Arcadia Moderna 3122551 - 3137368 - 1 - 041183
Arcadia Moderna 3122551 - 3137368 - 1 - 041183
Arcadia Moderna 3122551 - 3137368 - 1 - 041183
L A A R C A D I A MOI)ftRN A
ÉGLOGAS K IDILIOS iü-.U.ISTAS
r' i -11. ; K A .M A . - .
MADRID:
Y DE EPIGRAMAS
MADRID:
IMPRENTA DE ROJAS Y COMPAÑÍA,
calle de Yalverde, núni- 16-
1867.
Esta obra es propiedad del autor, quien
se reserva todos los derechos, esperando
que le serán respetados más que en otras
ocasiones, con motivo de algunos traba-
ios suyos, por los que á sabiendas tienen
la mala costumbre de faltar á la ley.
L A ARCADIA MODERNA.
1867. - V . E. AGUILERA.
IDILIOS Y ÉGLOGAS.
OTRA E D A D DE ORO-
(IDILIO SOCIAL.)
¡ C u á n t o cisne c a n o r o ,
empuñando rabel ó g u i t a r r i l l o ,
n o c e l e b r ó la edad q u e llaman de o r o ,
oro m u c h o m e j o r que el amarillo!
T e n g o y o , sin e m b a r g o , la sospecha
de q u e esa edad es c u e n t o
de la cruz á la f e c h a ;
i n v e n c i ó n peregrina
q u e vino p r o p a g a n d o
tras de la musa g r i e g a la l a t i n a ,
— 26 —
y c o m p i t i e n d o c o n latina y g r i e g a
el Fénix español, L o p e de V e g a ,
sin contar q u e también p a g ó su escote
el q u e al m u n d o a s o m b r ó c o n el Quijote.
M a s , a u n q u e h a y a existido
y á m u c h o s les dé g r i m a
no haberla c o n o c i d o ,
yo d i g o : « N a d i e g i m a ,
«pues de esa dulce e d a d , e d a d - c o n f i t e ,
»la s e g u n d a edición h o y se repite.))
¿ Q u i é n m e da u n a b a n d u r r i a , u n a v i h u e l a ,
y si n o , u n t a m b o r i l ? . . . E s t o y rabiando
p o r cantaros al par las dos e d a d e s ,
en t o n o así..., entre réquiem y zarzuela,
u n paralelo entre las dos f o r m a n d o ;
si b i e n t o d o atestigua
q u e es m e j o r la m o d e r n a q u e la antigua.
Dicen q u e antiguamente
desnuda i b a la g e n t e ,
pues era la inocencia
de Yista corta y de feroz conciencia:
-27 —
h o y , en el mes de J u l i o , p o r q u e s u d a ,
y en D i c i e m b r e , tal \ Q Z p o r q u e t i r i t a ,
sale medio desnuda
á lucirse la hermosa M a r i q u i t a ;
y los tiernos donceles
q u e la persiguen fieles
sin q u e el p u d o r los v e n z a ,
andan también desnudos de v e r g ü e n z a .
E n esta mascarada
la V e r d a d solamente v a t a p a d a ,
p u e s ni en el siglo q u e corriendo v a m o s ,
n i t a m p o c o en los siglos venideros
se v i o , ni se verá jamás en c u e r o s :
¿ d i j e en c u e r o s ? ¡ q u é risa!
V e r l a u n a v e z quisiera y o , en camisa.
A l l á en la edad primera
fué todo primavera;
n o h u b o o t o ñ o , ni e s t í o ;
nadie las uñas se c h u p ó de frió.
E n la presente e d a d , A b r i l eterno
es el rostro de m u c h a s
— 28 —
ciudadanas m a c h u c h a s
q u e de la v i d a están en el i n v i e r n o ,
y q u e a c u d e n , n o en b a l d e ,
á Santa F l o r de A r r o z , m o d e r n a s a n t a ,
pidiéndola el m i l a g r o q u e o b r ó en tanta
c o n San C a r m i n y el b u e n San A l b a y a l d e .
O t r a s , damas g e n t i l e s ,
dándose t o d o el año
de V e n u s c o n el p a ñ o ,
conservan siempre frescos sus A b r i l e s ;
y la q u e largas c u e n t a
navidades c u a r e n t a ,
dando hacia atrás u n b r i n c o ,
se planta en v e i n t i c i n c o ,
y de allí n o la a r r a n c a , ni á c a c h e t e s ,
el c u e r p o de civiles y corchetes.
E l h o m b r e de p e s e t a s , e g o í s t a ,
y el candido optimista
( q u e en dulce calma y b e a t i t u d r e p o s a ,
y a u n q u e el m u n d o r e v i e n t e ,
dice q u e el m u n d o va p e r f e c t a m e n t e ) ,
— 29 —
todo lo encuentran de c o l o r de r o s a ,
color c o n q u e , m o s t r a n d o gusto y c e l o ,
pinta M a y o la tierra y pinta el cielo.
L a tierra era de t o d o s :
limpio de sabandijas
el c a m p o e n t o n c e s , c o n señales fijas
é irresistibles m o d o s ,
q u e obligaran á u n b r u t o ,
b r i n d a b a al transeúnte r i c o f r u t o .
A q u í , un tronco l o z a n o ,
doblándose d e c i a : « C h i c o , t o m a ,
»ó te r o m p o el testuz c o n una poma.»
(ADVERTENCIA: la. poma, en castellano ,
es el fruto sabroso del m a n z a n o ) .
A l l á , chorros de v i n o
b r o t a b a n de las c e p a s , ciento á c i e n t o ,
á orillas del c a m i n o ;
y si falto de aliento
l l e g a b a un p e r e g r i n o ,
c o m o era el licor gratis,
y , á m á s , n o se estilase decir satis,
— 30 —
q u é p a l e ó n o le q u e p a ,
u n cuartillo tras otro se b e b i a
de j a r a b e de c e p a ,
sin faltar al d e c o r o ;
l u e g o , á v e c e s , solia
p e r n o c t a r entre P i n t o y V a l d e m o r o .
N a d i e lo ha visto en l á p i d a s , ni b r o n c e s ,
pero t o d o repito que era e n t o n c e s
c o m ú n : el c a m p o , el r i o ,
el m o n t e , la l l a n u r a ,
la c a z a , la v e r d u r a ;
j a m á s se c o n o c i ó tuyo n i mió;
bien que ogaño t a m p o c o ,
pues lo t u y o y lo m i ó , entre c o n s u m o s ,
el subsidio i n d u s t r i a l , q u e es otro c o c o ,
el c a s e r o , q u e gasta b u e n o s h u m o s ,
la m o z a q u e nos s i r v e , mal p e c a d o ,
y c o m p r a en el m e r c a d o ,
y el perillán q u e v e n d e
y c o n ella se e n t i e n d e ,
practican u n c o m p l e t o c o m u n i s m o ;
— 34 —
m e j o r n o lo soñaba F o u r r i e r mismo.
C o n el l o b o la o v e j a
f o r m a b a antaño fraternal pareja ;
palomas y milanos
parecían h e r m a n o s ;
toda garra y colmillo se e s c o n d í a ,
y a fuera diplomacia ó c o r t e s í a ,
c o m o esconde sus uñas u n tunante
b a j o la piel hipócrita del g u a n t e .
H o y también son ejemplo del c o n s o r c i o
q u e débilmente p i n t o ,
diversos animales
en costumbres é instinto ;
y aun algunos iguales
en instinto y c o s t u m b r e s ,
q u e pudieran causarse p e s a d u m b r e s
( y hasta en furiosa lid q u e d a r d i f u n t o s ) ,
suelo encontrarlos j u n t o s ,
y hacen que aquel proverbio aquí recuerde,
de que u n l o b o á otro l o b o n o le m u e r d e .
E n t o n c e s en el viento
la flauta pastoril sonó á m e n u d o ,
c o n tal p r i m o r , q u e d u d o
q u e le p u e d a igualar la de Sarmiento.
E n coro a c o m p a ñ a r o n á las flautas
c o n v o c e s tiples y c o n tonos g r a v e s
los grillos y las aves
juguetonas é incautas,
y los zagales y m o z u e l a s rubias
sembrando c o l e s , nísperos y alubias.
A h o r a suena el c a ñ ó n , y el clarín suena;
¡ t o d o es sonar! Sollozos y alaridos
s u b e n , s u b e n , y suben á la escena
desde los antros l ó b r e g o s , perdidos
de nuestra sociedad en lo más h o n d o ;
infierno t e r r e n a l , en d o n d e g i m e n
miseria y e s p l e n d o r , v i r t u d y crimen.
Y suenan—otro sí—cuervos y grullas,
y gansos r o n c o s , y parleras r a n a s ,
en figuras h u m a n a s ,
subiéndose á la cima del P a r n a s o
d o n d e cantaron L o p e y Garcilaso.
— 33 —
A n t e s en el P a r n a s o g r a n cosecha
c o g í a s e de g l o r i a ,
y la ambición q u e d a b a s a t i s f e c h a ,
si n o m i e n t e la historia.
A m u c h o s les parece
q u e de entonces acá m e d i a u n a b i s m o ,
p e r o h o y pasa tres cuartos de lo m i s m o ;
sólo q u e , á más de g l o r i a , y a los vates
( a l u d o á los q u e siembran disparates
y alfalfa para el p ú b l i c o i n o c e n t e )
r e c o g e n , aclamados por la g e n t e ,
botas, chalecos, guantes, pantalones,
v i n o , m u e b l e s , perdices y j a m o n e s ,
y a en papel de c o l o r , p a p e l - m o n e d a ,
y a en la forma y metal de la q u e r u e d a :
en tanto, el q u e arrojó sana semilla
a y u n a en su b u h a r d i l l a ,
si es que n o se mantiene de a m a r g u r a s :
y el q u e siembra la l u z , se q u e d a á oscuras.
Sin red y sin anzuelos
el mar daba p e s c a d o en e s c a b e c h e ;
3
— 34-
corrian a r r o y u e l o s
de almíbar y de l e c h e .
E n nuestro s i g l o , arroyos
c o r r e n de i m p u r o c i e n o , sangre y l l a n t o ,
c o n tantísimo sapo y t r u c h a t a n t o ,
q u e , en v e z de apellidarlo de las luces
( p u e s , en v e r d a d , h a y m u c h a s ) ,
llamarse debe siglo de los truchas.
P o s t r á b a s e el león al pié del h o m b r e ;
el t i g r e , el c o c o d r i l o , y la pantera
c o n v e r t i d a en c o r d e r a ,
lamíanle la m a n o ,
sumisos arrastrándose á sus plantas
sin llevar intenciones p o c o santas.
P o s t r a d o s ahora v e o
al artista y al sabio ante u n idiota
q u e debiera c o m e r paja y b e l l o t a ,
y á q u i e n la suerte encaramó á la c u m b r e
de d o n d e el m a n á l l u e v e
q u e a q u í t o d o b r i b ó n ó necio b e b e .
M i r o , a s o m b r a d o , al escritor lamiendo
— 3o —
para o c u p a r los o c i o s ;
ó usando otro l e n g u a j e más a m e n o ,
se administra lo ajeno.
¡ D i c h o s a edad aquella,
en q u e el h o m b r e v i v i a
c o n su m e d i a n a r a n j a , h o r r i b l e ó b e l l a ,
y a so el techo de g r u t a h o n d a y s o m b r í a ,
y a v a g a n d o p o r valles y montañas
de t e m p l e tibio y de v e r d o r e t e r n o ,
sin c h o z a s , ni c a b a n a s ,
ni l e y e s , ni g o b i e r n o !
¡ G o b i e r n o !... ¿ p a r a q u é ? ¿ P a r a q u é l e y e s ,
si eran los h o m b r e s mansos c o m o b u e y e s ,
y a u n de ellos el de c ó l e r a más fina
i n c a p a z de hacer daño á u n a g a l l i n a ? . . .
¡ P e r o envidiable e d a d , edad d i c h o s a ,
la e d a d en q u e v i v i m o s
los q u e c o n g r a n p l a c e r de ella escribimos!
¡ F e l i z ¡ oh t ú ! m i l v e c e s , sobre t o d o ,
d e s c e n d i e n t e del árabe y del g o d o ,
español e n v i d i a d o ,
— 37 —
á vivir sin g o b i e r n o a c o s t u m b r a d o ,
sin q u e p o r esto pierdas el consuelo
de engordar y e n g o r d a r c o m o t u a b u e l o !
¡ F e l i z , oh t ú . . . ! M a s y a m i c a n t o c e s a ,
canto q u e n o m e atrevo á llamar o d a ;
y supuesto q u e es m o d a
q u e seguir m e i n t e r e s a ,
me despido p o r h o y á la francesa.
1864.
PASTORES AL NATURAL ( 1 ) .
L a r g o , flacucho, de c o l o r de m u e r t o ,
c h u p a d o de mofletes y a n g u l o s o ,
m u y p r ó d i g o de h o c i c o , á lo g o l o s o ,
nariz de a p a g a - l u z y pati-tuerto;
estaba u n tal M a m e r t o
( p a s t o r e n a m o r a d o hasta las cachas,
y l u e g o v u e l a , y la v i c t o r i a canta.
L o s idilistas b u f a r á n de tedio
c u a n d o les d i g a , y f u e r z a m e es d e c i r l o ,
- 4 3 -
q u e n o h a y n e c e s i d a d de e n c a r e c e l l o .
R o s a s , lirios, j a z m i n e s y c l a v e l e s ,
dalias, c é s p e d e s , nardos y m o s q u e t a s ,
geranios, mirabeles,
j a c i n t o s y violetas
( d e q u e h a c e n g r a n acopio los p o e t a s ,
y c o n s u m e la g e n t e b o n a c h o n a
q u e una v e z á ese pasto se aficiona)
de allí desparecieron c o m o el h u m o ,
p o r lo q u e l l e v o dicho del c o n s u m o .
P e r o xm hijo de A p o l o ,
charlatán y m a l i g n o c o m o él s o l o ,
r e v e l ó al p o b r e p i i b l i c o u n ultraje
de q u e d e n u n c i a autores
á los b a r d o s q u e abusan de las flores,
gritándole c o n v o z semi-salvaje:
« ¡ P ú b l i c o , mira q u e te dan forraje!»
M a s n o p o r esta causa m e n o s vario
resultaba el campestre silabario:
con elocuencia muda
q u e estúpido g a ñ a n c o m p r e n d e r í a ,
— 45 —
enseñaban m o r a l filosofía
del seco prado la extensión desnuda,
i m a g e n de la nada
y de la poesía y a citada;
la zarza i n e x t r i c a b l e ,
símbolo v e r d a d e r o y admirable
de muchas l e y e s — p é s a m e d e c i l l o —
q u e , más q u e l e y e s , son r e v u e l t o o v i l l o ;
el j a r a m a g o v i l , el c a r d o a d u s t o ,
y la retama triste, amarga al g u s t o ,
cual d e s e n g a ñ o al c o r a z ó n q u e llora
en lazos preso de amistad traidora.
Y p o r q u e n a d a falte, u n h e d i o n d o
cenagal c o r r o m p í a s e c e r c a n o ,
trasunto fiel del c o r a z ó n h u m a n o ;
de c u y o n e g r o f o n d o
salían á m o n t o n e s
por sus l ó b r e g o s n i c h o s
( c o m o suelen salir nuestras pasiones),
sapos, ranas, culebras y otros b i c h o s :
además p e r o baste; a q u í h a g o p u n t o ,
— 46 —
y dejo que m o r a l p r e d i q u e enfático
el d i a b l o , q u e b o y se m e t e á c a t e d r á t i c o ;
a u n q u e h a y q u i e n , c o n o c i e n d o su r a l e a ,
le d i c e : « P a r a el diablo q u e te crea.»
M a m e r t o , q u e c o n c l u y e su b a n q u e t e
( a b u n d a n t e , eso sí, c o m i ó p o r s i e t e ) ,
c o n el p u l g a r santigua un g r a n b o s t e z o ;
b o s q u e j a un esperezo
q u e otros en l a r g a c o l e c c i ó n p r o m e t e ;
limpiase c o n las m a n g a s el h o c i c o
q u e u n o suelta y r e c i b e o t r o herrete;
de a g u a turbia se b e b e m e d i a a z u m b r e ;
se acerca al otro c h i c o ,
y s e g ú n es c o s t u m b r e
entre pastores b i e n n a c i d o s , g u a p o s ,
así sacaron á lucir sus t r a p o s ,
r e b u z n a n d o fragmentos de su historia
dignos de conservarse en la memoria.
MAMERTO.
CANUTO.
E l p r o b é n o p u d í a c o n la m o n a ;
que si n ó , ¿le h a b e r l a p r e m i t í o
m o r m u r a r de la t u y a y m i p r e s o n a ,
sin r o m p e l l e las patas y el sentío?
A más q u e , p r o m e d i a n d o , el p r e g o n e r o
saltó y dijió: « A d o r m i r l a , c a b a l l e r o . »
MAMERTO.
¿ Q u é t u v i ó q u e dicir de m i c o n d u t a
esa sirpiente estuta?
CANUTO.
MAMERTO.
¡ Q u é calunia!
¡ B o r r a c h o ! ¡traidor! ¡leve...!
T ú b i e n sabes q u e sólo c o g í n u e v e .
CANUTO.
P o r esa c e r c u s t a n c i a , en a q u e l auto
m e q u e d é tuplifláuto.
— 49 -
MAMERTO.
¡ A y , C a n u t o , q u é pena!
Y a no p u é ser u n a presona g ü e ñ a .
CANUTO.
MAMERTO.
¡ V e l a y c ó m o se p i e r d e n furecidos
más de cuatro e n d i v i d o s !
T o p á r a l e y o a g o r a , y le arrancara
los ojos de la c a r a ,
pus le t e n g o u n a q u e l , q u e si sabieras!
m e faltan pa dicirlo e s p l i c a d e r a s ;
pero s o y p r o p e t a r i o , si m e p o n g o ,
á sacarle el r e d a ñ o p a u n m o n d o n g o . »
A tal p u n t o l l e g a b a n , y en tal p u n t o
4
— 50 —
el i m p o r t a n t e asunto
y plática discreta á cortar v i n o
u n amable v e c i n o ,
iris de p a z en más de u n a c a m o r r a ,
de la c o m a r c a o r á c u l o ,
a p o y a d o en u n b á c u l o
q u e pudiera llamarse cachiporra.
I n f u n d í a respeto
y casi admiración el tal s u g e t o
á las almas sencillas:
su nariz en cuclillas,
a q u e l mirar l a d i n o ,
la calva de c o l o r de p e r g a m i n o ,
los párpados c o n g r a c i a r e m a n g a d o s ,
y b o r d e s sin pestañas,
p e r o en c a m b i o con blancas telarañas
y de r o j o c o r d ó n ribeteados;
d e la escamosa cara las arrugas
( s u r c o s q u e aró la edad sembrando en ellos
garrafales v e r r u g a s )
y los ralos cabellos
— 51 —
atados á manera de c e r q u i l l o
c o n u n o c h a v o escaso de hiladillo,
la m o l l e r a c i ñ é n d o l e cual orla
q u e en la parte anterior c o n c l u y e en b o r l a . . .
t o d o esto y otro t a n t o ,
p r e s t a b a cierto e n c a n t o
al v e n e r a b l e V a r g a s ,
y p o r m a l n o m b r e el tio ZANCASLARGAS.
M a m e r t o le consulta
c ó m o h a de p r o c e d e r c o n q u i e n le insulta,
q u e el p o b r e n o lo sabe;
y obrando con prudencia,
q u i e r e oir la esperiencia
de aquel santo v a r ó n , sesudo y g r a v e .
Zancaslargas vacila,
q u e el caso es p e l i a g u d o ;
y permanece mudo,
mientras c o n s e j o s hila
que y a ensaya su l e n g u a b a l b u c i e n t e
á causa de tres vasos de a g u a r d i e n t e
q u e antes b e b i e r a p o r refresco sano;
— 52 —
¡ c o m o q u e es el m e j o r en el v e r a n o !
T o s e , e s c u p e , se rasca, se relame
el labio t u r b i o de c o l o r de m o s t o
( q u e es t a m b i é n g r a n refresco para A g o s t o ) ,
y antes q u e le reclame
s e g u n d a v e z consejo el o f e n d i d o ,
c o n tal d i c t a m e n lo d e j ó aturdido:
ZANCASLARGAS.
« D i o s m e entiende, r a p a z , y y o mintiendo:
p u s v a m o s al dicir... ¿ q u é i b a diciendo?...
Finalmente, y perúltimo, moehacho,
c u a n d o te sobre u n c a c h o
de o v e j a , m e lo das, y requi-terna
lo c o m e m o s los dos en la taberna.
MAMERTO.
ZANCASLARGAS.
¿ C o n q u i é n , c o n el tio C h u r r o ?
-53--
P a m í la c u e n t a es llana;
p u s , h i j o , liarás... lo q u e te d é la g a n a . »
M a m e r t o v á , y p r e g u n t a al otro c h i c o :
« ¿ Y t ú q u e m e consejas, g r a n b o r r i c o ? »
y C a n u t o r e s p o n d e : « ¿ V á de veras...?
Y a sabes m i p i ñ ó n . . . has lo q u e quieras.»
EL PUBLICO.
« S e o r m o s c a , la paciencia se m e apura;
acabe y a , p o r D i o s , mire q u e es hora.
YO.
EL PÚBLICO.
D e pastoras prescinda.
YO.
E l se lo p e r d e r á ¡ p o r q u e es tan l i n d a !
— 84 —
EL PÚBLICO.
YO.
E n t i e n d a q u e ini n u m e n se r e p o r t a ;
¿ q u i é n h a visto j a m á s é g l o g a corta?
D i g o , pues, que una joven...
EL PÚBLICO.
¿ V á de veras...?
Ya sabes mi piñón.... has lo que quieras.))
C a r a de c a r a n t o ñ a ;
c u t i s l l e n o de r o ñ a ,
y de c o l o r i n c i e r t o :
ojos en b l a n c o , de b e s u g o m u e r t o ,
c u y a p u p i l a su r e c a t o i n j u r i a
l a n z a n d o a l g ú n destello de l u j u r i a ;
— 58 —
colorada nariz c o m o u n m a d r o ñ o ;
sombrero e n c a s q u e t a d o , a l i c a í d o ,
c o n desiguales rotos y r e c o r t e s ,
p a r d o , sin c o l a y a , n i otros resortes;
honesto, virginal, tímido moño
q u e n u n c a h u b i e r a fácil consentido
trato c o n peine y m e n o s b e r g a m o t a ,
p o r ser de una m u c h a c h a sencillota
q u e n o u s a b a , si acaso, más afeite
q u e de n e g r o candil el n e g r o aceite;
cintura de costal; p e c h o c o n f o r m e
á lo q u e e x i g e la cintura enorme;
fornido b r a z o de o s o ,
c o m o las piernas r í g i d o y c e r d o s o ;
v o z de gallina c l u e c a ;
b o c a torcida p o r eterna m u e c a . . . .
tal era N i c o l a s a ,
y era lo m e j o r c i t o de su casa,
menos su h e r m a n o , el ínclito C a n u t o ,
q u e casi la i g u a l a b a en c u a n t o á b r u t o ,
y M a m e r t o , su amor, q u e era el más b e s t i a ,
üÜ
ZANCASLABGAS.
MCOLASA.
ZANCASLARGAS.
¿ Y q u é hacían? I í o l g á r a m e , en efeito,
el caso oir p a sentenciar el preito.
MAMERTO.
ZANCASLARGAS.
Y a lo oyes, Neculasa;
y o no e n c u e n t r o m a l d á , p o c a ni m u c h a ,
en el paso q u e pasa:
ahora t ú d e s e m b u c h a ,
y si r a z ó n t u v i e r e s , y o te j u r o
q u e le falta á M a m e r t o de siguro.
¿ Q u é te pide ese c u e r p o ? . . . A b r e la b o c a ;
aquí parciales sernos,
y á todos sus daremos
correspondientemente lo q u e us t o c a .
-60 —
N1COLASA.
¿ Q u i e r e n q u e parle y garle hasta mañana?
N o m e da la real g a n a ;
y a se a c a b ó el desamen,
ZANCASLARGAS.
E n v i d e su ditámen
t u h e r m a n o , q u e n o chista,
y sentencio más p r o n t o q u e la vista;
¡miray si seré p r o n t o !
CANUTO.
NICOLASA.
¿ Y m i honor?
CANUTO.
NICOLASA.
¡ M o s t o ! ( m o n s t r u o querría
á su hermano llamar la m o z a b r a v a ) .
CANUTO.
¿ Y o mosto?.. N o es el tiempo t o d a v í a .
C u a n d o M a m e r t o andaba
por montes y por trigos á tu a l c a n c e ,
¿no te dije: « C u i d a d o c o n u n lance?»
¿ Y q u é m e respondiste?... « S i él es t u n o ,
»cada u n o es cada u n o ,
»y a u n q u e m e v e n tan n i ñ a ,
» y a sé guardar mi viña
»de ladrones y g a t o s ;
»á m á s , él no es presona de esos tratos.»
NICOLASA.
Equivoquéme.
CANUTO.
E s t a b a s por él loca.
— 62 —
NICOLASA.
U n a v e z , cualisquiera se e q u i v o c a ,
y basta de razones;
no quiero que me tengan por un pingo:
ó sin falta escomienzan el d o m i n g o
las amolestaciones
de y o c o n ese c u c o ,
ó de un par de trancazos lo desnuco.»
C i e r r a el p i c o la v i r g e n campesina,
q u e el suspiro repite (alias, regüeldo)
enarbolando un bieldo
d e m a d e r a de encina
p u e s t o sobre una hacina.
A insinuación tan tierna,
p r e v i a m e n t e rascándose u n a pierna,
levántase M a m e r t o c o n v e n c i d o :
¿y q u é hace?... D e entusiasmo casi v e r d e ,
u n carrillo la m u e r d e
en l u g a r de besarla c o m o se usa:
la d o n c e l l a se atusa
— 63 —
las g r e ñ a s , y s e g u n d a v e z en j a r r a s ,
vá y le d i c e :
« S e t o c a n las g u i t a r r a s ,
pero no las m u j e r e s ;
deprenda á rispetar mis menesteres.»
A c u y a g r a n sentencia,
que r e b o s a i n d u l g e n c i a
pues sin gestos p r o n u n c í a l a y sin v o c e s ,
añade cuatro c o c e s
con la siniestra pata,
como j a m á s las dio m u í a de noria,
y q u e á M a m e r t o , á quien por p o c o m a t a ,
saben á m i e l , á gloria:
esto siempre el amor tiene de b u e n o ,
convertir en antídoto el v e n e n o .
¿ Q u é n o v i o en brazos l l e v a
por escarpado risco y matorrales
la c a r g a de su b e l l a , e n o r m e , suma
( s u p o n i e n d o q u e pese tres q u i n t a l e s ) ,
que no se le figure leve pluma?
A s í las paces hechas
— 64 —
NICOLASA.
MAMERTO.
Y o cavilo, cavilo...
es u n plan... ¡cosa g r a n d e !
NICOLASA.
A c a b a , dílo.
MAMERTO.
Q u i e r o q u e m i presona
se presente en la I g r e s i a h e c h o u n a mapa.
NICOLASA.
M a s ¿cuándo ñus casemos? y p e r d o n a .
MAMERTO.
¡ E n cuantis t e n g a capa!»
N o b i e n de su p e r e z a
para matrimoniar la causa o y e r o n ,
los otros tres h i c i e r o n
u n e l o c u e n t e signo de c a b e z a ,
demostrando á porfía
q u e se hallaban c o n f o r m e s , y esto es obvio;
5
— 66 —
en b o d a s de este r u m b o y g e r a r q u í a
p o d r á faltar el n o v i o ,
¡pero la capa! ¡horror! ¿ q u é se diria?
L a historia así remata
y los castos amores
de M a m e r t o y su F i l i s , flor y nata
de n o v i o s y pastores;
y y o , el pincel d e j a n d o ,
l l e v o á la Exposición esta o b r a n u e v a .
Se premiará: ¡es tan mala!.. ¿ A q u e la aprueba
la A c a d e m i a R e a l de San F e r n a n d o ?
LOS MAYORAZGOS.
M u s a de la obstetricia, M u s a i g n o t a
que en sus o p e r a c i o n e s ,
desde la edad más b á r b a r a y r e m o t a ,
sin d u d a han i n v o c a d o
matronas y aturdidos c o m a d r o n e s
c u a n d o el trance es difícil é i n t r i n c a d o
( p o r v e r si inspiración del P i n d ó l l u e v e ) ,
y o te i n v o c o t a m b i é n , pese á las n u e v e ,
para cantar sin el auxilio de ellas
de dos nonatos íntimas querellas.
A r c e , hambriento de fama
— 68-
( n o sé si de otra c o s a ,
pues n o dá pan el v e r s o , ni la p r o s a ) ,
l u z inmensa derrama
de los hombres dejando la b a l u m b a ,
sobre lo q u e sucede en U l t r a - t u m b a ( 1 ) .
C o n o c e t a n t o , y tan al v i v o pinta
sin usar más c o l o r q u e el de la tinta,
las c o s t u m b r e s , los usos y las l e y e s
de vasallos y r e y e s ,
de pobres y de ricos
moradores de u n m u n d o
sólo abierto á su espíritu p r o f u n d o ,
q u e ó b i e n c o m o á unos chicos
i n c a u t o s nos la p e g a ,
ó alguna v e z se ha muerto y nos lo niega.
Y o , t o m a n d o contrario derrotero
al q u e h o y se sigue p o r rutina p u r a ,
u n n u e v o m u n d o descubriros q u i e r o ;
y , p e ó n caminero
de la literatura,
q u e se halla i n t r a n s i t a b l e , abro un sendero.
A r c e baja al abismo de la muerte
c o n ánima aflijida,
p e r o lo disimula y n o se advierte;
y o en el u m b r a l m e p l a n t o de la v i d a ;
él dedica á los muertos m u c h o s ratos;
y o estudio á los nonatos;
si el n o m b r e de C o l o n A r c e r e c l a m a ,
y o , p o r lo m e n o s , s o y V a s c o de G a m a .
Estaba Doña Leta,
de u n quídam n o b l e y respetable esposa,
en u n sillón antiguo de v a q u e t a
repantigada y g r a v e , pero i n q u i e t a ,
c o m o el q u e espera y teme a l g u n a cosa.
Y a p a r e c e u n a santa
á q u i e n mira su rostro c o m p u n g i d o ;
y a los ojos levanta,
c u l p a n d o , injustamente, á su marido
del caso q u e la espanta;
— 70 —
y a r o m p e en u n chillido
aterrador, siniestro,
y r e z a u n Padre nuestro;
ó histérica, i n d e c i s a ,
c o n f u n d e los sollozos c o n la risa;
mientras q u e su c o n s o r t e , D o n A n t o n i o ,
se hallaba en u n r i n c ó n h e c h o u n b o l o n i o .
B a ñ a d a en s u d o r cálido la frente,
r e m a n g a d o hasta el c o d o
en ademan brioso y r e s o l u t o ,
c o m o adalid valiente
q u e v á á j u g a r el t o d o p o r el t o d o
en r e ñ i d a batalla;
p a n z u d o , nada s e c o ;
d e s a b r o c h a d o á medias el c h a l e c o ;
al h o m b r o u n a toalla,
f ó r c e p s y esponja en m a n o ,
esperaba también y al par temía
cataclismos ó dulces y m e r c e d e s ,
D o n Luis Mendigorría,
el c o m a d r ó n . . . para servir á ustedes.
— 7\ —
Sepa q u i e n el e q u í v o c o repare,
q u e m e o y e g e n t e q u e c o n c i b e y pare ( 1 ) .
C u a n t o más discurría
el práctico sagaz sobre el retraso,
ó llámese t o r p e z a ,
de aquella femenil naturaleza
para salir del p a s o ,
más confusión reinaba en su c a b e z a ;
y hasta l l e g ó á pensar, lleno de bilis,
c o m o si h u b i e r a dado en el busilis:
« S e habrá a h o g a d o , esto es h e c h o : »
y el h o m b r e se q u e d ó tan satisfecho.
¡Gralileo, permite q u e te r o b e ,
esclamando c o n t i g o : E pur si muove!
Y era v e r d a d , si b i e n p a r e c e b o l a ;
pero ¿ q u é c o m a d r ó n n o se atortola,
c u a n d o se halla en presencia
de u n h e c h o n o previsto por la ciencia?
q u e se estila en el m u n d o embrionario.
CASTOS.
« E n t i e n d o b i e n tus tretas;
r e p i t o q u e n o quiero
q u e salgas tú p r i m e r o ,
sacando las pernetas,
p o r más que m e prometas
si a q u í dos horas sin c o m p a ñ a y a z g o
c o n m i g o repartir el m a y o r a z g o ,
c u a n d o á la fiebre, ó la v e j e z , q u e mata,
m a m á estire la pata.
PÓLUX.
¡ N i de su hermano fía!
¿ N o basta y sobra la palabra mia?
CASTOR.
¡Palabras., juramentos!. N o los nombres
cien v e c e s , insensato
¿á ellos n o faltó más de u n nonato?
— 7S —
PÓLÜX.
¡ A y , no m e apesadumbres,
j u z g á n d o m e tan mal!... Cierra ese p i c o .
CASTOR.
Hablemos claro, chico:
están m u y corrompidas las costumbres.
PÓLUX.
P o r t í y otros e n g e n d r o s insolentes
que de escándalo llenan á las gentes.
Y o te sigo la pista,
te m i r o , te o l f a t e o ,
y con disgusto v e o
tu afición á la escuela socialista.
P o r D i o s , Castor, refrena tus pasiones
feroces, y p e r m í t e m e q u e salga,
que saque la c a b e z a ,
que enseñe m e d i a n a l g a :
— 76 —
sostendré las gloriosas tradiciones,
y el antiguo p o d e r de la n o b l e z a
q u e c u a l q u i e r pelagatos h o y humilla,
y la h o r c a , y la cuchilla,
y el trabajo.... del p r ó j i m o , se entiende,
y demás privilegios d u l c e s , s u a v e s ,
y sobre t o d o , j u s t o s , c o m o sabes,
pues son cosa p r o b a d a ;
por ejemplo: el derecho de pernada.»
— L o s i e n t o ; — ( e s c l a m ó el v a t e ,
vate desaforado
que por u n chocolate
celebraría t o d o lo criado;
vate, en u n a palabra,
á quien la suerte perra descalabra;
capaz de acometer al universo
con u n memorialillo en cada v e r s o : )
— l o siento ( r e p i t i ó , fuera de j u i c i o ) ;
¡traia u n natalicio!»
CÁSTOE.
« E n t o d o lo q u e dices
c o n v e n g o , caro h e r m a n o ;
mas o y e , ¿no seríamos felices
si antes q u e t ú sacase y o una m a n o ,
ó, quien dice u n a m a n o , las narices?
C o n t i g o y o gustoso partiría
mi p r i m o g e n i t u r a el m e j o r día.
¡ O h , P ó l u x ! considera
que de otra suerte el m u n d o no prospera:
— 78 —
la civilización se q u e d a manca;
la p r o p i e d a d se estanca;
y siendo desiguales
en derechos c o m o este los mortales,
sin atender á homilías
el o d i o se aclimata en las familias,
b u l l e n pasiones viles,
n a c e n guerras civiles
q u e al m a l o dan deleite,
y es lástima q u e mi ánimo deplora,
p o r q u e es el m u n d o ahora
u n a balsa de aceite.
E v í t a m e , a c e p t a n d o , pesadumbres;
mas si dudas de m í , n o abras el p i c o .
PÓLDX.
Hablemos claro, chico:
están m u y corrompidas las c o s t u m b r e s .
CASTOR.
¿ C u á l era, p u e s , t u intento?....
— 79 —
D e s c u b r o tu m a l i g n a diplomacia:
¡vamos, tendría g r a c i a
q u e , rico tú y c o n t e n t o ,
ocioso, r e g a l a d o , b i e n servido,
de oro y seda v e s t i d o ,
como tigre lanzándose á su presa,
de festin en festín, de mesa en mesa,
pasases u n a vida de Jerónimo,
al par q u e y o h e c h o u n z á n g a n o , y a y u n o ,
fuese u n quídam, u n n a d i e , u n ser a n ó n i m o !
D e la ó p e r a , ni de otras diversiones,
no se h a b l e , pues n o van los segundones
por falta de dinero:
y o trabajar n o q u i e r o ,
que a u n q u e el trabajo es cosa b u e n a y j u s t a ,
hijo m i ó , s o y f r a n c o , n o m e gusta.
PÓLUX.
L o mismo q u e t ú opino;
que trabaje el vecino.»
- 80-
¡ O h ambición nonacida, vicio insano,
c a p a z de dar al traste
c o n la virtud mas sólida! T ú armaste
h e r m a n o c o n t r a hermano.
A l ver Mendigorría
el astro q u e nacia,
d e m e n t e , ebrio de g o z o :
— 81 —
« S e ñ o r a , ¿sabe usted q u e es u n b u e n m o z o ? »
i b a á decir á D o ñ a L e t a , c u a n d o
(sin mirar q u e i n c o m o d a )
apunta u n a g r a n o d a ,
c o n ella a m e n a z a n d o
al p r u d e n t e auditorio p a c i e n z u d o ,
y estrofa y m e d i a dispararle p u d o .
(ZURÜPETA, leyendo).
E n t a n t o , el otro p o b r e p e q u e ñ u e l o
teme quedarse allá, ponerse m o h o s o ;
y haciendo pucheritos,
clamaba sin consuelo
á P ó l u x victorioso
que su triunfo celebra y a c o n g r i t o s :
— « C o m o l l e g u e á salir de esta clausura,
diré q u e tu v e n t u r a ,
no al d e r e c h o , á la fuerza la d e b i s t e ,
ó á la c a s u a l i d a d , q u e es lo más triste.»
Y respondía P ó l u x , h e c h o u n b r a v o :
—lAl asno muerto, la cebada al rabo.))
1857.
PERCANCES DE LA VIDA.
A l m a r g e n de u n a r r o y o , q u e encamina
su lánguida corriente ex-cristalina
entre u n c a ñ a v e r a l m e d i o p o d r i d o
por la raíz al cieno mal p r e n d i d o ,
sentóse cierto dia á pescar ranas
Pinini con J u a n Lanas,
invictos pescadores;
y tan b r a v o s c a n t o r e s ,
q u e se esponen á ser, si los atisban,
cual g e n i o s soberanos
ajustados u n dia en Jovellanos.
— 86 —
P i n i n i es g r a n figura,
pues m i d e siete pies desde los suyos
hasta el remate de la cholla d u r a ,
y n o tiene más sal, n i gallardia,
el p e n d ó n de c u a l q u i e r a cofradía.
S u v o z , es v o z de b a j o ;
el t o r o más i n d ó m i t o y marrajo
m e j o r n o b r a m a q u e él; c u a n d o suspira,
y a parece que ronca,
y a que c u e c e u n c a l d e r o en sus p u l m o n e s ,
ó q u e éstos, nidos son de m o s c a r d o n e s :
n o i g u a l a , en fin, la v o z de su g a r g a n t a
el ruiseñor q u e en las p o c i l g a s canta.
R i v a l del q u e os a l a b o ,
famoso del u n c a b o al otro c a b o
del t í m i d o a r r o y u e l o ,
q u e retrata su cara de m o c h u e l o
y su p o r t e g e n t i l , q u e llena el o j o ,
p o r q u e es achaparrado, y tuerto y c o j o , ,
L a n a s ( J u a n ) modestísima persona,
de cierta g r a c i a c o n r a z ó n blasona.
— 87 —
L a d r a c o m o los p e r r o s , y no h a y otro
que el relincho del p o t r o
y el maternal de las salvajes y e g u a s
imite m e j o r q u e él, ni c o n cien l e g u a s ;
g r a z n a c o m o los patos;
m a y a c o m o los g a t o s ;
chirría c o m o el g r i l l o ;
sabe también hacer el o r g a n i l l o ;
y por fin y r e m a t e , c a b a l l e r o s ,
se l u c e en los Espárragos trigueros
q u e o y ó en el Instituto cuatro v e c e s ,
aflojando el p r o d u c t o de unos p e c e s .
¡ A y de más de u n tenor!... S u dicha v u e l a ,
si este genio se lanza á la Z a r z u e l a .
A c u r r u c a d o entre ellos C a n i y i t a s
á m o d o de c o n e j o ,
h o m b r e de edad, m a d u r o en el c o n s e j o ,
archivo de sentencias infinitas,
para é g l o g a s , en fin, cortado v i e j o ;
cuando cuenta cada uno
s u historia respectiva, el varón santo
— 88-
PININI.
¡ C u á l la suerte se ensaña,
carísimo c o n s o r t e ,
en q u i e n tan sólo cuenta
en el m a r de la corte
c o n su m o d e s t a c a ñ a
y c o n su p o b r e a n z u e l o ,
a u n q u e v i r t u d y ciencia d e b a al cielo
q u e suplan á gusanos y l o m b r i c e s ,
para engañar la especie bullidora
q u e d e b a j o del agua v i v e y m o r a !
JUAN LANAS.
D í g a l o y o , q u e u n dia
c u a n d o f a v o r tenia,
á m i anzuelo se v i n o
sin dar y o u n solo p a s o ,
— 91 —
CANIYITAS.
L o s destinos son aves,
el f a v o r es u n fruto q u e les g u s t a ,
y el mérito espantajo
que esas aves asusta.
PININI.
Y o , en la m a n o el s o m b r e r o ,
¡oh insigne a m i g o m i ó !
pasé p a p a n d o frió
casi u n invierno entero
en escaleras, calles, y antesalas,
por pescar u n a p l a z a de p o r t e r o ;
y c u a n d o y a creia
q u e la p i e z a al anzuelo se v e n í a
— 92 —
y m e era f a v o r a b l e la f o r t u n a ,
p e s q u é . . . u n a tos p e r r u n a ,
q u e l l e g ó á convertirse en p u l m o n í a !
M e l e v a n t é en a g o s t o ,
c u a n d o se asa la g e n t e
y alegre canta el g r i l l o ;
y otra v e z pretendiente
c o r r í detrás de un n u e v o destinillo...
¡y p e s q u é un tabardillo!
JUAN LANAS.
Y o , c o n el c e b o de m i s u e l d o , u f a n o ,
p e s q u é al p u n t o una n o v i a
natural de S e g o v i a ,
r i c a , r u b i a y de b u s t o s o b e r a n o ,
y le ofrecí mi m a n o ,
q u e en seguida a c e p t ó c o n placer m u c h o ;
como soy hombre ducho
la g u s t é de los pies á la c a b e z a ,
y eso q u e n o es m u y g r a n d e m i b e l l e z a .
— 93 —
CANIYITAS.
E l h o m b r e q u e p a n tiene
á la m u j e r c o n v i e n e ,
a u n q u e , á más de b o l o n i o ,
y de b a j a ralea,
y largo b r i b ó n , sea
feo c o m o el mismísimo d e m o n i o .
Nobleza y hermosura,
y v i r t u d espartana,
son cosas m u y laudables; sin e m b a r g o ,
hacen el c a l d o del p u c h e r o a m a r g o ,
y p o r ellas n o fian ni c o m i n o s
en n i n g ú n almacén de ultramarinos.
PININI.
A c o s a d o u n a v e z de la g a z u z a ,
q u e y a en m í se h i z o eterna,
zambullíme cual rana en la taberna
y b o d e g ó n antiguo de la llanca,
sin llevar u n a b l a n c a ,
— 94 —
pensando en escurrirme
á manera de a n g u i l a ,
después- de prevenirme
contra el h a m b r e que el c u e r p o m e aniquila;
p u e s , al fin, dígase l o q u e se q i i i e r a ,
n o tiene el h a m b r e espera.
P e s q u é primero u n plato
de c o n e j o ( a ú n sospecho q u e fué g a t o ) ;
l u e g o , c o n gesto g r a v e ,
apuré dos copitas de lo tinto
de Cariñena ó P i n t o ,
q u e á m i sed i n d e c i b l e s u p o s u a v e ;
y p o r t a n t o , n o apuesto
á si el l í q u i d o estaba ó n ó c o m p u e s t o
de g a t o m u e r t o , y c o b r e , y aun ¡quién sabe!
L u e g o quise aceitunas s e v i l l a n a s ,
y eran tales mis ganas
q u e ni huesos d e j é , las c o m í e n t e r a s ,
y eso q u e estaban todas zapateras,
pues la cuenta m e eché q u e se echa el p o b r e :
más vale reventar, que no que sobre.
— 95 —
P o r ú l t i m o , resuelvo
atracarme de c a l l o s ,
que bien p u d i e r o n ser ( y o n o lo j u r o )
pellejos de b o r r i c o s y caballos.
V i e n d o y o q u e la M a n c a parecía
detrás del mostrador echando u n s u e ñ o ,
abandono la m e s a ,
y , sin m á s , m e despido á la francesa.
L a M a n c a n o dormía,
l l a m a , viene u n señor de p o l i c í a ,
y , aunque éste mi aire v é de caballero,
me pesca y m e c o n d u c e al Saladero,
uniéndosele dos municipales
y t o d o por... ¡por míseros seis reales!
D i o s quiere q u e , en mi oficio desdichado,
s i e m p r e , en v e z de p e s c a r , y o sea p e s c a d o .
JUAN LANAS.
A m í en b a i l e s , b a n q u e t e s y conciertos
me r e c i b i e r o n , c u a n d o en b o g a estuve,
con los brazos abiertos;
- 9 6 -
y mis faltas y enormes desaciertos,
q u e y o mismo n o a b o n o ,
decían q u e eran rasgos de buen tono.
F i ó m e u n prestamista;
m u e b l e s m e adelantó u n almacenista,
sin t e m e r u n desastre;
m e e m p e ñ é c o n el sastre;
el d u e ñ o de u n c a f é , c o n m i g o f r a n c o ,
m e abrió u n a cuenta larga
q u e h o y n o p u e d o saldar c o n este oficio;
p e r o p r o m e t o hacerlo el dia del J u i c i o ,
c u a n d o p a g u e diez pares
de magníficas b o t a s ,
y dos docenas de camisas rotas,
c a d a cual c o n más ojos q u e u n a c r i b a
y remendada y a de abajo arriba.
C o n esta vita bona,
sirviéndome el destino de h i p o t e c a ,
dicen q u e m i persona,
antes flaca y enteca,
era entonces u n rollo de manteca.
— 97 —
CANIY1TAS.
¡ A y del h o m b r e p a c a t o y e n c o g i d o ,
de c o n c i e n c i a de mandria!
V i v i r á c o m o mísera calandria
o l v i d a d o , ó por nada p e r s e g u i d o .
¡ F e l i z el q u e halla m o d o
de llamarse b r i b ó n ó petardista!
P a r a él su país t o d o
es tierra de c o n q u i s t a ,
que corre audaz y b r a v o ;
engorda c o m o u n p a v o
que se c e b a al venir la N o c h e B u e n a ;
no c o n o c e una p e n a ,
ni t e m e , ni se apura;
y cuanto más e n g a ñ a ,
y cuanto más araña,
en lugar de perder en estatura,
tanto más en el m u n d o c r e c e y priva:
n ó , no es esta cuestión de perspectiva.
7
— 98 —
PININI.
U n día, fastidiado,
sin amorosa g u l a ,
declaré m i pasión á D o ñ a T u l a ,
mi p o r v e n i r c r e y e n d o a s e g u r a d o ;
p o r q u e se m e d e c i a
q u e en M ó s t o l e s tenía
u n m o l i n o de aceite,
dos casas en B e c e i t e ,
viñas en P e ñ a r a n d a
y tierras en A r g a n d a ;
todas estas h a c i e n d a s , sin más c e n s o
q u e histéricos y c r ó n i c o s c a t a r r o s ,
la faz llena de b a r r o s ,
l o m b r i c e s q u e la c o m e n ,
u n a t u m e f a c c i ó n en, el a b d o m e n ,
y acaso algunas otras frioleras
c o n sus c i n c u e n t a y c i n c o p r i m a v e r a s .
F u i m o s á San G i n é s ; nos e c h ó el cura
la b e n d i c i ó n n u p c i a l , v i el cielo a b i e r t o ,
— 99 —
JUAN LANAS.
P o r m í la de S e g o v i a
c o n g u s t o deja los paternos lares;
y l l e v á n d o l a al pié de los altares
de la c o r t e de E s p a ñ a ,
c o n dos ó tres amigos
q u e de mi fausta u n i ó n fueron t e s t i g o s ,
c o m e n c é de casado la campaña.
A l principio g r a n l u j o ,
teatro, m u c h o c o c h e ,
p o r el P r a d o y A t o c h a m u c h o p í o ,
y m u c h o c o r r i q u e o dia y n o c h e .
V i e n d o tanto d e r r o c h e ,
y o anunciaba á mi esposa un fin nefasto,
— ¿01 —
y ella solía responder c o n b r í o :
« E l dote ¿es t u y o ó rnio?...
A nadie d e b e nada lo q u e gasto.))
U n a m i g o , constante en p r o t e j e r m e ,
p r o m e t i ó á mi m u j e r p r o n t o a s c e n d e r m e ,
t o c a n d o sin d e m o r a
y o n o sé q u é resorte ó q u é registro:
c o m o sus intenciones eran sanas
y v e r d a d e r o su interés: « J u a n L a n a s ,
( m e d i j e ) de esta, cátate ministro;
¿por q u é t ú has de ser m e n o s , v o t o á c u a n t o s ,
que t a n t o s , y q u e t a n t o s , y q u e tantos?»
E n esto h u b o u n a crisis horrorosa
en las altas r e g i o n e s , j
que á m u c h o s empleados c a u s ó fiebre,
y á m í m e arrebató mis ilusiones; \
m i p r o t e c t o r emigra c o m o l i e b r e ,
m u e r e de s o f o c o n e s ,
y y o de real orden... ¡ A l instante
me dejaron cesante!
A l saber mis r e v e s e s ,
— 402 —
f u r i b u n d o s m e acosan los ingleses;
mi amada c o m p a ñ e r a ,
á la par q u e el metálico sonante
derritiéndoseme i b a c o m o c e r a ,
mostrábase más fiera;
y finjiendo u n a v e z terribles celos
c u a t r o p u ñ a d o s m e arrancó de pelos.
A m a g á n d o m e espaldas y c o g o t e ,
á c a d a paso m e g r i t a b a : « T u n o ,
holgazán, burro, borrachon, ingrato;
¿ q u é has h e c h o de m i dote ?
¿ Q u é has h e c h o , di?... R e s p ó n d e m e ó te mato.
¡ A y ! ( d e s p u é s anadia
c o n trágicos sollozos,
y g e s t o y v o z de h a r p í a ) ;
¡ay de m í , q u e , i n e x p e r t a ,
candida c r i a t u r a ,
c r e í t u pasión p u r a
y las protestas de t u amor, m e n t i d a s ,
c u a n d o te las d i c t a b a n solamente
de esta n i ñ a i n o c e n t e
—103 —
CANIYiTAS.
E l q u e b u s q u e dinero
al b u s c a r su f u t u r a ,
no j u v e n t u d , m o d e s t i a , ni h e r m o s u r a ,
vea y t o q u e primero
c o n ojos y con manos
— 104 —
de los maravedises la existencia,
ó tema el caso q u e á P i n i n i apura:
q u i e n se fia e n , «se dice,)) «se asegura,))
quedar suele á la luna de V a l e n c i a .
L a fortuna es veleta giratoria
q u e si á u n lado se m u e v e
anuncia dicha y g l o r i a ,
si á o t r o , plagas mil el cielo l l u e v e .
L a v e r d a d de u n adagio m u y s a b i d o
que damos al o l v i d o ,
J u a n L a n a s c o n su ejemplo nos enseña:
¡ay! del árbol caído
todo el mundo hace leña.))
de P i n i n i las cuitas
y el raudal del saber de Ganiyitas,
que les c h o c a b a u n p o c o p o r lo n u e v o ,
habian o l v i d a d o c a ñ a y c e b o ;
de m o d o y de m a n e r a ,
que en una tarde entera
y u n b u e n rato de luna,
no f u é pescada ¡ni una!
M a l d i c i e n d o sus hados e n e m i g o s ,
entrambos pescadores
los chismes r e c o g i e r o n ;
y atravesando trigos
del n o c t u r n o fanal á los f u l g o r e s ,
su regreso enrprendieron
á M a d r i d , donde tienen la h u r o n e r a ;
la g o r r a atrás echada,
la capa casi, casi derribada,
los ojos dormilones,
saliendo las palabras á e m p u j o n e s ,
dando c o n Caniyitas m i l trasvieses
y h a c i e n d o m u c h a s eses;
— 106 —
p o r q u e de una p a n z u d a , enorme b o t a ,
c o n ribetes y honores de p e l l e j o ,
amiga inseparable del b u e n viejo
c u y a sangre alborota,
de tal suerte c h u p a r o n ,
q u e en la marcha apuraron
hasta la última g o t a .
E l v i e j o , en t a n t o , repetido habia:
—«/ Qué tragos en la mísera existencia
se pasan!)) Y ((/ Qué tiempos tan aciagos!))
—«/ Cómo ha de ser! ( P i n i n i respondía,
c o n J u a n L a n a s c o n f o r m e . ) Vengan tragos,
pues lo dispone así la Providencia;
¡todos los pasaremos con paciencia!))
1860.
DETRÁS DE LA CRUZ EL DIABLO.
EL NIÑO.
V e n , señor c u r a , v e n , q u e padre p e g a
á m a d r e , y madre llora.
EL CURA.
¿ Q u i é n es t u madre?
EL NIÑO.
¿ Q u i é n ? . . . L a tia M e l c h o r a .
EL CURA.
¿ Y t u padre?
EL NIÑO.
E s el tio
Inocente.
EL CURA.
¡ A h ! ¡ya c a i g o ! I r é , hijo m i ó .
— 111 —
EL NIÑO.
¡ N o lo sabo!
EL CURA,
Y tu m a d r e ¿ q u é decía,
al pegarla?
EL NIÑO.
«¡Dios m í o , q u e m e mata!»
EL CURA.
¿ Y tu padre?
EL NIÑO.
« L l e g ó tu último dia.»
H a b i a en el acento
del niño espresion tal y sentimiento,
que el ministro de D i o s suspenso q u e d a .
M i r á b a s e al villano
c o m o ejemplar cristiano,
h o m b r e de b i e n , p r u d e n t e y laborioso,
marido fiel y p a d r e cariñoso.
D e s e a n d o tener limpia la c o n c i e n c i a
y dar al m u n d o e j e m p l o ,
i b a u n a v e z en la semana al t e m p l o ;
y de la penitencia
ante el severo t r i b u n a l , los ojos
á la tierra b a j a n d o ,
postrábase de h i n o j o s ,
y unos g o l p e s de p e c h o se p e g a b a
q u e al c o r a z ó n más duro edificaba:
á creer en hablillas,
y a t e n í a , m e r c e d á los porrazos,
rota media d o c e n a de costillas.
A l entrar en la iglesia,
siempre c o n faz d e v o t a y pasos q u e d o s ,
t o m a b a agua b e n d i t a ;
p e r o n o c o n dos dedos
c o m o c u a l q u i e r humilde cristianillo,
sino m e d i o cuartillo
— 113 —
con la mano derecha,
que del rostro cayéndole á la ropa
vez hubo que le puso hecho una sopa.
Verdad es, que señales no conserva
del singular ayuno
que há largo tiempo observa,
como no lo observó prójimo alguno,
ni surcan su semblante hondas arrugas;
pero muchos vecinos
aseguran que come sólo yerba;
otros, aunque sin datos, que lechugas,
berzas y cebollinos:
quién (calumniando su virtud ignota)
supone que se atraca de bellota;
y aun hay quien, con malicia refinada,
diz que le vio roer pan de cebada:
que para inventar menguas ,
nunca en el mundo faltan malas lenguas.
Mas como no está magro,
jura toda la gente
que el bueno de Inocente
8
— 114 —
e n g o r d a sin c o m e r ; q u e es u n m i l a g r o ,
un milagro viviente
de abstinencia... q u e pesa d o c e arrobas
de las q u e llaman bobas.
E l , c o n vagas r a z o n e s ,
q u e tiene apariciones
de santos a s e g u r a ;
pero sospecha el c u r a ,
n o sin dolor p r o f u n d o ,
q u e pretende engañar á D i o s y al m u n d o .
Saliendo del espeso b o s q u e c i l l o
en q u e anidaban pájaros cantores,
p o r u n prado de c é s p e d y de flores
a n c h o , vistoso y f r e s c o ,
llegábase á u n retiro pintoresco
al pié de u n a m o n t a ñ a ,
d o n d e , entre agrestes peñas y raudales
de limpios y sonoros manantiales,
asoma de I n o c e n t e la c a b a n a
de secos troncos y pajiza caña.
L a habitación sencilla
en su interior p a r e c e una capilla,
en q u e el tio I n o c e n t e rinde c u l t o
á unos nenes de b u l t o ,
p r o d u c t o de sus manos p e c a d o r a s
que en ellos o c u p a r o n m u c h a s h o r a s ,
y de papel p i n t a d o
que p e g ó á la pared c o n pan m a s c a d o .
U n n e n e , s e g ú n él, es San A n t o n i o ,
alrededor del c u a l tienden su v u e l o
un m u r c i é l a g o , u n b u h o y u n m o c h u e l o ,
que son las tentaciones del d e m o n i o .
F i g u r a otro á San R o q u e ,
a b o g a d o b e n d i t o de la p e s t e ,
con su calabazuela y p a l i t r o q u e ;
esculpida tan mal la efigie de éste,
q u e , en v e z de faz c e l e s t e ,
el santo cara tiene de b o d o q u e .
A l l í u n altar de c o r c h o sostenía
bajo u n vasillo v e r d e , q u e n o ardia,
de p l o m o u n a custodia
con varias terceduras,
—110 —
en m e d i o de dos ángeles de b a r r o ,
r i d i c u l a parodia
de los bellos que encantan las alturas;
pues lejos de ser g u a p o s ,
compararse p u d i e r a n á dos sapos.
Y allí... pero dejemos
la d e s c r i p c i ó n prolija
de la c a b a n a , y c o n el cura entremos
y el n i ñ o , q u e entró al p a r , de mala g a n a ,
del p á r r o c o agarrado á la sotana.
Q u i e n viese a q u e l asilo
silencioso y tranquilo
c o n ínfulas de ermita,
diria q u e la paz en él habita.
I n o c e n t e repasa en v o z sonora
de rodillas las cuentas de u n rosario;
recostada M e l c h o r a , aparte g i m e ;
p a r e c e q u e la oprime
a l g ú n dolor a g u d o ,
pues la p o b r e á m e n u d o
ambas manos ligeras
— 117 —
INOCENTE.
A s í . . . tirando.
EL CURA.
¿ Y Melchora?
INOCENTE.
Melchora
anda u n p o c o maleja;
— 118 —
há t i e m p o q u e se q u e j a
de cansancio y dolores;
p e r o p o r más q u e t o m a
lo q u e r e c e t a el sabio d o n T o r i b i o ,
la enfermedad n o d o m a ,
c o n n a d a encuentra alivio.»
O y e n d o este discurso
q u e en c o l e r a la e n c i e n d e ,
la enferma hablar p r e t e n d e ;
pero le p o n e c o t o
el c ó n y u g e d e v o t o ,
mirándola algo b i z c o
sin q u e el cura lo v e a ,
y dándola en u n b r a z o tal pellizco
q u e á la d é b i l m u j e r , á q u i e n espanta,
a h o g ó s e l e la v o z en la garganta.
INOCENTE.
« A los santos, por eso,
mis súplicas dirijo;
( e l tio I n o c e n t e , p r o s i g u i e n d o , dijo:
— 119 —
y a ñ a d i ó , dando u n b e s o
á San R o q u e ) en mi pena
á éste le he p r o m e t i d o u n a n o v e n a
c o n dos misas, cada una de seis reales:
él de M e l c h o r a curará los males.
MELCKORA.
¡Calla, bribón, taimado,
t r a p a c e r o , h o m b r e endino!
Si á los b o b o s hasta h o y has e n g a ñ a d o ,
habiendo al fin l o g r a d o
q u e c o m u l g u e n c o n ruedas de m o l i n o ,
supuesto q u e lo quieres
y o les diré q u i é n eres;
sí, y o se lo diré, n o m e hagas muecas
para q u e calle, z o r r o ,
ni retuerzas el m o r r o ,
p o r q u e y a se a c a b ó mi sufrimiento,
y si n o d e s e m b u c h o , a q u í reviento.
S e ñ o r c u r a , usté sepa
q u e mi marido há p o c o ,
—í so-
p o r m o r de la tia P e p a
la C h a t a , m e p e g a b a c o m o u n l o c o ,
y si n o viene su m e r c ó , m e m a t a ,
por m o r , c o m o y a he d i c h o , de la C h a t a .
Q u e al pelo de la ropa él n o m e t o q u e ,
y en los cielos en p a z deje á San R o q u e .
EL CUIIA.
¿ Q u i é n es la Chata?
MELCHORA.
L a hija
m a y o r del m o l i n e r o ,
q u e p a e c e u n a lambrija
y tiene u n ojo h u e r o .
EL CURA.
¿ Q u é dice á t o d o esto el tio I n o c e n t e ?
INOCENTE.
D i g o q u e mi m u j e r miente y remiente.
— 121 —
MELCHORA.
A ella le h a c e r e g a l o s ,
y á m í quisiera verme en cueros v i v o s ;
á su m u j e r á palos
las espaldas le m i d e ;
á esa m o z a le da lo q u e le p i d e ,
y dia y n o c h e pasa
con ella en el m o l i n o , q u e es su c a s a :
¿qué estás h i c i e n d o allí?
INOCENTE.
¿ Q u é estoy hiciendo?
( r e s p o n d i ó el tio I n o c e n t e , á t r o p e z o n e s ,
sus m u e c a s r e d o b l a n d o y c o n t o r s i o n e s ) ;
la verdá... estoy m o l i e n d o .
MELCHORA.
¡ V a y a ! ¡ v a y a ! ¡ q u é santo!
Se a c a b ó , lo q u e es h o y t o d o lo c a n t o ;
ó i g a m e usté su historia.
—122 —
MELCHORA.
« P u e s ¿y c u á n d o j u é alcalde?
— 124 —
N u n c a j u s t i c i a amenistró de b a l d e ;
y a u n q u e son cosas á la g e n t e ocultas
¡ y o sé q u e se h a c o m i d o tantas multas!
D e s p i d i ó al p r e g o n e r o
y q u i t ó al secretario,
l o propio q u e al tio H i l a r i o
q u e l l e v a b a diez años d e m o n t e r o ,
todos u n o s b e n d i t o s ,
sin c o m e t e r delitos;
y no oyendo razones,
c o l o c ó , en su l u g a r , á tres b r i b o n e s .
¡ D i o s los cria, s e ñ o r , y ellos se ajuntan!
E n t o n c e s c o n cautelas y misterios,
hicieron y o n o sé q u é g a t u p e r i o s
q u e al p r o n t o los v e c i n o s n o b a r r u n t a n ,
mientras la hacienda escasa
de los cuatro c r e c í a :
y a , al postre, n o faltaba q u i e n decia
malicioso: « A f u l a n o
¿sabéis si se le h a m u e r t o a l g ú n tio indiano?
¿sabéis si le c a y ó la lotería?»
— <I25 —
M a s nadie sospechaba de I n o c e n t e ;
¿quién s o s p e c h a d o hubiera?
pues a u n q u e él r o b ó más q u e cualisquiera,
¡ r o b ó tan santamente!...))
A q u í e x c l a m ó el m a r i d o , en u n tonillo
entre si canta ó l l o r a :
« ¡ Q u e te p e g o , M e l c h o r a ! »
Y c o g i e n d o u n a vara
de fresno m u y flexible,
por sus palabras duras
acaso la sentara
un p o c o las costuras,
si el sacristán entrando
presuroso y s u d a n d o ,
no h u b i e r a d i c h o al cura: « ¡ V e n g o muerto!»
EL CURA.
¿Qué sucede, Perico?
EL SACRISTÁN.
H a n r o b a d o la iglesia.
— 126 —
EL CURA.
¿ E s cierto?
EL SACRISTÁN.
Cierto.
EL CURA»
¿ Q u é falta?
EL SACRISTÁN.
U n a patena...
EL CURA.
A c a b a pronto.
EL SACRISTÁN.
U n c á l i z , las m e j o r e s
vinajeras, aquellas de las flores...
y á m í m e falta el j u i c i o . . . ¡ y o estoy t o n t o !
EL CURA.
N o h a y q u e afligirse, P e d r o ; en el garlito,
si el cielo nos a y u d a ,
caerá, n o t e n g a s d u d a ,
el autor del delito.
V a m o s , pues. T i a M e l c h o r a , y a hablaremos;
I n o c e n t e , hasta l u e g o . ¡ A ver q u é h a c e m o s !
INOCENTE.
P o r m í , sumiso callo;
ya p u é M e l c h o r a levantar el g a l l o ,
y subiendo de t o n o
tirarme de las g r e ñ a s ,
q u e nido llamar suele de c i g ü e ñ a s ;
desde ahora la p e r d o n o ,
repito q u e n o c h i s t o ;
más sufrió p o r nusotros Jesucristo.»
E n esta confianza
párroco y sacristán dejan la c h o z a
y la envidiable paz q u e allí se g o z a ;
— 128 —
mas ¡ay! q u e c o n su ausencia h u b o otra danza,
S a c ó unas disciplinas el m a r i d o ,
d e n e g r o alambre y de c o r d e l de azote;
y v i e n d o la i n t e n c i ó n del hotentote
M e l c h o r a da u n chillido,
r e c ó g e s e las faldas
á la p a r e d v o l v i é n d o s e de espaldas,
y pone por escudo
al n i ñ o , q u e escurrirse hasta ella p u d o ;
p e r o el t i o , q u e tiene ímpetus l o c o s ,
apartóle de allí de u n soplamocos.
P a r a abreviar de su v e n g a n z a el p l a z o ,
las disciplinas, b á r b a r o , enarbola;
mas tanto c o n la furia se atortela,
q u e al levantar el b r a z o
derriba de u n c o d a z o
fuerte, sonoro y seco,
el altar, q u e por dentro estaba h u e c o ,
y de c a j ó n servia ó de alacena
á vinajeras, cáliz y patena.
— « ¡ A h , b r i b ó n ! te cogí,)) M e l c h o r a exclama.
— « ¿ C ó m o es esto, carape?»
el rústico r e s p o n d e ;
pero ella á t o d o e s c a p e ,
cual toro de J a r a m a
que sale del encierro,
corre, y g a n a n d o u n c e r r o ,
con v o c e s tan rabiosas llama al cura,
que p o r p o c o n o arroja la asadura.
E l párroco recela,
al sacristán despide
y hacia la c h o z a v u e l a
unido c o n M e l c h o r a , q u e delata
al q u e r o b ó sacrilego la plata.
E l cual c o n alegria:
«¡Milagro!» repetía;
«¡Milagro!» y sin dejar el estribillo
que á los otros irrita y e n c o c o r a ,
se estuvo milagreando u n cuarto de hor
diciendo p o r contera
el milagro en c u e s t i ó n , de esta manera:
9
— 130-
INOCENTE.
A s í que ustés salieron,
dije á M e l c h o r a yo: «corazón m i ó ,
t o m a estas disciplinas,
y date u n par de tandas de las finas,
c o n antusiasmo y b r i o ;
mientras p i d o á los cielos y o , en un v e r b o ,
c o n santas oraciones,
d e s c u b r a los ladrones,
ó las cosas robadas á este siervo.»
Y n o h u b o más. E n el istante mismo
vinieron de esas lomas
v o l a n d o tres palomas
q u e en el altar de c o r c h o se posaron;
y al decir m i m u j e r : « y a t e n g o cena»
las tres se trasformaron
en vinajeras, cáliz y patena.»
D i s c u r r i d , ¡oh lectores!
el fin de este I n o c e n t e d e s g r a c i a d o ,
( ¡ q u é i n i q u i d a d ! ) c u a l j a b a l í acosado:
¿no l o acertáis?... P u e s r e n e g ó , s e ñ o r e s ,
y rotas y a sus religiosas trabas,
contra nosotros sirve á M u l e y - A b a s .
1860.
GANGAS DE LA ÉPOCA.
PRIMERA PARTE.
E l b u e n o de M a r i a n o ,
sencillo p r o v i n c i a n o ,
j o v e n rico y j u i c i o s o , al par q u e apuesto,
de u n a ciudad del N o r t e
v i n o en cierta ocasión á v e r la c o r t e ;
y corno nada a q u í q u e h a c e r t e n í a ,
andaba de j o l g o r i o n o c h e y dia.
U n a herniosa m a ñ a n a
se dirigió á la F u e n t e Castellana,
en hora en q u e no acude á la tal F u e n t e
b i c h o ni alma v i v i e n t e ,
— 134 —
e x c e p t o algún cesante alicaído
de b a r b a sucia y rústica melena:
mas los cesantes son almas en pena.
C a m b i ó s e la m a ñ a n a ( e r a de E n e r o ) ;
y de sus c u m b r e s G u a d a r r a m a a l e v e ,
y a que no lluvia ó nieve,
c o n su soplo sutil, c r u d o y certero
q u e e n d u r e c e los b a r r o s ,
m a n d a b a pulmonías y catarros
q u e en apurados trances
p o n e n al q u e l o reta p o r c a p r i c h o :
c o n s e c u e n c i a : el paseo s u s o d i c h o ,
la v e r d a d , ofrecía p o c o s l a n c e s .
E l mismo p e n s a m i e n t o
d e b i ó ocurrir á nuestro a m i g o , c u a n d o
sobre los pies g i r a n d o
t o r n ó la cara al sol, la espalda al v i e n t o ,
y encaminóse hacia M a d r i d silbando.
M a s hete q u e á la v u e l t a ,
c o n u n placer q u e se asemeja al susto,
u n a m u c h a c h a vio de ojos de c i e l o ,
— 135 —
rubia, gallarda, esbelta,
en fin, cosa de g u s t o ,
barriendo el santo suelo
con profusión de seda y t e r c i o p e l o ;
y al v e r l a , sin saber si es ó n o f a t u a ,
de admiración q u e d ó s e h e c h o una estatua.
M u r i l l o , R a f a e l , insigne A p e l e s ,
Canova, Miguel Á n g e l , Praxitéles,
vuestros cuadros y mármoles divinos
no valen tres c o m i n o s ;
para M a r i a n o sois unos peleles.
V e n u s encantadora
saliendo de la espuma en mar tranquilo
q u e la levanta en v i l o ;
D i a n a , la cazadora,
c r u z a n d o de los b o s q u e s la maleza,
digna rival de V e n u s en belleza;
las hadas de los cuentos orientales,
y la primera y última heroína
de las novelas todas q u e , á quintales,
suda la imprenta en la nación vecina,
— {36 —
comparadas c o n ella en hermosura
damas le parecían de estropajo,
y aun alguna u n d e m o n i o , u n espantajo.
D e cien m i l perfecciones
su entusiasmo la d o t a ,
y discurre, y agota,
y v u e l v e á imaginar c o m p a r a c i o n e s ;
p e r o es aquella u n tipo sin s e g u n d o ,
y n a d a h a y en el m u n d o
q u e le l l e g u e siquiera á los talones.
« C u a n d o c a n t e , si canta,
ó c u a n d o hable ( l e dice su d e s e o ) ,
su v o z será u n g o r j e o ,
u n a orquesta divina su garganta:
si d a n z a , danzará c o m o una p l u m a
q u e agita el aire b l a n d o ,
será u n a flor d a n z a n d o ,
será... ella misma, en suma.
Y en su trato ¡ q u é afable y cariñosa!
P u r a desde la pila del b a u t i s m o ,
n o tendrá su alma u n átomo de prosa,
ni un átomo de vil positivismo.))
L a acalorada m e n t e
un porvenir p r o m é t e l e risueño;
contémplase y a d u e ñ o
de la preciosa joven inocente,
á cuyos pies rendia el alma esclava
y q u e sus dulces sueños realizaba.
Y tanto adelantó su fantasía,
que y a c r e y e n d o á p o c o
arrebatarla u n b e s o , de amor l o c o ,
el bendito de D i o s se relamia.
Y más y más castillos
la propia m e n t e f a b r i c a n d o , padre
( c u á d r e l e ó no le c u a d r e )
lo hacía de u n a t u r b a de chiquillos;
y y a c o n éste j u e g a á la p e l o t a ,
y echa á rodar el aro;
con a q u e l vá á la escuela;
u n o , le enseña la camisa rota;
otro, á llorar á gritos se las pela:
estos cuadros futuros
— 138 —
le p r o p o r c i o n a n g o c e s prematuros;
y c o m o c a d a v e z más se distrae,
la b a b a , sin sentirlo, se le cae.
S i g u i ó l a , p u e s , la pista,
y discurriendo idilio sobre idilio,
y planes sobre planes de c o n q u i s t a ,
M a r i a n o a v e r i g u ó su domicilio;
y a v e r i g u ó q u e se llamaba R o s a
la b l a n c a aparición apetitosa;
q u e su señor papá ( q u e en paz descanse)
fué u n h o m b r e m u y d e c e n t e
( ¡ c o m o q u e fué i n t e n d e n t e ! ) ;
y su m a m á , a q u e l A r g o s
q u e vio de tiros largos
a c o m p a ñ a n d o á la gentil doncella
c u y o r e c u e r d o fiel le h a c e cosquillas,
es persona de m u c h a s campanillas.
E n t r ó en la casa l u e g o ,
y a u n q u e al principio torpe c u a l m a r u s o ,
pues A m o r le tenía tonto y c i e g o ,
sitio á la chica p u s o ,
su tren de batir arrojó f u e g o ;
ero R o s a , á rendirse n o dispuesta,
abale la callada p o r respuesta;
asta q u e al fin los bravos campeones
mtrajeron estrechas relaciones.
A l g o d e s p u é s , n o m u c h o , de este p r ó l o g o ,
ira sí recitaba el p o b r e c h i c o
. siguiente m o n ó l o g o :
Soy u n alma de D i o s ; s o y u n b o r r i c o !
o, que la hubiera puesto
ebajo de u n fanal, ó c o n dos velas
i camarín h o n e s t o ,
encima de u n altar, c o m o una cosa
lorable, sagrada y misteriosa,
a la odio, la detesto;
a rompo mis fantásticos fanales...
Ilí no h a y más q u e instintos animales!
»¡Señor! ¿ S i h a b r é tenido
na v e n d a en los ojos
un c o p o de a l g o d ó n en cada o i d o ,
ara no v e r ni oir lo q u e h o y p r o d u c e
— 140 —
mis querellas y enojos?
« N i d o s pensé q u e habria en su garganta
de ruiseñores dulces y parleros,
mas no h a y tales carneros:
al h a b l a r , n o g r a j e a ,
n o confites su v o z , ni y e m a s vierte;
p a r e c e q u e apedrea;
c u a n d o a y e r sin pasión la e s c u c h é en calma
se m e c a y ó á los pies, de p e n a , el alma.
V i e n d o q u e m u c h o s tontos c o n cien bravos
a c o g e n sus horribles galli-pavos
en soirées ó nocturnas r e u n i o n e s ,
canta sin fin, de vanidad c o n v u l s a ;
y si á las teclas l l e g a , n o las p u l s a ,
les d á de b o f e t o n e s ;
c o m o si les j u r a s e eterna saña,
furiosa las araña.
U n periódico luego,
c o n descaro inaudito,
dice q u e t o d o estuvo m u y b o n i t o ,
q u e R o s i t a c a n t ó . . . c o m o ella sola,
— 141 —
y de uno en o t r o , así, r u e d a la b o l a .
» Q u e sepa u n a m u c h a c h a t u r c o y g r i e g o
no es c r i m e n , y aun es cosa m u y l a u d a b l e ;
pero q u e , á todas h o r a s , hable y hable
(mientras á o l v i d o el español r e l e g a )
eu extranjero idioma
hasta á la t o r p e fámula m a n c h e g a ,
que se q u e d a en a y u n a s ,
merece de la sátira el a z o t e ,
sin que el sexo le sirva de r e p a r o ;
yo á quien tal h a g a ó piense la declaro
tonta de capirote.
« R o s a aprendió francés, y la enamora
á tal p u n t o , q u e p i e n s a , y c o m e , y viste,
y del altar al p i é , q u e es lo más triste,
á D i o s , en f r a n c é s , o r a :
la niña se figura de mal tono
hasta su e x c e l s o trono
subir en alas de oración sencilla,
compuesta en el idioma de Castilla,
el cual, s e g ú n mi a b u e l o ,
— 142 —
es el ú n i c o q u e hablan en el cielo.
« C o m o de artista y genio se las echa,
c o n la solfa el p i n c e l temible t u r n a ,
y lienzos e m b a d u r n a ,
q u e d a n d o siempre alegre y satisfecha.
A q u í , pega un brochazo,
allá, u n chafarrinazo;
y a traza u n edificio
q u e aflige al q u e lo entiende;
y a , de entusiasmo llena y de coraje,
intrépida la emprende
en p o s c o n el paisaje;
y de naturaleza
ultraja de tal m o d o la b e l l e z a ,
q u e , en v e z de convidar á disfrutarla
a q u e l c o n j u n t o frió, insulso, m u e r t o ,
dá ganas de vivir en u n desierto.
» S i á cualquiera retrata,
n o se anda c o n escrúpulos de m o n j a ,
la V e r d a d acuchilla, insulta y mata;
pero siempre en a c e c h o , la L i s o n j a ,
— 143 —
original y copia c o m p a r a n d o :
«¡El es ( d i c e a s o m b r a d a ) si está hablando!»
))¡0h! si hablara, y tan b e l l o su l e n g u a j e
fuera c o m o el retrato de agua-chirle,
habría q u e marcharse p o r n o oirle.
« P o r q u e su educación R o s a complete
la mamá se desvela;
quiere q u e manejar sepa el florete;
ya tira la pistola,
y monta á la alta escuela,
y , cual b u e n a española,
todas las noches al Real concurre,
y se entusiasma con placer e x t r a ñ o ,
y dos veces al año
en el desierto Príncipe se a b u r r e ;
y no falta á los t o r o s ,
ni ( a u n q u e t e n g a y a tísico el p e c u l i o ) ,
nuestras bellas montañas
con elegancia d e s d e ñ a n d o , en J u l i o
á naciones extrañas
deja de dar, p o r n a d a , un mal vistazo,
— 144 —
es c a p a z de pegársela al más g u a p o !
» A n t e s de c o n o c e r l a
á f o n d o , c o m o ahora,
llamábala y o perla
de Oriente encantadora,
v i r g e n de ojos azules,
l u c e r o de mis noches;
y ella siempre de cintas y de tules,
de y e g u a s y de c o c h e s ,
de trajes, aderezos y modistas,
de buffets suculentos
me h a b l a b a , y de las fáciles conquistas
q u e tales elementos
proporcionan á muchas,
q u e serán, de s e g u r o , b u e n a s truchas.
» M i e l o c u e n c i a amorosa
á l o m e j o r c o r t a b a (distraída,
q u i z á , m i linda R o s a )
c o n sus eternos treses,
flotante, diferida,
dividendos, acciones,
10
— 146 —
láminas, intereses,
cotización, cupones,
y otras palabras cien y locuciones
de la bursátil j e r i g o n z a o s c u r a ,
q u e b o y t o d a criatura
( n o afirmaré q u e l a d r e )
h a b l a y a desde el vientre de su madre.
» L a s u y a , con sentencias y consejos,
clarísimos espejos
de la c o d i c i a v i l , del ansia de oro
q u e la d e v o r a y la c o n s u m e , b o r r a
en su ú n i c o t e s o r o ,
en la hija q u e salió de sus entrañas,
toda n o b l e pasión é impulso n o b l e ,
y en duro mármol la c o n v i e r t e , ó r o b l e .
» ¿ Q u é candorosa chica
al c a b o n o c l a u d i c a ,
o y e n d o repetir eternamente
la c o l e c c i ó n de máximas siguiente?
—«Hombre sin cuartos y mujer sin galas
son pájaros sin alas.
— 147 —
—Más sustancia dan cuatro cañamones,
que veinte mil quinientas ilusiones.
—Aténgame á la prueba,
que el viento plumas y palabras lleva.
—El que tiene dineros,
como dice el refrán, pinta panderos.
—Aquel que no trae soga,
de sed, otro refrán, diz q u e se ahoga.
—El amor pasa pronto,
más dura un rigodón, un ivals, un tango;
el mundo es un fandango,
quien no lo baila, un tonto.
—Se acaban los amores,
y quedan los dolores.
—En casa rica ó llena
pronto se hace la cena;
en la que no hay harina,
anda todo al revés, todo es mohína.
—¿ Quién dice que los hombres son iguales?
Mentira; tanto tienes, tanto válese—
» C o n esta e d u c a c i ó n , q u e y o a b o m i n o ,
— 148 —
» Y a c o n o c i e n d o la m a m á - c u l e b r a
la frialdad c o n q u e mi amor se e x h i b e ,
mis visitas, c o m o antes, n o c e l e b r a ,
y m e h a echado tres v e c e s el quién vive,
así e x c l a m a n d o en tono de c h o r l i t o :
— ¿ V i e n e u s t e d c o n b u e n fin, caballerito?...
— ¡ Señora... usted me ofende!...
— P e r d o n e usted, Mariano...
—¡ Qué prisa!
— ¡ N o es en v a n o !
U s t e d sabe m u y b i e n q u e la p r e t e n d e
el m a r q u é s del J i l g u e r o . . .
— U n v e n e r a b l e anciano.
— E s hombre que venero,
y para m í , sin d u d a , v e n e r a b l e :
por l o d e m á s , s u edad es a c e p t a b l e ;
aun l o hallo fresco...
— S í , c o n la frescura
del q u e está c o n el pié en la sepultura.
— P u e s y o , fuera de varias c i c a t r i c e s ,
efectos de guerreros r i f i - r a f e s ;
— 150 —
de q u e es u n p o c o sordo;
de q u e tiene comidas las n a r i c e s ,
y en fin, de q u e p u d i e r a estar más g o r d o . . .
— ¡ S e ñ o r a , si está lleno de alifafes!
— B i e n ¿y q u é ? . . Y o esas cosas e q u i l i b r o
c o n su c u n a y sus prendas; ¡es g r a n h o m b r e !
¡ C o n d e c i r q u e su n o m b r e
figura d i g n a m e n t e en el G r a n L i b r o ,
y q u e tiene en el B a n c o de I n g l a t e r r a
al pié de dos millones!...
¡ M a r i a n o , y a u s t e d v é , todos los dias
n o salen tan bonitas p r o p o r c i o n e s !
— S e ñ o r a , h a b l a n d o en plata,
eso es l o mismo q u e decir q u e estorbo.
— N o , señor; p e r o tanto se dilata
la e x p l i c a c i ó n v e r a z de sus p r o y e c t o s . . .
•—¡Por el c ó l e r a - m o r b o !
M i h o n r a , mi...
— N o se a p u r e ,
tranquilícese usted, su honra no m a n c h o ,
y sentiré en el alma se figure
— 181 —
q u e preterido c o n m a ñ a echarle el g a n c h o .
P e r o c o m o s o y m a d r e , le repito:
¿ V i e n e usted c o n b u e n fin, caballerito?
— S í ( l a v o y á d e c i r ; y a estoy q u e m a d o ) :
v e n g o c o n fin h o n r a d o ;
la m u c h a c h a m e g u s t a
c o m o al ratón el q u e s o ,
y c o n ella c o n t r a i g o m a t r i m o n i o ,
a u n q u e rabie el demonio...
c u a n d o ella t e n g a c o r a z ó n y seso.»
A q u í de su m o n ó l o g o l l e g a b a
M a r i a n o , c u a n d o el sueño lentamente
posándose en su f r e n t e ,
los p á r p a d o s , y a flojos, le entornaba.
Y y o , lector p r u d e n t e ,
para q u e más paciencia,
s u f r i é n d o m e , y más tiempo n o derroches,
v o y m e á dormir también c o n tu licencia,
pues al remate de mi historia t o c o :
— 1S2 —
¡ v a y a , adiós, b u e n a s n o c h e s ,
salud, y divertirse, y gastar p o c o !
¡ A h ! S a b e q u e la m a d r e de R o s i t a ,
c o n red oculta y c o n reclamo artero
c a z ó al p o b r e J i l g u e r o ,
c u y a sangre infeliz y a tiene frita;
q u e él á la joven desposada a b r u m a
c o n su amor trasnochado, q u e la apesta
más q u e sus toses, flatos y r e ú m a ;
y en fin q u e , cixal vampiros ó alimañas,
hija y m a d r e le c h u p a n las entrañas
c o n ligereza suma:
¡pronto el J i l g u e r o q u e d a r á sin pluma!
1863.
SEGUNDA PARTE (1).
E n t r e tantos j i l g u e r o s
que, c o n picos p a r l e r o s ,
de rústica armonía
llenaban el R e t i r o cierto d i a ,
uno s ó l o , i n f e l i z , mal a f e i t a d o ,
con sucio tapabocas de á seis r e a l e s ,
sombrero apabullado
cuya moda no habrá quien h o y recuerde,
y capa c o n señales
de q u e n o son las capas inmortales
y de q u e t o d o , al fin, se gasta ó p i e r d e ,
lo mismo q u e las b o t a s
p o r la s u e l a , el t a c ó n y el corte r o t a s ,
la superficie c o n t e m p l a n d o v e r d e
( c u a l si tomase el f r e s c o )
d e l Estanque chinesco,
m u r m u r a b a miserias de la v i d a
c o n gestos y mirar de suicida.
« ¡ A y de m í ! ¿ Q u i é n d i j e r a ,
tres años M , q u e R o s a ,
a q u e l l a flor galana y o l o r o s a ,
tanta espina t u v i e r a ?
¡ Y q u e n o m e resuelva y o á eximirme
de la pasión b r u t a l q u e m e d o m i n a ,
c u a n d o sintiendo el alma está la e s p i n a !
S í , voy á zambullirme
en el a g u a c o r r u p t a del e s t a n q u e ;
y a la c o p a he b e b i d o hasta las h e c e s ;
u n valeroso a r r a n q u e ,
y acaban mis d o l o r e s ,
y m e e n g u l l e n los peces
q u e al sol m u e s t r a n , s a l t a n d o , sus colores.
« L l á m a m e mi consorte viejo fútil,
— d55 -
momia q u e inspira h o r r o r , marido i n ú t i l ,
cruz de su matrimonio
y falso testimonio
que l e v a n t ó la fama á su albedrio ,
pues n u n c a libremente
hubiera rebajádose á tal e n t e ,
á tan absurdo t i o :
¡este c o n s u e l o ofrece á m i a b a n d o n o !
¿Acaso es c u l p a m i a , ni y o a b o n o
el flato q u e m e a q u e j a ?
¿ P u e d o y o reparar los desperfectos
de esta m á q u i n a v i e j a ,
de esta armazón h u e s o s a ,
ni dar á los afectos
en q u e mi p e c h o asmático r e b o s a ,
el f u e g o aquel y varonil encanto
que gusta á las mujeres tanto y t a n t o ? . . .
¿No j u r ó de s o l t e r a , p o r su v i d a ,
que m i nariz c o m i d a
y la c o l o r del r o s t r o , y e r t a y l a c i a ,
le hacian suma g r a c i a ?
¿ N o hallaba en mi c a b e z a ,
Imérfana de p e l a m b r e ,
( ¡ S e ñ o r , l o q u e es el h a m b r e ! )
r e s p e t a b i l i d a d , esprit, nobleza?...
¿ P u e s c ó m o g o z a dura
de este anciano en la n e g r a desventura?
—«¿ Cómo?)) ( l a estoy o y e n d o ) ;
«¿ Cómo?)) ( d i r á ) «comiendo.))—•
¡ T a n vil es el l e n g u a j e
q u e e s c u c h o en mi a b y e c c i ó n y vasallaje
»Casas y c o c h e s , treses y c o r t i j o s ,
y otros bienes prolijos
q u e f o r m a b a n mi e n o r m e p a t r i m o n i o ,
se los l l e v ó el d e m o n i o :
¡y aun hija y m a d r e , á r a t o s ,
me preguntan con cínica insolencia,
¿por qué mentí opulencia,
s i e n d o , n o m á s , u n triste pelagatos ?
))¡Yo m e tiro al estanque ! ¡ Y a m e g o z o
en m i última a g o n í a !
¡ Y a el a g u a , t u r b i a y f r í a ,
penetra p o r mi b o c a á b o r b o t o n e s !
Con j ú b i l o f e r o z , de ella m e a p i p o ;
me d e s c o y u n t a el h i p o ;
soy t o d o contorsiones ;
buscan los dedos gafos d o n d e a s i r s e ,
y entre ellos siento el l í q u i d o escurrirse ;
turba mis ojos funeraria n u b e ,
y y a invasor a sube
la h i n c h a z ó n p o r el p e c h o y m e estrangula;
no m e salva la b u l a - . .
¡Se acabó!... ¡me asfixié! mi c u e r p o flota
cual ligera p e l o t a
sobre el h ú m e d o abismo...
¡ Y g o r j e a n los pájaros l o m i s m o
que s i e m p r e , del follaje en lo p r o f u n d o !
Haya un cadáver más ¿qué importa al mundo?»
D i s c u r s o tal arranca
el delirio al m a r q u é s , pues p i e r d e el seso;
fatigado en esceso,
aun quiere h a b l a r , p e r o su v o z se a t r a n c a ;
desnúdase de t o c a s ,
— i 38 —
es d e c i r , de la capa y t a p a b o c a s :
y tornando c a r r e r a ,
para salvar de u n b r i n c o la barrera
q u e se o p o n e á su i n t e n t o ,
estas solas palabras echa al v i e n t o :
« C o n c l u y a la p a r t i d a :
¡una!... ¡dos!... ¡á las tres vá la vencida!»
Y c o n arrojo s u m o ,
á realizar se apresta la del h u m o ,
corriendo y a , sin p i z c a de i l u s i o n e s ,
c o m o si alas llevase en los talones ,
c u a n d o u n amigo s u y o , m a l a g u e ñ o ,
á p o c o s pasos grítale risueño:
— « ¡ Q u é ocurrensia! ¡ q u é g r a s i a !
¿ A p r e n d e u z t é gimnasia?
C o n v i e n e el ejersisio,
m a r q u é s , p e r o n o tanto
q u e le z a q u e de quisio
la z a l ú , y ze lo lleve al Campozanto.
¡ B a h ! levante la r o p a
y deje zu m a n í a ;
—159 —
¿qué trizte n o zería
zacarlo del e z t a n q u e h e c h o u n a z o p a ?
— ¡ E s verdad!
— P u e z conose zu l o c u r a ,
obedesca y c h i t o n .
— ¡ A y , Jarabillo,
mi mal no tiene c u r a !
— ¿ N ó ? . . . tendrá m o n a g u i l l o .
—¡Dichoso usted, que á broma
hasta lo serio de la v i d a toma!
— ¿ D e reir n o dá g a n a ,
que intente u n h o m b r e convertirze en rana?
— Y o n o soy h o m b r e y a , s o y u n c o m p e n d i o
de m i s e r i a s !
— ¿ Y qué? ¿ Y ezo le crizpa?...
Z i u z t é , a m i g u i t o , ez c h i z p a ,
otroz zon el insendio.
Otroz t i e n e n , y en g r a n d e , el m o n o p o l i o
del d o l o r : zi en octavo hase el rezumen,
( y lo ez u z t é ) u n v o l u m e n ,
elloz zon la o b r a e n t e r a , la obra en f o l i o .
— 160 —
— ¡ B u e n c o n s u e l o de tripas!
— ¿ B u e n conzuelo?
Z a q u e usté l o z q u e tiene almasenados
y j u r o , p o r el s i e l o ,
q u e le han de bendesir loz dezgrasiados.
¡ E h ! renunsie á zu e z t ú p i d a t r a g e d i a ,
i n d i g n a de u n criztiano y h o m b r e g r a v e .
— ¡ A y , J a r a b i l l o a m a d o , u s t e d n o sabe
d e la misa á la media!»
Y a q u í tose de u n m o d o lastimero
el m a r q u é s del J i l g u e r o ,
á q u i e n n o h a y cosa y a q u e n o constipe.
— « S i este catarro c r u d o , si esta g r i p e ,
y este... t o d o ( p r o s i g u e e n r o n q u e c i d o )
contar las penas mias m e d e j a r a n ,
los mármoles más duros se ablandaran.
— L o v e o algo d i f í s i l ; c a b a l m e n t e
( o b s e r v a J a r a b i l l o , c o n risita)
n o h a y mármol p o r a q u í ; p e r o c o r r i e n t e ,
y a q u e u z t é d e z a h o g a r z e nesesita,
el catarro a l i v i e m o z ,
— 161 —
y o zé lo q u e lo a p l a c a :
¿quiere u z t é q u e tomernoz...
— E l qué?...
— L e c h e de vaca.
— ¡ Si la h u b i e s e de b u r r a !
-—No e v a z i v a z dizcurra.
— E n fin, quizá u n cuartillo...
— A n d a n d o , p u e z , — r e p o n e Jarabillo.»
E n la casa de v a c a s , entre u n sorbo
y o t r o , de l e c h e d u l c e y espumosa,
cuenta lo q u e el lector sabe de R o s a ,
el m a r q u é s , j a d e a n t e ,
á su m e d i t a b u n d o acompañante ,
q u e le o y e c o n paciencia:
así q u e h u b o a c a b a d o ,
— M á r q u e z , en el p e c a d o
( e x c l a m a ) lleva u z t é la penitensia.
— Y o n o he p e c a d o en nada.
— N ó ? ¿ Q u i é n mete
un ansiano á c a d e t e ?
¿ C u á n d o ze a p a g ó el f u e g o de u n a fragua
— 162 —
c o n u n a g o t a de agua ?
P o r q u e fragua ez el p e c h o de una mosa
q u e j u v e n t ú , bellesa y b r í o z gosa.
¿ N i q u é leona h a m b r i e n t a ,
c o n u n h u e z o p e l a d o ze c o n t e n t a ?
Q u e u n m e m o lo p r e z u m a . . . ¡ V a m o z ! p a z e ;
pero que un hombre como uzté, dizcreto,
c o n pretenzion rizible j a l e a z e
el e n d e b l e e z q u e l e t o ,
detráz de u n a m u c h a c h a
q u e , d e l v e z t i d o c o n el aire z ó l o ,
( y n o h a de zer el aire m u y m a n ó l o )
zi q u i e r e , al otro m u n d o le dezpacha;
e z t o , p e r d ó n e m e , n o ze c o n s i b e ;
de m i l a g r o u z t é v i v e .
— ¿ H e o b r a d o torpemente?
confesaré m i y e r r o :
mas, ¿quita lo cortés á l o valiente?
E n v e z de darme u n trato horrible, p e r r o ,
¿no h a p o d i d o esa fiera,
tratarme b i e n , por compasión siquiera?
— ¿ Q u i é n lo d u d a ?
— Y o un dia,
estando mi r i q u e z a y a en sus fines,
dije á R o s a : « H i j a m i a ,
«me tienes q u e z u r c i r los calcetines.»
— Y ella, ¿ q u é r e z p o n d i ó ?
— « N o me rebajo;
» n u n c a , gracias á D i o s , c o s í u n z a n c a j o ;
«oficios tan., así., tan., p u e s ! son b u e n o s
«para g e n t e de p o c o más ó m e n o s . »
Enfermo, y pido un caldo; mi voz flaca
u n ataque de n e r v i o s la ocasiona:
— « ¡ V a m o s , está de h u m o r el v i e j o c h u s c o !
» B u s q u e usted ( m e c o n t e s t a ) u n a f r e g o n a
« q u e , p e g a d a al f o g ó n c o m o u n m o l u s c o ,
«se pase el dia entero
«esclava del p u c h e r o ,
« y el cutis suave se le v u e l v a lija
ȇ fuerza de fregar c a d a vasija;
«que y o mi blanca mano
«para el p i n c e l reservo y el p i a n o ,
«rindiendo á los dos parias,
« c u a l otras á las artes culinarias.»
— ¡ O h , J i l g u e r o infelís!
— S é q u e taladro
el c o r a z ó n de u s t e d , mi d u l c e amigo.
— P r o z i g a uzté.
—Prosigo:
una v e z , delirante, cojo un cuadro
original de R o s a ,
( q u e ella siempre h a tenido p o r g r a n c o s a )
p e n s a n d o q u e el p r o d u c t o
de o b r a tan e s t u p e n d a ,
p o r m u y m a l q u e se v e n d a ,
ó h a de subir á c i n c o , á seis mil p e s o s ,
ó los marchantes son unos camuesos.
J a r a b i l l o , c o r r í de punta á punta
la p o b l a c i ó n , c o r r í l a p o r ensalmo,
( n o m i e n t o ) c o n u n palmo
de l e n g u a fuera de la b o c a , y , m u e r t o ,
de m i chiribitil torné al desierto.
— ¿ Y el c u a d r o ?
— 16o —
— U n o habia dicho
con punzante ironía,
sin mirarlo s i q u i e r a :
« ¡ Q u é l i n d o ! en u n a p u r o , b i e n p o d r í a
«servir para tapar u n a gatera.))
O t r o , c o n ironía más p r o f u n d a ,
soltó u n e l o g i o - t u n d a ,
diciendo: «¡Es acabado!
» ¡ Q u é p e r s p e c t i v a y árboles y ambiente!
)>¡qué c o l o r de paisaje!... propiamente
»no p a r e c e , sino q u e lo han pintado.))
U n c a b a l l e r o , en fin, Caritativo,
según pública fama,
y en c u y o rostro al v i v o
se v é de compasión la dulce l l a m a ,
enterándose á f o n d o de mis m a l e s ,
m e ofreció p o r el c u a d r o . . . ¡siete reales!
— - ¡ F u é una b a r b a r i d á !
— C i e r t a señora
b u s c a b a profesora
de pintura y de canto
— 166 —
1867-
EPIGRAMAS.
EPÍ GRAMAS-
1.
E l avaro P e d r o A r a ñ a
p e r d i ó un hijo militar;
llóralo á la faz de E s p a ñ a ,
pero p o r más q u e oro apaña
luto n o quiere comprar.
Y aun h i p ó c r i t a y astuto,
á t o d o el q u e , c o n r a z ó n ,
le r e c u e r d a a q u e l t r i b u t o ,
suele responder: — Y o el l u t o
lo l l e v o en el c o r a z ó n .
— 174 —
2.
D e embajador v á M a r c i a l
á r e g i o n e s apartadas,
y p o r D i o s , n o lo hará m a l ,
p u e s n o c o n o c e rival
en materia de embajadas.
3.
4.
J u g a n d o á la b a n c a , A n t ó n
— 175 —
5.
Q u e r i e n d o v a g a r u n dia.
H i e r r o s , poeta n o v e l ,
fué á visitar á M i g u e l ,
crítico atroz de alma fría,
q u e , por tinta, gasta hiél.
— ¿ A q u é d e b o tanto h o n o r ? —
dijo éste, y repuso H i e r r o s :
— V i el tiempo tan s e d u c t o r ,
que m e d i j e : « p u e s s e ñ o r ,
v o y á echar la tarde á perros».
6.
D e u n solemne b o f e t ó n
satisfacción pide E s t r a d a ,
y se la dá M e l i t o n
— 176 —
c o n una b u e n a estocada...
¡ N o es mala satisfacción!
7.
— ¡ F u e g o ! ¡fuego! ¡ f u e g o ! — b r a m a
N a v a r r o , viejo impaciente,
q u e , constipado en la cama,
c u a n d o una cosa reclama
j a m á s lentitud consiente.
C o r r e , c r e y é n d o l o frito,
la familia de N a v a r r o ;
mas v é , con g o z o infinito,
q u e lo q u e pide el maldito
es f u e g o . . . para el cigarro.
8.
T o m á n d o l o casi, A b d o n
u n beso pide á C o n s u e l o ,
y ella c e d e á su pasión,
pues le dá, de u n b o f e t ó n ,
á besar... el santo suelo.
— 177 —
9.
D e s c r i b i e n d o bailes d a d o s ,
h o y refiere La Verdad
q u e la señora de E s t r a d o s
recibe á los c o n v i d a d o s
con mucha amabilidad.
L o s o s p e c h é , francamente;
q u e , a u n q u e impulsos levantiscos
dicen q u e esa dama siente,
¿ha de o b s e q u i a r á la g e n t e
con trancazos y mordiscos?
10. <*>
D e n o c h e , en d i c i e m b r e , y tarde,
retirándose á su casa
un c h u s c o , amigo de g u a s a ,
llamó en la de u n tal V e l a r d e
dispuesto á dormir sin tasa.
— ¿ Q u é h a y ? — d i j o en son de reproche
é s t e , y a en el b a l c ó n frió;
y a q u e l : — N a d a , señor m i ó ;
pase usted m u y b u e n a n o c h e
y guárdese del r o c í o .
11.
12.
D o ñ a T e c l a , la de Y e c l a ,
es T e c l a m u y singular.
— P o r q u é ? — P o r q u e es u n a t e c l a
q u e n o se deja tocar.
13.
A n d r é s , c u y o lujo espanta,
es t i p o de cortesanos,
— 179 —
p e r o sobre t o d o encanta
la p u l c r i t u d de sus m a n o s .
Y esto es lo raro en A n d r é s ,
pues te dirá, si á él te acercas,
q u e tan sólo tiene al mes
dos onzas... y manos p u e r c a s .
14.
Y a á f a v o r de R o s a a r g u y o ,
m e n t í , n o es tacaña R o s a ;
es m u j e r tan generosa
que n o tiene nada s u y o .
15.
E l mastuerzo de C a n u t o
u n hijo tiene estudiante;
él dice q u e es u n diamante,
y añaden otros: en bruto.
16.
U n h o m b r e de g r a n descaro
— 180 —
amenazó á otro sugeto
c o n revelar u n secreto ,
d i c i e n d o : — Y o soy muy claro.—
Y no m i n t i ó , por mi cuenta,
p u e s , a u n q u e a l g u n o se asombre,
está de a y u n a r el h o m b r e
q u e t o d o se trasparenta.
17.
D i j o á P e p e u n tal R o d a j a s ,
l a m e n t a n d o sus l a c e r i a s :
— ¿ Q u i e r e salir de miserias?
P u e s n o se duerma en las pajas.
— ¡ O h , será mi dicha s u m a !
( r e s p o n d i ó al p u n t o J o s é ) :
señor, regáleme usté
unos colchones de pluma.
18.
— ¿ S a b e usted, d o ñ a N a r c i s a ,
lo q u e dice L ú e a s H u e r t a ?
— 181 —
Q u e p o r él está usted muerta.
— S í s e ñ o r , muerta... de risa.
19.
20.
Despidiéndose Bautista,
dijo á F e r n a n d e z L a m e g o :
— ¡ V a y a , adiós, hasta la v i s t a ! —
y F e r n a n d e z era c i e g o .
21.
Mosca me llama V e r d e j o ,
— ÍS2-
22.
A c e p t a n d o u n a cartera,
el p o l í t i c o Solís
j u r a que h a c e u n sacrificio;
y es verdad... el del país.
23.
P o r casar á I r e n e pronto
con F a b i o , d o ñ a E s p e r a n z a
de e l l a dijo en alabanza:
— N o tiene p e l o de t o n t o . —
M a s c o m o y a ostenta F a b i o
g r a n c a l v a , respondió I r e n e :
— 183 —
— P e l o de tonto n o t i e n e ,
p e r o t a m p o c o de sabio.
24.
25.
A l bajar I n é s de u n c o c h e ,
¡cielo santo, l o q u e v i ! . . .
P e r o eres, l e c t o r , curioso
y n o te lo he de decir.
26.
J u a n el p e d a n t e , al SIMPLÓN ,
( q u e de E s p a ñ a está l e j a n o )
en cuanto empiece el verano
v á á h a c e r una espedicion.
Y o su v o l u n t a d r e s p e t o ,
- 184 —
pero le cliria a s í :
— J u a n , hazla dentro de t í ,
y conseguirás tu objeto.
27.
D e honrada c u n a y brillante
q u e desciende j u r a B l a s ,
aristócrata t u n a n t e :
c i e r t o , desciende b a s t a n t e ,
no p u e d e descender más.
28.
29.
U n chato m u y p r e s u m i d o
llamó á u n h o m b r e narizotas,
y éste d i j o : — ¡ Y a quisieras
tener las q u e á m í m e s o b r a n !
30.
U n envidioso m u r i ó ,
pero en su n i c h o , d e s p i e r t o ,
el saber q u e estaba m u e r t o
no f u é lo q u e más sintió.
T a m p o c o , si mal n o a r g u y o ,
f u é su a g u j e r o m e z q u i n o ,
sino el v e r q u e el del v e c i n o
era más ancho q u e el s u y o .
31.
— ¡ A n d a c o n D i o s , vida mial—
dijo u n viejo á L o l a b e l l a ;
y estaba q u e se moria
el p o b r e , p o r causa de ella.
— 186 —
32.
S a b e q u e p a ñ o le quita
el sastre F é l i x M o n t a n o ,
y c o n t o d o le dá p a ñ o
F r a g a , para u n a levita.
— ¡ Q u é t o n t o ( d i r á n ) es F r a g a ! —
y y o respondo:—¡Qué tuno!
p u e s si p a ñ o sisa el u n o ,
el otro hechuras no paga.
S3.
Olivenza ( D o n Cenon)
q u e p o r ser visto y m e d r a r
r e n e g ó , siendo u n p e l g a r ,
o b t u v o u n a posición.
Y tan alta, q u e O l i v e n z a
en b r e v e f u é , p o r sus artes,
visto desde todas partes...
c o m o su p o c a v e r g ü e n z a .
— 187 —
34.
J u a n dijo al hortera A n t ó n
q u e a c a b a b a de e x t e n d e r
el debe c o n el haber:
— S u m a , y el l í q u i d o p o n . —
Y c r e y e n d o obrar c o n t i n o ,
puso A n t ó n , no sin deleite:
— D o s grandes zafras de aceite
y diez arrobas de v i n o .
35.
36.
D i j o á u n astur N i c o l á s ,
v i e n d o c u á n t o resistía
j u g a r á la lotería:
— P o n , tontu, que cogerás.—
N o fueron anuncios v a n o s ,
p u e s , a u n q u e el astur p e r d i ó ,
de la rabia q u e le dio
c o g i ó . . . el cielo c o n las m a n o s .
37.
B l a s , c o n ojos de malicia,
u n cartel mirando estaba
q u e u n libro n u e v o anunciaba
titulado La Justicia.
L e y ó l o , y n o dijo amén;
p e r o al ver: Se vende aquí,
t o r c i e n d o el g e s t o , h a b l ó así:
— Y en otras partes también.
— 189 —
38.
A h o r a a c a b o de saber
q u e en los thés q u e dá Sarasa,
h a c e su linda m u j e r
los honores de la casa.
A u n q u e la n u e v a m e p l a c e ,
mi g o z o será m a y o r
si q u i e n los honores hace
consigue hacer el honor.
39.
40.
D i j o Zarasas p r u d e n t e :
— S i a l g ú n dia busco esposa,
h e de buscarla j u i c i o s a ,
y casera especialmente.—r
Y en e f e c t o , el b u e n Zarasas
á p o c o halló compañera
en u n a m u j e r c a s e r a ,
es d e c i r , que tiene casas.
41.
A J u a n a , q u e es u n c a r t ó n
bien algodonado á t r e c h o s ,
dice E v a r i s t o M o r q u e c h o s
q u e de p e c h o s vio al b a l c ó n :
n o d i g a : (da v i de pechos,»
sino: (da v i de algodón.))
FIN.
ÍNDICE.
Págs.
PRÓLOGO v
IDILIOS Y ÉGLOGAS.
Otra Edad de Oro 25
Pastores al natural 39
Los Mayorazgos 67
Percances de la vida 85
Detrás de la cruz el diablo 107
Gangas de la época 133
EPIGRAMAS.
Epigramas 173
OBRAS DEL AUTOR.
Reales.