Cultura
Por — Rio de Janeiro

Quando o mundo acordou em 25 de junho de 2009, nada parecia que seria diferente. O sol raiava em diversas partes, como em Bel Air, bairro de Los Angeles, na Califórnia, onde Michael Jackson estava de pé para mais um dia. Ele estava no auge da preparação para a turnê 'This Is It', que iniciaria em 13 de julho de 2009 na The O2 Arena, em Londres, e terminaria em março de 2010. Originalmente, seriam apenas 10 shows, mas que se esgotaram rapidamente e, por isso, foram aumentados.

A tour celebrava o disco de mesmo nome, que sairia mais a frente daquele ano, em outubro. A expectativa era grande, visto que Michael estava há alguns anos afastado dos palcos. Não à toa, foi gravado o documentário 'Michael Jackson's This Is It', que mostrava os ensaios, porém que ganhou um fim trágico.

No dia anterior, em 24 de junho, Michael parecia estar no seu auge físico, mesmo aos 50 anos. Ele ensaiava todos os dias e, nessa data, não teve nada diferente, de acordo com Travis Payne, coreógrafo do rei do pop. Em entrevista à CNN, em 2010, ele conta que o artista se preparou como qualquer outro dia e parecia animado. Michael saiu por volta de 0h no local dos ensaios, o Staples Center, dizendo 'nos vemos amanhã'.

Michael Jackson nos ensaios da turnê 'This is It'. — Foto: Reprodução

Na época, o astro lidava com um grande problema: insônia crônica. Ele tinha extrema dificuldade de dormir e, por isso, tomava remédios e drogas constantemente para tentar ajudar no sono. Naquela madrugada, o médico pessoal dele, Conrad Murray, começou a passar alguns remédios para ele tomar, o que ocasionou na sua morte.

Madrugada intensa e manhã com ele desacordado

O primeiro foi um comprimido de Valium, às1h30. Cerca de meia-hora depois, foi a vez do ansiolítico Ativan, injetado pela veia. Às 3h outro sedativo, o Versed. Nada adiantou e, ainda acordado, ele ainda recebeu dois miligramas adicionais de Ativan e dois miligramas adicionais de Versed.

Murray contou a polícia na época que Michael queria o anestésico propofol, o que teria sido negado por ele pelo medo do artista estar viciado. O astro chamava o produto de 'leite' por conta da cor branca.

Sem dormir durante toda a madrugada, o rei do pop amanheceu naquele dia ainda pedindo propofol. O médico cedeu e, por volta de 10h40, deu cerca de 25 miligramas do medicamento com um anestésico de forma intravenosa. Michael foi dormir e nunca mais acordou. O médico disse que foi ao banheiro e, ao retornar, percebeu que seu paciente já não respirava mais.

Quarto de Michael Jackson com medicamentos e equipamentos para reanimação. — Foto: Divulgação/LAPD

Murray, então, passou a fazer procedimentos para tentar neutralizar os medicamentos. De acordo com o relatório da polícia, o médico teria ficado mais de uma hora tentando reanimar e ligando para assistentes e filhos do artista. Mas ele continuava sem respirar.

Por volta de 12h22, o segurança de Michael Jackson, Alberto Alvarez, telefonou para a emergência dizendo que havia uma pessoa com parada cardíaca.

O corpo de bombeiros chegou ao local, com a situação já aparecendo na imprensa. Um dos casos era do fotógrafo paparazzi Ben Evenstad, que recebeu a informação de médicos na casa dele e se dirigiu a residência, em 100 North Carolwood Drive. Pessoas também passaram a se aglomerar por lá.

Michael foi encaminhado às pressas para o UCLA Medical Center, em Los Angeles. No local, o artista foi oficialmente declarado morto às 14h26, quase quatro horas após o médico dizer que ele estava sem respirar. A causa da morte foi descoberta depois como intoxicação aguda por propofol, sendo considerado homicídio pela polícia (saiba mais abaixo).

Quase 20 minutos após a declaração (às 14h44), o site TMZ divulgou em primeira mão a informação de que Michael Jackson tinha morrido. Pouco tempo depois, diversos outros sites, rádios e canais de TV americanos passaram a confirmar a informação.

Enterro e condenação

No dia seguinte, foi concluída a autópsia no corpo do astro da música, mas ainda sem divulgar maiores informações, já que os médicos pediram mais análises. Não a toa, seu enterro aconteceu apenas em 7 de julho no Staples Center com a presença de grandes nomes da história da música, esportes, cinema e mais.

Médico Conrad Murray. — Foto: Reprodução

Em fevereiro de 2010, os promotores do condado de Los Angeles apresentaram a acusação de homicídio involuntário contra Conrad Murray. Os meses seguintes foram marcados por acusações, entre elas que o médico encobriu a saúde da estrela pop antes e depois da sua morte, enganando promotores dos shows e amigos próximos.

Em novembro de 2011, mais de dois anos após a morte de Michael, um júri composto por sete homens e cinco mulheres chega ao veredito de culpado contra Murray, que é sentenciado a quatro anos de prisão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele sempre se declarou inocente.

Em outubro de 2023, o médico saiu da prisão. Em entrevista ao The Mail pouco após sair da cadeia, ele continuou dizendo que era inocente. Para ele, 'Michael Jackson acidentalmente matou Michael Jackson'.

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