Márcio Mattos IASPMAL Caracas 2010 Actas
Márcio Mattos IASPMAL Caracas 2010 Actas
Márcio Mattos IASPMAL Caracas 2010 Actas
Institucin editora:
IASPM-AL y EUM
Editores:
Carolina Santamara-Delgado,
Helosa de Arajo Duarte Valente,
Herom Vargas y
Oscar Hernndez
Asociacin Internacional
para el Estudio de
la Msica Popular
ISBN 978-9974-98-282-6.
Coordinacin de edicin:
Rubn Lpez Cano
Institucin editora:
IASPM-AL y EUM
Editores:
Carolina Santamara-Delgado,
Helosa de Arajo Duarte Valente,
Herom Vargas y
Oscar Hernndez
Asociacin Internacional
para el Estudio de
la Msica Popular
Silvia Aballay
Helosa de Arajo Duarte Valente
Juan Francisco Sans
Javier Osorio
Comit Acadmico
Comit Organizador
Formao social brasileira e identidade em letras da msica popular (1958-2008) / pag. 130
Neusa Meirelles Costa
Possveis distines entre arranjo e composio, atravs da anlise de dez gravaes da msica Carinhoso, de Pixinguinha / pag. 106
Marcelo Gomes
Os malabarismos dialticos dos arquitetos dos momentos emocionais: a importncia dos mediadores culturais na construo da MPB (1968-1982) / pag. 99
Luisa Quarti Lamaro
Lugares para aprender y lugares para practicar. La transmisin del quehacer de la improvisacin: algunos casos de la msica popular en Argentina / pag. 87
Luis Ferreira Makl, Ana M. Romaniuk, Berenice Corti
La resistencia del gnero musical: el caso del vals criollo argentino / pag. 76
Edgardo J. Rodrguez y Silvina G. Argello
El trance del ritmo en estado puro. Composicin colectiva, improvisacin e interaccin en las presentaciones del ensamble de percusin La Bomba de tiempo / pag. 58
Ana Mara Romaniuk
De Jos E. Machado a Jos Pen: Visin y revisin histrica de la nocin venezolana de msica popular / pag. 52
Hugo Quintana M.
Teora y terminologa en la historia de la msica popular uruguaya: los primeros cincuenta aos / pag. 38
Marita Fornaro Bordolli
Msica Popular en las historias de la msica latinoamericanas del fin de siglo XIX e inicios del siglo XX: Historia de un concepto / pag. 20
Juliana Prez Gonzlez
Tabla de contenidos
Hidden tricks: Luis Ayvar y la naturalizacin de los medios en el caso del huayno peruano / pag. 304
Julio Mendvil
Sobre bolachas, pacotes de biscoito, ou... Como o apetite musical se constri, se fixa e se transforma pela mdia / pag. 294
Helosa de Arajo Duarte Valente
Los guiones en Santander, Colombia (1930-1950): Retrato de una prctica musical / pag. 273
Sonia Fabiola Prieto Ramrez
La Comisin Municipal de Folklore de Cosqun y la formacin de nuevos valores musicales argentinos / pag. 224
Jane L. Florine
La msica de fusin en la ciudad de Santa Fe (Argentina) en la dcada del `80 / pag. 212
Elina Goldsack, Mara Ins Lpez y Hernn Prez
Lo afro en el jazz argentino: Los blancos hacemos lo que podemos / pag. 189
Berenice Corti
Del pueblo para el pueblo: Tradicin musical popular negra en la Costa Chica de Mxico? / pag. 175
Sebastien Lefevre
Lmites entre lo popular y lo acadmico en dos compositores para guitarra del siglo XX: Adrin Patio Carpio y Heitor Villa-Lobos / pag. 166
Ricardo Becerra Enrquez
Nada me consola: definies desde a crtica da vida cotidiana, canes de Caetano Veloso e Chico Buarque / pag. 158
Priscila Gomes Correa
Entre el texto y el metatexto: construcciones del concepto moderno en el campo de msicas populares cuyanas de base tradicional / pag. 146
Octavio Snchez
De California a Chiapas: el baile de quebradita en San Cristbal de Las Casas / pag. 449
Mara Luisa de la Garza y Horacio Gmez Lara
Una aproximacin a los imaginarios sociales sobre el tango en Caracas, Venezuela / pag. 422
Jessica Gerdel C.
A criao musical das batucadas brasileiras em Paris: uma etnografia do espetculo AfroBrasil / pag. 414
Emlia Chamone
Qu ms popular que la nostalgia de los salseros por la salsa brava? / pag. 387
Alba Marina Gonzlez Smeja
Cantando al lugar de pertenencia: msicos tucumanos en la dcada del sesenta / pag. 377
Yolanda Fabiola Orquera
Cantando al MIR y al Frente: Cita y versin en dos canciones militantes de Patricio Manns. / pag. 367
Laura Jordn
O show Opinio em cena: engajamento e interveno sonora no Brasil no ps-1964 / pag. 360
Ktia Rodrigues Paranhos
La Cantata Rock: Resignificaciones sociales de la Cantata Popular Santa Mara de Iquique y el valor de la versin / pag. 345
Eileen Karmy Bolton
Cano engajada na Amaznia: outra margem da histria da msica popular brasileira / pag. 332
Cleodir Moraes
La singularidad de la industria del disco independiente de msica tradicional en la regin andina colombiana / pag. 323
Sandra Velsquez P.
La formacin institucionalizada del msico popular. El caso de la Licenciatura en Composicin Musical con orientacin en Msica Popular de la UNVM / pag. 572
Silvia Aballa
Formacin del msico popular de agrupaciones institucionales a travs de su ejercicio profesional / pag. 557
Juan Pablo Correa Feo
Escuelas de Msica Popular en Amrica Latina: Nuevas (otras?) Propuestas / pag. 561
Juan Valladares Araya
La formacin terica del msico popular, pop, populachero en Venezuela: El caso UNEARTE / pag. 543
Eleazar Torres
Antes el que quera ser msico deba estudiar: Memorias de la educacin musical en las bandas de viento de Totolapan, Morelos, Mxico / pag. 525
B. Georgina Flores Mercado
La vida musical de Jess Chucho Corrales en la transicin de lo popular tradicional a lo popular comercial (1950 y 1970) / pag. 499
Jos ngel Via Bolvar
Laurindo Almeida e a Bossa Nova: precursor ou difusor do novo estilo? / pag. 463
Alexandre Francischini
Personajes y trayectorias
reccin similar. Constituida como un espacio multidisciplinario abierto a todos los estudiosos que
se ocupan de la msica popular latinoamericana
en cualquiera de sus aspectos, formas, gneros o
Desde sus inicios en 1997, la Rama Latinoamericana de la Asociacin Internacional para el Estudio
de la Msica Popular (IASPM-AL) no ha sido ajena
a este proceso y ha procurado apuntar en una di-
Presentacin
La reflexin sobre msica popular en Amrica Latina y el Caribe est en movimiento. De forma regular
vemos como aparecen cada vez ms foros internacionales, coloquios, congresos y toda clase de espacios virtuales para compartir ideas sobre el rol
tigaes.
Diretoria IASPM-AL
Desde o seu incio em 1997, a Seo Latino-Americana da Associao Internacional para o Estudo da
Msica Popular (IASPM-AL) no tem sido alheia a
esse processo e tem procurado caminhar na mesma
direo. Construda como um espao multidisciplinar aberto a todos os estudiosos que se ocupam da
msica popular latino-americana em quaisquer de
seus aspectos, formas, gneros ou perodos, nossa
A Diretoria da IASPM-AL agradece ao Comit Editorial coordenado por Rubn Lpez Cano e integrado
por Carolina Santamara-Delgado, Helosa de Arajo Duarte Valente, Herom Vargas e Oscar Hernndez
pelo trabalho de organizao, gesto e produo
dos Anais. Sua dedicao tornou possvel a edi-
ba, Argentina.
Apresentao
Nesse sentido, com o objetivo de promover a pesquisa a nvel regional, estamos tambm fazendo
uma aposta na socializao do conhecimento atravs espao eletrnico, procurando uma dinamizao do campo de reflexo acadmica atravs da
com a edio impressa dos Anais de nosso Segundo Congresso, realizado em Santiago do Chile (Rodrigo Torres, editor, 1999) e continuou em seguida
com os Anais de Bogot (2000), Mxico (2002), Rio
de Janeiro (2004), Buenos Aires (2005) e La Habana
o xaxado, o xote entre outros. Essas festas, geralmente, espaos de diverso promovidos por e para
pessoas menos favorecidas economicamente eram
chamadas de forrs.1
rica do nordeste do Brasil, mas trazia tambm elementos urbanos, que fizeram dessa nova msica
um grande sucesso na capital brasileira da poca
(o Rio de Janeiro) e em todo o Brasil. O baio du-
foneiro pernambucano Luiz Gonzaga lanou, juntamente com o compositor cearense Humberto
Teixeira, um novo ritmo musical, o baio. O novo
ritmo baseava-se em elementos da msica folcl-
1.APRESENTAO
Mrcio Mattos1
113
qu? Coco, rojo, essas coisas que Jackson do Pandeiro cantava, Manezinho
Arajo, embolada [...] a a gente sabe
que depois que Gonzaga foi fazendo
o baio, um dia eu me surpreendi que
Cear.
possvel reconhecer o forr como um gnero musical importante entender, o que um gnero
musical e como reconhec-lo na msica popular.
Para esse entendimento necessrio analisar o
uma palavra que d nome a trs coisas que se prope a seguinte questo: a partir do entendimento
do que gnero e estilo, ser possvel classificar o
forr como um gnero musical e, a partir disso, de-
114
tambm possui uma forma, quando certos encadeamentos de acordes produzem o que se chama
formas elementares da gramtica musical (1997:.
63). E acrescenta:
Samson (2001) diz que, gnero musical uma classe, tipo ou categoria sancionada por
conveno, pois para ele gneros esto baseados no princpio da repetio. Essas repeties
O autor exemplifica falando da literatura e mostra que, como a forma gramatical onde as
palavras concordam umas com as outras - a msica
115
caracterizadoras dos gneros so tambm particulares aos estilos de um mesmo gnero, por isso
diversas diferenas podem ser percebidas. Tais
diferenas dependem de regras, que so, justamente, os aspectos distintos, ou seja, a utilizao
de sons musicais e barulho, sistemas de notas,
concepo de tempo musical, melodia, harmonia,
rtmica, nvel de complexidade, etc.. dessas regras que surgem os cdigos musicais, reduzindo a
Ao falar de sucesso, fala-se de aceitao, ou seja, sucesso consiste na resposta s expectativas. Algumas vezes as expectativas coincidem com regras j codificadas ou com o desejo de
que estiverem de acordo com os modelos impostos, caso contrrio, modificaes surgiro e o processo reinicia.
116
secos.
3. Estilo:
117
gura rtmica bsica prpria, por exemplo, mas existem outros fatores que contribuem nesse processo.
A caracterizao de um gnero musical vai muito
alm das notas musicais.
Assim, possvel considerar o forr
um gnero musical, a partir da possibilidade de
caracteriz-lo como tal, ou seja, pelo fato de se
conseguir observ-lo levando em considerao to-
letras etc.
Se o forr diferencia-se de outras msicas, as diferenas podem ser usadas para a sua
inclusive, o forr.
5. Concluso:
nhas meldicas caractersticas, ritmos bsicos padres como principais elementos de classificao,
formas musicais particulares, estrutura e encadeamento harmnico, sua funcionalidade, a maneira prpria e bastante peculiar de se cantar e, sem
esquecer, claro, suas particularidades sociais, ou
seja, o contexto no qual est inserido.
Implica afirmar ainda que a definio
de um gnero de msica popular urbana, como o
caso do forr, e qui de outras msicas, exigem o
entendimento do fenmeno como um todo.
Para a classificao dos estilos de forr podemos tomar as expresses populares que j
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4. Discusso
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Samson, Jim 2001. Genre, Em: Dictionary Grove Music on line http://www.oxfordmusiconline.com/. Consultado em 9 de abril de 2001.
Ramalho, Elba B. 2000. Luiz Gonzaga: a sntese potica e musical do serto. So Paulo: Terceira Margem.
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Moraes, Jos Domingos (Dominguinhos) 2003. Cantor, compositor e acordeonista. Entrevistado por Mrcio Mattos. Fortaleza. 23 de dezembro.
Massin, Jean; Massin, Brigitte. Histria da msica ocidental. trad. Maria Teresa Resende Costa, Carlos Sussekind, Angela Ramalho Viana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Mattos, Mrcio 2002. Forr Glocal: A Transculturao e Desterritorializao de um Gnero Msico-Danante. Dissertao (Mestrado em Etnomusicologia). Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual do Cear (MINTER). Fortaleza.
Ikeda, Alberto Tsuyoshi 1990. Forr: dana e msica do povo. Em: D.O. Leitura. So Paulo, 9 outubro (101),pp. 10-12.
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Cordeiro, Raimundo Nonato. Forr em Fortaleza na dcada de 1990: algumas modificaes ocorridas. Dissertao (Mestrado em Etnomusicologia). Universidade
Federal da Bahia e Universidade Estadual do Cear (MINTER). Fortaleza.
Ceva, Roberta L. de A. 2001. Na batida da zabumba: uma anlise antropolgica do forr universitrio. Dissertao (Mestrado no Museu Nacional. Programa de
Bibliografia
Shuker, Roy 1999. Vocabulrio de msica pop. trad. Carlos Szlak. So Paulo: Hedra,
Tinhoro, Jos Ramos 1976. Os Sons Que Vm da Rua. Rio de Janeiro: Edies Tinhoro.
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