A morte do empresário Henrique da Silva Chagas após um peeling de fenol trouxe à tona a questão da segurança nos procedimentos estéticos, ressaltando a importância de escolher um profissional confiável e qualificado. São casos como o da jornalista Priscilla Aguiar, que administra uma página alertando sobre procedimentos estéticos que podem dar errado. O perfil 'Estética de Risco', com mais de 100 mil seguidores, foi criado depois de ela mesma ter uma complicação séria de uma rinomodelação com ácido hialurônico. Priscilla fez o procedimento com uma biomédica esteta e teve uma necrose dias depois. Ela foi ao hospital depois de receber poucas orientações da clínica e teve que ser internada. Isso aconteceu em 2018, quando as discussões sobre problemas envolvendo tratamentos estéticos não eram tão comuns. Depois de receber a alta, a jornalista passou por diversos procedimentos pra tratar as cicatrizes e começou a postar sobre isso nas redes sociais dela. Até que foi procurada por Rafaela Cavalcanti, que também teve uma complicação de rinomodelação feita por uma dentista. Ela perdeu 60% do nariz e teve que passar por 14 cirurgias. Influenciadora só concluiu curso de peeling de fenol três dias após morte de empresário, diz farmacêuticaCaso fenol: plataformas oferecem outros cursos ensinando a aplicar o produto por preços baixos As duas criaram a Estética de Risco juntas e, até hoje, recebem todo tipo de caso de deformação, infecção, e cirurgias que deram errado. Ela aconselha a investigar as profissionais - saber sobre a formação delas e se estão habilitadas para fazer aquele tratamento: 'É que eles colocam o doutor ou doutora normalmente na frente do nome, do arroba lá no Instagram, e eles não dizem a formação. Não diz se é biomédico, não diz se é dentista, não diz se é médico, não dá número de registro profissional', relatou. A Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos recebeu, no ano passado, cerca de 80 denúncias em todo o Brasil - envolvendo, principalmente, venda de cursos irregulares pra pessoas não habilitadas e de equipamentos e insumos sem registro na Anvisa. A ANESCO também tenta articular a criação de um Conselho Federal e de unidades regionais pra regularizar a fiscalização da profissão, que foi regulamentada em 2018. Existe hoje um projeto de lei que propõe a notificação compulsória em casos adversos de procedimentos estéticos no Brasil, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados, mas precisa passar pelo Senado. Mais recente Próxima PEC das Praias pode resultar em uma perda anual de R$ 1,1 bilhão em arrecadação, diz secretária