Oito em cada dez eleitores brasileiros (79%) avaliam que a democracia é sempre a melhor forma de governo (eram 75% em agosto), para 11%, tanto faz uma democracia ou uma ditadura (eram 12%) e para 5%, em certas circunstâncias uma ditadura é melhor do que um regime democrático (eram 7%). Uma parcela de 5% não opinou (mesmo índice anterior).
A atual taxa de apoio à democracia é a mais alta da série histórica, iniciada em 1989, já as taxas de indiferentes e de apoiadores à ditadura são as mais baixas da série histórica. Naquela data, 43% apoiavam à democracia, 22% eram indiferentes e 18% apoiavam à ditadura.
Em comparação a outubro de 2018, o apoio à democracia cresceu dez pontos percentuais (era 69%), enquanto a taxa de apoiadores à ditadura caiu sete pontos percentuais (era 12%).
Na análise das variáveis sociodemográficas, observa-se que a preferência pela democracia é majoritária em todos os segmentos e cresce conforme aumenta o grau de instrução (62% entre os menos instruídos, ante 92% entre os mais instruídos) e a renda familiar mensal do entrevistado (72% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos, ante 93% entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos). Já, o índice de indiferentes com o tipo de regime é mais alto entre os menos instruídos (20%) e entre os mais pobres (17%).
Os índices são próximos entres os eleitores de Lula (78% apoiam a democracia, 13% são indiferentes e 3% apoiam a ditadura em certas circunstâncias) e entre os eleitores de Bolsonaro (80% apoiam a democracia, 9% são indiferentes e 7% apoiam a ditadura em certas circunstâncias).
O atual levantamento foi realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2022, com 2.912 entrevistas presenciais em 181 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-07340/2022.