O governo adiou o lançamento do Plano Safra 2024/2025, que estava programado para esta quarta-feira (26), e transferiu o anúncio para o dia 3 de julho. A decisão de adiar o programa foi tomada em uma reunião do presidente Lula, no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (25), com os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, da Fazenda, Fernando Haddad, e da Agricultura, Carlos Fávaro. Após o encontro, Paulo Teixeira disse que o adiamento ocorreu para organizar o evento e preparar um anúncio maior, com uma melhor estrutura, que, segundo ele, não daria para ser elaborada entre esta terça e quarta-feira. Mas, nos bastidores, o motivo do adiamento tem relação com valores. Isso porque faltaria definir o montante destinado ao Ministério da Agricultura. A informação é de que o crédito para o setor seja em torno de R$ 500 bilhões, sendo a maior parte do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Ao deixar o Palácio do Planalto após se encontrar com o presidente, Paulo Teixeira se limitou a dizer que “ainda havia consultas” para serem feitas. No ano passado, o custo do Plano Safra para o setor do agro foi de pouco mais de R$ 360 milhões. O adiamento gerou insatisfação da bancada do agro. Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária lamentou a decisão e citou ser uma “total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal.” A FPA ainda diz que os produtores rurais vão ficar descobertos pelo Plano Safra 2023/2024, que vence no fim de junho. A nota cita também que “todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores. Uma sinalização preocupante do governo federal diante da crise enfrentada pelo setor.” Por fim, a FPA cita que “o momento é urgente e exige isonomia governamental para enfrentar os desafios de continuar contribuindo com grande parte do PIB brasileiro, da geração de emprego e renda, além do alimento de qualidade e sem inflação na mesa do brasileiro. Mais recente Próxima Haddad minimiza ata do Copom: 'diretoria fala numa interrupção do ciclo'