Em tempos nos quais muito se fala sobre inteligência artificial, algoritmos, e tecnologia como solução para os problemas diários, não é raro ouvirmos o termo humanização ligado a algum tipo de produto ou serviço que nos é oferecido.
Tem sido comum informações sobre atendimento, partos, vendas, produções e profissionais mais humanizados. Mas o que isto implica, já que todos nós somos humanos e deveríamos nos relacionar dessa forma?
Parece óbvio, mas a humanização é a ação ou efeito de humanizar, de tornar humano ou mais humano, amigável, acolhedor, respeitador e consciente as relações entre pessoas em diversos aspectos, com suas características, potencialidades e dificuldades. A humanização, neste conceito que tem sido usado, pretende criar condições melhores para ações, atividades, serviços e relações interpessoais de forma que se consiga mais respeito, compreensão e aceitação das características individuais de cada pessoa, levando em conta potenciais e pontos a serem desenvolvidos.
Este conceito vem na contramão do conceito de produção e ou produtividade imposto em algumas empresas e instituições a seus funcionários e colaboradores, que devem dar seu máximo a qualquer custo. Houve um momento em que era comum exigir de uma pessoa, de um humano, que, para servir outros humanos, seria necessária dedicação 24 horas por dia, sem o envolvimento ou consideração pelo cliente, parceiro, companheiro, amigo, ou outro ser… só importando que o serviço fosse oferecido, que a tarefa estivesse cumprida, custasse o que custasse.
Sempre é bom reforçar que todos somos humanos e sentimos, sofremos e temos dores, desejos, necessidades e dificuldades. Naturalmente, diante da possibilidade de perdermos nossa essência, nos deparamos com a reflexão sobre o real motivo para continuarmos a viver, criando assim a busca pela valorização da nossa característica primordial, a humanidade, com melhores relacionamentos, convivência e preocupação genuína conosco mesmo.
Adriana – CVV Jabaquara – São Paulo
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