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16885

С ^
EL MUSEO,
ADMINISTRACIÓN DE OBRAS DRAMÁTICAS Y LÍRICAS.

EL JOVEN TELEMACO,
PASAGE MITOLÓGICO-LÍRICO-BURLESCO

EiN DOS ACTOS Y E N V E E S O ,

LETRA DE

EUSEBIO BLASCO.
-MÚSICA DEL '

MAESTRO R O G E L .

Representado en el teatro de los Bufos madrileños, la noche del


22 de Setiembre de 1866. (Primera de la temporada.)

MADRID.
IMPRENTA DE R. LABAJOS,
calle de la Cabeza, núm. 27.

1866.
EL JOVEN TELEMACO.
1 o , ß í) 2

EL JOVEN TELEMACO,
PASAGS MITOLÓGICO-LÍIUCO-BÜRLESCO,

EN DOS ACTOS Y EN VEBSO.

LETRA DE

E U S E B I O BLASCO,
MÚSICA. DEL

MAESTRO R0&BL.

Representado en el t e a t r o d e los Bufos m a d r i l e ñ o s , l a noche del


22 de S e t i e m b r e d e 1866. ( P r i m e r a d e l a t e m p o r a d a . )

MADRID:
IMPRENTA DE JOSÉ RODRÍGUEZ, CALVA B I O , 18,.
ases.
PERSONAJES. ACTORES.

LA DIOSA CALIPSO DOÑA MA.NUELA C H E C A .


LA DIOSA VENUS.. ROSARIO H U E T O .
LA NINFA EUCARIS EMILIA RUIZ.
NISEA \ ANSELMA LARRÁZ,
CARLOTA GARCÍA.
Hif.iMA MACIAS.
CELSA F O N F R E D E ,
EL JOVEN TELEMACO... DON FRANCISCO ARDERIUS.
EL SABIO MENTOR ALEJANDRO CUBERO.
EL NIÑO AMOR OREJÓN.
EL P R U D E N T E UL1SES. . GIMÉNEZ.
Coro de Ninfas.

La propiedad de esta obra pertenece á su autor, y na-


die podrá sin su permiso reimprimirla ni representarla
en los teatros de España y posesiones de Ultramar.
El autor se reserva asimismo el derecho de t r a d u c -
c i ó n , de impresión y de representación en el extranje-
r o , s e g ú n los tratados v i g e n t e s .
Los corresponsales de D. FranciscoRubio, dueño d é l a
Administración general de obras dramáticas y líricas,
son los encargados e x c l u s i v o s de su venta y del cobro
de sus derechos de representación en dichos puntos.
Queda h e c h o el depósito que e x i g e la l e y .
Á MI ÍNTIMO AMIGO ANGEL AVILES.

Recibe, mió caro, una expresión más de la


amistad que te profeso. Hace mucho tiempo que
tú y yo somos casi casi una misma persona, y
no hay otra á quien yo aprecie mas ni de quien
dude menos.
Viste hacer este libreto, me oiste leerlo á me-
dida que lo iba escribiendo, y presenciaste como
tantas otras veces mi apresurada tarea. Hoy
que tutto é finito como dicen los barítonos
en el Macbet, te lo ofrezco como presente real...
y efectivo.
Doy el manuscrito á la imprenta hoy viernes•'
mañana á estas horas se habrá inaugurado el
teatro de los Bufos y el público habrá juzgado
esta obra sui géneris. ¿Agradará? ¿Le sucederá
lo contrario? Allá veremos. Valga por lo que
valiere, al ofrecértela no hago mas que recor-
darte que te quiero mucho.
Y aquí comienza el saínete, perdona sus mu-
chas faltas.

21 S e t i e m b r o d e 1806.

POSDATA. Corrijo las primeras pruebas de


de este ejemplar, y la obra ha sido ya juzgada
y el éxito superior á las esperanzas de la empre-
sa. Ahora es cuando me alegro de haberte de-
dicado este libreto.

2 3 de S e t i e m b r e , once de la m a ñ a n a .
ACTO PRIMERO.

Interior de la gruta de Calipso, incrustada en una roca


formada de estalactitas y brillantes cristalizaciones.
La entrada al frente. Se v e el mar en lontananza.
Puertas laterales, una de ellas con portiere. A m a n e -
ce, Las ninfas están tendidas por el suelo, que debe
estar cubierto de flores. Eucaris entra y las v a d e s -
pertando una por una. Yan levantándose y r e c o r -
riendo el aposento. Luego bajan al proscenio y h a -
cen círculo alrededor de Eucaris. Música pianisimo
en la orquesta.

ESCENA PRIMERA.
LAS N I N F A S , E U C A R I S .

HABLADO.

EUCARIS. H u y e n d o va del m u n d o
t r i s t e la n o c h e ,
á lo lejos se e s c u c h a
r u i d o de u n c o c h e .
E s t a es la h o r a
e n q u e sale á paseo
la l i m p i a A u r o r a .

Ninfas, seguid m i paso,


— 8 ~
y en dulce anhelo
l l e v e m o s á Calipso
paz y consuelo,
q u e está la diosa
inquieta, vacilante,
t r i s t e , ojerosa.

P r e s a de mil h o r r i b l e s
fieros i n s o m n i o s ,
ha pasado una noche
d e mil d e m o n i o s .
NINFAS. ¡Pobre señora!
EUCAIUS. Tiene una calentura
q u e la d e v o r a .
»
Su corazón a m a n t e
late i n t r a n q u i l o ,
y está la pobrecita
s u d a n d o el q u i l o ,
y sus pesares
arrullan quejumbrosos
los a n c h o s m a r e s .

TJlises la h a d e j a d o
desamparada,
y e s t á , l a p o b r e diosa
desconsolada:
d i c e n q u e Ulises
se le h a llevado a l g u n o s
maravedises!

C u a n d o de o r o v e s t i d a
v i e n e la A u r o r a ,
Calipso i n f o r t u n a d a
suspira y llora,
y á sus clamores
palidecen de pena
las frescas flores.

N i n f a s , el caso es g r a v e ,
yo estoy nerviosa,
t i e m b l o el p e n s a r q u e p u e d e
— 9 —
sufrir la d i o s a .
NINFAS. ¡Vamos andando
q u e si u s t é lleva m i e d o
yo voy t e m b l a n d o !

, E2USICA.

CORO.

Calipso, ¡qué a m a r g u r a !
p a d e c e m a l de a m o r ,
¡y t i e n e c a l e n t u r a ,
q u e es lo p e o r !

A m a b a , ¡vaya u n g u s t o !
á u n viejo c a r e a m a l ,
y le h a d a d o u n d i s g u s t o <í
fenomenal.

P i d a m o s á los dioses
q u e c u r e n su dolor,
no paguemos nosotras
el m a l humor.

Y sírvales á ustedes
de ejemplo s i n g u l a r ,
que hay novios q u e se m a r c h a n
sin avisar.

V a m o s allá
chist, chist!
V a m o s allá
chist, chist!
Despacio y b u e n a letra
chiiiist!
y ello d i r á .
— 10 —

ESCENA II.
CALOSO, EUCABIS, NINFAS.

ICaUpso entra muy a g i t a d a , se dirige á un velador y se sienta.)

CALIPSO. YO n o p u e d o c o n s o l a r m e d e la p a r t i d a de
Ul¡ses; m i dolor es t a n g r a n d e q u e t e n g o p o r
u n a d e s g r a c i a el ser i n m o r t a l . ¡ A h ! q u é f a s -
t i d i o ! ¡Bonita n o c h e lie p a s a d o ! á v e r , el
c h o c o l a t e ! ( c e s a la m ú s i c a . )

HABLADO.

EUCAUIS. Cese, Diosa, t u p e n a ,


cese t u a m a r g o l l a n t o ,
t o r n e tu faz á s u e x p r e s i ó n s e r e n a ,
b u e n o es el s u s p i r a r , p e r o no t a n t o .
LEÜC. Ya el sol b o r d a d e tintas n a c a r a d a s
las l í m p i d a s orillas
y c a n t a n en las v e r d e s e n r a m a d a s
las p i n t a d a s c a n o r a s a v e c i l l a s ,
t r i n a n en los s e n d e r o s
los c a n d i d o s j i l g u e r o s . . .
CALIPSO. S Í , m a s n o en t r i n o c a r i ñ o s o y b l a n d o ,
es q u e al v e r m e s u f r i r e s t á n t r i n a n d o !
EI'CARIS. R a z ó n d e m á s p a r a q u e al fin a c a b e s
de d a r l e s r i e n d a s u e l t a á t u s d o l o r e s ,
y así del s u s t o c u r a r á n las aves
y e n s a n c h a r á n sus cátices las flores.
'CALIPSO. Callad, c a l l a d , ya b a s t a ,
m e mueve á gratitud vuestro deseo,
m a s no m e s i r v e ya m i b u e n a p a s t a . . .
EUCARIS. Y te vas á q u e d a r c o m o u n fideo.
CALIPSO, Yo a m a b a á Ulises: e n s u s n e g r o s ojos
néctar de amor bebia
y de su labio eo los m a t i c e s r o j o s
halló el a l m a d u l c í s i m a a m b r o s í a .
U n dia y o t r o dia d u l c e m e n t e
le m i r é a d o r m e c i é n d o s e en m i f a l d a ,
— il —
y á s u s e r e n a frente
c e ñ í , loca de a m o r , fresca g u i r n a l d a .
J u r á b a l e yo a m o r e s ,
él c o n p u l c r o s t e m o r e s
m e decia fingiéndome p e s a r e s :
U n a esposa q u e t e n g o , y q u e m e q u i e r e
m e a g u a r d a en m i s h o g a r e s ,
y yo le r e s p o n d í a : q u e s e e s p e r e .
Así el t i e m p o p a s a b a
y Ulises fiel, á su p e s a r m e a m a b a ;
t a n t o , q u e al e m b r i a g a r s e e n los p l a c e r e s ,
al m i r a r m e e n s u a m o r e m b e b e c i d a
si y o le p r e g u n t a b a , d i , m e q u i e r e s ?
solía c o n t e s t a r ; m a s q u e á m i vida!
Hoy e n llanto deshecho
m i c o r a z ó n a n t e el r e c u e r d o late
y sáltase del p e c h o . . .
EUCARIS. Mira q u e se t e enfría el c h o c o l a t e .
CALIPSO. S u m e m o r i a d e m í n u n c a se a p a r t a ;
q u i é n c a l m a r á dolor t a n infinito?
NINFAS. ¡Qué d o l o r !
CALIPSO. H e tenido- a l g u n a carta?'
EUCARIS. SÍ, señora.
CALIPSO. Veamos.
EUCARIS. ( Á las n i n f a s . ) Á u n ladito.
CALIPSO. L e t r a d e V e n u s . ( L e y e n d o . ) « M i q u e r i d a a m i g a :
mi niño amor m e h a dicho
que estás desazonada,
p o r n o sé q u é c a p r i c h o :
deseo q u e á m i lado
v a l o r le d e s al á n i m o c o b a r d e ,
y q u e t e v e n g a s á p a s a r la t a r d e .
Deseo c o n f i a r t e m i s p e s a r e s
p u e s yo t a m b i é n , ¡ay t r i s t e !
a u m e n t o la c o r r i e n t e d e los m a r e s
c o n r a u d o lloro q u e m i s ojos v i s t e .
Mi e s p o s o , el g r a n V u l c a n o ,
g r a n d e en maldades y en virtudes chico,
maltrátame inhumano
c o n u n a fruición q u e n o m e e x p l i c o .
S e r l e fiel s i e m p r e h a s i d o m i d e s e o ,
p e r o , ay a m i g a m i a . . . si e s t á n feo!
— 12 —
M a r t e m e h a c e el a m o r , Y u l c a n o h e r i d o
su v i g i l a n c i a s o b r e m í r e d o b l a ,
y á mi menor descuido
m e da c a d a paliza q u e m e d o b l a .
C a l m a , oh Calipso, m i dolor i n s a n o ,
fuerza es q u e se te o c u r r a
u n t o r m e n t o q u e al b á r b a r o V u l c a n o
le r i n d a , ó le a d o r m e z c a , ó q u e le a b u r r a . »
(Cesa de l e e r . )
P o b r e Venus cuitada!
s u afán m e d e s c o n s u e l a ,
le h a b r é de c o n t e s t a r de u n a plumada
(Escribe.)
« Q u i e r e s p a r a t u esposo u n a e m b o s c a d a ?
» p u e s llévale u n a n o c h e á la Z a r z u e l a . »
Nisea.
NISCEA. Gran señora.
CALIPSO, De t u ayuda
necesita mi espíritu abatido,
t u b r a z o fiel á s o s t e n e r m e a c u d a .
(Kisea le ofrece el brazo.)
y tú, mi Leucotoe cariñosa,
ayúdame también.
LEUC. Pronta me tienes.
( L e ofrece c[ brazo t a m b i é n . Calipso se l e v a n t a , y
a p o y a d a en las dos se d i r i g e hacia la orilla del m a r
muy despacio.)
EÜCAÍUS. T i n t a s de ópalo y r o s a
d e r r a m ó el n u e v o d i a e n r e g i a s g a l a s ,
y de los m a r e s h i r i e n t e diosa
t e n d i ó al e s p a c i o las b r i l l a n t e s a l a s ;
de la p l a y a e n el l í m i t e a n c h u r o s o
s u s t e s o r o s v e r t i ó la fértil F l o r a ,
y el a i r e p e s a r o s o
e n t r e las r a m a s t u s p e s a r e s l l o r a .
De t u i m p e r i o e n los m á g i c o s j a r d i n e s
a b r e n p o r ü s u s hojas los c l a v e l e s ,
c o n su a r o m a te b r i n d a n los j a z m i n e s ,
fresca s o m b r a te d a n v e r d e s l a u r e l e s ,
M i r a del m a r e n t r e la d e n s a b r u m a
las a n c h a s olas q u e r e v u e l t a s g i r a n ,
y al m u r m u r a r de la b u l l e n t e e s p u m a
con e c o b l a n d o por t u a m o r s u s p i r a n .
Basta, Calipso, de l l o r a r e n v a n o ,
basta de hacer pucheros,
cese p o r s i e m p r e t u d o l o r i n s a n o !
CALIPSO. E S O q u i s i e r a ¡ay t r i s t e !
m a s el valor m e falta:
p e r o d i o s e s , q u é es eSO? (Mirando al m a r . )
EUCARIS. ¿Qué?
CALIPSO. ¿No viste?
¿Qué b u l t o e s e s e q u e e n l a s a g u a s salta?
LEUC Un tritón.
NISEA. NO e s t r i t ó n .
NINFA. ¡Una s i r e n a !
EUCARIS. Son u n p a r de sujetos.
NISEA. Esta es buena!
CALIPSO. ¡DOS m o r t a l e s a q u í !
EUCARIS. ¡Callad!
LEÜC. Veremos.
NISEA. Nadan.
CALIPSO. Vienen.
LEUC. SÍ tal.
EUCARIS. * ¡Hombres tenemos!
TODAS. ¡Ay,qué rubor!
TELEM. (Dentro.) SOCOrro!
CALIPSO. ( Á las ninfas.) ¡Retiraos!
EUCARIS. E l n á u f r a g o m a s j o v e n es m u y b e l l o .
CALIPSO. N i n f a s , ¿h'ablo e n inglés? p r o n t o , o c u l t a o s !
(Las ninfas se r e t i r a n . )
T E L E M . ¡ F a v o r , q u e e s t a m o s c o n el a g u a al c u e l l o !
CALIPSO. L l e g a d , q u e n o h a y n i n g u n o
q u e á m i deseo r e s i s t i r s e p u e d a ,
tengo asuntos pendientes con Neptuno,
y si os a h o g á i s a l g u n o
vuestra venganza por m i cuenta queda.
(Telémaco y Mentor e n t r a n mojados, t i r i t a n d o . Men-
t o r trae un g r a n saco de n o c h e . Calipso habla en voz
baja con a n a ninfa y v a á sentarse á la e n t r a d a de
la g r a t a . )
- 14 —

ESCENA III.

CALIPSO, T E L É M A C O , M E N T O R , UNA N I N F A .

TELEM. Buenos días.


NINFA. (¡Qué g r o s e r o s ! )
TELEM. ¡Que p l a y a t a n s e d u c t o r a !
MENTOR. Dígale u s t é á la s e ñ o r a
qiie h a y aquí dos c a b a l l e r o s .
CALIPSO. (NO sé q u e s i e n t o , ay do raí!
c ó m o á Ulises se p a r e c e ! )
TELEM. ¡Lindo p a i s !
NINFA. ¿Qué se ofrece?
MENTOR. V e r l a si se e n c u e n t r a a q u í .
NINFA. Si tal deseo t r a é i s
habréis de tener paciencia.
CALIPSO. Me d e v o r a la i m p a c i e n c i a . )
A p a r t a . (Á la S i n l a . )
(Á Teiém.ico y Mentor.) A q u í m e t e n é i s .
T E L E M . O h , t ú q u i e n q u i e r a q u e seas
d i o s a , m o r t a l ú o t r a cosa
oye m i voz a n g u s t i o s a ,
si c o m p l a c e r n o s d e s e a s .
Nuestro buque destrozó
Neptuno airado y c r u e l ,
y p e s e al a g u a y á él
n u e s t r a s u e r t e n o s salvó.
Al alto J ú p i t e r p l u g o
s a c a r m e de a q u e s t e lio
gracias á este amigo mió
que nada como u n besugo:
Él q u e a n t e n a d a d e s m a y a ,
sin cesar m e prometía
l l e g a r en m e n o s d e u n Ais
á la m a s florida p l a y a .
Y h o y q u e salvados n o s vimos-
y á pisar tierra llegamos,
á tus plantas nos postramos
yalojamiento pedimos.
MENTOR. Basta, n i ñ o !
— 15 —
TELEM. ¿NO be de hablar?
MENTOR. YO h a b l a r é lo q u e h a g a al c a s o .
CALIPSO. ( E n fieras d u d a s m e a b r a s o .
no m e atrevo á p r e g u n t a r . . . )
MENTOR. No dejo q u e se m e s u b a
á las b a r b a s u n c h i c u e l o !
CALIPSO. D e c i d m e . (Á T e i é m a c o . )
M E N T O R . (Á T e i é m a c o . ) ¡Chit!
TELEM. Uy! que abuelo!
CALIPSO. ¿De d ó n d e venis?
MENTOR. De C u b a .
CALIPSO. Y t ú ? (Á T e i é m a c o . )
TELEM. YO r e f e r i r é
la v e r d a d m o n d a y l i r o n d a .
MEMTOR. Muchacho!
CALIPSO. Q u e él m e r e s p o n d a !
TELEM. ( Á Calipso.) Mil g r a c i a s : f a s t i d í a t e ! ( Á M e n t o r . )
S a b e r q u i e r e s q u i e n s o y yo
y lo diré de corrido,
soy u n hijo q u e h a p e r d i d o
al p a d r e q u e lo e n g e n d r ó ,
soy q u i e n el odio c o n s e r v a
hacia sus contrarios fuertes,
soy él n i e t o d e L a e r t e s ,
el ahijado d e M i n e r v a ,
Soy d e l a p a t r i a d e A n c h i s e s
el e n e m i g o i m p l a c a b l e .
CALIPSO. E r e s p u e s , joven a m a b l e . . .
T E L E M . E l n i ñ o m a y o r d e Ulises.
C A L I P S O . A h ü (Grito a g u d í s i m o , so a d e l a n t a hacia T e i é m a c o . )
TELEM. (Re tirándose- ) ¡Zambom/ja!
MENTOR. (Me t e m í
q u e al o i r l o , s a l t a r í a . )
CALIPSO. T e i é m a c o , ¡ q u é a l e g r í a !
acércate mas á mí.
TELEM. Mucho t u bondad m e place.
CALIPSO. L O q u e es e s t e , n o se e s c a p a .
T E L E M . ( C a r a c o l e s , y es m u y g u a p a ! )
MENTOR. (c¿i ocándose en medio de l o s dos cuando van á
abrazarse.)
C u i d a d o c o n lo q u e se h a c e .
C A L I P S O . ¿ Q u i é n es e s t e ? (Á T e i é m a c o , señalando Mentor.)
— 16

lELEM. Este señor


es m i p r e c e p t o r , m i g u i a ,
maestro, y ama de cria.
CALIPSO. ¿Cómo se l l a m a ?
MENTOR. Mentor.
CALIPSO. Y o . . . SOy C a l i p s o . (Á Telemaco.)
TELEM. ¿Eh?
CALIPSO. Yo rijo
c o n m i l e y c u a n t o aquí p a s a .
TELEM. S Í , eh? pues m i r a , en tu casa
t e c o n o c e r á n d e fijo.
CALIPSO. Diosa d e la t i e r r a O g i g i a ,
d e a q u e s t a g r u t a al a b r i g o ,
no h a y quien compita conmigo
desde C o r i n t o á la F r i g i a :
amor m i pecho atesora.
MENTOR. ( A . Í Teiémaco.) No le b a g a s c a s o , d e t e n t e ,
P

m i r a q u e es u n a s e r p i e n t e
disfrazada d e s e ñ o r a .
CALIPSO. Soy i n m o r t a l .
TELEM. ¿Sí?
MENTOR. (¡Pazguato!)
TELEM. ¿Conque inmortal ?
M E N T O R . ( A p . & Teiémaco.) (Sé d e hierro.)
CALIPSO. Q u é p i e n s a s , di?
TELEM. Q u e el e n t i e r r o
t e va á salir m u y b a r a t o .
CALIPSO. Ven.
TELEM. E s t o y h e c h o u n a sopa
y antes de todo quisiera...
CALIPSO. E s v e r d a d ! . . . y y o ¡ g r o s e r a !
n o t e h e ofrecido r o p a .
¡EUCaris! (Eucaris aparece.)
Á esta d o n c e l l a (Á Telemaco.)
sigue.
TELEM. De m u y b u e n a g a n a .
CALIPSO. P ó n l e a g u a e n la p a l a n g a n a , ( Á E u c a r i s . )
EÜCARIS. Muy bien.
TELEM. ( ¡Qué n i n f a t a n bella!)
CALIPSO. ( P u e s t o q u e Ulises n o v i e n e
r e s e r v a r s e al n i ñ o e s b u e n o . )
EtJCARIS. (Es p r e c i o s o este m o r e n o . )
TELEM. (Esta r u b i a m e conviene)
CALIPSO. T ú n i c a y m a n t o h a l l a r á s
y vestiduras completas.
TELEM. G l l i a d m e . (Queriéndola coger una m a n o . )
EUCARIS. ¡Las m a n o s q u i e t a s !
CALIPSO. Y t ú á m u d a r t e n o vas? (Á M e n t o r . )
MENTOR. N O !
CALIPSO. ( ¡ Q u é genio!)
MENTOR. (Pues señor,
esta diosa es m u y l a g a r t a . )
CALIPSO. ( Y a q u e Mentor n o se a p a r t a
interrogaré á Mentor.)

ESCENA IV.
CALIPSO, MENTOR.

CALIPSO. ( O h , d i o s e s , p r e s t a d m e i n g e n i o
p a r a lograr mis designios,
y p u e s del p a d r e n o p u d e
m e p o s e s i o n e del n i ñ o .
(Se acerca pausadamente á Mentor, q u e se h a b r á
sentado en el suelo y estará leyendo un periódico
q u e sacó del bolsillo.)
C A L I P S O . (Con mucha d u l z u r a . ) ¿ Q u é lees?
M E N T O R . (Con s e q u e d a d . ) El Cascabel.
CALIPSO. / Q u i s i e r a s p r e s t a r m e oídos? —
MENTOR. N O , p o r q u e n o t e n s o m a s
q u e e s t o s , y los n e c e s i t o .
CALIPSO. Discreto e r e s .
MENTOR. Y a lo s é .
CALIPSO. H a s e s t a d o e n el O l i m p o ?
MENTOR. V a r i a s v e c e s .
CALIPSO. YO h a c e t i e m p o
q u e á los dioses n o visito.
Q u é s u c e d e p o r allá?
dime...
MENTOR. A q u e l l o está p e r d i d o .
CALIPSO. Y Júpiter?
MENTOR. Hecho un toro;
cada vez con menos juicio.
Ahora tiene relaciones
— 18 —
con Europa.
CALIPSO. Pues m e h a n dicho
q u e E u r o p a está conmovida'.
MENTOR. L a v a n á h a c e r p e d a c i t o s .
CALIPSO. ¿Y S a t u r n o ?
MENTOR. Está indispuesto,
se m e r e n d ó c i n c o n i ñ o s
y desde entonces acá
a u n n o los h a d i g e r i d o .
CALIPSO. S a b e s algo del a m o r ?
MENTOR. E s e lia d e s a p a r e c i d o .
CALIPSO. ¿Cómo?
MENTOR. Sin. d u d a n o s a b e s
c ó m o está el m u n d o , Calipso.
¿De q u é s e r v i a el a m o r ?
de pasatiempo y ludibrio;
hoy las personas decentes...
CALIPSO. ¿Qué h a n h e c h o ?
MENTOR. Le han suprimido.
CALIPSO. ¿Y l a A u r o r a ?
MENTOR. Retirada;
t i e n e u n novio b a r b i l i n d o ;
u n tal Titon.
CAEIPSO. Le conozco,
h a sido c o c h e r o m i ó .
MENTOR. P u e s b i e n , á e s e q u i e r e A u r o r a ,
y engolfada en su cariño,
t a n solo p o r las m a ñ a n a s
sale á d a r u n p a s e i t o ,
y e n s e g u i d a á h a c e r el o s o '
en casa.
CALIPSO. D i m e , y Calisto?
MENTOR. Diosa, y a h e d i c h o b a s t a n t e ,
déjame en paz.
CALIPSO. (ES muy fino.)
MENTOR. Si q u i e r e s s a b e r n o t i c i a s
C o m p r a el Diario d e avisos.
CALIPSO.. Sabio M e n t o r , y o t e r u e g o
q u e m e a b r a s el p e c h o .
MENTOR-. (Digo!):
Se m e h a p e r d i d o la llave;
CALIPSO. De t u . a p o y o . n e c e s i t o . .
— 19 —
MENTOR. ESO y a es h a b l a r e n p l a t a ,
si te h a g o falta, es d i s t i n t o , (se l e v a n t a .
CALIPSO. O y e m i a r d i e n t e d e s e o ,
oye m i a c e n t o t r i s t í s i m o .
MENTOR. D Í .
CALIPSO. Yo t e n g o u n c o r a z ó n . . .
MENTOR. YO t e n g o o t r o .
CALIPSO. P e r o el m i ó
sufre y e s p e r a a n h e l a n t e
satisfacer s u c a p r i c h o .
T e l é m a c o m e h a flechado;
d e s d e el p u n t o e n q u e le h e visto
h e olvidado á su padre
si es q u e e n m í c a b e el olvido,
y lo q u e al p a d r e d e b i a
voy á p a g á r s e l o al hijo.
Tú que á Telémaco guias,
tú q u e riges sus destinos,
haz q u e á m i pasión naciente
r i n d a desde hoy su albedrío.
MENTOR. ¡ A h o r a s a l i m o s c o n e s o !
d i o s a , t ú , p o r lo q u e m i r o ,
eres capaz d e albergar
en t u p e c h o á v e i n t i c i n c o ! ——
• No ha de s e r , ese m u c h a c h o . . .
CALIPSO. ¡Habla!
MENTOR. Está comprometido.
Yo velo p o r é l , s u s pasos
por m a r y p o r tierra sigo,
vamos buscando á su p a d r e , .
que anda p o r ahí escondido,
y h a s t a q u e n o le e n c o n t r e m o s
n o p u e d e c a s a r s e el c h i c o .
No te a l t e r e s n i p r i n c i p i e s
á d a r m e voces y g r i t o s ,
es todo i n ú t i l ; c o m p r e n d o
q u e u s a r á s m i l artificios,
p o r q u e eres hábil y a r t e r a
y n u n c a has jugado limpio;
p e r o m i e n t r a s yo esté alerta
no podrás sacar partido.
CALIPSO. Y e r e s t ú el sabio M e n t o r , ,
— 20 —
y e r e s t ú el h o m b r e c u r t i d o
q u e el c o r a z ó n h a e s t u d i a d o ?
MENTOR. S Í t a l , y p o r eso m i s m o
no quiero que m e seduzcas
al m u c h a c h o , q u e es m u y n i ñ o ;
y ya ves q u é tiempo tiene
de meterse en laberintos.
Aquí m e tienes á m i ,
tres mujeres he tenido
lo m i s m o q u e t r e s s a r g e n t o s
y con m a s saber que u n libro;
p e r o á las t r e s las m a n d é
al i n f i e r n o yo s ó l i t o .
Si T e i é m a c o s u p i e r a
p o r f o r t u n a h a c e r lo m i s m o ,
yo le d e j a r a c a s a r s e
y s e r . . . dos meses m a r i d o .
CALIPSO. C o n s i e n t o e n t o d o , h a s t a e n e s o .
MENTOR. C á ! n o h a y q u i e n p u e d a c o n t i g o ,
eres inmortal, y puedes
ir despachando m a r i d o s .
CALIPSO. Á t o d o t i e n e s r a z o n e s .
MENTOR. L O t e n g o t o d o p r e v i s t o .
CALIPSO. D i m e , p u e s , si h a y a l g ú n m e d i o
d e c a l m a r este m a r t i r i o ,
q u e estoy p a s a n d o m a s p e n a s
d e las q u e fuere p r e c i s o .
Tú q u e eres sabio, discurre.
MENTOR. Deja q u e p i e n s e .
CALIPSO. (Oh destino!)

MENTOR. A m a s á ese j o v e n ?
CALIPSO. Sí!
MENTOR. H a r í a s u n s a c r i f i c i o . . .
CALIPSO. Mil, si n e c e s a r i o f u e r a .
MENTOR. P u e s b i e n . . .
CALIPSO. ¿Qué?
• MENTOR. Pégate u n tiro.
CALIPSO. ¿Te e s t á s b u r l a n d o d e m í ?
' MENTOR. H a c e m u y p o c o m e h a s d i c h o
que eres inmortal.
CALIPSO. Cabal.
MENTOR. P u e s b u e n o ; p o r eso m i s m o
— 21 —
haces como q u e te matas,
te lo a g r a d e c e él r e n d i d o ,
t u s u e r t e s e o p o n e al h e c h o ,
tú quedas bien y has cumplido.
CALIPSO. Y T e i é m a c o ?
MENTOR. Verá
que n o pudiendo contigo •
n i las b a l a s , es u n t o r p e
quien quiera ser tu marido.
CALIPSO. C o n t i g o l u c h a r é á m u e r t e .
MENTOR. N o p u e d e s l u c h a r c o n m i g o .
CALIPSO. M Í O h a d e s e r .
MENTOR. Ya veremos
q u i e n se q u e d a c o n el n i ñ o .

MÚSICA.

CALIPSO. ( E s t e p i c a r o viejo
me da que hacer,
si m e d e s c u i d o u n poco
m e va á vencer.)

MENTOR. (No c r e a s q u e e m p l e a n d o
la s e d u c c i ó n
se r i n d e á t u s a r d i d e s
mi precaución.)

CALIPSO . C a n s a d o d e t u viaje
debes e s t a r !
MENTOR. Estoy perfectamente
sin n o v e d a d .

CALIPSO. (El p i c a r o n o q u i e r e
conversación.)
MENTOR. ( C o n m i g o n o t e vale
t u satis faQon.)

CALIPSO. T e i é m a c o es u n j o v e n
bello y g e n t i l .
MENTOR. Está comprometido,
— 22 —
n o es p a r a t í .

CALIPSO. Yo de su p a d r e o b t u v e
dulce amistad.
MENTOR. P u e s este es m a s difícil
q u e su papá.
CALIPSO. YO e s p e r o q u e a l g ú n d í a
llegue á q u e r e r m e
con d u l c e afau,
y sean duraderas
mis relaciones
f c o n el r a p a z .

Mis ojos y a le h a n d i c h o
lo q u e en m i p e c h o
pasando está,
y e s p e r o ser d i c h o s a
¡sí, m u y d i c h o s a !
¡tú lo v e r á s !
MENTOR. No e s p e r e s q u e el m u c h a c h o
llegue á quererte
con d u l c e afán,
el t i e m p o q u e e m p l e a r e s
en tal e m p r e s a
lo p e r d e r á s ,
.pues yo q u e m a n d o en jefe
e n los destinos
del p e r i l l á n ,
su corazón me apropio
p a r a m i uso
particular.

CALIPSO. No le c o n f u n d a s .
MENTOR. Ya lo v e r á s .
CALIPSO. Haz que me quiera.
MENTOR. ESO j a m á s !

CALIPSO. A mis encantos


y á mi beldad
h a de r e n d i r s e
su voluntad.
No m e h a g a s g e s t o s ,
— 23 —
no m e hables m a s
basta, y tengamos
;la fiesta e n p a z !
MENTOR. NO te c o m p o n g a s
que ya no vas
á divertirte
con otro m á s :
tu c a p r i c h i t o
no lograrás,
y lo q u e h i c i e r e s
lo p e r d e r á s

HABLADO.

CALIPSO. A n t e s q u e s u n e g r o m a n t o
t i e n d a la n o c h e ¡oh M e n t o r !
rendido á mi dulce encanto
T e l é m a c o con s u a m o r
habrá enjugado m i llanta.
Hasta luego.
MENTOR. Oye!
(Calipso vuelve y mira con ansiedad a Mentor. P a u s a .
MENTOR. ¡Expresiones!
CALIPSO. ¿Te b u r l a s ? ¡ P o b r e d e tí! ( v á s e . )
MENTOR. NO t e forges i l u s i o n e s . . .
te faltan m u c h a s lecciones
para superarme á mí.

ESCENA V.
MENTOR, EUCARIS, TELÉMACO.

TELEM. Bella E u c a r i s , v u e s t r o s o y
si e n algo s e r v i r o s p u e d o .
E U C A R I S . T e l é m a c o . . . ( c n mucha
0 dulzura.)
MENTOR. Niño, quedo!
EUCARIS. ( A h ! v u e s t r o t u t o r , m e voy.)
TELEM. Quedaos ahí u n instante
m i e n t r a s yo h a g o q u e se v a y a .
(Eucaris « e -oculta.)
— 24 —

ESCENA Vi.
TELÉMACO, MENTOR.

MENTOR. ( T r a y e n d o á Telémaco por u n a o r e j a . )


Venga usté acá, so t u n a n t e ,
u s t é es u n t u n o d e p l a y a !
TELEM. ¡Ay!
MENTOE. ¿Qué p i e n s a u s t e d h a c e r ?
e n t r e g a r s e á los p l a c e r e s
y comenzarse á entender
c o n ese p a r d e m u j e r e s ?
TELEM. N O , yo n o soy ¡oh M e n t o r !
u n calavera.
MENTOR. Convengo.
TELEM. Si ellas m e h a c e n el a m o r
bastante trabajo tengo.
M E N T O R . Ó y e m e b i e n , n o t e dejes
s e d u c i r ; y t e lo d i g o
porque según te manejes
así s e r á t u c a s t i g o .
P i e n s a q u e solo viajamos
por buscar á t u papá,
y q u e si n o lo e n c o n t r a m o s . . .
¿qué va á decir t u mamá?
P i e n s a q u e e n esta m a n s i ó n
. q u i e r e p e s c a r t e la d u e ñ a ,
ó n o tengas corazón
ó tenlo de b r o n c e ó peña!
Q u e si l o g r a s q u e m e a b u r r a
y tienes m i a c e n t o e n poco,
te voy á d a r u n a z u r r a
q u e t e v o y á volver l o c o .
Los d i o s e s , el p u e b l o g r i e g o ,
t u m a d r e , todos e s p e r a n
q u e halles á t u p a d r e l u e g o
y ¡ay d e til si n o le v i e r a n .
Búscalo sin descansar,
b ú s c a l o , y o t e lo m a n d o !
t u obligación es b u s c a r . . .
(Telémaco comienza á d a r u n a vuella alicdedor de-
la g r u í a )
— 2S —
¿Qué h a c e s , di?
TELEM. ¡LO estoy b u s c a n d o !
MENTOR. P i e n s a b i e n q u e t e i n t e r e s a
d a r á l a diosa u n d e s a i r e ! ( T r a n s i c i ó n . )
Y o , e n t a n t o p o n e n la m e s a ,
m e v o y á t o m a r el a i r e , ( v á s e . )

ESCENA VII. 1
TELÉMACO, l u e g o EÜCARIS.

TELEM. Gracias á Dios q u e m e deja.


Me t i e n e frito. P a s a d . (Á
EUCARIS. (Toda estoy c o n m o v i d i t a ,
ruborosa y maquinal.)
T E L E M . Q u é es lo q u e a n t e s m e dijisteis
que m e queríais contar?
EUCARIS. ¡All! ( P a u s a . )
TELEM. ¿ E r a eso?
EUCARIS. ¡Ah!
TEI.EM. Me e n t e r o .
EUCARIS. ¡Ah!
TELEM. ( R e p e t i r e m o s . ) ¡Ah!
EUCA RIS. Si s u s p i r á i s c o m o yo
ya debéis adivinar
consultando vuetro pecho
lo q u e e n e s t e p a s a r á .
Mi p e c h o está d e l i c a d o . . .
¿cómo c u r a r s e p o d r á ?
TELEM . Y e n d o u n a ñ o á Panticosa." -~
EUCARIS. N O ; n o c o m p r e n d é i s m i m a l :
o t r o r e m e d i o es p r e c i s o
si h e d e l l e g a r m e á c u r a r .
TELEM. Pues entonces h a z gimnasia
y to desarrollarás.
EUCARIS. ¡Ay! m e h a s Hablado de ful
TELEM. E S como se suele h a b l a r
en m i pais; la franqueza
es u n a g r a n cosa.
EUCARIS. ¡Ya!
¿Tú e r e s d e Haca?
TELEM. Deltaca.
— 26 —

E U C A R I S . ¿Buen p a i s ? . . .
TELEM. Piramidal.
EUCARIS. T e n d r á s allí m u c h a s novias. (Con senlimieato.^
;

T E L E M . P o c a c o s a ; suelo a m a r
c o n c i e r t o d e s c u i d o , así
c o m o q u i e n se h a d e m a r c h a r
sin d e c i r a d i ó s .
EUCARIS. ¡Oh d i o s a ! .
¿Así e r e s tú?
TELEM. Claro está.
.Ninfa, n e r e i d a ú o n d i n a
q u e á m í m e l l e g u e á flechar,
t e n g a p o r cosa s e g u r a
q u e yo h e d e p o r t a r m e m a l .
Yo soy u n n i ñ o i n o c e n t e
como comprender podrás,
tengo aspecto c a n d o r o s o . . .
¡en fin, á la vista e s t á !
EUCARIS. C i e r t o , c i e r t o .
•¿TELEM. Pues con todo
y c o n e s o , sé yo m a s
q u e el m i s m o M e n t o r , q u e h a sido
m a e s t r o en la e s c u e l a n o r m a l .
EJ a m o r es u n a r d i d ,
la m u j e r n o s a b e a m a r ,
el c o r a z ó n es u n c a n d i d o
q u e a d o n d e lo llevan v a .
El q u e cede á los i m p u l s o s
d e u n a m o r p u r o y leal
e s la v í c t i m a i n o c e n t e
de t o d a la s o c i e d a d .
No h a y m a s q u e e c h a r s e á la espalda
el a l m a y filosofar
d i c i e n d o , la g r a n c u e s t i ó n
es d i v e r t i r s e y g o z a r .
El q u e s i e n t e se fastidia,
quien mas pone pierde m a s ,
por consiguiente, vivamos
y m a ñ a n a Dios d i r á .
EUCARIS. T i e n e s u n a t e o r í a s
que m e confunden, rapaz;
padéceme q u e has estado
reñido con la m o r a l .
Q u i é n t e h a e n s e ñ a d o esas cosas
tan horribles?
TELEM. Mi m a m á .
EUCARIS. ¿Penélope?
TELEM. SÍ, Penélope,
q u e h a sido m a s fiel q u e u n c a n ,
y e n t r e tanto su marido
no se sabe d o n d e está.
EUCARIS. P u e s y o e s t o y p o r q u e el a m o r
debe n u e s t r a alma llenar;
yo s i e n t o t e n e r l a n solo
un corazón, y mortal,
p o r q u e á s e r como Calipso,
q u e n o se m u e r e j a m á s ,
la v i d a . e n t e r a p a s a r a
r i n d i e n d o c u l t o á m i afán.'*
A m o r , delicia s u p r e m a ,
flor de a r o m a s i n i g u a l ,
p r i m a v e r a d e la v i d a , / '
t ú mi consuelo serás! /
TELEM. ¡Basta!!! ( c o n afectación cómica.)
( P a u s a : Eucaris y Telémaco se m i r a n . )
EUCARIS. ¡Qué! ¿ t e h e c o n m o v i d o ?
T E L E M . ¡Un p o c o !
EUCARIS. ¿Será v e r d a d ?
T E L E M . NO p r o s i g a s , no p r o s i g a s
q u é m e voy á d e s m a y a r !
EUCARIS. ¿Amas á a l g u i e n ? ( A m e n a z a d o r a . )
TELEM. (Después de pensar un poco.) N o m e acuerdo.
EUCARIS. H a b r á s llegarlo q u i z á s
á p r e n d a r t e d e Calipso?
m i r a q u e suele p a s a r
q u e c u a n t o s la v e n s u c u m b e n ,
respóndeme por piedad!
T E L E M . Calispo m e g u s t a m u c h o . . .
pero tú m e gustas m a s .
EUCARIS. ¡ O h p l a c e r !
TELEM. No g r i t e s , ninfa.
Si Mentor n o s o y e h a b l a r . . .
E U C A R I S . ¡ O h ! . . . (Recorre la escena para enterarse de q u e
están solos; luego baja al proscenio y dice,)
— 28 —
¡Te a d o r o ! !
TELEM. ¡Muchas gracias!
EUCARIS. ¡ T ú m e q u i e r e s ?
TELEM. ¡De v e r d a d !
EUCARIS. P a r a s i e m p r e ?
TELEM. Para siempre!
EUCARIS. ¿Has d e o l v i d a r m e ?
TELEM. ¡Jamás!!
E U C A R I S . Ay d e tí si m e o l v i d a r a s ! . . .
TELEM. Nunca te podré olvidar!!

Los nos. i ^ j o j o r o j ; ^
f hasta que n o pueda mas!!!

ESCUNA VIII.

TELÉMACO, EUCAaiS, CALIPSO-, las N I N F A S .

(Las Ninfas t r a e n cada cual un objeto d e los q u e se h a n de p o -


ner en la mesa: p l a t o s , botellas, copas, m a n t e l e s , e t c . )

CALIPSO. ¿ T e h a s c a m b i a d o la t ú n i c a ?
TELEM. Y el m a n t o .
Mírame.
QALIPSO. Ya te v e o .
T i e n e s asi vestido doble e n c a n t o .
Di, q u é m a s n e c e s i t a t u deseo?
TELEM. Nada m a s .
CALIPSO. Pbbrecito!
Con f r a n q u e z a , n o t i e n e s a p e t i t o ?
T E L E M . E s o s í , q u e el naufragio
• d é b i l m e dejó á f é .
CALIPSO. ( Á las Ninfas.) ¡ P o n e d la m e s a !
E r e s d e t u p a p á cabal r e t r a t o .
T E L E M . ¿Le conoces?
EUCARIS. (Al h u é s p e d p o n e a s e d i o . )
T E L E M . ¿Le h a s h a b l a d o ?
CALIPSO. Una vez. •
TELEM. ¿Y m u c h o rato?
CALIPSO. Siete meses y medio.
TELEM. C a s c a r a s c o n t u s r a t o s , hija m i a !
CALIPSO. Aquí pasó u n a larga temporada.
TELEM. Y a d o n d e s e m a r c h ó ? t e lo d i r i a .
— 29 —

CALIPSO. A y , n o ! n o dijo n a d a !
T u p a d r e , a u n q u e c o r t é s , si le i n t e r e s a
se s u e l e d e s p e d i r á l a f r a n c e s a . .„„,„.. . , .
T E L E M . Y O b u s c á n d o l e voy p o r esos m a r e s ,
p o r él fui d e s d e Itaca h a s t a Sicilia
y c o r r e r é los ú l t i m o s l u g a r e s .
CALIPSO. Ojalá q u e le h a l l a r e s .
T E L E M . T i e n e d e s c o n s o l a d a á la familia.
CALIPSO. C o n q u e t e q u i e r e s i r ?
TELEM. P u e s y a lo c r e o .
CALIPSO. N O t e v a y a s ! ( S u p l i c a n t e . )
EUCARIS. (¡Qué escucho!)
CALIPSO. ¡ Q u é d a t e e n t r e n o s o t r a s !
TELEM. ( S Í , te veo!)
CALIPSO. Mira q u e a q u í te c u i d a r e m o s m u c h o !
T E L E M . No p u e d o c o m p l a c e r t e !
M e n t o r se e n f a d a r í a .
CALIPSO. M e n t o r ! s i e m p r e M e n t o r ! es cosa f u e r t e
q u e él t e h a d e d o m i n a r . . .
TELEM. P u e s n o h a y t u ti a.
CALIPSO. Q u é d a t e y d u l c e v i d a p a s a r e m o s ,
tengo yo q u e decirte m u c h a s cosas.
EUCARIS. (¿Qué dice?)
TELEM. Ya v e r e m o s .
EUCARIS. ¡El a l m u e r z o ! (i nterrumpiénfloles bruscamente.)
TELEM. ¿TÚ quieres que almorcemos ?
CALIPSO. N i n f a s , p o n e d l e u n a l m o h a d ó n d e r o s a s .
T E L E M . ¿Y M e n t o r ?
CALIPSO. Q u e le l l a m e n ! ¡ L e u c o t o e !
EUCARIS. ( T e l é m a c o , el g u s a n o d e l o s celos
el c o r a z ó n m e r o e ! )
TELEM. (Nada temas.)
EUCARIS. ( T U edad m e da recelos.)
CALIPSO. L l e g a , M e n t o r .

ESCENA IX.
DICHOS, MENTOR.

EUCARIS. ( L a diosa s e h a c a n s a d o
del a m o r d e l p a p á , y al n i ñ o a d o r a . )
T o d o está p r e p a r a d o (Á M e n t o r . )
y t e e s p e r a el a l m u e r z o .
— 30 —
MENTOR. Ya e r a h o r a .
CALIPSO. S e n t a o s ; y v o s o t r a s , e n t r e t a n t o (Á las N i n f a s . )
que mis huéspedes sacian su apetito,
c a n t a d e n s u r e d o r : ¿le g u s t a el c a n t o ^ J
T E L E M . N O s u e l e d i s g u s t a r m e , si es b o n i t o .
CALIPSO. P u e s b i e n ; e m p e z a d l u e g o .
MENTOR. P a r a m á s c l a r i d a d , c a n t a d ' e n g r i e g o .

MUSÍA.

CORO.

S u r i p a n t a — l a — s u r i p a n ta
maca—truuqüi—de—somatén
sun fáribum—sun fáriben
maca—trúpitem—sangasinén.
Eri—sunqui!
¡maca—trunqui!
suripanten... •
snripen!
S u r i p a n t a la s u r i p a n t a
melitónimen—son—pén!

HABLADO.

CALIPSO. ¿Qué te p a r e c e m i m e s a ?
TEI.ESK Admirable.
M E N T O R , ( c o n s e q u e d a d . ) Es r e g u l a r .
TELEM. M e n t o r s i e m p r e h a d e sacar-
faltas...
CALIPSO. Es cocina inglesa.
¿ Q u i e r e s biftek ó j a m ó n ? (Á Teiémaco.)
T E L E M . L a s d o s c o s a s , diosa m i a .
CALIPSO. (¡Ay!) ¿Bebes?
TELEM. E S malvasia?
CALIPSO. E S n e c t a r .
M E N T O R , "('Incomodado d a n d o un p u ñ e t a z o en la -mesa.)
Es peleón!
N o dejo h a c e r n i á las diosas
á la v e r d a d u n u l t r a j e
n i c u n f u n d i r el l e n g u a j e
c a m b i a n d o el n o m b r e á l a s c o s a s .
CALIPSO. M e n t o r n o p e r d o n a m o d o
de h a c e r m e c u l q u i e r a g r a v i o .
T E L É M . E s la c u a l i d a d del s a b i o ,
querer criticarlo todo.
M E N T O R . ¡ A g u a ! (Leucotoe le s i r v e . )
EÜCARIS. (Me m a t a l a fiebre
de los celos.)
MENTOR, ( Á c a ü p s o , ap ) (No le m i r e s
de ese m o d o , n i suspires.)
CALIPSO. ¿Quieres u n pastel d e liebre? (Á Mentor.)
MENTOR. NO m e g u s t a n t u s p a s t e l e s .
CALIPSO. (Ni á m í t u a t r o z d e s p o t i s m o . )
TELEM. ( L a s d o s m e m i r a n lo m i s m o . )
EÜCARIS. ¿ L e v a n t o y a los m a n t e l e s ?
CALIPSO. No.
M E N T O R , ( Á c a l i p s o , a . ) Si m e a p u r a s , te a g a r r o
P

y m e lo llevo d e a q u í .
CALIPSO. (NO p o d r í a s . )
MENTOR. (¿Á q u e sí?)
CALIPSO. (¡Cá!)
TELEM. Mentor, dame u n cigarro. "
( M e n t o r le d a l a petaca y fuman los (los.)
CALIPSO. ( V e n c e r m e Mentor n o p u e d e s
u s a n d o t r a i c i ó n ó dc-16.)
MENTOR. ( V e r á s . )
CALIPSO. ¿ T o m a s café solo? (Á Tei&naco.)
T E L E M . ¿Eli? solo, n o ; c o n u s t e d e s . -— --.,

CALIPSO. C r e o q u e habéis tatisfecho


el h a m b r e . . .
TELEM. Perfectamente!
C A L I P S O . YO lo c e l e b r o .
EÜCARIS. Igualmente.
CALIPSO. B u e n p r o v e c h o ;
TODAS. ¡Buen p r o v e c h o !
CALIPSO. A h o r a , si t ú n o m u r m u r a s (Á M e n t o r . )
quiero ante las presentes
á g r a n d e s r a s g o s n o s c u e n t e s (Á Teiémaco.
tus extrañas aventuras.
T E L E M . Si d e M e n t o r l a b o n d a d
lo p e r m i t e . . .
— 32 —

MENTOR. Permitido.
CALIPSO. C o m i e n z a p u e s .
TELEM. Mucho oido,
haced corro, y escuchad.
( S e colocan t o d a s las Ninfas unas sentadas, o tra
de r o d i l l a s , otras d e pié alrededor de Telémaco.
M e n t o r estará sentado á un lado, a p a r t e del grupo)
E r a yo n i ñ o ; m i m a d r e
y mi padre estaban bien,
m a s se a r m ó en T r o y a u n b e l é n
y partió á Troya mi padre.
Un héroe en cualquier tramoya
d e b e d e s e r el p r i m e r o ;
m i p a p á es u n c a b a l l e r o
y asistió al sitio d e T r o y a .
U n dia T r o y a se a r r a s a ,
los s i t i a d o r e s c r u e n t o s
se m a r c h a n , y m u y c o n t e n t o s
c a d a cual v u e l v e á s u c a s a .
Mas m i p a d r e n o volvió
y mi madre á grito herido
lloraba por su marido
y buscarle me mandó.
M e n t o r se p r e s t a á g u i a r m e ,
m e a r r i e s g o á p a s a r el c h a r c o ,
m e t o los p i e s e n el b a r c o ,
y e n fin, c o m i e n z o á a l e j a r m e .
También nos acompañaba
e n n u e s t r o viaje u n p a s t o r
llevado del g r a n d e a m o r
q u e á mi padre profesaba.
P r o n t o la m a r n o s m o s t r ó
s u fiero s e m b l a n t e a d u s t o ;
hubo tormenta.
TODAS. ¡Ay! ¡ q u é s u s t o !
TELEM. Nuestro navio encalló.
C a l c u l a d las a g o n í a s
que pasaría mi alma
unida á tan larga calma
u n h a m b r e d e siete d í a s !
P o r fin, d e l t r a n c e s a l i m o s
y e n Sicilia p e n e t r a m o s ;
— 35 —

¡SOlitOS l o s d O S , l l e g a m o s ! ( L l o r a n d o . )
CALIPSO. ¿Y el p a s t o r ?
TELEM. (Transición) N o s lo c o m i m o s .
E n t r a m o s echando pestes
e n la c i u d a d ; n o s a t a r o n ,
y á p r e s e n c i a n o s llevaron
d e l anciano, r e y A c e s t e s .
Nos empezó á p r e g u n t a r
que d e qué lugar veníamos,
nos preguntó q u é queríamos:
M e n t o r dijo: d e s c a n s a r .
Y e n e f e c t o , él m u y g a l a n t e ,
viendo que estábamos mudos
n o s m a n d ó d a r t r e i n t a palos ..-
y n o s dejó como u n g u a n t e . " '
L u e g o n o s pidió consejos
d i c i e n d o : ¡os v o y á p a r t i r !
de q u é deseáis morir?
. y dijo M e n t o r : d e v i e j o s . - - —
La r e s p u e s t a l e a g r a d ó
y n o s p e r d o n ó la vida.
Mentor dispuso e n seguida
e s c a p a r s e , y lo l o g r ó .
Se vistió d e m o n a g u i l l o
y logró e s c u r r i r el b u l t o .
C A L I P S O . ¿Y t ú ?
TELEM. Me llevaba o c u l t o .
CALIPSO. P e r o . . . d ó n d e ?
MENTOR. En el b o l s i l l o .
CALIPSO. Me s o r p r e n d e ciencia t a n t a .
MENTOR. Mil g r a c i a s p o r el h o n o r .
TELEM. NO h a y q u i e n p u e d a c o n M e n t o r ,
es u n a cosa q u e e s p a n t a .
M E N T O R . ¡Quien c o n m i g o h a d e l u c h a r ( Á C a i i p s o . )
h a d e t e n t a r s e la r o p a !
TRLEM. Salimos con v i e n t o en popa
d e aquel t e r r i b l e l u g a r . ;
Yo e n t r e g a d o á m i s delirios
d e n i ñ o , iba s o n r i e n t e ,
cuando vimos d e repente
u n bajel: e r a n los tirios!
Los poderes sobrehumanos

3
— 54 —
q u e mi d e s t i n o g u i a b a n
sin cesar m e c o l o c a b a n
e n t r e lirios y t r o y a n o s .
Nos p e s c a n s u s s e ñ o r í a s ,
á seguirlos nos inducen,
y al E g i p t o n o s c o n d u c e n
en u n t r e n de mercancías.
Lo q u e sufrimos ñ o s é '
este c a b a l l e r o y y o ,
él á j u e z s e dedicó -
y yo á m o z o d e café.
G r a c i a s á cierta viajera
q u e se e n a m o r ó d e m í ,
p u d i m o s salir de allí
u n dia d e p r i m a v e r a .
Yo le p r e g u n t é á M e n t o r :
ella acaba d e s a l v a r m e ,
d e b o dejarla y m a r c h a r m e ?
y él m e dijo: si s e ñ o r !
Y si en la n u e v a p a r t i d a
e n oi.ro pais c a e m o s
d o n d e se e s t é m a l , q u é h a r e m o s ?
—Irnos á otro en seguida!
TODAS. ¡Qué t a l e n t o !
TELEM. E S asombroso.
Después fuimos á T e u t o n i a ,
después á Lacedeinonia,
p o c o d e s p u é s al T o b o s o .
F u i m o s cío aquí p a r a allá,
de Madrid á Y a k i e m o r o ,
d e s d e A t e n a s h a s t a Toro-
y no h a l l a m o s á p a p á .
Y por fin q u i s o la s u e r t e
q u e a q u e l l a t o r m e n t a fiera
la v e n t u r a m e t r a j e r a
de poder llegar á v e r t e .
( S e levantan l o d o s . )
CALIPSO. ¡ O h , d i c h a ! e n t u r e l a c i ó n
no h a y a m a n t e s a v e n t u r a s .
TELEM. Diosa, p u e s q u é t e f i g u r a s
que soy algún coqúetoní
CALIPSO. No h a s a m a d o ?
— 3S —
TELEM. ¡Psth!
TELEM. ¡Ejem!
CALIPSO. ¿Quién h a tosido?
TELEM. Mentor.
MENTOR. ¿Yo?
CALIPSO. ¿Qué p i e n s a s del a m o r ? (Á Teiémaco.
TELEM. Que m e parece m u y bien.
CALIPSO. Dadle m i l i r a , y q u e c a n t e
su gusto.
TODAS. SÍ, SÍ.
TELEM. Mentor...
CALIPSO. Dinos t u g u s t o e n a m o r .
EÜCAIUS. Y o t e lo r u e g o !
TELEM. A I instante.

música..
TELEM. Me g u s t a n t o d a s ,
m e gustan todas
m e gustan todas,
en general.
P e r o esa r u b i a ,
pero esa r u b i a ,
pero ésa rubia
me gusta m a s .

MENTOR. C h i q u i l l o , n o digas e s o
p o r q u e t e Voy á p e g a r !
TELEM. Á mí no m e pega nadie,
p o r q u e digo l a v e r d a d !

CORO. L a r u b i a le g u s t a al n i ñ o ,
la r u b i a le g u s t a m a s ,
«¡n'e s e a p o r m u c h o s a ñ o s -
y vivan en s a n t a p a z .

HABLADO.

CALIPSO. Salid t o d a s , salid p r o n t o !


NINFAS. S e ñ o r a . . »
CALIPSO. ¡Dejadme en paz!
(Á Telemaco.) C o n q u e t e g u s t a l a r u b i a ?
TELEM. ¿Por q u é n o m e h a de gustar?
CALIPSO. ¡Bien! ¡ m u y b i e n ! ¡ F u e r a ! (Á lasNinfas.)
(LaB Ninfas se m a r c h a n . )
(Á Eucaris.) Tú, aguarda!
(Á Telémaco. ) T a m b i é n t e p u e d e s m a r c h a r .
(Á Mentor.) Y t ú lo m i s m o ! D e j a d m e .
Y a os l l a m a r é .
TELEM. (¡Cómo e s t á ! )
MENTOR. A n t e s d e c i n c o m i n u t o s (Á Telémaco.)
nos vamos de aquí!
TELEM. Yo? c á !
EUCAKIS. No t e v a y a s !
( T i r á n d o l e de u n lado de la t ú n i c a . )
CALIPSO. ( i d . del o t r o . ) ¡He d e h a b l a r t e !
EUCAKIS. ¡También te tengo q u e hablar!
MENTOR. Y o n o a g u a n t o estos e s c á n d a l o s .
EUCARIS. ( I J . ) P i e n s a en m í , j o v e n a u d a z .
CALIPSO, ( i d . ) Necesito e x p l i c a c i o n e s !
EUCARIS. (id.) Jura que mió serás.
CALIPSO. ( i d . ) Me h a s d a d o u n d e s a i r e g o r d o .
EUCARIS. (id.) Nuuca te podré olvidar.
CALIPSO. ( W . ) Después h a b l a r e m o s m u c h o .
E U C A R I S . (I«I.) YO t e q u i s e r a contar...
TELEM. ¡ E h , s e ñ o r a s ! ¡Poco á p o c o ! (Desasiéndose.)
Caramba!
MENTOR", ( c o g i é n d o l e . ) ¡ V e n g a u s t é a c á !
TELEM. ¿Otro?
MENTOR. ¿Usté es hijo d e Ulises?
Usté es...
TELEM. YO n o s o y c o s t a l !
CALIPSO. R e t i r a o s u n m o m e n t o ,
t e n g o c o n esta q u e h a b l a r .
MENTOR. V a m o s , n i ñ o !
TELEM. ¡Ay! e n t r e todos
me van á descuartizar!
CALIPSO. Y a l l a m a r é .
MENTOR. El equipaje
h a y q u e h a c e r al p u n t o !
TELEM. ¡Cá!
MENTOR. E s t a g r u t a es u n a olla
— 37 —
de g r i l l o s , q u é a t r o c i d a d !

ESCENA IX.
CALIPSO, GCCAIIIS.

GAMPSO. L l e g a , n i n f a .
EUCARIS. Gran señora...
CAMPSO. D i m e t o d a la v e r d a d ;
conocías tú á Telémaco
antes de ahora?
EUCARIS. SÍ.
CALIPSO. ¡Ah!
D ó n d e l e viste?
EUCARIS. En mis sueños.
CALIPSO. ¿Cómo?
EUCARIS. En el m u n d o i d e a l .
Yo h a b i a s o ñ a d o u n j o v e n
esbelto, de poca edad,
c o n patillas p u n t i a g u d a s
y aspecto sentimental.
Un j o v e n en c u y o a l i e n t o
m i alma pudiera aspirar
todo u n m u n d o de pasiones,
d e i n m e n s a felicidad
C u a n d o vino ese e x t r a n j e r o
s e n t í el c o r a z ó n s a l t a r ,
y m e dijo el a l m a á v o c e s :
¿lo soñaste? Ecolo qua.
EUCARIS. S a b e s t ú lo q u e s o n celos?
EUCARIS. S Í , diosa.
CALIPSO. Y comprenderás
t o d o el h o r r i b l e m a r t i r i o
q u e al a l m a los celos d a n !
EUCARIS. Es c l a r o .
CALIPSO Pues bien, yo tuve
celos d e t í .
EUCARIS. Basta ya.
T ú m e disputas mi a m o r .
CALIPSO. D i s p u t á r t e l o ? N o t a l .
No olvido q u e e r e s la ninfa
que mas m e quiere.
— 38 —
EüCARIS. Es v e r d a d .
CALIPSO. De Ulises g u a r d o el r e c u e r d o ,
de Telémaco quizá
pude haberme enamorado,
p e r o al o í r t e con Lar
tu pasión y tu ensueños
d e todo m e olvido y a .
T e lo c e d o .
EUCARIS. Qué h e oído!
S e ñ o r a , t a n t a b o n d a d . . . (Arrodillando* •
DALIPSO. U n sacrificio p o r tí
leve p r u e b a es d e a m i s t a d .
Alza.—Te h e llamado aparte
para prevenirte.
EÜCARIS. Ah!
CALIPSO. T Ú sabes q u e ese Mentor
se q u i e r e d e a q u í m a r c h a r ?
EUCARIS. Q u i e r e llevarse á T e l é m a c o ?
CALIPSO. E S O es lo q u e h a y q u e e v i t a r .
EDCARIS. ¿Cómo?
CALIPSO. ¿Ves a q u e l l a p u e r t a ?
Ya s a b e s lo q u e h a y d e t r a s .
E s el s u b t e r r á n e o d o n d e
siempre escondidos están
mis tesoros.
EUCARIS. Yo i g n o r a b a . . .
CALIPSO. C e r r a d a esa p u e r t a . . .
EUGARIS. Ya.
CALIPSO. N O h a y m a s salida p o s i b l e .
EÜCARIS. Comprendo.
CALIPSO. Allí h a y q u e e n c e r r a r
á Mentor.
EUCARIS. ¡Oh! s i , e n c e r r á d m e l e ,
pero y si...
CALIPSO. ¿Qué?
EÜCARIS. ¿Y si se va?
CALIPSO. ¿ Q u i e r e s v e r c u a n i m p o s i b l e
es q u e se marcile?
EÜCARIS. Sí tal.
CALIPSO. E n c i e n d e u n a vela y g u i a . (Eucaris obedece.)
P o r tí m i s m a lo v e r á s .
E U C A R I S . ¡Oh! cuan dichosa m e h a c é i s !
— 59 —
CALIPSO. A p r e n d e á sacrificar
amor y dicha e n las aras
de u n a sagrada amistad.
E n t r a . . . te s i g o .
EüCARIS. ( E n t r a n d o . ) Es profundo... .
CALIPSO. ¡Oh! y a v e r á s , y a v e r á s . . .
(Cierra la puerta d e j a n d o e n c e r r a d a á Kucaris y d i c e .
¡Ya v e r á s c o m o n o sales
de esas tinieblas j a m á s !
Ni la v o z t u y a al oido
d e las ninfas llegará...
Q u i t é el e s t o r b o , la e n c i e r r o - . ,
y a r r o j o la llave al m a r . ( v á s e . )

ESCENA IX.
TELÉMACO, MENTOR.

T E L E M . N O está a q u í .
MENTOR. ¡Chist! Y a c o r r i e n d o
p o r la p l a y a
TELEM. Voy á v e r . . . ,
MENTOR. ¡Estáte q u i e t o !
TELEM. ¿Qué h a c e m o s ,
Mentor?
MENTOR. Y qué hemos de hacer
sino . m a r c h a r n o s ?
TELEM. ¿Ahora?
MENTOR. Ahora m i s m o .
TELEM. ¿ S Í , eh?
¿Crees q u e n o s d e j a r á
salir? Y c r e e s tal vez
que yo'me quiera m a r c h a r
perdiendo mi dulce bien?
MENTOR. ¡Teiémaco!
TELEM. ¡Ay! esa r u b i a
me ha hechizado.
MENTOR. Puede ser.
TELEM. S Í s e ñ o r , s í , yo estoy m a l o '
y no puedo irme!
MENTOR. Pardiez
que á no mirar q u e te quiero
— 40 —
y q u e te h e visto n a c e r '
ahora mismo te mataba.
TELEM. ¡Cáspita!
MENTOR. Y eres tú aquel
q u e j u r ó al salir d e H a c a
d i g D O d e s u p a d r e ser?
Y l l e g a r á s al e x t r e m o
d e d o b l e g a r t u altivez
dejándote seducir
p o r u n a flaca m u j e r ?
T E I . E M . N o , lo q u e es flaca n o e s t á !
MENTOR. Vuelve en tí; ya tiempo es,
h u y a m o s p r o n t o ; estas ninfas
n u n c a o b r a n d e b u e n a fé;
t e m e al p o r v e n i r , T e l é m a c o ,
n o t e o b c e q u e s , s i g u e fiel
m i s consejos, q u e s o n hijos
de la m a s sabia vejez.
TELEM. Pero la quiero!
MENTOR. No i m p o r t a .
TELEM. Dejarla...
MENTOR. Preciso es.
R e c o r r e r e m o s los m a r e s ,
l u c h a r e m o s o t r a vez
con tirios y c o n troyanos,
a l c a n z a n d o fama y p r e z .
E n r i s t r a robusta lanza,
y al s a l t a r d e s d e u n bajel
á cualquier playa extranjera
d o n d e e n fiera g u e r r a e s t é n ,
m u e s t r e tu b r a z o i n v e n c i b l e
tu pujanza y tu poder,
y el c l a r o n o m b r e d e t ü i s e s
creciente e n brillo sosten.
E l h o m b r e q u e s e afemina
n u n c a grande puede ser;
- q u i e n se e m b r i a g a e n los p l a c e r e s
indigno de gloria e s .
¡ S u s ! d e s p i e r t a y vea el m u n d o
lo q u e t ú p u e d e s h a c e r ;
s é p a s e q u i e n es Calleja,
y a d e l a n t e , voto á c i e n !
— 41 —
TELEM. ¡Vuestras palabras, Mentor,
m e h a n c a u s a d o u n no sé q u é
c u y o s efectos c o m i e z o
á sentir, voto á Luzbel!
¡Mi s a n g r e bulle y se a g i t a !
¡Digno de Clises s e r é !
yo c o n q u i s t a r é e n d o s m e s e s
ocho naciones ó diez!
¡valor y a u d a c i a m e s o b r a n
para luchar y vencer!!
¡ H i i Ü i i m m ! (Corriendo p o r la escena
MENTOR. A s í me-gusta verte!
¡Hiiiiiiimm!
TELEM. ¡Magnífico, p a r d i e z !

ESCENA X,
menos, LEUCOTOE, ¡SISEA.

LEUC Huid, h u i d , extranjeros.


NISEA. O c u l t a o s si p o d é i s .
MENTOR. ¿ P u e s q u é pasa?
NISEA. Q u e Calipso
aquí os q u i e r e d e t e n e r
para siempre, y como teme
que partir pronto queréis,
aquí á todas nos reúne
para vigilar y ver
si i n t e n t á i s la fuga.
TELEM. ¿Y c ó m o
escapamos?
MENTOR. NO lo s é .
Q u i é n es el h o m b r e q u e p u e d e
luchar con tanta mujer?
A u n con u n a h a y q u i e n s u c u m b e , .
conque t ú figúrate...
TELEM. M e n t o r , n o en v a n o e r e s "sabio,
s i e m p r e salir t e m i r é
airoso d e t o d a e m p r e s a ,
¡inventa!
(Mentor reflexiona.)
NlSEA. ¡Olí, SÍ!
42 —
LEUC Y ha de ser
p r o n t o , p o r q u e ya Calipso
viene hacia aquí.
MENTOR, ¡Ah! ,
LEUC. ¿Qué?
TELEM, ¿Qué?
NISEA. ¿Qué?
MENTOR. Ya h e d a d o c o n e l g r a n m e d i o !
¿Vosotras m e ayudareis?
LEUC. ¡SÍ!
(Van e n t r a n d o las Ninfas.)
MENTOR. Calipso vigilando
va á e s t a r a q u í m i s m o , eh?
NISEA. ¡SÍ!
MENTOR. P u e s b i e n , el t r i u n f o e s t r i b a
en d o r m i r l a .
TALEM. Verdad e s .
MENTOR. Y O poseo u n g r a n n a r c ó t i c o . ,
LEUC. Venga.
,NISEA. Venga.
M E N T O R . (Bascando en la m a l e t a . ) Voy á ver...
TELEM. Dirne, M e n t o r , y t ú c r e e s
q u e se d o r m i r á c o n él?
MENTOR. ÑO t e n g o d u d a .
(Saca del saco de noche varios números d e la Cor-
respondencia y los v a d a n d o á las Ninfas»)
Tomad,
la r o d e á i s y leéis.
TELEM. ¡ D o r m i r á d e fijo!... es c l a r o !
NISEA. ¡Ella!
MENTOR. ¡ C h i t o ! ( R f l i r á n d e s e con Telemaco.)
TELEM. Hasta después, (vánse.)

ESCENA XI.
DICHAS, CALIPSO, luego MENTOR y TELEMACO.

CALIPSO. ¿ E s t á n ahí?
NISEA. Sí, y h a n d i c h o
que, u n p o c o les a g u a r d é i s ,
al p u n t o s a l e n .
LEUC En tanto,
— 4o —
oid. ,'• : '
CALIPSO. ¿Qué vais á leer!
NISEA. Secretos de trascendencia
que os p u d i e r a n conmover.
(Calipso se s i e n t a . )

MÚSICA.

NINFA. «Ha llegado á B a r c e l o n a


la s e ñ o r a d e A m a n i e l . »
OTRA. » E n la calle del Olivo
se h a m a t a d o u n a m u j e r . »
OTRA. «Una p r i m a d e u n c a n t a n t e
se h a c a s a d o c o n u n j u e z . »
OTRA. «El v e r d u g o h a e s t a d o e n f e r m a
y se h a m u e r t o s u m u j e r . »
OTRA. «Se n o s dice q u e h a y r a t e r o s . »
OTRA. « S e va á a b r i r u n g r a n café.»
OTRA. «Ha llovido e n A r a n j u e z . »
OTRA. «Ha tronado e n Aranjuez.»
OTRA. «El T e a t r o d e los Bufos
se a b r i r á al a n o c h e c e r . »
OTRA. «Un poeta m e l e n u d o
se h a ' m a t a d o a n t e s d e a y e r . »
OTRA. «Una joven conocida
busca ropa q u e coser.»
CALIPSO. Qué m e sucede
yo n o lo s é . . .
pero mis ojos...
a p e n a s v e n . . . (Se d u e r m e . )
NINFA. L a r i n d e el s u e ñ o ,
y á mí también, (w.)
MENTOR. (Saliendo de p u n t i l l a s . )
¡Corre, muchacho!
TELEM. ¡ Vamos á ver!...
MENTOR. ¡Huyendo pronto!
TELEM. ¡Pasarlo bien!
UNA N I N F A . Mis ojos ¡ay! se c i e r r a n , ( c a e d c r m i d a . )
OTRA. L o s m i o s ¡ay! t a m b i é n , ( i d . )
OTRA. YO r e s i s t i r n o p u e d o ! . . . ( i d . )
TODAS. Qué pesadez! ( i d . )
— 44 —
¡Ay! q u é f a t i g a , ( t a . )
Qué languidez! (id.)
TELEM. (Desde fuera.) ¡ E x p r e s i o n e s d e c a s a
y h a s t a m a s ver!!'
( Q u e d a n todas las Ninfas d o r m i d a s , formando gru-
p o s . Calipso en m e d i o . G u a d r o . )

FIN DEL ACTO PRIMERO.


ACTO SEGUNDO.

U n a p l a y a . Á la derecha del espectador u n a casa; a r -


q u i t e c t u r a g r i e g a . A la izquierda y al fondo g r a n d e
e x t e n s i ó n de m a r . Horizonte s e r e n o . Al l e v a n t a r s e
el telón Calipso y las Ninfas arriban á la p l a y a en un
b a r q u i c h u e l o . Calipso v i e n e de p i e sobre el barco y
las Ninfas r e m a n d o . S a l t a n á t i e r r a . T o d a s t r a e n
s o m b r e r o s d e viaje, saco de n o c h e , y s o m b r i l l a , q u e
a b r e n en c u a n t o e n t r a n en e s c e n a .

ESCENA PRIMERA.
CALIPSO, LAS NINFAS.

MÚSICA.

UNAS N I N F A S . ¡Yo n o p u e d o m a s !
OTRAS. ¡Yo n o p u e d o m a s !
TODAS. Si esto d u r a m u c h o
vamos á enfermar.
CALIPSO. Al fin p i s a m o s t i e r r a .
CORO. Tiempo era ya.
CALIPSO. Yo v e n g o m u y c a n s a d a .
CORO. Yo v e n g o m a s .
CALIPSO. C r u z a n d o voy los m a r e s
en busca de u n galán.
CORO. Es u n a t o n t e r í a
que nadie aprobará.
CALIPSO. Pensemos por ahora
— 46 —
en descansar.
CORO. Pensemos solamente
en descansar.

CALIPSO. Aquel meneo


y aquel vaivén
m e d a n fatigas,
yo n o estoy b i e n .
Me d a u n m a r e o
y u n n o sé q u é ,
q u e yo n o p u e d o
tenerme enp i e .

CORO. Aquel meneo


y aqueívaiven
m e d a n fatigas,
yo n o estoy b i e n . -
Me d a u n m a r e o
y u n n o sé q u é
q u e yo n o p u e d o
t e n e r m e en piel
púrese c a n t a r este coro meciéndose du tcemente
las Ninfas i m i t a n d o el movimiento tte un b a r c o . )

HABLADO..

CALIPSO. H e n o s p o r fin e n la r i s u e ñ a p l a y a
d o n d e la diosa del p l a c e r h a b i t a ;
de c a n s a n c i o m i e s p í r i t u d e s m a y a .
NISEA. ¡ P u e s s e ñ o r , esta p l a y a es m u y bonita!
CELIPSO. ¡Ay t r i s t e ! q u i é n dijera
q u e u n dia a b a n d o n a n d o m i s b o g a r e s ,
e r r a n t e pajagera
r a u d a c r u z a r a los r e v u e l t o s m a r e s !
LEUC. Cálmete-, si T e l é m a c o t u s lazos
logró r o m p e r y h u i r e n t i e m p o b r e v e ,
' acaso p r o n t o e n t u s a m a n t e s b r a z o s
p e r d ó n i m p l o r e d e s u a c c i ó n aleve.
B u s c a r l e te,hits p r o p u e s t o . . .
CALIPSO. "SieldeUlii.es'
Uijo m a y o r , h u y ó - á t i e r r a s i g n o t a s
— 47 —

recorriendo en su busca mil países,


la vida p a s a r é . . . r o m p i e n d o b o t a s .
Si e n las e n t r a ñ a s d e la t i e r r a u n d í a
Supiera y o q u e h u y e n d o d e m i s maña*
el p i c a r o á m i s ojos se e s c o n d í a . . .
le a r r a n c a r a á la t i e r r a las e n t r a ñ a s
p o r v e r s i le c o g í a .
Si t r a s el alto cielo
se o c u l t a r a á m i a m o r el i n h u m a n o
l l e g a r s a b r i a en m i a m o r o s o a n h e l o . . .
h a s t a tocar el cielo c o n la m a n o .
Y si d i s u e l t o , acaso
del a i r e e n l a r e g i ó n , d a r m e u n d e s a i r e
i n t e n t a r a , s a l i e n d o asi del p a s o . . .
NISEA. ¿Qué b a r i a s e n tal caso?
CALIPSO. ¿ P u e s q u é h a b i a d e h a c e r ? ¡ T o m a r el a i r e !
L e h a l l a r é ; le h a l l a r é , y á m i s c a r i c i a s
r i n d i e n d o s u albedrio
h a l l a r á e n m i p a s i ó n g r a t a s delicias
y pronto será m i ó .
P e r o e n h a b l a r el t i e m p o m a l g a s t a m o s
y c a n s a d a s os v e o ;
el edificio á c u y o f r e n t e e s t a m o s
es d e V e n u s la q u i n t a d e r e c r e o .
A q u í pienso p a s a r a l g u n a s h o r a s
y consultar á m í sincera amiga;
entremos pues, señoras,
y r e p o s o h a l l a r á t a n t a fatiga.

ESCENA II.
DICHAS, V E N U S , q u e sule d e l a casa a b a n i c á n d o s e .

V E N U S . ¡Calipso del a l m a m í a !
CALIPSO. ¡ V e n u s ! q u é g r a t a e m o c i ó n !
V E N U S . ¿ T Ú p o r aquí? ¡Qué sorpresa! 1

si m e h a dao e r c o r a z ó n
u n vuelco c u a n d o t e h e v i s t o .
CALIPSO. ¿De v e r á s ?
VENUS. ¡Pues no queno'!
Hasia q u e n o t e v i a . . .
C A L I P S O . DOS a ñ o s .
_ 48 —
VENUS, Menos.de dos.
Desde q u e e s t u v i m o s j u n t a s
en la b o d a d e P l u t o n .
R e c i b i s t e a q u e l l a carta,,
q u e t e escribí?
CALIPSO. Sí.
VENUS. ¿Y llegó?
CALIPSO. A q u e l l a e n q u e m e i n v i t a b a
á p a s a r la t a r d e ? ¡ O h !
y a hace d e eso m u c h o t i e m p o !
n o a c e p t é la i n v i t a c i ó n
p o r q u e m e pasaron cosas
m u y graves: u n lance atroz...
VENUS. T a m b i é n yo h e s u f r i d o m u c h o .
C A L I P S O . ¿Y V u l c a n o ?
VENUS. En Mataré.
H a t o m a d o la c o n t r a t a
de u n a g r a n f a b r i c a c i ó n
de camas de hierro.
CALIPSO. Ya;
estás viuda?
VENUS. Viuda... no.
CALIPSO. C o m p r e n d o ; d i m e , y p o r q u é
e n esta g r a t a m e n s i o n
vives a h o r a ? R e c u e r d o
que siempre te h e visto y o . . .
V E N U S . A h , s í , e n la isla d e C h i p r e :
te d i r é , c o m o el c a l o r
h a sido este a ñ o t a n f u e r t e . . .
C A L I P S O . Solo fué p o r eso? (Con i n t e n c i ó n . )
VENUS. No.
F u é t a m b i é n p o r q u e esta q u i n t a
la h e d e b i d o á l a a t e n c i ó n
de u n amigo.
CALIPSO. Y" a c o m p r e n d o .
V E N U S . M a r t e m e la r e g a l ó .
CALIPSO. S e g ú n e s o , M a r t e a h o r a
está en buena posición!
V E N U S . L e tocó la l o t e r í a .
CALIPSO. ¿ E S cierto?
VENUS. El p r e m i o m a y o r .
Si v i e r a s c ó m o el dios M a r l e
— 49 -
rae h a q u e r i d o !
CAUPSO. Su p a s i ó n
te d e c l a r a r í a . . .
VENUS. Andando
p o r el O l i m p o los d o s
cierta velada en q u e Júpiter
con u n té nos obsequió,
nos encontramos de frente
á la e n t r a d a d e u n s a l ó n .
Él i b a c o n u n a m i g o
y con una amiga yo.
É l dijo ¡miste q u é diosa!
yo dije ¡miste q u é dios!
y desde aquel m i s m o instante
yo le q u i s e y el m e a m ó .
CALIPSO. ¡Qué s u e r t e h a s t e n i d o , V e n u s !
V E N U S . ¿Y t ú ? c u é n t a m e t u a m o r .
Q u e objeto t i e n e t u viaje?
v a s al Olimpo?
CALIPSO. No.
VENUS. ¿NO?
CALIPSO. V o y á los b a ñ o s d e A l h a m a .
NISEA. E S falso.
CALIPSO. ¿Cómo?
NISEA. Mi voz
l l e g u e á los altos oidos
d e la m a d r e del a m o r .
VENUS. ¿Estas n i ñ a s s o n t u s ninfas? (Á Calipso.)
CALIPSO. Sí t a l .
VENUS. ¡Qué g r a c i o s a s s o n !
TODAS. ¡Graaaaacias!
VENUS, (Á Nisra.) Habla.
NISEA. Mi s e ñ o r a
á decir n o s e a t r e v i ó
el objeto d e s u viaje
p o r q u e l a e m b a r g a el r u b o r . . .
Viajamos...
VENUS. ( S i n hacer caso á N i s e a . )
No t e s o n r r o j e s . (Á Calipso.)
NISEA. Viajamos...
VENUS. Haz c o m o y o . ¡ . (id.)
NISEA. Viajamos...

4
VENUS. Yo t e a s e g u r o . . . (ia.)
NISEA. Diga u s t é , c a r a d e s o l , ( Á V e n u s . )
m e dejará usté acabar?
VENUS. Acabe usted!
CALIPSO . 1
P o r favor!-,.
M i r a , lo m e j o r s e r á
que n o s quedemos las dos
sólitas y asi p o d r e m o s
hablarnos más y mejor.
Mis ninfas e s t á n c a n s a d a s .
"VENUS. C r u z a d a q u e l c o r r e d o r (Á las Ninfas.)
y allí torsiendo á l a m a n o
encontrareis un salón,
e n él h a y c ó m o d o s lechos
q u e VulcanO f a b r i c ó . (Vánse las Ninfas.)

ESCENA IIÍ-.
CALIPSO, VENUS.

VENUS. Ya estamos solas, y a puedes


contarme todas t u s cuitas.
CALIPSO. S o n t a n t a s , q u e si las digo
todas, h a y para ocho días.
VENUS. ¿ T a n d e s g r a c i a d i l l a eres?
CALIPSO. ¡Muchísimo!
VENUS. ¡Pobrecita!
Siempre la culpa tendrá
un hombre.
CALIPSO. No, amiga m i a .
VENUS. Ah, n o es u n h o m b r e ?
CALIPSO. Son d o s .
VENUS. L a cosa n o t r a e m a l i c i a !
CALIPSO. Ulises y u n hijo s u y o
m e t i e n e n ¡ay! c o n f u n d i d a .
VENUS. • Vamos á ver, á q u é a r t u r a
e s t á s c o n e s a familia?
CALIPSO. Ulises m e a b a n d o n ó'.
VENUS. ¡Qué l á s t i m a d e p a l i z a !
y el otro?
CALIPSO. El o t r o se fué
c u a n d o q u e d a r s e debia..
— m —
VENUS. Ojalá no Bailes m a r i d o
en jamás!
CALIPSO. Tú que m e estimas
m e dices eso?
VENUS. Mereces
q u e d a r t e s o l t e r a , hija,
y n o ser feliz c o n n a i d e .
CALIPSO. ¿Por qué?
VENUS. Por esaboria.
•Si -á m í m e h u b i e r a p a s a d o
u n a cosa p a r e c i d a ,
n o digo yo al tal M i s e s ,
q u e d e b e d e s e r u n quídam-,
á un escuadrón de lanceros
le doy la g r a n c a c h e t i n a .
CALIPSO. Hija, t u pasión con M a r t e
t e h a vuelto m u y decidida.
VENUS. Pues no que no!
CALIPÎO. ¿Me h a b r á oido?
VENUS. Q u i é n , Marte? No está e n la q u i n t a .
•Conque s e p a m o s q u é p i e n s a s
hacer y qué determinas.
CALIPSO. T u hijo es la c a u s a d e t o d o
VENUS. ¿El a m o r ? Me lo t e m i a .
CALIPSO. Llámale.
VENUS. En seguida.—Niño!'
¡Niño!
CALIPSO. Mi p e c h o se a g i t a .
V E S US. ¡Niñoooo!"-Ya viene.
•CALIPSO. Veremos
cómo s u conducta explica.

ESCENA IV.
VENUS, CALIPSO, el AMOR.

AMOR. ¡Jí!. ¡jí! ¡jí! ¡jí!


VENUS. ¿Qué te pasa?
AMOR. Q u e m e h a n q u i t a d o la v e n d a » '
y m e h a c e d a ñ o la luz
e n los ojos!
VENUS.. Buena pieza,-.
— №—
y p o r q u é t e l a h a s dej ado
quitar?
AMOR. • Si fué u n a s o r p r e s a !
U n l i b e r t i n o m e dij o
q u e á c i e r t o b a n q u e t e fuera,
y c o m o él fué sin p u d o r ,
según la moda m o d e r n a ,
m e a b r i ó los ojos y v i . . .
V E N U S y C A L I P S O , ¿ Q u é viste?
AMOR. Cosas m u y b u e n a s . .
Me h e d i v e r t i d o c o n ellos.
VENUS. ¡Si eres lo m á s c a l a v e r a ! . . .
AMOR. LOS h o m b r e s son u n o s bobos,
se c r e e n q u e n o h a y q u i e n p u e d a
c o n e l l o s , y si yo q u i e r o
disponer de su existencia
á u n a voz m i a m e siguen
c o m o n i ñ o s á la e s c u e l a .
VENUS. V e n y la v e n d a t e p o n g o .
AMOR. S Í , SÍ, q u e m e h a dado p e n a
d e v e r al m u n d o t a n m a l o ,
tan egoísta y t a n . . .
VENUS. Ea,
n o m u r m u r e m o s del m u n d o ,
c u l t o t e r i n d e y n o cesa
d e i m p l o r a r t u auxilio e n t o d o ,
picarillo!
AMOR. ¡No lo c r e a s !
VENUS. NO sabrás tender t u s redes.
AMOR. E S q u e antes m i única p u e r t a
e r a el c o r a z ó n , y a h o r a
suelo e n t r a r p o r la c a b e z a .
VENUS. T e p o n g o la v e n d a ó n o ?
AMOR. S Í , mamaita!
VENUS. Ven.
AMOR. jDe a
q u e y o t e d i g a . . . asi n o ;
q u e l i b r e u n oj o m e d e j a s ,
y p a r e c e r é u n caballo
d e aquellos q u e se p r e s e n t a n
e n la p l a z a d e los t o r o s .
VENUS. ¡Ay q u é n i ñ o !
— ss —
AMOR. ¿Quién e s esa
que está contigo?
CALIPSO. YIo soy
u n a diosa á q u i e n m i l p r u e b a s
t i e n e s d a d a s d e q u e sabes
h e r i r con tino y firmeza.
AMOR. U n a diosa?
CALIPSO. Sí, u n a d i o s a
á quien ha tiempo atormentas.
VENUS. Calipso»
AMOR. Ya! j é ! j é ! j é !
CALIPSO ¿Te ries?
AMOR. Ya e r e s t ú b u e n a !
VENUS. ¡Niño!
AMOA. T ú h a s venido aquí
por mí voluntad.
CALIPSO. ¿Te empeñas
en atormentarme?
AMOR. Sí,
porque tú quieres, tontuela.
Si m e p a g a r a s m e j o r
m i trabajo, no tuvieras
que quejarte m a s de m í .
CALIPSO. ¿ Q u é e s c u c h o ? S e g ú n t e e x p r e s a s
h a y q u e c o m p r a r al a m o r
para q u e no nos dé guerra?
AMOR. ¡ P u e s es c l a r o ! Hace y a t i e m p o
q u e las g e n t e s n o s e a c u e r d a n
d e m í , s i n o es p o r q u e y o
les s i r v o d e c o n v e n i e n c i a .
CALIPSO. ¡ Q u é l e n g u a j e !
AMOR. E S la v e r d a d ;
t o d o el q u e d e m í se a c u e r d a
es p o r q u e tiene m i l d u r o s
e n el cajón d e la m e s a .
Ya n a d i e a m a d e b a l d e .
CALPSO. N o h a y a m o r p u r o e n la t i e r r a ?
AMOR. Ni p u r o n i d e p a p e l .
CALIPSO; ¡Mientes!
AMOR. Gracias.
CALIPSO. ¡Oh! d i s p e n s a . . .
AMOR. Ha u n año estuve en Madrid...
hice negocio.
CALIPSO. ¿De v e r a s ?
AMOR. Mira, p o r ocho millones
lie c a s a d o á u n a doncella
p u r a , g e n t i l , fresca, h e r m o s a ,
de diez y seis p r i m a v e r a s ,
c o n u n viejo s e t e n t ó n
sin p e s t a ñ a s y sin cejas,
t u e r t o del ojo d e r e c h o
y picado d e v i r u e l a s .
P o r dos m i l l o n e s y m e d i o
hice q u e u n a viuda esbelta,
m o d e l o d e r e c t o juicio
y de rígidas ideas,
enlutada, por supuesto,
de los pies á la c a b e z a , •
h i c i e r a t r a i c i ó n al h o m b r e
q u e m u r i ó p e n s a n d o en ella,
y se c a s a r a c o n o t r o
d e l g a d o c o m o u n a oblea.
P o r unos treinta m i l pesos
hice q u e u n joven poeta,
c a n t o r del a m o r m a s p u r o ,
h i c i e r a el oso á u n a vieja
y le p i d i e r a p e r m i s o
. p a r a c a s a r s e c o n ella.
De estas y o t r a s m u c h a s cosas
la sociedad está llena,
y p a r a u n o q u e m e llama
hay cíenlo q u e m e deprecian:
y asi la vida se p a s a ,
y asi el c o r a z ó n se s e c a ,
y las g e n t e s v a n v i v i e n d o
y el m u n d o v a d a n d o v u e l t a s .
VENUS. Este demonio.de.chico
sabe m a s q u e y o .
CALIPSO. Si e n enas
revelaciones se envuelve
para mí alguna indirecta,
yo t e daré mis tesoros,
m i s j o y a s y mis riquezas
si m e e n t r e g a s á Telémaco.
— m —
AMOR. ¡ESO ya es h a b l a r en r e g l a !
Mamá, me das tu permiso
p a r a q u e en t u n o m b r e p u e d a
d a r o r d e n de q u e á Telémaco-
p r e s o le t r a i g a n ?
CALIPSO. ¿Qué i n t e n t a s ?
AMOR. Presentártelo muy pronto.
CALIPSO, Sabes dónde está?
AMOR. Muy c e r c a .
CALIPSO, ¿Lo sabes? Me h a c e s feliz!
AMOR. ¿Y q u é h a b r á q u e yo no sepa?
VENUS. C o r r e , hijo m i ó , y q u e p r e s o s
esos c a b a l l e r o s v e n g a n .
AMOR. AdiOS, Salero b o n i t o ! ( Á Calipso.)
CALIPSO ¡Vuelve p r o n t o !
AMOR. Hasta la v u e l t a !

ESCENA V.

CALIPSO, VENUS.

VENUS. Y a h o r a tú q u e e s t á s c a n s a d a
r e c o b r a r d e b e s las f u e r z a s .
E n t r a ; m i s g r a c i a s allí
te servirán cuanto quieras
mandarles.
CALIPSO. Gracias. ( E n t r a en la c a s a . )
VENUS. Yo a q u í
á la s o m b r a p l a c e n t e r a ,
p e n s a n d o en M a r t e , y c a n t a n d o
acabaré mi tarea.
(Saca u n a calceta y-se -pone á t r a b a j a r sentada en
un l a d o . )

RIUSICA.

'Ay, v u e l v e d u e ñ o m i ó ,
vuelve y no tardes,
que tengo muchas ganas
de saludarte.
Vuelve por mí
— S G -

q u e yo vivir n o p u e d o
sin v e r t e á t í .

Si m e q u i t a n el v e r t e ,
q u e e s mi a l i m e n t o ,
s u b a n al c a m p a n a r i o ,
toquen á muerto.
V u e l v e p o r mí
q u e yo vivir n o p u e d o
sin v e r t e á t í .

ESCENA VI.

VENUS, ULISES.

Ulises trae a n paraguas encamado debajo del brazo, u n a


cartera de viaje y u n saco de n o c h e .

HABLADO.

ULISES. P o r fin á c u a t r o p a s o s d e m i casa


l l e g u é sin c o n t r a t i e m p o , y b u e n o y s a n o ;
t i e m p o e r a ya d e s a l u d a r m i s l a r e s ,
ya e s t o y r e n d i d o d e c o r r e r en v a n o .
¡Oh! no es u n s u e ñ o , el p u e b l o q u e e s t o y
b a ñ a d o p o r el sol d e g u a l d a y r o s a [viendo
e s I t a c a , mi c u n a ' c a r i ñ o s a !
VENUS. ¿ Q u i é n va? ( R a p i d í s i m o el dialogo h a s t a el final.)
ULISES. P e r d ó n os pido
si d e r o n d ó n c o l a r m e a q u í h e p o d i d o .
VENUS. ¿Venis d e d e m u y lejos?
ULISES. ¡Sí!
VENUS. ¿Sois h o m b r e ?
ó sois dios?
ULISES. Soy u n h é r o e .
VENUS. ¿Vuestro nombre?
ULISES. NÓ lo p u e d o d e c i r .
VENUS. En e s e c a s o
n o m e p u e d o fiar d e v u e s t r o a s p e c t o ,
ULISES. P u e s q u é , señora, acaso
— S7 —

m i c a r a es d e b a n d i d o ?
VENUS. Con efecto,
y a n t e s de q u e os m a r c h é i s . . .
ULISES. (Adelantándose bruscamente.) ¡Ay! SÍ OS d i j e r a .
VENUS. ¡Socorro!
ULISES. ¡No g r i t é i s de esa m a n e r a !
Yo v o y b u s c a n d o u n a m u j e r !
VENUS. ¡Socorro!
ULISES. Hace que busco á m i mujer u n año.
No os v a y á i s , e s c u c h a d !
VENUS. ¿ Q u é es lo q u e i n t e n t a s ?
ULISES. Acercaos á m í , ' q u e no hago daño.
VENUS. Voy á llamar...
ULISES. Queréis comprometerme?
(Si g r i t a m e d e s c u b r e , y va á p e r d e r m e . )
VENUS. ¡ S o c o r r o ! A y , ese g e s t o ,
esos ojos... ¡qué h o r r o r ! ¡Ay! y estoy sola!
( V e n u s se va por la derecha.)
ULISES. ¡ A g u a r d a ! P u e s s e ñ o r r u e d e la b o l a .
(Se oculta precipitadamente por la izquierda.)

ESCENA VIL
VENUS, las NINFAS, d e s p u é s TELÉMACO, MENTOR, el AMOR
y CALIPSO.

música.
CORO. ¿Qué.sucede, qué sucede?
q u é te aqueja q u e así estas?
el color se le h a m u d a d o
y no cesas de t e m b l a r .
VENUS. Aquí u n h o m b r e se h a c o l a d o ,
yo n o sé si es u n m a l s í n , -
p e r o á mí m e se figura
q u e n o viene con b u e n fin.
CORO. Y en d ó n d e está?
d i , ¿dónde está?
VENUS'. S i n d u d a se h a e s c o n d i d o
CORO. Pues vamos á buscar...
— S8 —
Ustedes p o r allí
nosotras p o r acá.
VENUS. ¿Quién será?
CORO. ¿Quién s e r á ?
UNAS. P o r aquí n o está.
OTRAS. P o r aquí n o e s t á .
(Se oye bulla dentro.)
VENUS. Q u é r u m o r es e s e ,
Q u i é n v i e n e hacia aquí?
( AMOR. Querida mamá,
mi encargo cumplí.
a h í está T e l é m a c o .
CORO. ¡Telémaco aquí!
AMOR. Con M e n t o r l e t r a i g o .
CORO. ¡Pareció por fin!
VENUS. H a z q u e se p r e s e n t e n .
AMOR. Venid, venid!
(Se p i e s e n t a n Telémaco y Mentor atados codo con
codo y entre dos serenos.')
CORO. ¡ P r e s o s ! ¡que h o r r o r ! !
CALIPSO. (Saliendo.) ¿ Q u é s u c e d e aquí?
AMOR. A h í t e t r a i g o eso. ; *
GALIPSO. ¡Telémaco!
TELEM. ¡SÍ!

CONCERTANTE.

TELEM. E n las redes de u n engaño


m e pescaron ¡ayde mí!
yo q u e á n a d i e le h a g o d a ñ o
y m e t r a t a n ¡ay! a s í .
Yo i n o c e n t e n o sabia
d e esta diosa t a m a l d a d ;
qué disgusto-pasaría
si m e v i e r a m i mamá'!
MENTOR. Este niño condenado
va á m a t a r m e ¡pesiamí!
los b e r r i n c h e s q u e m e h a d a d o
n o s e p u e d e n ¡ay! s u f r i r .
Yo las t r e t a s conocía
d e esta diosa c o n t u m a z ,
— 59 —

c u a l q u i e r cosa m e t e m í a
y nos van á fastidiar.
CALIPSO. Mis deseos h e l o g r a d o ,
ya le t e n g o j u n t o á m í ;
m u c h a s p e n a s m e ha costado
c o n d u c i r l o s ¡ay! a q u í .
Si su a r d i e n t e f a n t a s í a
rinde.parias á mi alan,
mi contento, mi alegría
nuevamente nacerán.
VETOS. SUS d e s e o s h a l o g r a d o ,
ya le t i e n e j u n t o á s í ,
e s t a s cosas con m i a m a d o
n o m e p a s a n ¡ay! á m í .
Si s u a r d i e n t e f a n t a s í a
r i n d e parias á su afán,
el c o n t e n t o , la a l e g r í a
e n rtfi casa r e i n a r á n .
AMOR. El n e g o c i o se h a a r r e g l a d o ,
l i n d a m e n t e los c o g í , '
soy el m o z o m a s t e m p l a d o
q u e h a c e p e s c a s ¡ a y f aquf.
Mi t a l e n t o , m i osadía
n o se p u e d e n m e j o r a r ,
tengo mucha picardía,
c o m o dice m i m a m á .
GORO. L o s - e o g i e r o n , los p e s c a r o n ,
ya no pueden resistir,
infelices! se q u e d a r o n
p r i s i o n e r o s ¡ay! a q u í .
Quién p e n s a r a , q u i é n diria
que se hubieran de e n c o n t r a r ;
n o hay r e m e d i o , no hay tu tia,
ya-no h a y m o d o de e s c a p a r ! 1

1 Este concertante debo cantarse exageradamente, paro-


d i a n d o los de las óperas serias. Mentor y Telémaco deben ac-
cionar a t a d o s y llevándose uno á otro á cada nota -fuerte. En
cada nota l a r g a del c o r o , debe este a d e l a n t a r s e alzando m u c h o
los brazos .y gesticulandp p a r a q u e el conjunto ..sea cómico.
— 60 —

HABLADO.

VENUS. Vuestra resistencia es vana:


de aquí n o habéis de salir.
MENTOR. ¡ Q u i e t o ! (En voz baja á Teiémaco.)
VENUS. ¡NO hay que resistir!
Llegad.
MENTOR. ' N o n o s d a la g a n a .
VENUS. ¡Miserable!
( A b a l a n z á n d o s e á ellos. La detienen. Ccnmocion
general.)
TELEM. Perdonad...
MENTOR. (¡Calla!)
. VENUS. V e n i r os m a n d a m o s .
TELEM. (¡Cuidado, Mentor, n o h a g a m o s
alguna barbaridad!)
MENTOR. Diosa, n o t e m a s q u e i n t e n t e
inferirte algún agravio,
deja q u e diga m i labio
lo q u e d i s c u r r e m í m e n t e .
Qué razones puede haber
p a r a t r a t a r n o s así?
porque nos traen aquí...
si es q u e se p u e d e s a b e r ?
Qué! se t r a t a s i n r a z ó n
como á u n par delincuentes
á dos personas decentes
y d e b u e n a posición?
S e n t a d o s en las r i b e r a s
del m a r , e n la v e r d e a l f o m b r a ,
e s t á b a m o s á la s o m b r a
comiendo u n a s frioleras,
cuando de pronto, señores...
TELEM. ¡Que así s e n o s a v a s a l l e !
MENTOR. L e h e d i c h o á u s t é q u e se calle
siempre que hablen sus mayores.
Obrar sin razón fundada
de u n a m a n e r a capciosa
es c o n d u c t a artificiosa
p o r la c i e n c i a r e c h a z a d a .
El s e r t r i u n f a del n o s e r ,
- 61 —
y h a y u n m u n d o subjetivo
q u e j u z g a al m u n d o objetivo
p o r l a c u a l i d a d del s e r .
Es así q u e existe u n m i t o
c u y a existencia es la m u e r t e ,
l u e g o al j u z g a r d e esta s u e r t e
l l e g a m o s al infinito.
Infinito e n q u e el s e r y a c e
sin antelación n i n g u n a ;
s e ñ o r e s , el a l m a es u n a
y el y o e s el a l m a q u e n a c e . y

L a m a t e r i a q u e vivió <
m u e r e , y da lugar á u n ente, )
que antropológicamente i
l l a m a m o s el y o , y n o - y o . /
La persistente unidad {
de ideas y s e n s a c i o n e s ¡
p r o d u c e las impresiones ¡
del n o s e r c o n l a verdad,.'' 1
y en t a l síntesis e t e r n a =
se m u e v e el e n t e s e n s i b l e
e n la a t m ó s f e r a invisible
de l a p e r c e p c i ó n i n t e r n a . \
L u e g o el h a c e r n o s v e n i r
a t a d o s codo c o n c o d o ,
es... atropellar por todo:
no tengo m á s que decir.
VENUS. Y tanta palabra vana
pa quejarte, criatura? v
MENTOR. E s t a c i e n c i a es l a f u t u r a
filosofía a l e m a n a .
VENUS. Deja t u s ciencias a h o r a
y procura reportarte.
Calipso, v o y á d e j a r t e
con él.
TELEM. ( Á caí ipso. ) ¡ A h ! sois v o s , s e ñ o r a ?
CALIPSO. Y O , q u e e n alas del a m o r
vine á buscarte hasta aquí.
VENUS. P o r q u é la t r a t a s a s í ,
di, g r a n d í s i m o t r a i d o r ?
Pérfido, m a l caballero,
v e r e m o s , si n o l a e s p o s a s . . .
— 62 —
M E N T O R . ( L a m a s p u l c r a d e estas d i o s a s
p a r e c e un c a b o p r i m e r o . )
V E N U S . N O finjas e n t u s e m b l a n t e
q u e d e p l o r a s t u s deslices.
T E L E M . C u i d a d o c o n lo q u e d i c e s ,
m i r a q u e hay gente delante.
VENUS. E S c i e r t o , yo m e olvidéS..
¡ R e t i r a o s ! (AI coro.)
NINFAS. Pobrecito!
TELEM. Ay!
A M A R I L I S , ( Á To.iémaco.) P a c i e n c i a , s e ñ o r i l o .
C I N A R I S . ( i d . ) Si o c u r r e a l g o , l l a m e u s t é .
T E L E M . (Me v a n e n t r a n d o s u d o r e s ;
qué q u e r r á n hacer conmigo?)
•Mentor!'
V E N U S , ( Á Menior.) S í g a m e u s t é , a m i g o .
Callandito! A b u r , señores.
MENTOR. Y O . . .
VENUS. Silencio! t ú , rapaz (Al Amor.)
queda!
M E N T O R , ( Á V e n u s sig-uién d o i a . ) A t u g u s t o m e c i ñ o
(Á Caiipso.) C o m o m e e n g a ñ e s al n i ñ o
t e cito a n t e el j u e z d e p a z .

ESCENA VIII.
CALIPSO, TELÉMACO, el AMOR.

El Amor, durante esta escena debe estar--ea el fondo-dispa-


r a n d o garbanzos con u n a escopeta de niño á Calipso y á Te-
lémaco.

CALIPSO. N O es v e r d a d , á n g e l d e a m o r ,
q u e e n esta a p a r t a d a orilla
s e n t a d i t o e n esta silla
p o d r á s o i r m e mejor?
no es v e r d a d q u e mi d o l o r
c o n s o l a r á s cariñoso?
(Mentor asoma por-la p u e r t a y escucho.)'
Tu corazón bondadoso
c a l m e mi p e n a a n g u s t i o s a .
TELEMV H a b l a m a s b a j i t o , diosa.
— 65 —

MENTOR. ¡Qué m o d o d e h a c e r el oso!

CALIPSO. N O es v e r d a d q u e e n a q u e l dia
en q u e d e m i g r u t a h u í s t e
mis miradas comprendiste
y m i a r d i e n t e fantasía?
Si E u c a r i s te c o n m o v í a
yo b i e n c o m p r e n d í al m i r a r t e
que pensabas dedicarte
solo á m i a m o r .
TELEM. ESO S Í ,
y en p r u e b a de ello, m e fui
c o n la m ú s i c a á o t r a p a r t e .
(Teiémaco se va q u e d a n d o d o r m i d o . )

CALIPSO. N O d e s d e ñ e s m i aflicción
ni mis amantes promesas,
j ú r a m e q u e m e profesas
p u r a y sincera pasión;
dime que tu corazón
n o fué c o n m i g o falaz,
a s o m e el a l m a á t u faz,
c o n u n si m i afán m i t i g o .
TELEM. ( Y es q u e si n o se lo d i g o
n o m e va á dejar e n p a z . )

CALIPSO. ¿Me q u i e r e s ?
TELEM. C r e o q u e sí.
CALIPSO. ¡Oh... Teiémaco!
TELEM. Ten calma.
CALIPSO. T u y a es p o r s i e m p r e m i a l m a .
TELEM. T e lo a g r a d e z c o .
CALIPSO. Ay de m í !
Todo u n m u n d o t e n g o a q u í
de p a s i ó n p u r a y a r d i e n t e .
¿Me q u e r r á s e t e r n a m e n t e ?
TELEM. ¡Eternamente!
CALIPSO. ¡Qué e s c u c h o !
De v e r a s m e q u i e r e s m u c h o ?
TELEM. ¡Hasta la p a r e d d e e n f r e n t e !

CALIPSO. Cuan feliz m e estás h a c i e n d o !


— 64 —
M E N T O R . Me lo e s t á v o l v i e n d o loco!
T E L E M . ¿Me q u i e r e s d e j a r u n poco?
CALIPSO. Q u i e r e s d e s c a n s a r . . . c o m p r e n d o .
. Avísame en concluyendo.
T E L E M . P o r s u p u e s t o . . . c l a r o está!
CALIPSO. A d i ó s , a m o r m i ó .
TELEM. ¡Aaall! (Bostezando.'
C A L I P S O . R i n d i ó p o r fin s u a l b e d r i o .
Hasta m u y p r o n t o , a m o r m i ó .
TELEM. Espresiones á m a m á .
(Se r e l i r a volviéndose á m i r a r l e . )

ESCENA XI.
TELÉMACO, M E N T O R , en la p u e r t a , el AMOR.

MENTOR. ¡ C M s t ! C h i s l ! (Baja y le d e s p i e r t a . )
TELEM. Quién llama!
MENTOR. Muchacho.
TELEM. ¡Hola!
MENTOR. ¡Calla! V e n u s d u e r m e ,
yo v i g i l a r é s u s u e ñ o ,
m i r a si e s c a p a r t e p u e d e s .
AMOR. Estos no c u e n t a n c o n m i g o .
TELEM. ¿ E s c a p a r dijiste?
MENTOR. Vete,
y e s p é r a m e en c u a l q u i e r p a r t e .
TELEM. ¿Dónde q u i e r e s q u e t e e s p e r e ?
AMOR. (Oigamos.)
MENTOR. E n la e s t a c i ó n
del f e r r o - c a r r i l .
TELEM. ¿Y c r e e s
que podré escapar?
MENTOR. Inténtalo,
majadero!
TELEM. Si p u d i e s e . . .
( M e n t o r se o c u l t a . )
Dioses, c ó m o m e t r a t á i s !
AMOR. Q u é le p a s a á n u e s t r o h u é s p e d
q u e así s u s p i r a y s e q u e j a
y d e t a n t o m a l se duele?
TELEM. (¡El A m o r ! d e b u e n a g a n a
— tío* —
le p e g a r í a u n c a c h e t e . )
P o r tí m e p a s a n á m í
estas cosas!
AMOR. L O de siempre;
todos me cargan l a s culpas
c u a n d o ellos solos la t i e n e n .
E a , a b u r : ¡ q u e n o t e vayas!
será inútil, y exponerte
p u e d e s á q u e mi m a m á
si t e c o g e , te d e s u e l l e .
TELEM. (¡Cascaras!) A d o n d e vas?
AMOR. Á v e r si Calipso t i e n e
la b o n d a d d e d a r m e a q u e l l o s
cuartitos que por traerte
me prometió.
TELEM. ¡Qué! T ú cobras?...
(¡Oh q u é idea!) P u e s n o e s p e r e s
q u e Calipso t e d é u n c u a r t o .
AMOR." ¿Por q u é ?
TELEM. P o r q u e n o los t i e n e .
AMOR. Me h a e n g a ñ a d o ?
TELEM. Te ha engañado.
P u e s t ú no sabes q u e quiere
s e r m i esposa p o r q u e así
podrá mejor mantenerse?
AMOR. P e r o y s u s tesoros?
TELEM. Uf!
los p e r d i ó t o d o s .
AMOR. ¿No m i e n t e s ?
TELEM. N O ; prestaba á real por d u r o ,
y e n Madrid allí es c o r r i e n t e
no p a g a r , p o r c o n s e c u e n c i a
hizo q u i e b r a h a c e dos m e s e s .
AMOR. ¡Ah! infame! y yo q u e e s p e r a b a
c o m p r a r h o y u n o s j u g u e t e s ! (Lio'™ )
TELEM. Y O te d a r é ese d i n e r o
si u n favor q u i e r e s h a c e r m e .
AMOR. En seguida.
TELEM. (Pobre chico!
eso es lo b u e n o q u e t i e n e ,
candido como ninguno.)
T ú diz q u e todo lo p u e d e s ;
— 66 —
¿ p u e d e s ir en u n i n s t a n t e
á la isla d o n d e s u e l e
r e s i d i r s i e m p r e Calipso?
AMOR. Sí p u e d o !
TELEM. Y puedes traerme
á u n a ninfa q u e encerrada-
en un s u b t e r r á n e o tiene?
AMOR. ¡Sí!
TSLEM. Pues corre!
AMOR. Y e n g a el t r i g o . .
TELEM. Voy al p u n t o á c o m p l a c e r l e .
¡Mentor!
(.Sale Mentor á la p u e r t a . ) '
¿Tienes ahí dos d u r o s ?
MENTOR. No tengo m a s q u e u n billete.
TELEM. D á m e l o . ( M e n t o r se lo da y vuelve á ocultarse.
Dándoselo al A m a r . )
Toma, hermosísimo!
¡Vuela!
AMOR. ¡Corriendo! (váse.)
TELEM. Q u i é n viene?
U n e m b o z a d o ? Me e m b o z o . ?
V a m o s á-ver q u é m e q u i e r e .

ESCENA. X.
ULISES, TELEMACO.

ULISES. ( Y a q u e tro se m e r e c i b e ,
t r a t a r é d e h u i r el b u l t o .
TELEM. (Trae el-rostro medio oculto;
le voy á e c h a r el q u i é n vive.)'.
ULISES. (¡Si u n a salida e n c o n t r a r a ! )
TELEM. (¡Si yo la c a r a le v i e r a ! )
ULISES. ( P o r q u é DO- dije q u i é n e r a ! )
TELEM. (¿Por q u é se tapa la c a r a ? )
,Ó h e d e m a l a r ó m o r i r
ó q u i e n sois h e d e s a b e r !
ULISES. P u e s si p o r eso ha d é s e r ,
m u c h o tenéis que vivir.
TELEM. Q u i é n sois?
ULISES. Un h o m b r e !
— 67 —

TELE.M. L O veo.
ULISES. Desciendo d e i l u s t r e r a z a .
TELEM. S i n e m b a r g o , p o r la t r a z a ,
p a r e c é i s b a s t a n t e feo.
ULISES. Pesares m e traen aquí
que no pueden revelarse.
Sufro m u c h o !
TELEM. ¡Fastidiarse!
lo m i s m o m e p a s a á m í .
ULISES. Vengo aquí por mi fortuna.
TELEM. Y O vengo de luengas tierras.
ULISES. Yo h e l u c h a d o e n t r e i n t a g u e r r a s !
TELEM. YO he luchado en treinta y una!
ULISES. ¡ G r a n d e s trabajos sufrí!
TELEM. ¡ Y O con la s u e r t e l u c h é !
ULISES. ¡YO e n d o s m e s e s n o fumé!
TELEM. ¡YO e n o t r o s dos n o c o m í !
ULISES. Noble soy!
TELEM. ¿Hijo d e qíiién?
ULISES. ¡De m i p a d r e !
TELEM. ¡ Y O lo m i s m o !
ULISES. ¡Yo profeso el h e r o í s m o !
TELEM, ¡Yosoy griego!
Ul.ISES. ¡YO- t a m b i é n ! ( P a a s a l a r g a . )
ULISES. (Llorando.) B u s c a n d o ' v o y s i n cesar
á m i hijo y á m i m a d r e .
TELEM. ( i d . ) yo v o y b u s c a n d o á m i p a d r e
y n o lo p u e d o encontrar!--
ULISES. U n hijo t e n i a yo
y n o sé lo q u e le p a s a ! -
TELEM. Mi p a d r e salió de-casa;*
dijo ¡vuelvo! y n o volvió!
ULISES. J o v e n es el hijo m i ó ! (Rapidez hasta -el final.)
TELEM. ¡Viejo m i p a d r e y p r u d e n t e ' !
ULISES. Mi p e r d i d o d e s c e n d i e n t e
tiene corazón y brio!
TELEM. ¡Sois d e I t a c a !
ULISES. ¡De a l l í s o y !
TELEM. ¡Allí vi la l u z del d i a !
ULISES. ¡Decid m a s , p o r vida m í a !
TELEM. ¡Hablad v o s ó - á - a h o g a r m e voy f
Vuestra cara!
ULISES. ' V e d l a y a ! (se descubro.)
TELEM. ¡Ved la m i a ! (id.)
ULISES. ¡Es m i r e t r a t o !
TELEM. Me c o n o c e s ?
ULISES. Ya hace rato!
Hijo del a l m a !
TELEM. ¡ P a p á ! ! ! (se a b r a z » n . )
Deja q u e avise á la g e n t e .
¡ ¡ A c u d a n lodos a c á ! !
¡Vengan á ver á m i p a d r e !
( T i r a n d o d e u n a cuerda q u e h a y en la p u e r t a de la casa y q u e
hace señar un esquilón.

ESCENA XI.
m e n o s , MENTOR, CALIPSO, V E N U S , las NINFAS, GRACIAS,
AMORES, CORO.

VENUS. ¡Qué es e s t o !
TELEM. V e n i d , llegad.
M e n t o r , ya pareció aquello!
MENTOR. Ulises!
Tonos. ¡Ulises!!
CALIPSO. . ' (¡Ah!)
ULISES. Muy buenas tardes, Señores. (Gon m u c h a t r a n -
quilidad.)
VENUS. Con que era usted? Já! já! já!
y yo m e a s u s t é d e v e r l e . . .
ULISES. Si n o m e dejó u s t é h a b l a r !
TELEM. A n t e todo p a p a i t o ,
ya q u e t e l o g r o ' e n c o n t r a r
c u a n d o m e n o s lo p e n s a b a
y cuando la gravedad
d e m i s i t u a c i ó n es m u c h a ,
te quisiera consultar...
E s t a diosa m e p e r s i g u e .
ULISES. ¡Calipso!
CALIPSO. ¡Ay!
TELEM. Voto asan!...
la conocías?
CALIPSO. (Los dioses
me valgan.)
— 69 —
M E N T O R , ( Á Calipso.) V e n g a u s t é a c á , ,
h a l l e g a d o la ocasión
de descubrir la verdad.
L e h a c e el a m o r á t u hijo. (Á uiises.)
ULSES. ¿Cómo?
MENTOR, (Á Telémaco. ) E n g a ñ ó á t u papá!
VENUS. ( ¡ T e dije q u e n o sabias
el a s u n t o m a n e j a r ! )
CALIPSO. Mi s u e r t e e s t á d e c i d i d a ,
ya q u e por bien ó por m a l
n o p u e d o s e r n i del p a d r e
ni del h i j o , h a r é . . .
TELEM. Qué harás?
CALIPSO. Dar m i m a n o y m i a l m a toda
al a m i g o m a s leal!
al q u e s i n u s a r r o d e o s
s i e m p r e m e h a b l ó con v e r d a d . . .
(Transición.) Me v o y á c a s a r c o n t i g o .
(Á Mentor.)
TODOS. ¿En?
MENTOR. Te quisiera probar
q u e t u elección es m u y b u e n a ,
p e r o ¡ay! q u é fatalidad!
hay un gran inconveniente.
CALIPSO. ¿Qué dices?
VENUS. Sepamos cual.
MENTOR. Y O n o s o y lo q u e p a r e z c o ,
y no me puedo casar:
h a y e n t r e Calipso y yo
incompatibilidad.
T E L E M . Mentor, t ú has comido fuerte.
VENUS. S i l e n c i o , dejadle h a b l a r !
MENTOR. P o r g u i a r á este m a n c e b o
m i e n t r a s llegaba s u alan
á conseguir, que estribaba
en h a l l a r á s u p a p á ,
u n disfraz t o m é , y es h o r a
de a r r a n c a r m e este disfraz.
Yo s o y la diosa M i n e r v a ! !
(Se alza en un pedestal, transf-jimandóse en diosa.)
TODOS. . ¡Ahü!
CALIPSO. ¿Qué e s c u c h o ?
MENTOR. La verdad.
CALIPSO. ¡Me h e q u e d a d o s i n n i n g u n o !
ULISES. G r a c i a s , diosa s i n i g u a l .
TELEM. (¡Y n o h a b e r l o yo s a b i d o ! )
ULISES. ¿Con q u é t e p o d r é p a g a r ?
MENTOR. Con a c c e d e r á u n deseo
q u e p u e d e s e r v i r al p a r
d e c a s t i g o á la c o q u e t a ,
y d e p l a c e r al r a p a z .
E n alas del a m o r v i e n e
E u c a r i s á este l u g a r .
TELEM. Eucaris!
CALIPSO y LAS NINFAS. ¡ E u c a r i s !

ESCENA ULTIMA.
DICHOS, EUCARIS, el AMOS.

EUCARIS. ¡Yo!
( Y e n d o á abrazar n ^Telémnco.)
TELEM. G r a c i a s , m u c h a c h o ! (AI A m o r . )
AMOR. ¡Mandar!
M E N T O R . U l i s e s , j u n t a las m a n o s
de esos j ó v e n e s .
ULISES. Ya e s t á n .
MENTOR. C e l e b r e m o s esta b o d a
c o n aplauso g e n e r a l ,
y en seguida, Ulises, vuelve
á I t a c a , q u e allí t e n d r á s
esperándote á Peuélope
y n o debe de esperar.
EUCARIS. ¡Amor mió!
TELEM. Soy d i c h o s o
con poseerte!
EUCARIS. Yo m á s !
MENTOR. ¡ P r e s i d a el a m o r la fiesta!
AMOR. ¡ T e n g a m o s la fiesta e n p a z !
MUSICA.

(La o r q u e s t a acompaña piatlisimo las palabras de


M e n t o r : el Amor en medio de la escena toca el vio—
lin. Todas la personas q u e h a y en escena están
arrodilladas.)
MENTOR. (Hablado.) Benéficos los d i o s e s
tras tantas amarguras
os c o l m a n d e v e n t u r a s
y dicha sin igual.
Arrullan vuestro enlace
los t i e r n o s r u i s e ñ o r e s ,
s u a r o m a os d a n las flores,
s u fresca b r i s a e l m a r .
TODOS. ¡Rataplán!!
MENTOR Vivid e n p a z y e n c a l m a ,
g a s t a d poco d i n e r o ,
p a g a d b i e n al c a s e r o ,
h a c e d v i d a feliz,
cumplid de vestro estado
los m i s t e r i o s o s fines,
j u n t a d los c h i q u i t i n e s
e n n ú m e r o s i n fin.
TODOS. ¡Catachin!
MENTOR Unid v u e s t r o s d o s s e r e s
en conyugal abrazo,
sellad c o n e s t e lazo
vuestro futuro a m o r .
¡Rotopló!
MENTOR. Saluden vuestro enlace
los q u e os e s t á n m i r a n d o :
m i b e n d i c i ó n os m a n d o !
He d i c h o .
TODOS. ( L e v a n t á n d o s e y al público.) Se a c a b ó ! ! !
(Cantando y b a i l a n d o . )
C a n t e m o s á los c ó n y u g e s ,
bailemos polkas intimas!
armemos u n escándalo!
Rataplán, catachin, rotoplon!

FIN.
Examinado este pasaje no hallo inconve-
niente en que su representación se autorice con
las supresiones hechas.
Madrid 17 de Setiembre de 1866.

El C e n s o r d e T e a t r o s .
NARCISO S . SERRA.

Quedan hechas las supresiones exigidas por


et censor.

EL AUTOR.
POST SCRIPTUM.

Mucho tiempo hacia que mi íntimo amigo F r a n -


cisco A r d e r i u s y y o , p e n s á b a m o s e n la n e c e s i d a d q u e
se s e n t í a en M a d r i d de u n t e a t r o d e d i c a d o e x c l u s i -
v a m e n t e á la c a r i c a t u r a . Hoy la idea está r e a l i z a d a y
el éxito h a s u p e r a d o n u e s t r o s deseos m e r c e d á la
b u e n a acogida del i l u s t r a d o p ú b l i c o de M a d r i d , q u e
al a c e p t a r el g é n e r o tal c o m o se le h a ofrecido y al
c o m p r e n d e r l o tal c o m o e s , h a a n i m a d o c o n s u c o n s -
t a n t e y decidido apoyo á la e m p r e s a y á los a u t o r e s
d r a m á t i c o s , p a r a q u e u n a y otros le ofrezean en lo
sucesivo o b r a s del g é n e r o c ó m i c o e x a g e r a d o , s i n m a s
p r e t e n s i o n e s q u e la d e d i v e r t i r al e s p e c t a d o r .
C u a n d o A r d e r i u s m e i n d i c ó q u e h a b í a t o m a d o el
t e a t r i t o d e V a r i e d a d e s , q u e p e n s a b a t i t u l a r l e d e Los
Bufos Madrileños, y q u e d e s e a b a q u e yo le e s c r i b i e r a
la p r i m e r a o b r a , e m p r e n d í la t a r e a c o n g r a n d e t e -
m o r , p o r q u e la i n i c i a t i v a m e p a r e c í a e x p u e s t a . T o d o
d e p e n d í a de la a c t i t u d q u e t o m a r a el público a n t e la
n o v e d a d del e s p e c t á c u l o . El p ú b l i c o n o h a p o d i d o s e r
m a s a m a b l e y seria u n a i n g r a t i t u d de mí p a r t e no
d a r l e u n m i l l ó n de g r a c i a s , al m i s m o t i e m p o q u e al
e m p r e s a r i o , á m i q u e r i d o c o m p a ñ e r o el m a e s t r o R o -
gé!, y á los d i s t i n g u i d o s a r t i s t a s q u e h a n ejecutado m i
pobre obra.

E. B .
OBRAS D E EUSEBIO BLASCO.

L A ANTIGUA ESPAÑOLA. . . . . Comedia en c u a t r o actos.


L A MUJER DE ULISES J u g u e t e cómico en un acto.
L A TERTULIA l}E CONFIANZA. Comedia en tres actos.
E L JOVEN TELÉMACO. . . . . . . . (Repertorio de los Bufos
madrileños.)

LOS CURAS EN CAMISA „


ARPEGIOS (Colección de p o e s í a s . )
CUENTOS A L E G R E S . . . .... (Enjprensa.)

D i c h a s o b r a s se h a l l a n d e v e n t a en las principales
l i b r e r í a s d e Madrid y p r o v i n c i a s .
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