Hulk era para ser cinza, mas mudou por problemas em gráficas; entenda

Por conta dessas inspirações, a criação do roteirista Stan Lee e do desenhista Jack Kirby tinha um conceito de ser cinza, para inspirar a ideia mais bizarra do personagem. A colorização de Stan Goldberg na revista de número um foi justamente nesse caminho, transformando o personagem em um ser completamente acinzentado.

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O problema ocorreu quando as impressões foram feitas. Cada gráfica na época tinha um jeito diferente de gerar a cor, algumas com ciano em excesso, outras mais amareladas e até puxando para magenta. O que ocorreu foi que Hulk se transformou em multicolorido a cada edição, passando por carvão, metálico, amarelo e... verde.

Lee, Kirby e Goldberg se reuniram então após a primeira edição sair e tentaram pensar em alguma ideia. O roteirista então achou que a melhor ideia era manter ele como verde, para realmente o transformá-lo em um ser monstruoso e nada próximo e humano. Essa alteração foi já a partir de 'The Incredible Hulk #2'.

Na época, os criadores ainda acharam que a ideia ajudava a transformar o personagem em alguém ambivalente, que tinha atitudes heroicas, mas também parecia um vilão - a cor remetia aos vilões da Marvel, como Duende Verde e Loki.

A reunião ainda serviu para alterar um pouco as características de Hulk, que antigamente se transformava apenas pela noite, como um lobisomem. Bruce Banner passou a virar o monstro toda vez que sentia raiva, transformando o personagem completamente.

Apesar disso, o cinza se tornou ainda algo recorrente nos quadrinhos. Em algumas histórias especiais, o personagem voltou a sua cor original. Além disso, em 1986, a série regular do Hulk criou uma espécie de nova personalidade para ele, em que poderia se tornar ou cinza ou verde.

Além disso, outras cores ainda foram usadas ao longo dos anos, como laranja, vermelho e azul.