Alvaro Salvador Jofre El Impuro Amor de Las Ciudad

Descargar como pdf o txt
Descargar como pdf o txt
Está en la página 1de 3

24fi RESEÑAS NRFH, L U I

ALVARO SALVADOR JOFRE, El impuro amor de las ciudades. (Notas acerca de


la literatura modernista y el espacio urbano). Casa de las A m é r i c a s , L a
H a b a n a , 2002; 276 p p .

El tema de la ciudad en la literatura hispanoamericana p u e d e ras-


trearse desde finales del siglo xix: las capitales hispanoamericanas
m á s i m p o r t a n t e s sufrieron, apuradas p o r la m o d e r n i d a d , u n a trans-
f o r m a c i ó n b r u t a l al t i e m p o que el m o d e r n i s m o se c o n v e r t í a en
c o r r i e n t e artística d o m i n a n t e y novedosa. M á s allá, esa r e v o l u c i ó n es-
pacial en H i s p a n o a m é r i c a d e t e r m i n ó , de hecho, la c o n f i g u r a c i ó n
estética d e l m o d e r n i s m o . G u i a d o p o r esta h i p ó t e s i s , el autor desme-
nuza ese e n c u e n t r o (personificado p o r el artista y la c i u d a d ) en cada
u n a de las ciudades que elige p o r m e d i o de la o b r a de autores esen-
ciales al m o d e r n i s m o : R u b é n D a r í o y Santiago de Chile y París (en el
cap. 1: " R u b é n D a r í o y la c i u d a d ideal m o d e r n i s t a " , p p . 25-52); E n r i -
que G ó m e z C a r r i l l o y L u c i o V L ó p e z y Buenos Aires (cap 2" "Dague-
r r o t i p o s de Buenos Arres" p p 53 80) -Tosé A s u n c i ó n Silva y B o g o t á
(cap 3- " E x t e r i o r / i n t e r i o r el espacio u r b a n o en la o b r a de J o s é
A s u n c i ó n Silva", p p . 81-104); M a n u e l G u t i é r r e z N á j e r a y la c i u d a d de
M é x i c o (cap. 4: "Entre la lluvia
y
el h u m o : la i n v e n c i ó n de la c i u d a d
c o s m o p o l i t a " o o 105-136) para t e r m i n a r c o n Julián del Casal v L a
H a b a n a (cap.' 5 : ' J u l i á n del Casal y la electricidad", p p . 137-172) . D i -
vide el texto c o m o se ve en cinco c a p í t u l o s m á s u n a I n t r o d u c c i ó n
("La l i t e r a t u r a m o d e r n i s t a y el espacio u r b a n o " p p 11-24) y u n
A p é n d i c e c o n textos de R u b é n D a r í o , J u l i á n d e l Casáis, E n r i q u e G ó -
mez C a r r i l l o v M a n u e l G u t i é r r e z N á i e r a í n o 1 73-245V textos nue de
acuerdo c o n el autor, están relacionados c o n el t e m a y son de locali¬
z a c i ó n compleja, p o r las escasas ediciones a la m a n o .
A pesar de que, c o m o s e ñ a l a Salvador en su I n t r o d u c c i ó n , el i n -
dividualismo m o d e r n i s t a - a r r o g a n t e y e x a c e r b a d o - se ha estudiado
suficientemente - l o m i s m o que la t r a n s f o r m a c i ó n de las ciudades y
las consecuencias culturales y sociales que este cambio p r o v o c ó - , su
i n t e n c i ó n en este l i b r o es m á s b i e n acercarse a los textos y, desde
ellos, descubrir de q u é m o d o y p o r q u é p r o c e d i m i e n t o s se manifiesta
"la t e n s i ó n entre el proceso de m o d e r n i z a c i ó n que las ciudades ar-
ticulan como u n « m o d o de ser», y el m o d o de ser individualista y
«pastoral» que desde una c o n v i c c i ó n resacralizadora defienden los
escritores modernistas" (p. 15). Detectar las contradicciones en fin,
o, p o r lo menos, las m á s evidentes que la estética modernista p r o p o n e :
1
De cuyo poema, "En el campo", el autor extrae la frase que da título a su libro:
"Tengo el impuro amor de las ciudades / v a este sol que ilumina las edades / prefie-
ro yo'del gas las claridades. / A mis sentidos lánguidos arroba, / más que el olor de
un bosque de caoba / el ambiente enfermizo de una alcoba. / Muchos más que las
selvas tropicales, / plácenme los sombríos arrabales / que encierran las vetustas
capitales...".
NRFH, L U I RESEÑAS 247

paseo/recogimiento, exterior/interior, público/privado, ciudad/


campo, pastoral/contrapastoral, p e r i o d i s m o / l i t e r a t u r a , c r ó n i c a / p o e -
sía, t r a d i c i ó n / m o d e r n i d a d , de la m a n o de textos de G e o r g S i m m e l
("Las grandes ciudades y la vida intelectual") y Marshall B e r m a n n
(Todo lo sólido se desvanece en el aire). Hay, desde luego, trabajos indis-
pensables dedicados al tema (recordemos, sobre t o d o , el de Walter
B e n j a m i n sobre Charles B a u d e l a i r e ) , p e r o , c o m o sostiene Salvador,
m u y pocos se h a n d e t e n i d o a hacerlo d e l espacio u r b a n o h i s p á n i c o y
de algunos "aspectos relativos al imaginario u r b a n o " que el autor quie-
re recuperar en su análisis (p. 2 6 ) 2 . De a q u í la p e r t i n e n c i a del l i b r o .
N o cabe d u d a de que D a r í o ocupa u n lugar central en el moder-
n i s m o h i s p a n o a m e r i c a n o , y p o r ello el crítico le dedica u n c a p í t u l o y
muchas referencias a q u í y allá. C o n D a r í o t o m a f o r m a el c o n c e p t o
de la c i u d a d ideal m o d e r n i s t a , y con él Salvador ilustra este encuen-
t r o d e f i n i t i v o : nacido D a r í o en u n m u y p e q u e ñ o pueblo, se enfrenta
tarde en su vida a la c i u d a d (Santiago de C h i l e ) , d e s l u m h r a d o a
pesar de conocer de su existencia en los libros; con este bagaje cons-
truirá, t a m b i é n , u n a idea de París que, p a r a d ó j i c a m e n t e al conocer-
l o , p r o v o c a r á u n a t e r r i b l e d e c e p c i ó n en el poeta. C o n J o s é A s u n c i ó n
Silva, p o r otra parte, nuestro autor consigue manifestar b i e n la ten-
sión que quiere ilustrar entre "la « i n t e n s i f i c a c i ó n de la vida de los
n e r v i o s » y la nostalgia de u n universo estético idealizado e inalcanza-
b l e " (p 103) t e n s i ó n provocada en el personaje p r o t a r ó n i c o de su
novela (De sobremesa), p o r la experiencia d e l París real enfrentada a la
de u n París ideal- p o r el a m o r provocado p o r el ú l t i m o v el o d i o i n d u -
cido p o r el p r i m e r o .
De acuerdo c o n Salvador, n o es sino c o n G u t i é r r e z N á j e r a que se
logra, de a l g ú n m o d o , la síntesis de los contrarios modernistas: exte-
r i o r / i n t e r i o r (recordemos que con él, el París ideal no sufre el cho-
que violento c o n la r e a l i d a d ) . El m e x i c a n o representa, a d e m á s , la
i m a g e n d e l poeta-cronista que vive ambas caras de la m o n e d a - t r a d i -
c i ó n y m o d e r n i d a d - ; en su o b r a se verifica, a u n t i e m p o , el rechazo
de la m o d e r n i d a d y el canto a sus recursos. Para el crítico, G u t i é r r e z
N á j e r a encarna u n ideal de e q u i l i b r i o casi ú n i c o en el m o d e r n i s m o
h i s p a n o a m e r i c a n o . D e l Casal, p o r su parte - p o e t a m i r ó n p o r exce-
l e n c i a - , está deseoso de "transformar en p r o d u c t o s de la imagina-
c i ó n visionaria y creadora t o d o aquello que [ha] visto y vivido en sus
« s u e ñ o s » " (p. 171) y, c o m o a p u n t a Salvador, simboliza c o m o n i n g ú n
o t r o a su pesar la c o n t r a d i c c i ó n m o d e r n i s t a esencial- m u e r e de
m o d e r n i d a d —es decir, de tuberculosis, la p r i m e r a e n f e r m e d a d
i n d u s t r i a l s e g ú n Susan Sontag-, de la misma que se d o l i ó en su litera-
tura. Por m e d i o d e l análisis de los textos de estos autores, y la recons-

'¿ Jofre subraya, en particular, los de José Luis Romero, Ángel Rama, Rafael
Gutiérrez Girardot y Dionisio Cañas.
248 RESEÑAS NRFH, L U I

t r u c c i ó n d e l espacio u r b a n o que g o b e r n ó en sus imaginarios, el críti¬


co l o g r a e x p o n e r la t e n s i ó n creada p o r las contradicciones fundacio-
nales del m o d e r n i s m o que cité antes, y en cuya base está, c o m o se ve,
u n c o n f l i c t o de naturaleza p u r a m e n t e espacial.
Hay que s e ñ a l a r que Alvaro Salvador fofre obtuvo, con este l i b r o ,
el P r e m i o Casa de las A m é r i c a s 2002, en el r u b r o de ensayo artístico-
l i t e r a r i o . Se trata, pues, de u n texto b i e n escrito v b i e n f u n d a m e n t a -
d o ; el autor se esmera en acotar sus dichos en el análisis textual, que
es d o n d e está su mayor valor. A d e m á s , se cuida de elaborar, para ca-
da ciudad que estudia, una síntesis histórica de su t r a n s f o r m a c i ó n pa-
ra enmarcar el análisis y hacerlo m á s claro. Su corpus es certero y su
b i b l i o g r a f í a m u y extensa. T e n g o , sin e m b a r g o , algunos reparos, m u y
pocos, que s e ñ a l o ahora. A u n q u e se trata de u n l i b r o manejable, de
p e q u e ñ o f o r m a t o - m u y c ó m o d o para la l e c t u r a - , hay apenas espacio
suficiente para los m á r g e n e s y las letras parecen encimarse unas en
otras; el texto se ve forzado a entrar en u n f o r m a t o m e n o r para el
que seguramente fue d i s e ñ a d o . U n descuido a la hora de citar provo-
ca que'a Aníbal G o n z á l e z se le llame r e c u r r e n t e m e n t e Aníbal N ú ñ e z ,
aunque la referencia en la bibliografía se asiente de manera correcta.
El l i b r o da la i m p r e s i ó n - q u e el autor c o r r o b o r a - , de haber sido es-
crito p o r partes, en f o r m a de a r t í c u l o s publicados o l e í d o s en diver-
sos lugares, esto provoca cierta falta de u n i d a d . Se dice, p o r e j e m p l o ,
en el ú l t i m o c a p í t u l o : "Simmel, en u n o de sus trabajos m á s significati-
vos" (p. 150), c u a n d o se le ha citado desde la I n t r o d u c c i ó n y el lector
conoce bien la referencia y la i m p o r t a n c i a del texto para el l i b r o . El
detalle revela u n a estructura u n tanto difusa y la necesidad de u n
mayor trabajo con el texto que avude a c o n c e b i r l o c o m o una verda-
dera u n i d a d . H u b i e r a sido útil, para este p r o p ó s i t o , u n c a p í t u l o de
conclusiones que r e t o m a r a las ideas centrales de cada u n o de los
ensayos y las relacionara unas con otras para dar d e f i n i c i ó n a la p r o -
puesta del l i b r o . El impuro amor de las ciudades ofrece ideas m u y suge-
rentes sobre u n tema y unos autores - a l g u n o s de e l l o s - olvidados p o r
la crítica; pero, sobre t o d o , invita a leerlos de nuevo, o p o r p r i m e r a
vez, desde o t r o lugar, d e t e n i d a m e n t e .

YLIANA RODRÍGUEZ GONZÁLEZ


El Colegio de México

JAVIER DE NAVASGUÉS ( e d . ) , De Arcadia a Babel. Naturaleza y ciudad en la


literatura hispanoamericana. Vervuert-Iberoamericana, Frankfurt/
M . - M a d r i d , 2002; 325 p p .

De Arcadia a Babel r e ú n e u n sugerente c o n j u n t o de dieciséis trabajos,


resultado de u n c o l o q u i o organizado p o r la Universidad de Navarra

También podría gustarte