Amor Salvaje - José Echegaray
Amor Salvaje - José Echegaray
Amor Salvaje - José Echegaray
COLECCIÓN DE O B R A S DRAMÁTICAS
: • : : ; : Y LÍRICAS : : : : : :
AMOR SALVAJE
: BOSQUEJO DRAMÁTICO :
: EN T R E S A C T O S Y EN P R O S A :
O R I G I N A L
D E
J O S É E C H E 6 A R A Y
CM
MADRID
AMOR S A L V A J E
Esía obra es propiedad de su.
auíor, y nadie podrá, sin su per-
miso, reimprimirla ni represen-
tarla en España y s u s p o s e s i o -
nes, ni en l o s países con l o s
cutiles haya celebrados o s e
celebren en adelaníe íratados-
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El autor s e reserva el derecho
de traducción.
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ceder o negar el permiso de re-
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derechos de propiedad.
Queda hecho el depósito que
marca la Ley.
AMOR SALVAJE
BOSQUEJO D R A M Á T I C O
POR
JOSÉ ECHEGARAY
^ f MADRID
V: M 1929
ES PROPIEDAD
EL AUTOR
R E P A R T O
PERSONAJES ACTORES
CRIADO 1." N.
IDEM 2.° N.
EGcena c o n t e m p o r á n e a : e n P a r í s .
ACTO PRIMERO
L a escena r e p r e s e n t a u n salón elegante en c a s a de
d o n P e d r o . D i v a n e s , m e s a s d e t e , e t c . E s ©1 s a l ó n
de u n h o m b r e soltero y joven, pero serio. E s de día.
ESCENA PRIMERA
• CRIADO 1." y CRIADO 2.° El Criado I.° puede ser
joven; el'Criado 2." debe ser de más edad.
ESCENA II
ESCENA III
GASTON y LUIS; por la derecha, PEDRO
y EDUARDO
PEDRO. (A Eduardo.) Q u é q u i e r e s q u e t e d i g a . Ad-
m i r o P a r í s ; reconozco su g r a n d e z a y su
h e r m o s u r a , y es m u y a l e g r e . . . p e r o m e d a
tristeza.
GASTÓN. L a s fieras n a c i e r o n p a r a v i v i r e n l o s b o s -
ques.
PEDRO. L a s florecillas s i l v e s t r e s n o s o n fieras, y en
los b o s q u e s v i v e n y en l o s c a m p o s .
"GASTÓN. ¡ A h ! ¡ T ú e r e s «florecilla s i l v e s t r e » ! ¡ Q u é
p o é t i c o se n o s ¿hizo el b u e n P e d r o y q u é
m o d e s t o ! T e n g o el h o n o r d e p r e s e n t a r a
u s t e d e s (Volviéndose cómicamente hacia
los demás.) a don Pedro Vargas, banquero
a m e r i c a n o d e o''cio y «florecilla s i l v e s t r e »
d e afición. (Todos celebran la ocurrencia.)
No te a p u r e s , P e d r o ; lo q u e q u i s i s t e d e c i r
y a lo c o m p r e n d i m o s .
Comprendido.
Y si n o , p e o r p a r a v o s o t r o s .
¿Te vas a ofender?
(Con tono bonachón.) P u e s y o , ¿ m e ofen-
d o a l g u n a v e z ? Sé q u e , a u n q u e os b u r l á i s
d e m í , sois b u e n o s a m i g o s . D i g o . . . m e p a -
rece...
(Tendiéndole la mano.) Lo s o m o s .
(Lo mismo.) Lo somos. ¡ E r e s t a n b o n a -
chón !
Yo n o ; y o soy t u e n e m i g o . (Sonriendo
fríamente.)
T ú e r e s el q u e m á s m e q u i e r e . ¡ S i t e c o n o -
ceré y o ! A u n q u e a veces h a c e s m o f a d e mí,
es con b u e n a i n t e n c i ó n : p a r a c o r r e g i r m e , ,
p a r a «civilizarme». ¡ E h ! ¿Acerté? L a ver-
d a d es q u e y o n e c e s i t o q u e e n t r e t o d o s m e
«civilicéis». H e v i v i d o t a n t o s a ñ o s en etl se-
n o de l a N a t u r a l e z a , en s u s s o l e d a d e s g r a n -
d i o s a s , en s u s m o n t e s p e d r e g o s o s , a l a s
s o m b r a s de sus selvas, entre las tempesta-
d e s d e s u s m a r e s , q u e s o y a l g o a s í c o m o el
h o m b r e primitivo. Amo, como la Naturale-
za a m a ; q u i z á m á s q u e v o s o t r o s , p e r o c o n
exuberancia, con violencia, b r u t a l m e n t e .
E s t a es l a p a l a b r a : b r u t a l m e n t e . ¡ Si m e
conoceré yo!
¡Progreso! ¡Progreso evidente! El hombre
d e « l a s c a v e r n a s » se n o s v a c o n v i r t i e n d o
en « p o e t a s e l v á t i c o » .
¡ Es verdad!...
¡ V e r d a d i n d i s c u t i b l e ! . . . Se h u m a n i z a ; 3a
fiera m e t e c a d a z a r p a en s u c o r r e s p o n d i e n -
te g u a n t e b l a n c o .
¡Decís que soy p o e t a ! . . . Eso q u i s i e r a : aho-
r a m á s q u e ( n u n c a . Yo sé p o r q u é . (Como
hablando consigo mismo.) P e r o n o lo d i g o ,
n o lo d i g o , q u é os b u r l a r í a i s d e m í . (Vol-
viéndose a ellos.) C i v i l i z a d m e , p o r c a r i d a d :
d e s c u b r i d m e el s e c r e t o d e l a s f r a s e s b o n i -
t a s , d e l a s s o n r i s a s d i s c r e t a s . Yo sé r e í r ,
p e r o a c a r c a j a d a s . S o y v u l g a r : lo c o n o z c o .
¡ Qué r a b i a !
Se c o n o c e ; se h a c e j u s t i c i a . ¡ H a y e s p e -
ranza !
¿De q u e m e civilicéis?
D e q u e te ( ( d o m e s t i q u e m o s » .
i Y u n a . vez d o m e s t i c a d o , te i r e m o s e n s e -
ñ a n d o p o r l o s s a l o n e s del g r a n m u n d o . . .
c o g i d o p o r él l a z o de l a c o r b a t a !
E s o d e b é i s h a c e r si sois b u e n o s a m i g o s .
Lo s o m o s t o d o s .
V o s o t r o s , sí. E s e , n o . (Por Gastón.)
N o t e p o n g a s m e l a n c ó l i c o , P e d r o ; q u e no-
te s i e n t a b i e n .
E s q u e n o te a c u e r d a s de P e d r o . (Golpeán-
dose el pecho.) M a ñ a n a me m a r c h o a Ma-
d r i d ; n o s s e p a r a m o s , ¡ q u é sé y o h a s t a
c u á n d o ! T e p e d í u n r e t r a t o , te p r o m e t í el
mío... y n a d a ; no h a s vuelto a acordarte...
L u e g o d e c í s q u e n o m e civilizo, y n o m e
a y u d á i s . . . E s d e c i r , n o m e a y u d a s t ú . (A
Gastón.)
¡Este pobre Pedro!... (Riendo.)
¡ Y a le r í e s d e m í ! ¿ Q u é t i e n e esto d e p a r -
t i c u l a r ? ¿ N o es d e b u e n t o n o , n o es d e b u e n
g u s t o p e d i r l e s u r e t r a t o a u n a m i g o d¿l
cual v a uno a separarse? ¿También eslo
es r i d í c u l o ? E n t o n c e s n o lo e n t i e n d o .
N o , h o m b r e . . . n o . . . No d i g o eso. Y si t i e n e s
e m p e ñ o . . . V a m o s , a q u í te t r a i g o dos p a r a
q u e e s c o j a s . (Con cierta condescendencia,
de lástima. Sacando del bolsillo del pecho
dos «retratos de fotografía».)
Gracias, Gastón, gracias. C u a n d o digo yo
que tú eres bueno... A ver, a ver... (Cogien-
do los retratos.) E s t e en t r a j e de e s g r i m a . . .
y este en t r a j e de s o c i e d a d , d e ¡ « c o n q u i s -
t a d o r a m o r o s o » ! B u e n a p r e s e n c i a . No te
q u i s i e r a p o r rivail. Yo s o y m á s f u e r t e . . . p e r o
t ú . . . ¡ d e m o n i o ! . . . tú debes volver locas a
las mujeres.
¿ P e r o t ú p i e n s a s en a m o r e s , P e d r o ? C u e n -
ta... cuenta...
(Ruborizándose como un niño y sin querer-
contestar.) E s c o j o é s t e . . . el de l a e s g r i m a . . .
T o m a este o t r o . (Le da otro retrato, que
Gastón toma y guarda en el bolsillo de la
levita.)
No te h a g a s el d i s t r a í d o . C u é n t a n o s t u s
amores.
Sí, q u e los c u e n t e .
N a d a , no te d e j a m o s h a s t a a r r a n c a r t e t u
secreto.
¡ Q u é t o n t e r í a ! Si n o h a y t a l s e c r e t o . . . V o y
— 13 —
a t r a e r t e m i s r e l í a l o s , q u e l o s t e n g o en el
despacho.
•GASTÓN. ¡ Q u e se n o s e s c a p a ! . . . (A los otros.)
PEDRO. N o . . . Si v u e l v o . . . v u e l v o en s e g u i d a . . . a h o -
r a m i s m o . . . ( ¡ P u e s n o se m e h a e n c e n d i -
d o l a c a r a ! . . . ¡ Q u é n e c i o s o y ! ) (Sale por
la derecha.)
E S C E N A IV
GASTON, LUIS y EDUARDO
GASTÓN. Es un pobre hombro.
EDU. Un niño grande. i
LITIS. Pero m u y bueno.
GASTÓN. ¿ N o Je ' h a b é i s v i s l o ? Se h a p u e s t o r o j o co-
m o u n a a m a p o l a p o r q u e le h e m o s h a b l a d o
de sus amores.
EDU. ¡A m í m e d a l á s t i m a ! ¡ Q u é m u j e r h a de
cr á t i c a , p o é t i c a ! . . . ¡ Q u é p a r e j a ! U n oso
negro enamorado de u n a paloma blanca!
tLo monstruoso!
Luis. P u e s a m í m e es m u y s i m p á t i c o P e d r o , y
h a s t a me hacen gracia sus pudores.
GASTÓN. ¡ E s o s p u d o r e s son r i d í c u l o s ! A u n h o m -
b r e a s í n o le p u e d e q u e r e r n i n g u n a m u j e r ,
ni m e r e c e q u e le q u i e r a n . A c a d a c u a l lo
s u y o ; si los h o m b r e s d a m o s en s e r p u d o -
r o s o s , y v e r g o n z o s o s , y t í m i d o s , ¿ q u é les
queda a las mujeres?
LUIS. Me p a r e c e q u e tú n o c o r r e s ese p e l i g r o .
GASTÓN. A Dios g r a c i a s .
LUIS. O g r a c i a s al « d i a b l o » .
GASTÓN. A q u i e n sea.
ESCENA V
<íASTON, LUIS u EDUARDO; PEDRO, que trae seis
o siete retratos de fotografía.
PEDRO. Y a e s t á n a q u í . T o m a el q u e m á s te g u s t e .
(A Gastón.)
GASTÓN. Q u é m á s d a . C u a l q u i e r a . E n t o d o s se refle-
j a con e x a c t i t u d y g a l l a r d í a t u b e l l a e s t a m
p a . (Tomando, uno.) Y ahora volvamos a
lo d e a n t e s , q u e n o h a s c o n s e g u i d o d i s t r a e r -
nos a pesar de tus malicias.
EDU. ¡Sí, h a b í a n o s de t u s a m o r e s !
PEDRO. ¡ V á l g a m e . Dios, o t r a , v e z !
GASTÓN. ¿ N o t i e n e s c o n f i a n z a en n o s o t r o s ?
— 14 —
PEDRO. ¡ E S q u e os v a i s a r e í r d e m í !
Luis. N O nos reiremos; cuenta.
GASTÓN. P o r e s t a vez «te t o m a r e m o s en serio».
PEDRO. ¡Si s u p i e r a i s ! . . . ¡ D i o s m í o ! . . .
GASTÓN. ¡ H a p u e s t o l o s ojos en b l a n c o !
Luis. ¡ . D e c i d i d a m e n t e , se e n a m o r ó P e d r o !
GASTÓN. ¡ L o i n v e r o s í m i l ! . . . ¡Sí, lo i n v e r o s í m i l ! . . . .
¡ Y d u e g o h a b l a n de lo i n v e r o s í m i l !
EDU. ¡Y se h a e n t e r n e c i d o !
GASTÓN. ¡¡Se a c a b ó P e d r o ! . . . ¡ E n a m o r a d o !
Luis. ¡Enamorado!
EDU. ¡ E n a m o r a d o ! (Todos ríen mucho y acosan
a Pedro con sus burlas. Pedro al fin se
siente herido, se le enciende más el rostro •
y le echan fuego los ojos al ver que su
amor, serio y profundo, es objeto de aque-
llas burlas.)
PEDRO. (Estallando con enojo creciente.) ¡Enamo-
r a d o ! . . . ¡ S í , e n a m o r a d o ! . . . C o m o n o lo h a -
b é i s e s t a d o n u n c a v o s o t r o s , c o m o n o le es-
t a r é i s j a m á s . ¿ Q u é s a b é i s v o s o t r o s lo q u e
es q u e r e r c o n el a l m a ? ¡ V o s o t r o s l o s d e l a
e l e g a n c i a y la m o d a ! ¡ O h , n o c o n d e n o l a
¡
e l e g a n c i a , q u e es u n a f o r m a d e a r t e ! ¡ P e r o
c o n d e n o a dos q u e h a c e n d e l a e l e g a n c i a u n
d i s f r a z p a r a el v i c i o ! ¡ V o s o t r o s los e t e r n o s
g o m o s o s ! ¡ Vosotros, seres superficiales, in-
sustanciales, muñecos humanos, imitación
de h o m b r e s p o r l a figura, m e n o s h o m b r e s
q u e l o s m o n o s q u e v e í a y o s a l t a r en l a s
selvas a m e r i c a n a s p o r las copas de los ár-
boles, d a n d o chillidos a g u d o s y h a c i e n d o
gestos grotescos! ¡Vosotros, que cuando
queréis sentir v c u a n d o lleváis las m a n o s
al pecho, no e n c o n t r á i s corazones repletos-
de s a n g r e r o j a , s i n o u n b l a n c o « p l a s t r ó n »
a l m i d o n a d o ! ¿ Q u é s a b é i s lo q u e es a m a r ?
i 'Si, e n a m o r a d o P e d r o , con t o d a su añina,
q u e es f u e g o ; c o n t o d a s u s a n g r e , q u e es,
f u e g o ; con t o d a s u v o l u n t a d p o d e r o s a q u e
le h a d a d o la v o l u n t a d de Dios!
GASTÓN. ¿ N o l o o í s ? ¡ P e d r o c a b a l g a n d o en lo s u -
blime!
LUIS. N a d a , q u e P e d r o se e n a m o r ó d e v e r a s .
EDU. ¡Como u n h o m b r e ! . . . ¡ E s decir, como me-
dia docena de hombres!
GASTÓN.' Como u n Sansón, d i r í a yo.
LUIS. ¿Y desde c u á n d o ?
GASTÓN. Eso es; ¿desde c u á n d o está e n a m o r a d o ?
— 15 —
E S C E N A VI ;
PEDRO, GASTON, LUIS, EDUARDO y el MARQUES,
PEDRO. ¡ L a v i d a ! O í d l o : le d e b o l a v i d a .
MARQ. P r e c i s a m e n t e lo q u e t e debo a ti.
PEDRO. P o r Dios, d o n A n s e l m o . . .
MARQ. ¿ U s t e d e s n o s a b e n c ó m o se m e p r e s e n t é
p o r vez p r i m e r a ? P r e s e n t a c i ó n a l a a m e r i -
cana.
PEDRO. (Queriendo interrumpirle.) ¡ Don Anselmo!
MARQ. (Sin hacerle caso.) Después de seguirme
seis m e s e s p o r t i e r r a y p o r m a r . s i n a t r e -
verse a d e c i r m e : «Don P e d r o V a r g a s , m u y
servidor de usted...»
.Luis. i'Ah! ¿ E r a u s t e d el de l a h i s t o r i a q u e a n -
tes nos contó?
GASTÓN. LO había adivinado.
MARQ. ¿Contó ya la historia?
LUIS. Pero no completa.
MARQ. L O s u p o n í a . ¡Yo l a c o m p l e t a r é !
.PEDRO. ¡ A y , D i o s del cielo, q u e n o a c a b a n ! (Le
sonroja que cuenten sus heroicidades.)
MARQ. P u e s v i a j á b a m o s j u n t o s en u n t r a s a t l á n t i -
co, c u a n d o n o s a s a l t ó u n a t e m p e s t a d , ¡ y ai
f o n d o c o n el b u q u e ! Se c o g i e r o n l a s l a n -
c h a s c o m o se p u d o . . . es d e c i r , y o n o c o g í
n i n g u n a . P e d r o , sí, p o r q u e es m u y f u e r t e .
Yo m e r e v o l v í a e n t r e l a s o l a s e n c o m e n d a n -
d o m i a l m a a Dios y p e n s a n d o en m i hija...
en m i p o b r e C l a r a . . .
PEDRO. ¡Qué despacio cuenta usted, don A n s e l m o !
P u e s n a d a . . . y o p e n s é : « E s t a es l a o c a s i ó n
de p r e s e n t a r m e . » Me a r r o j é a l a g u a ; en
d o s b r a z a d a s m e a c e r q u é a él, y le d i j e
respetuosamente: «Señor Marqués, permí-
t a m e usted que m e . p r e s e n t e , a u n q u e deplo-
r o l a o c a s i ó n . » L a v e r d a d es q u e n o l a de-
ploraba.
Luis. ¡Magnífico!
EDU. ¡Admirable!
GASTÓN. Admirable, sí; pero extravagante.
MARQ. Y m e cogió en s u s b r a z o s . . . m e s o s t u v o c o n
fuerzas de titán, y m e salvó.
PEDRO. C o n q u e a s í fué m i p r e s e n t a c i ó n , y se a c a -
b ó l a h i s t o r i a . H a b l e m o s de o t r a c o s a .
MARQ. P u e s h a b l e m o s de l a c a r t a p a r a C l a r i t a .
PEDRO. D e eso sí. A h , d o n A n s e l m o , y o t a m b i é n
ducho entre d u d a s y e s p e r a n z a s : olas que
m e precipitan en abismos de n e g r u r a s ;
olas que me llevan a r r i b a , a r r i b a , donde
e s t á el cielo a z u l , el sol, el a i r e q u e sé r e s -
pira... ¡Déme usted la m a n o , don Anselmo!
— 21 —
MARQ. L a s d o s m a n o s . . . ¡ y l a c a i t a ! (Le da la
carta.)
PEDRO. (Cogiéndola con ansia, i ¡ A h ! . . . ¡ M í a !
MARQ. Y c o m o estos s e ñ o r e s s a b e n lo q u e h i c i s t e
por mí, no quiero que m e tengan p o r in-
grato. P u e d e s leerla en voz alta.
GASTÓN. (A Eduardo.) (¡Será curiosa!)
PEDRO. P u e s voy a leerla en voz alta, p a r a q u e
todos gocéis conmigo.
Luis. (A Gastón en voz baja.) (Es mucho supo-
ner.)
GASTÓN. ( ¿ P o r q u i é n lo d i c e s ? )
Luis. ( P o r ti.)
GASTÓN. (¡Ah, malicioso!)
PEDRO. Oíd... o í d el « p r e g ó n » d e m i f e l i c i d a d . (Le-
yendo.) «Querida hija m í a , m i querida
•Clara d e m i a l m a : Llegó el m o m e n t o deci-
sivo. Y a c o m p r e n d e s q u e se t r a t a d o P e -
d r o . T ú s a b e s lo q u e le d e b o : lo q u e le d e -
bemos. P u e s bien, Clarita m í a ; la m a y o r
d i c h a d e m i v i d a s e r í a q u e le a c e p t a s e s p o r
esposo. E s m u y b u e n o , e s ' m u y noble... R e -
s u é l v e t e ; d a m e u n a a l e g r í a . ¡'Si v i e r a s c o n
qué ansia espero t u contestación! ¿Y él?
No l e c o n o c e s p e r s o n a l m e n t e ; s i l e c o n o -
cieses, c o m p r e n d e r í a s lo q u e s u f r e el p o b r e
h i j o m í o , p o r q u e a u n q u e t ú n o lo a c e p t e s . . .
s i e m p r e s e r á m i h i j o . » (L,a lectura de esta
carta, las interrupciones, las entonaciones
diversas... todo queda encomendado al ta-
lento del actor.) ¡Ay, d o n Anselmo! ¡Ay,
p a d r e m í o ! (Abrazándose a él.)
MARQ. S i g u e ; si n o a c a b a .
PEDRO. Ya, ¿para qué?
MARQ. H a y u n a postdata.
PEDRO. ¿¡Sí?... A v e r . . . (Leyendo.) « T e m a n d o ©1
r e t r a t o d e P e d r o . .A m í m e p a r e c e m u y g u a -
po. ¿ Y a ti?» ¡ G r a n i d e a ! . . . ¡ M a g n í f i c a
idea!... ¡Feliz i d e a !
MARQ. Y a te lo decía yo.
PEDRO. - P r e c i s a m e n t e a q u í t e n g o u n a colección de
r e t r a t o s . (Cogiendo las fotografías; todos
se ríen y hablan por lo bajo, dando anima-
ción al cuadro.) A ver... A ver... Ayúden-
me... a y ú d e n m e . . . A y ú d a m e t ú , q u e tienes
b u e n g u s t o . (A Gastón.)
GASTÓN. (Riendo con risa algo siniestra.) Curioso...
¡ M u y c u r i o s o e l c a s o ! ¡ Y a lo c r e o q u e t e
a y u d a r é ! (Todos rodean a Pedro, que va
22 -
ESCENA VII
PEDRO, el MARQUES, LUIS y EDUARDO
Luis. (A Eduardo.) ( N o m e fío d e G a s t ó n . )
EDU. (A Luis.) ¿Por qué?
PEDRO. E n el f o n d o , ¡ q u é b u e n o es G a s t ó n , q u é c a -
r i ñ o s o ! ¿ N o le p a r e c e a usted, d o n Ansel-
mo?
MARQ. C i e r t a m e n t e . . . u n a p e r s o n a m u y fina... y
de b u e n i n g e n i o .
PEDRO. Y m u y b r a v o : se j u e g a l a v i d a . . . p o r c u a l -
quier cosa.
MARQ. Mal hecho. L a vida vale mucho p a r a ju-
g á r s e l a p o r f r u s l e r í a s . N o s l a dio Dios
no h a y que despreciarla.
PEDRO. Quise decir que Gastón n u n c a tiene miedo.
¿ S a b e u s t e d (Al Marqués.) cómo nos c o n o -
c i m o s ? ¿ O s a c o r d á i s ? (A Luis y Eduardo.)
Luis. Y a lo c r e o . ¡ B u e n o s d í a s n o s h i c i s t e i s p a -
sar !
PEDRO. L a p r i m e r a vez q u e n o s e n c o n t r a m o s e n el
m u n d o G a s t ó n :.y y o , r e ñ i m o s e s t r e p i t o s a -
m e n t e , f e r o z m e n t e . ¡ E l se b u r l ó de m í ! . . .
A h o r a t a m b i é n se b u r l a ; p e r o a h o r a es u n
b u e n a m i g o . De u n a m i g o se s u f r e t o d o ;
de u n e x t r a ñ o , n a d a . D i g o . . . m e p a r e c e . . .
P u e s se b u r l ó de m í , y y o le m a l t r a t é de
p a l a b r a . . . y «de o b r a » : a v e c e s soy m u y
b r u t a l . Al d í a s i g u i e n t e n o s b a t i m o s , y h e -
ridos q u e d a m o s los d o s : pero su h e r i d a
f u é m á s g r a v e q u e l a m í a . P o r q u e yo s o y
m á s f u e r t e . . . p o r e s o ; m á s v a l i e n t e q u e él,
no, n o lo soy.
MARQ. L o c u r a s de l a j u v e n t u d .
PEDRO. Después h e m o s sido m u y a m i g o s .
MARQ. M a l a s son l a s b r o m a s .
Luis. Y peligrosas.
MARQ. De u n a b r o m a a u n a e s t o c a d a . . . h a y p o c o
camino.
ESCENA VIII
PEDRO, el MARQUES, LUÍS y EDUARDO; GASTON
entra con un pliego cerrado y sellado con sus cinco
sellos de. lacre.
GASTÓN. Y a e s t á a q u í c o n s u s « c i n c o sellos» de l a -
cre : p a r e c e n « c i n c o g o t a s de' s a n g r e » . De
tu s a n g r e , P e d r o , ¡ q u é es t a n e s p e s a y t a n
e n c a r n a d a ! Y a la conozco.
PEDRO. Y y o l a t u y a . (Dándole la mano noble-
mente.)
GASTÓN. Tome usted, señor Marqués. (Dándoselo.)
P e r o debe u s t e d c e r t i f i c a r l o : es m u y i m -
p o r t a n t e . E l p o r v e n i r v a en él.
MARQ. Sí; ahora mismo.
PEDRO. P u e s n o p e r d a m o s u n m i n u t o . Don A n s e l -
mo, v a y a u s t e d en s e g u i d a .
— 25 —
MARQ. -Ya v o y , h o m b r e ; y a v o y .
PEDRO. ¡ P r o n t o ! . . . ¡Don Anselmo!...
MARQ. S e ñ o r e s . . . D o n L u i s . . . (Despidiéndose; se-
dan la mano.)
Luis. Señor Marqués...
MARQ. A m i g o m í o . . . (A Eduardo.)
EDU. S i e m p r e s u y o . . . (Se despiden.)
MARQ. (A Gastón") Señor mío... he tenido u n a
v e r d a d e r a satisfacción...
GASTÓN. H a sido u n h o n o r p a r a mí... Y espero que
n o s e r á e s t a l a ú l t i m a vez q u e n o s v e a m o s .
MARQ. L O c e l e b r a r é infinito.
PEDRO. Q u e se h a c e t a r d e . . . V a m o s , v a m o s . . . (Le
lleva hacia el fondo. El Marqués se lleva
consigo la carta. Gastón, Luis y Eduardo
forman en primer término un grupo, mien-
tras en el fondo se despiden Pedro y el
Marqués.)
EDU. (A Gastón.) T i e n e s el g e s t o b u r l ó n .
Luís. Tienes la cara que reservas p a r a las gran-
des infamias.
GASTÓN. ¿ N O s a b é i s lo q u e diice? (Con misterio y
malicia.)
EDU. ¿Qué h i c i s t e ?
GASTÓN. S i l e n c i o . . . s i l e n c i o . . . No p u s e el r e t r a t o d é
P e d r o : m e q u e d é con él. (Se ríe sarcásti-
camente: una risa traidora.)
Luis. ¡Gastón!...
GASTÓN. « P u s e el m í o » .
Luis. ¡ G a s t ó n ! , . . (Sin poder dominar su indig-
nación.)
EDU. ¡ G r a c i o s í s i m o !... ¡ A d m i r a b l e ! . . . ¡ Q u é c a -
r a p o n d r á P e d r o c u a n d o lo s e p a !
GASTÓN. C l a r a g a n a en. el c a m b i o . ¿ S e a c o r d a r á
de m í C l a r a ? Yo n u n c a l a olvido.
Luis. L a b r o m a es m á s s e r i a d e lo q u e p r e s u m e s . .
GASTÓN. ¿Y qué?
Luis. Te puede costar cara.
GASTÓN. ¿ S a n g r e acaso? ¿Y qué?
Luis. ¡Gastón!... ¡Gastón!
EDU. ¡.Delicioso!... ¡ I n g e n i o s o ! . . . ¡ F i n del si-
g l o ! . . . ¡ P a r a P o d r o , el fin d e l m u n d o ! . . .
¡ P a r a G a s t ó n , el p r i n c i p i o del c i e l o !
PEDRO. (Después de despedir al Marqués viene al
primer término muy alegre.) ¡Los bra-
z o s ! . . . ¡los b r a z o s ! . . . ¡ T o d o s ! . . . ¡ t o d o s ! . . .
¡ U n a b r a z o , G a s t ó n ! ¡ Q u é feliz s o y !
ESCENA PRIMERA
ADELA, LOLA y CRIADO f° (o 2."). Entran por
el fondo acomyañadas del Criado.
ESCENA II
ADELA y LOLA. Las dos son jóvenes, muy jóvenes;
pero Adela es casada y tiene un poco más de serie-
dad que su compañera. Lola es soltera, vivaracha,
algo aturdida, habla sin pensar lo que dice: mucha
movilidad.
ADELA. ¿ C u á n t o t i e m p o h a c e q u e no h a s visto a
Clara?
LOLA. El m i s m o t i e m p o que t ú : creo que cinco
a ñ o s . N o . . . a g u a r d a . . . (Haciendo memoria.)
¡Salisle d o s a ñ o s a n t e s q u e n o s o t r a s p a r a
c a s a r t e . E s u n a de l a s v e n t a j a s q u e t i e n e
el c a s a r s e : s a l i r de l a p e n s i ó n . C l a r a s a -
lió a l a ñ o s i g u i e n t e . Y y o l a ú l t i m a . L a ú l -
t i m a en t o d o . ¡ Q u é d e s g r a c i a d a , s o y ! L a
ú l t i m a en l a c l a s e ; l a ú l t i m a e n s a l i r d e
¿a p e n s i ó n , y t a m b i é n s e r é l a ú l t i m a e n c a -
sarme.
E n el r e i n o d e los c i e l o s , los ú l t i m o s s o n
los p r i m e r o s . (Riendo </ haciéndole un
mimo.)
S í ; p e r o en l a t i e r r a , los ú l t i m o s . . . s o n l o s
últimos.
¡ C u á n t o deseo d a r u n a b r a z o a C l a r a !
Y dime, ¿es v e r d a d que está c a s a d a ?
Sí, h i j a .
P e r o si m e a s e g u r a s t e a l v e n i r q u e n o e s t á
el m a r i d o . ¿ C ó m o se p u e d e c a s a r u n a m u -
j e r s i n t e n e r u n m a r i d o a m a n o , o p o r lo
m e n o s «a l a v i s t a » ?
E s q u e se h a n c a s a d o « p o r p o d e r e s » .
¡ A h ! . . . ¡ Y a ! . . . (Sin comprenderlo bien.)
¿ Y es lo m i s m o c a s a r s e « p o r p o d e r e s » q u e
«del o t r o m o d o » . . . c o m o t ú ? . . .
Lo m i s m o . « E l lazo», d e t o d a s m a n e r a s «es
indisoluble».
¡Qué cosa t a n s i n g u l a r ! . . . ¿Y por qué no
h a v e n i d o el e s p o s o ?
T e d i r é . T e d i r é lo q u e m e h a n d i c h o . P a -
r e c e q u e , c o n c e r t a d a l a b o d a , se f u e r o n a
M a d r i d el M a r q u é s y el s e ñ o r d e V a r g a s ,
a r e s o l v e r n o sé q u é a s u n t o s . P e n s a b a el
M a r q u é s d e s p a c h a r p r o n t o , irse a Améri-
c a y t r a e r s e a C l a r a . P e r o c a y ó e n f e r m o de
a l g u n a g r a v e d a d . N a d a le dijo a C l a r a p o r -
q u e n o se a l a r m a s e ; p e r o p a s a b a t i e m p o ,
n o m e j o r a b a el p o b r e d o n A n s e l m o , el fu-
t u r o se v o l v í a loco d e d e s e s p e r a c i ó n ; y al
fin, c o m p a d e c i d o el M a r q u é s , r e s o l v i ó t e r -
m i n a r l a b o d a « p o r p o d e r e s » . Se c a s a r o n
P e d r o y C l a r a , y a n o c h e llegó C l a r a a c o m -
p a ñ a d a de s u t i a d o ñ a G e r t r u d i s .
Y a . . . y a lo c o m p r e n d o .
H a y m á s . Q u e el e s p o s o , c o n su. p a p á p o l í -
tico, d e b e n l l e g a r « h o y m i s m o » d e M a d r i d .
Me a l e g r o , m e a l e g r o ' m u c h í s i m o ; y si vi-
niese estando yo aquí, mejor. ¡Qué g a n a s
t e n g o d e c o n o c e r l e ! ¡ M e g u s t a io q u e n o
t e p u e d e s f i g u r a r el c o n o c e r a l o s m a r i d o s
d e m i s a m i g a s ! ¡A v e r q u é c a r a t i e n e n ! . . .
(Riendo.) ¡Soy m u y curiosa!
¿ Y n o d e s e a s c o n o c e r (cal t u y o » ?
¿ E l m í o ? ¿Mi m a r i d o ? ¡ P e r o si n o se s a b e
quién será!
— 28 —
si se 'lian c a s a d o o n o . T i e n e n u n n o sé
qué.
ADELA. P u e s me parece que Clarita no h a b r á cam-
biado.
LOLA. M u j e r , ¿ q u é c o s a s d i c e s ? P u e s si l l e v a « m á s
de u n mes de casada».
ADELA. P e r o está c a s a d a «por poderes». (Riendo.)
LOLA. ¡ Qué m á s d a ! . . . P a r a tener otro aspecto...
es lo m i s m o . P e r o , c a l l a . . . c r e o q u e v i e n e . . .
sí, v i e n e . . . Voy a t a p a r m e l a c a r a a v e r si
m e c o n o c e . . . ¡Ay, C l a r i t a , c u á n t a s c a c h e t i -
n a s me tienes d a d a s !
ESCENA III
ADELA ¡i LOLA; CLARA, por la derecha.
LOLA. Tocio n o . ¿ D ó n d e le v i s t e ? ¿ C ó m o ? ¿ C u á n -
do? ¿ C u á n t a s veces? Señor, h a y que p u n -
tualizar las cosas.
ADELA. Si n o es q u e te m o l e s t a n n u e s t r a s p r e g u n -
tas.
CLARA. ¡Quieres callar! ¡Molestarme vosotras!...
A n i e s de q u e v i n i e s e i s , t o d o eso lo estaba,
yo h a b l a n d o c o n m i g o m i s m a : ¡ a h o r a lo
h a b l a r é con m i A d e l a y m i L o l a ! (Con
mucho cariño.)
ADELA. 'Siempre t a n b u e n a y siempre t a n franca.
LOLA. C o n q u e ¿ d ó n d e le v i s t e ?
CLARA. Al s a l i r del t e a t r o . . . e n el v e s t í b u l o ; v i u n
caballero... que me llamó la atención: esta
es l a v e r d a d .
LOLA. ¿ E S m u y g u a p o ? ¡ Q u é g u s t o si es g u a p o ! . . .
¡No, l o d i g o c o n f r a n q u e z a ; a m í m e g u s t a
q u e l o s - m a r i d o s de m i s a m i g a s s e a n g u a -
pos! ¡Qué h o r r o r , trata)' gente fea!
ADELA. Basta, niña, basta.
CLARA. ¿ G u a p o ? N o s é . . . Me p a r e c e q u e sí. E s fino
sin a f e c t a c i ó n : e l e g a n t e s i n e x a g e r a c i o n e s
r i d i c u l a s ; h a y en él u n n o sé q u é de e n e r -
g í a . . . S u voz es d u l c e y c a r i ñ o s a .
LOLA. ¡Te cogí! ¿No decías que n u n c a h a b l a s t e
c o n él?
ADELA. Tiene r a z ó n Lola.
CLARA. N O ; OS d i j e l a v e r d a d : n o h e h a b l a d o c o n
él n u n c a . E s t á b a m o s én el v e s t í b u l o . . . él
h a b l a b a con. s u s a m i g o s y yo o í a s u voz.
LOLA. P o n í a « l a voz d u l c e » p o r q u e s a b í a q u e le
e s t a b a s o y e n d o . . . L o s h o m b r e s s o n a s í . ¡Si.
lo s a b r é y o !
ADELA. ;TÚ?
LOLA. S Í , y o . E s o h a c í a s i e m p r e el t e n i e n t e c u a n -
d o e s t a b a en el « p a r l o i r » d e l a p e n s i ó n con
su h e r m a n a . «Querida Luisa», con voz gor-
da. E n t r a b a yo : «Querida Luisa», con u n a
voz finísima. (Ella imita las dos entonacio-
nes.) P e r o s i g u e . . . s i g u e . . . (A Clara.)
ADELA. Si no la dejas.
LOLA. Ya me quedé m u d a .
CLARA. P u e s y o le m i r é . . . s i n q u e r e r . . . Me d i s t r a -
j e y se m e c a y ó el p a ñ u e l o .
LOLA. Yo t a m b i é n lo «he d e j a d o c a e r » v a r i a s v e -
oes. (Adela y Clara se echan a reír.)
CLARA. N O , h i j a ; p o c o a p o c o . Yo «no le dejé c a e r ,
se c a v ó él».
— 33 —
h a b l a s e . . . ' a v e r si P e d r o s i e n t e c o m o y o , y
p i e n s a como yo, y quiere como y o !
LOLA. ¿ P e r o no te h a escrito n u n c a ? ¡No p u e d e
ser!
CLARA. Me h a escrito u n a s c u a n t a s c a r t a s ; p e r o
s i e m p r e p o r c o n d u c t o de m i p a d r e , y, se-
g ú n p a r e c e , con s u «visto b u e n o » y s u s co-
rrecciones.
LOLA. Los p a p a s son a veces m u y entrometidos.
ADELA. ¡Niña!
CLARA. D e m o d o cpie el p o b r e n o h a p o d i d o e s c r i -
b i r con l i b e r t a d . C a r t a s m u y c a r i ñ o s a s . . .
pero m u y contenidas, muy respetuosas.
Sí... a l g ú n a r r a n q u e del c o r a z ó n . . . Se v e . . .
se ve q u e m e q u i e r e . . . P e r o . . .
LOLA. ¿Pero qué?
CLARA. Q u e p r e f i e r o v e r su r e t r a t o . . . a l e e r s u s
cartas.
LOLA. P u e s p r o n t o s a l d r e m o s de d u d a s y v e r e m o s
c ó m o se e x p l i c a el c a b a l l e r o .
CLARA. ¡ M u y p r o n t o ! (Con impaciencia nerviosa.)
E s t a noche a m á s tardar... acaso esta tar-
de... q u i é n s a b e si d e u n m o m e n t o a o t r o .
(Se pasea sin poder dominar su ansiedad.)
LOLA. L O c o m p r e n d o . . . lo c o m p r e n d o . . . Yo t a m -
b i é n e s t o y m u y n e r v i o s a . . . y n o m e h e ca-
sado... Conque qué sería... ¿Verdad?...
(También se pasea nerviosísima.)
ADELA. ¡ A y , Ihijas! L e d e s c o m p o n é i s a u n a l o s
n e r v i o s . (Se levanta y también se pasea.
Se pasean las tres, muy nerviosas todas.)
LOLA. P e r o ¿ p o r q u é n o v i e n e ese h o m b r e ? (Pa-
seándose siempre.)
CLARA. N o sé, h i j a , n o sé. (Lo mismo.)
ADELA. E S q u e a v e c e s los m a r i d o s s o n m u y p e s a -
d o s . (Se ha contagiado al ver a las"otras.)
LOLA. ¡Son irresistibles!... Es decir, deben serlo.
Yo n o lo sé, a D i o s g r a c i a s . N o . . . a D i o s
gracias, tampoco.
CLARA. ;.Cuándo vendrá? ¡Cuándo v e n d r á !
LOLA. Eso digo yo, ¿ c u á n d o ? . . . Que v e n g a n , que
— 37 —
v e n g a n esos m a r i d o s , q u e n o s p o n e m o s n e r -
viosas.
ADELA. YO creo q u e no viene n u n c a .
CLARA. No d i g a s eso. ¡ C a l l a ! . . . (Deteniéndose.)
¿'No o í s ? . . . (Las otras dos se paran.)
LOLA. SÍ... me parece que sí.
CLARA. U n c o c h e h a e n t r a d o e n el p a t i o .
LOLA. ¿ S e r á él?
ADELA. ¿Pudiera ser él?
CLARA. (Nerviosísima.) ¿Pero comprendéis esto?...
¿Y si es P e d r o ? ¡ M i m a r i d o ! . . . ¡ D i o s m í o ,
n o s é lo q u e s i e n t o ! ¡ Q u é i m p r e s i ó n t a n
p r o f u n d a ! . . . ¡ D e v e r a s o s lo d i g o : y o p e n -
sé q u e i b a a t e n e r m á s v a l o r !
ADELA. ¡ T e h a s p u e s t o p á l i d a ! . . . (Acuden las dos
a. sostenerla.)
LOLA. ¡ Y a lo c r e o ! . . . N o es p a r a m e n o s . E s t a r
c a s a d a « p o r p o d e r e s » . . . ¡ y d e p r o n t o «ca-
sarse de veras»!... ¡ A mí m e d a b a algo!
CLARA. ¿ P e r o s e r á é l ? . . . ¡ Si es él, q u e v e n g a p r o n -
t o ! . . . ¡ S e a c e r c a n ! . . . (Poniendo el oído;-
las tres forman un grupo.) ¡ Sí!. ¡ Alh!.
ESCENA IV
(LA It A. ADELA, LOLA y el MARQUES
CLARA. ¡ P a p á ! . . . ¡ P a p á m í o ! . . . (Corre a él y se
abrazan.)
MARQ. ¡ M i C l a r i t a ! . . . ¡Mi h i j a ! . . . ¡ L a h i j i t a m í a !
CLARA. ¡ Qué alegría!...
MARQ. ¡ C u á n t o t i e m p o ! . . . (Reparando en Adela
y Lola.) ¡Ah!... Perdonen ustedes... Hace
t a n t o que no veía a m i Ciara...
CLARA. (Haciendo las presentaciones.) Adela de
Velarde... Lola Fuensanta... Dos a m i g a s
íntimas...
ADELA. Señor Marqués...
LOLA. Señor Marqués...
MARQ. ¿Y no me pregunstas n a d a ?
CLARA. ¡Papá mío!...
MARQ. ¿ N o m e p r e g u n t a s p o r él-
CLARA. ¡ S í . . . sí p r e g u n t o ! . . . (Abriendo mucho los
ojos y mirando con ansia a su padre.)
MARQ. P u e s ' v i e n e c o n m i g o ; t u P e d r o v i e n e con-
migo. ¿No m e comprendes?
— 38 —
.ADELA. ¡ Animo!
LOLA. ¡Y a l e g r í a !
MARQ. Entra, Pedro; entra, q u e te l l a m a Clara.
ESCENA V
CLARA, ADELA, LOLA y el MARQUES; por el fon-
do, PEDRO y GASTON. Al presentarse los tres, como
Pedro entra con cierta timidez de niño, Gastón viene
un poco más avanzado.
ESCENA VI
CLARA y PEDRO
ESCENA VII
PEDRO, CLARA, GASTON y el MARQUES. Cuando
parezca oportuno pueden aparecer en una de las
puertas, observando tras la cortina, Adela y Lola.
MARQ. ¿ Q u é q u i e r e s , h i j a m í a ? ¿ P o r q u é m e lla-
m a b a s d e ese m o d o ?
CLARA. ¡ P a d r e . . . p a d r e d e m i a l m a ! (Se abraza
a él llorando. Pedro y Gastón se miran fija-
mente, cada uno expresará lo que debe
expresar; sólo diremos que la sonrisa de
Gastón es siempre pía y burlona, sin exa-
geración.)
GASTÓN. (A Pedro.) ¿Me llamabas?
PEDRO. SÍ.
-GASTÓN. ¿ P a r a qué?
PEDRO. P a r a decirte u n a cosa.
GASTÓN. ¿ Y cuál es?
PEDRO. E s t a : q u e t ú « e s c a m o t e a s t e » rni r e t r a t o y
m a n d a s t e el t u y o a C l a r a .
•GASTÓN. (Fingiendo sorpresa, pero siempre con un
matiz de ironía.) ¿Que yo...? ¿Dices, que
y o ? A v e r . . . (Tornando el retrato que Pedro
conservaba en sus manos.) S í . . . el m í o . . .
¿ Y y o lo h e m a n d a d o ?
PEDRO. Sí.
MARQ. ¿Eso hizo?... ¡Ah!...
PEDRO. SÍ.
GASTÓN. Dios mío... u n a equivocación... u n error...
. u n a confusión de retratos... u n aturdimien-
to q u e d e p l o r o . (Inclinándose ante Clara.)
PEDRO. ¿Le llamas aturdimiento?
GASTÓN. ¿Qué otro n o m b r e puede tener?
PEDRO. ¡Villanía!
GASTÓN. ¡ Pedro!
PEDRO. ¡Villanía como t u y a ! ¡Ruin, mezquina, ve-
nenosa!
•GASTÓN. Otra p e r s o n a que tuviera ciertas condicio-
n e s s o c i a l e s d e q u e tú c a r e c e s , n o d a r í a e s a
i m p o r t a n c i a t r a g i c ó m i c a a u n suceso q u e
n i n g u n a i m p o r t a n c i a t i e n e , y s e r í a el p r i -
m e r o q u e se r i e s e del g r a c i o s o « q u i d p r o
quo».
PEDRO. Y O también río. P e r o como sov h o m b r e
— 46 —
g r o s e r o y b r u t a l ; c o m o d e s c o n o z c o o no-
quiero r e s p e t a r c i e r t a s conveniencias socia-
l e s ; c o m o y o n o t o l e r o q u e del m o m e n t o
m á s feliz -de m i v i d a h a y a s h e c h o e s c a r n i o ;
c o m o y o n o s u f r o q u e n i p o r s o r p r e s a y es-
c a m o t e o h a y a s t e n i d o en t u s b r a z o s a Cla-
ra... yo t a m b i é n m e río, pero b r u t a l m e n t e ,
y m e r í o p e n s a n d o en q u e te v o y a l l a m a r
« m i s e r a b l e » , « c a n a l l a » , «cobarde'»... Sí, co-
b a r d e , q u e n o te a t r e v e s a c o n f e s a r lo q u e
h a s hecho. Dos veces te h e l l a m a d o cobar-
d e . . . ¿ A c u d o a l a t e r c e r a ? (Avanzando so-
bre él.)
GASTÓN. N o es n e c e s a r i o . T e n d r á s n o t i c i a s m í a s .
CLARA. ¡ A y , p a d r e m í o ! (Abrazándose a él, des-
pués de oír con toda su alma lo que se di-
cen.)
PEDRO. Tendré noticias tuyas, ¿cuándo?
GASTÓN. Muy pronto.
PEDRO. P o r p r o n t o q u e s e a , se m e h a r á t a r d e . (Es-
tudíese el cuadro final. Telón.)
ESCENA PRIMERA
ADELA; después el MARQUES. Adela, aplicando el
oído a la puerta de la uerecha. El Marqués entra por
la puerta de la izquierda.
MARQ. Adela...
ADELA. (Volviéndose.) ¡Ah!... Señor Marqués..
(Vienen los dos al primer término.)
MARQ. P e r d o n e usted. Acaso la t r a t o con d e m a s i a -
d a c o n f i a n z a . P e r o es q u e a u n q u e h a c e p o -
c a s h o r a s q u e l a c o n o z c o , es u s t e d p a r a m í
como u n a a m i g a leal de m u c h o s años.
ADELA. L a ' c o n f i a n z a de u s t e d m e h o n r a y m e c o m -
place, don Anselmo.
MARQ. ASÍ... bien d i c h o : n a d a de Marqués.
ADELA. Es usted m u y bueno.
MARQ. ¿ Q u i é n le g a n a a u s t e d e n b o n d a d ? Y a se
conoce que quiere u s t e d m u c h o a m i C l a r a .
No h a c o n s e n t i d o u s t e d e n s e p a r a r s e de-
ella d e s d e el s u c e s o t r i s t í s i m o d e e s t a t a r d e .
C o n ella h a p a s a d o u s t e d l a n o c h e c o m o s i .
fuese su h e r m a n a . G r a c i a s , A l e l a , g r a c i a s .
(Le da la mano afectuosamente.)
ADELA. Estaba la pobre Clarita tan afectada, tan
a c o n g o j a d a . . . . q u e m e dio m i e d o . ¡ E s u n a -
sensitiva! ¡No sabe usted qué noche h a pa-
s a d o ! H a t e n i d o fiebre, p e r o n o h a q u e r i d o
— 48 —
q u e se le l l a m a s e a u s t e d . ¡Toda la noche
llorando.!
-MARQ. ¿Y ahora?
ADELA. A h o r a se q u e d ó u n p o c o m á s t r a n q u i l a y
m e p a r e c e q u e d u e r m e . P o r eso m e s a l í u n
m o m e n t o a esta sala. ¿ E s m u y t a r d e , don
Anselmo?
MARQ. E s t á a m a n e c i e n d o . (Va al balcón y le en-
treabre.) P e r o a ú n n o es de d í a . No t a r d a -
r á m u c h o . (Vuelve a cerrar el balcón.)
.ADELA. ¿Y usted t a m p o c o h a d o r m i d o n a d a ?
MARQ. B u e n o e s t o y y o p a r a d o r m i r , con lo q u e h a
s u c e d i d o . . . y «lo q u e v a a s u c e d e r » .
ADELA. (Con interés,.) ¿Teme usted algo?... Acaso
el d i s g u s t o de e s t a t a r d e . . .
MARQ. T e n d r á c o n s e c u e n c i a s t r i s t e s . Sí, s e ñ o r a ,
m u y t r i s t e s , T a l vez en c u a n t o a m a n e z c a
' d e l ' l o d o . . . se b a t i r á n P e d r o y G a s t ó n . ¿Y
quería usted que yo d u r m i e s e ?
ADELA. ¿ P e r o n o se h a p o d i d o e v i t a r . . . n o se p u e -
de evitar todavía?
MARQ. N O les c o n o c e u s t e d a n i n g u n o de los dos.
¡ S o b r e t o d o a ese G a s t ó n , q u e t i e n e l a s a n -
gre m á s venenosa!...
ADELA. P e r o , don Anselmo, ¿es posible que p o r u n a
equivocación, por u n suceso que m á s tiene
d e c ó m i c o q u e d e d r a m á t i c o , y del c u a l to-
dos debiéramos reírnos, expongan su vida
dos hombres?
MARQ. E n la apariencia tiene usted r a z ó n ; pero
en l a v i d a , a v e c e s , b a j o l a c o m e d i a m á s
regocijada, late la m á s desconsoladora
tragedia.
ADELA. S i n e m b a r g o . . . d o s a m i g o s , d o s a m i g o s ín-
t i m o s . . . y s i n n i n g ú n m o t i v o en q u e r e a l -
m e n t e esté e m p e ñ a d a l a h o n r a . . .
MARQ. Si y a le d i g o a u s t e d q u e t i e n e u s t e d r a -
zón"., p e r o n o la t i e n e u s t e d .
ADELA. ¿.Cómo es eso?
MARQ. N O conoce usted a Gastón.
ADELA. N O le c o n o z c o , es v e r d a d . Y h a b l a n d o f r a n -
c a m e n t e , no me h a sido simpático. M u y
b u e n t o n o , p e r o u n a l m a m u y fría.
MARQ. ¡ A h ! Tiene usted b u e n instinto. E s u n mi-
serable, u n libertino, un h o m b r e sin con-
ciencia y sin v e r d a d e r o s afectos.
.ADELA. ¿Y de u n h o m b r e a s í e r a a m i g o el s e ñ o r
de V a r g a s ?
MARQ. ¿ Q u é q u i e r e u s t e d ? P e d r o es u n n i ñ o . U n
— 49 —
ESCENA I I
ÍDELA y CLARA, por la izquierda.
(Con mucho cariño.) ¿ P e r o q u é es e s o ,
Clarita? ¿ P o r qué no descansas un poco?
¿Por qué no duermes? Es m u y temprano.
No p u e d o d o r m i r . E n c u a n t o c i e r r o l o s o j o s
veo a q u e l l a e s c e n a r i d i c u l a a n t e m í . No-
h a y n a d a m á s t r á g i c o , a v e c e s , q u e lo r i -
dículo. Y luego Pedro... mi marido... por-
q u e h a y q u e h a c e r s e c a r g o de q u e es « m i
m a r i d o » , el h o m b r e a q u i e n e s t o y u n i d a
p a r a siempre... ¡Pedro, brutal, violento,
u n a e s p e c i e d e fiera!... ¡Sí, s e r á b u e n o , g e -
n e r o s o , t o d o . lo q u e q u i e r a s ; p e r o e s t a r
temblando siempre ante él...! ¡Qué vida
me espera!... ¡No, no me resigno!
¿ D e q u i é n es l a c u l p a ?
M í a n o lo es. (Protestando.) Me d i j e r o n :
ese es el h o m b r e a q u i e n h a s d e q u e r e r , y
s u m i s a como u n a n i ñ a puse toda mi alma,
y t o d a m i v i d a en el e m p e ñ o d e q u e r e r l e .
Hija «más obediente», ¿dónde la encuen-
t r a s ? N o , l a c u l p a n o es m í a , n o es m í a .
¿ P u e s de quién? ¿De Pedro?
N o , n o s o y t a n i n j u s t a . E l -ridículo y l a .
d e s d i c h a h a caído sobre los dos. (Empieza
Clara por graduaciones muy tenues a ha-
cer justicia a Pedro.)
Entonces la culpa, ¿será de tu p a d r e ?
¡Pobre padre mío! Ahora mismo suírirá
tanto como yo.
P u e s v u e l v o a r e p e t i r m i p r e g u n t a . . . ¿de-
q u i é n es l a c u l p a ?
No lo sé.
(Con energía y acercándose a Clara: sos-
pecha que Clara ama a Gastón, y quiere
— 51 —
salvarla.) Y o , s í ; de ese h o m b r e : d e G a s t ó n .
CLARA. E S p r e c i s o n o s e r i n j u s t o s : y a le o í s t e . F u é
« u n e r r o r » , n o u n a ((burla».
ADELA. ¿ Y si h u b i e r a s i d o u n a b u r l a ?
CLARA. H u b i e r a sido u n a b u r l a de « m u y m a l
gusto».
ADELA. ¡ Q u é b l a n d a m e n t e le j u z g a s ! ¿ N a d a m á s ?
CL.UU. U n a i m p e r t i n e n c i a , u n a f a l t a de t a c t o , u n
e s c a m o t e o p o c o d i g n o . (Lo va confesando,
pero con trabajo: todavía defiende a Gas-
tón.) P e r o t a m p o c o h a y q u e e x a g e r a r l a s
c o s a s . D e s p u é s de t o d o , y o n o c r e o q u e h a -
y a sido «un c r i m e n h o r r e n d o » .
ADELA. Lo h a s i d o . P o r q u e e s a b r o m a t a n m a n s a
puede m a t a r tu felicidad y la de P e d r o .
CL^RA. ¡ Dios m í o , q u é e m p e ñ o en m i r a r l o t o d o
p o r el l a d o d r a m á t i c o ! G a s t ó n t e n í a r a z ó n .
U n h o m b r e de m u n d o , de e d u c a c i ó n m á s
e s c o g i d a q u e lo es l a d e m i e s p o s o , h u b i e r a
s i d o el p r i m e r o en r e í r s e d e u n s u c e s o q u e
sólo a l a r i s a se p r e s t a .
ADELA. . No te reiste tú, Clara. E s preciso que e s a s
justa.
CLARA. Y O , no... pero Pedro...
ADELA. L O q u e p a r a ti es a n g u s t i a y q u i z á d e s e s -
peración, no puede ser alegría p a r a tu m a -
rido.
CLARA. P e r o y o m e c o n t u v e en l o s l í m i t e s d e l a s
CLARA. P e r o une c o n t u v e en l o s l í m i t e s de l a s c o n -
veniencias sociales, y no insulté a Gastón.
ADELA. N O sólo n o le i n s u l t a s t e e n t o n c e s , s i n o q u e
a h o r a «le defiendes». (Con ironía y triste-
za; ve que la ilusión por Gastón está muy
arraigada.)
CLARA. Si en él n o h u b o m á s q u e e r r o r , ¿ p o r q u é
n o h e de d e f e n d e r l e ?
ADELA. ¿ Y si fué m a l i c i a i n f a m e ? ¿ Y si él p e n s ó
e s t o ? « C l a r a es a r d i e n t e , a p a s i o n a d a . . . E n
m i r e t r a t o se a c o s t u m b r a r á a v e r m e ; p o n -
d r á e m p e ñ o en a m a r m e , c r e y e n d o q u e s o y
s u p r o m e t i d o : m e a m a r á a l fin... Y c u a n -
d o P e d r o se p r e s e n t e , el c o r a z ó n d e s u e s -
posa, e s t a r á o c u p a d o t o d o él con m i p r o p i a
i m a g e n . D e s p u é s , d e j e m o s al tiempo...)) ¿Y"
si p e n s ó e s t o ?
CLARA. ¡ N O t a n t o ! ¡No t a n t a m a l d a d ! ¡Dios mío,
qué afán de m a n c h a r l o todo!
ADELA. N O es fácil m a n c h a r l a c o n c i e n c i a de G a s -
tón.
CLARA. P e r o c a l u m n i a r l e es fácil.
¡ C l a r a ! . . . ¡ P o b r e C l a r a ! . . . ¡Ale d a s m i e -
d o ! . . . Soy l e a l , C l a r a ; sé- l e a l c o n m i g o .
G a s t ó n l i a c o n s e g u i d o su o b j e t o : «le a m a s » .
(Con energía dolorosa.)
¡Adela!... ¡Adela!... (Protestando con.
energía laminen.) S í ; le « q u i s e » , p e r o fué
cuando pensé que mi h o n r a era compati-
ble con m i a m o r ; m á s a ú n : ¡ q u e p a r a s e r
h o n r a d a debía a m a r l e m u c h o ! . . . Pero aque-
llo... a q u e l l o . . . « p a s ó » .
¡Ojalá!
¡ E s q u e s u p o n e s . . . es q u e i m a g i n a s ! . . . A d e -
la... Adela... ¡por Dios!
(Luchando noble g desesperadamente.) No
b a s t a que dejes de q u e r e r a Gastón o que
lo d i g a s . E s p r e c i s o q u e le d e s p r e c i e s , q u e
le o d i e s : l o m e r e c e . No b a s t a q u e r e s p e t e s
l a h o n r a de P e d r o . E s p r e c i s o q u e le a m e s :
lo m e r e c e .
(También defiende desesperadamente su
ilusión.) ¡ O h ! Dios mío, ¡qué cosas dices!
L a v o l u n t a d m a n d a ; el d e b e r se c u m p l e ;
p e r o con el c o r a z ó n n o se j u e g a . (En todo
esto una mezcla de ironía y de desespera-
ción.) Me decís : «Te m a n d o q u e q u i e r a s
«a éste» c o n t o d a tu a l m a . » Y y o r e s p o n -
d o : ((Bueno, y a le q u i e r o . » Y v o s o t r o s :
« P u e s a h o r a , te o r d e n o q u e le o d i e s c o n t o -
d o s t u s o d i o s . Q u e a q u í te t r a i g o (¡otro»
h o m b r e , a quien n u n c a h a s visto, y h a s de
adorarle.» ¡Bien está!... ¡Bien está!...
¡ Ah ! Q u i t o a m o r e s , p o n g o o d i o s ; q u i t o i n -
d i f e r e n c i a s , p o n g o a m o r e s ; c o m o si el p e -
cho fuese u n t a b l e r o de a j e d r e z y se m u d a -
s e n en él de c a s i l l a i l u s i o n e s y d e s e o s ,
odios y r e p u g n a n c i a s , l á g r i m a s y risas, lu-
ces y s o m b r a s a v u e s t r o c a p r i c h o , a m o d o
de p e o n e s i n e r t e s ; ¡ c o m o si y o n o t u v i e s e
un alma y un corazón!
No sé q u é d e c i r t e : rae d a s ni i edo.
(Conteniéndose, con voz débil y ocultándo-
se el rostro.) Y a mí también me da miedo
de m í m i s m a .
Perdóname... iperdóname... (Abrazándola
y haciéndola cariños.)
No, si h a c e s b i e n ; si y o h a r í a lo m i s m o .
Te p o r t a s como u ñ a b u e n a a m i g a y como
u n a m u j e r h o n r a d a . P r o c u r a s m i felicidad
como mi p a d r e , como todos. Gastón...
— 53 —
ESCENA 111
CLARA y ADELA, ocultas detrás del cortinaje; el pú-
blico lo sabe y aun puede verlas en algún momento
o constantemente, según convenga. PEDRO, entran-
do por el fondo.
PEDRO. N O se h a b r á l e v a n t a d o t o d a v í a : es m u y
t e m p r a n o . (Pausa.) P a r a m í , y o n o s é si
a m a n e c e r á a l g u n a vez. M e p a r e c e q u e se
. me p r e p a r a u n a noche m u y larga. (Se
aproxima lentamente y con profunda emo-
ción a la primera puerta de la izquierda,
que es la del cuarto de Clara. Toda esta
escena, que en gran parte es «escena mu-
da», queda encomendada al actor.) Qui-
siera verla... y no m e atrevo. Dice q u e soy
u n a ñ e r a . ¡ Q u é m a n s a es e s t a fiera! (Se
detiene vacilante y pensativo.)
CLARA. (Cuando hablen ellas dos, siempre en voz-
baja.) ¿-Le o y e s lo q u e d i c e ?
ADELA. NO. ' •
PEDRO. ¡ Q u i é n s a b e lo q u e p o d r á s u c e d e r ! . . . ¡ S i
n o l a v i e r a m á s ! N o ; es p r e c i s o q u e e l l a
sepa ¡cuánto la he querido!... Es preciso
q u e n o m e d e s p r e c i e . . . ¡ P r i m e r o el d e s p r e -
cio y l u e g o el o l v i d o ! . . . M o r i r c o n e s t a i d e a
sería la condenación eterna.
ADELA. (A Clara.) N o se a t r e v e a e n t r a r .
CLARA. N O le oigo.
PEDRO. (Alzando la voz.) S o y s u m a r i d o . . . es m í a . . .
t e n g o d e r e c h o a r o m p e r e s a p u e r t a . . . y-
obligar a Clara a que m e oiga... ¡Es su
obligación oírme!... C u m p l a m o s todos nues-
t r a obligación.
CLARA. (A Adela.) A h o r a sí le o i g o : l a v i o l e n c i a ,
l a a m e n a z a , como antes, como siempre.
(Pedro se precipita a, la puerta; va a for-
zarla, pero se detiene.)
ADELA. P u e s sin e m b a r g o se d e t i e n e . ¿ N o v e s ? N i
a l l a m a r se a t r e v e .
PEDRO. (Retrocediendo, con desaliento y tristeza.)
¿ Q u é c o n s e g u i r í a ? Si p u d i e r a u n o h a c e r
p r e s a en l a s a l m a s c o m o se h a c e p r e s a e n
los c u e r p o s : c o g e r su « a l m a » , a p r e t a r l a
c o n t r a <da m í a » , i n f u n d i r l a t o d o el a m o r
q u e t e n g o , e n t o n c e s , b u e n o . P e r o esto n o
es posible : l a s a l m a s n o son p a l p a b l e s ; la
f u e r z a n o s i r v e c o n t r a e l l a s . Si u n a c h i s -
p a d e fuego se a c e r c a a u n c o m b u s t i b l e ,
con s e r é s t e r u i n m a t e r i a , e n él p r e n d e y
p r o n t o lo c o n v i e r t e e n h o g u e r a . Y m i a l m a
es t o d a l l a m a r a d a s , y el a l m a d e C l a r a e s
t o d a h i e l o , <y m e a c e r c a r í a a ella, y l a a p r e -
t a r í a contra mí... y su a l m a seguiría sien-
do hielo... N a d a p u e d o . . . n a d a p u e d o . . . si
ella n o ((quiere q u e r e r m e » . . . ¡ n a d a p u e d o !
.ADELA. ¿¡Entiendes algo?
CLARA. De u n m o d o v a g o : m e d i a s p a l a b r a s ; a l -
g u n a e x c l a m a c i ó n ; n o sé lo q u e dice.
..PEDRO. ¿ Y s i p i e r d o l a v i d a e n ese l a n c e ? ¿ Y s i
q u e d a vivo G a s t ó n ? ¡ E n t o n c e s q u e d a Cla-
r a s i n defensa e n p o d e r de ese m a l v a d o !
N o . . . n o . . . es p r e c i s o q u e y o l a v e a . . . ¡ P e r o
si m e r e c h a z a s i e m p r e . . . s i n o m e q u i e r e . . .
si m e d e s p r e c i a ! . . . ¡ C l a r a . . . C l a r a ! . . . ¡ N o
m e c o n o c e s , n o m e c o n o c e s ! (Se. deja caer
en una silla y oculta el rostro entre las
manos: llora./
ADELA. ¿ T a m p o c o le h a s o í d o a h o r a ?
CLARA. No.
ADELA. Mira... m i r a . . . ese h o m b r e t a n violento,
t a n amenazador... está llorando.
CLARA. No l o sé. T i e n e l a c a b e z a e n t r e l a s m a n o s ,
p e r o n o s é s i l l o r a . M e p a r e c e difícil q u e
P e d r o l l o r e p o r m í . N o lo n i e g o : d i g o q u e
n o lo s é . . H e a p r e n d i d o a n o c r e e r e n i l u -
siones.
PEDRO. (Levantándose con ímpetu.) ¡Ea!... ¡Es
p r e c i s o ! . . . ¡ C o b a r d í a e s t ú p i d a ! . . . (Se acer-
ca resuelto a la puerta; luego se detie-
ne; esto varias veces, graduadas, como re-
sulte mejor. Es una escena muda que el ac-
tor interpretará como crea oportuno.) ¡No!
No m e atrevo... no m e atrevo... no m e atre-
v o . . . (Sale por el fondo desesperado.)
ESCENA IV
CLARA y ABELA vienen al primer término.
ADELA. ¿Y qué?
CLARA. Nada.
ADELA. A n t e t u p u e r t a se h a d e t e n i d o , y e r e s s u y a ,
s u y a . N o es el h o m b r e b r u t a l q u e d e c í a s .
— 56 —
CLARA. " ¿ Q u e h a c e n ? . . . E s o s . . . l o s t r e s q u e h e m o s
visto, ¿ q u é h a c e n ?
ADELA. Pasean y hablan tranquilamente.
CLARA. ¡ T r a n q u i l a m e n t e ! . . . ¿ Y... é l . . . G a s t ó n ?
ADELA. G a s t ó n e s t á frío, i m p a s i b l e . S o n r í e c o n i n -
diferencia, como si n o se p r e p a r a s e a d a r
muerte a u n amigo.
CLARA. L O S h o m b r e s s o n a s í : t e d i r á n q u e eso lo
q u e p r u e b a es « s u v a l o r » .
.ADELA. ¿ Y t ú le a d m i r a s p o r s u v a l o r ?
CLARA. N O h e p e n s a d o e n t a l cosa. P e n s á n d o l o ,
pensaría u n a infamia.
ADELA. Al m e n o s n o s a b e s fingir.
CLARA. N O sé f i n g i r : s i a l g ú n d í a t e d i g o q u e d e s -
p r e c i o a G a s t ó n , s e r á p o r q u e le d e s p r e c i e .
H a s t a e n t o n c e s . . . n o p u e d o d e c i r lo q u e n o
siento.
ADELA. Así te quiero.
CLARA. Y' a h o r a , ¿ q u é h a c e n ? . . . ¿ q u é h a c e n ? . . . (Al
mismo tiempo quiere y no quiere asomarse
a la ventana..)
ADELA. Ven a verlo.
CLARA. N O; yo no. Dímelo tú.
ADELA. L a c o n v e r s a c i ó n se h a a n i m a d o y r í e n m u -
cho. G a s t ó n es el m á s e x p r e s i v o , el m á s
b r o m i s t a . E n s u s a d e m a n e s , q u e s o n ele-
g a n t í s i m o s , se conoce q u e está « c o n t a n d o
a l g o » , y l o s d e m á s c e l e b r a n «lo q u e c u e n -
ia». A c é r c a t e . . . es c u r i o s o . . .
CLARA. NO.
ADELA. E s p e r a . . . ¡ a h ! . . . explica «cómo a l g u i e n c a e
en s u s b r a z o s » . . . ¡ y c o n q u é m í m i c a t a n
e x q u i s i t a lo e x p l i c a ! . . . ¡ D i o s m e p e r d o n e ,
p o r o y o c r e o q u e l e s refiere c o n g r a n r e g o c i -
jo el" l a n c e d e a y e r : d e q u é m o d o t ú l e
c e ñ i s t e el c u e l l o !
CLARA. (Se precipita al balcón.) ¡ M e n t i r a ! . . . (Ob-
serva con empeño.) No... ¡Creo q u e tienes
— 59 —
ESCENA V
CLARA y PEDRO. Clara se retira un poco hacia el
fondo. Pedro entra sin verla. Esta escena, importan-
tísima y decisiva, queda encomendada a los actores.
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ESCENA V I
CLARA y PEDRO; GASTON por la puerta de las-
habitaciones del Marqués.
FIN
N O T A S
PRIMERA
E n l a t r a d u c c i ó n i t a l i a n a n o se ¡hicieron m á s que-
las siguientes modificaciones :
Se c o r t ó c a s i t o d a l a p r i m e r a e s c e n a d e l p r i m e r
acto entre los criados, reduciéndola a u n a s c u a n t a s
frases
P e d r o n o e n t r e g a a G a s t ó n l a c a r t a y el r e t r a t o ,
s i n o este ú l t i m o , q u e G a s t ó n t r a e p r e p a r a d o c u a n d o -
v u e l v e a e s c e n a . De s u e r t e q u e a v i s t a del e s p e c t a -
d o r s e p o n e n los sellos a l a c a r t a .
E n el s e g u n d o a c t o se h i c i e r o n t a m b i é n a l g u n o s ;
p e q u e ñ o s c o r t e s ; p e r o l a p r i n c i p a l m o d i f i c a c i ó n fué
reducir a la mitad la escena entre Clara y Pedro,,
a fin de l l e g a r c o n m á s r a p i d e z a l a e x p l i c a c i ó n defi-
nitiva.
E n el a c t o t e r c e r o , a d e m á s de v a r i o s c o r t e s , se s u -
p r i m i e r o n todos los bocadillos que dicen C l a r a y Ade-
la d e t r á s de l a c o r t i n a , q u e d a n d o sólo el m o n ó l o g o -
de P e d r o .
T a m b i é n , se a b r e v i ó l a e s c e n a e n t r e éste y C l a r a .
P o r ú l t i m o , s i g u i e n d o l o s c o n s e j o s de l o s q u e v i e -
r o n los e n s a y o s , se h i z o q u e s a l i e s e , e n l a e s c e n a
final del d r a m a , L o l a , a fin de t e r m i n a r l a o b r a c o n
u n a nata cómica.
SEGUNDA
P o s t e r i o r m e n t e , el s e ñ o r Novelli, con s u g r a n p r á c -
t i c a t e a t r a l , con b u e n d e s e o , q u e le a g r a d e z c o , y c o n
e n t u s i a s m o , q u e n u n c a o l v i d a r é , p o r l a o b r a y p o r ©I
a u t o r , se p r o p o n e i n t r o d u c i r a l g u n a s o t r a s m o d i f i c a -
ciones, cuyo texto no incluyo p o r q u e no h a llegado
a m i p o d e r a l d a r el d r a m a a l a i m p r e n t a , p e r o q u e
s e g ú n m e explicó el i n s i g n e a c t o r s o n l a s s i g u i e n t e s :
E n el p r i m e r a c t o , f o t o g r a f í a s de P e d r o y G a s t ó n
a p a r e c e n en l a escena.
Al ñ n a l , G a s t ó n n o d i c e lo q u e h a h e c h o : se d e j a
q u e lo a d i v i n e el p ú b l i c o .
E n el s e g u n d o a c t o i n t r o d u c e o t r o p e r s o n a j e , a
s a b e r : d o ñ a G e r t r u d i s , t í a d e C l a r a , q u e salo a es-
cena p a r a d a r m á s a n i m a c i ó n al c u a d r o .
A d e m á s , se e x p l i c a q u e l a b o d a se h a v e r i f i c a d o
p o r p o d e r e s p o r e n f e r m e d a d de P e d r o , q u e , c r e y e n d o
m o r i r , quiso d e j a r su f o r t u n a a Clara.
Se s u p r i m e p o r c o m p l e t o l a e s c e n a d e este a c t o
e n t r e P e d r o y C l a r a . E s t a se r e t i r a a v e r g o n z a d a del
e r r o r que h á cometido, y a t e r r a d a a n t e la actitud
a m e n a z a d o r a d e P e d r o . Ño presencia, pues, la p r o -
v o c a c i ó n d e éste.
E n el a c t o t e r c e r o , a l a s e s c e n a s en q u e figura A d e -
l a se s u s t i t u y e n o t r a s e q u i v a l e n t e s en q u e t o m a p a r t e
doña Gertrudis.
OBRAS Dh DON JOSÉ ECHEGARAY
El libro t a l o n a r i o , c o m e d i a en u n acto, o r i g i n a l y en
verso.
L a e s p o s a del v e n g a d o r , d r a m a en tres actos, o r i g i n a l
y e n verso.
La ú l t i m a n o c h e , d r a m a en tree a c t o s y u n epílogo, ori-
ginal y e n verso.
E n el p u ñ o de la e s p a d a , d r a m a t r á g i c o en tres a c t o s ,
original y en verso.
U n sol que n a c e y u n sol que m u e r e , c o m e d i a en u n
acto, o r i g i n a l y e n verso.
Gomo e m p i e z a y c ó m o a c a b a , d r a m a t r á g i c o en t r e s ac-
tos, o r i g i n a l y e n verso. ( P r i m e r a p a r t e de u n a tri-
logía.)
£1 g l a d i a d o r de R á v e n a , t r a g e d i a en u n acto y e n
verso, imitación.
O l o c u r a o s a n t i d a d , d r a m a en tres a c t o s , o r i g i n a l y en
prosa.
Iris de p a z , c o m e d i a en u n acto, o r i g i n a l y en verso.
P a r a tal c u l p a tal p e n a , d r a m a e n dos a c t o s , o r i g i n a l
y en v e r s o .
Lo que n o p u e d e decirse, d r a m a en t r e s a c t o s , o r i g i n a l
y en p r o s a . ( S e g u n d a p a r t e de l a trilogía.)
En el pilar y en la cruz, d r a m a en tres a c t o s , o r i g i n a l
y en verso.
Correr en p o s de u n i d e a l , c o m e d i a o r i g i n a l , en t r e s
a c t o s y en v e r s o .
A l g u n a s veces aquí, d r a m a o r i g i n a l , en tres a c t o s y en
prosa.
Morir por no d e s p e r t a r , l e y e n d a d r a m á t i c a o r i g i n a l ,
en u n acto y e n verso.
En el s e n o de la m u e r t e , l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l , e n
t r e s a c t o s y en v e r s o .
B o d a s t r á g i c a s , c u a d r o d r a m á t i c o del s i g l o XVI, ori-
g i n a l en u n acto y en verso.
M a r s i n o r i l l a s , d r a m a o r i g i n a l , en tres a c t o s y en
verso.
La m u e r t e en los l a b i o s , d r a m a e n tres a c t o s y en p r o s a .
El g r a n g a l e o t o , d r a m a o r i g i n a l , en tres actos y e n
v e r s o , p r e c e d i d o de u n d i á l o g o en p r o s a .
H a r o l d o el n o r m a n d o , l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l , en trefe
a c t o s y esn verso.
Los d o s c u r i o s o s i m p e r t i n e n t e s , d r a m a en tres a c t o s y
e n verso. (Tercera p a r t e d e l a t r i l o g í a . )
Conflicto entre dos d e b e r e s , d r a m a en tres a c t o s y en
verso.
Un m i l a g r o en E g i p t o , estudio t r á g i c o , en tres a c t o s
y en verso.
P i e n s a m a l . . . ¿y a c e r t a r á s ? , c a s i p r o v e r b i o , en tres ac-
t o s y en verso.
L a p e s t e de Otranto, d r a m a o r i g i n a l , e n tres a c t o s y
en verso.
V i d a a l e g r e y m u e r t e triste, d r a m a o r i g i n a l , en t r e s
a c t o s y en verso.
El b a n d i d o L i s a n d r o , estudio d r a m á t i c o , én tres c u a -
dros y en p r o s a .
Dé m a l a raza, d r a m a en tree a c t o s y en p r o s a .
Dos f a n a t i s m o s , d r a m a e n tres a c t o s y en p r o s a . ,
El c o n d e Lotario, d r a m a en u n acto y e n v e r s o .
La r e a l i d a d y el delirio, d r a m a en tres a c t o s y en p r o s a .
El h i j o d e c a r n e y el hijo de hierro, d r a m a e n t r e s ac-
tos y en prosa.
Lo s u b l i m e en lo v u l g a r , d r a m a e n tres a c t o s y en verso.
M a n a n t i a l que no s e a g o t a , d r a m a en tres a c t o s y en
verso.
Los r í g i d o s , d r a m a e n tres a c t o s y en v e r s o , p r e c e d i d o
de u n d i á l o g o - e x p o s i c i ó n en p r o s a .
S i e m p r e en ridículo, d r a m a en tres a c t o s y en prosa. • .
El p r ó l o g o de u n d r a m a , d r a m a en u n acto y en v e r s o .
Irene de Otranto, ó p e r a en tres a c t o s y en verso.
Un critico i n c i p i e n t e , c a p r i c h o c ó m i c o en tres a c t o s y
en p r o s a .
C o m e d i a s i n d e s e n l a c e , e s t u d i o c ó m i c o - p o l í t i c o , en t r e s
a c t o s y e n prosa.
El hijo de Don J u a n , d r a m a o r i g i n a l , en tres a c t o s y e n
p r o s a , i n s p i r a d o por l a l e c t u r a de la o b r a de I b s e n
titulada «Gengangere».
S i c v o s n o n v o b i s o la ú l t i m a l i m o s n a , c o m e d i a r ú s t i c a
o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y en p r o s a .
M a r i a n a , d r a m a o r i g i n a l , en tres a c t o s y u n e p í l o g o ,
en p r o s a .
El poder de la i m p o t e n c i a , d r a m a en tres a c t o s y en
prosa.
A la orilla del m a r , c o m e d i a en tres a c t o s y u n e p í l o g o ,
en prosa.
La r e n c o r o s a , c o m e d i a en t r e s a c t o s y en p r o s a .
M a r í a - R o s a , d r a m a t r á g i c o , de c o s t u m b r e s p o p u l a r e s ,
en t r e e a c t o s y en p r o s a . ( T r a d u c c i ó n . ) 4 .
M a n c h a que l i m p i a , d r a m a t r á g i c o , en c u a t r o a c t o s y
en p r o s a .
El p r i m e r acto de un d r a m a , c u a d r o d r a m á t i c o , e n
verso.
El e s t i g m a , d r a m a en t r e s a c t o s y e n p r o s a ;
La c a n t a n t e callejera, a p r o p ó s i t o l í r i c o , en u n c u a d r o
y en p r o s a .
S e m í r a m i s o la hija del aire ( r e f u n d i c i ó n ) . D r a m a en
t r e s j o r n a d a s y en v e r s o .
T i e r r a b a j a , d r a m a e n t r e s a c t o s y en p r o s a . ( T r a d u c -
ción.)
La c a l u m n i a por c a s t i g o , d r a m a en p r o s a , en t r e s a c t o s
y un prólogo.
La d u d a , d r a m a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y en p r o s a .
El h o m b r e n e g r o , d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y en
prosa.
S i l e n c i o de m u e r t e , d r a m a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y e n
prosa.
El loco Dios, d r a m a o r i g i n a l , en c u a t r o a c t o s y en p r o s a
M a l a s h e r e n c i a s , d r a m a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y en
prosa.
La e s c a l i n a t a de un t r o n o , d r a m a t r á g i c o o r i g i n a l , en
c u a t r o a c t o s y en v e r s o .
La d e s e q u i l i b r a d a , d r a m a o r i g i n a l , en c u a t r o a c t o s y
en p r o s a .
A f u e r z a de a r r a s t r a r s e , f a r s a c ó m i c a , o r i g i n a l , en u n
p r ó l o g o y t r e s a c t o s , en p r o s a .
Entre dolora y c u e n t o , m o n ó l o g o .
El m o d e r n o E n d i m i ó n , í d e m .
El c a n t o de la s i r e n a , í d e m .
El preferido y los c e n i c i e n t o s , d r a m a v u l g a r o e s c e n a s
de f a m i l i a , en u n p r ó l o g o y d o s -actos, por Librado
Ezguienza. s
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