Johan Huizinga - Homo Ludens PDF
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Historia
Alianza / Emecé
Johan Huizinga
Homo ludens
El libro de bolsillo
Historia
Alianza Editorial/Emecé Editores
T I T U L O ORIGINAL: Homo ludens
T R A D U C T O R : Eugenio Imaz
7
8 HOMO LUDF.NS
J. H U I Z I N G A
El juego es más viejo que la cultura; pues, por mucho que es-
trechemos el concepto de ésta, presupone siempre una so-
ciedad humana, y los animales no han esperado a que el
hombre les enseñara a jugar. Con toda seguridad podemos
decir que la civilización humana no ha añadido ninguna ca-
racterística esencial al concepto del juego. Los animales jue-
gan, lo mismo que los hombres. Todos los rasgos fundamen-
tales del juego se hallan presentes en el de los animales. Basta
con ver jugar a unos perritos para percibir todos esos rasgos.
Parecen invitarse mutuamente con una especie de actitudes
y gestos ceremoniosos. Cumplen con la regia de que no hay
que morder la oreja al compañero. Aparentan como si estu-
vieran terriblemente enfadados. Y, lo más importante, pare-
cen gozar muchísimo con todo esto. Pues bien, este juego re-
tozón de los perritos constituye una de las formas más
simples del juego entre animales. Existen grados más altos y
más desarrollados: auténticas competiciones y bellas de-
mostraciones ante espectadores.
Podemos ya señalar un punto muy importante: el juego,
en sus formas más sencillas y dentro de la vida animal, es ya
algo más que un fenómeno meramente fisiológico o una
II
12 HOMO I.UDENS
Las g r a n d e s o c u p a c i o n e s p r i m o r d i a l e s de la convivencia
h u m a n a están ya i m p r e g n a d a s de juego. T o m e m o s , p o r
ejemplo, el lenguaje, este p r i m e r o y s u p r e m o i n s t r u m e n t o
q u e el h o m b r e c o n s t r u y e p a r a c o m u n i c a r , e n s e ñ a r , m a n -
d a r ; p o r el q u e d i s t i n g u e , d e t e r m i n a , constata; en u n a p a -
labra, n o m b r a ; es decir, levanta las cosas a los d o m i n i o s del
e s p í r i t u . J u g a n d o fluye el e s p í r i t u c r e a d o r del lenguaje
c o n s t a n t e m e n t e de lo material a lo p e n s a d o . Tras c a d a ex-
p r e s i ó n d e algo a b s t r a c t o hay u n a m e t á f o r a y t r a s ella un
j u e g o de p a l a b r a s . Así, la h u m a n i d a d se crea c o n s t a n t e -
m e n t e su expresión de la existencia, u n s e g u n d o m u n d o in-
v e n t a d o , j u n t o al m u n d o d e la n a t u r a l e z a . En el m i t o e n -
c o n t r a m o s t a m b i é n u n a figuración d e la existencia, sólo
q u e m á s t r a b a j a d a q u e la p a l a b r a aislada. M e d i a n t e el m i t o ,
el h o m b r e p r i m i t i v o t r a t a de explicar lo t e r r e n o y, m e d i a n -
te él, funde las cosas e n lo d i v i n o . En c a d a u n a de esas ca-
p r i c h o s a s fantasías c o n q u e el m i t o reviste lo existente j u e -
g a u n e s p í r i t u i n v e n t i v o , al b o r d e d e la s e r i e d a d y d e la
b r o m a . F i j é m o n o s t a m b i é n e n el culto: la c o m u n i d a d p r i -
m i t i v a realiza sus p r á c t i c a s s a g r a d a s , q u e le s i r v e n p a r a
asegurar la salud del m u n d o , sus consagraciones, sus sacri-
ficios y sus m i s t e r i o s , en u n p u r o juego, en el s e n t i d o m á s
v e r d a d e r o del vocablo.
el m u n d o m á g i c o y p o r e s o es u n c o b a r d e y es e x p u l s a d o .
También en el m u n d o de l o serio los t r a m p o s o s , los h i p ó c r i -
tas y los falsarios salen m e j o r librados que los aguafiestas: los
apóstatas, los herejes e i n n o v a d o r e s , y los c a r g a d o s c o n es-
c r ú p u l o s de conciencia.
Pero p u e d e o c u r r i r q u e estos aguafiestas c o m p o n g a n , p o r
su p a r t e , u n nuevo equipo c o n nuevas reglas de juego. Preci-
samente el proscripto, el revolucionario, el m i e m b r o de so-
ciedad secreta, el hereje, suelen ser e x t r a o r d i n a r i a m e n t e ac-
tivos p a r a la formación d e g r u p o s y lo hacen, casi siempre,
c o n un alto g r a d o de e l e m e n t o lúdico.
El e q u i p o de jugadores p r o p e n d e a p e r d u r a r a u n después
d e t e r m i n a d o el juego. Claro que n o t o d o juego d e canicas o
cualquier p a r t i d a de b r i d g e c o n d u c e n a la formación de u n
club. Pero el sentimiento d e hallarse j u n t o s en u n a situación
de excepción, d e s e p a r a r s e de los d e m á s y s u s t r a e r s e a las
n o r m a s generales, m a n t i e n e su e n c a n t o m á s allá d e la d u r a -
ción d e cada juego. El c l u b c o r r e s p o n d e al juego c o m o el
s o m b r e r o a la cabeza. Sería d e m a s i a d o fácil pretender carac-
terizar t o d o lo q u e en la e t n o l o g í a figura con el n o m b r e d e
fratría, clase d e edad, sociedad de varones, c o m o asociación
d e juego p e r o , d e t o d o s m o d o s , habrá que confesar lo difícil
que es separar de la esfera del juego las u n i o n e s d e t i p o d u -
r a d e r o , especialmente las q u e e n c o n t r a m o s en las c u l t u r a s
arcaicas, c o n sus finalidades t a n i m p o r t a n t e s , s o l e m n e s y
hasta sagradas.
La p o s i c i ó n d e e x c e p c i ó n q u e c o r r e s p o n d e al j u e g o se
p o n e bien d e manifiesto en la facilidad c o n que se r o d e a d e
misterio. Ya para los niños a u m e n t a el encanto d e su juego si
hacen d e él u n secreto. Es algo p a r a n o s o t r o s y n o p a r a los
d e m á s . Lo que éstos hacen «por allí afuera» n o n o s i m p o r t a
d u r a n t e algún t i e m p o . En la esfera del j u e g o las leyes y los
usos d e la vida o r d i n a r i a n o t i e n e n validez alguna. N o s o t r o s
«somos» o t r a cosa y « h a c e m o s o t r a s cosas». Esta cancela-
ción t e m p o r a l del m u n d o c o t i d i a n o se presenta ya d e p l e n o
1. ESENCIA Y SIGNIFICACIÓN DKL JUEGO C O M O F E N Ó M E N O CULTURAL 27
p r e s e n t a c i ó n d e este s e n t i m i e n t o en u n j u e g o s a g r a d o . N o
t r a t a m o s d e ofrecer u n a explicación d e algo efectivamente
n o indagable, sino tan sólo p r e s e n t a r p l a u s i b l e m e n t e u n
p r o c e s o real. La c o m u n i d a d arcaica juega c o m o j u e g a n el
n i ñ o y los a n i m a l e s . Este j u e g o está lleno, d e s d e u n p r i n c i -
pio, d e los e l e m e n t o s p r o p i o s al j u e g o , lleno d e o r d e n , t e n -
sión, m o v i m i e n t o , s o l e m n i d a d y e n t u s i a s m o . Sólo en u n a
fase p o s t e r i o r se adhiere a este j u e g o la idea d e q u e en él se
expresa algo: u n a idea d e la v i d a . Lo q u e antes fue j u e g o
m u d o cobra a h o r a forma p o é t i c a . En la f o r m a y e n la fun-
ción del juego, q u e representa u n a cualidad a u t ó n o m a , e n -
c u e n t r a el s e n t i m i e n t o d e i n c a r d i n a c i ó n del h o m b r e en el
c o s m o s su expresión p r i m e r a , m á x i m a y sagrada. Va p e n e -
t r a n d o cada vez m á s en el j u e g o el significado d e u n a acción
sagrada. El culto se injerta en el juego, q u e es lo p r i m a r i o .
N o s m o v e m o s a q u í en u n t e r r e n o d o n d e a p e n a s c a b e p e -
n e t r a r con los recursos cognoscitivos d e la psicología, ni tan
siquiera c o n la teoría d e n u e s t r a facultad d e conocer. Las
cuestiones q u e a q u í surgen t o c a n el fondo m i s m o d e nuestra
conciencia. El culto es s u p r e m a y santa gravedad. Sin e m b a r -
go, ¿puede ser el juego al m i s m o tiempo? Desde u n principio
v i m o s q u e t o d o juego, lo m i s m o el del infante q u e el del
adulto, p u e d e jugarse con la mayor seriedad. Pero ¿podría ir
esto tan lejos q u e , a la e m o c i ó n sacra d e u n a acción sacra-
m e n t a l , se le v i n c u l e t o d a v í a la c u a l i d a d lúdica? La d e d u c -
ción nuestra se e n c u e n t r a a q u í m á s o m e n o s t r a b a d a p o r la
rigidez d e los conceptos formulados. Estamos a c o s t u m b r a -
d o s a c o n s i d e r a r la o p o s i c i ó n e n t r e j u e g o y s e r i e d a d c o m o
algo absoluto. Pero, a lo q u e parece, esta oposición n o p e n e -
tra hasta el fondo.
Piénsese u n m o m e n t o en la g r a d a c i ó n siguiente. El n i ñ o
juega con u n a seriedad perfecta y, p o d e m o s decirlo con ple-
no derecho, santa. Pero juega y sabe q u e juega. El d e p o r t i s t a
34 HOMO LUDENS
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u n a e x p o s i c i ó n viva d e esta a c t i t u d . Parece ser q u e los
h o m b r e s n o tienen n i n g ú n m i e d o a los e s p í r i t u s q u e , d u r a n -
te la fiesta, d e a m b u l a n p o r t o d a s p a r t e s y q u e a p a r e c e n a la
vista d e t o d o s en sus m o m e n t o s c u l m i n a n t e s . Lo q u e n o tie-
ne n a d a d e e x t r a ñ o , p u e s s o n ellos m i s m o s los q u e realizan
la escenificación d e t o d a s las c e r e m o n i a s : h a n fabricado las
m á s c a r a s , las llevan y las e s c o n d e n , después d e usarlas, d e las
mujeres. H a c e n el r u i d o q u e a n u n c i a la a p a r i c i ó n del e s p í r i -
tu, m a r c a n su huella e n la a r e n a , t o c a n las flautas q u e r e p r e -
sentan las voces d e los a n t e p a s a d o s y h a c e n s o n a r las c a r r a -
cas. En u n a p a l a b r a , su p o s i c i ó n , n o s dice Jensen, se p a r e c e a
la d e los p a d r e s q u e s a b e n lo del disfraz d e los Reyes Magos
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y lo o c u l t a n al n i ñ o . Los h o m b r e s m i e n t e n a las m u j e r e s
acerca d e lo q u e o c u r r e e n el lugar c o n s a g r a d o y aislado d e la
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m a l e z a . El e s t a d o d e los i n i c i a n d o s m i s m o s oscila e n t r e la
e m o c i ó n extática, la d e m e n c i a s i m u l a d a , el calofrío d e es-
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p a n t o y la c o m e d i a infantil p a r a darse i m p o r t a n c i a . Tam-
p o c o las mujeres son e n g a ñ a d a s del t o d o . Saben d e m a s i a d o
quién es el q u e está d e t r á s d e c a d a m á s c a r a . Sin e m b a r g o , se
a g i t a n t e r r i b l e m e n t e si la m á s c a r a se les acerca e n a c t i t u d
a m e n a z a d o r a y huyen c o n gritos d e e s p a n t o . Estas expresio-
nes d e m i e d o , dice j e n s e n , son en p a r t e t o t a l m e n t e e s p o n t á -
n e a s y a u t é n t i c a s , p e r o , p o r o t r o lado, d e b e r t r a d i c i o n a l .
«Hay q u e h a c e r l o así.» Las m u j e r e s s o n , p o r decirlo así, las
c o m p a r s a s en la fiesta y s a b e n q u e n o t i e n e n q u e e c h a r l a a
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perder .
C o m o v e m o s , n o es p o s i b l e m a r c a r el límite en el cual la
seriedad sacra se afloja hasta el p u n t o d e llegar a ser jun, gua-
sa, u n a b r o m a . Entre n o s o t r o s , u n p a d r e u n p o c o infantil
p u e d e enfadarse de v e r d a d si sus hijos le s o r p r e n d e n c u a n -
do se está v i s t i e n d o d e rey m a g o . Un p a d r e k w a k i u t l d e la
C o l u m b i a b r i t á n i c a m a t ó a su hija p o r q u e le s o r p r e n d i ó en
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un trabajo d e talla p a r a u n a c e r e m o n i a . La oscilación d e la
conciencia religiosa d e los negros l o a n g o es descrita p o r Pes-
chuél Loesche con p a l a b r a s m u y p a r e c i d a s a las u s a d a s p o r
40 HOMO LUDENS
C o n s i d e r a c i o n e s d e este tipo n o s a d e n t r a n en el p r o b l e m a
d e la n a t u r a l e z a d e las ideas religiosas p r i m a r i a s . C o m o es
sabido, u n a de las concepciones m á s i m p o r t a n t e s c o m p a r t i -
d a s p o r c u a l q u i e r a q u e se haya d e d i c a d o a la ciencia d e las
religiones es la siguiente: c u a n d o u n a f o r m a religiosa s u p o -
n e e n t r e d o s cosas d e o r d e n diferente, p o r ejemplo, u n h o m -
bre y u n a n i m a l , u n a sacra identidad esencial, en este caso la
relación n o q u e d a e x p r e s a d a d e u n a m a n e r a limpia y a d e -
c u a d a c o n n u e s t r a idea de u n i ó n simbólica. La u n i d a d entre
los d o s t é r m i n o s es m u c h o m á s esencial q u e e n t r e u n a sus-
tancia y su s í m b o l o figurativo. Se trata d e u n a u n i d a d místi-
ca. U n a cosa «se ha convertido» en o t r a . En su d a n z a mágica
el salvaje «es» un c a n g u r o . Pero h a y q u e p o n e r s e en g u a r d i a
c o n t r a las deficiencias y diversidades d e la c a p a c i d a d expre-
siva d e l h o m b r e . P a r a h a c e r n o s u n a i d e a del e s t a d o d e
á n i m o d e l salvaje n o s v e m o s o b l i g a d o s a r e p r o d u c i r este
e s t a d o c o n n u e s t r a t e r m i n o l o g í a y, q u e r á m o s l o o n o ,
t r a s f o r m a m o s las ideas creyentes del salvaje en la r i g u r o s a
d e t e r m i n a c i ó n lógica d e n u e s t r o s c o n c e p t o s . D e este m o d o
e x p r e s a m o s la relación e n t r e él y su a n i m a l c o m o si, p a r a él,
significara u n «ser» m i e n t r a s q u e p a r a n o s o t r o s es u n «ju-
gar». H a a d o p t a d o el «ser» d e u n c a n g u r o , y n o s o t r o s d e c i -
m o s : d e s e m p e ñ a , «juega» el papel d e c a n g u r o . Pero el salva-
je n o c o n o c e n i n g u n a diferencia c o n c e p t u a l e n t r e «ser» y
«jugar», n a d a sabe d e i d e n t i d a d , i m a g e n o s í m b o l o a l g u n o .
Y p o r e s o n o s p r e g u n t a m o s si n o será el m e j o r m o d o d e
a p r o x i m a r s e al e s t a d o d e á n i m o del salvaje en su acción sa-
cra m a n t e n e r n o s en el t é r m i n o p r i m a r i o «jugar». En n u e s -
t r o c o n c e p t o «juego» la diferencia e n t r e fe y s i m u l a c i ó n se
c a n c e l a . Este c o n c e p t o se u n e sin v i o l e n c i a a l g u n a c o n el
d e c o n s a g r a c i ó n y el d e l o s a g r a d o . C u a l q u i e r p r e l u d i o d e
Bach, c u a l q u i e r v e r s o d e la tragedia n o s manifiesta esto. Si
c o n s i d e r a m o s t o d a la esfera d e la l l a m a d a c u l t u r a p r i m i t i -
va c o m o u n a esfera d e j u e g o , se n o s a b r e la p o s i b i l i d a d d e
u n a comprensión m u c h o m á s directa y general de su peculia-
1. ESENCIA Y SIGNIFICACIÓN DEL JUEGO C O M O F E N Ó M E N O C U L T U R A L < 43
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46 HOMO LUDENS
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ma, el anglosajón pliht (de d o n d e ha salido el inglés plight),
pero q u e significa, e n p r i m e r lugar, 'peligro' y, a d e m á s , 'in-
fracción', 'culpa', 'mácula', y luego pledge, engagement. El ver-
b o plihtan significa 'exponer a u n peligro', 'comprometer' y
también 'obligar'. Del germánico plegan el latín vulgar formó
plegium, q u e , p o r su p a r t e , h a d a d o e n el francés a n t i g u o
pleigey en el inglés pledge. Esta ú l t i m a palabra tiene c o m o
significación m á s antigua la de 'fianza', 'rehén', 'prenda' y, lue-
go, la de gage ofbattle, es decir, el reto, 'la prenda del comba-
te» (por ejemplo, c u a n d o «se arroja el guante') y, finalmen-
te, la c e r e m o n i a c o n q u e se c o n t r a e u n a obligación: el
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brindis, la promesa y el v o t o .
¿Quién p o d r á negar que con las ideas de porfía, reto, peli-
gro, etc., estamos m u y cerca del concepto del juego? Juego y
peligro, aventurado azar, proeza, t o d o a n d a m u y cerca. Po-
d í a m o s inclinarnos a concluir que la palabra pflegen, con t o -
dos sus derivados, tanto los que guardan relación con «juego»
y los que guardan relación con «deber», pertenecen a la esfe-
ra en que «algo se halla en juego».
Esto n o s lleva de nuevo a la relación del juego con la por-
fía y con la lucha en general. En todos los idiomas g e r m á n i -
cos, y n o sólo en ellos, la palabra que designa el juego se e m -
plea r e g u l a r m e n t e p a r a las luchas en serio con a r m a s . La
poesía anglosajona - p a r a limitarnos a u n solo e j e m p l o - está
llena de expresiones de este género. El combate se llama hea-
do-láco beadu-lác, literalmente 'juego de lucha', o áos-plega,
'juego de lanzas', etc. En estos compuestos n o s encontramos,
sin d u d a , con metáforas, poéticas, con u n a t r a n s c r i p c i ó n
consciente del concepto juego a la lucha. Esto m i s m o p u e d e
decirse, a u n q u e destaque con m e n o s claridad, de la frase del
Ludwigslied que celebra la victoria del rey franco Luis III so-
bre los n o r m a n d o s en Saucourt, en el a ñ o 881: spilodun ther
Vrankon, 'jugaron los francos'. Sin embargo, sería apresura-
d o considerar el u s o del vocablo que designa el juego para la
auténtica lucha c o m o u n a m e r a metáfora poética. Más bien
2. EL CONCEPTO DE JUEGO Y SUS EXPRESIONES KN EL LENGUAJE 61
d e t e r m i n a d o , m i e n t r a s q u e la cultura n o es m á s q u e la desig
n a c i ó n q u e n u e s t r o juicio histórico adjunta al caso e n cues
t i ó n . Esta idea está m u y cerca d e la de Frobenius, q u e en su
1
Kulturgeschichte Afrikas h a b l a del d e v e n i r d e la c u l t u r a
c o m o de u n «juego surgido del ser natural». De t o d o s m o d o s
m e parece q u e Frobenius h a c o n c e b i d o esta relación de cul
t u r a y j u e g o d e m a s i a d o m í s t i c a m e n t e y q u e los h a d e s c r i t o
c o n u n p o c o d e confusión, sin q u e haya llegado a d e s t a c a r
l i m p i a m e n t e lo lúdico d e la cultura.
A m e d i d a q u e u n a cultura se desarrolla, esta relación en
t r e «juego» y «no juego», q u e s u p o n e m o s p r i m o r d i a l , n o
p e r m a n e c e invariable. De u n a m a n e r a general el e l e m e n t o
lúdico va deslizándose p o c o a p o c o hacia el fondo. La mayo
ría d e las veces pasa, en u n a g r a n p a r t e , a la esfera d e lo sa
g r a d o . Se h a cristalizado en el saber y en la poesía, e n la vida
jurídica y e n las formas d e la vida estatal. G e n e r a l m e n t e , lo
l ú d i c o q u e d a en el t r a s f o n d o de los f e n ó m e n o s culturales.
Pero, en t o d a s las épocas, el í m p e t u lúdico p u e d e hacerse va
ler d e n u e v o en las formas de u n a cultura m u y desarrollada y
a r r e b a t a r consigo al i n d i v i d u o y a las m a s a s en la e m b r i a
g u e z d e u n juego gigantesco.
Parece o b v i o q u e la conexión entre cultura y j u e g o h a b r á
d e buscarse en las formas superiores del juego social, en las
q u e se n o s presenta c o m o actuación o r d e n a d a de u n g r u p o
o d e u n a c o m u n i d a d o de d o s g r u p o s q u e se e n f r e n t a n . El
j u e g o q u e el i n d i v i d u o j u e g a p a r a sí solo, e n m u y l i m i t a d a
m e d i d a es f e c u n d o p a r a la cultura. Ya i n d i c a m o s , anterior
m e n t e , q u e los rasgos fundamentales del juego, el j u g a r j u n
tos, el luchar, el presentar y exhibir, el retar, el fanfarronear,
el hacer « c o m o si» y las reglas l i m i t a d o r a s , se d a n ya en la
vida a n i m a l . Pero todavía es m á s s o r p r e n d e n t e q u e las aves,
q u e , poligenéticamente, se hallan tan lejos del h o m b r e , ten
g a n tanto d e c o m ú n con él: los faisanes silvestres t i e n e n sus
d a n z a s , los grajos organizan concursos d e vuelo, ciertos p á
jaros d e Nueva G u i n e a y o t r a s especies a d o r n a n sus nidos, y
} . JUEGO Y C O M P E T I C I Ó N , FUNCIÓN CREADORA DE CULTURA 69
petición: el c o m e r c i a n t e o b t i e n e g a n a n c i a s y el j u g a d o r
gana. El p r e m i o p e r t e n e c e a la c o m p e t i c i ó n , a la lotería y,
t a m b i é n , a los artículos d e la t i e n d a q u e llevan a s i g n a d o su
precio - o p r e m i o , en a l e m á n - . Entre estar señalado con un
precio y «ser apreciado» - l o a d o , según el a l e m á n gepriesen-
t e n e m o s la m i s m a oposición q u e entre lo serio y el juego. El
elemento apasionante, la perspectiva de ganancia, el arries-
gar, se adhiere lo m i s m o a la empresa e c o n ó m i c a q u e al jue-
go. La m e r a codicia n o es la q u e trafica ni la q u e juega. Osar,
visos inciertos d e ganancia, inseguridad del resultado y ten-
sión constituyen la esencia d e la a c t i t u d lúdica. La tensión
d e t e r m i n a la conciencia d e la i m p o r t a n c i a y valor del juego,
y, c u a n d o crece, hace q u e el jugador olvide q u e está j u g a n d o .
M u c h o s derivan el n o m b r e griego para el p r e m i o d e la lu-
cha, ár>A,ov, d e la m i s m a raíz q u e el a l e m á n Wette, wetten y
el latín vadimonium. Entre las palabras derivadas d e esta raíz
está también ár>A,r)T/rj(;, el atleta. Aquí se e n c u e n t r a n reuni-
d o s los conceptos d e lucha, esfuerzo, ejercicio y, a p a r t i r de
5
ellos, resistencia, aguante, desgracia . También en el g e r m á -
nico -wetten resuena el matiz del esfuerzo y del e m p e ñ o ; p e r o
v e m o s c ó m o la palabra se va deslizando hacia la esfera d e la
vida jurídica, d e la q u e p r o n t o n o s o c u p a r e m o s .
A t o d a c o m p e t i c i ó n se u n e u n «por algo», p e r o a d e m á s
u n «en algo» o «con algo». Se lucha p o r ser el p r i m e r o en
fuerza o habilidad, en saber o en riqueza, en g e n e r o s i d a d o
en suerte, en n ú m e r o d e hijos o en sangre azul. Se lucha con
la fuerza del c u e r p o , c o n las a r m a s , c o n la inteligencia o
con el p u ñ o , en la exhibición d e derroche, en bravatas, fan-
farrias, injurias, con los d a d o s o c o n a r d i d y e n g a ñ o . Para
nuestra sensibilidad el e m p l e o del ardid y d e la t r a m p a can-
cela visiblemente el carácter lúdico de la porfía, p o r q u e la
esencia del juego consiste en m a n t e n e r las reglas. Pero la cul-
tura arcaica da tan poca satisfacción a n u e s t r o juicio moral
c o m o el sentimiento del pueblo. En la fábula de la liebre y del
erizo el papel d e h é r o e c o r r e s p o n d e al j u g a d o r t r a m p o s o .
3. JUEGO Y C O M P E T I C I Ó N , F U N C I Ó N CREADORA DE CULTURA 75
nifestación m á x i m a , e n c o n t r a m o s vestigios m á s o m e n o s
claros e s p a r c i d o s p o r t o d a la tierra. Marcel Mauss d e s c u b r e
entre los m e l a n e s i o s c o s t u m b r e s q u e coinciden p o r c o m p l e -
to con el potlach. En su Essai sur le Don h a s e ñ a l a d o las h u e -
llas d e u s o s s e m e j a n t e s en la c u l t u r a griega, r o m a n a y ger-
m á n i c a . G r a n e t e n c u e n t r a en la t r a d i c i ó n c h i n a lo m i s m o
23
porfías d e regalo q u e porfías d e s t r o z a d a s . En la p a g a n í a
preislámica d e Arabia t i e n e n u n n o m b r e p r o p i o , lo q u e d e -
m u e s t r a el c a r á c t e r f o r m a l q u e h a b í a n a d q u i r i d o : se les d e -
signa c o m o mu'áqara, c o n u n sustantivo derivado d e u n ver-
b o y d e l q u e los a n t i g u o s d i c c i o n a r i o s , sin c o n o c e r la b a s e
etnológica, ofrecían c o m o significación: c o m p e t i r en gloria
24
c o r t a n d o los pies d e los c a m e l l o s . El t e m a t r a t a d o p o r Held
fue y a i n d i c a d o , m á s o m e n o s , p o r M a u s s c u a n d o escribió: el
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Mahabharata es la historia d e u n potlach g i g a n t e s c o .
En conexión con n u e s t r o t e m a destaca la i m p o r t a n c i a de
lo siguiente: t o d o lo q u e es potlach o está e m p a r e n t a d o con
él, gira a l r e d e d o r del ganar, del superar, d e la fama, del pres-
tigio y, n o p o c a s veces, d e la v e n g a n z a . S i e m p r e , y h a s t a
c u a n d o es u n a p e r s o n a la q u e d a la fiesta, se e n f r e n t a n d o s
grupos, unidos por un espíritu de enemistad y comunidad a
la vez. En la b o d a d e u n cabecilla d e los m a m a l e k a l a , descrita
2 6
p o r B o a s , el g r u p o d e los invitados declara estar « d i s p u e s -
to a c o m e n z a r la lucha», c o n lo q u e significa la c e r e m o n i a a
cuya c o n c l u s i ó n el f u t u r o s u e g r o cederá la novia. Las accio-
nes q u e se realizan e n u n potlach llevan el carácter d e p r u e -
bas y sacrificios personales. La fiesta t r a n s c u r r e e n forma d e
acción s a g r a d a o d e juego, y se ve a c o m p a ñ a d a d e cantos al-
t e r n a d o s y d a n z a s d e m á s c a r a s . El r i t o es r i g u r o s o , p u e s la
más p e q u e ñ a falta a n u l a t o d a la acción, la h a c e p e r d e r su p o -
der. El toser y el reír e s t á n a m e n a z a d o s c o n las m á s severas
penas.
La esfera espiritual en q u e t i e n e lugar la fiesta es la del h o -
nor, la d e la e x h i b i c i ó n , la d e la f a n f a r r o n e r í a y el reto. Nos
m o v e m o s e n u n m u n d o d e orgullo caballeresco y d e l o c u r a
84 HOMO LUDENS
heroica, e n u n m u n d o en q u e el h o m b r e y el e s c u d o d e a r m a s
tienen u n gran valor y cuentan con u n a g r a n serie d e antepa
s a d o s . No es el m u n d o d e la p r e o c u p a c i ó n p o r el s u s t e n t o ,
cálculo d e la ventaja o adquisición d e bienes útiles. El esfuer
zo se o r i e n t a hacia el prestigio del g r u p o , h a c i a el r a n g o su
perior, h a c i a la s u p e r i o r i d a d s o b r e o t r o s . La relación y las
obligaciones con q u e se enfrentan las d o s fratrias d e los tlin-
kit se expresan m e d i a n t e u n a p a l a b r a q u e significa « m o s t r a r
r e s p e t o » . Esta relación se verifica, efectivamente, p o r t o d a
clase d e servicios recíprocos; p o r ejemplo, el c a m b i o d e re
galos.
La e t n o l o g í a b u s c a la explicación del f e n ó m e n o potlach
p r i n c i p a l m e n t e e n el m u n d o d e las representaciones m á g i
cas y místicas. G. W. Locher n o s ofrece, e n su libro The Ser-
27
pent in Kwakiutl Religión, u n excelente ejemplo d e e l l o .
Sin d u d a alguna, la costumbre del potlach g u a r d a estrecha
relación con el m u n d o d e las representaciones religiosas d e
la tribu q u e lo practica. Todas las representaciones p a r t i c u
lares de comunicación con espíritus, iniciaciones, identifica
ción d e h o m b r e y a n i m a l , etc., se e x p r e s a n c o n s t a n t e m e n t e
en élpotlach. Pero esto n o i m p i d e q u e se p u e d a c o m p r e n d e r
p e r f e c t a m e n t e el potlach c o m o f e n ó m e n o s o c i o l ó g i c o sin
conexión alguna con u n d e t e r m i n a d o s i s t e m a de ideas reli
giosas. Basta c o n colocarse i m a g i n a t i v a m e n t e d e n t r o del
ámbito de una comunidad dominada inmediatamente por
los i m p u l s o s y excitaciones p r i m a r i o s q u e , e n u n a sociedad
cultivada, r e p r e s e n t a n los i m p u l s o s d e la e d a d juvenil. Una
sociedad así estará poseída, en m á x i m o g r a d o , d e conceptos
tales c o m o h o n o r del g r u p o , a d m i r a c i ó n p o r la r i q u e z a y la
g e n e r o s i d a d , s u b r a y a d o d e la a m i s t a d y d e la confianza,
c o m p e t i c i ó n , reto, espíritu d e aventura y la e t e r n a magnifi
cación p o r la exhibición d e indiferencia p o r t o d o s los valo
res materiales. Pero éste es, en u n a palabra, el m u n d o de ideas
y s e n t i m i e n t o s d e los m o z a l b e t e s . S e m e j a n t e porfía e n r e
g a l o s o e n d e s t r u c c i o n e s es c o m p r e n s i b l e , p s i c o l ó g i c a -
3. JUEGO Y C O M P E T I C I Ó N , FUNCIÓN CREADORA DE CULTURA 85
dena del sistema kula. Los objetos tienen valor sagrado. Po
seen fuerza mágica, c u e n t a n c o n u n a h i s t o r i a q u e relata
c ó m o fueron conseguidos p o r p r i m e r a vez. Hay piezas cuya
entrada en la circulación p r o d u c e sensación, p o r lo aprecia
34
das que s o n . Todo t r a n s c u r r e bajo u n a serie d e formalida
des y de ritos d e t e r m i n a d o s , entre fiestas y hechizos y en u n a
esfera de obligación y confianza recíprocas, de a m i s t a d y de
hospitalidad, de exhibición, de generosidad, d e magnificen
cia, h o n o r y fama. Las navegaciones son a m e n u d o aventura
das y peligrosas. La vida superior d e las t r i b u s , los trabajos
de talla en las canoas, la poesía, el c ó d i g o del h o n o r y de la
moral, t o d o se halla enlazado con el sistema kula. También
el tráfico de mercancías se a d h i e r e a los viajes kula, pero
c o m o algo accesorio. En n i n g u n a p a r t e , quizá, a d o p t a la
vida cultural arcaica en tan alto g r a d o la forma de u n noble
juego de c o m u n i d a d c o m o e n t r e estos p a p ú e s m e l a n e s i o s .
La c o m p e t i c i ó n se manifiesta e n u n a forma q u e supera en
pureza las c o s t u m b r e s afines de o t r o s pueblos, a veces m u
cho m á s civilizados. Se hace patente, s o b r e la b a s e d e t o d o
u n sistema de ritual sagrado, la necesidad h u m a n a de vivir
en la belleza. La forma en que e n c u e n t r a su satisfacción es la
de u n juego.
N o es m e n e s t e r decir q u e n o s s e g u i m o s m a n t e n i e n d o
m u y cerca del f e n ó m e n o potlach. Nos d a r e m o s c u e n t a del
eslabón que u n e la competición e n riqueza y despilfarro con
la p u g n a fanfarrona en el siguiente caso. Cuenta Malinowski
q u e los a l i m e n t o s n o e r a n p r e c i s o s p a r a los n a t i v o s d e las
3. JUEGO Y COMPETICIÓN, F U N C I Ó N C R E A D O R A DE CULTURA 91
t r o z o n a lleva, c o m o c o s t u m b r e , u n n o m b r e q u e significa
vantardise, 'fanfarronería'. Pero los árabes preislámicos c o -
n o c í a n , a d e m á s del mu'áqara, o t r a s d o s designaciones téc-
nicas p a r a la porfía d e n i g r a n t e y provocativa, munafara y
mufachara. Obsérvese q u e las tres palabras se h a n f o r m a d o
del m i s m o m o d o . Son sustantivos verbales d e la l l a m a d a for-
m a tercera del verbo. Y en esto reside, quizá, lo m á s intere-
sante del caso: el i d i o m a á r a b e p o s e e u n a f o r m a verbal d e -
t e r m i n a d a q u e p u e d e prestar a cualquier raíz la significación
d e c o m p e t i r en algo, d e exceder a alguien en algo, y q u e , p o r
lo tanto, constituye la forma f u n d a m e n t a l d e u n a especie d e
superlativo verbal. Y j u n t o a esto t e n e m o s la derivada f o r m a
sexta, q u e expresa el c o n c e p t o d e reciprocidad d e la acción.
De la raíz hasaba, 'contar', ' e n u m e r a r ' , p r o c e d e muhasaba,
'porfía por la b u e n a fama'; d e kathara, 'exceder en n ú m e r o ' ,
mukatara, 'porfiar en c a n t i d a d ' . Mufachara p r o c e d e d e u n
g r u p o d e significaciones, c o m o p o n e r fuera d e c o m b a t e , p o -
n e r en fuga. Alabanza, h o n o r , v i r t u d y gloria p e r m a n e c e n ,
en á r a b e , u n i d o s en el m i s m o c a m p o d e significaciones,
c o m o o c u r r e con los conceptos griegos parejos en cuyo cen-
4 5
t r o t e n e m o s a p e i r j . El c o n c e p t o central es a q u í 'irá, q u e
c o m o mejor se p u e d e traducir es p o r h o n o r , siempre q u e sea
p e n s a d o e n u n s e n t i d o e x t r e m a d a m e n t e concreto. La exi-
gencia m á s alta de la vida noble está en el d e b e r d e conservar
s e g u r o e i n c o n t a m i n a d o su 'ird. Por el c o n t r a r i o , el i n t e n t o
del e n e m i g o d e b e ser m a r c h a r y estropear este 'ird con u n a
ofensa. Cualquier excelencia c o r p o r a l , social, m o r a l o inte-
lectual constituye b a s e p a r a la gloria y el h o n o r ; es, p o r lo
tanto, u n elemento de la virtud. Se gloría u n o d e su victoria y
de su valor, se v a n a g l o r i a a causa del g r a n n ú m e r o d e los
c o m p a ñ e r o s d e clan o d e hijos, a causa d e la generosidad, del
poder, del alcance d e los ojos o d e la h e r m o s u r a d e los c a b e -
llos. T o d o esto j u n t o constituye la 'izz o 'izza de cada u n o , es
decir, su excelencia sobre otro, y d e a q u í su p o d e r y prestigio.
El escarnio del contrario, q u e se practica celosamente c u a n -
3. J U E G O Y C O M P E T I C I Ó N , FUNCIÓN CREADORA DE CULTURA 93
p a r t e de las c o m p e t i c i o n e s . De u n a c o s t u m b r e p o p u l a r ar-
caica d e carácter sacral se desarrolló el y a m b o hasta conver-
tirse en u n m e d i o d e crítica pública. También el tema d e h a -
blar mal del sexo débil parece ser u n resto d e las canciones
burlescas q u e h o m b r e s y mujeres se dirigían con t o d a regu-
l a r i d a d en las fiestas d e D e m é t e r y d e Apolo. Parece q u e la
b a s e general d e t o d o esto h a d e b i d o ser u n j u e g o sacro d e
46
porfías públicas, yóyoq .
La tradición germánica a n t i g u a ofrece u n reto m u y viejo
d e porfía d e n i g r a n t e en un b a n q u e t e real, en el relato d e Al-
b o i n en la corte d e los gepidas, q u e c o n t o d a s e g u r i d a d Pa-
49
blo el D i á c o n o h a sacado de viejas canciones d e g e s t a . Los
l o n g o b a r d o s h a n sido invitados a u n b a n q u e t e por Turisind,
el rey de los gepidas. C u a n d o el rey suspira por su hijo caído
en lucha c o n t r a los longobardos, se levanta su o t r o hijo y c o -
m i e n z a a p r o v o c a r a los l o n g o b a r d o s con insultos (iniuriis
lacessere coepit). Los llama yeguas d e patas blancas y a ñ a d e
q u e apestan. U n o d e los l o n g o b a r d o s contesta: «Ve al c a m p o
d e Asfeld y allí te enterarás, sin d u d a alguna, d e lo valiente-
m e n t e q u e cocean estos que tú llamas yeguas, allí d o n d e los
huesos de t u h e r m a n o se hallan dispersos c o m o los de u n ja-
melgo en la pradera». El rey c o n t i e n e a los q u e insultan para
q u e n o lleguen a las m a n o s y c o n t i n ú a el b a n q u e t e alegre-
m e n t e hasta el final (laetis animis convivium peragunt). Esto
ú l t i m o n o s m u e s t r a claramente el carácter lúdico d e la p u g -
na injuriosa. La literatura n ó r d i c a antigua c o n o c e el u s o en
la f o r m a e s p e c i a l del mannjafnaor, el ' m e d i r s e los h o m -
b r e s ' . Era c o s t u m b r e , lo m i s m o q u e la porfía en votos, en las
fiestas Yul d e los e s c a n d i n a v o s (solsticio d e i n v i e r n o ) . U n
ejemplo detallado ofrece la saga d e O r v a r O d d . Éste se m a n -
tiene de incógnito en u n a corte real extranjera y apuesta su
c a b e z a a q u e d e r r o t a r á b e b i e n d o a d o s h o m b r e s del rey.
A medida q u e los contendientes se van p a s a n d o el c u e r n o re-
bosante, p r e g o n a n un hecho de guerra q u e los d e m á s n o h a n
realizado p o r q u e , en reposo v e r g o n z o s o , e s t a b a n s e n t a d o s
3. JUEGO Y COMPETICIÓN, FUNCIÓN CREADORA DE CULTURA 95
50
con sus mujeres ante el h o g a r . A veces son d o s reyes los q u e
t r a t a n d e s u p e r a r s e con d i s c u r s o s fanfarrones. U n o d e los
Edda, el Harbardsljod, n o s presenta a O d í n y a T h o r e n u n a
51
porfía s e m e j a n t e . T a m b i é n las porfías p a l a b r e r a s d e Loki
con los A s a " en u n festín, conocidas con el n o m b r e d e loka-
senna, p e r t e n e c e n a este g r u p o . La naturaleza sacra de estas
luchas se manifiesta t a m b i é n p o r la noticia d e q u e la sala en
que tiene lugar el festín es u n 'gran lugar d e paz', grioastaor
mikill, d o n d e n a d i e p u e d e h a c e r violencia a o t r o p o r causa
de palabras. A u n en el caso e n q u e t o d o s estos ejemplos fue-
ran elaboraciones literarias d e u n m o t i v o d e los t i e m p o s ar-
caicos, el f o n d o sacral se revela c o n c l a r i d a d b a s t a n t e p a r a
que n o los p o d a m o s considerar c o m o m e r a s p r u e b a s d e u n a
fantasía poética posterior. Las sagas irlandesas antiguas del
cerdo d e M a c D a t h o y d e la fiesta d e Dricrend n o s ofrecen
c o s t u m b r e s p a r e c i d a s . O p i n a De Vries q u e el mannjafnaor
53
descansa, sin d u d a , en ideas religiosas . La i m p o r t a n c i a q u e
se d a b a a estos insultos se ve e n el caso de H a r a l d G o r m s s o n ,
que quiere e m p r e n d e r u n a expedición punitiva contra Islan-
dia p o r causa d e u n a poesía burlesca
1
convenio y obligación . La contienda judicial vale, e n t r e los
griegos, c o m o agón, c o m o u n a p u g n a s o m e t i d a a reglas fijas
y q u e se celebra con formas sagradas y en la cual las d o s par
tes c o n t e n d i e n t e s a p e l a n a la d e c i s i ó n d e u n a r b i t r o . Esta
concepción del proceso judicial c o m o c o n t i e n d a n o d e b e ser
c o n s i d e r a d a c o m o u n desarrollo posterior, c o m o u n a t r a s
posición c o n c e p t u a l , y m u c h o m e n o s c o m o u n a d e g e n e r a
2
ción, cual parece hacerlo E h r e n b e r g . Por el c o n t r a r i o , t o d o
el desarrollo p a r t e de la naturaleza agonal de la contienda ju
rídica, y este carácter de porfía lo conserva vivo hasta n u e s
tros días.
Q u i e n dice porfía dice t a m b i é n juego. Ya v i m o s antes que
no existe motivo suficiente p a r a sustraer a n i n g u n a c o m p e
tición su carácter lúdico. Lo lúdico y lo agonal, a m b o s exal
t a d o s a la esfera d e lo sagrado, q u e t o d a c o m u n i d a d reclama
para su administración de justicia, se trasluce todavía h o y en
diversas f o r m a s d e la vida j u r í d i c a . La a d m i n i s t r a c i ó n de
justicia tiene lugar en u n a corte. Esta corte es todavía, en el
pleno sentido d e la palabra, aquel í e p ó q KÚKtax;, 'el círculo
sagrado', en q u e v e m o s todavía sentados a los jueces en el es
3
c u d o d e Aquiles . Todo lugar en q u e se p r o n u n c i a justicia es
u n auténtico «témenos», un lugar sagrado, que ha sido recor
t a d o y d e s t a c a d o del m u n d o habitual. El lugar es c u i d a d o y
exorcizado. El t r i b u n a l es u n a u t é n t i c o círculo m á g i c o , un
c a m p o de juego en q u e se cancela t e m p o r a l m e n t e la diferen
cia d e r a n g o habitual e n t r e los h o m b r e s . En él se es t e m p o
r a l m e n t e inviolable. Antes d e q u e Loki iniciara su batalla de
insultos, se cercioró d e q u e el lugar d o n d e la e m p r e n d í a era
4
u n «gran c a m p o d e p a z » . La C á m a r a d e los Lores inglesa es
todavía, en el fondo, u n a corte d e justicia, lo q u e explica que
el «saco de lana», d o n d e se sienta el lord canciller, q u e nada
tiene q u e hacer allí, se considere c o m o tecnically outside the
precints of the House, 'técnicamente fuera del recinto'.
d e a z a r y t r i b u n a l se manifiesta t a n clara c o m o p u e d e d e -
searse. También la p a g a n í a preislámica c o n o c e este o r á c u l o
5
p o r la s u e r t e . Y la b a l a n z a s a g r a d a d e la Ilíada, e n la q u e
Zeus pesa, antes d e q u e e m p i e c e la batalla, la s u e r t e m o r t a l
¿acaso es diferente? «El Padre p u s o t e n s o s los d o s platillos de
o r o y colocó e n ellos las d o s suertes, la d e la m u e r t e a m a r g a
de los t r o y a n o s d o m a d o r e s d e caballos y la d e los a q u e o s d e
6
coraza de h i e r r o » .
Esta acción d e pesar es el juicio, 8iKCc£eiv, q u e Zeus cele-
bra. Las ideas d e la v o l u n t a d d e D i o s , d e la fatalidad d e la
suerte, se h a l l a n c o m p l e t a m e n t e m e z c l a d a s . La b a l a n z a d e
la justicia - p u e s d e este pasaje h o m é r i c o p r o c e d e , sin d u d a ,
el s í m b o l o - es la balanza de la incierta perspectiva de g a n a n -
cia. Ni a s o m o s hay, todavía, d e u n a victoria d e la v e r d a d éti-
ca, d e q u e el d e r e c h o pese m á s q u e la injusticia.
U n a d e las figuras del e s c u d o d e Aquiles, tal c o m o está
descrito e n el c a n t o XVIII de la Ilíada, r e p r e s e n t a u n t r i b u -
nal a c t u a n d o d e n t r o d e u n círculo s a g r a d o , en el q u e se h a -
llan s e n t a d o s los j u e c e s . En el c e n t r o del círculo h a y 5Í)0
Xpuceía TQ&avta - d o s t a l e n t o s d e o r o - p a r a el q u e p r o -
7
n u n c i e la s e n t e n c i a m á s j u s t a . Se t r a t a r í a , p o r lo t a n t o , d e
una suma de dinero aunque m á s parece que constituye un
p r e m i o o la traviesa, lo cual c o n v i e n e m e j o r a u n j u e g o d e
azar q u e a la sesión d e u n t r i b u n a l . Talanta se l l a m ó , en u n
principio, la b a l a n z a m i s m a , y a c a s o el pasaje h a b r í a d e in-
terpretarse así: el p o e t a tenía en la i m a g i n a c i ó n u n c u a d r o en
el q u e d o s c o n t r i n c a n t e s estarían s e n t a d o s a c a d a lado d e la
balanza del t r i b u n a l , es decir, d e la b a l a n z a c o r r e s p o n d i e n t e
al oráculo p o r suerte. Esta idea n o sería ya c o m p r e n d i d a m á s
tarde, y se concibió la talanta e n la significación t r a s p u e s t a ,
de dinero.
El griego 8ÍKT|, justicia, tiene t o d a u n a escala d e signifi-
caciones q u e va de lo p u r a m e n t e abstracto a lo m á s concreto.
Junto a la justicia, c o m o c o n c e p t o a b s t r a c t o , p u e d e signifi-
car t a m b i é n la p a r t e q u e c o r r e s p o n d e y la c o m p e n s a c i ó n d e
108 HOMO LUDENS
La c o n t i e n d a judicial es u n a c o m p e t i c i ó n y a m e n u d o en
la forma d e u n a carrera o d e u n a apuesta. C o n s t a n t e m e n t e se
a d e l a n t a a n u e s t r a c o n s i d e r a c i ó n el c o n c e p t o l ú d i c o d e
110 HOMO LUDENS
N o es posible p o n d e r a r e x a c t a m e n t e el e l e m e n t o a g o n a l en
la guerra auténtica. En las fases p r i m e r a s de la cultura parece
retroceder, en las l u c h a s d e las t r i b u s o d e los i n d i v i d u o s ,
ante las formas n o agonales. Saqueo, asesinato a m a n s a l v a y
caza del h o m b r e h a n estado siempre en uso, ya sea p o r causa
de h a m b r e , de temor, p o r ideas religiosas o p o r simple sed de
sangre. Pero el concepto g u e r r a se presenta c u a n d o se dife-
rencia u n e s t a d o s o l e m n e de e n e m i s t a d general de la disen-
sión individual y, e n cierto g r a d o , hasta de las c o n t i e n d a s en-
tre familias. Semejante diferenciación coloca a la g u e r r a en
la esfera sacral y t a m b i é n e n la agonal. Se c o n v i e r t e e n un
asunto sagrado, en u n m o d o de m e d i r las fuerzas y de deci-
dir el destino; en u n a palabra, es llevado a la esfera en q u e el
derecho, la suerte y el prestigio coexisten todavía indiferen-
ciados. Pero t a m b i é n p e n e t r a en la esfera del h o n o r . Se con-
vierte e n u n a i n s t i t u c i ó n s a g r a d a y, p o r lo t a n t o , investida
con t o d o el o r n a m e n t o espiritual y material de q u e d i s p o n e
la tribu. No quiere esto decir que la guerra, a p a r t i r d e e n t o n -
ces, se conduzca e n t o d o s sus aspectos según las disposicio-
nes de u n c ó d i g o del h o n o r y e n las f o r m a s d e u n a acción
cultural. La violencia brutal afirma su p o d e r . Pero la g u e r r a
es contemplada a la luz del deber y el h o n o r sagrados y, hasta
c i e r t o g r a d o , p r a c t i c a d a o j u g a d a en esta forma. Siempre
será difícil d e t e r m i n a r en q u é g r a d o u n a g u e r r a está d o m i -
nada, efectivamente, p o r aquellas ideas. Casi t o d o lo que nos
enseñan las fuentes históricas descansa en la visión literaria
de la g u e r r a , tal c o m o h a sido d e c a n t a d a p o r los c o e t á n e o s o
por gente p o s t e r i o r e n la epopeya, e n la canción o en la c r ó -
nica. Entonces interviene m u c h a bella descripción y m u c h a
ficción r o m á n t i c a o heroica. Pero sería u n e r r o r creer que
t o d o este e n n o b l e c i m i e n t o de la g u e r r a , t r a n s p o r t á n d o l a al
5. EL JUEGO Y LA GUERRA ¡25
d o m i n i o r i t u a l y m o r a l y al m u n d o estético de la fantasía n o
sea m á s q u e bella a p a r i e n c i a o v e l a d u r a de la c r u e l d a d . E n
estas representaciones de la g u e r r a c o m o u n j u e g o d e h o n o r
y v i r t u d se h a n ido e l a b o r a n d o , j u n t o c o n los c o n c e p t o s de la
caballería, l o s del d e r e c h o i n t e r n a c i o n a l , y d e a m b o s se h a
ido n u t r i e n d o el c o n c e p t o de la p u r a h u m a n i d a d .
D e s t a q u e m o s a h o r a lo agonal d e la g u e r r a , es decir, su
elemento l ú d i c o , m e d i a n t e ejemplos e s c o g i d o s d e diversas
culturas y é p o c a s . Pero, antes, i n d i q u e m o s u n a p a r t i c u l a r i -
d a d que p u e d e valer p o r t o d a u n a p r u e b a : el i d i o m a inglés
emplea todavía la expresión to wage war, literalmente ' a p o s -
tar la g u e r r a ' 'retar a c o m p e t i c i ó n de g u e r r a ' , a r r o j a n d o e n
m e d i o \&gage simbólica.
D o s e j e m p l o s p r o c e d e n t e s d e Grecia. La g u e r r a e n t r e las
dos ciudades d e Eubea, Calcis y Eretría, q u e tuvo lugar en el si-
glo v n a.C., transcurrió, según la tradición, en forma de c o m -
petición. Un convenio s o l e m n e , e n q u e se fijaban las reglas
del c o m b a t e , se d e p o s i t ó e n el t e m p l o d e A r t e m i s a . Se fija-
ban t i e m p o y lugar del e n c u e n t r o . Se p r o h i b í a n t o d a s las ar-
m a s arrojadizas c o m o la jabalina, el arco y la h o n d a , y sólo se
permitían la e s p a d a y la lanza. El o t r o ejemplo es m á s c o n o -
cido. D e s p u é s de la victoria d e Salamina los griegos m a r c h a -
ron hacia el I s t m o p a r a r e p a r t i r p r e m i o s , d e s i g n a n d o a q u í
c o m o aristeia, a aquellos q u e se h a b í a n d e s t a c a d o e n la lu-
cha. Los caudillos d e p o s i t a r o n sus votos e n el altar de Posei-
d ó n , u n voto p a r a el p r i m e r p r e m i o y o t r o p a r a el s e g u n d o .
Todos se d i e r o n el p r i m e r voto a sí m i s m o s ; p e r o el s e g u n d o
le dio la mayoría a Temístocles de suerte que éste t u v o el m a -
yor n ú m e r o . La envidia e n t r e ellos i m p i d i ó , sin e m b a r g o ,
15
que se c o n f i r m a r a esta s e n t e n c i a . C u a n d o H e r o d o t o , al re-
latar la batalla de Micala, dice q u e las islas y el H e l e s p o n t o
constituían el trofeo de la lucha - á e d A x x - e n t r e los helenos
y los persas, n o hay q u e t o m a r l o , sin d u d a , p o r algo m á s q u e
u n a m e t á f o r a c o r r i e n t e . S e g u r a m e n t e el m i s m o H e r o d o t o
tenía sus d u d a s sobre el valor del p u n t o de vista agonal en la
126 HOMO UTDENS
a elegir al d e I n g l a t e r r a d o s lugares y c u a t r o d í a s , s e g ú n su
25
d e s e o . El rey E d u a r d o le contestó q u e n o p o d í a p a s a r al
otro l a d o del Sena, p e r o q u e había estado e s p e r a n d o inútil-
mente d e s d e h a c í a tres días al e n e m i g o . E n r i q u e de Trasta-
mara a b a n d o n a en Nájera su excelente posición, c o n p r o p ó -
sito decidido de enfrentarse al e n e m i g o en c a m p o abierto, y
es d e r r o t a d o .
La forma sacral se h a c o n v e r t i d o , en estos casos, e n u n a
especie de cortesía, de j u e g o d e h o n o r caballeresco, sin p o r
ello h a b e r p e r d i d o m u c h o d e su c a r á c t e r l ú d i c o o r i g i n a l y
esencial. El interés p r e d o m i n a n t e de g a n a r la lucha frenó los
efectos d e u n a c o s t u m b r e q u e d e s c a n s a en c i r c u n s t a n c i a s
n a t u r a l e s p r i m i t i v a s y h a t e n i d o , e n ellas, p l e n a signifi-
cación.
En el m i s m o o r d e n q u e el ofrecimiento d e t i e m p o y lugar
p a r a la b a t a l l a se halla la p r e t e n s i ó n d e m a n t e n e r u n lu-
gar honorífico en el o r d e n de batalla y la exigencia de q u e el
vencedor haya d e p e r m a n e c e r tres días sobre el c a m p o d e b a -
talla. El d e r e c h o a c o m b a t i r los p r i m e r o s , q u e a veces estaba
registrado d o c u m e n t a l m e n t e o que c o r r e s p o n d í a c o m o p r i -
vilegio feudal a ciertos linajes o países, d a b a lugar e n o c a s i o -
nes a violentas d i s p u t a s q u e p o d í a n t e n e r c o n s e c u e n c i a s
sangrientas. En la famosa batalla de Nikopolis, e n el a ñ o de
1396, d o n d e u n e s c o g i d o ejército de caballeros, q u e h a b í a
acudido a las C r u z a d a s con m u c h a ostentación, fue a n i q u i -
lado p o r los t u r c o s , la o c a s i ó n d e la victoria se p e r d i ó p o r es-
tas vanas d i s p u t a s de precedencia. T a m p o c o v a m o s a discu-
tir si en esa p e r m a n e n c i a de tres días sobre el c a m p o de bata-
lla hay que r e c o n o c e r las sessio triduana d e la v i d a jurídica.
Es seguro, e n t o d o caso, q u e , c o n todas estas c o s t u m b r e s de
tipo c e r e m o n i o s o y r i t u a l , q u e se n o s t r a n s m i t e n d e s d e las
regiones m á s d i s t a n t e s , la g u e r r a manifiesta c l a r a m e n t e su
origen d e la p r i m i t i v a esfera a g o n a l , d o n d e c o e x i s t í a n i n -
d i f e r e n c i a d o s el j u e g o y la l u c h a , la j u s t i c i a y el e c h a r a
26
suertes .
130 HOMO LUDENS
El p r i m i t i v o ideal d e h o n o r y n o b l e z a , q u e a r r a i g a en la
propia m a g n i f i c a c i ó n , es r e e m p l a z a d o , e n fases c u l t u r a l e s
más avanzadas, p o r u n ideal d e justicia o, mejor dicho, este
ideal se adhiere a aquél y se convierte, a u n q u e su realización
práctica sea tan m e z q u i n a , en la n o r m a a n h e l a d a y r e c o n o
cida d e u n a c o m u n i d a d h u m a n a q u e , e n t r e t a n t o , se h a e n
s a n c h a d o desde la p u r a coexistencia d e los clanes y las t r i b u s
a u n a convivencia d e g r a n d e s p u e b l o s y Estados. El d e r e c h o
de gentes surge en la esfera agonal c o m o u n a conciencia d e
lo q u e es c o n t r a r i o al h o n o r , a las reglas. Una vez q u e se i m
p o n e u n sistema d e obligaciones i n t e r n a c i o n a l e s , m o r a l -
m e n t e f u n d a d o , ya q u e d a p o c o e s p a c i o p a r a el e l e m e n t o
agonal e n las relaciones entre los E s t a d o s . Trata d e s u b l i m a r
el instinto d e la c o m p e t i c i ó n política en u n s e n t i m i e n t o j u r í
dico. En u n a c o m u n i d a d d e E s t a d o s q u e vive d e n t r o d e u n
derecho general d e gentes r e c o n o c i d o , ya n o hay m o t i v o al
g u n o p a r a g u e r r a s agonales d e n t r o de sus d o m i n i o s . Sin e m
bargo, n o ha p e r d i d o t o d o s los caracteres d e u n a c o m u n i d a d
lúdica. Sus reglas d e i g u a l d a d j u r í d i c a recíproca, sus formas
diplomáticas, la obligación recíproca d e m a n t e n e r los t r a t a
dos y d e declarar la g u e r r a s o l e m n e m e n t e , se e q u i p a r a n , for
m a l m e n t e , a u n a regla d e j u e g o en la m e d i d a en q u e es reco
nocido el juego m i s m o , es decir, la necesidad d e u n a convi
vencia h u m a n a o r d e n a d a . Pero este j u e g o c o n s t i t u y e el
fundamento d e t o d a cultura. Tal designación p u e d e tener en
este caso sólo u n a justificación formal.
p e d i d o la i m p o r t a c i ó n de sal. I n m e d i a t a m e n t e o r d e n ó a sus
s u b d i t o s enviar a b u n d a n t e sal al e n e m i g o , escribiéndole:
28
«Yo n o lucho con la sal, sino con la e s p a d a » . U n a vez más
n o s e n c o n t r a m o s con la fidelidad a las reglas de juego.
Está fuera d e t o d a d u d a q u e este ideal d e h o n o r caballe-
resco, lealtad, valentía, d o m i n i o d e sí y conciencia del deber,
ha favorecido y e n n o b l e c i d o esencialmente las culturas que
l o c u l t i v a r o n . A u n q u e e n su m a y o r p a r t e era fantasía y fic-
ción, a u m e n t ó en la educación y en la vida pública la capaci-
d a d p e r s o n a l y levantó el nivel ético. El c u a d r o histórico de
estas formas d e c u l t u r a , tan atrayente c o m o n o s l o ofrecen
las fuentes medievales o las j a p o n e s a s , con u n a idealización
épica y r o m á n t i c a , h a c o n d u c i d o repetidas veces a ciertos es-
p í r i t u s b l a n d o s a magnificar la g u e r r a c o m o u n a fuente de
v i r t u d e s y c o n o c i m i e n t o s m á s efectiva de lo q u e es en reali-
d a d . Pero el t e m a d e la guerra, c o m o fuente d e t o d a s las rea-
lizaciones h u m a n a s , h a sido t r a t a d o hasta a h o r a u n poco
s i m p l e m e n t e . John Ruskin exageró u n t a n t o c u a n d o dijo a
los cadetes de Woolwich q u e la g u e r r a era la c o n d i c i ó n ine-
ludible d e t o d a s las p u r a s y n o b l e s artes d e la paz: «Sólo en el
s e n o d e u n a n a c i ó n d e g u e r r e r o s h a n florecido en la tierra
artes g r a n d e s . U n p u e b l o es capaz d e u n g r a n arte sólo si está
based on battle.» «En r e s u m e n : e n c o n t r é - d i c e luego jugan-
d o u n p o c o i n g e n u a m e n t e con sus ejemplos h i s t ó r i c o s - que
t o d a s las g r a n d e s n a c i o n e s a p r e n d i e r o n en la g u e r r a t o d o lo
q u e s u p i e r o n en v e r d a d d e p a l a b r a s y en agudeza d e pensa-
m i e n t o s ; q u e s a c a b a n su a l i m e n t o d e la g u e r r a y lo consu-
m í a n en la paz; q u e la g u e r r a les instruía y la p a z les engaña-
ba; q u e la g u e r r a les educaba y q u e la p a z les defraudaba; en
u n a palabra, q u e , n a c i d o s e n la g u e r r a , se c o n s u m í a n en la
paz.»
H a y u n a v i r t u d , sin d u d a , q u e h a s u r g i d o d e la esfera d e la
vida g u e r r e r a aristocrática y agonal d e los t i e m p o s p a s a d o s :
la lealtad. Es ésta la e n t r e g a a u n a p e r s o n a , cosa o idea, sin
discutir los m o t i v o s d e la entrega ni p o n e r en d u d a la p e r p e
tua vinculación. Es ésta u n a a c t i t u d q u e tiene m u c h o q u e v e r
con la n a t u r a l e z a d e l juego. N o es e x a g e r a d o colocar el ori
gen d e esta v i r t u d q u e , en su f o r m a p u r a , lo m i s m o q u e en
sus b u r d a s c o r r u p c i o n e s , h a c o n s t i t u i d o u n f e r m e n t o p o d e
roso en la historia, en la esfera del j u e g o .
En t o d o caso, u n g r a n e s p l e n d o r y u n rico acopio d e valo
res culturales h a n s u r g i d o en el t e r r e n o d e la caballería: ex
presiones épicas y líricas del c o n t e n i d o m á s n o b l e , o r n a
m e n t a c i ó n a b i g a r r a d a y caprichosa, bellas f o r m a s c e r e m o
niosas. U n a línea r e c t a c o n d u c e del caballero al honnéte
homme del siglo x v n y al gentleman m o d e r n o . El O c c i d e n t e
136 HOMO LUi>ENS
¿Adonde van las medias lunas, adonde las lunas, en unión con los
años? ¿Adonde las estaciones? ¡Dime sus skatnbhaP ¿Para llegar adon-
de se apresuran juntas las dos vírgenes de diferente figura, día y noche?
¿Para llegar adonde se apresuran las aguas?
¿Por qué no descansa nunca el viento, por qué no descansa el espíritu? ¿Por
6
qué nunca se paran las aguas, en busca de la verdad, nunca jamás? .
El e n i g m a m u e s t r a su c a r á c t e r s a g r a d o , es decir, p e l i g r o -
so, y a q u e en los textos m i t o l ó g i c o s o r i t u a l e s se p r e s e n t a ,
casi s i e m p r e , c o m o e n i g m a m o r t a l , es decir, c o m o u n p r o -
b l e m a en q u e va c o m p r o m e t i d a la vida. Lo q u e se apuesta, lo
q u e se j u e g a es la v i d a . A este r a s g o c o r r e s p o n d e q u e pase
c o m o sabiduría s u p r e m a el hacer u n a p r e g u n t a a la q u e na-
die p u e d a contestar. A m b a s cosas se e n c u e n t r a n r e u n i d a s en
el viejo relato h i n d ú del rey Janaka, q u e ofreció mil vacas de
p r e m i o p a r a u n c e r t a m e n teológico entre los b r a h m a n e s que
13
asistían a su fiesta sacrificatoria . El sabio Yajñavalkya, p o r
a d e l a n t a d o , m a n d a a p a r t a r las vacas p a r a sí, y vence brillan-
t e m e n t e , e n seguida, a t o d o s sus c o n t r i n c a n t e s . C u a n d o u n o
de éstos, Vidagha Sakalya, n o p u e d e contestar a u n a p r e g u n -
ta, se le d e s p r e n d e d e p r o n t o la c a b e z a del t r o n c o , lo que
d e b e ser u n a figuración típica del m o t i v o d e que, al n o con-
testar, se juega u n o la cabeza. C u a n d o , al final, n a d i e m á s se
atreve a plantear u n a p r e g u n t a , Yajñavalkya exclama t r i u n -
fante: « H o n o r a b l e s b r a h m a n e s : q u i e n d e v o s o t r o s lo desee,
q u e m e p r e g u n t e , o p r e g u n t a d t o d o s , o al q u e q u i e r a q u e le
p r e g u n t e , le p r e g u n t a r é , o p r e g u n t a r é a t o d o s » .
una cierta s e p a r a c i ó n e n t r e a m b o s c a m p o s , q u e n o s o t r o s
distinguimos c o m o «lo serio» y lo que es «de juego» y q u e en
una fase p r i m a r i a constituyen un ámbito espiritual único de
donde surge la cultura.
El e n i g m a , o de u n a m a n e r a m á s general, la c u e s t i ó n
planteada, c o n t i n ú a siendo, prescindiendo de su acción m á -
gica, u n i m p o r t a n t e elemento agonal de las relaciones socia-
les. C o m o juego de sociedad se adapta a t o d a clase de esque-
mas literarios y de formas rítmicas, por ejemplo, preguntas
encadenadas en que se van e n l a z a n d o las cuestiones, o pre-
guntas acerca de lo que excede a o t r a cosa, c o m o , p o r ejem-
plo, ¿qué h a y m á s dulce q u e la miel?, etc. Los griegos e r a n
muy aficionados al juego de aportas en sociedad, es decir, de
preguntas q u e n o tienen n i n g u n a respuesta t e r m i n a n t e . Pu-
diera considerarse c o m o u n a forma debilitada de los enig-
mas m o r t a l e s . A través del juego se trasluce todavía la fatal
intervención de la esfinge. En principio, lo que se juega es la
vida, ésta es la «puesta». Un ejemplo típico de en qué forma
la t r a d i c i ó n p o s t e r i o r h a e l a b o r a d o el m o t i v o del e n i g m a
mortal, de suerte que se ve m á s claro todavía el trasfondo sa-
cral, nos lo ofrece la historia del e n c u e n t r o de Alejandro con
los gimnosofistas de la India. Luego de c o n q u i s t a r u n a ciu-
dad que se había resistido m a n d a llamar a los diez sabios que
aconsejaron la resistencia. Q u i e r e plantearles cuestiones in-
solubles. Q u i e n p e o r conteste m o r i r á el p r i m e r o . U n o de
ellos juzgará sobre esto. Si su juicio es b u e n o , salvará la vida.
Las preguntas tienen, en su m a y o r p a r t e , el carácter de dile-
mas cosmológicos, variantes j u g u e t o n a s de los e n i g m a s sa-
grados de los h i m n o s védicos. ¿Quiénes son más, los vivos o
los m u e r t o s ? ¿Qué es mayor, el m a r o la tierra? ¿Quién fue
antes, el día o la noche? Las respuestas que se o b t i e n e n d e -
muestran, m á s bien, habilidad lógica que sabiduría mística.
C u a n d o , al final, el arbitro r e s p o n d e a la p r e g u n t a de quién
ha sido el p e o r diciendo: «siempre u n o p e o r que el otro», ha
1 5
hecho fracasar t o d o el plan y ya n a d i e p u e d e ser m u e r t o .
¡46 HOMO LUDENS
Al g é n e r o d e e s t o s c u e s t i o n a r i o s religiosos p e r t e n e c e ,
t a m b i é n , el t r a t a d o Gylfaginning, del Edda, d e Snorri. G a n -
gleri comienza la conversación con Har en forma d e apuesta,
después de h a b e r a t r a í d o la atención del rey Gylfi h a c i e n d o
m a l a b a r i s m o s con siete e s p a d a s .
Tránsitos graduales n o s llevan d e la competición e n i g m á -
tica s a g r a d a acerca del o r i g e n d e las cosas y d e la c o m p e t i -
ción p o r p r e g u n t a s capciosas s o b r e el honor, la vida, los bie-
nes, a las conversaciones teológico-políticas. La m i s m a d i -
rección r e p r e s e n t a n o t r a s f o r m a s dialogales c o m o las
letanías y el catecismo d e u n a religión. D o n d e mejor resalta
lo i n t r i n c a d o de las diversas formas es en el Avesta, en el q u e
se e x p o n e la d o c t r i n a , p r i n c i p a l m e n t e , en u n c a m b i o d e p r e -
g u n t a s y r e s p u e s t a s e n t r e Z a r a t u s t r a y A h u r a M a z d a . El
Yasna, texto litúrgico p a r a los sacrificios, c o n t i e n e todavía
m u c h o s rasgos d e u n a f o r m a lúdica p r i m i t i v a . C u e s t i o n e s
teológicas típicas sobre la d o c t r i n a , la t r a n s m i g r a c i ó n y el ri-
tual, se mezclan c o n s t a n t e m e n t e con preguntas c o s m o g ó n i -
18
cas c o m o , p o r ejemplo, en el Yasna 4 4 . C a d a verso c o m i e n -
za c o n las p a l a b r a s d e Z a r a t u s t r a : «Y a h o r a os p r e g u n t o y
m e responderéis, ¡oh Ahura!», y vienen a c o n t i n u a c i ó n p r e -
guntas alternadas q u e c o m i e n z a n : «¿Quién es el que...» y «Si
nosotros...». «¿Quién sostiene a la tierra, p o r debajo, y a la at-
mósfera, p a r a q u e n o se caigan? ¿Quién d i o v e l o c i d a d al
v i e n t o y a las nubes? ¿Quién c r e ó la b e n d i t a luz y las t i n i e -
blas, el s u e ñ o y la vigilia?» Y hacia el final viene la s o r p r e n -
d e n t e p r e g u n t a q u e n o s delata q u e n o s hallamos en presen-
cia de las supervivencias d e u n a vieja competición e n i g m á t i -
ca: «Y a h o r a o s p r e g u n t o . . . si voy a ganar el p r e m i o , diez
yeguas y un p o t r o o camello q u e , ¡oh Mazda!, se m e ha p r o -
metido.» Las p r e g u n t a s p u r a m e n t e catequísticas se refieren
al origen y al g é n e r o de la p i e d a d , a la diferencia entre el bien
y el m a l , t o d a u n a serie d e p r e g u n t a s sobre p u r e z a , lucha
contra los malos espíritus, etcétera. En verdad, el predicador
suizo que, en el país y en el siglo d e Pestalozzi, bautizó su ca-
6. EL I U E G O Y EL SABER 149
í
154 HOMO LUDENS
m á s q u e la d e B o e r o e , lo m i s m o en c o m ú n q u e a solas y, a
m e n u d o , en el trabajo. C u a n d o los h o m b r e s están en la c o p a
d e los cocoteros e x t r a y e n d o la savia, c a n t a n , en p a r t e , s o m -
brías canciones q u e j u m b r o s a s y, en p a r t e , canciones burles-
cas a costa d e u n c a m a r a d a q u e se halla en el árbol p r ó x i m o .
A veces, estas canciones derivan en u n áspero d u e l o musical
q u e antes solía o c a s i o n a r h e r i d a s y asesinatos. T o d o s los
cantos se c o m p o n e n d e d o s versos, q u e se d i s t i n g u e n c o m o
«tronco y copa», p e r o d o n d e ya n o se reconoce, o a p e n a s , el
e s q u e m a d e la p r e g u n t a y respuesta. Lo q u e c a r a c t e r i z a a
esta poesía d e las Babar es q u e el efecto se busca m á s en la va-
riación j u g u e t o n a del m o d o de cantar q u e en el j u e g o con el
sentido d e las palabras y con su s o n i d o .
El pantun malayo, estrofas d e c u a t r o versos con r i m a c r u -
zada, en la q u e los d o s p r i m e r o s versos evocan u n a i m a g e n o
constatan u n h e c h o y los dos ú l t i m o s se les e n l a z a n p o r u n a
r e m o t a referencia, m u e s t r a t o d o s los rasgos d e u n jeu d'es-
prit. La voz pantun significa, h a s t a el siglo x v i , alegría o re-
frán y, en s e g u n d o t é r m i n o , estrofa d e c u a t r o versos. El verso
final se llama en javanés djawab, respuesta, solución. El pan-
tun h a sido, s e g u r a m e n t e , u n t e m a lúdico antes de convertir-
se en u n a forma poética fija. El núcleo d e la solución se halla
6
en ese enlace r e m o t o p o r la sugestión s o n o r a de la r i m a .
M u y cerca se halla, sin d u d a , la f o r m a p o é t i c a j a p o n e s a
d e n o m i n a d a c o r r i e n t e m e n t e haikai, q u e en su f o r m a actual
es u n p e q u e ñ o p o e m a de tres versos de cinco, siete y cinco sí-
labas, respectivamente, casi siempre expresión de u n a tierna
i m p r e s i ó n d e la vida d e las p l a n t a s o d e los a n i m a l e s , d e la
naturaleza o d e los h o m b r e s , a veces c a r g a d a d e cierta m e -
lancolía y o t r a s con rasgos d e h u m o r ligero. H e a q u í u n o s
ejemplos:
¡Cuántas cosas
hay e n m i corazón! ¡Déjalas mecerse
con el m u r m u l l o d e los sauces!
7. JUEGO Y POESlA 159
12
p r e s e n t a r . H e aquí, t a m b i é n , u n a diplomacia en forma d e
juego.
Toda u n a serie d e c o n o c i m i e n t o s p r á c t i c o s llega al h o m -
b r e en esta f o r m a d e p r e g u n t a s y r e s p u e s t a s . U n a m u c h a -
c h a ha d a d o su sí. Los n o v i o s q u i e r e n p o n e r u n a t i e n d a . El
j o v e n le r u e g a q u e e n u m e r e t o d a s las m e d i c i n a s . D e a q u í se
sigue t o d a u n a r e c i t a c i ó n s o b r e la m e d i c i n a . D e la m i s m a
m a n e r a se d a r á a c o n o c e r el cálculo, el c o n o c i m i e n t o d e a r -
t í c u l o s p a r a vender, el uso del c a l e n d a r i o p a r a la l a b r a n z a .
O t r a s veces s o n m e r o s acertijos c o n los q u e los a m a n t e s se
p o n e n a p r u e b a m u t u a m e n t e , o b i e n a s u n t o s literarios. Ya
i n d i c a m o s a n t e s q u e la f o r m a del c a t e c i s m o se e n l a z a d i -
r e c t a m e n t e con el j u e g o d e e n i g m a s . Y éste es t a m b i é n el
c a s o con la forma d e e x á m e n e s q u e , en la sociedad del Leja-
n o O r i e n t e , d e s e m p e ñ a u n papel t a n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e
importante.
En las c u l t u r a s a v a n z a d a s se ha c o n s e r v a d o m u c h o t i e m p o
u n a situación en la q u e la forma poética, q u e está m u y lejos
d e ser c o n c e b i d a c o m o m e r a satisfacción estética, sirve de
expresión p a r a t o d o aquello q u e es i m p o r t a n t e o necesario
p a r a la v i d a d e la c o m u n i d a d . Por t o d a s p a r t e s la forma p o é -
tica precede a la prosa literaria. Todo lo q u e es santo o solem-
n e se dice en forma poética. N o sólo los h i m n o s y las senten-
cias, sino hasta t r a t a d o s m i n u c i o s o s se r e d a c t a n en estrofas
m é t r i c a s , c o m o , p o r ejemplo, los viejos m a n u a l e s h i n d ú e s
s u t r a s y sastras, y los viejos testimonios q u e c o n s e r v a m o s de
la ciencia griega. Empédocles d a su filosofía en u n p o e m a y
Lucrecio le sigue en esto. Sólo en p a r t e p u e d e ser explicación
d e la presencia d e esta forma métrica en casi t o d a s las viejas
d o c t r i n a s el m o t i v o d e utilidad según el cual la sociedad que
carece d e libros conserva mejor en la m e m o r i a los textos ri-
m a d o s . Lo p r i n c i p a l es q u e la vida, en la fase arcaica d e la
c u l t u r a , está construida, p o r decirlo así, en forma r i m a d a y
7. JUEGO Y POESÍA 163
estrófica. El p o e m a es la f o r m a n a t u r a l d e e x p r e s i ó n en
c u a n t o se trata de cosas elevadas. En el Japón, hasta la revo-
lución d e 1868, el núcleo de los d o c u m e n t o s oficiales m á s se-
rios se redactaba en forma p o é t i c a . La historia del d e r e c h o
ha dedicado especial atención a los vestigios poéticos del de-
recho en suelo g e r m á n i c o . Es m u y c o n o c i d o el pasaje del vie-
13
jo d e r e c h o f r i s ó n d o n d e u n a disposición acerca d e la nece-
sidad de v e n d e r la herencia d e u n h u é r f a n o se explica en líri-
ca aliteración:
En c u a l q u i e r f o r m a q u e el m i t o n o s h a y a l l e g a d o a n o s o -
t r o s es, s i e m p r e , p o e s í a . En f o r m a p o é t i c a y c o n los r e c u r -
sos d e la t a b u l a c i ó n ofrece u n r e l a t o d e c o s a s q u e se r e -
p r e s e n t a n c o m o o c u r r i d a s . P u e d e ser, m u y b i e n , q u e el
m i t o se eleve, j u g a n d o , a u n a s a l t u r a s d o n d e n o le p u e d e
seguir la r a z ó n .
Las fronteras entre lo concebible y lo inconcebible las tra-
za el espíritu h u m a n o m u y p o c o a p o c o , p a r a l e l a m e n t e con
el desarrollo d e la cultura. Para el salvaje, con su l i m i t a d o or-
den lógico del m u n d o , t o d o es posible. El m i t o , con t o d o s sus
a b s u r d o s y e n o r m i d a d e s , con t o d a s sus desaforadas exage-
r a c i o n e s y c o n t o d a la confusión d e relaciones, con su d e s -
p r e o c u p a d a i n c o n s e c u e n c i a y sus j u g u e t o n a s variantes, n o
le c h o c a n u n c a al p r i m i t i v o c o m o algo imposible. P e r o p u -
diera u n o p r e g u n t a r s e si n o será t a m b i é n q u e , p a r a el salvaje,
se u n e desde u n p r i n c i p i o a su creencia en los m i t o s m á s sa-
g r a d o s u n c i e r t o e l e m e n t o d e c o n c e p c i ó n h u m o r í s t i c a . Lo
m i s m o q u e la poesía, el m i t o surge e n la esfera del j u e g o , y la
fe salvaje, lo m i s m o q u e t o d a su vida, se halla, m á s d e su m i -
tad, en la esfera del juego.
Tan p r o n t o c o m o el m i t o se h a c o n v e r t i d o en literatura, es
decir, q u e es conllevado p o r u n a c u l t u r a e n f o r m a fija y tra-
dicional, h a b i é n d o s e desvinculado d e la esfera de fabuiación
del salvaje, en ese m i s m o m o m e n t o se s o m e t e a la diferencia
entre lo serio y lo lúdico. C o m o es s a g r a d o tiene q u e ser se-
rio. Pero sigue h a b l a n d o la lengua del salvaje. Semejante len-
gua se expresa en r e p r e s e n t a c i o n e s plásticas a las q u e n o se
p u e d e aplicar, todavía, la antítesis j u e g o - s e r i o . E s t a m o s ya
tan familiarizados con las fabulaciones d e la mitología grie-
¡66 HOMO LUPENS
ga y t a n d i s p u e s t o s a c o n s i d e r a r , j u n t o a ellas, con a d m i r a -
ción r o m á n t i c a , las d e los Edda, q u e p r o p e n d e m o s , casi
s i e m p r e , a o l v i d a r en q u é m e d i d a reina en ellos el e l e m e n -
t o b á r b a r o . Sólo e n c o n t a c t o con los viejos m i t o s d e la In-
dia, q u e e s t á n m á s lejos d e n u e s t r o c o r a z ó n , y con las b á r -
b a r a s f a n t a s m a g o r í a s q u e los e t n ó l o g o s n o s a p o r t a n d e t o -
d a s las p a r t e s d e l m u n d o , l l e g a m o s a s u p o n e r q u e las
fabulaciones d e a q u e l l a s d o s p r i m e r a s m i t o l o g í a s a p e n a s
se d i f e r e n c i a n e n su c a l i d a d lógica y estética, p a r a n o h a -
b l a r d e la ética, d e las d e s e n f r e n a d a s fantasías a f r i c a n a s ,
a m e r i c a n a s o a u s t r a l i a n a s i n c o r p o r a d a s en sus m i t o s . Me-
d i d a s con n u e s t r o c r i t e r i o , q u e n o p u e d e decir, n a t u r a l -
m e n t e , la ú l t i m a p a l a b r a , s o n , p o r lo g e n e r a l , tan faltas d e
estilo, i n c o n g r u e n t e s y d e m a l g u s t o las p r i m e r a s c o m o las
ú l t i m a s . Las a v e n t u r a s d e H e r m e s s u p o n e n u n lenguaje
t a n b á r b a r o y p r i m i t i v o c o m o las d e O d í n o las d e T h o r .
N o c a b e d u d a q u e las f a b u l a c i o n e s m i t o l ó g i c a s n o c o n -
c u e r d a n ya c o n el nivel e s p i r i t u a l del p e r í o d o q u e n o s las
t r a n s m i t e en su f o r m a t r a d i c i o n a l . De a q u í en a d e l a n t e , el
m i t o , p a r a p o d e r s e r c o n s e r v a d o c o n el h o n o r d e u n ele-
m e n t o s a g r a d o d e la c u l t u r a , o t i e n e q u e ser i n t e r p r e t a d o
místicamente o cultivado p u r a m e n t e c o m o literatura. A m e -
d i d a q u e el e l e m e n t o d e c r e e n c i a d e s a p a r e c e del m i t o , va
r e s o n a n d o el t o n o l ú d i c o q u e le era p e c u l i a r e n su p r i n -
cipio. Ya H o m e r o n o m e r e c e fe. Sin e m b a r g o , el m i t o c o m o
f o r m a p o é t i c a d e e x p r e s i ó n d e lo d i v i n o c o n s e r v a , aun
después de haber p e r d i d o su valor c o m o reproducción
a d e c u a d a d e lo a l u d i d o , u n a i m p o r t a n t e f u n c i ó n fuera d e
lo estético, a saber, u n a f u n c i ó n litúrgica. Lo m i s m o Aris-
tóteles q u e P l a t ó n d e c a n t a n el n ú c l e o m á s h o n d o d e su
p e n s a m i e n t o filosófico e n f o r m a m í t i c a . En P l a t ó n t e n e -
m o s el m i t o del a l m a , e n Aristóteles la i d e a d e l a m o r d e las
cosas al m o t o r m ó v i l del m u n d o .
t a r d í a s d e m í t i c a s c o n c e p c i o n e s h e r o i c a s . Por el c o n t r a r i o ,
p o r su falta d e e s t i l o p e r t e n e c e n , d e s d e u n p r i n c i p i o , al
mito.
d a d del h é r o e . N o es r e c o n o c i d o c o m o lo q u e es, p o r q u e
oculta su naturaleza o la desconoce, o p o r q u e cambia o p u e
d e c a m b i a r s u figura. En u n a p a l a b r a , el h é r o e lleva u n a
máscara, se p r e s e n t a disfrazado, encierra e n sí u n misterio.
De nuevo e s t a m o s m u y cerca del á m b i t o del viejo juego sa
g r a d o , del ser escondido q u e se revela a los iniciados.
C o m o u n a c o m p e t i c i ó n q u e casi siempre se verifica con el
p r o p ó s i t o d e s u p e r a r a u n rival, a p e n a s si p o d e m o s distin
g u i r la p o e s í a arcaica d e la lucha con e n i g m a s místicos o
alambicados. Así c o m o la competición enigmática da origen
a la sapiencia, así el c e r t a m e n poético origina la bella pala
bra. A m b o s s o n d o m i n a d o s por u n sistema d e reglas d e jue
go q u e condiciona los conceptos artísticos y los símbolos, ya
sean sagrados o solamente poéticos; la mayoría d e las veces
son a m b a s cosas. La competición enigmática y la poesía su
p o n e n u n círculo d e iniciados q u e e n t i e n d e n el lenguaje es
pecial q u e se habla. La validez del resultado d e p e n d e , en a m
b o s casos, d e q u e c o n c u e r d e o n o con las reglas d e juego. Es
p o e t a q u i e n p u e d e hablar el lenguaje artístico. El lenguaje
poético se distingue del lenguaje corriente p o r q u e se expresa
d e l i b e r a d a m e n t e e n d e t e r m i n a d a s i m á g e n e s q u e n o t o d o el
m u n d o e n t i e n d e . Todo hablar es u n expresarse en imágenes.
El a b i s m o e n t r e la existencia objetiva y el c o m p r e n d e r n o
p u e d e zanjarse sino con la chispa d e lo figurado. El concepto
encapsulado e n palabras tiene q u e ser s i e m p r e i n a d e c u a d o a
la fluencia d e la corriente vital. La palabra figurada c u b r e las
cosas con la e x p r e s i ó n y las t r a n s p a r e n t a con los rayos del
c o n c e p t o . M i e n t r a s q u e el lenguaje d e la v i d a o r d i n a r i a , en
su calidad d e i n s t r u m e n t o práctico y m a n u a l , va desgastan
d o c o n t i n u a m e n t e el aspecto imaginativo d e t o d a s las pala
b r a s y s u p o n e u n a a u t o n o m í a en a p a r i e n c i a e s t r i c t a m e n t e
lógica, la poesía cultiva d e l i b e r a d a m e n t e el carácter figura
do del lenguaje.
174
8. PAPEL DE LA FIGURACIÓN POÉTICA ¡75
P o d r í a s e n t a r s e la a f i r m a c i ó n d e q u e la m e j o r m a n e r a d e
c o m p r e n d e r el factor t h e r i o m ó r f i c o e n el culto, e n la m i t o -
logía y e n la d o c t r i n a religiosa es p a r t i e n d o d e la a c t i t u d
lúdica.
Una cuestión todavía más p e n e t r a n t e q u e origina la con-
sideración d e la personificación y la alegoría: ¿es q u e la filo-
sofía y la psicología actuales h a n renunciado por completo al
m e d i o d e expresión alegórico? ¿O n o se esconde, en ocasio-
nes, en la terminología con que se designan los impulsos psi-
cológicos y las actitudes espirituales, la primitiva alegoría?
¿Es q u e existe algún lenguaje abstracto sin alegoría?
c o m o p e q u e ñ o s c a r b o n e s e n c e n d i d o s . V i s v a m i t r a se m a n -
tiene d u r a n t e mil a ñ o s sobre los d e d o s d e los pies. Este as-
pecto del jugar con medidas o cifras d e s p r o p o r c i o n a d a s co-
r r e s p o n d e a u n a b u e n a p a r t e d e t o d a s las figuras d e gigantes
y g n o m o s , desde el m i t o hasta Gulliver. T h o r y sus c o m p a ñ e -
ros e n c u e n t r a n j u n t o a u n gran d o r m i t o r i o u n a habitación
en d o n d e p a s a n la n o c h e . A la m a ñ a n a siguiente resulta q u e
12
era el d e d o pulgar del g u a n t e del g i g a n t e S k r y m i r . Esta
t e n d e n c i a a p r o d u c i r u n efecto s o r p r e n d e n t e m e d i a n t e la
exageración d e s m e s u r a d a o mediante la confusión d e t o d a s
las p r o p o r c i o n e s o relaciones n o debe ser considerada c o m o
algo totalmente serio, ya sea que la e n c o n t r e m o s en el mito,
que constituye u n a parte d e u n sistema d e fe, o en creaciones
fantásticas p u r a m e n t e literarias o infantiles. En t o d o s estos
casos n o s hallamos en presencia del m i s m o i m p u l s o lúdico
del espíritu. Solemos figurarnos la fe d e los h o m b r e s arcai-
cos en los mitos q u e su espíritu creó con criterios d e m a s i a -
d o c e r c a n o s a n u e s t r a s m o d e r n a s convicciones científicas,
filosóficas o d o g m á t i c a s . No es posible s e p a r a r del auténtico
m i t o u n e l e m e n t o d e « m e d i o en b r o m a » . Siempre existe
aquella p a r t e del p o e m a que p r o d u c e a s o m b r o , de q u e habla
13
P l a t ó n . En la necesidad p o r lo s o r p r e n d e n t e , lo exorbitan-
te, se halla en b u e n a p a r t e , la explicación d e la figuración
mítica.
Si la poesía en el sentido amplio d e la palabra original, la
griega TtoínoK;, se eleva constantemente al d o m i n i o del j u e -
go, n o p o r eso se conserva siempre la conciencia d e su carác-
ter lúdico. La e p o p e y a p i e r d e su v í n c u l o con el j u e g o en
c u a n t o n o se recita ante la sociedad en fiesta y se destina a la
simple lectura. T a m p o c o la lírica se c o m p r e n d e a p e n a s
c o m o función lúdica c u a n d o ha p e r d i d o su c o n t a c t o con la
música. Sólo el d r a m a , p o r el h e c h o de c o n s e r v a r idéntica su
cualidad d e ser u n a acción, m a n t i e n e u n a c o n e x i ó n firme
con el juego. También el lenguaje refleja esta estrecha cone-
xión, s o b r e t o d o el i d i o m a latino y t o d o s aquellos otros q u e
184 HOMO LUDENS
¡87
188 HOMO LUDENS
10
refiere al arte d e los s o f i s t a s . Sus p r e g u n t a s y a r g u m e n t o s ,
sin e m b a r g o , son problemata en este s e n t i d o p r o p i o . Juegos
en los q u e t r a b a j a b a la inteligencia y se t r a t a b a d e coger al
contrario con preguntas capciosas tenían gran aceptación
en la conversación d e los griegos. Los diversos tipos d e pre-
g u n t a s capciosas se d i s p u s i e r o n en u n sistema con diversos
nombres técnicos, c o m o sorites, apophaskon, outis, pseudome-
nos, antistrephon, etc. Un discípulo de Aristóteles, Clearco, es-
cribió u n a teoría d e los e n i g m a s del t i p o l l a m a d o griphos,
es decir, u n a p r e g u n t a q u e se hace en b r o m a p a r a p r e m i o o
castigo. «¿Qué es lo m i s m o p o r t o d a s p a r t e s y en n i n g u n a
parte? El tiempo.» «Lo que y o soy tú n o eres. Yo soy u n h o m -
bre. Luego tú n o eres u n h o m b r e . » Éste era el griphos al q u e
parece h a b e r contestado Diógenes: «Si quieres q u e esto sea
cierto, entonces empieza p o r m í " . » Crisipo escribió t o d o un
t r a t a d o acerca d e d e t e r m i n a d o s sofismas. Todas estas pre-
g u n t a s capciosas descansan en la condición d e q u e el c a m p o
de la validez lógica se limita tácitamente a un c a m p o d e j u e -
go en el q u e s u p o n e q u e t a m b i é n el c o n t r a r i o se m a n t i e n e ,
sin o p o n e r u n «sí, pero...» q u e estropea el juego, c o m o hizo
Diógenes. Estas p r e g u n t a s p u e d e n presentarse en forma ar-
tística, c o n r i t m o , repetición, paralelismo, etc.
Entre estos «jugueteos», l o s artificiosos d i s c u r s o s d e los
sofistas, y la porfía filosófica socrática, la transición es m u y
suave. El sofisma está m u y cerca del e n i g m a corriente, pre-
sentado a título d e b r o m a , p e r o t a m b i é n m u y cerca d e los sa-
grados enigmas cosmológicos. E u t i d e m o juega, u n a vez, con
12
u n sofisma b a s t a n t e infantil del t i p o l ó g i c o - g r a m a t i c a l ,
p e r o en seguida su p r e g u n t a roza c o n los e n i g m a s c o s m o l ó -
13
gicos y e p i s t e m o l ó g i c o s . Las p r o f u n d a s expresiones d e la
primitiva filosofía griega, c o m o esta conclusión d e los elea-
tas: «No existe n i n g u n a d i v e r s i d a d , n i n g ú n m o v i m i e n t o ,
n i n g ú n devenir», h a n s u r g i d o en la f o r m a de u n j u e g o de
p r e g u n t a s y r e s p u e s t a s . De u n a c o n c l u s i ó n t a n a b s t r a c t a
c o m o esa q u e c o n d u c e a la imposibilidad d e cualquier juicio
9. FORMAS I.ÜDICAS DE LA FILOSOFÍA 191
-
generalizado! , se tuvo conciencia en la forma superficial del
sorites, p r e g u n t a s e n c a d e n a d a s . « C u a n d o se vierte u n a fane-
ga de g r a n o s , ¿hace r u i d o el p r i m e r g r a n o ? N o . ¿Entonces, el
segundo?», etc.
Los m i s m o s g r i e g o s s u p i e r o n s i e m p r e en q u é g r a d o se
m o v í a n , c o n t o d o esto, e n la esfera del juego. En el Eutidemo
c o n d e n a Sócrates las falacias sofísticas c o m o u n j u g a r con
frases. «Con estas m a n e r a s , dice, n a d a se a p r e n d e acerca de
la naturaleza d e las cosas m i s m a s , sino tan sólo a burlarse d e
los h o m b r e s c o n sutilezas; algo p a r e c i d o a u n a zancadilla o a
retirar la silla a tiempo.» « C u a n d o decís q u e queréis hacer d e
este m u c h a c h o u n h o m b r e serio ¿estáis j u g a n d o o habláis en
serio? .» E n el Sofista Teetetes t i e n e q u e r e c o n o c e r al foras-
14
25
deseo d e ser h o n r a d o s . «Pues ésta es la verdad, - d i c e Cali-
26
cles en el Gorgias- , y lo c o m p r e n d e r é i s en c u a n t o dejéis en
p a z a la filosofía p a r a atender a cosas mayores. Porque la fi-
losofía es u n a cosa amable c u a n d o se la practica con m o d e -
ración en los a ñ o s juveniles, p e r o es la p e r d i c i ó n p a r a el
h o m b r e si se entrega a ella m á s d e lo q u e es conveniente.»
Los h o m b r e s q u e colocaron p a r a la posteridad los funda-
m e n t o s i m p e r e c e d e r o s del saber y la filosofía la considera-
r o n c o m o u n j u e g o d e j u v e n t u d . Y p a r a s e ñ a l a r a t o d a s las
épocas los vicios de los sofistas, sus defectos lógicos y éticos,
n o r e h u s ó Platón la m a n e r a ligera d e los sueltos diálogos.
Porque también p a r a él, a pesar d e su h o n d u r a , siguió sien-
d o la filosofía u n noble juego. Y si no sólo Platón, sino t a m -
bién Aristóteles c o n s i d e r ó d i g n o d e u n esfuerzo luchar e n
serio c o n t r a los sofismas y juegos d e palabras d e los sofistas,
ello se d e b i ó a q u e su p r o p i o p e n s a m i e n t o filosófico n o se
había librado todavía d e la esfera del juego. ¿Es q u e se libra
la filosofía alguna vez?
La sucesión d e las etapas d e la filosofía se p u e d e conside-
rar, a g r a n d e s rasgos, d e este m o d o : en el t i e m p o p r i m i t i v o
surge del juego s a g r a d o d e los e n i g m a s y d e las p u g n a s ver-
bales, q u e cumplen, a la vez, con la función d e la diversión en
la fiesta. Por el lado d e lo sagrado surge la teosofía y la filoso-
fía de los Upanishads y d e los presocráticos y, p o r el lado lú-
dico, el oficio d e los sofistas. A m b a s esferas n o están total-
mente separadas. Platón practica la filosofía c o m o el e m p e -
ño m á s noble p o r la verdad, llevándola a alturas q u e él sólo
puede alcanzar, p e r o siempre en la forma ligera q u e consti-
tuye su elemento. Pero, al m i s m o t i e m p o , florece en las for-
mas inferiores d e la falacia, j u e g o de agudezas, sofística y re-
tórica. En el m u n d o helénico el factor agonal es t a n fuerte
que la retórica p u d o e x p a n d i r s e a costa d e la p u r a filosofía,
relegándola y hasta a m e n a z á n d o l a en su vida c o m o cultura
de las amplias m a s a s . Gorgias, q u e volvió las espaldas al sa-
ber p r o f u n d o p a r a exaltar el brillante p o d e r d e la palabra y
194 HOMO LUDENS
a b u s a r d e él, es el t i p o d e esta d e g e n e r a c i ó n de la e d u c a c i ó n
elevada. La porfía llevada al e x t r e m o y la d e s v i a c i ó n esco
lástica d e la o c u p a c i ó n filosófica fueron m a n o a m a n o . N o
es la ú n i c a vez en q u e u n a é p o c a q u e busca el sentido d e las
cosas es sustituida p o r o t r a q u e se c o n t e n t a con la p a l a b r a y
lo f o r m a l .
N o q u e r e m o s a b o r d a r la p r o f u n d a c u e s t i ó n d e en q u é m e d i -
d a los m e d i o s de n u e s t r a r a z ó n tienen, en esencia, el carác-
ter d e reglas d e j u e g o , es decir, c o n validez ú n i c a m e n t e d e n -
t r o d e ciertos m a r c o s espirituales d o n d e se reconoce su va-
lor v i n c u l a t o r i o . ¿Acaso n o hay e n la lógica, en general, y en
el silogismo, en particular, c o m o u n convenio tácito p a r a ad-
m i t i r la validez d e los t é r m i n o s y d e los conceptos, c o m o se
a d m i t e la d e las figuras y los c a m p o s en u n t a b l e r o d e aje-
drez? Q u e d e la c u e s t i ó n p a r a o t r o s . N o s o t r o s t r a t a m o s ú n i -
c a m e n t e d e a l u d i r a la efectiva c u a l i d a d lúdica d e las d i s p u -
tas y declamaciones en épocas q u e siguen a l a cultura griega.
No es m e n e s t e r g r a n detalle, p o r q u e el f e n ó m e n o se presenta
siempre con f o r m a s h o m o g é n e a s y, p o r o t r a p a r t e , en s u d e -
sarrollo d e n t r o d e la cultura occidental, d e p e n d e n , en g r a n
m e d i d a , del m o d e l o griego.
196 HOMO LUDENS
c o n t r i n c a n t e h a b e r d i c h o q u e la m a t e m á t i c a es u n a p a r t e de
32
la física .
En realidad, G e r b e t h a b í a n o m b r a d o a la matemática del
m i s m o m o d o y al m i s m o t i e m p o q u e la física.
Valdría la p e n a investigar si e n el l l a m a d o r e n a c i m i e n t o
carolingio, es decir, aquella práctica p o m p o s a de erudición,
poesía y d e v o c i ó n , e n la q u e los p a r t i c i p a n t e s se a d o r n a n
con n o m b r e s clásicos y bíblicos - A l c u i n o c o m o H o r a c i o ,
Angilberto como H o m e r o y Carlomagno c o m o David- n o
será lo esencial el e l e m e n t o l ú d i c o . La c u l t u r a c o r t e s a n a es
especialmente receptiva p a r a la forma lúdica. Existe u n
círculo p e q u e ñ o y c e r r a d o y el m i s m o respeto p o r la majes-
t a d obliga al m a n t e n i m i e n t o de t o d a clase de reglas y ficcio-
nes. En la Academia Palatina C a r l o m a g n o , q u e tenía a la vis-
ta c o m o ideal u n a Athenae novae, el tono d o m i n a n t e , a pesar
de los p r o p ó s i t o s p i a d o s o s , era el de u n a diversión distingui-
da. Se porfiaba e n versos y en burlas recíprocas. El deseo de
elegancia clásica n o excluyó u n rasgo primitivo. «¿Qué es la
escritura?», pregunta el joven Pipino, hijo de Carlos, y Alcui-
n o r e s p o n d e : «La c o n s e r v a d o r a d e la ciencia». «¿Qué es la
palabra? La traición del p e n s a m i e n t o . » «¿Quién p r o d u j o la
palabra? La lengua.» «¿Qué es la vida? La alegría del d i c h o -
so, el dolor del d e s d i c h a d o y la espera de la muerte.» «¿Qué
es el h o m b r e ? El esclavo d e la m u e r t e , el h u é s p e d de u n t e -
r r u ñ o , u n p e r e g r i n o que pasa.»
V i m o s t a n s ó l i d a m e n t e a n c l a d o el e l e m e n t o l ú d i c o e n la
esencia d e la poesía, y cada f o r m a poética se m o s t r ó t a n vin-
c u l a d a a la e s t r u c t u r a del juego, q u e esta í n t i m a c o n e x i ó n
h u b o d e considerarse c o m o inextricable h a s t a el p u n t o q u e
las palabras j u e g o y poesía a m e n a z a b a n con p e r d e r su signi-
ficado i n d e p e n d i e n t e . Lo m i s m o , p e r o en g r a d o mayor, ha-
b r e m o s d e decir d e la conexión entre j u e g o y música. Ya se-
ñ a l a m o s , a n t e r i o r m e n t e , q u e en m u c h o s i d i o m a s la ejecu-
ción d e i n s t r u m e n t o s musicales se d e n o m i n a «jugar», así en
los i d i o m a s á r a b e s , en los g e r m á n i c o s y en a l g u n o s i d i o m a s
eslavos, y t a m b i é n en el francés. Esto h a y q u e i n t e r p r e t a r l o
c o m o u n s i g n o exterior d e la relación esencial, p r o f u n d a -
m e n t e a r r a i g a d a en lo psicológico, q u e d e t e r m i n a la c o n e -
x i ó n entre j u e g o y música, p u e s t o q u e esta coincidencia se-
m á n t i c a entre el i d i o m a á r a b e y los e u r o p e o s citados n o p u e -
de explicarse p o r un p r é s t a m o .
Por m u y natural que n o s parezca esta conexión d e m ú s i c a
y juego, n o parece fácil hacerse u n a idea clara d e la r a z ó n de
tal c o n e x i ó n . Baste u n i n t e n t o d e e n u m e r a r los e l e m e n t o s
c o m u n e s a la m ú s i c a y al juego. Dijimos q u e el j u e g o se halla
fuera de la racionalidad de la vida práctica, fuera del recinto
202 HOMO LUDENS
cedores d e la c u l t u r a helénica la c u e s t i ó n d e si la p a l a b r a
griega áyaX\La n o expresa u n a c o n e x i ó n s e m á n t i c a e n t r e
culto, a r t e y juego, si entre o t r a s n o tiene t a m b i é n la signifi-
cación de estatua o imagen d e los d i o s e s . Se ha d e r i v a d o d e
u n t r o n c o verbal en cuya esfera de significaciones constitu-
yen el c e n t r o c o n c e p t o s c o m o júbilo, regocijo, exaltación y,
t a m b i é n , fanfarronear, ostentar, celebrar, a d o r n a r , brillar,
alegrarse. C o m o significación p r i m o r d i a l d e agalma t e n e -
m o s a d o r n o , a r r e o , preciosidad, aquello d e lo q u e se alegra
u n o . Las estrellas se l l a m a n ' A y á A - u r n a VUKTOC;. A través
de la significación de ofrenda ha recibido la d e imagen de los
dioses. C u a n d o el griego expresa la naturaleza del a r t e sacro
con u n a palabra procedente d e la esfera d e exaltación gozosa
¿no n o s h a l l a m o s cerca d e aquel e s t a d o d e á n i m o d e la c o n -
sagración lúdica, q u e n o s pareció t a n típico en el culto arcai-
co? Pero n o p r e t e n d o sacar consecuencias m á s concretas d e
esta o b s e r v a c i ó n .
La c o n e x i ó n e n t r e las artes plásticas y el j u e g o h a s i d o su-
puesta, h a c e m u c h o t i e m p o , p o r u n a teoría q u e t r a t a d e ex-
plicar la p r o d u c c i ó n de las formas artísticas p o r el i m p u l s o
14
c o n g é n i t o d e los h o m b r e s a j u g a r . Es fácil señalar la p r e -
sencia d e u n a necesidad casi instintiva, e s p o n t á n e a , d e ador-
no, que, p o r lo t a n t o , bien se p u e d e d e n o m i n a r función lúdi-
ca. C u a l q u i e r a q u e haya c o n c u r r i d o a u n a sesión a b u r r i d a
con u n lápiz en la m a n o sabe d e esto. En ese juego d e s p r e o -
c u p a d o , a p e n a s consciente, q u e consiste en t r a z a r líneas y
llenar p l a n o s , s u r g e n fantásticos m o t i v o s o r n a m e n t a l e s , a
veces enlazados c o n formas h u m a n a s o a n i m a l e s , i g u a l m e n -
te caprichosas. Prescindiendo de la cuestión d e a q u é i m p u l -
sos subconscientes p r e t e n d e a t r i b u i r la psicología este arte
del a b u r r i m i e n t o , sin p r e o c u p a c i ó n a l g u n a p o d e m o s d e n o -
m i n a r j u e g o a esta función, a u n q u e , sin d u d a , del g r a d o m á s
bajo, a la p a r del j u e g o d e u n n e n e , ya que le falta, p o r c o m -
pleto, la e s t r u c t u r a s u p e r i o r del j u e g o social o r g a n i z a d o .
Pretender explicar con esta función psíquica el origen d e los
214 HOMO LUDENS
c u e n t r a su solución en u n a r á p i d a , i n e s p e r a d a y s o r p r e n
d e n t e conclusión del espíritu, m i e n t r a s q u e , p a r a la p r u e b a
técnica, m u y r a r a vez t e n e m o s u n a solución tan convincente
c o m o la que a c a b a m o s d e citar, de suerte que, p o r lo general,
se p i e r d e en el a b s u r d o . La famosa c u e r d a d e arena, el coser
trozos d e piedra son prodigios d e técnica q u e e n c o n t r a m o s
15
en las s a g a s .
El rey h é r o e d e los p r i m e r o s t i e m p o s c h i n o s tiene q u e
c o n q u i s t a r el r e c o n o c i m i e n t o d e sus pretensiones m e d i a n t e
t o d a clase de p r u e b a s d e habilidad, c o m o o c u r r e en la porfía
16
en herrería entre Yu y H u a n g - t i . Todas estas representacio
nes d e p r u e b a s prodigiosas incluyen, si bien se mira, el mila
gro, el p r o d i g i o con el q u e el santo, e n v i d a o después d e su
m u e r t e , c o r r o b o r a la v e r d a d d e su l l a m a m i e n t o y d e su pre
tensión a h o n o r e s m á s q u e h u m a n o s . No es m e n e s t e r d e t e
nerse m u c h o en las leyendas hagiográficas p a r a c o m p r o b a r
q u e los relatos d e m i l a g r o s revelan u n i n n e g a b l e e l e m e n t o
lúdico.
Si, p o r u n a p a r t e , e n c o n t r a m o s el m o t i v o d e la porfía ar
tística sobre t o d o en el m i t o , en la saga y en la leyenda, t a m
bién es v e r d a d q u e esta porfía h a c o l a b o r a d o m u c h o en el
desarrollo d e la técnica y del arte. Junto a las competiciones
artísticas c o m o la d e P o l y t e c n o s , y A e d o n , t e n e m o s o t r a s
históricas, c o m o la q u e tuvo lugar, e n Samos, entre Parrasio
y u n c o m p e t i d o r p a r a representar la lucha entre Ayax y Uli-
ses, o la que tuvo lugar en las fiestas píticas entre P a n a i n o s y
T i m á g o r a s d e Calcis. Fidias, Policleto y o t r o s c o n c u r s a r o n
u n a vez p o r la mejor estatua d e A m a z o n a . N o falta t a m p o c o
u n t e s t i m o n i o epigráfico q u e nos confirme la realidad histó
rica d e semejantes c e r t á m e n e s .
E n el b a s a m e n t o d e u n a e s t a t u a d e Niké l e e m o s : «Paio-
nios ha h e c h o esto... q u e hizo t a m b i é n las Akroterias p a r a el
17
t e m p l o y g a n ó el p r e m i o » .
T o d o lo q u e es e x a m e n y c o n c u r s o p ú b l i c o p r o c e d e d e las
formas arcaicas d e p r u e b a m e d i a n t e u n a habilidad a d e m o s -
218 HOMO LUDENS
l e s - , el r é g i m e n d e l o s g r e m i o s , el m u n d o u n i v e r s i t a r i o ,
e n c o n t r a m o s la i n t e n s a a c c i ó n del á n i m o l ú d i c o s o b r e el
e s p í r i t u medieval.
t r e lo p a t é t i c o - h e r o i c o y lo c ó m i c o , m o v i é n d o s e e n u n a es
fera casi d e musical a r m o n í a , s u s t r a í d a p o r c o m p l e t o a la
realidad y llena, sin e m b a r g o , de las figuras m á s visibles y,
s o b r e t o d o , c o n la alegría infantil d e s u s o n o r o l e n g u a j e ,
A r i o s t o es, p o r decirlo así, la d e m o s t r a c i ó n viva d e la iden
t i d a d d e poesía y j u e g o .
Solemos u n i r al n o m b r e d e h u m a n i s m o ideas si se quiere
m e n o s brillantes, p e r o m á s serias q u e al d e R e n a c i m i e n t o .
Pero a m a y o r c o n s i d e r a c i ó n c a b e d e c i r q u e t a m b i é n a él se
aplica lo q u e d e j a m o s d i c h o acerca del carácter l ú d i c o del
Renacimiento. Todavía m á s q u e el Renacimiento se mueve el
h u m a n i s m o en un círculo d e iniciados, d e gentes q u e están
en el secreto. Los h u m a n i s t a s cultivan u n ideal d e v i d a y de
educación exactamente f o r m u l a d o . Supieron dar expresión
a su fe c r i s t i a n a c o n sus figuras p a g a n a s y con su lenguaje
clásico. De t o d o s m o d o s , su fe c o b r ó d e esta s u e r t e u n matiz
artificioso y el carácter d e algo n o d i c h o m u y en serio. El len
guaje de los h u m a n i s t a s n o p a r e c í a r e s o n a r c o n u n a c e n t o
c r i s t i a n o . Calvino y Lutero n o p o d í a n s o p o r t a r el t o n o en
q u e el h u m a n i s t a E r a s m o hablaba d e las cosas d i v i n a s . D e la
figura de Erasmo irradia la luz del juego. Y n o sólo en s u Elo
gio de la locura y en sus Colloquia, sino t a m b i é n en los Ada
gio, en sus c a r t a s t a n r e t o z o n a s y h a s t a en sus o b r a s p u r a
m e n t e lógicas.
Si e x a m i n a m o s t o d o el g r u p o d e p o e t a s r e n a c e n t i s t a s ,
p r i n c i p i a n d o c o n los g r a n d e s retóricos c o m o Molinet y Jean
Lemaire d e Belges, n o s s o r p r e n d e r á s u c a r á c t e r l ú d i c o . Ya
sea q u e e x a m i n e m o s a Rabelais o a los p o e t a s p a s t o r i l e s
S a n n a z z a r o y G u a r i n o , el ciclo d e Amadís de Gaula, q u e
casi c o n v i e r t e el r o m a n t i c i s m o h e r o i c o en farsa, la sor
prendente mezcla de escabrosidad y platonismo q u e nos
m u e s t r a el Heptamerón d e la r e i n a d e N a v a r r a , s i e m p r e
t r o p e z a r e m o s c o n u n e l e m e n t o l ú d i c o q u e , a l g u n a s veces,
n o s parecerá c o n s t i t u i r la esencia m i s m a d e la o b r a . A u n la
m i s m a escuela d e los juristas h u m a n i s t a s c o m p o r t a este es-
11. LAS CULTURAS Y LAS ÉPOCAS SUB SPECIE LUDÍ 231
prescindible d e u n a disciplina r i g u r o s a , la d e t e r m i n a c i ó n
exacta d e u n c a n o n de lo p e r m i t i d o , la p r e t e n s i ó n d e c a d a
m ú s i c a a u n a validez exclusiva c o m o n o r m a de belleza, t o d o
esto constituye o t r o s tantos rasgos típicos de la música lúdi
ca. Por esto m i s m o se halla m á s e s t r e c h a m e n t e vinculada a
sus p r e s c r i p c i o n e s q u e las a r t e s plásticas. Una violación de
las reglas d e j u e g o estropea el juego.
En las épocas arcaicas los h o m b r e s tienen conciencia de la
música c o m o potencia sacra, c o m o existencia emotiva, c o m o
juego. Sólo m u c h o m á s tarde se presenta u n a c u a r t a forma de
valoración consciente: c o m o plenitud de vida llena d e senti
d o , c o m o expresión d e un sentimiento vital, en u n a palabra,
c o m o arte en el sentido m o d e r n o del vocablo. Si observamos
c u a n deficientemente, todavía e n el siglo X V I I I , s u m i d o en la
interpretación del sentimiento musical c o m o u n a imitación
directa de sonidos naturales, expresó en palabras esta última
estimación, acaso se nos haga claro lo que queríamos d a r a en
tender con la expresión del equilibrio entre el contenido lúdi
co y el contenido estético d e la música en el siglo X V I I I . Toda
vía la música de Bach y de Mozart n o gozaba de otra conside
ración q u e la de ser el m á s noble «pasatiempo» -diagoge en el
sentido aristotélico del c o n c e p t o - y la m á s artística de todas
las realizaciones, y fue esta inocencia celestial lo q u e levantó
esa música a u n a perfección inigualada.
Parecería a p r i m e r a vista q u e esta cualidad lúdica, q u e es
t a m o s p r e d i s p u e s t o s a r e c o n o c e r al p e r í o d o r o c o c ó , se h a
bría de negar a las é p o c a s posteriores. Pero n o existe r a z ó n
p a r a ello. D e p r o n t o , la seriedad s o m b r í a , la melancolía y las
lágrimas d e la é p o c a del neoclasicismo y del r o m a n t i c i s m o
q u e se inicia, i m p r i m e n d e tal f o r m a su sello q u e a p e n a s si
q u e d a lugar d o n d e p o d a m o s s o r p r e n d e r u n e l e m e n t o lúdi
co. Pero v i e n d o las cosas m á s de cerca, resulta q u e la verdad
es lo c o n t r a r i o . Si alguna vez un estilo y u n espíritu de época
h a n n a c i d o e n el j u e g o , h a n sido el estilo y el e s p í r i t u d e la
c u l t u r a e u r o p e a d e s p u é s de m e d i a d o el siglo X V I I I . Esto se
240 HOMO LUDENS
d o d e á n i m o , que d u r a m á s de u n c u a r t o d e siglo en u n m u n -
d o cuyos actos y p e n s a m i e n t o s se o r i e n t a n a cosas bien dis-
t i n t a s , se p u e d e c o m p a r a r p e r f e c t a m e n t e c o n el ideal de las
cortes d e a m o r d e los siglos x n y x i n . T o d a u n a c a p a s u p e -
rior d e la sociedad se complace en u n ideal d e a m o r y de vida
artificiosa y retorcido. La élite del siglo x v m tardío es, sin e m -
bargo, m u c h o m á s n u m e r o s a que el m u n d o aristocrático feu-
dal d e s d e B e r t r á n de B o r n hasta D a n t e . Ya d o m i n a n en él el
elemento burgués y el sentido b u r g u é s . Actúan ideales socia-
les y educativos. Sin e m b a r g o , el proceso cultural se parece al
que le precedió en quinientos años. Todos los movimientos d e
á n i m o d e la vida personal, d e s d e la c u n a hasta la sepultura, se
disciplinan en u n a forma artística. Todo gira en t o r n o al a m o r
y el h o n o r , y las d e m á s actividades y situaciones d e la vida se
inscriben n a t u r a l m e n t e en este círculo: e d u c a c i ó n , relación
paterno-filial, sentimientos en la e n f e r m e d a d y el restableci-
m i e n t o , en la m u e r t e y el luto. El s e n t i m i e n t o e n c u e n t r a su
c a m p o en la literatura, p e r o la vida real se adapta, hasta cierto
g r a d o , a las exigencias del nuevo estilo de vida.
Éste es el m e j o r m o m e n t o d e p l a n t e a r la cuestión ¿hasta
d ó n d e llega lo serio? ¿Quién se h a e n t r e g a d o c o n m a y o r se-
r i e d a d a su estilo d e é p o c a , q u i é n lo h a vivido m á s a fondo,
los h u m a n i s t a s y los h o m b r e s del b a r r o c o o los r o m á n t i c o s y
los sentimentales del siglo x v m ? Sin d u d a alguna, los p r i m e -
r o s estaban m u c h o m á s convencidos d e la indiscutible vali-
dez n o r m a t i v a del ideal clásico que lo estuvieron los a d o r a -
dores del gótico del c a r á c t e r ejemplar de su enfática visión
d e u n p a s a d o s o ñ a d o . C u a n d o G o e t h e c o m p o n e su Danza
de la Muerte s e g u r a m e n t e q u e n o lo hace sino p o r j u e g o .
Pero c o n el s e n t i m e n t a l i s m o la cosa es diferente q u e c o n la
afición a las f o r m a s m e d i e v a l e s . C u a n d o u n consejero h o -
l a n d é s del siglo x v n se deja r e t r a t a r c o n vestimenta antigua,
q u e ni siquiera es de s u p r o p i e d a d , o se deja alabar en verso
c o m o m o d e l o d e v i r t u d e s cívicas r o m a n a s , en ese caso tene-
m o s u n a m a s c a r a d a y n a d a m á s . El a r r o p a r s e c o n los plie-
242 HOMO LUDENS
A p e n a s si p o d r á n e g a r s e que el t o n o grave d e la c u l t u r a
aparece c o m o u n a m a n i f e s t a c i ó n típica del siglo xix. Esta
cultura «se juega» en m u c h a m e n o r m e d i d a que en p e r í o d o s
anteriores. Las formas exteriores d e la sociedad n o represen-
tan ya u n ideal de vida superior, c o m o e r a el caso con los gre-
güescos, las pelucas y los e s p a d i n e s . N i n g ú n s í n t o m a m á s
patente d e esta r e n u n c i a a l o l ú d i c o q u e la d e s a p a r i c i ó n del
elemento fantástico en la v e s t i m e n t a varonil. La Revolución
trae consigo u n c a m b i o en este aspecto q u e es m u y r a r o o b -
servar en la historia d e la c u l t u r a . Los p a n t a l o n e s largos, que
en m u c h o s países e r a n c o r r i e n t e s c o m o traje de a l d e a n o s ,
pescadores o m a r i n e r o s - p o r eso lo e n c o n t r a m o s en las figu-
ras d e la Commedia dell'Arte- se convierten de p r o n t o en la
m o d a varonil, con la cabellera revuelta que expresa el pathos
5
d e la Revolución . Si la m o d a fantástica revive todavía en las
extravagancias d e los incroyables, si se manifiesta todavía en
el u n i f o r m e militar de la é p o c a n a p o l e ó n i c a (llamativo, r o -
m á n t i c o , n o práctico) se a c a b ó , si e m b a r g o , t o d a manifesta-
ción exterior d e u n a d i s t i n c i ó n representativa, d e juego. El
traje varonil se hace cada vez m á s sin color y sin forma y q u e -
d a sujeto a m e n o s c a m b i o s . El h o m b r e d i s t i n g u i d o d e antes,
q u e lucía su prestigio y su d i g n i d a d t a n c l a r a m e n t e con su
vestido d e gala, se ha c o n v e r t i d o a h o r a en u n h o m b r e serio.
Ya c o n s u traje n o r e p r e s e n t a , n o «juega» el h é r o e . C o n el
s o m b r e r o de copa coloca sobre la cabeza el s í m b o l o y la c o -
rona de la seriedad d e su vida. Sólo en p e q u e ñ a s variaciones,
c o m o p a n t a l o n e s ceñidos, p a ñ u e l o s , cuellos altos, el factor
lúdico se hace valer todavía en la p r i m e r a m i t a d del si-
glo xix. Los últimos e l e m e n t o s decorativos se pierden t a m -
bién, c o n s e r v á n d o s e tan sólo débiles vestigios en los vesti-
d o s de gala. D e s a p a r e c e n los colores a n i m a d o s y claros, el
p a ñ o cede ante el tejido d e origen escocés, la levita t e r m i n a
su carrera d e m á s de siglo y m e d i o c o m o frac, c o m o vestido
de gala y de c a m a r e r o , y acaba c e d i e n d o su sitio a la c h a q u e -
ta. Los c a m b i o s en la m o d a varonil, si p r e s c i n d i m o s del traje
11. LAS CULTURAS Y LAS F.POCAS SUB SPECIE LUDÍ 245
N o q u e r e m o s p e r d e r t i e m p o c o n la c u e s t i ó n d e q u é es lo
q u e h a y q u e e n t e n d e r p o r a c t u a l . Es c l a r o q u e la é p o c a d e
la q u e h a b l a m o s es t a m b i é n u n p a s a d o h i s t ó r i c o , u n p a s a -
d o q u e se va d e s m o r o n a n d o a m e d i d a q u e n o s alejamos de él.
M a n i f e s t a c i o n e s q u e e n la c o n c i e n c i a d e los j ó v e n e s s o n
«cosas de o t r o t i e m p o » p a r a los viejos son « n u e s t r o t i e m -
p o » , n o p o r c u e s t i ó n de r e c u e r d o p e r s o n a l , s i n o p o r q u e su
c u l t u r a p a r t i c i p a t o d a v í a e n ellas. P e r o e s t o n o d e p e n d e
sólo d e la g e n e r a c i ó n a q u e se p e r t e n e c e , s i n o t a m b i é n de
los c o n o c i m i e n t o s q u e se p o s e e n . U n h o m b r e c o l o c a d o e n
p o s t u r a h i s t ó r i c a acogerá c o m o m o d e r n a o actual u n a m a -
yor p o s i c i ó n del p a s a d o q u e a q u e l q u e vive e n la e s t r i c t a
m i o p í a del p r e s e n t e . El c o n c e p t o « c u l t u r a a c t u a l » se e m -
plea, p o r lo t a n t o , c o n u n a e x t e n s i ó n q u e p e n e t r a p r o f u n -
d a m e n t e e n el siglo x i x .
La c u e s t i ó n es ésta: ¿en q u é m e d i d a la c u l t u r a q u e v i v i m o s
se d e s a r r o l l a e n f o r m a de juego? ¿En q u é m e d i d a el e s p í r i t u
l ú d i c o i n s p i r a a los h o m b r e s q u e v i v e n la c u l t u r a ? El siglo
p a s a d o p e r d i ó m u c h o del e l e m e n t o lúdico q u e d i s t i n g u i ó a
siglos anteriores. A h o r a b i e n , ¿se h a c o m p e n s a d o esta p é r d i -
d a o, p o r el c o n t r a r i o , se h a i n c r e m e n t a d o ?
248 HOMO LUDENS
y aficionados. El g r u p o i n t e r e s a d o en el juego s e p a r a a u n
l a d o a aquellos p a r a los que el j u e g o ya n o es u n j u e g o y
aquellos otros q u e , a pesar de su g r a n capacidad, se e n c u e n
t r a n p o r bajo de los auténticos j u g a d o r e s . La actitud del ju
g a d o r profesional n o es ya la auténtica a c t i t u d lúdica, p u e s
están ausentes en ella lo e s p o n t á n e o y lo d e s p r e o c u p a d o . El
d e p o r t e se va alejando cada vez m á s en la sociedad m o d e r n a
d e la p u r a esfera del j u e g o , y se va c o n v i r t i e n d o en u n ele
m e n t o suigeneris: ya n o es juego y, sin e m b a r g o , t a m p o c o es
algo serio. En la vida social actual el d e p o r t e afirma su lugar
j u n t o al p r o c e s o cultural p r o p i a m e n t e dicho, y éste tiene lu
gar fuera d e aquél. E n las c u l t u r a s arcaicas, las c o m p e t i c i o
nes formaban p a r t e de las fiestas sagradas. Eran imprescin
dibles en calidad de acciones de efectos santos y salvadores.
Esta conexión con el culto ha desaparecido p o r c o m p l e t o en
el d e p o r t e m o d e r n o . El d e p o r t e n o tiene n i n g ú n carácter sa
cro ni n i n g ú n vínculo orgánico con la e s t r u c t u r a d e la socie
d a d a u n en el caso en que u n g o b i e r n o obligue a su práctica.
Es m á s bien u n a manifestación a u t ó n o m a d e instintos ago
nales q u e u n factor de u n sentido social fecundo. La perfec
ción con q u e la m o d e r n a técnica social i n c r e m e n t a el efecto
exterior de las d e m o s t r a c i o n e s d e m a s a s , n o c o n s i g u e p o r
ello que n i las o l i m p í a d a s n i las o r g a n i z a c i o n e s d e p o r t i v a s
de las u n i v e r s i d a d e s n o r t e a m e r i c a n a s ni los c a m p e o n a t o s
i n t e r n a c i o n a l e s , q u e g o z a n de t a n b u e n a p r o p a g a n d a , se
conviertan en u n a actividad c r e a d o r a d e cultura. C o n t i n ú a n
siendo, p o r m u c h a i m p o r t a n c i a q u e revista p a r a los partici
pantes y los espectadores, u n a función estéril en la q u e se h a
extinguido, en g r a n p a r t e , el viejo factor lúdico.
Esta c o n c e p c i ó n se o p o n e d i r e c t a m e n t e a la o p i n i ó n c o
r r i e n t e según la cual el d e p o r t e representaría en n u e s t r a cul
t u r a el elemento lúdico en su g r a d o m á x i m o . Pero en m o d o
a l g u n o se p u e d e decir esto del d e p o r t e , que ha c o n s u m i d o ,
p o r el c o n t r a r i o , lo mejor de su c o n t e n i d o lúdico. El juego se
ha h e c h o d e m a s i a d o serio, y el e s t a d o de á n i m o p r o p i o del
12. ELEMENTO L Ü D I C O E N LA CULTURA ACTUAL 251
s o r b e d i a r i a m e n t e e n o r m e s c a n t i d a d e s d e energías espiri-
tuales, y a sea p a r a d a ñ o o p a r a b i e n d e la s o c i e d a d . Difícil-
m e n t e p o d r í a m o s h a b l a r en este caso de u n a noble diagoge,
e n el s e n t i d o q u e Aristóteles d a a la p a l a b r a : u n a c a p a c i d a d
t o t a l m e n t e estéril, q u e aguza las facultades espirituales sólo
u n i l a t e r a l m e n t e y n o e n r i q u e c e el a l m a , q u e emplea y a b s o r -
b e u n a c a n t i d a d d e inteligencia y d e t e n s i ó n espiritual q u e
p o d r í a ser m e j o r e m p l e a d a - o q u e se p u d o h a b e r e m p l e a d o
t a m b i é n p e o r - . El lugar q u e el b r i d g e o c u p a e n la v i d a actual
significa, a p a r e n t e m e n t e , u n e n o r m e fortalecimiento del
e l e m e n t o lúdico de n u e s t r a c u l t u r a . Pero, en realidad, n o es
éste el caso. Para jugar d e verdad, el h o m b r e , m i e n t r a s juega,
t i e n e q u e c o n v e r t i r s e e n n i ñ o . ¿ P o d r í a afirmarse esto d e la
entrega a u n j u e g o d e a g u d e z a t a n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e refi-
nado? Si n o así e n t o n c e s este j u e g o carece d e la p r o p i e d a d lú-
dica m á s esencial.
El p r o c e s o cultural q u e p o c o a p o c o fue d e s p r e n d i e n d o el
a r t e d e su básica función vital d e la s o c i e d a d y lo fue convir-
t i e n d o cada vez m á s en u n a o c u p a c i ó n libre e i n d e p e n d i e n t e
d e los individuos, atraviesa siglos. U n a e t a p a en este p r o c e s o
e s c u a n d o la p i n t u r a de caballete se a d e l a n t a a la p i n t u r a al
fresco y c u a n d o el g r a b a d o prevalece s o b r e la m i n i a t u r a . Un
d e s p l a z a m i e n t o p a r e c i d o d e lo social a lo i n d i v i d u a l t u v o lu-
gar en la a r q u i t e c t u r a c u a n d o su o c u p a c i ó n principal en vez
d e ser la c o n s t r u c c i ó n d e iglesias y p a l a c i o s lo fue la d e vi-
v i e n d a s . El arte se hizo m á s í n t i m o , p e r o t a m b i é n m á s aisla-
d o en la vida; se c o n v i r t i ó en a s u n t o d e los p a r t i c u l a r e s . D e
m a n e r a p a r e c i d a la m ú s i c a d e c á m a r a y la c a n c i ó n , c r e a d a s
p a r a satisfacer n e c e s i d a d e s estéticas p e r s o n a l e s , c o m e n z a -
r o n a g a n a r en i m p o r t a n c i a y t a m b i é n m u c h a s veces en in-
t e n s i d a d de expresión sobre o t r a s f o r m a s artísticas d e m a y o r
c a r á c t e r público.
Al m i s m o t i e m p o o c u r r i ó o t r o c a m b i o en la f u n c i ó n del
a r t e . C a d a vez m á s se fue r e c o n o c i e n d o c o m o u n valor cul-
t u r a l c o m p l e t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e y alto. H a s t a el si-
glo x v m o c u p a b a u n r a n g o m á s b i e n m o d e s t o en la escala de
estos valores. El a r t e era u n o r n a t o d i s t i n g u i d o en la vida de
los privilegiados. El goce artístico se e x p e r i m e n t a b a t a n bien
c o m o a h o r a , p e r o , p o r lo general, se i n t e r p r e t a b a c o m o exal-
t a c i ó n religiosa o c o m o u n g é n e r o s u p e r i o r d e c u r i o s i d a d
q u e t e n í a c o m o fin el e n t r e n a m i e n t o y el placer. El a r t i s t a ,
q u e n o era m á s q u e u n a r t e s a n o , seguía s i e n d o u n servidor,
m i e n t r a s q u e la práctica d e la ciencia e r a u n privilegio de las
gentes libres d e c u i d a d o s .
El g r a n c a m b i o p r o v i n o d e la n u e v a i n s p i r a c i ó n estética,
q u e c o m i e n z a d e s p u é s d e m e d i a d o el x v m , e n u n a f o r m a r o -
m á n t i c a y en u n a forma clásica. La c o r r i e n t e p r i n c i p a l es la
r o m á n t i c a , q u e se ve a c o m p a ñ a d a d e la o t r a . D e a m b a s s u r -
gió la exaltación del goce estético, en la escala d e los valores
vitales, a u n a s a l t u r a s celestiales, p u e s m u y f r e c u e n t e m e n t e
o c u p a r á el lugar d e u n a conciencia religiosa debilitada. La lí-
256 HOMO LUDENS
El i n t e n t o d e d e t e r m i n a r el c o n t e n i d o l ú d i c o d e la ciencia
m o d e r n a d a r á r e s u l t a d o s m u y diferentes. E n este c a s o t e n -
d r e m o s q u e volver inevitablemente a la p r e g u n t a f u n d a m e n -
tal ¿qué es juego?, m i e n t r a s que h a s t a a h o r a h e m o s t r a t a d o
siempre de p a r t i r d e u n a categoría «juego» c o m o algo d a d o y
c o m o m a g n i t u d g e n e r a l m e n t e r e c o n o c i d a . S e ñ a l á b a m o s al
p r i n c i p i o c o m o u n a d e las condiciones características esen-
ciales del j u e g o el c a m p o de juego, u n círculo l i m i t a d o en el
q u e t r a n s c u r r e la acción y d o n d e valen las reglas. N o es difí-
cil ver t a m b i é n u n c a m p o d e juego en t o d o á m b i t o así deli-
m i t a d o . Fácil t a m b i é n r e c o n o c e r u n c a r á c t e r l ú d i c o a c a d a
ciencia d e su aislamiento d e n t r o d e los límites d e s u m é t o d o
y d e su concepto. Pero si n o s m a n t e n e m o s con u n c o n c e p t o
del j u e g o claro y valedero p a r a el p e n s a m i e n t o e s p o n t á n e o ,
necesitamos algo m á s que un c a m p o d e j u e g o p a r a p o d e r ca-
lificar u n a actividad de juego. El juego se halla v i n c u l a d o al
t i e m p o , se c o n s u m e y n o tiene u n fin fuera d e sí. El e s t a d o de
á n i m o q u e le inspira es el d e u n a alegre exaltación p o r m a n -
t e n e r s e fuera d e las exigencias d e la vida c o r r i e n t e . A h o r a
b i e n , n a d a d e esto se aplica a la ciencia. Busca s i e m p r e u n
c o n t a c t o con la realidad y u n a validez p a r a ella. Sus reglas n o
s o n , c o m o las del j u e g o , invariables. C o n s t a n t e m e n t e v a n
s i e n d o d e s m e n t i d a s p o r la e x p e r i e n c i a y m o d i f i c a d a s p o r
ella. Las reglas de u n j u e g o n o p u e d e n ser d e s m e n t i d a s . P u e -
d e n c a m b i a r s e , p e r o n o p u e d e n ser modificadas.
258 HOMO LUDENS
T e n e m o s , p o r lo t a n t o , t o d a s las r a z o n e s p a r a s u s p e n d e r
p r o v i s i o n a l m e n t e , c o m o u n a a f i r m a c i ó n d e m a s i a d o trivial,
la conclusión d e q u e la ciencia n o es m á s q u e u n juego. O t r a
es la c u e s t i ó n d e si u n a ciencia «puede j u g a r » d e n t r o del á m -
bito q u e le señala s u m é t o d o . Así, p o r ejemplo, a t o d a incli-
n a c i ó n p o r el sistema, se vincula casi i n s e p a r a b l e m e n t e , u n
rasgo lúdico. La vieja ciencia, sin f u n d a m e n t o b a s t a n t e e n la
e x p e r i e n c i a , se c o m p l a c í a e n u n a s i s t e m a t i z a c i ó n aérea d e
t o d a s las c u a l i d a d e s y c o n c e p t o s i m a g i n a b l e s . La o b s e r v a -
ción y el cálculo f u n c i o n a r o n c o m o frenos e n este a s p e c t o ,
p e r o n o excluyeron el r a s g o l ú d i c o del ajetreo científico.
H a s t a el análisis e x p e r i m e n t a l m á s fino p u e d e estar t r a b a d o
e n lo lúdico. Las d e s i g n a c i o n e s c o n c e p t u a l e s d e u n m é t o d o
especial, e l a b o r a d o , p u e d e n ser m a n e j a d a s fácilmente c o m o
figuras d e juego. Esto se les h a a c h a c a d o d e s d e a n t i g u o a los
juristas. La filología h a m e r e c i d o tal r e p r o c h e m i e n t r a s c o n -
t i n u ó con el viejo j u e g o de las e t i m o l o g í a s , q u e ya e m p i e z a n
con el Viejo T e s t a m e n t o y con los Veda y q u e e n la actualidad
practica t o d o el q u e n o está al t a n t o de la ciencia del l e n g u a -
j e . Pero ¿es t a n s e g u r o q u e las e s c u e l a s s i n t á c t i c a s m á s r e -
cientes y r i g u r o s a s n o se h a l l a n t a m b i é n e n el c a m i n o del
juego? ¿No es a t r a í d a m á s d e u n a ciencia al c a m p o del j u e g o
m e d i a n t e la a p l i c a c i ó n trivial d e la t e r m i n o l o g í a freudiana
p o r gentes a u t o r i z a d a s o p o r aficionados?
A p a r t e la posibilidad d e q u e el especialista o el aficionado
j u e g u e n con los c o n c u r s o s c o n c e p t u a l e s d e la especialidad,
la o c u p a c i ó n científica es c o n d u c i d a a las vías del j u e g o p o r
el afán d e c o m p e t i c i ó n . La c o m p e t i c i ó n e n la ciencia t i e n e
u n a b a s e e c o n ó m i c a m e n o s d i r e c t a q u e e n el a r t e , p e r o , p o r
o t r o l a d o , le es m á s p r o p i o el carácter d e controversia al d e -
sarrollo lógico d e la c u l t u r a q u e d e n o m i n a m o s ciencia q u e
al e l e m e n t o estético. Ya t r a t a m o s s o b r e los orígenes d e la sa-
biduría y d e la ciencia e n los p e r í o d o s arcaicos, y los e n c o n -
t r a m o s en lo agonal. N o sin r a z ó n se h a d i c h o q u e la ciencia
es p o l é m i c a . Sin e m b a r g o , n o es u n s i g n o d e b u e n a u g u r i o
12. ELEMENTO L Ü D I C O EN LA C U L T U R A ACTUAL 259
Si n o s d i r i g i m o s a h o r a a d e t e r m i n a r el c o n t e n i d o l ú d i c o
g e n e r a l d e la v i d a social a c t u a l - i n c l u y e n d o la vida p o l í t i -
c a - p o d e m o s admitir, por anticipado, que encontraremos
d o s clases d e tal c o n t e n i d o . Por u n a p a r t e , se e m p l e a n m á s
o m e n o s conscientemente formas lúdicas para encubrir u n
p r o p ó s i t o d e la s o c i e d a d o d e la p o l í t i c a . E n este c a s o , n o
n o s e n c o n t r a m o s a n t e el e t e r n o e l e m e n t o l ú d i c o d e la c u l -
t u r a , q u e h e m o s t r a t a d o d e d e s t a c a r e n este l i b r o , s i n o a n t e
u n j u e g o falso. P e r o , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e esto, es p o s i -
ble q u e t r o p e c e m o s c o n m a n i f e s t a c i o n e s q u e , e n su c o n s i -
d e r a c i ó n superficial, p a r e z c a n p a t e n t i z a r algo l ú d i c o y q u e ,
en c o n s e c u e n c i a , n o s d e s p i s t e n . La v i d a c o t i d i a n a d e la a c -
t u a l s o c i e d a d se ve g o b e r n a d a , en m e d i d a c r e c i e n t e , p o r
u n a c u a l i d a d q u e t i e n e a l g u n o s r a s g o s c o m u n e s c o n el s e n -
t i d o l ú d i c o y e n la q u e a c a s o p r e t e n d i é r a m o s d e s c u b r i r u n
e l e m e n t o l ú d i c o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e d e s a r r o l l a d o d e la
c u l t u r a m o d e r n a . Es esa p r o p i e d a d q u e p o d r í a m o s desig-
n a r c o m o « p u e r i l » , e s decir, u n a p a l a b r a q u e s e ñ a l a el ca-
r á c t e r i n m a d u r o d e u n a a c t i t u d e s p i r i t u a l y e x p r e s a algo
q u e está e n t r e el i n f a n t i l i s m o y la falta d e e q u i l i b r i o del
adolescente.
260 HOMO LUDENS
d e la f o r m a c i ó n d e la o p i n i ó n pública están s i e n d o d o m i n a -
d o s p o r el t e m p e r a m e n t o d e los adolescentes y la s a b i d u r í a
d e los clubes juveniles. Bastará u n ejemplo d e p u e r i l i d a d ofi-
cial. El Pravda del 9 d e e n e r o d e 1935 i n f o r m a b a q u e u n a a u -
t o r i d a d soviética local h a b í a r e b a u t i z a d o tres koljoses e n el
d i s t r i t o d e Kursk, cuyos n o m b r e s e r a n B u d i o n i , K r ú p s k a y a
y C a m p o Rojo de Trigo, c o n los n o m b r e s d e Perezoso, Sabo-
t e a d o r e I n ú t i l , a causa del r e t r a s o en la e n t r e g a del t r i g o .
Este exceso d e celo d e la a u t o r i d a d local p r o v o c ó u n a r e p r i -
m e n d a del c o m i t é central del p a r t i d o y fue d e r o g a d a la m e -
dida, p e r o de t o d o s m o d o s , la actitud d e e s p í r i t u s e expresa
c l a r a m e n t e . La d e f o r m a c i ó n d e n o m b r e s es f e n ó m e n o típico
d e los p e r í o d o s de g r a n t e n s i ó n política y la e n c o n t r a m o s en
2
los días de la C o n v e n c i ó n , lo m i s m o q u e en la Rusia d e hoy,
q u e c a m b i a el n o m b r e d e s u s viejas capitales, b a u t i z á n d o l a s
c o n los n o m b r e s de su santoral. La fama d e h a b e r c o m p r e n -
d i d o p o r p r i m e r a vez la fuerza social d e la o r g a n i z a c i ó n d e
los m u c h a c h o s con su a d m i r a b l e creación d e los boy-scouts,
c o r r e s p o n d e a l o r d B a d e n - P o w e l l . N o se p u e d e h a b l a r e n
esta o c a s i ó n d e p u e r i l i d a d , p o r q u e se t r a t a d e u n p r o p ó s i t o
p e d a g ó g i c o llevado c o n p r o f u n d a visión, c o n el objeto d e so-
m e t e r en f o r m a d e j u e g o las i n c l i n a c i o n e s y c o s t u m b r e s d e
los m u c h a c h o s a u n a finalidad educativa, t r a n s f o r m á n d o l a s
en útiles valores vitales. El m o v i m i e n t o se designa expresa-
m e n t e a sí m i s m o j u e g o . C o s a m u y d i s t i n t a es c u a n d o esas
m i s m a s c o s t u m b r e s p e n e t r a n en o c u p a c i o n e s q u e q u i e r e n
p a s a r p o r m u y serias y se n u t r e n d e las bajas p a s i o n e s d e la
lucha social y política. Entonces es c u a n d o se p l a n t e a la c u e s -
t i ó n q u e n o s interesa: ¿Se p u e d e d e s i g n a r c o m o f u n c i ó n lú-
dica esa puerilidad?
n e g a r a la p u e r i l i d a d la c u a l i d a d d e f o r m a lúdica. U n n i ñ o
q u e juega n o es infantil, pueril. Se h a c e pueril c u a n d o el j u e -
go le a b u r r e o c u a n d o n o s a b e a q u é t i e n e q u e jugar. Si la
p u e r i l i d a d general d e h o y fuera u n j u e g o auténtico, t e n d r í a -
m o s q u e ver a la sociedad c a m i n a n d o hacia las formas arcai-
cas d e cultura, e n las q u e el j u e g o e r a u n factor creador vivo.
M u c h o s p r o p e n d e r á n , quizá, a c o n s i d e r a r el progresivo «re-
c l u t a m i e n t o » d e la c o m u n i d a d c o m o u n a p r i m e r a e t a p a e n
ese c a m i n o retrospectivo, p e r o sin r a z ó n . En t o d a s las m a n i -
festaciones d e u n espíritu q u e r e n u n c i a v o l u n t a r i a m e n t e a su
m a y o r e d a d n o v e m o s m á s q u e l o s signos d e u n a disolución
a m e n a z a d o r a . Faltan las características esenciales del j u e g o
auténtico, a pesar d e q u e la a c t i t u d pueril a d o p t a m u c h a s ve-
ces, e n lo exterior, la f o r m a d e l juego. Para c o n q u i s t a r d e
n u e v o la s a n t i d a d , la d i g n i d a d y el estilo, la c u l t u r a t i e n e q u e
andar otros caminos.
C a d a vez se n o s i m p o n e m á s la c o n c l u s i ó n d e q u e el ele-
m e n t o lúdico de la cultura, a p a r t i r del siglo xviii, e n el q u e
lo v e í a m o s todavía en t o d a su flor, va p e r d i e n d o i m p o r t a n -
cia e n t o d o s aquellos terrenos q u e le eran propios. La c u l t u r a
m o d e r n a a p e n a s si se j u e g a y, c u a n d o p a r e c e q u e juega, su
j u e g o es falso. E n t r e t a n t o , a m e d i d a q u e n o s a p r o x i m a m o s a
n u e s t r a p r o p i a é p o c a , se h a c e m á s difícil d i s t i n g u i r e n las
manifestaciones culturales el j u e g o d e lo q u e n o lo es. Sobre
t o d o es éste el caso c u a n d o q u e r e m o s d a r n o s cuenta del con-
t e n i d o d e la política actual c o m o manifestación cultural. No
h a c e m u c h o , la vida política, r e g u l a d a en su forma d e m o c r á -
tica p a r l a m e n t a r i a estaba llena d e innegables e l e m e n t o s lú-
dicos. U n a d e mis discípulas, e n u n e s t u d i o acerca d e los d i s -
4
cursos parlamentarios en Francia y en Inglaterra , h a ex-
p u e s t o h a c e p o c o , d e u n a m a n e r a m u y clara, a p o y á n d o s e en
u n a o b s e r v a c i ó n suelta d e u n a conferencia m í a del a ñ o
5
1 9 3 3 , c ó m o l o s d e b a t e s d e la C á m a r a d e s d e fines d e l si-
glo xviii convenían esencialmente con las formas d e u n juego.
Siempre se hallan d o m i n a d o s p o r factores d e c o m p e t i c i ó n
12. ELEMENTO LÜDICO EN LA CULTURA ACTUAL 263
r r a , con t o d o l o q u e la p r o v o c a y la a c o m p a ñ a , p e r m a n e c e
siempre e n r e d a d a en el d e m o n í a c o círculo m á g i c o del juego.
A q u í se n o s d e s c u b r e el n u e v o c a r á c t e r i r r e s o l u b l e del
p r o b l e m a j u e g o o s e r i e d a d . P o c o a p o c o l l e g a m o s a la con-
vicción de q u e la c u l t u r a se f u n d a e n el j u e g o n o b l e y q u e ,
p a r a p o d e r d e s a r r o l l a r su c u a l i d a d m á x i m a de estilo y d e
d i g n i d a d , n o p u e d e p e r d e r este c o n t e n i d o l ú d i c o . En n i n g u -
n a p a r t e es t a n i m p r e s c i n d i b l e el m a n t e n i m i e n t o d e las r e -
glas de j u e g o c o m o e n las relaciones e n t r e p u e b l o s y e s t a d o s .
C u a n d o se violan, la s o c i e d a d cae e n la b a r b a r i e y en el caos.
Por otra p a r t e , c r e í a m o s ver e n la g u e r r a el r e t r o c e s o a la ac-
t i t u d agonal q u e d i o su f o r m a y c o n t e n i d o al j u e g o p r i m i t i v o
p o r el prestigio.
Pero p r e c i s a m e n t e la g u e r r a m o d e r n a p a r e c e h a b e r p e r -
d i d o t o d o c o n t a c t o con el juego. Estados m u y civilizados se
r e t i r a n d e la c o m u n i d a d del d e r e c h o d e gentes y confiesan,
sin r e p a r o a l g u n o , q u e pacta non sunt servanda. En la políti-
ca d e n u e s t r o s d í a s - q u e se apoya e n la p r e p a r a c i ó n m á s ex-
t r e m a d a y, si ello tiene q u e ser así, e n la m á s e x t r e m a d a dis-
p o s i c i ó n p a r a la g u e r r a , a u n q u e se sabe m u y b i e n q u e u n a
g u e r r a , lejos d e llevar a n i n g ú n r e s u l t a d o r e a l m e n t e útil o
salvador, t r a e r á c o n s i g o c o n s e c u e n c i a s e s p a n t o s a s en p r o -
p o r c i o n e s n u n c a v i s t a s - , a p e n a s sí p o d e m o s ver u n reflejo
d e la vieja actitud lúdica. Y sin e m b a r g o , en los m é t o d o s con
q u e esa política se c o n d u c e y se alcanza aquella p r e p a r a c i ó n
p a r a la g u e r r a , vive todavía el viejo i m p u l s o l ú d i c o q u e en la
cultura arcaica f u n c i o n a b a c o m o u n a b a s e d e la sociedad. La
política tiene todavía m u c h o d e u n juego de azar, y la p r o v o -
c a c i ó n , la a m e n a z a e injuria del a d v e r s a r i o , el a r r i e s g a r s e ,
a u n q u e se sepa h a s t a q u é p u n t o , se d a n en ella en g r a n m e d i -
d a . Y n o b a s t á n d o l e el llevar consigo u n e l e m e n t o d e ilusión,
d e fantasía colectiva, ésta se cultiva c u i d a d o s a m e n t e . A u n -
q u e en la m o d e r n a p r e p a r a c i ó n p a r a la g u e r r a se haya p e r d i -
d o t o d o lo q u e u n í a al j u e g o con la fiesta y con culto, n o p o r
eso se h a d e s p r e n d i d o d e los carriles del j u e g o .
268 HOMO I.UDENS
Al ir d e s a r r o l l a n d o n u e s t r o t e m a h e m o s t r a t a d o , en t o d o lo
posible, de m a n t e n e r n o s en u n c o n c e p t o de j u e g o q u e p a r -
t i e r a d e los c a r a c t e r e s p o s i t i v o s y fáciles de r e c o n o c e r del
juego. En o t r a s p a l a b r a s , c o n s i d e r a m o s el j u e g o en su signi-
ficación c o t i d i a n a y p r o c u r a m o s e v i t a r la fácil g e n e r a l i z a -
c i ó n q u e a t o d o declara j u e g o . Al final, sin e m b a r g o , se n o s
enfrenta esta c o n c e p c i ó n y n o s obliga a t o m a r p o s i c i ó n fren-
te a ella.
«Juego de n i ñ o s llamaba él a las o p i n i o n e s h u m a n a s » , nos
8
dice la t r a d i c i ó n d e H e r á c l i t o . Al c o m e n z a r n u e s t r o estu-
9
d i o t r a n s c r i b i m o s p a l a b r a s de P l a t ó n q u e s o n lo b a s t a n t e
i m p o r t a n t e s p a r a reproducirlas todavía: «No vale la p e n a t o -
m a r c o n d e m a s i a d a s e r i e d a d los a s u n t o s h u m a n o s ; sin e m -
b a r g o , es necesario p o n e r s e serio, a u n q u e esto n o sea u n a di-
cha». Apliqúese esta seriedad a lo q u e es a d e c u a d o . «Hay q u e
p r o c e d e r s e r i a m e n t e en las cosas serias y n o al revés. Dios es,
p o r naturaleza, d i g n o de la m á s santa s e r i e d a d . Pero el h o m -
b r e h a sido h e c h o p a r a ser u n j u g u e t e d e Dios y esto es lo m e -
j o r en él. P o r e s o tiene que vivir d e esta m a n e r a , j u g a n d o los
m á s bellos j u e g o s , c o n u n s e n t i d o c o n t r a r i o al de ahora.» Si
el j u e g o , p o r consiguiente, es lo m á s serio, «la v i d a d e b e ser
vivida, y h a y q u e sacrificar, c a n t a r y d a n z a r j u g a n d o ciertos
juegos p a r a congraciarse a los dioses... y c o n s e g u i r la v i c t o -
ria». Así «vivirán según el m o d o d e la naturaleza, p o r q u e en
casi t o d o s los aspectos s o n títeres, p e r o t i e n e n u n a p e q u e ñ a
p a r t i c i p a c i ó n en la verdad».
Capítulo 1
1. Sobre estas teorías, cf. los estudios de H. ZONDERVAN, Het Spel bij
Dieren, Kinderen en Volwassen Menschen, Amsterdam, 1928; y de
F. J. J. BUYTENDIJK, Het Spel van Mensch en Dierais openbaring van
levensdriften, Amsterdam, 1932.
2. M. GRANET, Fétes et chansons anciennes de la Chine, París, 1914,
págs. 150,292; Danses et légendes de la Chine ancienne, París, 1926,
págs. 351 sig. La civilisation Chinoise, la viepublique et la vieprivée
(«L'Evolution derhumanité», n. 25), París, 1929, pág. 231.
3. «As the Greeks would say, rather methectic than mimetic»: ]. E. H A -
RRISON, Themis. A Study of the Social Origins of Greek Religión,
Cambridge, 1912, pág. 125.
4. R. R. MARETT, The Threshold ofReligión, Londres, 1912, página 48.
5. BUYTENDIJK, ob. cit., págs. 70-71.
6. LEO FROBENIUS, Kulturgeschichte Afrikas, Prolegómeno zu einer
historischen Gestaltlehre, 1933; Schicksalskunde im SinnedesKul-
turwerdens, Leipzig, 1932.
7. Kulturgeschichte, págs. 23,122.
8. Pág. 21.
9. Pág. 122. Sobrecogimiento, emoción (Ergriffenheit) como factor
del juego infantil, pág. 147; cf. la expresión de Buytendijk, tomada
de Erwin Strauss, «actitud patética» y «emocionarse», como base
del juego infantil, ob. cit., pág. 20.
10. Schicksalskunde, pig. 112.
272 HOMO LUDENS
Capítulo 2
Capítulo 3
1. Pág. 23.
2. Sw/>ra,cap.2,págs. 50y63-64.
3. PAULY-WISSOWA, Real Encyclopadie der klass. Altertumswissen-
schaftxn, 1860.
4. Cf. HARRISON, Themis, págs. 221 n. 3; 323, que, a mi entender, da
erróneamente la razón a Plutarco, cuando considera que esta forma
de lucha se halla en oposición con el agón.
5. Cf. la conexión entre á v ü ) V y ávíovia, que significa primeramente
competición, más tarde también lucha mortal, angustia, agonía.
NOTAS 275
52. Ibid.,n.8.
53. Altgerman, Relisionsgeschichte, II, pág. 153. (Sc¿/ mucci Mai Dato),
«la historia del cerdo de Mac Datho», leyenda irlandesa del ciclo de
Ulster(T.).
54. Un ejemplo de gilp-cwida del siglo xi ofrecen las Gesta Herwardi,
ed. D U F F U S H A R D Y y C . T. M A R T I N (en el anexo d e GEFFREI G A I -
MAR, Lestoire des Engles), Rolls Series, 1,1888, pág. 345.
55. Le Pélerinage de Charlemagne (siglo x i ) , ed. KOSCHWITZ, París,
1925, v. 471-481.
56. F. MICHEIX, Chroniques anglo-normandes, I, R U Á N , 1836, pág. 52;
cf. también WACE. Le Román de Rou, ed. H. ANDRESEN, Heilbronn,
1877, v. 15038 ss., y WILLIAM OF MALMESBURY, De Gestis Regum
Anglorum, ed. STUBBS, Londres, 1888, iv, pág. 320.
57. JACQUES BRETEL, Le Tournoi de Chauveney, e d . M. DELBOUILLE
(Bibl. de la Fac. de F. y L. de la Univ. de Lieja, fase. 49), Lieja, 1932, v.
540, 1093 a 1158; «Le D i t des H é r a u t s » , Romanía, XLIII, 1914,
pág. 218 ss.
58. A. L>E VARILLAS, Hitoire de Henry ¡II, París, 1694, i, página 574,
repr. en parte en GODEFROY, Dictionnaire de l'ancienne langue
francaise, París, 1885, véase gaber (pág. 197,3).
59. Griechische Kulturgeschichte, edit. por R. M A R X , Leipzig, 1929, m .
Hay traducción española, Revista de Occidente.
60. H . SCHÁFER, Staatsform undPolitik, Leipzig, 1932; V. Ehrenberg,
«Ost u n d West, Studien zur Geschichtíichen Problematik der Anti-
ke», Schriften derPhilos. Fak. der deutschen Universitat Prag, x v ,
1935.
61. Gr.Kulturg., m , pág. 68.
62. Págs. 90,93,94.
63. Cf. supra, págs. 166 ss.
64. Gr. Kulturg., n i , pág. 68.
65. Págs. 65,219.
66. Pág. 217.
67. Págs. 69,218.
68. Págs. 26,43;EHRENBERG, ob. cit., págs. 6 6 , 6 7 , 7 0 , 7 1 , 7 2 .
69. Gr. Kulturg., n i , pág. 69; EHRENBERG, ob. cit, pág. 88.
70. JAEGER,Paideia,i,pág.226.
71. PINDARO, Olympica, v m , 93 (70).
72. Gr. Kulturg., ra, pág. 85.
73. Según Chares, cf. PAULY-WISSOWA, ob. cit., Kalanos, 1545.
74. Ob. cit., pág. 91.
278 HOMO LUDENS
Capítulo 4
1. DAVY, Lafoijurée.
2. Ost und West, pág. 76; cf. pág. 71.
3. //faifa X 504.
4. Cf. 5 U p r a , pág. 90; cf. JAEGER, Paideia, i, pág. 123: «La diké se ha
constituido en u n a plataforma de la vida pública, ante la cual son
consideraros como 'iguales' altos y bajos».
5. WELLHAUSEN, Reste arabischen Heidentums, seg. e d i c , Berlín,
1937, pág. 132.
6. Ufada, 8 69, cf. Y 209; T 658; T 223.
7. 1497-509.
8. Paideia, i, pág. 11.
9. De esta raíz se deriva quizá también el urim antes citado.
10. Themis, pág. 528.
11. Cf. supra, pág. 120.
12. PAULUS DIACONUS, Hist. Langob., i, 20; Fredegarius, chronicarum
liber (Mon. germ. Hist. SS. rer. Merov., u, pág. 131), cf. iv, t., 27. So-
bre la o alalia por suerte cf. además H. BRUNNER C. VON SCHWEIN,
Deutsche Rechtsgechichte, II, 2, Leipzig, 1928, páginas 553 sig.
13. V. EHRENBERG, Die Rechtsidee im Friihen Griechentum, Leipzig,
1912, pág. 75.
14. DAVY, Lafoijurée, pág. 176,226,239, etc.
15. La misma palabra se conserva en el neerlandés medio wedden,
'confiar'.
16. Lo mismo en anglosajón bryohleáp, en nórdico antiguo bruohlaup,
en el viejo alto alemán brutlouft.
17. J. E. H ARRISON, Themis, pág. 232. Un ejemplo se halla en un cuento
nubio en FROBENIUS, Kulturgeschichte Afrikas, pág. 429.
18. En el Fjólsvinnsmál parece haberse desfigurado todavía más el motivo,
ya que el adolescente que acomete una peligrosa empresa de conquista
de novia plantea las preguntas al gigante que vigila a la doncella.
19. W. BLACKSTONE, Commentaires on the laws ofEngland,ed. Kerr III,
Londres, 1857, pág. 337 ss. El profesor Van Kan me señala la actio
per sacramentum del Derecho Romano, que, hacia finales de la épo-
ca republicana, quedó «limada» hasta convertirse en u n a apuesta
en favor del fisco. Cada una de las dos partes apostaba una determi-
nada suma de dinero a que ganaría el proceso, y el dinero de la parte
NOTAS 279
condenada iba a parar al fisco. Pero ¿no había sido acaso la apuesta,
desde un principio, peculiar a esta forma de proceso?
2 0 . E N N O LITMAN, Abessinien, Hamburgo, 1 9 3 5 , pág. 8 6 . Todavía bajo
la dominación italiana el proceso judicial constituye una pasión, un
deporte y u n placer de los indígenas. Según un periódico inglés, un
juez rural recibió la visita de un hombre que, el día anterior, había
perdido u n proceso. El visitante le dijo alegremente: «Usted sabe
que tuve un defensor muy malo, pero, sin embargo, quisiera darle
las gracias a usted. Tuve mucho por mi dinero».
2 1 . THALBITZER, The Ammassalik Eskimo, Meddelelser om Gronland
x x x i x , 1 9 1 4 ; BIRKET SMITH, The Caribou Eskimo's, Copenhague,
1929; K N U D RASMUSSEN, Era Gronland til Stille Havet, i-n, 1 9 2 5 -
2 6 , «The Netsilik Eskimo», Report of the Fifth Thule Expedition,
1 9 2 1 - 2 4 , v i n , i, 2 ; HERBERT KONIG, «Der Rechtsbruch u n d sein
Ausgleich bei den Eskimo», Anthropos, x i x - x x , 1 9 2 4 - 2 5 .
2 2 . BIRKET SMITH, ob. cit, pág. 2 6 4 , traza con demasiada seguridad la
línea que las separaría de los judicial proceedings, cuando afirma
que las composiciones de canto de los esquimales caribu n o tienen
este carácter, ya que sirven tan sólo como a simple act of vengean-
ce... orfor parpóse ofsecuring quiet and order.
23. THALBITZER, ob. cit, pág. 3 0 3 .
24. STUMPFL, OC. cit., pág. 16.
2 5 . La intención del nidsong fue la de deshonrar al adversario deni-
grándolo.
26. Paideia, pág. 1 4 1 .
2 7 . Sophistes, 222 D.
2 8 . CICERÓN, De oratore, i, 2 2 9 ss. Piénsese en el abogado que en el pro-
ceso de Hauptmann golpeó la Biblia y ondeó la bandera norteame-
ricana, o bien en su colega holandés que en un famoso proceso penal
rasgó el acta que contenía el informe del psiquiatra. Cf. la descrip-
ción de Litmann de una sesión de tribunal abisinio, ob. cit, pág. 8 6 :
«con u n discurso cuidadosamente estudiado y hábil desarrolla el
demandante su acusación. Humor, sátira, refranes acertados y tó-
picos, alusiones mordaces, cólera violenta, frío desprecio, gestos vi-
vísimos, y a veces gritos estrepitosos han de servir para robustecer
la acusación y para aniquilar por completo al acusado.»
Capítulo 5
1. Supra, pág. 9 1 .
2 . Supra, cap. 3 , pág. 102; cf. también mi libro Herbst des Mittelalters,
280 HOMO LUDENS
4.' ed., Stuttgart, 1938, pág. 141. Hay traducción española. Revista
de Occidente.
3. No resulta muy claro el origen de la palabra holandesa que significa
guerra, oorlog, pero, en todo caso pertenece a la esfera sacral. El sig-
nificado d e las palabras germánicas antiguas que corresponden a
oorlog oscila entre lucha, fatalidad, lo q u e está «reservado» a al-
guien y u n estado en el que se ha roto la vinculación p o r juramento.
Pero n o es absolutamente seguro que en estos casos se trate exacta-
mente de la misma palabra.
4. J. WELLHAUSEN, Mohammedin Medina, Berlín, 1882, pág. 53.
5. G R A N E T , Civilisation, pág. 313; cf. J. D E VRIES, Altgerman. Reli-
gionsgeschichte, i, Berlín, 1934, pág. 258.
6. Gregor, Turón. (SS. rer. Merov. Mon. Germ. Hist.), ti, 2.
7. FREDEGAR, ob. cit., iv, 27.
8. Cf. Herbst des Mitteialters, págs. 134 ss.
9. Además de las indicaciones q u e allí se ofrecen, Erasmus Schets an
Erasmus von Rotterdam, 14, v i u , 1528, ERASMO, Opus epistola-
rum vil, n.° 2024,38 ss., 2059,9.
10. H. B R U N N E R - C. VON S C H W E R I N , ob. cit., pág. 555.
11. R. SCHRODER, Lehrbuch der Deutschen Rechtsgeschichte, 5.» ed,
Leipzig, 1907, pág. 89.
12. Cf. Herbst des Mitteialters, pág. 138 sig.
13. W. BLACKSTONE, ob. át, págs. 337 ss.
14. H A R R I S O N , Themis, pág. 258.
15. H E R O D O T O , VIII, 123-125.
16. ix, 101; vil, 96.
17. GRANET, Civilisation, pág. 320-21.
18. Encontramos también la misma tentación de aprovechar la ventaja
en la lucha del rey Sian contra el país Tsch'ou, ob. cit., página 320.
19. Ofecrt-, pág. 311.
20. G R A N E T , ob. cit., pág. 314.
21. No se trata del sitio de 1625, inmortalizado por Velázquez.
22. Ob.cit., pág. 316.
23. W. ERBEN, Kriegsgeschichte des Mitteialters, 16. Beiheft zur Histor.
Zeitschrift, Munich, 1929, pág. 95.
24. MELIS STOKE, Rijmkroniek (ed. p o r W . V. BRILL, Werken van der
Hist. Gen. te Utrecht, N. S., x x - x u i ) III, 1387.
25. Cf. ERBEN, ob. cit., p á g . 93, y Herbst des Mitteialters, pági-
na 142.
26. Cf. ERBEN, ob.cit, pág. 100,yfíeríwí des Mitteialters, página 140.
27. Sobre las condiciones chinas, cf. GRANET, ob. cit., página 314.
28. I.NiTOBE,rJieSou/o//apím, Tokio, 1905, págs. 98 y 35.
NOTAS 281
29. The Crown of Wild Olive, Four Lectures on Industry and War, m :
War.
Capítulo 6
1. Cf. Lieder des Rigveda, trad. de A. HILLEBRANT (Quellen zur Rcli-
gionsgeschichte, vil, 5), Gotinga, 1913, pág. 105 (i, 164,34).
2. Ob. of., pág. 98 (VIII, 29,1-2).
3. Allgemeine Geschichte der Philosophie, i, Leipzig, 1894, página 120.
4. Cf. Lieder des Rigveda, pág. 133 (x, 129).
5. Atharvaveda, x, 7 , 5 , 6 . Literalmente «pilar», a q u í con significado
místico como«fundamento del ser», o algo parecido.
6. Atharvaveda, x , 7 , 3 7 .
7. JEAN PIAGET, Le langageetlapenséechez l'enfant, Neuchátel, París,
1930, cap. v: Les Questions d ' u n Enfant.
8. M. W I N T E R N I T Z , Geschichte der indischen Literatur, i, Leipzig,
1908, pág. 160.
9. N . ADRIANI y A. C. KRUYT, De barée-sprekende Toradja's van Mid-
den-Celebes, ni, Batavia, 1914, pág. 371.
10. N . ADRIANI, «De naam der gierst in Midden-Celebes», Tijdschrift
van het Bataviaasch Genootschap, XLI, 1909, pág. 370.
11. STUMPFL, Kultspiele, pág. 3 1 .
12. C o m o propendía H. OLDENBERG, Die Weltanschauung der Brah-
manatexte, Gotinga, 1919, págs. 166,182.
13. Satapatha-brahmana, x i , 6, 3 , 3; Brhadaranyaka-upanishad, ni,
1-9.
14. Strabo, x i v , 642; HESfODO.^ragm. 160; cf. K. OHLERT, Rütsel und
Rütselspiele, 2.' ed., Berlín, 1912, pág. 28.
15. U. WILCKEN, «Alexander der Grosse u n d die indischen G y m n o -
sophisten», Sitz.-Ber. d.preuss. Akad. d. Wissensch., x x x m , 1923,
pág. 164. Las lagunas en los manuscritos, que e n algunos lugares di
ficultan la comprensión del relato, n o siempre, según mi opinión,
han sido llenadas de un m o d o satisfactorio p o r el editor.
16. XX,N.°133,134.
17. m , 3 1 3 .
18. C. BARTHOLOMAE, Die Gatha's des Awesta, Halle, 1879, páginas 58-
59, ix.
19. Cf. Isis, iv, 2,1921, N.° 11; Harward HistoricalStudies, x x v n , 1924,
y K. HAMPE, «Kaiser Friedrich I I , ais Fragesteller, Kulturund Uni-
versdgeschichte» (íesiscbri/f/ur WalterGoetz), 1927, págs. 53-67.
282 HOMO LUDENS
Capítulo 7
1. Cf. ERICH AUERBACH, «Giambattista Vico und die Idee der Philo-
logie», Homenatge a Antoni Rubio i Lluch, Barcelona, 1 9 3 6 , i, pág.
2 9 7 sig.
2. Pienso en trabajos tales c o m o los d e W. B. KRISTENSEN O los de
K. KERÉNYI en el t o m o Apollon, Studien über antike Religión und
Humanitat,VieML, 1937.
3 . Cf. JAEGER, Paideia, i, págs. 5 5 , 1 5 0 , 1 7 1 , 2 5 2 .
4 . W. H. VOGT, Stilgeschichte der eddischen Wissensdichtung, i: «Der
Kultredner» (Schriften der Baltischen Kommission zu Kiel, iv, i,
1927).
5. Conferencia del profesor D E JOSSELIN DE JONG en la K. Nederland-
sche Akad, van Wettenschapen, afd. Letterkunde, 1 2 d e junio d e
1 9 3 5 , sobre «Poesía indonésica oriental».
6. Cf. HOSEIN DJAJADINIGRAT, De magische achtergrond van den Ma-
leischen pantoen, Batavia, 1 9 3 3 ; J. PRZYLUSKI, «Le prolonguecadre
des Mille et une nuits et le théme du svayamvara», Journal Asiati-
owcCCV, 1 9 2 4 , pág. 1 2 6 .
7. Háikáide Basthó et des ses disciples, trad. de K. MATSUO y STEINIL-
BER-OBERLIN, París, 1 9 3 6 .
8. Cf. W. H. V O G T , Der Kultredner, pág. 1 6 6 .
9. En el libro de MELRICH V. ROSENBERG, Eleanor of Aquitaine, Queen
ofthe Troubadours and ofthe Courts ofLove, Londres, 1 9 3 7 , que de-
fiende la existencia real de la costumbre, se echa de menos una ela-
boración científica del material.
NOTAS 283
Capítulo 8
Capítulo 9
3 3 . H U G O D E S A N C T O V I C T O R E , Didascalia, M i g n e P. L . C L X X V I ,
pág. 773 d, 803; De Vanitate mundi, ob. cit., pág. 709; JOANNES S A -
RESBERIENSIS, Metalogicus i, c. 3; Policraticusv, c. 15.
34. Abaelardi Opera I, págs. 7,9,19; II, pág. 3.
35. Ob. cit., l, pág. 4.
36. Según u n informe que debo al fenecido profesor C . SNOUCK H U R -
GRONJE.
37. 15 de junio de 1525: Erasmi opus epist, ed. Alien, v i , n. 1581,621.
C a p í t u l o 10
8. Ibid., 1339 b, 3 Í
9. PLATÓN, Leges, IT, 668.
10. ARISTÓTELES, Politica, VIII, 1340 a.
11. Kep«r;/iai,X,602B.
12. KOÍrcaiSiávuva icaí ox> aJtov8r|v -niv Liíjiqaiv.
13. En los periódicos encontré una noticia sobre un concurso interna
cional, celebrado por vez primera en París en 1937, para el premio
fundado por el fenecido senador Henry de Jouvenal para la mejor
reproducción del Notturno V/para piano, de Gabriel Fauré.
14. FRIEDICH SCHILLER, Ueberdie ásthetische Erziehungdes Menschen
(1795), carta 14.
a
15. TheStoryofAhikar, 2 . e d . d e F . C . CONYBEARE,J.RENDELHARRIS
y AGNES S M I T H LEWIS, Cambridge, 1913, págs. LXXXIX, 20-21.
16. GRANET, Civilisation, págs. 229,235-239.
17. V. EHRENBERG, Ost und West, pág 76.
18. Álbum de Villard de Honnecourt, ed. H. O M O N T , lám. XXIX, fol. 15.
Capítulo 1 1
C a p í t u l o 12
Introducción a m o d o d e prólogo 7
1. Esencia y significación del juego como fenómeno cultural. 11
2. El concepto de juego y sus expresiones en el lenguaje .... 45
3. Juego y competición, función creadora de cultura 67
4. El juego y el derecho 103
5. El juego y la guerra 117
6. E l j u e g o y e l s a b e r 137
7. Juego y poesía 153
8. Papel d e la figuración poética 174
9. F o r m a s lúdicas d e la Filosofía 187
10. Formas lúdicas del arte 201
11. Las culturas y las épocas sub specie ludi 220
12. El elemento lúdico en la cultura actual 247
Notas 271