Escrito para Morir
Escrito para Morir
Escrito para Morir
N a c i d a en Cal i , c u r s a b a el b a c h i l l e r a t o c u a n d o
se v i n c u l ó al t e a t r o y e n c o n t r ó su v a c a c i ó n s o c i a l .
E s t u d i ó a n t r o p o l o g í a en la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l
d u r a n t e l o s a ñ o s s e t e n t a y p a r t i c i p ó en el
m o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l de la é p o c a . E n t o n c e s
c o n o ci ó a a q u e l l o s c o m p a ñ e r o s con q u i e n e s
f o r m a r í a u n a de l o s p r i m e r a s c é l u l a s u r b a n a s del
n a c i e n t e M o v i m i e n t o 19 de A b r i l , m - 19, en el cu a l
m i l i t ó d u r a n t e m á s de d i e c i o c h o a ñ o s . L u e g o de
i n t e g r a r l a d i r e c c i ó n n a c i o n a l de est e g r u p o e
i n t e r v e n i r en v a r i a s de l a s a c c i o n e s q u e le d i e r o n
i d e n t i d a d y f u e r z a p o l í t i c a , se r e t i r ó
v o l u n t a r i a m e n t e c u a n d o le p a r e c i ó q u e el e j e r c i c i o
de la p o l í t i c a a t r a v é s de l a s a r m a s ya no c o n v o c a b a
al p a í s .
En 1998, u n j u r a d o f o r m a d o p o r A r t u r o A l a p e ,
V í c t o r C a s a u s y E r a c l i o Z e p e d a , le o t o r g ó el P r e m i o
N a c i o n a l C u l t u r a en la m o d a l i d a d de T e s t i m o n i o a
su o b r a E s c r i t o p a r a n o m o r i r , p o r c o n s i d e r a r l a "un
t e x t o v a l e r o s o , q u e d e s c u b r e la s e n s i b i l i d a d de l s er
f e m e n i n o , de m a n e r a d e s p r e j u i c i a d a y s i n c e r a " , al
m i s m o t i e m p o q u e " u n d e s c u b r i m i e n t o c o m p l e j o de
l o q u e ha s i d o C o l o m b i a en l a s ú l t i m a s d o s
d é c a d a s " , el c u a l " a b a r c a la r e l a c i ó n c o n f l i c t i v a
e n t r e u n a m i l i t a n c i a de i z q u i e r d a g u e r r i l l e r a , u n a
e s t r u c t u r a so ci al que f avo re ce las d e s i g u a l d a d e s ,
s u e ñ o s c o l e c t i v o s no r e a l i z a d o s y una u t o p i a te naz
que s ob re vi ve" .
E s c r it o p a ra n o m o rir
Premio Nacional de Testimonio
1998
HARÍA GUGGNIA VJÁÍQUGZ PGRDOMO
M IN IS T E R IO D E C U L T U R A
M a r ía E u g e n ia V á s q u e z P e r d o m o
© de esta edición
M in is te rio d e C u ltu r a
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IN T R O D U C C IÓ N
la n e n o R iA , h il o q u g tg jg la vjida
C fT A A U T O B IO G R A F ÍA Q U IZ Á 1) € S UN C O N J U R O C O N T R A C L OLVJIDO DC
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h a r ía e u G e n iA u A iQ u e z p e R D o n o
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miso cristiano eran bien distintas de las del Alvernia, donde nos
contentábamos con dar plata para los pobres y rezar por ellos.
En Maridíaz, los sábados en la m añana visitábamos los barrios
pobres de la ciudad y allí repartíamos mercados y nos dedicá
bamos a preparar a los niños para su Primera Com unión y a
alfabetizar adultos. Los domingos, el recreo y la misa eran más
largos y destinábamos un tiempo al arreglo de la celda. Una vez
al mes nos daban salida a la casa, y otra nos sacaban de paseo a
jugar voleibol en las canchas del Batallón Bomboná.
Para romper el aburrim iento, las internas tratábamos de
esquivar las normas haciendo cosas como penetrar al comedor
de las monjas para robar pan y mermelada o escapar en las m a
drugadas para bañarnos con agua caliente en la tina monjil o
bañarnos desnudas contra la obligación de hacerlo con chingue.
También nos gustaba arm ar actos culturales los domingos en
la tarde y cada quien lucía sus aptitudes artísticas: Elsa canta
ba tangos, Sara recitaba “El seminarista de los ojos negros”, Alba
Lucía cantaba rancheras y Blanca tocaba el piano.
Ir a Sibundoy cada mes o durante las vacaciones me hacía
sentir libre. Desde el páramo se tenía la primera panorámica
de ese valle asomado entre trailejones de todos los tiempos. La
carretera se enrollaba y desenrollaba como una culebra, escon
diendo y descubriendo el paisaje en cada vuelta. Al fondo, el
Valle de Sibundoy envuelto en un resplandor de espejo de agua
que le daban las lagunas, entraba por los ojos hasta el corazón.
Vivíamos en una casa del pueblo pero no lejos de allí el vie
jo tenía una finca con ganado. Me había regalado una hermosa
yegua mora para que paseara. Yo desaparecía en la m añana del
domingo y sólo volvían a verme al atardecer. Tomaba el cami
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Dot
DG TROPEL £ h LA NACIONAL
e n C O N 9 ID € R A C IÓ M A LA SITU A C IÓ N C C O N Ó M IC A DC H I M ADRC Y A n i
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1 G. Sáenz llegó a ser miembro del Estado Mayor de las Fuerzas Arma
das Revolucionarias de Colombia, FARC, con el nombre de Alfonso Cano.
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gía y conocido colino. Sin dientes, de pelo rubio hasta los hom
bros, este personaje hacía su campaña en una zorra de acarreos,
coronado de flores, lanzando besos al aire como las reinas de
belleza. Los que no estábamos de acuerdo con la participación
del movimiento estudiantil en el cogobierno nos sumamos a
la irreverente candidatura.
Ese acto consolidó a La Plaga como grupo. No era una or
ganización: así llamaban a un sector amplio del estudiantado
casi todo de provincia, sin compromiso político con los grupos
de izquierda, cuyo común denom inador eran la beligerancia y
el amor al tropel. Tirar piedra y pelear eran sus pasiones. Uno
de los combos más duros de la plaga lo integraban Salsa, C ue
ro, Rata, El Chato, Papapicha y El Camello, hombres sin ley.
El común de estudiantes les tenía miedo y las muchachas ni se
acercaban, ellos gozaban con la fama de malos. Con la extre
ma izquierda eran solidarios. Conmigo fueron siempre muy
especiales, me consideraban del combo y me cuidaban.
LA TR AIC IÓ N
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efCBITO PARA NO M O R IR
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TRES
UNA GUGWLLA CRIOLLA
HATTA LA U N IV O C ID A D HABÍA L L E G A D O AM IGANDO H O G U G R A C GL U IG N T O
de la revolución. El triunfo de la guerrilla cubana y la experien
cia de mayo del 68 en París influían el pensamiento de los jó
venes de los años setenta. Era una generación que sim ultánea
mente deseaba acabar con la guerra del Vietnam y cambiar el
mundo a través de la guerra revolucionaria, practicar el amor
libre y construir utopías posibles en el sur de América, rom per
con el continuism o político y proponer otras ideologías, re
componer el orden social para hacer realidad una sociedad más
equitativa. Era una juventud que se sentía atraída por los pro
yectos colectivos y que jugó a parecerse a los ídolos de ese tiem
po. Antes que los textos académicos aparecían las Obras escogi
das del Che Guevara, el discurso de Fidel Castro conocido como
Segunda declaración de La Habana, las Actas tupamaros, de Ma
ría Ester Gilio, El Manual del guerrillero urbano, de Carlos Mari-
ghella o los Escritos militares de Mao, junto a novelas y escritos
épicos como Así se templó el acero, de Ostrovsky; La madre, de
Gorki; E l bosque, de Pomeroy, Tania la Guerrillera y E l diario
del Che en Bolivia.
En ese ambiente, mi fervor por la causa crecía. El sustento
teórico lo encontraba en los clásicos del marxismo que apare
cían a la sombra de la academia. Cuando supe qué era el Ma-
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es
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yines dos tallas más amplios para sentirse bien, los zapatos G ru
lla un número mayor para que no le salieran callos y la ruana
doblada a lo largo sobre el hombro izquierdo. Con el pelo ha
cia atrás al estilo Gardel, se afeitaba con barbera y se cortaba las
uñas con navaja. Nunca le faltaron ni el radio transistor para
escuchar tangos ni su navaja en la correa. Se lo veía con fre
cuencia tallando madera o haciendo cualquier cosa con pacien
cia de artesano, mientras silbaba o cantaba. No era hombre de
carcajadas, pero cuando soltaba una com prometía el cuerpo
entero y tenía unos apuntes de humor plagados de irreveren
cia con los que noqueaba a más de uno. Recuerdo que hasta
cuando mentaba la madre se lo veía tranquilo. Conm igo fue
tierno sin sobreprotegerme. U n verdadero compañero como lo
pintaban en las novelas de la épica revolucionaria. Con él ha
cía todas las prácticas, desde las marchas a los cerros hasta la
búsqueda de información para operativos. Y no tenía ese afán,
tan común entre los otros muchachos, de competir, de mostrar
se superior, de presionar y mucho menos de impresionar. Sólo
le importaba hacer las cosas lo m ejor posible y era bastante
creativo, como si esa vocación de artesano se contagiara a todo
lo que hacía. Siempre se le ocurrían variantes para los operativos
o sugería nuevas ideas.
En dos o tres ocasiones, con E l Mono nos traicionó la piel
y los adolescentes que teníamos dentro de las botas saltaron sen
suales para jugar explorando sensaciones, pero se nos quedó en
las manos el deseo, nos amamos con las puntas de los dedos y
apenas rozamos los labios despertó el soldado de la causa, nos
poseyó la razón y abandonamos la posibilidad de enamorar
nos por ese rompimiento que hacíamos entre lo político y lo
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prendí que cada una de esas opciones por sí sola acapara la vida.
Tener veinte años me ayudó por un tiempo.
RUTINA C A Í G R A
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C uatro
1 A lianza N acio n al Popular, nom bre que tom ó el partido liderado por el
general (r) G ustavo Rojas P in illa. E l general asum ió el poder m ediante un
golpe apoyado por los partidos tradicionales en ju n io de 1953 para “p acifi
car al país” y desactivar las guerrillas liberales, luego de la violencia desata
da por el asesinato del dirigente popular Jorge E liécer G aitán en 1948. Desde
la presidencia, intentó organizar un m ovim iento populista basado en el b i
nom io “pueblo-fuerzas arm adas”, con protagonism o de esos dos actores so
ciales, lo cual le g ranjeó la oposición del bipartidism o. L a m ism a dirigencia
de los partidos liberal y conservador, que lo había llevado al poder, fraguó
el golpe que lo destituyó en mayo de 1957 y lo condenó al destierro. C onver
tido en víctim a de la oligarquía, el ex-dictador aglutinó en torno suyo a los
excluidos de am bos partidos y a una gran m asa de sectores populares. E n
las elecciones presidenciales de 1970 se expresó m asivam ente el apoyo a la
candidatura del G eneral.
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MARÍA €U G €N IA V|ÁÍQU£Z P€RDO M O
2 Se llam ó así al sistem a de gobierno que rigió en el país por veinte años
-d e 1957 a 1 9 7 7 -, cuyas características fundam entales fueron la alternación
y la paridad. L a presidencia de la República se turnaba obligatoriam ente
para cada uno de los partidos conservador y liberal, que tradicionalm ente
se disputaron el poder. L a paridad significaba repartir, por m itad, los car
gos de la adm inistración pública entre los dos partidos. E l régim en del Frente
N acio n al tuvo su origen en el pacto de B en id orm suscrito por conservado
res y liberales, en ju lio de 1956, con el fin de derrocar al general R ojas Pinilla
y nom brar una Ju n ta M ilitar que garantizara la transición hacia el sistema
del Frente N acio n al. L au rean o G ó m ez y A lberto L L eras C am argo firm a
ron a nom bre de sus partidos el acuerdo.
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MARÍA EUGENIA VJÁÍQUEZ PER D O N O
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HACÍA EUGENIA VIÁÍQUEZ PER D O N O
A Q U Í GM TRG N O S
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MARÍA G UGG NIA VIÁSQUGZ P G R D O M O
en los riesgos, si ahora podía estar cerca de Fayad, verlo con al
guna frecuencia, sentir su presencia en mi trabajo? A ese hom
bre lo amaba por encima de cualquier inconveniencia. Recorda
ba que en aquella cita del año setenta y ocho hallamos un punto
de convergencia indisoluble: cumplíamos años justo en la mis
ma fecha.
-Y o cumplo el mismo día en que nació Bolívar... -d ijo .
-Y o también - l e respondí.
Nos miramos incrédulos y luego reímos con ganas. Acorda
mos encontrarnos para celebrar juntos nuestro cumpleaños, aun
que hubiera pasado un mes. Era una cita robada a la clandesti
nidad y al trabajo.
Com im os en un buen restaurante, tomamos vino y conver
samos durante horas. E l Turco manejaba el verbo como un ilu
sionista, la pasión y la exactitud se mezclaban para crear reali
dades. Era imposible despegarme un segundo de sus palabras,
porque las tejía de tal manera que lograba atraparme en su re
lato. E l sentimiento que deseaba transmitir, no importaba cuál,
llegaba hasta mí usando el tono de su voz como vehículo para
penetrar en mis emociones. Me poseía, vibraba con él, levantaba
vuelo y retornaba a rozar la realidad. Em pezó contándome un
viaje, y desde allí paseamos por todos los temas, hablamos has
ta del amor. No sentí el tiempo, no reparé en nadie más, no es
tuve pendiente de la puerta, no me acordé de la clandestinidad
de los dos. Me entregué.
Cuando cerraron el restaurante, fuimos a una discoteca a
escuchar música. Permanecía seducida por su palabra, por sus
gestos vehementes, por la profundidad de su mirada. Ese hom
bre tenía magia, pero había algo más fuerte: su pasión. Desde
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ÍI€ T £
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LA ID E A D € A C A T A R A L O S P R G S O S S £ C O N V IR T IÓ C A S I G M U N A O B S € S IÓ h ,
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h a r ía e u G e n iA M Á ío u e z p g r d o m o
les
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m aría euGeniA Márquez pesDOMO
COLADOS LA f l £ 9 TA
rativo. Por fin, yo sentía que podía transformar ese sentim ien
to de dolor por los amigos presos en fuerza, en coraje.
Nos jugamos todas las cartas, la apuesta era grande. Recogi
mos todos los fierros e invertimos en ese operativo hasta el últi
mo centavo de la organización. El apartamento que alquilamos
con Lucho se convirtió en caleta de armamento, vestuario y de
más implementos necesarios. Ambos nos movíamos frenéticos
comprando sudaderas, tulas, balones, trasladando armas, m uni
ciones y granadas que nos entregaban en la calle envueltas en
periódico. E l tiempo alcanzó para todo, hasta para decirle adiós
a mi hijo, escribir una carta a la vieja, visitar a los amigos y lla
mar a mi tía Myriam para que estuviera tranquila. Claro, le dije
mentiras. Inventé una beca para estudiar en México.
Nos concentramos el veintiséis de febrero por la tarde en la
misma casa donde hicimos la rumba navideña. Estábamos los
dieciséis del operativo, más Lucho y Elvecio. Esa noche nos ex
plicaron la misión y preguntaron si estábamos dispuestos a lle
varla hasta el final. Advirtieron que, si alguien lo deseaba, po
día retirarse; contábamos con suplentes. Nadie dijo nada.
Entonces, explicaron detalladamente el plan, con mapas y
fotos del sitio. La cosa parecía militarmente fácil, contábamos
con el factor sorpresa a nuestro favor. Solo se requerían deci
sión, rapidez para copar la casa y demostración de fuerza. E l
com ando llevaba el nombre de Jorge Marcos Zambrano, un
compañero asesinado en Cali. Nuestra consigna era Vencer o
Morir. Por primera vez pensé en esa opción.
Más que emocionados, estábamos exaltados. Sin duda el
objetivo político era claro y justo. La cercanía de las elecciones
por realizarse el diecinueve de marzo presionaba para un arre-
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eSCRITO PACA no NOCIC
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MARÍA e U G G M IA VJÁSQUeZ P6 R D O M O
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U N A e N B A J A D A PARA LA LU ÍÍA D G N IE L
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MARÍA £UG€MIA V1Á ÍQ U G 2 PGRDOMO
J U G G O S DG G UGRRA
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« C R I T O PARA n o MORIR
-¡C o m o ordene!
—¡A la orden!
—¡Enseguida!
-¡C o n permiso!
-¡L ista!
Memoricé que un soldado tiene en la batalla delimitados
su campo de tiro, sus funciones, su misión y su acción. N o pue
de quedarse corto, pero tampoco tomar iniciativas. La iniciati
va la toma el jefe. También aprendí a ser jefe, que es bien dis
tinto: el jefe responde por sus hombres, piensa, dispone, prevé,
delega y ordena.
Todo eso me costó mucho. No soportaba la invasión a la
privacidad que implicaba convivir en una estructura m ilitar de
manera permanente, ni la renuncia a mi ser individual; tras el
uniforme se agazapa la homogenización. Obedecer no era pro
pio de mi signo zodiacal. Cientos de veces quise salir corrien
do o pegarme un tiro con un cañón para borrarme del planeta.
Fui una alumna excelente según los puntajes, pero descu
brí que no tenía vocación para la m ilicia, a pesar de llevar el
uniforme con gracia.
El juego de la guerra consiste en planificar, dominar la es
trategia y la táctica, diseñar sobre maquetas y cartas topográficas
cada movimiento de las tropas, asignar los medios de combate
y prever los desenlaces. La guerra sobre el terreno es otra cosa:
dolor y muerte.
La escuela militar nos adiestró para el combate. Templó la
voluntad, nos acostumbró a la presión sicológica, desarrolló
habilidades tácticas sobre el terreno, nos dotó de herramientas
para calcular dimensiones a simple vista, ordenó los procedi
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h a r ía euceniA 'j a í q u e z p e r d o n o
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O cho
UN €J€RCITO GM APURO*)
ci cinco DC harzo dc 1981. loí habitants dc la ribcra dcl río
Mira, desde el cabo Manglares hacia el interior, despertaron
antes de lo acostumbrado, con la curiosidad de ver qué les ha
bía traído el río. Un ronquido de motores había invadido su
sueño la noche anterior y eso era indicio de bonanza en aquel
territorio abierto al contrabando. Los habitantes de un caserío
de nombre desconocido pudieron adsbar desde lejos las cuatro
lanchas que se detuvieron en su atracadero. Los bogas eran de
la región y los pasajeros, seis a diez por lancha, todos jóvenes,
iban acompañados por un señor de pelo blanco que parecía el
papá y cuyo gesto amable estaba en contravía de las armas que
portaba.
Una discusión mantuvo ocupado a Carlos Toledo por lar
go rato. Los bogas no querían seguir, seguramente cabreados
porque el remolque de contrabando para el cual los contrata
ron no era usual: pesaba mucho y traía demasiada gente arm a
da para custodiarlo. Poco faltó para que nos abandonaran allí
mismo, pero un sobreprecio transó la diferencia y las cuatro
lanchas reemprendieron la marcha tras las otras siete.
Llevábamos cinco días de viaje encerrados en la bodega de
un barco, seis horas a bordo de las canoas y comenzaba a cla
rear cuando llegamos hasta La H onda, una especie de playa
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G 9 C R IT O PA SA N O M O R IR
paso del río, uno de los momentos más peligrosos en las mar
chas guerrilleras. Una escuadra ocupó posiciones de defensa
desde la orilla donde nos encontrábamos. Luego vadeó el rió
la escuadra de exploración y cubrió la otra orilla, mientras dos
de ellos revisaban el terreno aledaño. Cuando estuvieron segu
ros de que no había ninguna emboscada, dieron la señal para
que el grupo pasara con mucho cuidado. El agua nos llegaba a
la cintura y se percibía la corriente. Una vez en la otra orilla,
sentí que la vida era posible.
Me impresionó nuestra idea de frontera, como si de pronto
una línea imaginaria pudiera protegernos y todo se redujera a
pasar el río y quedar a salvo. Pero, bueno, eso decían las nor
mas internacionales. Cuando estuvimos al otro lado, buscamos
dónde descansar como a dos kilómetros de la orilla. Rosemberg
partió con dos compañeros en busca de un pueblo llamado San
Lorenzo que, según el indio, no estaba lejos.
Aunque parezca paradójico, en el análisis que precedió a
la decisión final, primó el respeto por la legislación internacio
nal y decidimos evitar cualquier enfrentamiento con las fuer
zas ecuatorianas. De esa manera, nuestra presencia no sería in
terpretada como agresión y podríamos acogernos al derecho de
amparo en el vecino país.
Tal vez el desenlace reciente de la toma de la embajada in
fluyó en la propuesta del Com andante Uno. En la lógica de la
guerra, romper un cerco como el que nos tendió el ejército, con
doce mil hombres según sus propios datos, era una acción que,
si se acompañaba de un hecho político con efectos sobre el go
bierno colombiano, nos permitiría retomar la iniciativa perdi
da en el terreno militar.
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e o c e n o para n o m o r ir
PELADILLA
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E S C R IT O PA BA M O M O B IB
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Nuevie
RGJAÍ €M £L ALMA
Recorro desbocadamente recuerdos
como sombras perfiladas
en la blanca pared.
Cada centímetro de celda tiene un nombre,
una voz, un color, una palabra...
Mi cuerpo lleva a nombre de otros
una esperanza.
Escondo un atado de sueños en cualquier rincón
como única forma de sobrevivir
en este corral blanqueado.
Buen Pastor, Medellin, enero de 1982
T IO n e o D C Í P I Ó DG NUESTRA CAPTURA. O C H O DC LO S O C N T A V
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NACÍA £ U G € N IA V JÁ ÍQ U € Z P C B D O M O
las huellas, nos quitaron las esposas. D urante casi todo el con
sejo de guerra nos habían mantenido con las manos esposadas
a la espalda. Cuando nos visitó el representante del Comité In
ternacional de la C ruz Roja, señor Erik Kobel, y recibió nuestra
queja, opinó que la postura de manos atrás era benéfica para
la columna; el dolor que nos desgarraba los músculos parecía
secundario.
No observé rejas en el trayecto al patio. La pulcritud de los
pasillos y las paredes me recordó el internado donde estudié.
N unca antes había visitado una cárcel, pero tenía la idea de un
sitio sucio y maloliente. Allí todo relucía, y en lugar de barrotes
vi puertas de madera con los nombres de los patios. Me tranqui
licé. Aún no sabía que las monjas ponen las rejas en el alma.
Llegamos a una puerta ante el jardín, con un letrero: “Re
cepción”. Las guardianas timbraron y se abrió. Las mujeres de
adentro se quedaron quietas con los ojos fijos en las que llegá
bamos. Nosotras nos mantuvimos muy juntas; sobre todo pen
sábamos en Silvia y en su embarazo. N o sabíamos qué podía
suceder... Las guardianas nos hicieron pasar y varias mujeres
se acercaron. Tardamos un poco en darnos cuenta de que se
dirigían a nosotras con cordialidad.
—Aquí no se pasa tan mal.
—No se preocupen, entre todas nos ayudamos.
—Me llamo N ubia y estoy a la orden, si necesitan algo...
—¿De dónde vienen?
Su calidez nos desarmó y nos relajamos un poco. Llovieron
preguntas y las respondimos con calma. Se extrañaron de que
les dijéramos que éramos guerrilleras del M-19 condenadas por
rebelión. Asumirnos como detenidas políticas de un régimen
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veíamos sin harina en las mejillas rosadas, con una sonrisa ra
diante, pero cuando terminaba la visita se encerraba en su cel
da a llorar. Hasta muy tarde se escuchaban los sollozos.
Entre tanto, Ofelia, una joven llena de vitalidad, no se re
signaba a su suerte. Apenas había probado las delicias de una
vida cómoda junto a un abogado quince años mayor que deci
dió dedicarse a un oficio más productivo: el secuestro. M ontó
la empresa y empezó a actuar con éxito: reivindicaba como po
líticos los secos, con el objeto de despistar. Todo iba bien, hasta
que un día cantó un sapo y la suerte lo abandonó: la policía en
tró matando y luego preguntó quién era. A Ofelia la detuvie
ron, aunque no había cumplido los dieciocho años, y su hija
quedó como única heredera de una fortuna que otros disfru
taron. Además Ofelia sabía que su juicio sería aplazado hasta
que el comerciante judío al que secuestraron se cansara de so
bornar al juez.
Sara llevaba cuatro años en prisión y le faltaban otros tan
tos. Era una muchacha de faenas de campo que nunca había
salido de Segovia, en Antioquia, tan buena para el trabajo como
apasionada por los hombres, hasta que un día se enamoró de
uno y se largó a vivir con él. Cuando contaba esta historia, sus
ojos verdes rasgados todavía brillaban de rabia. Un domingo en
que bajó al pueblo, alguien le avisó que él tenía moza. Pensó
en el hijo que esperaban, sopesó su amor y decidió disputárselo
a la otra. Se anim ó con unos guaros, entró en la cantina, miró
a la mujer que le indicaron y se dirigió desafiante hacia ella. La
otra, como si hubiera estado esperándola, descogotó una bote
lla y se le echó encima. El puñal de Sara la aventajó, pero am
bas penetraron la entraña de la enemiga. Ella vio caer a su rival
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hacía euGeniA viAsquez peuDOMO
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NOSOTRAS
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e rc e iT O p a r a n o p io r ir
una de las tareas que ella asumió con el mismo rigor con que
abordaba todo. Estudió ingeniería quím ica en la Universidad
Nacional de Bogotá y durante el curso militar mantuvo su fa
ma de juiciosa. Caminaba lento y el peso de su cuerpo nos deja
ba reconocer sus pasos por la vibración que producía. Cuando
bajaba la cabeza y parpadeaba despacio, sabíamos que estaba
a punto de emitir una opinión equilibrada e imparcial propia
de su disciplina académica, pero tampoco era difícil sorpren
derla riéndose en voz baja para luego levantar la cabeza y sol
tar una carcajada.
Marta era sobria, su apasionamiento sólo salía a relucir en
los enfrentamientos con las sores y las guardianas. Para contro
lar la bronca que les tenía, realizaba prolongadas jornadas de
gimnasia, ejercicios de respiración de yoga y dietas vegetaria
nas. Vestía de sudadera y tenis y usaba falda los días de visita,
porque tocaba ponerse uniforme.
Silvia estuvo con nosotras hasta que nació su hija, Liber
tad. Aunque no era una muchacha frágil, su estado de preñez
hacía que todas la protegiéramos, pero tras su juventud y su
dulzura se escondía una personalidad recia. Hija de un m e
diano caficultor, había estudiado en la Universidad Externado
de Colombia su primer semestre de derecho y todavía vivía en
casa con sus hermanos cuando le propusieron el curso de pre
paración guerrillera. Los militares la interrogaron con especial
insistencia, tal vez tratando de sacar partido de su edad, pero
se toparon con la fortaleza de sus convicciones.
Susana, Marta, Silvia y yo éramos las cuatro del Mira, pero
junto a nosotras estuvieron temporalmente otras compañeras
del Eme vinculadas con el secuestro de Martha Nieves Ochoa,
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MARIA eUGeMIA VIÁSQUeZ PGCDOMO
la misma que quisieron canjear por Elvecio los del MAS. Entre
ellas, quien más tiempo permaneció con nosotras fue Beatriz
Rivera. Tenía veintiún años, cara de colegiala y vocabulario de
arriero. Todo en ella era bullicio, actividad y risa. Su trenza os
cura la seguía bailando a donde fuera.
La habían detenido en un allanamiento a su casa que hi
cieron el MAS y los militares en busca de Marta Nieves Ochoa.
Quines estaban dentro, el Mono C ándelo—su compañero—, un
sardino y ella, respondieron a bala. A Beatriz le correspondió
defender la posible retirada desde el patio; cuando agotó la m u
nición, la rodearon los soldados. No supo que a los demás los
habían matado y más tarde aguantó la tortura sin decir pala
bra. Sólo a los diez días, en la indagatoria, el juez le confirmó
la verdad. Beatriz pensó en morirse pero abrió los ojos y no tuvo
más opción que mantenerse firme, como si tuviera la necesi
dad de vivir por el Mono y por ella. Los militares interpreta
ron su fortaleza durante los interrogatorios como dureza y sed
de venganza, pero nada más lejano que ese sentimiento para
ella, formada con esperanza en la vida. Un dolor sin lágrimas
se le quedó adentro, junto al luto de su prim er amor. Cuando
oía canciones de Alberto Cortés su mirada se oscurecía como si
toda ella se eclipsara. Su dolor me penetraba el alma. La quise
de manera especial, quería aprender, se convirtió en mi alumna
y yo sentía que mi experiencia operativa quedaba en las mejo
res manos.
Otra Beatriz, de apellido Betancur, estudiante de la Univer
sidad de Antioquia, fue nuestra anfitriona cuando llegamos al
patio “Progreso”, donde llevaba un año. La acusaban de ser
del ELN. Paisa a carta cabal, todo en ella era desbordado: su risa,
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LAS OTRAS
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E SC R IT O PARA MO MORIR
Si no me querés
te corto la cara
con una cuchilla
de ésas de afeitar.
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mabIa euGeniA w squez peRDono
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LA LGY D€ LA 9€LV1A
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H ACÍA e U G C N IA V IÁ TQ UeZ P G B D O H O
Preso estoy,
estoy cumpliendo la condena,
la condena que me da la sociedad,
me arrepiento, me avergüenzo y me da pena.
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e rc c iio PACA M O MORIR
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m&lA euGeniA viAsquez pcbdomo
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ercciTO paca no nocic
—¿Nada más?
—¿Para qué más?
—¿Y qué te dice?
—¿No ves?, que me quiere.
—¿Cómo sabes que dice eso?
-Porque junta los brazos como si me abrazara.
Su único amor de sexo opuesto duró como un mes.
Con El Mono sosteníamos un trato más bien distante; ella
sentía que significábamos una fuerza alterna a la suya. En una
ocasión nos enfrentamos. Llegó “carne fresca”, como llam á
bamos a esas detenidas casuales que sólo pasaban unos días
en la cárcel: dos sardinas llorosas que venían de los calabozos
de una comisaría. El Mono se lanzó, no a la conquista, sino a
la agresión; cuando se quedaron solas, las tocó, les pellizcó los
senos, y ellas gritaron aterradas. Las guardianas se hicieron las
locas. Entonces le increpé su cobardía. Si era tan berraca, que
las conquistara, pero que no las jodiera aprovechando su mie
do. Vino hacia mí, iracunda, y me retó a pelear. De inmediato
Fabiola, María, Mery y Nubia se colocaron a mi lado, y las m u
jeres del Mono al lado suyo. Estábamos frente a frente, y em pe
zamos con la confrontación verbal. La palabra tiene poder, la
procacidad lleva implícita una gran fuerza que, si es bien m a
nejada, evita la violencia física. La batalla simbólica impidió
un combate real. Nos gritamos de todo, cada cual hizo alarde
de su fuerza y su capacidad de acabar con la oponente, sin que
llegáramos a las manos. Las palabras cortan, hieren, humillan,
golpean, matan. Soltar un insulto -com o piroba—, en el m o
mento exacto, fulmina. El tono de voz es clave, se sorprende
con el grito, se mascullan obscenidades. Los gestos sostienen la
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LA LIBERTAD £ 9 UN E S P A C IO A B IO T O
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Diez
CANTANDO AL ÍO L C O M O LA CIGARRA
LO PRINCRO q u e H ic e C U AN D O SALÍ DC LA C ÁR CC L ÉU € RCCUPCRAR n i
cuerpo para la libertad y el amor. Por eso me quedé unos días
en Buga, viviendo un romance inventado en prisión con un am i
go de las causas perdidas. Bailé salsa para sacudirme el letargo
de la cárcel y hablé de política hasta quedarm e afónica. Conce
dí entrevistas a la prensa local con otros compañeros del Mira
y me dejé consentir por la gente cercana.
Con quienes salieron de La Picota, la organización integró
el Frente Amplio para adelantar gestiones de paz. Estaba claro
que la amnistía representaba un primer paso, pero no nuestra
meta. Para el Eme, más allá del armisticio, se trataba de lograr
un proceso de ampliación de la democracia y un pacto social que
pusiera al país en el camino hacia la solución de los principales
problemas sociales. Por esa razón, la paz involucraba no sólo
a la guerrilla, sino al conjunto del país.
Como no hice caso al llamado de la dirección para presen
tarme en Bogotá el mismo día en que salí de la cárcel, cuando
llegué se habían ido para una reunión en el exterior. ¡Qué vai
na! Pero no hay mal que por bien no venga. Encontré a Alfredo
y retornamos a nuestra luna de miel. Descansamos dos meses,
mientras la Dirección Nacional deliberaba.
Luego de los primeros análisis, en la reunión quedó claro
que el gobierno de Belisario Betancur no tenía voluntad para
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CIUDAD CÓdPLICe
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O n ce
HERIDAS D£ nU€RT€
LOS ROBLCS aoon cono UNAS VJACACION€S e n fW llLIA, cono R e
gresar a la casa paterna, pero después del congreso nos disper
samos. Cada quien definió con la comisión organizativa su mi
sión y marchó hacia la región correspondiente para adelantar
su trabajo. Finalizando el mes de febrero, ya quería regresar a
la ciudad. Las vacaciones en el campo habían sido muy agra
dables, pero no deseaba permanecer en la Fuerza Militar, pre
fería el trabajo urbano. Acepté conformar los Campamentos de
la Paz en Cali, con Afranio, Jacquin, Laureano y Carlos Lucio.
Trabajar con Afranio era una garantía, yo tenía confianza ple
na en él y además estaba encarretada con el sardino Lucio. Avisé
de mi decisión a Pizarro, el encargado de la región occidental.
—Chévere que permanezcas en nuestra región militar. ¡Lis
to! Pero ¿ya hablaste con FayadP
Hasta el momento de la conferencia estaba bajo el m ando
de Fayad, ahora comandante general. E n esa ocasión aprove
ché mi ascenso a la Dirección Nacional para tom ar iniciativas
de trabajo. Cuando le comuniqué mi decisión, Fayad ya tenía
una misión para mí; sin embargo, no puso objeciones. Me en
tristeció desligarme de él; si hubiera insistido un poco, habría
permanecido bajo su dirección. Aquel fue mi prim er acto de
autonomía.
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CAnPAnehTos d g paz
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e rccrro paca n o n o c ic
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CSCRITO PARA MO HORIR
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ercciro PACA N O MOCIC
debía padecer todo el dolor del m undo aún bajo el sopor de los
calmantes.
A mí también me dolía en el alma que Antonio perdiera la
pierna: para ese hombre tan vital iba a ser doblemente difícil.
Quizás fue así, pero no lo demostró en ningún momento. La
recuperación de Navarro fue casi milagrosa: la fiebre desapare
ció, no necesitó más oxígeno, comenzó a alimentarse norm al
mente y a hablar. Sobre todo, volvió a jugar con los monstruos
de Pedrito. Por ese tiempo le conocimos una sensibilidad y una
emotividad que Antonio se empeña en ocultar tras su aparien
cia estrictamente racional. Sin duda, el milagro tenía nombre
de mujer: Laura Restrepo. Sin ella, el corazón de Antonio no
habría retoñado desde el m uñón de su pierna.
De México nos echaron a los cuarenta y cinco días; las razo
nes del gesto humanitario habían caducado. H ubo un m om en
to en que no supimos qué hacer ni adonde ir, con Navarro aún
convaleciente en silla de ruedas. A Carlos le habían quitado el
yeso para que usara muletas, pero el hueso de la pierna no sol
daba; yo caminaba dificultosamente, con una barriga cada vez
mayor. Los compañeros encargados de relaciones internaciona
les movieron todos los contactos para encontrar un lugar en el
cual pudiéramos recuperarnos.
Cuando supe que no nos renovaban la visa, viajé hasta Teo-
tihuacán, porque no me podría perdonar salir de México sin
conocer ese sitio. No me contenté con adm irar el lugar. Trepé
a gatas hasta la pirámide del sol y allí estuve largo rato dejan
do que el asombro se convirtiera en reverencia. El conjunto de
monumentos y un silencio con eco que se prolonga sin tiempo
por la planicie hicieron que por primera vez desde el atentado
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alfombrado, con dos cuartos, una sala enorme que sólo tenía
un colchón y cojines, el comedor y la cocina con los electrodo
mésticos indispensables, lavadora y secadora de ropa. Todo
para estrenar, de marcas importadas.
Abdala nos presentó a M oham ed, el adm inistrador del
edificio perteneciente a la M athaba, organización m undial
de la Yamahiria. M oham ed hablaba francés. Recorrimos el
sitio m ientras nos presentaban a los otros huéspedes: un bir
m ano, un surafricano, un etíope, un tanzanio y un chile
no. Tam bién conocimos al personal de servicio: un m arro
quí y un tunecino encargados de la cocina. El portero y el
chofer libios.
Los días siguientes visitamos las oficinas en donde funcio
naría la representación política, en cabeza de Carlos Alonso,
y el campamento donde se realizaría la escuela.
Los libios eran tan corteses y cálidos en el saludo, con ese
gesto de llevarse la mano al pecho e inclinar la frente un poco
en señal de respeto, que yo me sentía como una princesa. Pero
en cuanto nos sentábamos a hablar, si yo opinaba algo, ellos
me miraban sin verme y sonreían para, un instante después,
continuar la conversación como si yo no hubiera dicho nada.
Simplemente no me tenían en cuenta; los acuerdos con la or
ganización los definía Carlos Alonso. Para ellos, yo sólo era la
esposa del representante del M -19 en Trípoli. Eso me reventa
ba. Está bien que yo le hiciera concesiones a Pizarro, pero que
me borraran de esa manera... ¡tampoco!
En la sede de La M athaba me sentía como en la Torre de
Babel: cada quien hablaba un idioma distinto y las palabras
comunes eran de un inglés y un francés de tan mala calidad
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MAGIA EUGENIA MÁ9QUEZ PERDOMO
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e tC B IT O PARA MO MORIR
cas telas. Los sabores son dulces, las frutas jugosas, los dátiles
como miel. Los árabes descansan tendidos en esteras sobre co
jines, mientras juegan dominó, fum an del mismo narguile y
beben té fuerte con menta y café con cardamomo. Después de
medianoche vuelve la soledad. Por las callejuelas estrechas, las
casas de dos pisos se recuestan unas contra otras para sostener
su vejez. La basura cubre el suelo, los gatos invaden el espacio,
sopla un viento tibio.
Extraño país de hombres y mujeres hermosas, de la revo
lución de Kadafi, del Corán y del islamismo. Por primera vez,
me sentí distinta, como una gata verde que no sabe maullar.
La suya era otra lógica; su sentido común nada tenía que ver
conmigo. En política, los argumentos se tejían con la religión
y, si pedía alguna explicación, me sorprendían con anécdotas.
Conspiraban en público a voces y no había nada más secreto
que los encantos de las mujeres envueltas en sus farrashias.
Yo no entendía ni su manera de hacer política ni la metodo
logía de sus escuelas militares, ni su forma de tratar a las muje
res, ni siquiera la relación jerárquico-religiosa que m antenían
con su líder, el general Kadafi. De otra parte estaban el afecto
y el apoyo de la hermandad, pertenecer a la Yamahiria creaba
lazos solidarios especiales. Nos cuidaban y nos querían como
miembros de su propia familia, y esperaban reciprocidad. Es
tábamos amarrados de pies y manos con esa relación.
Al curso alcanzaron a llegar veinticuatro personas, entre
hombres y mujeres. El esfuerzo de viajar por rutas diferentes
para ocultar el destino final, la consecución de documentos
idóneos y el secreto de la misión no se correspondían con la
idea libia de realizar estas escuelas militares para demostrar
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ámbito privado. Así son los Abdalah, los M ohamed, los Salim,
los Muktar, los Mussa, los varones libios.
Yo estaba en su país por acuerdos políticos y ello hacía que
me moviera en m undo masculino. Con ninguna mujer árabe
me relacioné en ese espacio; las que conocí fueron familiares
de los compañeros de la Mathaba. Me costaba mucho trabajo
entender su manera de tratarme. Por ejemplo, cuando me en
contraba con uno de ellos y cruzábam os saludos o hablába
mos un poco, evitaban mirarme a los ojos. Si solicitaba algo,
me lo tiraban sin rozarme siquiera. Igual me pasaba en el co
mercio: el dependiente, al entregar la mercancía, volteaba un
poco el rostro para no mirar de frente y me lanzaba la compra
contra el mostrador. Eso me contrariaba enormemente, pues
lo interpretaba como rechazo y me impacientaba la imposibi
lidad de relacionarme de forma igualitaria. Me sentí durante
ese tiempo muy poco reconocida.
NKTeRio fenoiirio
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Doce
RG-IMMGI1TAR LA MIDA
Llegó con tres heridas: la del amor,
la de la muerte, la de la vida.
M ig u e l H e r n á n d e z
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ESC R IT O p a r a n o m o r ir
jugar a las escondidas con gente como uno. Pero, maldita sea,
me dolía sobrevivirlo. ¡Me agobiaba!
Pasé la noche despierta, apretaba entre las manos un cuar
zo, regalo de Afranio, invadida de imágenes en blanco y ne
gro sobre la vida y la muerte. Al amanecer había tomado una
decisión. Me acompañaba una fuerza extraña, como surgida de
mis propias cenizas. El dolor me exigía convocar la vida para
exorcizar la muerte que me tenía harta, para salir del círculo
de sangre que rodeaba al país desde hacía tanto tiempo y que
continuaba sobre nosotros. Por primera vez quería ver el ros
tro de la muerte para poder hallar la vida. Asistir al velorio de
Afranio, llorarlo y entender su ausencia. Vivir el luto a fondo,
no dejar en el aire este nuevo dolor para que se hiciera eterno.
Busqué a Iván como cómplice del ritual. Fuimos a la Casa
Gaitán, donde lo velaron. Entre la m ultitud encontré a sus
hijos, a la Chacha —su m ujer más perm anente—, a sus viejos,
a nuestros amigos, a la gente del pueblo, su gente. A él no pude
verlo al comienzo, resultaba imposible porque todos se agolpa
ban en torno del ataúd. Cuando logré cercarme, lo miré despa
cio, con miedo de afrontar por primera vez su silencio. Y luego
le hablé:
—Afra, viejo. Aquí estoy. Te voy a llorar. Me quedo en el velo
rio para entender que estás muerto de tanto verte inmóvil en esa
caja. Para aprender a no esperar más tu abrazo... porque, si no
entierro contigo esta tristeza, y a todos mis muertos no sepul
tos, me muero.
Allí, a los pies del féretro, me sentí más serena. Estuve largo
rato contemplándolo sin dejar de hablarle como si aún pudiera
oírme. Incluso me dio risa cuando advertí que lo habían amor
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ES C R IT O PARA no MORIR
Retomé los caminos del recuerdo. Volví a los sitios donde amasé
la identidad que trataba de recuperar a toda costa. En los am i
gos me hallaba a pedazos: cada uno me regalaba un esbozo de
mí misma guardado y alimentado en su propio corazón. N ingu
no se percataba de la necesidad que tenía de su afecto, pero yo
lo tomaba realmente agradecida.
Los lugares, ésos que se quedaron como una vieja fotogra
fía en mi memoria, eran fuente de vida. Cuando penetraba en
ellos quería robarles las vivencias que me pertenecían, los en
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e rce n o para no m o r ir
SO mUJGR
Yo fui soldado. Mi calidad de mujer por definición biológica
no me estorbó, pero tampoco fui muy consciente de lo que ello
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APéNDiceí
Cronología
Siglas utilizadas
Glosario
Bibliografía
CRONOLOGÍA D£ LAS PRINCIPALES ACCIONO» D€L M-19
1974
Enero. Se da a conocer a la opinión pública el Movimiento D ie
cinueve de Abril, M -19 , conformado a raíz del fraude elec
toral. Robo de la espada de Bolívar y toma del Consejo de
Bogotá.
1975
Febrero. Un comando del M -19 lee una declaración política du
rante la posesión de María Eugenia Rojas como jefe de la
Alianza Nacional Popular, Anapo.
1976
Febrero. Es secuestrado José Raquel Mercado, el presidente de
la Confederación de Trabajadores de Colombia, CTC.
Abril. Ea condenado a muerte y ejecutado José Raquel Merca
do, tras la negativa del gobierno de Alfonso López Michel-
sen a aceptar las condiciones del M -19 para su liberación.
Pedían el arreglo de la huelga del ingenio Río Paila.
Noviembre. Sustraen armamento a la firma Thom as de la Rué.
1977
Abril. Se realiza la Conferencia Nacional del M -19 .
447
MARÍA E U G EN IA MÁSQUEZ PERD O M O
1978
Abril. Se realiza una toma del museo de Jorge Eliécer Gaitán
en Bogotá y se hace una ofrenda floral.
Mayo. En solidaridad con la lucha del pueblo nicaragüense,
un comando del M -19 se toma la embajada de Nicaragua
en Bogotá.
Noviembre. Se produce la toma de una emisora en la capital
de la república.
Diciembre. Se cumple con éxito el robo de más de cinco mil ar
mas al ejército, en el norte de Bogotá.
1979
Marzo. Sectores democráticos del país realizan el Primer Foro
por los Derechos Hum anos.
Abril. Un comando asalta el diario El Caleño, en la capital del
Valle, para im prim ir un suplemento en que se denuncia la
situación de los derechos hum anos en Colombia.
Junio. Se lleva a cabo la Conferencia Nacional del M -19 , cuya
discusión se centra en la lucha por la democracia.
Agosto. Se realiza la toma de la Q uinta de San Pedro Alejan
drino en Santa Marta, con el robo del bastón de mando del
Libertador.
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eoceno p a p a m o m o b ib
1980
Febrero. El comando Jorge Marcos Zam brano se toma la em ba
jada de República Dominicana.
Marzo. El g o b i e r n o n o m b r a a s u s r e p r e s e n t a n t e s p a r a n e g o
c i a r c o n el M -19 .
Abril. Es retenido el periodista Germ án Castro Caicedo, y se
lo liberado después de entrevistar a Jaime Bateman Cayón,
com andante general del M -19 . Castro Caicedo entrega al
presidente Turbay un mensaje en que los insurgentes pro
ponen la iniciación, el Io de mayo, de un diálogo con las
fuerzas vivas del país.
Tras sesenta y un días, el comando que había tomado
la embajada de República Dom inicana llega a un acuerdo
con el gobierno para liberar a los rehenes.
Junio. El M -19 manifiesta su disposición a firmar un armisticio
fruto de acuerdos con los sectores representativos del país,
para ampliar la democracia.
Se fugan de la cárcel La Picota dos dirigentes del M -19 .
Julio. El gobierno presenta al congreso un proyecto de am nis
tía para los alzados en armas.
El M -19 se toma la sede de la emisoara Radio Súper y
manifiesta públicamente su rechazo a la propuesta de am
nistía restringida que presentó el gobierno.
Agosto. La Coordinadora de Base del M -19 retiene al parlam en
tario liberal Simón Bosa, que es el ponente del proyecto de
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MAC (A e ilG C N IA VlA ÍQ UeZ PeCDOM O
1981
Enero. En el sur del país se inician los enfrentamientos con la
fuerza m ilitar del M -19 .
Febrero. Continúan las acciones en Caquetá y Huila. En Chocó
comienzan los enfrentamientos.
Abril. Cae un camión con arm am ento para la fuerza militar
del M -19 en el sur del país.
Una columna del Eme, al mando de Jaime Bateman,
se toma Mocoa, la capital del Putumayo. Otra columna se
toma un corregimiento en el Huila.
Hay confrontaciones entre el ejército y el M -19 en el de
partam ento de Chocó y en la frontera con Ecuador.
Son entregados al ejército colombiano guerrilleros que
solicitaban asilo político en Ecuador.
Abril. Continúan los combates entre el ejército y el M -19 en los
departamentos de Chocó, Huila, Caquetá y Putumayo, al
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« C R IT O PABA N O MOBIB
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m a s ía e u G e n iA v i& Q u e z pg pd o m o
1982
Enero. Es secuestrado un avión de Aerotal con ciento veintio
cho pasajeros.
El M -19 denuncia la colaboración del ejército nacional
en la creación del MAS.
Viajan a Cuba los guerrilleros.
Marzo. El M -19 realiza acciones de saboteo electoral en las prin
cipales ciudades del país, combate al ejército en Caquetá y
se toma una población en el sur de Cauca y Putumayo.
La Comisión de Paz, conformada por el gobierno a fina
les de 1981, rinde su prim er informe y recomienda un pro
ceso de negociación con la insurgencia.
Mayo. Renuncian miembros de la Comisión de Paz ante la ne
gativa del gobierno y del partido Conservador para iniciar
conversaciones con la guerrilla.
Se consolida el trabajo de la Secretaría de Relaciones
Internacionales del M - 1 9 con las fuerzas guerrilleras del
continente y se establecen contactos con los partidos de la
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eoceno para no m o r ir
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NARÍA EU G EN IA MÁRQUEZ PER D O N O
1983
Abril. Muere Jaime Bateman Cayón en un accidente aéreo en
tre Santa Marta y Panamá. La avioneta, piloteada por el
exparlamentario conservador Antonio Escobar, en la cual
viajaba el dirigente guerrillero con Nelly Vivas y Conrado
Marín, ambos integrantes del movimiento, nunca llega a su
destino.
Mayo. Se reinician las acciones militares del M -19 , con la toma
de la población de Paujil, en Caquetá, y los combates en
El Danubio, Las Iglesias, Las Doradas y La Sonora.
Entre mayo y agosto se realizan varios operativos en las
ciudades de Bogotá, Yumbo, Cali, Jamundí, Barranquilla
y Bucaramanga.
Agosto. El Frente Sur, al m ando de Boris, continúa con la cam
paña en Caquetá, Fluila y Putumayo. D urante una hora
se tom an G arzón, segunda ciudad del Huila, y dialogan
con sus habitantes.
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e r c ü IT O PARA DO MORIR
1984
Marzo. Se firma la declaración conjunta entre el EPL y el M -19
para avanzar hacia la unidad de las fuerzas guerrilleras, al
tiempo que la fuerza militar del Frente Sur se toma Flo
rencia, capital del Caquetá.
Se insiste en la necesidad de lograr un acuerdo amplio
que beneficie al país.
Abril. El Eme se toma la población de Corinto, Cauca, en el
marco de la "Campaña Jaime Bateman por la tregua y el
diálogo nacional”. El movimiento insiste en dar a conocer
sus criterios sobre el cese al fuego y los mecanismos de par
ticipación popular en el diálogo nacional.
Se producen más incursiones en el campo y la ciudad
para agitar la propuesta: en Florencia, el atentado a un bus
de la Fuerza Aérea; en Bogotá, la explosión de una bomba
en la caja de pagos de las Fuerzas Militares y un atentado
contra el jefe de la división de operaciones de la Armada
Nacional; en Cali y en Palmira, hostigamientos contra el
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eíCBITO PARA MO MORIR
1988
Enero. Se efectúa la reunión del movimiento en Campo Reen
cuentro y se decide decretar una tregua unilateral en los
combates contra el ejército para afianzar una política anti
oligárquica de desobediencia civil.
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MARÍA eUG CNIA VIÁ?QU€Z P€RDOM O
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erccito PARA MO MORIR
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e fC C IT O PAPA MO M O R IÍ
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HACÍA G JG € N IA VIÁSQU€Z PGCD OHO
1990
Enero. En Bogotá, Carlos Pizarro y Antonio Navarro se reúnen
con diversas fuerzas sociales y políticas para intentar llevar
a cabo la propuesta de plebiscito y adelantar las reformas.
Sólo se logra acordar con los precandidatos del partido libe
ral una convocatoria al constituyente primario.
Marzo. Se realiza en Santo Domingo, con la presencia de ga
rantes internacionales, el acto de dejación de armas, y el
Movimiento 19 de Abril, M -19 , entra en la política legal.
4 jo
9IGLA9 UTILIZADAS
JU C O : Juventud Comunista.
JU P A : Juventud Patriótica.
M A S : Muerte a Secuestradores.
471
maría euceniA viÁíquez pecDono
nista.
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GLOSARIO
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m a s ía e u G e n iA u A sQ u e z pcrd o m o
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e íC D IT O PACA n o MOCIR
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M A R ÍA e U G e n i A W Q U € Z P 6 R D O M O
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« c r i t o p ara no m o r ir
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MARÍA eU CCN IA MÁ9QU6Z PGRDOMO
Henna. Tinte vegetal utilizado por las mujeres árabes para dar
color al cabello y decorar manos y pies.
Intema/s. Mujer/es detenida/s.
Internado. Nombre que dan las monjas a la cárcel.
Kuna. Raíz comestible, semejante a la arracacha.
Levantar inteligencia. Consignar sistemáticamente la informa
ción requerida para un operativo.
Locha. Tiempo ocioso.
Llavería. Apelativo para un amigo muy cercano.
Llevarse por delante. Atropellar, pasar por encima.
Madrazo. Insulto, nom brar la madre.
Mamerto/a. Térm ino despectivo utilizado para referirse a la iz
quierda menos radical, sinónimo de bobalicón.
Marimacho. M ujer de aspecto y de modales masculinos.
Mesié. Deformación del francés monsieur.
Montarla. Se dice en las expresiones “se la m ontó” o “no me la
m onte”, cuando alguien le tiene ojeriza a otra persona, la
odia o no la deja tranquila.
Mortero. Arma de artillería.
Moza/o. Amante clandestina/o.
Narguile. Pipa utilizada por los árabes, compuesta de un tubo
flexible y un vaso lleno de agua perfumada que atraviesa
el hum o antes de llegar a la boca.
Nica. Abreviatura de nicaragüense.
No comer cuento. No dejarse convencer, no creer.
Ojiva. Parte superior del cartucho de m unición o proyectil pro
piamente dicho.
Ordenanza. Detenido que cumple las funciones de estafeta o
mandadero dentro de la cárcel.
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ESC R IT O PARA N O MORIR
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MARÍA GUG6NIA VIÁÍQ UeZ PeRDOMO
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BIBLIOGRAFÍA
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MARÍA eUGCNIA MÁTC)U£Z PGRDOMO
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65CRITO PARA N O MORIR
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MARtA euGeniA viAiquez pg r d o m o
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TABLA D€ CO N TeN ID O
9 Agradecimientos
IN T R O D U C C IÓ N
11 LA M E M O R IA , H IL O Q U E T E J E L A V ID A
UNO
23 R ET R A T O F A M IL IA R
36 U n papá com o regalo de N avidad
40 D el juego a la disciplina conventual
48 Puesta en escena
DOS
55 D E T R O P E L E N LA N A C IO N A L
77 La traición
TRES
81 U N A G U E R R IL L A C R IO L L A
CUATRO
129 LA A N A P O , E L P U E B L O Q U E L E FA LT A B A A L E M E
140 A quí entre nos
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MARÍA eUCGMIA VIÁÍQUeZ PCRDOM O
C IN C O
147 LA C ARA O C U L T A
S E IS
165 O P E R A C IÓ N C O L O M B IA : A R M A S PARA LA G U E R R A
174 Una mujer libre de sospecha
179 ¿Cuál de todas soy yo?
191 Un mar para lavar el alma
S IE T E
195 N O S JU G A M O S E L T O D O PO R E L T O D O
OCHO
225 U N E JÉ R C IT O E N APURO S
247 Pesadilla
N U EVE
251 R E JA S E N E L A L M A
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ercRiTO p a ra no m o rir
D IE Z
333 C A N T A N D O A L S O L C O M O L A C IG A R R A
ONCE
367 H E R ID A S D E M U E R T E
DOCE
413 R E - IN V E N T A R LA V ID A
489
MARÍA eUGCMIA 'JÁ SQ U eZ PGRDOMO
445 A P É N D IC E S
447 Cronología
471 Siglas utilizadas
473 Glosario
481 Bibliografía
490
Y
Este libro,
distinguido con
el Premio Nacional de Testimonio,
del Ministerio de Cultura,
se terminó de imprimir
en el mes de septiembre
del año 2000,
compuesto en caracteres
Elegant Garamond
de 12 sobre 15 puntos
para el cuerpo del texto.
Y
P R E M I O S N A C I O N A L E S DE C U L T U R A 1 9 9 8 T E S T I M O N I O
E s c r i t o p a r a no m o r i r
B i t á c o r a de una m i l i t a n c i a
M aria Eugenia Vásquez Perdom o
E s t e l i b r o , e s c r i t o c o n f r a n q u e z a , c o n e m o t i v i d a d , c o n l u c i d e z , es el t e s t i m o n i o
a u t o b i o g r á f i c o de u na e m p r e n d e d o r a m u j e r q u e e c h a u na m i r a d a v a l i e n t e s o b r e sus
r e l a c i o n e s f a m i l i a r e s , a m o r o s a s y p o l í t i c a s , d u r a n t e un p e r í o d o de la v i d a n a c i o n a l
c o l m a d o d e c o n t r a d i c c i o n e s y d e b ú s q u e d a s . C u a n d o l a a u t o r a se d i s t a n c i a d e la a c t i v i d a d
p olítica m i l it a n t e , sie n te q ue m u c h o s e l e m e n t o s de su visió n del m u n d o p i e r d e n s e n tid o ,
h a s t a q u e c o n c i b e su p a s a d o c o m o f u e n t e d e e x p e r i e n c i a p a r a e x p l o r a r l o s c a m i n o s d e la
p a z . E n t o n c e s c o m i e n z a a r e c o r d a r y a e s c r i b i r c o m o l o h a c e n l a s m u j e r e s , d e s d e la
e m o c i ó n h a c i a la r e f l e x i ó n . E s c r i b e p a r a n o m o r i r . Y d e s u p e r i p l o v i t a l r e s c a t a a q u í u n a
m e m o r i a q u e se r e b e l a c o n t r a el o l v i d o o f i c i a l : la m e m o r i a i n s u r g e n t e .