Books by Shirlene de Oliveira
O ENSINO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA NÃO MATERNA: Metodologias, Estratégias e Abordagens de Sucesso, 2019
Nas últimas décadas tem surgido um manifesto interesse pelo ensino do Português enquanto língua n... more Nas últimas décadas tem surgido um manifesto interesse pelo ensino do Português enquanto língua não materna. Destacamos, deste modo, o surgimento de múltiplas teorias ligadas à aquisição de segunda e de terceira línguas, bem como outros contributos num plano mais descritivo das línguas não maternas. Contudo, embora muitos relatos pedagógicos tenham vindo a lume, parece-nos que a Academia ainda necessita de mais estudos com vista a uma maior e mais profícua sistematização de metodologias e de estratégias que contribuam decisivamente para abordagens de sucesso na ação didática.
Quando pensámos responder positivamente ao desafio lançado pela AILP (Associação Internacional de Linguística do Português) para uma publicação deste teor, tivemos como pensamento norteador a construção de um livro que compreendesse diferentes abordagens metodológicas, provenientes de diferentes latitudes geográficas e, também, com diferentes enquadramentos epistemológicos. O amplo conjunto de textos aqui reunidos vai, efetivamente, ao encontro desse desiderato.
Trata-se, em nosso entender, de uma obra que reúne práticas diferenciadas, com campos de trabalho complementares e atitudes perante o ensino do português como língua não materna que se solidificam em experiências pedagógicas realizadas pelos próprios autores. De notar que a aposta num caráter mais pragmático das investigações aqui apresentadas não diminuem os investimentos múltiplos sob o ponto de vista teórico aqui delineados.
Resta-nos, assim, agradecer aos autores dos capítulos o valioso contributo e desejarmos aos leitores uma boa receção do trabalho que agora vem a público.
Esta coletânea reúne trabalhos de professores-pesquisadores do ensino básico, técnico e tecnológi... more Esta coletânea reúne trabalhos de professores-pesquisadores do ensino básico, técnico e tecnológico e tem como objetivo principal problematizar, discutir e refletir sobre diversas inquietações do dia a
dia da sala de aula. Reconhecemos os avanços e contribuições das
pesquisas em Linguística Aplicada ao ensino de línguas estrangeiras,
no entanto percebemos que ainda há muito a ser compartilhado em
termos de publicações de pesquisas nas quais os próprios professores
são os protagonistas de suas histórias e trajetórias investigativas.
Nessa perspectiva, os trabalhos reunidos nesta obra apontam para
essa direção, vislumbrando a partilha de experiências e reflexões sobre
o ensino e o aprendizado de língua inglesa na escola pública brasileira.
Abrindo este volume, temos o capítulo intitulado "O uso de filmes e séries na sala de aula: da operação ‘tapa-buracos’ ao despertar
do desejo de falar inglês", escrito por Vanderlice dos Santos Andrade
Sól. O capítulo apresenta as contribuições de um projeto de extensão
que utiliza o cinema como recurso didático-pedagógico no contexto
de ensino e aprendizagem de língua inglesa. A autora apresenta
estratégias para a utilização do cinema na sala de aula para a
construção colaborativa do conhecimento, o desenvolvimento
linguístico-comunicativo dos participantes, oportunidades para
discutir valores culturais, atitudes e modos de ser/estar no mundo
contemporâneo.
O segundo artigo, "Conversation Club: análise das construções
discursivas como ferramenta para a reflexão e criticidade", de autoria
de Shirlene Bemfica de Oliveira, apresenta um projeto de extensão
como uma possibilidade de promoção de multiletramentos e um espaço
de interlocução no qual os participantes interagem em língua inglesa
para a resolução de problemas, discussão de assuntos atuais e para
compartilhar seus conhecimentos e habilidades acadêmicas,
profissionais e pessoais. O projeto Conversation Club se revela como
um espaço de ensino e aprendizagem de reconstrução identitária, de
reposicionamento e empoderamento social. A autora apresenta os
desafios e as contribuições metodológicas e sociais desse projeto.
Ronaldo Corrêa Gomes Júnior, no capítulo seguinte, investiga
as metáforas de estudantes de um curso técnico integrado em um
Instituto Federal, no intuito de compreender as conceptualizações
desses alunos-estudantes sobre o ensino e a aprendizagem de inglês
na escola pública. O capítulo traz reflexões e contribuições reveladoras
sobre o ensino e a aprendizagem de inglês nesse contexto. O autor ressalta a importância de se investir em estudos que dão voz aos
aprendizes para, a partir dessa escuta, pensar em novas abordagens e
políticas educacionais que favoreçam o ensino e o aprendizado de
línguas.
No quarto capítulo, intitulado "O ensino de escrita de abstracts
para servidores do IFMG: desvendando diferenças", Nara Nília
Marques Nogueira e Annallena de Souza Guedes, ancoradas nos
estudos sobre inglês para fins específicos, gêneros textuais e
letramentos acadêmicos, apresentam o relato de uma experiência de
um projeto interinstitucional de escrita de abstracts com servidores de
dois institutos federais. As autoras ressaltam a necessidade de se voltar
especial atenção para futuros estudos sobre o ensino de inglês para
fins específicos bem como provocar reflexões sobre o ensino de escrita
de abstracts em contextos educacionais.
Na sequência, Gláucio Geraldo Moura Fernandes, no artigo "O
aspecto motivacional no trabalho com gêneros produzidos por alunos
do ensino médio durante as aulas de língua inglesa", analisa a
relevância em se trabalharem determinados gêneros textuais e em se
publicarem os gêneros desenvolvidos pelos alunos. O autor ancora-se
nas teorias dos gêneros textuais e traz uma relevante discussão sobre
aspectos motivacionais na sala de aula, apresentando a discussão
sobre a prática pedagógica com gêneros textuais que fazem uso de
textos reais com propósitos comunicativos específicos.
No capítulo seguinte, "Letramento crítico e o ensino de língua
estrangeira via língua-alvo em escolas públicas brasileiras: uma
proposta viável?", Gabriela da Cunha Barbosa Saldanha traz reflexões
sobre as contribuições do letramento crítico nas aulas de língua inglesa
no contexto do ensino médio e técnico e mostra como a língua materna
tem sido utilizada para mediar as interações entre alunos e professores
no espaço da sala de aula. A autora se baseia nos estudos sobre novos
letramentos, multiletramentos e letramento crítico para subsidiar suas
reflexões.
No capítulo intitulado "Por que escrever colaborativamente na
aula de inglês usando a tecnologia do Google Docs?", Sérgio Gartner
descreve e interpreta o fenômeno da escrita colaborativa em inglês
desenvolvida em ambiente on-line, usando a tecnologia do Google Docs.
O autor ressalta que a escrita colaborativa no meio digital pode trazer
novos caminhos para a(s) teoria(s) de escrita em língua estrangeira e
para o engendramento de projetos colaborativos na sala de aula.
Finalizando, Gartner traz reflexões sobre as potencialidades e
limitações dessa prática pedagógica para aqueles que desejam focar no ensino da escrita em língua inglesa com apoio das ferramentas
tecnológicas.
Encerrando o volume, o capítulo "Vozes na sala de aula de
língua inglesa: uma experiência com os multiletramentos", de autoria
de Marden Oliveira Silva e Natália Costa Leite, ampara-se na
perspectiva dos multiletramentos com o objetivo de analisar como
alunos do ensino médio técnico se apropriaram criticamente de
atividades didáticas de produção de gêneros textuais realizadas em
aulas de língua inglesa. Os autores enfatizam a importância da
construção de sentidos em colaboração e problematizam a preocupação com questões glocais, pois acreditam que a educação precisa intervir de forma a afirmar o lugar da diversidade e valorizar a identidade local de seus sujeitos.
Consideramos esta coletânea uma forma frutífera de partilhar
experiências bem-sucedidas que poderão contribuir para a
desconstrução de discursos circulantes sobre o ensino e a
aprendizagem de língua inglesa na escola pública. As discussões
advindas desta obra, a partir de olhares e perspectivas diversas,
revelam que os autores envolvidos nesta coletânea apostam na
(re)invenção da sala de aula de língua inglesa e na possibilidade de se
aprender esse idioma em quaisquer contextos.
Agradecemos aos colegas que prontamente aceitaram partilhar
suas reflexões e trajetórias nesta obra. Ao IFMG pelo incentivo ao
crescimento profissional. Enfim, a todos que, direta ou indiretamente,
contribuíram para o acontecimento deste livro.
Shirlene Bemfica de Oliveira
(IFMG - Campus Ouro Preto)
Vanderlice dos Santos Andrade Sól
(IFMG - Campus Ouro Preto/ICHS UFOP)
Organizadoras
Papers by Shirlene de Oliveira
Fórum Linguístico
http://dx.doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14n2p2152A Arte é uma das principais maravilhas da produ... more http://dx.doi.org/10.5007/1984-8412.2017v14n2p2152A Arte é uma das principais maravilhas da produção humana. Ela nos envolve, diverte, seduz, surpreende, amedronta e nos faz pensar. No contexto escolar, auxilia os alunos a aprofundarem sua compreensão e criticidade sobre a humanidade e no processo de construção da identidade individual e cultural (POUGY, 2012). Esta pesquisa de sala de aula descreve os padrões léxico-gramaticais de um corpus escrito de aprendizes construído de forma colaborativa com base em mapas conceituais sobre Arte. A investigação foi realizada em salas de aula de um Instituto Federal com alunos do ensino médio técnico e as análises com o auxílio do Iramuteq com foco: na produção colaborativa, na temática construída a partir das linhas de concordância do nódulo Arte e nas pressuposições usadas na construção textual. Os resultados demonstram valores linguísticos, estéticos e simbólicos que enfatizam o lado emocional, afetivo e social da Arte como uma área essenci...
Atividades colaborativas favorecem o desenvolvimento da aprendizagem e, especificamente em relaca... more Atividades colaborativas favorecem o desenvolvimento da aprendizagem e, especificamente em relacao a producao escrita em lingua inglesa, elas exigem dos estudantes o uso de competencias linguisticas, sociais e de senso critico, o que aumenta a necessidade de tomar decisoes, de se arriscar, de compreender o outro e de resolver problemas. Alem disso, elas promovem a valorizacao do “individuo” na coletividade, o aprendizado politico, o empoderamento sociocultural, sentimento de pertencimento, e a possibilidade de interacao social (OLIVEIRA, 2017). Por meio da colaboracao, os alunos aprendem a analisar as semioses, a se posicionarem no mundo como pessoas, para a construcao de identidades culturais individuais e sociais. Este trabalho e um recorte da pesquisa Escrita Colaborativa no Ensino e Aprendizagem de Lingua Inglesa que busca compreender sob a otica das teorias de ensino/aprendizagem de linguas estrangeiras, o impacto de tarefas escritas em coautoria no aprendizado dos alunos. Os d...
Na area de Linguistica Aplicada, ha um interesse crescente por investigacoes centradas na compree... more Na area de Linguistica Aplicada, ha um interesse crescente por investigacoes centradas na compreensao dos modelos mentais implicitos no uso da linguagem no contexto da sala de aula. Ha tambem um empenho em envolver o professor em um processo de reflexao critica em pesquisas sobre a propria pratica. Esta investigacao, denatureza qualitativa, tem o objetivo de investigar e compreender como uma professora, na pratica coletiva, discute o processo interacional promovido por ela em sala de aula. A pesquisa foi desenvolvida em tres fases com objetivos especificos. Na fase preliminar, buscamos verificar como a professora compreende o processo interacional que elapromove em sala de aula antes da fase colaborativa da pesquisa. Na fase colaborativa, buscamos analisar a forma como ela discute sobre o que e interacao, baseando-se nos textos sugeridos pelo grupo e pelos instrumentos geradores de reflexao. E na fase da coleta tardia, nosso objetivo e verificar em que medida a pesquisa influenciou ...
A pesquisa tem como objetivo o estudo das emocoes dos alunos e professores no contexto escolar. O... more A pesquisa tem como objetivo o estudo das emocoes dos alunos e professores no contexto escolar. O projeto baseou-se em um formulario divulgado pelos bolsistas para toda comunidade escolar do IFMG - Campus Ouro Preto e a outras instituicoes do municipio, este formulario apresentava perguntas relacionadas com os sentimentos em todos seus campos de extensao e como eles se exprimiam ao estar em meio academico. Todo o estudo, criacao do formulario e debate dos resultados foram baseados em Damasio (2000), Sacks (1995), Santos (2007), Fonseca (2016) e Silva (2001) que estudam sobre os sentimentos no contexto escolar. Como resultados finais houve a demonstracao do despreparo dos alunos em situacoes de maior cobranca, alem da necessidade da instituicao articular programas voltados para a saude escolar de seus docentes e discentes. Entendemos que as emocoes interferem na aprendizagem dos alunos e os resultados dao indicios dos caminhos a seguir. Como elas tem um papel poderoso na interacao so...
Memento, 2011
This study aims at discussing the concept of interaction and its relevance for English teaching a... more This study aims at discussing the concept of interaction and its relevance for English teaching and learning. It investigates if personal teachers� concepts are equivalent to the ones proposed by Applied Linguistic scholars. Based on questionnaire answers, the results point to a conflict between theory and teachers� concepts.
This text aims at dealing with the following questions: “Should weteach grammar?”; “If we should,... more This text aims at dealing with the following questions: “Should weteach grammar?”; “If we should, how can instruction of aspects ofthe grammatical structure of the target language be of benefit tothe learner of L2?”. This kind of instruction had been considered‘out of fashion’ for some time; however, in the 80’s there was a‘rebirth’ of the interest in grammar instruction. We will focus onthe dichotomy product/process concerning language and grammar,with the intention of arguing in favor of Batstone’s pedagogicalcontinuum. Also, we will approach TBLT and C-R, which show apreference for the view of process without neglecting the necessityfor precise regulation of the linguistic production of the learner. CRalso considers the notion of the relationship among thegrammatical segments of syntax, semantics and discourse asfundamental .
US-China Foreign Language, 2013
Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no …, 2006
DUTRA, D. P.; OLIVEIRA, S. B. Prática reflexiva: tensões instrucionais vivenciadas pelo professor... more DUTRA, D. P.; OLIVEIRA, S. B. Prática reflexiva: tensões instrucionais vivenciadas pelo professor de língua inglesa. In: BARCELOS, A. M. F.; ABRAHÃO, M H. V. Crenças e Ensino de línguas. Foco no professor, no aluno e na formação de professores. São Paulo: Pontes, 2006, p. 177-189. Teachers practice is permeated by dichotomies that can unbalance their approach, impeding them to develop a practice that is compatible to their intentions. This article discusses the instruction tensions experienced by teachers of English supported by their perspectives and beliefs. This tensions influenced the teacher’s practice in positive and negative ways.
Periferia
O advento da globalização e da multiplicidade de canais, meios ou modos semióticos de comunicação... more O advento da globalização e da multiplicidade de canais, meios ou modos semióticos de comunicação criados a partir de novas tecnologias e mídias sociais impulsionaram mudanças no contexto escolar que necessariamente passam a considerar a crescente diversidade linguística e cultural presente mundialmente (COPE, KALANTZIS, 2000). O objetivo deste artigo é apresentar e discutir uma sequência didática de ensino de língua inglesa por meio da análise, construção e compartilhamento de memes online. O aporte teórico é pautado nas Teorias Funcionais da Linguística Aplicada, com especial enfoque nas teorias de letramento que constituem o interacionismo. O estudo analítico de memes é discutido com base em questões estruturais, semânticas e críticas, a fim de propiciar a valorização da produção autoral dos memes. A partir dessa perspectiva de análise semiótica, da criatividade, do dinamismo, da inovação, do interesse e da motivação os resultados apontam para a representação e recontextualização...
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Quando pensámos responder positivamente ao desafio lançado pela AILP (Associação Internacional de Linguística do Português) para uma publicação deste teor, tivemos como pensamento norteador a construção de um livro que compreendesse diferentes abordagens metodológicas, provenientes de diferentes latitudes geográficas e, também, com diferentes enquadramentos epistemológicos. O amplo conjunto de textos aqui reunidos vai, efetivamente, ao encontro desse desiderato.
Trata-se, em nosso entender, de uma obra que reúne práticas diferenciadas, com campos de trabalho complementares e atitudes perante o ensino do português como língua não materna que se solidificam em experiências pedagógicas realizadas pelos próprios autores. De notar que a aposta num caráter mais pragmático das investigações aqui apresentadas não diminuem os investimentos múltiplos sob o ponto de vista teórico aqui delineados.
Resta-nos, assim, agradecer aos autores dos capítulos o valioso contributo e desejarmos aos leitores uma boa receção do trabalho que agora vem a público.
dia da sala de aula. Reconhecemos os avanços e contribuições das
pesquisas em Linguística Aplicada ao ensino de línguas estrangeiras,
no entanto percebemos que ainda há muito a ser compartilhado em
termos de publicações de pesquisas nas quais os próprios professores
são os protagonistas de suas histórias e trajetórias investigativas.
Nessa perspectiva, os trabalhos reunidos nesta obra apontam para
essa direção, vislumbrando a partilha de experiências e reflexões sobre
o ensino e o aprendizado de língua inglesa na escola pública brasileira.
Abrindo este volume, temos o capítulo intitulado "O uso de filmes e séries na sala de aula: da operação ‘tapa-buracos’ ao despertar
do desejo de falar inglês", escrito por Vanderlice dos Santos Andrade
Sól. O capítulo apresenta as contribuições de um projeto de extensão
que utiliza o cinema como recurso didático-pedagógico no contexto
de ensino e aprendizagem de língua inglesa. A autora apresenta
estratégias para a utilização do cinema na sala de aula para a
construção colaborativa do conhecimento, o desenvolvimento
linguístico-comunicativo dos participantes, oportunidades para
discutir valores culturais, atitudes e modos de ser/estar no mundo
contemporâneo.
O segundo artigo, "Conversation Club: análise das construções
discursivas como ferramenta para a reflexão e criticidade", de autoria
de Shirlene Bemfica de Oliveira, apresenta um projeto de extensão
como uma possibilidade de promoção de multiletramentos e um espaço
de interlocução no qual os participantes interagem em língua inglesa
para a resolução de problemas, discussão de assuntos atuais e para
compartilhar seus conhecimentos e habilidades acadêmicas,
profissionais e pessoais. O projeto Conversation Club se revela como
um espaço de ensino e aprendizagem de reconstrução identitária, de
reposicionamento e empoderamento social. A autora apresenta os
desafios e as contribuições metodológicas e sociais desse projeto.
Ronaldo Corrêa Gomes Júnior, no capítulo seguinte, investiga
as metáforas de estudantes de um curso técnico integrado em um
Instituto Federal, no intuito de compreender as conceptualizações
desses alunos-estudantes sobre o ensino e a aprendizagem de inglês
na escola pública. O capítulo traz reflexões e contribuições reveladoras
sobre o ensino e a aprendizagem de inglês nesse contexto. O autor ressalta a importância de se investir em estudos que dão voz aos
aprendizes para, a partir dessa escuta, pensar em novas abordagens e
políticas educacionais que favoreçam o ensino e o aprendizado de
línguas.
No quarto capítulo, intitulado "O ensino de escrita de abstracts
para servidores do IFMG: desvendando diferenças", Nara Nília
Marques Nogueira e Annallena de Souza Guedes, ancoradas nos
estudos sobre inglês para fins específicos, gêneros textuais e
letramentos acadêmicos, apresentam o relato de uma experiência de
um projeto interinstitucional de escrita de abstracts com servidores de
dois institutos federais. As autoras ressaltam a necessidade de se voltar
especial atenção para futuros estudos sobre o ensino de inglês para
fins específicos bem como provocar reflexões sobre o ensino de escrita
de abstracts em contextos educacionais.
Na sequência, Gláucio Geraldo Moura Fernandes, no artigo "O
aspecto motivacional no trabalho com gêneros produzidos por alunos
do ensino médio durante as aulas de língua inglesa", analisa a
relevância em se trabalharem determinados gêneros textuais e em se
publicarem os gêneros desenvolvidos pelos alunos. O autor ancora-se
nas teorias dos gêneros textuais e traz uma relevante discussão sobre
aspectos motivacionais na sala de aula, apresentando a discussão
sobre a prática pedagógica com gêneros textuais que fazem uso de
textos reais com propósitos comunicativos específicos.
No capítulo seguinte, "Letramento crítico e o ensino de língua
estrangeira via língua-alvo em escolas públicas brasileiras: uma
proposta viável?", Gabriela da Cunha Barbosa Saldanha traz reflexões
sobre as contribuições do letramento crítico nas aulas de língua inglesa
no contexto do ensino médio e técnico e mostra como a língua materna
tem sido utilizada para mediar as interações entre alunos e professores
no espaço da sala de aula. A autora se baseia nos estudos sobre novos
letramentos, multiletramentos e letramento crítico para subsidiar suas
reflexões.
No capítulo intitulado "Por que escrever colaborativamente na
aula de inglês usando a tecnologia do Google Docs?", Sérgio Gartner
descreve e interpreta o fenômeno da escrita colaborativa em inglês
desenvolvida em ambiente on-line, usando a tecnologia do Google Docs.
O autor ressalta que a escrita colaborativa no meio digital pode trazer
novos caminhos para a(s) teoria(s) de escrita em língua estrangeira e
para o engendramento de projetos colaborativos na sala de aula.
Finalizando, Gartner traz reflexões sobre as potencialidades e
limitações dessa prática pedagógica para aqueles que desejam focar no ensino da escrita em língua inglesa com apoio das ferramentas
tecnológicas.
Encerrando o volume, o capítulo "Vozes na sala de aula de
língua inglesa: uma experiência com os multiletramentos", de autoria
de Marden Oliveira Silva e Natália Costa Leite, ampara-se na
perspectiva dos multiletramentos com o objetivo de analisar como
alunos do ensino médio técnico se apropriaram criticamente de
atividades didáticas de produção de gêneros textuais realizadas em
aulas de língua inglesa. Os autores enfatizam a importância da
construção de sentidos em colaboração e problematizam a preocupação com questões glocais, pois acreditam que a educação precisa intervir de forma a afirmar o lugar da diversidade e valorizar a identidade local de seus sujeitos.
Consideramos esta coletânea uma forma frutífera de partilhar
experiências bem-sucedidas que poderão contribuir para a
desconstrução de discursos circulantes sobre o ensino e a
aprendizagem de língua inglesa na escola pública. As discussões
advindas desta obra, a partir de olhares e perspectivas diversas,
revelam que os autores envolvidos nesta coletânea apostam na
(re)invenção da sala de aula de língua inglesa e na possibilidade de se
aprender esse idioma em quaisquer contextos.
Agradecemos aos colegas que prontamente aceitaram partilhar
suas reflexões e trajetórias nesta obra. Ao IFMG pelo incentivo ao
crescimento profissional. Enfim, a todos que, direta ou indiretamente,
contribuíram para o acontecimento deste livro.
Shirlene Bemfica de Oliveira
(IFMG - Campus Ouro Preto)
Vanderlice dos Santos Andrade Sól
(IFMG - Campus Ouro Preto/ICHS UFOP)
Organizadoras
Papers by Shirlene de Oliveira
Quando pensámos responder positivamente ao desafio lançado pela AILP (Associação Internacional de Linguística do Português) para uma publicação deste teor, tivemos como pensamento norteador a construção de um livro que compreendesse diferentes abordagens metodológicas, provenientes de diferentes latitudes geográficas e, também, com diferentes enquadramentos epistemológicos. O amplo conjunto de textos aqui reunidos vai, efetivamente, ao encontro desse desiderato.
Trata-se, em nosso entender, de uma obra que reúne práticas diferenciadas, com campos de trabalho complementares e atitudes perante o ensino do português como língua não materna que se solidificam em experiências pedagógicas realizadas pelos próprios autores. De notar que a aposta num caráter mais pragmático das investigações aqui apresentadas não diminuem os investimentos múltiplos sob o ponto de vista teórico aqui delineados.
Resta-nos, assim, agradecer aos autores dos capítulos o valioso contributo e desejarmos aos leitores uma boa receção do trabalho que agora vem a público.
dia da sala de aula. Reconhecemos os avanços e contribuições das
pesquisas em Linguística Aplicada ao ensino de línguas estrangeiras,
no entanto percebemos que ainda há muito a ser compartilhado em
termos de publicações de pesquisas nas quais os próprios professores
são os protagonistas de suas histórias e trajetórias investigativas.
Nessa perspectiva, os trabalhos reunidos nesta obra apontam para
essa direção, vislumbrando a partilha de experiências e reflexões sobre
o ensino e o aprendizado de língua inglesa na escola pública brasileira.
Abrindo este volume, temos o capítulo intitulado "O uso de filmes e séries na sala de aula: da operação ‘tapa-buracos’ ao despertar
do desejo de falar inglês", escrito por Vanderlice dos Santos Andrade
Sól. O capítulo apresenta as contribuições de um projeto de extensão
que utiliza o cinema como recurso didático-pedagógico no contexto
de ensino e aprendizagem de língua inglesa. A autora apresenta
estratégias para a utilização do cinema na sala de aula para a
construção colaborativa do conhecimento, o desenvolvimento
linguístico-comunicativo dos participantes, oportunidades para
discutir valores culturais, atitudes e modos de ser/estar no mundo
contemporâneo.
O segundo artigo, "Conversation Club: análise das construções
discursivas como ferramenta para a reflexão e criticidade", de autoria
de Shirlene Bemfica de Oliveira, apresenta um projeto de extensão
como uma possibilidade de promoção de multiletramentos e um espaço
de interlocução no qual os participantes interagem em língua inglesa
para a resolução de problemas, discussão de assuntos atuais e para
compartilhar seus conhecimentos e habilidades acadêmicas,
profissionais e pessoais. O projeto Conversation Club se revela como
um espaço de ensino e aprendizagem de reconstrução identitária, de
reposicionamento e empoderamento social. A autora apresenta os
desafios e as contribuições metodológicas e sociais desse projeto.
Ronaldo Corrêa Gomes Júnior, no capítulo seguinte, investiga
as metáforas de estudantes de um curso técnico integrado em um
Instituto Federal, no intuito de compreender as conceptualizações
desses alunos-estudantes sobre o ensino e a aprendizagem de inglês
na escola pública. O capítulo traz reflexões e contribuições reveladoras
sobre o ensino e a aprendizagem de inglês nesse contexto. O autor ressalta a importância de se investir em estudos que dão voz aos
aprendizes para, a partir dessa escuta, pensar em novas abordagens e
políticas educacionais que favoreçam o ensino e o aprendizado de
línguas.
No quarto capítulo, intitulado "O ensino de escrita de abstracts
para servidores do IFMG: desvendando diferenças", Nara Nília
Marques Nogueira e Annallena de Souza Guedes, ancoradas nos
estudos sobre inglês para fins específicos, gêneros textuais e
letramentos acadêmicos, apresentam o relato de uma experiência de
um projeto interinstitucional de escrita de abstracts com servidores de
dois institutos federais. As autoras ressaltam a necessidade de se voltar
especial atenção para futuros estudos sobre o ensino de inglês para
fins específicos bem como provocar reflexões sobre o ensino de escrita
de abstracts em contextos educacionais.
Na sequência, Gláucio Geraldo Moura Fernandes, no artigo "O
aspecto motivacional no trabalho com gêneros produzidos por alunos
do ensino médio durante as aulas de língua inglesa", analisa a
relevância em se trabalharem determinados gêneros textuais e em se
publicarem os gêneros desenvolvidos pelos alunos. O autor ancora-se
nas teorias dos gêneros textuais e traz uma relevante discussão sobre
aspectos motivacionais na sala de aula, apresentando a discussão
sobre a prática pedagógica com gêneros textuais que fazem uso de
textos reais com propósitos comunicativos específicos.
No capítulo seguinte, "Letramento crítico e o ensino de língua
estrangeira via língua-alvo em escolas públicas brasileiras: uma
proposta viável?", Gabriela da Cunha Barbosa Saldanha traz reflexões
sobre as contribuições do letramento crítico nas aulas de língua inglesa
no contexto do ensino médio e técnico e mostra como a língua materna
tem sido utilizada para mediar as interações entre alunos e professores
no espaço da sala de aula. A autora se baseia nos estudos sobre novos
letramentos, multiletramentos e letramento crítico para subsidiar suas
reflexões.
No capítulo intitulado "Por que escrever colaborativamente na
aula de inglês usando a tecnologia do Google Docs?", Sérgio Gartner
descreve e interpreta o fenômeno da escrita colaborativa em inglês
desenvolvida em ambiente on-line, usando a tecnologia do Google Docs.
O autor ressalta que a escrita colaborativa no meio digital pode trazer
novos caminhos para a(s) teoria(s) de escrita em língua estrangeira e
para o engendramento de projetos colaborativos na sala de aula.
Finalizando, Gartner traz reflexões sobre as potencialidades e
limitações dessa prática pedagógica para aqueles que desejam focar no ensino da escrita em língua inglesa com apoio das ferramentas
tecnológicas.
Encerrando o volume, o capítulo "Vozes na sala de aula de
língua inglesa: uma experiência com os multiletramentos", de autoria
de Marden Oliveira Silva e Natália Costa Leite, ampara-se na
perspectiva dos multiletramentos com o objetivo de analisar como
alunos do ensino médio técnico se apropriaram criticamente de
atividades didáticas de produção de gêneros textuais realizadas em
aulas de língua inglesa. Os autores enfatizam a importância da
construção de sentidos em colaboração e problematizam a preocupação com questões glocais, pois acreditam que a educação precisa intervir de forma a afirmar o lugar da diversidade e valorizar a identidade local de seus sujeitos.
Consideramos esta coletânea uma forma frutífera de partilhar
experiências bem-sucedidas que poderão contribuir para a
desconstrução de discursos circulantes sobre o ensino e a
aprendizagem de língua inglesa na escola pública. As discussões
advindas desta obra, a partir de olhares e perspectivas diversas,
revelam que os autores envolvidos nesta coletânea apostam na
(re)invenção da sala de aula de língua inglesa e na possibilidade de se
aprender esse idioma em quaisquer contextos.
Agradecemos aos colegas que prontamente aceitaram partilhar
suas reflexões e trajetórias nesta obra. Ao IFMG pelo incentivo ao
crescimento profissional. Enfim, a todos que, direta ou indiretamente,
contribuíram para o acontecimento deste livro.
Shirlene Bemfica de Oliveira
(IFMG - Campus Ouro Preto)
Vanderlice dos Santos Andrade Sól
(IFMG - Campus Ouro Preto/ICHS UFOP)
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