla, y yo ya la estoy viendo,
aunque acaso no acertaré á explicarla. . :
Theoph. Pues yo espero poder hacerlo; y para esto va-
mos primero á explicar el origen de donde ha venido esta
Regalía ó defecho. No por el natural, porque la naturale-
za en materia de religión no le enseña al hombre mas que
dos cosas: La primera la necesidad en que está de recibir-
la de mano de su Dios, tanto para aspirar á la felicidad
que ella no es capaz de proporcionarle, cuanto para instruir-
lo en las obligaciones que ella misma le inspira, y él á ve-
ces no tiene proporción de comprender, y á veces suele ofus*
car con sus errores y pasiones: La segunda el convencimien-
to á que lo obliga , atendidas las luminosas pruebas que mi-
litan por la religión católica, de que ésta es la que Dios ha
dado para la salvación de los hombres. Por lo demás esta
divina religión no está en, sino sobre la naturaleza, ni e$
obra de ésta, sino de la gracia. Óyeselo á san Pablo. Gra-
na enim cstis salvad per fidem, et hoc non ex vobis: Dei
en'un donumest, non ex operibus ut ne quls glorietur. Si
pues la religión que crea los Obispos no cae bajo la esfe-
( i5 )
r a d e la naturaleza, tampoco p u e d e caer bajo, sus reglas el
n o m b r a m i e n t o d e los ministros d e esta religión.
Tuscb. Esa es u n a d o c t r i n a , d e q u e sola la F r a n c i a p u -
do d e s e n t e n d e r s e , c u a n d o e n el delirio d e su revolución h i -
zo c o n c u r r i r á la elección d e sus Obispos i n t r u s o s hasta los
H u g o n o t e s y Judíos.
Theoph. T a m p o c o este d e r e c h o se p u e d e c o m p r e n d e r e n
el de gentes, pues este n o es otra cosa q u e u n a c o n s e c u e n -
cia del natural e n q u e ya h e m o s visto n o estar c o m p r e n d í »
do. Y así c u a n d o los r o m a n o s y restantes pueblos» á e x c e p -
ción del d e D i o s , instituían p o r sí m i s m o s sus Sacerdote»
y Pontífices , este e r r o r era u n a consecuencia d e otro i n c o m -
p a r a b l e m e n t e m a y o r , p o r el cual ellos m i s m o s h a b í a n sido
los i n v e n t o r e s d e su falsa r e l i g i ó n , á pesar d e lo m u c h o q u e
contra esta loca invención reclamaba la naturaleza. Mas n u e s -
tra divina religión, por u n sistema t o t a l m e n t e c o n t r a r i o , h a
sido establecida d e m a n e r a q u e jamas p u e d a creerse h a b e r
sido obra de los h o m b r e s . N i el s a b i o , n i el p o d e r o s o , n i
el guerrero h a n o b r a d o s i n o e n contra d e e l l a ; y ella p o r
u n carácter q u e n i n g u n a otra h a t e n i d o n i e s posible q u e
tenga , h a triunfado d e la sabiduría por la n e c e d a d , d e la
fortaleza por la flaqueza, d e la grandeza por la h u m i l l a c i ó n
y la n a d a , y de las cosas q u e se r e p u t a b a n s e r , p o r lo q u e
en la estimación d e las gentes n o e r a : et ea qua non sunt y
El Filosofo Rancio.
OTRO ARTÍCULO COMUNICADO
M i b u e n a m i g o : V o y á m e t e r m e á soplón-, con• l i c e n c i a
d e V . , y n o solo con. su l i c e n c i a , sino t a m b i é n por su m e d i o
y c o n su influjo; p o r q u e q u i e r o q u e s e p a , q u e n o m e c o n t e n -
to yo con solo s o p l a r , c o m o V . n o sea el c a ñ u t o por d o n d e
s o p l e ; pues q u e r i e n d o á V . t a n t o c o m o á m í m i s m o , m e p a -
rece u n disparate q u e n o s a n d e m o s tan e n c o g i d o s ; siendo la
cosa ma6 fácil del m u n d o q u e á fuerza d e soplds .nos l l e n e -
m o s é h i n c h e m o s c o m o los p e l l e j o s , ú otros q u e sirven p a r a
c o n d u c i r aceite. ¿ Q u i é n sabe si por u n par d e delaciones b i e n
dadas q u e d e m o s , nos veremos el dia d e m a ñ a n a con u n a m -
tendencia ó con una prefectura, ó c o m o ' se llame a q u e l l o d e
Gefe político de alguna p r o v i n c i a , q u e p o r mala q u e sea
n o dejará d e dar algo? ¿Será este algún m i l a g r o ? ¿ N o nos h a
h e c h o Dios d e m u c h o m e n o s ? C o n q u e v a m o s , Sr. P r o c u r a -
d o r , vamos con u n p o q u i t o d e á n i m o á h a c e r n o s soplones.
¿ Y contra q u i é n h e m o s d e soplar? U n a friolerai Y o c o n -
tra S e v i l l a , V. c o n t r a M a d r i d , y a m b o s c o n t r a la t r o p a , la
N a c i ó n , y q u é sé yo q u i e n e s m a s , m e n o s contra el g r e m i o
ilustrado de los señores liberales. ¿Y a n t e q u i é n ? D e e s o , Sr.
P r o c u r a d o r , V. t e n d r á m a s c o n o c i m i e n t o s q u e y o , pues t a n -
tas veces h a sido s o p l a d o : y a u n q u e yo t a m b i é n m e h e visto
F 2
. (44)
en^eV m i s m o p e l i g r o , n u n c a h a llegado el caso d e e n t e r a r m e
t í e * 1 l é n ó ; p ó f q u é i ó s soplos contra mí se los h u b o d e llevar el
:
s i n o q u e estamos e n s e m a n a s a n t a , y por c o n s i g u i e n t e , si
h u b o el tal Judas , a n t e s del d o m i n g o debiera haberse a h o r c a -
d o . Yo por m í , n o q u i e r o hacer juicios t e m e r a r i o s ; pero vi e n
la procesión u n a s narices q u i si n o e r a n las de J u d a s , serían
al m e n o s las ríe Barrabas ó d e Gestas.
D e s d e aquella n o c h e y al siguiente d í a , y en todos los
días y n o c h e s (pie se h a n s e g u i d o , n o ha cesado aquí la bulla,
el c o n t e n t o , las acciones d e gracias , n u e v a s procesiones &C
¡ A y , q u e se olvidaba la mejor ! d e t i e m p o i n m e m o r i a l estába-
m o s los bailes en posesión d e p o d e r a n d a r por las calles e n
aquellas n o c h e s , en q u e n o obscurecía p o r q u e alguna e x t r a o r -
dinaria felicidad pedia iluminación. M u c h o m a s b i e n a h o r a
q u e , c o m o n o c o m e m o s , n o t e n e m o s q u i e n nos m a n d e , y
a n d a m o s c o m o vacas s i n c e n c e r r o . S u c e d i ó , pues , q u e m u -
chos acudieron á ver la procesión , y apenas la oficialidad des-
c u b r í a á algunos d e estos sus hermanos, los llamaba y metía
e n la procesión. Sí s e ñ o r , h e r m a n o s , y n o sería V . , p o r q u e
frailes y militares n o c o m e m o s a q u í , ó a y u n a m o s , q u e es lo
m i s m o , d e u n a m i s m a m e s a , y d e la i n t e n d e n c i a , d e q u i e n
Dios libre á todo fiel cristiano. H u b o aquello d e levantar e n
alto á u n f r a i l e , y p o n e r l e u n s o m b r e r o con escarapela y
p l u m a g e , j u n t a n d o el viva d e los Reales ejércitos con el d e
los pobres q u e n o e n c u e n t r a n d e q u e vivir. E n la plaza del
D u q u e , e n q u e h u b o j u e g o s , s a l v a s , y todos los e n t r e m o s d e
alegría, á la puerta del cuartel d e a r t i l l e r o s , se repitió esta e s -
c e n a , especialmente u n fraile tan ligero d e m a n o s , q u e e n
u n m i n u t o decia sesenta v i v a s , y se q u i t a b a y ponía la c a p i -
lla otras tantas v e c e s . ,
Dejémoslos q u e se h u e l g u e n , señor P r o c u r a d o r , y m i e n -
tras lo h a c e n , digamos nosotros viva el Rey. Desde m u c h a -
c h o s a p r e n d i m o s y h e m o s usado con m u c h o gusto este lengua-
g e q u e t e n e m o s e s t a m p a d o e n n u e s t r o c o r a z ó n , y sobre q u e
pocas veces ha reflexionado el e n t e n d i m i e n t o . Mas ahora q u e
la experiencia d e los sucesos nos h a e n s e ñ a d o lo q u e estas
( Si );
palabras importan, y la mucha razón que la Iglesia tiene para
en todos sus sacrificios pedir á Dios por el Rey, debemos decir
que éste viva con todo el fervor de nuestra voluntad, y con toda
la tuerza de nuestro entendimiento. Viva el Rey, pues por-
que si el no vive, seremos como un cuerpo sin cabeza, y co-
mo una grey sin pastor. Viva el Rey, porque mientras él
vive, su sombra basta para contener á los malvados, y en
faltando él, los lobos se disputan mutuamente el estrago del
desgraciado pueblo! Viva el Rey, y viva sin otra dependencia
que la del Dios que lo crió, la de la conciencia que debe su-
jetarle, la de la Religión que lo liga con sus juramentos, y
la de la ley que le presenta su deber, sin poner para él la
coacción, porque entonces el que lo violentase y no él sería
el verdadero Rey. Viva el Rey, y no los Reyes, porque todo
reino dividido se desolará , y si muchos para gobernar bien es
menester que conspiren en uno (cosa muy difícil entre los
hombres), mejor es incomparablemente que solo contemos
con uno , pues este es imposible que se distraiga, y nos dis-
traiga en muchos. Viva el Rey, no el que nosotros elijamos,
porque en toda elección hacemos de las nuestras, ó si no tras-
lado á muchas de las actuales, y porque nuestras mismas hechu-
ras nos suelen merecer muy poco aprecio , sino aquel que por
derecho de nacimiento nos envía el Soberano hacedor que
preside á los nacimientos, dirige toda la naturaleza, y vela so-
bre la felicidad de los hombres. Viva el Rey, que aun cuan-
do salga malo no es mas que uno para hacer mal, y muñén-
dose deja su lugar para otro que vendrá á deshacer lo que él
ha hecho, al revés de como sucede en la multitud que siem-
pre vá de mal en peor. Viva en fin el Rey Fernando Vll
y
LA NUEVA LENGUA
REVOLUCIONARIA.
E S C R I T O E N I T A L I A N O ,
Y
TRADUCIDO AL ESPAÑOL.
TOMO L°
E N S E V I L L A : P O R L A V I U D A D E V A Z Q U E Z
ADVERTECIAS NECESARIAS,
A u n q u e e n la n u e v a confusión de lenguas se h a c o n -
s e r v a d o por lo general el material idioma a n t i g u o , se
h a n introducido n o obstante , algunas voces n u e v a s , q u a
e x i g e n u n a explicación particular , y por ellas se dar»
p r i n c i p i o á este Vocabulario.
Aun h a y otra a d v e r t e n c i a , q u e hacer, y es : q u e
la l e n g u a R e p u b l i c a n a D e m o c r á t i c a está dividida e n dife-
r e n t e s dialectos, á s a b e r : el D e m o c r á t i c o m o d e r a d o , eí
terrorístico, el j a c o b i n i c o , el Semi-Democratico, el L í b e r -
ttnistico p u r o , el Gonzistico, y acaso m u c h o s otros. A s i t
VOCABLOS NUEVOS.
VOCABLOS
DOCUMENTO AUTENTICO.
NOVEL A:
Orgullo Docilidad
Independencia Buena crianza
Presunción Instrucción
Libertinage Arregladas costumbres
D e í s m o . . . . . . . . .Primer Religion.
Grado de locura, del qual se pasa al Ateismo
que es u» verdadero frenesí y furor.
6IGN1FICA SIGNIFICA
Derecho Fuerza.
Adquirir . -. Robar.
Conquistar Asesinar.
Legitimo Patriótico.
Sesiones Comedias.
Fiestas Tragedias.
Regozijos .Insultos al oprimido.
Valor . . Traición.
Vitoria Dinero.
Grande Embaidor iniquo.
Recompensa . . . . . . Guillotina.
Usus te pura docebit.
NOTA D E L TRADUCTOR.
Este Vocabulario fué impreso en Venecia el año
de 1709. con las correspondientes Licencias del Gobier-
no. Se cree , que su Autor es un Jesuíta de Nación
Sueco.
Acaso se echaran de menos en esta traducción una
ó dos notas del Original. Las hemos omitido, por pa.
recemos en el dia de menos importancia , que quando
el Autor las escribió.
I N.D I C E.
A Fructidor.
Alarmista. Página, 13. Fraternizar.
Aristrocracia. i9- Frugalidad.
Abusos. 60. Fidelidad.
Alegría. Alegre. 66".
G
B Generosidad.
Bienes Nacionales. «S- Gobierno Tiránico.
Gobierno. Gobernar.
C
Calumnia. 53- H
Ciudadano. 22. Honor.
Constitución. 23. Humanidad.
Costumbres. 40.
Caridad Christiana.
Comparación. 64.
Igualdad.
Ilustrados.
D Indivisible.
Delito. 49. Independencia.
Deberes. 37- I m p o s t u r a .
Derechos. 27- Ingenio.
Democratizar» 18. J
Democrático. 19.
Democracia. Id. Jacobino.
Despreocupados» 3 - Juramento.
1
Deis» o. 42.
Libertad.
E Liberales-Mazones»
Elecciones Populares» 23. Literatos»
Eternidad. 24. Ley.
Espíritus fuertes. 5 i. Libertinage.
Emigrar. Emigrados» 56. Locura.
En adelante. 7<-
Educación. 68. M
Matrimonio»
M azones.
Felicidad. »7- Mérito.
Filosofia. 24. Municipalidad.
Filósofos. 3'- Modo. Manera»
Floreal. 12. Máximas.
8«
R
Natura, 35. República. 22»
Religión. 33.
O Razón. 41«
Organizar. ta. Reforma. 47*
Opinión publica. 3 3 . Reo. 48.
Orgullo. 4 2 . Rentas. 67.
Orgullo. 68.
S
P
Pacto Social. 8. Semi-Democratico. ij>.
Pueblo. BO. Septembrizar. ti*
Patria. 20. Sansculotes. 13.
Patriota. so. Superstición. 34*
Presunción. 42.
Político. 44. T
Pensador. 44. Tiranía. Tiranos. 55.
Prometer. Promesa. 55. Tolerancia. 54.
Propiedad. 56.
Prevenir. C$5. V
Q Verdad. 54.
Yirtud. Virtuoso. 57.
Quemas. 67.
FE D E ERRATAS.
Erratas. Lease.
FILOSÓFICO-DEMOCRÁTICO
INDISPENSABLE
LA NUEVA LENGUA
R E V O L U C I O N A R I A .
ESCRITO EN ITALIANO,
Y
TRADUCIDO AL ESPAÑOL.
TOMO II?
DEL AUTOR.
TV . .
l > o era mi animo serio componer un segundo Tomo
del Vocabulario Democrático. Es verdad , que un Tomo
solo de desatinos y locuras , hablando de Democra-
cia Filofica, es casi nada , atendida la abundancia del
Argumento : pero me parecía á mi, que el primero era
suficiente , para conseguir, que qualquiera racional la
detestase , y mas que sobrado , para quien ya la detes-
taba. Más el Público se ha empeñado en pedirme el se-
gundo Tomo , y mal correspondería yo al honor, que
me hace , si no le diese gusto. Por mucho que se di-
ga contra un Monstruo semejante, nunca se dirá todo
lo que merece: ni por muchas que sean las iniquidades
y abominaciones, que se le descubran; nunca serán tan-
tas , que no le queden infinitas por descubrir.
Siempre el Mundo abundó en Iniquos : pero el La-
drón robaba , y no se metia á hacer al mismo tiempo
del Heresiarca , del Ateo , del General , del Legislador,
ni del Juez. Era necesario , que apareciesen los Filóso-
fos Republicanos , para que se viese en el Mundo una
raza de malvados , que reunía en uno quantas maldades
se pueden imaginar. Amamantados en la iniquidad y la
malicia , siempre los sigue mas que la sombra al
cuerpo.
Se creyó la Filosofía , que con solas las armas del
ridiculo, abatiría en el Universo la Verdad, la Razón,
y la Religión. Mucho ha obtenido ; porque son muchos
los estupidos é ignorantes , que no quieren mas que
reir , sin saber , que extrema risus luctus occupat. Tanto
ha reído el Mundo con la Filosofía , y tanto se ha di-
vertido y holgado , que ahora se halla anegado en san-
gre , y amargo llanto. Mas ya que la mayor parte de
los hombres sea de locos , cuya mania sea reir : ¿Por-
que ésta risa ha de recaer solamente sobre las buenas
Costumbres , la Razón , la Religión , la Verdad , y el
Orden? j Son por ventura estas cosas materia ¿Te risa,
rii ridiculo? ¡ Y quien, estando ahí la estupidez filosófi-
ca , el Ateísmo , el Fanatismo Republicano , el atolon-
dramiento , el Libertinage, y la ignorancia y presunción
de tantísimo mentecato , Ya á buscar otras cosas de que
reir! ¿ Hay materia mas digna de risa que esta ? j Y
por qualquiera parte , que se le comsidere , no merece
ella el desprecio, y la risa universal ? ¿ Que cosa hay
mas ridicula , que Ja misma Filosofía , que todo otro
nombre merece , que el de Filosifia? ¿ No es ella ri-
dicula en sus principios , en sus discursos, en su pre-
sunción, en sus escrites, en sus delirios, en sus fines,
y en sus sequaces? De ella es, pues, de quien justamen-
te nos podemos reir ; y con tanta mas seguridad , quan-
to que el burlarnos de la maldad , y hacerla esperni-
ble, no puede menos que producir buenos efectos. Aver-
güénzense , pues , alguna vez los malvados , de sus ini-
quidades, y desatinos. Si un loco comienza á conocer,
que lo está , ya está medio curado : y he aquí la cau-
sa , porque los Republicanos tendrán un poderoso re-
media , en conocerse á si mismos. Mas si después de
todo , es ineficaz qualquiera Medicina para curar á estos
locos , y ni aun burlándonos de ellos , quieren cono-
cer su enfermedad ; los Sabios y prudentes al menos
tendrán un antidoto, para no infectarse.
N U E V O
VOCABULARIO
FILOSOFICO - DEMOCRATICO.
A R E N G A .
D I S E R T A C I Ó N M E D I C O F I L O S Ó F I C A
SOBRE LA D E M O C R A C I A MODERNA.
I . . P A R A U N D E M O C R Á T I C O POR I M P I E D A D .
NOTA. También aprovecha y éS'míty utii ¿i todo
Democrático, ó Republicano por sistema ; sea qual
fuere ta causa , por donde baya llegado aserio.
R T C I P E : una horca es altioribus. Apliqúese in
continentt al enfermo, y sanará en muy pocos mi-
nutos. Es remedio probado ; y el único especifico ca-
paz de cortar esta enfermedad terrible , quando é i
de esta naturaleza , y ha llegado á tal graduación*
Tguárdese mucho qualquiera Medico de andar tantean-
do otras medicinas , porque no hará mas que exas-
perar el mal.
II. .. PARA UN DEMOCRÁTICO POR AMBICIÓN.
9*. Póngase al enfermo á la vergüenza en una
Plaza publica: cúbrasele muy bien de afrentas y des-
precios en dosis copiosa: prívesele de todo empleo
publico , como no sea el de verdugo ó pregonero. Este
remedio suele surtir unos efectos marabillosos : pero
en caso de que la enfermedad se resista, se puede
montar al enfermo en un burro, y seguido del acom-
pañamiento de estilo, se le aplicará un decente
mosqueo.
La ambición que es la causa de la enfermedad
cederá sin falta, y el enfermo quedará sano.
I N D I C E .
A H
Alianza. Aliado. . . . 2 8 . Hipocresía. . . . . . . 4 5 •
Amnistia: ó Indulto. . . 2 7 .
Antigüedad, . . . . . . . 44« I
Apego 22.
Impudencia 39.
C
J
Conversiones. . . . . 41.
Celibato 15. Juventud 54.
Compasión zj.
Cardenales 65. L
Considerando 82.
Convite 82. Libros : 6 libertad de I m -
prenta. 7.
D
M
Disertación Medico filoso-
fica sobre la D e m o c r a c i a Milicia Nacional, . . 7 7 .
Moderna 91.
Defensa . . . . . 8». P
E Perfección. Perfeccio-
narse 47.
Estudios 68- Prejuicios. 40.
Es 81. Proyectos. Proyectistas. . 5 7 .
Esperanzas 75« Papa 65.
F R
Fortuna 44.
Frayles , . . . 58..
Recetas 93>
Regeneración 21.
G ..Retirada, »5«
Respuesta de un Mor.arquico
Gazetas, ó Periódicos'. 1 2 . á un R e p u b l i c a n o . . . . 98«
Grandes 54. R e p r e s e n t a n t e s • 53«
Guardia Civica 7 7 . Revolución 70.
Remedios. . . . . . . . . 90. T
_ Tribunales. .
S
V
Sacerdotes .20. Venganza. .