FHC 2023
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1. A teoria, nas “teorias da história”, volta-se para a tentativa de explicar os factos, processos, estruturas e
sociedades que podem ser percebidas através das fontes, i.e, através da realidade histórica que pode
funcionar como um referente real pelo historiador. Isso distingue, sobretudo, os dois campos - o das “teorias
da história” e o das “filosofias da história”. (BARROS, José d`Assunção. (2011). Teoria da História 1.
Princípios e conceitos fundamentais, Cap. II).
1.1. Discuta, de forma crítica, as relações e os contrastes entre as filosofias da história e as teorias da
história, esclarecendo as suas abordagens temáticas, conceptuais e metodológicas da compreensão
histórica. (4 valores)
2. “A história começou a colocar problemas específicos (e a mercer séria consideração) quando os homens
começaram a apreciar as mudanças radicais que caracterizavam o seu desenvolvimento cultural (...) Do
humanismo renascentista “o resultado foi uma forma de investigação que permitia uma compreensão dos
acontecimentos sem recorrer outro critério que não fosse os próprios acontecimentos” (HADDOCK, B. A.
Uma Introdução ao Pensamento Histórico, pp.10;30).
2.2. Discuta, com base no texto supracitado, as relações entre o conhecimento histórico (história),
política e filosofia moral, posicionando-se criticamente sobre o assunto, à luz das conceções da História
em Heródoto, Tucídides, Tito Lívio e do humanismo renascentista, com particular destaque para o
realismo de Maquiavel. (4 valores)
3. “O século XVIII havia distinguido convencionalmente três tipos de historiografia: verdadeira, fabulosa e
satírica, sendo a filosofia da história considerada apenas como uma reflexão judiciosa sobre as implicações
para a humanidade dos factos oferecidos pela primeira, ou verdadeira, variadade de representação histórica.
O século XIX tendeu a ressaltar as diferenças entre a “verdeira” historiografia, de um lado, e a “filosofia da
história” do outro”. WHITE, Hayden (1992 [1993]). A Imaginação Histórica do Século XIX, p. 277.
3.3. Esclareça em que sentido o problema da consciência histórica e as crenças na providência e no
progresso proporcionaram, (i) o nascimento da teologia da história medieval e moderna e (ii) da
filosofia da história iluminista como “história filosófica” da humanidade. (4 valores)
4. “Herder, quanto eu sei, foi o primeiro pensador a reconhecer, de modo sistemático, que há diferenças
entre as diferentes espécies de homens e que a nautureza humana não é uniforme, mas sim diversificada (...)
O problema que Herder legou aos seus sucessores, portanto, foi o de estudar claramente a distinção entre a
natureza (soma de processos regidos por leis cumpridas cegamente) e homem (processos regidos pela
consciência das leis)...Tinha der ser demonstrado, que a história é um processo deste segundo tipo: o mesmo
é dizer que a vida do homem é uma vida histórica, porque é uma vida mental e espiritual”.
COLLINGWOOD, R. G. (2001). A Ideia da História, pp. 112-113.
4.1. Comente o texto supracitado no contexto do anticartisianismo de G. B. Vicco e da filosofia da
história e das culturas humanas de J. Herder. (4 valores)
6. “É possível, afirmar com segurança que, sem compreender o discurso e os usos africanos da cultura,
será difícil entender muitos outros temas e aspectos das questões africanas. Culturas no plural... é o termo
mais apropriado para caracterizar a diversidade que a África representa. Com mais de oitocentas culturas e
línguas distintas, somos confrontados com diferentes vaores, dialectos, filosofia e visões do mundo”.
FALOLA, T. (2020). O Poder das Culturas Africanas, pp. 20-21.
6.1. Partindo do texto «6» discuta, de forma crítica, a (ir)relevância da África na filosofia da história e
da cultura da humanidade (4 valores).