GREGORIO TAUMATURGO - Elogio Del Maestro Cristiano
GREGORIO TAUMATURGO - Elogio Del Maestro Cristiano
GREGORIO TAUMATURGO - Elogio Del Maestro Cristiano
gregorio taumaturgo
E L O G I O DEL
MAESTRO
CRISTIANO
E l A u t o r del D i s c u r s o a O r í g e n e s , nació en
Neocesarea, una ciudad de la provincia del
P o n t o , alrededor del año 2 1 3 . Huérfano de
padre a los 14 años, se e n c o n t r ó c o n el cris-
tianismo. D e familia acomodada, se traslada
a Cesárea de Palestina, en donde entra en con-
tacto con el círculo de discípulos de Oríge-
nes. D e ahí que comience a estudiar filosofía
con el maestro alejandrino. Vuelve a su pa-
tria y llega a ser obispo de su ciudad natal.
10
Gregorio Taumaturgo
ELOGIO DEL
MAESTRO CRISTIANO
Discurso de agradecimiento a
Orígenes
Introducción, traducción y notas de
Marcelo Merino Rodríguez
ISBN: 84-86987-76-8
Depósito Legal: NA-1352-1994
1. Vida
Los d a t o s b i b l i o g r á f i c o s de G r e g o r i o de Neocesarea
los e n c o n t r a m o s e n d i s t i n t o s autores de la antigüedad: fun-
1 2
damentalmente en Eusebio , san Gregorio de Nisa , el
3 4 5
historiador S ó c r a t e s , san J e r ó n i m o , R u f i n o de Aquileya
6
y Casiodoro , entre otros. Un poco más tardío es el
7
testimonio de B e d a . Pero las r e s e ñ a s más importantes
q u e se r e f i e r e n a los primeros a ñ o s de su vida n o s son
t r a n s m i t i d a s p o r el m i s m o G r e g o r i o en el Discurso a Orí-
genes.
Por la m e n c i ó n q u e h a c e de n u e s t r o a u t o r el h i s t o -
r i a d o r E u s e b i o , s a b e m o s q u e el p e r s o n a j e q u e n o s ocupa
se llamaba en un principio Teodoro, y muy probable-
mente —los datos no son e x p l í c i t o s al r e s p e c t o — , con
m o t i v o de la r e c e p c i ó n del B a u t i s m o c r i s t i a n o , a d o p t ó el
8
nombre de G r e g o r i o .
de G r e g o r i o era c r i s t i a n a y q u e a la m u e r t e de su m a r i d o
p u d o e d u c a r a sus hijos c o n f o r m e a sus c o n v i c c i o n e s reli
giosas. C o n esta h i p ó t e s i s se p r e t e n d e e x p l i c a r de alguna
m a n e r a la frase o b s c u r a y difícil de G r e g o r i o : «Entonces
fue c u a n d o m e a c e r q u é al L o g o s , salvador y verdadero,
1 5
n o sé c ó m o ; m á s a la fuerza q u e v o l u n t a r i a m e n t e » . Lo
realmente c i e r t o es que d e s c o n o c e m o s la fecha e x a c t a en
que e n t r ó a formar p a r t e de la r e l i g i ó n cristiana.
F r e c u e n t a j u n t o a su h e r m a n o A t e n o d o r o , la escue
la de r e t ó r i c a y p o c o más t a r d e , a instancias de su p r o p i a
1 6
m a d r e , estudia la lengua latina y el d e r e c h o en su ciu
17
dad n a t a l . E s t a etapa educativa q u e se refiere al e s t u d i o
de la lengua latina t i e n e gran i m p o r t a n c i a en la t e r m i n o
1 8
logía del T a u m a t u r g o , y es u n a de las dificultades con
que se e n c u e n t r a el o r a d o r a la h o r a de p r o n u n c i a r su
1 9
Discurso en griego .
m á s , su h e r m a n a está casada c o n u n o de l o s c o n s e j e r o s
2 1
del gobernador de P a l e s t i n a . P r e c i s a m e n t e , este hecho
del m a t r i m o n i o de la h e r m a n a fue el q u e m o t i v ó el tras-
l a d o de ésta a C e s á r e a de P a l e s t i n a y , j u n t o c o n ella, el
2 2
de l o s dos h e r m a n o s , Gregorio y Atenodoro .
U n a v e z i n s t a l a d o s e n la c a p i t a l de P a l e s t i n a , a m b o s
hermanos e n t r a n a f o r m a r p a r t e del c í r c u l o de l o s discí-
2 3
p u l o s de O r í g e n e s , q u i e n h a b í a c r e a d o u n a e s c u e l a t e o -
2 4
lógica en dicha c i u d a d . Después de algunas reticencias
25
y no pequeños sacrificios , G r e g o r i o y su h e r m a n o de-
c i d e n e s t u d i a r filosofía c o n el m a e s t r o a l e j a n d r i n o , d u r a n -
2 6
te un largo período de t i e m p o . Finalmente, por razo-
nes que el autor del Discursono manifiesta con toda
c l a r i d a d , l o s h e r m a n o s d e c i d e n alejarse de O r í g e n e s , p a r a
v o l v e r a su patria.
E n el a ñ o 2 6 5 , G r e g o r i o y su h e r m a n o participan
en el C o n c i l i o c e l e b r a d o en la ciudad de A n t i o q u í a . El
C o n c i l i o se r e u n i ó p a r a e x a m i n a r la d o c t r i n a adopcionis-
ta y la vida escandalosa del o b i s p o de la m e n c i o n a d a ciu-
3 8
dad, P a b l o de Samosata .
No sabemos a c i e n c i a c i e r t a la fecha de la m u e r t e
de n u e s t r o a u t o r . P a r e c e ser q u e t u v o lugar d u r a n t e el
3 9
m a n d a t o de A u r e l i a n o , e n t r e los a ñ o s 2 7 0 - 2 7 5 . Grego-
r i o debía t e n e r p o r aquel e n t o n c e s u n o s sesenta años.
2. Las obras
E l s a n t o o b i s p o de N e o c e s a r e a era m á s un hombre
ecclésiastique des six premien siécles, vol. I V , Paris 1963, pp. 289-304; etc.
39. Existen dos testimonios diferentes al respecto: el Menologium Groe-
corum, ad diem 17 novemb., parte I, 1727, p. 194, afirma que Grego-
rio vivía en tiempos del emperador Aureliano. Sin embargo, Suidas (Le-
xicón) constata que el Taumaturgo murió durante el reinado de Juliano;
la edición del Migne ( P G 10, 9 8 3 , nota 66) afirma que bz\ 'IouXiavoü
debe ser leído por ¿jti 'AupeXiavoG, según los testimonios más antiguos.
40. C t . W . TELFER, The Cultus of St. Gregory Thaumaturgus, en
« H T h R » , 29 (1936) 225-344; A . SOLOVIEW, Saint Gregotre, Patrón de
Bosme, en «Byzan» 19 (1949) 263-279.
41. La etimología del sobrenombre deriva de 8aúua (maravilla) y ípyov
(obra). Se refiere, pues, al autor de cosas estupendas y prodigiosas. Después
de Gregorio, llevaron este apelativo: León de Catania, en el siglo VIII;
Francisco de Paula, en el siglo X V ; y un siglo después, nuestro san Fran-
cisco Javier.
16 INTRODUCCIÓN
E n t r e l o s e s c r i t o s q u e v e r d a d e r a m e n t e s a l i e r o n de la
p l u m a de san G r e g o r i o , además del Discurso de agradeci
miento a Orígenes, q u e e s t u d i a r e m o s más adelante c o n de
t e n i m i e n t o , p o d e m o s m e n c i o n a r el Símbolo o Exposición
41
de la fe , en el q u e , de f o r m a m u y clara y precisa, e x
p o n e el d o g m a c a t ó l i c o de la S a n t í s i m a T r i n i d a d ; según
u n a l e y e n d a , el Símbolo fue r e v e l a d o a G r e g o r i o p o r el
m i s m o evangelista san J u a n , a r u e g o s de la V i r g e n M a
4 3
r í a . T a m b i é n t e n e m o s q u e a t r i b u i r al p r i m e r o b i s p o de
N e o c e s a r e a u n a Epístola canónica**, dirigida a un c o l e g a
II. P E R F I L E S B I B L I O G R Á F I C O S Y L I T E R A R I O S D E L DIS-
CURSO
O r í g e n e s en C e s á r e a de P a l e s t i n a , e x p r e s a su g r a t i t u d al
6 0
maestro por los muchos b e n e f i c i o s allí r e c i b i d o s . S i -
g u i e n d o las n o t i c i a s t r a n s m i t i d a s p o r el h i s t o r i a d o r Sócra-
6 1
t e s , s a b e m o s q u e el t e x t o del D i s c u r s o fue descubierto
por Panfilo en la b i b l i o t e c a de Cesárea. Sin embargo,
E u s e b i o de C e s á r e a n o m e n c i o n a esta o b r a del Taumatur-
g o e n la H i s t o r i a e c l e s i á s t i c a q u e h a l l e g a d o hasta noso-
6 2
t r o s . E n c a m b i o , san J e r ó n i m o , sí q u e n o s da u n testi-
monio e x p l í c i t o del discurso. También lo encontramos
6 3
citado por Suidas .
1. Manuscritos
6 4
Según K o e t s c h a u , en la i n t r o d u c c i ó n de su o b r a ,
la lista de los m a n u s c r i t o s q u e n o s t r a n s m i t e n el t e x t o
del D i s c u r s o en h o n o r a O r í g e n e s son los siguientes:
2. Ediciones
F i n a l m e n t e , el D i s c u r s o t a m b i é n ha sido p u b l i c a d o
7 4 7 5
p o r separado o t r a s veces p o r B e n g e l y Koetschau . Es
ta ú l t i m a es la preferida p o r n o s o t r o s en la p r e s e n t e in
v e s t i g a c i ó n , j u n t a m e n t e c o n la p u n t u a c i ó n realizada por
B e n g e l , en la m a y o r í a de los casos.
3. Traducciones
Además de las t r a d u c c i o n e s l a t i n a s e x i s t e n t e s , el
D i s c u r s o del T a u m a t u r g o ha sido trasladado a o t r a s len-
L a v e r s i ó n castellana de R u i z B u e n o t i e n e c o m o ba-
se el t e x t o griego t r a n s m i t i d o en el M i g n e , q u e , a su vez,
está f u n d a m e n t a d o en el t r a b a j o e d i t o r i a l de G a l l a n d , que
se s i r v i ó del e s t u d i o de B e n g e l . N u e s t r a traducción, en
c a m b i o , p o s e e c o m o fuente el t e x t o g r i e g o transmitido
en la e d i c i ó n de K o e t s c h a u , c o n bastantes lecturas distin-
tas r e s p e c t o a la de B e n g e l . L a s diferencias s o n señaladas
en el p r e s e n t e t r a b a j o p o r las respectivas n o t a s a pie de
página, allá d o n d e t e n g a n lugar.
De o t r a p a r t e , la v e r s i ó n de R u i z B u e n o , sin des-
m e r e c e r p o r e l l o , está realizada c o n f o r m e a u n a c i e r t a li-
a
76. Cf. J . MARGRAF, Bibliotbek der Kircbenváter, vol. 159, I ed.,
Kempten 1875.
a
77. H . BOURIER, Bibliothek der Kircbenváter, v o l . 2 , 2 ed.,
Kempten-Munich 1912. También existe otra traducción realizada por
O . Bardenhewer, Geschichte der Altkirchlichen Literatur, vol. 2 , Frei-
burg in B r . 1903.
78. S. D . F . SALMOND, en Ante-Nicene Christian Library, vol. X X ,
a
2 ed., Edimburg 1871; Id., en Ante-Nicene Fathers, vol. V I , Buffalo
1884.
79. W . METCLAFE, en Translation of Christian Literature, Greek
texts, Londres y N e w Y o r k 1907 y 1920.
80. N . J . SAGARDA, San Gregorio de Neocesarea, su vida, sus obras,
y su teología, Petrogrado 1916.
81. H . CROUZEL, Remerciement a Origéne suivi de la Lettre d'Ori-
géne a Gregoire, Paris 1969.
82. D . RUIZ BUENO, Orígenes, Contra Celso, en Apéndice, Madrid
1967.
INTRODUCCIÓN 25
4. Estudios
8 9
M a r o t t a , q u i e n e s estudian a s p e c t o s p a r t i c u l a r e s del dis-
curso.
5. La autenticidad
H a s t a h a c e p o c o s a ñ o s , t a n t o los e d i t o r e s , c o m o los
traductores y anotadores del Agradecimiento a Orígenes
ú n i c a m e n t e se e s f o r z a b a n en sugerir c o r r e c c i o n e s , al o b j e -
t o de m e j o r a r el t e x t o del d i s c u r s o . P e r o , en 1 9 7 7 surge
un n u e v o p r o b l e m a : ¿ E l Agradecimiento a Orígenes debe
a t r i b u i r s e a san G r e g o r i o T a u m a t u r g o ? ¿ N o será de o t r o
G r e g o r i o ? E f e c t i v a m e n t e , u n a r e c i e n t e p u b l i c a c i ó n de P .
Nautin s o b r e O r í g e n e s p o n e e n duda la paternidad del
90
discurso .
E l p r o f e s o r de la S o r b o n a distingue tres G r e g o r i o s :
el T a u m a t u r g o , el a u t o r del D i s c u r s o o b j e t o de estas pá-
ginas nuestras, y el d e s t i n a t a r i o de la Carta a Gregorio,
salida de la p l u m a de O r í g e n e s . N a u t i n señala i g u a l m e n t e
q u e la t r a d i c i ó n atribuida a san G r e g o r i o T a u m a t u r g o c o -
m o a u t o r del D i s c u r s o de Agradecimiento a Orígenes, pro-
n u n c i a d o p o r un d i s c í p u l o del m a e s t r o a l e j a n d r i n o , p u e d e
p r o v e n i r de la c o n f u s i ó n h e c h a p o r el h i s t o r i a d o r Euse-
9 1
bio de C e s á r e a , q u i e n presenta al T a u m a t u r g o como
d i s c í p u l o de O r í g e n e s . E l e q u í v o c o , según N a u t i n , es cla-
r o : el c o n t e n i d o de la Carta a Gregorio es m u y parecido
al del Agradecimiento, y p o r eso E u s e b i o identifica al des-
t i n a t a r i o de aquélla y al a u t o r de éste; p o r o t r a p a r t e , la
homonimia ha llevado a E u s e b i o a identificar a dicho
9 2
G r e g o r i o c o n el Taumaturgo .
E n p r i m e r lugar, el t í t u l o d a d o al D i s c u r s o p o r la
tradición manuscrita, afirma Nautin, no se r e m o n t a al
a u t o r m i s m o , pues es i n v e r o s í m i l que el o b i s p o de N e o -
cesarea se d e n o m i n a r a a sí m i s m o « s a n t o » y «Taumatur-
g o » . E l t í t u l o , sin duda, es p o s t e r i o r a la m u e r t e del ora-
dor que lo pronunciara. El verdadero título debía
i n d i c a r , sigue d i c i e n d o el p r o f e s o r de la S o r b o n a , el n o m -
b r e de T e o d o r o , que es el q u e E u s e b i o d e b i ó encontrar,
p e r o el h i s t o r i a d o r de C e s á r e a c o n f u n d i ó a T e o d o r o c o n
que los dos estaban c o m o embebidos por los estudios griegos y roma-
nos, Orígenes les fue inoculando el amor a la filosofía y les impulsó
a trocar por la ascesis divina aquel su primer ardor. C i n c o años ente-
ros convivieron con él y tan grande fue su mejoramiento en las cosas
divinas que, aún siendo jóvenes ambos, se les consideró dignos del
episcopado de las Iglesias del Ponto».
92. Cf. P. N A U T I N , O. C , p. 184.
9 3 . Aquí nos fijamos únicamente en los argumentos que Nautin
saca del texto del Agradecimiento. Sin embargo, en su obra menciona
otros, que tienen c o m o fuente la carta de Orígenes a Gregorio y otros
en los que n o nos detenemos por caer fuera del alcance de nuestra in-
tención. Para una visión completa de los argumentos expuestos por el
profesor de la Sorbona, cf. H . C R O U Z E L , Faut-il voir tres personnages
en Gregoire le Thaumaturge?, en «Greg» 60 (1979) 287-320.
2X INTRODUCCIÓN
c i o n a d o s , y m a n i f i e s t a su d e s a c u e r d o al r e s p e c t o " . E l in-
v e s t i g a d o r p i e n s a que n u e v a m e n t e E u s e b i o se ha e q u i v o -
cado por n o consultar debidamente el e s c r i t o q u e men-
ciona.
Contrariamente a l o q u e se v e n í a p e n s a n d o , argu-
m e n t a N a u t i n en q u i n t o lugar, O r í g e n e s n o a b r i ó ningu-
n a escuela en C e s á r e a de P a l e s t i n a . O r í g e n e s n o t u v o en
d i c h a ciudad n i n g ú n o t r o d i s c í p u l o que n o fuera T e o d o -
r o , a q u i e n f o r m ó f i l o s ó f i c a m e n t e a p e t i c i ó n del cuñado
de éste. A d e m á s Nautin arguye que dicho cuñado era
1 0 1
cristiano .
F i n a l m e n t e , el p r o f e s o r fija la llegada de T e o d o r o a
C e s á r e a en la segunda m i t a d del a ñ o 2 3 8 , y la p r o n u n c i a -
c i ó n del D i s c u r s o a p r i n c i p i o s del 2 4 5 , es d e c i r , ocho
a ñ o s después, c o m o puede desprenderse de las palabras
1 0 2
m i s m a s de T e o d o r o . P o r t o d o e l l o , según N a u t i n , los
viajes de O r í g e n e s i n d i c a d o s p o r E u s e b i o h a y que situar-
los c r o n o l ó g i c a m e n t e antes o después del 2 3 8 y del 2 4 5
103
respectivamente .
99. Cf. P. NAUTIN, O. C, p. 82. Las hipótesis son las que nosotros
hemos expuesto con anterioridad.
100. Cf. Ib., pp. 447-448.
101. Ib., pp. 5 9 , 187-188, 344, 3 8 4 y 4 3 4 .
102. Cf. Agradecimiento..., § 65.
103. Cf. P. NAUTIN, o. c , pp. 380-382, 4 3 3 , 4 3 5 ; EUSEBIO DE CE-
SÁREA, Hist. eccl., V I , 27.
30 INTRODUCCIÓN
A f i r m a C r o u z e l q u e , en e f e c t o , el t í t u l o del D i s c u r -
so n o es de G r e g o r i o ; t a m p o c o p u e d e derivar de su des-
cubridor P a n f i l o o del m i s m o E u s e b i o , p u e s t o que los
apelativos sanctus y hágios aparecen por vez primera en
la segunda m i t a d del siglo c u a r t o , c o m o a t r i b u t o de u n a
p e r s o n a individual, e i n d i c a n d o que d i c h a p e r s o n a es ve-
1 0 5
nerada c o m o tal p o r la I g l e s i a . P o r o t r a p a r t e , el cali-
f i c a t i v o « T a u m a t u r g o » a p l i c a d o al p r i m e r o b i s p o de N e o -
1 0 6
cesarea, p a r e c e ser del siglo V I . E l t í t u l o del d i s c u r s o ,
por tanto, podría ser d a t a d o n o m u c h o a n t e s del siglo
V I . A d e m á s , el p r i m i t i v o t í t u l o del D i s c u r s o p o d í a llevar
el n o m b r e de « T e o d o r o » , i n c l u s o es p o s i b l e que E u s e b i o
lo c o n o c i e r a c o n d i c h o n o m b r e , t o d o lo cual n o c o n t r a -
dice en n i n g u n a m a n e r a la a f i r m a c i ó n del h i s t o r i a d o r so-
b r e el d o b l e n o m b r e del T a u m a t u r g o : Teodoro y Gre-
gorio.
1 0 7
L a segunda h i p ó t e s i s de N a u t i n , según Crouzel ,
es m u y difícil de s o s t e n e r : el c u ñ a d o del j o v e n T e o d o r o
o b l i g ó a éste a asistir a las clases de O r í g e n e s . D i c h a afir-
m a c i ó n , sin f u n d a m e n t o suficiente, n o se e n t i e n d e tratán-
dose de O r í g e n e s , el t e ó l o g o de la l i b e r t a d p o r e x c e l e n -
cia. L a c o n t r a r i e d a d sufrida p o r T e o d o r o , al a c e r c a r s e al
m a e s t r o , n o es m o t i v a d a p o r la c o a c c i ó n de su cuñado,
s i n o p o r u n a c i e r t a r e s i s t e n c i a i n t e r i o r del p r o p i o discípu-
l o , que ha t e n i d o que r e n u n c i a r a sus q u e r i d o s estudios
1 0 8
de d e r e c h o .
q u e le a c o m p a ñ a i g u a l m e n t e a C e s á r e a , y asiste, j u n t a -
m e n t e c o n él, y o t r o s d i s c í p u l o s , a las e n s e ñ a n z a s de O r í -
genes.
L a a f i r m a c i ó n del p r o f e s o r de la S o r b o n a s o b r e que
O r í g e n e s n o a b r i ó u n a escuela en C e s á r e a de P a l e s t i n a
1 1 3
c o n t r a d i c e el t e s t i m o n i o de E u s e b i o . P o r o t r a p a r t e , el
a u t o r del D i s c u r s o h a c e u n a c r í t i c a detallada del método
utilizado por determinadas escuelas filosóficas, oponién-
1 1 4
d o l a s al c o m p o r t a m i e n t o de su m a e s t r o . A d e m á s , la
a f i r m a c i ó n «esos m a r a v i l l o s o s h o m b r e s que se h a n dedica-
1 1 5
do a la n o b l e f i l o s o f í a » , designa a los c o l a b o r a d o r e s
que f o r m a n parte del g r u p o en el q u e se e n c u e n t r a n Teo-
d o r o y su h e r m a n o , b a j o la d i r e c t r i z de O r í g e n e s . S i , p o r
el c o n t r a r i o , c o m o p r e t e n d e Nautin, la frase del orador
h u b i e r a que e n t e n d e r l a c o m o referida a o t r o s «filósofos
c r i s t i a n o s » , t e n d r í a m o s que o l v i d a r aquella o t r a e x p r e s i ó n
e n u n c i a d a p o r el a u t o r del d i s c u r s o : « É s t e fue el p r i m e r o
y el ú n i c o q u e m e e x h o r t ó a d e d i c a r m e a la filosofía grie-
1 1 6
ga...» . E l « n o s o t r o s » , pues, e m p l e a d o p o r T e o d o r o se
refiere t a m b i é n a sus c o n d i s c í p u l o s , l o cual s o b r e e n t i e n d e
u n a escuela dirigida p o r el m i s m o O r í g e n e s .
O t r o p r o b l e m a q u e surge en el e s c r i t o de G r e g o r i o
es el referente a su d e n o m i n a c i ó n . E n e f e c t o , s o n v a r i o s
los e n c a b e z a m i e n t o s t r a n s m i t i d o s p o r los h i s t o r i a d o r e s en
esta o b r a del T a u m a t u r g o .
1 1 8
Discurso lo denomina « D i s c u r s o de agradecimiento» .
E s t e es el t í t u l o q u e n o s o t r o s h e m o s a d o p t a d o también
para el p r e s e n t e trabajo.
E l h i s t o r i a d o r S ó c r a t e s le da el t í t u l o de o u o r a T i x ó ?
121
Xóyoc; . Significaría, p o r t a n t o , « D i s c u r s o de recomenda-
c i ó n » . P e r o la e d i c i ó n de las o b r a s de S ó c r a t e s , realizada
p o r H . de V a l o i s c o r r i g e a u a T a t i x ó c , p o r auv-caTixóc;, pasan-
122
d o a la significación de « D i s c u r s o de despedida» .
L o s m a n u s c r i t o s que n o s h a n c o n s e r v a d o el D i s c u r -
sonos transmiten el t í t u l o Xóyoc; 7tpoa<pov£xixóc;, es d e c i r ,
« D i s c u r s o dirigido a los p r e s e n t e s » , de ahí el de « A r e n g a »
o «Discurso solemne». Esta denominación puede deberse
a su p r i m e r e d i t o r , P a n f i l o . P o s t e r i o r m e n t e , o t r o s investi-
gadores a d o p t a r o n este t í t u l o para sus e d i c i o n e s ; así, p o r
e j e m p l o , H o e s c h e l y B e n g e l prefieren el t í t u l o de « P a n e -
gírico»; R h o d o m a n n se i n c l i n a p o r el de « D i s c u r s o so-
l e m n e » , y M e t c a l f e a d o p t a el de « D i s c u r s o » , sin más.
a laT1 L0
118. Gregorio llama a su discurso Xóyot; x P Í P S en § 31 y 4 0 .
Este título es el que han preferido también, para sus ediciones P.
Koetschau y H . Crouzel.
119. Cf. S A N J E R Ó N I M O , De vir. illustr., 65 ( P L 2 3 , 711), transmi-
te el título griego en la traducción latina.
120. Cf. SUIDAS, Lexikon ( P G 10, 9 7 7 y 9 8 1 ) .
121. Cf. S Ó C R A T E S , Hist. eccl., I V , 27 ( P G 6 7 , 536).
122. Cf. P G 67, 5 3 6 , nota 9 1 . A . B R I N K M A N N , Gregors des Thau-
maturgen Panegyricus auf Orígenes, en « R h M » 56 (1901) 55-76 aplica,
en las pp. 59-60, las reglas de los «Discursos de Despedida» al Discur-
so de Gregorio, concluyendo que dicho Discurso n o cae dentro de
ese género literario.
INTRODUCCIÓN 35
A l g u n a s e d i c i o n e s , t e n i e n d o c o m o fuente o t r o s ma
n u s c r i t o s y al m i s m o san J e r ó n i m o , t i t u l a n el e s c r i t o del
T a u m a t u r g o c o m o « D i s c u r s o de arenga y p a n e g í r i c o » . E l
p r i m e r o en a d o p t a r esta d e n o m i n a c i ó n fue V o s s , al que
siguieron G a l l a n d , D e l a r u e y o t r o s . F i n a l m e n t e , el ale
m á n B o u r i e r a d o p t a el t í t u l o de « E l o g i o » , s i m p l e m e n t e .
L a p a r t e p r i m e r a de la e x p o s i c i ó n está dedicada t o
da ella a r e c o r d a r el e n c u e n t r o de G r e g o r i o c o n O r í g e
nes. E n p r i m e r t é r m i n o , el o r a d o r se dirige a la divina
P r o v i d e n c i a , p o r m e d i o de su V e r b o , y a su ángel c u s t o
dio, que le p r e p a r a r o n t a n feliz h a l l a z g o ( I I I , 3 1 - I V ) . A
c o n t i n u a c i ó n , G r e g o r i o h a c e m e m o r i a de los a c o n t e c i
m i e n t o s m á s i m p o r t a n t e s de su vida, o c u r r i d o s antes de
llegar a C e s á r e a ( V ) . F i n a l m e n t e , se detiene a c o n t a r m i
n u c i o s a m e n t e c ó m o O r í g e n e s le c o n q u i s t ó , p a r a que,
a b a n d o n a n d o sus aficiones a n t e r i o r e s , se dedicara al estu
d i o de la filosofía ( V I ) .
L a segunda p a r t e de la e x p o s i c i ó n es la m á s i m p o r
t a n t e . E n ella se desarrolla la m e t o d o l o g í a educativa de
36 INTRODUCCIÓN
O r í g e n e s y su p r o g r a m a e s c o l a r . L a p r e p a r a c i ó n c r í t i c a y
dialéctica (VII), la e n s e ñ a n z a de las c i e n c i a s naturales
(VIII), la é t i c a c o m o a p r e n d i z a j e fundamental ( I X ) , las
lecturas de los filósofos ( X ) , el m é t o d o origeniano del
e j e m p l o y la p a l a b r a ( X I ) , la necesidad de la v i r t u d ( X I I )
y la e n s e ñ a n z a de la t e o l o g í a , c o m o c u l m i n a c i ó n del sa-
ber ( X I I I - X V ) , constituyen los a s p e c t o s destacados por
G r e g o r i o en esta segunda parte e x p o s i t i v a de su d i s c u r s o .
F i n a l m e n t e , en el e p í l o g o del D i s c u r s o se p o n e n de
manifiesto los sentimientos que embargan el a l m a del
a u t o r : el d o l o r de la partida ( X V I ) , la c o n f i a n z a en D i o s
( X V I I ) , las ú l t i m a s excusas ( X V I I I ) y la despedida y peti-
c i ó n final (XIX).
8. Valor literario
E l a s p e c t o f o r m a l del D i s c u r s o de G r e g o r i o n o ha
sido o b j e t o de estudio profundo por los investigadores
m o d e r n o s . N o obstante, algunos trabajos han puesto su
c o n t r i b u c i ó n , p a r a l l e n a r de alguna m a n e r a d i c h a laguna.
En este s e n t i d o , c a b e destacar los del f i l ó l o g o p r o t e s t a n t e
I. C a s a u b o n , r e p r o d u c i d o en su m a y o r p a r t e en las n o t a s
1 2 3
de la e d i c i ó n latina de B e n g e l , el t r a b a j o anteriormen-
1 2 4
te señalado de A . B r i n k m a n n , y los d e b i d o s a E . M a -
1 2 5
rotta .
Si h i c i é r a m o s c a s o de l o que n o s t r a n s m i t e el mis
m o a u t o r del d i s c u r s o , n o t e n d r í a m o s que dar m u c h a im
p o r t a n c i a a la r e t ó r i c a , c o m o t a m p o c o la daba su m a e s t r o
1 2 7
Orígenes . Sin e m b a r g o , G r e g o r i o n o p o n e en p r á c t i c a ,
en este p u n t o , sus p r o p i a s palabras, ni t a m p o c o las de su
m a e s t r o . E f e c t i v a m e n t e , n o h a y m á s que leer c o n c i e r t o
d e t e n i m i e n t o el D i s c u r s o para descubrir n o sólo el lengua
1 2 8
je p r o l i j o y e x u b e r a n t e , s i n o t a m b i é n las m u c h a s figu
ras r e t ó r i c a s que el T a u m a t u r g o nos transmite. Veamos
algunos e j e m p l o s : e n t r e las figuras de p o s i c i ó n empleadas
1 2 9
por él p o d e m o s c i t a r e n t r e o t r a s , el h i p é r b a t o n y el
13
paréntesis ° ; c o m o figuras de r e p e t i c i ó n pueden encon-
126. E . M A R O T T A , / neologismt..., p. 2 5 6 .
127. Cf. Agradecimiento..., §§ 4-5 y 107. Orígenes, efectivamente se
caracteriza por un estilo más bien austero, directo, y sin ambages. El
discípulo, en cambio, sin rechazar por c o m p l e t o esas características
lingüísticas, es m u c h o más abierto; sabe igualmente de la importancia
que tiene la palabra c o m o vehículo y ropaje de los conceptos.
128. Son interesantes al respecto las palabras transmitidas al co
mienzo del Discurso: son tres las razones que G r e g o r i o tiene para n o
hablar y, no obstante, lo hace durante un buen período de t i e m p o .
129. Agradecimiento..., § 190: «xóv ÍKifiáXXovza. aüxco... xXfjpov».
130. Ib., § 36: «o \ir\ Geni? EÍTCEÍV»; § 9 4 : «oííxco Yocp... aypíaiv». E n
este último ejemplo el autor cristiano emplea también la éctasis, con
sistente en alargar la sílaba breve para la cabal medida del verso.
O t r o s ejemplos de esta figura retórica pueden ver en §§ 124, 1 5 1 , etc.
38 INTRODUCCIÓN
1 J 1 1 3 2 1 3 3
trarse el p o l í p t e t o n , la a s o n a n c i a , la a l i t e r a c i ó n , el
1 3 4 1 3 5 1 3 6
polisíndeton , la p a r o n o m a s i a , la s i n o n i m i a , la
1 3 7
epanadiplosis , etc. T a m b i é n aparecen en el D i s c u r s o
1 3 8
figuras de a m p l i a c i ó n c o m o la d e f i n i c i ó n , la antíte-
1 3 9 1 4 0
sis , las c o m p a r a c i o n e s , e t c . Y n o faltan t a m p o c o los
141 1 4 2 1 4 3
t r o p o s , c o m o la c a t a c r e s i s , la l i t o t e s , la m e t á f o r a ,
1 4 4
y otros muchos .
131. Ib., § 57-58: «¿u,COV... r¡u,5?... ¿(XTOV»; § 191: «(xexá aoü xai 7TAPÁ
soí».
132. Ib., §§ 57-58: «KT)8e(uóv... au|A|3aXa>v»; §§ 102-103: «npo<pavf¡...
AEUVOEISFJ... áXr]8r)»; § 190: «xoivaweív, É7U8U¡IETV».
133. Ib., § 9 4 : «auu.... AUV... <JUU»; § 97: «nr\ RCÁVTT]» y «Ú7IO<jxeXí¡|ov-
T A ; » ; § 161: «[XETomeiaGEÍT]... 7tpoa8£a8ai».
134. Ib., § 35-36.
135. Ib., § 36: «T]vcouivo;... ÁJTE^EVCO(jLÉvo;» y «e¿9T)u,ía{...
áveu9T)u,T]TOV»; § 70: «áXTjSÉaxepa... áXT)8f¡» y «uco-rripíav... a<JÜXT)pia>8<5i;»;
§ 9 4 : «atpopov... cpépcov»; § 103: «áX.7]8f¡... áXT)8tías».
136. Ib., § 195: «ú(xva>8oü;... úuvtív»
137. Ib., § 36: «r| oüx ¿«pí^etai... r\ iyí&mi uiv»; § 70: «cpaivó|¿&va...
cpaivó(xeva»; etc.
138. C f . Ib., § 122; etc.
139. Ib., §§ 3 6 , 7 0 , 190-191; etc.
140. C f . Ib., § 93-94.
141. Ib., § 9 4 : «Á7TÓTI<rrov»; etc.
142. Ib., § 8 9 : «¡ioví(xco» equivalente a «oüx súaeíarcd»; etc.
143. Ib., § 8: «ávSpaxoypatpía»; § 97: «Ú7coerxtXíí<JÜV T Ú Xóya)»; etc.
144. T a m b i é n figuran la interrogación (cf. § 6 5 ) , la exclamación
(cf. § 2 0 4 ) , la apostrofe (Ib.), etc. O t r a s figuras retóricas y tropos utili-
zados pueden verse en las notas que acompañan la traducción del
texto.
INTRODUCCIÓN 39
E n e f e c t o , G r e g o r i o e s c r i b e en u n a l i t e r a t u r a poco
clara; gusta de las frases largas y a l a m b i c a d a s , que m u c h a s
veces s o n difíciles de c o m p r e n d e r ; sin duda, el estudio de
la lengua latina, tan a m i g a de los p e r i o d o s largos, dejó su
i m p r o n t a en n u e s t r o a u t o r . T a m b i é n en el v o c a b u l a r i o se
d e t e c t a la i n f l u e n c i a de O r í g e n e s , s o b r e t o d o c u a n d o G r e -
gorio transmite e x p r e s i o n e s y e j e m p l o s de su maestro.
Q u i z á n u e s t r o a u t o r sea c o n s c i e n t e de dichas frases por
d o b l e m o t i v o : p a r a que sus palabras lleguen al c o r a z ó n
del a u d i t o r i o (téngase en c u e n t a que en éste se halla el
m i s m o O r í g e n e s ) , y p o r q u e el d i s c í p u l o está c l a r a m e n t e
i n f l u e n c i a d o p o r la l a b o r del maestro.
E l d i s c u r s o , p u e s , h o n r a t a n t o al d i s c í p u l o c o m o al
m a e s t r o ; n o o b s t a n t e , n o se p u e d e n dejar de advertir en él
ciertas exageraciones, ya en la estima p o r la filosofía helenís-
tica, y a en las alabanzas prodigadas a O r í g e n e s , el m a e s t r o
ú n i c o , el sólo intérprete de las Escrituras. E l p r o p i o O r í g e -
nes s i n t i ó sin duda estas e x a g e r a c i o n e s y le m o v i e r o n a es-
c r i b i r u n a c a r t a a su a n t i g u o d i s c í p u l o en la que p u e d e n
1 4 6
verse d i s c r e t o s c o r r e c t i v o s al D i s c u r s o de G r e g o r i o .
1. El examen filológico
desde c u a l q u i e r p u n t o de m i r a q u e estudie la m e n c i o n a d a
o b r a literaria, es el de r e f l e x i o n a r s o b r e los t é r m i n o s que
u t i l i z a el a u t o r en los e s c r i t o s q u e van a ser o b j e t o de in-
v e s t i g a c i ó n . E n e f e c t o , el e x a m e n l i n g ü í s t i c o de la o b r a
en c u e s t i ó n n o s o l o i n d i c a r í a el a r g u m e n t o , l o s c o n t e n i -
dos y m é t o d o u t i l i z a d o s p o r su a u t o r , s i n o q u e i g u a l m e n -
te r e v e l a r á de algún m o d o las fuentes q u e le s i r v i e r o n de
i n s p i r a c i ó n l i t e r a r i a , al m i s m o t i e m p o q u e p o n d r á de ma-
nifiesto las c o r r i e n t e s l i t e r a r i o - f o r m a t i v a s q u e el a u t o r ha
recorrido.
E l s e g u n d o t e x t o en el q u e aparece la f o r m a v e r b a l
m e n c i o n a d a es, desde el p u n t o de vista p e d a g ó g i c o , igual-
m e n t e e s c l a r e c e d o r : « P o r e l l o , f o r z á n d o s e (dcva-fxác/ov), si
p u e d e decirse, n o s e d u c a b a (ercátoeue) para p r a c t i c a r la jus-
H 9
ticia» . A q u í el sujeto agente n o es o t r o q u e el m i s m o
Orígenes.
L o s dos t e x t o s c i t a d o s señalan o t r o s t a n t o s a s p e c t o s
de la e d u c a c i ó n , según el T a u m a t u r g o . E l p r i m e r o se re-
fiere al significado de « c r i a n z a » , m i e n t r a s que el s e g u n d o
m i r a m á s d i r e c t a m e n t e a la a c e p c i ó n « c o m p o r t a m i e n t o » y
«orientación» hacia algo. A m b o s significados, c o m o es
b i e n s a b i d o , se e n c u e n t r a n encerrados e n el concepto
1 5
e d u c a t i v o que poseía la literatura clásica del h e l e n i s m o ° .
1 5 3
roxtSaytoYÓc se e n c u e n t r a p r e c e d i d o del adjetivo 0 e t o c y
1 5 4
en el s e g u n d o se sitúa c o m o o p u e s t o al t e m o r d i v i n o .
En e s t o s t r e s t e x t o s el « p e d a g o g o » d e s e m p e ñ a la
f u n c i ó n de p r o t e c t o r y guardián. E s u n m a t i z d i s t i n t o del
que veíamos a n t e r i o r m e n t e al r e s e ñ a r la u t i l i z a c i ó n del
v e r b o TOXISEÚEIV; allí, la a c e p c i ó n del t é r m i n o n o s c o n d u -
cía al p e n s a m i e n t o de algo p o s i t i v o , c o m o era la «crian-
za» y la « o r i e n t a c i ó n » ; aquí, el s u s t a n t i v o TRATSAYCOYÓI; nos
lleva a p e n s a r en algo n e g a t i v o , es decir, en t o d o a q u e l l o
q u e h a y q u e evitar. E n el p r i m e r g r u p o de t e x t o s , la edu-
c a c i ó n se realiza en la e n s e ñ a n z a y en la d i r e c c i ó n de la
c o n d u c t a , m i e n t r a s q u e en este s e g u n d o g r u p o la educa-
c i ó n está d e t e r m i n a d a a d e m á s p o r la vigilancia de todo
a q u e l l o q u e c o n v i e n e evitar. E n este ú l t i m o s e n t i d o , el
p e d a g o g o n o ha de l i m i t a r s e a i l u m i n a r la i n t e l i g e n c i a del
e d u c a n d o , s i n o m á s b i e n a «disciplinar» su v o l u n t a d .
155
nes de gracias, h i m n o s y a l a b a n z a s » . Ciertamente ese
s e n t i d o « t e ó n o m o » de la c o n c e p c i ó n p e d a g ó g i c a del T a u -
maturgo c o n s t i t u y e la diferencia más destacada respecto
de la o r i e n t a c i ó n a n t r o p o c é n t r i c a de la pedagogía griega.
al i n m a d u r o i n t e l e c t u a l m e n t e , de la i g n o r a n c i a p r o p i a de
1 6 5
toda infancia .
P o d e m o s , pues, c o n c l u i r q u e el t é r m i n o raciSeústv,
en sus f o r m a s v e r b a l y sustantivada, al igual que su deri-
v a d o ¿XTOUSEÚCÜ, señala algunas c a r a c t e r í s t i c a s de la educa-
c i ó n puestas de relieve en el D i s c u r s o de san G r e g o r i o .
El T a u m a t u r g o e n t i e n d e la e d u c a c i ó n c o m o u n a a c c i ó n u
operación que se realiza en l o s n i ñ o s —léase «inmadu-
ros»— para p e r f e c c i o n a r l o s . E s t e p r o c e s o de p e r f e c c i o n a -
miento o maduración c o n s i s t e en el c u l t i v o del espíritu
para llegar a la c o n s e c u c i ó n de un d e t e r m i n a d o estilo de
vida. A u n q u e el c u l t i v o del a l m a e n g l o b a u n c o n j u n t o de
e n s e ñ a n z a s , el a s p e c t o que más p o n e n de relieve los tér-
m i n o s analizados es el de un e s p e c í f i c o « c o m p o r t a m i e n -
to». A s í , pues, la « e d u c a c i ó n » v e n d r í a a ser l o que actual-
m e n t e e n t e n d e m o s p o r f o r m a c i ó n integral de la p e r s o n a .
O t r o g r u p o de t e x t o s que se p u e d e n e n c o n t r a r en
las páginas del D i s c u r s o de san G r e g o r i o , h a c e n referen-
cia d i r e c t a a la e x p e r i e n c i a educativa q u e el a u t o r cristia-
n o p o s e e . N o s r e f e r i m o s a a q u e l l o s lugares del D i s c u r s o
que tienen c o m o denominador c o m ú n el g r u p o s e m á n t i -
co StSáaxetv en sus distintas f o r m a s g r a m a t i c a l e s . E n efec-
to, este c o n j u n t o de t e x t o s n o s r e v e l a o t r o s a s p e c t o s de la
tarea educativa.
165. Sin duda, el texto del Discurso que más claramente pone de
manifiesto este aspecto es el siguiente: « D e esta manera era educada
razonablemente la parte de nuestra alma a la que corresponde juzgar
sobre expresiones y razonamientos» (Agradecimiento..., § 106); puede
verse igualmente el § 102.
46 INTRODUCCIÓN
171. Este adjetivo deriva del verbo áxpoSo¡xai, que significa «escu-
char con atención», cf. V . M A G N I E N - M . L A C R O I X , Dictionnaire Grec-
Francais, Paris 1969, p. 57.
172. Así lo da a entender el adverbio Xtitapto; y, especialmente, cpi-
XoTÍ[xto;.
173. D e todos es c o n o c i d o que la actitud de escuchar, y sobre to-
do si la escucha es atenta —como afirma el Taumaturgo—, implica
una serie de acciones en el sujeto que escucha. D e ahí que la acción
de escuchar no sea nunca totalmente pasiva.
48 INTRODUCCIÓN
O t r o t e x t o del D i s c u r s o p a r t i c u l a r m e n t e significativo
es el que e n c o n t r a m o s al final del capítulo o c t a v o . D i c e así:
« É l ( O r í g e n e s ) g r a b ó cada una de estas disciplinas en nues-
1 7 5
tras almas enseñando (SiSáaxwv) o memorizando...» .
T o d a s y cada una de las palabras empleadas por el autor del
Agradecimiento en esta c i t a n o s p a r e c e n importantísimas.
Sin e m b a r g o , ú n i c a m e n t e n o s r e f e r i r e m o s a los tres v e r b o s
u t i l i z a d o s p o r san G r e g o r i o , pues p e n s a m o s que t a n t o el
verbo ¿VUOTÓCO (grabo) c o m o la f o r m a ávctpupivfiaxetv ( m e m o -
rizar) p u e d e n p r o y e c t a r alguna l u z s o b r e SiSáaxsiv.
S i g u i e n d o el análisis de a q u e l l o s t e x t o s del D i s c u r s o
en l o s que se e x p r e s a la f o r m a v e r b a l SiSáaxetv, n o s en-
contramos c o n el s i g u i e n t e : « E n c u a n t o a la templanza
(a(09pofjúvT¡), que sería c i e r t a m e n t e el c o n o c i m i e n t o de l o
que se d e b e o n o elegir (oúpeTcov), y que n o la enseñan
1 7 9
(Si8aaxóvTG>v) en a b s o l u t o los d e m á s filósofos...» . No
h a y más que leer el c o n t e x t o en el q u e se d e s e n v u e l v e el
1 8
texto citado ° , para darse cuenta que el p a r t i c i p i o 8 1 -
Saaxóvttov e n c i e r r a un e l e m e n t o hasta el p r e s e n t e n o des-
c u b i e r t o . Se t r a t a del a s p e c t o de eficacia que e n c i e r r a la
a c c i ó n de enseñar.
e n o r m e diferencia e n t r e el « e n s e ñ a r » de O r í g e n e s y el de
1 8 2
los otros maestros . E l e j e m p l o del q u e e n s e ñ a c o n s t i -
t u y e u n a « c o p i a » para el que r e c i b e la e n s e ñ a n z a , y u n a
c o m o l e y para el q u e la i m p a r t e . Se c o n v i e r t e así en u n a
1 8 3
e s p e c i e de p r i n c i p i o en la a c c i ó n de e n s e ñ a r . Y este
p r i n c i p i o n o es ú n i c a m e n t e v á l i d o p a r a l o q u e pudiéra-
m o s llamar enseñanza ética o moral, sino para todos los
a s p e c t o s que a b a r c a la vida del h o m b r e , es decir, t a m b i é n
1 8 4
los intelectuales y t e ó r i c o s .
ñ a n z a . L a c o p i a o e j e m p l o del agente de la e n s e ñ a n z a n o
es o t r a c o s a que u n a f o r m a d e t e r m i n a d a , e n t r e o t r a s m u -
chas q u e p u d i e r a n e x i s t i r , de d e s a r r o l l a r las p r o p i a s capa-
cidades del a l u m n o . D e esta f o r m a el e j e m p l o n o pierde
su « a u t o r i d a d » , ni anula la p e r s o n a l i d a d del q u e l o reci-
1 8 5
be . P r e c i s a m e n t e estas c a r a c t e r í s t i c a s s o n las que se en-
c i e r r a n en el t é r m i n o Sioáaxeiv, según el t e x t o del T a u -
1 8 6
maturgo .
E n este ú l t i m o s e n t i d o , el o b j e t o de StSáaxeiv n o es
s ó l o la c o m u n i c a c i ó n de u n o s c o n o c i m i e n t o s sin m á s , si-
n o q u e i n c l u y e u n a c i e r t a e x i g e n c i a r e s p e c t o a la asimila-
c i ó n y puesta en p r á c t i c a de los m i s m o s . D e esta f o r m a ,
la a c c i ó n que significa el v e r b o n o i m p l i c a ú n i c a m e n t e la
189
a c t u a c i ó n de unas d e t e r m i n a d a s capacidades del sujeto
agente y del p a c i e n t e ; la a c c i ó n expresada p o r SiSáaxeiv
p o d r í a c o m p a r a r s e a n u e s t r o « f o r m a r » en su s e n t i d o más
a b a r c a n t e , p e r o sin m e n o s p r e c i a r el m a t i z i n t e l e c t u a l que
el t é r m i n o encierra. Aquí la « f o r m a c i ó n » se desarrolla
m e d i a n t e u n o s c o n o c i m i e n t o s que i n c i d e n en la p e r s o n a ,
tanto del « e n s e ñ a n t e » c o m o del « e n s e ñ a d o » , p o r medio
de su capacidad i n t e l e c t u a l , a u n q u e n o de f o r m a absoluta.
E s t a i n s t a n c i a , la n o e x c l u s i v a m e n t e i n t e l e c t u a l de
la f o r m a verbal griega q u e a n a l i z a m o s , se p o n e claramen-
te de relieve en el u s o q u e hace san G r e g o r i o del sustan-
190
t i v o SiSáaxaXoc; . Sin duda, u n e j e m p l o e v i d e n t e se en-
cuentra en u n t e x t o del D i s c u r s o en el que SiSáaxaXoc.
aparece c o m o sujeto de ex7iaiSeúeiv, c o n t o d a la carga de
P o r los t e x t o s c i t a d o s puede o b s e r v a r s e el a s p e c t o
i n t e l e c t u a l del t é r m i n o SiSaaxaXta, es d e c i r , el de infor-
mar sobre determinados conocimientos. N o obstante, no
se p u e d e n o l v i d a r o t r o s m a t i c e s e n c e r r a d o s en el t é r m i n o
griego. E n efecto, y no podría s u c e d e r de o t r a forma,
a q u e l l o s a c e n t o s de significado q u e s e ñ a l á b a m o s al estu-
199
diar el s u s t a n t i v o SiSáaxaXoc; también son revelados
i m p l í c i t a m e n t e p o r su derivado; así, p o r e j e m p l o , aquella
«autoridad» de la que estaba r e v e s t i d o el SiSáaxaXoc apa-
r e c e en el p r i m e r o de los tres t e x t o s c i t a d o s : la «enseñan-
za» p e n e t r a en la i n t e r i o r i d a d del a l u m n o de f o r m a efi-
c a z , hasta el p u n t o de c o n s e g u i r —según san G r e g o r i o —
u n a «espiritual a d m i r a c i ó n » (Xoyixóv Gaüua) p o r el maes-
2 0 0
tro . L a enseñanza, pues, n o se refiere exclusivamente
a la s i m p l e t r a n s m i s i ó n de u n c o n t e n i d o d o c t r i n a l , s i n o a
la actividad m i s m a de d i c h a t r a n s m i s i ó n que, mediante la
capacidad i n t e l e c t i v a , influye en la p e r s o n a e n t e r a del su-
j e t o al q u e va dirigida la S t S a a x a X í a .
D e t o d o l o d i c h o hasta el m o m e n t o p r e s e n t e y , lle-
v a d o s de la u t i l i z a c i ó n que el T a u m a t u r g o h a c e de los
términos S i S á a x e i v , SiSáaxaXoc; y StSaaxaXía, podemos
c o n c l u i r que l o s m e n c i o n a d o s términos p o n e n de mani-
fiesto, en p r i m e r lugar, u n a i m p r o n t a i n t e l e c t u a l , n o s ó l o
de t i p o i n f o r m a t i v o , s i n o y s o b r e t o d o de c a r á c t e r educa-
t i v o . E n s e g u n d o lugar, y d e n t r o de la p e r s p e c t i v a peda-
H a s t a el p r e s e n t e h e m o s v i s t o , llevados p o r el exa-
m e n l i n g ü í s t i c o de 7rato£Úetv y otBáaxeiv, algunas perspecti-
vas pedagógicas encerradas en el D i s c u r s o del T a u m a t u r -
go. E n c i e r t a m a n e r a el e m p l e o de esos t é r m i n o s griegos,
a u n q u e d i r e c t a m e n t e se refieren a c o n c e p t o s fundamenta-
les de la tarea educativa que t i e n e n c o m o sujeto agente el
e d u c a d o r o m a e s t r o , t a m b i é n n o s r e v e l a b a algunos aspec-
t o s referentes a los e d u c a n d o s y discípulos. Sin e m b a r g o ,
el análisis l i n g ü í s t i c o q u e a h o r a p r e t e n d e m o s desarrollar
descansará p r i m o r d i a l m e n t e en esos ú l t i m o s a c e n t o s , aun-
que s e c u n d a r i a m e n t e salgan a la luz o t r o s referentes a los
agentes de la e d u c a c i ó n .
E l p r i m e r t é r m i n o en el que q u i s i é r a m o s d e t e n e r la
a t e n c i ó n viene r e p r e s e n t a d o p o r la f o r m a ¡xavOáveiv y sus
derivados. E n e f e c t o , el e m p l e o de d i c h o v o c a b l o griego
n o s manifiesta algunos aspectos p e d a g ó g i c o s q u e hasta el
momento n o h e m o s v i s t o . L a p r i m e r a v e z que aparece
58 INTRODUCCIÓN
[lavGávetv en un t e x t o del D i s c u r s o es en el c a p í t u l o s e x t o
y dice así: « C e n s u r a b a ( O r í g e n e s ) . . . la i g n o r a n c i a y t o d o s
los ignorantes (áu.a9íav xod rcávTac; TOÜC. ctuaOeíc;); pues...
s o n m u c h o s los q u e , c o m o a n i m a l i t o s j u s t a m e n t e priva-
d o s de i n t e l i g e n c i a , n o se c o n o c e n siquiera a sí m i s m o s y
a n d a n e r r a n t e s c o m o i r r a c i o n a l e s , sin s a b e r e l l o s m i s m o s ,
ni q u e r e r a p r e n d e r (fioeOeív 0éXovxec;) de o t r o s en a b s o l u t o ,
2 0 3
q u é sea el b i e n y el mal...» .
L l a m a la a t e n c i ó n , en p r i m e r lugar, la c o n t r a p o s i -
ción entre áu-otfKav y uaffelv. P o r o t r a p a r t e , san G r e g o r i o ,
c o m p a r a a l o s « i g n o r a n t e s » c o n los « a n i m a l i t o s j u s t a m e n -
te p r i v a d o s de i n t e l i g e n c i a (voüv)..., que andan errantes
c o m o i r r a c i o n a l e s (¿ÍXOYOI)». E l c a r á c t e r i n t e l e c t u a l de la
2 0 4
á(xa6ía es l o p r i m e r o q u e se p o n e de relieve , p e r o el
significado q u e le da el c o n t e x t o es m u c h o más r i c o toda-
vía: l o s l í m i t e s del t é r m i n o griego abarcan la vida, la
p r á c t i c a . D e ahí que el T a u m a t u r g o a f i r m e que esos i g n o -
rantes, precipitándose en cosas baladíes, no quieren
aprender l o que es el b i e n y el m a l .
Si p o n e m o s la a t e n c i ó n e n el v e r b o [¿av9áveiv descu-
b r i r e m o s que su o b j e t o ( « q u é sea el b i e n y el m a l » ) p o s e e
unas c a r a c t e r í s t i c a s p r i m o r d i a l m e n t e m o r a l e s . P o d r í a afir-
m a r s e que o b j e t o y fin de la a c c i ó n significada p o r la for-
m a v e r b a l se c o n f u n d e n . A s i , pues, significaría el aprendi-
zaje de una manera de vivir, cualificando, de algún
205
m o d o , al sujeto a g e n t e de la a c c i ó n de a p r e n d e r . Por
e l l o p u e d e afirmarse q u e la a c c i ó n significada p o r [i.av9á-
203. Ib., § 7 6 .
204. Cf. V. MAGNIEN-M. LACROIX, O. C , p. 77.
205. Este significado en J E N O F O N T E , Mem., 2, 1 , 2 8 ; P L U T A R C O ,
Cic, 2, 1; etc. Este m i s m o sentido es el que se pone también de ma-
nifiesto en otros lugares del Agradecimiento, cf. §§ 1 2 4 , 1 2 8 , etc.
INTRODUCCIÓN 59
c o n o c i m i e n t o s o b r e u n a c o s a : de u n a parte san G r e g o r i o
menciona la e n s e ñ a n z a (oíSaaxaXíoc) y l o s argumentos
(Xó-rot), de o t r a los v e r b o s ¡juxvOáveiv y eijeupíaxeiv. ¿ E x i s t e
alguna r e l a c i ó n e n t r e esos dos grupos de t é r m i n o s grie-
gos? P a r e c e q u e la respuesta ha de ser afirmativa, pues su
u s o c o n j u n t o así l o da a e n t e n d e r . P o d e m o s , p o r tanto,
e s t a b l e c e r las siguientes r e l a c i o n e s : el o b j e t o de [xocvOáveiv
sería la SioaaxaXía, m i e n t r a s que el de i^zupíaxtw vendría
2 0 9
señalado p o r Xóyot .
D e l o d i c h o n o debe sacarse la c o n c l u s i ó n de u n a
m i n u s v a l o r a c i ó n del significado de [i.av9áveiv, pues n o se-
ría ese el p e n s a m i e n t o del a u t o r del Agradecimiento. Lo
que ú n i c a m e n t e h e m o s p r e t e n d i d o es señalar dos f o r m a s
distintas, según el T a u m a t u r g o , de a c c e d e r en términos
c o g n o s c i t i v o s a la r e a l i d a d . P r e c i s a m e n t e , p a r a q u e se
2 1 1 . T a n t o la h e t e r o n o m í a de |¿ocv9ávEiv c o m o la autonomía de
elJEuptcjxEiv no deben entenderse en forma absoluta. T a m b i é n ¡iav8áveiv
exige alguna actividad en quien aprende; y lo m i s m o habrá que decir
respecto a £?eupíaxEiv, que necesita algún p u n t o de partida, llámese ar-
gumento o con cualquier otro n o m b r e , para llegar a su culminación.
2 1 2 . A este respecto nos parece útil recordar el axioma de D e m ó -
crito: «Es más importante procurarse mucha sabiduría, que mucha
erudición» (Frag. 6 5 ) .
62 INTRODUCCIÓN
el que el a l u m n o e n t r a a m o v e r s e en u n a n u e v a manera
de v i v i r , de c o m p o r t a r s e ; i n c i d e , p o r t a n t o , n o s ó l o en el
ámbito gnoseológico, sino, y principalmente, en aquel
o t r o p o r el que el h o m b r e , m e d i a n t e los c o n v e n i e n t e s es-
tímulos y m o t i v a c i o n e s , es c a p a c i t a d o p a r a u n a acción
moral autónoma. E s t e a s p e c t o , p e n s a m o s n o s o t r o s , es el
q u e reflejan las palabras de san G r e g o r i o c u a n d o afirma
que «aprendiendo de éste, se v e r á o b l i g a d o (áva-fxáí/HTo)
2 1 9
en c i e r t o m o d o a...» .
2 2 3
estro , e n r i q u e c í a de tal f o r m a sus capacidades i n t e l e c -
tuales q u e le i m p e l í a n a e m p r e n d e r un nuevo camino.
6
significa la a c c i ó n de «indagar, i n v e s t i g a r » - ' ; se t r a t a de
profundizar b i e n en u n t e m a difícil. A l igual que decía-
m o s al analizar el v e r b o enepüévaí, t a m b i é n en el c a s o del
presente v e r b o g r i e g o , la p r e p o s i c i ó n 8ta ( p o r , a través
de, p o r m e d i o de) i n c l u y e u n a « p e n e t r a c i ó n » del sujeto
que investiga en la c o s a investigada. Sin e m b a r g o , entre
las dos a c c i o n e s de los v e r b o s aludidos existe u n a diferen-
cia importante: la p e n e t r a c i ó n del s u j e t o en el objeto
a p r e n d i d o , según el significado de ¿7tEpú'¿vai, es más indi-
r e c t a , pues necesita, c o m o d e c í a m o s e n t o n c e s , de un cier-
t o r o d e o ; en c a m b i o , la unidad e n t r e sujeto c o g n o s c e n t e
y o b j e t o c o n o c i d o señaladas por el v e r b o Sttpeuváw se
realiza de f o r m a más directa.
Y a h e m o s m e n c i o n a d o a las leyes r o m a n a s c o m o el
c o m p l e m e n t o d i r e c t o de l o s dos p r i m e r o s t e x t o s en los
que el T a u m a t u r g o se sirve del v e r b o ex[i.<xv6ávetv para ex
presar el aprendizaje que t u v o que realizar s o b r e dichas
leyes. E n estos lugares del D i s c u r s o la f o r m a v e r b a l grie
ga v i e n e a dar a e n t e n d e r el aprendizaje m i n u c i o s o y p o r
m e n o r i z a d o del o b j e t o que ha de ser a p r e n d i d o , es d e c i r ,
de las leyes en c u e s t i ó n . E l c o n t e x t o h a c e r e f e r e n c i a no
s ó l o a la dificultad (áxaXai7icJpcüc) de la a c c i ó n m i s m a de
2 1 0
aprender , s i n o a la huella, difícil de q u i t a r , que dicha
a c c i ó n deja en el sujeto q u e la realiza. C o n otras pala-
d e c i r q u e el a c e n t o p e d a g ó g i c o del c o r r e s p o n d i e n t e verbo
c a s t e l l a n o « e x a m i n a r » es d i s t i n t o del s e ñ a l a d o anterior-
m e n t e en los o t r o s d o s t e x t o s del d i s c u r s o . A s í n o s l o ha-
c e n s u p o n e r t a n t o el c o n t e x t o en el q u e se halla c o m o el
o b j e t o al que se refiere d i c h o v e r b o g r i e g o .
E f e c t i v a m e n t e , el T a u m a t u r g o se refiere a las i n n u -
m e r a b l e s m o t i v a c i o n e s q u e p o n í a O r í g e n e s en la e n s e ñ a n -
2 3 3
za de la t e o l o g í a , pues «era l o m á s n e c e s a r i o de t o d o » .
A d e m á s , y es l o q u e nos interesa destacar, el mismo
aprendizaje le sirve de e s t í m u l o ; o sea, el d i s c í p u l o no
a d o p t a ú n i c a m e n t e u n a a c t i t u d n u e v a m e n t e r e c e p t i v a an-
te las e n s e ñ a n z a s del m a e s t r o , s i n o q u e o r i g i n a en él u n a
especie de r e a c c i ó n q u e le lleva a aplicar d i c h a s e n s e ñ a n -
2 3 4
zas y a r e l a c i o n a r l a s c o n la vida de cada d í a . A q u í el
v e r b o éxfiavOáveiv i m p l i c a u n a v o l u n t a r i e d a d mayor por
p a r t e del sujeto; en la r e l a c i ó n e n t r e sujeto c o g n o s c e n t e y
objeto c o n o c i d o («las r a z o n e s a c e r c a de la D i v i n i d a d » )
p r e v a l e c e la subjetividad, p e r o n o hasta el p u n t o de anu-
lar la o b j e t i v i d a d , s i n o p r e c i s a m e n t e todo lo contrario:
éx[i.av0áv£tv p o n e su a c e n t o en el s u j e t o q u e « e x a m i n a »
gracias a la i m p o r t a n c i a de las cosas e x a m i n a d a s .
2 3 3 . Agradecimiento..., § 150.
2 3 4 . Este es el tema expuesto en el capítulo X I I del discurso. N o
se trata únicamente de aprender y grabar en la memoria una serie de
conceptos intelectuales, sino de relacionarlos c o n aquellas virtudes
—prudencia, fortaleza, justicia y templanza—, que son, según san Gre-
gorio, los buenos frutos de la filosofía, y que hacen a los hombres:
buenos, disciplinados, equilibrados, etc. (cf. Agradecimiento..., § 115s.).
70 INTRODUCCIÓN
2. Finalidad de la educación
el m a e s t r o de A l e j a n d r í a . N o es e x t r a ñ o , pues, q u e san
G r e g o r i o afirme: « D e esta m a n e r a era educada razonable-
m e n t e la p a r t e de n u e s t r a a l m a a la q u e c o r r e s p o n d e j u z -
2 4 2
gar s o b r e e x p r e s i o n e s y razonamientos» .
T a m b i é n la facultad v o l i t i v a de l o s d i s c í p u l o s c o n s -
tituía el b l a n c o del p e r f e c c i o n a m i e n t o de l o s alumnos
p e r s e g u i d o p o r O r í g e n e s m e d i a n t e su tarea educativa. P o r
e s t o p r e c i s a m e n t e san G r e g o r i o p o d r á d e c i r que O r í g e n e s
«fue el p r i m e r o que m e e x h o r t ó c o n sus palabras a filoso-
far..., p r o c u r a n d o m o s t r a r s e a sí m i s m o c o m o e x p l i c a b a
en l o s d i s c u r s o s que debe ser q u i e n vive rectamente...
Además, también intentaba h a c e r n o s r e a l m e n t e felices a
n o s o t r o s m i s m o s . . . Y n o s llevaba c o n h e c h o s y c o n pala-
bras, n o a u n a p e q u e ñ a parte de cada virtud, sino que
n o s p o n í a en la c o n t e m p l a c i ó n m i s m a de la v i r t u d ente-
2 4 3
ra... Y n o s o b l i g a a p r a c t i c a r la justicia...» .
242. Ib., § 106. San Gregorio se refiere a lo que más tarde la His-
toria de la Filosofía llamará intellectus, c o m o facultad humana para
formar los conceptos propiamente dichos, y la ratio, que es la facul-
tad para comparar ideas y juicios a fin de sacar conclusiones. Sobre la
distinción de estos términos puede verse J . L. PlNILLOS, La mente hu-
mana, Barcelona 1974.
2 4 3 . Agradecimiento..., §§ 135-138.
74 INTRODUCCIÓN
F i n a l m e n t e , el p r o c e s o p e r f e c t i v o a b a r c a o t r o aspec-
to no menos importante que los señalados hasta ahora.
N o s r e f e r i m o s a ese s e n t i d o t r a s c e n d e n t e que tan repeti-
d a m e n t e es señalado p o r san G r e g o r i o en su d i s c u r s o : ha-
c e r al h o m b r e s e m e j a n t e a D i o s . S e m e j a n z a que se c o n -
c r e t a , n o s o l o en p r a c t i c a r las virtudes divinas, s i n o en
c o n s e g u i r , en la m e d i d a de l o p o s i b l e , aquella u n i d a d y
armonía que D i o s m i s m o posee.
a) El sujeto de la educación
E l Discurso de agradecimiento n o es e x c e s i v a m e n t e
e x p l í c i t o en l o referente a los diversos sujetos de la edu-
c a c i ó n . Q u i z á s h a y a q u e b u s c a r la e x p l i c a c i ó n en la fina-
lidad m i s m a del d i s c u r s o , que n o es o t r a que elogiar al
m a e s t r o . D e todas f o r m a s , e x i s t e n a l g u n o s pasajes en los
q u e se p u e d e n detectar aspectos c o n c r e t o s que se refieren
a las p e r s o n a s a las que va e n c a m i n a d a la tarea educativa.
252. Ib., § 4 8 .
78 INTRODUCCIÓN
2 5 3
p r i m e r m o m e n t o n o s c u i d a r o n (áva-cpo9aí) los padres» .
L a familia es el p r i m e r a m b i e n t e e d u c a t i v o q u e r e s p i r a el
e d u c a n d o ; de ese a m b i e n t e r e c i b i r á el a l m a del n i ñ o sus
p r i m e r a s i m p r e s i o n e s . E s t a s i m p r e s i o n e s serán de u n a im-
p o r t a n c i a decisiva, dirá san G r e g o r i o en o t r o lugar del
discurso.
L a f o r m a c i ó n r e t ó r i c a de san G r e g o r i o sería la q u e
se impartía normalmente en el s i g l o I I I del primitivo
253. Ibidem.
254. Ibidem.
255. Sobre las diversas etapas escolares que recorrían los educandos
en los primeros siglos cristianos y su relación con la escuela pagana
puede verse el trabajo de G . CARCOPINO, La vita quotidiana a Roma
all'apogeo dell'imperio, Bari 1942, pp. 171 y 191 principalmente.
256. Únicamente pueden detectarse en el Discurso pequeños reta-
zos de las lecciones recibidas por san Gregorio de un profesor de la-
tín (cf. Agradecimiento..., § 58).
257. Agradecimiento..., § 56.
INTRODUCCIÓN 79
la que r e c i b i r á u n a e d u c a c i ó n al r e s p e c t o y según un p r o -
grama escolar bien detallado, c o m o a continuación se
verá.
b) El programa escolar
L a p r i m e r a disciplina q u e se i m p a r t í a e n la escuela
de C e s á r e a , dirigida p o r O r í g e n e s , era la Dialéctica; es de-
cir, el arte de discernir lo v e r d a d e r o de l o falso, de defi-
nir y dividir c o r r e c t a m e n t e las c o s a s . E s t a enseñanza
c o m p r e n d í a el estudio de la lógica y de la crítica, como
2 6 1
las l l a m a el m i s m o san G r e g o r i o .
261.
Cf. Ib., § 100-108.
Ib., § 110.
262.
Ib., § 113s.
263.
264. San G r e g o r i o la denomina c o m o «cimiento sólido y base de
todo» (Agradecimiento..., § 114)
265. ídem.
INTRODUCCIÓN 81
de la n a t u r a l e z a » , « c i e n c i a s u b l i m e y d i v i n a » , q u e c a u t i v a -
ba sobremanera a los alumnos.
Se p a s a b a m á s t a r d e a l o s e s t u d i o s superiores de la
escuela, q u e e r a n e n g l o b a d o s t o d o s c o n el n o m b r e com-
2 6 6
p r e n s i v o de filosofía . E s t a etapa escolar era importantí-
s i m a ; y la r a z ó n n o s la t r a n s m i t e el m i s m o O r í g e n e s , e n
la c a r t a q u e e s c r i b i ó a san G r e g o r i o c o n m o t i v o del D i s -
c u r s o de éste ú l t i m o . E l pasaje en c u e s t i ó n dice l o siguien-
te: « Q u i s i e r a v e r t e e m p l e a r t o d a s las fuerzas de t u inteli-
g e n c i a en f a v o r del c r i s t i a n i s m o , q u e d e b e s e r t u b i e n su-
premo. A tal fin, desearía que tomaras de la filosofía
griega el c a m p o de conocimientos que sean capaces de
s e r v i r de i n t r o d u c c i ó n al c r i s t i a n i s m o , y las n o c i o n e s de
g e o m e t r í a y a s t r o n o m í a q u e p u e d a n ser útiles en la e x p l i -
c a c i ó n de l o s l i b r o s s a n t o s ; y si l o s f i l ó s o f o s d i c e n q u e la
g e o m e t r í a , la m ú s i c a , la g r a m á t i c a , la r e t ó r i c a y la astro-
C o r o n a b a el c i c l o de estudios de la escuela el c u r s o
2 7 0
s o b r e las S a n t a s E s c r i t u r a s . El primer e s t u d i o de la
t e o l o g í a c o n s i s t í a en el e s t u d i o de los filósofos y p o e t a s
g r i e g o s , c o m o h e m o s s e ñ a l a d o a n t e r i o r m e n t e . P e r o esa
271
primera etapa teológica se halla llena de dificultades . P o r
ello es necesario el estudio de la Sagrada E s c r i t u r a . L a pre
paración filosófica n o es más que eso: una preparación; pero
es u n a p r e p a r a c i ó n n e c e s a r i a «para que la P a l a b r a de D i o s
2 7 2
n o p e n e t r e i n e r m e y sin preparar en u n a l m a indigna» .
U n a v e z t e r m i n a d o el estudio de la Sagrada E s c r i t u -
ra a c a b a n los a ñ o s de p e r m a n e n c i a en la escuela en aquel
v e r d a d e r o p a r a í s o de delicias, c o m o san G r e g o r i o l l a m a a
2 7 7
aquellos a ñ o s escolares j u n t o al m a e s t r o de A l e j a n d r í a .
Se sabe que la f o r m a c i ó n del T a u m a t u r g o siguió después
otros derroteros, según atestigua la c a r t a q u e le e s c r i b i ó
2 7 8
el m i s m o Orígenes , pero el D i s c u r s o no transmite
ninguna o t r a r e f e r e n c i a r e s p e c t o al p r o g r a m a e s c o l a r de-
s a r r o l l a d o en C e s á r e a de Palestina.
El programa e s c o l a r d e s c r i t o en el D i s c u r s o tiene
como o b j e t i v o final el c o n o c i m i e n t o de D i o s y de las
2 7 9
«cosas divinas» . La vida e n la e s c u e l a de Orígenes,
t a n t o en su v e r t i e n t e i n t e l e c t u a l c o m o m o r a l , t e n d í a a la
divinización de los discípulos. L a d e s c r i p c i ó n completa
de la n a t u r a l e z a de esa d i v i n i z a c i ó n e x c e d e el t r a b a j o de
estas páginas; b a s t e n , sin e m b a r g o , u n a s b r e v e s pinceladas
al r e s p e c t o : c u a n d o el ser h u m a n o se purifica, se v u e l v e
hacia D i o s , h a c i é n d o s e « u n a sola y la m i s m a cosa» c o n
2 8 0
El . En el c o n o c i m i e n t o de u n o m i s m o , repite san
G r e g o r i o , el a l m a p e r c i b e la i n t e l i g e n c i a divina de la que
aquella p a r t i c i p a ; el a l m a n o es s i n o u n a i m a g e n divina.
E s t e es el c o m i e n z o , inefable para ella (el a l m a ) , de esa
281
divinización .
É s a era la m e t a que p r e t e n d í a a l c a n z a r el p r o g r a m a
impartido en la e s c u e l a de C e s á r e a de P a l e s t i n a . Pero,
¿quiénes se e n c a r g a b a n de l l e v a r l o a la p r á c t i c a ? ¿ D e qué
m a n e r a ? ¿ C o n q u é i n s t r u m e n t o s se c o n t a b a ? T o d o s estos
interrogantes encuentran las c o r r e s p o n d i e n t e s respuestas
en las páginas del D i s c u r s o de san G r e g o r i o , c o m o a c o n -
t i n u a c i ó n se verá.
R e s p e c t o a l o s e d u c a d o r e s , san G r e g o r i o menciona
v a r i o s en su d i s c u r s o . A s í , se refiere a D i o s m i s m o , al
Verbo y al Á n g e l Custodio c o m o verdaderos pedago-
2 8 2 2 8 3
gos . T a m b i é n es m e n c i o n a d o un gramático y un
2 8 4
orador c o m o p e r s o n a s encargadas de la e d u c a c i ó n del
Taumaturgo; igualmente sus padres o c u p a r o n una labor
285
destacada en dicha tarea e d u c a t i v a . Sin e m b a r g o , dadas
280. C f . Ib., § 3 3 .
2 8 1 . Ib., § 142.
282. E l término rcaiSayuyóc, aplicado al verbo de D i o s y al Ángel
custodio, ha sido puesto de relieve anteriormente, cf. ut supra, el aná-
lisis terminológico de naiSeútiv, p. 41s.
283. Cf. Agradecimiento..., § 58.
284. Cf. Ib., § 5 6 .
285. Cf. Ib., §§ 48 y 5 6 .
86 INTRODUCCIÓN
C i e r t a m e n t e que san G r e g o r i o n o m e n c i o n a ni u n a
sola v e z , si se e x c e p t ú a el t í t u l o del discurso, el n o m b r e
p r o p i o de la p e r s o n a que dirigía en C e s á r e a de P a l e s t i n a
la escuela a la q u e asistió, j u n t a m e n t e c o n su hermano
A t e n o d o r o . P e r o n o se p u e d e decir l o m i s m o r e s p e c t o a
lo que en n u e s t r o s t i e m p o s se ha d a d o en l l a m a r «el a l m a
2 8 6
del e d u c a d o r » de d i c h a escuela. E n e f e c t o , la admira-
c i ó n del d i s c í p u l o p o r el m a e s t r o le lleva a decir al c o -
m i e n z o de su d i s c u r s o : «... t e n g o i n t e n c i ó n de decir algu-
n a c o s a a c e r c a de u n h o m b r e que se m u e s t r a y t i e n e la
a p a r i e n c i a de h o m b r e , p e r o q u e r e a l m e n t e se encuentra
(...) d e s p o j a d o de su c o n d i c i ó n h u m a n a gracias a u n a ma-
yor dignidad que da a e n t e n d e r el t r á n s i t o a lo divi-
2 8 7
no» . E s d e c i r , san Gregorio considera a su maestro
Orígenes c o m o un bienaventurado h o m b r e que g o z a de
cualidades divinas.
2 9 0
se asemeja en él a D i o s » . San G r e g o r i o refiere l o más
i m p o r t a n t e que r e c u e r d a de O r í g e n e s , según él mismo
2 9 1
afirma , p e r o ello n o le i m p i d e bajar a la enumeración
de u n a serie de cualidades a n í m i c a s del maestro.
m a t u r g o , O r í g e n e s «era e j e m p l o de s a b i o » (7capáo£iy(xa...
2 9 8
aocpoü) , « a m i g o y p r e g o n e r o de las virtudes (tpíXoc; xüv
2 9 9
ápexcüv x a í 7r.por|"fopoe;) . El maestro era e x p e r t o e n t o -
d o , nada le era e x t r a ñ o ni d e s c o n o c i d o y p o s e í a u n a gran
3 0 0
seguridad en sí m i s m o ; y p o r t o d o e l l o , O r í g e n e s era
3 0 1
d i g n o de t o d o crédito .
ra q u e es O r í g e n e s . A s í , p o r e j e m p l o , el m a e s t r o es seña-
3 0 2
l a d o c o m o «la c a u s a de t o d o s n u e s t r o s b i e n e s » ; sin du-
da, san Gregorio tenía presente que el e n c u e n t r o con
3 0 3
O r í g e n e s h a b í a c a m b i a d o p o r e n t e r o su v i d a ; desde el
primer momento se s i n t i ó a t r a í d o , c o m o p o r u n a fuerza
3 0 4
i r r e s i s t i b l e , p o r el m a e s t r o . O r í g e n e s e j e r c í a esta atrac-
c i ó n sin v i o l e n c i a alguna, s i n o m e d i a n t e «el a g u i j ó n de la
3 0 5
amistad» , que lanzaba de forma suave cada vez que
c o n v e r s a b a c o n sus d i s c í p u l o s . T a m b i é n e x p r e s a el T a u -
m a t u r g o la n a t u r a l e z a de esa a m i s t a d : « N o t r a t a b a de en-
gañarnos inútilmente c o n sus p a l a b r a s , s i n o de salvarnos
3 0 6
(acpCetv) con hábil, caritativa y buena intención, y de
3 0 7
h a c e r n o s p a r t í c i p e s de l o s b i e n e s de la filosofía» .
302. Ib., § 7 1 .
3 0 3 . A l c o m i e n z o del capítulo V I , afirmará: «El mismo —se refiere
a Orígenes— nos acogió desde el primer día, pues ese fue para mí el
primero y el más valioso de todos los días, si se puede decir: aquel en
que p o r primera vez c o m e n z ó a salir el verdadero sol para mí...» (Ib.,
§ 7 3 ) . San Gregorio n o tiene inconveniente alguno en señalar que la
iniciativa partió del maestro, c o m o lo indica la utilización del partici-
pio pasivo ÚTCoSeCáu,tvoe (siendo acogido).
304. C f . Ib., § 7 8 .
305. Ib., § 8 1 . San Gregorio utiliza la expresión (piXía;... xévxpov,
para indicar la delicadeza del maestro y el eficaz resultado de su ac-
ción, lo mismo que la punción de la abeja. Sobre los distintos signifi-
cados que adoptó el término xévxpov a lo largo de la literatura anti-
gua, cf. L . SCHMID, Kévxpov, en G . KlTTEL-G. FRIEDRICH, O. C, vol.
V , pp. 333-350.
306. Tres veces aparece en el Discurso este verbo griego; junto la
que aquí citamos también puede verse en § 2 0 4 (dos veces). E l signifi-
cado de oú^etv n o debe ser entendido exclusivamente en clave teológi-
ca; en el presente pasaje es sinónimo de «preservar», «defender» de
una situación peligrosa. S o b r e los diversos significados que puede
adoptar la forma verbal, cf. W . FPESTER, 2có£co, en G . KlTTEL-G.
FRIEDRICH, o. c, vol. X I I I , pp. 447-458.
307. Agradecimiento..., § 81.
90 INTRODUCCIÓN
3 1 4 3 1 5
bres , entre los a n i m a l e s y c o n los h o m b r e s y ani-
3 1 6 3 1 7
males entre sí ; la l a r g a v i d a que allí e x i s t í a ; la
3 1 8 3 1 9
ausencia de e n f e r m e d a d y de m u e r t e ; la comunión
3 2 0
con Dios ; e t c . . T o d a s estas c a r a c t e r í s t i c a s e r a n otras
tantas cualidades de la p e r s o n a l i d a d de O r í g e n e s ; de t o d a s
3 2 1
ellas t u v o la o p o r t u n i d a d de g o z a r san G r e g o r i o .
3 2 3
argumentaciones t e n í a n c o m o finalidad el e j e r c i c i o de
la l i b e r t a d r e s p o n s a b l e de l o s a l u m n o s ; p o r t o d o e l l o n o
d u d a b a en e n s a l z a r a t o d o s los filósofos a fin de q u e l o s
educandos supieran d i s c e r n i r «cuál es el v e r d a d e r o bien
q u e el h o m b r e d e b e perseguir, y cuál es el v e r d a d e r o m a l
3 2 4
que d e b e r e c h a z a r » , que es l o que r e a l m e n t e le i m p o r -
taba señalar. L a prudencia y el c u i d a d o para c o n los
alumnos llevará a O r í g e n e s a r e c h a z a r en su proceder
3 2 5
e d u c a t i v o la l e c t u r a de los filósofos ateos .
P a r a señalar el m é t o d o u t i l i z a d o p o r el m a e s t r o ale-
j a n d r i n o es suficiente t r a n s c r i b i r las m i s m a s palabras de
san G r e g o r i o . E n este p u n t o , el D i s c u r s o es s e n c i l l o y
c l a r o : « N o s e n d e r e z a b a de f o r m a s o c r á t i c a y n o s d o m a b a
L a l a b o r e d u c a t i v a de O r í g e n e s n o c o n s i s t í a única-
m e n t e en e x p l i c a r la t e o r í a de lo q u e e n s e ñ a b a s i n o que
era la p r á c t i c a m i s m a su p r i m o r d i a l l e c c i ó n . P o r e l l o dirá
san G r e g o r i o : « n o s i n c i t a b a m á s c o n los h e c h o s que c o n
3 3 2
las p a l a b r a s » . Así, por ejemplo, lo que procuraba el
m a e s t r o n o era el a s p e c t o e s p e c u l a t i v o de las virtudes, si-
3 3 3
n o su puesta en p r á c t i c a , su e j e r c i c i o .
C o m o se h a v i s t o , p o r t o d o l o d i c h o anteriormen-
te, el c o n c e p t o de e d u c a c i ó n q u e p o s e í a O r í g e n e s era el
de m o d i f i c a r a sus discípulos. P e r o esta m o d i f i c a c i ó n te-
nía un d e t e r m i n a d o s e n t i d o , una finalidad c o n c r e t a ; esta
d i r e c c i ó n era un p e r f e c c i o n a m i e n t o del h o m b r e , es decir,
u n c a m i n o hacia la p e r f e c c i ó n . D e s d e esta p e r s p e c t i v a , la
educación o r i g e n i a n a , según l o atestigua el d i s c u r s o , es
a c c i ó n y es e f e c t o . H a s t a aquí, se ha v i s t o la naturaleza
de esa a c c i ó n ; a h o r a es el m o m e n t o de detenerse en exa-
m i n a r el e f e c t o o los v a l o r e s i m p l i c a d o s en la e d u c a c i ó n
i m p a r t i d a p o r el m a e s t r o a l e j a n d r i n o en la escuela de C e -
sárea de P a l e s t i n a . C o n o t r a s palabras: a n t e r i o r m e n t e se
ha v i s t o c ó m o la e d u c a c i ó n a c t ú a s o b r e los educandos;
a h o r a , a m a n e r a de c o n c l u s i ó n , se v e r á el n u e v o m o d o de
ser o r i g i n a d o en el d i s c í p u l o , en v i r t u d de la tarea educa-
tiva ejercida s o b r e él. Se ha d i c h o en páginas a n t e r i o r e s ,
q u e la e d u c a c i ó n se refiere al h o m b r e , al e d u c a n d o ; p e r o ,
¿se refiere a t o d o s los a s p e c t o s del ser humano?
P a r a r e s p o n d e r a d e c u a d a m e n t e al i n t e r r o g a n t e plan-
t e a d o , c o n v i e n e deslindar el c a m p o de i n v e s t i g a c i ó n . A s í ,
p u e d e decirse que el T a u m a t u r g o n u n c a refiere el perfec-
c i o n a m i e n t o e d u c a t i v o c o m o dirigido al h o m b r e en cuan-
t o ser físico; es decir, a O r í g e n e s n o le i n t e r e s a b a n ni la
f o r m a e x t e r n a , ni la e x t e n s i ó n , ni las propiedades físicas
o q u í m i c a s de sus discípulos. M á s b i e n , c o m o y a se ha
v i s t o , la finalidad educativa del m a e s t r o l o c o n s t i t u y e el
p e r f e c c i o n a m i e n t o de las facultades s u p e r i o r e s de sus dis-
c í p u l o s , o sea, l o que éstos t i e n e n de e s p e c í f i c a m e n t e hu-
m a n o . A s í , la e d u c a c i ó n en el q u e h a c e r de O r í g e n e s t i e n e
c o m o o b j e t i v o s i n m e d i a t o s la i n t e l i g e n c i a y la voluntad
h u m a n a s , p o t e n c i a s o facultades que d e b i d a m e n t e armo-
nizadas p e r f e c c i o n a n a la p e r s o n a , que es el sujeto al cual
3 3 8
se a t r i b u y e n las o p e r a c i o n e s de aquellas .
3 3 9
gica y del e s t u d i o p r o f u n d o de las cosas . Únicamente
los h o m b r e s que p r a c t i c a n los c o n c e p t o s a p r e n d i d o s pue-
den ser l l a m a d o s c u l t o s , y n o serán e n g a ñ a d o s f á c i l m e n -
3 4 0
te . L a o r a t o r i a , dirá san G r e g o r i o al c o m i e n z o de su
d i s c u r s o , si n o va a c o m p a ñ a d a de u n s e n t i m i e n t o profun-
d o q u e se m a n i f i e s t e en la a c c i ó n , es u n a t a r e a i n ú t i l y
3 4 1
v a n a , sin v a l o r n i s i g n i f i c a d o a l g u n o . Lo mismo ha-
b r í a que d e c i r r e s p e c t o a la filosofía: el T a u m a t u r g o ha
a p r e n d i d o de O r í g e n e s q u e la filosofía es la c i e n c i a m á s
i m p o r t a n t e y n e c e s a r i a p a r a llevar u n a vida a u t é n t i c a m e n -
3 4 2
te piadosa ; pero también d e n u n c i a la i n s u f i c i e n c i a de
la filosofía de la é p o c a , q u e , desde un p l a n o eminente-
m e n t e e d u c a t i v o , a c o s t u m b r a b a a e n u n c i a r los j u i c i o s , sin
examinar, n o ya los aspectos más profundos, sino tampo-
3 4 3
c o los más evidentes . L a i n v e s t i g a c i ó n d e b e ser o b j e t i -
3 4 4
va , de l o c o n t r a r i o se c o n v e r t i r á en d i s c u s i o n e s y suti-
3 4 5
lezas inútiles que c o n d u c e n f á c i l m e n t e al r i d í c u l o .
O t r o a s p e c t o a t e n e r en c u e n t a es el i n d i c a d o por
el T a u m a t u r g o en la siguiente frase: u n a d i s c i p l i n a es va-
na e i n ú t i l , «si las palabras n o h u b i e r a n estado a c o m p a ñ a -
3 4 6
das p o r los h e c h o s » . S e g ú n los t e s t i m o n i o s del Discur-
so, O r í g e n e s ( y éste es o t r o de los ideales e d u c a t i v o s del
m a e s t r o a l e j a n d r i n o ) t e n í a u n c o n c e p t o integral del h o m -
D e la r e l a c i ó n e n t r e la palabra y a c c i ó n n a c e la vir-
tud de la p r u d e n c i a , de la t e m p l a n z a y de la fortaleza;
p r e c i s a m e n t e se d e n o m i n a v i r t u d p o r q u e se manifiesta en
3 4 7
los h e c h o s . O r í g e n e s n o cesa de e x h o r t a r a sus discí-
p u l o s la necesidad de p r a c t i c a r las virtudes; el maestro
alejandrino n o es u n simple profesor que e n s e ñ a unos
c o n t e n i d o s t e ó r i c o s s o b r e una determinada moral, sino
q u e es un a u t é n t i c o m a e s t r o que c o n su p r o p i a conducta
ayuda a los a l u m n o s a desear y p o s e e r las virtudes más
importantes para el h o m b r e . E n t r e éstas, san Gregorio
m e n c i o n a las c u a t r o virtudes clásicas de los filósofos grie-
gos: la p r u d e n c i a , la t e m p l a n z a , la j u s t i c i a y la fortale-
3 4 8
za , además de otras c o m o la sabiduría, la p a c i e n c i a , la
piedad, e t c .
3 5 0
la p r á c t i c a de las v i r t u d e s , p u e s « p i e n s o —dirá san
G r e g o r i o — que n o es o t r a la finalidad de las c o s a s , s i n o ,
h e c h o s s e m e j a n t e s a D i o s c o n espíritu p u r o , a c e r c a r n o s a
3 5 1
El y permanecer en E l » . E s t e es, a fin de c u e n t a s , el
resultado del p e r f e c c i o n a m i e n t o humano conseguido por
la l a b o r educativa de O r í g e n e s , tal c o m o la t e s t i m o n i a el
Discurso pronunciado p o r san G r e g o r i o al despedirse de
la escuela que el m a e s t r o a l e j a n d r i n o h a b í a e s t a b l e c i d o en
C e s á r e a de Palestina.
1. B u e n a c o s a es el s i l e n c i o para la m a y o r í a , en de-
t e r m i n a d a s c i r c u n s t a n c i a s ; n o o b s t a n t e , para m í es a h o r a
lo m e j o r , p u e s t o que, v o l u n t a r i a m e n t e o n o , m e e n c u e n -
t r o a m o r d a z a d o y o b l i g a d o a callar. 2. E f e c t i v a m e n t e , n o
e s t o y p r e p a r a d o y s o y u n i n e x p e r t o en esos elegantes y
2
bien preparados discursos, que se leen o c o m p o n e n c o n
e x p r e s i o n e s escogidas y t é r m i n o s versados, l i b r e m e n t e ex-
p u e s t o s . P u e d e suceder que n o esté b i e n d o t a d o p o r la
n a t u r a l e z a , p a r a r e a l i z a r algo l ú c i d o y e s m e r a d o , tarea
3
r e a l m e n t e h e l é n i c a . 3. A d e m á s , hace y a o c h o a ñ o s que
n o he p r o n u n c i a d o , ni he e s c r i t o en a b s o l u t o d i s c u r s o al-
g u n o , ni grande ni p e q u e ñ o ; t a m p o c o he e s c u c h a d o per-
s o n a l m e n t e discurso de algún o t r o e s c r i t o r y o r a d o r , ni
p a n e g í r i c o ni disputa p r e s e n t a d o s p ú b l i c a m e n t e , e x c e p t o
los de esos m a r a v i l l o s o s h o m b r e s q u e se h a n dedicado a
4
la n o b l e f i l o s o f í a . 4. Y , en v e r d a d , q u e , t e n i e n d o en
p o c o t a n t o la e l o c u e n c i a c o m o la b u e n a a p a r i e n c i a de l o s
términos, y posponiendo a un segundo l u g a r las d i c c i o -
5
nes, se esfuerzan en e x a m i n a r la r e a l i d a d misma, como
6
es e n sí, y l u e g o la dan a c o n o c e r c o n t o d o r i g o r . 5 . Y
n o es q u e n o q u i e r a n , m e p a r e c e , o p r e f i e r a n e x c a s a m e n -
te expresar los p e n s a m i e n t o s n o b l e s y rectos, e n bello y
b i e n c o m p u e s t o d i s c u r s o ; t o d o l o c o n t r a r i o , n o s o n capa-
ces de a b a r c a r al m i s m o t i e m p o , y c o n la m i s m a fuerza,
pequeña y humana, la v i r t u a l i d a d sagrada y divina del
7
p e n s a m i e n t o , y a la v e z el d i s c u r s o e l e g a n t e r e s p e c t o a
la d i c c i ó n : p r i v i l e g i o c a r a c t e r í s t i c o de d o s h o m b r e s diver-
sos y, en cierta medida, m u y opuestos. 6. Porque si es
cierto q u e se d i c e q u e el s i l e n c i o es de a l g u n a manera
compañero y c o l a b o r a d o r de la r e f l e x i ó n y de la inves-
8
t i g a c i ó n , la e l e g a n c i a y s o n o r i d a d del d i s c u r s o no han
7. Y t a m b i é n o t r o a p r e n d i z a j e aflige en b u e n a p a r t e
1 0
m i espíritu y m e e n r e d a la l e n g u a en la b o c a , al pre-
t e n d e r decir l o m á s m í n i m o en griego: en e f e c t o , nues-
tras leyes, p o r las que se g o b i e r n a n los n e g o c i o s de t o d o s
los h o m b r e s que a c t u a l m e n t e se e n c u e n t r a n b a j o el d o m i -
11
nio romano no están c o m p u e s t a s , ni se a p r e n d e n sin
esfuerzo. E s t a s leyes, pues, s o n sabias y precisas, abun-
dantes y e x c e l e n t e s y , en u n a p a l a b r a , m u y h e l é n i c a s : sin
12
embargo, son expuestas y e n s e ñ a d a s en u n l a t í n , cierta-
m e n t e a d m i r a b l e , g r a n d i o s o y en t o t a l c o n s o n a n c i a con
la majestad del i m p e r i o , p e r o , p o r ello m i s m o , difícil pa-
ra m í . 8 . N o m e sería p o s i b l e , p o r t a n t o , h a b l a r de o t r a
m a n e r a , a u n q u e alguna v e z y o m e l o p r o p u s i e r a . N o obs-
t a n t e , y a que n u e s t r a s e x p r e s i o n e s no son otra cosa que
i m á g e n e s de l o q u e nuestra a l m a e x p e r i m e n t a , h e m o s de
r e c o n o c e r a los que son capaces de h a b l a r , n o s ó l o c o m o
a u n o s b u e n o s p i n t o r e s y d u e ñ o s de la t é c n i c a m á s depu-
rada, s i n o t a m b i é n r i c o s en la p r o f u s i ó n de c o l o r e s , que
p u e d e n p i n t a r sin dificultad alguna t a n t o c u a d r o s unifor-
m e s c o m o p o l i c r o m a d o s , y m u y b e l l o s p o r la diversidad
1 3
de sus c o l o r e s .
N o s o t r o s , en c a m b i o , c o m o p o b r e s que s o m o s , des-
c o n o c e m o s la p r e p a r a c i ó n de los t i n t e s , b i e n p o r q u e nun-
ca los h a y a m o s p o s e í d o , b i e n p o r q u e q u i z á los h a y a m o s
p e r d i d o : así, pues, n o s o t r o s , c o m o q u i e n p i n t a c o n car-
14
b ó n o a r c i l l a , es decir, c o n t é r m i n o s y e x p r e s i o n e s vul-
gares, c o m o s o n nuestras c o s t u m b r e s , h e m o s de i m i t a r ,
según n u e s t r a capacidad, los m o d e l o s p r i m e r o s de los ac-
cidentes de n u e s t r a a l m a , e s b o z á n d o l o s c o n nuestras vul-
gares palabras, e i n t e n t a n d o reproducir las i m á g e n e s de
las i m p r e s i o n e s a n í m i c a s , s i n o de u n a f o r m a clara y ador-
1 5
nada, al m e n o s c o m o c o n p i n t u r a de c a r b ó n . Y si se
p r e s e n t a algo de b u e n v e r y e l o c u e n t e , l o a c o g e r e m o s de
b u e n grado, u n a v e z que t a m b i é n l o h a y a m o s examinado
a fondo.
i n e s t a b l e s e i n c o n s i s t e n t e s , q u e f e n e c e n r á p i d a m e n t e y de
mil m a n e r a s ; ni s i q u i e r a h a b l a r í a m o s p a u s a d a m e n t e , para
q u e n o se dijera q u e l o h a c e m o s de f o r m a estéril y frivo-
la. E n v e r d a d , n u n c a n o s p r o p o n d r e m o s hablar involun-
t a r i a m e n t e de l o i n s e r v i b l e , v a c í o e i n ú t i l . S i n e m b a r g o ,
en c a s o de p r o p o n é r m e l o , el d i s c u r s o n o estaría falto de
i n t e r é s y c u i d a d o , al o b j e t o de q u e n o p a r e c i é r a m o s ha-
b l a r , en m o d o a l g u n o , p o r d e b a j o de l o q u e c o n v i e n e .
13. P e r o , a h o r a deseo r e c o r d a r l o q u e h a y de m á s d i v i n o
en este h o m b r e , l o q u e p o r n a t u r a l e z a se a s e m e j a en él a
D i o s , e n c e r r a d o b a j o la a p a r i e n c i a h u m a n a , y , sin e m b a r -
1 8
go, que tiende c o n violencia por asemejarse a Dios .
T e n g o , pues, i n t e n c i ó n de d e t e n e r m e en las cosas m á s
i m p o r t a n t e s q u e r e c u e r d o de é l , y así dar gracias a la di-
vinidad por haberme o f r e c i d o el e n c u e n t r o con este
h o m b r e , c o n t r a t o d a s o s p e c h a h u m a n a , m í a o ajena, ja-
m á s i m a g i n a d a ni esperada. P i e n s o d e c i r alguna c o s a , pe-
r o s i e n d o y o t o t a l m e n t e i n s i g n i f i c a n t e y c o r t o de inteli-
g e n c i a , ¿ c ó m o n o he de r e t r a e r m e r a z o n a b l e m e n t e , t e n e r
m i e d o y guardar s i l e n c i o de b u e n grado?
proemio; Id., Epist. ad Magn., 13, 1), para poner en evidencia la fatui-
dad de los encomios vulgares de los mozalbetes. HeuvoeiBtüc;, a diferen-
cia de o-euvcoc;, significa n o ya «solemnemente», sino «con aparente so-
lemnidad», y át;io7tpE7C(Jjc «con aspecto de d e c o r o » . E l significado
deteriorado de los dos adverbios, su retumbante asonancia, confieren
al pasaje un matiz de cierta ironía, subrayada por la epanadiplosis
«nunca nos propondremos..., pero en caso de proponérnoslo», c o m o
por las abundantes negaciones: cf. E . MAROTTA, O. C, p. 2 2 5 .
18. La ótioícúdic; ©eco es un tema tratato ya por los presocráticos;
cf. H . CROUZEL, Théologie de l'image de Dieu cbez Origene, Paris
1956, pp. 35s. y 217-219; H . MERKI, 'Oy.oío>aic Qtü, Von der platonis-
chen Angleichung an Gott zur Gottáhnlichkeit bei Gregor von Nyssa,
Freiburg Schw. 1952; D . ROLOFF, Angleichung an Gott... , « H W P h »
1 (1971) 307-310.
DISCURSO DE AGRADECIMIENTO A ORÍGENES 109
clara y e v i d e n t e la p a l a b r a m i s m a de D i o s , y n o c o n pies
r e c u b i e r t o s , c o m o sucede en la m a y o r í a de los h o m b r e s ,
p o r unas gruesas pieles, que s o n las d i c c i o n e s e n i g m á t i c a s
y o b s c u r a s , s i n o c o n los pies, c o m o si d i j é r a m o s , desnu-
dos. E n c a m b i o , n o s o t r o s c o n n u e s t r o s discursos huma-
2 1
nos, nos atrevemos a v e r t e r suciedad y fango en o í d o s
a c o s t u m b r a d o s a e s c u c h a r v o c e s puras y divinas. 19. ¿ N o
será, pues, suficiente h a b e r p e c a d o hasta aquí, o, al me-
n o s a h o r a , n o será p r e c i s o c o m e n z a r a ser i n t e l i g e n t e , n o
p r o s e g u i r m á s el discurso y a c a b a r l o ? C i e r t a m e n t e , l o de-
s e a r í a m o s . 2 0 . P e r o , u n a v e z que n o s h e m o s decidido,
séanos p e r m i t i d o e x p l i c a r en p r i m e r lugar la r a z ó n p o r la
q u e h e m o s p o d i d o afrontar este e m p e ñ o , p o r si se n o s
c o n c e d i e r a , de algún m o d o , el p e r d ó n p o r tal t e m e r i d a d .
t o y e s t i m a . P o r el c o n t r a r i o , si es p e q u e ñ o y desprecia-
b l e , p o r n o c e l e b r a r y alabar c o n t o d a su fuerza al bien-
h e c h o r de grandes c o m o de p e q u e ñ o s . 2 5 . E n verdad que
es n e c e s a r i o q u e q u i e n e s s o n m á s i m p o r t a n t e s y están
m e j o r d o t a d o s e s p i r i t u a l m e n t e , al igual que quienes dis-
p o n e n de m a y o r a b u n d a n c i a y r i q u e z a de b i e n e s , c o r r e s -
p o n d a n a l o s b i e n h e c h o r e s , y según sus posibilidades, c o n
m a y o r e s y m á s h o n r o s o s e l o g i o s . 2 6 . D e la m i s m a f o r m a
c o n v i e n e que los p e q u e ñ o s y los que se e n c u e n t r a n en la
m i s e r i a n o sean descuidados y negligentes, y n o se dejen
a b a t i r p o r n o p o d e r a p o r t a r c o s a digna o perfecta. 27. A l
c o n t r a r i o , c o m o indigentes c i e r t a m e n t e , p e r o a la v e z ge-
n e r o s o s que s o n , y m i d i e n d o n o las posibilidades del q u e
es h o n r a d o s i n o las p r o p i a s , o f r é z c a n l e l o s m e j o r e s y m á s
deseados h o n o r e s , según la capacidad del m o m e n t o ; y si,
a la vez, se o f r e c i e r e n c o n la m e j o r b u e n a v o l u n t a d y t o -
tal r e c o n o c i m i e n t o , n o serán t e n i d o s p o r el b i e n h e c h o r
en m e n o s que los h o n o r e s grandes y a b u n d a n t e s . 2 8 . A s í ,
23
se c u e n t a en los l i b r o s s a g r a d o s que una mujer humil-
de y p o b r e , q u e j u n t o a h o m b r e s r i c o s y p o d e r o s o s que
ofrecían grandes y g e n e r o s a s l i m o s n a s , c o n f o r m e a su ri-
q u e z a , ella e c h a b a ú n i c a m e n t e l i m o s n a s p e q u e ñ a s y exce-
s i v a m e n t e insignificantes, p e r o era t o d o l o que t e n í a ; p o r
ello r e c i b i ó u n t e s t i m o n i o de m a y o r a l a b a n z a . A s í , pues,
2 4
p r e s i e n t o que la sagrada P a l a b r a n o t u v o en c u e n t a la
d i s t i n c i ó n y la m a g n i t u d del regalo p o r la c a n t i d a d m a t e -
2 5
rial, que es algo e x t e r n o , s i n o p o r l o s s e n t i m i e n t o s e
i n t e n c i o n e s de los o f e r e n t e s . 2 9 . D e la m i s m a manera,
t a m p o c o a n o s o t r o s n o s está p e r m i t i d o d e s a l e n t a r n o s del
t o d o , p o r m i e d o a que el a g r a d e c i m i e n t o n o c o r r a p a r e j o
con los beneficios recibidos; t o d o lo contrario, hay que
tener valor para intentar o f r e c e r en c o r r e s p o n d e n c i a , si
n o l o s h o n o r e s m á s i d ó n e o s , sí al m e n o s l o m e j o r que
p o d a m o s . D e esta f o r m a , a u n q u e nuestro discurso diste
m u c h o de la p e r f e c c i ó n , p o r l o m e n o s se a c e r c a r á en par-
2 6
t e , y , así, escapará t o t a l m e n t e a la r e p u t a c i ó n de ingra-
to. 30. Verdaderamente el s i l e n c i o a b s o l u t o es funesto,
b a j o la e x c u s a a p a r e n t e m e n t e p l a u s i b l e de n o p o d e r d e c i r
algo d i g n o . N o o b s t a n t e , t r a t a r de r e s p o n d e r a l o s benefi-
c i o s r e c i b i d o s es s i e m p r e p r u e b a de gratitud, aunque la
capacidad de q u i e n dé las gracias sea más p e q u e ñ a en m é -
r i t o s . A s í , pues, n o m e v o y a callar, a u n q u e n o sea c a p a z
de h a b l a r d i g n a m e n t e ; p o r el c o n t r a r i o , m e e n o r g u l l e c e r é ,
si c o m p r e n d o l o que está a m i a l c a n c e .
3 1 . S e a , y a , este m i d i s c u r s o de a g r a d e c i m i e n t o . E n
verdad, n o p r e t e n d o d i r i g i r m e al D i o s del u n i v e r s o ; p e r o ,
p u e s t o que É l es el p r i n c i p i o de t o d o s n u e s t r o s b i e n e s , es
n e c e s a r i o que c o m e n c e m o s p o r É l nuestras a c c i o n e s de
gracias, h i m n o s y a l a b a n z a s . 3 2 . P o r o t r a p a r t e , aunque
yo m e diera t o t a l m e n t e , n o c o m o a h o r a s o y : profano,
i m p u r o , m e z c l a d o y e m p a p a d o de h o r r i b l e e i n m u n d a su-
ciedad; s i n o q u e m e diera t o t a l m e n t e diáfano y d o t a d o de
m a y o r l i m p i e z a y b r i l l a n t e z y s i n c e r i d a d , y sin m e z c l a de
m a l a l g u n o . A u n q u e m e o f r e c i e r a , r e p i t o , t o t a l m e n t e des-
3 5 . E f e c t i v a m e n t e , n u e s t r o s h i m n o s y alabanzas di-
2 7
rigidos al r e y y p r o t e c t o r de t o d o , fuente e t e r n a de t o -
2 8
dos los b i e n e s , se los e n c o m e n d a r e m o s i g u a l m e n t e al
29
que cuida n u e s t r a d e b i l i d a d y al ú n i c o q u e p u e d e c o l -
m a r n u e s t r a necesidad, al defensor y salvador de nuestras
3 0
a l m a s : a su V e r b o p r i m o g é n i t o , artífice y gobernador
del u n i v e r s o . 3 6 . S ó l o É l p u e d e dar gracias c o n t i n u a s e
incesantes al Padre, p o r Sí m i s m o y p o r t o d o s , p o r cada
u n o en p a r t i c u l a r y p o r t o d o s a la vez; pues, s i e n d o É l
31
la v e r d a d , la sabiduría y el p o d e r del P a d r e m i s m o del
3 2
universo , y e s t a n d o en É l , y s i e n d o n a t u r a l m e n t e una
3 3
misma cosa con É l , n o cabe que, c o m o si fuera una
c o s a e x t r a ñ a a É l , deje de a l c a n z a r p o r su p r o p i o p o d e r
la a l a b a n z a del P a d r e p o r o l v i d o , i g n o r a n c i a o debilidad,
o , en c a s o de alcanzarla, deje v o l u n t a r i a m e n t e —lo que
34
no es l í c i t o — i n g l o r i f i c a d o al P a d r e . 37. Únicamente
por É l p u e d e n ser e n t e r a m e n t e justas las alabanzas que
llegan al P a d r e . E n e f e c t o , el P a d r e m i s m o del u n i v e r s o
3 5
es u n o con É l , y puede decirse que r o d e á n d o s e de É l
p u e d e h o n r a r y es h o n r a d o c o n i d é n t i c o p o d e r al s u y o
3 6
p r o p i o , del que p a r t i c i p a su U n i g é n i t o , el p r i m e r o y
ú n i c o de e n t r e t o d o s los seres en t e n e r l o , V e r b o de D i o s
que está en É l . 3 8 . T o d o s los d e m á s p o d e m o s ser agrade-
cidos y p i a d o s o s , si a É l s o l o p r e s e n t a m o s la posibilidad
de n u e s t r o a g r a d e c i m i e n t o p o r t o d o s los bienes recibidos
4 0
Á n g e l del gran C o n s e j o , el c o m ú n salvador de t o d o s ,
elegido p o r su p e r f e c c i ó n c o m o su ú n i c o guardián, e s t o
n o l o sé m u y b i e n , p e r o c i e r t a m e n t e c o n o c í a y a l a b a b a a
u n ángel s u y o grande, q u i e n q u i e r a que fuese. 4 3 . Y n o s o -
t r o s h a c e m o s o t r o t a n t o ; además del c o m ú n guardián de
t o d o s l o s h o m b r e s , a l a b a m o s i g u a l m e n t e a ése q u e , quien-
q u i e r a que sea, es p e d a g o g o p a r t i c u l a r de los que s o m o s
c o m o n i ñ o s . 44. E l ha sido s i e m p r e y sin e x c e p c i ó n m i
b u e n a y o y t u t o r (es e v i d e n t e que ni a m í , ni a n i n g u n o
de m i s a m i g o s c e r c a n o s h a de a t r i b u i r s e tal beneficio,
pues, é r a m o s c i e g o s y n o v e í a m o s nada de lo que tenía-
4 1
m o s d e l a n t e , de f o r m a q u e p u d i é r a m o s j u z g a r c o n v e -
4 2
n i e n t e m e n t e . P o r el c o n t r a r i o , sí le e r a p r o p i o a él
m i s m o , q u e p r o v e í a t o d o lo útil p a r a n u e s t r a a l m a ) , y en-
t o n c e s c o m o a h o r a , n o s a l i m e n t a , n o s educa y n o s lleva
de la m a n o ; 4 5 . y , además de o t r a s m u c h a s cosas, él dis-
p u s o que m e u n i e r a a este h o m b r e , que es l o más i m p o r -
t a n t e de t o d o , a c e r c á n d o m e a él n o p o r n a c i m i e n t o o
sangre h u m a n a alguna, ni p o r ser v e c i n o s o t e n e r alguna
afinidad, ni m u c h o m e n o s p o r q u e f u é r a m o s del mismo
p u e b l o ; cosas todas esas que son m o t i v o de a m i s t a d y c o -
n o c i m i e n t o e n t r e el r e s t o de l o s h o m b r e s , 4 6 . s i n o , en
u n a p a l a b r a , que é r a m o s d e s c o n o c i d o s , e x t r a ñ o s , m u t u a -
m e n t e alejados y e n o r m e m e n t e distanciados p o r p u e b l o s ,
m o n t a ñ a s y r í o s q u e n o s separaban; p e r o el ángel, p o r
e f e c t o de la que es divina y sabia P r o v i d e n c i a , n o s c o n -
dujo hasta este h o m b r e y n o s d e p a r ó ese saludable en-
40. Cf. h. 9, 6.
4 1 . Cf. Mt. 15, 14; Le. 6, 39; Rm. 2, 19.
42. El verbo ouu-epépeo, con sentido medio, significa «soy útil, pro-
vechoso»; por ello el participio da a entender «lo que corresponde, lo
que conviene». El Taumaturgo afirma que le era conveniente al ángel
p o r ser tutor; cf. P G 10, 1062, nota 6 5 .
DISCURSO DE AGRADECIMIENTO A ORÍGENES 117
4 3
48. D e s d e el p r i m e r m o m e n t o n o s c u i d a r o n los
padres, q u i e n e s vivían en c o s t u m b r e s equivocadas. N a d i e
suponía, pienso y o , que nosotros pudiéramos apartarnos
de ellas, y ni y o m i s m o l o esperaba, pues n o s ó l o era
aún n i ñ o y sin r a z ó n , s i n o que t e n í a un padre supersti-
c i o s o . 49. L u e g o v i n o la pérdida del padre y la orfandad,
que p r o n t o sería para m í , n o o b s t a n t e , el p r i n c i p i o del
c o n o c i m i e n t o de la verdad. 50. P o r e n t o n c e s m e a c e r q u é
al L o g o s salvador y v e r d a d e r o ; n o sé c ó m o : m á s a la
4 4
fuerza que v o l u n t a r i a m e n t e . E n efecto, ¿qué criterio
4 5
iba a t e n e r y o a los c a t o r c e a ñ o s ? . E l caso es que desde
e n t o n c e s c o m e n z ó a estar en m í de algún m o d o esa sa-
grada r a z ó n , c o m o si en ese m o m e n t o el s e n t i d o c o m ú n
h u b i e r a llegado a la p e r f e c c i ó n . E l h e c h o es que fue en-
5 6 . M i m a d r e , ú n i c a s o b r e v i v i e n t e de los p r o g e n i t o -
res que c u i d a b a n de n o s o t r o s , d e c i d i ó que f u é r a m o s edu-
c a d o s en aquellas letras en las que s o n c r i a d o s y a l i m e n -
tados los n i ñ o s de familia n o b l e ; que f r e c u e n t á r a m o s a
algún o r a d o r , c o n el fin de q u e t a m b i é n l o f u é r a m o s n o -
s o t r o s . Y , en e f e c t o , a c u d i m o s a él, y e n t o n c e s todos
p e n s a b a n y decían que en b r e v e t a m b i é n n o s o t r o s llega-
r í a m o s a o r a d o r e s . P e r o ni y o m i s m o l o sé ni quisiera
h a b l a r de eso. 57. L a verdad es que n o h a b í a r a z ó n algu-
na p a r a ello ni se h a b í a p u e s t o aún f u n d a m e n t o alguno
de las p o s i b l e s causas que p u d i e r a n m o t i v a r el c o n d u c i r -
n o s de esa f o r m a . N o o b s t a n t e , e s t a n d o vigilante el divi-
4 7
n o P e d a g o g o , a u t é n t i c o p r o t e c t o r , sin p e n s a r l o nues-
tros familiares, ni tampoco yo mismo me lo había
propuesto, 5 8 . se l o i n s p i r ó a uno de m i s m a e s t r o s , a
q u i e n , p o r o t r a p a r t e , h a b í a sido c o n f i a d o para que me
e n s e ñ a r a el latín ( n o p a r a llegar a d o m i n a r l o c o n perfec-
c i ó n , s i n o para que n o fuera u n c o m p l e t o i g n o r a n t e en
d i c h a lengua; y a d e m á s , d i o la casualidad de que el tal
m a e s t r o n o era i n e x p e r t o en leyes). 5 9 . C o n este pensa-
m i e n t o , m e a n i m ó a a p r e n d e r c o n él las leyes r o m a n a s .
En verdad, aquel h o m b r e m e insistía g u s t o s a m e n t e en
e l l o , y y o r e a l m e n t e le o b e d e c í más p o r c o m p l a c e r l e que
p o r a m o r a su p r o f e s i ó n . 6 0 . E l , t o m á n d o m e c o m o alum-
n o , n o s ó l o c o m e n z ó a e n s e ñ a r m e c o n e m p e ñ o , s i n o que
m e d i j o algo q u e ha r e s u l t a d o ser l o m á s v e r d a d e r o de
t o d o : m i m e j o r v i á t i c o —esa m i s m a p a l a b r a e m p l e ó — , se-
ría el aprendizaje de las leyes, y a quisiera ser u n orador
de los que d i s p u t a n en l o s t r i b u n a l e s , y a de algún otro.
6 1 . A s í m e h a b l ó aquel h o m b r e c o n s e n t i d o h u m a n o . P e -
r o m e p a r e c e que p r e d i j o tales cosas gracias a u n a inspi-
r a c i ó n m á s divina que l o q u e él m i s m o p o d í a s o s p e c h a r .
62. U n a v e z e d u c a d o s , v o l u n t a r i a m e n t e o n o , en dichas
leyes, éstas f u e r o n en c i e r t o m o d o u n a atadura, y causa y
4 8
m o t i v o p a r a llegar a la ciudad de B e y r u t h ; d i c h a ciu-
dad, situada n o lejos de aquí, es m u y r o m a n a en c i e r t o
s e n t i d o y c o n s i d e r a d a c o m o b u e n a escuela de leyes.
y salva al e n c u e n t r o c o n su m a r i d o , y de la m i s m a for-
ma llevarnos a nosotros c o n ella c o m o c o m p a ñ e r o s de
viaje. 68. E n verdad que estamos agradecidos al cuña-
do, pero m á s a la h e r m a n a , p u e s t o que n o tuvo incon-
v e n i e n t e a l g u n o n i t a m p o c o t e m o r en h a c e r el viaje. Lo
m i s m o pensaban los familiares y parientes, quienes nos
s u g e r í a n , q u e sería de n o p e q u e ñ a u t i l i d a d el t r a s l a d a r n o s
a B e y r u t h , a fin de t e r m i n a r allí l o s e s t u d i o s de d e r e c h o .
69. T o d o , p u e s , n o s i n c i t a b a : el d e b e r p a r a c o n nuestra
h e r m a n a , l o s e s t u d i o s de d e r e c h o , y h a s t a el m i s m o sol-
d a d o —justo es d e c i r l o — , y a q u e t r a í a m á s c a r r u a j e s pú-
5 0
b l i c o s y m a y o r c a n t i d a d de i n s i g n i a s , p e n s a n d o e n no-
sotros, que las n e c e s a r i a s ú n i c a m e n t e para la hermana.
70. E s t o e r a l o q u e se veía, p e r o l o q u e p e r m a n e c í a o c u l -
5 1
t o era m á s v e r d a d e r o : el e n c u e n t r o c o n este hombre,
52
las e n s e ñ a n z a s v e r d a d e r a s q u e p o r él n o s v e n d r í a n acer-
ca del L o g o s , la a y u d a q u e n o s t r a j o e n o r d e n a la salva-
53
c i ó n m i s m a de n u e s t r a s almas, fueron ayuda salutífera
p a r a quienes e s t á b a m o s d e s l u m h r a d o s y casi ciegos. 71. P o r
tanto, n o fue el s o l d a d o , s i n o u n divino compañero de
viaje, u n guía b u e n o , u n custodio que nos conduce du-
5 4
rante toda esta v i d a c o m o por un largo c a m i n o , que
—pasando p o r a l t o o t r a s ciudades, y t a m b i é n B e y r u t h , a
la que pensábamos ir— a q u í nos trajo y e s t a b l e c i ó , sin
dejar p i e d r a p o r m o v e r , hasta q u e c o n t o d a clase de inge-
nio, nos a t ó a éste q u e h a b í a de s e r la c a u s a de todos
5 5
n u e s t r o s b i e n e s . 72. E n v e r d a d , el ángel d i v i n o q u e vi-
niera para la d i s p e n s a c i ó n de tales b i e n e s , u n a vez que
n o s e n t r e g ó a este h o m b r e , aquí d e s c a n s ó n o p o r cansan-
cio o fatiga (ya que la n a t u r a l e z a de los ministros de
D i o s es i n c a n s a b l e ) , s i n o p o r q u e n o s e n t r e g ó a u n hom-
b r e q u e h a b r í a de t e n e r c o n n o s o t r o s t o d a la p r u d e n c i a y
el c u i d a d o p o s i b l e s .
m e m o s n o s disuadía s o b r e t o d o d i c i e n d o m u y hábilmen
te q u e n o s o t r o s d e s p r e c i á b a m o s la r a z ó n , q u e era, según
5 7
él, l o q u e d e b e r í a p r e d o m i n a r en n o s o t r o s . 78. No
p u e d o d e c i r a h o r a aquellas palabras c o n las que n o s ex
h o r t a b a a filosofar n o s ó l o u n día, s i n o t a n t o s cuantos
desde el p r i n c i p i o e s t á b a m o s j u n t o a él, y a c u d i m o s c o
m o h e r i d o s p o r u n a flecha, eso era su palabra, desde los
primeros momentos (ya que condimentaba su palabra
c o n d u l z u r a y agrado, a la v e z que c o n p e r s u a s i ó n y
fuerza); p e r o aún e n t o n c e s n o s r e v o l v í a m o s , en cierto
m o d o , y l o p e n s á b a m o s m u y b i e n , sin d e c i d i r n o s a filo
sofar, pues t o d a v í a n o e s t á b a m o s c o n v e n c i d o s del t o d o .
Sin e m b a r g o , n o p o d í a m o s r e t r o c e d e r —no sé p o r qué—,
y s i e m p r e e s t á b a m o s atraídos p o r él, c o m o p o r una gran
fuerza, m e d i a n t e sus palabras. 79. N i la religión misma
para c o n el S o b e r a n o del u n i v e r s o ( p r e r r o g a t i v a y don
únicamente del h o m b r e e n t r e t o d o s los a n i m a l e s de la
tierra; p o r l o que c o n r a z ó n la prefieren t o d o s , sabios e
i g n o r a n t e s , e x c e p t o aquel que, p o r un ataque de d e m e n
cia, h a y a p e r d i d o t o d o r a s t r o de i n t e l i g e n c i a ) . A s í , pues,
ni la r e l i g i ó n m i s m a puede p r a c t i c a r l a en a b s o l u t o , decía
r e c t a m e n t e , q u i e n n o h a y a c u l t i v a d o la filosofía. 80. E n
fin, c o n r a z o n e s c o m o éstas, unas tras o t r a s , c o m o mági
c a m e n t e h i p n o t i z a d o s , c o n s e n c i l l e z n o s i n m o v i l i z ó arte
r a m e n t e , y c o n u n a fuerza divina, n o sé c ó m o , m e d i a n t e
sus palabras.
y c o n v e r s a r c o n n o s o t r o s . N o t r a t a b a de e n g a ñ a r n o s inú-
t i l m e n t e c o n sus palabras, s i n o de s a l v a r n o s c o n h á b i l , ca-
ritativa y b u e n a i n t e n c i ó n , y de h a c e r n o s p a r t í c i p e s de
58
los b i e n e s de la f i l o s o f í a ; 82. y e s p e c i a l m e n t e de aque-
llos o t r o s b i e n e s que la D i v i n i d a d le r e g a l ó s ó l o a él, m á s
que a la m a y o r í a de los h o m b r e s , o quizás a t o d o s , inclu-
so de los actuales: el M a e s t r o de piedad, el L o g o s salva-
dor, que en v e r d a d visita a m u c h o s y los perfecciona
—no es E l algo a l o q u e se pueda resistir, y a q u e es y se-
rá r e y de t o d o — , p e r o que está e s c o n d i d o y n o es r e c o -
nocido de ninguna manera por quienes, preguntados,
p u e d a n decir c o s a clara s o b r e É l . 8 3 . A s í , c o m o u n a chis-
pa caída en m e d i o de n u e s t r a a l m a , se e n c e n d i ó e infla-
m ó el a m o r al m i s m o L o g o s sagrado y a m a b i l í s i m o , q u e
atrae hacia É l p o r su i n e f a b l e hermosura a todos los
h o m b r e s , y de i d é n t i c a f o r m a a este h o m b r e , su a m i g o e
intérprete.
5 9
84. T o c a d o y o m u y m u c h o p o r ese a m o r , decidí
r e n u n c i a r a todas las tareas y estudios que n o s interesa-
b a n , e n t r e o t r o s , los de m i s h e r m o s a s l e y e s , así c o m o a
la patria y a la familia, t a n t o a la que h a b í a v e n i d o hasta
6 0
aquí, c o m o a la que h a b í a m o s a b a n d o n a d o . Una sola
c o s a m e era estimada y querida: la filosofía y este hom-
b r e d i v i n o , que era su m a e s t r o . 8 5 . Y el a l m a de J o n a t á n
6 1
se p e g ó a D a v i d . E s o c o n o c í m á s t a r d e en las Sagradas
E s c r i t u r a s ; sin e m b a r g o , antes n o h a b í a e n t e n d i d o clara-
6 5
te, pero no muy apta ; más bien tierra descuidada, ás-
6 6
pera y difícil de trabajar por espinos y matorrales
agrestes; 9 4 . o c o m o el j a r d i n e r o que cultiva un árbol,
q u e s i e n d o agreste y q u e n o da f r u t o s d u l c e s , p e r o n o es
totalmente i n s e r v i b l e , si alguien p o r a r t e de j a r d i n e r í a le
injerta un vastago n o b l e , abriéndolo por medio e injer-
6 7
t á n d o l o y a t á n d o l o l u e g o , hasta q u e t o t a l m e n t e unidos ,
a m b o s se a l i m e n t a n c o m o si fueran u n o (así v e r á s u n ár-
bol fundido, i l e g í t i m o , e n v e r d a d , p e r o de l o infructuoso
se v u e l v e f r u c t u o s o , p o r q u e , de r a í c e s s i l v e s t r e s , produce
hermosas o l i v a s ) ; o c i e r t a m e n t e salvaje, p e r o no inservi-
ble para un jardinero experto; o puede que noble, pero
no fructuoso y muy f é r t i l , y q u e p o r falta de c u l t i v o se
6 8
e n c u e n t r e sin r e t o ñ o s , sin r e g a r y seco, ahogado inútil-
7 2
nuestra b o c a . 98. T u v i m o s un c o m i e n z o difícil y no
c a r e n t e de s u f r i m i e n t o , pues dirigía sus palabras a q u i e n e s
n o e s t á b a m o s aun a c o s t u m b r a d o s ni ejercitados a a d m i t i r
la r a z ó n ; p e r o , a pesar de t o d o , n o s purificaba.
C u a n d o n o s v o l v i ó aptos y n o s p r e p a r ó adecuada-
m e n t e para r e c i b i r las palabras de la verdad, 9 9 . e n t o n -
ces, c o m o t i e r r a b i e n trabajada y mullida, dispuesta para
h a c e r b r o t a r las semillas r e c i b i d a s , él las e c h a b a a m a n o s
llenas, b u s c a b a el m o m e n t o o p o r t u n o para sembrar, de
igual m a n e r a que p o n í a c u i d a d o en t o d o , h a c i e n d o cada
c o s a a su d e b i d o t i e m p o y c o n las palabras apropiadas.
100. C u a n t o de débil e i l e g í t i m o t u v i e r a n u e s t r a alma,
fuera p o r n a t u r a l e z a o p o r el e n t o r p e c i m i e n t o del c u e r p o
d e b i d o a la d e s m e s u r a d a a l i m e n t a c i ó n , p r o c u r a b a él cerce-
n a r l o y aliviarlo c o n sutiles palabras y m a n e r a s de r a z o -
nar, p r o p i a s de un l ó g i c o aprendizaje. 101. E s t a s , desarro-
llándose unas tras otras, desde los principios más
s e n c i l l o s , y t r e n z a d a s de f o r m a variada, v e n í a n a c o n s t i -
t u i r u n a t r a m a i n m e n s a y difícil de r e b a t i r , las cuales n o s
d e s p e r t a b a n c o m o de u n s u e ñ o y n o s e n s e ñ a b a n a estar
s i e m p r e a t e n t o s a la e x p o s i c i ó n , sin fijarnos en su e x t e n -
sión o b r e v e d a d . 102. C u a n t o de i r r e f l e x i v o y t e m e r a r i o
n o s e m b a r g a b a , pues a s e n t í a m o s a lo p r i m e r o q u e n o s sa-
lía al e n c u e n t r o , fuera l o que fuere: b i e n fuese falso y
q u e n o s c o n t r a d e c í a a m e n u d o , b i e n fuese v e r d a d e r o lo
que se decía, él l o e d u c a b a c o n sus m i s m o s r a z o n a m i e n -
t o s y c o n o t r o s m u c h o s a r g u m e n t o s ; pues esa p a r t e de la
filosofía es variada, y a c o s t u m b r a a n o descuidar los testi-
m o n i o s , ni t a m p o c o a r e c h a z a r l o s , s i n o q u e los acepta y
e x a m i n a c r í t i c a m e n t e n o s ó l o l o que se v e , 103. pues mu-
73
chas cosas famosas e i l u s t r e s a p r i m e r a vista, b a j o her-
mosas palabras, habían penetrado como verdaderas en
n u e s t r o s o í d o s , s i e n d o en realidad fingidas y n o eran fide-
dignas y que en nada r e s p o n d í a n a la v e r d a d ; en c a m b i o ,
nos pusieron f á c i l m e n t e en r i d í c u l o al e n g a ñ a r n o s y ha-
ber dado nuestro c o n s e n t i m i e n t o a l o que m e n o s mere-
cía. 104. H a b í a o t r a s , p o r el c o n t r a r i o , q u e e r a n respeta-
bles y nada jactanciosas, y por no expresarse con
palabras fidedignas, p a r e c í a n e x t r a ñ a s y t o t a l m e n t e increí-
bles, y las r e c h a z á b a m o s i n j u s t a m e n t e c o m o falsas e inso-
lentes; más tarde, al final, q u i e n las e x a m i n a y c o n s i d e r a
puntualmente, se da c u e n t a de que l o q u e antes p a r e c í a
d e s p r e c i a b l e y sin c r é d i t o , es l o más v e r d a d e r o de t o d o y
l o q u e r e a l m e n t e n o a d m i t e d i s c u s i ó n . 105. A s í , pues, n o
sólo nos enseñaba a examinar atentamente lo evidente y
m a n i f i e s t o , y que a veces es e n g a ñ o s o y sofisticado, s i n o
a indagar el i n t e r i o r de cada c o s a , n o fuese q u e c o n t u v i e -
7 4
ra algo h u e c o , y, bien asegurados nosotros mismos,
a s e n t i r l u e g o y r e a f i r m a r l o e x t e r n o . 106. D e esa m a n e r a
era educada r a z o n a b l e m e n t e la parte de n u e s t r a a l m a a la
que corresponde juzgar sobre expresiones y razonamien-
t o s ; 107. y n o según los p a r e c e r e s de los b u e n o s retóri-
cos: s o b r e si la dicción es helénica o se trata de un barbaris-
75
m o , l o cual sería u n a e n s e ñ a n z a p e q u e ñ a e i n n e c e s a r i a ;
109. Y n o s ó l o i n t e n t a b a e n d e r e z a r ese a s p e c t o de
nuestra a l m a que se refiere a la dialéctica, s i n o t a m b i é n la
76
parte i n f e r i o r , p o r la que n o s a d m i r a m o s de la magní-
fica, m a r a v i l l o s a , artificiosa y sapientísima o b r a del uni-
v e r s o ; pues, e f e c t i v a m e n t e , n o s m a r a v i l l a m o s m u y mucho
y q u e d a m o s s o b r e c o g i d o s de e s p a n t o , sin saber qué pen-
sar, a la m a n e r a de seres i r r a c i o n a l e s . 110. E l la desperta-
ba y c o r r e g í a c o n o t r a s e n s e ñ a n z a s físicas, s e ñ a l a n d o cla-
r a m e n t e las características de cada u n o de los seres y los
diferenciaba m u y s a b i a m e n t e desde sus p r i m e r í s i m o s ele-
m e n t o s , e x p l i c a n d o luego su naturaleza, y la c o n s t i t u c i ó n
y c a m b i o del u n i v e r s o e n t e r o y la de cada u n a de sus
partes. 111. A s í , gracias a su clara e n s e ñ a n z a y de los ar-
g u m e n t o s , u n o s a p r e n d i d o s y o t r o s d e s c u b i e r t o s , s o b r e el
sagrado g o b i e r n o del m u n d o y de la naturaleza intacha-
ble, i m p r i m í a en nuestras almas u n a a d m i r a c i ó n espiri-
7 7
tual en vez de i r r a c i o n a l . 112. É s t a es la l e c c i ó n subli-
m e , divina y la m á s deseada p o r t o d o s , que e n s e ñ a la
9. El estudio de la ética
115. P e r o , s o b r e t o d o n o s i n c u l c a b a l o que c o n s -
t i t u y e la más alta c i m a de todas las cosas, a q u e l l o por
lo q u e se esfuerzan t o d a clase de filósofos; pues la subli-
m e filosofía r e c o g e los frutos de todas las o t r a s ciencias
c o m o si se tratara de u n a p l a n t a c i ó n variada, que son:
las divinas virtudes m o r a l e s , de las que nace la disposi-
ción tranquila y bien ordenada de las m o c i o n e s del al-
m a . 116. D e esta m a n e r a se esforzaba p o r h a c e r n o s in-
sensibles al d o l o r e indiferentes a todo m a l , y discipli-
nados, c o n s t a n t e s , s e m e j a n t e s a D i o s y en verdad felices.
117. M o d e l a b a nuestras c o s t u m b r e s y m o d o s de ser c o n
discursos e s p e c i a l m e n t e t r a n q u i l o s y sabios, y n o menos
o b l i g a t o r i o s . 118. Y n o s ó l o c o n palabras, s i n o t a m b i é n
c o n o b r a s g o b e r n a b a de algún m o d o n u e s t r o s impulsos,
m e d i a n t e la r e f l e x i ó n y la c o n s i d e r a c i ó n de esas m i s m a s
m o c i o n e s y pasiones del alma, p o r cuyo conocimiento
suele c o r r e g i r s e n o p o c o la falta de a r m o n í a que tiene
nuestra alma, y de esta m a n e r a pasa de la c o n f u s i ó n a lo
con su p r o p i o e j e m p l o y t a m b i é n c o n su p a l a b r a , que y o
oía y seguía, 134. a m í que n i n g ú n o t r o f i l ó s o f o m e hu-
biera persuadido (de n u e v o lo confieso), n o ya conve-
nientemente, sino poco menos que para mi desgracia.
C i e r t a m e n t e , al p r i n c i p i o n o m e e n t r e v i s t é c o n muchos,
s i n o c o n a q u e l l o s p o c o s que se ufanaban de e n s e ñ a r la fi-
losofía; p e r o t o d o s cifraban el filosofar en m e r a s palabras.
135. E s t e , en c a m b i o , fue el p r i m e r o que me exhortó
con sus palabras a filosofar, a n t i c i p a n d o a la persuasión
v e r b a l la de los h e c h o s ; n o s ó l o n o s daba a c o n o c e r los
v o c a b l o s cuidados, pues, ni siquiera j u z g a b a d i g n o el ha-
b l a r , a n o ser que se h i c i e r a c o n espíritu s i n c e r o , esfor-
z á n d o s e p o r p r a c t i c a r l o que se dice, o p r o c u r a n d o mos-
trarse a sí m i s m o c o m o e x p l i c a b a en l o s discursos que
debe ser quien vive rectamente, y, en verdad, dando
e j e m p l o de h o m b r e s a b i o : es l o que p r e t e n d e m o s decir.
136. P e r o , desde el c o m i e n z o , nuestras palabras h a n pro-
m e t i d o ser v e r a c e s , n o elegantes; p o r eso digo que él era
e j e m p l o de s a b i o , p o r m á s que quisiera d e c i r l o , y es ver-
8 2
d a d . N o o b s t a n t e , dejo a h o r a este p u n t o . N o se t r a t a ,
pues, de un e j e m p l o a c a b a d o , s i n o del q u e deseaba gran-
d e m e n t e p a r e c e r s e , e s f o r z á n d o s e para e l l o c o n t o d a dili-
g e n c i a y a r d o r , y , si se p u e d e d e c i r , más allá de l o h u m a -
namente posible. 137. Además también intentaba
8 3
hacernos realmente felices a n o s o t r o s , q u e n o éramos
moderados en palabras ni c o n o c e d o r e s de las m o c i o n e s
del a l m a , s i n o de las m o c i o n e s m i s m a s . Y n o s llevaba,
con h e c h o s y c o n palabras, n o a u n a p e q u e ñ a p a r t e de
cada v i r t u d , sino que nos ponía, si l o comprendíamos
150. Si quisiera e x p l i c a r c o n c u á n t a l a b o r i o s i d a d y
diligencia n o s e n s e ñ a b a y r e v e r e n c i a b a la t e o l o g í a , debe-
8 9
ría p e n e t r a r e n sus m i s m a s d i s p o s i c i o n e s , p a r a saber
con qué i n t e n c i ó n y p r e p a r a c i ó n deseaba que aprendiéra-
m o s todas la r a z o n e s a c e r c a de la D i v i n i d a d , guardándo-
n o s de c o r r e r p e l i g r o s o b r e l o más n e c e s a r i o de t o d o : el
c o n o c i m i e n t o del A u t o r de todas las cosas. 151. E n efec-
to, e s t i m a b a el que f i l o s o f á r a m o s , r e c o g i e n d o c o n todo
e s m e r o los escritos t o d o s de los filósofos y poetas anti-
guos, sin r e c h a z a r ni r e p r o b a r n i n g u n o (pues t o d a v í a n o
t e n í a m o s c r i t e r i o para ello). 152. E x c e p t u a b a , n o o b s t a n -
9 0
te, los l i b r o s de los a t e o s , q u e saliéndose de las c o n -
cepciones humanas, afirman q u e n o e x i s t e D i o s , ni la
P r o v i d e n c i a (leer tales o b r a s es i n d i g n o , n o sea que al ha-
c e r l o m a n c h e n nuestra a l m a , que debe ser piadosa y n o
d e b e o í r palabras c o n t r a r i a s al c u l t o d i v i n o ; ni d e b e n t o -
car nada p r o f a n o q u i e n e s se a c e r c a n a los t e m p l o s de la
piedad que p r o f e s a n ) . A s í , pues, n o es d i g n o mencionar
para nada los e s c r i t o s de los ateos, p o r parte de h o m b r e s
que se t i e n e n c o m o piadosos. 153. E n c a m b i o , deseaba
q u e d e s c u b r i é r a m o s y t u v i é r a m o s c o n t a c t o c o n t o d o s los
demás, sin preferir, ni t a m p o c o c o n d e n a r n i n g ú n g é n e r o
de d o c t r i n a filosófica, fuera griega o e x t r a n j e r a , s i n o escu-
9 1
charlas t o d a s . 154. E s t o era m u y s a b i o y h á b i l , pues
e v i t a b a el p e l i g r o de que u n a de esas d o c t r i n a s , sola y
p o r sí m i s m a , al ser e s c u c h a d a y e s t i m a d a en exclusiva, se
infiltrara en nuestra a l m a e n g a ñ á n d o n o s , y n o s m o d e l a r a
t e n d e n filosofar, y l o p r o c l a m a n desde q u e c o m e n z a r o n a
h a c e r l o , y a n d a n d i c i e n d o que l o desean más a h o r a , q u e
están m e t i d o s en sus discursos, q u e c u a n d o comenzaron;
más aun, d i c e n que a h o r a t i e n e n m a y o r apego a gustarla
— c o m o alguien diría—, y a gastar su t i e m p o en l o s r a z o -
n a m i e n t o s , que c u a n d o , sin e x p e r i e n c i a alguna, se decidie-
r o n al p r i n c i p i o , sin saber p o r q u é , a filosofar. T o d o e s o
9 4
dicen, pero ¿por qué n o prestan razón alguna a los
que t i e n e n o t r a o p i n i ó n ? 160. E n e f e c t o , n i n g u n o de l o s
filósofos a n t i g u o s ha t e n i d o p a r t i d a r i o s e n t r e los m o d e r -
9 5
n o s , ni n i n g u n o de los p e r i p a t é t i c o s se ha convertido
hacia a q u e l l o s , p r a c t i c a n d o su filosofía; t a m p o c o a la in-
versa, n i , f i n a l m e n t e , nadie a nadie. 161. P u e s n o es fácil
disuadir para q u e alguien c a m b i e de o p i n i ó n , abandone
sus p r o p i a s ideas p o r o t r a s , y de igual m a n e r a éstas últi-
mas p o r aquellas, a u n q u e se t r a t e de ideas q u e , de h a b e r -
las a d m i t i d o antes de filosofar, a h o r a a m a r í a ; n o d o m i n a -
da aún, el a l m a f á c i l m e n t e h u b i e r a admitido y amado
r a z o n e s , p o r más que se o p u s i e r a c o n ellas a las q u e a h o -
9 6
ra t i e n e .
162. T a l e s cosas n o s h a n a r g u m e n t a d o n u e s t r o s n o -
bles, e l o c u e n t í s i m o s y m u y h a b i l i d o s o s filósofos griegos:
a las ideas que cada u n o se adhiere al p r i n c i p i o , i m p e l i d o
p o r un d e t e r m i n a d o i m p u l s o , ú n i c a m e n t e ésas, d i c e n que
s o n verdaderas; t o d o l o q u e dicen los r e s t a n t e s filósofos
es e n g a ñ o e i n s i g n i f i c a n c i a . C i e r t a m e n t e , nadie confirma
de la selva m i s m a . F i n a l m e n t e , el c a m i n a n t e , desfallecido
y c a n s a d o , p e n s a n d o que t o d o es selva y q u e n o h a y so-
b r e la t i e r r a lugar a l g u n o h a b i t a b l e , resuelve p e r m a n e c e r
allí, c o n s t r u y e su casa, y se p r o c u r a c o m o p u e d e un c a m -
p o a b i e r t o en la selva m i s m a . 168. O c o m o si se t r a t a r a
9 7
de u n l a b e r i n t o , e n el q u e a p a r e c e u n a s o l a entrada.
Sin sospechar externamente nada complicado, penetra
u n o p o r la ú n i c a p u e r t a que aparece y , l u e g o , a v a n z a n d o
hasta l o m á s í n t i m o , c o n t e m p l a un e s p e c t á c u l o v a r i a d o y
una construcción ingeniosísima, con m u c h o s c a m i n o s que
e n g a ñ a n h á b i l m e n t e p o r sus c o n t i n u a s e n t r a d a s y salidas;
mas c u a n d o p r e t e n d e salir de verdad, j a m á s l o c o n s i g u e ,
pues queda e n c e r r a d o d e n t r o de l o q u e le h a b í a p a r e c i d o
una sabia c o n s t r u c c i ó n . 169. Y , sin e m b a r g o , n o e x i s t e
l a b e r i n t o t a n c o m p l i c a d o , ni selva tan espesa y variada,
ni l l a n u r a o lugar p a n t a n o s o tan t e m i d o q u e pueda d o m i -
n a r a los que a ellos se a c e r c a n , c o m o la d o c t r i n a de al-
g u n o s de esos m i s m o s filósofos, si alguien se e n f r e n t a a
ellos.
9 8
ahogan . 172. E n verdad, r e c o g í a y n o s c o n f i a b a t o d o
lo útil y v e r d a d e r o de aquellos filósofos, 173. e x c l u í a t o
d o l o que era falso, s o b r e t o d o l o que hacía r e f e r e n c i a a
la piedad humana.
i n t e r e s a d o en r e c i b i r en su p r o p i a a l m a l o s l u m i n o s o s "
y p u r o s o r á c u l o s , y en e n s e ñ a r l e s a los d e m á s . 176. E f e c -
t i v a m e n t e , el A u t o r de todas las r e v e l a c i o n e s , el m i s m o
que se h a c e e c o en los profetas, a m i g o s de D i o s , y les
inspira t o d a p r o f e c í a y p a l a b r a m í s t i c a y divina, le ha
h o n r a d o t a m b i é n a él c o m o a m i g o y le ha c o n s t i t u i d o en
i n t é r p r e t e s u y o . 177. L o que p o r m e d i o de o t r o s s ó l o in-
s i n u ó e n i g m á t i c a m e n t e , gracias a éste n o s l o ha e n s e ñ a d o
c o n claridad; y s i e n d o d i g n o de t o d o c r é d i t o , le b r i n d ó la
posibilidad de indagar y d e s c u b r i r las r a z o n e s de todo
a q u e l l o que h a b í a sido d e c r e t a d o o p r o n u n c i a d o . 178. D e
esta m a n e r a , si h u b i e r a a l g u n o d u r o de espíritu e incrédu-
lo, pero a m i g o de s a b e r , a p r e n d i e n d o de éste, se v e r á
o b l i g a d o en c i e r t o m o d o a estar c o n él, y c r e e r y seguir
a D i o s . 179. Y decía esas cosas n o p o r o t r a r a z ó n , c r e o
1 0
yo, que p o r la c o m u n i c a c i ó n del E s p í r i t u divino °;
pues, de la m i s m a facultad han menester tanto los que
p r o f e t i z a n , c o m o los q u e e s c u c h a n a los profetas; y a q u e
nadie p u e d e o í r a un p r o f e t a si el E s p í r i t u m i s m o que
p r o f e t i z ó n o le diera la i n t e l i g e n c i a de sus p r o p i a s pala-
bras. 180. T a m b i é n en las Sagradas E s c r i t u r a s se e n c u e n -
tra esa m i s m a s e n t e n c i a : ú n i c a m e n t e el que c i e r r a —se
1 0 1
dice— a b r e , y n i n g ú n otro . L a Palabra divina abre
a c l a r a n d o los e n i g m a s c e r r a d o s . 181. E s t e h o m b r e , pues,
ha r e c i b i d o de D i o s el m e j o r r e g a l o y la p a r t i c i p a c i ó n
más grande del c i e l o : ser i n t é r p r e t e de las palabras de
D i o s a los h o m b r e s ; e n t e n d e r las cosas de D i o s c o m o si
D i o s m i s m o hablara, y enseñarlas a los h o m b r e s c o m o si
1 0 2
los hombres m i s m o s las e s c u c h a r a n . 182. P o r tanto,
nada era para n o s o t r o s ni s e c r e t o ni i n a c c e s i b l e ; al c o n -
t r a r i o , n o s era p o s i b l e a p r e n d e r toda doctrina extranje-
ra o griega, m í s t i c a o p o l í t i c a , d i v i n a o h u m a n a . A l mis-
m o tiempo, con absoluta confianza, lo recorríamos todo,
t o d o lo investigábamos, disfrutábamos de t o d o s los bie-
nes del a l m a , y n o s s a c i á b a m o s . B i e n se t r a t a r a de una
enseñanza antigua s o b r e la v e r d a d , b i e n se t r a t a r a de
algo d e n o m i n a d o con otro nombre, encontrábamos en
él mismo la m a r a v i l l o s a y c o m p l e t a p r e p a r a c i ó n , y la
p o s i b i l i d a d de c o n t e m p l a r las cosas más bellas. 183. R e -
sumiendo, él e r a p a r a nosotros un verdadero paraíso,
1 0 3
s e m e j a n t e al gran p a r a í s o de D i o s , en el q u e n o te-
n í a m o s q u e c u l t i v a r la t i e r r a de a r r i b a a abajo, ni ali-
1 0 4
mentar nuestros c u e r p o s para estar fuertes; s i n o s ó l o
a c r e c e n t a r las e x c e l e n c i a s del a l m a , y n o s o t r o s mismos,
plantados cual á r b o l e s s a z o n a d o s o injertados para no-
1 0 5
s o t r o s p o r el A u t o r del u n i v e r s o , e s t á b a m o s alegres y
éramos dichosos.
102. Cf. Mt. 13, 15-16; Le. 10, 23-24. E l Taumaturgo indica la ne-
cesidad de la 8uvocu.ii; divina, tanto para profetizar, c o m o para enten-
der la profecía.
103. Cf. Gn. 3, 2 3 .
104. El neologismo aajixaTOTpocpETv (<j<¿u,a = cuerpo, y xpoepéto —*•
Tptcpttv = alimentar) traduce perfectamente una fuerza distinta de
la usual de la expresión <jo>u.aTa xpéepeiv, el desprecio p o r t o d o lo
que es t e r r e n o . Inmediatamente, Gregorio manifiesta que los que
han hecho eso m i s m o de su existencia por la seducción del cuerpo,
se han alejado de la vida verdadera. E n antítesis con la expresión
«sólo se acrecentaban las excelencias del alma», parece resonar la con-
dena evangélica: «¡Ay de vosotros los que ahora estáis hartos, por-
que tendréis hambre!» (Le. 6, 2 5 ) ; cf. E . MAROTTA, / neologismi...,
p. 2 5 3 .
105. Cf. Mt. 15, 13.
DISCURSO DE AGRADECIMIENTO A ORÍGENES 149
1 1 3
p r o d u c i r á espinas y a b r o j o s : mis propias penas y cen
surables s o l i c i t u d e s , p o r h a b e r a b a n d o n a d o las h e r m o s a s
y b u e n a s o c u p a c i o n e s . 189. Y n u e v a m e n t e v u e l v o a las
1 1 4
cosas q u e a b a n d o n é , a la t i e r r a de d o n d e s a l í , a m i fa
1 1 5
m i l i a t e r r e n a y a la casa de m i p a d r e . Abandono la
t i e r r a v e r d a d e r a en la que h a c e t i e m p o olvidé cuál era m i
verdadera patria, y l o s familiares, que más tarde c o m e n c é
a c o n o c e r eran los p r o p i o s p a r i e n t e s de m i a l m a , y la ca
sa de n u e s t r o v e r d a d e r o padre, en la que p e r m a n e c e el
padre y es h o n r a d o y m a g n í f i c a m e n t e v e n e r a d o p o r los
v e r d a d e r o s hijos que desean p e r m a n e c e r en ella. P e r o y o ,
i r r e v e r e n t e e i n d i g n o , m e alejo de t o d o eso, v o l v i e n d o a
1 1 6
lo primero, desandando lo andado .
1 1 7
190. S e dice q u e c i e r t o h i j o , r e c i b i e n d o la p a r t e
de h e r e n c i a que le c o r r e s p o n d í a j u n t o c o n o t r o hermano
s u y o , se m a r c h ó v o l u n t a r i a m e n t e lejos de su padre hacia
u n lugar r e m o t o . M a s v i v i e n d o d i s o l u t a m e n t e , dilapidó y
gastó su p r o p i a h e r e n c i a : f i n a l m e n t e , a causa de su mise
ria, se asalarió c o m o p o r q u e r i z o , y , o b l i g a d o p o r el ham
b r e , deseaba c o m p a r t i r la c o m i d a de l o s c e r d o s , y ni eso
c o n s i g u i ó . A s í p a g ó su vida de c r á p u l a , c a m b i a n d o la re
gia c o m i d a de la casa de su padre p o r los a l i m e n t o s , nun
ca p r e v i s t o s , de l o s c r i a d o s y de l o s c e r d o s . 191. T e n g o
la i m p r e s i ó n de q u e eso m i s m o p a d e c e r e m o s al m a r c h a r
n o s sin llevar además t o d a la h e r e n c i a que n o s c o r r e s p o n
de, pues n o c o g e m o s l o q u e d e b i é r a m o s , s i n o q u e n o s va
m o s dejando c o n t i g o y a tu lado t o d o lo b u e n o y querido,
2 0 0 . P e r o , ¿ p o r qué l a m e n t a r m e de eso? E x i s t e el
S a l v a d o r de t o d o s , m é d i c o de los m o r i b u n d o s , de t o d o s
132
los afligidos y saqueados: el V e r b o , c u s t o d i o v i g i l a n t e
de t o d o s los h o m b r e s . 2 0 1 . T e n e m o s t a m b i é n las semi-
llas, t a n t o las que tú n o s manifestaste que y a t e n í a m o s ,
1 3 3
c o m o las que h e m o s r e c i b i d o de t i : tus h e r m o s o s c o n -
sejos. C o n ellos m a r c h a m o s , l l o r a n d o c o m o q u i e n e s par-
1 3 4
t en de viaje, p e r o l l e v a n d o esas semillas c o n n o s o t r o s .
¡ O j a l á , pues, n o s salve el vigilante c u s t o d i o ! 202. ¡Ojalá
v o l v a m o s de n u e v o a ti t r a y e n d o las gavillas y los frutos
135
de las s e m i l l a s ! . Si n o , en verdad, perfectas ( ¿ c ó m o se-
ría p o s i b l e ? ) , sí, al m e n o s , c o m o n o s sea p o s i b l e sacar de
los t r a b a j o s en la vida civil, c o r r o m p i d o s , efectivamente
p o r cierta fuerza estéril o de mal fruto; p e r o , si D i o s
q u i e r e , sin añadir c o r r u p c i ó n p o r parte nuestra.
h e m o s callado p o r c o m p l e t o . A d e m á s , t a m b i é n he llora-
d o , c o m o h a c e n los q u e se separan de los a m i g o s ; cosa
pueril, p e r o p i e n s o que n o t e n g a n nada a d u l a t o r i o , ni o b -
s o l e t o o inútil. L o que r e a l m e n t e sé es que nada t i e n e n
de fingidas, s i n o t o t a l m e n t e verdaderas: dichas c o n r e c t a
i n t e n c i ó n y c o n p r o p ó s i t o s i n c e r o y c l a r o c o m o el sol.
Job hzequiel
12, 13: 114. 28, 13: 90.
12, 14: 147. 31, 8: 90.
47, 1-12: 90.
Salmos
16, 4: 151. Oseas
19, 9: 147. 2, 21s.: 91.
46, 3: 113. 2, 24: 90.
158 ÍNDICE BÍBLICO
Mateo 2 Corintios
5, 3 5 : 113. 4, 7: 106.
13, 15-16: 148. 13, 13: 147.
15, 13: 148.
15, 14: 116. Gálatas
24, 18: 150. 5, 1: 151.
Marcos 1 Timoteo
11, 2 3 : 8. 1, 17: 113.
12, 41-44: 111.
2 Timoteo
13, 16: 150.
3, 13: 142.
Lucas
Hebreos
6, 2 5 : 148.
4, 12: 115.
6, 39: 116.
6, 8: 150.
9, 62: 150.
10, 23-24: 148. Santiago
10, 30-37: 152. 3, 2-3: 130.
15, 11-32: 150.
17, 32: 150. 1 Juan
21, 1-4: 111. 4, 9: 114,
4, 13: 14'*.
Juan 4, 15: 114.
4, 14: 113.
5, 2 5 : 115. Apocalipsis
10, 38: 114. 3, 7: 147.
12, 40: 113. 2 1 , 23-25: 151s.
ÍNDICE DE AUTORES
Enseñar:7, 5 8 , 7 0 , 101, 105, 107, 115, 128, 133, 134, 141, 160.
110, 111, 112, 113, 123, 124, Filósofo: 7 5 , 115, 124, 127, 129,
134, 143, 150, 175, 177, 1 8 1 , 134, 139, 1 5 1 , 158, 160, 162,
182, 2 0 4 . 169, 172.
Entender: 10, 8 5 , 181, 2 0 5 . Fisiología: 112.
Escritor: 3. Fortaleza: 7 6 , 122, 125, 148.
Escrituras sagradas: 85, 180. Fuerte: 143, 144, 145, 183.
E s c u c h a r : 3 , 18, 9 5 , 1 5 3 , 1 5 4 , Fuerza: 5, 14, 2 4 , 5 0 , 53, 74, 7 8 ,
174, 179, 1 8 1 , 185, 2 0 5 . 80, 8 6 , 2 0 2 .
Escuela: 62.
Esforzar: 4, 145. G e n e r o s a / o : 27, 2 8 .
Esfuerzo: 4, 7, 115. G e o m e t r í a : 113, 114.
164 ÍNDICE TEMÁTICO
Unigénito: 37.
Universo: 3 1 , 35, 36, 37, 3 8 , 79,
109, 110, 183.
Útil: 4 4 , 68, 9 5 , 172.
ÍNDICE PEDAGÓGICO-SISTEMÁTICO
Los n ú m e r o s h a c e n r e f e r e n c i a a los p á r r a f o s del Discurso
I. C O N C E P T O DE E D U C A C I Ó N
1. Terminología
1. Paideúo y derivados: 43, 44, 57, 5 8 , 62, 102, 106, 140,
205.
2. Didásko y derivados: 5 6 , 5 8 , 6 0 , 82, 105, 111, 113, 124,
130, 134, 150, 175, 177, 185.
3. Manthano y derivados: 60, 6 8 , 69, 7 0 , 76, 84, 107, 110,
112, 113, 114, 115, 123. 124, 128, 178, 182, 185, 2 0 4 .
3. Notas definitorias
1. Resultado de una pulimentación: 7 3 , 9 3 , 100.
2. Urbanidad y / o cortesía: 8 1 .
3. Acción, operación y / o proceso: 59, 9 3 , 9 5 , 9 6 , 9 9 , 127,
138, 140, 141.
4. Selección humana: 172, 173.
5. Sentido perfectivo y / o formativo: 74, 7 8 , 8 1 , 9 3 , 9 5 , 9 6 ,
115, 119, 121, 138, 146, 189.
6. Sentido intencional: 7 8 , 126, 141, 145, 148, 150, 153.
4. Socialización, individualización y personalización
1. Proceso de asimilación cultural: 153, 154, 110.
2. Proceso de asimilación moral: 7 8 , 123.
3. Desarrollo de la capacidad de elección: 84.
4. Dignidad humana y cristiana: 7 6 , 1992, 193, 194, 2 0 5 .
5. Educación c o m o comunicación: amistosa: 8 1 , 89, 9 2 .
religiosa: 174, 179.
II. F I N E S DE LA E D U C A C I Ó N
III. E X T E N S I Ó N Y COMPREHENSIÓN DE LA E D U C A C I Ó N
1. El sujeto de la educación
1. Respecto a la edad: 117.
2. E n función de la personalidad: 118.
3. E n función del ambiente social: 56.
4. E n función de la formación religiosa: 8 1 .
2. Contenidos de la educación
1. Lenguaje: 130, 135, 182.
2. Matemáticas: 113.
3. Ciencias naturales: 110, 111, 112, 113, 114.
4. Religión y / o moral: 140, 143, 144, 145, 146, 148, 149,
150, 172, 173.
5. Filosofía: 7 5 , 102, 105, 109, 115, 133, 135, 151, 152, 153,
170.
1. El educador
1. Cualidades: 10, 11, 13, 15, 18, 4 0 , 5 5 , 6 3 , 7 1 , 72, 7 8 , 8 0 ,
8 1 , 82, 8 3 , 84,92, 126, 127, 131, 175, 176, 178, 178, 179,
181, 182, 183, 184, 185, 2 0 1 , 2 0 4 , 2 0 6 , 2 0 7 .
2. F u n c i ó n y / o papel: 14, 2 5 .
3. C o n d i c i ó n social: 56.
4. Padre y / o madre: 4 8 .
2. Los educadores
1. Ambientales: 5 8 , 59.
ÍNDICE PEDAGÓGICO-SISTEMÁTICO 171
2. Religiosos y / o espirituales: 2 8 , 3 1 , 3 5 , 3 9 , 4 0 , 4 1 , 4 3 , 4 4 ,
46, 5 0 , 57, 72, 8 2 .
3. Padres: 4 6 , 56.
3. La metodología
1. Objetivos: 137.
2. Materiales o instrumentos didácticos: 8 5 , 97, 100.
3. Medios didácticos: 97, 102, 117, 118, 123, 126, 133, 135,
138, 140, 143, 144, 148, 150, 151, 152, 154, 171, 172, 173,
204, 205.
4. Plan de estudios y / o programas: 9 5 , 101.
4. Instituciones escolares
1. Tipología: 6 2 , 6 4 , 6 8 , 7 1 , 7 3 , 111.
2. Funciones: 5 6 .
V. PERFECCIONES ADQUIRIDAS M E D I A N T E LA E D U C A C I Ó N
INTRODUCCIÓN 7
I. APUNTES BIOGRÁFICOS SOBRE GREGORIO
TAUMATURGO 7
1. Vida 7
2. Las o b r a s 15
II. PERFILES BIBLIOGRÁFICOS Y LITERARIOS DEL
DISCURSO 19
1. Manuscritos 21
2. Ediciones 22
3. Traducciones 23
4. Estudios 25
5. L a autenticidad 26
6. E l t í t u l o del D i s c u r s o 33
7. E l plan del D i s c u r s o 35
8. E l valor literario 36
III. CONTENIDO PEDAGÓGICO 39
1. E l e x a m e n filológico 39
a. HaiSeúeiv y sus derivados 40
b. AiSáaxELv y sus derivados 45
c. E l v o c a b u l a r i o del aprendizaje 57
2. F i n a l i d a d de la e d u c a c i ó n 71
3. Extensión y comprehensión de la t a r e a
educativa
a. E l sujeto de la e d u c a c i ó n 77
b. E l programa escolar 80
4. A g e n t e s , m é t o d o y m e d i o s de la e d u c a c i ó n 84
5. La educación como perfeccionamiento
humano 95
174 GREGORIO TAUMATURGO
ÍNDICES
índice bíblico 157
í n d i c e de a u t o r e s 159
índice temático 161
índice pedagógico-sistemático 169
í n d i c e general 173
Editorial Ciudad Nueva
BIBLIOTECA DE PATRÍSTICA
1 - Orígenes, C O M E N T A R I O AL C A N T A R D E LOS C A N T A R E S ,
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2 Ed., 326 págs.
2- Gregorio Nacianceno, H O M I L Í A S S O B R E LA N A T I V I D A D ,
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2 Ed., 154 págs.
3 - J u a n C r i s ó s t o m o , LAS C A T E Q U E S I S B A U T I S M A L E S ,
218 págs.
4 - G r e g o r i o Nacianceno, LA P A S I Ó N D E C R I S T O ,
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5- San J e r ó n i m o , C O M E N T A R I O AL E V A N G E L I O D E S A N
MARCOS,
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JESÚS,
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10 - G r e g o r i o T a u m a t u r g o , E L O G I O D E L M A E S T R O C R I S T I A N O ,
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DE SAN JUAN,
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